Guerra de guerrilha e operações especiais FM 31-21

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GUERRA DE GUERRILHA E OPERAÇÕES ESPECIAIS FM 31-21 PARTE UM: INTRODUÇÃO 1. FUNDAMENTOS ----------------------------------------------------------------------------- 1-3 2. RESISTÊNCIA E GUERRA DE GUERRILHA ------------------------------------------------- 4-8 5 PARTE DOIS: ORGANIZAÇÃO PARA O EMPREGO DAS FORÇAS ESPECIAIS 3. FORÇA TAREFA CONJUNTA DE GUERRA NÃO CONVENCIONAL --------------------- 9-12 14 4. GRUPO DE FORÇAS ESPECIAIS Seção I Geral ---------------------------------------------------------------------------------------------13-18 II. Base operacional das Forças Especiais --------------------------------------------------- 19-21 26 III. Controle das operações ------------------------------------------------------------------- 22-27 29 IV. Controle dos processos administrativos e de formação Atividades --------------------------------------------------------------------------------------- 28-32 39 5. SUPORTE AO TEATRO DE OPERAÇÕES Seção I Logística ------------------------------------------------------------------------------------------33 -43 46 II. Inteligência ----------------------------------------------------------------------------------- 44-46 54 III. Comunicações ------------------------------------------------------------------------------- 47-52 58 IV. Contato inicial --------------------------------------------------------------------------------53-54 63 PARTE TRÊS: OPERAÇÕES 6. INFILTRAÇÃO --------------------------------------------------------------------------------- 55-60 64 7. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA ÁREA DE COMANDO Seção I. Conceitos organizacionais --------------------------------------------------------------------- 61-66 69

II. Elementos de resistência -------------------------------------------------------------------- 67-72 79 III. Segurança ------------------------------------------------------------------------------------- 73-80 86 IV. Inteligência na área operacional ----------------------------------------------------------- 81-83 93 V. Comunicações na área operacional -------------------------------------------------------- 84-87 93 VI. Logística na área operacional ---------------------------------------------------------------88- 94 95 8. EMPREGO EM COMBATE Seção I Introdução ----------------------------------------------------------------------------------------95-100 103 II. Operações de combate ofensivas ---------------------------------------------------------101-116 107 III. Interdição ------------------------------------------------------------------------------------ 117-126 130 IV. Operações defensivas --------------------------------------------------------------------- 127-131 137 V. Emprego de forças não convencionais para auxiliar as forças convencionais------- 132-139 145 VI. Emprego de forças não convencionais após a ligação----------------------------------140-147 164 9. OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS EM APOIO À GUERRA NÃO CONVENCIONAL-----------148-152 169 10. DESMOBILIZAÇÃO --------------------------------------------------------------------------153-166 177 APÊNDICE I. REFERÊNCIAS -------------------------------------------------------------------------------183 II. SISTEMA DE FORNECIMENTO DE CATÁLOGO ------------------------------------------------------188 III. GUIA DE ESTUDO DA ÁREA -------------------------------------------------------------------------- 234 IV. AVALIAÇÃO DA ÁREA -------------------------------------------------------------------------------- 244 V. GLOSSÁRIO DE TERMOS ------------------------------------------------------------------------------ 249 ÍNDICE------------------------------------------------- ----------------------------------------------------- 252

PARTE UM: INTRODUÇÃO

1 – FUNDAMENTOS Finalidade e Âmbito. Este manual fornece orientação para Forças Especiais em operações de guerra não convencional para comandantes e todos os níveis. Os conceitos básicos da guerra não convencional são apresentados são de uma maneira projetada para familiarizar o leitor com a organização das forças especiais, conceitos e métodos de operação para cumprir a responsabilidade pela condução de uma guerra não convencional. A compreensão minuciosa das ideias estabelecidas neste manual preparará o comandante e os oficiais de pessoal para decisões e ações que afetam o planejamento e operações. Métodos e técnicas detalhadas das operações das Forças Especiais são discutidos abaixo.

