A prática farmacêutica na manipulação de medicamentos [3ª ed.]
 9788565852180

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A PRÁTICA FARMACÊUTICA NA

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Thompson,Judith E. A prática farinacêutica na manipulação de medicamentos [recurso elerrônico] /Judith E.Thompson, La\vrence W. Davidow ; tradução: Beatriz Araújo do Rosário, Becina Giehl Zanetti llamos, Maiza llitomy Ide ; revisão técnica: Elenara Maria Teixeira Lemos Senna. - 3. ed. - Dados eletrônicos. Porto Alegre :Artrued, 2013. Editado ran1bém como livro impresso em 2013. ISBN 978-85-65852-18-0

1. Farmacologia. 2. Preparação e adniliústração de medica1nentos. l . Davidow, Lawrence W. li.Título. CDU 615 .014.2 Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus - CR.B 10/2052

Judith E. Thompson

Lawrence W. Davidow

Clinica! Associate Professor Emeritus School of Pharmacy University of Wisconsin-Madison Madison, Wisconsin

Director, Pharmacy Skills Laboratories Oepartment of Pharmacy Practice The University of Kansas Lawrence, Kansas

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A PRATICA FARMACEUTICA NA

MANIPU AO DE MEDICAMENTOS 3ª edi ção

Tradução: Beatriz Araújo do Rosário Betina GieW Zanetti Ramos Maiza Rito1ny Ide

Consultoria e supervisão técnica desta edição: Elenara Maria Teixeira Lemos Senna Professora associada do Departatnento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Doutora e1n Farmacotécnica e Biofarmácia pela U1liversité Paris XI, França.

Versão impressa desta obra: 2013

2013

Obra originalmente publicada sob o título A praaical guide 10 coutemporary plrarrnacy practice, 3rd Edition ISBN 9780781783965 Copyright© 2009 Lippincott Williams & Wilkins, a Wolters KJu,ver business. Published by arrangen1ent wid1 Lippincott Williarns & Wilkins/Wolters KJuwer Health lnc. USA Gerente editorial: Letícia Bispo de Uma Colaboranun nesta edição: Editora: Caroline Vieira Capa: Márcio Morr1icelli Imagens da capa: CiScockphoco.corn/Eric Delmar, 2009: Marrar and Pesde/Sceve Cole, 2012: Prescription/Steve Cole, 2012: Prescription/Smoxx, 2012: Pharmacist use mori:ar and pestle Preparação de originais: A11a Luisa C'.ampert Battaglin Leitura final: L11iza Signorelli Germano Projeto gráfico e editoração: "/i!c!1books

NOTA A medicina é unia ciência em constante evolu ção.À medida que novas pesquisas e a experiência clínica ampliam o nosso conhecin1ento, são necessárias modificações no tratamento e na farinacoterapia. Os orgaiúzadores/coautores dc.~ta obra consultara.m as fontes consideradas confiáveis, num esforço para oferecer informações completas e, geralmente, de acordo com os padrões aceitos à época da publicação. Entretanto, tendo em vista a possibilidade de falha humana ou de alterações nas ciências médicas, os leitores devem confirmar estas informações com outras fontes. Por exen1plo, e em particular, os leitores são aconselhados a conferir a bula de qualquer n1edican1ento que pretenclan1 adnúnistrar, para se certificar de que a informação contida neste livro está correta e de que não houve alteração na dose recomendada nem nas contraindicações para o seu uso. Essa recomendação é particularmente importante en1 relação a n1edican1entos novos o u rara.inente usados.

Reservados todos os direiros de publicação, e1n língua portuguesa, à ARTMED EDITORA LIDA., uma empresa do GRUPO A EDUCAÇÃO S.A. Av.Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana 90040-340 - Porto Alegre - RS Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070

É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer fonnas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web e outros). sern perrnissão expressa da Editora. Unidade São Paulo Av. Embaixador Macedo Soares, 10.735 - Pavilhão 5 - Cond. Espace Cenrer Vila Anast.~cio - 05095-035 - São Paulo - SP Fone: (11) 3665- 1100 Fax: (11) 3667- 1333 SAC 0800 703-3444 - wW\v.grupoa.com.br IMPRESSO NO BRASIL PRJNTED IN BRAZIL

Aos nossos alunos, com gratidão, pelas alegrias, desafios e potencial que eles trazem à nossa profissão, e aos pacientes que atenden1os.

Desde a 1ª edição, o objetivo de A prática fart11ad11tica 110 ma11ip11/açào dt 111tdica111e111os (: proporcionar um nlanual sucinto, de !acil utilização, atualizado e funcional para pr:ítica farmacêutica. A 3• edição seguiu essa tradição: escrita cm um momento específico, no qual as organizações e as agências de farmácia desenvo lvian1 e publicavam novas normas de boas pr:íticas, este guia pr:ítico contém as inforinaçõcs rnais atualizadas e os procedimentos recomendados para a área. Alé111 disso, estudantes, farmacêuticos, técnicos de farmácia e professores de farn1ácia que utilizan1 este livro sugerirarn recursos ou conteúdos que o tornaram ainda mais valioso para seus leitores. Algun1as das características acrescentadas nesta edição incluc1n: • Criação de u1na seção específica e abrangente (Parte V 1, con1posta pelos Capítulos 32 a 35) acerca das forn1as farmacêuticas estéreis e sua preparação, con1 ênfase nos novos padrões e procedimentos conforme Capítulo USP (797), Preparações farmacêuticas estéreis nlanipuladas. • Discussão ampliada sobre erros de medicação, juntamente com práticas de prescrição e dispensação que rnostraram a1elhorar a segurança da medicação do paciente. • Inclusão de ferramentas de processamento (como controle geral e registros de manipulação), procedin1cntos operacionais padrão e testes de controle de qualidade, que se tornaran1 práticas adotadas porque melhoram as preparações manipuladas e reduzem os erros. • A adição de um capítulo (Capítulo 7) contendo instruções sobre o uso adequado de símbolos métricos e unidades de medicb (SI), tabelas de conversão de densidade e ten1peratura, uso de números significativos e métodos básicos de cálculos farmacêuticos. • Casos clínicos com exemplos de prescrições de medican1entos manipulados e de uso parenteral, mostrando situações típicas e resolução de problemas, e atendendo as necessidades terapêuticas específicas e as do paciente. • Reconhecimento da função cada vez mais importante dos técnicos de farmácia na prática far• . maceuuca. • Adição de uma seção (Parte VH) sobre a importante especialidade da prática de farmácia veterinária. • Arnpliação dos recursos didáticos. • Fotografias coloridas que ilustram 01elhor as técnicas e os 111ateriais utilizados. Enquanto preparava os conteúdos para esta edição, imprcssionava-n1e constanten1ente o rit1110 acelerado co m que as orientações e os padrões de prática são revisados e atualizados. Mes1110 com o livro entrando em produção, fiz ajustes e revisões para refletir as novas inforn1ações publicadas. Para auxiliar o leitor a lidar corn esse fato da vida profissional n1odcrna, incluí, se rnpre que possível, a referência consultada e os endereços de sites da internet. Os sites das agências governamentais e organizações profissionais são fontes r icas de informações atualizadas, por isso indico aos leitores que verifiquern esses locais regularmente. Alérn disso, a United Statcs Phannacopeia (USP) reconheceu a in1portância do desenvolvimento de padrões de prática atualizados para farmacêuticos e passou a publicar essas inforrnações eLn un1 volume especial para os farn1acêuticos - a USP Pl1armacists' Plrar111acopeia, que está disponível em versão impressa com atualizações eletrônicas . • E importante ressaltar que, tanto porque a farn1ácia torna-se cada vez mais co111plcxa e especializada corno porque buscamos transmitir as inforrnações e os exemplos mais atuali~dos da prática clínica, esta edição exigiu urn esforço de colaboração maior do que as edições anteriores. As seções citadas a seguir forarn escritas ou revisacbs por profissionais convidados, todos contribuindo em sua área de especialidade:

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Prefácio

• Capítulo 5, Revisão da utilização de medicamentos/avaliação de uso de medicamentos, e Capítulo 6, Aconselhamento ao paciente, foram revisados por Karen Kopacek, professora, clínica assistente e diretora dos laboratórios de farmacoterapía da University ofWisconsin (UW) School of Pharmacy. Sra. Kopacek é responsável por ensinar a avaliação, o aconselha1nento e o manejo e o acompanhamento de tratamento do paciente. Foi homenageada várias vezes com prêmios de excelência de ensino, além de atuar na prática clínica nas unidades de terapia intensiva cardíaca e cardiotorácica e em um ambulatório de reabilitação clínica de transplante cardíaco. • Parte IV, Excipientes farmacêuticos (Capítulos 15 a 24) e Parte VIII, Compatibilidade e estabilidade (Capículo 37), revisados por Melgardt de Villiers, professor associado (CHS) da divisão de ciências farmacêuticas da UW School of Phannacy, onde leciona e dirige un1 curso de dois scn1estres en1 sistemas laboratoriais de dispensação de fármacos. Sua experiência em ensino e p~quisa nessa área e um Ph.D em farmácia o tornaram a pessoa ideal para revisar esses capítulos. • Capítulo 32, Princípios gerais da manipulação de forinas farn1acêuticas estéreis, e Capítulo 35, Nutrição parenteral total, o primeiro escrito e o segundo revisado por Gordon Sacks. Dr. Sacks é professor clínico e presidente da Pharinacy Practice Division da UW School of • Pharmacy. E certificado em Farmácia de Apoio Nutricional pelo Conselho de Especialidades Farn1acêuticas e mantém u1na prática ativa em nutrição parenteral e entcral nos hospitais e clínicas da UW. Em 2001, recebeu o Oistinguished Nutrition Support Pharmacist Award. • Capítulo 34, Preparações parenterais, revisado por Mary Swandby. Sra. S\vandby trabalho u na produção de preparações estéreis en1 infusões hospitalares ou do111iciliarcs por 1nais de 25 anos. De 1996 a 2006, ocupou cargos de supervisão e gestão no Chart\vell Mid\vest Wisconsin, uma parceria entre a Chartwell Home Therapies e a UW Hospitais and Clinics, onde teve grande responsabilidade pelos processos de observância da JCAHO e USP (797). Atualmente é especialista cm Farmácia Clinica: Informação de Drogas do Oean Health Systems, incluindo as responsabilidades do farmacêutico clínico na doença infecciosa, infusão e clínica oncológica. • Capítulo 36, Prática de farmácia veterinária, um novo capítulo, escrito por Gigi Davidson. Sra. Davidson atualinente é diretora de serviços de farmácia clínica da North Carolina State University College of Veterinary Medicine, onde atua em farmácia veterinária há 25 anos. Foi premiada com o s1at11s de Diplomata no lntcrnational College of Veterinary Pharmacy em 2000 e participa de duas comissões de especialistas da USP: Farmácia de Man ipulação e Medicina Veterinária.



Estudantes, farn1acêuticos e técnicos de farmácia elogiaram o Material con1plen1entar 011-li11t, desenvolvido por La\vrence Davido\v e incluído na 2• edição do A prática fa n11ad111ita. Como sabemos, uma i1nagen1 (e, mais ainda, uma apresentação de slides) vale nuis que 1nil palavras. Incluímos ícones , ao longo do texto, para direcionar os leitores a exercícios relacionados, i1nagens ou outros conteúdos 011-li11t. Dr. Davidow forneceu muitas das imagens encontradas na 2• edição, para esta 3• edição, revisou e criou um novo conteúdo, acrescentando alguns novos textos às fotografias (incluindo dez imagens coloridas), que tornaram essas ferramentas ainda mais valiosas. Dr. Davidow tem a experiência e o conjunto de habilidades perfeitos para esse trabalho: é bacharel en1 Farn1ácia, Ph .D e1n Farmacologia e diretor do Pharn1acy Skills Laboratory da University of Kansas. Manteve estreito contato con1 as práticas profissionais; escreveu e revisou textos para o A PhA's Handbook of Nonprescription Drugs e o exan1e NAPLEX; e tem un1 extenso conhecimento e experiência em tecnologia e fotografia baseada na computação. Como colaborador ponderado e experiente, Larry tan1bém contribuiu con1 sua visão e conselhos úteis para a parte textual desta edição, motivos de rncu agradeci1nento. Gostaria também de expressar minha gratidão aos meus colegas e ex-alunos que generosamente cedera1t1 seu ten1po, conselho e assistência em todas as três edições desta obra. Quero agradecer especialmente às seguintes pessoas: Meus colegas e 1nen1bros do comitê de especialistas do USP Pharmacy Con1pounding Expert Committee, incluindo Loyd Allen, Mary Ann Kirkpatric k, Graharn Nairn, La\vrence Trissei, Mark Klang, La\vson Kloescl, Gigi Davidson, Lisa Ash\vorth, Robin Bogncr, Claudia Okeke, Rick Schnatz e Sha\vn Decker. Mary Ann Kirkpatrick e seus alunos da Shenandoah University School of Pharmacy, por ler e apresentar sugestões de uma variedade de capítulos quando cu estava definindo quais recursos eram mais úteis para os estudantes de farmácia. Dra. Kirkpatrick tem liderado o escabelecimenco de padrões para a farmácia de manipulação, sem deixar de lado seu papel de a1niga e mentora para mim e para muitos docentes que lecionam nessa área. Ela contribuiu com seus conselhos e experiência em várias partes desce livro.

Prefácio

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Paul Trusten, farmacêutico e diretor de relações públicas da U.S. Metric Association, por seu conselho e assistência no tópico sobre o sistema métrico (Sl). O colega e ex-aluno Tom Heckenkamp, proprietário do Pharmaccutical Balances Systerns, por ler e criticar o Capítulo 14, Seleç.ão e uso de equipan1entos de pesagern e rnedida. O médico Kennetb Felz e o farmacêutico pediátrico Brian LaRowe, por sua ajuda com os estudos de caso, e Robert Sch,vartz, uma referência como farmacêutico e professor, por compartilhar sua experiência em farmácia comunitária escrevendo muitas das amostras originais de prescrições e aconselhan1cnto ao paciente. Jeanine Mount, professora de ciências sociais e administrativas da U W School of Phannacy, e L. D. King, diretor executivo da Internacional Academy ofCompounding Pharmacists, por sua assistência nos temas atuais da legislação farmacêutica. Joni Mitchell, assistente do programa de ciência~ farmacêuticas da UW School of Pharmacy, e um niestre cm soft111ares de tradução, processamento de texto e equações, por me ajudar com esses aspectos ao escrever este 1ivro. Bonnie Fingerhut, supervisor de laboratório da Drug Delivery Teaching Laboratories na U W School of Pharmacy, por sua ajuda em produzir e testar n1uitas das forn1u lações contidas neste livro. Bonnie e eu começamos a trabalhar juntos em 1976 na Farrnácia Spring Green, e ern nossos mais de 30 anos de trabalho en1 conjunto nos tornamos ótimos anligos, bem como urna equipe profissional que sintetiza a bern-sucedida relação farn1acêutico-técn ico em farrnácia. Aos professores en1éritos da UW, Kenneth Connors e George Zografi, que foram meus mentores e1n farrnácia por quase 40 anos e partilhararn gencrosan1cnte seu ten1po e experiência, sou profundarnente grata. Os editores adnunistrativos da Lippincott Williarns & Wilkins, Mcredith Brittain e Elizabeth Connolly, por sua orientação e apoio a este projeto. Muitos dos meus ex- alunos pesquisaram e testaram as formulações descri tas neste livro e oferccera111 sugestões sobre o conteúdo. Desejo agradecer parcicularrnente a Susan Stein,John Dopp, Michael 13ro\vn, Ton1 Heckenkamp, MaryAnn Steiner, Matthew Loring, Rachel Thomas, Kevin Favro,Jenna Dakkurn, Eilccn Cobb, Taít Waege, Ronald Popp, Matthew Charnbers, Susan Krucl, Deborah Schmitt, Alisha Hahn, Karen Hansen,Jim Grogan, Kimberly Buckfinck e Tony Bridgeman. Por fun, gostaria de agradecer a minha familia, meu n1arido, Wayne, n1eus filhos, netos, irmão, irmã e mãe. Eles n1e incentivaram e apoiaram, mostrando grande paciência cornigo conforme eu ia escrevendo e reescrevendo "o livro".
, vendas pela internet, ou qu•lquer outro meio possível de compra que nio seja• presenci>I, em esubelecimento farmacêutico. Tal proibição ê válida para todo o comércio no .Brasil e para a aquisição no comêrcio exterior.

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Judith E. Thompson

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receita", "Atenção: a lei federal restringe o uso deste medicarnento para uso por, ou sob prescrição de u1n n1édico veterinário licenciado", ou frase sernelhante.* Prescrição/ordem de medicação: "u1na prescrição legíti ma de um medicamento ou correlato, fornecida por um profissional, incluindo aquela proveniente da Collaborative Pharmacy Practice, que é comunicada ao farmacêutico em uma farmácia licenciada" (4). Os termos "ordem de prescrição", "prescrição" ou "receita" são usados de n1odo intercambiável por profissionais de saúde e pelo público. Os termos "Rx" e "script" são algu1nas vezes usados por fa rmacêuticos, técnicos e outros profissionais da área da saúde. Esses termos são usados principahnente para descrever ordens de 1nedicação para pacientes ambulatoriais (tambén1 referidos co1no não hospitalizados ou outpatients), que obtêm seus medicamentos a partir de Í."1rn1acêuticos. Os termos "ordem de medicação" e "prontuário médico" (chart drrig order) são frequente1nente usados nas prescrições de medicamentos de pessoas internadas em hospitais, casas de repouso e outras instituições de saúde. Esses pacientes são referidos como "hospitalizados" (inpatients). Ordem médica: "é uma ordem legal de um médico que pode ou não incluir uma prescrição de 1nedican1ento"(6). Prontuário: "é un1a prescrição legal de um ntedican1ento ou correlato escrita em un1 registro médico de um paciente hospitalizado ou residente em uma instituição de saúde por um profissional ou por seu representante designado" (7). O prontuário é considerado unia prescrição se apresentar os elementos usuais, como nome do paciente, data da prescrição, no1ne, dose e forma farn1acêutica do medica1nento, orientações de uso e nome e assinatura do prescritor. Manipulação: é "a manipulação de substâncias para a obtenção de um medicamento (1) como o result.1do de u1na prescrição médica ou iniciativa advinda da relação entre médico/paciente/ farmacêutico no âmbito da prática profissional, ou (2) con1 a finalidade de investigação, ensino ou análises químicas, e não para venda ou dispensação. A manipulação também inclui a preparação de medicamentos ou dispositivos na expectativa de receber pedidos de prescrição de padrões de prescrição regularmente observados" (7). Collaborative Pharmacy Practice Agreement: é um acordo escrito e assinado entre um farn1acêutico e u1n 1nédico licenciado que pern1ite ao fannacêutico iniciar ou alterar o regin1e medicamentoso de um paciente dentro das diretrizes de um protocolo acordado com a finalidade da administração do tratamento medicamentoso (7,8). O Collaborative Pharmacy é usado com frequência por farn1acêuticos e rnédicos ou outros profissionais que cuidam de pacientes com quadros de doenças específicas, con10 diabetes, asn1a ou terapia medicamentosa intensa, con10 anticoagulantes.

EMISSÕES E RECEPÇÕES DE PRESCRIÇÕES A. Autorização para prescrever 1. Conforme descrito anteriorn1ente na definição de prescritor, leis estaduais regu lan1entam a li-

cença para profissionais da saúde prescreverem e ad111inistrarem 1nedican1entos naquele estado. Em instalações federais, como hospitais e clínicas militares de veteranos de guerra , o governo federal determina quem tem essa autoridade. 2. Médicos, osteopatas, podólogos, dentistas e veterinários tên1 sido os profissionais a recebere111 essa autorização, 1nas alguns estados norte- americanos hoje em dia pennitem que optometristas, profissionais de enfern1agen1, paran1édicos e/ou farn1acêuticos prescrevam medican1entos. Nesses casos, podem ser aplicadas algumas restrições. Por exemplo, pode ser necessário que esses profissionais presten1 exames especiais de certificação; existe a restrição de prescrever so1nen te sob a supervisão de um 1nédico habilitado ou, então, de acordo com un1 protocolo estabelecido, como aquele previsto em um Collaborative Pharmacy Practice Agreement.

• N . de T. No Drasil, é adotado o sistcu1a de tarjas (vcrn1elha, preta e amarela). Na vcrn1elha, cscá in1presso ''vc11da sob prescrição 1t1édie-a" ou "venda sob prescrição médica - só pode ser vendido com rcte11ção da receita''. Esses 1ncdican1cnlos têm concrai 11dicaç.õcs e pode1n causar cfeicos colatera is graves. Os mcdica.r11encos c111 que na tarja vermelha cst.a escrito .. s6 pode ser ve11d.ido com rcccnção da receita" sio os Jnedica1nentos controlados ou psicotrópicos e s6 devcJn ser ..•e11didos co1n rcce11ç:ão de: tcceituirio especial de cor branca. Ji os com tarj:'I preta, que são de alto risco para. o pac:icr1tc: e que exercem ação $Cdat-iva ou que atlvan1 o sistcnta nervoso central. também faz.cn1 pattc dos chau1ados controlados ou psicotrópicos. Na tarja está impresso "venda sob prescrição médica - o abuso deste medicame11to pode causar dependê11cia", sendo vendidos apenas con1 receituário especial de cor azul. As receitas de tais u1edica1ne11tos ficam relidas no cstabelccime11to dislTibuidor do mcdica111c11tos e são recolhidas pcriodicamc11te pelos serviços pú.. blico.s de saúde. Já :a tarja a111arcla consta 11a e1nbalagem dos n1edica111cntos ge11éricos e deve concer a inscrição "G" e "Medican1ento gcnérlco" escritos cm azul. Os medicamentos sem t.arj.i são de venda livre.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

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E função do farmacêutico n1anter-sc informado a respeito das leis que regulam a autorização de prescrição.* 3. Em todos os casos, os profissionais deven1 restringir-se a prescrever apenas e1n sua área de prática e para un1 dado propósito médico legítin10 (9). Por exe1nplo, os veterinários só podem prescrever para animais; dentistas estão limitados a prescrever medicamentos necessários aos pacientes para seus problen1as dentários; e assim por diante. 4. Instituições de saúde, como hospitais ou casas de repouso, podem determinar quem pode prescrever na instituição. 5. Se permitido pela jurisdição adequada, os profissionais podem delegar a um determinado agente certas partes do ato médico de escreve r ou transn1itir a prescrição. B. Transmitindo e recebendo prescrições 1. Os farmacêuticos são autorizados a receber as prescrições. E1n alguns estados, técnicos de farn1ácia diplomados tên1 pennissão para executar essa função, desde que haja um siste1na que permita que o farmacêutico revise a prescrição à medida que é trans1nitida ao técnico (9). 2. Existem vários métodos permitidos para a transnlissão de prescrições do médico para o farmaceutJco: a. Pedidos de prescrições escritas devem ser usados para todos os 1nedicamentos legais, incluindo substâncias controladas - Listas II a V (9, 10). Consulte o Capítulo 3 deste livro para informações adicionais sobre a regulamentação da prescrição de medicamentos para substâncias controladas. b. Na maioria dos estados, pedidos por via eletrônica são aceitos para medican1entos legais e para substâncias controladas - Listas III a V. E1n determinadas circunstâncias, esses métodos podem tan1bén1 ser usados para substâncias controladas - Lista II (9,10). Veja as leis estaduais e federais aplicáveis para a regulamentação sobre transmissão de prescrições via eletrônica na sua área de atuação. c. Pedidos verbais, incluindo contato tanto presencial e como por telefone, são permitidos para os medicamentos legais e substâncias controlada - Listas III a V. Como no pedido eletrônico, sob determinadas circunstâncias precisas, pedidos verbais também podem ser uti lizados para substâncias controladas - Lista II (9,10). Veja os estatutos estaduais, as leis federais e o Capítulo 3 deste livro para obter informações adic ionais sobre esses regula1nentos de substâncias controladas. (1) Pedidos verbais deverian1 ser escritos logo após o recebimento. Com o aumento da utilização de sistemas eletrônicos, tal regra te1n sido estendida; NABP Model Rules for the Practice of Phannacy agora designa que os pedidos transmitidos por n1e io verbal ou por via eletrônica sejam imediatamente transcritos para um formulário [grifo nosso] pelo farmacêutico ou técnico de farmácia diplomado devendo ser mantidos pelo ten1po exigido pelas leis ou regras (9). (2) Corno os pedidos verbais são fac ilmente mal interpretados, eles são u1na fonte de erros de medicação. Por essa razão, práticas padrões atuais desencorajan1 os pedidos verbais, exceto em situações de urgência (11,12). Normas recentes sugeren1 que a pessoa ao recebê- lo registre e releia [grifo nosso] o pedido por completo (11-13). d. An1bas as prescrições escrita e verbal têm sido u1na fonte de erros de n1edicação. Por esse motivo, várias organizações de assistência de saúde têm traba lhado para estabelecer para essa área de prática normas que irão minimizar os erros e garantir maior segurança para os pacientes. Tais normas e recomendações são discutidas na Seção VI deste capítulo. A

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PRESCRIÇÕES PARA PACIENTES NÃO HOSPITALIZADOS A. Alérr1 de regulamentar quais são os profissionais autorizados a prescrever, o governo norte- an1eri cano estabelece, detalhada1nente, quais informações são exigidas nas prescrições e o que deve ser guardado nos registros adn1inistrativos da dispensação. • N. de T. O direito de prescrever, no Ura.sil, é rcgul2n1cntado por leis ícdcrais. l\s profissões de terapeuta osteopau. pod61ogo. paramédico e optomctrisu nio JâO rcgulan1cntadas. Os (2rm:acêuticos não têm o direito de prescrever. Para cumprir as cxigê11cias legais específicas, deve-se consultar: (1) Decreto n° 20.931, de 11 de janeiro de 1932, que rcgu);i e fisc:aliz.:a o cxcrc.icio d;a n1cdicina, da odontologia. da r11edicina vetcri11ária e das profissões de farmacêL1tico, parteiro e enfcr-mciro no Br2sil; (2) L.ei n° 5.991, de '17 de deze1nbro de 1973, que djspõe sobre o controle sa11jtário do con1ércio de fármacos, incdica111encos, i11sL1u1os faru1acêucicos e correlatos; (3) Decreto J1º 74.170, de 10 de junho de 1974, que regulamenta a Lei nº 5.991, que dispõe sobre o controle saJtitá.rio do comércio de firn1acos, ntedicameJttos, insumos far1nacêuticos e corrcl:itos; (4) Portarill SVS nR 344, de 12 de 1naio de 1998, que aprova o rcguJ2mento técnico sobre substâncias e mcdicame11tos sl1jcitos a controle especial; (5) l''-DC nQ33 da Agê11cia N :icional de Vigilância Sanitári2 do Ministé rio d:a Saúde (Anvisa/ MS), de 19 de abril de 2000, qi1c 2prova o regulamento técnico sobre boas práticas de manipulaç-io de medicamentos e de seus anexos., além de v2ria.s legislações especificas de cada estado brasileiro.

