Giro linguistico y historia intelectual
 9789879173237

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ELÌAS JOSÉ PALTI

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O H M MIMIMI Stanley Fish, Dominick L acapra, Paul Rabinow y Richard Rorty

"GíieM&MIotf'éNMoii* Matad PaDi, EUm Jasé 306/P188g/ NB36830

" ¿D e b e ría la h isto ria in telectu al lingüístico” ?, se preguntaba más de una década, en un ensayo u.

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lizar el célebre debate en tre Habermas y Gadamer.

Podría decirse que en el trabajo de Elias Palti hay un eco de esa interrogación, al seguir las líneas por donde ha transitado desde entonces la historia in­ telectual norteamericana. El estudio descubre una dinámica en el curso abierto por el “giro lingüísti­ co” en virtud de la cual el análisis histórico de las significaciones habría ganado, si no en ve rda d (concepto que Palti asocia con la idea de un fin, desenlace o destino último hacia el cual todo este proceso se; encamina necesariamente), sí al menos ■ en autorreflexibilidad. Los textos de Stanley Fish, Dominik LaCapra, Richard Rorty y Paul Rabinow, que integran la antología conique el autor comple­ menta su trabajo, son ilustrativos a este respecto. Se trata de un conjunto de lúcidos análisis que, desde perspectivas muy diferentes entre sí, aparecen'animados por una misma.vocación: convertir en objeto de análisis la propia crítica y desmontar, así los presupuestos epistemológicos e instituciona-' les en que la crítica, en tanto.práctica, se sostiene.

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Elias José Palti, doctor en historia de la Universidad de California en Berkeley, se desempeña como do­ cente en la Universidad Nacional de Quilines y como investigador del c o n ic e t . Artículos suyos han aparecido en prestigiosas revistas especializa­ das de la Argentina, Australia, España, Esraclos Unidos, Inglaterra, Israel y México. Estuvo tam ­ bién a cargo de la introducción a Populismo p o s m o ­ derno, publicado en esta misma colección.

ISBN 9 7 8 -9 8 7 -9 1 7 3 -2 3 -7

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306 P188g

“Giro lingüístico”, e historia intelectual, Elias José P alti Sobre la individualidad y tas • formas sociales. Escritos escogidos, Georg Simmel

Historia y representación, José Sazbón

Para leer a Raymond Williams, M aría E. Cevasco

Vidas beligerantes. Dos mujeres argentinas, dos protestas y la búsqueda de reconocimiento, Javier Auyero

La política en las calles. Entre el voto y la movilización. Buenos Aires, 1862-1880, H ilda Sabato Memorias de la pampa gringa. Recuerdos de Primo Rivolta, Luis Bellini y Camila Cugino de Priamo, Luis Priamo

Sobre los principios. Los intelectuales caribeños y la tradición, Arcadio Díaz Quiñones

“G iro lingüístico” historia intelectual

FLACSO - Bibiiote

U N I V E R S I D A D N A C I O N A L DE Q U 1 I . M E S R ecto r G u s ta v o E d u a r d o L ug o n es V ic e r r e c t o r M a r i o E. L o z an o

Elias José Palti flA CSCì - Biblioteca

“Giro lingüístico” e historia intelectual

S ta n le y Fish, D om inick LaC apra, Patii R abinow y R ichard Rorty

U n iv ersid ad N a t io n a l ( I f ( ¿ t u l U K 'S

Edit« »rial B e rn a l, 2 0 1 2

Intersecciones Colección dirigida por Carlos Altamirano P alti, Elias José G iro lin g ü ís tic o e historia i n t e l e c t u a l . - l a ed. l a r e im p . - B e r n a l : U n iv e r s id a d N a c io n a l de Q u ilin e s , 2 01 2 3 4 0 p. ; 2 0 x 1 4 cm . - (In te r se c c io n e s / C arlo s A lt a m i r a n o ) ISBN 9 7 8 -9 8 7 - 9 1 7 3 - 2 3 - 7 1. S o c io lo g í a ile la C u ltu ra. 1. T ít u lo . C D D 3 06

S e r e p r o d u c e n , c o n la a u t o r i z a c i ó n c o r r e s p o n d i e n t e , los s i g u i e n t e s a r t í c u l o s : P a u l R a b i n o w , “R e p r e s e n t a t i o n s a r e S o c i a l F a c t s : M o d e r n i t y a n d P o s t - M o d e r n i t y in A n t h r o p o l o g y ”, © U n i v e r s i t y of C a l i f o r n i a Press, 1 98 6 . S t a n l e y F ish , “ Is t h e r e a T e x t in t h i s C l a s s ? ” , © H a r v a r d U n i v e r s i t y P r e s s , 1 98 7 . D o m i n i c k L a C a p r a , “R e t h i n k i n g I n t e l l e c t u a l H i s t o r y a n d R e a d i n g T e x r s ” , © W e s l e y a n U n i v e r s i t y , 1980. R i c h a r d R o r t y , “ R e l a t i v i s m : F i n d i n g a n d M a k i n g ”, © R i c h a r d R o r t y , 1 6 9 8 . 1 e d i c i ó n , 19 9 8 l'1reim p resió n , 201 2

© E li a s Jose P a lti. 1998 © U n iv e r s id a d N a c io n a l de Q u ilin e s . 1998 U n iv e rs id a d N a c io n a l de Q u ilin e s R oque S á c n z P eñ a 352

ISBN: 9 7 8 - 9 8 7 - 9 1 7 3-2 3-7 Q ued a h e c h o el depósito que m a r e a la

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1. L a p r o b le n v a tiz a c ió n d e l “c o n t e x t o d e e m e r g e n c i a ” D e la “h is t o r ia de las id e a s ”a la “c u lt u r a c o m o t e x t o ” 2. La p r o b le n v a tiz a c ió n d e l “c o n t e x t o d e r e c e p c i ó n ” A n t r o p o l o g í a y “h e r m e n é u t i c a p r o f u n d a ” ............................................................ 3. El “c o n t e x t o m e t a c r í t ic o ” y la p r o b le n v a t iz a c ió n i m p e n s a b l e ............... U n t e x t u a lis m o sin t e x t o ................................................................................................... T r o p o s , m etatro p w s y a b s u r d i s m o ................................................................................. ¿El m a r x i s m o en el M a e l s t r o m t e x t u a l i s t a ? ......................................................... ¿ M á s a l l á d e l re la tiv is m o y d e l o b j e t i v i s m o ? ...................................................... C o n c l u s i ó n ........................................................................................................................................

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1. A n t r o p o l o g í a Las r e p r e s e n t a c i o n e s s o n h e c h o s s o c i a l e s : m o d e r n i d a d y p o sm o d er n id a d en antropología P a u l R a b i n o w ..................................................................................................................................

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Prólogo

“ ...En a q u e l I m p erio , e l A r r e d e la C a r t o g r a f ía logró tal P e rfe c ­ c i ó n q u e el m a p a d e u n a so la P r o v in c ia o c u p a b a to d a un a C i u ­ d a d , y el m a p a d e l im p e r io , to da u n a P r o v in c ia . C o n el tiem p o , esos M a p a s D e sm e s u r a d o s n o s a tis fa c ie r o n y los C o le g io s de C a r ­ tó grafo s le v a n t a r o n u n M a p a d e l Im p e rio , que' t e n ía el t a m a ñ o d e l Im p erio y c o i n c i d í a p u n t u a lm e n t e c o n él. M e n o s A d ic t a s al E s tu d io d e la C a r t o g r a f í a , las G e n e r a c i o n e s S i g u i e n t e s e n t e n ­ d i e r o n q u e ese d i l a t a d o M a p a era I n ú til, y n o sin I m p ie d a d lo e n t r e g a r o n a las I n c l e m e n c i a s del S o l y d e los In viern o s. En los d e s ie rto s del O e s te p e r d u r a n desp ed a za d as las R u in a s del M a p a , h a b it a d a s por A n i m a l e s y p o r M e n d ig o s ; e n to d o el País n o h a y o tr a r e liq u ia de las D is c ip lin a s C a r to g r á fic a s ." ( j o r g e L. B o rges, D e l r i g o r e n la c i e n c i a )

Relatividad, la conocida litografía de Escher de 1953, creo, expresa bien la idea riel trabaje». Se trata, según se ve, de una especie de labe­ rinto de escaleras, transitado por hombres sin rostro, como muñecos sin vida, de los que no se puede decir verdaderamente que caminen, sino, más bien, que son arrastrados por las escaleras. La impresión general es la de una maraña de escalones sueltos poblados de autóma­ tas que no saben ni de dónde vienen ni a dónde van. Quien observa

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el cuadro no puede menos que sentirse desorientado. Las escaleras se entrecruzan y superponen, pero no se comunican realmente; ascien­ den, pero no puede decirse que existan diversos niveles en el cuadro, porque todos se ubican sobre un mismo plano bifurcado. Lo único que ofrece cierta profundidad a la composición es algo com pletam ente contingente a la misma, como lo es la lejanía o cercanía de los diver­ sos planos respecto del observador. Sin embargo, existe allí un cierto orden presupuesto, un cierto con­ cepto espacial subyacente. Creo que fue Stanley Kubrick quien prime­ ro trabajó en el cine ese efecto de la relatividad de los espacios. En la nave de 2001 . O d i s e a del espacio (1968) se representan distintos nive­ les, pero todos se encuentran colocados sobre un mismo eje; en cada uno de ellos sim p lem en te se alteran las coordenadas (las que en condicioties de ingravidez se vuelven indistintas): lo que antes era el piso, ahora es una pared, la pared se convierte en techo, y el techo en otra pared, y así sucesivamente con los distintos niveles. Para quienes habitan cada uno de estos “nichos”, esto no hace ninguna diferencia; sólo pueden mostrar desorientación en el momento en que deben des­ plazarse de uno a otro nivel a través de una especie de “ascensor” cir­ cular (que sólo gira en redondo llevando de un nivel a otro). Pero esta perturbación se disipa tan pronto como se ubican en un mismo eje de referencia dentro del nuevo sistem a de coordenadas. Lo mismo sucede con los muñecos de Escher. No parece que ellos compartan la turbación de quien los observa. Ellos se mueven perfectamente dentro de su ámbito, aunque, en su caso (dadas las condiciones de gravidez en nuestro múñelo sublunar), no pueden trasladarse de uno a otro. El horizonte al que cada uno converge es siempre una puerta o abertura, que conduce a otra de las dimensiones posibles. Pero ellos sim ple­ mente no pueden atravesarla (todos los muñecos dibujados van o vie­ nen en dirección a aquéllas, pero ninguno se encuentra en el mismo punto de alguna de las aberturas), porque éstas señalan los puntos de bifurcación en que lo que, para quienes se encuentran situados en un determinado nivel, es una puerta, pero para los del nivel contiguo sim­

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plemente no representa nada, o nada inteligible al menos: la bisagra se encuentra, desde su perspectiva, en el piso, no hay forma de pararse en lo que se ha convertido en una pared l a t e r a l... La idea de “relatividad” es perfectamente adecuada, y, sin embargo, engañosa en relación con este trabajo, porque tal idea tiende a suge­ rir la de un sin sentido. Como se representa en ese cuadro, la falta de un destino último para nuestros muñecos parece dejarlos atrapados en un laberinto de escaleras que no conducen a nada. Podríamos, quizás, como en el caso de 2001, concebir la posibilidad de diseñar un ascensor circular o shifter que les permitiese moverse de un nivel a otro; pero eso, aparentemente, no cam biaría nada para ellos, puesto que, salvo la diferencia en cuanto a las coordenadas espaciales respec­ tivas, no habría ninguna asimetría fundamental entre los distintos nive­ les. A l cabo, se encontrarían en un ámbito distinto al anterior, pero, básicamente, en la misma situación de antes. Así y todo, el desplaza­ miento no habría sido inútil. Al menos esto es lo que sugiere el presente estudio. Una idea más clara al respecto quizás nos la ofrezca otro cuadro, esta vez de Rothko. Se trata de un cuadro absolutamente en blanco. U no en el que no hay nada que ver o descubrir, ni una m ancha, ni siquiera tina muesca en la tela o algún vestigio del trazo del pintor. Indudablemente, una obra tabdifícilmente hoy escandalice a alguien. Por el contrario, la misma se encuentra expuesta en un prestigioso museo. A parece más bien como un gesto vanguardista tardío que, como dice Peter Bürger, lejos de denunciar el mercado artístico, lo refuerza.1 Sin embargo, obras o “gestos” vanguardistas tales portan aún vestigios de su carácter revulsivo originario. Dicho llanam ente, quienes lo observan no pue­ den, todavía hoy, dejar de preguntarse aquello que, a esta altura (des­ de Marcel Duchamp en adelante, digam os), se supone que ya nadie 1 Peter Bürger, Th e crry o f Av t mt - Ha rd e , tracl. d e M . S h a w , M a n c h e s te r , M an c h e ste r 1984. p. 52 [trad. c a s t e l l a n a : T e o r í a d e la v a n g u a r d i a , B a rc e lo n a ,

L J n iv e r s ity Press, P e n í n s u l a , ]987|.

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puede cuestionarse ante un cuadro: si eso (en este caso, esa “nada”) es “una obra de arte”. En definitiva, si la pregunta perdió vigencia no es porque hayamos hallado la respuesta a la misma, sino, por el contrario, porque ésta se ha vuelto insoluble. Dicho ahora menos llanamente, es indudable que con un cuadro como el mencionado, absolutamente blanco, la crisis del concepto de la representación artística alcanza su límite último, su punto de saturación, aquel en el que el propio con­ cepto del arte comienza a disolverse. Los orígenes de este proceso pueden rastrearse, en realidad, dos siglos antes, cuando comienza a corroerse el suelo teórico en el que se sostenía el clasicismo. Con él se conmueve también el sistema de la “representación”. LJna suerte de “giro antropológico” en los modos de concebir el objeto y sentido del arte comenzaría a fines del siglo xvill a desalojar el afán clásico de copia de la realidad exterior “objetiva” del sitial de meta última de la representación artística para colocar en el mismo la búsqueda de la “expresión”, por parte del artista, de sus sentimientos e impresiones subjetivas. Estamos, sin embargo, muy lejos aún de nuestro “cuadro en blanco”, salvo que quisiéramos ver en él (como el propio Rothko alguna vez sugirió) la expresión de alguna suerte de “Nada existencial”, ti algo por el estilo, una idea, en reali­ dad, demasiado decimonónica como para satisfacer completamente a un observador contemporáneo. Un punto de referencia algo más cer­ cano a nuestro cuadro lo marcaría el nacimiento dci expresionismo y la pintura abstracta. Este, según señalara M alevich en su manifiesto “suprematista” (la “teoría de la no-representaciém”), habría señalado una reorientación en el arre que lleva desde lo representado (sea ésta la realidad exterior o interior) al acto mismo de la representación. U na nueva conciencia se manifestaría allí respecto de la materiali­ dad del medio de la reflexión!. El propio acto de la creación ganaba así densidad y cobraba expresión! en el mismo hecho artístico. No es que éste hubiera estado ausente antes; no faltan las alusiones al mismo en las obras, ni incluso los retratos de artistas pintando. Pero no se trata­ ba ya de esto. En el régimen de la representación! el pintor puede obje­

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tivarse y retratarse a sí mismo como a un otro, pero no puede, aun así, representar ese mismo acto de su propia representación (el que, sin embargo, siempre se encuentra presupuesto en su propia realización, la obra): como sugiere Las M en in a s (según la ya clásica interpretación de Foucault en Las palabras y las co sa s) , para aparecer en el cuadro, el pintor debe dejar de pintar, y viceversa, para pintar (y pintarse), debe salir del cuadro. Es cierto que se puede alegorizar en él dicho acto o remitir figurativamente al mismo (como ocurre, por ejemplo, con los espejos de M anet), pero sc>lo el expresionismo y la pintura abstracta ofrecerían al artista el modo de hacerse “presente” como tal en su mis­ ma ohra. La falta de un “m otivo” en el cuadro obliga entonces a dirigir la atención hacia el acto de la representación (el pintar, antes que lo pintado). El arte se repliega, de este modo, sobre sí, haciendo manifies­ ta su propia materialidad y normatividad inmanente. Pero, ¿qué tiene esto que ver con nuestro cuadro? ¿Cómo puede expresar un artista su actividad en un cuadro en blanco, es decir, en lo que es su negación? ¿No es éste, más bien, el fin del arte? ¿Cómo podría, a partir de enton­ ces, reconocerse una obra de arte auténtica y distinguirse de las otras llamadas “menores”? Quizás la respuesta esté contenida perform ativ am ente en la misma pre­ gunta, es decir, no en el contenido de la misma, sino en el mismo hecho de la interrogación. El cuadro en blanco, posiblemente, nos está propo­ niendo simplemente eso, obligándonos a preguntarnos dónde comienza y termina el arte. Porque sólo mediante un cuadro absolutamente en blanco el sistema de la representación puede representarse a sí mismo, ya no como una actividad individual, sino como institución. El cuadro en blanco no intenta imponer un “estilo”, que se opondría a otros “esti­ los”, sino que nos obliga a pensar en cuestiones tan básicas, y quizás incluso ingenuas, pero siempre conflictivas y perturbadoras como, por ejemplo, quién decidió colgarlo en un museo, quién puede comprarlo o venderlo, quién, en fin, puede decidir que el que “pintó” eso (es decir, nada) es un auténtico “artista” (y quizás hasta un “genio”)- En síntesis, éste aparece como un índice invisible apuntando hacia esa trama de

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relaciones sociales que se encuentra por detrás de él, la dimensión institucional del arte como práctica, los modos de producción, apropiación, circulación y consagración de las obras en tanto que “capital social acumulado” (es decir, en palabras de Bourdieu, como c a m p o en el que se producen e intercambian bienes simbólicos). No estoy muy seguro de que la respuesta sea aún del todo plausible. De todos modos, sirve para ilustrar la hipótesis que orienta el trabajo que sigue. Llegado a este punto límite (el cuadro en blanco), la crisis del sistema de la representación parecería dejamos ya sin orientaciones objetivas para evaluar una obra, es decir, nos sumiría en el relativismo más completo. A lgo parecido habría ocurrido con la crítica a partir del “giro lingüístico”. Así, al menos, afirman sus críticos (y también algu­ nos de sus defensores). No es ésta, sin embargo, la conclusión a la que conduce el cuadro que se pinta aquí. Según se expone en el presente estudio, el proceso de corrosión del sistema de la representación (que recorre por igual al conjunto de las disciplinas humanísticas) no es un movimiento en el v acío. En sus pliegues y repliegues nos irá revelando una dinámica en que la crítica iría ganando, si no en “verdad” (con­ cepto que supone un cierto telos o destino último h acia el cual todo este proceso tiende a converger), sí al menos en autorreflexividad. Los distintos planos del laberinto textualista no señalan aquí tampoco, como en el cuadro de Escher, un curso ascensional, pero sí muestran la posibilidad, en nuestra esfera sublunar, de desplazar los puntos de mira y volver objeto de crítica aquellos que hasta entonces aparecían como supuestos «críticamente aceptados como válidos, dibujando en su transcurso un diseño bastante más complejo que el concebible según el modelo del “circuit) hermenéutico” y más afín a lo que Piaget llamó los mecanismos de “rebosamiento”. Este permanente repliegue de la críti­ ca sobre sí misma para disolver sus anteriores certidumbres derrumba, en fin, toda idea de “progreso” en el sentido de acumulación de saber, pero, al mismo tiempo, sugiere la idea de una cierta direccionalidad (o ve cc ió n, según la expresión de Bachelard) al pensamiento que no presu­ pone ya ni un principio originario ni un fin último.

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Esto último sería igualmente aplicable al presente “giro lingüístico”. Contra lo que afirman (o suponen, muchas veces, im plícitam ente) sus cultores, tampoco el des-cubrimiento de la “lingüisticalidad” señala­ ría el alumbramiento de una verdad al fin revelada. Su punto de fisu­ ra inherente se nos hará manifiesto cuando éste se convierte en una metacrítica y se introduce (como en el caso de nuestro cuadro en blanco) en el nivel de - e intenta tematizar—sus propias condiciones institucionales de posibilidad. Com o veremos repetirse en las distin­ tas disciplinas analizadas, llegado a este punto, este “giro lingüístico” habrá de enfrentarse a una serie de aporías (en apariencia, insolubles dentro de sus marcos). El “cuadro en blanco” al que el concepto de la “lingüisticalidad” parece aquí conducir (ese punto lím ite en la crisis del régimen de la representación) quizás señale la salida al laberinto de Escher (allí donde todo sentido se pierde y toda idea de un referente se disuelve); más probablemente, sin embargo, se trate sólo de un nuevo recoveco, una puerta más en el sistema de sus bifurcaciones. De todos modos, los desplazamientos producidos por este “giro lingüístico” no habrían sido por ello inútiles; como veremos, el mismo ha venido a desenvolver una problemática que difícilmente pueda ya ignorarse. Su punto de llegada es el intento ele tematizar los fundamentos epistémico-institucionales que- sostienen a la crítica como práctica, de pensar la crítica como institución.Y es precisamente éste el punto en que el “giro lingüístico” se volvería contradictorio consigo mismo. Ponqué, como señale» Bourdieu,2 tóela práctica, para ser viable, debe permanecer ciega a sus propios presupuestos, en este caso, la contingencia de los funda­ mentos de su saber específico, que es exactamente ae[uello que, como se verá, el “giro lingüístico” termina por tornar visible e intenta hacer objeto de análisis crítico. En definitiva, mientras que diversos autores

: Se trataría, s e g u ii Bourdieu, de u n a c e g u e r a e p iste m o ló g ic a d e raíz o n to lo g ic a , es decir, c o n stitu tiv a de la misma en ta n to q u e a c tiv id a d social. V é a s e P ierre B ourdieu, L e ç o n s s u r la l e ç u n , Paris, Les Editions des M i n u i t s , 1982, p. 56.

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suelen identificarlo como una suerte de reforzamiento de la instan­ cia hermenéutica (muchos incluso lo designan indistintamente como “giro interpretativo”), las páginas que siguen intentan mostrar por qué el presente “giro lingüístico” nace justamente a partir de la crisis de las hermenéuticas tradicionales (debidamente actualizadas por Gadamer y Ricoeur), cuál es su contribución específica, y cuáles, en fin, sus lim ita­ ciones inherentes.

