Prática farmacêutica no ambiente hospitalar - Do planejamento à realização [2ª ed.]

Citation preview

Segunda Edição

Scanned by TapScanner

Prática Farmacêutica no Ambiente Hospitalar Do Planejamento à Realização 2ª edição

Editores Fábio Teixeira Ferracini Especialista e1n Homeopatia pelo lnstiti1to Brasileiro de Esti1dos Homeopáticos. Especialista em Administração Hospitalar pelo instituto de Ensino e Pesqitisa. Especialização e1n Fa1~1nácia Clinica p elo lnstititto Israelita de Ensino e Pesqitisa Albert Einstein. MBA em Logística Empresarial pela FGV Coo1~denador de Farmácia do Hospital Israelita Albert Einstein.

W ladmir Mendes Borges Filho Especialista em Administração Hospitalar pela Faci1ldade de Saiide Pública da USP - 1998. MBA em Economia da Saúde - Centro Paulista de Economia da Saúde - Unifesp - 2006. Gerente de Farmácia do Hospital Israelita Albert Einstein.

Atheneu São Paulo• Rio de Janeiro• Belo Horizonte

Scanned by TapScanner

1

Sumário

Capítulo 1

Estrutura Organizacio nal, 1 Fábio Teixeira Ferracini

Capítulo 2

Cestão de Estoques, 21 Miguel Salomão Neto

Capítulo 3

Seleção de Medicamentos, 31 Rosângela Romano

Capítulo 4

Provisão de Materiais e Medicamentos, 39 Wladmir Mendes Borges Filho

Capítulo 5

Atenção Farmacêutica à Prescri ção Médica, 47 Sweyme Bertoni Lima da Silva

Capítulo 6

Automed icação, 51 Nathália Torres Globo Renê Assunção Silva Capítulo 7

M ed ica mentos Trazidos pelo Pacie nte, 59 Aline Melo Santos Silva Andreia Ramos Lira

Scanned by TapScanner

Cinthia .\ catc·11a c:a111a Capítulllc O, l 'Y. 1 11 f> . !J 111 U CJ> nrlclov11 (; (, 11 1 óc1clo lóllco • l\ll>tHlllllíl 1 h111 H1nn ?O'Y HJI (; / 1 nllJun11nn Novri n 1111110 e % c11nicoclnn (; 1 l\inl11of1ll11n I on11nofillnfl l\ITIJ)lélCill no e cimetidina e Dalac1n< 11 J e c1met1d1na e Quemicetina® e cloranfenicol • Cloreto de Potássio 19°/o ao e e cloreto de ootássio ·e Amplictil6J> X clorpromazina X NP X co-trimoxazole X Decadron® X dexametasona X Valium X diazepam X Difenidrin® difenidramina e Diaoxina diaoxina e X Revivan® dooamina *** e X Vibramicina® doxiciclina X Adriblastina® X doxorrubicina llosone® ; Erythromvcin® X eritromicina X Gardenal® X fenobarbital Duroaenic®; Fentanil® e X fentalina e X NP ferro dextrano * X e Granulokine® filarastim fitonadiona Kanakion® e e fluconazol e X Zoltec® fluorouracil Fluoro-Uracil® e X foscarnet X X Foscavir® fosfato de ootássio e Fosfato de potássio 2 mEq/ml ao fosfato de sódio e Fleet Enema® solução furosemida Lasix® e aamma-alobulina e X Octaaan® ; Sandoqlobulina® aanciclovir X Cymevene® X aentamicina Garamicina® e aluconato de cálcio * e X Gluconato de cálcio 1Oº/o ap heoarina e X Heparina 5000Ul/ml, Hep-Lock® 1OOUl/ml hidralazina X Nepresol® X hidrocortisona e Cortiston® hidromorfina NP e hidroxizine X X Hidroxizine® la anti-timócito J . X ' Lvmohoglobul ina® imipenem/cilastatina X X Tienamr~ Monovial insulina reaular e e Biohuhn® R; Humulin® R; Novolin® R -

~

~-

e

-

e e

e

e e e

e

e e

1u

68

l

PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

Tabela 8.1 (cont.) - Compatibilidade de drogas com NP comoatibílidade de dro_gas com n utrição parenteral **** (NP) . e emu lsão llpldlca ***** (EL) N ome co m ercia l princíeio ~t1vo ;sopr~al1na lsop1 oteronol 0,2 mg/rnl ap NP lidocaína XylocaínaQP C lorazeoam NP C rneperidl!:!a N~ X rnetildo ~ Aldomet® C rnetilprednisolona Depo-~ed~l®_;_§ol~edrol® C rnetoc!2Q_ramida Plasil

o

Mecanismo de interação

Ligação (proteínas da soja) . Antagonismo de ação com vitamina K

-

Complexação com proteínas na dieta podendo causar obstru ção. A alta osmolaridad e pode causar d iarreia quando administrado via sonda pós-pilórica

-

-

-

de líquido (preferível com suco ácido) e lavar bem Não administrar em posição pós-pilórica Não usar quando motilidade está -l. Parar dieta 1 h antes e 2 h depois Monitorar níveis séricos Evitar fórmulas à base de soja Monitorar o INR

Não

Não**

Evitar alimentos com vitamina K Considerar o uso de heparina de baixo peso molecular

Não

Sim

Diluir o xarope com pelo menos a mesma quantidade de água Lavar a sonda com alta quantidade de água antes e depois da administração

Sim

NA

p

111

TratB•••

ento (Medidas Profiláticas e Paliativas)

Medidas gerais

em de sondas g Lava ara evitar obstruções, os cateteres de sonda ent d P • , era 1 evem ser 1 d rnenos 20 ml de agua antes e após a adm inistr _ d . ava os com pelo açao e med1cament d · 4 horas, no caso das dietas enterais de admin i' str _ , os e a ca a açao continua.

Técnica de administração • Todo medicamento administrado via sonda enteral p · b . , . . .d d recisa esta r em dilu1do ou corn ba ixa v1scos1 a e - no caso de produtos insolúve·s , . 1 · , · d · 1 em agua - , para evitar o deposito e mater1a part1culado na porção distal do cateter.

Medidas profiláticas

Prescrição de formulações líquidas pouco viscosas •

Como já foi dito, algumas formulações líquidas apresentam elevada viscosidade_ xaropes e algum~~ suspens~es. Assim, é preferível que sejam uti lizadas soluções aquosas ou alcool1cas de baixo teor - soluções orais, gotas, elixires ou emulsões. Algumas soluçõe~ p~di.átri cas apresentam uma concentração mais elevada do que as adultas. Para d1m1nu 1r o volume de líquido administrado ao paciente pediátrico, é sempre interessante utilizar a formulação mais concentrada.

Diluição de xaropes •

Xaropes são formulações de alta osmolaridade em decorrência de sua elevada taxa de açúcar. Em decorrência disso, a administração de xaropes di retamente em sítios de osmolaridade menor - como, por exemplo, posição pós-pilórica - pode causar diarreia. Para m inimizar o problema, recomenda-se a dilu ição de xaropes com, no mínimo, o mesmo volume de água. É interessante observar que a osmolaridade destas soluções depende de cada formulação e de cada fabricante. Portanto, a quantidade exata de d il uição necessária dependerá do produto que está sendo diluíd o. Como cada hospita l traba lha com produtos diferentes e mais adequados à sua realidade,

é necessário

que cada um possua uma tabela de osmolaridade dos

produtos - xaropes e algumas suspensões - uti lizados em seu hospital.

Medidas paliativas

Análise dos casos

• eªd a hosp1.tal po ssu .i as suas propr1as ' . ª º a' indicação e ao calibre normas com ~e aç_ . . 1

das sondas ut ilizadas e também quanto

à

padron1zaçao de medicamentos mais

MEDICAMENTOS VERSUS TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL

83 Scanned by TapScanner

,... r isso os eventos decorrentes da adrn· . P acientes. o ' . d . 1n1stra ~ P uada aos seus d m estar relaciona os a estas pecu liaridad Çaa d a eq . sonda po e d . .d ,. . es U . das padronizaçoes e a 1nc1 enc1a das oc : ma d e medicamentos via edimentos, d . orren . , lise geral dos proc . te " ncia mais adequa a ao paciente nestas cond· ~ cias ana ma assis 1ç0 colabora n1uito com u es.

Suspensão te111porária da dieta

.

, .

-

rências relacionadas a 1nteraçao droga-nutr'i . arte d as oc Or . . ente . • Con10 a maior p d .t mos o contato da dieta com o medicamento est e , . quan o ev1 a _ , arn 0 física e quimrca, _ ·ncipal problema desta questao e quando 0 pa . s ciente · d ·11 teraçao. 0 pri d 1 ev1tan o a d d. t ontínua por sistema fecha o. Nao havendo a po .b. ,f do uso e ie a c ss1 lesta azen d. ento por outro que nao apresente a mesma inte ~ .d d d t ca do me 1cam raça 0 li a e e ro . d d inistração deste medicamento, a abertura do sist ou a troca de via e a m . erna precisa ser discutida pela equipe.

Acompanhamento de níveis séricos . t o de algumas drogas ' principalmente • O n1on1toramen ,.. . dos medicamentos de ba·ixo índice terapêutico_ ID: dose tóxica/dose terapeutrca -, torna-se ~ecessá rio em alguns casos, principalmente quando estas drogas possuem ur:' perrodo prolongado para a estabilização do nível sérico. ~esmo a mudança d~ via oral p~ra. enteral ou vice-versa pode provocar uma necessidade de readequaçao destes n1ve1s. Por isso, este acompanhamento torna-se especialmente importante.

Mudança de via de administração •

Quando existe uma forte interação droga-nutriente e o período de suspensão da dieta torna-se significativo e pode prejudicar o estado nutricional do paciente, é recomendável que a troca da via de administração seja vista como alternativa. Havendo acesso venoso, pode-se optar pela admin istração do medicamento, desde que este ou um produto de ação semelhante exista na forma injetável. Alguns medicamentos de ação sistêmica também possuem apresentação por via nasal e retal, podendo também ser analisados como alternativa, desde que se respeitem as necessidades de cada uma destas vias para a administração destes medicamentos de maneira eficiente.

Bibliografia Consultada 1 · ASPEN. The

~SPEN

Nutrition Support Practice Manual. The American Society of Parenteral and Enteral Nutnt1on. Silver Spring, MD; 1998. 2. Cardoso SP Martins C 1 t - d . 3. Gomes MJVM Reis A.MnMerCa~~es. rofga-nutnente. Curitiba: Nutroclínica; 1998. spau 1o.. Atheneu;, 2001 . . iencras armacêuticas - uma abordagem em farmácia hospitalar. ao 4. Hardman JG, Goodman & G'I1

Guanabara-Koogan·

Th

. . . o: e pharmacolog1cal basis of therapeutics. 1O. ed. Rro de Janeir

man. 2001 5. Nóbrega JL, Larsso~ EJ Âlmeida MF tas no paciente grave. São p Ah et ai. Suporte nutricional enteral. ln : Knobel E. Condu au o. t eneu; 1998. p. 481-90.

i.

84 / PRÁTICA FARMACÊUTICA NO

AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner



Drogas de Investigação Clínica Cinthia Scatena Gama

Introdução Em meados do século XX, as experimentações clínicas chamaram a atenção do públ ico e das Institu ições, devido às experiências desumanas de médicos alemães com prisioneiros de guerra e con1 judeus nos campos de concentração sem o conhecimento destes. Por este tipo de barbárie, surgiram documentos internacionais que procuraram estabelecer claramente os princípios éticos da experimentação clínica e formam o corpo dos códigos éticos atuais, promovidos por Governos e Instituições Internaciona is (Organização Mundial de Saúde e Associação Médica Mundial). As pesquisas clínicas envolvendo seres humanos tornaram-se mais criteriosas a fim de preseNar a integridade do sujeito da pesquisa, bem como dos resultados obtidos. Mas os controles ineficientes relativos à segurança, eficácia, tolerabil idade e ética, envolvendo a liberação do medicamento, foram um dos problemas relacionados ao uso de "elixir de sulfanilamida " que provocou em 1937 a morte de 107 pessoas e o grande desastre do uso da Talidomida na década de 1960, como sedativo, acarretando sérias anormalidades às crianças nascidas de mães que fizeram uso de ta l medicação. Entidades governamentais organizaram-se e surgiram setores específicos para controlar os diversos seguimentos das indústrias farmacêuticas, químicas e de alimentos. Baseado na Declaração de Helsinque (1964) e após a anuência internacional, publicouse o Good Clinica/ Practice (GC P), que segue um esquema básico de qualidade científica e ética internacional para o desenho, condução, registro e relato de estudos que envolvam a participação de seres humanos. Este esquema básico é adotado por todos os pesquisadores que desenvolvem qualquer tipo de ensaio. Desde o final da década de 1980, o Brasil tem avançado muito na questão pesquisa clínica de desenvolvimento e investigação de novas drogas, e os investimentos das grandes companhias farmacêuticas têm contribuído substancialmente para este crescimento científico. . No que concerne à investigação clínica, verifica-se que alguns hospitais são os cen t~os primários da condução de pesqu isas com novas drogas de investigação, e por este motivo

DROGAS DE INVESTIGAÇÃO CLINICA

85 Scanned by TapScanner

respon sa bilidade de conhecer todos 0 s asp . . 1• t am tem a ticos que a ' a u . . das e estarem ativamente envolvidos co ectos os Farmaceu - endo investiga rn a ad . as que estao s í1J1, d das rog · to . - do rn ed1camen . n1straçao A

A

Definições

,

.

.

·sa clínica proteger a saude, pr1vac1dade e dig . "É dever do rnédico, na pesqu; . e) ' n1dade "(Declaração de He s1nqu . do ser humano Objetivo . . d squisa clínica envolvendo seres humanos é melhora ·pai objetivo a pe b r os pnnci fºI' . diagnósticos e terapeut1cos, em como entender a etiolo . dimentos pro 1at1cos, . g1a proce d E tes procedimentos devem ter, continuamente, sua eficá . , . eia, togênese da oença. s e .P~A . acess1·b·i·d ef1c1enc1a, 11 ad e e qualidade testadas atraves de pesquisas.

o ·

A



Pesquisa clínica Segundo 0 Conselho Nacional de Saúde, a Pesquisa Clínica "é um estudo sistemático, seguindo todas as normas do método científico em ~e~es humano~ ~ol~ntários, sadios ou enfermos, realizado com medicamentos e ou espec1al1dades med1c1na1s, com o objetivo de descobrir ou verificar os efeitos e/ou identificar reações adversas do produto pesquisado, e/ou estudar a absorção, distribuição, metabolismo (biotransformação) e excreção dos princípios ativos, com o objetivo de estabelecer sua eficácia e segurança" (Conselho Nacional de Saúde). O sujeito de pesquisa é o participante pesquisado, ind ividual ou coletivamente, de caráter voluntário e vedada qualquer forma de remuneração. O consentimento do paciente (sujeito de pesquisa) é absolutamente essencial. Isso significa que as pessoas que serão submetidas a uma pesquisa clínica devem ser legalmente capazes de dar consentimento, devem ter conhecimento suficiente do assunto em estudo para tomarem uma decisão. É importante que o voluntário saiba a natureza, a duração e o propósito da pesquisa clínica, qual será o método aplicado, os riscos e benefícios esperados. O dever e a responsabilidade de garantir a qualidade do consentimento recaem sobre o pesquisador que inicia ou dirige uma pesquisa clínica ou ainda que se compromete com esta pesquisa.

Fases da Pesquisa Clínica A Pesquisa Clínica de um t d d. . · d. · · e' . . em 5 fases: es u o com me 1camentos ou espec1al1dades me 1c1nais d .1v1d1da

Fase Oou Fase Pré-Clínica No desenvolvimento de u dº . · vitro aplicadas de for m me icamento, são todas as pesquisas realizadas in ' ma amp 1a em a · · d . .. d seres nimais e experimentação, antes de ser utiliza a em

86 / PRÁTICA FARMACÊUTICA NO

AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

•= humanos, a fim de não expô-los a riscos injustificáveis. Os produtos que demonstraram atividade farmacológica específica e perfil de toxi cidade aceitável passam à fase seguinte.

fase 1 É o primeiro estudo em seres humanos em pequenos grupos de pessoas voluntárias em geral sadios, embo~a em" raras ocasiões, possa envolver indivíduos com patologias específicas. Estas pesquisas tem como principal objetivo, estabelecer a segurança e a tolerabilidade do produto em um sujeito saudável, além de ava liar o perfil farmacocinético, a biodisponibilidade, a dose e o regime posológico da nova droga.

Fase li (Estudo Terapêutico Piloto) O objetivo deste estudo é determinar a segurança e a eficácia terapêutica do princípio ativo em curto prazo, pela primeira vez, em voluntários afetados por determinada enfe rmidade ou condição patológica para qual está investigando o produto. Nesta fase, deve-se estabelecer o intervalo mais apropriado entre as doses, bem como os regimes de administração. Espera-se ainda que se possa disponibilizar as relações-dose resposta, com o objetivo de obter sólidos antecedentes para a descrição de estudos terapêuticos ampliados (Fase Ili).

Fase Ili (Estudo Terapêutico Ampliado) São estudos realizados em grandes e variados grupos de pacientes portadores da enfermidade ou condição patológica para a qual o novo produto pretende ser aplicado. O objetivo deste estudo é determinar: • Risco/benefício a curto e longo prazo das formulações do princípio ativo. • Comparar a real atividade da droga de investigação com uma droga já estabelecida. • De maneira global (geral) o valor terapêutico relativo. Exploram-se, nesta fase, estudo dos eventos adversos mais frequentes, interações medicamentosas, fatores modificadores do efeito, tais como sexo, idade, raça e etc. Esta fase deverá ocorrer, preferencialmente, dentro de condições normais de utilização da droga em estudo. Após a conclusão dos estudos de fase Ili é que os novos medicamentos, em geral, obtêm aprovação para uso comercial, por parte das autoridades regulatórias.

Fase IV (Pós-comercialização) São pesquisas realizadas depois de comercializado o produto e/ou especialidade medicinal. Gera lmente são estudos de vigilância pós-comercialização, para estabelecer o valor terapêutico, o surgimento de novas reações adversas e/ou confirmação da frequência de surgimento das já conhecidas, e as estratégias de tratamento, determinar os efeitos da

DROGAS DE INVESTIGAÇÃO CLÍNICA

87

Scanned by TapScanner

.~--

o prazo, avaliar o produto em populações não ng .. - d0 produto a 1o estud d adm1n1straçao . s e estabe1ecer possíveis novos usos para o produto, os qua · d ª as , is ev , nas fases anteriore rtir da Fase li. Essa fase e bastante significati erao ser estudados nova".1~n~te ~ pa va Para os estu dos de farmacov1gdanc1a. Classificação

da pesquisa clínica, seleciona-se o tipo de estudo qu . t'vo 1 b De acordo com o o Je e Pode ser classificado em:

. d , d _ 0 médico e paciente tem c1enc1a o que esta sen o administ d t • Estu d o ab er o f' . . ra 0 - analisados prontamente os bene 1c1os e riscos do medicam ' desta fa rma sao ento A

·A



em questão.

. • Estudo mono-cego - somente uma d~s.partes, normalmente o paciente, não tern c1enc ia de qual droga está sendo adm1n1strada. . . d . • Estudo duplo cego _ nem 0 médico nem su~e1to a pesquisa t.em ciência de qual droga está sendo administrada. Este procedimento garante a imparcialidade dos resultados. • Estudo comparativo ou controlado - quando se compara uma droga nova corn outra de conhecida segurança e eficácia ou com placebo. Aqui a droga comparativa (ou o placebo) serve como controle. • Estudo duplo-cego comparativo - quando a droga de investigação será comparada com uma droga equivalente ou placebo, mas o médico e paciente não terão conhecimento de qual grupo pertence. • Estudo paralelo - diferentes tratamentos são fornecidos a diferentes grupos de pacientes, que são confrontáveis entre si, durante todo o tempo planejado de estudo. • Estudo cruzado - é um planejamento de grupos aleatórios modificados, nos quais cada grupo recebe ma is de uma formulação de um mesmo fármaco em períodos diferentes. ·

A

A

Os estudos com mais aceitação para avaliação de esquemas medicamentosos são os duplo-cego, comparativo, paralelo e duplo-cego cruzado.

Randomização A randomização é o processo de designar tratamentos específicos aos pacientes envolvidos no estudo ou aos grupos de controle, utilizando-se elementos aleatórios para determinar estas designações, visando reduzir a probabilidade de interferências estatísticas. A rand~mização tem a função de produzir grupos de estudos tanto com relação aos fa~~res _de riscos conhecidos, quanto aos desconhecidos e assim garantir a validade da util1zaçao de testes estatísticos. • •

Randomizaça- o a1eat or1a , · - a a1ocaçao - dos pacientes nos grupos e, fe1ta · por acaso · 5 4 Ran_domização por blocos - a alocação é feita em pequenos blocos (entre e

pacientes).

88 f PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

,

Randomizaçã o estratificada - é feita em estratos (

. d 1 . d . - , . exp. a u tos e crianças). Este tipo de ran om1zaçao e real izado quando 0 estrato em t. , . . ques ao possu i caractenst1cas importantes no estudo, podendo levar a resultados diferentes.

Equipe Investigadora Muitas pesquisadoras ·nvest.1gaçao - cI'1n1. , . pessoas, nas . instituições ~ . ,, , estão envolv.idas na 1 ca·. medicos, enfermeiras, farmaceut1 · ·t os da pesqui-. . , . . cos, patrocinadores" , pac'ientes (s u1e1 sa) e outros fu nc1o ~ar1os do hospital. Todos os profissiona is envolvidos em um estudo têm uma parte resp.onsave~ com o protocolo e traba lham de forma interdiscipl ina r. Contudo, 0 principal.'nvestrgador e a p_ess.oa ~esponsável legal para a condução do estudo. Atua lmente os investigadores responsave1s sao profissionais exclusivamente médicos. Uma rea l. idade. bra~ileir~ ~ a d!ficuldade para encontrar profissionais capacitados, pois 0 campo da rnvest1gaçao cl1n1ca ainda é relativamente "novo".

Conceitos Básicos •

Patrocinador - um indivíduo, empresa, instituição ou organização responsável pela irn p lementação, gerenciamento e/ ou financiamento de um estudo clínico. • Investigador coordenador - é o investigador responsável pela coordenação dos investigadores de diferentes centros participantes em um estudo multicêntrico . • Investigador - pessoa responsável pela condução de um estudo clínico em uma instituição/ cen tro de estudo. Se o estudo for conduzido por um grupo de pessoas em um centro de estudo, o investigador será o coordenador responsável pelo grupo e poderá ser denominado como investigador principal. • Brochura do investigador - compilação de dados clín icos e não clínicos sobre o(s) produto(s) sob investigação, em seres humanos. • Sub-investigador - qualquer membro individua l do grupo envolvido no estudo clínico, o qual é designado e supervisionado pelo investigador principal no centro de estudo para conduzir procedimentos essenciais e/ou tomar decisões importantes relacionadas ao estudo (incluindo associados, residentes, bolsistas de pesquisa). • Código de identificação do paciente - cód igo exclusivo, designado pelo investigador para cada paciente do estudo, para proteger sua identidade e ser utilizado como um substituto para o nome do paciente em situações em que o investigador relatar ever1tos adversos e/ou outros dados relacionados ao est udo. • Formulário de caso clínico (CRF) - documento impresso, óptico ou eletrônico, destinado a registrar toda a informação requerida em protocolo, a ser relatada ao patrocinador sobre cada paciente envolvido no estudo. • Conselho de revisão institucional (IRB) - organização independente constituída de membros médicos, científicos e não científicos responsáveis por garantir a proteção dos direitos, segurança e bem-esta r dos pacientes envolvidos em um estudo, através, entre outros meios, de revisão, aprovação e cont ínua revisão de protocolo do estudo e de suas emendas e métodos e materiais a serem util izados na obtenção e documentação do consent imento informado dos pacientes do estudo.

