APRENDENDO GREGO - Gramática e exercícios [1 ed.]
 8578760107, 9788578760106

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Aprendendo Grego THE JOINT ASSOCIATION OF CLASSICAL IEACHERS’ GREEK COURSE

GRAM ÁTICA E EXERCÍCIOS

T ra d u ç ã o L u iz A lb e r to M a c h a d o C a b r a l

S u p e rv is ã o F lá v io R i b e i r o d e O l i v e i r a L u iz A l b e r t o M a c h a d o C a b r a l

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (C1P) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Aprendendo grego / The Joint Association of Classical Teachers* Greek Course ; tradução Luiz Alberto Machado Cabral, Cecília Bartaloui. - São Paulo : Odysseus Editora, 2010. Título original: Reading Greek 1. Grego - Gramática 2. Grego - Gramática - Problemas e exercícios I. The The Joint Association of Classical Teachers* Greek Course

10-00953

CDD-485 índices para catálogo sistemático:

1. Gramática Grego Linguística 485

Reading Greek © 1978, 2007 The Joint Association of Classical Teachers’ Greek Course / Cambridge University Press Todos os direitos desta edição reservados à: © 2010 Odysseus Editora Ltda. Editor: Stylianos Tsirakis Supervisão: Flávio Ribeiro de OÍiveira / Luiz Alberto Machado Cabral Tradução (Gramática & Exercícios): Luiz Alberto Machado Cabral Tradução (Textos & Vocabulários): Cecília Bartalotti Editoração eletrônica: Lucas Dezotti Capa: Giulliana / S.T. Odysseus Editora Ltda. R. dos Macunis, 495 - CEP 05444-001 - Tel./fax: (11) 3816-0835 [email protected] - www.odysseus.com.br

ISBN: 978-85-7876-010-6

Edição: 1 Ano: 2010

Aprendendo Grego EDIÇÃO BRASILEIRA

Antes de iniciarmos a tradução da primeira edição do Aprendendo grego em 2004, solicitamos a opinião de professores e estudiosos de língua grega antiga. A maioria dos professores questionados via a publicação como uma excelente contribuição ao seu trabalho, e boa parte já usava o método, apesar da inexistência de tradução. Dois anos mais tarde, quando concluíamos os trabalhos de tradução, fomos surpreendi­ dos pelo lançamento da segunda edição pela Cambridge University Press. Tendo a segunda edição recebido inúmeras alterações, e sendo estas fruto da reflexão e da uti­ lização do método por educadores, decidimo-nos pela publicação da edição aprimo­ rada, propiciando assim aos estudantes e professores brasileiros a versão atualizada de um recurso já consagrado para o ensino do grego em vários países. A tradução e publicação do livro de Textos e vocabulário em forma de cd- rom, em vez do livro tradicional, tem unicamente em vista a redução do preço final do con­ junto, permitindo que o leitor imprima partes do livro conforme sua necessidade. Os trabalhos de tradução, supervisão e revisão levados a cabo por Luiz Alberto M. Cabral, Cecília Bartaloti e Flávio Ribeiro de Oliveira merecem os créditos de um trabalho esmerado. Agradecemos a vários professores da área que foram consultados no decorrer dos trabalhos e somos especialmente gratos pelas inúmeras correções e sugestões recebidas dos professores Paula da Cunha Corrêa e José Marcos Macedo.

Publicado pela primeira vez no Reino Unido em 1978, Reading Greek tomou-se um best-seller na categoria de curso introdutório de grego antigo em um ano para estu­ dantes e adultos. O livro combina o melhor das técnicas modernas e tradicionais de aprendizagem e é usado amplamente nas escolas, cursos de verão e universidades em todo o mundo. Foi também vertido em várias línguas estrangeiras. Este volume fornece apoio gramatical completo juntamente com numerosos exercícios de diferentes níveis. Para esta segunda edição (primeira edição brasileira), as explicações gramaticais foram substancialmente re-escritas para atender às necessidades dos estudantes atuais e o livro foi completamente rediagramado, com o uso de cor. O livro traz ainda vocabulários Grego-Português e Português-Grego, bem como uma gramática de referência subs­ tancial e panoramas da língua. O volume Texto e Vocabulário, que acompanha o livro, contém uma narrativa inteiramente adaptada a partir de autores antigos a fim de estimu­ lar os estudantes a desenvolverem rapidamente suas habilidades, ao mesmo tempo em que recebem uma excelente introdução à cultura grega.

Sumário

Prefácio ix Agradecimentos x Abreviações xiv A

G ram ática e E xercícios p ara a s se ç õ e s Um -Vinte 1

Alfabeto e pronúncia 1-7 Introdução gramatical

1 1 4

Parte Um 8-51 52-65 66-76

Seção Um Seção Dois Seção Três

8

43 54

Parte Dois 77-100 101-126 127-148 149-176

Seção Quatro Seção Cinco Seção Seis Seção Sete

70 92

115 134

Parte Três 177-187 188-210 211-218

Seção Oito Seção Nove Seção Dez

Parte Quatro 219-226 Seção Onze 227-247 Seção Doze 248-272 Seção Treze 273-282 Seção Catorze 283-289 Seção Quinze

Os números em negrito referem-se aos parágrafos das seções gramaticais.

160 176

210

226 236 270 300 309

Parte Cinco 290-305 Seção Dezesseis 306-327 Seção Dezessete 328-331 Seção Dezoito

315 336 356

Parte Seis 332-335

Seção Dezenove

359

Parte Sete 336-338 B

Seção Vinte

G ram ática d e R eferência

339 340 343 348 353 359 361 365 366 372 375 383 384 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 400 401 402 403 404 405

Notas preliminares O alfabeto grego Acentuação Dialeto homérico - principais características Substantivos Pronomes Adjetivos Advérbios O verbo nccvco e o aoristo segundo de Áapfiávoj (completos) Verbos contratos Verbos em -jui na íntegra As terminações das formas não indicativas (aspectuais) Verbos irregulares Tempos principais importantes Preposições Partículas úçfuiç) Particípio Infinitivo Verbos impessoais Orações consecutivas Discurso indireto Orações temporais Orações finais Verbos de temor Potencial (polidez) ãv Potential (em orações condicionais) Expressão de voto / expressão de pesar Imperativo (ordens) Subjuntivo deliberativo Subjuntivo e optativo: usos comparados

362 369 369 370 375 378 382 389 393 399 400 409 416 431 433 435 443 445 450 451 452 454 454 455 457 458 459 459 460 460 461 461 462

Vil C 407 411 414 419 421 422 425 427 431 436 444 447 D

P a n o ra m a s d a língua

Uma breve história da língua grega Vozes ativa, média e passiva Aspecto: presente, aoristo e perfeito Optativo Usos do subjuntivo Os usos de ccv Verbos e m -to e verbos em -pi As negações ov e prj Morfologia dos casos Usos dos casos Usos dos artigos definidos Ampliação do vocabulário A Vocabulário completo de todas as palavras a serem aprendidas

Como encontrar a forma dicionarizada de um verbo Vocabulário completo Catálogo de nomes próprios E V ocabulário P ortu g u ês-G reg o F

índice d e g ram á tic a d o Aprendendo Grego

índice de gramática - grego

465 465 467 469 472 473 474 476 477 479 483 487 490 497 497 498 517 521 529 539

rpccmjcacc jjaGelv 5eí Kai paGóvra vouv êxeiv

Menandro

Prefácio da edição inglesa

Este livro foi escrito para ser usado em conjunto com Reading Greek (Texto e Vocabulário) do curso de Grego da Joint Association o f Classical Teachers’ Greek Course. Nele você encontrará: A: Explicações gramaticais a cada seção e exercícios para facilitar a leitura das vinte seções do Texto (p. 1-368). A pesar de recomendarmos que o Texto deve ser rigorosamente trabalhado antes de os estudantes se dedicarem à Gramática e aos exercícios, não haverá problema algum em seguir outra forma de abordagem. B: Uma Gramática de referência, que resume e às vezes desenvolve os pontos essenciais de gramática abordados no Curso (pp. 369-464). C: Uma série de Panoramas da língua que examinam de forma mais detalhada alguns dos aspectos mais importantes do idioma (pp. 465-496). D: Um vocabulário completo de todas as palavras que devem ter sido aprendidas - e que foi igualmente anexado ao final do Texto - seguido de um catálogo de nomes próprios (pp. 497-520). E: Um vocabulário para os exercícios de tradução do português para o grego (pp. 521-528). F: índices de gramática e de palavras gregas (pp. 529-543), originalmente elaborados pelo Professor W. K. Lacey e seus alunos da Universidade de Auckland, Nova Zelândia, e revisados para esta edição. Seria impraticável produzir uma gramática exaustiva de toda a língua grega. Por isso, devemos concentrar nossa atenção nas suas características mais comuns. Estudantes e professores devem ter em m ente que o objetivo fundamental desta gramática é ajudar os estudantes a traduzir do grego. Peter Jones Newcastle on Tfyne Outubro 2006