El presente estudio fue originalmente concebido como una introduc­ ción a una antología de textos que trazaba una serie de debates pro­ ducidos recientemente en los Estados Unidos.3 Se trataba de una serie

‘ Los trabajos o r ig in alm e n te previstos eran los siguientes: Rich ard B e r n s te in , “O n e S t e p F orw ard, T w o S te p s B a c k w a r d : Rorty on Lib eral D em o cracy and P h ilo s o p h y ”, en P o l i t i c al T h e o r y , 15.4, n o v i e m b r e de 1987, p. 5 3 8 -5 6 5 [reimpreso en T h e N e w C o n s t e ­ l l a t i on : T h e Et h i ca l - Pol i t ic al H o r i z o n s o f M o d e r n i t y , C am b r id g e, Mass., T h e M IT Press, 1 9 9 2 , pp. 2 30 -2 5 7]; y “N ie t z s c h e or A risto tle? R e f le c t io n s on A la s d a ir M a c I n t y r e ’s A f t e r Vi r t u e ”, en Soundings, I.XVll. 1, primavera de 1984, pp. 6-29. Jam es C liffo r d , “O n E th n o g r a p h ic A u t h o r i t y ”, R e p r e s e n t a t i o n s , 1.2, 1983, pp. 118-146 [reim preso e n T h e P r e d i c a m e n t o f C u l t u r e . T w e n t i e t h - C e n t u r y E t h n o g r a p h y , Li terature, a n d Art, C a m b r id ­ g e, M ass., H arvard U n i v e r s i t y Press, 1988, pp. 2 1-54 ). S t a n l e y Fish, “Is T h e r e a T e x t in th is Class?”, is T h e r e a T e x t in Thi s Class?, C a m b r id g e , C am b rid g e U n iv e r s i t y Press, 1 98 0 , pp. 3 03-321 ( a q u i r e p ro d u c id o ). Clifford G eertz, “Distinguished L e c t u r e : A n r i A n t i - R e l a t i v i s m ”, A m e r i c a n A n t h r o p o l o g i s t , 8 6.2, ju n io de 1984, pp. 2 6 3 - 2 7 8 . Eric D. I lirsch, Jr., “T h e P olitics of Interpretation”, en W . J. T . M itc h e ll (co m p .), T h e Politics o f I n t e r p r e t a t i o n , C h ic a g o , T h e U n iv e rsity of C h i c a g o Press, 1983, pp. 3 2 1 -3 3 4 - D avid C o u s e n z H o y, “V a l i d i t y a n d t h e A u t h o r ’s I n t e n t io n : A C r itiq u e of E. D. H irsch ’s H erm eneu tics”, T h e C r i t i c a l C i r c l e , Berkeley y Los A n g e le s , U n iv e rsity of C a l if o r n i a Press, 1978, pp. 11-40. Fredric J am eson , “Figural Relativism ; or T h e P o e tic s of H is ­ t o r io g r a p h y ”, Di acrit ics, 6 , p r im a v e r a de 1976, pp. 2-9 [reimpreso en T h e I d e o l o g i e s of T h e o r y . E s s ay s 1 9 7 / -1 9 8 6 , M in n e a p o lis , U n iv e rs it y of M in n e so ta Press, 198 8 , I, pp. 1 5 3-166J. D o m in ick L a C a p r a , “A Poetics of H isto rio g rap h y : Hayden W h i t e ’s T r o p i c s oj D i s c o u r s e ”; y “M a r x is m in th e T e x tu a l M ae ls tro m : Fredric Ja m e so n ’s T h e Political

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de intercambios polémicos que tuvieron lugar entre diversos autores y que involucraban cuestiones referidas a la teoría y a la metodología de estudio en historia intelectual (y las disciplinas humanísticas, en general) luego del llamado “giro lingüístico”. La introducción original se expandió, al mismo tiempo que la antología se vio drásticamente reducida por razones editoriales. El objeto primitivo con que fue pen­ sado este trabajo explica algunos de los'recortes que en él se realizan, es decir, por qué se concentra éste en ciertos autores en particular y no en otros cuya ausencia el lector podrá extrañar, ya que, probablemen­ te, hubieran debido estar, si de lo que se trataba era de dar una pers­ pectiva global de los presentes debates teóricos en los Estados Unidos. De todos modos, y asum iendo la relativa arbitrariedad del recorte realizado (a la que la falta de la antología originalmente prevista hace aparecer más claramente como tal), el panorama que se ofrece aquí es lo suficientemente comprehensivo como para mostrar la tónica gene­ ral de dichos debates y exponer los puntos centrales de controversia. Por otro lado, si los autores tratados no son los únicos relevantes para este estucho, sí representan puntos de referencia obligados para an ali­ zar las distintas tendencias críticas hoy presentes en ese país. En cuan-

U n c o n s c i o u s ”,. ambos en R e t h i n k i n g I n t e l l e c t u a l H i s t o r y : T e x t s , C o n t e x t s , L a n g u a g e , Ith a c a y Londres, C o r n e ll U n i v e r s i t y Press, 1990, pp. 7 2 - 8 3 y 234 -2 6 7, r e s p e c t iv a ­ m e n te . A la s d a ir M a c In ty r e , '‘B e r n s t e i n ’s D istortin g M irro rs: A R e jo in d e r ”, S o u n d i n g s , i.x v ii.l, p rim a v e ra de 1 9 8 4 , pp. 30-41. Paul R a h i n o w , “R e p re se n ta tio n s A r e S o c i a l bacts: M o d e r n ity and P o s t - M o d e r n ity in A n t h r o p o l o g y ”, e n Jam es Clifford y G e o rge M arc u s (co m p s.), W r i t i n g C u l t u r e , B erk e le y y Los A n g e l e s , U n iv e rsity o f C a l if o r n ia Press, 1986, pp. 234-261 ( r e p r o d u c id o en este v o l u m e n ) . R ic h ard Rorty, “T h u g s an d T h e o rists: A R eply to B e r n s t e in ”, Political T h e o r y , 18.4, n o v ie m b re de 1987, pp. 5 64580. H a y d e n W h it e , “T h e A b s u r d is t M o m e n t in C o n t e m p o r a r y L iterary T h e o r y ”, C o n t e m p o r a r y Lite rat ure, 7 .3, 1976 [reimpreso en T r o p i c s o f ¡Discourse. E s s a y s in C u l ­ tur al C r i t i c i s m , B altim o re y L o n d re s, T h e Joh n s H o p k in s Press, 1978, pp. 2 6 1 - 2 8 2 ]; y G e t t i n g O ut of History: J a m e s o n ’s R e d e m p tio n ot N a r r a t i v e ”, Diacritics, 12, o to ñ o de 1982 [reim preso en Phe C o n t e n t o f the F o r m . N a r r a t i v e I Discourse an d Hi s to r i c al R e p r e ­ s e n t a t i o n , B altim o re y L o n d res, T h e J o h n s H o p kin s Press, 1982, pp. 142-168],

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to a la expansión de lo que era la introducción original, esto se debió no a un abandono de su carácter de tal, sino, por el contrario, a que el mismo se fue interpretando en un sentido cada vez más literal, es decir, se fue convirtiendo en un intento de “introducción” al pensa­ miento de los distintos autores aquí discutidos, dirigido a un público al que se lo supone no necesariamente ya familiarizado con los mismos. De a llí que en cada sección la narración se detenga en la explicación de las ideas de cada uno de ellos, muchas veces al precio de desviar temporariamente la atención del eje fundamental que la articula, para volver a retomarlo algunas páginas más adelante. Partes de la presente introducción aparecieron en forma de artículos en Ent rep asado s, 4-5 (1 9 93 ), Daimon. Revista de Filosofía, 11 (1 995) y (1997), Logos. Revista d e Filosofía, 70 (1996), lsegoría, 13 (1 996) (en prensa); Revista I n te r n a c io n a l de Filosofía Política, 8 (1997) y Ágora. Papeles d e Filosofía, 15.1 (1996). A los editores de las mencionadas revistas agradezco su autorización para reproducir las secciones corres­ pondientes. Quiero tam bién agradecer a quienes hicieron posible la publicación de este libro, Oscar Terán, C arlos A ltam irano, M aría Inés Silberberg, y a los demás integrantes del plantel docente y de la editorial de la U niversidad de Quilmes. A T ulio Halperin Donghi, Hilda Sabato y José Sazbón, quienes leyeron pacientemente y dedica­ ron su tiempo a hacerme llegar sus comentarios a algunas de las tantas versiones preliminares de esta introducción. U na mención especial merece M artin Jay, en cuyos cursos tomé contacto por primera vez con gran parte del material aquí utilizado. Quiero dedicar este trabajo a Isabel (desde un largo, forzado, alejamiento) y a mis padres, por su permanente apoyo y paciencia. Elias J o s é Palti Berkeley, mayo de 1997

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“G iro lingüístico” e historia in telectu al

En 1980, Robert Darn ton trazaba un panorama sombrío de la situa­ ción de la historia intelectual norteamericana. En su artículo titulado “Intellectual and Cultural History”1 demostraba estadísticam ente la declinación de la subdisciplina en el ámbito académ ico de ese país, que atribuía al dislocamiento de los marcos conceptuales forjados por Arthur Lovejoy (* )2 y su escuela. A l año siguiente, W illiam Bouwsma3 discutía esta visión de Darnton señalando los efectos paradójicos que la crisis de la vieja “historia de las ideas”, articulada en torno al co n ­ cepto de la “idea-unidad”, había acarreado y que las estadísticas te n ­ dían a oscurecer. En su tránsito hacia lo que R ichard Rorty, en otro contexto, llamara “el más rico pero más difuso género de la intellectual

1 R o b e rt D a r n to n , “I n te lle c tu a l a n d C u lt u r a l H i s t o r y ”, o r ig in a lm e n t e p u b l ic a d o en M i c h a e l K ä m m e n (co m p .), T h e l ’as t B e f o r e Us : C o n t e m p o r a r y Hi s to r i c a l W r i t i n g in the U n i t e d St at e s , Ithaca, N u e v a York, 1980, y r e p r o d u c id o e n D arn to n , T h e K i s s o f L a m o u r e t t e . R e f l e c t i o n s o n C u l t u r a l H i s t o r y , N u e v a York, W . W . N o rto n &. C o ., 199 0 , pp. 1 9 1 -2 1 8 . 2 En a d e l a n t e , el asterisco ( * ) in d ic a los autores y e s c u e la s in c lu id o s en el a p é n d ic e bio-bliográfico. ' W i l l i a m J. Bouwsma, “I n te lle c tu a l H istory in t h e 198 0 s: From H istory of Ideas to H isto ry of M e a n i n g s ”, J o u r n a l o f I n t e rd i sc i p l i n a r y H i s t o r y , 12, 1981, re pro ducido e n A Us a b l e P a s t , k s s a y s in E u r o p e a n C u l t u r a l Hi st o r y, B e r k e le y , U n i v e r s i t y of C a li f o r n i a Press, 199 0 , pp. 136-347.

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history”,4 ésta había sufrido una metamorfosis que los datos aportados por Damton no alcanzaban a registrar. “Aunque la historia intelectual incluso ha declinado como especialidad, en otro sentido, nunca ha sido más im portante”, decía Bouwsma. Las mismas razones que habían desestabilizado sus anteriores premisas y abierto un profundo cuestionamiento interno, la llevaron también a expandir sus alcances bastan­ te más allá de los que hasta entonces aparecían como sus horizontes naturales de problemas. Expansión enriquecedora, dado que le permite nutrirse con el cruce de los más diversos registros; con ello, no obstan­ te, sus contornos y sentido como disciplina tienden a desdibujarse. Esta compleja situación se asocia al llamado “giro lingüístico”1 que com­ prende no sólo a esta especialidad. Desde que el lenguaje dejó de ser concebido como un medio más o menos transparente para representar

4 R o rty, “T h e H isro rio grap hy of P h ilo so p h y: Four G e n r e s ”, e n R o rty y S c h n e e d vvind ( c o m p s .) , P h i l o s o p h y o f H i s t o r y, C a m b r id g e , C am b rid g e U n í v e r s i t y Press, 1984, p. 68. En a d e l a n t e , las c itas de los texto s c a y o s tirulos ap arez c an e n in glés se e n t e n d e ­ rá que h a n sid o traslucido s al c a s te lla n o por mí. 1 El t é r m i n o “g iro lingüístico" t ie n e , e n realidad, un s e n tid o a lg o diluso. El mismo, según se a fir m a , lú e ac u ñ a d o por G u stav Rergm an n y, en p a la b ra s de R ich ard Rorty, c o m p re n d e a q u e l l a s teorías según las c u a le s “los problemas filosóficos son problem as que p ueden se r r e su e lto s (o disueltos) y a sea m edian te una refo rm a ele 1 lenguaje o b ien m e d i a n t e u n a m e jo r c o m p ren sió n d e l le n g u a je que u sam o s e n el p re s e n te ” (R o rt y [comp.|, T h e L i n g u i s t i c i urn, C h ic a g o , T h e Uníversity ot C h i c a g o Press, 1992, p. 3). En este s e n t i d o , lla m é m o s le “e s t r e c h o ”, d ic h o térm in o r e m i t ir ía a las filosofáis del len g uaje, las q u e , a su vez, se a so c ia ría n a la llamada “e sc u e la a n a l í t i c a ”. En un s e n ­ tido “a m p l io ”, q u e es el que to m are m o s c o m o base para el p re se n te trabajo, el “giro lin g ü ístic o ” se liga a la idea de que n u e stro c o no cim iento del m u n d o , según la ló rm ula de A. }. A y e r , “n o es factual, sino lin g ü ís tic o en su c ará cte r, n o describe el co m po r­ t a m ie n t o d e o b je t o s tísicos, o siq u ie r a m e n ta le s -e x p re s a d e f in ic io n e s , o las c o n s e ­ c u e n cias f o r m a le s de estas d e tin ic io n e s—” (A y e r, Language, I n t t h , a n d Logic, Londres, G o llancz, 1 9 4 6 , p. 35, citado por R o rty , ibid., p. 5). Segú n esta ú lt i m a defin ició n , pues, los estudios se c o n c e n t r a r ía n en los m odos de producción, a p r o p ia c ió n y c irc u la ció n social de s e n tid o s . La idea de que los m ism os pueden ac lararse (o diluirse) m e d ia n te una m ejo r c o m p r e n s ió n del le n g u aje es sólo una respuesta posible.

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una realidad “objetiva” externa al mismo, el foco de la producción historiográfica en su conjunto se desplazó decisivamente hacia los modos de producción, reproducción y transmisión de sentidos en los distintos períodos históricos y contextos culturales. “Ya no necesitamos historia intelectual porque todos nos hemos convertido en historiadores inte­ lectuales”, concluye Bouwsma.6 En realidad, para sus cultores, la serie de transformaciones relacio­ nadas con dicho “giro lingüístico” no se agota en una reformulación de los tópicos y áreas tradicionales de investigación. Importa, en pala­ bras de Geertz, una verdadera “refiguración del pensamiento social” en su conjunto' en el que las antiguas antinomias habrían perdido su sentido. La asunción del hecho de que la red de significados intersubjetivamente construidos no es un mero vehículo para representar realidades anteriores a ella, sino que resulta constitutiva de nuestra experiencia histórica, vendría finalmente a quebrar las polaridades de la antigua historiografía entre el sujeto y el objeto de estudio.s Lo radi-

'’ Bouwsma, “hrom H isto ry of Ideas”, A Idsi i hlc Plisc, p. 337. L aG ap ra es aun más enfático al afirmar q u e “todo histo riad or d e h e ser historiador in t e l e c t u a l ” (History and C'riiicism, l th a c a y L o n d res, C o rn e ll U n iv e r s it y Press, 1992, p. 1 1). 7 “Blurrcd G e n res: T h e R efiguratio n of S o c i a l T h o u g h t ” es p r e c is a m e n te el título de un artículo de Clitforcl Geertz o r ig in a l m e n t e ap arecid o en T h e A m e r i c a n Scholar, 2 9.2, p rim avera de 1 9 8 0 , y reproducido e n Local K m nv l ed ge , pp. 1 9 -3 5 . T a l “c o n tu ­ sión de géneros” afirm a G e e rtz que c o n s titu y e “un fenó m en o s u f ic ie n t e m e n t e general y distintivo com o para su ge rir que lo qu e e sta m o s p resen ciando no es sim p lem en te otro diseño del m ap a c u lt u r a l —el d e s p la z a m ie n to de unos pocos lím ite s e n disputa, la dem arcació n de a lg ú n lago de m o n ta ñ a m ás p in to re sc o —sino u n a a lt e r a c ió n de los principios cartográficos ( nui/t/nng)” (G eertz, Loca/ Ktioi vledge, p. 2 0 ). Para B ouwsma, la in te g r a c ió n de la h is to r ia in te le c tu a l en u n a “h isto ria de los sig­ nificados” no in v e r tir ía sim p le m e n t e las p o la r id a d e s del pasado e n tr e p e n s a m ie n to y realidad, ser y c o n c i e n c ia , etc ., sino que e v it a r ía toda forma de r e d u c c io n is m o im p u l­ sando un co n cep to in t e g r a t iv o de la r e a lid a d hisróiriea como e x p e r ie n c ia sign ificativ a en la cual “la in t e r p r e t a c ió n c reativ a de la e x p e r ie n c ia tam bién m o d e la a la m ism a” (A Usable Past, p. 343 ).

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cal ahora sería situarse en el plano mismo del lenguaje en que tanto el sujeto como el objeto pueden constituirse como tales. Lo que estamos testimoniando, sin embargo, no sería una “supera­ ción” de las viejas antinomias en el sentido (definitivam ente dé m o d é ) hegeliano, sino más bien una especie de golpe de caleidoscopio que abre a una nueva perspectiva en la que la anterior constelación de problemas habría perdido el suelo teórico en que se sostenía. Así, la quiebra de la ilusión, típicamente “moderna”, en la “objetividad” de nuestros sistemas de saber, no tendría ya por qué conducir a una recaída en un relativismo absoluto que tornase autocontradictorias las nuevas propuestas. En su introducción a Interpretive Social Science. A Reader, Paul Rabinow y W iliam S u lliv an expresan lo que es un sen­ timiento generalizado en este medio. “El giro interpretativo -como lo llaman estos autores- reenfoca la atención sobre las variedades concretas de significación cultural, en su particularidad y compleja textura, pero sin caer en las trampas del historicismo o del relativismo cultural en sus formas clásicas.”9 Algunos, sin embargo, como Ernest Gellner, no comparten las mismas expectativas respecto de la nueva historia intelectual, en la que ven tan sólo la más reciente oscilación del viejo péndulo que lleva rítm icam ente del positivismo-modernista al romanticismo-antimodemista, y viceversa.10 En la presente introducción se tratará de reseñar las líneas funda­ mentales por las que transita hoy la historia intelectual norteamerica­ na, dibujar una especie de mapa de la subdisciplina y de las distintas tendencias allí presentes" de un modo en que la naturaleza con tro9 Paul R a b in o w y W i l l i a m M. S u l liv a n , I n t e r p r e t i v e So c i al S c i e n c e . A Header, B erk e ­ ley, U n iv e r s it y of C a l if o r n i a Press, 1979, p. 4. 10 Ernest G e l ln e r , e n S p e c t a c l e s a n d P r e d i c a m e n t s (C a m b r id g e , C a m b r id g e U n iv e r ­ sity Press, 1 9 7 9 ), d e sarro lla esta a n t in o m i a e n térm inos de v a l i d a c i ó n versus e n c a n t a ­ m i e n t o . V é a se t a m b i é n , de este autor, R e l a t i v i s m a n d the S o c i a l S c i e n c e s , C am b ridg e, C am b rid g e U n i v e r s i t y Press, 1985. 11 A q u í h a b re m o s de en te n d er el t é r m i n o I nt e l l e c tu al H i s t o r y se g ú n su interpretac ió n más c o r r ie n t e , es d ecir, como re fir ie n d o no al co n ju n to de la p ro d u c c ió n relativa

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vertida de los temas en cuestión quede en relieve; evitando, en fin, allanar las aristas conflictivas de los presentes debates. No habremos incluso de descartar a priori la sospecha de que, contrariam ente a lo que postulan Rabinow y Sullivan, la n u eva historia intelectual pueda quedar finalmente, una vez más, atrapada en las dicotomías propias de las filosofías de la “modernidad”. Pero tam bién veremos por qué, aun en dicho caso, el presente “giro lingüístico” habría vuelto ya impen­ sable un simple regreso a certidumbres que el mismo vino definitiva­ mente a problematizar.

a tem as J e h iste r ia J e las ideas, sino, más e s t r i c t a m e n t e , a un se g u n d o n i v e l J e concep tualizació n c o n c e r n i e n t e a la reflexión so h re a q u e l l a s cue stio n e s re” skinneriano parece, paradó­ jicamente, tornarse prácticamente indistinguible de su contrario; de hecho, terminaría integrándose, malgrc luí, al movimiento general hacia el textualismo radical. Y ello plantearía una serie de problemas dentro del contexto de la teoría skinneriana del sentido. U na vez que la relación entre texto y autor, lenguaje e intenciones, en fin, entre la obra y su co nt exto de em ergencia se ha problematizado, surgen (o re-surgen) necesariamente

14 “Por supuesto, n o p odem o s esperar p o n e r n o s en los zapatos d e los a g e n te s pasados, menos aun en sus m e n te s. Pero de ello n o se sigue que n o p o d a m o s recobrar las in tenciones con las c u a l e s sus expresiones fuero n realizadas, y por lo t a n t o q u é qu isie­ ron decir con las m ism a s. La razón es que las i n t e n c i o n e s con las c u a le s a lg u ie n lleva a cabo un acto de c o m u n i c a c i ó n deben, e x hxfM)th.esi, ser p ú b lic a m e n t e legib les |...], des­ de que el sentido d el e p iso d io es e n te r a m e n t e p ú b lic o e in tersu b jetiv o , n o se requiere para ello nada p a r e c id o a u n a ‘e m p a tia ’” (M e tm m g a n d Context, p. 2 7 9 ) .

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el tipo de cuestiones propias de toda hermenéutica de los significados: la de delimitar qué es lo que puede legítimamente decirse respecto de un texto dado y qué no. Si el “sujeto intencional” no coincide ya con el “sujeto biográfico”, se quiebra también así la regla metodológica fun­ damental de Skinner: no decir nada que, en principio, el mismo autor no pudiera haber aceptado. Bien podría ser, entonces, por ejemplo, que Petrarca hubiera efectivamente fundado el Renacimiento, que, si bien es verdad que es absurdo imaginar a Petrarca diciendo: “¡Estoy fun­ dando el R en acim ien to !”, ello podría deberse no a que no fuera cierto sino, más simplemente, al hecho de que era imposible para él tener conciencia plena del sentido “o b jetivo” de su propio accionar.11 El problema que aquí surge es que, una vez que la “intencionalidad obje­ tiva” del autor se torna, ella misma, en objeto de interpretación, ya no habría instancia extradiscursiva alguna frente a la cual contrastar las distintas interpretaciones (y respecto de la cual identificar los ana­ cronismos y mitologías y lim itar su alcance). Lo que necesitaríamos aquí, pues, a fin de llenar el vacío dejado por la quiebra del principio skinneriano, es una “hermenéutica profunda” que nos muestre la for­ ma de acceder al universo semántico intersubjetivamente compartido de una época o cultura dada y objetivamente encarnado en artefactos culturales, conductas e instituciones por el cual un determinado texto se toma inteligible y se hace legible, es decir, que nos permita volver las condiciones y el contexto de su r e c e p c i ó n en objeto de análisis. Y, para ello, la crítica deberá volverse autorreflexiva, comenzar a tematizar sus propias c o n d i c i o n e s de pro ducció n. De ello precisamente se encargaría la antropología cultural que inicia Geertz. |S De h e c h o , el J e c i r de P etrarca q u e “fu n d ó el R e n a c i m i e n t o ” es, co m o proposi­ ción, e s tr ic ta m e n t e c o rr e la tiv a a la a f ir m a c ió n s k in n e r ia n a q u e d ic e : “P etrarca cues­ tionó el v o c a b u l a r i o m e d i e v a l - c r i s t i a n o e n t o n c e s d o m i n a n t e ” . N o im p l ic a r ía , por lo tanto, a p rio r i, n i n g ú n a n a c ro n is m o e n el se n tid o d e n u n c ia d o por S k in n e r ; si tal afirmación e f e c t i v a m e n t e representa, o n o , un an ac ro n ism o e n el s e n tid o dad o es algo que sólo se p u e d e d e t e r m i n a r a posteriori.

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2. La problematización del “contexto de recepción”

Antropología y “hermenéutica profunda”

La obra de Geertz (*) marca otro hito en este giro lingüístico. Cuando, basándose en sus trabajos de campo en Balí iniciados en el año 1958,1 este autor define la cultura de una sociedad dada como “un ensamble de textos, ellos mismos ensambles, que el antropólogo trata de leer por sobre los hombros de aquellos a quienes éstos pertenecen propiamente”,2 disloca definitivamente la creencia en la relativa transparencia significativa de las prácticas sociales. ¿Cómo leer, entonces, las culturas-como-textos? A fin de responder tal pregunta, la cien cia social debía comenzar a tematizar las condiciones de recepción de los “artefactos culturales” por las cuales éstos se tornan significativos al intérprete, es decir, las propias condiciones de producción del discurso etnográfico. Ya no es el “contexto de Maquiavelo”, sino el propio “contexto de S k in ­ ner” el que se convertiría en objeto de estudio.

1En Geertz, T h e I n t e r p r e t a t i o n o f C u l t u r e s ( la s c it a s co rresp o n d en a la e d ic ió n c as­ te lla n a de La i nt e r p r e t a ci ói t d e las c ul t uras ). 2 Geertz, “Deep P lay. N o te s on the B a lin e s e C o c k f i g h t ”. P u b lic ad o e n R a b i n o w y S u lliv a n (comps.), I n t e r p r e t i v e So c i al S c i e n c e . A S e c o n d Look, B e r k e le y y Los Á n g e le s , C alifo rn ia U n iv ersity Press, 1987, p. 239 ( e s t e a r t í c u lo se e n c u e n t r a in c lu id o en La i nt e r p r e t ac i ó n d e las c u l t u r a s ) .