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Judith E. Thompson

CÚNICA DE MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS RUA DO PARQUE, 20, TRITURADOR, CEP 53706 TEL: (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

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Figura 1.1 Prescrição de um medicamento genérico. CLÍNICA DE MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS RUA DO PARQUE, 20. TRITURADOR., CEP 53706 TEL: (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

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A .-'-'-C-'3-'!-'3-'-ó-'-1g '-g '-------------

MANTIDO ELETRONICAMENTE

Figura 1.2 Prescrição para medicamento de marca contendo substância controlada.

B. Informações necessárias na prescrição 1. As inforn1açôes dadas nesta seção referem-se às exigências legais recomendadas para p rescrição de medic:un entos e provên1 da seção do Model State Pharn1acy Act da NABP, intitulada Model R.ules for the Practice of Pharmacy (9). Os elementos recomendados pela NABP são definidos a seguir e estão ilustrados nas Figuras 1.1 e 1.2 e no Material complementar on-line deste livro*. Para conhecer as exigências legais específicas do estado onde você está atuando, consulte as leis estaduais aplicáveis. Pelos exen1plos apresentados nas Figuras 1.1 e 1.2, a informação impressa en1 cinza sin1ula os itens que são norn1almente esc ritos na prescrição pelo prescritor. Os elementos impressos em preto simulam o que foi adicionado pelo farmacêutico no momento da dispensação e são descritos na Seção D. a. Nome co1npleto e endereço do paciente. Nota: se o paciente é um animal, considera-se o nome completo como o nome do animal, , . . ,, . a espec1e e o propnetano. b. Data de emissão. e. Nome e endereço do 111édico. d. Non1e, identidade, concentração, forma farmacêutica e quantidade do nledicamento prescrito. e. Instruções de uso. f. Autorização para a reutilização da prescrição, se houver. • D ispo21ível, cm inglês, em ww\v.thepoint.ln1.co111/ Tbo1npsonPbar1nacy3E. Para :iccsiar o Macerial complen1cntar 011• /J'ne, use o c:6digo presente na parte interna d a capa deste cxc111plar.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

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Nota: embora a informação de reutilizações não seja exigida pela lei norte- americana, este é um item que co1n frequência inclui restrições. Para uma interpretação correta da inforn1açâo a respeito de reutilizações ou da falta destas, deve-se verificar as leis estaduais do local de emissão da prescrição. As interpretações mais con1uns são: (11 Para os medicamentos disponíveis apenas sob prescrição, a ausência de informação a respeito da reutilização quase sempre significa a não autorização. (21 O número de reutilizações pern1itidas para as prescrições de substâncias controladas está especificado ta nto na lei estadual co1no na federal norte-americana. A informação a respeito desse tópico pode ser encontrada no Capítulo 3, Substâncias controladas. (31 A designação de reutilização "se necessário" (em inglês, prn) en1 prescrições de medica1nentos que não são controlados linüta a autorização de reutilização por u1n ano, ou outro período de tempo especificado, a partir da data de emissão. g. Assinatura do médico (prescrições escritas). h. Para substâncias controladas, aplicam-se as seguintes exigências adicionais:* (11 Número de registro do médico na Drug Enforcement Ad1n inistration (DEA)** (21 A assinatura do m édico é necessária em todas as prescrições de 1nedican1entos da Lista II***; contudo, a grande maioria dos estados norte-americanos permite prescrições verbais ou por via eletrônica, incluindo telefone para nledicamentos dessa lista, em situações de emergência, desde que um documento esc rito e assinado seja recebido dentro de un1 período de tempo especificado, geral mente sete dias. Outras restrições federais sobre receitas oral e eletrônica de medicamentos da Lista II são abordados com mais detalhes no Capítulo 3. Uma vez que a lei mais exigente (federal ou estadual) sempre prevalece, deve-se verificar os estatutos aplicados na prática profissional. 2. Falta de informações a. Se o médico esquece de incluir na prescrição um elemento exigido, como o endereço do paciente, o farn1acêutico deve, então, obter a inforinação nos registros da farmácia ou perguntando ao paciente, ao médico ou ao represe ntante deste ou do paciente. b. A on1issão de alguns itens, por parte do n1édico, con10 a data de e1nissão, na prescrição para uma substância controlada, pode resultar na anulação dessa prescrição. 3. Substituição marca-genérico a. Todos os estados e o Distrito de Colúmbia têin leis que permiten1 ou exigem que os farma cêuticos substituam os produtos de n1a rca por genéricos de 1nenor preço****, a n1enos que o n1édico proíba (14). As leis estaduais que regem essa prática são frequenten1ente encontradas no documento de prescrição. Por exemplo, pode haver prescrições nas quais o médico in, dica "E necessário o medicamento de marca", "Não substituir", "Dispensar como escrito" "Pode usar genérico" ou "Substituição permitida" (para alguns exe1nplos de formatos, consulte os exemplos de prescrição no Material complementar on-line deste livro.) b. Regulamentos de substituição de genéricos são complexos e varia1n n1uito de estado para estado. Aden1ais, alguns programas privados e governamentais de seguro de saúde têm políticas relacionadas ao uso de produtos genéricos, e os pacientes e os médicos poden1, ser obrigados a concordar com essas políticas como condição para participar no programa. E importante ter conhecimento sobre as leis, os regulamentos e as politicas para a substituição por genéricos. C. Atividadas essenciais antes de preparar a prescrição 1. Quando o paciente ou responsável entregar a prescrição para o farmacêutico (ou, se permitido, para o técnico de farmácia diplomado), este deve solicitar informações necessárias na preparação da prescrição e do rótulo. Por exemplo, se o paciente tiver algun1a alergia a medicamentos; se ele qu iser un1 produto genérico e1n substituição ao n1edican1cnto de 1narca prescrito, se o paciente ou responsável puder abri r os lacres de segurança, se o paciente puder engolir os comprimidos ou cápsulas prescritos, se o paciente ou responsável puder ler os rótulos em inglês, etc. Essas inforn1ações devem ser anotadas no fim da prescrição e pode1n ser adicionadas ao • N. de T. No Brasil, para cumpriras exigências legais específicas, deve-se consultar: (1) Decreco n• 74.170, de 10 de junho de 1974, que regula111enta a Lei nº 5.991, que dispõe sobre o concrolc sa 11itário do co111ércio de fãrmacos, medicanter1cos. insu1nos far1nacêuticos e correlatos (Artigo 35); (2) Portaria n• 344 da Anvisa/ MS, de 12 de maio de 1998, que aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medica111e11tos sujcii..os a cont-rolc especiaJ. • • N. de T. lnsticuiç>o do governo norte- americano tipos de subsclncias controladas.

respon~l.vel

pelo controle de encorpecelllcs e psicotr6picos, bem como de outros

• • • N. de T. Do inglês Schtá11lt li. Consiste em uma da.'i c:itegorias de stabstincias controladas (entorpecente1:, psicotrópicos, etc.) da legislação norte-americana. É se1nelha11ce, no Brasil. is listas de subscâncias incluídas na Portaria SVS n°- 344, de 12 de maio de 1998. • • •• N. de T. No Drasil, a Resolução CFF nº 349/2000 estabelece a co1npctêucia do far1nacêucico eu1 realizar a troca ou substituição genérica de 1ncdica111cntos.

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Rotulagem de Medicamentos

DESCRIÇÃO DO CAPÍTULO

Definições Rótulos de produtos para pacientes não hospitalizados Rótulos de produtos para pacientes internados Rótulos para produtos manipulados Rótulos auxiliares

DEANIÇÕES A. Os termos "rotuJagem" e "róruJo"* são definidos de forn1a diferente para medicamentos fabricados e para produtos dispensados pelo farmacêutico a um pacience por meio de prescrição. B. Rotulagem e rótulos de medicamentos industrializados 1. Para nicdicamentos industrializados, tanto a Federal Food, Drug, and Cosmetic Acc•• quanto a USP define1n e diferenciam os termos "rotulagem" e "rótulo" como segue: O termo "rotulagc111" é utilizado para itens escritos ou i1npressos que são colocados tanto diretamence sobre o recipiente que entra em concato direto com o produto quanto para aqueles colocados sobre outros materiais de embalagem na quaJ o produto foi acondicionado, exceto e1n ernbalagens destinadas ao transporte do medica1nento. O ter1110 "rótu lo" designa son1ente a parte da rotulagem que aparece sobre o recipiente imediato ao produto (1,1). 2. Rotu lagem e rótulos de 1nedicamentos fabricados são controlados pelo U. S. Food and Drug Admin istracion (FDA). C. Rotulagem e rótulos de medicamentos dispensados 1. A NABP Model Scate Pharmacy Act define os termos "rótulo" e "rotulagern" co111 o objetivo do farrnacêucíco dispensar n1edicamentos aos pacientes da seguinte forrr1a: a. Rótulo: "a exposição de itens escritos ou impressos sobre o recipiente i1T1ediato de um medicamento ou correlato" (3). b. Rotulagem: "o processo de elaboração e fixação de um rótulo cm qualquer recipiente do medicamento, realizado por um fabricante, fracionador ou distribuidor de medicamentos de venda livre ou correlatos comercialmente disponíveis" (3). 2. As informações conàdas nos rótulos de medicamentos dispensados aos pacientes ambulatoriais são regulamentadas por leis públicas federais e estaduais. Essas regulamentações também se aplica1n para recipientes de medicamentos dispensados para pacientes que se automedicam. • N . de T. No Brasil. uuliun1-sc os U'nnos rótulo e: rotulagem. •• N. de T. Leg11laçlo none-amtticana que ttgnlamcnta vinos aspectos rcJat1vos a mcdicamcncos e al1mcnlos.

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3. Informações contidas nos rótulos de medicamentos que serão administrados por profissionais de saúde, tais como médicos e enfertneiros, para pacientes internados em insituições con10 hospitais e casas de repouso não são especificadas em lei federal. Essas informações do rótulo tan1bém não foram regulamentadas por leis estaduais, n1as várias organizações de saúde recomendam normas de rotulagem para medicamentos hospitalares. Hoje em dia, a NABP Model l~ules for the Practice of Pharn1acy recornenda que as leis estaduais especifiquem os elen1entos necessários para rótulos de medica1nentos para pacientes internados. Consulte a lei estadual aplicável para a regulan1entação de rotulagem de medicamentos dispensados para pacientes internados na sua área de atuação.

RÓTULOS DE PRODUTOS PARA PACIENTES NÃO HOSPITALIZADOS A. Informação requ erida para rótulos de produtos para pacientes não hospitalizados. 1. O Federal Food, Drug and Cosmetic Act exige que os produtos 1nedicamentosos dispensados sob prescrição sejam rotulados con1 o nome e o endereço do dispensador, o nún1ero de série e a data da dispensação ou reutilização, o nome do prescritor e, se declarado na prescrição, o nome do paciente e as instruções de uso, bem como as recomendações contidas na prescrição (4). 2. Leis estaduais cên1 exigências adicionais para a rotulagem de produtos para pacientes não hospitalizados*. O farn1acêutico deve rotu lar os produtos co1n aqueles itens especificados na lei federal, be1n como com qualquer outra especificação adicional exigida pelas leis estaduais. 3. Assim como para as prescrições, o Modelo de regras da NABP** contém recomendações para estatutos estaduais sobre os itens de informação requeridos para a rotulagem de produtos de venda sob prescrição (5). Essas recomendações estão listadas a seguir e são ilustradas nos exemplos de rótulos nas Figuras 2.1 e 2.2. Os rótulos correspondem às prescrições apresentadas nas Figuras 1.1 e l.2 do Capítulo 1. Exemplos adicionais são fornecidos no Material complementar on-line deste 1ivro e nos exe1nplos de prescrição dos capítulos sobre formas farmacêuticas deste livro. Para os padrões específicos do seu local de prática, consulte a legislação estadual aplicável. a. Nome e endereço da fartnácia que dispensou o medicamento. b. Nome do paciente, se o paciente for um animal indicar a espécie e o nome do dono. e. Non1e do prescritor. d. 1nstruções para uso co1no indicado na prescrição. e. Data da dispensação. 1. Recomendações especiais quanto ao uso. FÁRMACIA Pfl.ÁTI CA RUA DOS PAPEIS, 425 TRITURADOR, CEP 53706 (608) 555-1200 FAX: (608)555·1210

R 123457 FARMÁCIA PRÁTICA RUA DOS PAPÉIS. 425 TRITURADOR, CEP 53706 (608) 555-1200 FAX: (608)555·1210

R 123456

Farmacêutico: JET

Data: 00100/00 John Doe Dr. Linus Ashman Tomar uma cápsula, três vezes ao dia, por dez dias. Amoxicilina 250 mg. Cápsulas Mfg: Rugby Labs Reutilização da prescrição: O

Data: 00/00/00 John Doe Dr. Lyssander Coupe Tomar um comprimido a cada 4 ou 6 horas. quando necessário, para dor intensa. Tilenol com Codefna. Comprimido nR 3 Mfg: McNeil Labs Quantidade: 30 Reutilização da prescrição: 1 Descartar após: 00/00/00

Quantidade: 30 Descartar após: 00/00/00

Figura 2.1

Farmacêutico: JET

Rótulo para um medicamento genérico.

Figura 2.2 Rótulo para um medicamento de marca com substância controlada. Rótulos auxiliares: pode causar sonolência; cu idado ao ingerir álcool, dirigir carros e operar máquinas. Federal: rótulo não transferível.

• N. de T. Oispen>3ção de produtos de venda sob prescriç>o. Nos Esudos Unidos. esses medico.menios do di•pensados em embalagens especiais preenchid•s na pr6pri• farm~ci._ que contêm apenas o número de unid•des da forma fannacêutica prcscríu. e n>o em embalagem induS!ríais lixas e pré-prontas. Os medicamentos silo sepa.ndos e •condicionados em ft2scos especiais para esse lim e recebem um rótulo elaborado individualmente para cada prescrição/p>ciente. Esse produto não é acompanhado d> bula do fabric-an1c. A prescrição fica rerida e a.r quivada n a farmácia. • • N. de T. Instituição norte- americana de autorrcgulamentaçio da profissão filr1nacêutica, n1ais ou menos equivalente, no Brasil, ao Conselho Federo) de Farmácia (CFF).

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Judith E. Thompson

g. Número de série da prescrição. h. Nome ou iniciais do farmacêutico dispensador. 1. Nome (n1arca ou genérico) e concentração do niedica1nento dispensado; atenção especial no que diz respeito ao nome do produto se um 1nedican1ento equivalente é dispensado (i.e., substituição de medicamento de marca por genérico). j. Non1e do fabricante ou distribuidor do produto dispensado. k. Data de validade do produto (5). Nota: Alguns forn1ulários de prescrição colocam automatican1ente a validade de un1 ano no rótulo. O farmacêutico ou o técnico de farmácia deve verificar que a data esteja dentro da validade indicada na e1nbalagem do produto dispensado. Para 1naiores inforn1ações sobre expiração e validade, consulte o Capítulo 4 deste livro. 4. Embora a maioria dos elementos mencionados sejam padronizados de estado para estado, há uma variação considerável nos regulamentos estaduais que regem as informações exigidas no rótulo quanto à dispensação de niedicamentos equivalentes (i.e., substituição de medican1ento, de marca por genérico). A NABP Model Rules reco111enda o uso da palavra "INTERCAMBIAVEL", ou as letras " IC" nos rótulos, quando um produto equivalente é dispensado (5). Alguns estados exigem apenas o norne genérico ou o nome dado ao produto genérico pelo fabricante ou pelo distribuidor; outros querem os dizeres " nome genérico equivalente ao nome da marca". Esta é u1na tentativa de infonnar o paciente sen1 interferir com ma rcas da empresa, como nomes de 1narca. Não seria legal rotular u1n produto de uma en1presa co1n o non1e (1narca) de outra empresa. 5. Para substâncias controladas - Listas 11- IV -, os rótu los auxiliares seguintes são requeridos: "Cuidado: A lei federal proíbe a transferência desse produto para qualquer outra pessoa que não o paciente a quen1 foi prescri to."* 6. Alguns estados dos Estados Unidos possuem requerimentos adicionais para a rotulagem. Exemplos, incluem quantidade, número de vezes que pode ser dispensada e data da prescrição original. E responsabilidade de cada farmacêutico estar informado dos requerimentos legais específicos para rotulage111 existentes na região onde atua. B. Formulários de prescrição computadorizados, criados para o mercado nacional norte-americano, são bastante utilizados atualn1ente para gerar rót ulos de prescrição. Embora o formulário de prescrição possa incluir informações adicionais não requeridas, é importante que os fannacêuticos observen1, no mín imo, que todos os ele111entos exigidos no rótu lo pela lei estadual estejam incluídos no formulário de prescrição. C. Três dos requerimentos para rotu lagem merecem discussão adicional: (i) instruções de uso, (ii) nome do produto/forma far111acêutica/composição e (iii) concentração ou quantidade do produto ou ingredientes. 1. Instruções de uso a. As instruções de uso devem ser escritas de maneira clara e concisa, usando-se termjnologia que o público em geral (incluindo pacientes de baixo nível educacional) possa entender. Evitar abreviat uras, tais como G I e SN, e termos niédicos que o paciente possa não entender. Para pacientes que não fa lam o idioma, assegurar-se de que eles entenderam como utilizar a medicação. Alguns programas de computador para dispensação oferecem opções de rótulos e111 outros idiomas (p. ex., espanhol) além do ing.lês. Para formas farn1acêuticas complexas, tais como inaladores, utilizar unia combinação do rótulo-padrão de dispensação, instruções i1npressas do produto, com ilustrações e i1nagens, se disponível, e demonstração das técnicas de adn1inistração pelo far111acêutico. Para obter mais informações sobre este assunto, consulte o Capítulo 6 deste livro. b. E1nbora as instruções para uso deva1n ser tão parecidas quanto possível com as expressas na prescrição, o farmacêutico deve torná-las claras, desde que não altere a intenção original do . prescritor. e. Instruções vagas, como "uso confom1e indicado" e "se necessário", não são suficientes. Pressupõe-se que foi dada infonnação verbal adicional ao paciente e que ele teve un1a interpretação correta ou entendimento dessas informações. Alén1 disso, essas instruções dependem tanto da memória de curto como da de longo prazo do paciente. Se instruções vagas são dadas no fim da prescrição, o farmacêutico deve consultar o 111édico para obter instruções mais específicas (6).

• N. de T . Segundo a lei norte-americana, que regulamenta as substâncias controlodas. equivalente. no Brasil. à Lei nº 6.368. de 21/10/1976, e à Portaria SVS/MS u• 344, de 12/05/1998.

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d. Conselhos de utilização devem ser feitos em frases completas. O formato a seguir é um rnodelo útil para a n1aioria das circunstâncias. Verbo quantidada forma farmacêutica via frequência modificador Torne uma cápsula oral três vezes ao dia por 1Odias a. Verbo: devem ser usados verbos de taciJ entendimento como tomar, dar, aplicar, colocar e usar. Evitar termos antiquados con10 "instilar", a menos que se tenha certeza do entendin1ento. Para administração tópica, os advérbios " topicamente" ou " localn1ente" são utilizados, embora seja1n opcionais e possam causar confusão ao paciente. Por exemplo, qual é o significado de aplicar " localmente"? f. Quantidada: quantidades no geral são expressas corn números, mas podem tan1bé111 serdescritas corn palavras " leven1ente" ou "em uma can1ada fina". (11 Números, quando incluídos nas ins truções de uso, devem ser escritos por extenso, sempre que possível Esse é um fator de segurança, uma vez que os números estão localizados perto uns dos outros no teclado do computador, é fácil digitar 2 em vez de 3. Um erro de digitação na grafia de um número, tal con10 " trees" e111 vez de "três", será facilmente detectado, e o paciente não confundirá a palavra escrita errada com outro número. (2) Frações também devem ser escritas, como um meio ou um quarto, em vez de 1/ 2 ou 't.. (31 Os números devem ser utilizados, evitando os zeros à direita (p. ex., usar 1 ern vez de 1,0), e suprimir decirnais (p. ex., 0,5, e m vez de ,5), conforme descrito na Seção V I, Capitulo 1. g. Forma farmacêutica: exen1plos incluen1 con1pri1nidos, cápsulas, supositórios, cre111es e gotas. (11 Para líquidos orais, a dose pode ser expressa em mililitros (mL) ou cm medidas, como col her de chá ou colher de sopa, devendo ser escritos seguido da in dicação "cheia", por exemplo, colher de chá cheia. (21 Se a prescrição for para pós a granel, especificar "nivelada", por exemplo, colher de chá nivelada. (31 Para evitar erros de dosagem, 1nuitos farmacêuticos incluem volumes 1nétricos junto co1n as medidas caseiras, con10 "Ton1e uma col her de c há (5 nlL) pela via oral..." h. Via de administração: na maioria dos casos, a via de adn1inistração deve ser especificada, incluindo olhos, ouvidos, nariz, reto, vagina e uretra. (11 Para as preparações tópicas, a via de administração geralmente é dada como "área afetada". (2) Para cornprimidos e cápsu las administrados pela via oral, a via geraln1ente é entendida a partir das instruções e não é necessário indicá- la, a menos que o prescritor tenha especificado por escrito nas instruções de uso ou se existe possibilidade de confusão. A indicação "pela via oral" deve sempre ser incluída se houver qualquer possibilidade de engano. Por exemplo, as instruções de uso de urn antimicrobiano oral líquido utilizado para uma infecção no o uvido devem especificar "pela via oral", porque, caso contrário, o paciente pode achar que deve ser colocado no ouvido. Alguns estados norte-americanos requerem que a via de administração seja especificada em todos os casos, incluindo produtos orais. (3) Em especial, para cápsu las e compri midos que são usados por outras vias de adm inistra ção aJé1n da oral requere1n rotulage111 específica. Por essa razão, a USP declara q ue "O rótu lo de qualquer cápsula ou comprimido descinados a outras vias qu e não por deglutição intacta deve ter uma indicação clara da forma na quaJ deve ser utilizada" (1). 1. Frequência: refere-se à frequência com que un1 doente deve tomar ou usar a a1edicação. Ela pode ser expressa con10 un1 número de vezes por dia (p. ex., uma vez ao d ia, duas vezes por dia, etc.) ou por hora (p. ex., frequência, a cada oito horas, a cada quatro a seis horas, etc.). Alguns medicamentos podem necessitar de dados 1nais específicos. Por exen1plo, uma prescrição pode indicar tomar a medicação uma hora antes de cada refeição, ou tomar às 8 h e às 13 h. j. Outras informações: outras informações podem ser adicionadas para fins diversos. (11 Corno medida de segurança, é recomendável que, se111pre que possível, as instruções para uso incluam a intenção terapêutica do n1edicamento (p. ex., "para hipertensão"). Isso é útil para pacie ntes que estão usando múltiplas medicações. Sendo óbv io que a confidencialidade do paciente deve ser sempre respeitada. (21 Modificadores também são usados para alterar a frequência da administração. "Conforme necessário" é bastante usado em prescrições de medicamentos analgésicos, tais coo10 "a cada 4 a 6 h, se necessário, para a dor". O u tro exemplo é afirn1ar que a medicação deve ser tomada por um certo nú.incro de dias, como "por dez dias". Isso é comum para antimicrobianos, quando o n1édico quer garantir que o paciente irá co1npletar o tratamento.