Agradecimentos da edição original de Reading Greek (1978)

Reading Greek foi desenvolvido por uma Equipe de Projeto (Dr P.V. Jones, Dr K.C. Sidwell e Sra. F.E. Corrie) sob a orientação de um Comitê Diretivo e um Conselho Consultivo, constituídos como se segue: Comitê Diretivo: Professor J.P.A. Gould (Bristol University) (Chefe de Departamento); M.G. Balme (Harrow School); R.M. Griffin (Manchester Grammar School); Dr J.T. Killen (Joint Treasurer, Jesus College, Cambridge); Sir Desmond Lee (Joint Treasurer, President, Hughes Hall, Cambridge); A.C.F. Verity (Headmaster, Leeds Grammar School)-, Sra. E.P. Story (Hughes Hall, Cambridge). Conselho Consultivo: G.L. Cawkwell (University College, Oxford); D r J. Chadwick (Downing College, Cambridge); Professor A. M orpurgo Davies (Somerville College, Oxford); Sir Kenneth Dover (Reitor, Corpus Christi College, Oxford); Professor E.W. Handley (University College, London); B.W. Kay (HMI); Dr A.H. Sommerstein (Nottingham University); Dr B. Sparkes (Southampton University)-, G. Suggitt (Headmaster, Stratton School); A.F. Turberfield (HMI). O Comitê e o Conselho completo reuniram-se três vezes por ano durante o período de 1974-78, enquanto o Curso estava sendo desenvolvido, mas também dividiram-se em subcomitês para dar auxílio específico à Equipe de Projeto quanto a alguns aspectos do Curso, a saber: Texto: K.J.D.; E.W.H. Gramática: J.C.; A.M.D.; A.H.S. (que, com K.J.D., tiveram a gentileza de fazer contribuições individuais para a Gramática de Referência e os Panoramas da Língua). Exercícios: M.G.B.; R.M.G.; A.C.F.V. Textos de apoio: G.L.C.; J.P.A.G.; B.S. Difusão: B.W.K.; H.D.P.L.; E.P.S.; G.S.; A.F.T. Também fomos orientados por vários especialistas do exterior, que usaram o Curso ou apresentaram sugestões, a saber: J.A. Barsby (Dunedin, Nova Zelândia); S. Ebbesen (Copenhagen, Dinamarca); B. Gollan (Queensland, Austrália); Professor A.S. Henry (Monash, Austrália); Drs D. Sieswerda (Holanda); Professor H.A. Thompson (Princeton, U.S.A.). Gostaríamos de destacar nossa imensa dívida de gratidão com o Comitê Diretivo, o Conselho Consultivo e nossos consultores no exterior. Mas também gostaríamos de deixar claro que as decisões finais sobre todos os aspectos do Curso e qualquer erro de omissão e comissão são responsabilidade exclusiva da Equipe.

Agradecemos a ajuda e os conselhos do Professor D. W. Packard (Chapei Hill, N. Carolina, U.S.A.) sobre o uso do computador para análise e impressão em grego; e do D r John Dawson do Laboratório de Computação Literária e Linguística da Universidade de Cambridge, que disponibilizou para nós os recur­ sos do Centro de Informática para a impressão e exame do material de rascunho nos primeiros estágios do Projeto. Aprendemos muito com os membros da Equipe que produziu o Cambridge Latin Course, e estamos extremamente gratos a eles pela ajuda, em especial nos primeiros estágios do Projeto. Se produzimos um Curso que adota uma visão mais tradicional do aprendizado de línguas, ainda assim nossa dívida a muitos dos princípios e muito da prática que o C.L.C. defendia é muito grande. Por fim, nossos melhores agradecimentos a todos os professores de escolas, universidades e centros de educação para adultos, tanto no Reino Unido como no exterior, que usaram e comentaram o material preliminar. Devemos um agra­ decimento especial aos organizadores d a J.A.C.T. Greek Summer School em Cheltenham, que nos permitiram utilizar nosso material na escola durante os três anos em que o Curso estava sendo desenvolvido. Peter V. Jones (Diretor) Keith C. Sidwell (Segundo autor) Francês E. Com e (Assistente de Pesquisa)

A segunda edição de Reading Greek (2007) As principais características do curso revisado Reading Greek foi originalmente escrito com o pressuposto de que seus usuários conhecessem latim. Têmpora mutantur - ele foi agora revisado sob o pressuposto de que isso não acontece e à luz das experiências daqueles que vêm usando o curso há quase trinta anos. Em bora a estrutura geral do curso e seu material de leitura tenham permanecido os mesmos, as mudanças mais impor­ tantes são:

Texto 1. Os vocabulários específicos e vocabulários a serem aprendidos estão agora no Texto, nas mesmas páginas que o grego a que se referem. O Texto também tem o Vocabulário de Aprendizado Grego-Português completo no final, assim como a Gramática. 2. Há indicações em todo o Texto do material de gramática que está sendo intro­ duzido e em que ponto; e há referências às seções de O Mundo de Atenas (segunda edição) relevantes para o tem a abordado nos textos e para as ques­ tões em discussão.

Como resultado dessas alterações, o Texto pode agora funcionar como um instrumento de ‘revisão ’ de leitura independente para qualquer pessoa que tenha um conhecimento básico de grego antigo, qualquer que tenha sido o curso para iniciantes utilizado. A segunda metade do Texto, em particular, começando por seus trechos cuidadosamente adaptados dos discursos jurí­ dicos extremamente importantes (contra a mulher Neera) e prosseguindo até Platão e uma introdução aos dialetos de Heródoto e Homero, constitui uma introdução ideal a uma literatura sublime e a questões sociais, culturais, históricas e filosóficas. 3. Vários aspectos da base cultural e histórica do Texto são discutidos de tempos em tempos in situ. 4. A Seção Cinco original foi dividida em duas seções, Cinco e Seis. Como resultado, há agora vinte seções no curso. G ram ática A Gramática foi totalmente re-escrita e rediagramada O objetivo foi tom ar seu formato e seu conteúdo mais fáceis de usar: 1. Há uma introdução a alguns pontos básicos da gramática do português e sua terminologia e sua relação com o grego antigo. 2. As explicações são mais claras e mais completas, elaboradas para aqueles que nunca aprenderam uma língua com declinações, e o formato é mais agradável aos olhos. 3. Exercícios curtos acompanham as explicações de cada novo item de gramá­ tica. Se o professor preferir, estes podem ser usados para proporcionar feedback instantâneo sobre o entendimento do novo material pelo aluno. 4. As declinações são apresentadas na página em sentido vertical, e não horizon­ tal, e a prática se 'sombrear' os casos ainda não explicados foi abandonada. A g ra d ecim en to s A revisão foi realizada sob a égide de um subcomitê do Comitê de Grego da