Definição de guerra não convencional. A guerra não convencional consiste nos campos inter-relacionados de guerrilha, evasão, fuga e subversão contra ataques de estados hostis ou governos opressores (resistência). Operações de guerra não convencionais são conduzidas em território inimigo ou controladas por ele com populações predominantemente locais, normalmente apoiado e dirigido em graus variados por uma fonte externa. Delineação de Responsabilidades para a Guerra não Convencional. A responsabilidade por algumas destas atividades foi delegado ao serviço que tem prioridade. A guerra de guerrilha é responsabilidade do Exército dos Estados Unidos. Dentro de certas áreas geográficas designadas – chamadas áreas operacionais de guerrilha - o Exército dos Estados Unidos é responsável pela condução de todos os três campos de atividade inter-relacionados as operações de guerrilha. As operações militares de movimentos de resistência são habitualmente apoiadas e acompanhadas por políticas e atividades - tanto abertas quanto clandestinas - de indivíduos e grupos integrados, ou agindo em conjunto com os guerrilheiros. Os vários tipos das atividades são interligadas. O termo guerra não convencional é usado neste manual para denotar as responsabilidades associadas ao Exército dos Estados Unidos na condução da guerra de guerrilha. O termo guerra de guerrilha é usado para denotar as atividades militares da guerrilha. 2 - RESISTÊNCIA E GUERRA DE GUERRILHA Resistência Generalidades: A resistência é a pedra angular da guerrilha.

A guerra subterrânea e de guerrilha provém de um movimento de resistência.

Definição: A resistência é definida como o ato de oposição de um indivíduo ou grupo a outro. Um movimento de resistência é o elemento organizado de uma população descontente que resiste a um governo ou força de ocupação com diversos meios, variando de passivo a violentamente ativo. Os movimentos de resistência começam com a insatisfação entre indivíduos fortemente motivados que não podem promover a sua causa por meios pacíficos e legais. A Natureza da Resistência: (1) A resistência, rebelião ou guerra civil começa em uma nação onde divisão política, sociológica, econômica ou religiosa ocorreu. Divisões desta natureza são geralmente violação de direitos ou privilégios, a opressão de um grupo pela força dominante ou ocupante ou a ameaça à vida e liberdade da população. A resistência também pode: Em uma nação onde os libertadores, uma vez bem-vindos, falharam em melhorar uma situação social ou económica intolerável. A resistência também pode ser deliberadamente inspirada por fontes externas contra uma alegação assumida, podendo ser ativa ou passiva. A resistência passiva pode assumir a forma de um ressentimento que requer apenas uma liderança ou um meio de expressão para maturar a resistência ativa. (2) Algumas pessoas aderem a um movimento de resistência por um desejo inato de sobreviver. Outros podem aderir à resistência por causa de profundas convicções ideológicas. Mas todos, independentemente da motivação inicial, estão unidos para lutar contra um inimigo comum. Parte da população auxilia movimento de resistência como combatentes da força guerrilheira; alguns como guerrilheiros a tempo parcial (insurgentes) ou em agências de apoio civis conhecidas como unidades auxiliares, enquanto outros são membros das operações subterrâneas. Fatores de influência: Terreno. A localização física do movimento de resistência tem uma grande influência sobre sua organização e táticas. Porque eles fornecem áreas adequadas para a segurança das operações, montanhas, pântanos, grandes florestas ou selvas cultivam resistência de tipo aberta ou de guerrilha. Terreno plano ou áreas urbanas e grandes cidades são mais aptas a atividades de resistência subterrânea, embora a possibilidade de organizar uma força de guerrilha nessas áreas não deva ser negligenciada. Cultura. O ambiente cultural dos povos também tem efeitos sobre os movimentos de resistência. O desejo de pegar em armas, escapar e lutar contra o inimigo é dependente do histórico cultural do povo. Homens camponeses ou de um ambiente rural, não sujeito a grandes restrições governamentais, têm mais oportunidade de mostrar seu ódio a ocupação inimiga por meios abertos e violentos como a guerrilha. Pessoas de países industrializados e de cultura altamente urbanizada tenderão resistir com atividades como sabotagem, propaganda, atos passivos e espionagem. Controle da população. Quando uma potência de ocupação ou governo é capaz exercer um controle rigoroso da população, o movimento de resistência é conduzido principalmente em segredo. Quando a polícia e as