DROGAS DE INVESTIGAÇÃO CLÍNICA

89 Scanned by TapScanner

d

ervisionar o progresso de um estudo clínic • Monitorizaçã o - ato ed s~dpo registrado e relatado, de acord o com 0 o, 9aran. prato 1 ·a con uz1 , ) tindo que este se ci·onais padronizados, com as normas de b coo d. ntos opera , . oa p , . , com os proce im~ ~ . regu latórias aplicave1s. rat1ca clínica e outras ex1genc1asda pelo patrocinador ou pela organização de se . soa designa . . rviços d • Monitor - pes , monitorizar e comunicar o cumprimento do prot0 e . spo11save 1 por . .f. colo a pesquisa, re d esquisa clínica, assim como para ven 1car a infor _ Lltorizado e o prog~esso , Participante pesquisado, individua l ou coletivam~ªÇao. • Sujeito da pe~~u1sa e pqualquer forma de remuneração. nte, de caráter voluntario, ve a a

ª

dJ

'

.

Órgãos Regulator1os

- d investigação clínica, é necessário que o estudo passe por órgã

Para a con duçao e _ . ) , . , . os , . . d Leg islação (Resoluçoes e Portarias ate o 1n1c10 da pesquisa regulator1os respe1tan o a d · "É L . / - associada à competenc1a dos pesquisa ores e centros de pesquis essa eg1s açao, A , . L . " (L as . . i d Brasil um país de destaque na mer1ca atina ousana 2002) nac1ona1s, que 1azern o . . I, _ ' ,. · A Anvisa (Agência Nacional de V1gdanc1a San1tar1a) .e o pr1nc1pa orgao regulatono para - d m novo medicamento no mercado nacional. aprovaçao e u A

A









,



,





ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária A Agência Nacional de Vigilância Sanitária foi criada pela Lei n. 9.782, de 26 de janeiro de 1999. É uma autarquia sob regime especial, ou seja, uma agência regu ladora caracterizada pela independência administrativa, estabilidade de seus dirigentes durante 0 período de mandato e autonomia financeira. A gestão da Anvisa é responsabilidade de uma Diretoria Colegiada, composta por cinco membros. Na estrutura da Administração Pública Federal, a Agência está vinculada ao Ministério da Saúde. A finalidade Institucional da Agência é promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados. Além disso, a Agência exerce o controle de portos, aeroportos e fronteiras, bem como a interlocução junto ao M inistério das Relações Exteriores e instituições estrangeiras para trat ar de assuntos internacionais na área de vigilância sanitária.

CONEP - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CO NEP/MS) é uma instância colegiada de natureza consultiva, deliberativa, normativa, educativa, independente, vincu lada ao Conselho Naciona 1d e Sau' d e - CNS . Com a função de implementar as normas e d.1retnzes · regula.mentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Cabe à CONEP apreciar as p~squisas enquadradas nessa área atuando conjuntamente com uma rede de Comitês de trca em Pesquisa_ CEP.

É

90 I PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

,

CEP _ Comitê de Etica em Pesquisa Toda pesquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetºd

·

.

-

.

' a a aprec1açao

d

e urn Comitê de ct1ca e_rTI ~es~u1sa. Faz_parte dest~ comitê, um grupo independente (da pesquisa) de p~s~oas (r nst1tuc1~nal, re_g1~nal _ou nacional) constitu ído por profissionais mé·cos e não med1cos e por nao prof1ss1onars, que têm a responsabilidade d d1 . ·d d dº . h e assegurar roteção da integr1 a e e ire1tos umanos das pessoas participante s d . aP · , . d . a pesquisa. Considera, portanto,_ a et1ca gera 1 o e~t_udo, reafirmando deste modo publicamente a segurança da ~esq_uisa · Esta r:sponsabil1dade est á estabelecida nas diversas diretrizes éticas lnternac1ona1s (Declaraçao d e Helsinque, Diretrizes Intern acionais d e Pesquisas Biornédicas envolvendo Seres Humanos - CIOMSO e Manual para a Boa Prática Clínica _ Versão Harmon izada Tripartite E.U.A., Europa e Japão - ICH) e Nacionais (Resolução CNS 196/96 e complementa res) . Os Comitês de ttica se constituirão e exercerão suas tarefas livres de influência daquelas pessoas que conduzem ou interveem na pesquisa clínica (pesquisadores, patrocinadores, etc.). r- .

I

Boas Práticas de Pesquisa Clínica (GCP - Good Clinica/ Practice) É um modelo para estudos clínicos que compreende o desenho, condução, monitoração, terminação, auditoria, análise, comunicação e documentação das pesquisas clínicas, assegurando que a pesquisa seja cientificamente e eticamente correta e as propriedades clínicas do medicamento e/ou especialidade medicinal para diagnóstico, profilaxia ou terapêutica, estejam apropriadamente documentadas. O objetivo para Boas Práticas Clínicas é fornecer um padrão unificado para a União Europeia, Japão e E.U.A. , facilitando a aceitação mútua de dados clínicos pelas autoridades regulatórias nestas juri sdições. Em 1996, na Conferência Internacional de Harmonização, foram organizados e publicados um conjunto de normas e padrões éticos e científicos em forma de manual - Manual para Boa Prática Clínica - Guia Tripartite Harmonizado ICH (Conferência Internacional de Harmon ização) [Situação EMEA em Junho de 1996]. O manual foi desenvolvido considerando a Boa Prática Clínica atual na União Europeia, Japão e E.U.A ., bem como da Austrália, Canadá, Países Nórdicos e a Organização Mundial da Saúde (WHO).

Princípios das boas práticas clínicas . •

,

.

,

.

.

Os estudos clínicos devem ser conduzidos de acordo com os pr1n c1p1os et1cos orig inados na "Declaração de Helsinque " e devem ser consistentes com as normas



de boas práticas clín icas e com as exigências regulatória: aplicáveis,- . Os riscos e conveniências devem ser pesados em re laçao ao benef1co esperado

_o



para 0 paciente (sujeito da pesquisa) e para a sociedade. estudo somente deve ser iniciado e cont inuado se os benefícios superarem os riscos. · · b d · ºto da pesquisa são considerados O s d1re1tos, a segurança e o em-estar o sujei . . da maior im p ortânc ia e devem prevalecer sobre os interesses da ciencia e da soA



ciedade.

DROGAS DE INVESTIGAÇÃO CLÍNICA

91 Scanned by TapScanner



, . não clínicas adequadas e disponíveis s b , . o re -es cl1n1cas e haver inforrnaço ortar 0 estudo clinico proposto. um e D • ev . . a ão para sup ,. ,. duto e111 111vestig ç bases cíent1f1cas solidas e devem ser desc . pro línÍCOS deverTI ter ritos em • Os estudos e detall1ados. rotocolos claros e d ·dos de acordo com o protocolo que rec b P ser con uzi ." É· e eu d • Os estudos eve~ , 1 prévia de um Com1te de t1ca em Pesquis . a a inde. - ou opin1ao favorave aprovaçao pendente. . _ . d·cas para um sujeito de pesquisa devem ser se 1 .d d dec1soes n1e rnpre d • Os cu1 a os e d e'd·ico ou de dentista, quan o apropriado. b·rd 1 de e ur11 m de responsa r .d na realização dos estudos devem ser academicarn t· · nais envo 1v1 os ente • Os pro 1ssio . d erientes para executarem suas tarefas. r1f ados tre111a os e exp ºd 1· qua ic '. . f do por escrito, concedi o 1vremente, deve ser obt'd • Un1 consentimento in orn1a d I' . 1o . d sua participaçao nos estu os e 1n1cos. de cada paciente, ar1tes e . d . bre 0 estudo clínico deve ser reg istra a, manuseada e arnu· • Toda a 1nforn1açao so _ .f. _ . .., 1·t· relatos interpretaçoes e ver1 1caçoes precisas. vada de n10do a perm1 ir ' . .. . . b.I d d dos registros que possam 1dent1f1car pacientes deve ser protegi• A conf1a 11 a e . " . . d privacidade e as regras de acordo com as ex1genc1as regulatórias d a, respe1tan o a aplicaveis. . • Os produtos sob investigação devem ser produ~1do~, ma nuseados e armazenados de acordo com a GMP - Boas Práticas de Fabr1caçao e usados de acordo com 0

ª

protocolo aprovado. . • Devem ser implementados sistemas com procedimentos adequados que assegurem a qualidade de todos os aspectos envolvidos no estudo.

Protocolo de Pesquisa Protocolo de pesquisa são documentos que contemplam a descrição da pesquisa em seus aspectos fundamentais, informações relativas ao sujeito da pesquisa , à qualificação dos pesquisadores e todas as instâncias responsáveis. Encontra-se no protocolo:

• Folha de rosto - título do projeto. Informações do pesq uisador responsável e do patrocinador. Fase do estudo. Data em que se finalizou o documento. Quantidade de páginas. Endereços dos responsáveis pelo estudo. Informações adicionais como palavras-chave, código do projeto ou itens, que possam identificar o estudo facil mente. • Descrição da pesquisa - propósitos e hipóteses a serem estudados. Antecedentes científicos e dados que justifiquem a pesquisa. Material e métodos, casuística, resultados ~spera~os ~ ~ib~iografia. Análise de riscos e benefícios. Responsabilidadesdo p~squisador, instrturçao, promotor e patrocinador. Local da pesquisa. Orçamento. Divulgação dos resultados. • Sujeito da pesqu· , · de . . , isa - caracter1st1ca da população estudada. Recrutamento 1nd1v1duos Crit , · d · 1 · e . · .erros e 1nc usao e excl usão. Termo de Consentimento Livre~ Esclarec1do. Orientaçã . ao 0 1 . . . _ em re açao aos riscos e descrição de medidas de proteç ou m1n1m1zaçao de qualquer ri sco eventual.

92 /PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

Atuação do Farm acêutico e da Farmácia Hospitalar

Assistência farmacêutica Os Guidelines - ASHP descrevem a função do farmacêutico com relação à pesquisa clínica, fornecendo or·ientações e comunicando a função e responsabilidade deste profissional aos outros .participantes do ~studo. Farn1acêutrco ter11 um papel 1111portante na manipu lação e monitoração de todas as investigações de fármacos, er11 virtude da especia lidade, estoque, dispensação de todas as drogas do l1ospital. Farn1acêutico envolvido na pesquisa clín ica deve assegurar o registro de responsabilidade das drogas de investigação, forn ecer informações ao paciente e a outros profissionais e11volvidos na investigação clínica. Certificar a qualidade da droga de investigação (inventário da temperatura de geladeira, rastreabilidade do lote), documentação da dose dispensada ao paciente, da droga de investigação não utilizada que deve ser re-encaminhada à farmácia. O Farn1acêutico deve seguir os padrões encontrados nos Guidelines - ASHP que assegurando o controle das drogas de investigação, constando na farmácia, uma cópia do pr·otocolo, a brochura do investigador, a folha de dados da droga de investigação e todas as emer1das, sob responsabilidade do farmacêutico. O Farmacêutico deve desenvolver ferramentas para o "bom andamento" deste estudo. O ideal é a apresentação de um formulário, contendo informações técnicas da droga de investigação, instruções fornecidas pelo investigador e patrocinador, dados coletados com a equipe de enfermagem e orientações pertinentes da administração da droga de investigação:

o

o

• • • • • • • • • • • •

designação da droga de investigação e sinônimos comuns; apresentação farmacêutica e dose da droga de investigação; dose usual, frequência e via de administração; indicações propostas no estudo; efeito terapêutico esperado; efeitos adversos esperados. Sintomas de toxicidade e tratamento; interações droga X droga e droga X alimento; contraindicações; cuidados com estocagem e/ou armazenagem; instruções para preparação e administração incluindo estabilidade e manipulação de acordo com os Guidelines; instruções para descarte da dose não utilizada; nomes e números de telefones do investigador principal, sub-investigador e coordenador do estudo.

Cópias confidenciais conter1do essas informações devem ser distribuídas aos setores de armazenagem, preparação e dispensação, sempre sob supervisão e responsabilidade do Farmacêutico. O estoque droga de investigação deve ser feito em local apropriado, com temperatura controlada, acesso limitado, afastado dos medicamentos armazenados na farmácia.

DROGAS DE INVESTIGAÇÃO CLÍNICA

93 Scanned by TapScanner

ome da droga de investigação, apresentação fa n O ter ·stro deve con rrnac "' .h d f A 1c a e regi , d lote / prazo de validade, nome e endereço do patro . eu. d m numero o c1nad 0 t1ca e osage ' tras informações pertinentes para a dispensação da d r, , do protoco 1o, e ou . - d roga d numero f. h deve constar toda a mov1mentaçao e estoque (quant·d e · t. ão N esta 1c a . 1 ad 1nves igaç · f .d desperdiçadas ou dispensadas), com datas, numero do cód· es recebidas, trans_err _as, d édico prescritor. igo da . . f Ih O . . droga de invest1gaçao e nome o m . t e mission on Accred1tat1on o Hea t care rgan1zations Baseado na Jo1n om . - d . , para a _ d studo clínico, a droga de invest1gaçao eve ser regi strada e guard d conduçao e um e . - d . . a a ,. . d. pensadas somente com a autor1zaçao o 1nvest1gador respon , pelo farn1aceut1co e 1s .. . . savel . · nal desi·gnado / não sendo perm1t1do que os 1nvest1gadores mantenh ou outro prof 1ss10 arn em seus escritórios ou consultórios. _ 0 protocolo deve especificar 0 desenvolvimento das funç.oes _do '.armacêutico e dos outros membros da equ ipe, e incorporar a cada um, duas a~l1c~ço:s importantes para a condução do estudo, tais como educação ao paciente e mon1tor1zaçao da terapia (incluindo reações adversas). . . _ . A farmácia clínica pode trazer importante contr1bu1çao para o serviço de drogas de investigação, pois 0 farm acêutico clínico pode monitorar a administração e as reações adversa s e determinar a incidência de reações adversas desenvolvendo ferramentas, procedimentos e programas para utilização dessas drogas de investigação de acordo com 0 protocolo est udado. Os pacientes devem ser monitorados com rela ção a qualquer tipo de rea ção adversa que podem ser causadas pela droga em investigação. Essas reações são documentadas e relatadas ao patrocinador. É importante salientar que, para assumir a responsabilidade do controle da investigação de uma droga, a instituição deve estar disposta a dar suporte e recursos aos pesquisadores fa cilitando a promoção deste estudo. Deste modo, o Farmacêutico é o profissional preparado para prover a assistência farmacêutica (informação, registro, preparação, administração, estocagem) para os investigadores, paciente (sujeito da pesquisa), instituição pesquisadora e o patrocinador da pesquisa.

Bibliografia Consultada 1. Canse.lho Nacional de Saúde - Boas práticas de pesquisa clínica - Mercosul / Boas práticas de pesquisa de farmacologia clínica. [editorialJ. 2. Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196 de 1O de outubro de 1996. Diário Oficial da União. 3. Lou ~a n a G. A pesquisa clínica no Brasil. 1ª ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2002. 4. Br~sil . Consel~o Nacional de Saúde. Declaração de Helsinque de 07 d e outubro 2000. Associação rv1edrca Mundial.

0

5. Galle/li JF, H ira~aka P ~, G~imes G~. _lnvestigational drugs in the hosp ital. ln: Handbook of lnstitutional Pharmacy Pra~tr~e. 2 e~1t1on. W1ll1ams & Wikins 1986; p. 471 -99. 6. ICH - Good .Cl1n1cal Practrce Manual (Manual p ara a b oa pratica ' · cl'1n1ca). · - h armonrza · d a tnpart1 · ·t e Versao (Estados Unidos, Europa e Japão). Conferência Interna cional de Harmonização (I CH) Janeiro de

1997.

.

7. ~;:~~aPNacional ~e Vi~ilância Sanit~ri. a . Disponível em: www.anvisa .gov.br 8. S . t . freHparlrnhg t e p armacy for a JOrnt commission survey. 5th edition. Bethesda: ASHP- American ocre ~ o ea t -System Pharmacists; 2003. 9. Councd for lnternational Orga . t ' f . Organização Mundial d S , d n1za rons o Medical Sciences (CIO MS), em colaboração com a guidelines nov h (au e (OMS). Genebra, 1993. Disponível em: http:// www.ciorn s.ch/frame_ 2002 · tm Acessado em 2009).

ª

94 / PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

Lagonegro ED. CEP-_Cent~o de Referência e Treinamento DST/AIDS . São Paulo: Cadernos de ttica 1 O. em Pesquisa. 2001 . D1spon1vel em: http://www.crt.saude.sp.gov.br/pesquisas/historico.htm Hossne WS. O CEP, o pesquisador e o relator. São Paulo: Cadernos de ttica em Pesquisa . 2001. 11 · Disponível em: http://www.crt.saude.sp.gov.br/pesquisas/cep.htm Phillips MS. ASHP Guidelines and future directions for pharmacists. Bethesda: American J Health12. 99 Syst Pharrn; 19 · . . Nishioka S. Current regulatory cl1mate 1n Latin America: the case of Brazil. Second Latin America 13 · Congress of Clinicai Research. Mexico; 2003. Carlini EA. Pesquisas fármaco-cl ínicas no Brasil: ttica e normatização. São Paulo: Fapesp; 1987 . 14. _ Lewi OS, Accetturi C, Lousana GB. Manual de boas práticas clínicas. São Paulo: Escola Paulista de 15 Medicina - Universidade Federal de São Paulo; 1997. 16 . Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Manual operacional para comitês de ética em pesquisa . Brasília: Ministéri o da Saúde; 2002. 17. Tamer HR, Sweet BV. Compouding pharmaceuticals for investigational use. Bethesda : American J Health-Syst Pharm; 2002. 18. Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 25 1 de 07 de agosto de 1997. Diário oficial da União. 19. Código de Nuremberg - Tribunal lnternational de Nuremberg. Alemanha; 1947. 20. American Society of Health - System Pharmacists. ASHP Guidelines for the use of drugs in clinicai drug research. Bethesda: American J Health-Sys Pharm; 2003. p. 398-404. 21. Sociedade Brasileira de Pesquisa Clínica. Disponível em: www.sbppc.org.br

DROGAS DE INVESTIGAÇÃO CLÍNICA

95

Scanned by TapScanner



Radiofarmácia A ndressa de Abreu Ferraresi Dayane Bertollo Cozer Candiotto Giovana Roberto Zelezoglo

Introdução O radiofármaco é uma substância que, por sua forma farmacê utica, quantidade e qualidade de rad iação, pode ser utilizada no d iagnóstico e tratamento de seres vivos, qualquer que seja a via de administração ut ilizada . De forma mais simples, podemos d izer que os radiofárrnacos são moléculas ligadas a elementos rad ioativos (radioisótopos ou rad ionuclídeos), con stituindo, dessa forma, fármacos rad ioativos usados em uma especial idade médica denom inada Medicina Nuclear. Os radiofármacos são utilizados com a fina lidade de diagnosticar patolog ias e d isfunções do organismo. Em menor extensão, são aplicados na terapia de doenças, particu larmente no tratamento de tumores radiosensíveis. No Brasil, os primeiros passos nesse sentido foram dados a partir de 1956, qua ndo, pelo convên io entre o CNPq (Conselho Naciona l de Pesquisa) e USP (Universidade de São Paulo), foi criado o IEA (Instituto de Energia A tômica). Em 1959, começaram os trabalhos pioneiros do IEA no campo dos radionuc lídeos, com a produção de lodo-131 para aplicação médica. Somente quatro anos ma is tarde, em 1963, o IEA, atualmente IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e N ucleares), começou a produção rotineira d e radioisótopos e depois a inclusão dos procedimentos farmacêuticos de rad iofármacos. Nos anos segu intes, outros radiofármacos foram sendo desenvolvidos, produzidos e distribuídos, como o cloreto de eo

153 Sm

º TI (T álio-201 ),

2 1

para estudo da viabi lidade cardíaca,

(Sa mário-1 53) que, na forma de EDTMP- 153 Sm, age como paliativo das dores

proven ientes de metástases de câncer ósseo. Em 1999, foi iniciada a produção e distribuição de Fluordesox ig licose- 18F (FDG- 18 F), para estudo da viabilidade m iocárdica e localização de tumores, com grande aceitação pela classe méd ica nuclear. O

18

F (Flúor-18) foi

o primeiro radioisótopo produzido no Pa ís, para uso na técnica de PET (Positron

Emission

Tomography), q ue perm ite maior sensib ilidade nas imagens e d iagnósticos. Os radiofármacos compreen dem : os geradores de radionuclídeos, os conjuntos de reativos liofilizados pa ra marcar com Tc-99m (Tecnécio-99c) ou Kits e os precursores dera-

RADIOFARMÁCIA

97

Scanned by TapScanner

radionuclídeos é um sistema de preparação de d. de d ' os O gera or ra iof . d. farmac ·. . m radionuclídeo de meia-vida longa que decai num outro rad· arrnacas em que se ut'.dlrza (u traído por métodos de extração). Os kits para a p ionuclídea 1 é elu1 o ou ex . ·· d . repara ~ o qua. odem ser preparações l1ofil1za a~ a ,serem reconstituídas e/ou Çao de radrofarrnac~s p l'd na produção fina l de radrofarmacos. Ouanto aos p combina. rad1onuc r eos . l'd recurso das. eom , odem ser qualquer rad 1onuc 1 eo produzido por rad· res de radrofarmacos, ~est~s p d dministração . 'º-marcação de urna substancia, antes a a



CONCEITOS

Radioatividade A radioatividade é um fenômeno nuclear que ocorre quando o núcleo de urn . , . , 1 atorno emite radiações, através de ondas eletr~magn~t1cas ou pa~1~u as que se propagam corn alta velocidade e com energia e que, ao interagir com a ma~er1a, pode~ pr~~uzir variados efeitos. As rad iações podem ser gerad~s p_or fontes natura,'~ ou por d1spos1t1vos construídos pelo homem. São exemplos ~ad1açoes eletro.ma_?net1cas: a luz, as micro-ondas, as ondas de rád io, os ra ios X e a rad1açao gama. As rad1açoes sob a forma de partículas rnais

?e

comuns são as radiações beta e alfa.

Núcleos

,

.

estave1s

com excesso de energia (radioativos)

1' Excesso de energia emitida em forma de matéria (partículas)

radiação a radiação ~



emitida em forma de ondas eletromagnéticas radiação y

Fig. 11.1 - Apostila educativa: Radioatividade - CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).

Radiações ionizantes .

As radiações são denominadas ionizantes quando produzem íons, radicais e elétrons

livr~s na matéria que sofreu a interação, ou seja, quando a energia incidente sobre um material é suficiente para arrancar elétrons dos seus átomos.

d. -

,

.

. .

A ionização se deve ao fato de , .

as, ra iaçoes ~ossu1rem energia suf1c1ente para quebrar as ligações qu1m1cas ou ex eletrons dos atomos após colisões.

pulsar

98 / PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

Emissões de radiação A emissão de radiação é a fo rma que o núcleo instável encontra para se estabilizar. tipos de emissões de rad iação: a radiação alfa ou partícula alfa, E,XI.Stem basicamente três , l b d. d ·ação beta ou partrcu a eta e a ra ração gama.

a ra ' •

Radiação alfa ou partícula alfa (a.) - a radiação alfa é emitida por um núcleo atômi-

co instável, geralmente de massa atômica elevada. É constituída por dois prótons e dois nêutrons sendo a forma mais rápida de atingi r a estabilidade, pois cada partícula alfa tem número de massa igual a 4. Sendo assim, a cada partícul a alfa emitida por um núcleo instável, sua massa diminui 4 unidades. As rad iações alfa apresentam baixo poder de penetração e alta taxa de ionização. • Radiação beta ou partícula beta ( ~) - a rad iação beta é a forma encontrada pelo núcleo instável para se estabilizar, quando existe um número bem maior de nêutrons do que de prótons. Um elétron negativo (~-) ou positivo (~+) é emitido pelo núcleo na busca de sua estabilidade, quando um nêutron se transforma em próton ou um próton se transforma em nêutron, respectivamente . A partícula beta possui alta energia cinética e poder de penetração superior a da partícul a alfa, devido ao fato de a partícula beta possuir massa muito inferior à partícula alfa. Já o seu poder de ionização tam bém será considerável, no er1tanto menor q ue o das partículas alfa, uma vez que a carga das partícul as beta são inferiores à das partículas alfa. • Radiação gama (y) - a rad iação gama, ao contrário das radiações alfa e beta, é formada por ondas eletromagnéticas emitidas por núcleos instáveis, logo em seguida à emissão de uma partícula alfa ou beta, uma vez que o núcleo resultante desse processo, ainda com excesso de energia, procura estabilizar-se. A rad iação gama é altamente penetrante, uma vez que não possui massa, nem carga elétrica. O poder de ionização dessa rad iação pode ser inferior ao das partículas alfa e beta, mas isso irá depender do quão energética é a rad iação gama.