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La nueva parábola textual, sin embargo, no representaba todavía, n ecesariam ente, una reformulación de! objeto de la antropología. “El principio —decía Geertz—es el mismo: las sociedades contienen en sí mismas sus propias interpretaciones. Lo único que se necesita es aprender la manera de tener acceso a ellas.”4 El etnógrafo, corno Hermes (el dios tutelar griego del habla y la escritura, que descifra los mensajes oscuros), debe tornarnos familiar lo exótico, decodificar y descubrir significados en lo que nos es turbio y extraño, hacer posible el tránsito desde “el hecho del habla a lo dicho, el noema del hablar” (R ico eu r),4 “distinguir los tics de los guiños”, “conjeturar significaciones”, en fin, fijar (en lo que Geertz llama una “descripción densa”) un discurso social de un modo “susceptible de ser examinado”, sin por ello “reducir su particularidad”. La relación entre el “otro” y el “nosotros” se vería así, de todos modos, problematizada. Como señala James Clífford, (*) “la interpretación, basada en el modelo filológico de ‘lectura’ textual, emergió como una alternativa sofisticada al ahora aparentemente ingenuo pos­ tulado de la autoridad experimental. La antropología interpretativa desmitifica mucho de lo que pasó previamente sin ser examinado en la construcción de narrativas etnográficas”.3 Esta resulta de la simultánea explosión tanto de los supuestos inmediatistas de acceso a la realidad (ya sea los del intuicionismo fenomenológico o bien los del empirismo positivista) como de los modelos de aproximación racional basados en la construcción de artificios conceptuales al modo de las estructuras lcvi-straussianas de parentesco. Para Geertz, ambos modos de aproximación tienden por igual a cerrar la brecha entre lo que nos es extraño y lo que nos es familiar ’ G eertz, La i nte rpre t ación, p. 372. 3 G e e rtz reto m a y elabora ac\uí conceptos p la n te a r lo s por Paul R ic o e u r e n “T he M oclel o í the T ex r: M eaninyhil A c tio n Considero.) as a T e x t ”, S oc i al R e s e a r c h , 38, 197 1 , pp. 529 -5 6 2. ' J a m e s Clifford, T h e Rredieiuncnt o f Cu l t ur e, p. 285,

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mediante el expediente simplista de allanar su radical alteridad. En efecto, el antropólogo, según la imagen trad icio nal del mismo fon jada por Malinowski, sería una suerte de individuo privilegiado que flota libremente por encima de las diferencias culturales. Geertz lo llama “el mito de un trabajador de campo camaleónico, en perfecta sintonía con su entorno exótico, una maravilla andante de empatia, tacto, paciencia y cosmopolitismo”.6 El modelo abstracto y aflamente formalizado desarrollado por Lévi-Strauss dio por tierra con este mito, asegura Geertz, y quebró la ilusión de que el antropólogo pudiera simplemente desprenderse de las categorías de su propia cultura. La contraparte de esta labor desmitificadora de Lévi-Strauss es un más marcado énfasis en la idea de la existencia de una naturaleza humana en su esencia inmutable. El supuesto básico del estructuralismo lévistraussiano —que el universo posible de las formaciones culturales se agota en el rango de una pura combinatoria lógica, susceptible, por lo tanto, de ser determinada a priori mediante un algoritmo—se sostiene en la idea (de matriz rousseauniana) de que “el espíritu humano es en el fondo el mismo en todas partes”, de que, “a pesar de la superficial extrañeza de los hombres primitivos y sus sociedades, en un nivel pro­ fundo, en un nivel psicológico no son en modo alguno ajenos”.1 Sólo " Geertz, L a i n t c r j n e t a a ó n , p. 10. La publicación en 1967 d e l d iario de Malinowsky, lleno de r e fe ren c ias a los “c h e e k y n i g g e r s ’’, hizo m u c h o por desmitific.ar al p adre f u n ­ dador de la an tro p o lo g ía c o n t e m p o r á n e a . 'G e e rtz , La I n t e r p r e t a c i ó n d e las c u l t u r a s , p. 291. T a m b i é n S k in n er term in a i n v o ­ cando c o m o respu esta a sus c r ít ic o s la su p u e sta e x i s t e n c i a d e un fondo común J e racionalidad en la especie; en este caso , c iertas propiedades ló gicas com parí idas. “1:1 punto que ren go en m en te - d i c e S k i n n e r - es de n u e v o ob vio y familiar. S i v a m o s a utilizar las e x p re sio n e s de n uestro s a n te p a s a d o s co m o g u ía p ara identificar sus c r e e n ­ cias su b y a c e n t e s , es in d isp e n sab le q u e so sten gam o s e n c o m ú n algun o s supuestos al menos aceren d e l proceso de f o rm a c ió n d e c r ee n c ias m ism o [,..j Debemos poder, por ejemplo, s u p o n e r su acep tació n del p rin c ip io de que, si u n o afirm a la verdad ele un a proposición d ad a, en to n ces no p u e d e al m ism o tiem p o a l i o n a r la verdad de su c o n t r a ­ rio” (M cíinins and Context, p. 2 S 7 ).

la quiebra de este último supuesto habría de conferir finalmente densi­ dad a la instancia interpretativa de la empresa antropológica. Desde entonces, asegura Geertz, los antropólogos ya “no tratamos (o por lo menos yo no trato) de convertimos en nativos [...] lo que procuramos es [...] conversar con ellos, una cuestión bastante más d ifícil”. El antropólogo debe abandonar la em presa reduccionista de “buscar identidades sustantivas entre fenómenos similares’-’ para abocarse al estudio de las “relaciones sistemáticas entre fenómenos diversos” (La interpretación, p. 51). Aquello que une a los diversos sis­ temas culturales no residiría en las regularidades estructurales obser­ vables, sino en lo que se instala como un centro de dispersión que, a la m anera de un “pulpo”, se despliega históricam ente en sistemas siempre variables y absolutamente diversos entre sí. De allí que ú ni­ cam ente a partir de los “modos observables de pensamiento” pueda articularse una “teoría variable de la cultura”. U n a teoría tal (a dife­ rencia de lo que sucedería en las ciencias naturales) nunca “p(odría) forjarse (estricta y exclusivamente) de conformidad con su (propia) lógica in tern a” (La interpretación, p. 35), sino refiriéndola a un desa­ rrollo histórico siempre menos rígidamente coherente y sólo parcial­ mente integrado. “Cualesquiera que sean los sistemas simbólicos ‘en sus propios términos’, tenemos acceso empírico a ellos escrutando los hechos, y no disponiendo entidades abstractas en esquemas unifica­ dos” (La interpretación, p. 30). El problema epistemológico que entonces se plantea, o más bien que vuelve a surgir, es el de cómo es posible acceder (sin recaer en un “realism o ingenuo”) a aquellos “modos observables de p e n sa­ m iento” que no resulten ya reducibles a modelos conceptuales abs­ tractos. Llegado a este punto, Geertz no niega com p letam ente la idea efe la existencia de cierto fondo común al género humano. S im ­ plem ente traslada a éste hacia un nivel de analogías más abstracto que el efe los “átomos de parentesco” y los isomorfismos lévi-straussianos (y que, eventualmente, podrían incluso explicar la ocurrencia de estos últimos).

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C i e r t a s c la s e s d e e s tr u c t u r a s y c i e r t a s c la s e s d e r e l a c i o n e s se r e p i t e n d e u n a s o c i e d a d a o tra s o c i e d a d p o r la s e n c i l l a ra z ó n d e q u e las e x ig e n c ia s d e o r ie n t a c i ó n a q u e s i r v e n so n g e n é r i c a m e n t e h u m a n a s . L os p r o b le m a s , s ie n d o e x i s t e n c i a l e s , s o n u n iv e r s a l e s ; sus s o lu c io n e s , s ie n d o h u m a n a s , so n d iv ersas. S i n e m b a r g o , m e d i a n t e la c o m p r e n s i ó n c a b a l de e s ta s s o lu c io n e s ú n ic a s y, a m i j u i c i o , só lo d e e s a m a n e r a , p u e d e ser r e a l m e n t e c o m p r e n d i d a la n a t u r a l e z a d e los p r o b l e m a s s u b y a c e n t e s ( h a i n t e r p r e t a c i ó n , p. 3 0 1 ) .

Más que negar radicalmente todo supuesto esen c ia lista (algo que, entiende, conduciría fatalmente al relativismo), Geertz intenta, pues, pensar un modelo de relación entre “lo particular” y “lo general” en el que aquél (lo particular), si bien presuponga a éste (lo general), no se encuentre ya comprendido en él. El punto aquí es que el carácter gené­ ricamente humano de los “problemas subyacentes” nos permitiría sí comprender, frente a determinado tipo de situaciones que se le habría planteado a un pueblo, las orientaciones más generales de sus respuestas a ellos, pero de allí no podría nunca deducirse de un modo puramen­ te lógico la fisonomía específica de las soluciones concretas que sólo históricamente el mismo habría ido elaborando progresivamente. Esto explica por qué, partiendo de los “problemas generales”, no alcanza­ ríamos nunca las “soluciones únicas”. De todos modos, con ello no se aclara aún cómo logramos (sin recaer o en la idea fenomenológica de “empatia”, o bien en la positivista de “observación neutral”) penetrar esas mismas “soluciones singulares”. La única respuesta que Geertz pare­ ce ofrecer descansaría en la confianza en el virtuosismo interpretativo (algo de lo que él mismo hace realmente gala) del antropólogo. “Lo que necesitamos y aún no poseemos —confiesa finalmente Geertz—es una fenomenología científica de la cultura" (La interpretación, p. 302). Esta primera propuesta de Geertz (que en escritos posteriores modi­ ficará) recibió básicamente dos tipos de críticas.,s La primera de ellas

h Sobre la r e c e p c ió n J e la obra J e Cieertz, v é a n se las r e fe r e n c ia s b io -h ib lio grál’icas.

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ve tras los escritos de Geertz una perspectiva más bien e státic a y hom ogénea del concepto de “cultura”, deudora del concepto estructuralista de “totalidad cultural”, que termina allanando el complejo cultural. Como señala Vincent Crapanzano, (*) el balinés de Geertz es un individuo genérico y anónimo. “Debemos preguntamos -d ic e Crapanzano- ¿sobre qué bases él [Geertz] atribuye ‘vergüenza social’, ‘satis­ facción moral’, ‘disgusto estético’ (sea lo que fuere que esto signifique), y ‘disfrute caníbal’ al balinés?; ¿a todos los balineses?, ¿a un balinés en particular?”9 La descomposición de este concepto de “totalidad cultu­ ral” ha llevado en la antropología contemporánea, a una visión frag­ m entaria y cambiante10 de las diversas formaciones culturales. La segunda línea crítica cuestiona el supuesto (hoy considerado igualm ente ingenuo a aquellos ingenuos supuestos que Geertz vino a cuestionar) de que el antropólogo pueda leer una cultura “por sobre el hombro de los nativos”. Como dice también Crapanzano, “a pesar de sus pretensiones hermenéutico-fenomenológicas, no hay en ‘Deep P lay’ una comprensión desde el punto ele vista de los nativos [...] Sus construcciones de construcciones parecen poco menos que proyeccio­ nes” ( “Hermes Dilemma”, Writing Culture, p. 74). Lo que se oscurece así es el carácter autoral de la empresa antropológica, la situación histérrica y lingüísticamente determinada del investigador; sólo entonces el “discurso” puede adoptar la forma de una “narrativa” (en.el sentido definido por Benveniste).11 La pretendida “objetividad científica” pron-

" C 'r a p a iv a n o “Hermes O ileinm a: T he M a s k in g ol S u b v ersió n ¡n E th n o g rap h ic D e s c r ip t io n ”, en Clitíord v M areas, W r i u n g Culture, p. 72. ie /\p,rta Biersack, contraponiendo los trabajos d e G eertz a los de M a r s h a l l Sahlins, s e ñ a la del primero: "Ge er tz asegura que ‘el h o m b r e es un an im a l su s p e n d id o en u n a red de significados que el mismo ha tejid o ’. La red, no su tejido; la c u l t u r a , no la h isto ria- el texto, no el proceso ríe textualización - e s t o a trae la a t e n c ió n d e G e e rtz ”( “L o c a l Knowleclge", Th e N e w C u l t ur a l Histary, p. 8 0 ) . 11 Fn su clásico P ro b le m a s de lingüística g e n e r a l , L in ile B en v e n iste define el “discur­ so ” c o m o el modo de expresión al cual le es in trín sec a la p resencia del su je to hablante

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to aparecería al propio Geertz como una “mera estrategia retórica” ( E l p- 153). Descreído ya de que bastase con que “la relación entre observador y observado (informe) pueda llegar a controlarse” para que “la relación entre autor y texto (firma) se aclar(e) por sí sola” Geertz, en sus escri­ tos posteriores, bajo el título de El a n tr op ól ogo c o m o autor, abandona la tarea de elaborar una “fenomenología científica de la cultura” para plegarse a la tendencia a centrar el análisis en el discurso antropológico como tal. Y con ello abre una fisura que recorta al antropólogo-investigador-de-campo del antropólogo-escritor, a las técnicas de observación de las estrategias discursivas, al “estar allí” del “estar aquí”. El interés por la “penetración en el objeto” que recorre todo su escrito anterior claudica ante el reconocim iento de que “la etnografía es siempre y sobre todo traslación de lo actual” (El antropólogo, p. 153).

a n t r o p ó lo g o ,

“C o n t a r las co sas ta l c o m o s o n ” re s u lta u n e s lo g a n n o m u c h o m á s a d e ­ c u a d o p ara la e t n o g r a f í a q u e p a ra la filo s o f ía d e s p u é s de W i t t g e n s t e i n (o G a d a m e r ) , p a r a la h i s t o r i a d e s p u é s d e C o l l i n g w o o d (o R i c o e u r ) , p a r a la l i t e r a t u r a d e s p u é s d e A u e r h a c h ( o B a r t h e s ) , p a r a la p i n t u ­ ra d e s p u é s de G o m h r i c h ( o G o o d m a n ) , p a r a la p o l í t i c a ' d e s p u é s ríe F o u c a u lt (o S k i n n e r ) , o p a r a la tísica d e s p u é s ríe K u h n (o H e s s e ) (El a n t r o p ó l o g o , p. 1 4 7 ) .

La antropología vendría así a. sumarse al profundo cuestionamiento que recorre a otras disciplinas luego de! derrumbe del imperialismo positivista. Eli definitiva, la analogía textual tornaría insoluble el problema epistemológico central que subyace al proyectar geertnay la situ a c ió n in m e d ia ta de c o m u n ic a c ió n (am bas n e garlas en la “n a r ra c ió n ”). Estas se h a c e n presentes en el d isc u rso m e d i a n t e p ro n o m bres ( “Y o ” y “T ú ”) y por d e t e n ­ eos ( “a q u e llo ”, “e sto ”, “a h o r a ” , e t c .) qu e se ñ alan el in s t a n t e presente de la situ a c ió n c o m u n ic a t iv a (v é ase B e n v e n is t e , P r o h l c m s m G e n e r a l L i n g u i s t i c s , C o ral G ab le, M i a m i U n iv ersity Press, 1071, pp. 7 17-7 Í0 ).

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no: el de cómo supe r a r nuestro horizonte presente, históricamente situado, que deterrrtin a n u estras perspectivas del pasado. La idea geertziana de la c u l t U ra, como, texto abre finalm ente las puertas al cuestionamiento de l as pretensiones del antropólogo de erigirse en lector autorizado de c u ltu ras ajenas.12 Y es entonces cuando el énfa­ sis en la dimensión a u t o r a l de la empresa etnográfica se revela como problemático. G eertz n o puede ya sino term inar descubriendo lo que Keane señalara en su c rític a a Skinner: “no sólo aquellos cuyas afir­ maciones han de ser interpretadas, sino los intérpretes mismos están siempre situados e n U n cam p0 históricam ente limitado de conven­ ciones y prácticas m e d ia d a s por el len guaje ordinario” ( M e a n i n g and C ontext, p. 209). La an tro p o lo gía a b a n d o n a e n to n c e s la búsqueda d el sentido oculto”, para e x p lo r a r en la misma superficie de su discursividad y concentrar su a t e n c i cyn en la retórica del relato etnográfico como tal. Pero esto no i m p j ¿ c a aún , para Geertz, abandonarse al relativis­ mo, o afirmar que 10 retórico carezca de “toda referencia a la reali­ dad”. Tal “confusié>n e n d é m ic a en O ccidente desde Platón, entre lo im a g i n a d o y lo ¡?n a g n XciriQ^ |Q f i c c i( m a l y lo falso, entre producir cosas y falsificarlas” (El a n t r o p ó l o g o , p. 150) es la que e x p lic a las resis­ tencias a poner de r e l i e v e la dim ensión autoral de la labor antro­ pológica. De todos m o d o s , llegado a este punto, distinguir entre lo im a g i n a d o y lo l m a g i n a r i o , entre lo f i c c i o n a l y lo fa ls o se convertirá,

T a m p o c o s i q u i e r a l e g í t i m o , desde el m o m e n t o en que los “n a t i v o s ” h a n apren­ d id o “a h a b la r c o n s u s r > n , pi;)S voces". “Lo.s ‘A l l í ’ y los ‘A q u í ’ - a s e g u r a - están hoy m u c h o m e n o s a is la d o s , n 1U c h o m e n o s b ie n d e f in id o s , m u c h o m e n o s e sp ectacular­ m e n t e c o n tra sta d o s” ( E l n y - i t r c p ó l o g o , p. 1 5 7 ). “L a c o n stru c ció n de este t e r r e n o común, a h o ra q u e los su p u e s t o s m Henuos s’0 p re p, c o n v e r g e n c i a de in te re ses e n t r e personas (sex o s, razas, clases, c u i t e x s . . . ) de de sigu al p o d e r h a n sido h is t ó r ic a m e n t e desechados y q u e la p osib ilidad d e d e sc rip cio n e s n o c o n d ic io n a d a s h a sido p u e sta en cues­ tió n , n o p arece un a e m p r ^ s a t.m sm c e ra com0 “A p e la r al valor heurístico no convencerá a sus c r ític o s — dice Pomper—de que el sis t e m a ele clasificación de W h ite sea algo más q u e u n m é to d o in te lig e n te pero arbi­ t r a r i o ” (Pomper, “Typnlogies and C y c les”, p. 33). 51 V é a se Nelson, “Tropal History”, p. 80. *•’ El intento de White por justificar (aunque sedo en u n a n o ta a pie de p á g in a ) con­ v e n c io n a lm e n t e sus procedimientos, es decir, esgrim ien do su utilid ad para el an álisis de las obras en cuestión, no alcanza a responder a d ich a p re g u n ta . “M e doy c u e n t a -d ic e ­ de q u e , al usar la terminología y clasificación de e str u c tu r a s ele trama [p/otj ele Frye, m e ex p o n g o a la crítica de los teóricos de la lite ratu ra q u e se oponen a sus esfuerzos

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¡narco teórico dado sería siempre relativo a la respectiva idea acerca de la tarea historiográfica; presupondría, en definitiva, ciertas orientacio­ n e s de evaluación preteóricamente concebidas. De hecho, la solución convencionalista es necesariamente inestable termina siempre conduciendo a una encrucijada: o bien avanzar en esta dirección relativista, proclamando abiertamente la completa arbi­ trariedad de su tipología (incluida su propia idea del “lenguaje poético en general”)) o bien retroceder hacia una fundamentación analítica de la misma y postular la propia metahistoria como una suerte de metavocabulario transtrópico de validez universal (dado que enraizaría en los fundamentos “naturales” de la especie). Optar por uno de estos dos puntos de vista extreme» resulta ineludible dentro de los marcos del pensamiento formalista,33 según W h ite mismo nos muestra: [El fo r m a lis m o ] d a b a s e n t i d o a los p r o c e s o s h i s t ó r i c o s b a s á n d o s e e n u n a d i s t i n c i ó n e n t r e f o r m a s i n f e r i o r e s y s u p e r i o r e s d e v i d a , e n la e x i s t e n c i a n a tu r a l e h i s t ó r i c a [ a s p e c t o q u e , c o m o v i m o s , n o a p a r e c e e n W h i t e ] . Pero, c o m o c o n s i d e r a b a q u e la s c o h e r e n c i a s fo r m a le s e n t é r m in o s de las c u a le s e s p e c i f i c a b a es a d i s t i n c i ó n e r a n i n t e m p o r a l e s e n e s e n c i a , el fo r m a lis m o n o t e n í a n i n g ú n p r i n c i p i o c o n el c u a l e x p l i ­ c a r su e v o lu c ió n [...] I g u a l q u e e l e n f o q u e m e c a n i c i s t a d e la h i s t o r i a , el e n f o q u e fo r m a lis ta t e n í a q u e e le g ir e n t r e la c o n c l u s i ó n d e q u e las c o h e r e n c i a s fo rm ale s q u e d is c e r n ía ' e n la h i s t o r i a a p a r e c í a n y d e s a ­ p a r e c ía n al azar, y la d e q u e r e p r e s e n t a b a n la e t e r n a r e c u r r e n c ia d e l m is m o c o n ju n to de c o h e r e n c i a s fo r m a le s a lo l a r g o d e l tie m p o . D e su c o n s id e r a c ió n n o e r a p o s i b l e d e r i v a r n i n g ú n d e s a r r o l l o r e a l m e n t e e v o ­

taxonómicos, o bien tien en o tras t a x o n o m í a s que p r o p o n e r e n lu g a r de la suya. N o

pretendo su gerir que las c a te g o r ía s d e Frye sean las ú n i c a s p o sib le s p ara clasifica r géneros, modos, m y t h m , y d em ás e n l i t e r a t u r a , pero m e h a n r e s u lta d o e s p e c ia lm e n te útiles para el an álisis de las obras h is t ó r ic a s ” ( M e t a h i s t o r i a , p. 19, n. 6 ) 33

Para M a u r i c e M an d elb au m el a h is to r ic is m o de su t ip o lo g ía c o n s t itu y e su m a y o r

debilidad puesto que conduce i n e v it a b l e m e n t e al relativism o ( “T h e P resup p o sitio n s oí M e t a h i s t o r y ”, Hi s t o r y a n d T h e o r y , B e ih e lt, 19, 1980, p. 4 9 ) .

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lutivo. A sí, el m ecan icism o y e l f o r m a lis m o por ig u a l i m p o n í a n por último una elecció n entre la i n c o h e r e n c i a to ta l d e los p r o c e s o s histó­ ricos (pura c o n tin g en cia) y su c o h e r e n c i a to ta l ( p u r a d e t e r m in a c i ó n ) (Metahiscorta, p. 87).

De ser esto último cierto, entonces W hite debió enfrentar, como de hecho lo hizo, una opción similar entre la “pura contingencia” y la “pura determinación”. Sin embargo, no podría optar ni por una ni por otra, y terminará, como veremos, oscilando entre ambas alternativas. ¿Cuáles son las razones por las cuales W hite no podía optar por una de ambas alternativas radicales y sostenerla consistentemente? Volvamos, pues, a la cuestión original. El punto que W h ite pretendía sustanciar es, como vimos, la afirmación de que “la ironía es sólo una de una serie de perspectivas posibles”, todas ellas igualmente legíti­ mas, y no la única verdadera. El éxito o el fracaso de toda su empresa metahistoriográfica dependería de su logro o no en sostener convincen­ temente este postulado. Podemos entonces suponer, prima facie, que dicha conclusión pre­ tende ser cierta, y, por supuesto, su opuesta falsa. Esto implicaría que todos los discursos historiográficos serían igualmente válidos, pero no así todos los metahistoriográficos.14 T al postulado puede ser inferido de algunas de sus afirmaciones: 14 Según Gol oh, “el vigor de su argum en to h istórico no d e ja d u d a respecto de su propia convicción de que está contando la v erd ad, dicien do w i c e s e i g e n t l i c h geteesen, corrigiendo errores ríe ortos historiadores”. En definitiva, W h i t e su p o n e que tal “estructura profunda [...) realmente existe” (G o lo h , “T h e lron y oí N i h i l i s m ”, History a n d The tm, Beiheft, 19, 1980, pp. 61 y 6 5). La afirm ación de G o lo b n e c e s i t a un a pre­ cisión. En White se distinguen claramente ríos n iveles, el h isto riográfico y el metaláistoriográfico. Este autor de ningún modo p re te n d e discutir errores d e los historiadores que analiza respecto ríe lo que “realm ente p asó ” en la historia. Pero la a firm ació n de Goloh sí vale en el nivel metahistoriográfico. W h it e e f e c t iv a m e n t e af ir m a hechos v debate posturas sobre lo que “realm ente o c u rrió ” en la historia de la historiografía occidental a lo largo del siglo pasado.

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Fue g r a n d e la t e n t a c i ó n d e c o r r e l a c i o n a r las c u a t r o f o r m a s b á s ic a s de c o n c i e n c i a h i s t ó r i c a c o n tip o s c o r r e s p o n d i e n t e s d e p e r s o n a l id a d , pero d e c i d í n o h a c e r l o por dos r a z o n e s . U n a es q u e la p s i c o l o g í a se e n c u e n t r a a c t u a l m e n t e e n el m i s m o e s t a d o d e a n a r q u í a c o n c e p t u a l e n q u e e s t a b a la h i s t o r i a e n el s ig l o x ix . E n m i o p in ió n , es p r o b a b le que un a n á lisis d el p e n sa m ie n to p s ic o ló g ic o c o n te m p o rá n e o revele el m ism o c o n j u n t o d e e s t r a t e g i a s i n t e r p r e t a t i v a s ( c a d a u n a p r e s e n t a ­ d a co m o la c i e n c i a d e f i n i t i v a d e su t e m a ) q u e h e d e s c u b i e r t o e n mi a n á lis is d e l p e n s a m i e n t o h is t ó r i c o . Es d e c ir , c o m o la p s i c o l o g í a n o h a a lc a n z a d o t o d a v í a el tip o d e s i s t e m a t i z a c i ó n q u e c a r a c t e r i z a a las c ie n c ia s fís ic a s , s i n o q u e s ig u e d i v i d i d a e n t r e “e s c u e la s ” d e i n t e r p r e t a ­ ció n e n c o n f l i c t o , p r o b a b l e m e n t e h u b i e r a t e r m in a d o p o r d u p l i c a r los d e s c u b r im ie n t o s a q u e lle g u é e n m i e s t u d i o d e l p e n s a m i e n t o h is t ó r ic o (M e t a h i s t o r i a , p. 4 0 9 ) .

Se siguen de aquí dos conclusiones. Primero, que el resto de los ele­ mentos que él tomó para construir su taxonomía habían previamen­ te superado el estadio preparadigmático que atribuye a la psicología. Segundo, que este hecho le permitió evitar, según dice, la duplicación de sus descubrimientos al nivel histórico. Cabe entender, pues, que la teoría de los tropos no se aplicaría al nivel metahistórico, es decir, que la perspectiva irónica de W hite no sería sirio “una de tina serie” de perspectivas metahistoriográficas posibles.^ De hecho, ésta sería la única forma de sustentar su conclusión pri­ mera, es decir, rechazar todo tipo de relativismo a nivel de un segundo orden de conceptualización. El marco formalista terminaría entonces

35 Esta es, de h e c h o , la postura adoptarla por I rye (de qu ie n W h i t e rom a su teo ­ ría de los tropos). S e g ú n f r y e , su teoría de los tropos se ñ a la b a una d i s t in c ió n radical entre la crítica literaria (q u e, por stt in term edio, a d q u iría estatus de d isc ip lin a cient ífica) y la literatura (véase Art a t o m y o f Criticism, pp. 17 y ss.). Pam p er so sp ech a u n a actitud similar en W h ite , p ara q u ie n nos e n c o n tr a r ía m o s e n “el fin de un c ic lo de desarrollo asociado al in ev itab le fracaso ríe una p r o t o - c ie n c ia por superar el p lu ralism o lin g ü ís ti­ co” (Pomper, “T y p o lo g ie s an d C y c l e s ”, p. í 6 ).

