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Portuguese Pages 102 Year 1983
OLAVO
DE
MEDEIROS
FILHO (Sócio Efetivo do Instituto His tórico e Geográfico do R. G. do Norte)
Velhos
Inventários
do Seridó
INTRODUÇÃO Nas prateleiras dos cartórios seridoenses jazem, olvidados, centenas de
autos
de
inventários,
contendo
preciosas
informações
de
natureza
genealógica, religiosa, sociológica e econômica. Grande parcela do passado seridoense acha-se ali retratada.
1737.
No 1º Cartório do Caicó, o mais remoto inventário data do ano de
No
mesmo,
encontramos
a quantidade
de inventários, relativos ao século XVIII.
Do
encontrado atinge centenas de exemplares.
de sessenta
e seis autos
século seguinte, o acervo
Nos ia do 19 Cartório do Acari, encontra-se uma dezena de inventários o século inicial do povoamento do Seridó. Também o 1º Cartório de Currais Novos
é possuidor
de um
apreciável
acervo.
dores inter Tal material deveria ser melhor aproveitado pelos apesquisa Eles s doi a do que foi realizado no cartório a exemplo
ressados,
ES
ria do interesse dos q “vando-se levantar e publicar maté Goianinha, do nosso passado. Naquele cartório de Pen es quisça
publicando,
,
velhos
nos
retido
conteúdo
pela primeira autos
de
vez no Rio
é o aivão Norte, do
Grande
inventários.
ícii as Caetano Dan tas Mililíc de l ne ro Co “O eu ev cr es o in Dom José Adel ilizando as info lando um homem, ut inventárioj reve rquijvo do
Correia — Um Õ
ape io E
de€ Oliveira dos
gação
,
de
oMossoró,
cartórioj
os
Vasconcelos
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Acari.
do
-
ramn estu ali arquivados. foa ea ne a Santos € ds
j ven tários in dos
do que resultou importante
mesmos.
de pesq
trabalho
também, zon à região do Seridó, talvez a "ligados documentos sobre o passa ve ainda existem maiores informações ano
a Foo E
o i
EP
E
quinze inventários — principiando do
aleatoriamente,
ueles e
Re
Er
a idéia de estudar uma
Tivemos,
rma-
.
“
1.
”
E
do Seridó, estendendotemno decorrido da criação da freguesiacouro naquela região. — todos pertencentes ao ciclo do
1875
O
]
aqui
está, fruto
de um
,
.
único
.
pesquisador
forço ate : es o ia exigir ado, realiz ando o vulto do trabalho, a ser capítulos. Os
resultado
qua
de
tal pesquisa
annine
Dividimos
a obra
em
vinte
e nove
P rimeiros
fazem
dos
à nálise
uma
bens
in ventariados,
restantes
tratando
classifi-
dos inven-
; os quinze es ad id iv at de tipo s s. cando-os por ai opriamente dito r P s, du vi di os € medidas s e p tários in de a v i t a d i c lu los uma tabela e m como à toponímia encontu pí ca s ao e -s em Segu , explicar ios estudados, be
quatorze
s inventár mpre que possível or, que se , os xt te s usados à época do no , os . Procuram assim, tempo ao leit mpre , do an trada no trabalhová up po , as vr la rias pa significados, nem se OS s os sentidos de he -l ar ur oc pr esforço de deixará, de lado,dicoionários. constantes
À
dos
Fazemos
mbito
do
deste
Seridó.
votos
para
trabalho,
que
outros
realizando
pes quisadores
novas
pesquisas,
intentem
junto
aos
dilatar
O
inventários
TOS
AGRADECIMEN
à colaboração m se , el ív ss po a sua publicação riz, seridoense de quatro do ti a ri te o nã Este livro de Medeiros Ma sua terra. e da rt es na ss Di re te r in do na s decisiva do Se devotado à defesa dos legítimo costados, sempre s seguintes pesla pe da ta es pr o sim, à colaboraçã ibilitaram à0 autor desincubiros tr ou , s o m e c e d a Agr ur s, que poss
no Filho, Arth nossas tradiçõe ti s in da Qu s o te ni an tô am An , o: as vr so oração deste li ine de Faria, ab rt el ma da La , is to óv en Cl nt , co as a nt se, , de Medeiros Da
lisário do Dinoá Medeiros n a n r e F o, Ferreira Tavares, Be in st lu Sa , Edgar Bezerra João Bernardo de a, eg br Nó Cristóvão Praxedes da a rr io Beze
José e, Janúnc sé Adonias Dantas, Jo Hypérides Lamartin a, st ti Ba fá sa Jo , cedo ria, Medeiros, Joaryvar Mao Alves da Nóbrega, Oswaldo Lamartine de Fa Neto de Araújo, Lucian rício Torres de Medeiros, Petrônio Dantas de e = Se
a .
Ott
j
Ciertaa, Pat
undo
+
“
Girão, Tarcisio
Dinoá
Medeiros
e Vcríssimo
de
Melo
CAPÍTULO
1
DA
TERRA
O território, outrora representado pela freguesia da Gloriosa Senhora Santa Ana do Seridó — criada no ano de 1748 — compreendia, na sua extensão,
áreas
pertencentes
às então
capitanias
da
Paraíba
e Rio
Grande
do Norte.
Dele, fazia parte o sistema hidrográfico formado pelos rios Seridó e Espinharas. A grosso modo, os limites naturais daquela freguesia eram: ao norte, as serras que separavam o Seridó da freguesia do Açu, destacando-se a serra de Santana, ao sul, os contrafortes da Borborema, de
cujas fraldas desciam todos os tributários que compunham as ribeiras das Espinharas, Sabugi, Quipauá, e do próprio Seridó; ao leste, as serras, também integrantes do sistema da Borborema, de onde provinham os afluentes do Seridó; ao oeste, o rio Piranhas, desde a altura de Jucurutu
até a barra do Espinharas; e daí, seguindo-se, as serras que servem divisores das águas que correm para o Espinharas.
de
O território já fora penetrado pelo elemento colonizador, desde antes de 1670, pois, naquele ano, já aparece o primeiro requerimento de sesmaria na
O
região,
fator
de
que
se
notícia.
tem
determinante
da
foi a existência de pastagens sadio,
favoráveis
à criação
chegada
do
homem
civilizado
naturais, aliada à ocorrência
extensiva
dos
rebanhos.
ao
de um
Seridó,
clima
“Na plenitude do inverno, ; as gramíneas ond ulam por toda parte para a Sngora duradoura. O panasco, considera do nutritivo como o milho predomina
nos tabuleiros, apesar de delgado, com maior resistência ao
vento e às pisaduras. O mimoso cresce à sombra das juremas e de outras
árvores ou nas fraldas das serras” “O
gado
alimenta-se
também
de
muitas
plantas
mororó, feijão-bravo, umari, cipaúba etc.” (1, p. 600) Gradativamente, ocorreu o povoamento
ou
ramas,
como
do Seridó, obedecendo a duas
correntes ou fluxos: do leste para o oeste, através do Boqueirão de Pare-
lhas: e do sul para o norte, partindo da Borborema. Surgiram as doações
de
terras.
O
colonizador,
muitas
vezes,
ex-combatente
nas
lutas
contra
o tapuia (1657-1697, em sua fase mais aguda), chegava a um local ermo, a um noco d'água permanente,
um
olho d'água, uma lagoa.
Aí se fixava, introduzindo a sua semente de gado. Esta, na sua expressão
mais simples, era representada por um touro e três vacas. A esse local, com aguada certa, permitindo a fixação do binômio homem-boi, dava-se,
na linguagem usada na época, a denominação de sítio. Lendo-se os reque-
rimentos de concessões de terras da nossa fase colonial, nos deparamos com inúmeras referências ao significado dado à expressão sítio: “desco-
briram um sítio de criar gados em um saco”, “descobriu um sítio de
terras devolutas e desaproveitadas”, “no referido sertão há um sítio devoluto”. Emprestava-se,
Quando
em
levantando um
pois, à palavra sítio, o seu sentido geográfico.
um
sítio, o seu descobridor introduzia os seus
rancho e uma
tal sítio, já caracterizada
caiçara, primeiros estágios
a sua finalidade
gados,
do uso da terra,
econômica,
passava
a ter a
denominação de fazenda. Encontramos referência a tal fato: na Data nº 372, de 6 de março de 1749, o requerente informava ser “senhor e possuidor de uns sítios de terras no Sertão das Piranhas, com fazendas situadas (...)” (17). Posteriormente, o requerente da Data nº 749, de
26 de agosto de 1778, alegava possuir “uma fazenda de gado no Sertão das Piranhas, sítio chamado
os Sacos do Jucurutu”. 1
Atualmente, a designação de sítio é aplicada à propricdade pequena, subdividida,
fazendola,
Assenhoreando-se fazenda,
através
cuidava
do
seu
sítio, povoando-o
de gados,
o posseiro de legalizá-lo, solicitando
de requerimento
formulado
situando
sua
as terras à Coroa,
ao seu preposto,
no caso,
o gover-
nador ou capitão-mor da capitania onde a terra era localizada. A concessão, que mente,
dependia registrada
ainda junto
da confirmação à autoridade
régia, tinha
de ser, posterior-
competente.
Quando a terra era doada em nome de El-Rey, tal doação emprestavalhe o caráter de Sesmaria cometidos, doando-se áreas
ou data de terra. Em virtude dos excessos desproporcionalmente grandes a certos favo-
recidos, ficou estabelecido, por Carta Régia de 7 de dezembro de 1697,
que
as
dimensões
máximas
das
sesmarias
seriam
representadas
pelas
medidas de três léguas de extensão, por uma de largura.
Geralmente, a extensão das datas de terra acompanhava o leito de um rio ou riacho, que lhe servia de linha central — espinhaço. A largura, de uma légua, era representada por meia légua, para cada banda ou margem. A légua utilizada nas medições equivalia à medida
ide 2.400 braças craveiras, de 2,20 m cada braça. Assim, a légua quadrada equivalia
a 2.787,84
hectares,
correspondendo,
léguas quadradas, a 8.363,52 hectares.
a data
de
terra
de
três
Existe referência a uma antiga medida de braça, usada em Portugal, já à época do descobrimento do Brasil, equivalente a oito palmos (1,76 m). Mil dessas braças reduzidas perfaziam uma milha: três dessas milhas equi
valiam a uma légua de 5.250 m, a mesma empregada nas medições de terras, nos sertões nordestinos.
Além das terras próprias para o criatório, também o explorador do território deparou-se com terras agricnltáveis, encontradas nas chãs de algumas
serras.
Os
inventários
estudados
fazem
referência
ao
cultivo
de roças, principalmente de mandioca, nas serras de Santana, do Piauí, da Formiga e dos Quintos, no Seridó. Em regiões limítrofes, nas serras do Cuité e do Teixeira.
Aqueles
mesmos
inventários descrevem
as chamadas
benfeitorias,
introduzidas pelos proprietários em suas terras: a morada de casas; os currais de pau-a-pique, sempre em número de três; os chiqueiros, das criações miúdas; o pequeno açude (aparecendo em inventário de 1847);
o cercado, protegendo os pequenos roçados; a casa de farinha, nos locais onde cultivava-se a mandioca Além
do gado bovino,
também
apareciam
o cavalar,
o caprino,
o
ovino, somente aparecendo o muar, nos inventários estudados em 1860,
O mundo das fazendas era habitado, além da própria família do seu proprietário, pelos agregados, assistentes e escravos negros. O valor das terras dependia da sua localização geográfica, da sua riqueza em pastagens e aguadas, da existência de terras agrícolas, do seu relevo natural pouco ou muito acidentado.
CAPÍTULOUI
DO GADO
à lei
da
sertaneja
atividade
A principal
natureza,
nos
campos
era a pecuária.
gado
O
sob
os
cuidados
utilizando-se
o
leite
abertos,
dos
era criado vaqueiros.
