Aprendizagem acelerada

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APRENDIZAGEM ACELERADA

Qualquer pessoa pode aprender mais e melhor se estiver "condicionada para aprender". E este condicionamento é obtido a partir das técnicas de relaxamento, que abrem os "poros do subconsciente" para a memorização perfeita.

Na década de 60, o médico e educador búlgaro Georgi Lozanov fez uma descoberta interessantíssima. Ele descobriu que há um "estado mental" propício para a aprendizagem e que qualquer aluno conduzido a este estado mental aprende mais e melhor num espaço de tempo bem menor. Fantástico, não é mesmo? Este estado mental foi denominado estado de vigília relaxada e é obtido quando o nosso cérebro passa a operar na faixa de 8 a 12 ciclos por segundo, ou seja, quando o cérebro entra em "alfa". Para abaixar a freqüência mental dos seus alunos, Lozanov experimentou começar as aulas com sessões de relaxamento bioenergético associado à música barroca. O resultado foi o melhor possível. Seus alunos, livres de tensão e do estresse, começaram a refletir uma melhora substancial na percepção, processamento, memorização e recuperação das informações aprendidas. Principalmente na aprendizagem de língua estrangeira.

Nota: está cientificamente provado que 80% das dificuldades da aprendizagem estão relacionadas com o estresse e que, reduzindo-se o estresse, melhoramos a qualidade da aprendizagem. Entusiasmado com os resultados, Lozanov resolveu utilizar a música (principalmente a música barroca, por causa das suas 60/70 batidas por minuto) como veículo da informação e passou a dividir a sua aula em três sessões bem definidas: 1ª parte) Relaxamento bioenergético (semelhante ao da tradição iogue) 2ª parte) Um concerto passivo, onde a matéria era lida de forma sugestiva para os alunos, tendo como fundo musical peças de Handel, Bach e Corelli 3ª parte) Um concerto ativo, onde a matéria era lida novamente, de forma sugestivaexpressiva, ao som de peças, como por exemplo, o Concerto nº 7 para violino e orquestra, de Mozart. Lozanov acreditava - e isso veio a ser provado cientificamente - que a música mantém a informação (por ela canalizada) viva na consciência do aluno até à noite (nas primeiras

horas do sono) quando, de fato ocorre, ocorre a aprendizagem. É exatamente nesta fase do sono que se abrem os poros que ligam o consciente ao subconsciente e onde todas as informações aprendidas (eficazmente), durante o dia, são transferidas para a memória de longo prazo. Esta técnica de Lozanov foi denominada sugestopedia. Através dela, hoje em dia é possível aprender-se uma língua estrangeira em tempo recorde, no máximo em trinta dias, e memorizar capítulos inteiros da História Universal em poucos minutos, como fazem os alunos dos Supercamps americanos e outros similares ingleses e neo-zelandeses. É, realmente, fantástico! Na realidade, entretanto, o fator musical na sugestopedia não apresenta uma grande novidade aos olhos do investigador curioso. Veja: as religiões (todas elas) sempre utilizaram a música como pano de fundo para "estimular a fé" nas pessoas. Há milênios se sabe que a música suave é profundamente relaxante. E é relaxante porque não cobra "ação intelectual", isto é, não exige raciocínio e isto faz abaixar a freqüência das ondas cerebrais. Ela é percebida pelo ouvido e não há necessidade de ser "processada" de forma cansativa pela mente. Ora, isto é ótimo para "estimular" as emoções; e a fé, de certa forma, é uma emoção. É preciso que se entenda também, que o conceito de "informação" não abrange somente o campo da comunicação verbal ou visual; as emoções também são informações; a dor é uma informação, a sensação de frio ou calor também, o medo idem, etc. Esta propriedade da música - a de carregar a informação de forma prazerosa - permite que a usemos como "veículo" para passarmos informações muito importantes ao cérebro. As professoras primárias exploram muito esta "possibilidade didática" com os seus alunos. Contudo, tal técnica não se presta só à crianças pequenas; adolescentes e até adultos podem e devem usar esta propriedade da música. Por outro lado, sabe-se também que a nossa memória tem uma preferência toda especial pelas informações recheadas de prazer (quem não lembra do primeiro beijo, da primeira namorada, não é mesmo?). Todos nós memorizamos bem os eventos que dão muito prazer. E a música suave propicia este prazer. Vale lembrar também que os velhos iogues já associavam a música aos seus exercícios de relaxamento com o propósito de conseguirem a "iluminação" que, no nosso caso, podemos entender como "aprendizagem". Ocorre, entretanto, que a aplicação prática da sugestopedia requer a participação de alguém experiente no processo e que funcione como monitor ou orientador. A aplicação auto-didata de tais técnicas não é recomendável, embora dela possamos tirar dois ou três pontos fundamentais que são de grande valia para quem quer aprender mais rápido e com mais eficácia. São eles: 1 - Uma breve sessão de relaxamento, antes de começar a estudar, pode aumentar em mais de 50% a retenção do conteúdo aula na memória; 2 - A música barroca pode ser altamente eficaz durante o estudo quando funciona como pano-de-fundo; 3 - Fazendo relaxamento, usando a música barroca como suporte e explorando os recursos mnemônicos (que você pode ler na nossa sessão "Memorização") com certeza você poderá

livrar-se do estresse, que responde por 80% das dificuldades da aprendizagem, e dos riscos de vir a ter aquele terrível Bloqueio Mental por tensão. Para obter melhores resultados na aprendizagem, recomendamos também visitar o nosso capítulo sobre Hipnose e Auto-hipnose onde o leitor poderá encontrar exemplos práticos de formulações que poderão ativar seu potencial criativo, melhorar a memória e manter-se equilibrado nos dias de prova. http://64.233.161.104/search?q=cache:_8ZP_dAONScJ:www.camarabrasileira.com/acelera da1.htm+musica+na+aprendizagem&hl=pt-BR