Radioisótopo Radioisótopo ou radionuclídeo é um elemento que tem uma configuração no seu núcleo a q ual o torna instável e tende à estabilização pela emissão de radiação. O rad ioisótopo pode ser de origem natural ou obtido por reator atômico ou aceleradores. Podem ser divididos em fontes de irradiação ou traçadores (radiofármacos) e possuem grande aplicação na Medicina Nuclear.

Decaimento radioativo O decaimento radioativo, também conhecido como desintegração radioativa , é a desintegração de um núcleo através da emissão de energia em forma de radiação, sendo que a radiação pode ser emitida na forma de energia que se propaga por meio de partícul as (radiação corpuscular) ou por meio de ondas eletromagnéticas (radiação eletromag~ éti~a). O decaimento radioat ivo é a alteração sofrida pelo núcleo de um elemento rad1oat1vo após a emissão de uma radiação.

RADIOFARMÁCIA

-

99 Scanned by TapScanner

Tempo

de meia.vida

,

tempo necessário para que a metade d 7 de meia vida (Ti; airnento radioativo. Existem três conce~ quantidade ) de 0 O ten1p . 1 dioatívo sofra ec ' os de me· ,..,..,atena ra ia_ de um'" vida: cessário para que um nuclídeo rad ioativo t h e tempo n d 'd d en a o ,. f • Meia.vida 1sica _ s ou a sua ativida e por uni a e de tempo d seu , de desintegraçoe re U2ida , nun1ero a metade. , . orre quando um elemento químico, radioativo ~ . 'd biolog1ca - oc ou nao · . , 1· · d 1 • Me1a·VI a . sofre metabo 1zaçao e e e 1m1na o pelas vias ,e , . norma·1 'do no organismo, d intro uzi . .d biológica 0 tempo necessar10 para que metad s. de me1a-v1 a . . e des Chan1a1nos 1· d pelo organismo seja el1m1nado. se 1 1 ento n1etabo iza o . 'd f' . f . , da combinação entre a me1a-v1 a 1s1ca e a biológ· e en Meia·vida e et1va - e ica que • . .d efetiva correspondente ao tempo em que a dose de rad· ~ sur~e ª- me1a-v1 ta à radia~ão fica reduzida à metade. iaçao do orgao expos o 0

Radiofármacos Os radiofármacos são materiais radioativos .preparados ~~ra serem administrados a . G !mente são radioquímicos associados a estabilizadores, tamponadores pacientes. era . , , . f ~ . . . e outros elementos, cuja finalidade e dar caracter1st1cas armace~t1cas com possibilidades de administração, principalmente por :'ia. intravenosa .. Um rad1~~ármaco incorpora dois componentes: um radionuclídeo, substancia co~ ~ropr1edades f1s1cas ~d~quadas ao procedimento desejado (partícula emissora de rad1açao beta, para terapeut1ca; ou partícula em issora de radiação gama, para diagnóstico) e um vetor fisiológico, isto é, uma molécula orgânica com fixação preferencial em determinado tecido ou órgão. Essencialmente, os radionuclídeos são a parte radioativa dos radiofármacos. Mas esses, também possuem uma molécula (não radioa tiva) que se liga ao radionuclídeo (marcação radioativa) e o conduz para esse órgão ou essa estrutura que se pretende estudar.

Produção de Radionuclídeo Os radionuclídeos usados em Medicina Nuclear para diagnóstico e terapia são produzi~os artif~cialmente em reatores ou aceleradores de partículas. Podem, ainda, ser acessíveis atraves de geradores de radioisótopos, que permitem a utilização de radionuclídeos de t ,12 (tempo de meia-vida) curto, por meio do decaimento de um radionuclídeo com t112 longo. Esses radi?nuclídeos de t 112 longo são produzidos em reator ou cíclotron. . Os radionucl1deos que decaem por emissão de partículas p- são geralmente produzidos em reator, por fissão do 235 U (Urânio-235) ou por reações de captura de nêutrons numa amostra alvo a · d O d ' , 1 " · ou . _ propr1a a. s ra 1onucl1deos que decaem por captura e etronica emissao de partículas A+ d ·d , 1 d eled . . JJ sao pro uz1 os em cíclotrons. Nessas reações, part1cu as e va a energ ia interagem · 1 , . . . d dutos d f. · , com nuc eos estave1s de alvos apropriados, or1g1nan o pro e ic1entes em protons N alvo podem ser , ~· esse processo, as partículas que interagem com as amostras protons, deuterons, partículas alfa ou 3He.

100 I PRÁTICA FARMACÊUTICA NO

AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

Os geradores permítem obt~r um radíonuclídeo de t 117 curto a partir d e um radionuclídeo de t 112 longo. As. propri~dades químicas dos dois radionuclídeos precisam ser distintas para que e.les se1am facdmen~e separados. Os geradores são constituídos por urna coluna de alum1na.' o~ por uma re sina de troca iónica, na qual se fixa o radionuclídeo "pai" de tempo de meia-vida longo. Por decaimento d este último, forma -se o radionucl ídeo "filho:' , que é separado. por_eluiç~~, com um eluente adequado. O eluído pode ser utilizado diretamente em aplicaçoes clinicas, constituindo, neste caso, a substância radiofarrnacéutica; ou pode s:r:vir ~ara preparar radio fármacos mais complexos. O eluído deve ser obtido na forma esterd e isenta de pirogénios. A utilização do gerador d eve ser feita de forma a nunca se perder a esterilidade e a apirogenicidade. Na Fig. 11 .2, apresenta-se 99 9 esquematicamente o gerador Mof mTc (Molibidênio -99/Tecnécío-99m).

Eluente

! •

~l

t,•

_r

-

!

••

99

Mo0, 2

Proteção de chumbo

-

Alumína

:

·~ ~

-

Fig. 11.2 - Esquema do gerador 99Mo/99 mTc.

Radiofármacos: Diagnóstico e Tratamento Os radiofármacos, utilizados na prática clínica, apresentam características de diagnóstico ou terapêutica. As suas propriedades nucleares são utilizadas para se realizarem diagnósticos variados por meio da avaliação da distribuição do material radioativo no corpo hu mano, após a sua administração. Nesses exames, a irradiação do paciente é inevitável, mas deve-se cuidar para que ela seja a menor possível. A dose de radiação é proporcional à atividade administrada que deve ser suficiente para ser b em detectada externamente, nunca excessiva. O paciente fica emitindo radia ção enquanto a atividade administrada nele for significativa. Por isso,

devem

ser usados radioisótopos de meia-vida curta . Um método tradicional de diagnóstico, como a cintilografia, emprega há muitos anos o material radioativo, como, por exemplo, o iodo. Na cintilografia, a pessoa recebe o material radioativo que, após um tempo, se deposita em alguns órgãos. Imagens t iradas posteriormente, permitem ao médico avaliar as condições morfológicas e verificar se

RADIOFARMÁCIA

J0J

Scanned by TapScanner

. da pessoa. O radi oisótopo ma is utilizad _ , . . . . o na M . 0 rgan1smo . alteraçoes no ed1cina . d é 0 tecnecio-99, para c1 ntdograf1 a. existem , e no mundo a1n a Nuclear no Pais . diofármaco em pregado no diagnóst ico d , , . 99 - e um ra d. 1, . e tum • otecnec10- . b/emas pul mo nares, ca r 10 og 1cos e hep átic Ores, funções renais, dproB0º1 dos proced ime ntos da área de Mediei os. É Utilirca e 'º , . na Nu 1 zado em ce . t de Pesqu isas Energet1 cas e Nu cleares (lpen) .e ear. o lnst1 tu ·1 , un1d d 0 No Brasi · _ Paul o fornece sem ana 1mente a ce rca de 300 1. . ª e NEN e111 5ao ' d , . e in1ca C da , chamados geradores e tecnec10, equ ipame se ·tais do Pa is os _ , . ntos q 1 l1osp .bd " . _99 p ara geraçao do tecnecio-99 . O Brasi l não Ue o n10 1i en10 produz usam . ( 1.bdênio-99) mas irnporta da empresa ca nadense MDS No d' ª sua n1atnz 1110 r ' r ion e processa em São Paulo. . d 2009 a empresa canadense informou a necessidade de suspe d Em n1a10 e ' . d n er o . d olibidên io-99 matéria-prima para a pro uçao do gerador do tecn , . fornecrmento e m ' _ d . ec10 .d , da do rea tor nuclea r de produçao a Nat1onal Research Unive 'i devi o a para . f . rsa (NRU), eni Ontário, Canadá. Para at~nuar essa crise no ornec 1 m:~to d~ molibidênio-99, a CNEN definiu medidas como planejamento. de compra ~~ mater1a-pr1ma da Argentina e negociação com a MDS Nordion ~o .fornecimento de tal r~-201, que pode substituir 0 tecnécio-99 em alguns casos. Em medro prazo, a CNEN esta desenvolvendo projeto de um novo reator de pesquisa que, em cerca de seis anos, tornará o Brasil independente

- nessa area. ' de importaçoes reator can adense é um dos quatro produtores de grandes quantidades de mol ibdênio desti nado aos serviços de Medicina Nuclear em todo o mundo. Nesse reator, são produzidos 30 a 40% dos radioisótopos para uso médico no mundo e aproxi madamente 50% para a América do Norte. Em 2007, uma parada do reator NRU também impactou a distribuição dos geradores de tecnécio para os serviços de Medicina Nuclear do pa ís. Outro método diagnóstico em crescente desenvolvimento é a tomografia por emissão de pósitrons (PET), que alia alta sensibilidade e resolução a uma correlação anatômica perm itida por um tomógrafo computadorizado (CT) . A técnica perm ite a identificação precoce do tumor, de forma precisa, sem tratar-se de um método invasivo. O FDG (molécula de glicose marcada com flúor-18) é aplicado no paciente e, com o PET /CT, é possível verificar se há áreas de captação do fármaco rad ioativo.

o

• O Flúor-18 - apresenta tempo de meia-vida 109 minutos, é o princi pal isótopo. empreg.a~o para estudos PET, sendo obtido em ciclotron a partir do bombar: deio, do oxrgenio-18 com prótons. Após sua obtenção, o flúor- 18 é incorporadoª molecula de deoxiglicose, dando origem à fluordeoxiglicose-18F (FDG-18F) que,

marc~da com 0

°

flúor-18 (FDG-1 BF), é seme lh ante à g li cose . Dessa forma, FDG18F e captado por , 1 l " maior .. ce u as que tem grande consumo de glicose por t erem at1v1dade metab 0, I' S . . . . . cisão rn t, rca. ua apl1caçao va i da onco logia, d1st1ngu1ndo com pr~ e astases de neo s infecciosos. P asias orrg1 na1s, neurologia, ca rdiologia e processo 1

J02 / PRÁTICA FARMACÊUTICA

.

.

.

.

NO AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

O ciclotron é.º mais versátil e cornpacto trpo de acelerador de partículas da atualidade. Empregando rnteiisos canlpos magneticos capazes de curvar a trajetória das partículas e um cai11po de rádio freqL1ênc1a para acelerar particulas. As inforn1ações fornecid as pelo e ame PET auxiliam n o melhor estadiam ento do tumor e, er11 niLiitos casos, levam à mudança de conduta m é dica. Quando um tumor é detectado, os e ames para ident ificar seu est ágio ajudam a d eterm inar sua localização e at a e se e le d issen1inou-se (produziu metástases) . O estadiam ento tar11bém periTiit e que os n1édicos pla r1ejem melh o r o tratamento . Em cardiologia, o FDG possibilita estudos sobre viabilidade do miocá rdio, músculo cardíaco. Na área de neurologia , o FDG permite identificar a ocorrência de demências. E~ deterniinadas situa çõe s, n enhum o utro m étodo é ca paz de avalia r a real extensao do tum o r e detecta r sua recidiva. Outros radiofármacos, como o lodo- 123, o Gálio-67 e o Tálio-201, também são utilizados.

• lodo-123 - com tempo de meia-vida de 13,2 horas, o iodo-123 é produzido pela irradiação de Xe-124. N esse processo, produz-se Cs-124 que decai para Xe-123 e, após 6 horas, d ecai comp letamente para 1-123. O lodo-123 (1 -123) é largamente empregado em tom~grafia SPECT, para imageamento do cérebro, da glândula tireoide e d o miocárdio. E ideal para a obtenção de imagens precisas do fluxo sanguíneo no cérebro, devido à emissão de um único fóton, e uma excelente ferramenta no diagnóstico de doenças neurológicas, principalmente o Mal de Alzheimer. • Tálio-201 - produzido em cíclotron, o tá lio-201 possui tempo de meia-vida de 73 horas, em itindo, em seu processo de deca imento, predominantemente, radiaçã o X, além de uma quantidade menor de radiação gama. Como um traçador de fluxo, uma vez injetado por via venosa, o tálio-201 distribui-se por quase todos os tecidos do corpo (à exceção do cérebro, devido à sua incapacidade de transpor a barreira hemato-encefá lica), proporcionalmente ao fluxo sanguíneo regional, acumulandose principa lmente no miocárdio, rins, fígado, intestinos e musculatura esquelética. Ao ser adm inistrado a um indivíduo em repouso, a captação miocárdica do

tálio-

201 é ráp ida, com cerca de 85% da extração ocorrendo na primeira passagem . Essa captação utiliza mecanismos de transporte ativo com utilização de energia pela bomba de sódio-potássio e difusão passiva dependente do gradiente do potencial

elétrico

transmembrana. Quando comparado aos agentes marcados com

tecnécio-99m, a extração miocárdica do tálio-201 correlaciona-se de forma mais linear com o aumento do fluxo coronariano, mantendo-se assim até que esse fluxo alcance duas

vezes

e meia o

valor basal.

Uma característica marcante do t álio-201

é a sua capaci dade de redistribuiçã o, também denominada_"fenômeno _da r~dis­ tribuição ". Essa propriedade torna possível avaliar as alteraçoes de fluxo 1nduz1das pelo estresse (físico ou farmacológico), com imagen,s obt!d~s imediatam~nte após a administra ção do agente nessa etapa, e compa~a-l~s as 1ma_ge~s ?~tidas al~u­ mas horas depois (em média 4 horas). Em con:equenc1a ~a red1str1bu1çao ocorrida durante esse período de repouso, as áreas h1poperfund1das

durant~ a etapa do

à normalização em relação às áreas normoperfund1das, uma vez condições de repouso, as alterações do fluxo c~ronariano te_ndem a ser

estresse tenderão que, em

menores que sob estresse. Essa transitoriedade do defeito de perfusao observa-

RADIOFARMÁCIA /

J03 Scanned by TapScanner

em geral é interpretada corno . . 01150 lélçrio no re P . ind1c . st1 essr rn1 rr ersistênci (1 Jrl f()(rTlrlS farmdceut1,. . marS ' 1 ...J ;i~ (COlll~)lllll tdos, < tll )Sl d rlS, c11.l c1eas, C'IC.)1 '1. ÍJnra çige 111 c 1o eletron1co, d 1spon1bil1zando todos os m d. • e ICarn íl") ' · . .. i·c 1ii t1da 11elo Lisuário, desde que seu perfil de acesso 0 aut . entos e"'"' l'Stt)lllll t),1111 º l ronze. .,, ,,~ )f ~'~l 1l(t1('S 111t t < _, • 1, jic 1 por 1 t)I t'~CI l(dl) llll C.1 '



A











ro11 e nã

CJp, cidé1des dos equipame11tos tipos de gavetas

0 i. t.ltiit1111r 1cnto Py 'is possui gavetas com diferentes configurações e capacidad

As

(n 1i11 i-gavetas), gavetas que oferecem bom controle e ca .es. · ·r d. t f. pacidad podcni Cl)ll lL"'r d, 18 a ~3 ~1 erentes me 1camen os em sua co~ 1guraç.ão standard. pe, s i0n1 L111iclad s co11figurave1s, elas podem chegar a arr;iazenar ate 108 diferentes rned· or 1 irieiltcis. LJ 1110 Lllli a gaveta co111porta seguramente ate 500 doses. Pode-se conf _ca. . .d d ( , . . 1 igura-las 111 rri do d dispe 11 saçao u111dade por uni a e un1co item, a ta segurança), ou e · ·· ' d. d'f · 1 rnrnodo atriz, clisporiibil izarido ate 6 rn e 1 camentos 1 erentes s1 mu taneamente (maior varieda111 111 ; 111 _t'Ílc1\ VGIS

de, 1T1e1101 segura11ça). As gavetas carousel, designadas apr~priadamente para me.dic~mentos controlados poden1 co11 ter de 2 a 12 medicamentos diferentes, .confor~e o tipo instalado. ' As CUBIE draw.e~s. (Pyxis CUBIE® - Compute~1ze~ Un1t Based, lnventory Exchange), gavetas qL1e dispon1brl1zam cada produto de maneira isolada, atraves da abertura de um "cai inha" lacrada eletronicamente . Podem conter 40 medicamentos diferentes na conf~ guraçào star1dard. Configurada conforme a necessidade da farmácia, podem conter até 60 n1edicamentos diferentes. Este tipo de gaveta tem se tornado a grande referência de segurança e recomendada conforme os alertas editados28 . As gavetas 1natriz, que oferecem menor controle, disponibilizam até 40 medicamentos diferentes simultaneamente. Na montagem das máquinas, considerando principalmente as gavetas que permitem o acesso a múltiplos medicamentos simultaneamente, há a necessidade de um cuidado especial. Medicamentos com apresentações muito parecidas, embalagens ou nomes similares, devem ser disponibil izados em gavetas diferentes, inibindo o erro de reabastecimento e/ou remoção de medicamentos e o consequente erro de administração.

Funcionalidades dos equipamentos Retirada No momento em que o profissional de enfermagem conecta-se ao sistema, a~ar:­ cem as fun ções para as quais ela está habilitada. Quando ele digita a função "retirar ' 0 aparecem os pacien tes atualmente internados na unidade ou conforme configurado sistema. Os pacientes podem ser visualizados pelo nome, pelo leito ou pelo registro da 0 passagem atual (em alguns locais dá-se também o nome de episódio). Seleciona.do · 1 · . articular paciente, e ege-se o medicamento prescrito desejado - sistema Prof1/e. No caso P . d d. f' d o s1ste-e os me 1camentos controlados, ao solicitá-los e se assim estiver con 1gura o, ma pede contagem das unidades existentes na gaveta que foi aberta. Reali~a.do es~a ·t · f . . sanas Pª Passo ' 0 sis ema in orma a quantidade de unidades a serem retiradas, neces d' era administração , eon forme a prescr1çao . - medica. , . . Caso o sistema veri·f·1que que houve iv

ª

160

PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

" . da contagem informada em relação à esperada é re · t d d' ,. . . " . d . .. ' gis ra a uma 1screpanc1a de genc1a e Esta d1screpanc1a eve ser JUst1f1cada a cada ocorrênc·1 estoqu · d. . . para que se mantenha o e sobre estes me 1camentos e desvios seJam evitados N h . . . l contro . os osp1ta1s americanos o controle sobre as d 1sc:epanc1as e .d e r~sponsabilidade das enfermeiras encarregadas d~ d idade. No Hospital Albert E1nste1n , por uma peculiaridad d n cada u . _ e o contra 1e e estoque e da interface com o s1st:m~ de gestao do hospital (ERP), o controle da resolução de pa"ncias é do farmaceut1co. . d1scre

ª

A



,



Retiradas de urgência/emergência No sistema Pyxis, a~sim como em outras marcas, está prevista a subfuncionalidade para a remoção ,de medicament~s sem a avaliação farmacêutica da prescrição médica. A funcionalid~de e chamada ove:ride. Nesta f~ncionalidade perde-se parte importante do controle existente sobre o medicamento e cuidados devem ser tomados. Explicamos mais adiante em detalhes.

Reversão/devolução Da mesma forma como ocorre a retirada, o sistema também permite a devolução de itens. Esta devolução pode ser configurada para ser realizada no local original de onde 0 material foi retirado ou em uma gaveta apropriada para devoluções. A segunda opção é mais recomendada, para que os membros da equipe de enfermagem não possuam novo acesso aos medicamentos, diminuindo, assim, a possibilidade de que estes produtos sejam misturados com outros e provoquem um erro de dispensação em um momento futuro.

Reposição A reposição é uma atividade simples que, por sua característica, merece uma atenção especial. Esta é uma função que deve ser destinada a uma equipe bem treinada, pois a reposição errada pode gerar um erro de administração potencialmente grave. No momento em que se seleciona um determinado item para a reposição, o sistema pergunta quantas unidades estão presentes inicialmente e, após a confirmação deste dado, solicita a informação da quantidade a ser reposta. Se necessário, pode-se adotar um sistema de dupla checagem, isto é, após a reposição pelo técnico de farmácia, o sistema solicitará a revisão da reposição por um farmacêutico. Deve-se adotar esta política para o controle de medicamentos que oferecem maior potencial de risco ao paciente ou que possuem apresentações em diversas doses diferentes, porém, semelhantes em aparência e de mesmo nome. Nesta situação, mesmo que o farmacêutico não realize nenhuma verificação, o sistema notifica o usuário da condição deste medicamento, ainda que permita a sua retirada.

Efeitos sobre o erro de medicação Um dos pontos de benefícios que relatamos inicialmente foi o efeito sobr~ o erro de medicação. No entanto, já em 1995, Barker3S afirmava que "a menos que aplicada adequadamente, a automação não reduzirá os erros". Isso se comprovava com algumas pu-

AUTOMAÇÃO NO PROCESSO DE USO DO MEDICAMENTO

161

Scanned by TapScanner

bl"

-

neste n1esrn o ano · Borel36 real izou .um estudo no qual dernon st rou a

icaçoe~ 6 9'\, - anterior à imp lanta ção do s1 st~ma -

para

10.4%- posterior à i redução de

erros de · a Uni\iersidade da Cal1forn1a San Francisco colo rnplanta , t ia Sch\varz, n . . , cou um . Çao . d o s1s en · 1 dependerido da ur11dade de 1nternaçao onde ela f . . a situaç' 01 1nStalad ao · ersa ' na qua ' contro\ d - ·as divergentes. lt dos apresentara r11 ter1 enc1 a, os resu anos depois, o ISM P repete as observações de ker 7 Pratican1ente 15 , . . . . ar 8 3 _ entao _ os cu1·dados necessa sob re a se · 0 ISMp ropoe . r1 os e que 1nfluenc1am _ diretamente , . P equ1pan1e . ntos e disctitimos diversas recomendaçoes do top1co a segu·i r. 9urança dos

ª

Plane1amento de implantação do sistema É iniportarite niencionar que a distribuição de medica mentos, a sua preci _ ~ . . d d sao e a f d anc-- são de responsabilidade o armaceut1co, 1n epen entemente do . sua segur , a . . d . sistema d distribuição iniplantado. No caso dos sistemas automatiza os, a s1tuaçao não é dºf e ·ntegr1·dade no uso de medicam 1 erente · Conio respori sa\rel legal pela segurança e pe 1a 1 . - comp eta de política entos' 0 fa rmaceutico de\1e exercer papel f un d an1enta1 na d escr1çao 1 .am a d1 .spensaçao - automatiza · d a. s e procedimentos que r1orte1 Por meio de experiência já vivida e como orientado pela ASHP, o planejamento . · 1antaçao - bem-suce d1'd a.. Todos os cuidados e urn dos pontos mais irnporta_ntes para uma ~m~ que serão relacionados sao de alta relevanc1a . Apesar de a tecnolog ia esta r difundida 0 equipan1ento ser de fácil operação, pode-se encont ra r resistência, pois as equipes de enferm agen1 poden1 se sent ir tolhidas e controladas pelo novo sistema38. e Como o assunto já foi tratado de ma neira geral no início deste capítu lo, abordamos resumidamente os requisitos específicos: •

montar equ ipes de estudo para implantação e substitu ição de sistemas e processos (envolver todas as era s afetadas);



ana lisar os locais de instalação e verificar possíveis necessidades de adequação da estrutura física;



planejar, desenvolver e testa r interfaces para adm issões e estoque (considerar todas as nuances do processo);



ava liar plano de manutenção preventiva eficaz a fim de se evitar quebras e indisponibilidade da máquina;



al inhamento com planejamento estratégico da organização, assegurando que a automação seja compatível com a visão e missão da empresa;



estabelecer padrões de performance para a segurança, a precisão (através da elaboração de documentos de políticas e procedimentos)- incl uídas as taxas de erros de medicação - e o cumprimento de prazos e custos;



determinar as responsabi lidades do fornecedo r e da organização quanto à ma: nutenção preventiva e corretiva; ao treinamento in icial das equipes de projeto;ª operação e à resolução de dúvidas e problemas técnicos.