Quando havia um ano de inverno, os vaqueiros recolhiam as vacas paridas aos
para
currais,
ordenhá-las,
na
fabricação
dos
ensejo, queijos do sertão, indispensáveis à mesa familiar. Aproveitava-se o de junho, para efetuar o tratamento das bicheiras dos bezerros. Pelo mês os campos a secar, quando encerrava-se a estação chuvosa, ao começarem
o leite diminuia.
garrotes, soltandoHavia, então, a ferra dos bezerros, a castração dos s.
os ressequido se as vacas, indo todos pastar, em liberdade, nos camp Muitas vezes, pelo final da estação
ou riachos, onde bebiam
seca, os poços naturais dos rios
os rebanhos, secavam,
obrigando
o fazendeiro
a
nos retrata a luta apelar para o recurso das cacimbas. Gustavo Barroso
dramática em busca do precioso líquido:
A cacimba é «O último recurso da luta contra a seca é a cacimba. para que, das mente cavada no solo, toda cercada em torno
profunda
ribanceiras, os animais não tombem;
a entrada é cavada
em
ladeira de
beber, não escorregue suave declividade, para que o gado já fraco, ao ir água é sempre de quando em quando, ferindo-se e cansando-se. A e caia
feia, sempre
Também,
emprego
de
suja e sempre
má”
(3, p. 31)
à falta da pastagem
cactáceas,
natural, o fazendeiro
principalmente
o xiquexique.
apelava para O
Manoel
Antônio
secas do Seridó, descreve que, Dantas Corrêa, considerado o cronista das gados para Os
retirar seus na seca de 1825, trataram alguns criadores de s à rama do bom xiquebrejos e agrestes; “outros cuidaram em tratá-lo sustento do povo na seca de 92, nesta
xique; o qual tendo servido para mais que outra qualquer também serviu para o gado vacum e ovelhum, cabrum que andava monrama queimando-se-lhe os espinhos; e o gado res o espinho,
com os chif tados nos matos por instinto natural lhe derriça e nele mitiga a sede e a fome”. (7, p. 19)
va sempre em torno De maneira que a “luta” com o criatório gira à mercê dos anos da obtenção de água e alimentação para Os rebanhos,
bons ou ruins do inverno.
Visando minorar os efeitos catastróficos causados pelas secas, o serta-
nejo apelou para a construção de açudes. “O Padre Brito Guerra, bene-
mérito norte-rio-grandense que foi Deputado Geral e Senador do Império, disse certa vez da tribuna da Câmara Vitalícia que o problema das secas nordestinas estaria resolvido no dia em que as águas que caem dos céus quando aparecem por
encontrarem
chuvas
no
seu
torrenciais
caminho
não
pudessem
barragens
correr
e açudes
para
o oceano,
intermináveis”
(2 Pp. 57) segundo a tradição oral caicoense, o primeiro açude construído na região do Seridó pertenceu a Inácio Agostinho do Rosário, na propriedade Mabanga, hoje denominado Açude do Recreio. É estranhável que,
somente em 1842, de quando data aquele açude, tenha tido o seridoense
tal iniciativa, quando sabemos que, em 1743, na Capitania da Paraíba, o capitão Francisco da Silva Cardoso, morador no sítio Serrinha, “nelle tem
feito grande despeza com um açude para a bebida dos seos gados que nelle
e
nas
traz.”
(17, p. 175)
O GADO BOVINO O gado bovino foi trazido pelo português colonizador, desde o início povoamento do Brasil, ilhas
ado.“O
das
Canárias,
processo
à Loss
nat
catural
já aclimatado aos trópicos, Made ira «e Cabo Verde” 3 depo RJ is
a
d e estag agiios
,
de seleção o nou por modificá 1 entários, no termi sertão nordesti “
: Predomi.
: de serra, eo córcar. Gerclmente é “liso”, de uma cor, sem ionchco: a pr“mg aee ep — “liso fino” “liso amarelo”, ou mais escuro
À
=
o
Os inventários utilizavam a segu inte
grandes secas poderia morrer classificação
105 e Dezerras — do nascimento até. mais ou menos,
dos bovinos:
bezer-
um ano de idade
dois garrotes e garrotas — de um ano, quando rompia-lhes os chifres, até anos
transformavam-se
as fêmeas
evoluía para novilhote;
ção, o garrote
a castra-
sofrera
se não
dentes,
dos
muda
primeira
Na
de idade.
em
com as idades de novilhotas; ficando incluídos nesse grupo os animais aos três anos, dois a três anos de nascidos. Por ocasião da segunda muda, -
has. Aos quatro anos, trans passavam à classificação de novilhos e novil /
formavam-se Quando
em novilhos pais-de-vacas tomava
vaca
e
e a
(entre dois e três anos), tornava-se
o garrote era castrado
no ano seguinte,
boiote;
(touros
(touros)
a denominação
depois,
de boi de ano,
anos. Os castrados, quando destrês de boi ida, segu em ; anos dois boi de carros de bois (bois de carro), dos ão traç à e ego, carr ou a carg à tinados . Os castrados, criados para à sos man bois de ão naç omi den a m tomava engorda, No
tomado
zirem),
eram
tocante
cria),
às vacas, havia
gravideiras
e paridas
Eram
encaminhados
de era, de quatro
ou
(quando
de lote.
bois
denominados
as vacas
parideiras
davam
às feiras
a seis anos
solteiras
(quando
(que
em
idade
tinham
não
ainda
de
reprodu-
cria).
de
gado,
de nascidos.
os chamados
Para
bois
o consumo
erados
ou
doméstico,
não mais podiam dar crias. destinavam-se as vacas já velhas, que
de bezerros equivaEstatisticamente, nascia nas fazendas um númeroes. As fazendas, em
existent lente à metade das vacas parideiras nelas geralmente continham um que nasciam quinhentos bezerros por ano, as reses. rebanho bovino em tono de duas mil e quinhent es dos inventários estuBaseando-nos nos preços dos bovinos, constant
iva: dados, organizamos a seguinte tabela comparat
Garrotes
diria, e
$800 1$600
1$280
3$000
1$600
Pa
28560
2$000
Ei
4nos
$480 1$000 2200
7$000
7$500
Novilhos
1754 $500 1$600
5$000
8$000
5$000
Novilhas
1778 $800
6$400
3$000
Bezerros
1789
1$280 4$000
3$000
e | Novilhotas | Novilhotes |
1793 2$500 2$000
Ntnhos
1798 1$000
5$500
5$000
a Di
64400
=
Bois de
4$000
12$000
20$000
16$000
12$000
98000
o
28$090
Taso00 |
18$000
12$000
6$500
555000
ado a
preta
258000
18$000
10$000
9$000
PA à O
359000 "| não incluído neste livro:
304000
RU
2$500
1814
3$500
8$000
12000
8$000
128000
15$000
da Nóbrega,
18$000
5$000
8$000
6$000
1862 (x)
10$000
Alves
20$000 João
18$000 de
224000
1$400
|
|
1622 1839
4$000
1866
1647
|
| pelo inventário
144000 fornecidos
1875 (x) Dados
DO
O GADO
CAVALAR
equivalia a cerca de 10% r la va ca o çã la pu po a , Nas fazendas do Seridó o presidente da província , 62 18 de o an No e. nt te do gado bovino nelas exis em informações prestadas, descreveu o papel da Paraíba, Araújo Lima, os, na vida rural da região: “Os cavalos que de desempenhado pelos equí ase suportam as mesmas qu s, lo me ca OS mo co o nt e muito conentre nós trabalham ta o de sua raça é palpável privações que estes. A veria a introdução de da mesma que, embora força de nervos, o que
degeneraçã hábeis ao melhoramento garanhões de boa raça € conserva ainda bastante s, da ha an ac es çõ or op pr de . s alimentos” (13, 2º vol do e ad id al qu à o íd bu ri é at
p. 293)
dos das outras zonas do se egu in st di o ej an rt se o o mais ágil, mostrand “Ainda assim, O cavalo it mu é € , so ro st lu e is fino Estado: tem o pelo ma os em corpo mais franzino” (8, P- 130) ul maior rigidez de músc a e agilidade. Ê, ci ên st si re a su r po distingue-se “O cavalo sertanejo do” (1, P 600) ma or nf co l ma € o em regra, pequen “O cavalo serta-
cavalo sertanejo: O u ve re sc de grandes, capaz sim as as in o, cr os rr Ba o, im o Gustav compridiss forços. € 4 todos os es , pequeno, rabo
brio iços nejo é esguio, só as privações, 4 todos os serv mete aam oe a at s tr da e ro à ma o esti e é ao espt de resistir el € at eg ro dr ei pe qu va 40 e s ar do stumouerreamo ferro. A he - O casco aco o c É o melhGor auxili ra du . na, » “N adéurpaers pendicicuular, ; peque ção. Raramente fica € rr fe m te ão “N ta 4 nho” enriijjou; à unha ter de adap
ho,
transmite edad 76) piado” (3, P:
esse
cará
a do qual nos a, mp ta es À ta especialmente de sela, de boni bém, o cavalo icos, fornece dor de cavalos, es das casas i o: “P dos senhor Ca cuud o hssc lh C a r gu a a m or â C am a er ci tí e no ornamentais, qu cavalos pampas,genhos e fazendas” (4, P: 6) a poldrinhos grandes nos en ia nc rê fe re m ze fa cavalos, no dados pelo autor Os inventários esstu € poldretas, poldros e poldras. Os avejados e poldrinhas, poldrete mansidão, classificavam-Se em mansos, esbrQuanto à dores € brabos. sa tocante ao estado de an am ou ) ra du ma do brica. (no início da fase de de sela ou estradeiros, € de campo ou de fá s, s rado utilidade, havia cavalo grupos: OS cavalos cast is do em e -s am di vi di , e-éguas, pais-d is pa , os ud No tocante à virilidade lh co , ão gr inteiros, em capados ou partidos; e os am sinônimos dos animais que não haviam sido de-bestas, de lote, que er “beneficiados”... | As éguas, também /
deiras
ou
[UX o
denominadas .
bestas,
podiam .
ser
solteiras,
gravideiras.
também
descrevem
as
cores
dos
pelos
.
pari.
dos equinos:
(cor canela), melado de or (c ão az ) , al, tado de pintas (esoranquigado preto, pedrês (sarapin arâno (o branco-sujo)
inventários Co
19
vermelhas, sobre o pelo ruço), ruço-cardão (pelo de branco e preto, predominando o preto), ruço-preto e ruço-pedrês. Até alguns nomes de cavalos são determinados nos inventários — Bala, Alagoa, Barbadinho, Piancó...
Baseando-nos em dados apresentados pelos inventários, organizamos
o seguinte quadro demonstrativo, relativo à evolução dos preços dos cava-
lares na região do Seridó:
Anos
1754 1773 1789
do
inventário
12$000
10$000
7$000
4$000
2$000
Poldrinhas | Poldrinhos
28240
28000 4$000
1793 1798
1200
retirados
12$000
6$000
5$000
1814 1822
1839
1847
Dados
1862 (x)
a
E
(x)
de
Poldras
Poldros
4$000
ue
5$000 en
4$500
5$500
»
3$000
TO 8
Rio
2$000
Cavalos
nao
Capados
7$000
5$000
e
DOU +
15$000
OE 10$000
oa 8$000
O
8$000
88000
Cavalos
1 de
Cagpados
7$000
8$000
8$000
da
Nóbrega,
não
incluído
neste
livro.
é
8$000
a
SEIO
so” | o
9$000 12$000
20000
11$000
ADO *
10$000
148000
DO e
20$000
20$000
aim
EO ê
E SDOO E
35$000
uma | Sio*| e8*|
ENO 2
TESDOO E
30$000
meme)
12$000
25$000
Alves
mero | Se$MoE | amsmo | utoro | mimo | mp João
|
O GADO
CABRUM
Da análise estatística procedida nos inventár tr O saliente papel ios estudados, consta desempenhado pelos ta ca pr inos, na vida econôm o Seridó. Em alguns caso ica s, encontramos a presença de cabras, como eram ge de ss as ca be ças nericamente denominados os caprinos, correspondendo a cerca de 50% da população bovina
ali existente, A carne desses animais era largamente consumida nas veitando-se também o leite fazendas, aprodas cabras na
alimentação infantil e de enfermas, e no fabrico dos pes que ijo s de coalho. Tal leite ecra consid soas mais forte do que o leite erado bovino. Os caprin
os possuem incrível capa de sobrevivência, atrave cidade ssando os anos de seca com um mínimo de ali tação disponível. men-
Dão crias até duas vezes por ano, parindo geralmen te três ou qua
até mesmo
dois cabritos, tro. No sertão, são comuns as his tór ias de fazendeiros que, por ocasiã o das secas, abandonavam sua de famílias s fazend Tumo ao Agreste, ou ao Brejo para ibano, deixando para trás um esc as, ou um vaqueiro, cuidando do ravo, sítio abandonado. Tal pessoa, contando com uma certa quantidade de cabras , lograva sobreviver à seca, utilizand o na sua alimentação animais que abatia ; não minguando, ao final, a população caprina, por força da prodigiosa fecu ndidade dos referidos animais! O gado cabrum, como era antigamente chamado, tornecia ademais um couro ou pele, muito apreciado pelos sertanejos, utilizado na confecção de vários objetos do seu uso. Tinha também um dest acado papel ecológico, dest
ruindo, através da sua alimentação, os marmeleiros, preta e o velame, que sombreavam as pastagens. Organizamos
o
seguinte
quadro
demonstrativo,
dos preços do gado caprino na região seridoense: Anos
Cabritos
Cabras
Bodes
a jurema-
relutivo
à
evolução
Cabeças
de
Cabra
(em geral) 1754
$120
1789
1793
$720
$480
1798
1814
1875 Zi
$500 $500
$100
$320
1839 1847 1866
$160
$400 $200
$800
[18500
8640
|
18500
18500
GADO
OVELHUM
No Seridó antigo, criava-se muito gado ovelhum
que, conjuntamente
com o cabrum, excediam um pouco a população bovina. Sua carne e sua pele ou couro eram muito apreciados pelos sertanejos. Os rebanhos viviam soltos nos campos, recolhendo-se,
ros. Eram o sertão.
muito vitimados Da
análise
dos
pelas
onças,
inventários,
que
objeto
então do
à noite, aos chiquei-
abundavam
presente
livro,
em
todo
fizemos
a
seguinte estatística da evolução dos preços dos ovinos no Seridó: Anos
Crias
Ovelhas
Carneiros
Cabeças (em geral) 8640
1793
ni 1614
$100
a 1847
$200
8500 $900
1866 1875
28500
Em 1802, os “couros miúdos” (de caprinos e ovinos) constituíam “gêneros de exportação”, ao preço unitário, variável, entre $160 e 8320.