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Judith E. Thompson (3) Alguns médicos tambén1 incluem ao paciente algu1nas dicas, tais como" ingerir com ali-

mentos ou refeições", para ajudá-lo a evitar os efeitos colaterais, como dor de estômago. 2. Nomes de produtos/formas farmacêuticas/composição a. Formatos recomendados para a identificação de forn1a farn1acêutica de fãrmacos são: (i) nome do medicamento, via de administração, forma farmacêutica (p. ex., carbonato de cálcio, suspensão oral; cefazolina, solução oftálmica; miconazol, pó tópico, etc.) e (ii) o nome do fánnaco, forma farmacêut ica (p. ex., digoxina, comprimidos; diltiazem HCl, cápsulas de liberação prolo ngada; e outros) (7). O prin1eiro método tem a vantage1n de ser específico e inequívoco no que diz respeito à via de ad1ninistração. b. Para os produtos manufaturados, quando perinitido pela lei estadual aplicável, as prescrições podem conter o nome genérico ou o da niarca do produto dispensado, desde que o padrão legal para as marcas registradas seja seguido. Como afirmado anteriormente na seção sobre os elementos exigidos para os rótulos da prescrição, há uma variação considerável de estado para estado sobre os requisitos de rotu lagern para a divulgação clara e completa em relação à dispensação de medican1entos equivalentes. e. Para associações ntedican1entosas de ntarca ou produtos oficiais da USP ou preparações co1n formu lações definidas, o nome comercial ou oficial são suficientes, uma vez que os componentes estão especificados na formulação comercial ou oficial. Um cxcn1plo de u1n produto de marca poderia ser Bactrim con1pri1nidos, que contê1n 400 1ng de sulfametoxazol e trimetopri1na 80 nig. Un1 exemplo de u1na preparação USP oficial, com u ma fónnula estabelecida, é o colódio de ácido salicílico USP, que contém 10% de ácido salicílico em colódio flexível. d. Se un1a versão genérica de uma associação fixa é dispensada, a NABP Model Rules sugere o uso do nome farmacêutico equivalente oficial USP (Official Pharmacy Equivalent Na1ne - PE N s); porém, em junho de 2002, o Comitê especialista em non1enclatura e rotulagem da USP votou para remover os PENs da U SP (8), e a organização tem interrompido a publicação de listas de PENs. Um exemplo de un1 PEN foi o de comprirrlidos de cospironozida para associação de espironolactona e hidrodorotiazida. O Comitê de Peritos considera que esses nomes abreviados poderiam causar confusão e levar a erros de medicação. Na ausência de PENs oficiais, a NABP recomenda que o farmacêutico use do julgamento profissional, secundt1m artem, para rotular os ingredientes ativos em produtos combinados (5). e. Para rótulos de prescrições quando o tipo de sal está identificado, o uso de símbolos quín1icos para os sais inorgânicos niais comuns é pernlitido; por exemplo, H Cl, para cloridrato, HBr, para bromidrato, Na, para sódio e K, para potássio. N o entanto, pela convenção USP, quando o sódio ou o potássio aparecen1 no in ício do no111e do medicamento, co1no no nitroprussiato de sódio, deve ser usada a palavra em vez do símbolo químico (1). f. A rotulagen1 de substâncias ativas e co1nponentes de preparações 1nanipuladas é discutida na Seção IV, no rótulo das preparações manipuladas. 3. Concentração ou quantidade de ingredientes a. Quando possível, o sistema métrico de medidas deve ser sen1pre usado. b. Para forn1as fan nacêuticas individuais (p. ex., comprimidos, cápsulas, pós divididos, pastilhas, supositórios), as concentrações são expressas no sistema métrico de pesos (ou, quando aplicável, unidades) de cada substância ativa por unidade de dosagem (1). e. Para líquidos orais e pós a granel, deve-se rotular: (1) A quantidade da su bstância ativa por volume, por exe1nplo, a n1oxicilina suspensão oral 250 n1g en1 5 1n L (5 1nL é o volu1ne-padrão de uma colher de chá) ou solução oral de digoxina 50 µg por mL ou (2) A quantidade da(s) substância(s) ativa(s) pelo volume da dose especificado nas instruções de uso do rótulo. Por exemplo, para a instrução de uso "ton1e uma colher de sopa, u1na hora após cada refeição", o rótulo pode especificar a quantidade da substância ativa tanto con10 carbonato de cálcio suspensão oral 20 nig por mL quanto 100 ntg por 5 mL ou 300 n1g por colher de sopa cheia e/ou por 15 mL. d. O con teúdo de eletrólitos para a terapia de reposição deve ser indicado e1n 1niliequivalen tes (mEq) do eletrólito. A massa ou a concentração em porcentagem do(s) co1nponente(s) que fornece(m) o eletrólito também deve ser fornecida(s) (1). Por exemplo, envelopes ou cápsulas de cloreto de potássio devem ser rotulados como cloreto de potássio 10 n1Eq (800 n1g). Um exemplo para um produto líquido é a solução oral de cloreto de potássio 10",A,, 20 ntEq por 15 111L. e. Recomenda-se, como recurso de segurança, que os rótulos de suplementos de fósforo incluam o número de milimoles de fósforo e de potássio e/ou sódio. Por exemplo, K-Phos

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Neutral comprimidos seria rotulado como K- Phos Neutral (8 mmol de fósforo, 1,1 mEq de potássio e 13 1nEq de sódio) (9). f. Para preparações e produtos de uso tópi co: (11 A concentração quase sempre é expressa con10 un1a porcentagem usando as convenções para as medidas de porcentagem, como previsto na USP e descrito no Capítulo 8 deste livro. (21 Alguns produtos de uso tópico, oftálnúco e otológico e, particulannente aqueles contendo antin1 icrobianos, são rotulados con1 unidades ou nliligran1as de substância ativa por gran1a de sólido ou se1nissólido ou por 111ililitro de produto líquido. (l i Alguns medican1entos usados ern concentrações muito diluídas têm sua concentração expressa en1 razão de concentração. En1bora aceitável, essa prática tem sido desencorajada por causa da possível confusão com esse formato. Se estiver usando o forn1ato de razão de concentr ação, não se esqueça de usar pontos para números iguais ou maiores que 1.000. g. O conteúdo de álcool de uma preparação liquida deve ser informado como porcentagem v/v de C 2 H 50H (1).

Ili.

RÓTULOS DE PRODUTOS PARA PACIENTES INTERNADOS A. Informações necessárias nos rótulos de medicamentos e de preparações dispensados a pacientes internados 1. Não há exigências lega is federais para rótulos de medican1entos dispensados a pacien tes internados. 2. E111bora muitos estados ainda não possua111 os requisitos legais para rótulos de medica1nentos dispensados para pacientes internados, a Model Ru les for the Practice of Pharmacy da NABP aborda tal questão e fornece recomendações para as leis estaduais nessa área (5). O Model Rules divide a rotulagem de medicamentos para esses pacientes em três tipos: (i) rótulos para embalagem de dose única, (ii) rótulos para vários recipientes de dose única e (iii) os rótu los dos produtos de preparação parenteral. Os três tipos de rótulos supõem que o medicamento não está sob posse do paciente até o mon1ento da administração e que será adm.inistrado por un1 dos profissionais de saúde da instituição com cuidado adequado. Se o medica111ento destinar-se a um paciente internado e à autoadministração, o rótulo deve estar de acordo com os padrões para os produtos de dispensação externa. a. O rótulo para embalagens de doses únicas ou sin1ples deve incluir: (11 No111e (co1nercial ou genérico) do medica111ento. (21 Via de administração, a 111enos que oral. (l i Concentração e, se aplicável, volume do produto, expresso quando possível no sistema , . rnetnco. (4) Nún1ero de controle e data de val idade. (SI Se reembalado, identificação (nome ou número de licença) do reembalador. (61 Condições especiais de estocagcm, quando necessário. b. Caso seja utilizado um sistema de distribuição de doses múltiplas, o frasco deve ser rotulado com: (11 Identificação da farmácia que dispensou. (21 Nome do paciente. (l i Data da dispensação. (4) No111e (cotnercial ou genérico) do medica1nento. (SI Concentração expressa, quando possível, no sistema métrico. e. Padrões para rotulagem de produtos parenterais são descritos brevemente no Model Rules for the Practice of Pharmacy da NABP (5). Uma lista mais completa de recomendações par.i rotulagem foi publicada pela ASHP (10). A lista a seguir é uma combinação de recomendações para rotulagem de ambos os documentos com as orientações da NABP identificadas por asterisco (*). Essas recomendações são ilustradas nas Figuras 2.3 a 2.5 e correspondem às prescrições de medicação de pacientes internados mostradas na Figura 1.3. Algu1nas inforn1açõcs listadas a segu ir são opcionais no rótulo, desde que seja111 facil111ente recuperáveis dos registros de controle. (1) Para produtos de pacientes específicos: nome do paciente* e alguma outra identificação apropriada (p. ex., localização, nún1ero de identificação ou histórico). (21 Para produtos preparados em lotes: número de controle ou lote*. (l i Nún1ero sequencial do frasco ou outro número de controle do sistema*. (41 Todos os nomes de soluções* e volumes* (SI Todos os nomes de componentes,* quantidades* e concentrações* (quando aplicáveis) (61 Data de preparação* (e horário, quando aplicável)

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David John Prontuário 120579 Leito 430 :&105124 Morfina S04 10 mg, Atropina S04 0,4 mg/2mL Esta seringa contém 0,1 mL de excesso de volume

Controle 000000-2

Preparado: 00/00/00 17:00 JET

Penicilina Gpotâssica 200.000 unidades/mL Para uso IM Não usar após 00/00/00 17:00 Esta seringa contêm O,1 mL de excesso de volume para tara

Ag uardando cirurgia às 8 horas de 00/00/00. Dar IM Controle #000000·1 Preparado 0700 00/00/00 JET Não usar após as 9 h de 00/00/00.

Refrigerar. Não congelar.

Figura 2.3 Rótulo de seringa para um paciente específico.

Figura 2.4 Rótulo de seringa preparada em lote.

CENTRO MÉDICO HOSPITALAR Triturador, CEP 53706 David John

Leito 430

Prontuário 120579

Frasco # 1 Controle # 000000-3

Heparina sódica 10.000 unidades EM: 250 ml de cloreto de sódio 0,9% Infundir

por 4 horas, a uma taxa de 62 mlJh, 10 gotas/min, usando um equipo IV de 10 gotas/ml

Data/horário de preparação: 00/00/00 14:00 Não usar após: 00/00/00 14 horas Ver. BJT

Por. JET

Refrigerar. Não congelar Figura 2.5 Rótulo de mistura intravenosa para paciente específico.

(7) Data de validade* (e horário, quando aplicável) (8) Regi1ne de administração prescrito, quando apropriado (incluindo taxa de infusão* e via de adn1inistração) (9) Rótulos auxiliares (incluindo precauções*) (10) Exigências de estocagem (11) Identificação (p. ex., iniciais) do farmacêutico responsável e, se aplicável, do técnico que fez a preparação (12) Instruções específicas sobre equiparnentos (quando apropriado) (13) Qualquer informação adicional, de acordo com as exigências da legislação estadual ou federal (5, 10) B. As recornendações a seguir são adicionais para a rotulagem de produtos parenterais preparados na farn1ácia: 1. Os rótulos de produtos parenterais devem ser fixados na embalagem (p. ex., seringa ou bolsa intravenosa) de maneira a pennitir a inspeção do conteúdo, a identificação do volume e a visualização das nlarcas de medição. Antes da administração, a preparação deve ser sen1pre inspecionada e verificada pelo enfermeiro ou outro profissional que está administrando a preparação parenteral. 2. Para produtos parenterais de grande volume, o nome, o tipo de solução e o nú1nero de lote do rótulo do fabricante deven1 estar visíveis. O rótulo deve ser posicionado de maneira que possa ser lido enquanto o produto está sendo administrado. Por exe1nplo, para injetáve is de grande volu1ne e para minibolsas, o rótulo deve estar na posição correta quando a preparação for pendurada no suporte. Uma exceção a essa regra seria as bolsas l V ou as seringas que são colocadas e1n dispositivos de infusão.

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3. Abreviaturas, tais corno KCl para cloreto de potássio, são permitidas nos rótulos para injetáveis, uma vez que serão lidas por profissionais de saúde que são conhecedores de tais abreviações. 4. Quando possível, o sistem.a métrico de n1edida deve ser usado para aditivos. Exceções incluem unidades de fárn1acos como a heparina, insulina e alguns antimicrobianos e 1niliequivalentes (mEq) ou milimoles (mmol) para certos eletrólitos. 5. Para injeções, a concentração, e não a quantidade do farmaco, deve estar especificada no rótulo. Por exen1plo, "atropina $04 0,4 mg" não é suficiente para rotular uma seringa. O rótulo deve informar a concentração, tal como "atropina $0 4 0,4 1ng/inL". Isso é necessário para que a pessoa que fará a aplicação no paciente possa verificar a dose e o volun1e no momento da admin istração. Para injeções preparadas especificamente para um paciente, a concentração infor111ada deve ser a quantidade da substância ativa presente no volu1ne especificado, em mL, de uma dose. Isso torna a verificação mais f:ícil para a pessoa que aplica a dose. 6. Quando um excesso de volume é adicionado na seringa para permitir a tara* da agulha antes da administração, o rótulo deve informar esse fato; por exemplo, "Esta seringa contém um excesso de volume de 0,1 n1L para 'tarar' a agulha". Un1a vez que o volume desejado para "tarar" varia em função da instituição, da unidade de enfennaria dentro da instituição, da solução medicamentosa a ser administrada e da via de administração (p. ex., IM vs. IV), o farmacêutico sempre deve verificar o volume desejado de tara ao preparar seringas. Algumas soluções medica n1entosas requerem volumes maiores para permitir tara de equipas IV usados para administrar a solução; essa infonnação deve estar indicada de n1anei ra clara e visível no rótulo, pois a não indicação do volun1e necessário para tara resultará em um erro de dosagem significativo. 7. Para misturas IV, a quantidade do aditivo não é expressa co1no concentração. O produto é rotulado tanto com o nome e a quantidade da substância ativa adicionada como com o nome, a concentração e o volume da solução parenteral de grande volume (p. ex., KCl 20 mEq em dextrose 5% para injeção 250 mL).

RÓTULOS PARA PRODUTOS MANIPULADOS A. Rótulos para dispensação de medicamentos manipulados devem incluir as mesmas informações exigidas por leis estaduais e federais para produtos manufaturados. Eles são apresentados nas Seções II e l li deste capítulo. B. A parte do rótulo que fornece o nome do fabricante ou do distribuidor deve indicar que a preparação foi rnanipulada. A lnternational Academy ofCompounding Pharmacists tambén1 sugere a seguinte redação para rótulos de preparações manipuladas para pacientes não internados: "Este medicamento foi manipulado em nossa farn1ácia para você, conforme solicitação do seu prescritor" (11). C. Devido às formulações manipuladas serem personalizadas para cada paciente, o rótu lo tem que identificar os no1nes e as quantidades das substâncias ativas na preparação. 1. Para forn1ulações oficiais USP, quando o (s) nome(s) e a(s) quantidade(s) de todos os ingredientes são especificados na monografia oficial, o nome oficial da preparação é suficiente, pois a infonnaç.ão da fõrrnula é dada no con1pêndio oficial e está acessível para o paciente, o prescritor ou outros profissionais de saúde quando necessário. Dois exen1plos de preparações oficiais incluem pomada Coai Tar USP e solução tópica de adrenalina e cloridratos de tetracaína e cocaína USP. 2. Para formulações oficiais USP, quando o (s) nome(s) dos ingredientes estão especificados na monografia oficial, mas a quantidade do ingrediente ativo varia, o nome oficial da preparação tnais a quantidade do ingrediente ativo deven1 ser incluídos no rótulo do recipiente da preparação dispensada. Um exemplo seria solução oral de cloridrato de hidralazina USP; a monografia dá opções de u1na solução a 0,1% e a 1%, então a concentração tambén1 deve ser incluída no rótulo. Nesse caso, ela também afirma que a concentração en1 mg/5 mL ser indicada no rótulo (12). 3. Para todas as outras preparações manipuladas dispensadas para pacientes an1bulatoriais, os nomes e as quantidades de todas as substâncias ativas devem ser incluídos no rótulo. Nomes comuns, como "Magic Mouthwash ", "Cocktail Brompton" e solução de TAC, a menos que con1binados com os no111es e as quantidades dos ingredientes ativos, não devern ser usados, porque há muitas formulações diferentes com o mesn10 nome. 4. En1 alguns casos, é aconselhável incluir os nomes e, quando possível, as quantidades de ingredientes inativos (excipientes) no rótulo. Exemplos incluem ingredientes conhecidos por causar reações de hipersensibilidade, corno conservantes tais como o cloreto de benzalcônio e ti 1nerosal e solventes co1no óleo de amendoim e ma mona. • N. de T. Adapcaçao do termo em inglês priming: descontar/compensar os volumes (espaços) internos existentes unto dentro da conexao entre á seri11ga e a agulha co1110 o existente no interior (luz) da cânula da agulha.

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5. O teor de álcool cm uma forrna de dosagem líquida manipulada deve ser indicado como utna porcentagem v/ v de C 2 H 50H (1).

RÓTULOS AUXILIARES A. Rótulos auxiliares são colocados nos frascos dos produtos para infonnar ao paciente, ao responsável ou ao profissional de saúde dados importantes sobre estocage1n ou utilização do produto. Eles podem ser usados para esclarecer instruções, propiciar informações adicionais ou reforçar instruções expostas no rótulo normal. Esses rótulos não tên1 a finalidade de substituir o aconselhamento ao paciente. B. Alguns rótulos auxiliares comuns e recomendações de utilização são discutidos a seguir. Embora alguns rótulos sejam obrigatorian1ente exigidos (p. ex., agite be1n, para sistemas dispersos), na maioria dos casos, o farmacêutico deve usar critério profissional ao decidir qual rótulo auxiliar será usado se necessário. Se o recipiente ten1 muitos rótulos, as informações nlais im portantes poden1 não ser tão óbvias sendo negligenciadas. C. Itótulos comuns auxiliares e algumas recomendações de uso são fornecidos aqui. Exemplos também são mostrados no Material complementar on-line deste livro e nos exemplos dados no capítulo sobre formas fartnacêuticas (Capítulos 25-35). 1. Rótu los usados para assegurar a adequada preparação, estocagem e descarte a. Agite bem Exigido em todos os siste1nas líquidos dispersos, tais como suspensões e e1nulsões, menos em determinados produtos com instruções de rotulagem contrárias. Por exemplo, aJgu1nas proteínas ou peptídeos são suspensões instáveis à agitação e tên1 instruções para agitar suavemente antes do uso. A agitação de algumas suspensões de insulina pode resultar e1n bolhas de ar ou espuma, por isso é recon1endado que o frasco seja "deslizado" entre os dedos para dispersar de 1naneira uniforme as partículas da suspensão. b. Mantenha sob refrigeração, não congele Exigido nos produtos que são quimicamente instáveis en1 teniperatura a111biente (p. ex., muitos antimicrobianos reconstituídos) e produtos que são fisicamente instáveis em temperatura ambiente (p. ex., supos.itórios de manteiga de cacau). Essa recomendação é dada, ainda, para produtos injetáveis que foram manipulados e que não serão utilizados em seguida, em especial aqueles que não contên1 conservantes. c. Não use após Exigido para todos os produtos parenterais nlanipulados, an ti microbianos e líquidos reconstiruídos, outros produtos instáveis e todos os medicamentos dispensados quando exigido por lei estadual. Mesmo quando não é exigido por lei estadual, esse dizer é recomendado a todos os rótulos de produtos dispensados para que os pacientes não retenhatn produtos velhos e que poden1 já não ter o potencial de ação desejado. Tal aviso agora é muitas vezes i1npresso diretan1ente no rótulo do produto conforn1e o forn1ulário de prescrição. d. Refrigere, agite bem. descarte após uso Usado para evitar vários rótulos auxiliares quando forem exigidas as três mensagens anteriores (a , b e e supracitadas), tal como para a maioria das suspensões de antimicrobianos reconstituídas. e. Proteja da luz Exigido para produtos parenterais que são fotossensíveis, tais como nitroprussiato de sódio, furoscmida e fenotiazinas. Esse rótulo é especialmente importante quando a c1nbalagem primária do 1nedicamento não é âmbar ou opaca. É a rotulagem apropriada para todos os medicamentos fotossensíveis. f. Mantenha fora do alcance de crianças Pode ser usado para qualquer en1balagem de n1edicamento, mas é exigido para frascos sem tampas de segurança. g. Quimioterapia do câncer, descarte de forma apropriada Exigido para frascos que contcnha1n medicamentos citotóxicos. 2. Rotu lagem para garantir a via de ad1n inistração correta. a. Uso externo Recomendado para produtos de aplicação externa, principalmente para aqueles de perigo potencial se ingeridos. b. Rótulos de vias de administração Exemplos incluem "Pa.ra os olhos", "Para uso retal" e "Somente para uso inalatório". Esses rótulos são especiahnente importantes quando há algu1na possibilidade de confusão sobre a via de administração da forma farmacêutica (p. ex., cápsulas contendo rnedicamentos para uso em un1 inalador). 3. Rótu los de advertência sobre o potencial de reações adversas a medican1entos a. Pode causar sonolência. Não ingerir álcool. Cuidado ao dirigir carros ou operar máquinas Usado para pacientes adultos ambulatoriais. Exigido para todos os narcóticos de venda controlada da Lista II* e outros medica1nentos, tais como relaxantes musculares, que podem causar sonolência significativa. Recomendado para outros narcóticos, agentes ansiolíticos, tranqui• N. de T. A relação de produtos de vc11da COtltrolada, rios Estados Unidos, não é a nlcsr11a incluída 11a Portaria SNS nq 344, que rcg ulamc11ta con1pra, vcr1da, dispensação, 111a nipulação , etc ., dc$$cS produtos no Brasi l.

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lizantes, barbitúricos de ação prolongada, agentes sedativos, anticonvulsivantes, anti-histan1ínicos e antidepressivos, bem como qualquer outra substância que possa causar sonolência. O uso desse rótulo auxiliar em produtos indutores do sono depende do critério profissional. b. Pode causar sonolência Usado para pacientes pediátricos e adultos não ambulatoriais. Mesmas exigências e recomendações como descrito no item a. c. Evite exposição ao sol Exigido para medicatnentos que causam reações de fotossensibilidade, tais como tetraciclinas, sulfonamidas, griseofulvina, ácido nalidíxico, tiazidas e fen iltia:zinas. d. Pode causar coloração da urina ou das fezes Recomendado para n1edicamentos que podem alterar a coloração da urina e das fezes, tais como azul de rnetileno, nitrofurantoína e fenazopiridina. 4. Rótulos de advertência sobre o potencial de interações farmaco-fármaco e fárn1aco-alimentos. a. Não ingira álcool Exigido para produtos que possam causar reações do tipo dissulfiram, tais como dissulfiram, metronidazol e clorproprarnida. Recomendado para medicamentos hipnóticos ou outros, para os quais o efeito aditivo sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) pode ser perigoso. Esclarecimento verbal também deve ser fornecido. b. Não use com produtos lácteos, antiácidos. etc. Exigido para tctraciclinas, para prevenir a inativação da substância pelos íons polivalentes. Recomendado para produtos com revestimento entérico, uma vez que os produtos à base de leite e os antiácidos criam um pH básico no estôrnago, o que pode causar a dissolução prematura do revesri1nento entérico. c. Não usar ácido acetilsalicílico Exigido para os anticoagu lantes do tipo da varfari na. 5. Rótulos de considerações sobre administração apropriada a. Ingira com alimentos Recomendado para medicamentos que podem causar distúrbios eston1acais, quando esse efeito pode ser diminuído pelo uso do medicamento con1 alimentos. Exemplos de n1edica1nentos desse grupo incluem nitrofurantoína, ácido valproico, eritromicína e ácido acetilsalícílico. b. Tome de estômago vazio Recomendado para medican1entos tais como tetraciclina e ampicilina, que tê1n sua absorção reduzida ou sua degradação aun1en tada no estômago quando ingeridos junto co1n alimentos. Para alguns 1nedican1entos, a necessidade de uma rnelhor absorção deve ser considerada em relação aos efeitos adversos sobre o estômago, quando um medicamento é tomado com o estomago vazio. O farn1acêutico deve realizar uma avaliação adequada do paciente. c. Tome com muita água l:tecomendado para sulfonam idas, como forma de diminuir a probabilidade de cristalúria, para expectorantes, con10 fonna de aun1entar a redução da viscosidade das secreções bronquiais, para laxantes formadores de m.assa fecal , como fonna de reduzir a probabilidade de compactação, e para medicamentos irritantes, tais como suplementos de potássio, anti-inflamatórios não esteroidais orais, hidrato de cloro, certos antin1 icrobianos e teofilina. d. Use todo este medicamento l~ecomendado como auxiliar de adesão para antibióticos e anti-infecciosos quando um tempo de duração específico não estiver i11dicado nas instruções de uso. 6. Rótulos para atender recomendações ou exigências legais e. Cuidado. A lei federal proíbe a transferência deste medicamento pera outra pessoa Exigido, por lei, em todos os frascos de medicamentos para pacientes externos que contêm substâncias controladas - Listas II a IV. b. Esta prescrição pode ser reutilizada x vezes A a1enos que requerido por leis estaduais, esse é um rótulo opcional para informar ao paciente o número de vezes que a mesma prescrição pode ser dispensada. Atualmente, essa infonnação é frequentemente impressa diretan1ente no rótulo pelo software de dispensação.