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subordinando y relegando al nivel meramente historiográfico su pers­ pectiva irónica. Pero ello no podía representar una solución viable para White, puesto que de tal modo concluiría por reproducir, aunque a distintos niveles, lo que criticara a los historiadores narrativistas, es decir, consagrar la ironía (relativa al nivel histórico) corno una verdad absoluta a nivel metahistórico. La otra alternativa, pues, era llevar la actitud irónica hasta sus con­ secuencias finales. Pero esto hubiera conducido a W hite a lo que quiso evitar cuando rechazó incorporar la psicología a su estudio: la “dupli­ cación de los descubrimientos”, lo cual lo envolvería en una suerte de regreso al infinito. En efecto, en este último caso obtendríamos la metaafirmación siguiente: La afirmación de que “la ironía es sólo una de una serie de perspecti­ vas posibles’ representa sólo una de una serie de perspectivas posibles. El resultado habría sido que la ironía whiteana se habría visto “tras­ cendida” del mismo modo que él pretendió “trascender” la perspectiva irónica de la historia. En tal caso, W h ite no tendría ya argumentos que oponer a los que sostuvieran la perspectiva “irónica” de la histo­ ria como la única forma “realista” de ver el mundo. El modo de evitar esto sería buscar, a su vez, “trascender” la ironía de la ironía trasla­ dando la actitud irónica a un tercer nivel de conceptualización,36 y así al infinito. Una vez más, dentro de los marcos del pensamiento formalista el término lógico de este circule» eterno consistiría en pro­ clamar dogmáticamente (al nivel que fuere) un determ inado pun­ to de vista como el único verdadero (de allí la idea w h itean a de la Lo que nos daría la m e ta-m etaafirm ac ió n J e q u e “la af ir m a c ió n d e q u e la metahistoria whiteana es sólo una de una serie d e p e rsp e c tiv a s posibles, es só lo u n a de las perspectivas posibles”, con lo qu e se sugeriría q u e ésta puede no se r absolutamente ' arbitraria y conllevar algún co ntenido de “v e r d a d ”, co m o sostiene W h i t e . Pero aun entonces cabría todavía ironizar tal m e t a - m e t a a f ir m a c ió n , y así s u c e s iv a m e n t e .

v o l u n t a d individual como el fundamento infundado que pone término a este círculo). Pero la naturaleza problemática de una concepción escéptica radi­ cal aparece más claramente cuando consideramos el carácter social de {a empresa historiográfica. La actitud irónica en este respecto plantea no sólo el problema de la relación sujeto-objeto, sino que con cier­ ne principalmente a los fundamentos intersubjetivos de la empresa historiográfica. Los “tropos” de los que hab la W h ite no pueden ser meras convenciones; ellos deben existir realm ente, puesto que exp li­ carían cómo un discurso determinado puede circular socialmente y, en definitiva, regular los mecanismos de consagración de un historiador determinado:

S o s te n g o que el v í n c u l o e n tr e u n h i s t o r i a d o r d e t e r m i n a d o y su p ú b l i ­ co p o te n c ia l se fo r ja e n u n n iv e l d e c o n c i e n c i a p r e t e ó r ic o y e s p e c í f i­ c a m e n t e lin g ü ís tic o . Y e s to su g ie re q u e e l p r e s t ig io d e q u e g o z a n u n h is to ria d o r o filóso fo d e la h is to ria d e t e r m i n a d o s d e n t r o d e u n p ú b lic o e s p e c ífic o es a t r i b u í h l e al te r r e n o l i n g ü í s t i c o p r e c r í t i c a m c n t e p r o p o r ­ c io n a d o sobre e l c u a l se re aliza la p r e f i g u r a c i ó n d el c a m p o h i s t ó r i c o ( M e t a h i s t o r i a , p. 4 0 8 ) 9 '

Así, cabría comprender la metahistoria de W h ite como un rechazo a la idea de una racionalidad universal, postulando, en cambio, la existen­ cia de redes autónomas varias de sentidos compartidos intersubjetivamente. La pertenencia o no a una determinada comunidad lingüística puede, eventualmente, ser resultado de una decisión arbitraria, funda­ da sobre supuestos de naturaleza moral o estética. Pero la existencia objetiva misma de los paradigmas como tales no estaría aquí, en prin-

37 En “T h e Burden of H i s t o r y ” ( 1966), W h i t e p o s t u la b a y a su idea de los “estilo s” como soportes últim os de la i n t e li g i b i lid a d h is t ó r i c a ( H i s t o r y a n d T h e o r y , 5, 1 9 6 6 , p. 130).

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cipio, en cuestión. La teoría de los tropos de W h ite sólo cobra sentj como una exposición de los modos de existencia de los diversos tij de competencias comunicativas. y En este terreno, la extensión de la actitud irónica hacia arriba] decir, al nivel metahistoriográfico) conllevaría hacia abajo un tegp al infinito similar al analizado anteriormente, produciendo, en e caso, una fragm entación del campo historiográfico. La conclusj n a tu ra l de este proceso sería el solipsismo. El escepticismo tadi conduciría así a la máxim a de Gorgias efe que no sólo no existe ved alguna sino que, de existir, tampoco podría comunicarse. Incluso ti “decisionism o” carecería entonces de significación social puesto i no cabría concebir ya vínculos reales que conectaran las decisicl individuales. El único modo de romper este segundo círculo es, t| bien, postular la efectiva existencia de objetos tales como los troj (con las consecuencias sustancialistas que ello conlleva) y que los m naos pueden ser conocidos analíticamente. Pero aquí la actitud irótl se desvanecería en la forja dogmática. | Digamos, por otra parte, que si no fuera así, si no se sostuviera djj m á ric a m e n te que los tropos existen realm ente, tampoco la acta “iró n ic a” opuesta, es decir, la idea de que la metahistoria que W re construye es “sólo una de las perspectivas posibles entre cua v arian te s posibles fundamentales c u y a exi stencia por la misma se |j tula, contendría ya significado alguno. En última instancia, la p| pectiva irónica contradice la argumentación formalista tanto con^ presupone. En definitiva, es esta tensión analizada la que explicajj qué W h it e no podía decidirse por ninguna de las dos opciones (ladi nvática o la escéptica) y termina oscilando entre ambas, al precio^ em bargo, de renunciar a intentar fundamentar teóricamente su pro perspectiva metahistoriogrúfica. Y esto ayuda a aclarar, como dijiffl algu n as de las aporías más generales a las que se enfrenta el llardij “giro lingüístico” una vez que éste se sitúa a sí mismo en el nive| c o n te x to m etacrítico. Llegado a este punto parece tornarse impi c in d ib le establecer alguna distinción entre niveles de discurso (cí

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y segundo nivel de creencias, en Hoy) a fin de producir Uousiira metacrítica que evite un regreso al infinito. Así, lo lidcrts . , ,. ^ . Iría a nivel de un primer nivel de discurso, no seria ya aplica¿veles superiores del mismo. spv—LaCapra, (*) esto se debe, en realidad, a que la metahistoria fíw Jóeica de W h ite permanece aún atrapada “dentro del mismo referencia de las perspectivas científicas que él sólo invierte; ni,P informa, la teoría de los tropos de W h ite como funda-fewmcipio qut de la retórica y la narrativa es un estructurahsmo generativo >iin irnm un nivel determinado de discurso (el trópico) como el ^^rminante en última instancia” (Rethinking, p. 34). LaCapra sigue, a jespecto de W hite, la misma línea crítica que Derrida ensayara CO(pLévi'Strauss y Foucault. W h ite únicamente habría invertido los de la historiografía tradicional sin aportar una renovación fttif su. historia sería una historia de los modos de conciencia en la qBft'ellenguaje opera como un mero medio de expresión para un objeto (¡¿¿estructuras o modos tropológicos de la conciencia histórica) que lo (Rethinking, p. 76). Las diversas narrativas históricas que él derríbe serían ellas mismas (más allá de la naturaleza poética de sus f i l a m entos) consideradas como “textos”, en el sentido criticado por Pjgfoj Y, en consecuencia, también su metahistoria se vería desgarrada per las viejas antinomias entre texto y contexto, continuidad y cambfevenfin, entre relativismo y objetivismo. i su impronta estructuralista, la obra de W h ite representa, dice ara, sólo un nuevo hito en la larga tradición de los discursos totalizadores, con lo que term ina recreando lo que él mismo cuestíonata a Foucault: “Los nombres de los individuos que aparecen son artificios para designar los textos, y los textos son, a su vez, menos taponantes que las configuraciones macroscópicas de conciencia for­ malizada que ellos representan” ( Rethinki ng, p. 8 1 ). Donde otros historiadores sitúan las realidades políticas o sociales, W hite instala k» tropos que dan forma a la escritura histórica. Los tropos actúan, í»e*,al modo de un contexto externo y anterior a los textos mismos. *

'm ero

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Su relativismo, resultante de la permisividad que W h ite confiere a la conciencia subjetiva respecto de los hechos del pasado, representa tan sólo una contracara de “la ansiedad metafísica por una presencia total, una significación completa y una explicación final [que] se conserva como un supuesto acrítico” (Rethinking, p. 76). En fin, la teoría de l0s tropos lleva a ver a éstos como macizas estructuras estáticas, presentes, homogéneas y objetivas. LaCapra, en cambio, ve los textos como un espacio fragmentado escenario de conflictos y contestaciones internas que desgarran sus tendencias homogeneizantes. La visión monológica del texto ocluye la trama polifónica de sentidos en la que la voz del autor es sólo la de un contendiente en un campo más vasto de fuerzas operantes (History and Memory, p. 116). LaCapra, pues, incorpora una instancia más en la problem ática instalada en torno al textualismo. El llamado “giro lingüístico” desplazó decisivam ente la atención de los historiadores hacia los procesos por los cuales los textos pueden circular y difun­ dirse socialmente, pero apenas advirtió los complejos fenómenos de transformación interna que los mismos sufren en dicho proceso: cómo éstos se contorsionan, desarticulan los ejes de aquella coherencia que hasta entonces les fue inherente, erigen contrafinalidades, y se rebe­ lan finalm ente contra sí mismos cobrando permanentemente nuevos significados. No se trata, sin embargo, de un regreso al antiguo formalismo. Para LaCapra, como para Derrida, no hay un fuera-del-texto, desde que no hay “contexto” que no se encuentre siempre y a textualizado. Pero tampoco habría un puro dentro-del-texto, sino una articulación de instancias heterogéneas. Más que en el puro texto, LaCapra busca ins­ talarse en la intersección del texto con aquellas actividades con las que aquél lim ita, las que no necesariamente son por ello pre-lingüísticas o pre-significativas (Soundings, p. 73). Tal relación, dice, cabe conce­ birla como una “intertextualidad”, un “diálogo interno”. Tal “diálogo interno” es la base de la productividad del lenguaje. Como señala en su crítica de la noción de la “grande obra” de Goldmann como repre­

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sen tativa de una determinada “visión del mundo”, para LaCapra, toda “grande obra” lo es sólo en la medida en que contiene “fuerza crítica” (en el sen tido de Adorno), es decir, que es capaz de ir más allá (problematizar), rebelarse contra su “contexto de emergencia” y superarlo.38 C o n tra el concepto constativista de G oldm ann (el arte como repre­ sentación de las respectivas “visiones del mundo”) la “grande obra” es, para LaCapra, precisamente aquella en la que se pone en ejecución la fu nción más característica del lenguaje: su dimensión performativa, creativa (constitutiva) de nuevas realidades (de allí que no haya, para él nada fuera del lenguaje y que éste venga, a posteriori, a represen­ tar, pero tampoco una pura inm anencia del lenguaje: lo que define al mismo sería, precisamente, el situarse en tre , es decir, su capacidad para articular prácticas e instancias discursivas heterogéneas).

Esta dimensión performativa trascendería las antítesis tradicionales revelan do cómo, en última instancia, formalismo y contextualismo, al igual que objetivismo y relativismo, se suponen m utuam ente, forman parte del mismo sistema de oposiciones tradicionales de las metafísicas

occidentales: El a r g u m e n to d e l p re s en te lib r o es q u e el e x t r e m o o b j e t i v i s m o d o c u m e n taris ta y el s u b je tiv is m o r e l a t i v i s t a n o c o n s t it u y e n g e n u i n a s alter. n a tiv a s . E llos so n p a rte s c o n s t i t u y e n t e s d e u n m i s m o c o m p l e j o ’ y se sostienen m u t u a m e n t e . El h is t o r ia d o r o b je t i v is t a s itú a e l p a s a d o e n la posición “lo g o c é n t r ic a ” de lo q u e D e r r id a lla m a el “s i g n i f i c a d o t r a s c e n ­ d e n ta l”. Este e s tá s im p le m e n t e a l l í e n su p ura r e a li d a d , y la ta r e a d el h isto riado r es la d e usar las f u e n t e s c o m o d o c u m e n t o s p a r a re c o n s tru ir la re alid ad p a s a d a ta n o b j e t i v a m e n t e c o m o p u e d a f...] El r e l a t i v i s t a s im ­ p lem en te i n v i e r t e el “l o g o c e n t r is m o ” o b je tiv is ta . El h is t o r ia d o r se sitúa a sí m is m o e n la p o sic ió n del “s i g n i í i c a d o r t r a s c e n d e n t a l ” q u e “p r o d u c e ” o “c o n s t r u y e ” los sen tid o s del p a s a d o ( H i s t o r y a n d G r i t i c i s m , p. 1.38).

38 Dominick L a C a p r a , " R e t h in k in g I n t e l l e c t u a l H isto ry a n d R e a d i n g T e x t s ”, en LaCapra y K aplan, M o d e m E u r o p e a n i n t e l l e c t u a l H i s t o r y , jtp. 6 4 -6 5 .

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White, en cambio, ve en el deconstruccionismo de Derrida-LaCapra -y su ambición de derribar todas las oposiciones revelando su trasfondo metafísico- el arribo del “momento absurdista” a la teoría social* el de la fetichización del lenguaje (en el que, a diferencia de lo qUe ocurriría con la mercancía, se borraría toda huella de su “valor de uso” originario anterior a su “valor de cambio” fetichizado): A diferencia d e M a r x , sin e m b a r g o , c u y a d is c u s ió n d e las b a s e s figu. rativas del f e t ic h is m o d el oro e n e l p r i m e r c a p ít u lo d e El C a p ita l cita, Derrida n o c o n c lu y e que la s a l i d a d e l f e t ic h is m o d e l o r o pueda lograrse por la r e v e l a c ió n de los m o d o s p o r los c u a le s el l e n g u a j e mis­ mo fetichiza e l p o d e r h u m a n o p a r a p e r c i b i r a tr a v é s d e lo figurativo el sentido lit e r a l d e l “v a lo r - d in e r o ”. P o r e l c o n t r a r i o , D e r r i d a procede a mostrar c ó m o e s te “ver a t r a v é s ” es im p o s ib le . V e r a t r a v é s de lo figurativo el s e n t id o lit e r a l de to d o esfuerz o por c a p t a r la experien ­ cia en el le n g u a je es im p o sib le, e n t r e o t r a s raz o n es, p o r q u e n o hay “percepción” q u e p e r m it a d is t in g u ir e n t r e la “r e a l i d a d ” y sus diversas figuraciones lin g ü ís t i c a s y d is c e r n ir e l c o n t e n i d o d e v e r d a d relativo de ¡as d istin tas fig u ra c io n e s . S e r , e n sí m is m o , es a b s u r d o . P o r lo tan­ to, no hay “s ig n if ic a d o s ”, sólo el f a n t a s m a g ó r i c o b a l l e t d e significados alternativos p ro v is to s por los d iv e r s o s m o d o s de f i g u r a c i ó n . Estamos sujetos a la s erie in t e r m i n a b l e d e t r a d u c c i o n e s m e t a f ó r i c a s d e u n uni­ verso de sig n ific a d o s provistos f i g u r a t i v a m e n t e a o tro . Y to d o s ellos

él

1W

son figurativos por igual.

Tendencia tan antigua como la filosofía misma, el “absurdismo” tiende a hacer del lenguaje un ídolo que sólo porta sentidos esotéricos para los iniciados, portadores de una “superciencia” incapaz de validarse teóri­ camente o comunicarse racionalmente. El crítico literario se disocia así de toda empresa colectiva (Trópica, p. 277), “la literatura se reduce a la

Ha velen W hite, “T h e Absurdist M o m e n t in í io n te in p o rary L ire rn ry Theory", ( .’cmtemjwrarv Uu r t u u r e , 7 A, 1076, reeditado en T r o p i c s Discutirse, pp. 26 1 -282.

of

e sc ritu ra , la fru s tra c ió n ,

escritura al lenguaje, y el lenguaje, en un paroxismo final de a parlotear acerca del silencio” (T r o p i c s , p. 263). LaCapra, sin embargo, está lejos de aceptar que su teoría compon te postulados irracionalistas tales. Ello contradice, precisamente, la naturaleza dialógica con que LaCapra concibe la labor del crítico. El historiador no necesariam ente se encuentra preso de sus propias figuraciones, “dialoga con los muertos [...] y debe estar atento a las p o s ib le s voces discordantes del pasado sin proyectar sus demandas narcisistas o autointeresadas sobre ellas” ( Rethinking, pp. 36-37). Sus interpretaciones, dice, “no son nunca enteram en te libres [...], debe atender a los hechos ( Rethinking, p. 63). “El problema en cuestión — concluye LaCapra—es negociar grados variables de proximidad y dis­ tancia en la relación con el ‘otro’ que está tanto fuera como dentro de nosotros” ( History and Griticism, p. 140). De todos modos, W h ire está en lo cierto al afirmar que en el co n ­ texto del pensamiento de LaC apra no resulta comprensible cómo es posible un “diálogo” tal con el pasado, cómo es que “aspectos del pasado” puedan, según afirma LaCapra, “contestar tendencias pro­ minentes del presente” ( History and Criticism, p. 4 0 ).40 El interés de

4 0 Pagden señ ala, en “T h e L in g u is t ic T u n v a n J I n r e l le c t u a l H istory”, un a c o n t r a ­ dicción en L aC ap ra. A l a h o g ar c o n t r a el p resen tism o ’ ele las perspectivas h isto rio gráficas y por un diálogo co n el ¡tasad o qu e nos p e r m it a sup erar el “e n a m o r a m ie n to narcisista” de nuestras propias i m á g e n e s presentes, a f ir m a P agd e n , L aC ap ra está de hecho p resu p o n ien d o la p r e c e d e n c i a d e los h e ch o s a los discursos y la a u t o n o m ía cogmtiva de la o bservació n de los sucesos riel pasado re sp e c to de nuestras c a te g o r ía s de pensam iento (J o u r n a l o f t h c H i s t o r y o f Ideas, 4 0.3, 1 0 8 8 , pp. 5 23 -5 2 5 ). P agden a t r i ­ buye dicha c o n trad icc ió n a la t e n d e n c i a de L aC ap ra a r e iíie a r los textos. T o d a c o n ­ versación presupone, para P a g d e n , sujetos que d ia lo g a n ; “d ialo g ar con un f e n ó m e n o - d i c e - e s sim p le m en te i n i m a g i n a b l e ” ( i hi d., p. 5 2 5 ). En su respuesta a d ic h a c r ít ic a , LaCapra insiste, sin e m b argo , en la posib ilidad de d is c u t ir c o n lo que llam a, en este caso, el “fe n ó m e n o ” Pagden (LaC fapra, “A R e v ie w o f a R e v t e w ”, J o u r n a l o f thc H i s t o r y o f Ideas, 4 9.4, 1988, p. 6 8 2 ) . L1 t o n o de su respuesta p a r e c e , no obstante, d e m o stra r lo contrario. S i bien los c u e s t io n a m ie n t o s de Pagden r e s u lta n f recu en tem e n te d é b ile s

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LaCapra se centra, como vimos, en concebir los textos “como proce­ sos”, en los que él llam a fenómenos poco estudiados de contestación interna por los cuales las redes de significados se van desplazando y transformando históricam ente. “La historia misma -d ice LaCaprapuede ser entendida en términos de una interacción agonal entre fuerzas unificantes y descen tran tes” (R e t h i n k i n g , p. 188). Pero, la explicación de cómo las “redes de significados” de un lenguaje dado pueden entrar en colisión entre sí aún dem anda una explicación, la que no puede, sin circularidad, atribuirse a las propias capacidades generativas del lenguaje. Hacer esto significaría, en definitiva, inten­ tar introducir una forma nominalista de clausura metacrítica (clausu­ ra a la que White se niega, aunque con la consecuencia, como vimos, de dejar indeterminados sus fundamentos epistemológicos, lo que vuelve inconsistente todo su programa metahistoriográfico), colocan­ do al Lenguaje en el lugar de ese fundamento infundado que White creyó ver en la Voluntad y Fish en la In stitución. En definitiva, si las transformaciones que en el lenguaje se producen son el punto de par­ tida para la generación de realidades no-lingüísticas (aunque no por ello extra-lingüísticas) es porque, al mismo tiempo, éstas son también un punto de llegada de procesos no-lingüísticos —procesos (como la generación de anom alías), en realidad, sumamente complejos y que ocurrirían siempre “a nuestras espaldas”—. Volviendo al ejemplo de Goldmann, de alguna forma u otra hay que pensar (puesto que no hay “horizonte sin h o rizo n te”) que toda c rític a a una determina­ da “visión del mundo” presupone ya la presencia de otra “visión del mundo” que permita tornar a aquélla en objeto de crítica, es decir,

de sostener (demasiado a terra d o s a supuestos “r e a lis ta s in g e n u o s”), L a C a p r a postula pero nunca intenta e x p lic a r su p la n t e o c e n tral r e sp e c to de có m o es que un fenómeno pueda “debatir”, si por e llo e n te n d e m o s , k a n t i a n a m e n t e (o, mejor dicho , anrikantianamente), llegar a c o n t r a d e c ir a q u e lla s catego rías de p e n s a m ie n to que c o n s t itu y e n sus propias condiciones de p o s ib ilid a d en tan to que “f e n ó m e n o ”.

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la dimensión per fo rm at iv a del lenguaje supone siempre la c o n s t a tativfl (aunque ya no, es cierto, en el sentido de un mero registro de transformaciones que ocurren en esa realidad, “frente nuestro”), que toda “grande obra” es siempre al mismo tiempo “transgresiva” en un r e s p e c t o y “representativa” en otro; como decía Fish, que toda “aper­ tura” es “relativa”, que no existe “apertura en ge n e ral”: El individuo actúa y argumenta en nombre de normas y valores personalmente sostenidos (de hecho, son éstos los que lo sostie­ nen a aquél), y lo hace con la plena confianza que acompaña la creencia. Cuando sus creencias cambian, las normas y valores a los cuales alguna vez dio asentimiento irreflexivo quedan rebajados a la condición de opiniones y se convierten en el objeto de una aten­ ción analítica y crítica; pero esa misma atención es posible gracias a un nuevo conjunto de normas y valores que, por el momento, son tan indudables y acríticos como aquellos a los que desplazaron (Is there1., p. 319). El punto aquí es que, al situar el énfasis de sus análisis exclusivam en­ te en la dimensión performativa del lenguaje —sin tomar en conside­ ración cómo ésta se imbrica siempre con la con statativa—LaCapra soslaya el desafío fundamental planteado por la tropología w hiteana. De hecho, el verdadero nudo perturbador de su concepto tropológl­ co no radica tanto (o solam ente) en el hecho de que el mismo hace anclar la presencia de tendencias antagónicas en la superficie de los textos en una dimensión trascendente a los mismos: los tropos (algo que LaCapra agudamente señala), como que con ello W hite tienda a afirmar la radical inconmensurabilidad entre los (en palabras de Wittgenstein) diversos “juegos de lenguaje” —una consecuencia que LaCapra prefiere obviar—. En W h ite esto se liga naturalm ente a la idea de la anterioridad del sujeto de la decisión, quien se encuentra en situación de decidir autónom am ente su adhesión a uno u otro de

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ellos.41 LaCapra, en cambio, a fin de salvar su idea agonal de lo textual, tiene que eliminar, junto con el sujeto de la decisión, la idea dt una inconmensurabilidad entre los diversos “juegos de lenguaje”: e] Lenguaje (com o la lnstituciójx de Fish) aparecería entonces como uj terreno llano, neutro y perfectamente homogéneo a fin de que las dis­ tintas “voces” puedan entrar en él en contacto e interactuar libremen­ te, y, finalmente, enfrentarse entre sí. La antinomia entre fundacionalismo y relativismo se despliega así er otra paralela a aquélla entre completa determinación y libre arbitrio. \ ambas se encuentran indisociablemente ligadas. La determinabilidac del lenguaje está garantizada en LaCapra por la posibilidad de atravesai las diversas secciones de una superficie textual sin fisuras.42 Y con elle parece simplemente trasladar al plano de la superficie textual (en tante que sustrato y soporte del lenguaje entendido como actividad y produc­ tividad) el mismo concepto de tabula rasa (de ente despojado de tod; 41 En “ 1 li s t o r ic is m , 1 Iistory, and th e F ig u r a tiv e I m a g in a t i o n ” ( H i s t o r y a n d Théo rv, 14, 1975, p. 6 6 ), W h i t e afirma qu e “p o d e m o s im a g in a r el m e d i o ele traducir di un discurso a o tr o , d e l m ism o modo c o m o trad u cim o s de un l e n g u a j e a o tro”. Sil embargo, c o m o s e ñ a l a R o t h ( “H a y d e n W h i t e an d the A e s t h e t i e ”, p. 2 5 ) , ésta e una a f ir m a c ió n a i s l a d a (R o th no ha e n c o n t r a d o n in g u n a a n á l o g a e n su obra) que por otro la d o , c o n t r a d i c e todo lo qu e s o s tie n e en su te o r ía d u r a n t e los escritos de período. En los a ñ o s q u e siguen, W h i t e r a d ic a liz a aun más su r e la t iv i s m o . En “His torical P l u r a l is m ” , C'-ntical I n q u i r y , 12, 198 6 , pp. 4 8 6 ( c it a d o por R o t h , ibid., p. 26 el autor de M e t a h i s t n r y se define a sí m is m o c o m o a lg u ie n qu e “n o t e m e a la etiquet: de ‘r e la tiv is ta r a d i c a r ” . Este r e la tiv ism o r a d ic a l se ligaría a su v o l u n t a r is m o liberal Según afirm a R o t h , W h i t e “enfatiza el g r a d o [...) de i n d e t e r m i n a c i ó n d e las explica Clones por los d a t o s d isp o n ib le s a fin d e d a r lugar a la a c c ió n d e l a g e n t e humano (ibid., p. 2 6 ). 4J La suya es, e n d e fin itiv a , una p e rsp e c tiv a h istórica e ste tiz a n te de m atriz román tica. Clomo d ic e K ra m e r , para L aC ap ra “las grandes n o v e las a m e n u d o retratan con testaciones i n t e r n a s m ás p ro fundam ente q u e otros textos p orque la form a literaria qu establecen es u n l e n g u a j e libre y, por lo t a n t o , desafían las c a te g o r ía s q u e rein an má allá en la c u l t u r a ” (L lo v d Kramer, “L ite ra fu re , C r ir ic is m ”, T h e N e w C'ultural Histor) pp. 115-1 14).

determinación particular, de toda singularidad y contingencia histórica) con que W hite define al sujeto de la decisión. Lo que ni LaCapra ni White poseen, según afinna Fredric Jameson, y los lleva a hipostasiar o bien el lenguaje, o bien al individuo, es un concepto de la Historia (con H mayúscula), la idea de la existencia de un ámbito de contradicciones “reales” que no existen fuera del lenguaje, pero que, sin embargo, no reductibles a meros antagonismos lingüísticos45 y, por lo tanto, ruinca terminan de resolverse a este nivel. s o n

¿E l

marxismo en el

M

aelstrom textualista?