Joint Association o f Classical Teachers, o grupo que teve a ideia do Projeto e o supervisionou desde o seu início em 1974. O subcomitê foi constituído pelo Professor David Langslow ( University o f Manchester, Diretor de depar­ tamento), Dr. Peter Jones (Diretor do Curso), Dr. Andrew Morrison ( University o f Manchester), James Morwood ( Wadham College, Oxford), Dr. James Robson (Open University), Dr. John Taylor ( Tonbridge Schooí), Dr. Naoko Yamagata (Open University), Dr. James Clackson (Jesus College, Cambridge) e Adrian Spooner (Consultor administrativo). O subcom itê reuniu-se aproxim adam ente um a vez em cada período letivo durante dois anos e tom ou decisões que afetaram todos os aspectos da segunda edição. C oncentrou-se particularm ente na Gramática. As seções 1-2 foram revisadas em prim eiro lugar pelo Dr. Andrew M orrison, as Seções 3 -9 pelo Dr. Jam es Robson e as Seções 10-20 pelo Dr. Peter Jones, enquanto os Panoram as da L íngua foram revisados pelo Professor David Langslow. Os

m em bros do subcom itê leram e com entaram praticam ente tudo. O Professor Brian Sparkes (University o f Southampton) foi m ais um a vez o consultor para as ilustrações. A gradecem os aos estudantes e professores da JACT G reek Sum m er School de 2006, em Bryanston, por terem feito um teste com pleto da prim eira m etade do curso revisado em sua form a prelim inar, especialm ente a Anthony Bowen (Jesus College, Cam bridge); e à Dra. Janet Watson pelo trabalho com as provas. A Cambridge University Press deu total apoio à revisão. Dr. Michael Sharp discu­ tiu pacientemente conosco e atendeu à maioria de nossas solicitações, Peter Ducker resolveu os complicados problemas de formato com elegância e habilidade e Dra. Caroline Murray supervisionou competentemente a informatização do texto. Dr. Peter Jones, como Diretor tem a responsabilidade fínal por esta segunda edição. Peter Jones Newcastle on Tyne Setembro de 2006

Abreviações

abs.(oluto) ac.(usativo) adj.(etivo) adv.(érbio) aor.(isto) art.(igo) at. (ivo) au. (mento) cf. ( = confer) (Latim: ‘conferir’) comp.(arativo) cond.(icional) conj.(ugado, ugação) contr.(ato, ação) dat.(ivo) decl .(inação) def.(inido) del.(iberativo) dir.(eto) f.(eminino) fut.(uro) gen.(itivo) imper.(ativo) imperf.(eito) inc. (lusive) ind. (icativo) indec(linável) indef.(inido) indir.(eto) inf.(initivo) int.(errogação)

irr.(egular) lit.(eralmente) m.(asculino) méd.(io) m. q.perf. (mais que perfeito) n. (eutro) não contr.(ato) n .b. (= nota bené) (Latim: ‘note bem ’) nom.(inativo) opt.(ativo) part.(icípio) pass.(ivo) perf.(eito) pl.(ural) prep.(osição) pres.(ente) prim.(ário) pron.(ome) redob.(rado, ro) rei.(ativo) s.(ingular) sc.(ilicet) (Latim: ‘presumivelmente’) sec.(undário) seq.(uência) subj.(untivo) sup.(erlativo) tr. (aduzir) transi.(iteração) vb. (verbo) voc.(ativo)

la., 2a., 3a. referem-se às pessoas do verbo, i. e. Ia. s. = ‘eu’ (às vezes ls.) 2a. s. = ‘tu’ (às vezes 2s.) 3a. s. = ‘ele, ela’ (às vezes 3s.) la. pl. = ‘nós’ (às vezes lpl., etc.) 2 a. pl. = ‘vós’ 3a. pl. = ‘eles’

A

Gramática, Vocabulários e Exercícios para as Seções 1-20

In tr o d u ç ã o Alfabeto e pronúncia [ 0 ALFABETO A B r A E Z H e

(alfa) (beta) P Y (gama) 5 (delta) £ (épsilon) < (zeta) n (eta) (theta) e (iota) 1 i K K (kapa) A A (lambda) M M (my) N V (ny) Z S (ksi) 0 0 (ômicron) n n (pi) p P (rho) x (sigma) T T (tau) Y U (ypsilon) 9 (phi) X X (khi) V 4» (psi) a u> (ômega) a

pronunciado como ‘a’ pronunciado como ‘b’ pronunciado como ‘g’ como em ‘gato’ pronunciado como ‘d’ em ‘dado’ (não como em ‘dia’) pronunciado como ‘e’ breve (ê) pronunciado como ‘sd’ como em ‘desde’ pronunciado como ‘é’ longo (éé) pronunciado como ‘t’ aspirado do inglês (brit.): Mop’ pronunciado como ‘i’ pronunciado como ‘k’ pronunciado como ‘1’ pronunciado como ‘m’ pronunciado como ‘n’ pronunciado como ‘x’ como em ‘táxi’ pronunciado como ‘o’ breve (ô) pronunciado como ‘p’ pronunciado como ‘r’ alveolar, como em ‘árabe’ pronunciado como ‘ss’ em ‘passa’ pronunciado como ‘t’ como em ‘tábua’ (não como em ‘tia’) pronunciado como ‘u’ francês Mune’ / alemão ‘Muller’ pronunciado como ‘p’ aspirado do inglês (brit.): ‘pot’ pronunciado como ‘c’ aspirado do inglês (brit.): ‘cat’ pronunciado como ‘ps’ em ‘psicose’ pronunciado como ‘o’ longo (óó)

D itongos

ai au Ol £U

como em ‘cai’ como em ‘mau’ como em ‘dói’ como em ‘céu’.

Dígrafos ei ( ‘ê ’) e ou ( ‘u ’) têm som simples.

Consoantes duplas YY pronuncia-se ng como em ‘ma/tga’, pois o y soa como n diante de outra gutural (YK = nk, yx = nkh, yí, = nx). yp deve ser pronunciado como no inglês ‘ha/tgman’ e as consoantes duplas como t t , AA devem ser pronunciadas como se fossem uma consoante simples.

Sigma e iota subscrito Observe que ç é usado somente no final das palavras, enquanto o é usado nas outras posições (ex. crcácnç, ‘revolta’). Algumas vezes, o i é escrito sob um ã (9), H (fl) ou to (tp) precedente, e por isso é denominado ‘iota subscrito’ (do latim ‘escrito sob’). Aspirações ('espíritos')



'Espírito rude ou áspero'

Todas as palavras que começarem com uma vogal e tiverem um sinal de aspira­ ção ‘ sobre uma vogal minúscula, ou diante de uma vogal maiuscula, serão pro­ nunciadas com uma aspiração inicial (como no inglês ‘Aard’) indicando aspira­ ção ‘rude’ ou ‘áspera’, ex. õpoç = horos ( ‘limite’), óitAÍTqç = hoplitês (‘hoplita’), 'EAAáç = Hellás ( ‘H élade’, ‘Grécia’).



'Espírito doce ou suave'

O sinal ’ sobre uma vogal minúscula ou diante de uma vogal maiúscula indica ausência de aspiração (ausência do som ‘h’), ex. õpoç = óros (‘montanha’), aropoç = átomos ( ‘átom o’). ■ Ditongos Observe que, nos ditongos e nos dígrafos, os espíritos são colocados sempre sobre a segunda vogal, ex. AíaxuAoç, Ésquilo.

Pontuação O grego u s a ; para interrogação (?) e • para dois pontos (:) ou ponto e vírgula (;). No demais, a pontuação é como no português. Vogais lo n g as Os ditongos e as vogais q e to são sempre longos; o e e são sempre breves. O mácron é a marca usada para indicar quando as vogais a, 1, u são pronunciadas como longas (ã, I, 0) nos vocabulários de aprendizagem, no catálogo completo dos vocabulários e nos quadros da Gramática. Toda vogal com acento circunflexo ~ ou iota subscrito ( é longa e não necessita ser assinalada com o mácron.* * Para maiores informações sobre o alfabeto e a pronúncia, consulte a Gramática de Referência.