Recomendações diversas A menos que b 1 · até então . em P aneJado, o uso da automação pode incorrer em erros 1nesperados39 A t 1 · d 5egurança · ecno 091a pode ser sub ou mal utilizada, não oferecen o

ª

J62 / PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

Es!ooue e numero de es acões :-aS€ c c:.- u e-.-e.-. 0- ...... c:..·o d '2 1e-s12 rea 1z.ar Jm c.r d j ' , . 0 - :> U O r (.1S rr d 1(.; ;rr c.n• -;,oos e,..... caoa Jr oaoe de n ~err 3 r_ão or' e. c::;.5 ' - r , -:. esoc; ... e ce acoroo COr" oh 5 ór co c:. ;ar4-dr O , ri'jr .1: p.:irarnetros ... d :J ) D3rarrc:. rf)-, rjt:. c.'" rr e. d ---:;(;ra..,...ac os ce a cO "OO co,. ,. ., a r42 õ•ão 'l"álJJ r- ie . - _, .1J•J_ C::i~rr sr::r .., r º rsus ~ vs c.nd1rJ0, c. - c. j d d ~5,:J€"êl0à de -eoos ções e ndo err Is a o melhor ní 1e:.I de:. ~ o P_- ~! 0 • • r rJ_ tn:.>.- tn ern 0 6 :>ao a ... a:.;a "'"eri:e "ª oontos de a endimento instalados, que atc::nderr a 370 leitos ce e '"' e.a ""eo co-c. ru rg ca , sendo reabastecidos uma 1(;z r ·ns e1·n t raoa ' Ih a-se '-' ao di· a . 0 c1 ::o...,.., cerca oe 550 itens en re ma eriais e medicamentos P~ ffi cada pon t o d e at end'1rnento. - a c . . . e se :o,.....a" ~ota oue ~esta situação devem ser monitorados cerca de 8.800 i ens :::va"':o a a:va zaç.ao oe oarame ros (reduções e aumentos), remoções de itens sem uso CO"'l'"O e oe :'ª oaoes, e_t~. os relatos norte-americanos, verifica-se que apenas even:~a ...... e"':~ ex stem íT'a er a 1~ dentro das estações. As particularidades do planejamento de caca C)ro, e~o e oue oetermrnam estas diferenças. . . a rro ant.açao aos equipamentos no Hospital da Universidade da Califórnia San foi estioulada a instalação de uma máquina para cada 18 a 20 leitos de unidade de o ,·ego, . ,, . . , , . d n ca !'fleo co-c1rurg rca, e uma maquina para cada oito leitos de cuidados intensivos. - , . =r~ rr , o 001et1vo e ter equipamentos em número suficiente para que não haja filas, e oue estes sejam dispostos em locais de fáci l acesso e próximo aos pacientes, reduzindo a possioilidade de longas caminhadas. r-

â

J

-

-

º

r



: _

• -

/"""

-

1



,

I

~

~.

Monrtoramento do consumo /.... re 1·são da prescrição médica pelo farmacêutico é um passo fundamental para se e 1rtarem erros de medicação relacionados a reações alérgicas conhecidas; prescrições em doses, frequéncias e 11ias não habituais; verificação de horários mais apropriados para a administração de certos medicamentos; interações medicamento-medicamento; entre outros. Por outro lado, hospitais que adotam sistemas Profile devem estar atentos a um ponto de extrema importáncia, que é o estabelecimento de uma política de acesso a medicamentos de uso em casos de urgéncia. Há vários casos em que o atraso na administração de certos medicamentos pode ser mais danoso do que o risco de se administrar um medicamento sem a prévia aval iação da prescrição. Recomenda-se que esta política seja estabelecida em conjunto com o comitê de farmácia e terapêuti.ca,_ levand?-se ~m consideração 0 tempo que a farmácia leva para ~umpri~ a rotina de ~v~l t a~ao e de 1nserçao da prescrição no sistema. Este tempo para a liberaçao da prescr1çao e chamad? arder turn-around time. Esta lista deve ser desenvolvida em razão da situação do paciente, a

AUTOMAÇÃO NO PROCESSO DE USO DO MEDICAMENTO

163 Scanned by TapScanner

.

,

·sta nao - deve ser elaborada deter·minada a urgência . A 11 33

1e artrr da qua ern funç~ P ªºd rnedicanient,o. l1en"~) o uso deliberado desta funcionalidade corno a Con10 a erta 0 d urna alt ' , . " ou corno uni ''rerr1ed10 para a emora na atenção do farrn , ernativa de cor1venrcnc1a . d . . aceuti . caba por trar1sfo11nar em rotina a a m1n1straçao de rned· coe um ÇJI aride risco. 1sso a . _ d f ,. . rcarnent ~ _ nipr·iinento da avalraçao o armaceut1co. Os hospitais que os não. cntrcos scn1 o cu d - d . apresent - 0 ai riscados a receber uma re comen açao o Tipo 1da Joint C arem ta tal co11 d uta es ornrn;s . - - curiiprir o Sta11dard MMU.5. 1. sron 0 po' na . . d f . d h, . . eni que a pr 11e11·a ose 01 toma a e a posteri or continuação d 11 SOS Nos ca . , , . a terapi a, a · - de,,e ser ava Irada o qua11to antes, previamente a prox1ma dose prescrrçao . , · e recomendado. Dev _ 0 nionitoranieiito da L1tdização deste- recurso (overr1de) . d e se ava liar conio as equipes de enfer111agen1 esta o se corr1portan o perante o recu rso e .. . f' .,. . 1 . perrn1trn. do a ela boi ação de co11dutas para se aprimorar a e 1c1enc1a na ve oc1dade da aval' _ º raçao do . , . d h farniacêutrco. Eni trabalho publicado, 1nd1ces e erros e egam a 11, 7 Yo quando med· 46 1 , t d rca· d nientos são retirados 11estas con 1çoes . sso e preocupan e quan o se registra 120, ' l'd d 47 IO de f todas as retiradas atraves desta ur1c1ona 1 a e . Eni casos de i11stalação de equip_amentos e~ unidades de eme:gência, é comum a disposição de equ1pa.n1entos em versao Non -prof1/e. Contudo, est~ s~tuação traz diversos riscos devido ao paciente, sendo recomendado ao menos a ava l1açao da prescrição de maneira retrospectiva46 .

e



A



Montagem e reabastecimento Recomenda-se que as máquinas sejam abastecidas com medicamentos na forma fracionada , sempre que possível. Em contrapartida, no Brasil, sólidos orais são comumente vendidos em blísteres, o que acaba por determinar um grande traba lho de reembalagem, seja e e manual ou automatizado. Esta condição é im portante para se promover maior segurança no processo de medicação. O lugar de estocagem e a quantidade também interferem no erro de medicação. Ao estocar deve-se ter cuidado de separar itens com nomes e aparências semelhantes. Ainda se deve ter atenção de não se misturar medicamentos que são disponíveis por override 1unto com aqueles de acesso exclusivo com a autorização do farmacêutico. Esta mistura perm ite que usuários mais atentos apelem para o "jeitinho" para se obter o medicamento ainda não liberado. As quantidades abastecidas também devem ser monitoradas. A oferta de grandes quantidades pode gerar desvios e mesmo erros de medicação como reportado por Paparella"º·

Plano de contingência .

Todo equipamento automatizado pode sofrer falhas mecânicas, ter cortes de e~ergia, travamentos de software, interrupção de comunicação de interfa ces. Portanto, e 1 ~~or­ tante ª elaboração de planos de contingência que prevejam cada uma destas con~içoe: Para 0 caso da perda de comunicação (quedas de interface), o equ ipamento é provido d funcrona · l1'd de de cr1t1cal · · overr1de. · 1 ·b rados 1 Neste caso todos os itens do estoque sao e .. ' nha o 0 ª usuano sem a necessidade da aprovação do farmacêutico, desde que este te referido pri ·1· · d ·9e-se que . vi egro e acesso. Em alguns hospitais, por virtude de segurança, exr a retr rada se1·a ex t d . ,. · -1-1 ecu a a testemunha quando em operação de cont1ngencia ·

ª

164

PRÁTICA FARMACÉUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

stes momentos d e "fragilidade" elo cg t oc1110 crib ' r . Ne 1· d i , (' e ;i nrmác1a monito . . . t as re111oçocs rcõ 1za as pnra se bLisctir ntivri , . rar mais 1ntensan1en.e < r11ent0 r oss1ve1s erros de medicação desvios. 0

Tr eiriRr11e11to C'', l" cii t1 eir1ar11er1to efetivo (adrnissional e cont'

) A55 ~ inL10 para os fun cion, . 1 . "' t"ll L1cesso, c!etcr111i11a11do as responsS I'•t• 1sp llSc ÇélO d 0 p 11 .1 . d - das doses de n1ar1L1te11çào (estes dois t'llSO" d . n e1rt1s oses, scpa0 , :iça l ~ .:.- a pt11 t11 e 111 lL'c1 1 ..:eo ca informa trzada), reabastecrn1en to dos qabir'l l ~' < \dO con1 a prcscriçao 11 qu 51ções rnterna s..tº. Dors n1etodos de sep-:-i;açã C'S tlLr tori < lrLados e éllc11din1cn to a ~eos: paciente a paciente , ou colet iva 111er1te cpor '~ Pdt'.' t1 u pr cscrrçuo r~1cdica sao relata"' . '' ice n1er1 to prcscr1to · çeoaraçào por paciente. Na e periencia de Oswald . , cor11 posteri or ~ . · ' 0 eqL1tpariier1to apresentoLr resultaclos oe n1aror segurança para a reposrçao dos gabirretes aL1tomat'1zado D .d 1· . ~d d . e s. ev1 o a 1m1taçoes do estu do, nao se po e eterm1nar a segL1rança na d' . . ispcnsaçao por paciente. Em outro estudo, mostra-se que o gan ho real esta na velocidade d - d . _ . e separaçao a prescnçao quan00 compara d a ao sistema manual. O método adotad 1 • ' . . . o na ava 1açao esta 11a separaçao coletr\1a, isto e, separando todos os n1edicamentos por apr ·t d . • . . eser1 açao para to os os pa.f. . cientes de varias a1as. Posteriormente separava -se a quant'd d . 1 a e espec1 rca por paciente nas gavetas do carro de medicamentos. Apesar da veloc'idade , a ava 11açao · - posterior · da _ c::eparacao mostrava erros. O estudo recomenda 0 uso da ie·t1ura d o co· d'1go d e b arras ~ , no processo os da . .como .forma de se melhorar . . resultadosso . Algumas marcas d.1spoern tecnologia ptck-to-ltght (pegue a partir do sinal luminoso) com confirmação de separação pela leitura de código de barras. l

~Os carrosséis também , s~o co~~mente utilizados como recurso complementar aos robos que veremos no prox1mo top1co, método pelo qual vários estudos demonstram maior nível que qual idade no process0 s 1.s2 _

Robôs de dispensação em Farmácia Central Na onda da tecnologia, os "Robôs" são o que há de mais moderno no momento. Duas marcas disputam lugar no mercado: Robot-Rx®da McKesson e Pil/Pick™ da Swisslog (www.swisslog.com). Ma is antigo no mercado norte-americano, o Robot-Rx® é mais comum atualmente. A Swiss/og, com representa ção no Brasil, tem o produto mais recente e bastante completo. Para quem tiver interesse, deve preparar um orçamento em torno de 1,5 a 2 milhões de dólares americanos só para o equipamento, sem considerar os gastos necessários para adequação do local de insta lação. Após os estudos do IOM, estes custos parecem ba ixos, devido ao elevado nível de precisão destes equipamentos. Hospita is americanos apresentaram retorno sobre o investimento dentro de um a dois anos 51 •52 . Os custos são recompensados devido à característica destas organizações diante da mudança de atuação do farmacêutico clínico, a tendência do erro de dispensação a zero, a redução de perdas por vencimento, a possibilidade de compra de sólidos orais "a granel" e a redu ção dos medicamentos em estoque. De acordo com o estudo de caso do Evergreen Hospital Medical Center53, o Robot-Rx®permitiu precisão de 99,9% na dispensação, redução de 79% no trabalho de dispensação de primeiras doses, 72% nas doses de manutenção (cart fil~ , e 50% nas devoluções. Contudo, ainda cabe mencionar que, na grande ma ioria dos casos estudados, estes resultados partem de implantações ma is c?~­ plexas de vários sistemas e não som ente do robô propriamente dito. A ASHP já contabiliza

AUTOMAÇÃO NO PROCESSO DE USO DO MEDICAMENTO

171 Scanned by TapScanner

6

s hos ta 5 an1encanos utilizando robôs , sendo mais comumente 10 1 0 en1 ho:p tas de ia o porte 43,8% dos hosp1ta1s com mais de 800 leitos p0encontrado . era' -.ta a oes 0 ISt\~P Jª comentava a seg~rança ~o novo equipa~ uco 54 ªPós s oe F g 14.2-) da empresa su1ça Sv11sslog e objeto de m . ento . as 0 a re entar o produto n1a1s completo. Os dados a seguir fo ator detalhes ri t p co d f b ram obtid este e te 0 fo ecedor e do site o a r1cante. os diret e,te s stei 1a 0 medicamento te~ varras "_portas" de entrada. o medica me a. ~er a • ,a-e ~ - ado en \a nas forrnas: Solides orais, ampolas, frascos-amp o1a, sen nto Pode oree eh dac: flaco11etes e hqu1dos orais em pequenos volumes. Através d d.f1 ngas Pré. - dd 'd 1 d e erent ,,.. os estas apresentaçoes ao entra a no mo u o e armazenamento (D es mó. capac daoe ,ara ate 5.400 itens diferentes, em quantidade total de até s .~~~Nest), coíl' caso de so dos ora s a aqu1s1ção de n1edicamentos em bulk (a granel) facilita doses. No p s o '1 duo de sohaos embala as unidades uma a uma automaticament ~processo, eo ca e tos en1 b 1ster outro n1odulo é responsável por recortá-lo e ree. bo caso de .d d em alar d cace a tes ae ar111azenar. Ca da uni a e armazenada no DrugNest é identif· ca a ' 1 l'd d , dº d b icada corn e oe arca gener1co oose, ote, va 1 a e, eco 190 e arras serializado (Fi 14 ° 0 O 0 P e - te 1tooo se1.. estooue rastreado com lote e validade e prepara tod 0 0g.. -28J. ea ca e to ate a checagem a beira do leito. creio do Para te'"'s oe tan1anhos maiores, não armazenáveis no DrugNest, há o módulo 5 xº e e o qua tan1 bem conta com a possibdd ili a e de módulo refrigerado.

4

AutoPruall PíckRing

Fig . 14.27 - Esquemataação do PF/ck•

172 J PRATICA FARMACEUTICA NO AMBIENTE HOSPITAi M Scanned by TapScanner

com a prescrição médica, 0 equipamento separa os m d. Mediante integração ·d ·f· e 1camen. kR. TM P ritos no ic tng , com ' ent1 icação completa do pacient 1 . sc . d , e com quarto , eito 5 pre to ·d de de 1nternaçao, separa os pelo penado deseJ·ado até 24 h d d e uni a . (F. 14 29 ) ' oras, e or ena 0 19 · · · 1camente 1 crono og



(

.... ... ... .. '..... .. ....... .... .....-...... -. ..... ... '"" ~

•• :: • ·

..

P~eswqJ/t1~1'lt n:t 1001.'G ' AB ~

9

11

• 11

'4

o

~

'-

........ '""~

PYIU pu ica e erat1va do 81 asil] Brasília DF 5 de março de 2008 S - 1 D. . 1 · b /b ' ' ' , eçao rsponrve ern· http://www4.anv1sa.gov. r ase/v1sadoc/CP/CP%5821581 -1-0%5D.PDF [acesso em 29 de jun 200°1. 11 903 13 BRASIL. Lei n.º · •.de 14 de janeiro de 2009. Dispõe sobre o rastreamento e do consu mo de 111edican1entos Pº' nieio de tecnologia de captura, armazenam ento e transmissão ele trônica de dados. Diario Oficié'll [di:i Repl'.iblica Fe

Solução para infusão recomendada

Volume para diluição

SF, SG5%

IV direto: 20ml Infusão. IOOml

e_, ()

)>

z

o )> s c:o m

_,z

Aramin@1Omg Ap lml

-

Metaraminol1

-

SF, SG5%

Atlansil® 150mg Ap 3ml

Amiodarona 112

-

-

SG5%

Avaiox® 400mg 250ml

Moxifloxacino1

-

-

SF, SG5%

500ml

250ml

Estabilidade após dilulção

24h

24h

Concentração máxima de administração

Velocidade! tempo de infusão

pH

2,Smg/ml

IV direto· 2 m1n Infusão· 20 m1n

6,7 a 7.3

1mg/ml

-

5 dias TA (0,6mg/ ml) em SG5%

0,6 mg/ml

IV direto· 3 m1n Infusão· 20 m1n a2 h

24h TA

-

60 m1n

24h TA ou 3 dias rei

IV direta: 167 mg/ml Infusão: 20 mg/ml

m

:r:

o

(/)

3.2 a 4.5

l

4

4.1 a4,6

ç: ;:o

Azactam® 1g Fap

Bac - Sulfitrim® Ap Sml

Aztreonam 112

Sulfametoxazol Trimetropima 112

3mLAO

+

Alprostadil® SOOmcg Ap 1ml

Alprostadil1

Sulfato Pol1mixina B® 500.000UI Fap

Polimixina 8 11213 (sulfato)

BufedilSOmL

125ml - 1SOmL

2h (para restrição de líquidos) ou 6h

O.S4mg/ml TM e 3,27 mg/ml de SMZ

. h 1 30

10

.

-

SF, SG5%

ver anexo*

24h

ver anexo•

72h ref

SG5%

300-SOOmL

72h ref

-

60-90 min

-

-

SF, SG5%

500ml

-

0,8 mg/ml

2a3h

3a5

-

-

-

-

-

20mg/ml

IV direto lento

*"

-

Dose de a1aque: 30 m1n. Dose de manu1ençáo: > 10 min

4,2 a 5,2

-

-

SF, SG5%

o diluente. o frasco deve ser agitado 1med1atamente e vagarosamente.

1

Iniciar a infusão com 0.05 a O. 1 mcgJkg de peso/min

-

1 1 1 Uma 'lez adicionado

IV direto: 3 a 5 m1n 4,5 a 7.5 1infusão: 20 a 60 m1n

I 30 · 60 m1n até

Flebite

Mo choque 1 1 grave pode ser adm1n1strado r.1direto j 0.5 a Smg. Compatível em frasco soro Ecof\ac Plus~ (poliellleno de oaixa densidade)

-u

~

Observações

Restrição niénca: diluir ' ampola com I 75ml SGS°'ó ou SF.

1

1

-

1



5 a 7,5 1

-

-

1

Scanned by TapScanner

r

Anexo 21 .1 (cont.) - Quedto de medlcemeMos ln\revenosos Apresentação comercial

sm o

() }>

Princípio ativo

Volume para reconstituição

Estabilidade após reconstituição

-

-

Solução para Infusão recomendada

Volume para diluição

Estabilidade ap6a dllulçiiio

Concentração ' Velocidade/ H máxima de tempo de infuaão ' P administração

Cancidas® 50 e 70mg Fap

Caspofungina 113

10,SmLAD

24hTA

SF

250ml

24h até 25' C ou 48h ref 2 a 8ºC)

0,5mg/ml

Infusão lenta por 1 hora

Deslanol@0,4mg Ap2ml

Deslanosídeo1 1
25mg,mtn

25mg/ml

\l

\-

9.2 a 10 2

-

-

\

\

1

4a 55

-

1 1

1

5a6

6a75

> 1h

T 1

1

Não administrar em

••

bolus.

l 5.5 a 7

> 4h

••

IV dtreto 3 a 5 m1n Infusão 15 a 30 m1n

soa

ao

1

'lâo adm1ris:rar er oolus Nota Importante: deve ser d· u1do antes da adm1rustraçao

)>

-i

·-·,-

1

-

~~



-i

~

º~~~

~

\ O.5 a 2mgfml

-

-

~ a70

.\..

m

m

-

-

1



N

-1

n )> ;; ::o .s )>

Apresentação comercial

Estabilidade após reconstituição

Volume para reconstituição

Princípio ativo

Solução para infusão recomendada

Volume para dilufção

Concentração máxima de administração

Estabilidade após diluição

1

1

V eloci dade. \ H tempo de lntusão P

1.

\ Observaç~

1

n

íTl>

e

-l

n )>

=

Fungizon® SOmg Fap

Anfotericina B 1

IOmLAD

24h TA ou 1 semana ref

SG5%

SOOml

uso imediato

0,1 mg/ml (periférico) e 0.25 rng/ml (central)

z

o

2a6h

7.2 a B,5

)>

~

m

Garam1c1na®

Gentamicina 11213

-

-

SF. SG5%

50 a 200ml

-

-1

Gluconato de Cálcio 10% Ap 10ml

Gluconato de Cálcio

-

-

SF, SG5%

100ml

24h TA

Gfypressin® 1mg Fap

Acetato de Terfipressina3

5ml diluente • prop no

12h rei

-

-

-

-

Granulokfne® 300mcg/ml Fr 1m l

Filgrastima 112

-

-

SG5%

20ml

< 24h rei

15mcg/ml

30 rn1n

4

Hald ol® Smg Ap 1ml

Haloperidol3

-

-

SF

30 - 50ml

-

-

IV d1re10 lento Infusão. 30m1n

2,8 a 3.6

CD

z

m I

o

Vl

~ ç;:o

\)

Hid antal® SOmg /ml ApSml

lmmunate® 250Ul/5ml

Fenltofna 1!3JS

Fator Vll11

-

5mLAD

-

-

-

1rng/ml

-

Infusão: 30m1n a 2 horas

3 a 5,5

60m1n

6 a 8.2

-

••

IV direto· SOmg / mln

-

12 a 13

lnlusôes em ro ncentraçóes > o.25mg rnl de...em ser hm1tadas a pac1enles com grande necessidade de restnção de volume

-

lnrompntivel com SF

Em casos excepc1ona1s am que ox1s1a a necessidade do d1lu1çao u111izar :?5 a SOn1l do SF pari! 1OOmg de fen1to1nn u1111zar flllro de linha

-

-

uso Imediato

água para Injeção

-

-

SOUl/ml

2 mLJ mln

••

-

-

1OOUl/ml

2 mU mln

••

lmmunaleJ!I 500Ul/5ml

Fator VIII'

5mLAD

uso imediato

' agua para tnJeçao

lniblna® 10mg/ml Ap 2ml

lsoxsuprlna ' / 3

-

-

SF, SG5%

50ml (100mg/500ml)

10 dias (FAX fabncante)

0,2 mg/ml

20 - 50 gls/m1n

4,5 a 6.0

lnvanz 30 min

7 1.1 8

lpsllon® 1g Fap 20ml

Acido Am1noCaprólco' 12

-

-

SF. SG5%

250ml

-

-

-

1

F\ebi\e

24h

-

'

6,8

-

Scanned by TapScanner

I

Apresentação

comercial

Volume para reconstituição

Principio ativo

Anexo 21 . 1 (cont.) - Quadro de medicamento• \n\r1Nenoaoa Estabilidade Solução Concen\raGão Volume pare Estobllldade após pero Infusão máxJma de diluição após dllulçêo reconstituição recomendada administração

\

'leloeidadel tempo de \musâo p\-\ 1

'

i\clul\os· 2

lsoprenallna® 0,2mg/ mLAplmL

~

Kanakion® 1Omg Ap 1ml

rn

-o

lsoprenalina •12

-

-

SF, SG5ºk

IV direto: 1Oml Infusão: 500 ml

24h a 5ºC

Fitomenadíona 112

-

-

-

-

-

10ml AD

12h TA ou 24h ref

50 a 100ml

12h TA ou 24 h ref

a 20 mcg/ m1n Cnanças: 0.1 a 2mcg/ m1n taumentar 0.1 mcg/Kg/m1n) Neonatos: 0.05 a 0.5 mcg/m1n

-

º~"'"M;~

',~ \ l

••

-

IV direto. > 30seg

••

100mg/ml

IV direto· 3-5m1n Infusão: 30 - 60 m1n

4.5 a 6.0

100mg/ml

IV direto. 3 a 5 m1n Infusão durante 6 a 8.5 30 m1n

()

l> ?;;::

Kefazol® 1g Fap

m

z

õ

VI

-z

Kefhn® 1g Fap

Cefazolina11213

Cefalotina 113

10ml AD

L

~ )>

< m

Kefox® 1g Fap

-VI ..