Jameson ( ■) ha ganado merecida reputación como el artífice de uno de los intentos contemporáneos más originales y sistemáti­ cos por hacerse cargo desde el marxismo de los desafíos planteados al mismo por el presente “giro lingüístico”, asimilando, a la vez, los aportes legítimos que éste pudiera ofrecer a aquél. W hite lo definió como “un genuino dialéctico [...] porque sabe que toda teoría debe medirse no por su capacidad de demoler a sus contendientes, como por la de expropiar lo que es valioso y penetrante de sus m ás fuertes oponentes”.44 Pero Jameson es algo más que eso. Es tam bién capaz (o, al menos, así afirma serlo) de volver contra sus oponentes las mis­ mas herramientas críticas tomadas de ellos, revelándoles con éstas las limitaciones inherentes a sus doctrinas. El marxismo proporcionaría ese “horizonte intrascendible” que le perm itiría indagar a aquéllas en sus propios fundamentos para corroerlas criticamente desde dentro y así trascenderlas. F re d ric

Decir que todos los a c to s de h a b la so n r e la c i o n e s in te r p e r s o n a le s —asegura Jameson- no es, c o m o p ro p o sic ió n , lo m ism o q u e a firm a r que todas las re lac io n e s intetpersonales son acto s d e h a b la ” (Fredric J a m e s o n , T h e P r i s k m - H o u s c f ¡ Mt iguage, Princeton, Princeton U n iv e r s i t y Press, 1972, p. 2 0 5 ) . 4 4 Hayden W h it e , “G e t t i n g O ut oí H isto ry ”, D i a c r i t i c s , 1 2 . 5 , 1982, p. 5 .

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Más concretamente, Jameson se propone mostrar las aportas a las conduce la actu al absolutización de la instancia textual. Este autc insistirá, pues, en la necesidad de resituar el énfasis de los estudios la dimensión “vertical” del texto a la “horizontal”, es decir, de la art culación de las diversas instancias de un texto a los modos en que le mismos se constituyen históricamente ( T he ldeologies, J, p. xxix). Est no necesariamente significa un regreso a la creencia positivista ing( nua en la existencia de una realidad “objetiva” que no se encuenti siempre ya mediada simbólicamente, o de un “contexto” situado jx fuera de todo “texto” o narrativa. Este último reconocimiento no nc obliga, sin embargo, según Jameson, a sucumbir ante el textualism< A fin de trascender el textualismo no es necesario ir más allá de le textos mismos, sino reactivar aquella dimensión oculta en ellos, qu se parece mucho a una zona negada (y cuya emergencia, por lo tai to, resultará siempre perturbadora para la estabilidad de los misma y que sólo surge a partir de una comprensión de la vida social com “totalidad”. Sólo ésta permite abrir los textos hacia sus mismas cond ciones se m án tica s de producción, h acia aquello que los mismos al mil mo tiempo excluyen y contienen dentro de sí: su i n c o n s c i e n t e político: Se trata, en fin, de comprender los “artefactos literarios” como actt socialmente si m b ól ic os ( The Political, p. 20). Comprender los “artefactos literarios” como a cto s s o c i a l m e n t e sin bélicos no significa, para Jameson, buscar por detrás de los textos s “estructura profunda”: es en la misma superficie textu al donde 1í distintas fuerzas sociales entran en combate; el texto no es más qu

4> C o m o c o n c lu s ió n o su T h e P r i s o n - H o n s e o j Li mg uag p ( 1 9 7 1 ) , e n qu e analiza l¡ nociones e stru c tu ral istas y formalistas del l e n g u a je como m o d e lo p ara p e n sar lo soda jam e so n afirm aba q u e “las dem andas g e m e la s , y en ap arien c ia inconmensurables,!! un análisis s i n c r ó n ic o y u n a c o n c ie n c ia h is tó r ic a , de estructura y auto co n cien cia, C le n g u aje e h is to r ia , p o d r ía n ser r e c o n c ilia d a s ”. C a b e considerar la t e o r ía del “inconi c ie n te p o lític o ” q u e p lasm a diez años m ás ta rd e e n T h e Political U n c o n s c i o u s cornos in te n to más a c a b a d o por dar forma a tal p r o y e c to in te le c tu al.

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' fcihí'otaca

el campo agonal para el juego de tendencias encontradas. Se trata simplemente de ver los textos como “totalid ad es”. En la celebración posmoderna de la pura d iff ér anc e, Jameson ve una “estrategia de con­ tención por la cual [las “lecturas locales”] pueden proyectar la ilu­ sión de ser de algún modo completas y autosuficientes” ( T h e Political, p. 10). S e trata, pues, de una mera operación ideológica (correlato intelectual de da d esintegración esquizofrénica del sujeto burgués en el capitalism o tardío) que tiende a clausurar todo sentido crítico -sentido aún perceptible en las ideologías de la modernidad, corres­ pondientes a etapas previas de desarrollo c a p ita lista -.46 Pero, aun en este caso extremo, la idea de la particularidad presupone ya siem ­

pre, para Jameson, la de unidad como el trasfondo necesario para su inteligibilidad en tanto que tal particularidad.47 La superioridad del marxismo radicaría precisamente en aferrarse a dicho concepto de totalidad, lo que le perm itiría perm anentem ente dislocar toda c erti­ dumbre local revelando su carácter siempre inevitablem ente parcial y limitado. “El gran logro de Lukács - a f ir m a - fue haber entendido

4 6 En T h e Political U n c t m s c i o u s , Jam eso n traza, e n u n a trilogía que va d e B alzac a Conrad y pasa por Cnssing, el proceso de fo rm ac ió n d e l su je to burgués m o d e r n o v su posterior desintegración esq u iz o fré n ica (la a u t o n ó m iz a c ió n de sus diversas f a c u lta d e s y la consecuente d esartic u lac ió n del ego ) bajo las c o n d i c io n e s d e l c ap italism o tard ío . 47 “Uno no puede e n u m e r a r las diferencias e n tr e las cosas sino contra el trasfondo de una identidad más ge n e r a l. IÉl co n cep to a lt h u s s e r ia n o de] m e d i a c i ó n e s ta b le c e esta identidad inicial, frente a la c ual luego, y sólo p o s te r io r m e n te a la m ism a, la i d e n t i ­ dad local o diferenciación p u e d e ser registrada” ( T h e Political, p. 42). J a m e s o n p a r e c e simplemente ignorar aq u í la d is tin c ió n estab lecida por Hórrida entre d i f f é r a n c e y d if e ­ renciación. Contra lo que D errida e x p líc it a m e n t e so stie n e con su idea de la d i f f é r a n c e , Jameson afirma que el d e c o n stru cc io n ism o sería u n a m e r a valorización de lo “m o l e ­ cular” que siempre p re su p o n e un co n c e p to de t o t a li d a d . “El valor de lo m o le c u la r en Deleuze, por ejem plo - a s e g u r a - d ep en d e e s t r u c t u r a l m e n t e de un im p u lso m o la r preexistente y unificante c o n t r a el cual su verdad (Hieda ser leída. Sugerirem os, p or lo tanto, que éstas son filosofías c r ític as o de segundo grado , qu e re-confirman el e sta tu s de la totalidad por medio de su propia reacción co ntra el m is m o ” ( T h e Political, p. 5 3 ).

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que tales estrategias de contención [...] sólo pueden ser desenmasca­ radas al confrontarlas con el ideal de totalidad el cual éstas al mis­ mo tiempo implican y reprim en” (The Political, p. 53). El marxismo podría, pues, definirse como un historicismo radical (The Ideologies u, p. 164), lo “infinitam ente totalizable [...] simplemente, el lugar de un imperativo por totalizar” ( T he Political, p. 53). “Historizar, siem­ pre historizar”, es la m áxim a que abre su T h e Political U n co n sc ious y preside toda su obra. Tal concepto de los “artefactos literarios” como actos socialmente simbólicos debe, pues, interpretarse en un sentido negativo, como la exigencia de desmantelar toda aproximación fragmentaria revelando su unilateralidad. En definitiva, piensa Jameson que si el marxismo es el lugar para un mero “imperativo por totalizar”, se debe a que la totalidad como tal no es representable. Jameson apela aquí a la idea de Althusser (quien, a su vez, se basara en Spinoza) de la estructura comer “causa ausente”. El mayor obstáculo para un debate riguroso en torno al concepto marxista de totalidad radica, para él, en su confu­ sión o bien con la idea mec anici sta- cartesiana de ca u s a -e f e c t o (según el modelo vulgar de base-superestructura), o bien con el concepto leibniziano (y que Althusser atribuye también a Hegel pero que Jameson prefiere asociar con Goldmann y su noción de “visiones del mundo”) de causalidad expresiva (en el que el todo se reduce a una suerte de esencia interior, anterior e independiente a sus partes, las cuales serían una mera manifestación exterior suya). La idea de causalidad estruc­ tural de Althusser (y que en los debates actuales suele confundirse —muchas veces, según asegura Jameson, de m ala fe—con alguna de las antes mencionadas) supone un concepta) de la totalidad comple­ tamente distinto. La totalidad, para Jameson, como lo estructura para Althusser, no es algo dotado de tina naturaleza propia que preexiste a sus manifestaciones y que sólo posteriormente viene a imprimirse en ellas, sino una causa inm anente a sus mismos electos, constituye el sistema de sus relaciones. Aquélla, por lo tanto, nunca se nos revela­ ría sino en éstos, es decir, en sus propias contingencias (The Political,

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p 24-25)- Es así que totalidad y parcialidad, identidad y diferencia, necesidad y arbitrariedad se im plican y presuponen mutuamente. Tal idea d e la totalidad entiende Jameson que permite a la vez subsumir y tra s c e n d e r las aproximaciones hacia lo fragmentario de nuestra reali­ dad caída, revelándola como tal (como real y parcial al mismo tiem­ po); no buscando un “sentido oculto” (como en la hermenéutica) o una “estructura profunda” (como en el caso de la tropología de W hite) tras lo inm ediatam ente dado a la conciencia, sino desnudando todo intento de proyectar alguna esfera particular de nuestra existen­ cia social (como, por ejemplo, el “lenguaje”) como punto arquimédico situado por fuera de la misma.4'' En definitiva, aquello hacia lo que la crítica marxista tiende, sin llegar nunca a alcanzar, esa “causa ausente” inm anente en sus mismos efectos (los textos) es lo que Lacan definiera como lo Real —“aquello que resiste absolutamente toda simbolización”—, pero que jameson prefiere traducir como Historia. “La noción lacaniana de una aproxi­ mación ‘asintótica’ a lo Real —dice—gráfica una situación en la cual la acción de esta ‘causa ausente’ puede ser entendida como un término límite, tanto indistinguible de lo Simbólico (o lo Imaginario) como también independiente del mismo” (T he Ideolo gías, i, p. 107). Jameson retoma así un concepto lacaniano para convertirlo en el núcleo de la crítica literaria marxista; pero para comprender el sentido que 1,8 Un e je m p lo J e ello es la le c tu ra q u e o lrece de Freud. A s e g u r a que el famoso triángulo e d íp ic o presupone ya a la f a m ilia m o n o g á m ic a b urguesa. En ese sentido, no es falso, sino h is tó r ic a m e n te d e te r m in a d o . El error de Freud sería h ab er proyectado tal concepto c o m o un universal. El p aso s ig u ie n te es m o strar c ó m o es que la s e x u a li­ dad (el deseo g en eralizado , c o n v e rtid o d e an sia específica o r ie n ta d a h a c ia un objeto particular en láeseo abstracto) pudo l l e n a r s e ele c o n te n id o scaniótico, cómo un h e c h o “natural” (co m o c o m e r) pierde su n a t u r a li d a d y se carga de s e n tid o sim bólico (co m o ocurre con el c o m e r en las fiestas r itu a le s ) y qu é sucede c u a n d o se produce la se p ara ­ ción entre los ám b ito s de lo p úb lico y lo p riv ado , es decir, u n a vez qu e el sexo (o la comida) como a c tiv id a d pierde su c a r á c t e r so cial y se desplaza y recluye en el ám b ito personal-individual.

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tal c o n c e p to ad q u ie re e n J a m e s o n es n e c e s a r io considerar la set r e tra d u c c io n e s q ue realiza de térm inos ta le s com o lo Real, lo J* nario y lo S i m b ó l i c o (té r m in o s siem pre am b ig u o s y abiertos a div« in te rp re ta c io n e s ). El e s ta d o p re -e d íp ic o d e in d ife re n c ia c ió n originaria, llamado i hién “e s ta d io d e l espejo” ( e n q ue el n iñ o se confunde a sí mismo'í su reflejo) y q u e L acan a s o c ia r a a lo “I m a g in a r io ”, Jameson lo reiia preta c o m o la e x p re sió n d e a q u e lla form a n a t u r a l (inmediata) de i en c o m u n id a d e n que los in d iv id u o s —y, d e n tr o del propio indivii sus d iv e r s a s f a c u lt a d e s — a ú n n o se h a n a u to n o m iz a d o y adqujl entidad p r o p ia ( lo que h is tó r ic a m e n te só lo ocurre con la d iv isió ip trabajo e n a c tiv id a d e s e s p e c ia liz a d a s ). El o r d e n de lo Simbólico j para L a c a n se in tro d u ce j u n t o c o n el le n g u a je y que le permiteal] adquirir u n a id ea de la p r o p ia id en tid ad (c o m ie n z a a pensarse a sí j mo com o u n “Y o ” d is tin to d e los otros) e x p r e s a nuestra realidad < el proceso d e re ific ac ió n p o r e l cual la t o t a l id a d social se desinteg una serie d e d im e n sio n e s p a r c e la r ia s e n f r e n ta d a s hostilmente ene C on la in tr o d u c c ió n d e l o r d e n de lo S i m b ó l i c o se quiebra definü m ente el e s ta d o de in d if e r e n c ia c ió n o r i g in a r i a ; sin embargo, lo gina rio su b siste , para J a m e s o n , e n lo S i m b ó l i c o (e l error de Lacani no h ab er c o m p re n d id o e s to ): “el len g u a je —ase g u ra—se las arregla] portar lo R e a l com o su p ro p io subtexto in t r ín s e c o o inmanente” i Political, p. 8 1 ) : El gradual eclipse [de lo Imaginario en L acan ] en su obra tardía] extraño a una sobreestimación de lo S i m b ó l i c o , que puede llaman* propiamente ideológico [...] Los patrones ele pensamiento de lo i gina ri o persisten en la vida psíquica m a d u r a bajo la forma de loj generalm ente se concibe como juicios éticos, aquellas valoración repudios explícitos o implícitos en los c u a le s el “bien” y el “mal?j simples descripciones posicionales de la s relaciones geográficas! fenómenos en cuestión respecto de m i propia concepción Imagffl de centralidad (The I d e o lo g í a s , i, p. 95).

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{as contemporáneas, afirma Jameson, o bien h an sobreesLacan mismo -pero tam bién la línea de pensamiento Weber a Foucault-, el poder de lo Simbólico (convirtiéndoSima celebración de la sum isión a la Ley) ( T h e Id eo lo gi es , l, )) o bien, como la fen o m en o lo gía -M e r le a u -P o n ty , con de la primacía de la percepción en la elabo ració n de los ^artísticos, sería el mejor ejem plo de ello—, se h an centra¡javamente en lo Imaginario e interpretado en tales términos Ert Simbólico. Lo Real es, en cambio, aquel “tercer término”, Bausente” por la que el primero (lo Im aginario) se despliega en (lo Simbólico) bajo la forma de la Necesida d (que es la otra ible de definir a la Historia): „ 10

iHistoria es por lo tanto la experiencia de la Necesidad, y esto es lo ique puede impedir su tematización o cosificación como un mero pto de representación o como un código maestro más entre otros s. La Necesidad no es en ese sentido un tipo de contenido, sino (bien la forma inexorable de los eventos; es por lo tanto una catei narrativa en el sentido ampliado de cierto inconsciente político píamente narrativo por el que hemos abogado aquí: una retextualitde la Historia que no propone a esta última como alguna nueva entación o “visión”, algún contenido nuevo, sino como los efecp'formales de lo que Althusser, siguiendo a Spinoza, llama “causa ite”. Concebida en este sentido, la Historia es lo que hiere, es K u e rechaza el deseo e impone límites inexorables a la praxis tanto Jauvidual como colectiva [...] Éste es el sentido último en que la His^^pjpria, como cimiento y horizonte intrascendible, no necesita ninguna

«(MMjMtócación particular: podemos estar seguros de que sus necesidades t ¿»aftppaienantes no nos olvidarán, por mucho que prefiramos no hacerles XVII eran no sólo hombres económ icos que com erciaban y con s­ truía11 barcos. También m iraban las pinturas de R em brandt, trazaban mapas del mundo, ten ían concepciones m an ifiestas de la n aturaleza ¿e otros pueblos y se preocupaban m ucho acerca de su propio d esti­ no Estas representaciones eran fuerzas vigorosas y efectivas en lo que eran y cómo actuaban. Se abren muchas posibilidades al pensam iento la acción si seguimos a R orty y abandonam os la epistem ología (o al menos la vemos como lo que h a sido: un im po rtante m ovim iento c u l­ tural de la sociedad occid en tal) y seguimos a Foucault cuando ve al poder como productor e im pregnador de relacio n es sociales y origen de la producción de verdad en nuestro actu al régim en de poder. A q u í presento algunas conclusiones iniciales y estrategias de investigación que podrían deducirse de este análisis de la epistem ología. S im p le ­ mente las enumero antes de pasar a las recien tes discusiones en an tro ­ pología sobre la mejor m anera de describir al otro. Com o

1. La epistemología debe verse como un aco ntecim iento histórico: una práctica social característica, entre m uchas otras, articu lad a ele nuevas maneras en la Europa del siglo X V I I . 2. No necesitamos una teoría de las epistem ologías indígenas o una nueva epistemología del otro. Reheríam os prestar atención a nuestra práctica histórica de proyectar nuestras prácticas culturales en el otro; en el mejor de los casos, la tarea es mostrar cóm o, cuándo y a través de qué medios culturales e institucionales otras personas com enzaron a reclamar la epistemología para sí. 3. Es necesario que antropologicem os O ccid en te: m ostrar cuán exótica ha sido su constitución de la realid ad ; poner de reliev e los dominios cuya universalidad se da más por sentada (esto in clu ye la epistemología y la econom ía); hacer que parezcan tan históricam ente peculiares como sea posible; mostrar de qué m anera sus pretensiones a la verdad se vinculan con prácticas sociales, razón por la cual se co n ­ virtieron en fuerzas sociales efectivas en el m undo social. 18 í

4. Tenem os que pluralizar y diversificar nuestros enfoques: un pas0 fundam ental contra la hegem onía económica o filosófica es diversi ficar los centros de resistencia; evitar el error de una esencialización invertida; el occidentalism o no es un remedio para el orientalismo. La escritura de textos etnográficos: la fantasía de.la biblioteca Cuando los conceptos se m ueven a través de los lím ites de las dis­ ciplinas, se produce una curiosa brecha tem poral. El momento en que la profesión histórica descubre la an tropo lo gía cultural en la (poco re p rese n tativ a) persona de Clifíord G eertz es precisamente el m omento en que éste es cuestionado en antropología (uno de los temas recurren tes del sem inario de Santa Fe que dio origen a este volumen —W riti ng C ultur e—). Del mismo modo, los antropólogos (o por lo menos algunos de ellos) descubren hoy nuevas creaciones y se ven impulsados hacia ellas por la infusión de ideas provenientes de la crítica literaria deconstruccionista, cuando ésta ha perdido su energía cultural en los departamentos de literatura y Derrida descubre la polí­ tica. A unque hay muchos portadores de esta hibridación (muchos de ellos presentes en el seminario, como fue el caso de Jam es Boon, Stephen W ebster, Jam es Siegel, Jean-P au l Dumont y Jean Jam in), sólo, hay un “profesional”, por decirlo así, en la m uchedumbre. En efecto, mientras todos los mencionados son antropólogos practicantes, James Clifford ha creado y ocupado el papel de escriba ex officio de nuestros garrapatees. Geertz, la figura fundadora, puede hacer una pausa entre monografías para reflexionar sobre textos, narraciones, descripciones e interpretaciones. Clifford adopta corno nativos, así como informantes, a los antropólogos del pasado y el presente cuya obra, autoconscientemente o no, ha consistido en la producción de textos, la escritura de etnografía. Somos observados y registrados. A prim era vista, la obra de Jam es Clifford, como la de otros de los colaboradores de este volumen (Writing Culture), parece seguir natu-

los pasos del giro interpretativo de Geertz. H ay sin embargo yna diferencia fundam ental. Geertz (como los demás antropólogos) aún dirige sus esfuerzos hacia la reinvención de una cien cia antropo­ lógica con la ayuda de mediaciones textuales. La actividad central es todavía la descripción social del otro, aunque m odificada por nuevas concepciones del discurso, el autor o el texto. Para Clifford, el otro es la representación antropológica del otro. Esto significa que tiene un control más firme de su proyecto y, a la vez, una posición más parasi­ taria. Puede inventar sus cuestiones con pocas restricciones; debe ali­ mentarse constantem ente de los textos de otros. Esta nueva especialidad se en cu en tra actualm ente en proceso de autodefinición. El primer paso para legitim ar un nuevo enfoque es sos­ tener que tiene un objeto de estudio, preferentemente importante, que antes pasó inadvertido. Como paralelo a la afirmación de Geertz de que los balineses interpretaban desde el principio sus riñas de gallos com o textos culturales, Clifford sostiene que los antropólogos han esta­ do experimentado con formas de escritura aunque no lo supieran. El g ir o interpretativo de la antropología ha dejado su señal (con la produc­ ción de un cuerpo significativo de obras y su cuasi establecim iento como unasubespecialidad), pero todavía no está claro sí el giro deconstructivo semiótico (una etiqueta reconocidamente vaga) es una liberación salu­ dable, la apertura a nuevas y estim ulantes obras de la mayor importan­ cia o una táctica en el campo de la política cultural que debe entenderse primordialmente en términos sociológicos. Como sin duda es lo primero [“una liberación saludable”] y lo tercero [“una táctica en el campo de la política cultural”], merece un exam en más minucioso. En su ensayo “La fantasía de la biblioteca”,Zí M ichel Foucault juega hábilmente con la progresión ele usos que Flaubert hizo a lo largo de su vida de la fábula ele la tentación ele san A ntonio. Lejos de ser los pro­ j a lm e n t e

23 Foucault, “Tile- F antasía of the L ib rare ”, en Dónale! Bouchard (co m p .), Lan g ua g e, Counter-Memoi's, P r a c t i c e , Ithaca, t 'o r n e i l U n i v e r s i t y Press, 1977.

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ductos ociosos de una fértil im aginación, las referencias de Flaubert a la iconografía y la filología en sus versiones aparentem ente fantasma­ góricas de las alucinaciones del santo eran exactas. Foucault nos mues­ tra cómo, a lo largo de su vida, aquél retornó a esta escenificación de la experiencia y la escritura, y la usó como un ejercicio ascético tanto para producir como para m antener a raya a los demonios que asedian el mundo de un escritor. No fue accidental que Flaubert terminara su vida de escritor con esa monstruosa colección de lugares comunes que es Bouvard et Pécuchet. C om entario constante sobre otros textos, esta novela puede leerse como una exhaustiva dom esticación de la textualidad en un ejercicio autónomo de ordenam iento y catalogación: la fantasía de la biblioteca. En favor del argumento, yuxtapongam os la antropología interpre­ tativa de Clifford Geertz a la m etaantropología textu alista de James Clifford. Si Geertz aún procura conjurar y capturar los demonios del exotismo —estados teatralizados, juegos de sombras, riñas de gallos- a través de su uso lim itado de las escenificaciones ficcionalizadas en que pueden presentarse ante nosotros, el rumbo textualista/deconstructivo se arriesga a inventar sistem as de clasificación cada vez más inteligentes para los textos de los otros, y a im aginar que todo el resto del mundo se esfuerza duramente por hacer lo mismo, temeroso de que el argumento tome su propio cam ino. Debo destacar que no digo con esto que la empresa de Clifford haya sido hasta el presente todo menos saludable. La elevación de la c o n cien cia antropológica acerca del modo textual de operación de la propia antropología estuvo largamen­ te demorada. Pese a admitir ocasionalm ente el carácter ineluctable de la ficcionalización, Geertz nunca llevó demasiado lejos esa intuición. El punto parece haber necesitado una m etaposición para demostrar claramente su verdadera fuerza. La voz de la b iblioteca del campus ha sido saludable. Lo que quiero hacer brevemente en esta sección es volver la mirada, observar nuevam ente a este etnógrafo de etnógrafos, sentado al otro lado de la mesa ele un café y, con el uso de sus propias categorías descriptivas, exam inar sus producciones textuales.