(2, p. 26) GADO
O
gado
dessa
1858 o presidente
espécie Rohan,
MUAR
foi de introdução da Paraíba,
posterior,
prestando
no
informação
Seridó.
Em
ao Governo
Imperial e à Assembléia Legislativa local, em certo trecho do seu relatório, referiu-se ao gado muar, no sertão vizinho ao Seridó: “Segundo me afirma pessoa que me
merece
todo
o conceito, começam
alguns fazendei-
ros a empreender a criação de gado muar. Seria a desejar que essa indústria tomasse, desde já, maior desenvolvimento, e que os Senhores fazendeiros fossem animados por todos os meios ao alcance da província” (13, 2º vol., pág. 262) A primeira referência a muares,
constante
dos inventários
estudados
e publicados neste livro, data de 1860, quando da partilha dos bens pertencentes a Antônio Álvares Mariz.
Informa
o Dr.
Eloy
1º Cartório de Caicó, 1846,
animais
de Souza
as primeiras
pertencentes
aos
que,
nos
referências
espólios
de
inventários muares Rosa
do
arquivados
datam
no
de 1845 e
Nascimento
e
do
Padre Francisco de Brito Guerra. Justificando a ausência de muares no Seridó, em tempos mais recuados, o mesmo Dr. Eloy de Souza explica:
“Aliás, é preciso acentuar que os fazendeiros do Nordeste sempre deram preferência à criação de cavalos, parecendo certo que nos tempos coloniais, desde o Piauí até a Bahia, não foram importados jumentos para a reprodução
de muares.
e do
Janeiro,
econômica Rio
Esse fato, como se sabe, determinou
das mais graves.
de
uma
crise
Assim é que, tendo os tropeiros de Minas
deixado
de
lhes convir a utilização de mulos
comprar
para
cavalos
no
Nordeste,
por
só
o transporte de cargas naquelas
duas capitanias, não tardou que os fazendeiros nordestinos desta sorte prejudicados, pedissem à metrópole providências remediadoras e urgentes. Atendendo a essa reclamação foi expedida então a célebre carta régia de 9 de junho de 1761, proibindo a entrada ou saída de machos ou mulas nas capi nando
tanias
também
que
do
fossem
Rio
de Janeiro
irremissivelmente
e Minas
perdidos
animais dessa espécie que ali se int roduzissem depois quele
ato.” (16, págs. 80 e 81)
E
Gerais
e determi.
e mortos
da
todos
publicaçã
os
Nos velhos inventários seridoenses dá-se à den verdadeiro ao jumento. O híbrido, o produto do cruzominação de burro amento do jumento
com
a égua,
ou
do
cavalo
com
a jumenta,
era chamado
simplesmente
de burro. Este passou a ser vastamente utilizado no transporte de mer-
cadorias, substituindo o cavalo. Surgiram tão decantadas no folclore local.
as celebradas
tropas
de burros,
No ano de 1875, no inventário de dona Joana Francisca de Oliveira,
das Trincheiras, há as seguintes referências aos preços dos muares: — Dois burros novos, pequenos, já de serviço .......... 260$000 — Um
burro
grande
.......ccc
— Duas burras novas .......ccciici — Um burro ruço, corcunda, já velho ........ciii — Uma burra, de ferra do ano passado ....... — Uma burra, muito velha
.......ccic
140$000
260$000 100$000 100$000 908000
CAPÍTULO
III
DOS
Através
dos
CRIATÓRIO
DO
UTENSÍLIOS
inventários,
E DA
reconstituir
podemos
LAVOURA
a vida
nas
fazendas
no tocante aos utensílios seridoenses naqueles tempos remotos, inclusive,
lutas do gado e da lavoura.
utilizados nas
cordas de laçar, chocalhos, Os inventários dão conta da existência de Faria e Guilherme de ar pontas. Oswaldo Lamartine de
serrotes de serr Azevedo nos fornecem
CORDA
desses utensílios
os significados
do criatório:
çada e bem — Corda, em geral de couro cru, tra
DE LAÇAR
a laçar o gado nas lutas de tratada com óleo ou sebo de boi, destinada (5, pág. 43).
curral.
confeccionado de CHOCALHO — Instrumento de metal, em gera) para facilatão, cobre ou bronze, que se prende ao pescoço dos animais,
litar a sua localização quando SERROTE
DE SERRAR PONTAS
que havia recomendações
(5, pág. 40).
soltas nos pastos.
— Informa-nos Oswaldo Lamartine
das antigas posturas municipais, no sentido de
gerem os criadores obrigados a fazer serrar as pontas dos novilhos, e nenhum criador poderá conservar touros em ponta. (6, pág. 7): Os inventários referem-se,
ainda, às marcas
que
de ferrar gado, ferros de
marcar gado, ou ferros de ferrar gado. Os ferros são instrumentos confeccionados de ferro batido, com um cabo de osso, madeira ou sabugo de no couro milho. Incandescentes pela ação do fogo, servem para imprimir desenhos relativos à do animal um desenho característico. Existem os ou letra da marca
do proprietário
ao carimbo
da
fazenda
e à marca
ribeira.
O ferro individual era aplicado sobre a coxa
direita da rês.
O primeiro dono de um animal ferra-o na coxa; os que o vãocima.com-O
prando ou adquirindo de qualquer sorte vão-nos ferrando para último ferro é o que regula. (3, págs. 156-157). O carimbo
usava-se,
que a rês pertencia.
antigamente,
para identificação
da fazenda
a
icado sobre a coxa esquerda apl a, eir rib da a letr ou ea mar O ferro, Havia, onde a fazenda era localizada. rio do e nom o va ica ind , do animal to de entalhes, feitos nas orelhas, jun con um a, end faz da l sina o da, ain
inclusive
dos
bovinos,
tais sinais nas
Os bendo
orelhas
ferros,
à exceção eram
os carimbos
os seus herdeiros
dos
cavalares,
denominados
e os sinais
Os
animais
de assinados
constavam
o direito de usá-los.
dos
ou
sofriam
assinalados.
inventários,
No inventário
reira da Costa, do Umari,
que
rece-
de Cosme
Pe-
o herdeiro Francisco Antônio de Medeiros foi contemplado com o carimbo da Fazenda com O uso. Âo herdeiro Vieira da Cunha, coube o fer Manoel
ro e uso do signal e marca, do Invent ariado.
O giz, uma marca cujo desenh o era um simples traço retilí nco, servia a ferrar o gado, objeto de
inventário; para consertar as marcas que alharam, por ocasião das ferras; e para ser aplicado em reses extravia as,
Os inventários
referem-se,
da, aos chachos de argolas, de cavalos. O mestre de cavalo, quaain ndo 0 aluno chegava a determinado ensinar to”, dava “solta”, isto é, fazia“pono correr ritmamente na contra marcha baralha alta. Ia o cavalo com argolas nos pés, somente nos pés, para “deou-
golas prendiam-se
pois, dava o “pronto”,
(4, pág. 75).
Era do uso, também, para provocar sangrias em
às ferramentas
apenas
passo cadenciado.
De-
o emprego da lanceta, instrumen to anim ais, com finalidade veterinária. próprio Um dos
inventários refere-se a um fra no tratamento das bicheiras. Quanto
;
às mãos,
sco de guardar mercúrio (1839), empregado
de
uso
ger
al, nas fazendas, nos deparamos com alavancas, alviões (erpágie de picareta), ferros de abrir cova, picarc tas, pás, enxadas, foices e roçar,
grandes de quebrar pedras. As facas,
facões,
machados,
machados,
etc., eram
facões,
afiados
em
marretas,
martelos
pedras-de-amolar,
DOS Através
dos
inventários
ESCRAVOS
consultados,
podemos
ter
uma
idéia
acerca
do escravo negro, no Seridó. A quantidade de escravos, para cada Amo ou Senhor, variava, de uma, a trinta e duas peças. Os fazendeiros, dedica-
dos exclusivamente à criação, possuíam uma menor quantidade de escravos. Os que, além da pecuária, também exploravam atividades agrícolas, possuíam-nos L
'
em
maior .
escala, em
uma
média ,
-
de dezoito .
escravos,
em
suas
terras.
Os inventários faziam distinções entre os escravos, para fins de avaliação, especificando-lhes os sexos, as ne os graus de miscigenação, as idades, os ofícios ou habilidades, e o estado geral de saúde. Entre os escravos africanos, havia os provenientes da Costa da Mina ou da Guiné, frequentes nos inventários mais remotos. Do golfo da Guiné,
dos territórios da Costa
do Marfim,
do Ouro,
da Costa
e da Costa
dos
Escravos, os negros eram embarcados para a Bahia. constata-se,
Nos inventários mais recentes,
entre os africanos,
a pre-
dominância numérica dos negros de Angola, reduzindo-se a presença dos oriundos da Costa da Mina, O grupo mais numeroso de escravos era representado pelos negros crioulos, isto é, os já nascidos no território brasileiro.
Quanto ao grau de mistura racial, havia o mulato, produto
do cruza-
ou mento das raças branca e negra. Aos filhos do mulato com a negra,
vice-versa, davam-se-lhes a designação de cabras. Em inventário de de 1875, um surge a classificação de pardo, já designando ser o seu portador grau de miscigenação de difícil esclarecimento. Encontramos
nos
ofício ou habilidade: Umari,
rendeira
inventários,
apenas,
dois
escravos
possuidores de
um oficial de carapina e uma negrinha, do sítio
e costureira.
As mazelas que
assolavam
Os sofredores
catij vos eram
s, descritatas,
na
doente de uma dureza debaixo das as: Ei-l a. époc da ria próp gem ado, lingua Fa gota,, achar-se cort brado, mal da gota um braço quebrado, érniia, costE elas, asma, hérn
, dada aos males venéreos), achacado de gálico (designação genérica pé, como um cone), os (um calo doloroso, na planta do
doente de crav ar), lesão do dedo polegar dos peitos (provavelmente, tuberculose pulmon
da mão, quebrado
de ambas as virilhas
(herniado),
(herniada), coxo de uma perna, com uma fístula em rendida das virilhas uma virilha, que lhe costuma abrir de tempos em tempos (possivelmen te, algum mal venéreo), falto do olho (cego), falto de vistas (talvez, léstia de um braço, uma perna desconjuntad atacado de cataratas), moa, moléstia das madres de fora (prolapso do útero),
quebrado
das cadeiras, quebrado de um pé, malhada da cor, por fígado de que é doente, achacada de algumas molé stias, entrevada por moléstia
(talvez, reumatismo), com im rfeições das pernas e corpo (provavelmente, portador de algum aleijão)...
Como podemos constatar, os moléstias de todos os matizes!. ..
escravos
pagavam
pesados
tributos
a
À seguir, apresentamos uma demonstra ção em que figuram os valores arbitrados pelos louvados dos inv
selecionando-se, de cada maiores avaliações:
Anos
entários, para escravos de amb os os Sexos;
inventário,
os indivíduos
Homens
1754 1773
1789 1793
1798
1814 1819 1822 1839
1847
90$000
100$000 110$000
120$000
140$000 150$000 80$000
contemplados
Mulheres
258000 858000 1108000
100$000
1308000 150$000
350$000
1860
4508000
tuE 1875
1:200$000
8008000
1:500$000
4008000
6008000
1:500$000
6008000
com
as
CAPÍTULO
V
A principal atividade agrícola, de que tratam os inventários antigos, era a da
mandioca,
Santana;
em
Plantavam-na,
regiões
limítrofes,
no
nas
Seridó, serras
nas
do
serras
Cuité
e
do do
Piauí
e de
Teixeira,
As
referências existentes, sobre agricultura nas serras dos Quintos e da Formiga, parecem indicar o cultivo do algodão.