Cefoxitina112

10ml AD

96h ref ou 12h TA 6h TA ou 48h ref

SF, SG5%

12h TA 7 dias rei

100ml

SF, SG5%

1Bh TA ou 48h rei

SF,SG5%

> 250ml

6h TA ou 48h a 5ºC

z

Klarici d® 500mg Fap

--1 ;:o

Claritromicina 1

10ml AD

24h TA ou 48h a 5ºC

2 mg/ml

IV direto: 1mg/5ml Infusão: 3mg de 20 a 50ml

24h TA protegido da luz

0,2 mg/ml

IV direto. > 30s Infusão. 5m1n

4.7 a 7.3

10mg/ml

IV Direto < 2m1n Infusão: 4mg m1n

8.0 a 9,3

Smg/ml

60m1n

4.3 a 5.3

-

Inicio: 2-3 mL rn1n Manutenção. 0,5 a 1mL/m1n

3.0 a 4,5

)>

r0

Kytril® 1mg/ml Ap 1ml

Granisetrona112

-

-

SF, SG5%

o

Lasix® 20mg Ap 2ml

Furosemida 112

-

-

SF

24h TA protegido da luz

m

Levaqu1n® 500mg Fr 100ml

Levofloxacina 11215

-

-

-

m

""tl

;:o

rn

~ ;:o o

~

-

-

20mg/ml

Não dc:ve ser

n

:x>

~

m

z

d Vl

m

Vl

--i m;:o

m

-

Vl

Scanned by TapScanner

N

r

-

100ml

-

24h TA

1

om -o

::o m

~ ;;u

o

o m ~

m

o-

Pentox® 1OOmg Ap 5ml Persan11n 1s m111 IV e •e!o > ISm•n tnfLsao ~, ,..,,...o Jm•n e riax 16()rg rn.n

Reações "'.O locai ca

I

I.

I

I

1

1

l

65a85 1

l

'

I

I

N

~

.,,

- -

h\'

'

~

.

.....

ç~ .3:



Ant110 21 .1 (cont.) - Ouedro de !Mdlcamentot lntt9Yenoeo.

-

-r

Apretentaqio comorcial

1

Eatebllldade epó1 reconalltulçio

Volume pera reconatltulçâo

1Principio ativo

Soluçôo Volume pare para lnluaêo dllulçio reoomendeda . r-

};>

n

§ n

Pnma~

1mgtml

z

m I

SF, SG5%

-

-

' Con.centraçjo máxima~

admlnllttraçâo

Profcnld"' 1OOmg Fap

Cetoproleno'

2 dias protegido da tuz

SmLAO

SF. SG5%

100 a 150ml

l

.

'

Velocid&del . tempo de lntuúo ~

100mcg/ ml= 180mL 150mcg/ mL=o 11 3mL 200mcg/ mL=80ml

H

P

Observações

Rebite

'

ó'3 ataave

50mr..g,'fg ~ 10 l'Tllt\ut05 D'JSe de manutencáo

0.375 a O 75CXncg.I kg, min ern 1n1usácl C0"1lnua

1

8h TA protegido da luz

1mgJml

6.5 a 7.5

20min

' '

ProttirornPle4 T 600UI Fr Rap1fer,~

0.5 mgJml

.,,~

Ap5rnl

~ ~ :;o

Rerrucade"'- l OOmg Fap

-

-

-

.

)>

o ~ CD -z m -l

Mflnnona'

Naµ 20mL

Eatebllldade 1pó1 dllulção



Reoprot 10 mg Fr Sml

Rev1van~

50mg Ap

Fator li + Fa1or VII - Fator X'

20mLAD

Artentan1la' 1nflrx1mab'

uso Imediato

àguapara Injeção

-

-

30Ul/ml

-

-

SF, SG5%

-

-

-

10ml AD

-

SF

250mg

3h TAou 24h rei

-

-

12 h não exceder 24h (22 à a11c em condições assépticas)

-

Abcoomabe1

-

que 2rnl m1n t

-

IV d1reto (não diluir) < 1min Infusão O 125 mcg, Kg, mm. ate uma taxa max 10mcg m1n

24hTA

1,6mg/ml

lnicral 1 a 5 mcg, kg/m1n podendo ser aumentada p 5 a 10 mcg, kg!m1m IV direto 2 a 4 m1n Infusão continua: 30m1n

SF, SG5%

24h TA

IV direto: 100 mg/ml Infusão 50 mg/ml

-

SF, SG5%

19 a 99ml (1:20a 1:100}

24h TA

2,5mgJml (1:20) 2a6h

Cettnaxona 112

5mle10ml AD

Sand1mmun® 50mg Ap 1ml

Ciclosporina'

-

lmunoglobuhna Humana2

> 2h (nâo mais

40ml (para 2g de Rocefin)

Rocefin ® 500mg, 1g Fap

uso Imediato

SF, SG5%

-

bolus

lento (3 fllit'!utOS)

6h TA ou 24h rei

-

Sandoglobulina® 1, 3e6g

rv direto

SF, SG5%

-

Cada lg em 33ml de diluente próprio

min

100-250ml (100mg) 500ml (250mg)

Dopamina112

10ml

SF, SG5%

não exceder 2mL

24h TA

120mg/ml

6.5 a 7 s 4.3 a 6.0

1

6.9 a 7 5

7.2

3.3

Em soluções alcahnas a droga e 1nauvada,

6.7

Nao infundir em soluções que contenham calcio.

••

Pnmeiros 15 mrn. 0.5 a 1mLmin (aproximadamente 1Oa 20 gotas, 6.4 a 6,8 m1n) Apos este penado: 2 a 2.5ml /mln (aprox.40 a 50 gotas/m1n).

-

Scanned by TapScanner

!

AneJID21 .1

/ ApTesenl.IÇâo

Ptfncrpio ativo

1 comercial

$andosWtT ' AD llTIL

Volume para

o.1mg

recon1titulçio

-

Odreotlda ~~·

EatabUJdade apoa

reconstituição

(cont..)-~ode-dkam1nt-"*•••110•-

Soluçâo para l nfuaâ.o rKOmendada

Volume para diluição

E.aubltlc1ad4 após dUutçâo

n---

-

Conc.en:traçào má-Ama oe \ ~açío

-

-

,,..,.~.

~- de

sr..

-

SF. SG5%

o.smg em 60mt.. 2Ah TA

O irr~....-'-

1 /

QK

lf'dulâo

r o m

-so CXX)V1

.,,

Sua::r..am $.;nc'O Oi?

m

F!:'.'

;;o

~ o

om

=: m

o

~m

§

5ml AD

So-a:::sta::::\a, "

lml. SF

Hatlc:o":s.:Y!a

Es:;ep:nq.2laS!e'

5tnno ~-o Sodlco - de Hlo~.a '

S. - . ~ oe.1CCn3..-;, r o'OCX)ltsOna

l

5ml Sf

~ml AD SF

~-o Soaico ~ ª'"~~ , ..., SF oe h.~

100 Fa;:

3 ..,,._

241"1TA

l

Sf SG5111..

24n TA

~t> (l;? ..lagneoo

Su!ta:o de

50'\, ~

..bgMslo.

lOml

-

-

SF SG:>° "'

-""

m

N

Scanned by TapScanner

~

=- ~~

nnn.-t

t .........,

.! ·::n;i ,__ ~...s!l: -- - --- -

-

250mt.

Odtoana'

-

-

SF~'

'

'

SOOnL

-

11

1

1

'

I'

t1

'1



- -

...

l

'• ~ ~:br. -1 &e > :n:ir

_

•' ..r.!'!':" .,,...... ... =- ~ '"'1.JS!C > 3:T=l

-:

a-

'

1 -·

.

'•

..

)li:Q~

.,. "

1 S"a":-

ti'

l

- -

5"Er.:

h1...r:a;:- : 15 g.~ 35 -,- < .:t...llK'-

-

1

1 ::.1::

11-

\ .:ln"?:- ~

• •

~oooont' SUi

- -

::::= -: -

l'l~~r

1

'

~ _ ~ ~:.

-

-:- --~-o:-;J 1, ':J

.

1

•ti'

2:Lrr::

IJ:"ll SõC :::rtn2.

1

:r.r

1

1

:ir:!!... · : -.r

r

2-!..") -,1;.

1-

tOO a

.,......,_ _,



~

;;o

a:r-~ a

.

".il.. '?!nnl_

\&nl :F.

''

\

~.il"J"rf.a ~1.2

1

-

m

~

SF SG:i'"%

a::::ra

Qw __ _ IM'T"2 ,,.ocica

-~

1 ~00..."\J i

;;o

4Sh TA

~ -i'I

__ ~-".=:k.""".>::!::::l!. ç -

500mQ-8ml

)

Szf~7'J ~ 5'D '9 e-.

>

• sua:aia:c

125mg-2ml

\•

\ ~ -:!"...;:;

r

( 2· ,.-:1 •. -:;J ~

t

\.

\ \

1

arEra~

z.....

\

E

:r..r..E

1-

\

SE J:r -.:ier..a:;

rn

\

f'ct'll•

,. ~ 7 f >. . .

-;I

-;J

rarr--

1

,.. -~ -.,.

-

-

:IP'\if SB' :JtWt.:r.

eram.

.,

' (JS B.Jl.ln~

1

.

j 1

~

i

~"3:Ir.\f!~'"llt"

1 C'.S.J! ..,, _,

~

I•

\lei~~~\.

'

4".I grus -,r.

1

1 i 1 i

N

~ \)

Anexo 21.1 (cont.) - Quodro do medloomento1 lntroveno101

'.'U

t>--

;;; ::o s: l> -1

Apre sontoçào comerciei

( ") ')>

Prin cipio ativo

Targoc•dll 200mg Fap

(")

m

-. .

Te1cor1on1na'

--

s

Levoflo,,1c1na' 1

)>

Tazoonl 4 :>g Fap

PiperaC'1hna Sod1ca + Ta.:obactam

-

z

o }>

Terbutil lml

~

-

CD

m

z.... "" I

O5mg AP

31nL AD

48h TAou2 1 dias a 511C .

-

TavanrC'" 500mg Fr 100ml

(")

Volume porn roconstltulçno

Estobllldodo opôs reconstltulçno

~

Terbutahna

1

7

20n1L AD. SF. SG5'\.

.

24h TA ou 48h rei

-

-

Soluçoo poro lnfusôo rocomondodo SF. SG5'\

Volumo poro dllulçôo 50ml

Estobllldodo opós dllulçôo 48h TA ou rol

Concontroçôo m6xlmo do odmlnlslroçôo

-

Volocldodo/ tempo do Infusão

----------

pH

IV d1ro10 3 5 m1n lnlusao 30 m1n

7.2 a 7.8

3h TA

-

60 m1n

4,3 a 5,3

SF. SG5°b

50 - 150ml

-

-

IV direto 3.5 m1n lnlusao 30 m1n

1.8 a 3

100ml

12h TA

..

Smcg/ml

20 30 gtslm1n

3.0 a 5.0

5 rn g/ml

Dose s 500mg 20 a 30m1n Dose> 500mg 40 a 60m1n

6.5 a 7.5

1

1

Tienam~

Monov.al SOOmg Fr 1OOml

o

lm1penem Cdastat1na'
.1sta a necess.dade de d1lu1çao ui 1,zar SF ou SGS-\. em vo.une > 250n1L com filtro 1 de linha 1

o

Vancoc1d ~ 500mg Fap

Vancom1c1na '?

lOmLAD

14 dias rei

SG5~o. SF

100ml

14 dias rei

5mg ml

> 60 m1n

••

~

Vasoton\ll 5mg Ap 2mL

Verapam11 1 2

-

-

SG5~b

150 ou 250ml

24h

2.5 rng1mL

IV direto 2 m1n

4. te6.0

-

Vlend ~ 200mg Fap

Vonconazol

19mLAD

24h rei

SF. SG5 1'-' 11 1 11 11 1 .:> f üod dnd Drug Ad1n111 1!>t1 at1 ltf- r Agenc1d Nacional V19tla11t ld SJrlltdll dlll n1.11u 1.l~ _vv ~isponivtl ern www cv!:. !:.aucJ" ~IJ gt>V ur 1 RIE:ro J. lii ~turia, 111 ed 1L lf\d y S(Jlleddu . Madrt t-Jr, n1 11111111 t ...ll1l~ 111el1·ic...ini L)

1:;:.

l HROS DE

MEDICA~ IENTOS / 28 J Scanned by TapScanner

r

drões internos e de treinamento, reduz a probabilidade de erros e aument . , . N . a a chanc d interceptá-los antes de resulta r em pre1u1zo ao paciente. este sentido, incluem .e e . f , . estrate . d como a padronização de processos, o uso e 1n orm at1 ca, a automação e 0 tr . gias " ·a d e erros d e med'1caçao - e' parte ·inerente dos einarnent poten cial de ocorrenc1 . o. 0 " . . sistema d cuidado à saLide, e espe_cifica mente o farmaceut1cc:_ possui papel i mpo ~a n te no dese~v e viniento e iniplenientaçao de processos e prevençao de erros de medicação. oiDesta fornia torna-se imprescindível o acompanhamento do farm acêutico , . ern tod as etapas do processo envolvendo o medica mento dentro do hospital. as A inserção do farn1acêutico no cuidado ao paciente dentro da equipe multiprofi . ss1onal . . . f' . t . d é recente, e o 11ún1ero d e 1nst1tu1çoes com es e tipo e pro 1ss1onal é muito pe d 1 . .d d queno , . 1 em nosso país, rest1·ingin d o-se a c 1n1cas e onco og1a e a uni a es de terapia int . ens1va . . . 1 tam o impacto pos1t1vo na prevenção e na reduç- d · Poréin existen1 estudos que rea os erros infor111ações sobre n1ed1 ca mentos e custo do tratamento do paciente com a . ' " • , • • 1ntrod ucã , o do farn1aceut1co cl1n1co na equipe. A ava liação feita entre a 1·elação direta da associação farmácia-clínica e a redução de _ ros em hospitais nos Estados Unidos, além dos dados loca lizados, indicou drástica redu ' de farmaceut1co-c " · I'1n1cos, · · especificamente relacioçao de erros com o aumento de numero mais nados à avaliação do uso de medicamentos, do serviço de informação sobre medicamentos das reações adversas, dos protocolos de utilização de medicamentos, entre outros. '

,

'

ªº

:r

Estratégias para Reduzir o Erro de Medicação Padronização de processos A organ ização de políticas e procedimentos deve ser estabelecida para a prevenção dos erros e deve envolver outros departamentos além da farmácia, como a medicina e a enfermagem . A padron ização de processos e os procedimentos são eficazes para a melhoria da qua lidade e, como exemplo na área hospitalar, está a presença de uma Comissão de Farmácia e Terapêutica atuante e o formulário de medicamentos, onde se determina, dentre todas as drogas disponíveis no mercado, aquelas que mais atendem à necessidade e à rea lidade do hospital, visando racionalizar o uso de medicamentos, adquirir produtos com valor terapêutico comprovado, diminu ir o número de medicamentos em estoque e, consequentemente, aumentar o seu controle, agi lizar a dispensação, otimizar espaços para o armazenamento mais adequado e viabiliza r os sistemas de dispensação de medicamentos. Quanto maior o número de prescrições de medicamentos não-constantes na padronização do hospital, maior a probabilidade de erro de medicação, uma vez que todo

0

processo envolvendo o medicamento sairá da rotina normal. Desta forma, a presença de um sistema definido de dispensação de medicamentos que atenda à realidade do hospital torna-se imprescindível.

Implementar dose unitária Ad · ' · · d' nto e pode ose unitar1a consiste na preparação de cada dose de cada me 1came ser pre d , . . - d dicarnentos para a por uma farmac1a central. O sistema de d1spensaçao e me

282

PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

por dose unitária é ~ficaz na questão ~e redução de erros, em ~ue os medicamentos são dispensados, garantindo-se q~e o pac.1ente certo receba o medicamento correto na dose, horário e via adequados - teoria dos cinco certos-, e todos os processos são acompanhados pelo farmacê~ti~o. A presença .d e centrai~ de preparo e dilu ição de medicamentos injetáveis na farmac1~ , onde o med1camen~o e preparado e manipulado sob condições assépticas e em ambiente adequado, seguindo sempre um mesmo padrão de conduta, simplifica o processo da administração do medicamento ao paciente, mantém a qualidade do medicamento, diminui riscos de contaminação e reduz a chance de ocorrência de erros. A padronização de rotinas, como preparo e diluição de medicamentos, checagem e conferência dos produtos dispensados e envolvimento do farmacêutico em todas as etapas do processo tornam-se essenciais para a prevenção e a diminuição dos erros e, consequentemente, a melhora da qualidade.

Usar procedimentos específicos e protocolos para medicamentos de alto risco Um número relativamente pequeno de medicamentos pode causar morte ou sérios danos quando administrado em dose excessiva. Porém, este número inclui os medicamentos mais prescritos e eficazes do arsenal terapêutico. Alertar funcionários para terem atenção especial e assegurar que a dose esteja adequada é muito importante e, por isso, procedimentos e protocolos especiais podem ser desenvolvidos.

Informatização

, ; I J



't ••

I•

Os sistemas informatizados são pouco frequentes nos hospitais do Brasil e, mesmo aqueles que possuem um sistema, contemplam apenas características administrativas e gerenciais. É muito reduzido o número de instituições que possuem sistema de prescrição eletrônica, e esta deve contemplar os seguintes tópicos: informações padronizadas e completas, como informações do paciente, leito de internação, superfície corpórea calcu~ada pelo programa, medicamento, via de adm inistração, frequência, interações, contraindicações x diagnóstico, dose máxima e recomendada, controles - medicamentos de uso restrito. Os sistemas informatizados de prescrição são citados como uma possível solução para ~ert?s tipos de erros de medicação, como, por exemplo, o problema enfrentado pela letra ilegivel nas prescrições médicas. . Urn sistema ideal deve ser aquele que agrega a prescrição, realizada diretamente 51 .stema, a verificação eletrônica, feita pela farmácia e a checagem eletrônica de adm1n1straçd. · 1 · . . ao, executada pela enfermagem - ou seja, um sistema que una as tres 1sc1p 1nas, minimizando ou eliminando a transcricão (Fig. 23 .1). . Ern um hospital america no de 7ÔO leitos foi estimado que, anualmente, os custos atnbu'd ' . . . 1 de os a todos os eventos adversos foram de US$ 5,6 milhões e .ªºs_eventos evitaveis, US$ 2,8 milhões o que justificava o investimento em informat1zaçao no esforço em prevenir a ~ .' ocorrenc1a dos eventos adversos. d A automação pode incorporar controles pa ra checagem de informações, como daos sobre · . , 1 Jo de doses contraº paciente, alergias, interações medicamentosas, ca cu '

n?

A

I

r

l

ERROS DE MEDICAMEl\JTOS /

2t'?_l Scanned by TapScanner

ind icações; e sugerir r11onitoramento. .d e parâmet _ rtr: . ros p dara d et'derminados rnErJ'IC.,,((1t:: avisando sobre result ad os labo ratorr ar s ano rma i. (i1. r.-1,. rj/;, d is, uso 'b', e. antiOot os, data d~- t_r( utilizaçã o do n edica 111ento, como nos. casos . · e anti1 'd1ot1cos. u se:ía, d aí sut.>_-.:::'rJ1r e ,r ~ 1 - urr , . ~ 1 __.Ç; uxilianl e agilizan1 0 traba lho dos pro f1ss1o na1s envo v1 os, o que é 0 id eal Pnn a J

de prescri ção informatizada .



·,

~;

Po rém, inesn1 o corll. a ':1ais sofi st icada t:cn~log ia, o e l em~nto erro do o p. r olítir a Nflr ronal de Medicamentos. Portaria j 91 rorn drug DOU ; 15 r, $('ç~0 1 1 8~22 rle 10.1,1.1998. · 61GM de 10.lo Alessi 0 RD. Bust0 U, Grrón N Gura 1)ara el Desarollo de Servicio F ·1998; , O ., . s armacéur1 1nfonriac1ón ele n1Pd1can1entos - rganrzac1on Panarnencada de la Sal d · 1 7 cos Hospit 1• Bro'N TR. Sn11t h MC. Handbook of lnst itut ional Pharmacy Pratice. · ªa rios: 1 1'i86 p 249-67 ion. Williams & w ·i'-·

Seco~d ~d~t~

r it;tns· 1

306

PRÃTICA FARMAC~UTICA

NO AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

'

.._

.

Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica Silvana Maria de Almeida Gisele de Lima Introdução Historicamente, a profissão farmacêutica passou por dramáticas mudanças, aceleradas por questões tecnológ icas, econôm icas e pol ít icas. Nos Estados Unidos, entre 1860 e 1990, a profissão passou pelas atividades de manipulação, fabricação, distribuição até as atividades clínicas e, finalmente, a atenção fa r" . maceut1ca. Em uma retrospectiva da profissão nos Estados Unidos, Higby apresenta que, em uma primeira etapa, pôde ser verificado que o farmacêutico a princípio tinha seu papel social claramente defini do. Ele era quem man ipulava e elaborava as fórmulas e as comercializava em seu próprio dispensário ou farmácia. Em uma etapa posterior, com o apareciment o da indústria farmacêutica , por volta da d~cada de 1950, a farmácia passou a representar apenas um ca nal de distribuição de ~edicamentos industrializados, e o farmacêutico perdeu seu va lor e papel social e, por isso, migrou para as atividades industriais. Em paralelo a estes acontecimentos, houve o desenvolvimento da farm ácia hospitalar. As funções do farmacêutico que, a princípio eram as de dar suporte e prover com medicamentos, se juntara m a outras; além da distribu içã o e da manutenção, o farm acêut ico passo.u.ªprestar informações à equ ipe, a participar de comissões e, post eriormente, a exercer at1v1dade s cI'1n1cas, . - a, tera pia . rne d.1camentosa e a, atençao auxiliando o méd ico em re1açao farmac" . . 1 eut1ca, com o foco no paciente e, desta forma, ele retomou seu valor soc1a . . No Brasil , a ordem dos aconteci mentos também seguiu o mesn10 caminho, porém ainda não temo s a at.1v1 'd ad e cI'1n1.ca d'f1un d'd , 1 a no pais. _ . 0. .trabalho do farma cêutico ainda está mais voltado para questoes burocraticas e drn1n1st · . · d esenvo 1vem trab Ih rativas na maioria dos hospitais. Por out ro lado, alguns serviços os clínicos comparáveis aos de referências internacionais , como os Estados Unidos, o caanad. a,ª Espanha e Chile .