T ransliteração A maior parte das letras gregas são simplesmente convertidas para o português, ex. P e t tomam-se ‘b’ e ‘t’. Mas algumas não são tão óbvias. Note em particular: Ç = sd ou z

YY = ng H= e 9 = th K= c o « k -ov = -on -oç = -os ü = yo«u X = ch ou kh v|> = ps

quanto aos nomes próprios, a maioria entrou na língua portuguesa ‘via latim’ e seguem os seguintes critérios: Kpoíooç = Creso (o ditongo ov pelo latim fica ‘e ’) KÀeivíaç = Clínias (o dígrafo ei pelo latim fica ‘i’) N éaipa = Neera (o ditongo ai pelo latim fica ‘e’) Eõepyoç = Evergo (o ditongo eo pelo latim fica ‘ev’ quando seguido de vogal). (cf. Lista de nomes próprios, p. 517-19)

EXERCÍCIOS 1. Escreva as seguintes palavras gregas (que você encontrará na Seção 1) na sua forma correspondente em português* BoÇávtiov AlKCUÓTtOÀlÇ Eõpoia ZnvóOepiç 'H yéatpatoç

riap0evá)v Xíoç ccKpónoÀiç èpnópvov

* Os acentos dessas palavras são explicados em 343, 344-8.

2. Passe as seguintes palavras em português para sua forma grega equivalente: (a) para toda palavra que começa com uma vogal, insira o sinal de ‘espírito doce’ (ausência de aspiração) sobre a vogal, ex. êlectron = rjÀEKtpov (b) para toda a palavra que começa com um ‘h \ escreva a vogal que vem a seguir e depois insira o sinal de ‘espírito rude’ (aspiração) sobre ela. Ex. historia = iotopva. (c) Nos ditongos, coloque os ‘espíritos’ sempre sobre a segunda vogal, ex. eugenês = euyevriç. drama, panthêr, crocus, geranium, hippopotamus, ibis, asbestos, charactêr, skênê, Periclês, Sophoclês, Euripidés, *Hippocratês, comma, cólon, Sócrates, Zeus, Artemis, *Hêraclês, asthma, dyspepsia, cinema, orchêstra, mêlon, íris. * Quando houver ‘H’ maiusculo, escreva a vogal que vem a seguir em maiusculo e coloque o sinal de ‘espírito rude’ antes dela, ex. Honréros, 'Opripoç (Homero).

Introdução Gramatical Essa seção introduz alguns termos básicos de gramática para lhe ajudar na tradu­ ção do grego para o português. A gramática de uma língua explica simplesmente como ela funciona, recorrendo ao uso de vários termos técnicos. Os mais impor­ tantes deles são introduzidos abaixo. Os que já estão familiarizados com esses termos (porque, por exemplo, já estu­ daram o latim) devem, não obstante, ler os tópicos 6 -7 à guisa de introdução a alguns princípios básicos da língua grega.

TERMOS BÁSICOS Abaixo, você encontrará alguns dos termos técnicos básicos de gramática. Substantivo ‘A mulher persuade o homem.’ 1. Nesta oração, ‘mulher’ e ‘homem’ são substantivos. Os substantivos desig­ nam coisas ou pessoas, p. ex. cavalo, templo, Helena, honestidade, ousadia. Cf. ‘o cisne persegue Melissa.’ G ênero 2. Gênero é um termo gramatical e não segue necessariamente as noções de ‘macho’, ‘fêmea’ e ‘inanimado’. Os substantivos ocorrem em três ‘gêneros’ em grego - masculino, feminino e neutro. Compare-se o francês e o espanhol, que têm dois gêneros, masculino e feminino: ‘le soleil’ e ‘el sol’ [‘o sol’, em francês e espanhol] são masculinos, porém ‘la lune’ e ‘la luna’ [‘a lua’] são femininos. O gênero de um nome em uma determinada língua não se altera. Portanto, ‘a lua’ é sempre feminino em espanhol e francês (e também em português!). Verbo e o ra ç ã o ‘A mulher persuade o homem.’ 3. (a) A palavra ‘persuade’ é um verbo. Os verbos geralmente são palavras que indicam ação - trazer, vencer, andar, queixar-se: ‘eu trago’, ‘você vence’, ‘eles se queixam ’. Podem também exprimir um estado: ‘ela está ’, ‘ele fica ’. O verbo nos informa o que está sendo feito ou acontecendo na oração: ‘o cisne persegue Melissa.’ Todos os verbos até aqui citados são verbos fini­ tos. Isso significa que eles têm um a pessoa como sujeito (‘eu’, ‘ele’ etc.), um tempo (nos exemplos dados, todos se referem ao tempo presente) e um modo (aqui, ‘indicativo’: eles indicam que algo está acontecendo). (b) Os períodos geralmente contêm certo número de orações. Cada oração possui um verbo finito, ex. ‘Depois que Helena saiu, apesar de ter esquecido seus óculos, ela não retomou para pegá-los.’ Os verbos finitos aqui menciona­ dos são ‘saiu’, ‘ter esquecido’, ‘retomou’ - mas não ‘pegar’.

(c) Definimos essas orações de acordo com a relação que elas estabelecem entre si. Orações subordinadas são introduzidas por palavras como ‘quando’, ‘depois que’, ‘apesar de’, ‘então’, ‘se’, ‘porque’, ‘desde que’ e daí por diante. Depois que você tiver removido todas as orações subor­ dinadas, você ficará com a oração principal e o verbo principal ( ou verbos). No exemplo (b), o verbo principal é ‘retom ou’. A rtigo D efinido ‘A mulher persuade q homem’ 4. ‘O’ e ‘a’ são conhecidos como artigos definidos em português. Quando abor­ darmos os artigos definidos (art def.) em grego, na gramática da Seção 1 A-B, veremos que eles desepenham um papel extremamente importante na tradução do grego para o português. S ujeito e o b je to ‘A mulher persuade o hí m em ’ 5. O sujeito da oração é ‘a mulher’ - a mulher é quem está persuadindo o homem. O sujeito, na gramática, é a pessoa ou coisa que realiza a ação do verbo. Isso é muito importante. O sujeito não é do que trata a oração, mas é a pessoa ou coisa que realiza a ação verbal: ‘eu trago as espadas’, ‘ela vence a corrida’, ‘o cisne persegue Melissa.’ O objeto direto da oração acima é ‘o homem’ - a mulher está persuadindo o homem. O objeto direto é a pessoa ou coisa que recebe a ação do verbo. P. ex.: ‘Helena morde a maçã', ‘Alexandre lê o livro’, ‘O cisne persegue Melissa.’

A FORM A DAS PALAVRAS E A O R D E M DAS PALAVRAS

6. Uma das diferenças mais importantes entre a língua grega e a portuguesa é que, na língua portuguesa, a ordem das palavras é que nos indica o que a oração significa, enquanto na língua grega é a alteração da forma das pala­ vras. Por exemplo, em português, as duas orações abaixo significam coisas muito diferentes: ‘A mulher persuade o homem.’ ‘O homem persuade a mulher.’ A diferença de significado entre essas duas orações reside na ordem das pala­ vras, pois é a ordem das palavras que nos informa quem ou o que está realizando a persuasão. Na primeira, ‘a mulher’ vem antes de ‘persuade’ e isso nos indica que é a mulher quem está persuadindo. Na segunda, ‘o homem' vem antes de ‘persuade’ e portanto é o homem quem está persuadindo. Agora leia as duas orações em grego abaixo:

r| I ‘a

yuvH

iteíGei

I I mulher persuade

tòv cfvOpcortov. I I o homem.’

rr|v YuvaÍKa rceíOei ó tfvOpooitoç I I I I I ‘a mulher persuade o homem.’