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El tema central de Clifford h a sido la construcción tex tu al de la autoridad antropológica. El principal instrum ento literario empleado en las etnografías, el “estilo indirecto lib re”, fue bien analizado por Sperber24 y no es necesario reiterar ese análisis aquí. La revela­ ción de que los antropólogos escriben utilizando con vencion es lite ­ rarias, aunque interesante, no es intrín secam ente generadora de una crisis. Muchos sostienen hoy que la ficció n y la cien cia no son tér­ minos opuestos sino com plem entarios.25 S e han hecho progresos en nuestra conciencia de la cualidad ficcio n al (en el sentido de “elabo­ rada”, “fabricada”) de la escritura antropológica y en la integración de sus modos característicos de producción. La autoconciencia del estilo, la retórica y la d ialéctica en la producción de textos antropológicos debería conducirnos a un conocim iento más fino de otras m aneras de escribir, más im aginativas. Clifford, sin embargo, parece d ecir algo más. En sustancia, sostie­ ne que, desde M alinowski en ad elan te, la autoridad antropológica ha descansado sobre dos pilares textuales. U n elem ento de la exp erien­ cia—“yo estuve a llí”—establece la autoridad única del antropólogo; su supresión en el texto establece su autoridad cien tífica.26 Clifford nos muestra este mecanism o en funcionam iento en el famoso artículo de Geertz sobre la riña de gallos: El proceso de investigación está separado de los textos que genera y del mundo ficticio para evocar el cual están hechos. La realidad de las situaciones discursivas y de los interlocutores individuales se trasluce.

24 Sperber, “E th n o g r a p h ie in te r p r é ta tiv e et a n th r o p o lo g ie t h é o r iq u e ”, en Le s a v o i r des anthro pol og ues , Paris, H e r m a n n , 1982, pp. 1 3-48. 25 De C erteau, “H isto ry : Ethics, S c i e n c e , a n d F i c t i o n ”, en R. B e l l a h , P. R a b in o w y W. Sullivan (co m p s.), S o c i a l Science as M o r a l I n q u i r y , N u e v a York, C o l u m b i a U n i v e r ­ sity Press 1983, pp. 1 7 3 -2 0 9 . 26 La im portancia d e este doble m o v im ie n t o es u n o de los a r g u m e n to s c e n t r a le s ole mi Reflections on F i e l d w o r k i n Morocco.

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[...] Los aspectos dialógicos y situacionales de la interpretación etno­ gráfica tienden a proscribirse en el texto representativo final. No ínte­ gramente, desde luego; existen topoi aprobados para la descripción del proceso de investigación.27 Clifford presenta como paradigm ática la “fábula conmovedora” de Geertz: el antropólogo establece que estuvo a llí y luego desaparece del texto. Con su propio género, C li ff o rd hace un movim iento paralelo. Así como Geertz hace una reverencia a la autorreferencialidad (con lo que establece una dim ensión de su autoridad) y luego (en nombre de la cien cia) elude sus consecuencias, del mismo modo Clifford habla mucho sobre la ineluctabilidad del diálogo (con lo que establece el carácter “abierto” de su autoridad), pero en sí mismos sus textos no son dialógicos. Están escritos en un estilo indirecto libre modificado. Evocan un tono de “yo estuve allí, en la coiavención antropológica”, al mismo tiempo que m antienen coherentemente una distancia flaubertiana. Ni Geertz ni Clifford logran usar la autorreferencialidad como algo más que un m ecanism o para establecer la autoridad. La reveladora lectura que hace Clifford de la riña de gallos de Bali como una cons­ trucción panóptica plantea este argumento de manera persuasiva, pero él mismo comete igual omisión en otro nivel. Lee y clasifica, describe una intención y establece un canon; pero su propia escritura y situa­ ción quedan sin ser exam inadas. Señalar la postura textual de Clifford no invalida, desde luego, sus intuiciones (del mismo modo que su lec­ tura de bis pasos textuales de Malinowski no invalida el análisis de los kulas). Sólo las sitúa. Pasamos de la tienda llena de nativos en las Trobriands al escritorio de la biblioteca del cam pus.2''

'• G eertz, Local K n o w l e d g e , N u e v a York, Basic B oo ks, 198 3, p. 132. Q u ie r o agradecer a A r j u n A p p ad u rai por su a y u d a en la clarificació n de éste y otros puntos.

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Un paso esencial en el establecim iento de la legitimidad discip li­ naria o subdisciplinaria es la clasificación. C lifford propone cuatro tipos de escritura antropológica, que aparecieron en un orden aproxi­ madamente cronológico. O rganiza su artículo “O n Ethnographic A u t­ hority”29 en torno de esta progresión, pero tam bién afirma que ningún modo de autoridad es m ejor que los demás. “Los modos de autoridad revisados en este artícu lo —ex p erien cial, in terp retativo , dialógico, polifónico—son accesibles a todos los escritores de textos etnográfi­ cos, occidentales y no occiden tales. N inguno es obsoleto, ninguno es puro: dentro de cada paradigm a hay lugar para la invención”.’’0 La conclusión está a contrapelo de la retórica del artículo. Esta tensión es importante y volveré a ella más adelante. La tesis principal de Clifford es que la escritura antropológica te n ­ dió a suprimir la dim ensión dialógica del trabajo de campo, dando pleno control del texto al antropólogo. El grueso de su obra se co n ­ sagró a mostrar de qué m aneras podría rem ediarse, mediante nuevas formas de escritura, esta elim in ació n textu al de lo dialógico. Esto lo lleva a leer como m onológicos y vinculados en términos gen era­ les con el colonialism o los modos experiencial e interpretativo. “La antropología in terp retativ a [•■•] en sus ten d en cias realistas más en boga [...] net escapa a las censuras generales de lets críticos de la repre­ sentación ‘colon ial’ que, desde 1950, han rechazado lets discursos que describen las realidades culturales de otros pueblets sin petner en ries­ go su propia realidad”. ’1 S ería sencillo, al leer esta declaración, considerar que prefiere algunos “paradigm as” a ettros. Es perfectam ente posible que el mismo Clifford sea am bivalente. S in embargo, habida cuenta de sus propias elecciones interpretativ as, está claro que carac­

29 En C l if f o r d , “O n E t h n o g r a p h i c A u t h o r i t y ”, R e p r e s e n t a t i o n s , 1.2, 1 9 8 3 , pp. 118-146.

30 Ibid., p. 142. 31 Ibid., p. m .

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teriza algunos modos como “em ergentes” y con ello como témpora riamente más im portantes. S i se usa una g rilla de interpretación qUe destaque la supresión de lo dialógico, es d ifícil no leer la historia de la escritura antropológica como una progresión aproxim ada hacia la textualidad dialógica y polifónica. Tras haber presentado los primeros dos modos de autoridad etno­ gráfica (exp erien cial y realista/ in terp retativo ) en térm inos que en gran m edida son negativos, Clifford pasa a una descripción mucho más entusiasta del otro conjunto (dialógico y heteroglósico). Dice al respecto: “Los paradigmas dialógicos y constructivistas tienden a dis­ persar o repartir la autoridad etnográfica, en tanto que los relatos de iniciación confirm an la com petencia especial del investigador. Los paradigmas de experiencia e interpretación ceden su lugar a paradig­ mas de discurso, diálogo y polifonía”.32 La afirm ación de que estos modos están triunfando es em píricam ente dudosa; como lo señala Renato Rosaldo: “No hay un tropel que los siga”. No obstante, es evi­ dente que existe un interés considerable en tales asuntos. ¿Qué es dialógico? En principio, Clifford parece usar el término en un sentido literal: un texto que presenta dos sujetos en un intercambio discursivo. El “registro bastante literal”33 que hace Kevin Dwyer de los intercambios con un agricultor marroquí es el prim er ejemplo mencio­ nado de un texto “dialógico”. Sin embargo, una página más adelante Clifford agrega: “Decir que una etnografía está compuesta de discursos y que sus diferentes com ponentes están dialógicam ente relacionados no significa decir que su forma textual deba ser la de un diálogo lite­ ral”.34 Ofrece descripciones alternativas, pero no llega a una definición final. Por consiguiente, las características determ inantes de! género siguen siendo poco claras.

C lifford, “O n E th n o g rap h ic A u t h o r i t y ”. ” Ibid., P. 1 34. H Ibid., P . 1 35.

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“Pero si la autoridad interpretativa se basa en la exclusión del diálogo 1° contrar^° tam bién es cierto: una autoridad puram ente dialó. reprime el hecho in e lu d ib le de la te x tu aliz ac ió n ”, se apresura a recordarnos Clifford.33 Esto se ve confirm ado por el inquebranta­ ble distanciam iento de Dwyer con respecto a lo que percibe como las tendencias textu alistas de la an tropo lo gía. La oposición de lo interpretativo y lo dialógico es difícil de captar: varias páginas más a d e l a n t e , C lifford elo gia al m ás renom brado re p rese n ta n te de la hermenéutica, H ans-G eorg G adam er, cuyos texto s ciertam ente no contienen diálogos directos, por aspirar a un “dialogism o radical”.36 Por último, Clifford asevera que los textos dialógicos son, después de todo, textos, meras “rep resen tacio n es” de diálogos. El antropólogo conserva su autoridad como sujeto constituyente y representante de la cultura dom inante. Los textos dialógicos pueden ser tan escenifica­ dos y controlados como los exp erienciales o interpretativos. El modo n o brinda garantías textuales. Finalmente, más allá de los textos dialógicos se encuentra la heteroglosia: “un carnavalesco ám bito de diversidad”. Tras los pasos de Mijail B ajtin, Clifford señala la obra de D ickens como un ejemplo del “espacio polifónico” que podría servirnos como modelo. “Dickens, el actor, el ejecutante oral y pol¡fónico, se contrapone a Flaubert, el amo del control autoral que se m ueve a la m anera de un dios entre los pensamientos y sentim ientos de sus personajes. La etnografía, como la novela, lucha con estas altern ativ as”. S i los textos dialógicos caen víctimas de los males del ajuste etnográfico totalizador, tal vez no suceda lo mismo, entonces, con los aun más radicalm ente heteroglósicos: “La etnografía es invadida por la heteroglosia. Si se les otorga un espacio textual autónomo y se los transcribe en una extensión sufi­ ciente, los enunciados indígenas tienen sentido en términos diferentes 35 Ibid., p . 1 M . 36 Ibid., p . 1 4 2 . 37 ¡bid., p . 1 M .

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de los del etnógrafo ordenador. [...] Esto sugiere una estrategia textual alternativa, una utopía de la autoría plural que concede a los colabo­ radores no m eram ente el estatus de enunciadores independientes, sino el de escritores”.38 Pero Clifford agrega de inm ediato: “Las citas siem pre son puestas en escena por el que cita [...] una polifonía más radical sólo despla­ zaría la autoridad etnográfica, pero seguiría confirm ando la virtuosa orquestación fin al de todos los discursos por parte de un solo autor en su texto”.39 N uevas formas de escritura, nuevos experim entos tex­ tuales, darían acceso a nuevas posibilidades, sin garantizar ninguna. Esto inquieta a C lifford. Avanza. M om entáneam ente entusiasmado con lo dialógico, de inm ediato restringe su elogio. Nos llev a a la heteroglosia: seducidos —a lo largo de un párrafo—hasta que vemos que ésta tam bién, ¡a y !, es escritura. Clifford termina su artículo pro­ clamando: “He sostenido que esta im posición de co h eren cia a un proceso textual in d ó cil es hoy, in elu d ib lem en te, una cuestión de elección estratégica”.40 Su presentación m uestra con claridad una progresión aun cuando, al final del artículo, se trate de una progresión puram ente decisionista. Sin embargo, Clifford niega de m anera explícita toda jerarquía. En un principies c reí que esto era una m era inconsistencia, una ambi­ valencia o la encarnaciérn de una tensfon irresuelta pero creativa. Ahora creo que C lifford, como todos los demás, está “d a n s le vrai". Nos encontramos ven un momento discursivo en que las intenciones del autor han sido elim inadas o subestim adas en el pensam iento crí­ tico reciente. En su lugar, nos hemos visto llevados a cuestionar las estructuras y los perfiles de diversos modos de escritura p e r se. Fredric jameson identificó varios elem entos de la escritura posmoderna (por

" C l i f f o r d , “ O n E t h n o p r a p h i c A u t h o r i t y ” , P- 1 4 0 . Ihid., p. 1 3 9. 43 Ibul., p. 1 4 2 .

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ejempl°> su rechazo de la jerarquía, el deslustre de la historia, el uso ¿ e imágenes) de una m anera que parece en cajar muy ajustadam ente con el proyecto de Clifford.

peí

modernismo al p o s m o d e r n i s m o e n an tropología

predric Jameson, en su “Postmodernism and Consumer So ciety”,41 nos ofrece algunos puntos de partida útiles para situar las elaboraciones recientes en la escritura antropológica y metaantropológica. Sin buscar una definición unívoca del posmodernismo, Jameson delim ita el alcan­ ce del término al proponer una serie de elem entos clave: su ubicación histórica, el uso del pastiche, la im portancia de las imágenes. Jameson ubica el posmodernismo cultural e históricam ente no sólo como un término estilístico sino como un indicador de período. Con ello, procura aislar y correlacionar rasgos de producción cultural de los años sesenta con otras transformaciones sociales y económicas. El establecimiento de criterios analíticos y su correlación con los cam ­ bios socioeconómicos es muy prelim inar en su tratamiento: poco más que un indicador de lugares. Sin embargo, vale la pena indicar el lugar. Jameson define el capitalism o tardío como el momento en que “se eli­ minan por fin los últimos vestigios de la naturaleza que sobrevivían en el capitalismo clásico: a saber, el tercer mundo y lo inconsciente. Los años sesenta serán entonces el período decisivo de transformaciones en que esta reestructuración sistémica se produce a escala m undial”.42 No es éste el lugar adecuado para defender o criticar la periodización de Jameson, que éste reconoce como p rovisio nal. Señalem os sim ­

41 Jam e so n , “P o stm o d e rn ism and C o n su m e r S o c i e t y ”, cn H. Foster ( c o m p .) . T h e Anti-Aesthetic Ess ay s o n P o s t m o d e r n C u l t u r e , Port T o w n s e n d , W a sh ., Ray Press, 1 9 8 ?, pp. 1 11-12 5. 41 Ibid., p. 207.

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plemente que nos brinda la oportunidad de analizar los cambios en las formas representacionales dentro de un contexto de tendencias occidentales que conducen a la situación actual de quienes no elabo­ ran las descripciones de un modo vuelto h acia el pasado, m ediante el establecimiento de conexiones textuales con escritores de contextos muy diferentes, lo que frecuentem ente suprime las diferencias. Por esa razón, la adoptaremos como heurística. Los diversos posmodernismos en form ación durante los años sesen­ ta surgieron, al menos en parte, como reacción contra los anterio­ res movimientos m odernistas. El m odernismo clásico, para usar una expresión que ya no constituye un oxím oron, surgió en el contexto del alto capitalismo y la sociedad burguesa y se enfrentó a ellos: “apareció dentro de la sociedad com ercial de la era dorada como escandaloso y ofensivo para el público de clase m edia: feo, disonante, sexualmente chocante [...], subversivo”.43 Jameson contrasta el cariz modernista subversivo de principios del siglo X X con la naturaleza desjerarquizante y reactiva de la cultura posmoderna: Los estilos antaño subversivos y combativos —el expresionismo abs­ tracto; la gran poesía modernista de Pound, Eliot o W allace Stevens; el estilo internacional (Le Corbusier, Frank Lloyd W right, Mies); Stravinsky; Joyce, Proust y Mann—, que nuestros abuelos percibían como escandalosos o chocantes, son considerados por la generación que se presenta en el escenario en la década de 1960 como el establishment y el enemigo: muertos, asfixiantes, canónicos, monumentos cosificados que hay que destruir para hacer algo nuevo. Esto significa que habrá tantas formas diferentes de posmodernismo como hubo en su momento altos modernismos, dado que los primeros son, al menos inicialmente, reacciones específicas y locales contra esos modelos.44

4’ Jameson, “P o stm o d crn ism and C o n su m e r S o c i e i y ”, p. 124.

44 Ibid., p p . 194

1 1 1 - 1

12.

jámeson, de m anera sim ilar a H aberm as,45 cree evid en tem en te que hubo importantes elem entos críticos en el m odernismo. A un que prohableniente diferirían con respecto a lo que fueron, ambos estarían de a c u e r d o en que, en un sentido im portante, el proyecto de la m o dern i­ dad está inconcluso, y vale la pena fortalecer algunos de sus rasgos (su i n t e n t o de ser crítica, secular, an ticap italista, racional). Yo agregaría que si surgió en la década del sesenta como una reac­ ción a la canonización académ ica de los grandes artistas m odernistas, el posmodemismo, que se movió rápidam ente, logró ingresar por sí mismo en las academias en los años ochenta. Fue exitosam ente dom esticado y se adocenó a través de la proliferación de esquemas clasificatorios, la construcción de cánones, el establecim iento de jerarquías, la aten u a­ ción del comportam iento ofensivo y la acep tació n de las norm as u n i­ versitarias. A sí como ahora hay en N ueva York galerías de arte para losgraffiti, también se escriben tesis sobre ellos, la brea k -d ance, etc., en la mayoría de los departam entos vanguardistas. A un la Sorbona ad m i­ tió una tesis sobre David Bowie.46 ¿Qué es el posmodernismo? El prim er elem en to es su u b icació n histórica como contrarreacción al modernism o. Jameson, e x ten d ié n ­ dose más allá de la hoy ya “clásica” d efinición de Lyotard47 —el fin de las metanarrativas—, define su segundo elem en to como p astich e. La definición del diccionario —“1) U na com posición artística extraíd a de diversas fuentes; 2) m escolanza”—no es suficiente. Pound, por ejem ­ plo, recurrió a fuentes diversas. Jameson ap un ta a un uso del pastiche que ha perdido sus asideros normativos, y en el que todo lo que h ay es el revoltijo de elem entos. La mescolanza [hodge p o d g e ] se define como “una mixtura desordenada y confusa”, pero proviene del francés Lochepot, una clase de guiso, y en ello radica la diferencia. 4> H a b e r m a s , “M o d e r n i t y - A n I n c o m p le to P r o j e c t ”, e n H. F oster ( c o m p . ) , T h e Anti'Aesthetic Essays o n P o s t m o d e r n Culture, pp. 3-1 5. 46 S eg ú n lo informó Le N ( n i v e l O h s e r v a t e u r , 16 a 22 d e n o v ie m b r e de 198447 Lyotard, La c o n di t i t m p o s m o d e m e , París, É dirio n s d e M in u it , 1979.

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Joyce, H em ingway, W oolf et al. comenzaron con la noción de una subjetividad interiorizada y distin tiva que se inspiraba en el discurso y la identidad normales a la vez que se m antenía a distancia de ellos Había “una norm a lingüística en contraste con la cual los estilos de los grandes m odernistas”48 podían atacarse o alabarse, pero en nin­ guno de los dos casos calibrarse. ¿Qué pasaba, empero, si se quebraba esa tensión entre la normalidad burguesa y la puesta a prueba de los limites estilísticos por parte de los modernistas, y se daba paso a una realidad social en la cual no teníam os otra cosa que la “diversidad y heterogeneidad estilísticas’ sin el supuesto (aunque discutible) de una identidad o normas lingüísticas relativam ente estables? En tales con­ diciones, la postura contestataria de los modernistas perdería su vigor: “Todo lo que queda es im itar estilos muertos, hablar a través de las máscaras y con las voces de los estilos del museo im aginario. Pero esto significa que el arte contemporáneo o posmodernista se referirá al arte mismo de una nueva manera; más aun, significa que uno de sus men­ sajes esenciales implicará el fracaso necesario del arte y la estética, el fracase) de lo nuevo, el encarcelam iento en el pasado”.4“ Me parece que este encarcelam iento en el pasado es muy diferente del historicismo. El posmodernismo va más allá del (que hoy parece ser un casi consolador) extrañam iento del historicismo que, desde cierta distan­ cia, observaba otras culturas como totalidades. La d ialéctica del yo y el otro puede haber producido una relación alienada, pero que tenía normas, identidades y relaciones definibles. En la actualidad, más allá del extrañamiento y el relativism o, se encuentra el pastiche. Para ejem plificarlo, Jameson elabora un análisis de los films de la nostalgia. Películas contem poráneas de ese tipo, como Barrio chino [Chmntoienl o O ue rpo s ardientes \Body HeatJ se caracterizan por una “estilización retrospectiva”, bautizada “mode retro” por los críticos fran-

+'Jam eson, “Posn n o dern ism an d Cá m s u m e r Society", p. 1 14'"Ihid.. PP. 1 15 -1 1 6.

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ceses. En oposición a los films históricos tradicionales que procuraban recrear la ficción de otra era como otra, los de la “m o d e r é t r o ” tratan ¿e evocar un tono sensible m ediante el uso de artefactos precisos y dispositivos estilísticos que desdibujan los límites temporales. Jameson señala que los recientes films de la nostalgia a menudo transcurren en el presente (o, como en el caso de La g u err a de las galaxias [Star Wars], en el futuro). U na proliferación de m etarreferencias a otras representaciones ach ata y vacía sus con ten ido s. Uno de sus principales mecanismos consiste en recurrir abundantem ente a argumentos más antiguos: “El plagio alusivo y elusivo de argumentos más antiguos tam­ bién es, desde luego, un rasgo del p astich e”.50 Estas películas procuran no tanto negar el presente sino desdibujar la especificidad del pasado, confundir la lín ea entre pasado y presente (o futuro) como períodos diferenciados. Lo que hacen es representar nuestras representaciones de otras épocas. “S i queda aquí algún realismo, es un ‘realism o’ que surge de la conm oción de captar ese confinam iento y darse cuenta de que, cualesquiera sean las razones específicas, parecemos condenados a buscar el pasado histórico a través de nuestras imágenes y estereoti­ pos populares acerca de ese pasado, que en sí mismo se mantiene-para siempre fuera de alcan ce”.11 Según me parece, esto describe un enfo­ que que considera como su principal problema la elección estratégica de representaciones de representaciones. Aunque Jam eson escribe sobre la conciencia histórica, la misma tendencia está presente en la escritura etnográfica: los antropólogos interpretativos trabajan con el problem a de las representaciones de las representaciones de otros, los historiadores y metacríticos de la antro­ pología con la clasificación, canonización y “puesta a disposición” de representaciones ele representaciones ele representaciones. El achatamiento histórico constatado en el pastiche de los films de la nostalgia

'°¡bid., ibicl.,

p.

[ ] 7.

p.

1 I8.

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reaparece en el achatam iento m etaetnográfico que hace de todas 1^ culturas del mundo practicantes de la textualidad. En estas narracio­ nes, los detalles son precisos, las im ágenes evocadoras, la neutralidad ejemplar y el modo retro. Para Jam eson, el último rasgo del posmodernismo es la “textuali­ dad”. Con el recurso a ideas lacan ian as sobre la esquizofrenia, señala que una de las características definidoras del m ovim iento textual es el derrumbe de la relación entre significantes: “la esquizofrenia es una experiencia de significantes m ateriales aislados, desconectados y dis­ continuos que no logran vincularse en una secuencia coherente [...] un significante que ha perdido su significado se convierte con ello en una imagen”.52 A unque el uso del térm ino esqu izofrénico oscurece en vez de ilum inar, el argumento es revelador. Una vez que el significan­ te queda liberado de la preocupación por su relación con un referente externo, no flota absolutam ente al m argen de toda referencialidad; antes bien, otros textos, otras im ágenes se convierten en su referente. Para Jameson, los textos posmodernos (aquí habla de los poetas del lenguaje) efectúan un movim iento paralelo: “Sus referentes son otras imágenes, otro texto, y la unidad del poema no está en modo alguno en el texto sino fuera de él, en la unidad lim itada de un libro ausen­ te”.51 Estamos de regreso en la “Fantasía efe la b iblioteca”, esta vez no como parodia am arga sino como pastiche celébratorio. N aturalm ente, esto no significa que podamos resolver la actual cri­ sis de la representación m ediante un “cúmplase”. El retorno a modos anteriores de representación no autoconsciente no es una posición coherente (aunque la noticia todavía no ha llegado a la mayoría de los departamentos de antropología). Pero tampoco podemos resolverla ignorando las relaciones de las formas representacionales y las prác­ ticas sociales. Si intentam os elim in ar la referencialidad social, otros

Jameson, “Postinodernisin and C on su m cr S o c ic ty ”, p. 120. I b i d p. 12 3.