ª

FARMÁCIA CLINICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA

JQ7 Scanned by TapScanner

Os fatores pelo quais a fa rmácia clín ica e atenção farmacêutica ainda nã _ . - d I' . d ,d d f o estao d f ndidos no Brasil envolvem questoes e po 1t1ca e sau e e e armação do p f' . 1u " . ro 1ss1onal farmacêutico e fatores econom1cos.

Definições e Conceitos A farn1ácia clínica foi caracterizada nos anos 60 nos Estados Unidos e compr eende . . f . d " . un1a série de atividades voltadas para ~ ax1m1zar os e e1tos a terapeut1ca, minimizar os riscos e os custos do tratamento ao paciente. farrnacêutico clínico trabal ha promovendo a saúde, prevenindo e monitorand eventos adversos, intervindo e contribuindo na prescrição de medicamentos para a obte ~ ção de resul tados clínicos positivos, otimizando a qualidade de vida dos pacientes se~ contudo, perder de vista a questão econômica rela cionada à terapia. ' tern1o "atenção farmacêutica" foi concebido por volta dos anos 90, nos Estados Un idos, e representa un1a mudança na atitude do profissional farmacêutico, elaborada a partir da farm ácia clínica, em que o farmacêutico assume responsabilidades em relação ao paciente e, junto corn ele e com outros profissionais, desenha, implementa e monitora a conduta terapêutica estabelecida. De acordo com Hepler e Strand, a atenção farmacêutica é o fornecimento da terapia medica mentosa de maneira responsável com o propósito de atingir o resultado desejado, promovendo a melhora na qualidade de vida dos pacientes. No Brasil, em 2004, através da Resolução 338, o Conselho Nacional de Saúde aprovou a Política Naciona l de Assistência Farmacêutica estabelecendo, dentre outros fatores, que as ações de Assistência Farmacêutica envolvem aquelas referentes à Atenção Farmacêutica, e compreendendo atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos eco-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde.

o

o

Implantação da Farmácia Clínica

Pré-requisitos e considerações Anterior à execução e à descrição das atividades desenvolvidas pelo farmacêutico clínico no hospital, devemos considerar que as atividades clínicas requerem uma base de sustentação forte constituída: •





308

pelo apoio em relação ao corpo administrativo e gerencial tanto da farmácia hospitalar quanto do próprio hospital . A inclusão de um farmacêutico no cuidado ~o paciente pode resultar em redução de Reação Adversa a Medicamentos e reduçao de erros de medicamento o que representa em um retorno positivo do investimento com a implantação desta atividade; pela posse de uma farmá cia hospitalar estruturada com processos seguros e definid?s em rela ção à seleção, ao estoque e fornecimento dos medicamentos. Se possivel, com sistemas informatizados· por sistemas de dispensação de medicamentos definidos; •

I

PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

. or Recursos Humanos compat1ve1s; '

•• pelo P suporte tecn1co , · adequa d o. Se poss1ve ' 1' ter um centro de informações sobre medicamentos; • por progr:mas de tre~namento e edu~ação continuada aos profissionais; • pela relaçao de medicamentos selecionados e por uma comissão de farmácia e terapêutica atuante.

Planejamento Na elaboração do projeto, é recomendável que se estabeleça uma metodologia ou um instrumento de qualidade que permita visualizar o planejamento (plan), a execução (do), a coleta e a análise dos dados obtidos (check), além do estabelecimento de novas ações (act), o que representa um ciclo. Este ciclo, PDCA (plan, do, check e act) foi proposto por Edward Deming, sendo conhecido também como ciclo de Dem ing. Pela filosofia da farmácia clínica, o farm acêutico deve estar mais à beira do leito. Porém, é difícil imaginar que esta atividade possa ser desenvolvida sem os pré-requisitos citados anteriormente, comuns à maioria dos serviços de farmác ia hospitalar no Brasil. Desta forma, uma das alternativas para o desenvolvimento de projetos da farmácia clínica é a condução do trabalho em serviços, unidades ou grupos de pacientes específicos. • Unidade de Terapia Intensiva - dada a complexidade dos casos e a terapia com inúmeros medicamentos, a contribu ição do farmacêutico clínico nesta unidade representa inúmeras possibilidades. Em um recente estudo, a participação do farma cêutico na equipe da Unidade de Terapia Intensiva representou diminuição dos eventos adversos evitáveis em 70,2%. O evento adverso ocorre em 2,4% dos pacientes hospitalizados e está associado ao aumento do número de dias de permanência no hospital em 1, 9 dias além do aumento do risco relacionado à morte. • Pacientes renais crônicos - estes pacientes possuem sempre ml.'.iltiplos medicamentos em sua terapia, várias comorbidades e representam grande risco no desenvolvimento de eventos adversos e problemas relacionados aos medicamentos, que podem aumentar a morbidade, mortalidade e o CLtsto do tratamento. O farmacêutico clínico pode contribuir para a redução dos eventos relacionados aos medicamentos, diminuição no tempo de hospitalização e redução do custo. • Transplantados - as intervenções e recomendações do farmacêutico podem contribu ir para a identificação e a reso lução dos eventos adversos e para a redução do custo do tratamento. Em um estudo realizado em Ltm período de 19 meses, foram documentadas 844 recomendações envolvendo 201 pacientes transplantados, das ~ua is 28,4o/o estavam associadas à indicação, 26,6% à dose acima do LtsL1al e 18, 1% ªdose abaixo do usua l. Os medicamentos rela cionados mais freq uenternente foram os imunossupressores em 32,6% e drogas cardiovasculares en1 28%. • Geriatria - o acompanhamento do farma cêu tico clínico pode contribLur para 0 aumento da aderência do paciente à terapia medicamentosa. Sabe-se que rieste grup.o de pacientes, que representa grande fração do núrnero de consun11dores de med icamentos - ma is de 30o/c dos consumidores de medica111entos nos Estados Unidos-, a aderência ao trata~ento diminui de acordo com 0 auniento do número 1 FARMÁCIA CLINICA E ATENÇÃO FARMACÉUTICA

309

1

Scanned by TapScanner

r . de medicamentos. Cerca de 25% dos pacientes idosos usam três 0 u rna1s rn d' mentos, representando, desta f orma, um grupo de alto risco. e ica-

Dentre as hospitalizações de idosos nos Estados Unidos, 11 % são decorr 01 entes da 7 aderência à tC'rap1a n1ed1can1entosa e 1 10 por reaçoes adversas a medicarne t naoA inclusão do far 111acêutico clínico em hospital geriátrico reduziu em 42o/c ~ o_s. . . º numero d reações adve1 sas associadas a n1ed1carnentos. e • Hipertensos - pacier1tes hipertensos que são acompanhados pelo farrn ~ . - d . d. aceut1co pode111 obter a re d uçao a terapia me 1camentosa e apresentar maior ad ~ . erencia , . 1 ao tratan1ento e n1e liiara d o qua d ro c rn1co. • Pacientes asmáticos - há um estudo que demonstra resultados positivos relação à participação do far111acêu tico na redução do número de consultas ~rn en1ergencia neste grupo de pacier1tes. e • Pacientes diabéticos - o far111acêutico pode melhorar a qualidade do tratam . . _ ento e con trrburr para a reduçao de seu custo. Sabe-se que estes pacientes possuem alta probabilidade de desenvolver eventos adversos, muitas vezes por má utilização da terapia, gerando a sua hospitalização.

Implantação e execução

Atividades fundamentais do farmacêutico clínico Na execução do trabalho, o farmacêutico deve estar integrado à equipe em todas as questões envolvendo o paciente, desde a passagem de plantão, passando pela visita à beira do leito até sua alta. Dentre as atividades fundamentais, podemos destacar:

1. Visita clínica multiprofissional ao leito e apoio à terapêutica nas questões pertinentes. 2. Visita específica do profissional farmacêutico ao paciente em casos predeterminados. 3. Análise da prescrição médica: uma das principais ferramentas de trabalho do farmacêu tico clínico reside no prontuário do paciente e na prescrição médica. A partir das informações contidas nestes documentos, pode-se verificar se a conduta terapêutica medicamentosa está adequada ao caso. A análise à prescrição consiste em verificar: a. A dose do medicamento: a verificação não só da dose usual, mas os ajustes necessários em relação ao paciente em questão. Temos que lembrar que e~ pacientes idosos nefopatas e em hepatopatas, há ajustes posológicos necessarios para certos medicamentos. , Para pacientes pediátricos, a dose é uma função da área da superfície corporea (Anexo 1) e varia de indivíduo para indivíduo· Para pacientes nefropatas, a dose para pa~e dos medicamentos deve~ ~er . t d d I de creatrnrna ªJUS a a e po em ser estimadas pelo do cálculo de e earance (Anexo li).

o

31 I PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

Via de administração: a escolha da via de administração d d' b. . - f e me 1camentos deve levar em cons1deraçao atores que modificam a sua abso b. d. . .. · d 1 f, rçao e 10 1spon1bd1dade _ magn1tu e com a qua o armaco atinge seu local de I' . , · · d 1 f, açao ou um 1qu1do f biolog1co a partir o qua o armaco tem acesso ao local d e açao -, atores . · 1, · anatômicos, f 1s10 091cos e anatomopatológicos. Deve-se observar ,s~ a via prescrita é a indicada para a administração do medicamento esp~c1.f1co. Devemos considerar aqui medicamentos prescritos para serem adm1n1strados pela sonda nasogástrica e que não possuem forma farmacêutica adequada para esta via de administração pela perda de eficácia (liberação prolongada, por possuírem revestimentos que contra indiquem que sejam macerados). c. Frequência: se a frequência prescrita é a usual indicada para o medicamento em questão. d. Diluente, volume e tempo de infusão: nas administrações de medicamentos injetáveis, é comum a não-observação das incompatibilidades entre o medicamento e diluente, a estabilidade da preparação, o volume necessário e o tempo adequado para sua infusão, tendo como reposta eventos adversos e erros. A estabilidade e a compatibilidade são elementos críticos na terapia com medicamentos, pois podem afetar a adequação terapêutica do tratamento e da segurança da terapia. As incompatibilidades, mesmo classificadas como físicas e químicas, têm sempre um caráter de base química. A incompatibilidade se refere a fenômenos físico-químicos como precipitação dependente da concentração e reações acidobásicas, alterando o estado físico ou o equilíbrio químico. A incompatibilidade física é o termo usado quando há precipitado mudança de cor, alteração da viscosidade, formação de separação de fases, alteração da solubilidade, interação com o recipiente. A incompatibilidade química é aquela que resulta em alteração molecular ou rearranjo químico, não sendo observada visivelmente. A instabilidade é um termo aplicado geralmente em reações químicas constantes, irreversíveis e que resultam em compostos químicos distintos - produto de degradação-, terapeuticamente inativos ou com possibilidade de resultar em toxicidade. Como exemplo, podem-se citar a hidrólise e as reações oxidativas.



e. Interação droga x droga A prescrição médica geralmente envolve um número alto de medicamentos, fa~o­ recendo, desta forma, o aparecimento de interações que podem alt~rar o efeito farmacológico, a eficácia e provocar reações adversas e tóxicas ao paciente. As interações podem ser: _ . . . - Farmacocinéticas: que modificam os parâmetros da absorçao, drstribuiçao, metabolismo e excreção; . . t 0 r pre e pos, 1 d , · F - armacodinâmicas: as que ocorrem ao n1ve o sitio recep ' _ receptor e são conhecidas como interações agonistas e antagonistas e nao se conhece o real mecanismo desencadeante da interação.

FARMACIA CLÍNICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA

J]]

Scanned by TapScanner

f.

Int eração droga x alimento: da mesma form a que entre dois med·ic . d' ament também podem ocorrer 1nteraçoes entre me 1cament o e aliment os, . , . d d' o resultand f em alteração na arr11acoc111et1ca o me 1camento: ab sorção dist 'b . _ o f • f ' • ri u 1Ça o t abolismo e excreçao, alterando o e eito arm acolog 1co, a eficácia ' mee podend p rovocar reaç.ões.ª?~ersas e tox1 cas a~ p aciente. ertos al imentos podem co ~ tribu ir para a 111ef1 cac1a d e alguns m edi cam ento s. n I

,.

.

e

A lt eração da ci11éti ca dos alimentos e nutrientes: Certos medicamentos . b d . .b . podem ;11 t eiferir r10 aproveit amento - a a sorçao, a 1str1 u1 çao e a excreç. ao - dos nutrientes presentes nos alimentos e resultar em al teração d o palada f . r, e e1tos gastrintestinais e alteraçao no apetite. orn o exemplos, podemos citar tra ciclina, que d eve ser administrad a em jej um e sem a presença de alimeªn tericos e1n cálci o ; a ciprofloxacina, q ue deve ser adm inistrada 2 horas ap , tos refeição e deve-se evit ar aliment os que contenham cafeín a, leite ou fe rro. os

-

. e

ª

Por outro lado, é recomendável que se adm inistrem alguns medicamentos na presença d e aliment os, corn o é o caso. do _ sulfametoxazol + trimetoprima, que deve ser administrado d urante as re fe1çoes. g. Interação droga x exames laboratoriais: interferência do medicamento nos resu ltados dos exames clínicos laboratoriais, originando conclusões falhas no d iagnóst ico. h. M ed icamentos não-padronizados: apenas medicamentos pertencentes à relação de med icamentos padronizados pelo hospital são adquiridos de forma p rog ram ada, estando, consequentemente, disponíveis para o uso no hospital, ao contrário dos medicamentos não-padron izados que passam por um processo d e compra demorado e oneroso além de representar maior risco de eventos adversos, pois não segue o mesmo processo de armazenamento, unitarização, preparo e dispensação que os medicamentos padronizados. i.

Descriçã o dos medicamentos: a importância da descrição correta dos medicam entos está envolvida em inúmeros eventos adversos e erros, como: troca do medicamento com nomes comercia is semelhantes, troca da via de administração, da dose, da frequência e do horário. Alerg ia a medicamentos: verificar se o paciente tem antecedentes de alergia e

j.

se p ossui medicamentos em prescrição que possam estar relacion ados a este evento. k. Pacientes com risco de queda: muitos medicamentos podem estar relacionados ao aumento do risco de queda nos pacientes (Anexo Ili). 4. Atendimento às solicitações internas de informação sobre medicamentos: o far~a­ cêutico deve estar capacitado e habituado com a consu lta às fontes d e informa7~o, permitindo a busca, seleção, análise e interpretação das informações n eces~ana~ para. responder adequadament e ao quest ionamento d o solicit ante. Tambem e con sid.erada imprescind ível a habilidade de comunicação verbal e escrita, uma vez que

J J2

ª informação prestada deverá ser compreendida pelo solicitante (Anexo IV).

PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

Farmacovigilância: reações adversas a m~dicamentos: 0 farmacêutico pode contri5. buir, estando a_tento para su rgi mento de efeitos adversos, ao incentivar e fa cil itar a comun1caçao da suspeita de uma reação adversa e ao atuar na c 1 t ·f· oea de dados e na not1 1caçao e armazenamento das informações sobre as reações adversas produzidas.

sem~re

~

b. Ensino: fornecer informações a outros profissionais da equipe, apresentação de aulas para a atualização dos outros farmacêuticos ou outros profissionais da área de saúde. 7. Participação em protocolos de estudos de utilização de medicamentos e novas tendências farmacoterapêuticas e divulgação aos outros profissionais de saúde. 8. Participação em cornissõ es internas: farmácia e terapêutica, terapia nutricional e controle de infecção hospitalar, contribuindo com suporte técnico à definição de políticas de uso de medicamentos no hospital. 9. Participação nos protocolos de ensaios de pesquisa clínica: medicamentos novos ou não, sob investigação ou em teste clínico. O farmacêutico deve estar envolvido nos protocolos de estudo que estejam sendo realizados, tendo como atividades básicas: a randomização, quando necessária, a guarda do med icamento a dispensação, o acompanhamento das reações adversas, o acompanhamento do destino do restante, guarda ou desprezo - do medicamento, a coleta e o repasse das informações até o término do protocolo. 1O. Coleta, armazenamento e elaboração de relatórios a partir dos dados obtidos nos trabalhos desenvolvidos, bem como a divulgação à equipe. 11. Documentação e registro de todas as atividades e intervenções pertinentes no prontuário do paciente. 1

Levantamento e análise dos dados Para o acompanhamento clínico no desenvolvimento do projeto, é necessá rio se ter um instrumento de coleta de acompanhamento dos casos e compilação de dados (Anexo V). Este instrumento servirá como um resumo do caso e pode ser desenvolvido como um sistema eletrônico ou não. Exemplos de informações que devem ser documentadas neste instrumento: 1

1

• informações sobre o paciente: nome, prontuário, leito, idade e peso, sexo, nome do médico respon sável; • breve histórico do caso e/ou diagnóstico do paciente; : medicamentos utilizados, posologia e via de admin ist ração; alergias;

• :

~u speitas de reação adversa a medica mentos; interações: entre drogas, droga e alimento, droga e exame laboratoria l; exames laboratoriais.

loca~ do_cumentação do trabalho é importante não só para a obtenção de da.dos, para ª . iz.açao de f . d t b · ni para servi r como um lfldicad pontos alhos e novas oportun1 da es, como an1 e or de produtividade e qualidade do projeto.

FARMÁCIA CLINICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA

3J3 Scanned by TapScanner

Ações

J

~ Ao final de um período predeterminado pode-se, por meio da análise das inform açoes obtidas, estabelecer ações como: • mudança das diretrizes do projeto; • melhora do fluxo de trabalho; • trabalhos em focos deficientes; • inserção de novos trabalhos e oportunidades.

O Futuro da Farmácia Clínica - Atenção Farmacêutica A atenção farmacêutica, a forma pela qual o paciente recebe o melhor tratamento medicamentoso possível, é aplicável a todos os níveis de atuação do farmacêutico, tanto no ambiente hospitalar quanto no ambiente externo. A atenção farmacêutica requer relação direta entre o farmacêutico e o paciente, além da atuação junto à equipe interdisciplinar e representa uma nova visão da atuação farma. ceut1ca. A relação do farmacêutico e paciente deve ocorrer de forma a assegurar confiança, comunicação, cooperação e que a decisão conjunta seja estabelecida e mantida. Nesta relação, o farmacêutico atua no sentido de cuidar do paciente usando todo o seu conhecimento e expertise e em troca o paciente deve fornecer informações pessoais e participar do plano terapêutico proposto. O farmacêutico deve desenvolver mecanismos para assegurar que o paciente tenha acesso à assistência farmacêutica integral. As informações dos pacientes devem gerar informações a respeito da saúde geral do paciente e a sua condição socioeconômica, história da doença, histórico medicamentoso e a dieta e devem ser registradas oportunas, precisas, completas e mantidas organizadas para garantir que será facilmente resgatada e atualizadas e assim formarão a base para as decisões relativas ao desenvolvimento e alteração do plano de tratamento medicamentoso. Além d isso, devem ser mantidos de forma confidencial. Atenção Farmacêutica é a provisão responsável do tratamento farmacológico com o propósito de alcançar resultados definitivos. O processo envolve a concepção, implementação e monitoramento de um plano terapêutico, com base nas necessidades do paciente o que implica: ~



identificação de problemas ou potencial problema relacionado a medicamentos

(PRN); • •

resolução do problema; a prevenção de problemas relacionados a medicamentos.

Desta forma as atividades consistentes com estes princípios podem ser estruturadas de acordo com os seguintes pontos: 1. Estabelecer a relação farmacêutico-paciente; 2. Recolher, sintetizar e interpretar a informação relevante;

3J4 / PRÁTICA FARMACtUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR Scanned by TapScanner

3 ·

4 ·

~:

~: 9.

Relacionar os medicamentos do p~ci~nte; Estabelecer o plano farmacoterapeut1co desejado para cada PRN; Determinar as alternativas farmacoterapêuticas viáveis; Escolha a melho r soludção far~acoterapêutica e individualizar 0 regime terapêutico; 1 Estruturar um pano e monitoramento terapêutico de drogas; Implementar o plano individualizado e o plano de monitoramento; Acompanhar e checar o resultado ao longo do tempo após a implementação.

A adoção do sistema de atenção farmacêutica envolve mudanças comportamentais do profissional, que se tornam mais fáceis onde já existe a farmácia clínica. A meta da atenção farmacêutica é prover a melhora da qualidade de vida ao paciente, com a racionalização do uso do medicamento, que envolve a contribuição para a cura do paciente, a eliminação ou a redução da sin~omatologia, a diminuição ou a redução do desenvolvimento da doença e a sua prevençao. É tempo de ampliar estes serviços para poupar dinheiro, poupar vidas paciente, e melhorar os nossos sistemas de cuidados de saúde.

l

1



FARMÁCIA CLÍNICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA

3J5 Scanned by TapScanner

,

.

,

, da área de s uperf1c1e corporea 1 Anexo 1- Calcu o

ASC (m

2

)

altura (cm )x massa corpórea(kg)

=

3600

Anexo li - Cá lculo do clearance de creatinina estimado , las a segLiir fornecem uma estimativa do clearance de creatini As forn1u na, exceto quando: . , . a. A creatini11a sérica (Ser) do paciente e a l tera~a rapidamente; b. o pacie11te apresenta perda de massa corporea acentuada

Adultos (> 21 anos) Método 1

Método 2

Clcr (mUmin) =

Clcr {ml/min/ 1,73m 2 ==

(140 - idade) peso saudável

Homens:

Homens:

1

98 - 0,8 (idade - 20)

72 x Ser

Ser

Mulheres: Cler estimado para homens x 0,85

Mulheres: Clcr estimado para homens x 0,90

Crianças (1-18 anos) Método 1 0,48 x altura (cm) x área da superfície corpórea (m 2))

Ser x 1,73 Método 2 Crianças 2-12 anos e meninas 13-21 anos

Clcr:

Crianças < 2 anos

0 ,55 x altura (cm)

0,45 x altura (cm) Clcr:

Ser

Ser

Meninos 13-21 anos Onde:

L JJ6

Clcr:

0,7 x altura (cm)

.

m mUmin

Clcr: clearance de creatina e Ser: creatina sérica em rng/dl

Ser - -

PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AM BIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

Anexo 111 _ Medicamentos relacionados ao risco de queda -Sintoma

oor de cabeça

Hipotensão postural

Insônia

Sedação

Síncope

Sonolência

Incidência

Medicamento

26%

Foscavir 24 mg/ml sol parenteral fr 250 ml

23 a 27%

Adalat 1O mg cap sublingual

9a30%

Dostinex 0,5 mg cp

10 a 30%

Alphagan fr 1O ml

33°/o

Azulfin 500 mg cp

35%

Epivir 150 mg cp

14 a 38%

Valtrex 500/ 1000 mg cp

38 a 58%

Monocord il 1O mg injetável ap 1 m l

58%

Avonex 33 mcg fap

65%

Temodol 20/250/ 100 mg cp

85%

Vesanoid 1O mg cp

2a3%

Seroquel 25/ 100/ 200 mg cp

5%

Zyprexa 5 mg cp

9 a 1 Oo/o

Carduran 2 mg cp

4a7%

Risperdal 1 mg cp

7%

Casodex 50 mg cp

4a8%

Lioresal 1O mg cp

11 %

Epivir 150 mg cp

12%

Ziagenavir 300 mg cp

14%

Efexor 37,5 mg comp/ 75 mg cap e Vesanoid 100 mg cp

6a 16%

Sirdalud 2 mg cp

16%

Atenol 50 mg cp

75%

Reminyl 4/ 8/ 12 mg cp

5%

Atensina 100 mcg cp

15,90%

Lorax 2 mg cp

48%

Sirdalud 2 mg cp

acima de 50%

Frisium 1O mg cp

38 a 62%

Frontal 0,5 mg cp

acima de 1%

Ourogesic 25/ 75 mcg td

abaixo de 2%

Norvir 100 mg cap

2%

Visken 5 mg cp

abaixo de 3%

Alphagan fr 1O mL

acima de 5%

Leponex 25/ 100 mg cp

1 a8%

Quinicardine 200 mg cp

2%

Comtan 200 mg cp

3%

Carduran 2 mg cp

5%

Cymevene 500 mg injetável/ 250 mg cp e Avonex 33 mcg fap

7% 8%

Seroquel 25/ 100/ 200 mg cp Clarítín Smg/ ml xp; 1O mg cp e Trandor 200 mg cap

10%

Ourogesic 25/ 75 mcg td

16 a 22%

Zyprexa smg cp

FARMACIA CLÍNICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA

- J

7

Scanned by TapScanner

Anexo 111 (cont.) _ Medicamentos relacionados ao risco de queda Sintoma Tontura

Incidência

-

10%

7

a 12%

Medicamento

Concor 1 ,25/ 2,5/ 5/ 1O mg cp ; Epivir 150 mg c p ; Seloken 5 mg injetável ap 5ml e M inipress Sr 1. 2/4 mg cap Zyprexa 5 mg cp

13%

Atenol 50 mg c p

11 a 14%

Aropax 20 mg cp

16º/ci

Ziagenavir 300 m g c p

9

a 17%

Dostinex 0,5 mg c p

19°/o

Mexitil 200 mg cap e Leponex 25/ 100 mg c p

20°/o

Vesanoid 1o mg cp e Sotacor 120 mg cp

23 a 27%

Adalat 1O mg cps sublingual

6a32%

Coreg 3, 125 mg/ 12,5 mg cp

41 , 10%

Mansil 250 mg cap

31

a 47o/o

Celance 0,05/ 0,25/ 1 mg cp

Anexo IV - Fontes para Consulta Banco d e Dados

Organizações

Drug Formulary http://www.intemed.mcw.edu/drug.html

ASHP (American Society of Health-system Pharmacists) http://www.asph .com/ pub/asph/index.html

PharmDB http://pharmainfo.com/drugdb_ mnu.html Medline http://ncbi.nlm.nih.g ov/pubmed Acessos às bases médicas http://www.annals.org http://www.freemedicaljournals.com http://www.google.com American Medical lnformatics Association http://amia2.org Farmacopéia http://www.ufsm.br/farmacopeia British Medical Journal http://www.bmj.com

U.S. Pharmacists http://www.u .s.pharmacists.com Nursing World http://www.nursing .world .org Food and Drug Administration (FDA) http://www.fda.gov Organização Mundial de Saúde http ://www.who .eh Diário Oficial do Estado de São Paulo http://www.imesp.com.br Diário Oficial da União http://www.in.gov.br lberos-Latinoamericanas (OFIL)

lberos-Latinoamericanas (OFIL) http://www.ofil .org .br Conselho Federal de Farmácia www.cff.org .br Centro de Vigilância Sanitária (CVS SP) http://www.saude.sp.gov.br/html/fr_cvs.htm

318

Conselho Regional de Farmácia (CRF SP) www.crfsp .org .br M inistério da Saúde (MS) http://www.saúde .gov.br Agência Nacional de Vigi lância Sanitária (Anvisa) http://www.anvisa.gov.br

PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR

d

Scanned by TapScanner

Anexo V

_ Modelo de instrumento de acompanhamento de pacientes Adm issão: Saída :

Etiqueto do pa ciente

/

/

==--=-=:'....::=--/

/

-

(

-- - - - - -(

-

) oito (

) óbito (

) Tra nsf.