Pelo que se depreende dos inventários, havia também uma pequena apenas parara o consumo ijã istênci ência, de milho e de feijão, lavoura de subsist doméstico.
No inventário do 3º Tomás de Araújo Pereira (1847), cita-se a existência de um cercado, indicando a presença de uma pequena plantação, devidamente protegida por cerca apropriada, O inventário do 2º Cipriano Lopes Galvão tência de 14 mil covas de roça de toda sorte. A CASA
A serra do Cuité, medindo
da invasão dos gados,
(1814)
dá conta da exis-
3 léguas de extensão,
de norte a sul, e
DE
FARINHA
uma e meia de largura, de leste a oeste, produzia no ano de 1844 mais de quatro
mil alqueires
de farinha
(7, pág.
21).
Havia uma antiga medida de capacidade, em uso na região nordestina, equivalente
a 55,2 litros, o quádruplo
da representada
pelo
alqueire
usado em Portugal (13, 1º vol., pág. 228). Em
1802, na Paraíba,
200.000
covas de mandioca
produziam
cerca
alqueire do produto industrializado
(55,2
de 4.000 alqueires de farinha, o que nos leva a deduzir que 50 covas de
mandioca
davam,
ao final, um
litros). Sendo o peso relativo da farinha de mandioca equivalente a 0,8
conclui-se que uma cova de mandioca produzia, a grosso modo, 883,2 gramas de farinha.
Um hectare de terreno representava o plantio de cerca de 3.300 covas, que produziam 10.000 tubérculos e, ao final, 2.914 quilos de farinha.
Assim, a produção obtida na serra do Cuité, naquele ano de 1844, exccdia de 176,64 toneladas da preciosa fécula.
dito, a produção de
no território do Seridó propriamente
Porém,
ano farinha de mandioca era bem mais modesta. .. No inventário de Cipri
modesto Lopes Galvão, o capitão-mor (1814), descrevia-se, apenas, um nas suas plantio de 14.000 covas de roça, de toda sorte, distribuídas terras de planta, nas serras de Santana e do Piaui.
as denomi-
sob
inventários,
nos
era mencionada
de farinha
casa
A
nações de engenho e aviamentos de fazer farinha; prensa e roda de fazer farinha;
Consistia
acessórios.
todos
com
de fazer farinha,
aviamentos
casa de farinha em um telheiro, sustentado por colunas de madeira
ou
e aviamentos:
acessórios
os seguintes
contendo
tijolos,
a
1-— A roda de ralar que, quando movida a braço, por dois homens, tomava a designação de caitituá, quando movida a força animal, denominava-se bolandeira,
2 — O
caititu ou rodete,
à cevadeira mais
objeto
ou cevador,
ou menos
cilíndrico
com
e destinado
finos; o caititu
lâminas
metálicas,
a reduzir as raízes
era impulsionado
preso
a pedaços
por uma
polia
de
relho, que o ligava à roda de ralar,
3 — A gamela
ou cocho, feita de madeira
escavada,
onde
caía a massa
ralada.
4 — A prensa
de espremer, movida
alavancas;
depois
de
a braço, em
espremida,
a massa
que havia um era
9 — O forno de torrar, construção de alvenaria, com
peneirada
armagassa
jogo de no
cocho.
de barro,
onde havia uma peça alta circular, de bordas arrampadas, geralmente feita de cobre. Abaixo do conjunto, ficava a fornalha para aquecê-lo, A farinha de mandioca, também denominada farinha de pau, farinha de guerra, era largamente consumida
inclusive,
na época O
colonial,
ENGENHO
DE
No ano de 1802, o aii
tação,
no
Seridó.
A
em todo o território nacional, sendo,
exportada
arroba
para
a Africa.
DESCAROÇAR
ALGODÃO
em lã já era considerado (14688kg)
do
produto
gênero de expor-
tinha
o seu
preço,
àquela
época
variável, entre 4$000 e 5$500. O algodão em caroço variava entre $640 e 1$000 (2, p. 26). Tal informação indica a existência, dos denominados engenhos de descaroçar algodão. Franca ST. dae
&odoeiro
-se econômicos
da
produzia
região,
sobre
incial, refereo
fato
de
que
Saio é do “meia quarta de lã” (57,38 g) (13, 2º vol. p “o2) carão À sen serdora 0 dabenFor s mig as a, ao norte rte da cidade do Caicó, é con| sid erada | À
a economia
seridoense.
ort
.
/
L
.
amoso algodã godão mocó, produto que revolucionou
para elaboração deste Encontramos, nos velhos inventários estudados inventário do capitãolivro, referências à presença do algodão. Assim, no assinala-se a presença, no mor Cipriano Lopes Galvão (o 2º), em 1814, o que Teprm
caroço, monte inventariado, de 40 arrobas de algodão em1847, no inventário de o peso, atualmente, de 587,52 kg. Em sentava uma arroba de algodão, Tomás de Araújo Pereira (3º), existia no espólio em la. ou sem explicar-se se O produto era em caroço 1822,
no
inventário
do
92º
Manoel
Pereira
Monteiro,
aparece
inventário de Cosme Pereira no ri, Uma No a. eir and bol de em rag fer uma a de algodão em caroço, existia mei e oba arr de m alé , 1866 em a, da Cost odão. um engenho de mão de descaroçar alg Em
a manual autores, O Segundo a descrição, já feita por alguns nda de madeira, em que moe uma em tia sis con o odã alg r oça car de des de cada lado. havia um veio puxado por duas pessoas, uma nsa, deixando de um lado pre de e éci esp uma por a sav pas o O algodã obas de algodão em pluma, arr tro qua de ima máx ão duç pro o caroço. Uma obtido através da utiliado ult res o era ho, bal tra de as em oito ou dez hor oçar algodão. Os fardos de lã eram car des de mão de o enh eng se des ão zaç lizando-se, no amarradio, grossos amarrados numa cipós.
prensa de madeira,
mente O engenho manual, perAs bolandeiras substituíram vantajosa240 kg de lã. Eram tracionadas dução diária de cerca de
mitindo a pro por bois, começando
a faina diária pela madrugada.
As almanjarras im-
ligada à polia, a qual fazia girar pulsionavam uma grossa correia, de sola, que fazia a separação do caroço a serra. O algodão era jogado na serra, do produto bruto, ficando a lã.
CAPÍTULO
VI
TRANSPORTES
DOS
O cavalo era o meio de transporte pessoal mais usado, nos velhos tempos, em todo o sertão. Relacionados com o emprego do cavalo — de
sela ou estradeiro, e de campo ou de fábrica —, os inventários citam as
selas bastardas, os ginetes, os selins e selotes. sela
A
desaparecida
atualmente
bastarda,
Seridó,
no
dois
possuia
ão da sela e a arções (peça arqueada de madeira, que faz parte da armaç dianteiras (frisos atrás),
e
adiante
alteando-a,
limita,
tendo
borrainas
maior apoio na montada). sinuosos existentes na sela, oferecendo um Derivava das selas estardiota A bastarda era apropriada para as viagens. e gineta.
(ou de brida)
sela gineta, tmbém
A
trazida
de Portugal,
mais
arções
possuia
ele-
te, atualque a bastarda, sendo desprovida de borrainas. O gine O selim, ão, não possui mais as características originais.
vados do
,
mente usado no sert versão sertaneja um arção dianderivado da sela inglesa, ganhou na sua teiro.
O ginete e o selim são empregados na luta dos vaqueiros. Havia
os silhões,
também
espécie
bico re-
um grande
de sela com
curvado, para montada das damas. Usavam-se também
as andilhas ou
cadeirinhas, permitindo à equitante viajar voltada para o lado, apoiando
os pés sobre uma única travessa. Apesar de, nos inventários estudados, não constar a presença de andilhas, uma delas fez parte do dote matrimonial de Ana Vieira Mimosa, filha de Cosme Pereira da Costa, do Umari. a
andilha,
Um
ferragem
de prata,
foi avaliada
em
54$000,
adorno, muito ao gosto do seridoense antigo, eram
aprestos,
meados mos
com
aprestos
correspondentes
confeccionados
de
à manta,
pano
fino
xairel
no
agaloado,
de
de
os denomiEncontra-
sobreanca.
ou
ano
veludo,
de
chila
e de pele de onça. Os
inventários
dão
conta,
ainda,
de
outros
a etrechos
usados
nas
freios, cabeçadas, montarias, todos eles ainda em uso atualmente: bridas, e de prata), escabeções, cabestros, relhos, ferragens de selas (de latão
trihos e estribeiras.
Oswaldo
Lamartine
de
Faria
e Guilherme
os significados desses utensílios: BRIDA
Azevedo
fornecem-nos
— Peça de metal, que faz parte das cabeçadas e quando em
uso fica na boca
FREIO
de
—
do animal.
(5, p. 24)
(V. cortadeira).
CORTADEIRA
—
Peça
de metal,
geralmente
denteada
e que
faz
simples
ou
parte da cabeçada. Quando em uso, assenta-se na porção inferior do chanfro dos egiiídeos.
(5, p. 43).
CABEÇADAS
trançadas,
cortadeira)
que
—
Conjunto
compõem
os
de
correias
arreios.
A
de
cabeçada
à brida e nela ficam as rédeas.
CABEÇÃO
— O mesmo
couro
curtido,
sustenta
(5, p. 26)
que cortadeira.
o freio
(ou
.
(6, p. 57).
CABRESTO — Peça de cabelo, fio de algodão, corda ou couro, destinada a prender animais. (5, p. 27). RELHO — Couro cru cortado ao comprido, geralmente torcido, que tanto serve de açoite como de amarradio de emergência. O matuto pro-
nuncia rêio. (5, p. 77). ESTRIBO
—
Peça
dupla,
uma
de
cada
de
mont ar à gineta,
lado,
em
que
o
cavaleiro
firma-se com os pés para ter maior equilíbrio e segurança na sela. De formato pouco variável, é manufaturado de madeira revesti da ferrugento, metal amarelo, níquel ou prata, dependendo do de sola, ferrouso e posses de cada um. (5. p. 50).
ESTRIBEIRAS e mais
estreitos
eram
do
que
os os
estribos
ordinários.
sendo
maiores
O transporte de cargas pequenas era feito em b ois-de-carga. Depois da 4º década do sécul o XIX, passou-se a utilizar as tropas de burros.
O carro-de-bois
cionadas partes
com
tal
componentes
Por mais
de uma
carro-de-bois (na a lraas KP T Pp » que forma
de carregar
veículo do
junta
surgem,
mesmo,
dispersas
a
ele
.
nos
inventários
vinculadas,
como
Rela-
estudados é
o
caso
de
2
* Que de bois):se dejuntacangao as cadebeça boilhs o (pdoeça cardero uso
T o chão
Para o transporte de
ou
aparece citado nos inventários.
carro); » Tetangular, medind o do carro).
e uma mes RAT o k a de mente 14 x 6
E es OS maioj res, como pedras e 5 O carretão, um ca madeiras, usavarro-d "DOIS de rodas reforç ad as, menores do que as ordinárias, Os inventários referem-se, ainda. às cangalhas amarelhadas
por Oswaldo ficados nos são dados Azevedo:
Lamartine
de Faria e Guilherme
de
r uma esteira de po o id eg ot pr a ir de ma de CANGALHA — Arção al similar, forrada de pano ri te ma o tr ou ou ) nn Li s tu junco (Cyperus articula equídeos. (5, Pp. 30). em as rg ca de te or sp an tr ou couro, destinada ao es, as que se prendem, aos par nt po nas as alç m co to si pó talo CAÇUÁ — De s de cipó, couro cru ou do ra tu fa nu Ma s. ha al ng ca p. 29). nos cabeçotes das se denomina URU. (5, carnaúba.
Quando
de
couro,
ada (carne de sol, ri va ão iç os mp co de Provisão trabalhos de campo, MATALOTAGEM — ou s en ag vi ra pa .), rapadura, etc depósito de farinha de mandioca, de matalotagem era O
de
D. 65). (Couro (5. a. cas de s te an st di talotagem ). ma à r ta or sp an tr ra pa o, cour ; odre. (LAMAR.ua ág r ta or sp an tr ra pa o cour BORRACHA — Saco de Gráfico do Senado, Braro nt Ce . idó Ser do s tõe TINE, Oswaldo — Ser
cília, 1980, p. 58).