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ocuparán e l lugar vacío. A sí, la contestación del inform ante de Dwyer (cuando se le preguntó qué parte del diálogo entre e l l o s le había interesado más), que no le había interesado una sola p r e g u n t a hecha por éste, no es perturbadora en la m edida en que otros a n t r o p ó l o g o s lean el libro y l o incorporen a su discurso. Pero, desde l u e g o , ni Dwyer ni Clifford podrían sentirse satisfechos con esa resp u e s t a - Sus intenciones y sus estrategias discursivas divergen entre sí. Las últimas son las que parecen haber perdido el cam ino. re fe re n te s

m a rro q u í

,

Comunidades interpretativas, relaciones de poder ética

Los jóvenes conservadores [...] reclaman como suyas las reve­ laciones de una subjetividad descentradora, emancipada de los imperativos del trabaje) y la utilidad, y con esta experiencia salen del mundo moderno. [...] Trasladan a la esfera de lo leja­ no y lo arcaico los poderes espontáneos de la imaginación, la autoexperiencia y la emoción. Jurgen Habermas, “Modernity-An Incomplete Project” Una serie de escritos importantes de la ríltim a década exploraron las relaciones históricas entre la m acropolítica m undial y la antropología: Occidente versus El Resto; Im perialism o; C olonialism o; N eocolonialismo. Obras que van desde la de T a lal A sad sobre el colonialism o y la antropología hasta la de Edwarcl Said sobre el discurso occidental y el otro han puesto firmemente estas cuestiones en la agenda del debate contemporáneo. S in embargo, como señ ala T alal Asad en su artícu­ lo para este volum en ( Writing C u l t u r e ) , esto no sign ifica en modo alguno que esas condiciones económ icas m acropolíticas h ayan sido afectadas sensiblem ente por lo que ocurre en los debates antropológi­ cos. También sabemos hoy mucho acerca de las relaciones de poder y discurso vigentes entre el antropólogo y las personas con quienes tra­

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baja. T anto las m acrorrelaciones como las microrrelaciones de poder y discurso entre la antropología y su otro están en definitiva abiertas a la investigación. Sabemos que vale la pena plan tear algunas de las cues­ tiones y que se ha hecho de su formulación una parte de la agenda de la disciplina. Las m etarreflexiones sobre la crisis de la representación en los escritos etnográficos indican un alejam iento de la concentración en las relaciones con otras culturas, en beneficio del interés (no ternatizado) por las tradiciones de la representación y las metatradiciones de la m etarrepresentación en nuestra cultura. He estado usando la m etaposición de Clifforel como piedra de toque. Este no habla primor­ dialm ente de las relaciones con el otro, excepto cuando se dirimen a través de su preocupación an alítica central los tropos y las estrategias discursivas. Esto nos enseñó cosas importantes. Afirmé, pese a ello, que este enfoque contiene un interesante punto ciego, un rechazo de la autorreflexión. El análisis de Fredric Jameson acerca de la cultura posmoderna se presenté) como un tipo de perspectiva antropológi­ ca sobre c\ste desarrollo cultural. Bien o mal (m ás bien que mal, en mi opinión), Jameson sugiere maneras de pensar la aparición de esta irueva crisis de la representación como un acontecim iento histórico con sus propias coacciones históricas específicas. En otras palabras, nos perm ite ver que- en aspectos importantes no compartidos por otras posturas críticas (que tienen sus propios y característicos puntos cie­ gos),.el posmodernista está ciego a su situación y a la calidad de ésta porque, como posm odernista, está comprometido con una doctrina de la parcialidad y el flujo para la cual aun cosas tales como la propia situación son tan inestables, tan carentes de identidad, que no pueden servir como objetos de tina reflexión sostenida.""1 El pastiche posmodernista es tanto una posición crítica como tina dimensión de nuestro múñelo contem poráneo. El análisis ele Jam eson nos ayuda a alcanzar

1_t Q u ie r o a g rad e c er a J a m e s F au b io n por señ alarm e este aspecto.

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comprensión de nuestras interconexiones, con lo que se evitan a jg vez la nostalgia y el error de universalizar u ontologizar una situa­ histórica muy particular. En mi opinión, las apuestas en los debates recientes acerca de la e s c r i t u r a no son directam ente políticas en el sentido convencional del término. En otra parte55 sostuve que la po lítica involucrada es la cadémica, y que en este n iv el no ha sido explorada. La obra de Pierre B o u r d i e u sirve de ayuda para plantear cuestiones sobre la política de la cultura.56 Bourdieu nos ha enseñado a exam inar en qué campo del poder y desde qué posición en ese campo escribe cualquier autor dado. Su nueva sociología de la producción cultural no procura reducir el conocimiento a la posición social o el interés p e r se sino, antes bien, situar todas estas variables dentro de las com plejas coacciones —lo que d e n o m i n a el habitus- en que dichas variables se producen y reciben. Bourdieu presta una atención especial a las estrategias de poder cu l­ tural que progresan m ediante la negación de su asociación con fines políticos inm ediatos, con lo que acum ulan tan to capital sim bólico como una “alta ” posición estructural. Su obra nos conduciría a sospechar que las proclam aciones acadé­ micas de anticolonialism o, si bien admirables, no representan toda la historia. Estas proclam aciones deben verse como movimientos p o lí­ ticos dentro de la comunidad académ ica. Ni Clifford ni ninguno de nosotros escribe a fines de los años cincuenta. Sus audiencias no son ni funcionarios coloniales ni quienes trabajan bajo la égida del poder colonial. Nuestro campo p o lítico es más conocido: la academ ia de los años ochenta. De allí que el hecho de situar la crisis de la repre­ sentación dentro del contexto de la ruptura de la descolonización es, si no exactam ente falso, dada la forma en que se lo maneja, funda­ c ió n

55 Rabinovv, “Discourse on Pow er: O n the Limits of E th n o g r a p h ic T e x t s ”, D i a l e c t i ­ cal A n t h r o p o l o g y , en prensa. 56 B ourdieu, Distinction, C a m b r id g e , M ass., Harvard U n iv e r s i t y Press,1084.

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mentalmente marginal a la cuestión. Es cierto en la medida en que ^ antropología reflexiona sin duda sobre el curso de los acontecimientos mundiales más amplios, y específicam ente sobre las relaciones his­ tóricas cambiantes con los grupos que estudia. A firm ar que la nueva escritura etnográfica surgió a raíz de la descolonización, sin embargo excluye precisamente las m ediaciones que darían sentido histórico al presente objeto de estudio. Nos vemos obligados a considerar la p o lítica de la interpretación en la academ ia de hoy. Preguntar si textos m ás largos, dispersivos y de autoría múltiple rendirán beneficios en la forma de cargos podría parecer mezquino. Pero ésas son las dimensiones de las relaciones de poder ante las cuales N ietzsche nos exhortaba a estar escrupulosamente atentos. No puede haber dudas sobre la existencia e influencia de este tipo de relación de poder en la producción de textos. Estas condicio­ nes, menos llamativas aunque más directam ente apremiantes, merecen mayor atención de nuestra parte. El tabú contra su pormenorización es mucho más grande que las censuras contra la denuncia del colo­ nialismo; una antropología de la antropología las incluiría. A sí como otrora hubo un nudo discursivo que impedía la discusión sobre cuáles eran exactam ente las prácticas de trabajo de cam po que definían la autoridad del antropólogo, nudo que hoy fue d e s a t a d o ,d e l mismo modo ahora las m icroprácticas de la academ ia bien podrían someterse a algún examen cuidadoso. Otra manera de plan tear este problema es referirse a las “charlas de pasillo”. Durante muchos años, los antropólogos discutieron infor­ malmente entre sí las experiencias del trabajo de campo. El chismerío sobre las experiencias de campo de un antropólogo era un componen­ te importante de su reputación. Pero hasta hace poco no se escribía “seriamente” sobre tales cuestiones. Se m antenían en los pasillos y los clubes de las facultades. Pero lo que no puede discutirse públicamente

R a b in o w , Re fle ctions o n F i e l d w o r k in M o r o c c u .

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no puede analizarse ni rechazarse. Los ámbitos que no pueden analizarse qí refutarse, y que no obstante son directam ente centrales para la jerar•ía no deberían considerarse como inocentes o irrelevantes. Sabemos que una de las tácticas más comunes de un grupo de eiite es negarse a discutir -c o n la excusa de la vulgaridad o la falta de in terés- los asuntos que le resultan incómodos. C uando las charlas de pasillo sobre el trabajo de campo se convierten en discurso, aprendemos mucho. Trasladar ¡3 s condiciones de producción del conocim iento antropológico desde el ámbito del chismerío -e n que sigue siendo propiedad de quienes están lo suficientemente cerca para escucharlo—hasta el del conocim iento sería un paso en la dirección correcta. Mi apuesta es que observar las condiciones en que se contrata a las personas, se les dan cargos, se publican sus trabajos, se les otorgan sub­ venciones y se las honra com pensaría el esfuerzo.’8 ¿De qué m anera se diferenció la ola “deconstruccionista” de la otra gran tendencia acad é­ mica de la últim a década, el fem inism oP9 ¿Cómo se hace hoy carrera? ¿Cómo se destruye hoy una carrera? ¿Cuáles son los lím ites del buen gusto? ¿Quién estableció y quién m aneja estas cortesías? Independien­ temente de todo lo demás que podamos saber, sabemos sin duda que las condiciones materiales en que ha prosperado el m ovim iento te x ­ tual deben incluir a la universidad, su m icropolítica, sus tendencias. Sabemos que este nivel de poder existe, nos afecta,- influye en nuestros temas, formas, contenidos, audiencias. Estas cuestiones merecen nues­ tra atención, aunque sólo sea para establecer su peso relativo. Luego, como ocurre con el trabajo de cam po, estaremos en condiciones de pasar a problemas más globales. 58 M a r t in F m k e ls t e in ( T h e A n r n c n c a n A c a d e m i c P r o f e s s i o n : A S y n t h e s i s o f S o c i a l Scientific i n q u i r y S i n c e W o r l d W a r //, C o l u m b u s , O h io U n iv e r s i t y Press, 1984) p re se n ta un valioso r e s u m e n de algunas de estas c u e s tio n e s tal c o m o las c o n s id e r a n las c ie n c ia s sociales. 59 Deborah C o r d o n , de la U n iv e r s id a d d e C a lif o r n ia e n S a n t a C ruz, ex plo ra estas cuestiones e n la im p ortan te tesis d o c to r a l q u e está e sc rib ie n d o .

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D ejen de c o m p r e n d e r : diálogo e identidad M arilyn S trath ern , en un artículo muy provocativo, “Dislodging a W orld View: C h alle n g e and C ounter-C hallenge in the Relationship Betw een Fem inism and Anthropology”,60 ha dado un paso importante para situar la estrategia de los escritos textualistas recientes a través de una com paración con las últimas obras de las fem inistas antropoló­ gicas. Strathern hace una distinción entre la antropología feminista una subdisciplina antropológica que contribuye al avance de la dis­ cip lin a, y un fem inism o antropológico cuyo objetivo es construir una com unidad fem inista, cuyas premisas y metas difieren de la antropo­ logía y se oponen a ella. En esta últim a empresa, los térm inos que se valoran son diferen cia y conflicto —como condiciones históricas de la identidad y el conocim iento—y no cien cia y armonía. Strathern reflexiona sobre el fastidio que sintió cuando un colega masculino de más edad elogió la antropología feminista por enriquecer la disciplina. Ese hom bre dijo: “Que florezcan mil flores”. Ella dice: “En efecto, en general es cierto que la crítica feminista ha enriquecido la antropología, al dar acceso a nuevas maneras de entender la ideolo­ gía, la construcción de sistemas simbólicos, el manejo de recursos, los conceptos de propiedad, etcétera”. La antropología, en su apertura y eclecticism o relativos, integró estos avances científicos, al principio a regañadientes, hoy con avidez. Strathern, que recurre al muy usado concepto de paradigm a de Kuhn, señala que ésa es la forma en que funciona la cien cia norm al. No obstante, la tolerancia del “que florez­ can mil flores” le producía una sensación de malestar; más adelante, Strathern com prendió que éste surgía ele la impresión de que lo que

1,1 M a r i ly n S t r a t h e r n , “D islix lgin g a W o r ld View : C h a l l e n g e an d C o u n t e r - C h a ­ l le n g e in the R e l a t i o n s h i p B etw een F e m in ism a n d A n t h r o p o lo g y ”, en S . Magarey ( c o m p .) , Changing P a r a d i g m s : I he I mp a c t aj Fe mi n i s t T h e o r y u p o n t he W o r l d o f Scho­ larship, S id n e y , H a r le y a n d Iremonger, 1984.

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las feministas ten ían que hacer era trabajar en otros campos, y no aña­ dir flores a la antropología. Ella distancia su práctica del modelo de la ciencia norm al en dos aspectos. Primero, afirm a que las ciencias sociales y las naturales son diferentes: “no sim plem ente [porque] dentro de cualquier disciplina encontramos diversas ‘escuelas’ (lo que tam bién es cierto en la cien­ cia) sino en cuanto a que sus premisas se construyen en una relación de competencia de unas con otras”. Segundo, esta competencia no gira exclusivamente en torno de cuestiones epistemológicas, sino, en última instancia, de diferencias políticas y éticas. En su artículo “W h at Makes an Interpretation A ccep tab leí”/’1 S tan ley Fish presenta un argumento similar (si bien para propiciar un programa muy diferente). Fish sostie­ ne que todos los enunciados son interpretaciones y que todas las ape­ laciones al texto o a los hechos se basan en interpretaciones; éstas son asuntos de la com unidad y no subjetivos (o individuales); es decir, los significados son culturales o socialmente accesibles y no inventados ex nihilo por un único intérprete. Por últim o, las interpretaciones, muy en especial las que niegan su estatus de tales, sólo son posibles sobre la base de otras interpretaciones, cuyas reglas afirman al mismo tiempo que proclaman su negación. Fish argumenta que nunca resolvemos desacuerdos m ediante una apelación a los hechos' -o el texto porque “los hechos sólo surgen en el contexto de algún punto de vista. De ello se deduce, entonces, que deben producirse desacuerdos entre los que sostienen (o son sosteni­ dos por) diferentes puntos de vista, y lo que está en juego en un desa­ cuerdo es el derecho a especificar, en lo sucesivo, qué puede decirse sobre los hechos. Los desacuerdos no son zanjados por los hechos, sino que son los medios por los cuales los hechos se zanjan”.í,: Strathern

1,1 Fish, “W h a t M a k e s an In terp retatio n A c c e p t a h l e e n Is T h c r c a T c x t m Thts Cl ass ’ ¡bul., p. V38.

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dem uestra h áb ilm en te estos argum entos en su contraposición del feminismo antropológico y los antropólogos experim entales. El valor orientador de quienes se interesan en los escritos etnográfi. eos experim entales —dice Strathem —es dialógico: “el esfuerzo consiste en crear una relación con el Otro, como en la búsqueda de un medio de expresión que ofrezca una interpretación recíproca, tal vez vista como un texto com ún o como algo más sem ejante a un discurso”. feminismo, para ella, avanza a partir del hecho inicial e inasimilable de la dominación. El intento de incorporar nociones fem inistas a una cien cia de la antropología mejorada o a una nueva retórica del diálogo se considera como un acto más de violencia. La antropología feminis­ ta trata de cam biar el discurso, y no de m ejorar un paradigma: “esto es modifica la naturaleza de la audiencia, el alcance de los lectores y los tipos de interacción entre autor y lector, y también el tem a de conver­ sación en la m anera en que permite a otros hablar —aquello de que se habla y aquel a quien uno le habla—”. Strathern no procura inventar una nueva síntesis sino fortalecer la diferencia. A quí, las ironías son estimulantes. Los experimentalistas (casi todos varones) son emprendedores y optimistas, si bien un poco sentimen­ tales. Clifford afirm a trabajar con una com binación de idealismo de los años sesenta e ironía de los ochenta. Los textualistas radicales pro­ curan trabajar en pos del establecim iento de relaciones, demostrar la importancia de la conexión y la apertura, promover las posibilidades del compartir y del entendim iento recíproco, pero, al mismo tiempo, se muestran confusos respecto del poder y de las realidades de las coaccio­ nes socioeconómicas. La feminista antropológica de S trath em insiste en la necesidad de no perder de vista las diferencias fundamentales, las relaciones de poder, la dominación jerárquica. Ella trata de articular una identidad com unitaria sobre la base del conflicto, la separación y el antagonismo; en parte como defensa contra la amenaza de inclusión en un paradigma de amor, reciprocidad y entendim iento en lo que ella ve otras tantas m otivaciones y estructuras; en parte como un mecanismo para preservar la diferencia significativa p er se como valor distintivo.

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La diferencia se pone en juego en dos n iv eles: entre las fem inistas y la antropología, y dentro de la com unidad fem inista. C uando se trata de enfrentarse al exterior, los valores más elevados son la resisten cia y la no asimilación. D entro de esta nueva com unidad in terp retativa, sin embargo, se han afirm ado las virtudes de las relaciones d ialógicas. Internamente, las fem inistas pueden estar en desacuerdo y com petir; pero lo hacen en su relación entre sí. “Precisam ente porque la teoría feminista no constituye su pasado como un ‘te x to ’, es que en n in gú n caso se la puede agregar sim plem ente a la antropología o h acer que la reemplace. Puesto que si las fem inistas siem pre m an tien en una divisoria contra el Otro, entre ellas, en cam bio, crean algo que c ie r­ tamente está mucho más cerca del discurso que del texto. Y la índole de ese discurso se aproxim a al ‘producto com ún in terlo cu cionario’ al que aspira la nueva etnografía.” Si bien los tropos están a disposición de cualquiera que quiera usarlos, la diferencia radica en la m anera de hacerlo. Etica y modernidad La ap arició n d e fa c c io n e s d e n tro d e u n a a c t iv id a d o tr o r a p r o h i b i ­ d a es un s ig n o seguro de q u e a lc a n z ó e l e s ta t u s de u n a o r t o d o x ia . S t a n l e y F ish , “W h a t M a k e s a n I n t e r p r e t a t i o n A c c e p t a b l e ? ”

Discusiones recientes sobre la elaboración de textos etnográficos han revelado diferencias y puntos de oposición, así como importantes áreas de consenso. Para adoptar otra de las expresiones de Geertz, podemos irritamos benéficamente unos a otros - y lo hemos estado haciendo-, lo que constituye la piedra de toque del avance interpretativo. En esta última sección, a través del mecanismo de una yuxtaposición esque­ mática de las tres posiciones antes esbozadas, propondré la mía propia. Aunque crítico de algunas dimensiones de cada una de esas posturas,

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las considero miembros, si no de una comunidad interpretativa, sí al menos de una federación interpretativa a la que yo pertenezco. Los antropólogos, los críticos, las feministas y los intelectuales crí­ ticos se interesan por las cuestiones de la verdad y su ubicación social la imaginación y los problemas formales de la representación, la domi­ nación y la resistencia, el sujeto ético y las técnicas para llegar a serlo Estos tópicos, sin embargo, se interpretan de diferentes maneras; se destacan diferentes peligros y diferentes posibilidades; y se sostienen diferentes jerarquías entre estas categorías.

1. Antropólogos interpr et ativ os. La verdad y la c ie n c ia concebidas como prácticas interpretativas son los términos dom inantes. Se con­ sidera que tanto el antropólogo como los nativos están consagrados a interpretar el significado de la vida co tid ian a. Los problemas de representación son centrales para ambos y constituyen el ámbito de la imaginación cultural. Las representaciones, sin embargo, no son sm gen ens; sirven como medios para dar sentido a los mundos vividos (en cuya construcción son instrumentales) y por consiguiente difieren en sus funciones. Las metas del antropólogo y del nativo son distin­ tas. Para considerar un ejem plo, la ciencia y la religió n difieren como sistemas culturales en estrategia, ethos y fines. Las posiciones políticas y éticas son anclajes im portantes, si bien en gran medida implíci­ tos. Los ideales duales de la cien cia y la política como vocación de Weber, si se encarnan en un investigador, darán como resultado el sujeto ético para esta posición. C onceptualm ente, la especificación científica concerniente a la diferencia cultural está en el núcleo del proyecto. El peligro más grande, visto desde el interior, es la confu­ sión de la ciencia y la política. La debilidad más grande, vista desde el exterior, es el cordón san itario histórico, po lítico y experiencial tendido en torno de la cien cia interpretativa. 2. Críticos. El principio orientador es formal. El texto es primo dial. La atención a los tropos y los mecanismos retóricos a través de los cuales se construye la autoridad permite la introducción de temas

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de dominación, exclusión y desigualdad como tópicos. Pero sólo son

materiales. Q uien les da forma es el crítico/escritor, sea éste antropó­ logo o nativo: “Otras tribus, otros escribas”. Nos modificamos primordialmente por m edio de construcciones im aginativas. El tipo de ser en que queremos convertim os es abierto, perm eable, receloso de las metanarraciones; pluralizador. Pero el control autoral parece adormecer la autorreflexión y el impulso dialógico. El peligro: la elim inación de la dife­ rencia significativa, la m useificación weberiana del mundo. La verdad de que la exp eriencia y el significado se dirimen representacionalm ente puede extenderse hasta equiparar una y otro con la dimensión for­ mal de la representación. 3. Sujetos políticos. El valor orientador es la constitución de una subjetividad p o lítica basada en la comunidad. Las fem inistas antro­ pológicas actú an contra un otro estereotipado como esencialm ente diferente y violento. Dentro de la comunidad, la búsqueda de la ver­ dad, así como la experim entación social y estética, están guiadas por un deseo dialógico. El otro ficticio perm ite que aparezca un conjunto pluralizador de diferencias. El riesgo es que estas ficciones actuantes de una d iferen cia esencial se cosifiquen y reproduzcan con ello las formas sociales opresivas que ten ían por fin socavar. Strathern expre­ sa con claridad este aspecto: “A h o ra bien, si el fem inism o se burla de la pretensión antropológica de crear un producto que en algunos aspectos sea de autoría conjunta, la antropología se burla entonces de la pretensión de las feministas de alcanzar verdaderam ente alguna vez la separación que desean”. 4. Intelectuales críticos y co sm opolitas. He puesto de relieve los peli­ gros de la alta cien cia interpretativa y el representador abiertam ente soberano, y estoy excluido de la participación directa en el diálogo feminista. Perm ítanm e proponer como cuarta figura un cosmopoli­ tismo crítico. El valor orientador es el ético. Se trata de una postura opositora, recelosa de los poderes soberanos, las verdades universales, la valía m anifiestam ente relativizada, la autenticidad local, el moralismo de toda clase. Su segundo valor es el entendim iento, pero un

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entendimiento receloso de sus propias tendencias im periales. Inten­ ta estar muy atento a la diferencia y ser muy respetuoso de ella, perQ también es consciente de la ten d en cia a esencializarla. Lo que com­ partimos como una condición de la existencia, realzado hoy por nues­ tra capacidad, y por momentos nuestra avidez de anularnos unos a otros, es una especificidad de la experiencia histórica y el lugar, por más complejos y discutibles que puedan ser, y una macrointerdependencia mundial que engloba cualquier particularidad local. Nos guste o no, todos nos encontramos en esta situación. Con la adopción de un término aplicado durante diferentes épocas a los cristianos, los aristó­ cratas, los mercaderes, los judíos, los homosexuales y los intelectuales (al mismo tiempo que cambiaba su significado), Hamo cosmopolitismo a la aceptación de esta valorización dual. Definámoslo como un ethos de m acrointerdependencias, con una aguda co n cien cia (a menudo impuesta a la fuerza en la gente) de las ineludibilidades y particulari­ dades de lugares, caracteres, trayectorias históricas y destinos. Aunque todos somos cosmopolitas, el Horno sapiens ha hecho bastante poco por interpretar esta condición. Parece que tenemos problemas con el equilibrio, y preferimos cosificar identidades locales o construir uni­ versales. Vivimos en medio [in b e t w e e n J. Los sofistas ofrecen una figu­ ra ficticia para este casillero: em inentem ente griegos, y no obstante a menudo excluidos de la ciudadanía en las diversas p o le i s ; forasteros cosmopolitas con respecto a quien está dentro de un mundo histórico y cultural particular; miembros de ningún régimen universal imagina­ do (bajo Dios, el imperio o las leyes de la razón); devotos de la retóri­ ca y por ello plenam ente conscientes de sus abusos; interesados en los sucesos del día, perca moderados por una reserva irónica. Las problemáticas relaciones de la subjetividad, la verdad, la moderni­ dad y las representaciones han estado en el núcleo de mi propia obra. Como sentía que las consideraciones del poder y la representación estaban demasiado localizadas en mi anterior trabajo sobre Marrue­ cos, escogí un tópico de investigación que emplea en términos más

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generales estas categorías. Por estar —debido a mi tem peram ento—más cómodo en una postura opositora, d ecid í estudiar un grupo de élite de administradores, funcionarios coloniales y reformadores sociales franceses, todos interesados en el p lan eam iento urbano durante la déca­ da de 1920. A l “investigar exh au stiv am en te”, me en co n tré en una posición más cómoda que la que h ab ría tenido en caso de “dar voz” a grupos dominados o marginales. E legí un grupo poderoso de hombres interesados en cuestiones de p o lítica y forma: ni héroes n i villanos, parecen proporcionarme la necesaria distan cia antropológica, ya que están lo suficientem ente separados para impedir una fácil iden tifica­ ción y no obstante lo suficientem ente cerca para perm itir una com­ prensión benévola, aunque crítica. La disciplina del urbanismo moderno fue llevada a la práctica en las colonias francesas, en especial en M arruecos durante el m andato del gobernador general Hubert Lyautey (1912-1925). Los arquitectos pla­ nificadores y los funcionarios gubernam entales coloniales que los con­ trataron concebían las ciudades en que trabajaban como laboratorios sociales y estéticos. Estos ámbitos ofrecían a ambos grupos la oportu­ nidad de experim entar con nuevos conceptos de planificación en gran escala y poner a prueba la eficacia p o lítica de estos planes a fin de apli­ carlos en las colonias y finalmente —así lo esperaban—en su patria. Hasta hace poco, los estudios sobre el colonialism o elaboraron casi exclusivamente estereotipos en térm inos de esta d ialéctica de domi­ nación, explotación y resistencia, que es, y fue, esencial. Por sí misma, sin embargo, pasa por alto al m enos dos grandes dim ensiones de la situación colonial: su cultura y el cam po político en que estaba insta­ lada. Esto ha llevado a una serie de consecuencias sorprendentes; es bastante extraño que el grupo de h ab itan tes de las colonias que susci­ tó menor atención en los estudios históricos y sociológicos haya sido el de los mismos colonos. A fortunadam ente, este cuadro está com en­ zando a cam biar; los variados sistem as de estratificación social y la complejidad cultural de la vida colon ial —según se m odificaba de lugar en lugar en diferentes períodos históricos—empiezan a entenderse. 211

A m edida que se articu la una visión más com pleja de la cultura colon ial, creo que tam bién necesitam os una noción más compleja del poder en las colonias. Ambas cosas están conectadas. El poder se entiende con frecuencia como la fuerza personificada: la posesión de un solo grupo, los colonialistas. Esta concepción es inadecuada por una serie de razones. En prim er lugar, los mismos colonos estaban muy estratificados y divididos en facciones. Segundo, es necesario que sepa­ mos mucho más sobre el Estado (y en particular el Estado colonial) Tercero, la perspectiva del poder que lo entien d e como una cosa, una posesión, algo que em ana unidireccionalm ente de arriba hacia abajo o que actúa prim ordialm ente a través del uso de la fuerza, ha sido seria­ m ente puesta en cuestión. Después de todo, con menos de veinte mil soldados los franceses m anejaron Indochina en los años veinte con un grado de control al que los estadounidenses, unos cincuenta años des­ pués, con quinientos m il soldados, nunca pudieron acercarse. El poder entraña algo más que armas, aunque sin duda no las excluye. La obra de M ichel Foucault sohre las relaciones de poder nos brin­ da algunas útiles h erram ientas an alíticas. Foucault distingue entre explotación, dom inación y sujeción.(lí Sostiene que la mayoría de los análisis del poder se concentran casi exclusivam ente en las relaciones de dom inación y explotación: quién controla a quién, y quién saca a los productores los frutos de la producción. El tercer término, la suje­ ción, se centra en el aspecto de un campo ele poder que está más aleja­ do de la aplicación directa de la fuerza. Esa dim ensión de las relaciones de poder es el lugar donde está en juego la identidad de individuos y grupos, y donde toma forma el orden en su acepción más am plia. Este es el reino donde más íntim am ente entrelazados están la cultura y el poder. A veces, Foucault llam a “gubernam entalidad” a estas relacio­ nes, y el término es útil.