) outros

Dieta :_ Parenterº1_i ) Enteral ( }_ Orçtl_LJ Gastrostomia ( \ _Alergia :

L--:-:-~~-----'

Motivo do lnte.~rr~ 1a~ç:!..:õ:..::o::..:.:_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _-l

1-

-

Diognósticos: - - - - - - - --

--

-

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - --J

·-Medicon1entos de Uso Habitual :

Problen1os i no:ti~v~ o: s:_ _ _ _ _ _ _ __ _ _ __ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

1

Motivo do Inclusão: Outros:

Medicamentos

1

1

1

i '

1

~



1 j

1

l

!

. 1

'

l

1

--

-

1

1 '

1 •

1

f

••

L

'

1

1

'

!

1

-

r

.

1

1

• 1

1

l

~

1



.

i

-



-

1

.

-

'

1

.-



1

Dose/ Via/ Frequência/ Volume do diluente/ Velocidade de infusão, lnt. Drogo ' Drogo 1" 1 Droçio ,

-

~nt.~roga x Exame/ RAM/ Reação Pirogê nico / Risco de Quedo Drogas deRisco:

L.tre 1re

-

'

oc. valpróico ( tocrolirnus (

} omi nog licosídeos (

) corba mo zepino (

) ciclospo11no

(

) d1ç,oxino cf

(

) fen1k."'lt 10 (

)

) vancomicino (

) worforina (

}

FARtvtACIA CLINICA E

ATENÇ~O F.\1\1\t..\CELT C..\ 1 .1J9 Scanned by TapScanner

Evolução:

---

Exames Laboratoriais Limites A lbumino Creo l inino Glicose

-· I·

·-

4,O 5,3g/ L -1--1--

H 0,6- 1, ?nig/ dl M 0,5·

1,Onig/dl

- 1-

HB/ Ht

12-15g/ dU36-46%

Leucócito s

0-10000

RNI

0,96 -1,25

TGO

17-59 U/ L

TGP

21-72 U/ L

Uréia

10-40mg/ dl

Cálcio

1, 14· 1,31 rnmol/L

Potássio

3,5-5,0mEq/ L

Sód io

135-1 45mEq/ L

Magnésio

1,3-2, 1 mEq/ L



--l---·l--•- --1--r---r-1--r--t--:---l_I

-1- -

70-99nig/dl -

I-

- - 1 f - ..

- 1-1--1-1-11--t--r-+-f-+--l

---

Culturas Data:

Tipos de cultura

PRN*

Resist ./Sensibilidade

Microorg. Identificado

Intervenção

Aceito

Mo n1t

Nõo Aceito

Motivo

* Problemas relacionados a medicamentos.

320

PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

. afia consultada Bibl1ogr

s

.

Society of Heath - System Pharmacists - ASHP. Best Practice for Health t Ph 1. Arn~nc~:. 1998-1999. P· 51-56. ys em armacy.

!~e~~an. Society

of Heat~ - System Ph.armacists. - A~HP. ASHP Guidelines FOR Obtaining 2. authorization for document1ng pharmaceutrcal care 1n pat1ent medical records. Am J. Health-Syst Pharm 1989; 46:334-9. . . . American Society of Heath - System Pharmac1sts - ASHP. Gu1delines on The Pharmacists Role in the 3· Developrnent of Clinica! Care Plans. Am J Health-Syst Pharm 1997; 54:314-8. . Beaumont LR. The plan, do, check, act personality. Ouality Digest 2003. June, p. 64.

4

S. Brilli RJ, Spevertz A, Br~n~son ~~· Campbell GM, Cohen H, ~asta JF et ai. Criticai care delivery in the intensive care unit: def1n1ng cl1n1cal roles and the best pract1ce model. Crit Care Med 2001; 29(1 O):

2007-19. b. Chuang LC, Sutton JD, Henderson GT. lmpact of a clinica! pharmacist on cost saving and cost avoidance in drug therapy in a intensive care unit. Hosp Pharm 1994; Mar; 29 (3): 2158. 7. Crealey GE, Sturgess IK, McElmay JC, Hughes CM. Pharmaceutical care programmes for the elderly: economic issues. PharmacoEconomics 2003; 21 (7):455-65. 8. Figueiras A, Napchan BM, Mendes GB. Farmacovigilância ação na reação. Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo, 2002. 9. Gomes MJVM, Reis AMM. Ciências farmacêuticas - Uma abordagem em Farmácia Hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2000. 10. Goodman & Gilman. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1991. 11. Hammond RW, Boyce B, Briceland L, Sian M, Eggleston ST, Erstad B et ai. ASPH Guidelines on documentation pharmaceutical care in patient medical records: developed through the ASHP council on professional affairs and aproved by the ASHP board of director on february 20, 2003. American Society of Heath - System Pharmacists 2003; 1; 60(7):705-7. 12. Holland RW, Nimmo CM. Transitions, part 1: Beyond pharmaceutical care. American Society of Heath - System Pharmacists 1999; 1;56(17): 1758-64. l3. Leape LL, Cullen DJ, Clapp MD, Burdick E, Demonaco HJ, Erickson J et ai. Pharmacist participation on physician reounds and adverse drug events in the intensive care unit. JAMA 2000; Mar 8, 283(10):1288-9. 14 · ~anley HJ, Carroll C. The clinica! and economic impact of pharmaceutical care in end-stage renal l S. disease ~atients. Seminars in dialysis 2002; Jan/Feb; 15(1 ):~5-4:. . . ~cC~e~d1e SR, Callahan BL, Collins CD, Walker PC. lmprov1ng 1nformat1on flow and documentat1on . . . 16. M~~linica! pharmacy services. Am J Health-Syst Pharm 2004; 1;6.1 (.1) ~6.-9. . tazen M, Cook DJ. lmpact of a clinica! pharmacist in a mult1d1sc1plinary 1ntens1ve care un1t. Cnt Care .Med 1994; Jun; 22(6): 1044-8. 17 · Scars1 KK F · · Roun ds Red uces Med'1cat1on . · ot1s MA, Noskin GA. Pharmacest Participation in Medical Errors Am J Hea 1t-Syst Pharm 2002; Nov; 59:289-92. 18 S h · 19. "t~ vartsman C. Manual farmacêutico. 13. ed. São Paulo: Hospital Albert Einstein, 2009. . nssel lA H db k 8 20. US. F · an oo on injetable drugs. 9. ed. USA: ASHP; 199 . . . ood and Drug Administration Drug interactions· what you should know. D1spon1vel eni: http:// · 21 . www.fda K . .gov/d rugs/resourcesforyou/ucm 163354.htm·[Acessado em nove1nbro de 2009] · S' Weber RJ. Pnnc1ples . . · t1on · safety ·1n th e ICU. ent · eare crin 2006 Aane-G11l . and practices of rned1ca 2 2 22. p~;~ ~( ):273-~0, ~I. Review. PubMed PMID: 16678000. . 1 lnt . 'Loh-Tnved1M. Clinicai pharmacists in the intensive care un1t: Is there really an equation. 1 l6;~~ ~; Care Med 2006 Aug; 32(8):1275-6; author repl.1277. Epub 2006 Jun 2. PubMed PMID: 23· Ne · · . . 9nn1 NMM L'1 · · d medican1en tos via sond . ' ma G. Assistência farmacêuti ca na adn11n1struçao e 24 · Fopp ª· escolh ª da forma farma cêutica adequada. Revis · ta E'1nstein · 2009·' 7(1 Pt 2):9- 17. Phar~ JW. The Definition of Clinica! Pharmacy. American College of Clinicc.JI Phurniacy acotherapy 2008; 28(6):816-7.

1

1

FARMACIA CLINICA [ ATENÇAO FARMACtUTICA /

,l2 / Scanned by TapScanner

25. Beckwith MC, Feddema SS, Barton RG, Graves RD. A guide to dru th . 9 feeding tubes: dosage form selection and administration methods H er~py 1n Patient . p. 225-37. 2004 Wolters Kl~wer Health, /nc. · ospita/ Pharrnacy.sv~;th enteral 26 Kno11 e/ E. Condutas no Paciente Grave. Vol 2. 3. ed sec. 28. São Pa 1 . · 39, n. 3 ' 27.· Hepler CD, Strand LM. Opportunities and responsibi/ities in pharma~~· ~theneu, 2006. 1990; 47: 533-43. utical care. Arn J Ho 28. Aln1eida SM, Gama CS, Akamione N. Preva/ence and c/assification of rug d sp Pharll'l are patients. Revista Einstein 7(44):3347-351. - rug nteractions . in nten . sive

322 / PRÁTICA FARMACÊUTICA NO

AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

Participação do Farmacêutico em Equipe Interdisciplinar Juliana Locotelli

Introdução Nos últimos 50 anos, tem crescido o interesse na colaboração interprofissional no cuidado ao paciente. Este interesse pode ser enfatizado, por exemplo, pelo número de estudos na literatura de profissionais da saúde como tópicos de time assistencial, atenção multidisciplinar ao paciente e atenção interdisciplinar de saúde ao paciente 1.

Definições . De acordo com Nissani, uma disciplina é "algo comparativamente autocontido e isolado do domínio da experiência humana, o qual possui sua própria comun idade de especialistas com componentes d istintos tais como metas, conceitos, habilidades, fatos, habilidades implícitas, e metodologias" 2. . No uso atual, o termo parece ter sido apropriado por grupos diferentes em várias maneiras. Disciplina é usada para descrever um campo científico, como a física ou biologia; dentr~ dos campos gerais, existem disciplinas especializadas, como a biologia molecular e 0 existencialismo. No meio da saúde, vemos o termo "disciplina" ser tratado como uma "profissão" - ~~r exemplo, a disciplina da medicina, a disciplina da enfermagem, a disciplina d~ f~r­ rna~1ª: Deve-se ter o conhecimento que existe uma distinção entre a prática da profissao e disciplina.

' •

1

A ~nidisciplinariedade envolve a função isolada dos membros de out~a ~isciplina.

d' ~ intradisciplinariedade envolve a contribuição de diferentes especialistas em uma isc1plina . - como consultores médicos 1. . . d A interdisciplinariedade por outro lado, é a "união dos componentes d1st1.ntos de uas ou m · d.1 . . ' _ d · d ovos conhecimentos nu ~ ais sc1plinas" na pesquisa ou educaçao, con uzin n ., e nao s · _ enam possíveis se não fosse esta integraçao.

.

°ª

- DO FARMACÊUTICO EM EQUIPE INTERDISCIPLINAR PARTICIPAÇAO

1

1

J2J Scanned by TapScanner



f

.d. . . ·edade ocorre quando as disciplinas trabalham lado a lado ern d. . A mu 1t1 1sc1p11nan . . . . . 1st1n, nico problema . A 1nterd1sc1pl1nariedade ocorre quando as dis . 1. tos aspectos d e um u .3 c1p 1nas se inte9 rarn e colaboran1 entre s1 . . . . ~ . d. . 1. ·edade se caracteriza pela def1n1çao de um fcnomeno de p A tran 1sc1p 1nar1 ,. . . . , . esquisa - 0 explicita de urna terrn 1nolog1a compartilhada por varias d. . . laça que requer: a forn1u . _ 1sc1p\ 1_ logia cornpartilhada que transcende as tradrçoes de campos de e t d nas; e u111a n1e t odo . d. . . su o . 11nar1edade representa .d concebidos da maneira fechada. A tran 1sc1p que ten 1ian1 sr o _ urna - da pesquisa baseada concepçao _ em um marco .de . compreensao novo_e compartilhada por várias disciplinas. A cooperaçao, neste caso'. d1r1ge-se. p~r~ a.resoluçao ~~ problernas4. Organizada hierarqu ica rnente, as equ.1pe: multrd1sc1pl 1nare~ trad1c1onalrnente são cornpostas por 111 embros corn alta especia lr~açao. M err:~ros de ~1f~rentes disciplinas traba lhani indepetldenteinente, avaliando .pact~ntes, deftnrndo objetivos e recomendando cuidados. Deve haver encontros para d1scut1r os progressos, mas geralmente há pouca comunicação entre os men1bros da equipe. Eles trabalham em paralelo, com 0 registro médico gera lniente servindo corno veículo para compartilhar informações. A equipe multidisciplinar consiste em men1bros de diversas disciplinas, envolvidos na mesma tarefa e traba lhando lado a lado, mas funcionalmente independentemente. Por outro lado, na equipe interdisciplinar, cada membro deve estar familiarizado com o papel e a responsabilidade dos outros membros, pois as tarefas e funções para alguns se tornam intercambiáveis. Por este motivo é tão raro e difícil operacionalizar este tipo de . equipe. Na equipe interdisciplinar, os membros trabalham de forma independente para desenvolver objetivos e um plano terapêutico em comum, embora eles mantenham distintas responsabilidades profissionais e tarefas individuais. Os membros da equipe devem se ded icar e aprender sobre cada um, além de comparecer regularmente aos encontros agendados. A equipe interdisciplinar é um grupo de pessoas que são treinadas no uso de diferentes ferramentas e conceitos, no qual existe uma divisão organizada de trabalho acerca de problemas comuns, com os seus membros usando suas próprias ferramentas, com uma intercomunicação contínua e, frequentemente, com a responsabilidade do grupo no produto final 5.

,li f 1

I •

Razões para Adotar-se o Modelo de Equipe Interdisciplinar

O complexo humano necessita tanto de cuidados com a saúde que geralmente excede a capacidade - tanto atual quanto potencial - de qualquer indivíduo. No encontro dest~s necessidades, usualmente requer o conhecimento combinado e habilidades individuais de duas ou mais disciplinas 1 . Nunca a expectativa dos consumidores dos serviços de saúde teve um aumento tão grande quanto na história recente. A internet tem-se tornado um importante condutor de informações para pacientes e para o público em geral. O termo "resultado" é agora uma palavra comum entre os profissionais da saúde e também vai ser logo tão com~rn entre os nossos consum idores. Como a indústria de saúde adotou os conceitos de medida de perf,ormance e monitoramento · de resultados os consumidores os tomam co mo urna ferrament · ' · Por esta importante para comparar a performance de diferentes organ1zaçoes.

ª

324

PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

s atividades almejam melhorar os resultados qu . a das ,, to e os pac1ent ,· razaO, nçar para o sucesso das organizações de saúde. es crit1cos podem ª1ca assado, os prof ·1ss1ona1s · · de d·1versas d1sc1plinas · · se en t . No P . con ravam internam t liar a performance e procurar meios para melhorar. Atualm t . . en e ara ava · . en e, estas d1sc1plina P 1 colaborar como uma equipe para medir resultados e melhorar a -' s deven d ,d per 1ormance das organizações e sau e. , . . Em bora os avanços tecn1cos nos equipamentos e medicamentos tenha m aux1.1.1a d o no ento de doenças graves, estas mesmas ferramentas podem resultar em . tarn tra . um risco aumentado decorren:e de seu uso incorreto. Da mesma forma que a tecnologia, 05 erros derivados dela tambem se tornam cada vez mais complexos6.

Barreiras para a Prática Interdisciplinar As maiores barreiras para uma abordagem interdisciplinar incluem fatores como as diferentes filosofias de prática e treinamento profissional, a logística da implementação da equipe e as limitações de recursos 1. O treinamento dos médicos, por exemplo, enfatiza a constante mudança. Eles tomam decisões independentes. Os pacientes esperam que seus médicos sejam decisivos e estejam mais confortáveis com um modelo unidisciplinar do que com um modelo interdisciplinar1. Os programas educacionais dos profissionais de saúde não ensinam o trabalho em equipe interdisciplinar 1. Uma barreira comum para o trabalho em equipe é o conhecimento limitado que os profissionais da saúde têm dos outros. Esta falta de conhecimento pode levar ao conflito. Outra fonte potencial de desentendimento é a linguagem única, ou seja, o jargão usado por cada disciplina especializada. Visitas interdisciplinares, com a partilha das informações e de comunicação, podem ajudar a quebrar as barreiras para o trabalho em equipe, facilitando um cuidado ao paciente mais eficiente 7 . O sistema de atenção interdisciplinar oferece um custo maior do que o sistema unidisciplinar1.

Recomendações Gerais para a Prática Interdisciplinar Os aspectos essenciais para a prática interdisciplinar são: boa comunicação, forte base de conhecimento, competência, e responsabilidade 7. . Nem toda disciplina necessita estar envolvida no cuidado ao paciente. A vontad.e de rnontar uma equipe interdisciplinar deve ser dividida com todas as disciplinas envolvi~a~. Todos f. . . . . d rt. · de uma equipe interd1sc10 . s pro 1ss1ona1s devem estar qual1f1ca os para pa 1c1par plinar. Os b 1d ada um dos membros e res . mem ros da equipe devem concordar com o pape e e Peitar estes ·· 1 Equ· papeis . l'd r um facilitador e pelos 1 rn ipes de sucesso geralmente são compostas por um e'

embros

O líd~r d . . ndo direção e suporte. Ele é respo , eve ser um membro ativo na equipe, prove . nda e designar as nsavel por d ef'1n1r . a logística e as datas d as reuni·0- es ' criar a age _ CtUTICO EM EQUIPE INTERDISCIPLINAR PARTICIPAÇAO DO FARMA

325 Scanned by TapScanner

acteríst icas de um bom líder incluem a habilidad d Car . e es .. d t os mem b ros. at1v1da es en re bros da equipe - tanto ouvir quanto falar - e ter um t'I e . b entre os mem , es 1o d comunicar em . . . líder não deve ser responsavel por todas as deciso- . e 0 . t partic1pat1vo. es, tarn gerenc1amen d mo 0 responsável pelo sucesso ou pela derrota da . d r encara o co equipe pouco Pº e se , embro que faz a interface com outras equipes, ele rep · O líder geralmente e um m resenta

°

_ , tecnicamente, um membro da equipe. Ele é um observado b O facilita or nao e, f ·1· d ·1· ro m consultor ou t rein ador. O ac1 1ta or aux11a o líder da equ· ·etivo que age como u . . .- d d ipe a J b Ih efetivo dinâmico por ouvir op1n 1oes e to os os membros da equi manter um tra a o . h pe, . mando consensos resumindo pontos c aves e provendo um retorno 1 ·rn f testan do e con ir , parcial para o grupo. . . mbros da equipe fazem a maior parte do traba lho de planejamento e execução Os me d 1· . d número de membros da equ ipe eve ser 1m1ta o a seis ou oito pessoas , O f e are as. d t se possível. Este número encoraja a partici pa~ã~ a:iva por to?os os membros. O líder e 0 facilitador são responsáveis por assegurar a d 1nam1ca da equ ipe. Recomenda-se recrutar membros que tenham uma bagagem variada e uma experiência profissional para contribuir com várias per~pecti v_as ~a d iscussã?; estilo social para comunicação, negociação e resolução de conflitos; tecn1cas de aprimoramento, como coleta e aná lise de dados; comprometimento com a missão e os objetivos do grupo; comprometimento em participar das reuniões; aceitação para as designações do líder da

a equipe. .. d



equipe. Os membros da equipe representam a mais importante função. Eles trazem assuntos, consensos, ideias e problemas para discutir com o líder. Os membros são ma is responsáveis por identificar as possíveis causas do problema, buscando ações que visem à correção ou à prevenção dos problemas6 .

Benefícios da Equipe Interdisciplinar A literatura recente tem descrito o uso da colaboração interdisciplinar no impacto dos resultados clínicos: na melhora do tratamento da dor; na redução de reações adversas aos medicamentos; na redução de erros relacionados aos medicamentos; nas taxas de imunização em organizações de saúde; na melhoria da educação do paciente; na redução de hospitalizações; no progresso da nutrição enteral em pacientes domicil iares. O uso da percepção do consumidor e sua satisfação têm-se tornado essenciais em guiar as atividades de melhoria da empresa. A satisfação do paciente é uma avaliação de co~o ele se sente, acima de tudo, sobre os aspectos de sua experiência no sistema ~e saude. A atuação da equ ipe interdisciplinar se faz ponto-chave na melhoria da percepçao e da satisfação do paciente. Demonstrações de que o aperfeiçoamento da qualidade pode reduzir os custos e aum~ntar os lucros têm motivado as empresas a adotarem o modelo interdisciplin.ar. A qu.alidade nunca custa dinheiro; na verdade, ocorre o contrário. Qualquer recurso - financeiro, temporal ou de trabalho humano - que aumente a qualidade irá sempre pagar eles mesmos e, eventualmente, reduzir custos da empresa 6 . · Curley e cols · est ud aram como v1s1 · ·tas 1nterd1sc1pl1nares · . . . . podem me Ih orar a eficiência . do cuidado ao pac·ien t e e a sat1s . f açao - da equipe, . , de d1m1nu1r . . . os custos do paciente alem

326

PRÁTICA FARMACEUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

s unidades em um hospital terciário universitário em Cle 1 d Oh ' a na do n . . d' · · ve en , 10 USA inter d com as v1s1tas tra 1c1ona1s com foco no médico as visitas d . . ' . · ara o . f " . . . . ' a equipe 1nterd1sCoril P médico enfermeira, armaceut1co, nutr1c1on1sta e assistente so · 1 · linar ' d " . eia - 1evaram a c1p d' ·nuição do tempo e permanenc1a no hospital (5,5 v 6.1 d / p = 0 006) , d _ ma 1m1 . ($ $ , , a re uçao u t s para os pacientes 66 81 v 8090, p = 0,002) e ao aumento da sat· f - d de cus o ' 1s açao a .