— Borracha
grande,
tendo
a boca
no meio, manufa-
pacidade para, pouco mais ca do ten o), vin (bo o tid cur es, turado de couro litros. Era conduzido aos par 60 am sej ou , gua d'á as ou menos, três lat stando-se, inclusive, pre m mu co uso de foi 5 190 Até s. em cargas de animai para O Sertão (obra BORRACHÃO
engenhos do Brejo para conduzir mel-de-furo dos citada, p. 59). (1866) cita-se a existência No inventário de Cosme Pereira da Costa marimbas, espécie de cabeça das cuités-de-chifre, também denominadas
até um metro de extensão, utilizada nos trab alhos de campo. Sorvia nEso também para guardar água de beber, : P Ens pela extremidade da cuité. em formato
o líquido
de chifre de boi, com
CAPÍTULO
VII
OFÍCIOS
PEQUENOS
DOS
fazendas outros Além dos labores do criatório e da lavoura, havia nas vida. Desses ofícios especializados, muito necessários à vida ali desenvol notícia os oficiais e de seus instrumentos de trabalho, também dão reconstituir
Tentaremos
nventários.
os ambientes
de trabalho.
O FERREIRO
O ofício de ferreiro era executado em uma tenda apropriada, deno-
minada tenda do ferreiro. Ao conjunto do material necessário ao desemenho do trabalho, dava-se o nome de forja do ferreiro, compreendendo:
a safra, onde se malhava o ferro em brasa; a fornalha, cujo fogo era
atiçado pelo fole; as tenazes, instrumentos providos de longos cabos, parecidos a uma tesoura, utilizados para pôr ou retirar peças nas forjas,
para segurar ferro em brasa, e para malhar na safra; os malhos, com os uais o ferreiro amoldava escente.
Havia,
na
safra, com
eles batendo,
o ferro incan-
ainda,
o torno de ferreiro, um engenho de ferro onde se colocam as peças, , devidamente apertadas com um |; o de parafusos
para serem limadas, serradas, polidas, etc.
pi
E
A matéria-prima, com a qual trabalhava o oficial de ferreiro os vergalhões de ferro, també m minados barras
em
de
denominad
,
barra.
ferro
Os rústicos oficiais de ferreiro sertanejo s fabricavam enxadas, machados, enxós, pregos (dois ti ep /
E
a
.
1.
as
de ripar); além
q
Fabricavam,
ferro
ou
.
s tipos
de tachas e das
também fechaduras com chaves.
eram
,
caib
E
des de assoalho,
,
foices :
de encaixar e
À É erragens de malas, dobradiças com machos,
Os inventários descrevem a presença de algemas, cadead a, e os de e algema al s > ri Cá e grilhões, utilizados no castigo à escrava vamvaria. j :
foices e enxadas. (10, p. 162). Segundo a tradição do pertenciam à raça negra,
Seridó,
Ernane iiachados, Enkós,
os mais
hábeis
oficiai i ciais de ferreiro
,
O CARAFIXA geralmente
O oficial de carapima executzsa o sem trsbalho
E =E seguintes E às 7 êmcãs tirms Em , iErse cefen E vos inven latada. Nos
de uma
.
a
e
Sa
-
Es
à sombra
madeiras , .
e
sã
utilizadas na confecção de obras, em USD UES
ANGICO — empregado no fabrico de mesas e bancos.
AROEIRA — que se prestava à fabricação de mesas. CEDRO -— usado na confecção de imagens religiosas; no fabrico de
caixas, bancos, caixões, mesas,
MULUNGU PAU-D'ARCO litoral,
às
serras.
as
artibancos.
-— no
fabrico
de
caixas.
— em mesas, bancos, malas e estrados.
execeção
ao
estrados,
-— na fabricação de malas.
PAU-AMARELO
Com
prateleiras,
do
demais
pau-amarelo,
proveniente
da
zona
eram
encontrados
no
Seridó.
madeiras
mais
próxima
Com
de-
a
vastação da flora local, pouco a pouco essas madeiras vão ficando restritas
Os inventários dão conta das ferramentas empregadas pelos carapinas, no seu trabalho: banco de carpinteiro (em que trabalhava o artífice); a verruma
ou barruma,
de fazer orifícios na madeira;
caibrais, de encaixar e de ripar); a grosa
pregos
(de assoalhar,
(lima grossa, de desbastar
madeira); as limas chata e triângula; o compasso de palmo, de carapina;
a torquês (espécie de alicate ou tenaz); a enxó de carapina, para desbastar
madeira; o escopro e o escopro-goiva (o primeiro, de lavrar a madeira, o
segundo
para
lavrar
meias
canas
côncavas);
o
badame
(espécic
de
formão estreito e comprido, de abrir encaixes na madeira); o martelo de ferro e o machado de carapina; o martelo de unha ou de dente (martelo
com uma fenda na parte posterior, de retirar pregos da madeira): o serrote curto, O serrotão; a serra braçal, movida a braço
por dois homens: folhas de serra de mão ( serra, presa pelas extr emidades, a duas travessas . de madeira; travadeira ou travadoura (lâmina de ferro usada para inclinar alternadamente
Todas trab l alhos
os dentes
das serras).
essas
ferramentas ainda a são sã util ni izadas nos dias atuais] de madeira. Os carapinas encarregavam-se de fabricar os
mama deiramentos das habitações, as esquadrias, o rústico mobiliário doméstico as porteiras
de
curral, as peças de madeira das casas de farinha; enfim, havia o concurso do carapina em tudo, usado no sertão ue tivesse na madeira a sua matéria prima ão de al » COM Exceção de algum mais
OBRAS em
Nas
fazendas
cabelo,
ou
8
S
refinado.
cm
empregavam-se ol
8
DE
objet bjeto
de acabamento
COURO
couros.
cru
» Crus
i
e curtidos.
;
Estes
nu:
últimos,
as. Estas eram, depois de convenientemente pre pa-
radas, cortadas no seu sentido longitudinal,
facilitar o seu manuseio
enominados. Havia as solas guarda, — os meios-de-sola, como eram e mesmas); também, de primei chamadas flor de sola (a superfície das
a sola de refugo.
as Quanto à procedência, existiam couros de gado bovino, cabra|s, ovelh '
|
e veados.
Relacionados
com
os trabalhos
de couro,
Apareedes nidg=
nr
E
e emprega e a Egor alguns instrumentos, ainda hoje largament o ilhós), o sove a ; couros, como o vazador (de abrir furos ou os o Tanner g r, cose i equ a ni de fim a o o cour € ; & era empregado na confecção da indumentária etc cadeiras, estrados e camas, dos
a
urus, borrachas e borrachões,
O OLEIRO
constatamos à No inventário do 3º Tomás de Araújo Pereira, de 1847, de consexistência, no monte inventariado, de um estoque de material
trução, Fome
Ri
a 2.000 telhas e 6.000 tijolos, indicando, assim, a
presença de olarias na região seridoense.
O local, ou jazida, de onde o barro é retirado denomina-se barreiro,
ficando, geralmente, em local vizinho a água abundante. '
Depois
de molhado
durante
toda uma
noite, sendo
então
conve-
nientemente amassado sobre couros de boi, o barro é colocado em formas
apropriadas, as grades. No caso das telhas, depois de passar nel d pela grade, o material é transferido para a forma definitivas o io do,
Nesse ponto, Os tijolos e telhas são postas a secar, no local deno minado
astro, Daí, são levados à caeira, onde serão queimados ou cremados q : durante três dias. Depois, são guardados a galpões É
,
Babi onde ficarão protegidos das intempéries.
nos telheiros ou
grptesaa plano,
As telhas, usadas tradicionalmente no Seridó, med iam dois palmos e meio de comprimento, tend
palmo (0,55 E 0,22 m), endo uma largura, na parte mais ampla, de um
CAPÍTULO
VIII
DA MORADA DE CASAS —
Os inventários,
ao descreverem
antanho, chamavam-nas
ac
ads
as habitações
dos seridoenses
de moradas de casas. Predominavam
de
as moradas
de casas térreas, de taipa, cobertas de telhas. No período estudado nos inventários, tal tipo de casa era encontrado em todo o território brasileiro. Eis algumas descrições dessas rústicas habitações, transcritas de inventários
seridoenses:
“Huma morada de caza teria de taypua cobrida de telha com coatro portas e duas janellas citias na mesma fazenda”, constante do inventário
do patriarca dos Garcias do Seridó, Antônio Garcia de Sá, da fazenda
do Quimporó, inventário de 1754.
“Huma morada de cazas de vivenda terreas e de taipa cobertas de
telhas,
com
hum
Oratorio
e Altar de madeira
lisa pintado
xammente,
onde se selebra Missa, com cazas de Senzalla coberta de telhas ja derro-
tadas”. Tal era a casa do sargento-mor Felipe de Moura e Albu querque,
do sítio Belém,
no Acari.
Inventário
de 1789.
Huma morada de cazas terias de taipa sem bom feiti o sitas na serra de plantar denominada San Anna. Huma
morada
de
cazas
terias
de
taipa
no
sítio
de
criar
gados
deno-
minado Totoró de Sima. Eram as casas rurais, pertecentes a dona Adriana
de Holanda e Vasconcelos, citadas em inventário de 1798.
Huma morada de cazas terria de Taipa coberta
Picos de Sima Ribeira do Siridó com nove port de Telha no Lugar dos as e huma janela e sete fixaduras tudo velho. Aí, morava o patriarca Caetano Dantas Corrêa cujos bens foram inventariados em 1798.
Huma morada de cazas terreas na fazenda da Conceição com seis portas de mulungú e duas janellas. Era à residência do capitão Antônio de Azevedo Maia, o portug uês, inv ni
ugad P r do
entário
de
1797. Ed
en a casas com frente de tijolo de sua residencia no gdTotoró.” Nela, morava o ca p itão-mor CipCipri riano Lopes Galvãoã ,
todas com feixaduras, e sete janellas. Aí, morava o tenente-coronel Manoel Pereira Monteiro (o 2º), na Terra de Nossa Senhora do hó (Serra Negra) ,
O mesmo
era co-proprietário de um
submadn, em
fora construido, em época não determimuds.
2ésreo
própria,
o qual
pelo 1º Manoel Pereira Mon-
teiro. Inventário de 1522. Uma casa grande, com curreis e muro, nesta Villa do Acari, pertencente ao 3º Tomás de Araújo Pereira, mventariada em 1847.
A casa térrea de taipa, coberta de telhas. de que tratam os velhos seridoenses, obedecia 20 seguinte “figurino”:
inventários
A casa, propriamente dita, sem os seus anexos, tinha o formato retangular. Inventários da época estudada procedidos na região de Mosso-
ró — RN, pois os inventários seridoenses não nos forneceram
os dados
necessários —, dimensionam as casas, nas quais a largura excedia ligeiraMOSSOROENSES
INVENTÁRIOS
livro
O
comprimento.
o
mente
cita a existência, no ano de 1562. de casas que deveriam ser
(1833-1862)
idênticas
às existentes
emprego
da taipa:
no Seridó. construidas
na época
colonial,
com
o
huma morada de casas de sua vivenda com sessenta palmos de frente e digo quarenta de frente e trinta de fundos, o equivalente a 8,80m x 6,60m, com a área de 58,05 m2 (14. p. 80).
huma morada de casas de vivenda, de têlha e taipa no Sitio Gangorrim, em terras proprias, com cincoenta palmos de frente, e quarenta de
fundo,
ou
sejam,
11,00m
dentes 96,8 m? (14, p. 82). O
livro
d descr eve,
OUTROS
emer
inventário
casa
frente,
por
INVENTÁRIOS
já excedia à sua largura:
“uma
de
de telha
de
1880,
8,
80m
m
de f
de fundos, correspon
MOSSOROENSES
casa
uma
.
(1863-1880)
de taipa cujo comprimento
e taipa,
no Sitio Chafaris em terr as proprias, j com quarenta palmos de frente e sessenta de fundos”, com as dn
pois, de 8,80 m por 13,20m, ou sejam, 116.16mº (15, p. 123) aà Hélio
dm
Galvão,
a no período
Ú orte,
ente a
descreve 3.000
Assim,
estudando
colonial,
que
casa
Nos
d
8
de
taipa,
na freguesia
as maiores
telhas.
a
a ca sa
dessas
inventários
coberta
de Goianinha,
casas
tinham
seridoenses,
.