Referências 1. General Notices. 2008 USP 31/ NF 26. Rockville, MO: The United States Pharmacopeial Convention , lnc.. 2007;1 1. 2. 21 use§ 321 (k) and (m) 3. Model State Pharmacy Act and ModeJ Rules of the National Association ofBoards of Pharmacy. National Associarion ofBoards of Pham1acy, Mount Prospect, IL, 2007; 11. 4. 21 use§ 353(b)(2) 5. Model State Pharmacy Act and Model Rules of the National Association ofBoards of Pharmacy. National Association ofBouds of Phannacy, Mount Prospect, lL, 2007; 82-83. 6. Sitowittj, Robcrts, Sfl. Danger of"as dirccted" instructions.Am J Health-Syst Pharm 2001; 58:1657. 7. Chapter 1121. 2008 USP 3l/NF 26. Rockville, MD: T he United States Pbarmacopeial Convention, tnc., 2007;605-606.

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Substâncias Controladas

DESCRIÇÃO DO CAPÍTULO

Jurisdição legal para substâncias controladas Definições Registro DEA Listas de substâncias controladas Requisitos para prescrição de substâncias controladas Requisitos para a venda de substâncias controladas sem receita Manutenção dos registros de substâncias controladas Rotulagem de prescrições para substâncias controladas Outros requisitos

JURISDIÇÃO LEGAL PARA SUBSTÂNCIAS CONTROLADAS Substâncias controladas são reguladas pelas leis federais e estaduais. A. Leis federais 1. A lei federal original dos Estados Unidos que regulan1enta substâncias que causam depen-

dência era a Harrison Narcotics Act, de 1914. Naquele tentpo, a distribuição e a venda de narcóticos era controlada pelo uso de un1a taxa sobre produtos narcóticos; tal lei foi impingida pelo Dureau oflnternal H.evenue no Department ofthe Treasury. Em 1968, por causa da reorganização adrninistrativa, a execução da lei foi transferida para o recente criado Bureau of Narcotics Dangerous Drugs (BNDD) no Dcpartcncnt ofjusticc (1,2). 2. Por volta de 1970, alén1 do Harrison Narcotics Act, houve diversas leis federais regulando fãrmacos considerados causadores de dependência e/ou perigosos. Como resultado, un1a nova lei abrangente, a Federal Comprehensive Drug Abuse and Control Act, de 1970 (Lei Pública 91 - 513) foi aprovada. O Controlled Substances Act de 1970 é o Título li (Title Jf) desta lei; entrou en1 vigor em 1° de maio de 1971. Permanece a principal lei federal que regula todos os aspectos, desde a fabricação, a distribuição, a prescrição, a administração e o uso de medicamentos que tenhan1 potencial para abuso ou dependência tanto fisica quanto psicológica (2,3). A lei pode ser encontrada no Capítulo 13 do Título 21 do Unitcd States Code (USC). N ota: USC contén1 as leis gerais e permanentes dos Estados Unidos. É dividido em aproxin1adamcnte 50 áreas temáticas aniplas com nomes de títulos e números. Por exemplo, o Título 2 trata de Congresso; Título 12, de Bancos e Banc:írios; o Título 29, de Trabalho e o Título 21, de Alimentação e Fármacos. Os títulos de assuntos gerais são, mais adiante, subdivididos

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em capítulos de modo que o Título 21 possui o Capítulo 9, o qual contém o Federal Food, Drug and Cosn1etic Act, enquanto as leis contidas no CapítuJo 13 são as que tratam de prevenção e abuso de drogas. O Título 21 , Capítulo 13 contén1 as cláusulas do Controlled Substances Act (CSA) e suas emendas. A versão 1nais recente do texto da USC pode ser acessada no site do US Government Printing Office: W\V\v.access.gpo.gov. Este site possui acesso a informações seletas do governo que provê un1a lista co1n links para acesso a vários documentos públicos importantes, tais con10 o United States Code (USC). Você pode adquirir cópias irnpressas dos docun1entos por n1eio do site, porén1, este tan1bén1 fornece docun1e ntos selecionados para acesso on-line en1 texto e/ou forn1ato PDF. 3. Desde 1973, o CSA tem estado sob juri sdição da Drug Enforce1nent Administration (DEA) no Department ofJustice. A DEA foi criada em 1973 pela união do BNDD (no Departtnent ofj ustice) com a divisão Drug lnvestigation do US Customs Service (no Department ofthe Treasury). Era para ser uma "superagência" que coordenaria todos os esforços federais relacionados à fiscalização de narcóticos e drogas perigosas, incluindo abuso doméstico de drogas, desvios e contrabando internaciona l de drogas ilícitas nos Estados Unidos. A DEA foi posta no Department ofJustice, assin1 teria acesso aos a111plos recursos investigativos da Federal Bureau of lnvestigation (FBI) (2). 4. Os regulamentos da DEA que explicam as providências e aplicações do CSA (21 USC § 801 e seguintes) podem ser encontrados no Título 21 do Code ofFederal Regulations (CFR). Assim como o USC, a últi n1a revisão do CFR. pode ser acessada no site do US Govern ment Printi ng Office fornecido. A informação adequada pode ser encontrada em 21 CFR § 1300 e adiante. Ao acessar o texto, será exigido que você peça cada parte do regulamento separadamente (p. ex., 21CFR1300, 21CFR1301, 21CF1,1302, e assin1 por diante), porém a primeira seção, 1300, contém um índice bastante útil. 5. Na década de 1990, foi reconhecido que havia um problema nacional crescente de abuso de drogas da Lista II, a metanfetamina (ta111bé111 conJ1ecida como speed ou crank). Alén1 de ser u111a alternativa menos cara à cocaína, a 1netanfetan1ina era mais fácil de se obter; a droga pode ser sintetizada em "laboratórios caseiros" (referidos co1110 laboratórios clandestinos), utilizando-se precursores facilmente disponíveis, tais como efedrina, pseudoadrenalina e fenilpropanolamina, os quais não eram controlados naquela época (fármacos sem necessidade de receita 1nédica), usados para tosses, resfriados e congestão. Como resultado, en1 outubro de 1996, o Congresso dos Estados Unidos aprovou o Co111prehensive Metan1pheta111ine Control Act. O propósito dessa lei era restringi r o acesso às substâncias prec ursoras, solventes e reagentes químicos usados para fabricar a metanfeta1nina (2). Essa tentativa foi fortalecida mais adiante quando o Combat Methatnphetatnine Epidemie Act, de 2005 (Título VII do USA PAT RIOT 1mprove111ent and R eauthorization Act de 2005, Lei P(1blica 109- 177), foi aprovado em março de 2006 (4). B. leis estaduais 1. Todos os estados possuem leis e regulamentos similares aos descritos, porén1 os estados podem

ter condições mais restritas que aquelas nlcncionadas nas leis federais. 2. Farmacêuticos devem seguir os regulan1entos mais estritos, federais ou estaduais, aplicados ao seu local de atuação. C. A informação dada neste capítulo é uma breve sinopse dos regulamentos federais de substâncias controladas que afetam as atividades gerais de prescrição dos farmacêuticos. Outras áreas de reguJamento para essas substâncias, como exigências de segurança, exigências de inventário, descarte de substâncias controladas e progran1as de trata mento com narcóticos, estão fora do escopo deste texto. 1. Para informações mais completas sobre este assunto, consulte as seções apropriadas do Code of Federal Regulations (21 CFl' §1300 e seguintes), o USC (21 USC. § 801 e seguintes), leis estaduais recentes de prática em farmácia, livros de referência en1 leis de farmácia e sites na internet acerca do assu nto. Pelo fato de as leis e as regulamentações serem alteradas e atualizadas com frequência, é importante checar as leis e regulamentações vigentes. 2. A DEA Diversion Control Program mantém uma excelente fonte para farmacêuticos, estudantes de fàrn1ácia e técnicos em farmácia para assisti-los em seu entendimento e compro111etin1ento com as cláusulas do CSA. Um manual chamado Pha rn1acist's Manual encontra-se disponível impresso ou no site http: //w\vw.deadiversion.usdoj.gov/ pubs/manuals/ pharm2/ index.htm, acessado en1 dezembro de 2007. O Pharmacist's Manual explica os regula111entos aplicáveis em linguagem compreensível e inclui tabelas que fornece111 comparações fáceis para as exigências das várias classes.

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DEFINIÇÕES



A. No entendimento dos regulamentos relativos às substâncias controladas, é útil ter as definições de certos termos, conforme especificado pelo 21 use§ 802 e 21 eF R. § 1300. As definições que seguem dão o sentido básico desses termos tal como encontrados nessas leis e regulamentações; na maioria dos casos, as definições são citadas para simplificar o que diz respeito à linguagem jurídica e para eliminar algumas redundãncias. Algumas delas estão incluídas aqui porque a sua utilização no eSA difere do sentido habitual do tern10. 8. Defi nições 1. As substincies controladas são farmacos ou outras substâncias ou outros precursores i111ediatos que são especificados nas Listas 1 a V do eSA (5). São substâncias consideradas com potencial para abuso ou dependência f1Sica ou psicológica, incluindo narcóticos, caln1antes, estimulantes, esteroides anabolizantes e alucinógenos. Descrições das Listas 1 a V com exemplos de fãrinacos são apresentadas na Seção IV deste capítulo. A lista completa dos medicamentos e substâncias está publicada em 21 CFR § 1308. 2. Narcóticos incluem ópio, opiáceos, folhas de coca, cocaína, ecgonina e qualquer uni dos seus sais, derivados e isômeros e preparações, misturas e produtos n1an ipulados dessas substâncias (5). O eFR § 1300,1 disponibiliza uma extensa lista de fármacos entorp ecentes, incluindo codcí na, 1norfina, hidrocodeína, hidrornorlina e oxicodeína (6). 3. Substâncias calmantes ou estimulantes são barbitúricos, anfet:uninas, ácido lisérgico e qualquer uni de seus sais, derivados e isômeros, bem con10 qua lquer outra substância designada pelo Procurador Geral que tem potencial para abuso por causa do seu efeito calit1an te, esti111ulante ou alucinógeno (5). Exen1plos de fãrmacos que foram acrescentadas à lista original pelo Procurador Geral incluem benzodiazepínicos, como alprazolam e diazepam; antidepressivos, como a metaqualona e o ácido gama-hidroxibutirico e fãrrnacos estinn1lantes metilfenidato. 4. Maconha inclui todas as partes da planta Canrrabis sativa, incluindo sementes, resinas extraídas e todos os con1postos, os sajs, os derivados, as misturas e as preparações da planta(5). 5. Esteroides anabolizantes são fármacos ou substâncias hormonais química e farmacologicamente relacionados à testosterona (6). O 21 eFR § 1300.1 disponibiliza cerca de duas páginas de substâncias listadas neste grupo. 6. Produtos químicos da Lista I* são farmacos ou substâncias químicas especificados pelo Procurador Geral como produtos químicos precursores utilizados na fabricação ilegal de substâncias controladas. Estão incluídos efedrina, pseudoefedrina e fenilpropanolamina, que são precursores utilizados na síntese da metanfetamina; e ergotamina e ergonovina, que podem ser utilizadas para obter dietilamida do ácido lisérgico e alucinógenos similares (5). 7. Produtos químicos da Lista U* são designados pelo Procurador Geral usados na fabricação ilegal de substâncias controladas. Estão inclusos solventes, como acetona, éter etílico e tolueno, oxidantes e agentes redutores, como o permanganato de potássio e iodo (5). 8. Medicamentos contendo substâncias listadas anteriormente* são produtos que: (i) contêm efedrina, pseudoefedrina ou fenilpropanolamina e (ii) foram aprovados para distribuição se1n necessidade de receita (venda livre) pela Federal Food, Drug and eosmetic Act (4). 9. Nesta Lei, o termo pessoa não está limitado a um indivíduo, 1nas inclu i negócios, co rporações, agências governamentais, associações e outras entidades jurídicas (6). 10. Un1 prescritor individual pode ser um médico, u111 dentista, un1 veterinário ou outro indivíduo que estiver registrado ou licenciado pelo órgão jurisdicional adequado (norn1aln1ente o estado) para dispensar substâncias controladas ao longo de sua prática. Não inclui fa rn1acêuticos, fàrn1ácias ou praticantes institu cionais (6). 11. U111 prescritor institucional pode ser un1 hospital ou ou tra entidade (111as não un1 indivíduo) que seja registrado ou licenciado pela, jurisdição adequada para dispensar substâncias controladas. Não são incluídas farmácias (6). E interessante que o eFR. subdivide prescritores, como mostrado aqui, considerando que o use apenas define a palavra "prescritor" e tem uma definição mais ampla, que inclui farmácias e tan1bém os cientistas que usam substâncias controladas na pesquisa e no ensino (5). 12. Um prescritor de nível médio é um indivíduo que não é n1édico, nen1 dentista, nem veterinário, nem podólogo, sendo licenciado pela sua con1petência (p. ex., o governo estadual) para dispensar substâncias controladas. Exemplos incluem enfermeiros, enfermeiros parteiros, enfermeiros anestesistas e médicos assistentes (6). Privilégios e restrições específicas sobre a prescrição por profissionais de nível médio são definidos por cada estado. • N . de T . Alóm das lisus de substâncias ativ.as controbdos, o Unitcd Sutcs Drug Eníorccmcnt Adiminismtton {DEA) umbém mantém listas de produtos químicos que são usados na &brica.çio de sub1tincias concroladas ou d~J 1lícit.u.

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13. O termo disp ensador inclui prescritores (como definido anteriormente). farmácias e farmacêuticos que dispensam substâncias controladas (6). 14. O termo " farmacêut ico" tem o significado usual, n1as inclui tan1bén1 estagiários de farmácia trabalhando sob a supervisão de um farmacêutico (6).

Ili.

REGISTRO DEA A. O CSA utiliza o n1eio de registro para regular todos os aspectos de narcóticos, estitnulantes, calmantes, drogas alucinógenas, esteroides anabolizantes e produtos químicos utilizados para a fabricação ilegal de substâncias controladas (3). Para ajudar os agentes governamentais na administração e no cumprimento da legislação de substâncias controladas, todos os importadores, exportadores, fabricantes, distribuidores, pesquisadores, prescritores, farmácias, hospitais e instituições de ensino e pesquisa que lidam con1 substâncias controladas devem se registrar con1 a DEA. Na realidade, o 21 CFR § 1301.13 lista 10 diferentes classes de inscritos. 8. Após o registro, a essas partes são emitidos números de matrícula DEA. 1. Os inscritos devem registrar os seus números da DEA e1n todos os documentos que utiJjzam para a transferência ou distribuição de substâncias controladas até o consumidor final. 2. Os números DEA são originais e únicos, contêm nove caracteres que são gerados por computador para conter dígitos de verificação que ajudam os farmacêuticos a identificar os números de inscrição inválidos e as ordens de prescrição de substâncias controladas fraudulentas. C. Médicos, hospitais, clínicas, farmácias e instituições de ensino estão incluídos na classe de registro Dispensing or lnstructing. Essa classe usa formu lário de pedido 224 DEA para registro inicial e 224a para a renovação, que é exigido a cada 36 meses (7). D. Prescritores de substâncias controla das 1. Indivíduos que são registrados no DEA para prescrever substâncias controladas incluem os profis-

sionais liberais e os profissionais de nível médio, como descrito na seção anterior, en1 definições. 2. O nú1nero de registro na DEA do prescritor deve aparecer en1 qualque r receita médica ambulatorial para uma substância controlada. 3. Muitos softwares de distribuição verificam automaticamente números de inscrição inválida quando novas prescrições de substâncias controladas são inseridas no computador. O fa rmacêutico ou o técnico de farmácia também podem verificar de forn1a manual um número de registro DEA inválido en1 un1a ordem/prescrição n1édica, utilizando os passos a seguir.

Exemplo 3.1

DEA # AD5426817 1. O primeiro digito deve ser uma letra: A, B ou F para prescritores e dispensadores, M para os profissionais de nível médio e P para os distribuidores. 2. O segundo dígito é quase sempre uma letra, mais especificamente, a primeira letra do último nome do inscrito. No caso supracitado, se o sobreno111e do médico prescritor é Jones, a segunda letra de um número DEA válido seria J, de modo que o exen1plo da DEA seria inválido. Se o inscrito é uma empresa com um non1e que co meça com un1 nú111ero, tal como "Sth Avenue Farmácia", o segundo dígito deverá ser o nún1ero "9". 3. Da terceira à oitava posição do número DEA há números que são usados para calcular o número da nona posição, o dígito verificador. a. So111e o primeiro, terceiro e quinto dígitos: 5 + 2 + 8 = 15. b. So111e o segundo, quarto e sexto e n1ultiplique esta quantia por 2: 4 + 6 + 1 = 11 X 2 = 22. e. So111e os dois resultados: 15 + 22 = 37. d. O dígito da extrema direita do número verificador deve ser igual ao nono dígito do número DEA. Nesse exen1plo, an1bos os nún1eros são "7", assin1 o número DEA é urr1 número válido.

E. Dispensa dores de substâncias controladas

1. Embora os prescritores registrem-se individualn1ente, dispensadores, tais como farmacêuticos, não o fazem . Um farmacêutico que está dispensando substâncias controladas é considerado um agente de uma farmácia registrada. 2. Farmácias que encom.endan1, receben1, n1anipulam e distri buem substâncias controladas deve111 ser registradas no DEA e devem ter u1n número de registro DEA. 3. O número DEA das farmácias é necessário quando estas encomenda m substâncias controladas dos fabricantes ou distribuidores (8). O número é impresso no Special DEA form 222 (Formu-

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lário DEA especial 222), o qual (ou o seu equivalente eletrônico) é necessário para encomendar substâncias controladas da Tabela 1 ou li.

LISTAS DE SUBSTÂNCIAS CONTROLADAS A. As substâncias são divididas en1 cinco classes, Listas (sched11/es) 1 a V, con1 base no seu potencial para abuso. Substâncias da Lista possuem maior potencial para abuso e não aceitação para uso 111édico; n1edica1nent.0s da Lista V tê111 o n1e nor potencial para abuso. O CSA também permite que certas substâncias narcóticas listadas, quando combinadas com outros agentes terapêuticos, sejam excluídas de qualquer lista. Para ser excluído, o medicament.O deve ter um potencial muito baixo para o abuso. Além disso, deve ser designado pela FDA como legaln1ente vendido no balcão (i.e., sen1 u rna prescrição), o fabricante deverá solicitar e receber permissão da DEA para exclusão do produto de qualquer lista (9). B. Uma sucinta, poré111 representativa, Hsta de fãnnacos e medica1nentos nas diversas listas é disponibilizada nesta seção. Para uma lista oficial de todos os fãrrnacos e medicamentos nas Listas de 1 a V, ver 21 CFR § 1308,11-1308.15. Na prática profissional, a nianeira n1a is fácil de deterntinar a lista de um medicamento é olhar para a embalagem do medicamento; o CSA exige que o símbolo da lista (p. ex., C - II, C - Ili, e outros) seja impresso no rótulo do recipiente do produto fabricado (10). 1. lista 1 a. Alto po tencial de abuso; considera-se que as substâncias dessa lista não apresentan1 uso niédico aceitável nos Estados Unidos, assim como segurança aceitável quant.0 ao uso, niesmo sob supervisão médica (11). Portanto, as substâncias dessa classe não podem ser prescritas, dispensadas ou adnlinistradas. A DEA permite a pesquisa com essas substâncias, entretanto, exige um.a autorização e un1 registro especial para tal (12). b. Exen1plos de drogas da Lista 1 incluem (13) os segu intes: (1) A heroína narcótica e mais de 70 outros entorpecentes listados. (2) Drogas alucinógenas, como dietilamida do ácido Hsérgico (LSD), mescalina, peiote, psiJocibina, metilenodioxianfetan1ina (MDMA ou ecstasy). (3) Maconha (tem sido utilizada para o tratamento de náuseas e vômitos associados à quin1ioterapia e para 1nelhorar o apetite en1 pacientes com Aids). Apesar das leis que pern1item o uso médico da 111aconha teren1 sido aprovadas por alguns estados, não é permitido pela lei federal. (4) Depressores (caln1antes), como a n1etaqualona e o ácido gama-hidroxibutírico (GHB) 2. lista li a. Elevado potencial para abuso, mas com uso niédico aceito nos Estados Unidos; potencial para abuso que pode levar à dependência psicológica ou física grave (1 1). Substâncias da Lista lI são tratadas de forn1a mais rigorosa do que as Listas 1fI a V. b. Exe1np los de substâncias da Lista II incluem (14) os seguintes: (1) Todos os narcóticos, tais como codeína, morfina (p. ex., MS Contin), meperidina (p. ex., De1nerol), hidroLnorfina (p. ex., Dilaudid), metadona (p. ex., Dolophine), oxicodona (p. ex., OxyContin) e fentanil (p. ex., Duragesic), quando não combinados com A • outro agente terapeut1co. (2) Alguns potentes agonistas narcóticos, nies1no quando em produtos combi nados, como a oxicodona e comprimidos de paracetamol (p. ex., Percocet) e de ópio em pó, com supositórios de beladona. (3) Codeína, morfina e vários outros produtos narcóticos combinados podem estar nas Listas II, III ou V, dependendo da quantidade de narcótico que o produto conté111. Estes estão listados nas Listas 111 e V a seguir. (4) Cocaína. (5) Estin1ulantes, como anfetan1 inas (p. ex., Dexedrine e Adderall), metanfetamina (p. ex., Desoxyn) e metilfenidato (p. ex., l\italin). (6) Barbitúricos de ação curta, con10 amobarbital (p. ex., An1ytal), pent.0barbital (p. ex., Nembutal), e secobarbital (p. ex., Seconal), exceto quando em combinações ou na forma de supositório (estão, portanto, na Lista Ili) e alguns outros calmantes, como glutetimida. 3. lista Ili a. Menor potencial para abuso que substâncias das Listas I e II; uso médico aceito nos Estados Unidos; potencial de abuso que pode levar a n1oderada ou baixa dependência fisica ou dependência psicológica alta (11). b. Exe111plos de substâncias da Lista III incluen1 (15) os seguintes:

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(1) Narcóticos especificados combinados com outras substâncias terapeuticamente ativas não entorpecentes em que a quantidade de narcótico é restrita a un1 detern1inado nível. Vários exen1plos comuns são disponibilizados aqui. Quando a quantidade de narcótico excede uma dada quantidade, o produto é colocado na Lista II. (a) Codeína ou di-hidrocodeína em combinação com uma ou mais substâncias não narcóticas em que a quantidade máxima de codeína ou di-hidrocodeína é de 90 mg por unidade ou 18 mg/ mL (90 1ng por 5 mL) (p. ex., comprimidos de Tylenol com codeína, Synalgos-DC). (b) H idrocodona ou etilmorfina em co1nbinação com uma ou mais substâncias não narcóticas em que a quantidade m.áxi1na de hidrocodona ou etiln1orfina é de 15 mg por un idade ou 3 n1g/111L (15 nlg por 5 niL) (p. ex., Vicodin, Lortab, Hycotuss Expectorant). (e) Morfina em combinação com uma ou mais substâncias não narcóticas em que a quantidade máxima de morfina é de 0,50 mg/mL (2,5 mg por 5 mL) ou por g. (d) Opio en1 combinação com uma ou n1ais substâncias não narcóticas en1 que a quantidade 1náxima de ópio é de 5 mg/inL (25 n1g por 5 1nL) ou por g (p. ex., Paregoric USP). (2) Todos os barbitúricos isolados ou e1n con1binação não mencionados c1n o utra lista. Exemplos incluem tiopental injetável usado para anestesia; barbitúricos de curta duração, co1no amobarbital, pentobarbital, e secobarbital quando cru combinações ou em forma de supositório, além de alguns barbitúricos de duração intermediária, como butabarbital. (3) Certos estimulantes específicos, tais con10 benzanfeta1n ina (p. ex., Oidrex) e fendin1etrazina (p. ex., Bontril). (4) Os esteroides anabólicos, tais como a testosterona, salvo exceções ou aqueles listados em outra lista. 4. Lísta IV a. Menor potencial para abuso que substâncias da Lista III; em relação às substâncias da Lista III, o abuso dessa classe pode levar à dependência física ou psíquica limitada (11). Do ponto de vista do controle e da regulan1entação, essas substâncias são tratadas da mes1na maneira que os produtos da Lista Ili. b. Exemplos de substâncias da Lista IV incluem (16) os seguintes: (1) Sedativos/hipnóticos especificados, como fenobarbital, hidrato de cloro, meprobamato e zolpidea1 (p. ex., Ambien). (2) Os benzodiazepí nicos, con10 o alpraz.olan1 (p. ex., Xanax) e lorazepa1n (p. ex., Ativan). (3) Propoxifeno, quando formulado en1 um medican1ento, isolado ou en1 con1binação (p. ex., Darvon- N). (4) Alguns estimulantes, como fentermina (p. ex., Ionamin) e dietilpropiona (p. ex., Tenuate). (5) Substâncias diversas, como pentazocina (p. ex., Talwin). 5. Li sta V a. Menor potencial para abuso entre os medicamentos de substâncias controladas (11). As substâncias nesta lista têm baixas quantidades de entorpecentes sempre em combinação con1 u1n ou nlais fármacos não narcóticos (17). A 1naioria são supressores de tosse ou agentes antidiarreicos. b. Exemplos de substâncias da Lista V incluem (17) os seguintes: (1) Narcóticos en1 combinação co1n outros fánnacos, quando o montante do narcótico não excede o nível especificado. Mais comumente, os exemplos dados aqui são usados tera. . peut1camente con10 ant1tuss1genos. (a) codeína em concentração não maior que 2 n1g/ mL (10 mg por 5 mL) ou por g (p. ex., Guiatuss AC). (b) D i-hidrocodeína ou etiln1orfina não superior a 1 mg/mL ou por g. (2) A seguinte associação de medicamentos, geralmente utilizados como antidiarreicos, quando o 1nontante do narcótico não excede o nível especificado: • (a) Opio não superior a 1 mg/n1 L ou por g. (b) Não mais do que 2,5 mg de cloridrato de difenoxilato (difenoxilato HCI) COL11 não nlenos que 25 µ.g de sulfato de atropina por dose unitária (p. ex., Lomotil).