forças militares da potência ocupante ou governo são ineficazes, o movimento de resistência pode ser conduzido com ações de guerrilha principalmente abertas. Motivação. Para além das condições geográficas e ambientais que influenciam a guerra de guerrilhas, o moral produz muitos fatores motivadores que têm um efeito profundo sobre o movimento de resistência, forte motivação individual é essencial para a formação de uma força de resistência. Embora alguns motivos individuais não sejam ideais e se abertamente expressos podem prejudicar o esforço. Estes são alguns exemplos do que pode motivar o combatente: Ideologia. Em unidades de guerrilha alguns indivíduos têm fortes motivos ideológicos para tomar as armas. Essas ideologias se enraízam em duas amplas áreas: política e religião. O indivíduo tende a subordinar sua própria personalidade a essas ideologias e trabalha constantemente e exclusivamente para a "causa". Em alguns combatentes da resistência, este motivo é extremamente forte. Economia. Muitos indivíduos aderem a movimentos de resistência para evitar morrer de fome ou para não perder a subsistência. Uma força de resistência organizada pode exercer influência econômica em indivíduos que não apoiam seu movimento. Ganho pessoal. O ganho pessoal é a força motriz de alguns voluntários. Um indivíduo, motivado, pode mudar de lado se acreditar que pode ganhar mais lutando para a força adversária. Ódio. Pessoas que perderam entes queridos devido a ações inimigas podem lutar contra este. Porém ódio descontrolado pode causar problemas para o grupo, pois é difícil controlar tais indivíduos e empregar de forma adequada seus esforços. Segurança. Se o movimento de resistência for forte ou der a impressão de ser poderoso, muitos indivíduos o buscarão para se sentirem seguros. Geralmente, esta situação ocorre somente após o movimento de resistência estar bem organizado e o inimigo ter sido enfraquecido. Outros se juntam para escapar ao recrutamento do serviço de segurança do inimigo. Ego. Motivos pessoais como ganância, orgulho e aventura operam até certo ponto em todos os indivíduos. Dependendo da fibra moral, estes motivos podem sustentá-lo em tempos de grande estresse. Medo. Alguns indivíduos se tornam parte da resistência sem desejo pessoal próprio. Eles juntam-se ao movimento por medo de represálias contra eles próprios ou a suas famílias. Possibilidade de sucesso. Além da motivação e circunstâncias do ambiente, uma população deve sentir que há uma chance de sucesso ou não haverá movimento de resistência desenvolvido e eficaz. Participação do povo em qualquer movimento de resistência é diretamente afetada por sua aparente chance de sucesso. Orientação. Os movimentos de resistência dependem diretamente do calibre de seus líderes e de outros indivíduos na organização. Uma compreensão do impacto ambiental e fatores motivacionais individuais ajudarão muito aqueles que desejam obter o melhor de uma organização guerrilheira. Uma análise desses fatores desempenha um papel importante na avaliação do potencial das forças de resistência.