Ambas orações têm a mesma ordem em grego: mulher - persuade - homem. Porém o significado é bem diferente: a primeira significa ‘a mulher persu­ ade o homem’, mas a segunda, apesar da ordem das palavras, na realidade significa ‘o homem persuade a m ulher’. O que está acontecendo aqui? Como podemos diferenciar um sentido do outro? - Em grego, é forma da palavra que nos diz qual é a função que ela está desem­ penhando e, portanto, qual o significado da oração como um todo - nesse caso, quem está persuadindo quem. As alterações das palavras em grego ocorrem geralmente (mas não sempre) no final das palavras. Agora observe as alterações das formas das palavras nas duas orações acima. Você notará que f| Yuvf| diferencia-se de tf|v yvvcãKa e tò v ctvôpwitov de ó ávGpoonoç. Eis o motivo: Na primeira oração ‘a mulher’ é o sujeito (a mulher é quem está persuadindo o homem) e a forma grega para “a mulher” enquanto sujeito é ri y w ij . Na segunda, ela é o objeto direto (o homem é quem persuade a mulher) e a forma grega que designa “a mulher” enquanto objeto direto é tf|v yuvomta (agora você já sabe a origem do termo “ginecologia”). - Do mesmo modo, “o homem” é o sujeito da segunda oração e a forma grega para “o homem” enquanto sujeito é ó ávOpwitas; - Porém, enquanto objeto direto na primeira oração, a forma grega é ròv ctvGpumov. - Observe como os art. def. também se alteram: é ò (masculino) ou r) (feminino) quando o substantivo é o sujeito, mas róv (masculino) ou rq v (feminino) quando o substantivo é o objeto direto. ► R e g r a : preste sempre muita atenção às alterações das formas das | palavras em grego. Há também exemplos de alterações das formas das palavras em português, geralmente vestígios de tempos mais antigos. Por exemplo: -

‘eu’, ‘ele’ e ‘ela’ (pronomes pessoais) são formas de sujeito da oração; ‘m e’, ‘o’ e ‘a’ (pronomes oblíquos) são as formas correspondentes desses pronomes para objeto direto. Portanto: ‘amo-o’, ‘amo-a’, e não ‘amo ele’, ‘amo ela’ etc.

CASO: SUJEITO E OBJETO

7.

Veja as seguintes orações em português (e note que, enquanto dizemos em português ‘Hegéstrato’, em grego se diz correntemente ‘o Hegéstrato’): ‘[O] Hegéstrato vê [o] Zenótemis.’ ‘[O] Zenótemis persegue os marinheiros.’ ‘A mulher persuade [o] Hegéstrato.’ Quais são os sujeitos dessas orações? Quais são os objetos diretos? Agora examine essas mesmas orações em grego :

ó 'HyécrrpaToç ópçi tòv ZqvóGepiv. ó ZqvóGepiç Suükêi touç vaúraç. r) yuvtj iteíGei tòv 'HyéoTpaTOv. Quais são as diferenças de forma entre ‘[o] Hegéstrato’, quando Hegéstrato é sujeito e quando é objeto direto? Qual é a forma de ‘Zenótemis’ enquanto sujeito da oração? Caso O termo gramatical para essas alterações da forma das palavras é caso. O s subs­ tantivos gregos têm uma forma diferente para cada caso, dependendo da função sintática que eles exercem na oração (i.e. sujeito, objeto direto etc.). Nós já encontramos vários exemplos de casos diferentes em grego:

n

Yuvn

ii

“A mulher (sujeito) iqv yuvaíKa

11

“A mulher (objeto)

ndGei |1 persuade

tòv ávGpionov.

11

o homem (objeto).”

ndGei

ò ávGpomoç

persuade

o homem (sujeito).”

11

l1

Os casos em grego têm nomes diferentes: O caso do sujeito é o caso nominativo. O caso do objeto direto é o caso acusativo. H yuvr] é o nominativo de ‘a mulher’ em grego, e rf|v yuvaiKa é o acusativo. ‘A mulher’ tem a forma rj yuvf|, o caso nominativo, quando é o sujeito de uma oração (ex. quando a mulher persuade alguém), mas quando ‘a mulher’ é o objeto de uma oração (ex. quando alguém persuade a mulher), então a forma passa a ser tqv yuvaÍKa, o acusativo. Os outros casos e as formas verbais serão explicados posteriormente.

Gramática para a Seção 1A-B Nessa seção você verá: • Os artigos definidos 'o', 'a', ó r) tó • O princípio de 'concordância' • Adjetivos do tipo KaÀóç KaÀr| k íx à ó v • O caso vocativo

V E R I F I C A Ç Ã O DE V O C A B U L Á R I O

Assegure-se de que você sabe o que significa: apa KCXÍ 5é oú 5eupo te . . . kcxí èyú) t íç ; liteita (õ V O C A B U L Á R I O A SER A P R E N D I D O (p.9)

(Jaívw [eu] vou (Jaívei ele vai év BuÇavtíw em Bizâncio f| yrj a terra tq v yrjv a terra ècmv é ò f) tó o, a

ó vautriç o marinheiro (nauta) oi vcxütcxi os marinheiros (nautas) ópcôoi [eles] vêem tò tiàoíov o navio, a nau ó pai|>tp5ótp5óv o rapsodo

DECLINAÇÃO DOS ARTIGOS DEFINIDOS

8. Nós já encontramos vários exemplos de art. def. em grego que correspondem aos nossos artigos ‘o’, ‘a’ em português: tò nXoTov, ‘o navio’, ó Ku(3epvf|Tr|vaOrca. Ü

P

õiíüKere.

Í Í Í

1C-D: 3. Traduza para o português e especifique se o imperativo é s. ou pl. (a menos que você pense que o modo imperativo não está sendo usado...):

1 . [Jaíve 2 . pÀÊTIE 3. tb vaütai, 5tu)K£t£

6. pf| j3AÍTt£T£ 7. Kccta($cav£T£ 8. P a ív e re

4. axoue 5. cpeúyete .< V O C A B U L Á R I O

9. á>'HyeoxparE, pf| pév£ 10. pq £iapaív£t£ A

:! aKoóto p àÁqOrj :j àÀÀá !| BAéltü) j , yap ;| 8u ÓK(0 jj eytoys eía(3ctíva> (eia(3cx-) ; npeíç Kctrapaívco (Karapa-) ;! pévu> (petva-) : .w \

Si OÚ, OÒK, OÚX li^ oú5év _ ;; OÚV TI

ü|aetóp-ti) ‘vejo’, Ttoxé-o)—>7ioi-ô) ‘faço’, 5r)Aó-co—►5r]À-ü) ‘mostro’

la. s. 2a. s. 3a. s. la. pL 2a. pl. 3a. pl.

contrato em -a

contrato em -e

contrato em -o

ópá-w —» óp-w ópá-eiç —*■ óp-ãç òpá-Ei —» óp-â ópá-opev —> óp-âjpev ópá-ete —> óp-ãre ópá-ouoi—►óp-ôkrt

TOlÉ-td • > TUOl-tõ rcoié-eiç —> TlOl-EÍÇ noié-ei —» TtOl-EÍ TIOlÉ-OpEV —*■TTOi-OÜpEV noxé-exe —> noi-exxe jtoié-ouoi —*■ noi-oüoi

SqXó-a) —» õnA-tô 5qAó-eíÇ—» 5r|A-oT 5r|A-oT 5r]Aó-op£v —»5r]A-oü|jev 5riAó-ete —► 6it|A-oüte 5r|Àó-ouci —> SuA-oüai

R e gras d e con tração

25. Em grego arcaico, esses verbos eram não-contratos. Porém, com o tempo, a vogal contrata começou a se misturar com as desinências para produzir novas formas de desinências, como você pode ver acima. Assemelha-se um pouco ao fenômeno de aglutinação em português: cf. fidalgo (‘filho+de+algo’). O modelo das contrações é inteiramente previsível, de acordo com o quadro abaixo. Para usá-lo, pegue primeiro uma das vogais da coluna do lado esquerdo e depois outra da fileira de cima - o ponto de intersecção das duas dará a contração que você procura quando essas duas vogais vêm juntas nessa ordem. Por exemplo, a + e = a, enquanto e + a = q.



a

e

ei

l

n

Tl

0

ou

01

ü>

(p

a

a

a

a

ai

a

a

0)

0)

Cp

w

Cp

e

n

ei

£1

£1

n

n

ou

ou

Ol

w

(p

0

w

ou

01

01

w

01

ou

ou

01

0)

(p

Um a estratégia para aprender a s contrações

Com base em que o aprendizado de cor de todo esse quadro também poderá pro­ vocar ‘contrações’, há duas opções disponíveis: (a) Àprender apenas as contrações relevantes para esse tempo (presente), i.e.: 11 1. a + o/ou/ü) =

!■ 2. e + tu = to, :j 3. o + tu = w,

o), a + e/ei = a (o i vai subscrito) e + e/ei = ei, e + o/ou = ou o + e/o/ou = ou, qualquer uma com iota = oi

jj jj ]!