8

equipe . Ih 1 Em outro estudo se.m~ .ante, Fe ten e col.s. descreveram os métodos de desenvolvintos de visitas interd1sc1pl1nares em uma unidade cirúrgica geral e o impacto das visitas rne resultados do paciente. Foi observada uma diminuição do período de hospitalização

~~s1 ,9 dias entre o pré e pós-im.plementa.çã~ d.a : visitas in~erdisciplinares. Os custos totais

diminuíram em$ 2,830 por paciente. A d1m1nu1çao no per1odo de internação e nos custos totais de cada paciente é um dado positivo diante da tendência a reduzir os custos totais da hospitalização. As visitas interdisciplinares constituem uma estratégia efetiva e importante, que vai ao encontro do aumento da demanda do cuidado ao paciente 7. Burk e cais. implementou um programa de utilização de antimicrobianos administrado por um time interdisciplinar - médico, farmacêutico, microbiologista e enfermeira -, com 0 objetivo de melhorar os resultados do paciente e reduzir os custos com antimicrobianos por meio da utilização apropriada dos mesmos. Protocolos de utilização de antimicrobianos foram desenvolvidos e aprovados pelo corpo clínico. A presença de um time reconhecido de especialistas em manejo com antimicrobianos e uma atitude não de não-confronto da equ ipe foram fatores-chave na obtenção da aceitação do programa pelos médicos. O valor do programa foi demonstrado por meio da diminuição da mortalidade (13,3 óbitos por 100 admissões para 8,6 óbitos por 100 adm issões), da diminuição do período de internação de pacientes com infecções (8, 16 dias para 5,8 dias) e da diminuição nos custos estimada em $483,5009 .

Inserção do Farmacêutico na Equipe Interdisciplinar A evolução progressiva acerca da "cultura colaborativa" em vários ambientes hospitalares tem facilitado o desenvolvimento de equ ipes interdisciplinares para prover o mais ~prop:iado cuidado ao paciente. Os farmacêuticos representam um papel integral nos times interdisciplinares. A habilidade do farmacêuti co hospitalar em obter acesso ao registro médico e documentar as atividades no prontuário facilita esta colaboração 10 . O far~acêutico é o profissional responsável pelos resultados do paciente - da qualidade do cuidado-, que resultam de suas ações e decisões. Como um membro importante da equ·ipe ·interdisciplinar · de saúde, o farmacêutico deve documentar seu cu1'dado d'1spensado ao paciente. A documentação o auxilia a justificar trabalhos clínicos, a comunicar-se corn outros profissionais da saúde a estabelecer bases de reembolso, a diminuir riscos e prove ·d ~ · ' · a revi enc1as de trabalho interdisciplinar para grupos internos e externos, como . J01nt e . . . . .omission for Accreditation of Health care Organ1zat1ons (JCAHO). A 1.ntervenção farmacêutica pode ser definida como um ato ou ações que possam Preven1r p bl · d' t sa para cada ro emas com medicamentos e otimizar a terapia me icamen · Pac1ente , d H· · te as inteNenõ f ' em cooperação com outros profissionais da sau e. 1storrcamen ' , . ç es arrna ~ · ~ . ·t ra medicas ou ev0 1 - ceuticas tem sido documentadas por meio de notas escri as pa uçoes fa rmaceut1cas ~ . , . , d. E t métodos de documenregistradas no prontuar10 me rco. s es

°

- DO FARMACÊUTICO EM EQUIPE INTERDISCIPLINAR , PARTICIPAÇA0

J_7 Scanned by TapScanner

- . ·t uso da informação farma cêutica. Atualmente, o farmacêutico h . taçao 1rmr am 0 . . _ . . . osprtalar étodos mais sofrstrcados de documentaçao, 1nclu1ndo assistentes tem acesso a m . , d. pessoais de dados computadorizada e regrstros me 1cos eletrôni cos. . . · b 191ta1s, ase · . _ . _ d · s s·igr"i•.ficativos provenientes. da documentaçao _da 1ntervençao farrna ceut ~ .ca Bene f,1c10 1 ..,to da segurança do medica mento e a reduçao de custos têm sido . · Tie l como o au r • _ .. ' rnu1to rados na literatura. lntervençoes bem documentadas tem demonstra d a Onst en1 d en1 ,.. . b 0 11 alidade e 0 va lor da inclusão do farmaceu t1co . qu · · d f " · Leap e cols. constataram que, ~~1c1onan ~ um arma ~e ut1co. a um~ equipe de cuidados intensivos_ por exemplo, em v1s1tas na unidade de cu1~ado 1ntens1vo ou por rneio de chamadas - , diminuiu a taxa de eventos adversos ao medicamento previsíveis ern 66 o/c 0 12 ' com aceitação de 99% das intervenções pelos médicos . Scarsi e cols. rea lizaram u111a investigação observaciona l prospectiva para quantificar a exterisão e a duração dos erros rel acionados aos medicamentos e seu impacto nos resultados dos pacientes quando um farma cêutico participa de visitas médicas diárias. Os objetivos deste estudo eram preveni r erros de medicamentos que ocorrem no rnornento da prescrição e seu acompanhamento, uma vez identificados, e melhora r o registro dos erros de medicamentos. Observou-se que quando o farmacêutico participava diariamente das visitas médicas, os erros de medicamentos eram reduzidos em 51 %. A redução no número de erros de medicamentos que ocorrem no momento da prescrição parece ser decorrente do ganho de uma atenção maior em relação ao quadro clínico do paciente após a participação das visitas médicas. Após revisar a prescrição médica, o farmacêutico pode aval iar o uso do medicamento com um conhecimento mais extensivo da história médica do paciente, as contra indicações medicamentosas e a razão da prescrição do medicamento. Este farmacêutico também foi útil na educação interdisciplinar para médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde. Barreiras com a comunicação são reduzidas após a participação do farmacêutico em visitas médicas. O processo educacional acaba se tornando muito ma is informal, em relação aos questionamentos sobre dose de medicamentos, reações adversas e interações medicamentosas. Devido a esta interação, erros relacionados aos medicamentos podem ser prevenidos 13 . Lock descreveu o benefício de se adicionar um farmacêutico em uma equ ipe de insuficiência cardíaca, na qua l este profissional desenvolveu protocolos de início e ajuste de doses para inibidores da enzima conversora angiotensina, antagonistas dos receptores angiotensina li, diuréticos e betabloqueadores. Como resultados, foram observados uma melhora na classe funcional durante a t itulação do betabloqueadores (72%) e uma melhora na fração de ejeção (43%). A presença do farmacêutico com o clínico é importante para o sucesso, pois o manejo clínico ótimo depende do compliance do paciente com sua medicação e sua compreensão da sua importância 14 . Outro estudo evidenciou também 0 benefício do farmacêutico em pacientes com insuficiência cardíaca, demonstrando melhora aderência do paciente ao tratamento medicamentoso, diminuição visitas ao departa_ mento de emergência e admissões hospitalares e redução custo 15. Em relação aos pacientes idosos, Spinewine e cols. estudaram o efeito da inserçao do farmacêutico clínico especialista no time de avaliação e manejo geriátrico agudo e.º~se: v~~am ~ma melhora no índice de medicamentos apropriados e mortalidade, readmissao v1s1tas a emergência até 12 meses após alta hospitalar16.

328

PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

.d d d " uticos clínicos têm o potencial de aumentar a qualidade d e farrnac . o cu1 a o os Os m síndrome coronar1ana aguda por um detalhamento da . _ , . . ntes co _ . prescr1çao medipac1e d nas recomendaçoes combinado com o aconselhamento ao pa · t b basea o . f ,., . . . c1en e so re ·d ca . medicamento. Os armaceut1cos em um hospital universitár1 ·0 1 t 'f· derênc1a ao .. . . , . en 11caram a dos os pacientes adm1t1dos com infarto agudo do m1ocard10 com registros de e . , . nz1mas to , e então contataram os med1cos para recomendar os medicamentos que ncard1acas , , . 1 , . . ao escritos para os pacientes e eg1ve1s. Isto resultou em um aumento significativo no 1 d . .b.d d . eram pr de aspirina, betab oquea ores e 1n1 1 ores a enzima conversora de angiotensina e u~o . uiu significativamente o uso de antagonistas do canal de cálcio 17 . d1rn1n d d. _ d f " . Taylor e cols. estu aram a a 1~ao o armaceut1co em uma equipe interdisciplinar do iço de ernergência e a reduçao de eventos adversos aos medicamentos, além dos serv d d ,., . . d custos. Como resulta o os tres pr1me1ros meses e estudo, obteve-se: • aconselhamento do paciente e histórico medicamentoso obtido pelo farmacêu• • • • • • •

tico: 382; interações medicamentosas significativas interceptadas: 4; doses ou frequências de medicamentos questionados: 43; condições médicas contra-indicadas/recomendações: 8; erros relacion ados ao medicamento significante advertido: 6; prescrições esclarecidas: 27; reações alérgicas evitadas: 8; custo total estimado economizado: $13,807.

Até o momento, este estudo observou um número significativo de intervenções e economia de custos, que não seria provável de ocorrer durante o processo de revisão de processos sem a presença do farmacêutico na equipe interdisciplinar do serviço de emergência 1a.

Comunicação do Farmacêutico com a Equipe de Saúde , Uma das bases em que se sustenta nossa sociedade e a capacidade de se relacionar e_a comunicação. O exercício profissional e a atuação em equipe compreendem a apl icaçao t · · ecn i~a dos nossos conhecimentos, para a qual estamos mais ou menos preparados. A comunicação é a base de intercâmbio de ideias e opiniões. ~'.alta de comunicação se apresenta como causa da maioria dos conflitos pessoais e profissionais.

~m épocas anteriores,

a missão do farmacêutico consistia na elaboração de fórmulas magistrais · · eram e , ' sen do seu habitat o laboratório. As relações com 0L1tros prof'1ss1ona1s " · den t ro do s·sporadicas t e as ·intervenções, pontuais. Atualmente, o pape1d o f armaceut1co is ema s . , . , . d âmb· anitano e o de promover a utilização racional do med icamento, em to os os 1tos pa . que ela sej·a mais efetiva, . · segura e mais · economica. " · Este no ' ra conseguir mais vo papel · · d anu 1 . requer que o farmacêutico, para exercer sua prof1ssao, troque e transm ita to 1 e a 1nfor - · · maçao imprescindível que supõe um grande esforço de comun1caçao. processo d . _ , . · 1 do que parece .ser a prin · . e comun1caçao e um processo muito mais cornp exo cip10 po · t r que muitas Vezes rque compreende uma interação entre o emissor e o recep 0 ' se encont d. ra 1ante de barreiras, como:

ª

o

PARTICIPAÇÃO DO FARMACEUTICO EM EQUIPE INTERDISCIPLINAR

329 Scanned by TapScanner

• • • • • • • •

falta de síntese ou de erro de vocabulário; defeitos na expre ssao; eleição de um meio inadeq u_a d~; má ambientação física ou ps1qu1ca; falta de atenção; falta de capacidade de escutar; falta de ca pacidade de análise; falta de conveniência.

-



As três principais circunstâncias modificadoras do poder comunicativo são: • • •

o ruído como elemento perturbador do sistema comunicativo; a ambiguidade da mensagem; a sobrecarga de informação, que consiste em exceder a capacidade espacial e temporal de transmitir e processar a informação de um canal.

A sobrecarga de informações pode dar lugar a sete tipos diferenciados de reações: • • • • • • •

deixar de advertir a informação; gerar erros de comunicação; atrasar as atuações; omitir, intensificar ou ignorar parte da informação; generalizar as categorias da informação; transferir a responsabilidade da responsabilidade da recepção da informação; evitar deliberadamente a informação.

Para superar estes obstáculos, tem-se proposto uma série de técnicas: • • • •

redundâ ncia: repetir a mensagem de forma distinta através de vários canais e em situações diferentes; simplificação: direcionar a mensagem a uma só ideia; verificação: comprovar a informação recebida; sintonia: constitui-se de uma empatia, o interesse para criar um clima de comunicação idôneo. É o elemento mais importante e talvez o mais difícil. Depende, em grande parte, das habilidades pessoais.

Em qualquer comunicação, um dos aspectos fundamentais para se conseguir uma transmissão e uma cod ificação corretas da mensagem é escolher um cana l adequado. Retemos na memória:

• • • • • •

330

10% do que lemos; 20% do que nos dizem; 30% do que nos mostram; 50% do que nos dizem e nos mostram; 70% do que nos dizem, mostram e respondemos;

,. 90% do que nos dizem, mostram, nós respondemos e ainda colocamos em pratica alguma ação - aquilo nos implica pessoalmente.

PRÁTICA

FARMAC~UTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Scanned by TapScanner

uerna reflete a importância de se utilizar simultaneament , . . Sq Este e ' e, var1os canais de . . ção e a hora de reforçar uma mensagem e estabelecer uma co comunica . . d f " . b mun1caçao. ais , a maioria os armaceut1cos esta . elece contato com outros prof·1ss1ona1s . . de m e . . _ . . Ad 'd mediante canais de comun1caçao que d1f1cilmente podem garantir uma d d sau e . _ . . a equa a retroinforrnação como~ comun1caçao escrita. A_com~n1cação escrita tem a vantagem de alcançar um grande numero de receptores e nao exige a disponibilidade imediata dos mesmos. Para conseguir a atenção do receptor, pode-se empregar alguns truques, como a utilização de frases e palavras nas primeiras linhas ou no t ítulo do texto que despertem 0 interesse para o resto do conteúdo. Além da comunicação escrita, muito instaurada em todos os serviços de farmácia, é fundamental estabelecer vínculos e fontes de comunicação verbal. Este canal cultiva as relações pessoais e facilita, por meio da retroinformação, a aceitação da mensagem. Para tanto, é importante cultivar algumas habilidades pessoais, como a empatia, a eloquência, o interesse e a capacidade de negociação. Devemos ser pacientes e evitar entrar em conflitos. Uma das características comuns no o meio farmacêutico é a insegurança que às vezes mostramos, especialmente diante do médico ou outros gestores. Para isto, é imprescindível estar bem preparado e documentado, apresentar as ideias de maneira clara e contundente e estar disposto a negociar19 . Em geral, o farmacêutico hospitalar estabelece contatos e se comunica com médicos, com a equipe de enfermagem, com os técnicos de farmácia, com outros farmacêuticos, com a indústria farmacêutica e com a universidade.

Relações do Farmacêutico com o Médico Atualmente, muitas tendências na sociedade e no cuidado ao paciente apontam a necessidade para o aumento da colaboração entre farmacêuticos e médicos: a presença de consideráveis morbidade e mortalidade relacionadas ao medicamento; rápidos avanços e inovações na medicina e área farmacêutica; o crescimento da gerência do cuidado, causando movimento dos pacientes internados para ambientes ambulatoriais; e a necessidad d · 1b rnai: ~ ~uidado farmacêutico para idosos. Enquanto cada fator evoc~ u.ma coa . ?raçao · . proxima do farmacêutico-médico esforços para convencer os medicos ª utilizarem 1nte1r ' .. · d ~ · . arnente as habilidades do farmacêutico para auxiliar no cuidado a terapeutica me dicarnent " . A osa .tem_ tido sucesso limitado 20 . comunicaçao com o médico é muito importante e requer grandes esforços, tempo e urna · excepcional. A atitude deve ser de dialogo ·· s const"ancia e aberta, eª me nsagem deve er expre · 19 ssa com a firmeza que nos proporciona o conhecimento · ..d.d Urn mod 1 " · ' d' pode ser d1v1 1 o 0 em , e o colaborativo de trabalho entre farmaceut1co e me ic . estagio . . t , · 1 reconhec1n1ento 1 Prof . s, sendo: estágio O - conhecimento prof1ss1ona ; es agio f. . 1. 1ss1onal· , . , . - d relação pro 1ss1ona, e está ·10 'estagio 2 - exploração e teste · estagio 3 - expansao 9 .4 - co mpromet1mento . '- de tra b aIh o co 1ª borativo · com a relaçao , · o As inter , . _ . danças. No estagio , a rnuda a_çoes entre farmacêutico e medico sao vistas como mu 1 d ·nterações d. nça e · · . _ _ d. t Exemp os e 1 iscreta m1n1ma e as interaçoes sao de natureza iscre a. f ~ t·co diante s entre farmaceuticos " e médicos incluem os te 1ef onem as do armaceu 1

ª

ÊUTICO EM EQUIPE INTERDISCIPLINAR C PARTICIPAÇAO DO FARMA

33 ] Scanned by TapScanner

de uma requisição, 0 alerta aos médicos pa ra possíveis rea ções adversas ao m d. d o a' t erap1 ·a, ·d ·f·1cado durante e icarne nt o · 1 ou a discussão de um pro blema reaciona 1 ent1 um preces de dispensação. _ so Durante 0 estágio 1, os esforços para estabelecer a relaçao são mais unil . , . . . , . p 1 f ~ . atera1s, e fa rmacêutico e 0 instigador pr1mari o. or exemp o, como os armaceuticos de o . d d. f ~ . , . , . senvolvern vá rios novos serviços, eles po em pe ir re erenc1as praticas aos medicas N este est , · _ , . gio, os farmacêuticos reconhecem esta re 1açao como necessar1a ao sucesso de se a, d. d 1 d · u novo serviço clínico, mas o me. 1co po e nao ver o va or es:e ~erv 1ço ou a necessidade d estabelecer uma relação direta de traba lho com o farmaceut1co. e Como o relacion amento progride através destes estágios, esforços para a manut _ . . 1 fº . . 1 , ençao se tornam mais bilatera . Uma vez que os pro 1ss1ona1s a cançam o estagio 4 0 co metimento com o trabalho colaborativo, todos os envolvidos devem ter um i~teres~ro­ sustentar a relação; a comunicação é bilateral, e confiança mútua e respeito devem:: estabelecidos. Características que afetam o desenvolvimento de um modelo relação de trabalh colaborativo incl uem características dos participantes, contexto da prática e natureza : extensão das mudanças que ocorrem entre farmacêuticos e médicos20 . Pottie e cols. estudaram a perspectiva do médico de família mediante inserção do farmacêutico na equipe após 12 meses e observaram que apesar do tempo necessário para adaptação e conhecimer1to das habilidades do farmacêutico, o médico reconheceu como benefícios clínicos a obtenção de informações sobre medicamentos e perspectivas atual izadas e maior segurança na prescrição21 . Cada praticante possui características individuais que afetam sua capacidade de aceitar mudanças. Um grupo de características individuais é demográfico, como educação e idade. Por exemplo, médicos jovens que tiveram uma educação incluindo práticas interdisciplinares podem ser mais receptivos à colaboração entre farmacêuticos e médicos20 . A maioria dos artigos que estuda a relação entre médicos e farmacêuticos conclui que temos que evitar lutar contra o médico, mas temos que lutar com ele 19 .

Relações do Farmacêutico com a Enfermeira Dentro do ambiente hospitalar, as relações com a equipe de enfermagem são constantes do ponto de vista organizacional, da administração e do controle dos medicamentos19 . Os farmacêuticos podem dedicar seus conhecimentos ao cuidado dispensad~ p~la enfermagem. Na verdade, a enfermagem às vezes subutiliza o potencial do farmaceutico acerca da variedade de serviços que pode oferecer, incluindo: •

• •

332

Consulta - os farmacêuticos podem proporcionar à enfermagem a mais compl:ta e atual izada informação sobre medicamentos, indicações, dosagem, interaçoes med icamentosas e efeitos adversos. d. ·d·r 1 Educação - os farmacêuticos podem ensinar os pacientes diretamente ou ivi esta tarefa com a enfermagem. . tes . . ra pac1en ea·1cu 1os - os farmacêuticos podem calcular as doses especiais Pª pediátricos, pacientes geriátricos e mulheres grávidas, por exemplo.

PRÁTICA FARMACÊUTICA NO AMBIENTE HOSPITALAR

-

Scanned by TapScanner

leção de produtos - o farmacêutico pode reduzir 0 c t d . Se • us o a terapia p 1 1 ão de alternativas menos onerosas. Ele pode também . f _eª se eÇ , , prover in ormaçoes s0 b a disponibilidade do produto, o custo e novas drogas. re Avaliação e melhora da aderência - os farma cêuticos pod b Ih • . h' , . em tra a ar com a

. . enfermagem para reunir uma 1stor1a medicamentosa detalhad . . . a, que 1nc1u1o uso de medicamentos presentes, medicamentos de venda livre e f't t , . . . 1o erap1cos. Ele também pod~ ava~ 1~r o con~ec.1rr:ento do paciente em relação à aderência medicamentosa e 1dent1f1car poss1ve1s interações de medicamentos22.

A enfermagem, por. º .utro lado, pode auxiliar os farmacêuticos, dividindo informações sobre valores laborator1~1s,. resulta~os de exames e resposta do paciente à terapia . Em contrapartida, o farmaceut1co do time pode oferecer conhecimento e experiência para aumentar a qualidade da assistência de saúde ao paciente22.

Capacitação do Farmacêutico para Participação em Equipe Interdisciplinar Durante os últimos 70 anos, a farmácia como profissão tem sofrido várias mudanças, particularmente com o resguardo da filosofia da prática, oportunidades para a prática, exigência de códigos educacionais e éticos. Desde as últimas duas décadas, a profissão farmacêutica tem novamente experimentado outra mudança fundamental na filosofia da prática. Especificamente, o modo do serviço de dispensação está deixando de ser predominantemente centrado no produto para tornar-se uma prática centrada no paciente. A ênfase nesta nova filosofia promove e requer mais intervenções diretas e o envolvimento da parte do farmacêutico na cooperação da equipe interdisciplinar, para que ele vá ao encontro das necessidades do paciente. Uma revisão no currículo do farn1acêutico e no conteúdo de programas de educação continuada se faz necessária para capacitar o farmacêutico na inclusão do mesmo e gerar sua participação efetiva em equipes interdisciplinares23.

, ?farmacêutico deverá ser um profissional com conhecin1entos ci~~tíficos, ca~acitaçào

tecn.1c.a e habilidades para definição, promoção e aplicação de pol1t1cas ?e saude,. ~ar~ P~rticipação no avanço da ciência e da tecnologia, para atuação em equipes niu ltidiscipl.inares e em todos os níveis de atenção sanitária. A capacitação profissional deve estar al1,c.erçada no desenvolvimento de competências que visem ao exercício do pensan1:nt~ critico e do JU1zo · , pro f.1ss1onal . . · ao gerenciamento, a, ana, 1·1se de dados, a' docun1entaçrio,_a torn d ' . 1 · ·, t 1· 1 ao ªde decisões e à solução de problemas; à comun1caçao ora e escrita, c~n s ~ do conhecimento e ao desenvolvimento profissional; à interação social; à atuaçao et.ica e respon · de seL1 n1e10. O . 1 , m·ca 1 1 1 . save , com compreensão da rea lidade social, cu tura e econo . Prof1ssio 1d , - d , de e da enfern11dade os . , na evera compreender as diferentes concepçoes a sau . .. . d. Principio . f d t do n1etodo c1entd1co, isti . s ps1cossociais e éticos das relações e os un arnen os _ d i·d des ngu1r ârnb·1 , . . . t 1sforn1a ao e rea' a ern be , .to e pratica profissional, 1nser1ndo sua atuaçao na rar nef1c10 da sociedade24.

ª

ª

t

l ICO LM LOUIPf INTCRrllSCll'l IN;\R PARTICIPAÇAO DO FARMAC U

Scanned by TapScanner

Referências Bibliográficas 1.

2 3 4 5.

6. 7.

8 9. 1O. 11. 12.

13. 14. 15. 16.

17. 18.

19. 20. 21 . 22 · 23

·

24.

334

Ray MD. Shar