É
de
telhas,
uma
área
encontramos Nú
do uiv j aes
À
atual, 145,2 m?; a de 4.000 telhas equivalia, , dá queà detivesse * correspondendo 193,6 ho
o4
cons-
Rio Grande
;
di
.
a típica morada de casas A disposição dos cômodos, que compunham de beira-e-bica, de duas águas, chão de barro
térreas, de taipa, telhado
à seguinte
obedecia
batido,
sequência:
1 — A frente da morada, não fazendo parte arquitetônica da mesma, havia
o copiar,
copiá
ou
à casa,
contígua
varanda
uma
Era
cupiá.
um
alpendre dianteiro. No inventário de Dona Adriana de Holanda e Vasconcelos, do ano de 1793, faz-se referência a “hum copihá que de novo se eregêo”, na casa residencial da fazenda do Totoró de Cima, em Currais Novos. A porta de entrada da morada dava para o copiar, ficando a soleira da porta em um nível mais elevado do que o alpendre. Passava-se do copiar, para a sala da frente, galgando-se um batente. 92 — A sala-da-frente, da mesma largura de toda a residência, tinha
geralmente uma única porta partida e duas janelas voltadas para o copiar.
Ao meio da largura da sala-da-frente, na parede
uma
porta
porta-do-meio,
denominada
que
dava acesso
casa. Pela tradição antiga do sertão, o marido mandava, para frente; a esposa, da porta-do-meio para trás...
3 — O corredor, partindo
da porta-do-meio,
da sala, havia
do fundo
em
20 corredor
da
da porta-do-meio
direção aos fundos
o mesmo, ficavam da morada. Aos lados do corredor, abrindo portas para
os quartos
de
dormir.
4 — Os quartos de dormir que, nas casas menores, eram apenas em número
as filhas Câmara
de dois: a alcova, do uso do casal, e a camarinha,
solteiras
Cascudo
da casa. Os
que
o
quarto
quartos do
não possuiam
casal,
também
onde dormiam
Informa
janelas.
chamado
de
quarto
se ali os queijos, grande, “era em boa percentagem, despensa. Guardavamcom a jirau, os surrões com farinha, os baús de pregaria
trepados no roupa, as garrafas de manteiga
(4, pág. XII).
porta 20 final do corredor, deitando ta, jan de ou rás e-t a-d sal A 5 — ra, propriamente dita, ali ter-
arquitetu para o exterior do prédio, cuja minava.
Encostada
à sala-de-trásà ,
debaixo
de um
alpendre
nos séculos XVI, XVII a eir sil bra a nh zi co a ia hav caniça,
inado tadenomina e XVIII.
ou de ferro. “A ausência de fogõesa ra ped de s, mpe tre em se vaozinha em todas as zonas ap ado liz era pen o fat ro out um é nas Ene ncias urbanas, os alimen idê res tas mui em e as end faz nas Ainda, hoje por ficar e rente E . que o içã pos dis s, mpe tre re sob os ad são prepar rdinado à utilização de bo su rio iná cul o viç ser o il fác s solo, torna mai num plano superior dificultaria tais panelas de barro, que, se colocadas deteriorassem
nsílios se operações além de contribuir para que ditos ute
mais rapidamente” (16, pág. 74). ira da os cômodos. Na trase Anexos à morada, havia a senzala e, outr co o oo cioo pus ue UMA área, chamada Ge 1muTU ucivade
casa existia
qual abria-se um portão de comunicação com O exterior.
com
era construída
A casa
voltada
a frente, de preferência,
O
para
leste, sempre avistando-se o rio próximo. À direita da casa, sob o prisma construítam-se os currais, sempre
do observador postado à frente da mesma,
porteiras
deitando
divididos,
de três, feitos de pau-a-pique,
número
em
de um para o outro. No inventário do 2º Cipriano Lopes Galvão, o fundador de Currais Novos, há referência a uma cacimba, coberta de
telhas, anexa à sua casa no Totoró, que nos parece indicar tratar-se de
uma cisterna, para armazenamento de água de chuvas.
Tratando da casa de taipa, o Dr. Eloy de Souza esclarece, acertada-
“As casas primitivas foram na sua totalidade edificadas com barro
mente:
amassado a que serviam de suporte varas amarradas com cipós da flora
local, dispostas paralelamente a estacas fincadas e correspondentes tanto quanto possível à elevação das paredes externas (16, pág. 72 e 73). “A taipa foi também de uso corrente na quase totalidade do sertão do Rio Grande
do Norte, onde o material para essa construção era abundante e encontrava na habilidade dos moradores, facilidade no manejo do barro e da
armação adequada a essa arquitetura. A esse tempo já nos encontrávamos
em pleno Ciclo do Gado, como parece demonstrar o emprego de correias
couro cru que então serviam para amarrar as varas aos esteios e assim
formar os xadrezes, que deviam receber e sustentar o barro, aí introdusido por
meio
era feita
com
Enquanto
c1gor osos do construtor.
de SOpapos
nessa zona
a armaç o em tal aplicação, já no litoral e agreste, > couro era utilizad (16, pag. 76). s dos matagais próximos Para
cipó
avaliarmos
constatamos
ão
4
“
a
«
das
típica
a simplicidade
de 1866, foi avaliada
em
9008000,
inventariada
Umari,
a casa rural da fazenda
que
o equivalente
ou 37 vacas parideiras. A casa do sítio Conceição,
casas seridoenses,
velhas
no ano 37
ao valor de, apenas, de Antônio
de Azevedo
Maia, inventário de 1797, foi avaliada em 20$000, à época em que uma
vaca gravideira valia 78500!
No tocante às casas, mantidas pelos proprietários rurais nas povoações
ou
vilas,
repete-se
o mesmo
ambas,
representando
fato:
a casa
de
Caetano
Dantas,
na
povoação do Acari (1798), foi avaliada em 148000: a de Manoel Gonçalves Melo, na Vila do Príncipe (1819), sofreu uma avaliação equiva-
lente a 158000;
vacas parideiras...
O sobrado dos Pereira Monteiro,
valores inferiores ao preço de duas
em Serra Negra do Norte
(1822)
foi avaliado por 300$000, o equivalente ao preço de 33 vacas. .. A casa de tijolos, de Cipriano Lopes Galvão (o 2º), na povoa ção de Currais Novos, foi orçada em
2508000,
A A evolução da casa de taipa
e
ergoni;
passaram
as, permanecendo
a
ou sejam, o valor de 50 vacas parideiras, para a d e al dE
de
cio
de tai a o rest
i
foi feita lentamente,
apenas
as
frentes
das
prevaleceu a casa dete al venaria,/ onstrução. Finalment qu e pe a rm it ia edificações mais amplas mais altas as cumee » O aparecimento .
r
dos sótãos
1Ey
,
,
etc
.
e
a
CAPÍTULO
IX
DOS Através
MÓVEIS
E UTENSÍLIOS
da leitura dos inventários,
podemos
ter uma
concepção
do
que se conteria no interior de uma velha casa sertaneja. Comecemos pelos
móveis:
ASSENTOS Havia
os bancos
de madeira,
feitos
de
cedro,
pau-d'arco
e angico,
medindo de 5 a 16 palmos de comprimento (1,10 m a 352 m ). Eram colocados nos copiares e nas salas, Ainda hoje, muito encon-
trados na
nas
fazendas
prancha
que
seridoenses.
servia
de
Muitos
assento,
sólidos;
ficavam
os seus num
oblíquo. Artibanco era um banco grande de espaldar.
pés,
ângulo
encravados ligeiramente
Também, era do uso o estrado, assento de madeira largo e raso, pouco erguido do chão, onde se sentavam as mulheres a coser e lavrar. Um
dos inventários estudados descreve um estrado, feito de pau-d'arco, medindo 10 palmos de comprimento (2.20m). “Havia estrados para as mulheres;
lastros de
espécie
mueira,
de
sola
cadeira ou
larga,
couro-cru,
de
uns
40
centímetros
para 4 pessoas
de
folzadamente,
altura.
Tumbem aí as mulheres faztam rendas, costuravam à máquina de veio, conDersavem fazendo a sesta, ou catavam as filhas e lhes arranjavam as tranças”. Esta é a descrição do estrato, feita por Antônio Oihon Filho (12, pág. 18).
Tamboretes, com assentos de couro. Cadeiras de encosto, cobertas de couro e de sola, De sola picada,
bertas de sola picada
No
inventário
e pregaria,
com meia pregaria. Cadeiras rasas, co-
do 3º Tomás
de Araújo Pereira, casa da rua, na Vila do Acari, ano de 1847. aparecemque morava na sua alguns móveis de assento, que deveriam
se constituir em grande novidade, no rude sertão do Seridó: cadeiras de palhinha e canapé (espécie de sofá, com costas e braços), do mesmo material, Um pouco anteriormente ( 1839), na casa do capitãomor Manoel de Medeiros Rocha, havia uma marquesa, que era uma espécie de canapé largo ,
No
com
assento
inventário
de palhinha.
do comandante-superior
Antônio
Alvares
Mariz,
de
ISS ua fenda
Em
segundo a dese
O mpentério,
minada de trepeça. messzimão O... colocavz um WESD SENÉZM
cadeira furada,
era uma
também
sob
que,
deno-
a qual
se
ps fas construção das mesas, on
na
empregadas
assento,
no
abertura
uma
MESAS
às madeiras
cadeira-de-enfermaria,
aparece uma
Umar:
oeira, o angico. Antônio ar a o, dr ce O , co ar d' upa sas ventários citam oo a: “Ndo são poucas as me at tr re as m si as s, sa me tais Filho. descrevend há especimens centenárias, e qu de co gi an de é at a e ir oe ar de tábuas de vi há poucos dias na casa velha e qu a mo l, co ia ic z in de gi o ri nd a va er cons (12, pág. 18). da Areia, do Cap. Lulu, feita em 1938”
Quanto
inventários
Os
de 7 a 8 palmos
comprimentos
com
mesas,
citam
de 3,5 a 4 palmos (0,77 m à s ávei vari uras larg com m), 1,76 a (1,54 m O formato de 7 por 4 palmos, nas 0,88 m). Aparece, mais frequentemente, “lisas e chãs”. mesas, descritas como de acabamento pequena, com duas gavetas. Aparece, também, uma mesa redonda, Havia
com
mesas
sem,
número
(estas, em
gavetas
ou com
a quatro);
de duas
fechaduras, ou sem elas. 1860,
Em
na
uma mesa de jantar, uma Vila do Príncipe (Caicó).
banca
comandante-superior
do
bens
algumas
Mariz, aparecem
Alvares
dos
partilha
mesinha
uma
inovações:
tudo
de sala,
de meio
Antônia
envernizada,
na sua casa da
CAMAS
iano Lopes Galvão (o 2º), Em 1814, no inventário do capitão-mor Cipr baldaquino, de uma cama de armação, a que continha
surge a presença a era sustentada por colunas. sobrecéu ou dossel, e cortinados. A cobertur altas, cobertas de sola, couro-
Existiam,
no Seridó, as camas
de cabeceiras
cru e de tábuas. BANCAS Os
inventários
fazem
referência
à banca
de
abrir
carne
e ao banco
de serviço, usado pelo carpinteiro. MALAS, Abundavam
CAIXAS
E CAIXÕES
conesses tipos de móveis, nas velhas casas sertanejas,
feccionados de pau-d'arco, pau-amarelo,
mulungu
e cedro.