(b) Aprender os verbos contratos como meras variações de verbos terminados em -o), como paíyto. Compare as desinências deles no presente do indicativo (abaixo) com as de (Saívco:

Não-contrato contrato em -a contrato em -e contrato em -o (toívrcoiéópá5qXÓIs. 2s. 3s. Ipl. 2pl. 3pL

paív-w paív-eiç Paív-ei Paív-op£v ($0EÍV-£TE (iouv-oucn(v)

óp-w óp-ãç óp-ã Óp-íõpsv óp-ãts óp-wct(v)

tioi-w ttoi-eTç

Ttoi-eí ixoi-oüpev itoi-eire 7toi-o0ai(v)

5riX-w SriX-oíç 5r]A-oT 5r|X-oü|i£v SrtX-oõxE 5t]X-o0ai(v)

► Mais uma vez, vale a regra de ouro: depois que tiver aprendido as formas contratas de ópct-Q), Jtoié-w e õrjXó-to, você também será capaz de reconhe­ cer e formar o presente do indicativo ativo de todos os verbos contratos.

1E-F: 1. Traduza para o português:

1. ópãç 2. ópã 3. óptõaiv 4. Ttoioupev 5. SqXoüaiv

6. (SoqQsíc; 7. SqÀotç 8. Ttoieiç 9. õqXoüre 10 . (forçOsí

1E-F: 2. Traduza para o grego (com a resposta em uma única palavra): 1. Eles vêem 2. Ela faz 3. Vós fazeis 4. Eu mostro 5. Eles estão ajudando

6. Ele faz 7. Eles fazem 8. Vós mostrais 9. Nós vemos 10. Ele está fazendo.

1E-F: 3. Escreva a forma contrata dos seguintes verbos (você não precisa saber o significado dos verbos):

1 . tip á -u )

2. yapé-eiç 3. oÍK£-ouai 4. aiyá-opev 5. àoep£-£t£

6. OCO0£V£-£t 7. èXsuOspó-opEv 8. èfyíTtaxá-Ei 9. vooé-a) 10. tipá-ere

1 IMPERATIVOS CONTRATOS 26. Os verbos contratos também têm imperativos. Você será capaz de prever quais serão suas formas consultando o quadro 25 acima. No entanto, examine o quadro abaixo e compare novamente os verbos contratos com (3otívü>: opa ‘vê!’

Ttoiei ‘faze!’

não-contrato contratos em -a

SrjÂou ‘m ostra!’

contratros em - e contratos em -o

(!

j| s. paív-E !j p l (3atV-ST£

õp-a vê! (tu) óp-cttE vede! (vós)

Tioí-Ei faze! noi-£tT£ fazei!

5qA-ou mostra! j: 5qÀ-ouTE mostrai! |j

■ Acento sobre o e-contrato dos imperativos 27. Preste atenção redobrada ao acento do imperativo s. ativo de itofei (‘faze!’), pois ele o diferencia da terceira pes. s. do indicativo ativo de tcoieí (‘ele/ela faz’).

1E-F: 4. Tranduza para o português: ■t 1. opa 2. itoíei 3. TCOIEÍ 4. ópã 5. pf| 5r)Ao0tE

6. pévE 7. fJaívere (dois significados) 8. Ttoietç 9. pq SqÀou 10. SqAoi

1E-F: 5. Traduza para o grego: 1. Não espereis! 2. Persegue! 3. Mostrai! 4. Não ouças! 5. Ajuda!

6. Ele faz 7. Não faças! 8. Ele vê 9. Vê! 10. Não vás!

ADVÉRBIOS

28.

Em português, os advérbios de modo geralmente terminam em “-mente” - rapi­ damente, prudentemente, realmente. Eles nos mostram como ou de que modo a ação de um verbo é realizada ou então modificam um adjetivo. Por exemplo: • •

“Ele falou laconicam ente” indica-nos com o alguém fa lo u (verbo); “E xtrem am ente frio” indica-nos quão frio (adjetivo) está.

Form an d o a d vé rb ios

29.

Os advérbios em grego são formas invariáveis (não se declinam). Observe como esses advérbios são formados a partir dos adjetivos e deduza a regra:

! Adjetivo

Gen. masc. pl.

Advérbio

xaÀ-tõy

xaÀ-tõç “bem/belamente” xax-óõç “mal/perversamente” aacp-cõí; “claramente” |3a0-£tnç “profundamente” QCKplfJ-wç “exatamente”

lij] ij KaX-óç “belo/formoso” l| kcxk-óç “mau/peverso” Ij coccp-qç “claro” i| (3a0-i5ç “profundo” ; áKpi(3-rjc; “exato”

KCÍK-íóV

caó(p-oiç, rtÀoí-a, ÀépfS-w, vecópi-ov (2b), àv0pú>7i-ü)v 4. Use as informações fornecidas pelos artigos definidos e coloque o adjetivo e o substantivo na forma correta: a. ó KaÀ- av0pW7t-

b. tà KaÀ- vstópic. Ttõ KaÀ- épTtopíd. toíç KaÀ- àvOpíórte. ròv KaÀ- ctv0pam* Nunca use a hifenização nas respostas dos exercícios. C - SIN TA X E

Para cada exercício, traduza a oração grega e depois passe para grego a(s) palavra(s) em itálico. Observe bem a função que essas palavras desempenham em português (obj. dir., suj. etc.) para colocá-las no caso correto (nom. ac. etc.).

1. ó 'Hyéarpatoç ópã tqv àKpónoÀiv. Nós vemos Hegéstrato. 2. oi vaõrai Skúkouoi tòv ZqvóOepiv. Zenóíemis persegue os barcos.

3. ó AiKaiÓTtoÀit; rouç àvOpcímouç aipÇex. O homem nos salva.

4. ÓKUPepVTÍTTlÇ Ttoiel toúç Xép($ouç. O barco salva-vidas não está no porto. 5. oi ctvGpwnoi oúx òptõai touç Xep($ouç. Nós perseguimos os homens. D - DO PORTUGUÊS PARA O GREGO Traduza esses pares de orações (as dicas para se escrever em grego são dadas na p. 365-6): 1. ó ZrjvóGepiç p a ív s i d ç



7iX oíov.

O homem foge para o navio. 2. tòv 'Hyéarparov oúx óptõaiv oí vaurai. Hegéstrato não vê os homens. 3. apa oúx òpãç oú tf|v aKpÓTtoXiv; Tu vês os homens também?

4. õeüpo eX0ete Kai j3XéTiete. Vinde e ajudai! Persegui os homens! Não fujais! 5. oi ãvGpcojtoi àvapaívouaiv. Os amigos não estão esperando. E - EXERCÍCIO DE TESTE UM A-G Traduza para o português (o significado das palavras sublinhadas é dado no vocabulário abaixo): àitoxwpeí pèv tò tcXoíov àrò tfjç Eúftoíaç, rcXeí 5è itpòç xòv TTeipaiã. ó pèv ZrjvóGepiç (3Xéirei itpòç Tqv yrjv. ó 8è 'HyeaTpatoç kcctco pevei Kai KaraSúei tò ttXoíov. itéXeKuv yàp £X£i ° ãvGpWTtoç. ava> 5é d oiv ó KüpepvíjTrjç Kai ó AiKaiÓTtoXtç. (JXdrouci 5è npòq xf)V yfjv Kai ópwoi xá xe vetúpia Kai tòv napGevwva. àXXà èftacpvriç qckoúougi tòv i^órpov. znzixa 5è KaTapaívouaiv. KYBEPNHTHZ AIKAIOnOAIZ KYB.

tíç koieTtòv \|)ó(pov; apa òpãç, d) AixaiónoXi; vai- ópã> eywye* ó yàp 'HyeaTparoç tòv ijíócpov noizi. TtéXeKuv yàp è'x£i év Trj 5d;iã. pr| pévete, cò vaúxai, àXXà fJopGevue Kai Siámere tòv ãvGpüMTOV.