.

REQUISITOS PARA PRESCRIÇÃO DE SUBSTÂNCIAS CONTROLADAS A. Os requisitos federais para as prescrições de substâncias controladas são apresentados nesta seção. Estes são os requisitos da revisão do 21 CFR § 1300 de 111 de abril de 2006. Em virt ude de alterações acontecere1n de tempos cm tempos, recon1enda-sc acessar a revisão mais atualizada. Confonne descrito no início deste capítulo, isso pode ser feito no site do U.S. Government Printing

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Office. Leis estaduais sobre substâncias controladas podem acrescentar exigências adicionais. Além disso, as leis federais e estaduais sobre os elementos exigidos para todas as exigências de prescrições ta1nbé1n se aplicam. Para obter informações sobre essas leis, consulte o Capítulo 1, Prescrições e ordens de medicação. B. Todas as Listas Prescrições de n1edica rnentos para todas as substâncias controladas possuen1 os seguintes itens (18): 1. Data de emissão. 2. Non1e e endereço completo do paciente. 3. O nome do medicamento, concentração, forma farmacêutica, quantidade prescrita. 4. Instruções de utilização. (N o ta: Para os estados que limitam as prescrições de substâncias controladas para um abastecimento de 34 dias, a instruções de utilização devem ser específicas o suficiente para se apurar a quantidade necessária.) 5. No1ne completo, endereço e núrnero DEA do prescritor. 6. Para prescrições escritas em receita médica, a assinatura do prescritor. 7. Quando un1a prescrição verbal não é autorizada (p. ex., Lista II), a prescrição deve ser escrita a caneta ou digitada. E1nbora a prescrição possa ser esc rita por um. representante do prescritor, o médico registrado é responsável pela prescrição, e ele deve assinar a prescrição. C. Lista li Por causa do seu n1aior potencial de abuso, substâncias da Lista I1 têm requisitos adicionais. 1. Em geral, o dispensador deve ter uma prescrição escrita ou digitada, assinada pelo prescritor, no momento da distribuição. Entretanto, como indicado no Capítulo 1, as regulamentações federais permite1n prescrições transmitidas oralmente, incluindo telefonemas, para os 1nedicamentos da Lista II em situações de emergência, con1 certas condições (19): a. A quantidade prevista é li n1icada ao montan te necessá rio para o período de en1ergência. b. A prescrição, contendo todas as inforinações necessárias, exceto a assinatura, é imediatamente passada para o papel. e. O farmacêutico faz un1 esforço para verificar que a prescrição veio de un1 prescritor registrado se o médico prescritor não é seu conhecido. d. O farn1acêutico escreve sobre a face da prescrição temporária as palavras "Autorização para dispensação de en1ergência" e a data da prescrição verbal. e. Um docu1nento escrito e assinado deve ser recebido no prazo de sete dias (se enviado pelo correio, o carin1bo do correio deve estar dentro do prazo de sete dias), e a prescrição assinada deve ser anexada à temporária. 2. Prescrições via fax são permitidas em situações não emergenciais, desde que ao farmacêutico seja dada a prescrição original assinada para a revisão antes da distribuição efetiva do 111edicarnento controlado. Ordens por fax sem a prescrição original assinada são permitidas en1 determinadas práticas, con10 serviços de infusão rv, cuidados de longa duração e cuidados paliativos (19). 3. Reutilizações são proibidas (20). 4. O atendimento parcial de un1a prescrição da Lista II é permitido, sendo que o restante pode ser concedido somente se ele puder ser efetuado no prazo de 72 horas. a. Se isso não puder ser feito, o médico deve ser notificado. b. Exceções são feitas para os pacientes em unidades de cuidados prolongados (LTCF) e para pacientes terminais; no entanto, o farn1acêutico deve anotar na receita a expressão "paciente tern1inal" ou "paciente LTCF". e. No caso de atendimento parcial, o farmacêutico deve colocar no registro eletrônico ou na parte de trás da prescrição a data, a quantidade dispensada, a quantidade restante da prescrição e as iniciais ou a identificação do farrnacêutico (21). 5. Embora não haja lin1itação federal, alguns estados têm a de quantidade (p. ex., um forneci1nento por 34 dias ou 120 doses) sendo ad1nitidas exceções cm circunstâncias especiais (22). 6. Os requisitos referidos são aqueles do CFR § 1306; uma vez que a lei mais rigorosa (i.e., federal ou estadual) sempre se aplica, verifique os estatutos estaduais atualizados no seu local de , . pratica. D. Listas Ili e IV Fármacos e medicamentos das Listas III e IV têm menos potencial para abuso que substâncias da Lista II. Embora as substâncias da Lista II possuam maior potencial para abuso do que as da Lista IV, as substâncias dessas duas tabelas são tratadas da mes1na n1an eira, com os mesmos requisitos e restrições. 1. Prescrições para esses medicamentos podem ser dadas por escrito, oralmente ou transmitidas por telefone ou fax (23).

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l~eutilizações

são permitidas com um máximo de cinco reutilizações ou seis meses a partir da data da prescrição original (usar o critério que vier primeiro). a. Registros de reutilizações deven1 ser n1antidos e podem ser escritos sobre a prescrição ou en1 um registro de medicamento ou ainda gravado eletronicamente. b. A informação que deve ser prontamente recuperável pelo número da prescrição inclui o nome, a fonna farmacêutica e a quantidade dispensada, as datas da receita original e das reposições, bem como a identificação do farn1acêutico (24). 3. Ern urn sisterna de dois arqu ivos (descrito na Seção VII), u m "C" vennelho não inferior a 1 centímetro de akura deve ser aplicado ao canto direito inferior das prescrições para substâncias das Listas III, IV e V. Os regulamentos DEA pennitem abdicar do requisito "C vermelho" para as farmácias que utilizan1 sisten1as de registro de informação eletrônico, que autoriza a identificação pelo número de prescrição e permite a recuperação dos documentos originais pelo nome do prescritor, o nome do paciente, o medicamento dispensado e a data do preench imento (25). Verifique os estatutos estaduais atuais para determinar se o estado em que você atua possui esse padrão. 4. En1bora não haja limitação federal, alguns estados têrn a de quantidade (p. ex., abastecin1ento de 34 dias ou 120 doses (22]), mas alguns estados permitem exceções (p. ex., abastecimento de 90 dias) para n1edican1entos anticonvulsivantes que estão na Lista IV. E. Lista V 1. Medican1entos da Lista V tem o menor potencial de abuso entre as substâncias controladas. 2. Existen1 alguns medican1entos nessa Lista deternlinada pela FDA que poden1 ser vendidos sem prescrição nlédica. Requis.itos para a venda desses produtos são apresentados na próxima seção. 3. Para medicarnentos dispensados en1 un1a prescrição rnédica, a maioria dos requ isitos são os mesmos das Listas III e IV. Uma exceção é o tratamento que necessita de reuti lização. O CSA não aplica nenhuma. restrição a reutilizações dos n1edicamentos listados na Lista V (24), portanto, estes são tratados como prescrições não listadas (i.e., urn detenn inado número de reutilizações deve ser indicado, mas não há limite de tempo ou número). 2.

REQUISITOS PARA A VENDA DE SUBSTÂNCIAS CONTROLADAS SEM RECEITA A. Para nledican1entos da Lista V detenninada pela FOA que poden1 ser vendidos sem prescrição, as seguintes restrições CSA se aplicarn (26): 1. Só podem ser dispensados por un1 farmacêutico (embora a transação em dinheiro ou a crédito poderá ser feita por alguém que não seja farmacêutico). 2. O con1prador deve ter pelo menos 18 anos, fornece r identificação e, quando necessário, cornprovar a idade. 3. Limitações de quantidade e frequência de con1pra: a. Produto de ópio: 240 m L ou 48 unidades de dosagem pelo período de 48 horas. (A maioria desses produtos são antidiarreicos.) b. Qualquer outra substância controlada: 120 mL ou 24 unidades pelo período de 48 horas. (A maioria desses produtos são antitussígenos que contêm codeína.) 4. Exigências de 111anutenção dos registros incluen1 a dada da compra, nome e quantidade do produto, non1e e endereço do comprador, bem como nome ou iniciais do farmacêutico. Alguns estados ta1nbén1 exigern a assinatura do comprador e do farrnacêutico. B. Para produtos químicos listados (para urna descrição deles, consulte a Seção li , Definições), as seguintes restrições se aplicam (4): 1. A venda desses produtos não se limita as farn1ácias ou farn1acêuticos (i.e., podem ser vendidos em mercearias ou em lojas de mercadorias em geral, por revendedores via televendas [mobile retail ve11dors] ou por telefon e ou correio). Os vendedores são regulamentados; devern receber forn1açào adequada para a venda desses produtos e deve ser certificado junto ao Procurador Geral se os mesmos concluírarn a forn1ação devida. 2. No varejo, os produtos devem ser colocados ern uma área que não seja acessível aos clientes de forma direta. 3. A venda deve ser para uso da pessoa, e o comprador deve fornecer u111 docun1ento de identificação con1 foto. 4. O vendedor deverá manter urn registro eletrônico ou un1 diário de todas as vendas desses produtos. a. O cornprador deve assinar o diário e registrar a data e a hora da con1pra, bem corno seu nome e endereço. O vendedor deve verificar os dados e garantir que ele corresponda às infonnações do car tão de identificação apresentado pelo co1nprador. b. O vendedor deve anotar o nome e quantidade do produto adquirido.

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e. O diário deve conter um aviso aos compradores sobre as sanções aplicáveis às falsas declarações no diário de registros. d. O diário deve ser mant ido por pelo nlenos dois anos após a últin1a entrada. 5. Lin1itações de quantidade e frequência de compra: a. Para os djstribuidores de varejo, o limite diário de vendas por comprador é de 3,6 g de efedrina, pseudoefedrina ou fenilpropanolamina ern tennos de forma de base quúnica. N ota: con10 essas substâncias não são vendidas con10 bases quimicas, mas na forma de sais, e que a quantidade de fãrmaco rotulada por unidade encontra-se na fonna de sal, o limite diário en1 tern1os de unidades (p. ex., co1npri midos ou cápsulas) é diferente para cada farn1aco e cada sal. Por exen1plo, o limite diário de cloridrato de pseudoefedrina en1 con1prünidos de 30 rng é de 146 comprimidos (correspondente a 4.380 n1g do cloridrato de pseudoefedrina e 3.600 mg da base pseudoefedrina), mas o limite diário de sulfato de pseudoefedrina é de 155 cotnpritnidos (correspondente a 4.650 mg de sulfato de pseudoefedrina, n1as os 1nesmos 3.600 mg da base de pseudoefedrina). O site do DEA contém tabelas que n1ostran1 as quantidades diárias permitidas em tern1os de núm eros de comprimidos de vários fãrn1acos e suas concentrações. Fenilpropanolamina: A FDA considerou que este medicamento é impróprio para uso humano e emitiu a retirada do mercado de medicamentos de uso hu mano que contenham essa substância. Hoje en1 dia, encontra-se disponível, ainda sob prescrição, apenas para uso . , . vetennano. b. Para encomendas pelo correio, o li mite é de 7,5 g de vendas por cliente por um período de 30 dias. e. Todas as formas farmacêuticas não líquidas (p. ex., comprimidos, cápsulas, cápsulas de gel, etc.) devem estar e1n embalagens tipo biis ter de duas unidades (4).

VII.

MANUTENÇÃO DOS REGISTROS DE SUBSTÂNCIAS CONTROLADAS A. Ernbora diferentes restrições se apliquern a n1edicamentos corn base na sua classificação por listas, farmacêuticos registrados devem fazer os registros tanto da receita quanto da entrega de todas as substâncias controladas. Eles devem ser n1antidos por u1n período mínimo de dois anos (25). As especificidades dos requisitos de inventário pode111 ser encontradas en1 21 C FR § 1304.11. B. As substâncias controladas deven1 ser inventariadas a cada dois anos (27). Embora um inventário permanente não seja exigido pela DEA, existem alguns casos em que um registro desses seria tão prático como um procedimento de controle de qualidade. Um exemplo seria as substâncias controladas a granel, utilizadas para manipulação. Uma vez que a quantidade inicial da substância no recipiente é con hecida, se a cada retirada um registro preciso dessa quantidade é mantida, a quantidade restante no recip iente pode ser faciln1ente determinada. C. Pelo faro de terem o maior potencial para abuso entre as substâncias de uso médico, substâncias da Lista li são diferenciadas. Registros e inventários desses medicamentos devem ser mantidos em separado (25). Eles deven1 ser ordenados em formulários especiais para narcóticos, DEA Fonn 222 (28). 1. Estes são formulários em. criplicata que são solici tados ao DEA pela farmácia. Eles possuem número de séri e in1presso con1 o non1e e endereço da fannácia e o seu nún1ero de inscrição. En1 novembro de 2007, a DEA propôs uma mudança de regra para 21 CFR Part 1305 que implanta um formulário novo, único e mais fácil, que teria características de segurança melhores (29). A proposta foi publicada en1 27 de noven1bro de 2007, Federal l~egister; consulte as normas vigentes da DEA para o formulário oficial. 2. Eles deven1 ser preenchidos com caneta ou datilografados/digitados, com un1 item de produto por linha, e o número cocal de linhas utilizadas deve ser listado na parte inferior do formulário. O norne e o endereço do fornecedor a quem a prescrição é dirigida tambén1 deve1n ser escritos ou digitados no formulário. 3. O formulário deve ser datado e assinado pelo farmacêutico autorizado pela DEA a assinar tais docun1entos para a farmácia registrada (28). D. Para 1nedicamentos de outras listas, as faturas devem ser mantidas para documentar a sua recepção na farmácia. Como indicado, elas devem ser n1antidas por um período 1níni1no de dois anos (25). E. As farn1ácias ca111bén1 devem seguir as exigências de manutenção dos registros para dispensação de medicamentos e substâncias controladas. 1. O CSA requer o seguinte sobre registros de dispensação (8): a. Nome e endereço do paciente. b. Data da dispensação.

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e. Nome, dosagem e quantidade do produto dispensado. d. Nome ou iniciais do dispensador. 2. Os farmacêuticos pode1n optar por arquivar as prescrições de substâncias controladas em u1n sistema de 2 ou 3 arquivos, como descrito aqui. Esses sistemas são projetados de 1nodo que prescrições de substâncias listadas possam ser facilmente identificadas e recuperadas. Por causa do maior potencial de abuso de drogas da Lista II, essas prescrições devem ser mantidas en1 separado ou, se arquivadas co1n outras prescrições, elas devem ser identificadas com faci lidade (25). a. Sisten1a de três arqu ivos: (1) Prescrições de substâncias da Lista II ficam em un1 arquivo. (2) Prescrições de substâncias das Listas III a V fican1 en1 u1n segundo arquivo. (3) Todas as prescrições de substâncias não controladas ficam em um terceiro arquivo. b. Sistema de dois arquivos, Opção A: (1) As prescrições de substâncias da Lista li ficarn em um arquivo separado. (2) Presc rições de substâncias das Listas III a V fica m arqu ivadas con1 prescrições de substâncias não controladas. As prescrições de substâncias das Tabelas III a V devern ser distinguidas da.~ prescrições de substâncias não tabeladas por terem um "C" vermelho de uma polegada*, no canto inferior direito do documento. Essa marcação permite aos agentes da lei, quando estão inspecionando os registros da farmácia, distinguir facilmente as prescrições para as substâncias controladas. Como mencionado, os regula mentos DEA permitem abdicar do "C vern1elho" para as farmácias que o sistema de registro de informações eletrônicas permite a identificação pelo número de prescrição/ receita e disponibiliza a recuperação dos documentos originais pelo nome do n1édico prescritor, non1e do paciente, 1nedican1ento dispensado e data de preenchiinento (25). Veri fique os estatutos estaduais atuais do seu estado que determinam os requisitos para o seu local de , . pratica. e. Sisten1a de dois arquivos, Opção B: (1) Prescrição das Listas II a V são arquivadas em conjunto, 1nas separadas dos pedidos de prescrição para os produtos não controlados. Em prescrições de produtos das Listas II 1 a V deve constar um "C" vermelho de uma polegada, no canto inferior direito do documento de receita. Isso é para perrnitir a fa.cil distinção entre as prescrições das Listas Til a V e as prescrições de substâncias da Lista li. Como afirmado, a mesma dispensa do "C" vennelho é permitida para as farmácias que utilizan1 registro de inforn1ações eletrônico. (2) Prescrições para os produtos não controlados estão en1 um arquivo separado.

VIII.

ROTULAGEM DE PRESCRIÇÕES PARA SUBSTÂNCIAS CONTROLADAS A. O s requisitos federais para a rotu lagen1 de substâncias controladas são fornecidos em 21 CFR § 1.306, Lista II, as exigências, na Subseção 14 e Listas III - V, na Subseção 24 (30, 31). Esses requisitos são resu1nidos aqui. As leis estaduais pode111 requerer exigências adicionais. 1. Data da dispensação (data da dispensação inicial para as Listas II I, IV e V). 2. Nome e endereço da farmácia. 3. Identificação da prescrição ou número de série. 4. Nome do paciente. 5. Nome do médico prescritor. 6. Instruções de uso e advertências, se houver. 7. U m rótulo de transferência federal é necessário para prescrição de substâncias das Listas II a IV, mas não para a Lista V. Tal etiqueta determina: Atenção: A lei federal proíbe a transferência deste fannaco para qualquer pessoa que não seja o paciente para quem foi prescrito (32). 8. Observe que, embora os requisitos federais de rotulagem de substâncias controladas não exijam o no1ne e a concentração do n1edicamento dispensado, estas são exigências para os rótulos de prescrição geral, na 1naioria dos estados. Consulte o Capítu lo 2, Rotulagen1 de med icamentos, para obter niaiores inforn1ações sobre a rotulagen1 de receitas.

• N. de T. Um• polegada equivale a 2,54 cm.

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OUTROS REQUISITOS Como dissemos no início deste capítulo, os dados supracitadas fornecem un1a visão geral dos requisitos para a con1ercializaçâo de su bstâncias controladas na farmácia. As especificidades de registro, arn1azenamento e segurança, registros de estoque, formulários de pedido, transferência de receitas, programas de desintoxicação, registros institucionais exigidos e tabelas completas para med icamentos estão além do escopo deste livro. Para mais informações, consulte as revisões atuais nas seções apro priadas do Code ofFederal Regulations, o USC, leis estaduais de prática ern farmácia e/ou livros de referência sobre o direito da farmácia.

Referências 1. DEA Cenealogy. http://www.usdoj.gov/dea/agency/genealogy. htm. Acessado em dezembro de 2007. 2. A tradition of excellence, the history of the DEA from 1973 to 2003. http://www.usdoj.gov/dea/history.htm. Acessado em dezembro de 2007. 3. FinkJL 111,Vivianje, Bernstein IBG. Pharmacy bw digest, 39•• ed. St. Louis: Facts and eomparisons, lnc, 2005; 127. 4. General lnformation Regarding the eombat Mc1hamphcumjnc Epidemie Act of 2005 [Titlc VII of Public Law 109- 177). hup:// \\'\Vw.dcadi vcrsio11 .usdoj .gov/ ri1ct 11 / i ndcx. l1tn1 1. Acc.ssado e111 dezembro de 2007. s. 21 use §so2. 6. 21 eFR §1300.1 7. 21 eFR §1301.13. 8. 21 CFR §·1304.22. 9. 21 CFR §1308.21. 10. 21 CFR §1302.03. 11. 21 use §s12(b}. 12. Pharmacist's manual, scbcdulc of controlled substanccs. bnp:// www.dcadivcrsion.usdoj.gov/pubs/nianuals/ pbarnt2/indcx.btm. Acessado cm dezembro de 2007. 13. 21 CFR §1308.11.

14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32.

21 eFR §13os.12. 21 eFR §1308.13. 21 eFR §1308.14. 21 CFR §1308.15. 21 eFR §1306.05. 21 eFR §1306.l l. 21 eFR §1306.12. 21 eFR §1306.13. Fink JL 111,Vivfan je, Bernstein IGB. Pharmacy bw digest, 39'" ed. St. Louis: Facts and eomparisons, lnc, 2005; 150. 21 eFR §1306.21. 21 eFR §1306.22. 21 eFR §1304.04. 21 eFR §1306.26. 21 eFR §1304.11. 21 eFR §1305.11-1305.12. Fedtral Regístmentos, bem como seus anexos. A regulamentação sobre prazos de validade é de responsabilidade da Vigi lância Sani~ria Federal.

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c. Para todas as matérias-primas, solicite um certificado de análise do fornecedor. Tais certificados dão informações úteis, como prazos de validade, datas de novos testes ou datas de liberação do controle de qualidade. Se a data de novos testes é fornecida, você pode contatar o fornecedor a partir desse dia a fim de determinar se o prazo de validade pode ser prorrogado em função da recente análise realizada sobre esse lote. Para datas de liberação do controle de qualidade, o fornecedor deverá ter políticas de estipulação de prazos de validade (p. ex., um ano após a liberação) que assegurem as especificações declaradas no certificado de análise. B. Medicementos acondicionados, rotulados e dispensados por meio de prescrições* 1. j á que a dispensação dos 1nedicamentos prescritos aos pacientes é regulamentada por uma lei estadual, os requisitos de prazo de validade da rnaioria dos frascos usados na dispensação são regulamentados por estatutos estaduais. A NABP Model Rules for the Practice of Pharmacy recomenda que u111 prazo de validade seja incluído no rótulo (4). Como resultado, n1uitos estados adotaram esse padrão. Verifique os regula1nentos do estado em que você está praticando para obter informações sobre os requisitos para a rotulagem de recipientes com prazo de validade. 2. Como citado na seção de definições, o General Notices da USP declara que o dispensador (inclusive os farn1acêuticos e médicos) deve rotular um recipiente prescrito com um prazo de validade (1). 3. U ma área em que a lei federal tem jurisdição para regulamen tar a rotu lagem de prescrições é para medicamentos dispensados para pacientes em casas de repouso; o Code of Federal l~cgu lations especifica que as exigências da FDA e da USP sejam seguidas para prescrições d ispensadas aos pacientes de casas de repouso e nas instalações de enfermagen1 especializadas. Portanto, as prescrições para esses pacientes devem ser rotuladas com prazos de validade. 4. Mesn10 quando não é exigido por lei, a maioria dos farmacêuticos tem consciência de que os rótulos de todos os recipientes de medican1entos prescritos devem incluir prazos de validade, pois eles sabern que é sua responsabilidade profissional informar aos usuários , un1a data após a qual um medicamento pode não ter mais a potência declarada no rótulo. E bem sabido que muitos pacientes mantêm alguma porção não usada de seus medicamentos prescritos no caso de precisarern deles no futuro, o que levaria ao uso sem conhecimento de que o prazo devalidade está vencido, caso o recipiente não fosse rotulado com tal prazo. 5. Muitos prograrnas de dispensação colocam um prazo de validade de u m ano en1 todos os rótulos de prescrições de forma automática. O farmacêutico ou o técnico de farrnácia deve verificar se a data está dentro do prazo de validade indicado do recipiente original do produto dispensado. Tal con10 referido na seção de definições, quando uni prazo de valjdade é dado apenas com mês e ano, isso sign ifica que o prazo de validade previsto é o último dia do determinado mês (1).

Ili.