Havia malas pequenas; jogos de malas grandes, cobertas de sola; s formalas de pregaria (conjunto de pregos usados no adorno de móveiras de rados de couro); jogos de caixões de malas, sem cobertura; canast Em ROUND
fechaduras;
com
couro, DS
arcas
de pau, haús.
tais móveis guardavam-se DAS
roupas,
alfaias, louças, pratarias, jóias,
SE ES
E À
A
propriedade,
seridoenses: Geralas tic cré sto gri as íli fam das “Era um móvel antigo, de cedro, com & renta com
muita
|
ve-o,
Q
com a característi
é
ia, forrada de couro, € pregar a, eir mad de a mal ou xa cre cai Des BAU era uma ou abaulada. s ex aw co a mp ta a um r cá ca de possui
miolo rimento, por qua e, era mp co de mente construído de ro ro met um s a et ros nho. De costum mo se o lo oitenta centimmet mr ri ve altura. Po deria a, € pregueada laargura e cingiienlata bedem; grosada, bem prepersda, encernizad com elaels,as, o nome oue -s do en ev cr forrado de boa so es , re e reluzentes la resistência que ape, pe e fr co de brochas douradas de l pe pa 0 nt . Fazia segura, aproximadame to ma iniciais do proprietárioco , ca an tr de e m chav sentava. A fechadura o?” (11, p. 57) ferro, com um palmo de tamanh forços de placas de re m Co a, ir de ma doão de mo dinheiro. joias, ARCA era um ca ix co s, re lo va de da iada à guar de madeira com revest muito pesado, destin ão ix ca um de a ti is NASTRA LA cons cumentos, etc. À MA guarda de alfaias, roupas € similares. CA em mento de sola, para a o feita de talas, revestida de couro bovino, çã consistia de uma arma nciavam-se do baú, pela tampa,
f l
Il | f Ê
stra difere cabelo. A arca, a mala e a cana ulada.
que era plana, ao invés de aba
xas, a grande variedade de cai com um de da, ain ta, con Os inventários dão Descreve-se uma caixa, usos os mais variados.
caixinhas e caixões, de
nto, de fechadura. me ri mp co de os lm pa ro quat
os pará neles armazeo,ri óp pr o, ej sp de de os lh Caixões grandes, chamciados (farinha de mandioca, came-de-sol, mi tí narem-se gêneros alimen feijão, etc.). OUTROS
MÓVEIS
Medeiros Rocha (1839) dá de el no Ma r mo otã pi ca do O inventário s, de guardar papéis. Em eta gav m co , da mo cô a um de a nci conta da existê de Antônio nte inventariado mo no a, ri tá re ec -s da mo cô a 1860 havia um e-superior figuravam também ant and com do o ári ili mob No . iz. Alvares Mar móvel de sala para
m aos consolos, um uns aparadores, como se designava adorno. colocar jarros e outros objetos de ógio e um espelho, ambos de rel um a -se ere ref o ári ent inv Também, o ). casa da Vila do Principe (Caicó
parede. Tudo isto, na sua
ARTIGOS DE ILUMINAÇÃO z0s candeeiros. As primeiras, Os inventários referem-se às candeias e de iluminação, consistindo de de cobre, eram um pequeno aparelho
feitas . Neste embebe-se um recipiente ou vaso metálico, abastecidas; com óleo a no mesmo dão, , que sai Lhre um bico uma torcida de algo ; ou de pare da as ensa susp candeia,
vaso. Usava-se
81
Os candeeiros — nos inventários, de latão e de cobre — consistiam
de um recipiente ou vaso metálico, de altura elevada (cerca de 45 centí-
metros), com quatro lumes ou bicos (às vezes três), também alimentados a óleo,
no qual
se embebiam
pavios
de torcida
também candeeiros de fuso e de bomba
de
algodão.
Existiam
(1866).
Inventário de 1839, de Manoel de Medeiros Rocha, refere-se a castiçais (metal
casquinha
de
branco,
folheado
ou
ouro,
a
banhado
empregado
no fabrico de objetos diversos). No mesmo inventário, há referência às
roleiras de latão ou palmatórias, espécie de castiçal baixo, com prato, com
um cabo ou asa. UEIIE
Urias
cases
asse
em 1860, fazia-se referência No inventário de Antônio Álvares Mariz, prata, em que se utilizavam as e castiçais de a velas de
referidas velas, em USO D& sua casa da Vila do Principe.
&S LOUÇAS E OUTROS OBJETOS sílios domésticos, Os mventinis dio conta de uma vasta gama de uten
destinados 20 serviço de mesa:
copos de de prata, havendo alguns lavrados pelas beiras; pequ enos € dos tamanhos metal de flandres e de estanho; copos de vidro, de vidro, com pes, grandes; copos de vidro, com ou sem lavores; coposo; copos brancos, de vinh com pés de cálice, próprios para neles beber-secopo s dourados... vidro; copos de cobre. COPEIRA, com cinco COPOS
s; pratos de pequenos e grandes; pratos ordinários e fino de louça do Porto; pratos brancos, estanho, de flandres, de pó-de-pedra, 9). de beiras azuis. TRAVESSA, da beira azul (183 PRATOS,
PIRES
APARELHOS
grande, de louça de Macau, vinda da China...
de pó-de-pedra. BANDEJA A, RIN TER s. fino e ra, ped depóde , CHÁ DE nho. COCOS de tirar água esta de o feit , água r bebe de ARO PÚC de. gran de latão, para uso no trivial. aos potes, de cobre e de prata. COLHERES
FAQUEIROS PALITEIROS.
Existiam, também, as pratarias: ESCUMADEIRAS, CONCHAS,
lisa, e com lavores ou vazadas. TALHERES de prata. COLHERES
também
DE
de chapa
(folha metálica),
e de RETIRAR
CHA
SALVAS, de prata
DE PRATA, TALHERES,
AÇÚCAR,
de
prata.
GARRAFAS
E SIMILARES
de uma a trêrês canadas de capacidade os garrafões, dos tipos: 1); garrafas, 4287 Havia brancas, ] branc
tradas
e
pretas;
garrafas
as
lisas.
Vidros
caixas com divisões de guardar frascos.
h , TambémRoas botel elhas eine
garrafas
e
de boca
e douradas,
frascos
variados.
(1,412 a
brancas
lisj
Frasqueiras
E estreita,
próprias
para
nelas
Apareciam,
inventários,
nos
A HIGIENE
LIGADOS
OBJETOS
e pratos
vasos
às mãos,
água
deitar
de
de estanho; bacias e jarros, de estanho; bacias de arame (liga metálica de cobre
e zinco,
esos, variando,
com
amarelo),
metal
de arame
bacias
e 7,344 kg);
(4590
10 e 16 libras
entre
ou
latão
por
conhecida
também
a fazer barba; bacias de cobre, de 2 a 3 libras (0,918 a 1,377 kg); bacias de
latão;
penico...
PANELAS
Relacionados
com
os
E
OBJETOS
trabalhos
de
DA
COZINHA
fabricação
do
queijo
do
sertão,
apareciam tachos de cobre, com os pesos variáveis de 1,5 a 28 libras (0,688 a 12,852 kg). No inventário de Cosme Pereira da Costa, surge uma tábua de fazer queijo, que era a também denominada tábua do cincho, prancha de madeira onde se assentam os cinchos (formas de madeira,
uma
utilizadas
desmontáveis,
de
na fabricação
queijos).
Bacia
de cobre,
de
e vidrada fazer doce, com 3 libras de peso (1,377 kg). Panelas de ferro, Grelha (1860).
de bronze,
seus cabos,
com
Almofarizes
cobre,
ou latão.
de ferro, em inventário de 1839. Espetos de ferro, facão de ferreiro, faca do
parnaíba, de punho de osso, própria para abrir carne. Bule de metal príncipe (metal branco). Cafeteira, dos tiposEprtnde e pequeno (1839). Chaleira de ferro (1847). Trempe de ferro, onde se cozinhava, utilizandose a lenha.
Potes
de
barro,
conservados
sobre
cantareiras
de
madeira.
Gamelas de imburana, vasilhas em forma de tijelas muito grande, utilizadas
na lavagem de pratos e, também,
em banhos corporais. Bacias. Bacia de
forno. utilizados Pilão de madeira. Pedras de moinho, pedras de mó. Moinhos,(1819) e de
no beneficiamento dos alimentos. Ferros aço
de engomar, de latão
(1866)...
de 1866). Existiam, ainda, latas de diversos tipos (inventário DEMAIS
Verificamos,
ainda,
DOMÉSTICOS
OBJETOS
a existência
de diversos
tipos
de balanças,
nos
e caixão; à inventários analisados: a balança de pesar ouro, com marco grande, de braços de ferro; a pequena, com marco de peso de quarta; a
balança inglesa (1839). Havia, também o tear de tecer pano, ou engenho
de fiar (que aparece a partir de 1814). O inventário de Tomás a existência de uma tarrafa,
de Araújo Pereira uma pequena rede
(o 3º), de 1847, cita de pescar, de formato
circular, ainda hoje muito usada no sertão do Seridó. Aparecem, ainda, tesouras, grandes e pequenas, além de uma carretilha (provavelmente, relacionada com trabalhos de costura ou de confecção de biscoitos).
CAPÍTULO
X
DA
O seridoense ordenanças
Manoel
Caetano
ALIMENTAÇÃO
Antônio
Dantas
Corrêa,
Dantas
Corrêa,
deixou
um
filho do coronel de
importante
manuscrito,
elaborado na Vila do Acari, descrevendo a ocorrência das secas no Seridó,
Tal descrição, abrangendo o período de 1723 a 1847, ano em que foi redigida, teve seu prosseguimento através dos escritos do neto do autor, o conselheiro Luís Gonzaga
de Brito Guerra,
de Luís Manoel Fernandes,
subsidiados pelos
de autoria
Tais notas foram aproveitadas, e complementadas, pelo Dr. Felipe Guerra e seu irmão Teófilo Guerra — ambos filhos daquele conselheiro, o Barão
do Assu —, descrevendo as ocorrências posteriores àquelas primeiras, observadas nas regiões do Seridó e de Caraúbas. Procedendo-se
car, com
habitantes
segurança, dos
uma
nossos
toda
an
álise nos referidos escritos, podemos
a g ama
sertões.
de
alimentos
consumidos
pelos
identifiantigos
CARNES DE CAÇA — Descreve Manoel Antônio que, por ocasião da terrível seca que assolou o sertão, nos anos de 1723 e 1724, “havia abu
ndância de caça” (7, pág. 15). Certamente, sob a designação gené rica
de caça, ficavam compreendidos os animais como o tatu, o peba, o mocó,
o preá, o porco caititu, o tejuaçu, o veado. A respeito do preá, o cronista
escreve que, em 1827, houve uma “prodigiosa quantidade de animais chamados preás”, » que “fizeram um avultado comércio nérc: de negócios nos Brejos, havendo pessoas que compraram escravos” (id. pág. 20). Referindo-se aos mocós, descreve o Dr. Felipe Guerra que, em 1902, “uma fazenda em que estivemos, vimos, numa semana, quatro caçadores
matarem diariamente sessenta e oito mocós, reunindo em pouco alguns milhares, que mandavam para os Brejos” (id., pág. 139).
tempo
CARNES DE AVES — Além de Outras, que seriam consumidas no sertão, como a ema, marreco, perdiz, paturi, socó, jacu, galinha d'água, a codorniz etc., havia uma ave que muito contribuiu para complementar a alimentação seridoense: a arrib ação. Manoel Antô nio desc reve u sua presenç
a, no ano de 1827: “uma imensa quantidade de pombas-rolas à semehanç
a das codornizes dos tempos antigos de que falam as escrituras;
? Que sendo
estas aves de natureza
voar de contínuo
de uns n
outros, naquele ano existirem sem falência em todos os lugares que haviam sofrido a seco”
(id, pp. 19 e 20). O Dr. Felipe Guerra
descreve
que, no ano de 1900, “houve por aqui quem, em menos de um mês, pe-
gasse em “fojo” tal quantidade que deu para mandar vender, em Baturité, trinta
60).
(id., pág.
pombas-rolas”
mil
PEIXES — Predominavam nos rios da região a curimatã e a traíra. Manoel Antônio Dantas Corrêa descreve que, na seca de 1744, a fome E is grande “que os moradores do rio Piranhas se viram na precisão das de dormir para a pesca do peixe, sendo este, tão ce csmana Er tinha a escama e a espinha e sem outra mistura que água só gro que
vendia-se, quando possível, peixe seco para
(id., pág. 16). Também
e sal”
Q brejo paraibano, CARNES
BOVINA,
CAPRINA por
— Carnes muito
E OVINA de
tratar-se
uma
região
de
consumita
favoráveis. Faziam-se os an s no , ol -s de ern ca A região produzia muita pág. 23). gúiças de carne bovina (id., tão, por se tratar de ser no o id um ns co te en am SAL — O sal era larg tipos de carnes. os os tod de o çã va er ns co à um produto uisoensiival s comboios às salinas, onde comseu do an vi en , ano por vez a um “(...) era permutada por uma de pravam sal a quarenta réis a carga, que das
no
Seridó,
rapadura
como
é óbvio,
ou de farinha, no Crato, Ceará”
DERIVADOS
DA
CANA
—
(id., pág.
Consumia-se
muito
107).
a rapadura,
prove-
o e Cariri cearense). niente das zonas de engenhos de cana (Brejo paraiban ar branco, mel de sumo de açúcar bruto, açúcar preto, açúc Havia
con
engenho.
Faziam-se
doces
domésticos,
pois,
em
inventário
de
1789,
des-
. creve-se a presença de uma bacia de cobre, de fazer doce DERIVADOS
DO
LEITE
— Consumia-se
leite de vaca e de cabra.
em deliciosos queijos, denoO excesso da produção láctea era convertido have ndo, também, o queijodos queijos-do-seridó ou de manteiga,
mina uma manteiga liquefeita, a-se icav Fabr a. cabr da leite do feito de-coalho, utilizada no tempero dos alimentos
a chamada manteiga de garrafa, muito
. consumidos à mesa sertaneja ríodo de secas que assolou pe o o nd ve re sc De — HA MEL DE ABEL noel assinala que 0 povo con Ma 4, 172 e 3 172 de s ano o Nordeste, nos undância (id., pág. 15). ab em ia hav ão ent que , tre sumia mel silves
os inícios da exploração pecuária do ven cre des , rra Gue ipe Fel O Dr. tal que ao aproximar-se à orma: “A facilidade da vida era
no Seridó, inf ado em punho, a buscar uma ch ma de , ria cor o rav esc um , tar hora do jan a a refeição” (id., pág. 108). par — lha abe sa des mel oso ici del jandaíra — o sua preciosa cera, de muitas a m me ho ao ia nec for lha abe a Além do mel, de Dona Adriana de Holanda e Vaso ári ent inv No s. ica ést dom s çõe ica apl as e oito concelos (1793) havia, no monte, a quantidade de cinco arrob
variadas is ma as b so o, lh mi — Comiz-st O
E LEGUMES
e 62). D p p d, (i a d r o c e d O € - o feijão macássar to mais en im al O e, nt me el iv ss po z Er ARINHA DE MANDIOCA — a. já falamos, no capítulo dedicado EREAIS
Mesm nido no sertão. Sobre à
voura.