ó pèv 'HyéarpaToç 0e-w (s.) [; a + -ea0e —►0e-ão0e(pl.)

‘olha! (tu)’ ‘olhai! (vós)’

il contratos em-e: cpojtau (s.) ‘teme!’ !| £ + -ou —►(pofl-oü £ + -£G0£ —*■ cpo(3-£ío0£ (pl.)

(s.) ‘teme! (tu)’ ‘temei! (vós)’

; contratos em -o õouÀou (s.) ‘escraviza!’ o + -ou —►5ouÀ-oO (s.) ;í o + -£o0£ —> 5ouX-oua0e (pl.)

‘escraviza! (tu)’ ‘escravizai! (vós)

jj |j

Note que, como os verbos ativos (20), a forma da 2a. pessoa do pl. do pre­ sente do indicativo é idêntica à 2a. pessoa do pl. do imperativo presente.

2A-D: 1. Traduza para o português: 1. yíyvÊ™1 (traduza de três

modos)

8. spxsuBe Kai páxecOs (com dois significados)

9. (poj3eÍT8év. Enquanto aquelas mulheres são covardes em muitas coisas, esta mulher não é.

E EXERCÍCIO DE TESTE TRÊS C -E

Traduza para o português:

5

10

15

q pèv vauç aurq tcàeí rcapà xrjv vfjaov, ó 8è AutaiórcoAiç ÀapitáÔa ópã èv xfj vqacp. ó 5è Kuftepvqxriç eõ oíôev ôti ouk êon ÀapTtáç, àÀÀà xà nupá. chteúSei oòv eiç xòv Àipéva* 5r|Àoi yàp ÈKEÍva xà rcupà ô n oí noÀépiot ÈTtépxovTai èiu xoúç ’A0qvaíouç. oí 5è òcvSpEç oi èv tâ> Àipévi Geaívrai ÊKelva xà itupà Kai oíkaõe xpéxouaiv êtu xà ôrcÀa. íaaai yàp ô n péyaç ó kívÔuvoç. tipwpsv (a + o = co); logo tipá-ov > tipóõv; ttoié- co> Tüoitü (s + co = co); portanto jtoié-cov > Ttouõv, etc. (25). (b) Note que a forma ttpwv pode ser o particípio nom. ou ac. neutro s., ou ainda o particípio nom. masculino s. (c) Mais uma vez, esses particípios contratos têm exatamente as mesmas desi­ nências de caso que cov, ‘sendo/estando’, e Ttaúwv, ‘parando’. Apenas o radical contrato é diferente, p. ex.:

contrato em -s: jtoiüiv troiouaa noioõv (itoiouvt-), ‘fazendo*

s. Nom. Ac. Gen. Dat.

m. TTOIÔJV Tioioüvt-a TTOlOUVt-OÇ 7tOlo0vt-l

f itoio õa-a noioOa-av Ttoioúa-qç Ttoioúa-n

n. TtOlOUV TtOlOÜV 7I010ÜVT-0Ç

TlOlOÜVT-l

contrato em -e: rcoiwv noiouaa rcoiouv (notouvr-), ‘fazendo’ (continuação) pL

i; !! Nom. ;j Ac. jj Gen. Dat.

m.

f

n.

Tioioüvr-eç TTOIOUVC-OCÇ noioúvr-arv TroioO-at(v)

TTOioüa-cu noioúa-ãç noiouc-wv Ttoiotja-aiç

noiouvt-a Ttoioõvr-a itoioúvt-wv noioõ-ai(v)

Particípio presente m é d io

92.

(a) Os particípios presentes dos verbos médios são formados pelo acréscimo de -opev-oç r\ ov ao radical do presente. (b) Eles são adjetivos do tipo ‘2-1-2’ como kcíàóç ou seja, são declinados como os substantivos do tipo 2 no m. (avGpomoç) e no n. (spyov) e como substantivos tipo 1 (como (3orj) no f.

j

► Os particípios presentes médios são geralmente fáceis de ser reconhecídos. Procure pelo radical de um verbo mais -opev-:

:;

roxu-ópsv-oç tj ov, ‘cessando’

; í

1*

m.

í

' Nom. i A c•

i G en Dat.

/ nau-opev-rj 7tau-opév-r[v Tiau-opév-riç Tiau-opév-p

n.

m.

f

n.

nau-ópev-oi nau-opév-ouç nau-opév-wv nau-opév-oiç

nau-ópev-ai Tiau-opév-ãç Ttau-opév-íov nau-opév-aiç

nau-ópev-a nau-óp£v-a itau-opév-wv jtau-opév-oiç

Ttau-ópev-oç nau-ópsv-ov nau-opév-ou 7tau-opév-a)

itau-ópev-ov rcau-ópev-ov nau-opév-ou nau-opév-cp

; ! :

j

pl

i

! Nom.

\ Ac. ; Gen. í Dat. \

:! ; r i

Particípio presente m é d io d o s v e rb o s con tratos

93.

Observe o efeito da contração nas formas médias do particípio : • • •

cpoPé-opev-oç r\ ov contraem-se em: (popoúpev-oc; r\ ov ‘temendo’ Geá-opevoç rj ov contraem-se em: ôswpev-oç r\ ov ‘olhando’ 5ouAó-opev-oç r] ov contraem-se em: 5ouAoúpev-oç ri ov ‘escravizando’

■ Forma (a) Visto que a contração ocorre antes de as desinências -pev-oç r\ ov serem acres­ centadas, esses particípios têm desinências idênticas a ítau-ópev-oç q ov. (b) Note, mais uma vez, que as contrações desses particípios seguem os mesmos princípios que os de outras formas verbais que você já viu, p. ex,

(popé-opai > cpofSoüpai (e + o = ou) cpopé-opsvoç > cpo|3oúp£voç (25).

4C-D: 1.Acrescente a(s) forma(s) correta(s) de tpéxcov e Tiauópsvoç aos subs­ tantivos abaixo: 1 . itat5ocç 2 . YuvaíKeç

3 .7Tpéa[3uç 4.

AocKeSaipóvtov

5. ASqvaíoi 6 . 0 eáv 7. 0eóç 8 . nAfjÔoç

4C-D: 2. Acrescente a(s) forma(s) correta(s) de Tpéxwv e irauópevoç aos subs­ tantivos abaixo (todos estão no gen. ou no dat.):

1. TtaiSí

5. ’A0r]vocíoiç

2. yuvaiKÓç

6. 0sã

3. Ttpéopewç

7. 0£W

4. AaKeSaipovíwv

8. 7tXf[0£0t

U so d o s particípios

94.

Um uso bastante comum em grego é o de ligar o artigo definido a um particí­ pio e usá-lo como um substantivo: p. ex.: • • •

ó paívwv = lit. ‘o [m. s.] caminhante’, ‘o que caminha, o homem que está caminhando, o caminhador’ oí fJaívovTEÇ = lit. ‘os [m. pl.] caminhantes’, ‘aqueles que caminham, os homens que estão caminhando, os caminhadores’ ai (Jaívouaai = lit. ‘as [f. pl.] caminhantes’, *as que caminham, as mulhe­ res que estão caminhando, as caminhadoras’

4C-D: 3. Acrescente a forma correta do particípio aos artigos definidos usando os verbos SriAóco, 0eáopai, ópáw, ttoiéüí, cpopéopai, e depois traduza-os: 1 . tóv (olhando) 2 . tccç (vendo)

3. t o ú ç (fazendo) 4. ai (mostrando)

5. oi (temendo) 6 . r| (fazendo) 7. tqv (vendo) 8 . tó (mostrando)

4C-D: 4. Acrescente a forma correta do particípio aos artigos definidos (todos estão no gen. ou no dat.) e traduza-os: 1 . toíç (olhando)

5. roü (temendo) 6 . raíç (fazendo) 7. rtõ (vendo) 8 . roíç (mostrando)

2 . rfj (vendo)

3. tüjv (fazendo) 4. tccíç (mostrando) E x p re ssõ e s co m p a rtícíp ío s

95.