DIFICULDADES PARA DETERMINAR O PRAZO DE VALIDADE A. Atribuir prazos de validade é uma questão complexa, pelo fato de que estamos lidando con1 molécu las do fãrmaco, com muitos grupos funcionais reativos, vários ingredientes farmacêuticos adicionados, recipientes de dispensação e de fechamento e diferentes condições de armazenamento e uso. Embora a segurança do paciente e da terapia sejan1 de primordial in1portância, estes devem ser equi librados diante de preocupações econômicas e ecológicas; não queremos descartar sem necessidade medica111entos q ue ainda possuem potência declarada. B. Um grande obstáculo para a atribuição e a rotulagem de medica1nentos dispensados com prazo de validade tem sido a falta de informação adequada ao farmacêutico sobre a estabilidade. A questão é: como o farn1acêutico deveria detenninar un1 prazo de validade sern o benefício de estudos sobre estabilidade é conduzido com o medicamento no recipiente de dispensação armazenado cm um ambiente doméstico não controlado? C. Esse problema foi reconhec ido pela Resolução nn 11, ern 1990, na United States Pharmacopeial Convention. A Un ited States Pharinacopeial Convention é incentivada a explorar juntan1ente com a FDA o desenvolvimento de mecanisn1os pelos quais os dados e informações confiáveis possam ser gerados pa ra estabelecer cientifican1ente os prazos de validade de produtos fracionados (5). • N. de T. Dispensação de producos de ver1da sob prescrição. Nos Est:ldos Un idos, os medicamentos: de venda sob prescriçãos.ão dispensados Cln embalagens especi2is preenchid2s na própria farm:icia, que conrêm apenas o número de unidade! da forma far1nacêutic3 prescrica. e não em ernbalagens industriais fixa.'! e pré-pro11ui. Os medicamentos são separados de frascos 1núlriplos e acondicionados em frascos especiais para esse fim, recebendo um róculo elaborado individualmen[e para cada presc-rição/ paciente. Esse produto não é acomp:iohado da bula do fabricante. A prescrição fica retida e arquivada na farmácia. 1\.ccipicntcs para dispcnsaç-ão são aqueles que contêm apenas o número de unidades da forma fannacêurica prescrita.

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D. A USP ten1 tomado a iniciativa de abordar tal preocupação. Estudos têm sido realizados por ela e por fabricantes de produtos farmacêuticos; conferências das partes interessadas têm sido realizadas, e o Pharn1acopeial Forum da USP ten1 sido usado como un1 meio para a troca de ideias e de informações solicitadas por farmacêuticos , órgãos reguladores, organizações profissionais de farmácia e a indústria farmacêutica. Enquanto o processo está em curso, o consenso atual pode ser visto nos General Notices e General Cbapters da USP, conforme resumido aqui. 1. Os f.ibricantes têm a responsabilidade de levar ao farmacêutico a inforrnação necessária a ser utilizada na atribuição dos prazos de validade e, como indicado anteriormente, o dispensador tem de usar qualquer informação fornecida pelo fabricante na atribuição de um prazo de validade (1). 2. A USP afirma que, para qualquer artigo que necessite de um prazo de validade (o que inclui quase tudo que é dispensado en1 unia prescrição médica), deve ser dispensado apenas en1 um recipiente rotulado com o prazo de validade, e o produto dispensado deve estar dentro desse prazo (1). Isso tem implicações para as farmácias de instituições ou de cuidados a longo prazo, pois os medicamentos não utilizados que são devolvidos à farmácia não devem ser misturados aos produtos que têm um prazo de validade diferente (especial1nente niais longa). 3. Os farmacêuticos são lembrados de usar ética profissional ao utilizar a inforn1ação disponível para determinar prazos de validade. a. Para produtos que exigern a reconstituição antes do uso, as recomendações do fabricante no rótulo do produto devem ser seguidas. b. Para todos os outros produtos, os farn1acêuticos são instruídos a levar en1 consideração os seguintes fatores: (1) A natureza do farmaco. (2) As características do recipiente utilizado pelo fabricante e o prazo de validade no rótulo do produto. (3) As propriedades do recipiente de dispensação. (4) As condições de armazenamento previstas para o produto durante o ten1po de uso, incluindo quaisquer condições incon1uns às quais possa ser exposto. (5) A previsão do ten1po durante o qual o produto será usado (1 ). 4. Para medicamentos industrializados, aos farmacêuticos são dadas orientações a serem usadas na atribuição dos prazos de va.lidade, as quais são baseadas no tipo de embalagern de dispensação usada: embalagens de doses múltiplas, embalagens de doses unitárias e en1balagens personal izadas de niedicamentos*. Estas são descritas na próxima seção. 5. Aos farmacêuticos também são dadas orientações para a detcrn1inação de prazos de validade das preparações manipuladas. Estas são descritas na Seção V.

PRAZO DE VALIDADE DE MEDICAMENTOS INDUSTRIALIZADOS DISPENSADOS PELO FARMACÊUTICO A. Embalagens de doses múltiplas 1. Para medicamentos prescritos dispensados em embalagens de doses múltiplas, a USP permite a utilização do prazo de validade do fabricante ou un1 ano a partir da data en1 que o medica1nento é dispensado, sendo escolhido o que ocorrer primeiro (1). a. Letnbre-se que essa é a duração máxima per n1itida e que os fatores citados deven1 ser considerados, incluindo o farmaco, o recipiente e as condições de armazenamento. b. O farmacêutico deve esta r consciente das condições de armazenamento recomendadas para u1n medicamento. Muitos produtos necessitan1 de armazenamento en1 temperatura ambiente controlada. Portanto, é prudente ser cuidadoso com os prazos de validade quando um produto é dispensado em clima quente, principalmente quando não se pode garantir o seu armazenamento sob condições controladas. (Tenha em mente que, quando uma n1onografia da USP ou o rótulo do medican1ento especifica condições de ten1peratura e un1idade de armazena1nento e distribuição, isso inclui o transporte e envio de produtos dispensados aos pacientes [1].) Além disso, muitos comprimidos e cápsulas são sensíveis à umidade, e distribuí-los em um frasco de prescrição, en1bora isso seja classificado como um recipiente vedado, pode diminuir sua vida útil, sen1 conta r as vezes que o paciente abrirá e fechará o recipiente dispensado, expondo assim o niedica111ento à atn1osfera. Todos esses fatores devem ser considerados na atribuição de prazos de validade. e. Embora seja satisfatório usar o tempo máximo pennitido, quando o medicamento é dispensado en1 sua en1balagem con1ercial original o paciente armazenará o produto confonne • N. de T. Oo jnglês, customiztd patit11t med1'utio1t packa9e.s.

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as instruções, uma exceção seria urn farmaco volátil como nitroglicerina. Mesmo que este rnedicamento seja dispensado no seu recipiente de vidro original, ele vai perder a potência con1 o tempo, à medida que o paciente abre e fecha o frasco para retirar as doses. d. SoftwareJ para dispensação que automaticamente elaboram rótulos para medicamentos prescritos com prazos de validade de um ano a contar da data de dispensação devem ser usados com cuidado; o prazo de validade do fabricante deve setnpre ser consultado, e u1n curto prazo deve ser iinpresso no rótu lo da prescrição, quando tal se justifique, quer seja pela validade do produto ou por um dos fatores identificados anteriormente. 2. A USP especifica que as instalações en1 que os medicamentos são embalados e armazenados precisan1 ter uma temperatura que não exceda a ternperatura cinética média de 25ºC. Registros de temperatura devem ser mantidos pela farrnácia (1). Uma explicação e um exemplo de cálculo de temperatura cinética média são encontrados no Capítulo 7 deste livro, e uma discussão das temperaturas de armazenamento da USP é encontrada no Capítulo 13. 3. Para proteger de modo adequado o produto da umidade ou infiltração de umidade, as en1balagens de plástico devem fornecer proteção melhor da que é dada pelo cloreto de polivinila (1). Para recipientes de doses n1últiplas, essas especificações poden1 ser atendidas usando recipientes herméticos. 8. Recipientes de dose única e unitária para formas farmacêuticas não estéreis 1. Para formas farmacêuticas sólidas e líquidas não esteréis dispensadas em recipientes de dose

única ou unitária, a USP pennite o uso de prazo de validade do fabricante ou um ano a partir da data en1 que o nledican1ento é acondicionado, sendo escol hido o que ocorrer primeiro (1). a. Prazos de validade estendidos são pernlitidos se o rótulo do produto pe rn1itir ou se estudos de estabilidade independentes tenha111 sido realizados e justifiquem um prazo nlaior (1). b. Repare que essa recon1endação usa a data de acondicionamento, enquanto para embalagens de dose múltipla utiliza-se a data de dispensação. Tais recornendações supõem que medicamentos são acondicionados em embalagens de dose múltipla e dispensados naquele momento, enquanto para embalagens de dose unitária o acondicionamento é frequentemente realizado antes do ato da dispensação. 2. Todas as outras considerações expressas para ernbalagens de doses múltiplas também se aplica1n às de doses únicas ou unitárias. De especial interesse para esse tipo de en1balagen1 é a exigência de que os materiais de embalagem plásticas deem proteção melhor contra infiltração de umidade que os de cloreto de polivinila; o dispensador deve confirmar que os materiais util izados para este tipo de embaJagem atendem a essa especificação. 3. Existem alguns critiírios adicionais

a. Além do critério de temperatura, há um critério de umidade relativa máxin1a para as formas farmacêuticas sólidas e líquidas não estéreis reacondicionadas em recipientes de dose unitária. Tais produtos devem ser reacondicionados e armazenados sob condições especificadas na monografia do produto ou, se a monografia não especifica as condições, estas devem ser controladas e1n temperatura ambiente con1 umidade relativa do ar não superior a 60% (6). b. O Capítulo (681} da USP tan1bém proíbe o reprocessamento de embalagens de doses unitárias. Em outras palavras, o dispensador não pode remover unidades de dosagem de uma embalagen1 de dose unitária (como un1 blister) e colocá-la em outra embalagetn de dose unitária. No entanto, uma embalagem de dose unitária pode ser transferida entre as embalagens sec undárias (tal como um carrinho gaveteiro para o transporte de doses unitárias de cápsulas e comprimidos), desde que o prazo de validade seja mantido (6). C. Embalagens personalizadas de medicamentos (6) 1. E1nbalagen1 personalizada de medicamentos, ou patient med pak, é urna forina de acondiciona-

mento preparada pelo farmacêutico ou o técnico de farn1ácia para um paciente específico. Essa 1nodalidade é composta por un1a série de e111balagens ou recipientes que contêm duas ou nlais formas farmacêuticas sólidas orais. O propósito desse tipo de acondiconamento é auxiliar na adesão do paciente, visto que cada pacote ou recipiente é rotulado com o dia e a hora em que o seu conteúdo deve ser administrado. 2. A USP ten1 recomendações específicas de rotulagern dessas ernbalagens. Estas podern ser encontradas na USP, Capítulo (681}, Repacking into Single-Unit containers and Unit-Dose Containers for Nonsterile Solid and Liquid Dosage Forms. 3. No que diz respeito à atribuição do prazo de validade para en1balagens personalizadas, o Capítulo (681} orienta que a data não seja maior que o prazo de validade mais cu rto de qualquer uma das formas farmacêuticas ou que não seja maior que 60 dias a contar da data de sua elabo-

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ração e que não ultrapasse o prazo de validade mais curto impresso no recipiente original d o fabricante para qualquer uma das formas farmacêuticas contidas na e1nbalage1n. 4. O Capítu lo (681) também conté m exigências para os materiais de embalage m do patie11t 111ed paks: a n1cnos q ue haja condições de embalagem mais rigorosas para as unidades contidas no patie111 med pak, os materiais para estes devem atender as especificações para as embalagens de dose única ou unitárias de Classe B única conforme descrito no Capítulo (661) da USP, Containers - Plastics, e (671), Contain ers - Performance Testing. Farmacêuticos que reacondicionam doses únicas ou unitá rias ou patient med paks deven1 consultar os capítulos aplicáveis da USP para ob ter informações co1npletas sobre os n1ateriais de en1balagem e exigências de armazenamento e en1balagem.

PRAZOS DE VALIDADE PARA PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS MANIPULADAS A. O General Notices da USP determina que as preparações farmacêuticas 1nanipuladas devem ser rotuladas com um prazo de validade. As orientações para atribuir esses prazos a preparações farrnacêuticas não estéreis manipuladas são forn ecidas na USP General Notices e no Capítulo (795), Pharmaceutical Compounding-Nonsterile Preparations. Estes afirmam o seguinte: O prazo de validade é a data após a qual u1na preparação u1a11ipulada não deverá ser utilizada e

é determ inado a partir da data na qual a preparação é man ipulada. Pelo fato de que preparações manipuladas são destinadas à administração i1n ediata ou seguida de um curto período de arm azenamento, seu prazo de validade pode ser atribuído com base cm critérios diferentes dos aplicados ao se atribui r prJws de validade para rnedic:unentos industrializados (7).

B. Ao aplicar tajs normas, é importante ter em mente as regras gerais para a atribu ição dos prazos de validade, as quais indicarn que se deve levar e rn conta a natureza do farn1aco ou fárrnacos e nvolvidos, as características do rec ipiente de preparação e as condições de armazenan1ento esperadas. C. Antes de manipular qualquer produto farmacêutico, d eve-se consultar a literatura disponível para obter inforn1ações sobre a estabilidade. 1. Numerosas referências disponíveis dão in formações ú teis sobre a estabi lidade do produto far1nacêutico. U ma lista parcial dessas referên cias é apresentada no Capítulo 37. Se as informações necessárias não estão disponíveis ou se não há acesso a uma referência em particular, deve-se consultar urn membro da Faculdade d e Farn1ácia ou un1 colega, contatar a biblioteca da Faculdade de Farn1ácia ou o Serviço de l nforn1açâo sobre Medica1nentos de um Hospital Universitário. Algumas empresas qu e se especializar am em vender suprimentos para manipulação tanibém 1nantên1 departan1entos d e serviços ao consumidor que podem ser úteis na resolução dessas questões. Un1a referência muito útil que fornece informação específica sobre co1npatibilidade e estabil idade sobre um grande número de farmacos é a T rissel's Com patibility of Compounded Forrnulations, publicada pela Associação Norte-mericana de Farrnacêuticos. 2. Se a informação específica para a situação não pode ser encontrada, a avaliação da estabilidade pode ser baseada e1n vários fatores, incluindo a fórmula estrutural do fannaco e a disponibilidade de formas farmacêuticas similares industrializadas, ben1 como em informações publicadas sobre a estabilidade de farmacos con1 estrutura q uín1 ica sin1ilar. Ao encontrar var iadas inforn1ações na literatura, deve-se ter em rnente as diferenças significativas entre as condições do estudo e as do produto nlanipulado, con10 recipientes, condições de arn1azenagem, veículos e exci pientes. Detalhes sobre questões de compatibilidade e estabilidade são discutidos no Capítulo 37. D. Ao atribu ir um prazo d e va lidade para uma preparação manipulada, deve-se considerar os prazos de validade de todos os componentes usados na preparação. Além disso, como se está nianipulando substâncias e, norn1aln1ente, nlisturando-as a outros farmacos e excipientes, a nova preparação deve te r un1 prazo de validade mais curto d o que o atribuído a qualque r un1a das substâncias orig inais separadas*. Em quanto deve ser reduzido o prazo de validade? Há seis fatores importantes a considerar: 1. A natureza de cada ingrediente. Por exen1plo, sabe-se que algumas substâncias, tais como o cloreto de potássio e a calamina, são muito estáveis do ponto d e vi sta químico, já a penicilina e o ácido acetilsalicíl ico estão sujei tos à decomposição qu ín1 ica. • N. de T. Esses "r«ipientcs para dispensaçlo" também recebem um prazo de validade especifico. que não é necessariamente o do produto de partida. Esse tipo de prazo de validade recebe o nome, em inglês. de btyo11d-ust dott, em oposição à txpiro1io11 date, que indica o prazo de validade do produto industrializado original. estipulado pelo fabricante, e do qual foram retiradas as unidades da forma farmacêutica a sere1n dispensadas ao paciente. No Br:asil, não é coscun1c u.sar termos diferences para ândicar prazos de validade: dessa fornta, nesta crad.uçâo o ptamos por usar apenas o termo "prazo de validade", tanco para designar os determinados pelos fabricantes indusrríais quanco os uti lizados para qualquer produto fracionado ou n1anipulado.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

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2. A combinação de ingredientes. Por exemplo, uma suspensão de isoniazida formulada cotn solução de sorbitol a 50% é estável por cerca de três sernanas, enquanto uma suspensão de isoniazida preparada com xaropes à base de açúcar não é tão estável (8). 3. A forma farmacêutica final. A maioria dos medicamentos formulados con10 pós secos, tais como pós não divididos, papéis em doses individuais (papéis, envelopes) ou cápsulas, é muito 111ais estável do que quando os 111esmos fárn1acos são dispensados em forn1as farn1acêuticas que contê m água (p. ex., soluções aquosas, suspensões e emulsões). Tenha em rnente, contudo, que en1bora a cápsula pareça "seca", o material dos invólucros das cápsulas de gelatina contén1 10% a 15% de água (9), portanto, um farmaco vulnerável ern contato corno invólucro pode estar sujeito a algun1a instabilidade. 4. Procedimentos de manipulação. A variação nos procedin1entos de 1nanipulação e nos equ ipamentos usados pode afetar a estabilidade do produto final. Por exemplo, as propriedades fisicas de uniformidade do produto e a velocidade de sedimentação de suspensões podem ser alteradas quando a preparação é processada por meio de um homogenizador manual. O uso de calor durante a n1anipulaçâo pode ter un1 efeito sign ificativo sobre as propriedades químicas e fisicas dos ingredientes e do produto final. 5. A embalagem usada para a preparação. Muitos medicamentos são sensíveis à umidade e são 111ais estáveis quando acondicionados cm um recipiente hermético do que cm um recipiente bern fechado. Outras preparações precisam de pro teção contra a luz. 6. Possíveis condições de armazenagern. A rnaioria dos la rmacos corn estabilidade linlitada degrada mais rapidamente à medida que a temperatura aumenta. M uitas preparações são sensíveis à alta umidade. Embora o farmacêutico procure controlar as condições de armazenamento por meio de orientação ao paciente e rotulagem adequada, esta é un1a variável, uma vez que a preparação deixa a fa rmácia. E. Como indicado, o Capítulo (795} da USP estabeleceu algumas diretrizes básicas que são úteis para estabelecer os prazos de validade de preparações man ipuladas não estéreis. 1. Para evitar qualquer má interpretação dessa info rm ação, as orie ntações são citadas d iretamente . aqui. Na ausência de informações sobre a estabilidade que é aplicável a um f:ínnaco e preparação específica, os seguintes prazos de validade máximos são recomendados para 1nedicamentos manipu lados não estéreis, os quais são acondicionados e1n recipientes fechados, resistentes à luz e armazenados em temperatura ambiente controlada, a menos que possua indicação contrária (ver Prcservation, Packaging, Storage and Label ing in the General Notices). Pa ra formulações sólidas e líquidas não aquosas Q11a11do afor111afarmacb1tiet1 ind1is1rializada é afo11te da s11bs1811cia ativa - O prazo de validade não é mais que 25% do cempo restante até a data de validade do produto ou de seis meses, o que ocorrer primeiro. Quando uma substfirrâa USP ou NF ~a fonte da subst 31/NF 26. Rockvillc. MO: Author, 2007; 10- 12. The Unitcd Statcs Phannacopcial Convcmion, lnc. General Notices. 2008 USP 31 / NF 26. Rockvillc. MD:Author. 2007; 3. 21CFR §211.137 (a). (b), e (h). Model State Pharmacy Act aod Model Rules ofthe National Assoc iarion ofBoards of Pharmacy. National Associarion ofBoards of Phannacy: Mount Prospect, IL, 2006; 74. The United States Pharmacopeial Convention, lnc. Pharmacopeial Forum. Rockville, MO: Author, 1998; 24: 43- 56. The United Statcs Pharmacopeial Convemion, lnc. Chapter (681}. 2008 USP 31/NF 26. RockviUc, MD: Author, 2007; 258- 259.

7. The Unitcd Statcs Pharmacopcial Convention, f nc. Chaptcr (795}. 2008 USP 31/NF 26. Rockvillc, MO: Author, 2007; 317. 8. ASHP Handbook on extcmporancous formulations. Bcthcsda, MD: Amcrican Society ofHospital Phamucist$, 1987; 27. 9. The United Scates Pharmacopeial Convencion, lnc. Chapter (1151}. 2008 USP 31/NF 26. Rockv ille, MO: Author. 2007; 617. 10. Trissei LA.Trissel's nability of compounded fonnulations, 2nd ed. Washington, DC: American Pharmaceucical Association , 2000; 121- 124. 11. Drug pasc their expiration date. The Medical Leccer. New RochcUc, N Y: Thc Medical Lctter, lnc., 2002; 44: 93- 94.

Revisão da Utilização de Medicamentos/Avaliação de Uso de Medicamentos Karen Kopacek , R.Ph . DESCRIÇÃO DO CAPÍTULO

Definições Hist6rico Padrões da prática profissional Registro do perfil de medicamentos Elementos da revisão da utilização de medicamentos prospectiva O que fazer quando um problema é identificado

DEANIÇÕES A. " Revi são da utilização de medicamentos" (DUR)* é um processo utilizado para avaliar a adequação da terapia m edica mentosa por meio da participação na avaliação dos dados sobre uso de 111cdican1entos em um determinado ambiente de cuidados de saúde con1 base e111 critérios e padrões predetenninados (1). t. Essa definição foi publicada como parte de um relatório chamado Principlts of a So1111d Drng Formulary System. Ele foi elaborado e apoiado por un1a coal iziio de organizações nacionais, incluindo a Academy ofManaged Care Pharmacy (AMC P), a Arnerican Medical Association, a Arnerican Society ofHealth-Syste111 Pharn1acists (ASH P** e USP, com u111 interesse pri111ord ial e111 pro111over uma terapia medican1entosa racional, clinicamente apropriada, segura e de 111el hor custo-beneficio (1). 2. Existem três tipos distintos de DUR: prospectiva, concorrente e rcLrospectiva. a. A DUR prospectiva é a revisão que um farmacêutico conduz antes de dispensar um novo medicamento ou uma reutilização. A prescrição, ou orden1 de medicação, é con1parada corn critérios preestabelecidos para prevenir ou corrigir um problema em potencial re lacionado a um medicamento antes de chegar ao paciente. Tais critérios podc1n ser detcrrninados pelos programas Medicaid*** estatais ou por programas de prescrição privados (p. ex., os gerentes da farmácia e as organizações de cuidado gerenciado) e está disponível 011-li11t no sistema de inforn1ática da farmácia para "alertar" imediatamente o farn1acêutico sobre uma possível "violação" de critério. No entanto, cada farmacêutico , utilizando seus próprios conhecimentos de c uidado farmacêutico e julgamento profissional , deve ser capaz de realizar uma • N . de T . Do inglês l)n,g LJ,,/iz•tion Rcvitw. •• N . de T. Soclccbdc Nortc· amcrica.m dos farmacêuticos de Sistcma.s de 5.túdc. • • • N de T. Progranu nortc-a.mcncano de assiStência m~dica govcrnamcnul.

