Catadores da Cultura Visual : Proposta para uma Nova Narrativa Educacional [1ª ed.]

Citation preview

--- __j

lf'~J

l.=I

u '

-

I

1-1

___J

'''"H I I fomt~nrJoz provoca "' lnltor d punsar em que IHin ;ts mlaçóes com llturn v1suí1l produzem 1ros sobro o mundo, sobre própnos e sobre os outros. m1o. no contexto educa•nl. que abarca o ensino posqu1sa. essas questões um ser problematizadas ntompladas em projetos ratJalho e de investigação. •so sentido, chama onçào para a importância >B enfatizar a fluidez 1rnagens no cotidiano msar sobre os sentidos ILwdos nas mediações ' cnanças, jovens e adultos. 1ro possui caráter "pedagó... sem ser prescritivo, 1rtnrnente conquistará dos aqueles envolvidos ' o~ processos educaciodontro e fora dos .oxtos escolares. pois sua :\IICi·t Interessa a professolo diferentes áreas oniH1c1mento, em especial nrtoH v1suais. e também "fllllsndores preocupados n tmlverso visual, desde "· 1qons mais corriqueiras, .. r~to-, om revistas, jornais, "· vidnos. programas 11•o~vos, campanhas 11 lltlriHH, logomarcas, , ,, "·;. v1deogames. sites ,., ~rnolrJens da arte . . t ln1tum seja um convite tl.u tlllil~Jons. experiências '''•illltnntns. a descobrir '" •HJtrm·. sentidos . 111 !IIIVIHI,

Educaçã

rte

CATADORES DA CULTURA VISUAL proposta para uma nova narrativa educacional

Fernando Hernández Professor da Universidade de Barcelona I Espanha

Tradução Ana Death Duarte

Revisão Técnica Jussara Hoffmann Susana Rangel Vieira da Cunha

v

\()\.

Editora Mediação Porto Alegre

2007

l

t up tlüht ~ h I tlll••tul\lt:,ltu,•n., 2oel7 r,

I

"'*'I Kl

,.., ht ••IJt

~h~ •

f

,,,.H. dll

•• t ... , .,IJ 1 II~jll t k'ltl IIIJI·If• J.â\iiU •lfltt'1U

••••

t'•ll't'•l

AGRADECIMENTOS c "'" •h•nu,·llu l·tlltmlnl: Jus., pJra trrça !_ti~.

Tendo tal expectativa por norte, passaremos, no capítulo seguinte, a apresentar um exemplo de como esta narrativa para a educação foi desenvolvida em uma sala de aula de uma escola primária próxima a Barcelona.

A EXPERitNCIA DO CORPO NA SOCIEDADE, EM LUCIEN FREUD E NA VIDA DAS CRIANÇAS~'

5

É verdade que não temos nem programações nem currículo. Mas os buscamos e, por isso, se transformam em outra coisa. Não é verdade que improvisamos (o que, por outro lado. é uma sabedoria invejável) Nem que fazemos as coisas por casualidade (que é o que não sabemos ainda e, de fato. é algo que teremos de prever). O que sabemos é viver com os meninos e as meninas e trabalhar, um terço com a certeza e dois terços com a incerteza e o novo (Lo ris Malaguzzi, 200 I).

Os projetos de trabalho como parte -42 de uma nova narrativa para a educação Como apontei no início deste livro, desde 1983 estou envolvido na prepa· ração de outra narrativa para a educação escolar, em que a perspectiva educativa dos projetos de trabalho (PdT) desempenha um papel relevante. Nesta maneira de entender a relação pedagógica: -Não se separa quem aprende e quem ensina(com suas inquietudes, temores e desejos) do processo de ensinar e aprender a compreender o mundo. as situações emergentes e as relações dos sujeitos com eles mesmos e com os outros. Com isso, pretende-se favorecer uma concepção do sujeito que é capaz de apaixonar-se por aprender de forma crítica se tiver a oportunidade de fazê-lo. - Considera-se que há uma relação entre o aprender e uma conversação culwral,na qual se pretende, sobretudo, favorecer o "aprender a dar sentido",conecrando ., Este capítulo é uma ampliação de um artigo mais breve escrito com Judit Vidiella e Merce Ventura "Más aliá de Lucien Freud. La experiencia del cuerpo en la sociedad" e publicado em "Cuademos dt' Pedagogia" 332, p.68-70. 2004. Nesta experiência. Merce. junto com os meninos e as meninas de uma quarta série realizaram a experiência de aprendizagem. judit acompanhou-a como observadora parti· cipante, realizando as transcrições das conversas e contribuindo com documentação. Em paralelo. cu ia sugerindo algumas pistas sobre os rumos do proJeto acompanhando o seu desenvolvimento. "1 Algumas destas idéias foram inicialmente apresentadas no artigo "Pasi6n por el proceso de apr(•tl der" [Paixão pelo processo de aprender), publicado em "Cuademos de Pedagogía", 332, p.46-S 1,200-4

Editora Mediação

Editora Mcdl:tç: •J

I'i Pt o cabelo com 10bo de cavalo me chamavam de mancos, mos agora me acertei e não me 11nporr.a o que drgam. Mercê: Claro, vocé tem de se ace1tar.