Foucault, “T h e S u b je c t a n d P ow er”, en Dreyfus y Rabinow, Michel Foucault: Bewiici St r uc t u r a l i s m a n d 1 l e r m e i t e u t i c s , p. 212.

212

Tras sus pasos, Donzelot64 ha sostenido que durante la última parte del construyó un nuevo campo relacional de gran importancia his­ tórica, al que llama lo “social”. Areas específicas, con frecuencia conside­ radas como exteriores a la política, por ejemplo la higiene, la estructura familiar y la sexualidad, se convirtieron en blancos de la intervención estatal. Lo social pasó a ser un conjunto delim itado y objetivado de prácticas parcialmente construidas por y parcialm ente entendidas a tra­ vés de los métodos y las instituciones emergentes de las nuevas discipli­ nas de las ciencias sociales. Lo “social” fue un ám bito privilegiado para la experimentación con nuevas formas de racionalidad política. La muy sofisticada visióm de la colonización elaborada por Lyautey giraba sobre la necesidad de llevar a los grupos sociales a un campo de relaciones de poder diferente del que había existido previamente en las colonias. En su opinión, esto sólo podía alcanzarse mediante una planificación social de gran escala, en la cual desempeñaba un papel central el planeam iento urbano. Como dijo en un elogio de su p rin ci­ pal planificador, Henri Prost: siglo XIX se

El a r t e y la c ie n c ia ele 1 u r b a n is m o , ta n f lo r e c ie n t e s d u r a n t e la e d a d c l á ­ s ic a , p a r e c e n h a b e r s u fr id o un e c lip s e to t a l d e s d e e l S e g u n d o I m p e r io . El u r b a n is m o , arte y c i e n c i a d e l d e s a rro llo d e a g lo m e r a c io n e s h u m a n a s , v u e l v e a la v id a b a jo la m a n o d e Prost. En e s ta e r a m e c á n ic a , P ro st es el g u a r d i á n del “h u m a n i s m o ”. T r a b a jó n o s ó lo so bre cosas s in o s o b r e h o m b r e s , d ife re n te s tip o s d e h o m b res , a q u i e n e s la C i t é les d e b e a lg o m á s q u e c a m in o s , c a n a l e s , c lo a c a s y u n s is t e m a d e tr a n s p o r te .61

Para Lyautey y sus arquitectos, entonces, el nuevo humanismo se a p li­ caba apropiadam ente no sólo a las cosas sino a los hombres, y no sello

64 D o n re lo t, I'he Po l icing / F a m i l l e s , N u e va York, P a n t h é o n Press, 1979. 64 Je a n M a rr a s t (cotrtp.), L ’O e u r r e d e He nr i Pr o s t : A r c h i t e c t u r e et u r b a n i s m e , P aris, Imprimerie de C o m p a g n o n n a g e , 196 0 , p. 1 19.

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a los hombres en general —no se trataba del hum anism o de Le Corbu sier—sino a hombres en diferentes circunstancias culturales y sociales El problem a consistía en dar cabida a esta diversidad. Para estos arqui­ tectos, planificadores y adm inistradores, la tarea que enfrentaban era cómo concebir y producir una nueva o r d o n n a n c e social. Ésa es la razón por la cual las ciudades de M arruecos tenían tanta im portancia a los ojos de Lyautey. Parecían ofrecer una esperanza, un cam ino para evitar los callejon es sin salida, tanto de Francia como de A rgelia. Lyautey pretendía que su famoso dicho, “U n chantier [obra­ dor] bien vale un batallón”, se entendiera literalm ente. Tem ía que si se perm itía que los franceses siguieran practicando la política de siem­ pre, los resultados continuarían siendo catastróficos. No era asequible, sin embargo, una solución p o lítica directa. Lo que se necesitaba con urgencia era un nuevo arte social científico y estratégico; sólo de esa forma podría elim inarse la p o lítica y lograr que el poder fuera verdade­ ram ente “o r d o n n é ”. Estos hombres, como tantos otros en el siglo xx, trataban de escapar de la política. Esto no significaba, sin embargo, que se desentendieran de las relaciones de poder. Lejos de ello, su meta, una especie de autocolonización tecnocrática, era plantearlas de una nueva forma, en que pudieran desarrollarse “saludables” relaciones sociales, económicas y culturales. Esencial en este programa era la necesidad de inventar una nueva gubernam entalidad m ediante la cual pudieran adoptar otra for­ ma las tendencias (para ellos) fatalm ente decadentes e individualistas de los franceses. Construyeron y articularon tanto nuevas representa­ ciones de un orden moderno como tecnologías para su implementación. Estas representaciones son hechos sociales modernos. Este artículo ha esbozado algunos de los elem entos de los discursos y las prácticas de la representación moderna. La relación de este análisis con la práctica política sólo se tocó incidentalm ente. La cuestión de qué, cómo y quiénes podrían ser representados por los que sostienen una concepción similar de las cosas escapa a nuestras categorías más corrien­ tes de actores sociales y retórica política. A l term inar, simplemente

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marco el espacio. Foucault, al responder a la acusación de que al negarse a afiliarse a un 8ruP° ya identificado y políticam ente localizadle perdía todo derecho a representar a cualquier persona o valor, dijo: Rorty señala que en estos análisis no apelo a ningún “nosotros”, a nin ­ guno de los “nosotros” cuyo consenso, cuyos valores y cuyas tradicio­ nes constituyen el marco de un pensamiento y definen las condiciones en que puede dársele validez. Pero el problema es precisamente decidir si en realidad es conveniente incluirse en un “nosotros” a fin de afir­ mar los principios que uno reconoce y los valores que acepta; o, más bien, si no es necesario hacer que la futura formación de un “nosotros” sea posible.66 Quiero agrad ecer a T a lal A sad , Jam es F aub io n , S te p h e n F oster, Michael R ogin, M arilyn Strath ern y los participantes del sem inario de Santa Fe. Son de aplicación las renuncias h abituales. A lgunos párrafos de este artículo aparecieron en otras partes.

66 F ou caulr, “Polem ics, P olities, a n d P r o b le m a tíz a tio n ”, e n P. R a b in o w ( e o m p .) , The F o u c a u l t R c a d c r , N u e v a York, P a n r h e o n , 1984, p. ^85.

2. Literatura Stanley

F is h

¿Hay algún texto en esta clase?*

0 primer día del nuevo semestre, un colega de la Johns Hopkins University fue abordado por una estudiante que, según se supo, acababa de cursar una de las m aterias que yo dictaba. Esta estudiante le formu­ ló lo que creo podríamos convenir en considerar una pregunta absolu­ tamente directa: “¿Hay algún texto en esta clase?” Mi colega, con una confianza tan perfecta que era inconsciente de ella (aunque al relatar la historia se refiere a ese momento como “el camino hacia la tram ­ pa”), le contestó: “Sí, la Norton A nt ho lo gy o f Literature”, an te lo cual la trampa (no puesta por la estudiante sino por la infinita capacidad del lenguaje para ser apropiado) se cerró: “No, no —dijo ella—quiero decir si en esta clase creemos en poemas y esas cosas o sim plem ente nos manejamos por nuestra cuenta”. A hora bien, es posible (y para muchos tentador) leer esta anécdota com o una ilu stració n de los peligros que se desprenden de escuchar a personas como yo, cine ser­ monean sobre la inestabilidad del texto y la inaccesibilidad de los sig­ nificados establecidos; empero, en lo que sigue trataré de leerla como

* El texto J e S t a n l e y Fish qu e se r e p ro d u c e a p a r e c i ó o r i g i n a lm e n t e h a j o el títu lo “Is there a T e x t in t h is C l a s s ’”, en Is T h e r e a T e x t in this C l a s s ’ T h e A u t h o r i t y o f Interpretive C o m m u n i t i e s , C a m b r id g e , M ass., H a r v a r d U n i v e r s it y Press, 1 9 8 7 , pp. 303-321 ( r e p r o d u c i d o p o r p e r m is o de H a r v a r d U n i v e r s i t y P ress]. T r a d u c c i ó n : Horacio Pons.

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una ilustración de cuán carente de fundam entos es, en definitiva, el temor a estos peligros. Entre las acusaciones elevadas contra los que M eyer Abram s llamó hace poco los N uevos Lectores (Derrida, Bloom, Fish), la más persis­ tente es la de que estos apóstoles de la indeterm inación y la indecidibilidad ignoran —al mismo tiempo que se basan en ellas—las “normas y posibilidades” incorporadas al len guaje, los “significados lingüísti­ cos” que las palabras innegablem ente tien en , y con ello nos invitan a abandonar “nuestro ám bito corriente de experiencia al hablar, escu­ char, leer y entender”, en favor de un m undo en el cual “ningún texto puede significar nada en particular” y donde “nunca podemos decir simplemente qué es lo que quiere decir alguien con cualquiera de las cosas que escribe”.1 La acusación es que los significados literales o nor­ mativos son avasallados por el accionar de intérpretes premeditados. Supongamos que exam inam os esta denu ncia en el contexto del pre­ sente ejemplo. ¿Cuál es exactam ente el significado norm ativo, literal o lingüístico de “¿Hay algún texto en esta c la se ?”? Dentro del marco del debate crítico contem poráneo (ral como lo reflejan, digamos, las páginas de Critical ¡nquiry), parecería haber sólo dos maneras de contestar esta pregunta: o bien existe un significado literal de la expresión y nosotros tendríamos que ser capaces de decir cuál es, o bien hay tantos significados como lectores, y ninguno de ellos es literal. Pero la respuesta sugerida por mi pequeño relato es que la expresión tie­ ne dos significados literales: en las circunstancias supuestas por mi colega (no me refiero a que se propuso suponerlas, sino a que ya se movía dentro de ellas), se trata evidentem ente de una pregunta acerca de si se exige o no un libro de texto en este curso en particular; pero en las circunstan­ cias señaladas a él por la respuesta aclaratoria de la estudiante, la expre­ sión es una pregunta igualmente evidente sobre la posición del docente

! M. H. A b ram s, “T h e D e c o n srru c tiv e A n g e l ” , C'riiical ¡ n q u i r y , ui.3, p rim a v e r a de 1977, pp. 431 y 474.

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(dentro de la gama de posiciones existentes en la teoría literaria contemporánea) con respecto al estatus del texto. A dviertan que no estajnos aquí ante un caso de indeterminación o indecidibilidad sino de una determinación y decidibilidad que no siempre tienen la misma forma y que pueden cambiar, como lo bacen en este ejem plo. M i colega no vacilaba entre dos (o más) significados posibles de la expresión: antes bien, captó de inmediato lo que parecía ser un significado ineludible, dada su comprensión preestructurada de la situación, y luego captó, tam bién de inmediato, otro significado ineludible cuando esa comprensión se vio modificada. Ningún significado se impuso (u n a de las palabras predi leetas en la polémica contra los nuevos lectores) a otro más normal m edian­ te un acto interpretativo privado e idiosincrásico; ambas interpretaciones eran precisamente una función de las normas públicas y constituyentes (del lenguaje y el entendim iento) invocadas por Abrams. Lo que ocu­ rre, simplemente, es que esas normas no están incorporadas al lenguaje (donde pueden ser leídas por cualquiera con una mirada suficientem ente clara, esto es, imparcial) sino que son inherentes a una estructura institu­ cional dentro de la cual las expresiones se escuchan como ya organizadas por referencia a ciertos propósitos y objetivos supuestos. Como tanto mi colega como su alumna están situados en esa institución, sus actividades interpretativas no son libres, pero lo que las restringe son las prácticas y los supuestos sobreentendidos de la institución y no las reglas y los signi­ ficados fijos de un sistema de lenguaje. Otra m anera de expresarlo sería d ecir que ninguna lectu ra de la pregunta —que por razones de co n ven ien cia podríamos rotular como “¿Hay algún texto en esta clase?” y “¿'Hay algún texto en esta c la ­ se?’^—sería inm ed iatam en te accesible a un h ab lan te n ativ o de la lengua. “¿Hay algún texto en esta clase?”! sólo puede ser in terp reta­ da o leída por alguien que ya sepa qué es lo que se incluye en el a c á ­ pite general de “prim er día de clases” (qué preocupaciones m ueven a los estudiantes, qué asuntos burocráticos deben atenderse an tes de que em piece la instrucción) y que por lo tan to escuche la expresión amparado en ese conocim iento, que no se ap lica después del hecho

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pero que es responsable de la forma que éste tien e de m anera inme­ diata. P ara alg u ie n cuya co n cie n c ia no está ya inform ada por ese conocim iento, “¿Hay algún texto en esta clase?”, será tan inaccesible como “¿H ay algú n texto en esta clase?”2 para quien no conozca ya los temas en d iscusión en la teoría literaria contem poránea. No digo que para algunos lectores u oyentes la pregunta vaya a ser completamen­ te in in te lig ib le (en reálidad, a lo largo de este artícu lo voy a sostener que la in in te lig ib ilid a d , en sentido estricto o puro, es una imposibili­ dad), sino que hay lectores y oyeiates para quienes su inteligibilidad no tendrá n in g u n a de las formas que tuvo, en una sucesión temporal para mi co lega. Es posible, por ejem plo, im aginar a alguien que escu­ chara o en te n d ie ra la pregunta como un interro gante acerca de la ubicación de un objeto, esto es, “C reo que dejé mi texto en esta cla­ se: ¿lo ha visto ?” Tendríam os entonces un “¿Hay algún texto en esta clase?”, y la posibilidad, tem ida por los defensores de lo normativo y determ inado, ele una interm inab le sucesión de núm eros, es decir, de un m undo en el cual toda expresión tuviera una pluralidad infinita ele signiticaelos. Pero esto no es, en mode) alguno, le) que sugiere el ejem plo, no im porta cuánto pueda ampliárselo. En cualquiera de las situaciones ejue he im aginado (y en cualquiera ele las que podría ser capaz ele im ag in ar), el significado ele la expresión se vería seriamen­ te restringido, no después ele ser escuchada sino en las maneras en que, an te todo, podría serlo. U na pluralidad in fin ita de significados sería ele tem er sólo si las oraciones existieran en un estado en el cual no estu v ieran ya incorporadas a una situación dada y no aparecieran como una función ele la mism a. Ese estado, si pudiera ubicarse, sería el norm ativo, y constituiría un hecho perturbaelor sólo si la norma fluctuara lib rem en te y fuera indeterm inada. Pero tal estado no exis­ te; las oracion es surgen únicam ente en situaciones dadas, y dentro de esas situacio n es dadas, el significado norm ativo de una expresión siempre será obvio o al menos accesible, aun cuando dentro de otra situación esa misma expresión —ya no la misma—tendrá otro signifi­ cado n o rm ativo que no será menos obvio y accesib le. (La experien­

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cia de mi colega es precisam ente una ilustración de ello .) Esto no quiere decir que no haya forma de discrim inar entre los significados que una expresión tendrá en diferentes situaciones, sino que la dis­ criminación ya se habrá producido en virtud de nuestra presencia en una situación (nunca dejam os de estar presentes en alguna) y del hecho de que en otra situactón tal d iscrim inación tam bién habrá tenido lugar, pero de m anera d iferen te. En otras palabras, si b ien en cualquier punto siempre es posible ordenar y clasificar las afir­ maciones “¿Hay algún texto en esta clase?’^ y “¿Hay algún texto en esta claseV\ (porque siempre hab rán sido ya clasificadas), nunca será posible darles una clasificación inm utable y de una vez por todas, una clasificación que sea in d epend iente de su ap arición o no ap ari­ ción en situaciones (porque sólo es en situaciones donde aparecen o no aparecen). No obstante, hay que hacer entre las dos afirm aciones una distin­ ción que nos perm ita decir que, en un sentido lim itado, una es más normal que la otra: puesto que si bien cada una de ellas es absoluta­ mente normal en el contexto en el cual su literalidad es inm ediata­ mente obvia (los contextos sucesivos ocupados por mi colega), tal como están ahora las cosas, con seguridad uno de esos contextos es más accesible que el otro, y por lo tanto más susceptible de ser la pers­ pectiva dentro de la cual se escucha la expresión. En rigor de verdad, parece que aq u í tenemos un ejem plo de lo que yo llam aría “anidamiento institucio n al”: si “¿Hay algún texto en esta clase?”! sólo puede ser escuchado por quienes saben qué se incluye bajo el acápite “primer día de clases”, y si “¿Hay algún texto en esta clase?” sólo puede serlo por aquellos cuyas categorías de entendim iento engloban las preocu­ paciones de la teoría literaria contem poránea, entonces es evidente que en una población elegida al azar a la que se presentara la expre­ sión, más personas “escucharían” “¿Hay algún texto en esta clase?”! que “¿Hay algún texto en esta clase?” ,; y, por otra parte, que si bien “¿Hay algún texto en esta clase?” podría ser inm ediatam ente entendible para alguien a quien tuviera que explicarse laboriosamente “¿Hay

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algún texto en esta clase ?”2, es difícil imaginar a algu n a persona capaz de escuchar esta últim a que no estuviera ya en condiciones de escu­ char la prim era. (U n a es entendible por cualquier m iem bro de la pro­ fesión, la m ayoría de los estudiantes y muchos de los que trabajan en el negocio del libro, y la otra sólo por los pertenecientes a la profesión que no consideren singular descubrir, como me pasó a m í hace poco a un crítico referirse a una frase “popularizada por L acan ”.) Admitir tanto no significa debilitar mi argum ento con el restablecim iento de la categoría de lo normal, porque ésta, tal como aparece en ese argu­ mento, no es trascendental sino institucional; y si bien ninguna ins­ titución tien e una vigencia tan universal y perdurable como para que los significados que posibilita sean normales para siem pre, algunas ins­ tituciones o formas de vida son tan am pliam ente habitadas que, para una gran can tid ad de gente, los significados que posibilitan parecen “naturalm ente” accesibles, y hay que hacer un esfuerzo especial para verlos como un producto de las circunstancias. El d etalle es im portante, porque explica el éxito con el cual un Abrams o un E. D. Hirsch pueden apelar a un entendim iento compar­ tido del len guaje corriente y usarlo como base para sostener la acce­ sibilidad de un núcleo de significados establecidos. C uando Hirsch propone “el clim a es ton ificante” como ejemplo de un “significado verbal” que está al alcance de todos los hablantes de la lengua, y dis­ tingue lo que es compartible y determ inado en él con respecto a las asociaciones que, en ciertas circunstancias, pueden acompañarlo (por ejemplo “debería haber comido menos en la cen a”, “el clim a tonifi­ cante me recuerda mi infancia en V erm ont”),2 da por sentado que sus lectores estarán tan completamente de acuerdo con su idea de lo que es un significado verbal compartido y norm ativo que ni siquiera se moles­ ta en especificarlo; y aunque yo no haya realizado una encuesta, me

PP.

- E. D. H ir s c h , Validity in I n t e r p r e t a t i o n , N e w H av e n , Y ale U n i v e r s i t y Press, 1967, 21 8 -2 1 9 .

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aventuraría a sostener que su optim ism o, con respecto a este ejemplo eI1 particular, está bien fundado. V ale decir: la m ayoría de sus lectores -sino todos—entienden de inm ediato la expresión como una descrip­ ción meteorológica aproximada que pronostica una cie rta cualidad de atmósfera local. Pero la “felicidad” del ejem plo, lejos de favorecer el argumento de Hirsch (que, como volvió a afirmarlo recientem ente, consiste en sostener siempre “la d eterm in ació n estable del significa­ do”)»3 favorece el mío. La obviedad del significado de la expresión no es una función de los valores que tien en sus palabras en un sistema lingüístico independiente del contexto; antes bien, las palabras tienen un significado que Hirsch puede señ alar luego como obvio porque se las escucha como ya incorporadas a un contexto. Es posible verlo si las incorporamos a otro contexto y observam os con cuán ta rapidez surge otro significado “obvio”. Supongamos, por ejem plo, que nos encontra­ mos con “el clim a es tonificante” (que aun en este caso usted escucha como Hirsch presume que lo h a c e ) en m edio de una conversación sobre el trabajo ( “cuando hacemos nuestro trabajo con agrado, el c li­ ma es tonificante”): se la escucharía inm ediatam ente com o un com en­ tario sobre el desempeño de algunas personas que en sus tareas logran crear un buen “clim a laboral”.* Por otra parte, sólo se la entendería de esa manera, y hacerlo a la m anera de Hirsch exigiría un esfuerzo de modo que generaría una tensión. Podría objetarse que en el texto de Hirsch “el clim a es tonificante”! no tiene absolutam ente ningún marco contextual; meramente se lo presenta, y por lo tan to cualquier acuerdo en cuanto a su significado debe fundarse en sus propiedades

d a

3 E. D. H irsch, T h e A i m s o f I n t e r p r e t a r í a n , C h i c a g o , U n iv e r s it y oí C h i c a g o Press, 1976, p. 1. * En el o rig in al, la ex presió n es the car is cris]), el aire está fresco, o es vigorizan te o tonificante. S u se g u n d a ap lica ció n se re fie re al á m b it o m u sic al, y e n ese c aso su tra­ ducción sería “el aire (o la m elo día) es v iv o , b r i l l a n t e ”. C o m o en c a s t e l l a n o esta c o m ­ paración de los dos usos sería bastante fo rzada, n os p e rm itim o s r e e m p la z a r el reino musical por el lab o ral, a fin de lograr u n a m e jo r c o m p r e n s ió n . [N. d e l T.J

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acontextuales. Pero sí hay un marco contextual, y el signo de su pre sencia es precisam ente la ausencia de toda referencia a él. V ale decir ni siquiera es posible pensar en una oración independientemente de un contexto, y cuando se nos pida que consideremos una para la cual no se especifica n in gu n o , la entenderemos autom áticam ente en el contexto en el cual la hemos encontrado la mayor parte de las veces De ta l m anera, H irsch invoca un contexto al no invocarlo; al no rodear de circunstancias la expresión, nos orienta a im aginarla en las circunstancias en que es más probable que haya sido producida; e ima­ gin arla así ya es haberle dado una forma que en ese momento parece ser la única posible. ¿Qué conclusiones pueden sacarse de estos dos ejemplos? En primer lugar, ni mi colega ni el lector de la oración de Hirsch están restringi­ dos por los significados que tienen las palabras en un sistema lingüístico norm ativo; y sin embargo, ninguno tiene la libertad de atribuir a una expresión cualquier significado que le guste. En realidad, “atribuir” es precisam ente el térm ino erróneo porque im plica un mecanismo de dos etapas en el cual un lector u oyente primero examina una expresión y lu ego le da un significado. El argumento de las páginas precedentes pue­ de reducirse a la afirmación de que esa primera etapa no existe, que uno escucha una expresión con un conocimiento de sus propósitos e intere­ ses y no como paso prelim inar a determinarlos, y que entenderla así ya es haberle asignado una forma y dado un significado. En otras palabras, el problema de cómo se determina el significado sólo es un problema si hay un punto en el cual su determinación todavía no se ha producido, Lo que yo digo es que ese punto no existe. N o digo que uno nunca está en la situación de tener que imaginarse de m anera autoconsciente qué significa una expresión. A decir verdad mi co lega se encuentra en esa situación cuando su alumna le inform; que no interpretó su pregunta como ella pretendía que lo hiciera (“No no, quiero decir si en esta clase creemos en poemas y esas cosas o sim­ plem ente nos m anejamos por nuestra cu en ta”), y por lo tanto ahor; debe imaginársela. Pero en este caso (o en cualquier otro), el “la” d