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DUR básica sem a ajuda de um software de computador, visto que um problema potencial a resp eito de uma terapia m edicamentosa p ode existir, p orém , não desencadeia um p rog rama DUR prospectivo. Se un1 problen1a potencial é identificado, o farmacêutico contata o prescritor com as devidas recon1endações para a mudança. Esse tipo de DUR. é o ideal, pois identifica os problemas antes que eles ocorram e permite que as intervenções, por parte do farmacêutico, sejam centradas em cada paciente (2). b. A DUR concorrente é uma revisão realizada durante o curso do tratamento e envolve o acompanhamento contínuo da terapia medicamentosa para garantir ao paciente resultados positivos (3). Esse tipo de revisão é comumente realizado em contextos institucionais (p. ex., hospitais) e permite que o farmacêutico alerte os prescritores sobre potenciais proble1nas e ajuste a terapia medicamentosa, se necessário, com base nos exames laboratoriais ou de diagnóstico. c. A DUR retrospectiva é uma revisão de um grande número de prescrições que jâ foram dispen sadas. Os dados são obtidos por meio de declarações de fat uramentos da farmácia ou de financiadores terceirizados (p. ex., Medicaid estatal ou privado, progran1as de receitas do setor), que são rastreados por padrões ou problen1as potenciais, tais con10 fraude, abuso, uso excessivo ou inadequado ou cuidados desnecessários do ponto de vista clínico entre os 1nédicos, farmacêuticos e pacientes. Semelhante a outros tipos de DUR, a retrospectiva tem estabelecido critérios para rastrear os dados por "violações". Uma vez que uma violação é identificada, um alerta é gerado, e os profissionais envolvidos são instruídos por e-mail ou por telefone. Uma carta de alerta típica enviada aos profissionais contém o non1e do paciente, u1na introdução ao programa DUR, informações que descreven1 o critério que tem sido v iolado, referências na literatura de apoio à validade do critério e un1a listagem das prescrições e dos diagnósticos 1nédicos que são exceções a esse caso em particular. Esse processo educacional destina-se a 1n inin1izar a prescrição inapropriada no futuro (4). Embora mais tacil e menos onerosa para executar, a DUR retrospectiva não fornece ao farmacêutico uma oportunidade de modificar a terapia medicamentosa antes de ser dispensada (3). Muitos sistemas de cuidados de saúde têm se deslocado da DUR retrospectiva tradicional, con1 ênfase e1n problen1as com 1nedica1nentos específicos, de 1nodo a incluir conceitos de gestão da doença, tais como diretri zes baseadas em evidências e algoritmos de tratamen to, para assegurar o foco no paciente, relação custo-beneficio e atendimento clínico eficaz (3). B. " Avaliação de u so de m edicamentos" ou " R evisão de uso de m edicam entos" (DUE)* é um processo que engloba desenvolvimento forn1al, monitoramento e ajuste de critérios objetivos e 1nensuráveis que descrevem o uso apropriado de um n1edicamento (5). Os conceitos subjacentes a essa ava liação passa1n a constar como parte da avaliação de uso mais recente e do conceito mais abrangente de avaliação de uso de medicamento (6). e. " Avaliação de uso d e m edicamen tos" (MUE)** é UITI método de n1elhoria de desempenho que se concentra em avaliar e aperfeiçoar o processo de uso da medicação com o objetivo de otimizar os res ultados da terapia do paciente (6). 1. Essa avaliação é focada no desfecho do tratamento medicamentoso de um paciente de acordo con1 critérios predeterminados. O objetivo da avaliação é otimiz ar o tratamento e m elhorar a qualid ade de vida do p aciente em todas as fases do processo de u so do m edicamento (6). Esse processo inclui responsabilidades da prescrição, preparação e dispensação, ad111iaistração e monitorainento de 1nedicamentos. A avaliação do uso de medican1entos preocupa-se con1 a inter- relação dessas funções e os cuidados continuados de saúde. 2. Uma MUE pode ser iniciada por uma série de razões e não está restrita à prescrição e à dispensação por u1n farmacêutico. Ela pode avaliar uma n1edicação única, toda un1a classe terapêutica de medicamentos, várias doenças ou condições e problemas reais ou potenciais quanto ao processo de uso de 1nedicaçào. Os motivos que levam a um a MUE incluem os seguintes: a. Medicamentos propensos a problemas. b. Medican1entos de alto custo e volume. e. Medicamentos de alto risco. d. Populações de pacientes de alto risco. e. Novos f:í rn1acos. f. Novos planos terapêuticos.

" N. de T. Do inglês Drug Uu Evalllation. •• N . de T. Do inglês Medicat1'on·Ust Eval11otion.

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3. Uma MUE pode ser realizada ern qualquer estabeleci1nento de saúde, desde que o processo seja interdisciplinar, colaborativo e prospectivo e possibilite acesso às informações dos pacientes. 4. A MUE é compatível corn o n1odelo de n1elhoria de desen1penho. As etapas dessa n1elhoria do Plan, Do, Clreck and Act* são fundamentais para o processo MUE. A avaliação não só fornece um guia para otimizar a terapia, evitar p roblemas com a medicação, controlar custos e 111aximizar a segurança do paciente, n1as tan1bérn uma visão sobre a adequação dos critérios utilizados e o bom funcionan1ento do processo de uso do medicamento. Portanto, essa avaliação tornou -se u m con1ponente essen cia l das in iciativas de rnelhoria de desernpenho dentro de muitos sisten1as de c uidados em saúde. D. " Critérios" são parân1etros predetern1inados para presc rição e utilização de medicamentos estabelecidos por um progra1na DUR para con1paração com a prática rea.I. O desenvolvimento de critérios é responsabilidade de profissionais de saúde (p. ex., médicos , farmacêuticos e enfermeiros) e administradores, sendo baseado em padrões de conduta e diretrizes fundamentadas em evidências da literatura prin1ária.

HISTÓRICO A. Revisão da utilização de medica mentos (Orug Utilization Review - DUR) 1. A DUR. foi n1andatada pelos governos federal e estadual por várias décadas e é exigida pelas organizações que buscam financian1ento do governo para os serviços n1édicos prestados aos pacientes do Medicare e Medicaid. 2. O financiamento dos cuidados de saúde começou em 1930 con1 a criação da Social Security Act. O Medicare e Medicaíd passaram a existir por volta dos anos 1960 para atender às necessidades de financiamento dos pacientes em unidades de assistência médica. Em 1967, o Congresso autorizou o prin1eiro conjunto de normas para instalações de saúde. Desde aquela época, vários regulan1entos foram aprovados e a lterados. Apesar de instalações de cuidados de longa duração (LTC) teren1 estado sob tais reguJamentos por um n1aior período de ten1po, os prestadores de cuidados ambulatoriais, incluindo organizações assistenciais, casas de saúde e farmácias que dispensam pelo correio, também estão incluídos no âmbito desses regulamentos. Práticas de prescrição ambulatoriais foram trazidas para o processo de revisão na década de 1990 corn a aprovação do Omnib1u Budget R econciliation A ct de 1990 (OBRA ' 90). 3. O OBRA '90 (42USC1396r-8) detenninou a formação de tabelas DUR por Estado para a prestação de serviços de prescrição ambulatorial para os pacientes do Medicaid estatal. A intenção era melhorar a educação do paciente e promover o uso da medicação adequada por meio de práticas de prescrição e, assim, controla r os custos dos cuidados de saúde financiados pelo governo. a . Três trechos da versão atuaJ do OBRA '90 que são relevantes para os regulamentos D U it para os farmacêuticos são fornecidos aqui (7).

(11 [...] um estado deve fornecer [...]para um progranta de revisão do uso de medica1nentos [...] a fi1n de assegurar que as prescrições (i) sejam adequadas, (ii) sejam necessárias do ponto de vista clínico, e (iii) não conduzam a prováveis resultados adversos de saúde. O programa é destinado à educação de médicos e farmacêuticos para identificar e reduzir a frequência dos tipos de fraude, abuso, uso excessivo, inadequado ou desnecessário entre médicos, farmacêuticos e pacientes, ou associado a medicamentos específicos ou grupos de 1nedic:unentos, bem con10 passiveis reações adversas graves e reais a medicamentos, incluindo orientação sobre a adequação terapêutica, uso excessivo e subutilização, uso correto de rnedicamentos genéricos, duplicação terapêutica, contraindicações de medicau1entos para determinada doença, interações 1ncdicamentosas, fonna fàrmacêucica ou duração do tratamento incorretas, reações alérgicas a n1edicamentos e abuso ou uso clínico imprópri o. (2) O plano do estado prevê u1na revisão rograma norte- americano de assistência médica governamental.

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(bb) Histórico médico individual, quando significativo, incluindo estado(s) patológico(s), alergias e reações a 1nedican1entos conhecidas e u1na lista, o n1ais completa possível, dos medicamentos e correlatos relevantes. (cc) Comen tários do farmacêutico relevantes à farmacotcrapia do indivíduo.

Note que esta cláusula deverá obrigar o farmacêutico a rea liza r aconselhamento, quando o indivíduo beneficiário deste subcapítulo, ou o responsável por tal indivíduo, recusar tal aconselhamento (10).

RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA OACONSELHAMENTO DO PACIENTE H á excelentes artigos em revistas, livros e programas disponíveis para estudantes de farmácia e farn1acêuticos sobre a questão da educação do paciente e do aconselhan1ento. As seções que segue11111este capítulo fornecem uma introdução ao assunto. Embora a inforn1ação seja escrita a partir do ponto de vista de u1n paciente que recebe orientação de wna farmácia con1unitária, os princípios pode1n ser facilmente aplicados a qualquer configuração de prática. A. Ambiente físico adequado Discussões co1n os pacientes o u responsáveis sobre saúde, farmacoterapia e outros problemas médicos é um a atividade privada. Esse aspecto do aconsel hamento ao paciente é fundamental e deve ser respeitado não importando se o local da prática é um quarto de hospital, clinica, farmácia comunitária ou un1 drive-up wi11dow". Alguns rneios de realizar essa atividade de fonna con fidencia l, em uma área semiprivaciva, são exigidos pelo Health /11s11rance Portability and Acco11ntability Act (HIPAA) de 1996. Se o ambien te se opõe à privacidade (p. ex., un1 drive-11p). o farmacêutico deve soli citar que o paciente entre na farmácia ou combine para falar sobre questões relevantes por telefone. B. Antes de prepa rar a prescrição•• O processo de consulta não inicia corn a transferência do produto para o paciente, mas quando a prescrição é recebida do paciente ou do agente deste. 1. Informações do paciente a. Perguntar ao paciente ou responsável se existe alguma informação relevante para o farmacêutico antes de preparar a prescrição. Por exemplo, o médico deu algu1na instrução especial ao paciente? O paciente consegue abrir ou fechar lacres de segurança? Sobre a linguagen1, o paciente pode ler o que diz no rótulo? b. Uma questão de importância crescente é a cobertura por terceiros dos medicamentos prescritos. Alguns planos têm restrições sobre quais medicamentos serão cobertos a custos variados aos pacientes. Os pacientes pode1n precisar de ajuda no entendimento de que urna restrição não irnplica que eles não podem obter um medicame nto prescrito, mas isso pode significar que ele tenha que pagar mais para tê-lo ou a farn1ácia precisa de urna autorização prévia antes da dispensação. Isso pode ser complexo, em especial para os pacientes, as explicações e as discussões devem ocorrer em um ambiente tranquilo. c. Se a prescrição for para um produto de 1narca, verificar se un1 equivalente genérico pode ser legalmente dispensado. Caso seja possível, o paciente gostaria de um genérico? Quais são as implicações a respeito da terapia, custo para o paciente, cobertura de terceiros e copaga mentos? 2. Revisão da utilização de medicamentos a. Realizar a revisão de utilização prospectiva norn1al conforme descrito no Capítulo 5. Existe algun1a contraindicação para a nova terapia, alg uma dupl icação terapêutica com medicamentos atuais ou interações medicamentosas? b. Procurar não apenas por proble1nas com a nova prescrição, mas tan1bén1 revisar a terapia total do paciente. Problemas para monitoramento incluem o seguin te: (1) Existetn problen1as corn o cun1pr imento ou a sobreuti lizaçào na terapia atua l? (2) Necessita-se reforçar ao paciente sobre a importância e os beneficios de tomar a sua medicação conforme prescrito ou aconselhá-lo sobre as estratégias para melhorar a adesão ao tratan1ento? (3) Ajuda para lembrar a dosagem, como um lembrete de pílula, um divisor de comprimidos ou un1a caixa de co1nprimidos de bolso, seria útil?

,. N. de T. Local onde os clicnces são acendidos enquanto pern1ancccn1 cm seus autom6veis. **N. de 'f. Dispensação de produtos de venda sob prescrição. Nos Estados Unidos, os n1edican1cncos de venda sob prescrição são dispensados em c111balagens especiais preenchidas na própria fam1ácia. que contê1n apenas o nú1nero de unidades da forma far1nacêutica prescritas, e n;âo em embalagens industriais fixas e pré-prontas. Eles são separados de frascos múltipJos e acondjcionados em

fraSrmaceutic•I care proctice. New York: McGr2w H ill, 1998. 3. Amcrica11 Pharn1acists Association. Codc of ctbics for Pharma-

cists. Washington, DC: Author. última atualização 18/ 02/2005. Accsssado em 01/09/2007 cm http://www.phannacut.com /AM/ Tcmplate.cím ?Section = Search l&tcmplatc = /CM/ HTM L0i splay.cfm&Contcntl D=2903. 4. Amcrican Society of Hea lth-System Pharmacists ASH P gu idelines on pbarm•cist-conducced parient educ2tion and counseling. AmJ Hea lth-Syst Pharm 1997; 54; 431-434. 5. Narional Associ2tion ofSo>rds of Pharmacy. Model rules for che practice ofphannacy. Park R.idge, IL: Author, 2007; 86. 6. N•tionol Association ofSo•rds of Pharm •cy. Modcl rules for che practice ofphormacy. P>rk R idge, IL: Author. 2007; 100.

7. Office of lnspector General-Office of Analysis and lnspections. The clinicai role of the commun ity phormacist. Department o( Health and Human Services. Publication OAl- 01 -89- 89020. J•neiro, 1990. 8. Office of Jnspector Geoeral-Officc of Aoalysis aod Inspections. Statc discipline of phannacists. Dcparunent of Healtb and Human Services. Publication OAl-01-89-89160. Janeiro, 1990. 9. Office of lnspecror Gcneral-Officc o f Analysis and lnspections. Medication rcgi mcns: Causes of no11compliancc. Oepart11,cnt of HeaJth and Human Services. Publication OAJ-04-89- 89121. Março, 1990. 10. 42USCl396r-8. Payment for covered ourpatient drugs.Washington, OC: United Stares Code 2000, Suppl. 4. Acesssado em 20/ 09/2007 em http://frwebgatel .access.gpo.gov/cgi-bin/waisgate.cgi?WA ISdocl 0=301217408141 +9+ 0+0&\VA ISaction= re tncve.

Cálculos

Sistemas de Medida e Introdução a Cálculos Farmacêuticos

DESCRIÇÃO DO CAPÍTULO

Sistemas de medida Conversão intersistema para pesos e volumes Conversões de temperatura e cálculos de temperatura cinética média Densidade e densidade relativa Algarismos significativos



Métodos para cálculos farmacêuticos

SISTEMAS DE MEDIDA Atualinente, nos Estados Unidos, são usados três sistemas de 1nedida: o sistema 111étrico ou Siste111a 1nternacional de Unidades (SI), sistema apotecário e o sistema a11oird11pois. O SI ou sistema métrico é agora o único sistema de medida aceitável para uso em farmácia e na medicina, n1as un1a vez que ambos os sistemas, apotecários e avoird11pois (às vezes chamado de sistrmas co111111r.s ou 11s11ai.s), são utilizados tanto no comércio como em atividades da vida diária, por farmacêuticos e por técnicos de farmácia prccisa1n ter conhecin1ento sobre os três sisten1as. Aqui, apresentan1os un1 rcsurno dos diversos sistemas; para u1n tratan1ento mais detalhado, consulte o capítu lo sobre 1necrologia no Remi11glo11: Tire Scie11ce a11d Practice oJ Pharmacy, o livro-guia e site.s relacionados a seguir. A. Sistema métrico ou Sistama Internacional de Unidades (Stl 1. O sisten1a rnétrico foi formalizado na França no final do séc ulo XV II I. Este nlétodo en1prega urn sisten1a decimal que é lógico e fãci l de usar. Ele foi adotado como un1 sisterna legal (embora não obrigatório) nos Estados Unidos , em 1866. Naquele mo1nenco, o rápido desenvolvimento científico e industrial escava tornando espaço, e tornou-se claro que seria necessário urn sistema de medida padronizado, reconhecido em todo o n1undo. Em 1875, os Estados Unidos unira1n-se a outros 20 países na assinatura do Tratado do Metro (Treaty of the Meter), que adotou o sistema métrico e estabeleceu a lnternationaJ Bureau of Weights and Measures para trabalhar internacionalmente na promoção e manutenção do sistema (1,2). 2. As unidades básicas originais do sistema n1étrico foran1 o metro para con1pri n1ento e o quilograma para massa. Por muitos anos o padrão de referência para o metro foi uma barra de platina-irídio com 1narcas gravadas delineando um metro, um bloco de 1 kg foi usado como padrão para massa. Os originais foram mantidos em un1 cofre na sede da lnternarional Bureau na França, e cada um dos países-membros do Tratado recebeu duas cópias dos padrões. Com o avanço da tecnologia, os padrões de referência para essas unidades bás.icas foran1 mudando ao longo dos anos. Era desejado que os padrões fossem baseados en1 características fisicas imutá-

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

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veis dos elementos especificados. Hoje em dia, o metro é definido como "o comprimento do caminho percorrido pela luz no vácuo durante o intervalo de tempo de 1/299.792.458 de urn segundo" (3), con1 um segundo equivalente a 9.129.631.770 oscilações do áto1no 133Cs (2). 3. Em 1960, o sistema métrico foi redefinido e o Sistema Internacional de Unidades (SI) foi adotado. As unidades básicas do sistema métrico são as mesmas no SI, mas algumas foram acrescentadas ou atualizadas, e alguns dos síu1bolos e notações foran1 alterados e padronizados. Existem sete unidades básicas no SI: o metro (m) para comprimento, o qu ilogran1a (kg) para niassa, o segundo (s) pa ra tempo, o niole (1nol) para quantidade de substância, o kelvin (K) para te111peratura termodinâtnica, o ampere (A) para corrente elétrica e a candeia (cd) para intensidade lun1inosa (4). O grupo internacional responsável pela SI ainda está localizado na França e agora é cha1nado de Conference GeneraJc des Poids et Mesures (CGPM); os Estados Unidos estão representados neste orgão pelo National Institute of Standards & Technology (NIST), uma ramificação do US Department of Commerce (4). Todos os símbolos, nomes especiais e fórmulas para unidades básicas, complementares e der ivadas do SI estão listados na seção de tabelas diversas do Merck lndex. Essas listas e outras inforn1ações úteis sobre o SI poden1 ser encontradas no livro Cuide to tlie Use of the Metric System (Ve rsão SI), que é dispon ibilizado pela U.S. Metric Association no seu site (5). 4. En1 farmácia e medicina, na maioria das vezes, temos necessidade de medir ou utilizar unidades de co1nprimento, massa e volurne. a. Como afirmado an teriorn1ente, a unidade básica de con1pri1nento no SI é o nietro, en1bora en1 farmácia seja usado com mais frequência o centímetro, que é 0,01 n1etro (i.e., 1/100 de un1 metro). b. A unidade básica de volume no SI é o metro cúbico (1113), nlas o litro (L), en1bora não seja uma unidade SI, é aprovado para uso nesse sistema para medir vol un1e de líquido. O litro é a unidade fundamental de volume usada em farmácia e medicina; é o volume de 1.000 centímetros cúbicos (cm~. Às vezes, encontra-se a sigla "cc", utilizada para centín1etros cúbicos, poré1n essa notação não segue as convenções do SI. Aden1ais, isso te1n sido a fonte de er ros em medicamentos (ver Tabela 1.1 no Capítulo 1) e não deveria ser usado. e. Embora a unidade básica oficial de massa no SI seja o quilograma, o grama (g) tem sido utilizado como a unidade básica (ver adiante). Um grama é a massa de 1 cmJ de água a 4ºC. Porque 1 ntL (1 rnL = 0,001 L) é igual a 1 c1113 , l niL de água tarnbérn tern uma niassa de 1 g. (Note que quilograma e grama são unidades de 1nassa (não de peso], en1bora, na prática, costuma1nos usar o termo "peso", quando nos referin1os à massa. Neste texto, utilizaremos os termos "peso" e "massa" de n1odo intercambiável, e1nbora tecnicamente o peso seja uma nledida de força e é massa vezes aceleração gravitacional.) d. Outras unidades métri cas de compri1nento, volume e 1nassa são obtidas por meio da apl icação de prefixos para uma unidade fundamental apropriada: metro (m), litro (L) ou grama (g). O prefixo especifica unia potência de 10 que é multiplicada pela unidade básica. Por exen1plo, o prefixo mili (n1) está associado com múltiglos de 10-3 , de modo que um milín1etro (m m) é 10-3 n1etros, un1 n1 iligra1na (n1g) é 10- gran1as e um mililitro (n1L) é 10-3 litros. Os prefixos das unidades SI, j untamente com suas potências de 10 associadas e os seus símbolos, são apresentados na Tabela 7.1. Observe que o uso de letra maiúscu la ou minúscula é importante; m nlinúscuJo para mili significa 10-3 , enquanto M n1aiúsculo para mega designa 106 - u ma diferença enorme! Letras maiúsculas são usadas para símbolos indicando potências de 106 e niaiores. Note que, enquanto o sín1bolo SI para ni icro é a letra niinúscula grega mi (µ.), este símbolo não deveria ser usado quando expressa doses (p. ex., µ.g em vez de usar mcg,), pois µ. g pode facilmente ser lido corno mg (ver Tabela 1.1 no Capítulo 1). e. Unidades niétricas de comprimento, volu1ne e peso, mais cornun1ente usados em Farmácia e Medicina são apresentados na Tabela 7.2. Na literatura científica mais antiga, você pode ver a unidade de comprimento angstrom, que usa o símbolo A; 1 A = 10- 10 m. 5. A U.S Metric Association mantén1 um site na internet no qual são encontradas informações sobre o uso correto do siste1na métrico SI; seu C11ide of the Use of tlte lvfetric Syste111 (Versão SI) apresenta unta informação mais completa (4,5). Algumas das regras básicas são listadas aqu i, e o formato correto para alguns dos símbolos ma.is usados em farmácia e medicina estão listados na Tabela 7.3 (4,5). a. As formas abreviadas para as un idades de d imensão, tais como "cm" para centímetro, são chan1adas s{mbolos em vez de abreviaturas. b. Deve haver sempre um espaço entre os dígitos nun1éricos de u1na quantidade e seu sín1bolo SI (p. ex., "5 g" em vez de "5g").

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Judith E. Thompson

Tabela 7.1

Prefixos SI, valores e símbolos

Potência de 10

Prefixo

1018

exa

E

1015

peta

p

1012

tera

T

109

giga

G

106

mega

M

103

quilo

k

102

hecto

10

deca

h da

1

não tem prefixo (unidade básica)

10-' 10-> 10-3 10-8

deci

d

centi

e

mili

m

micro

µ

10-s

nano

n

10- 12

pico

p

10-15

fento

f

10- 1•

ato

a

Símbolo

c. Os símbolos nunca são seguidos por ponto a nlenos que estejan1 no final de uma frase. d. Os símbolos são sempre escritos no singular, mas, quando é usada a forma por extenso para u1na unidade, o plural é utilizado quando necessário. Por exen1plo, escrever "5 n1L" (e não "5 mLs"), mas escrever "5 nlililitros''. e. Quando um sín1bolo é uma un idade con1posta, e é um quociente de duas unidades, este quociente pode ser designado com uma barra ("/") ou um expoente negativo (p. ex., g/cn1 3 ou g cm-~. A letra "p" não é para ser usada para a palavra por, mas por pode ser escrito (p. ex., 5 miligramas por mililitro). (Nota: Em Fannácia e Medicina, ao escrever as concentrações de dose, o uso da barra não é recomendado por causa de erros de medicação que resultara1n de lê- la corno um nún1ero. Neste texto, a palavra por é usada no lugar da barra nessas circunstâncias.) f. Como observado anteriormente no exen1plo de mili (m) e mega (M), o tamanho da letra é importante. A1gun1as das regras do SI que dizem respeito ao tan1anho da letra são dadas aqui. (1) Nomes de unidades métr ica.s (tais como grama, metro, kelvin) não são maiúsculas (a n1enos que, é claro, o nome esteja no início da frase), en1bora algun1as unidades, con10 a

Tabela 7.2

Medidas métricas mais usadas em Farmácia a Medicina Medidas métricas de comprimento 100 centímetros (cm) = 1 metro (m) 10 milímetros (mm) = 1 centímetro (cm) 1.000 m icrômetros (µm) • 1 milímetro (mm)

Medidas métricas de volume 1.000 mililitros {mL) = 1 litro {L) 1.000 mícrolitros (µL) = 1 mililitro {mL)

Medidas métricas de peso 1.000 gramas {g) ~ 1 quilograma {kg) 1.000 miligramas {mg) = 1 grama (g) 1.000 microgramas (µ,g ou mcg) = 1 miligrama (mg)

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Tabela 7.3

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SI correto - símbolos métricos

Símbolo

Para

m

metro

cm

centímetro

mm

m ilímetro

L ou 1

litro

m l ou m i

mililitro

kg

quilograma

g

grama

mg

miligrama

µ.g

micrograma

(mcg para receitas médicas) h

hora

s

segundo

cm 3

centímetro cúbico

centímetro

cú bico

(mL para receitas médicas)

·e

Graus Celsius

K

Kelvin

Fonte: Correct Sl·metric usage. U.S. Metric Association, http://lamar.co· lostate.edul- hillgerlcorrect.htm. Acessado em Maio de 2007.

unidade básica Kelvin e unidades derivadas, como o Ne\vton (de força) e o Pascal (para pressão), sejan1 nomes próprios. A exceção é Celsius, que é sen1pre maiúscula. (21 A maioria dos símbolos métricos é escrita con1 letras m inúsculas (p. ex., g e m), porém, e1n contraste com a unidade métrica dos nomes citados, os sín1bolos que tê1n o nome de pessoas são escritos com letras maiúsculas (p. ex., o símbolo de Newton é N, para Pascal é Pa e para Kelvin é K). (3) Observe na Tabela 7.3 que o símbolo para litro pode ser maiúsculo ou nlinúsculo (L ou 1, nlL ou mi); L nlaiúscu lo é o preferido nos Estados Un idos, no Canadá e na Austrália, enquanto a letra 1ninúscula é usada na maioria dos outros países. 6. O itálico não é usado para símbolos métricos (p. ex. 5 g, não 5 g). Isso ocorre devido ao itálico ser usado com frequência para designar medidas em fórn1ulas matemáticas; por exetnplo, em fórmulas de densidade e gravidade específica mostradas mais adiante neste capítulo, o m representa massa, e não metro. 7. Tanto do ponto de vista da segurança do paciente como da transmissão da informação sobre quantidades, é importante conhecer e usar os símbolos SI corretos e acuais. Dois exemplos poden1 ajudar a ilustrar isso: a abreviação "Gn1" era algun1as vezes usada con10 sín1bolo para grama, mas no SI esse é o símbolo para gigamecro; a abreviação "gr" tem, geralmente, sido mal utilizada e interpretada como grama, mas é o símbolo para o grão apotecário ou avoirdupois, o qual , equivale a 64,8 1ng. O g rninúsculo se1n o ponto é o único sín1bolo aceitável para grama. E essencial que todos os profissionais da saúde conheçam e utilizem os sín1bolos SI corretamente. 8. Sistema avoirdupois 1. O sistema avoirdrJpois é o sistema comum de peso ut ilizado no comércio e en1 casa nos Estados U nidos; embora o governo tenha incentivado a conversão para o sistema métrico (chamado n1etricação), tem sido un1a árdua tarefa levar a indústria e a população a usar e pensar em termos de SI ou unidades métr icas. Ainda medimos e damos nosso peso corporal em libras, con1pramos 1nanteiga e carne em libras e nlassas e cereais por onça, e ten1os a postage1n de cartas e pacotes calculadas com base em onças e libras, nos Estados Unidos. 2. As unidades básicas de 1nassa para o sisten1a avoirdupois são o grão, a onça e a libra. O grão desse sistema ten1 a mesn1a n1assa do que o grão do sistema apotecário (ver Seção C, siste1na apotecário), mas a onça e a libra são diferentes nos dois sistemas.