Observe as expressões abaixo que geralmente são construídas com particípios:

SrjAóç eipi (cpeúywv)

irauco (os (peúyovta) mxúopai (cpeúycov) KaÍTiep ((peúycov) ruyxáva) ((próytüv) cpaívopai ((peúyoav) Aav0ávco (as

n



n

n a at £1

O

ü)

(0

au eu

qu

5A-B: 2 .Traduza e converta os verbos no tempo presente para suas formas equi­ valentes no pretérito imperfeito:12 1 . òíKoúopev 2 . êxoooiv

3. òXoípúpeaGe 4. ôtpeíAei

5. eúxovrai

A u m e n to e p re p o siçõ e s

Há uma regra importante a respeito dos aumentos e das preposições: ► O aumento é acrescentado ao verbo base, incorporado.

não

aos prefixos que ele tenha

Assim, 5i a) 5pá-ato ‘eu farei, agirei’

(Esse é um efeito do mesmo fenômeno que você observou nas formas do f. s. dos adjetivos do tipo qpétepoç [37]: no grego ático, o ã permanece longo depois de p, e, i, ‘rei’, e não muda para r\.) •

Uma vez que o radical do futuro de todos os verbos contratos termina em -o- (consoante), as terminações do futuro não se contraem, pois não há vogal para fazer a contração. Logo, as terminações são -ato, -oeiç, -aei etc.

5C-D: 3.Traduza os verbos no futuro e mude-os para a forma equivalente no presente: 1 . vmrjaopev

4. ÇqrqasTe 5. èÀ£u0£p(óaouaiv

2 . (piÀrjasi

3. Kpocrrjato ■ F u tu ros a s s ig m á tic o s (r a d ic a is s e m o)

117.

Verbos com radicais em A, p, v e p NÃO formam seu futuro pelo acréscimo do a. Por outro lado, eles se tomam típicos verbos contratos em e com o radi­ cal do futuro ligeiramente semelhante ao radical do presente, porém diferente: • •

5ta, ‘destruo’ —» SicttpÔepéto > SicxtpOspüj, ‘destruirei’ pévto, ‘permaneço’ —» pevéto > pevw, ‘permanecerei’

Esses verbos são conjugados como em 24 e 118, abaixo. Note a diferença de acento entre o presente e o futuro de pévto. 118.

Os verbos em -tÇw também formam comumente o futuro desse modo, p. ex.: vopíÇto, ‘penso’, vopiéto > vopiw, ‘pensarei’. Abaixo, a conjugação desses verbos no futuro (idêntica à do verbo contrato regular em e-, como no presente do indicativo de iroiéco): vopié-co vopié-stç vopté-et

> > >

vojíicü

vopietç voptet

‘eu pensarei’ ‘tu pensarás’ ‘ele pensará’

vopié-opsv

>

V O pté-E IE

>

V O plÊ-O U O l(v)

vopioüpEv vopievte vopioõai(v)

>

‘nós pensaremos’ ‘vós pensareis’ ‘eles pensarão’

V erbos co m futuro m é d io

119. Há vários verbos que têm formas de presente ativo e formas de futuro médio: observe que o significado não é afetado pela mudança. P. ex.: (XKOÓO)

ccKoú-o-opai

(Joáw aiomáto tpEÓyo)

(fo-rja-opai aicoit-rja-opai ípeú-^-opai

‘eu ouvirei’ ‘eu gritarei’ ‘eu silenciarei’ ‘eu fugirei’

F orm as irregulares d o futuro

120.

Abaixo, seguem verbos comuns que têm futuros irregulares. É importante memorizá-los agora, pois como você descobrirá depois, essa familiaridade com os futuros irregulares irá ajudá-lo a identificar outros tempos verbais:

Paiva) yíyvopai YiyvtóaKto Àappávo) pavGávto ópáu) Ttáaxco 121.



>

->

-> -*■

Pqaopai yevqaopat yvíúaopat Xrjxpopai pa0r)GOpai órjjopai TtEÍaopai

‘eu irei’ ‘eu me tornarei’ ‘eu conhecerei’ ‘eu tomarei’ ‘eu aprenderei’ ‘eu verei’ ‘eu sofrerei, experimentarei’

(Parágrafo irrelevante para o falante de Língua Portuguesa.)

5C-D: 4 .Traduza: 1 . ncLVúsi (dois significados) 2 . Tteíaovrai (dois significados)

3. rceíoouai 4. KÓTTCEIÇ 5. eü^òpsOa 6 . ekeàeueç

7. TtoiqaEte 8. 5iav oóaa ôv (ôvt-) ‘sendo / estando’.

w m m m m Traduza: 5C-D: 6 .Traduza para o português (consulte 120-3): 1 . A t^ etai

7. íaaiv

2 . Ysvtíaovtca

8. soovtou

3. ècFÓpeBa 4. paBqaeaSs 5. yvwaovrai 6 . earai

9. eipi 1 0 . yvtoaei 1 1 . Ysvpoetai 1 2 . siai

5C-D: 7.Traduza para o grego (consulte 120-3): 1. Elas irão 2. Ela estará 3. Nós conheceremos 4. Tu te tomarás 5. Ele irá

6 . Eles pegarão

7. Eu aprenderei 8 . Vós sereis 9. Nós iremos 10. Vós estareis

VERBOS MÉDIOS: SIGNIFICADO E USO

124.

Até agora você encontrou verbos que têm formas ativas e verbos que têm formas médias. Mas nesse capítulo você viu verbos que têm ambas as formas, p. ex.: mxúw ‘eu paro alguém’ raxuopcci ‘eu paro a mim mesmo, cesso’ Ti£Í0 u) ‘eu persuado’ iteíOopai ‘eu persuado a mim mesmo, confio, acredito em ’

■ A tu a n d o e m s e u p r ó p r io in te r e s s e

(a) Grosso modo, a diferença pode ser descrita da seguinte maneira: ► Nos verbos ativos, o agente realiza a ação para afetar alguém ou alguma i coisa, nos verbos médios, porém, o agente tem seu interesse envolvido de algum modo na realização da ação. ; Vamos ver como isso funciona na prática: ■ S e m o b je to e x ig id o p e l o v e r b o

(b) Muitas vezes, a diferença entre as formas ativas e médias de um verbo é que a ativa requer um objeto direto para completar seu sentido (i.e. a ação está sendo feita a alguém ou alguma coisa), enquanto a média não (i.e. a ação está sendo feita a si mesmo), p. ex.

• TtaÚGú t ò v avõpa tpéxovra ‘eu paro o homem que corre’ em oposição a • iraúopat tpéxwv ‘eu paro (a mim mesmo) de correr, cesso de correr5 • Àoúü) t ò v 7tcã5cc ‘banho a criança5 em oposição a • Àoúopai ‘estou me banhando’ (i.e. a mim mesmo) ■ F a z e n d o u m a o o u tro

(c) A ideia de ‘reciprocidade’ está estreitamente relacionada ao uso da voz média. Por exemplo, na voz ativa, o verbo Àoiõopéw pode significar ‘insultar alguém’, enquanto na média significa ‘insultar um ao outro5, i.e. ‘insultar e ser insultado’, p. ex. • ÀotÔopóo t o ò ç yECúpyouç ‘insulto os camponeses5 em oposição a • èyu) Koii oí Yswpyoi Aoi8opoOp£0a ‘Eu e os camponeses insultamo-nos reciprocamente’ ■ L e v a n d o v a n ta g e m

(d) Com alguns verbos, a voz média é usada para indicar uma ação em que o agente obtém certo benefício, p. ex. •

cpépw, ‘carrego, porto’ em oposição a • (pépopoci ‘carrego para mim, obtenho’ • Àúw ‘solto5 em oposição a • Aúopai ‘solto, resgato’ ■ R e s o lv e n d o tu d o

(e) Mais raramente, a forma média de um verbo tem o chamado sentido ‘causativo’ (também chamado ‘factitivo’), p. ex. • •

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