Um projeto de trabalho se apresenta, assim, como uma transição da informação e das experiências de aprendizagem ao conhecimento sobre o mundo e sobre cada um. Uma trajetória que, depois que se inicia, não acaba mais, que se estende para além da escola, transformando-se em maneiras de ser e de estar

Editora Mediação

Editora MedtJÇ~O

REFER~NCIAS

AGUIRRE,Imanol. Bases estéticas del programa expresionista para la educación artística. In: HERNÁNDEZ, Fernando;JUANOLA, Roser; MOREJÓN, Laura (Comp.). IV jomodes d'Histàrio de I'Educocíó Artístico. Barcelona: Publicacions de la Facultat de BellesArts, p.SS-77, 200 I. _ _., Beyond the understanding of visual culture: a pragmatic approach to aesthetic education. The lntemotionol joumol ofArt & Design Educadon, n.23, p.256-269, 2004. _ _. Teoríos y prócticas en educación ortístJca. Barcelona: Octaedro, 2005. ALEMANY, Roc. ;Qwero ser Domitilo! Una histeria de terror feminista. Barcelona: Fanzines la torre encantada, 2006. ALVERMANN, Donna; MOON. Jennifer S.; HAGWOOD, Margaret C. Popular culture tn the clossroom. Chicago: National Reading Conference, 1999. AMADIO, Máximo; TRUONG. Nhung; TSCHURENEY. Jana. lnstructional time

ond the ploce of aesthetic educotion in school cumculo aL the beginning of the rwent.y-first cenLury. Ginebra: Unesco, lnternational Bureau of Education, 2006. Disponível em : ARANÓ, Juan Carlos. Lo enseiionza de las bel/as artes en Espana ( /844- /980) . Madrid: Universidad Complutense. 1986. _ _.La enseiianza de las bellas artes como forma de ideología cultural. Arte, lndiv1duo y Sooedad, n.2, p.9-30, 1989. • _ _., Arte, educación, ideología, cultura y conocimiento. ln: HERNANDEZ, Fernando; TRAFÍ. Laura (Coord.) I jomodes sobre Historio de f'Educocíó Artístico. Barcelona: Facultat de BellesArts, p.l29-l 50, 1994. BALADA, Marta; JUANOLA, Rose r. L'educoció visual a /'escola. Barcelona: Rosa Sensat. (Edición en castellano fue publicada en 1987 por la editorial Paidós), 1984. BALLENGE-MORRIS, Christine; STHUR, Patricia. Multicultural art and visual cultural education in a changing world.Art Education, n.S4, (4), p.6-13, 200 I. BAMFORD, Anne. The wow factor. Global research compendium on the impact of the arts in education. New York:Waxmann, 2006.

BARBOSA.An.t M;tc.A •nlOE~rn 11u ''llS//10 du clttt S.io Paulo. Pce'.'ipccuv;,. 1998. ~- · jo/111 I J v'.it~} ,, o ( 'flçmo du wtt no Bw·.il. São Paulo: Cortcz, 200 I. BARTHES, Roland. [ 1961 ].la informact6n visual. In: La Torre Et(fei.Textos sobre la imagcn. Barcelona. Paidós, 200 I. BU~GER,John. [ 1972]. Maneros de ver. Barcelona: Gustavo Gili, 1974. BREA.José L los estudios visuales: para una epistemologia política de la visualidad. In: BREA, José L (Ed.). Estudios vtsuoles. la epistemologia de la visualidad en la era de la globalización. Madrid:Akal. p.5-14, 2005. BRYSON, Norman; HOLLY. Michael; MOXEY, Keith. (Ed.). Visual theory: painting and mLerpretation. New York: Harper Collins, 1991. BRUNER. Jerome. [ 1960]. E/ proceso de la educooón. México: UTHEA, 1963. . [ 1965]. Hacia una teorío de la mstrucdón. México: UTHEA, 1969. BUCKINGHAM, David. Going criticai.The limitis of the media literacy.Australian joumal o(Educotlon, n.3 (2), p.l42-l 52, 1993. _ . (Ed.). Teoching popular culture: beyond radical pedagogy.london: University of london Press, 1998. __. [2000]. Crecer en la era de los rnedtos electrómcos. Madrid: Mora ta, 2002. CALABRESE, Ornar. [ 1985]. Cómo se lee uno obro de arte. Madrid: Cáedra. 1993. CHALMERS, Graeme.Art education as ethnology. Studies m Art EJucaiJon. n.22 (3)' p.6-14. 1981. CHAPMAN, Laura H. Approaches to art. educotion. New York: Harcourt Brace jovanovich, 1978. CHARLOT. Bernard. (Org.). Os JOvens e o saber. Perspectivas mundiais. Porto Alegre:Artes Médicas, 200 I . CHOMSKY, Noam [2000]. La (des)educación. Barcelona: Crítica. (200 I). DA SILVA.Tomas T. (Org.). Aiienígenas na sola de aula. Uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis:Vozes, 1995. DALY,James. Entrevista a Gorge Lucas. Educopra, September/October, p.36-40, 2004. Disponível em: DAVIES, Bronwyn; HARRÉ, Rom. Positioning: the discursive production of selves. joumal for the Theory of Sooal Behovtor, n.20 (I). p.43-63, 1990. DEBRAY, Regis. [2000]. 1ntroducción o lo mediología. Barcelona: Paidós, 200 I. DELEUZE, Pilles; GUATIARI, Felix. Rizoma. lntroducción. Valencia: Pre-Textos, 2000. DIKOVITSKAYA. Margaret. Visual cu/Lure.The study of the visual after the cultural turn. Cambridge: MIT Press, 2005.

I d1tor:~

M ediação

DRUCKER,Johann.l Who's afraid of visual culture? Art Joumii,Wimce·. 1999, DUNCUM, Paul. Why study popular culture? A review. Conodtcm F