Grupos Teatrais - Anos 70

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EDITORA DA

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T 236g

Fern ande s, Síl via. Grup os teatrais - Anos 70 / Sílvia Fernande s. -Campinas, SP : Editor a da Unicamp , 2000 . 1. Teatro bra sile iro . 2. Criaç ão (li terá ria , artístic a etc .). 3 . Repr esentaçã o teatral. I. Título . CDD - 792 .0 981 - 70 1 - 792 .0 28

ISBN 85·268·0505-3

Índi ces para Catálo go Sistem ático I. Teatro brasil eiro 2. Cri ação (Li terária , artís tica etc. ) 3. Representação teatral

7 92 .0 9 8 I 701 792 .0 28

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Prefácio

7

Apresentação -

Exercícios da livre criação

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Introdução Capítulo 1 -

13 Panorama dos grupos teatrais na década de 70

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Capítul o 2 - Asdrúbal Trouxe o Trombone, um percurso 1. A subversão dos clássicos: 2. O comportamento no teatro 3. A criação coletiua 4. O estranhamento do teatro Capítulo 3 -

35 35 51 71 90

A experiência do O rnitorrinco

115

Capítulo 4 - Ventoforte, Pod Minoga, Mambembe 1. Mist ério em nove luas 2. Colagem paulista , 3. Circo-teatro

173 173 187 201

Capítulo 5 -

219

Recortes de uma tendência

Fichas técnicas A SDRÚBAL TROUXE O TROMBONE

.

T EATRO DO ORNITORRINCO P OD

Mmoox

V ENTOFORTE MMIDm.IDE

Bibliografia Criticas e artigos em jornais e revistas Entrevistas, depoimentos Roteiros.. Gravações sonoras de espetáculos Documentação fotográfica e textual

,

243 243 244 245 246 248 25 1 253 265 266 267 26 7

Prefácio

São mo destos, na ex te nsão e n a profundid ad e, os feitos da historiografia do teatro brasileiro n o sé culo X IX, e mais m odesto s se to rnam quando o m b reados à história da literatura. No en ta n to, m esmo es tas primeiras tentat ivas, m escl ando cr ônica e test emunho, p ermit em di stinguir a m an ifest ação teatra l d a lit eratura dramátic a. H ist óric o s d e comp anhias, bio grafia s d e ato res e e m p resár ios, r el ato s impre ssi onista s d e e n ce naçõe s o c u pa m um lug ar incerto ao redor d o t exto, fon te p rimária d e inquestion ável credibilidade. Intuindo a im po r tâ n cia do modo d e p r odução do desemp enho, os primeiros au to res que se debruçar am so b re o teatro brasileiro só p odiam dispor d a m em ó ri a, para rec onstituir o te atr o qu e lh es era contemporâneo, e d a escrita, para falar d o que não h aviam pre senciad o. M esmo durante o es peta cular av an ço d a d éc ad a d e 40, quando a crí tic a e a hi stória d a arte ad qui rira m o es ta tuto d as " h u man idades" e p assaram a integrar o ensino uni versitário, a fonte es c ri ta p ermaneceu um valo r d ocumental privilegi ad o. É, assim, relativamente tardio - d ata d e 1975 - o em pree nd imen to de p roduzir d ocumento s so noros e vis uais com o objetivo d e su bsidiar o es tudo so b re a arte cénica. So b a égid e d o p oder público municip al, o Cen tro d e Info rm ação e D ocumentação so bre a Arte B rasileira Con te m porânea sis te matizou a p rodução d e regist ro s audiovis uais d o s es petáculo s ap r esen ta dos no ci rc uit o cultural p auli stan o. Foi quand o se t o rn ou visível e audível a m emória d o aco n tecimento teatr al até en tão p er seguid a p ela es cri ta , Por m eio d e gravações sonoras, regis tros foto gráfic o s e acompan han do tamb ém a repercu ssão crítica d o s es petáculos co n stituiu-se, senão uma m etodol o gia, p elo m eno s um m étodo p ar a a captura d a feição p ol issémica d a o bra teatral. A au to ra d e ste liv ro, Sílvia Fernan des , contr ibuiu para a ideali zação e execução d esse sistema d e d ocum entação do teatro contemporân eo. Há, em se u tra balho, como afir m a, o " acen to documental". A s fontes a que se re fere, contudo, não são pretéritas. For am concebidas so b m edida para sincronizar- se com o objeto de estu do, o es petá culo que n asce experimentalm ente no so lo teatral, sem a m ediaç ão d e um te xto p ré-concebido p o r um único au to r. Não p o r acaso a p esquisad o ra esco lheu, entre as m últiplas ver te ntes es té ti cas d a d éc ad a de 70, a dos grupos d e criação col etiva. São estes que, ao prescindir d a p eça d e teatro, radicali zam a evi d ên cia d o d esempenho. Cons truindo os es petá culos no es paço e n o tempo, assimilando as d ifer enças d á subjetividade d e ca da p articipante, con fer indo a qualq uer esp aço o atrib u to do es paço cénico, estes grupos re leva m in te n cio nalmen te o corpo, o es p aço e a so norida de. Constituem assim uma formalização privi legiada p ara pôr à p ro va um sistema d o cumen tal que se p ropõ e a avançar além d a fonte escrita. Q ua ndo to do s são "au tores, cenógrafo s, figurinist as, ilu m inad o res, so noplas tas e prod utores d o es p etáculo " , o fenômeno que se ap resen ta à o bservação do hi storiad or é um concer to de sig no s ve rbais, vis uais e so noros que não pode reverter-se, para efeit o d e análise, ao m ero rraj eto en tre texto e es petáculo.

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Estabelece-se neste tr ab alho uma consonânci a en tre os procedimento s do s grupos d e cri ação coletiva e um m ét odo inv es tig ativo basead o na permanente atualiza ção dos suportes documentais. Sab emo s bem - hélas - que a vertige m dest a era tecnol ógica tr an sfigura a cada di a os meio s onde se in screve a informação. Seriam o u t~os, h o je, o s recurso s ade qua dos p ara o registro da m anifestação cênica. É preciso ap ressar o p asso . N o entanto a atitude in vestigativa de re ver as fontes, de observar o percurso que, entre o pro jet o e a o b ra, é medi ad o por um m odo de produção hist órico, deixa aberto um lugar p ar a a atua lização. D o m esmo modo, os gr upos d e criação coletiva reser varam uma clareira p ar a qu e, so b a forma de im proviso, o espetá culo assimilasse o m omento presente.

Mariângela Alves de L ima

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Apresentação

Exercícios da livre criação

O s grupos analisado s por Sílvia Fernandes caracterizam-se an te s de mais nad a pelo p_redomíniº_2 ~ p ~~ s~_~