Guerra de guerrilha A guerra de guerrilha compreende operações de combate em território dominado pelo inimigo, por forças predominantemente militares, paramilitares ou insurgentes (civis armados) para reduzir a eficácia do combate, capacidade industrial e moral do inimigo. As operações de guerrilha são conduzidas por grupos relativamente pequenos que empregam táticas ofensivas. A guerra de guerrilha suporta outras operações militares e de inteligência. Características da guerra de guerrilha: Geral. Guerrilha é caracterizada pela ação ofensiva. Guerrilhas dependem de mobilidade, elusividade e surpresa. Além dessas características, há outras características que devem ser mencionadas: Apoio civil, patrocínio externo, aspectos políticos, aspectos jurídicos, táticas e aspectos de desenvolvimento. Fatores de Suporte: Apoio civil. O sucesso dos movimentos de guerrilha depende do contínuo apoio moral e material da população civil. A comunidade local normalmente sob intensa pressão de forças contraguerrilhas. Medidas punitivas como represálias, terrorismo, expulsão, restrição de circulação, apreensão de bens e propriedades são conduzidas contra defensores do movimento em atividade, tornando este apoio perigoso e difícil. Se a população local tem uma forte vontade de resistir, represálias do inimigo causam um aumento nas atividades subterrâneas. A comunidade civil pode auxiliar a força guerrilheira fornecendo suprimentos, recrutas, informações, dando aviso prévio de apoio à evasão e à fuga dentre outras atividades. Depois de a força guerrilheira estabelecer-se for suficientemente forte, pode ser necessário exercer força sobre determinados elementos da população civil para comandar o seu apoio, e. g .: Coagir partes indiferentes ou que não respondem positivamente dando apoio ao movimento guerrilheiro. Os civis que participam em tais atividades de apoio, operações subterrâneas, compreendem o que é conhecido como forças auxiliares. Patrocínio externo. As operações de guerrilha são mais eficazes quando o patrocínio externo está presente, durante uma situação de guerra este apoio é político, psicológico, logístico, bem como tático e técnico. Um poder patrocinador decide apoiar as forças de guerrilha quando sente que o os guerrilheiros podem fazer uma contribuição significativa a objetivos nacionais. Aspectos Políticos. Guerra de guerrilha tem sido muitas vezes descrita como sendo mais política do que militar por natureza. É certamente militar em termos táticos, mas também é política desde que uma guerrilha geralmente decorre de uma luta de poder local. Os guerrilheiros geralmente lutam por ganhos políticos, ganhando seus próprios objetivos políticos, podem ajudar o patrocinador a conquistar seu objetivo militar. O domínio político na guerrilha pode ser visto de outro ponto de vista. Líderes guerrilheiros com inimigo comum, mas politicamente opostos, podem dissipar suas forças lutando entre si. A orientação política do líder da guerrilha pode causar problemas a retendo sua cooperação até que extraia promessas de significado de seu patrocinador. A marca política guerrilha é apenas outro aspecto que deve ser estreitamente estudado.

*Aspectos legais. A guerra de guerrilha está sujeita às regras, a convenção de Genebra tanto quanto a guerra convencional. Conforme descrito em acordos internacionais apropriados, quatro fatores importantes dão um status legal de guerrilha: (1) Ser comandado por uma pessoa responsável pelas ações de seus subordinados; (2) Usar um distintivo fixo, insígnia ou sinal reconhecível à distância; (3) Conduta de acordo com as leis e costumes da guerra; (4) Carregar armas abertamente. Se esses quatro fatores estiverem presentes, a guerrilha tem direito ao mesmo tratamento de seus captores, o mesmo que um soldado regular. Durante a Segunda Guerra Mundial, o general Eisenhower enviou uma proclamação para nazistas e franceses, reconhecendo formalmente a Resistência Maquis como membros das Forças Aliadas, e advertiu aos alemães que todos os guerrilheiros deveriam receber o mesmo tratamento como os soldados regulares sob suas ordens na força expedicionária aliada. * As atividades de guerrilha podem ser consideradas terrorismo, portanto criminalizadas de acordo com a lei. Táticas. Considerações iniciais. Guerrilheiros, são soldados irregulares, geralmente não alcançam a unidade de ação da mesma maneira que as unidades convencionais. Por causa disso e outros dois fatores - o problema logístico e necessidade de pessoal - os guerrilheiros inicialmente não esperam derrotar uma unidade convencional em um confronto direto. As operações de guerrilha são facilitadas por atividades politicas, militares e de inteligência que divertem potenciais reforços inimigos. Por outro lado, se o inimigo está livre de outras preocupações, combaterá a guerrilha com suas melhores tropas e tentará proteger instalações, equipamentos e pessoal vitais. Unidades de guerrilha, portanto, devem coordenar suas atividades com forças amigas e atacar o inimigo em pontos mais desvantajosos para ele. Estes ataques são normalmente durante períodos de baixa visibilidade e são dirigidos contra postos avançados isolados, locais fracamente defendidos ou inimigos em movimento. Ao reconhecer suas próprias limitações e fraquezas, a guerrilha pode esperar por sobrevivência e sucesso final. Inicialmente, ele é geralmente inferior ao Inimigo em poder de fogo, mão de obra, comunicações, logística e organização. Ele é igual e muitas vezes superior ao inimigo na coleta de informações de inteligência, engano (desinformação), e o uso do tempo (estratégia da lassidão). Táticas ofensivas. A base do combate de guerrilha bem sucedido é a ação ofensiva combinada com surpresa, durante períodos de baixa visibilidade, os ataques guerrilheiros, tentam tirar vantagem momentânea do poder de fogo, executando a captura ou destruição de pessoal e equipamento, deixando o local da operação o mais rápido possível. Normalmente, a guerrilha não opera consistentemente em uma área especifica, mas varia suas operações para que nenhum padrão seja evidente. E se possível, atinge dois ou três alvos simultaneamente para dividir a perseguição inimiga e o esforço de reforço/vigilância. Táticas defensivas. A vigilância protetora da guerrilha é geralmente muito boa, civis não combatentes e elementos infiltrados que fornecem informes sobre movimentos, composição e equipamento de contraguerrilhas dentre outras. Este fluxo de informações dá tempo à guerrilha para executar contramedidas. Se, em qualquer ação da contraguerrilha ou de um inimigo superior, os guerrilheiros são ameaçados ou cercados,