— O
E VERDURAS
RUTAS
crição de algumas
relato de
dedica-se
Antônio
Manoel
Seridó frutas e verduras, existentes no
antigo
de maxixe. ia ânc und “ab ceu nas 5, 179 em , que o ôni Ant telata Manoel ogo pegaram a dar frutas” (id., pág. 1º).
sanando a fome, qui foi e “qu ias anc mel ém mb ta ve hou , Jaquele ano am, misturando « as houveram que só com este sustento se nutrir coma massa da semente
lância
melancias.
de
(id., pág. 17). Em 1826 e 1827 houve muit
Em
se delas
1545
prodigiosa
produção
(id. de melões. no rio Acauã ia ânc und ab de an gr e uv 'm 1826 ho em 155 (id, pág. 23). u ti pe re se e qu 19), ocorrência t os los ma mat as pelos our lav em s do ta an , foram pl (id. ição| ru st de s la )s jerimuns, em 1793 ne r ce ha ças, E sem
€ caba a-se àad:plant: ri fe re mente com melancias , ta is on cr lo pe udida 17). A lavoura de cabaças, 1 1546. plantou-se jerimun pág. 23). produz as cuias, d d, (i ia nc dâ un ab sa io odig azantes, tendo havido pr de copo
EBIDAS
o conta dã s se en do ri se s io ár nt ve — Os velhos in 02, tomar vinho. Em 18
i Aro, de pés de cálice, pr pr uma
canada
(1412
Ktros)
de
vinho
na vil: custava «
). 9$200 a 38200 (2, pág. 26 fabricad ), ça ha ac (c na ca de te en rd Jonsumia-se, também, à agua rincipe
ngenhos
(Caicó),
do
Brejo.
Manoe
relato de O — S CA SE S NA OS ID UM ALIMENTOS CONS alimentos, usa os ad in rm te de de par a oca io Dantas Corrêa nos col eis secas
terrív das o rs cu de no e. fom a pel s do elos sertanejos acossa
raiz
(id.,
da
p.
chamado
mucunã, 17).
Isso
guardião,
“não se usando
era excelente
pp. 17 e 18)
que
“fazendo-se em que
1793.
formidáveis Comia-se,
aparecia,
escavações
também,
naquele
ano,
de nas
massa por ser amargosíssima,
misturada
com
atrás
-
o leite dava
/
um
da
tipo
margens
de dos
mas a goma
manjar
tal
rai:
2,
bata riacho
que
delicioso”
dat
(ic
Outro alimento de sobrevivência era couros e ossos de gado, seco em forma de massa, no ano de 1845 (id.
alimentação durante as secas, da mas sa
pág. 22). Usava-se também, n
da macambira
(id., pág. 50).
E ARTIGOS
DA INDUMENTÁRIA
PESSOAIS
Os tecidos utilizados na confecção da indumentária usada pelos nossos ancestrais derivavam das matérias-primas ainda hoje em vigor. como O
tes de descrealgodão, o linho, a seda, a lã e outros pêlos animais. . relacionavermos as indumentárias apresentadas nos velhos inventários, moda:
em
então
tecidos,
alguns
remos
TECIDOS
has, — Tecido grosseiro de algodão, usado em toal
ALGODÃOZINHO
um tecido manufaturado lençóis, sacos e outras aplicações. Originou-se de Ferreira, estabelecida à rua da na fábrica de tecidos de Gervásio Pires pelos anos de 1826, segundo Recife,
Vista, em
de Boa
Glória, no bairro
informa Pereira da Costa.
diversos tipos de te cidos. em ada liz uti l, eta veg a br — Fi
ALGODÃO
Tccido
felpudo.
grosseiro,
la,
de
Tecido
—
BAETA
fino,
de linho ou
de
algodão.
Originalmente,
mesmo nome. do , sa ce an fr a ci ín ov era fabricado na pr da. —
BRETANHA
ado de se — Tecido co nfeccion
BRILHANTE BRIM
empregado
Tecido
—
de calças, coletes, etc. de cabra, impers lo pê de do ea em — Tecido de lã, entr
meável.
CASIMIRA CASSA CETIM
de
branco, algodão. Havia O brim
ou
na co nfecção
CAMELÃO
culino,
forte
linho
—
Tecido
de
encorpado
lã,
de
uso
no
vestuário
mas-
de algodão, — Tecido muito fi no, de linho ou — Tecido
de
seda lustroso
e macio.
ralmente com mistura CHAMALOTE — Tecido de pêlo ou de lã, ge
de
seda,
CHILA — Tecido de algodão liso, fino, com quadras azuis, drões
para
diversos, E ê
confecção
ou trora
de
toda
1 fabricado
sortc
de
na
I ng!
roupas
aterra,
muito
no
pop
u
lar
de pa,
e próprio
CHITA — Tecido ordinário de algdão, com estampas coloridas. Nos inventários estudados, havia a chita paquete. DROGUETE — Tecido ordinário de lã, algodão e seda. Servia de estofo ordinário, geralmente de lã. Tecido ornado de desenhos em pêlos, obtido através de uma malha suplementar. Tecido
—
FUSTÃO
de
como
lá, lustroso
de
Tecido
—
DURANTE
linho,
algodão,
cetim.
ou
seda
liso pelo dado avesso e em relevo pelo direito, com
apresentando-se
desenhos variados.
originário da Índia.
— Tecido azul ou amarelo,
GANGA
lã,
LÃ — Matéria-prima, utilizada na confecção de certos tecidos, retirada principalmente
dos ovinos.
— Pano de lã, preto e fino. Originário de Segóvia. Vinha
LEMISTE
para o Brasil, da Inglaterra.
de lá, fino e lustroso.
— Antigo tecido
LILA
de procedência
— Matéria-prima,
LINHO
brico de tecidos. MADAPOLÃO
vegetal, utilizada no fa-
— Tecido fino, de algodão, próprio para confecção
de roupa branca. O mesmo que MORIM.
— O mesmo que Madapolão. Também
MORIM
chamado de Pano
Patente.
PANO FINO — Tecido de boa qualidade, fabricado com a malha fina. SARJA
— Tecido entrançado,
de seda, lã ou algodão.
— Matéria-prima, animalal o da icidos de origem ma confeccão gúda SEDA
(bicho-daempre(bicho-da-seda),
SERAFINA — Tecido de lã, para £ sc em geral com desenhos ou ea PERES aa DER ReDA DAS TAFETA
— Tecido lustroso e armado,
VELUDO
-—
Tecido
de
seda,
fee
de seda, de trama
finíssima.
alcodã
ã coberto de pelos cer. lã, ou rados, curtos e presos pelos fios da tela do
INDUMENTARIA No
tempo
MASCULINA
coloni e onial, Eao conjunto
i de r a, pela casaca, véstia e calção, dava-se o nomeoupade masculin vestido. St
repre
E
nn
abas compridas atrás. Possuía uma lapela endurecida -
es
A
ferro e a posponto. abeça,
as mangas
VÉSTIA
spécie
de
justas,
gas
APR O
deco
eram
usadas,
or azul, muito m 1791, na 10, p. 161).
muito
gola erz lesumtuis cna c
.
M
das cum
a confecção
capital potiguar,
mm
de
grandes
curto,
na
folgado
quartos
os chamados
Ja véstia, existiam
cintura,
com
dourados.
borões
casas
ums
— Ficava por baixo da casaca € por sobre
casaco
da de
ai 2 album do meio os raços As casacas custava
2 camisa
mangas.
ou
$500
Era uma
elas.
sem
correspondendo,
de véstiz,
O
, relativa à frente da mesma; O | quarto dianteiro, à parte da peça indumentária tratada. Em 1791, em da r erio post e part à , eiro tras to juar de uma vestia de seda
costura Natal, cobrava-se a quantia de $640 pela
aberta ou abotoada (10, pág, 161). CALÇÕES
ni
— Eram
uma
a EE o es
referem-se E nai eridóça
(10, pág. 161).
calça curta e entufada
que
ia da cintura
coxa, finalmente, até o joelho. Os inven-
às fivelas, » quQue se usavam nos calções. q Em 1791,
» pela confecção de calções de seda, abotoados, $160
Ao
conjun junto de botões O que compunham o vestuário dava-se, nos tempos antigos a s, o nome de abotoadura. Os i Ari a fazem refenão Os inventários Aq rência tea às gravatas. E Re tempo, usava-se, envolvendo o pescoço, a graRa
ço,
confeccionadas a
Ato
Encontramos, em outras fontes, referências a gravatas
de bretanha aos
chapéus,
e casca.
os
inventários
seriodoenses
citam
o
chapéu
fino, de pêlo, com galões finos” e o chapéu de franja (1860). Em 1802,
no Caicó, importavam-se chapéus dos tipos — tino, de Braga e deda baeta, classe Aquele ano, o chapéu fino custava de 48000 a 68000. O chapéu chapéu de O média era o de Braga, que custava entre 28500 e 3$200. Braga tinha a copa baixa e as abas largas. O chapéu de baeta, felpudo, com abas
longas,
era o do
uso
das
e $800 e 1$200 (2, pág. 26). classes mais pobres. Naquele ano, custava entr usava-se largamente o tradicional no, idia quot no ”, “rua na e Nas fazendas =" chapéu-de-couro. o po Ea = A a cabeleira de rap m um a e -s re fe re s io ár Um dos invent cabelo, apertada co de ça an tr a um de bicho, que consistia é quase à ponta. at ele r po o nd la ro que se vai en E gp nos s da na io nc me ém mb seda, ta jágg. e 48800 (2, pa 0 Usavam-se meias de 00 38 e tr en , 02 18 & em cb, ic6, preços variavam, no Ca E Fa um dos inventários em da ta ci o, ri uá st por k nor e e a no Outra peça do ve E e nt me j ga ti an a ad us i mu ito ul. nn de pano im espécic de casaco curto, Arioio, e era conffec cionada ec c ár nt j ve nda imo. cad E re a um Aquela, descrita no in era ha il gu pi Es ha fina na gola. p and uma espiOguilc r nina A confecção de uma niza Im
uma SP
1791,
na capital
norte-ri o -rio-gr andense, costura
pela
preço cobrado
Anci na importâ ncia (10. pág.
A roupa masculina mais usada, ceroulas e camisão. As ceroulas eram
de
calças,
geralmente
algodão,
no um
idênti idêntico
quotidiano, era composta de vestuário de baixo em forma
atacadas
aos
tornozelos.
As
camisas, chegando
quase
ceroulas,
das
fora
por
usadas
eram
lados,
dos
abertas
de
de 18000. $000,
161).
rodaque
de um
dos inventários faz referência
aos joelhos do indivíduo que as usava. Um
a uma camisa de madapolão.
grande variedade de fivelas, de uso
Os inventários dão cont a de uma
uma de sapatos, de pratae de ouro; atas, fivelas de calções grav de las Five o. ond red o mat delas com o for de prata lavrada. Fivelas las Five E s). ante am di de Fivelas cha(uma delas, com lavor e os redaondos e cortados. ou
pés
de
fivelas
diversificado:
a, dos ng maltesas, de prata lavrad adas a A E | e de prata, cort tas. Fivelas as de ligas, lisas; argolinh
Fivelinhas Na
de cantos redondos.
de talabartes...
citam,
apenas,
poticnar
ficamos
O s inventários
calçados,
de
o
e
as
avam-se chinela ic br fa l, ta Na em , 91 de 17 calçados), to baixo. No ano as de sal para o fabrico de >eya l cia o d e cabra, curtido, espe a relação relaçã | ; nú couro de cabra, cur É ç | salto). (de talão de do y de cabra. Também chinelas aos
Quanto
de ve
Esp
obras dasss
:
anital
sapatos de idênticos materiais (10, pag. 161).
de veado e de cabra. Também,
Com sentir no
a evolução do vestuário europeu, scus cfeitos logo Brasil e, consequentemente, no sertão nordestino.
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