Eles não irão de encontro diretamente ao inimigo numa demonstração de força, mas retirar, dispersar e tentar uma fuga. Aspectos de Desenvolvimento. Para completar a imagem da guerra de guerrilha, deve ser entendido um quadro de referência. Ou seja, não basta declarar certos princípios de estratégia, mas é necessário qualificar declarações sobre guerrilha para analisá-las em relação ao tempo e ao espaço. Elemento de tempo. Guerrilheiros provaram ser eficazes durante todas as fases do conflito desde o início das hostilidades até o final da luta. No entanto, nos estágios iniciais de desenvolvimento, quando o inimigo ainda é forte, as operações de resistência normalmente tendem a ser ocultas. Durante este período, a segurança é uma preocupação primordial. E se movimento de resistência deseja sobreviver e desenvolverse enquanto cercado por fortes forças inimigas, a segurança é uma das principais preocupações e precauções devem ser extensas e eficazes. A atividade é geralmente limitada à coleta de informações, recrutamento, treinamento, organização de pequenas operações visando o desgaste do inimigo e a economia de recursos. Situação. Por outro lado, quando a situação muda favorecendo os guerrilheiros, seja por debilidade do inimigo seja por circunstâncias favoráveis criadas pela resistência, operações tornam-se mais abertas, tornando possível ações de grande escala. Quando a situação o permitir, as forças de guerrilha tendem a adotar organizações convencionais. Localização. A guerrilha assume diferentes aspectos de acordo com sua localização geográfica. Em algumas áreas a guerra de guerrilha precedeu a entrada de tropas regulares, em outras áreas, os movimentos de guerrilha surgiram após a entrada formal destas tropas, adicionalmente, em algumas áreas a estrutura social complexa e organizações econômicas são engrenagens em um sistema vasto que é relativamente fácil de interromper. Quanto maior o grau de desenvolvimento de um país, quanto mais globalizado, mais vulnerável é a subversão e as atividades da guerrilha. Em áreas menos industrializadas do mundo, essas complexidades não existem. As pessoas são menos dependentes uns dos outros para obter bens e serviços. Perturbação de uma comunidade não gera extrema dificuldade em outra. Assim, o impacto da guerra na vida da população não é tão grande e a luta é provavelmente mais prevalente. Ao julgar o potencial e os efeitos esta é uma consideração importante. *Operações das Forças Especiais O valor da coordenação das atividades de guerrilha com as militares e da necessidade de planejamento e formação em tempo de paz pelo patrocinador potencial foram reconhecidos pelos Estados Unidos. A unidade organizada e treinada para implementar as responsabilidades e dirigir operações de guerrilha é o Grupo de Forças Especiais, Airbone Special Forces. As unidades de forças especiais podem ser chamadas a operar durante uma guerra geral, limitada ou “fria”. Guerra Geral. A doutrina estabelecida neste manual é estruturada em torno de uma situação de guerra geral. Em uma guerra geral, forças de operações especiais organizam forças de guerrilha para apoiar forças militares convencionais sob a direção do comandante do teatro. As operações são conduzidas geralmente em território negado (controlado pelo inimigo).

Guerra limitada. Operações de guerra limitadas por Forças Especiais são de modo geral a infiltração de destacamentos de Forças Especiais de treinamento conduzido em uma área não controlada pelo inimigo, com a infiltração de unidades especificas apenas. Guerra Fria. Unidades de forças especiais podem auxiliar na formação de militares para combater as atividades de guerrilha, terroristas e de subversão. Além disso, podem treinar pessoal militar estrangeiro nas técnicas de guerrilha, reforçando assim a capacidade de defesa da nação em causa. Quando assim empregadas as unidades de assistência militar dos EUA em missões do exército Capacidades e Limitações Capacidades. O desdobramento das forças especiais dá ao comandante de teatro de operações, permite-lhe influenciar as atividades muito antes das forças em campo e além do alcance dos sistemas de armas. Forças especiais dirigiram unidades de guerrilha (Chamadas não convencionais) conduzem operações que são categorizadas como seguinte: Missões de apoio ao comandante do teatro de operações. Essas missões podem incluir(A) Interdição de linhas de comunicação, áreas-chave militares e industriais. (B) Operações psicológicas. (C) Tarefas especiais de inteligência, tais como aquisição de alvos e avaliação de danos. (D) Operações de evasão e fuga. (E) Operações de cobertura e diversão. (2) Missões para apoiar comandantes de operações de combate. Para além de uma intensificação das tarefas acima, as forças não convencionais executam missões diretamente para ajudar as forças convencionais envolvidas em operações de combate. Essas missões podem incluir: (A)Captura de pontos-chave no terreno para facilitar a operações anfíbias e aerotransportadas. (B)Emprego como força de reconhecimento e de segurança. (C)Captura de instalações-chave para impedir a destruição pelo inimigo. (D)Ataques diversionários contra forças inimigas para cobrir planos de diversão. (E)Operações que isolam partes selecionadas da área de combate, objetivos para tropas aerotransportadas ou cabeça de praia. (3) Missões realizadas após a junção com forças amigas. Dentro do evento o controle das unidades guerrilheiras é mantido pelos Estados-Unidos, podem ser atribuídas as seguintes missões: (A) Missões de reconhecimento e de segurança. (B) *Quando devidamente treinados e equipados, operações de combate. (C) Missões de segurança na área da retaguarda. (D) Operações de contraguerrilha. (E) Apoio às operações de assuntos civis. Limitações. Deve-se perceber que existem limitações no uso de forças de guerrilha. Algumas dessas limitações são: (1) Capacidades limitadas para defesa estática ou sustentar operações. (2) Inicialmente, a falta de treinamento formal, equipamentos, armas e proíbem operações de combate em grande escala.

(3) Dependência da população civil local e um patrocinador para suprimentos e equipamentos. (4) Comunicações entre a área operacional geográfica e seus superiores em território amigo são tênues e repletas de problemas técnicos. (5) Descentralização do comando e dispersão de forças para a segurança aumenta o tempo de reação às ordens das forças no teatro de operações. (6) As restrições aos fogos de apoio na área operacional por necessidade de movimentos frequentes pelos guerrilheiros, bem como a necessidade de proteger a população civil na medida do possível. (7) A partir do contato inicial até a operação ser concluída, o projeto inteiro depende de informações precisas e no tempo certo. *Geralmente operações de forças irregulares e forças especiais se confundem tendo em comum as mesmas potencialidades e limitações do ponto de vista prático, não sob a ótica do treinamento e equipamento, não se pode comparar o SEAL TEAM 6 com as forças especiais das FARC, no entanto um grupo de guerrilha pode realizar ações de comandos desde que treinados e equipados para tal como as forças especiais curdas ISIS HUNTING CLUB.