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Judith E. Thompson

Tabela 7.4

Medidas de peso avoirdupois 437,5 grãos (gr)

G

1 onça (oz)

16 onças (7.000 grãos)= 1 libra (lb)

3. No R eino Unido, no Canadá e nos países do commonwealth*, o sisten1a Britânico Imperial de 1nassa ainda. é utilizado algumas vezes. Para os grãos, onças e libras, estas são as mesmas que as unidades comparáveis no sistema avoirdupois. 4. A conversão exata para massa entre os siste1nas tnétrico e avoirdupois é 1 libra = 453,59237 gramas. Ver as Tabelas 7.4 e 7.7 para outros equivalentes e fatores de conversão. Na Tabela. 7.7, a designação (av), na seq uência de uma unidade avoirdupois é usada para distingui-la de u1na unidade semel hante, mas não igual, à dos apotecários. C. Sistema apotecário 1. Peso dos apotecários a. O siste1na apotecário para nlassa é usado so1nente en1 farmácia e medicina. Embora o uso desse sistema de 1nedição seja desencorajado, algumas fórmulas con1 composição mais antiga são escritas usando o sistema apotecário, por isso é importante conhecer e co1npreender con10 converter quantidades dos apotecários para equ ivalentes nlétricos. b. As unidades de massa para o sistema apotecário são os grãos, o escrúpulo, o dracma (antigamente escrito drachm), a. onça e a libra. Como afirn1ado, apenas o grão tem a n1es1na massa e1n an1bos os sistemas, apotecário e a11oird11pois (e no Sistema Imperial Britânico). Ver Tabelas 7.5 e 7.7 para os equivalentes apotecários e fatores de conversão. Na Tabela 7.7, a designação (ap) na sequência de uma unidade de apotecários é usada para distingui-la da unidade a11oird11pois. 2. Volun1e líquido dos apotecários a. O sistema apotecário para medição de líquidos é o sisten1a comum para comércio e uso don1éstico nos Estados Unidos. Tal como o sistema de pesos dos apotecários, ele era antigan1ente utilizado para prescrições e fórmulas de nlanipulação; porém, não é nlais u1n sisterna oficial para Medicina e Farmácia, e seu uso é desencorajado. b. As unidades de volurne para. esse sisterna incluen1 a mínima, o dracma fluido e a onça flu ida, o pinc, o quarto e o galão. Ver Tabelas 7.5 e 7.7 para as diversas unidades de medida e equivalentes. e. O Sisten1a Imperial Britânico de volume usa os mesn1os nomes de unidades, mas estas representan1 diferentes quantidades. Consultar u1na referência adequada para os fatores de conversão ao usar uma fórn1ula baseada no sisterna britânico.

Tabela 7.5

Medidas de volume e peso dos apotec6rios Medidas de volume 60 gotas 1"11 = 8 dracmas fluidos s 16 onças fluidas 2 pints = 4 quartos =

1 dracma fluido (f1(3) ou (3)) 1 onça fluida (11(3) ou (3) ou oz) 1 pint (pt ou 0) 1 quarto (qt) 1 ga lão (galou C)

(Cu )

Medidas de peso 20 grãos (gr) = 1 escrúpulo (3) 3 escrúpulos G 1 dracma (3) 8 dracmas = 1 onça (3) 12 onças (5.760) = 1 libra (lb)

• N. de T. Commo11weal1h é um tipo de associação de escadas soberanos independentes, a maior parte sendo antig:is colônias britânicas. O Cotnn1onwealtl1 tem h istoricamente por objetivo promover a integração entre as ex-colônias do lleino Unido, concedendo beneficias e facilidades comerciais, mas agora os seus objetivos incluem a assistência educacional aos países membros e a barmoniução das políticas. Atua lmente, os países da Comunidade representam cerc;a de 30% do comércio mundial.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

Tabela 7.6

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Medidas domésticas Medidas de volume 3 colheres de chá (t ou colher de chá) = 2 colheres de sopa = 8 onças fluidas = 2 xícaras • 2 pints = 4 quartos

=

1 colher de sopa (T ou colher de sopa) 1 onça fluida (oz) 1 xícara (xíc.) 1 pint 1 quarto 1 galão (gal)

Medidas de peso 16 onças (oz)

= 1 libra (lb)

Medidas de comprimento 12 polegadas (in ou") a 1 pé (pé ou') 3 pés = 1 jarda

D. Medidas domésticas e outras medidas 1. As unidades de medida usadas nos Estados Unidos para cozinhar e para a vida diária são um

conglomerado do sistema de pesos avoirdupois e do sistema apotecário de volume, unia mistura de gotas, colheres de chá, colheres de sopa, quartos, polegadas, pés, jardas, e assin1 por diante. Ver Tabela 7.6 para n1edidas domésticas e Tabela 7.7 para os equivalentes de conversão. 2. Devido à colher de chá ser bastante usada no ambiente doméstico para rnedir medicamentos líquidos, a USP tem um capítulo geral para discutir esse volume. O Capítulo (1.221)- Colher de chá - afirma que, embora unia colher de chá an1ericana padrão tenha sido estabelecida pelo American National Standards lnstitute como contendo 4,93 :!: 0,24 m L, para uso doméstico tal volume é de 5 111L. O Capítulo 1.221 orienta que 111edican1entos líquidos formulados para a administração oral de colher de chá deve ser feita com base em unidades de 5-m L (6). Portanto, para fins de dispensação de 111edican1entos, uma colher de chá corresponde a 5 mL. 3. No Capítulo 1.101 da USP - Medican1ento em gotas - um conta-gotas farmacopeico é descrito; é especificado que a ponta libera entre 45 e 55 mg de água por gota (7). Usando a média de 50 mg/gota e, a densidade da água de 1 g/mL, isso daria 20 gotas/mL ou 0,05 mL/gota. Esse capítulo observa que outros líquidos tê1n viscosidades e tensões superficiais que são diferentes da água e, portanto, o mesmo conta-gotas daria diversas quantidades por gota para esses outros líquidos (7). A seção de vidrarias volumétricas no Capítulo 14 deste livro descreve o procedimento necessário para calibrar um conta-gotas antes de usá-lo como um dispositivo de dosagem. Felizn1ente, agora temos instrumentos de medição n1elhores e mais precisos para usar ou dispensar medicamentos líquidos para medida de doses. 4. Por un1 tempo, foi uma prática comum de n1édicos e enfern1eiros usar símbolos de volume fluidos dos apotecários como abreviaturas para medidas comuns quando escreviam orientações para o uso das porções de un1a prescrição médica. Essa prática hoje em dia é desaconselhada devido ao siste1na apotecário ser agora considerado obsoleto, e porque cada sítnbolo com duplo significado é uma fonte para má interpretação e erro. a. Apesar de um dracma fluido conter apenas 3,69 mL alguns prescritores usaram formalmente seu sí111bolo (3) corno abreviatura para colher de chá, que é 5 mL. b. Apesar de a gota USP ser 0,05 mL, algumas enfe rn1eiras usam o símbolo mínimo como abreviatura para gota. Um 1nínimo é 0,06 mL. c. Ainda mais perigoso foi o uso do símbolo onça (3) dos apotecários como abreviatura para 30 mL ou duas colheres de sopa, e o símbolo de meia onça C5ss) como abreviatura para 15 n1L ou 1 colher de sopa. Neste caso, farmacêuticos e médicos usaran1 ou interpretararn de forn1a errônea o símbolo (3) con10 abreviatura para 1 colher de sopa, dando a metade ou o dobro da dose pretendida.

CONVERSÃO INTERSISTEMA PARA PESOS EVOLUMES Parecia que a conversão entre os diferentes sistemas de 1nediçào seria bastante simples. Un1a vez que na Farmácia usamos o sistema n1étrico ou SI, se somos apresentados a uma quantidade quer no sistema avoirdupois ou apotecário, parece lógico ir para uma tabela de fatores de conversão e utilizar

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Judith E. Thompson

Tabela 7.7

Conversões equivalentes comumente usadas am f111Mci1 e medicina Conversões equiv1lentes de volume 1 gota (gt) = 1 ml = 1 colher de chá • 1 colher de sopa • 1 ml 1 mínima = 1 dracma fluido 1 onça fluida • 1 pint • 1 quarto 1 galão

=

=

0,05 ml 20 gotas 5 ml 15 ml 16,23 mínimas 0,06 ml 3,69 ml 29,57 ml 473 ml 946 ml 3785 ml

= =

Conversões equivalentes de peso ~~~~~~~~~~~~~~~~~-

1g

= 15.432 grãos

1 kg • 1 grão • 1 onça (av) 1 onça (ap) 1 libra (av) • 1 libra (ap) • 1 libra (av) • 1 libra (ap) = 1 grão (av) =

= =

2,20 libras (av) 64,8 mg 28,35 g 31,1 g 454 g

373 g 7.000 grãos 5.760 grãos 1 grão (ap)

Conversões equivalentes de comprimento 1 polegada • 2,54 cm 1 m = 39,37 polegadas

o fator adequado para calcular o seu equivalente no sistema métrico. O problema é um pouco mais complexo, pois o fator a usar e o grau permitido de arredondamento dependen1 da situação; no geral aplicam-se os seguintes princípios. A. Se a formulação, quer por urna prescrição médica ou de un1a fonte de referência, está escrita no sistema apotecário, você deve usar três algarismos significativos para converter cada quantidade e1n seu equivalente métrico (8). (Ver Tabela 7.7 e Seção V, Algarismos significativos, neste capítulo.) B. Se uma prescrição é escrita para u1n produto industrializado, a quantidade a dispensar ou a concentração de u 1na unidade de dosagem pode ser arredondada para a que está disponível co111crcialmente (8). 1. Por exemplo, se você tem uma prescrição inédica para a po1nada de hidrocorcisona 1%, 1 oz, e o produto co111erciaJ é de 30 g, você pode d ispensar esse n1011tantc ainda que unia onça 11voird11pois seja 28,35 g, e uma onça dos apotecários seja 31,1 g. Da mcs1na forma, se na prescrição está escrito "hidrocortisona 1% pon1ada, 30 g", e você tcn1 urn produto comercial que é urna onça 11voird11pois (que é 28,35; 28,4 ou 28 g), você pode dispensar essa embalage111 coniercial, não precisará adicionar pon1ada extra a partir de outro tubo para fazer os exatos 30 g. 2. Da rnesnia forma, ao receber uma prescrição de uma unidade de dosage1n no sistema apocecá rio, você pode dispensar uma unidade de dosagcn1 industrializada con1 concentração comparável ao sistema métrico. Por exeniplo, você te1n u111a prescrição de con1prin1idos de sulfato ferroso, 5 gr (i.e., 5 grãos), e o produto que há no estoque é 325, 320, ou 300 mg por comprimido, você pode dispensá-lo. Você não é obrigado a dispensar comprimidos que sejam 5 X 64,8 mg = 324 mg (8). C. Se a prescrição é de uma preparação manipulada com uma fórmula estabelecida, cal como a pomada de coahar USP, e a quantidade a ser dispensada é escrita em um dos siscenias comuns, você pode dispensar o equivalente métrico arredondado (p. ex., 30 g).

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

111.

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CONVERSÕES DE TEMPERATURA E CÁLCULOS DE TEMPERATURA CINÉTICA MÉDIA Três escalas de unidades de temperatura são utilizadas no mundo: Fahrenheit, Celsius e Kelvin. Fahrenheit é o sistema comum em uso nos Estados Un idos, mas Celsius é o oficial, sendo também o sistema comum utilizado en1 quase todo o resto do mundo e usado quase exclusiva e internacionalmente em ciência. O Kelvin é a unida.de básica de temperatura termodinâmica do SI, mas o grau Celsius é aceito nesse sistema. A. Fahrenheit 1. A prin1eira escala 1noderna de temperatura foi desenvolvida no início do século XV III pelo fisico alemão Gabriel Fahrenheit. Como inventor e construtor de instrumentos de precisão, ele criou un1a escala de temperatura que utilizou o grau (º) como unidade individual de medição. O ílsico desenhou originalmente seu sistema com três pontos de ten1peratura: 0° para uma mistura de sal-gelo-água, 30° para o ponto de congelamento da água pura, e 90° para a temperatura normal do corpo hu1nano. 2. Conforme as condições foran1 mais definidas, a escala estabeleceu 32° como o ponto de congelamento da água e 212° como o seu ponto de ebulição a unia pressão atmosférica normal. Isso forneceu uma faixa de 180° entre o ponto de ebulição e congelamento da água. Nessa escala refinada, a temperatura corporal normal tomou-se 98,6°. (As temperaturas, em especial a te1nperatura corporal, para fins clínicos, são arredondadas para o grau mais próximo.) 3. O símbolo para a unidade de n1edida na escala Fahrenheit é ºF. B. Celsius 1. Aproximadamente 20 anos depois de Fa hrenheit introduzir sua escala de temperatu ra, o astrônomo e físico sueco Anders Celsius desenvolveu o que ele considerava ser uma escala mais conveniente, uma que colocaria o ponto de congelamento da água a 0° e o seu ponto de ebulição em 100°. 2. Celsius usou o n1esmo nome de unidade de medida, o grau (º), nias visto que seu intervalo de temperatura cobre a mesma faixa (do congelamento à ebulição da água) que 180 graus Fahrenheit, 1 grau Celsius equivale a 180/100 (9/5 ou 1,8) graus Fahrenheit. 3. O símbolo para a unidade de medida na escala Celsius é ºC. Devido à escala Celsius ser oficial nos Estados Unidos e ser o sistema aceito internacionalinente, quando un1 símbolo de grau (º) é dado se1n um C ou F, a temperatura é assumida co1no sendo Celsius. Essa convenção é utilizada na USP, no Merck Indexe em o utras referências científicas. 4. Devido ao intervalo de 100 graus entre o congelan1ento e a ebulição da água, o sistema Celsius foi inicialn1ente referido como o sisterna de gra11s cendgrados. C. Kelvin 1. Cem anos depois, em 1848, o físico e matemático escocês Lord Kelvin trabal hou em ideias relacionadas con1 a segunda lei da tern1odinâmica e desenvolveu o conceito de ten1peratura absoluta. Usando a escala Celsius, o zero absoluto termodinâmico é - 273, lºC. 2. A unidade de medida Kelvin é a un idade SI básica para temperatura tern1odinâmica, veja na Tabela 7.3 que o símbolo para a unidade Kelvin é a letra K, escrito se1n o sín1bolo de grau (º). D. Conversões entre os sistemas de temperatura 1. Mes1no que o siste1na de temperatura Celsius seja mais lógico e mais facil de usar, o Fal1renheit continua a ser o sistema mais utilizado nos Estados Unidos. Pacientes e a maioria dos hospitais e clínicas registra1n as te1nperaturas e1n ºF, apesar de algumas diretrizes clínicas usaren1 temperaturas Celsius. A comunidade científica utiliza temperaturas em graus Celsius quase q ue exclusivamente, exceto nos casos en1 que as temperaturas tennodinân1icas são adequadas, situação na qual elas são dadas em graus Kelvin (K). Con10 resultado, é essencial que os farmacêuticos e os técnicos de farmácia, bem como outros profissionais da área das ciências médicas, sejam capazes de converter esses diferentes sistemas de n1edição de temperatura. 2. Conversão entre Fahrenheit e Celsius a. As eq uações mais co1nuns para a conversão en tre ten1peraturas Fahrenheit e Celsius utilizam dois fatores que diferenciam esses dois sistemas: (i) OºC é igual a 32ºF e (ii) 1 grau Celsius é igual a 9/5 ou 1,8 graus Fahrenheit. Obtemos as seguintes equações. 9 º F = - ºC + 32 ou º F = 1.8 X ºC + 32 5 ºC =

~ X (ºF 9

32)

ou ºC = 0,556 X (ºF - 32)

92

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Devido à dificuldade de lembrar quando usar os parênteses e no caso de querer adicionar ou subtrair os 32, algumas pessoas acham mais fãcil de memorizar apenas u1na das equações acima e converter qualquer temperatura (ºF ou ºC) desejada. b. Outro sistema de conversão que simplifica o cálculo foi desenvolvido. Esse método faz uso do fato de que -40º é o mesmo em ambos os sistemas. As etapas são as seguintes: (1) Para a temperatura dada (não importa se é Fahrenheit ou Celsius). adicionar 40. (2) Se a conversão for de Celsius para Fahrenheit, 1nulciplicar a resposta obtida em (1) por 915, se a conversão for de Fahrenheit para Celsius, 1nultiplicar a resposta obtida em (1) por 5/9. (3) Subtrair 40 da resposta obtida em (2). e. Te1nperaturas, em especial a temperatura corporal para fins clínicos, são arredondadas no grau decimal. 3. Conversão entre ºC e K é uma questão baseante sirnples, já que a unidade de medida cm cada sistema é o grau Celsius. Como afirmado anteriorn1ence, a escala Kelvin co1neça no zero absoluto tern1odinâmico, que é - 273,1ºC. Portanto, K

= ºC + 273, 1 e ºC = K -

273, I

E. Temperatura cinética média (TCM) 1. Du rante os anos de '1990, houve relatos de degradação de medica n·1entos resultante de condições de annazcna1nento e transporte inadeq uadan1ente controladas (incluindo o envio pelo correio de rnedica1nentos prescritos). E1nbora as condições de arn1azenan1ento previstas para a maioria dos farmacos e medicamentos incluam a temperatura an1biente controlada (TAC) estabelecida pela USP, entendeu-se q ue as flutuações de te1nperatu ra fora desse intervalo fora1r1 por vezes inevitáveis. Como resultado, os estudos foram conduzidos pela USP, e debates e conferências foran1 realizados a fin1 de resolver esse problema de 1nancir3 prática, mas científica. O resultado final foi redefinir a TAC para incluir o conceito de tempera tura cinética 1nédia (TCM). Essa definição da TAC é citada aqui: umperatura ambiente co11trolada - Uma temperatura mantida rcnnoscaricamentc que abrange o am-


Se não, passou. Se foi des~do, executar o passo 4. 4. Se o indicador deftctiu com qualquer uma das posições supracitadas, adicione um peso de 10 mg no lado mais le1oe da balança. O indicador voltou ao oonto de repouso ou foi IY.lra mais loni!t? Se sim, passou; se não, liúhou. 5. Mova os pesos de 10 g para todas as posições cm ambos os pratos da balança, por exemplo, ambos para a esquerda, ambos para a dirciti, um para a esquerda e um para a direita, ambos para atrás, ambos para a &ente, um para atrás e para &ente, etc. O indicador defletiu no mostrador? Se defletiu, execute a etapa 6. 6. Se o indicador defletiu com qualquer uma das posições supracitadas,adicione um peso de 10 mg no lado mais leve da balanç~. O indicador voltou ao ponto de repouso ou foi para mais longe? Se sim, passou; se não, fulhou. Teste do cawleiro e da escala graduada

t. Insira um peso de 500 mg sobre o prato esquerdo ela balança. Mova o cav.ileiro ou o peso da escala graduada para a posição de 500 mg. O indicador defletiu? Se não, passou. Se desviou, execute a etapa 2. 2. Se o indicador deAerou, coloque um peso de 6 mg sobre o prato da balança que estiver no lado mais lt\•e. O indicador voltou ao pomo de repouso ou foi para mais longe? Se sim, passou; se não, falhou. 3. Coloque um peso de 1 g sobre o prato esquerdo da balança. Mova o cavaleiro ou o peso graduado de 1 g de posição. O indicador deftetiu no mosmdor? Se não, passou. Se defletiu, execute a etapa 4. 4. Se o indicador defletiu, coloque um peso de 6 mg sobre o prato da balança no lado que mais estiver mais leve. O indicador voltou ao pomo de repouso ou foi para mais longe? Se sim, passou; se não, falhou. Esta balança passou pelos testes de desempenho supracitados.

Figura 14.1 Testes para uma balança de torção.

~nado

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

195

utilizando-se outros pesos de tamanho comparável e estabelecendo-se uma relação linear para a faixa de medjda. O procedin1ento é o seguinte: (a) Coloque papéis ou discos de pesagem em cada um dos pratos da balança. (b) Traga a balança até o equilíbrio, usando os pés de n ivela1nento situados na frente da balança. (e) Coloque o peso de 10 mg no prato do lado direito da balança. (d) Libere os pratos do repouso e leia o número de divisões para o qua l o ponteiro é defletido na escala graduada: - - - - - (e) Repita as etapas (c) e (d) usando urn peso de 20 1ng. Em quantas unidades o ponteiro da baJança é deslocado agora?------U1na relação linear existe se o valor encontrado em (e) for duas vezes n1aior do que o encontrado em (d), isto é, dobrando-se o peso, dobra-se também as deflexões. Se existe uma relação linear, a sensibiljdade pode ser calculada como demonstrado a seguir. Por exemplo, um peso de 10 mg fornece 1,5 deflexões, e um peso de 20 n1g fornece 3 deílexões (unia relação linear foi estabelecida). peso de 1 O n1g 1.5

deAcxõc.~

peso de x 1ng -----; X

1 deflexão

= 6, 7 n1g

Neste exemplo, a balança não encontra os critérios de uma balança Classe !Il. Lembre-se de que para uma balança Classe III, a sensibilidade deve ser 6 mg ou nlenos. Nesse exemplo, um peso niaior que 6 nig (6,7 mg) foi necessário para provocar uma deflexão. f. Manutenção e recondicionamento de balanças: para aquelas que precisam ser reparadas ou recondicionadas, entre em contato com o departamento de serviços do fabricante da balança. Há tan1bén1 en1presas que possuern equipa1nento e expertise para testar, calibrar, recondicionar e reparar balanças eletrônicas e de torção. Uma dessas empresas é Pharmaceutical Balance Systen1s; informações estão disponíveis em seu site www.Pharn1acyBalances.com ou e-mail: [email protected]. C. Pesos

Jogo de pesos

1. Os pesos métricos são os preferidos para a utilização na manipulação. Alguns conjuntos con-

têm pesos métricos e apotecá ri os na mesma caixa. Esses conjuntos deve1n ser uti lizados com extrema cautela, pois é fãcil selecionar um peso do sistema errado. Isso ocorre quando pessoas que não estão familiarizadas con1 ambos os siste1nas e usam esses pesos. 2. Todos os pesos deve1n cer construção cilíndrica, e pesos em fo rma de moeda não devem ser usados (3). 3. Os pesos devem ser guardad os em uma caixa resistente e con1pa rtin1entalizada e devem ser manuseados com pinças especiais para evitar a contaminação (3). 4. Classes recomendadas de pesos para prescrição a. A situa ção com as classes de pesos é um pouco confusa, visto que as designações de classe têm mudado ao longo dos anos, e muitos docun1entos e normas antigos ainda contêm as denominações de classes iniciais.

196

Judith E. Thompson

Tabela 14.1

Classe de pesos para precisão

OIMLR1111994

Circular NBS 547 Substituida em 1978

ASTM E617-1997

NIST 105-1 1990

Exatidão extra fina

El

o

E2

M,S

1

Exatidão fina

Fl

2

3

S· l

4

p

5 6

o

F2 Exatidão média M1 M2 M3

F

T

7

Adaptada de Weíghts and Measures Oívislon, NIST. Commonly asked quesrlons about mass standards. http:// ts.nlst.gov/WeightsAndMeasures/caqmass.cfm. Acessado em setembro de 2007.

Tabela 14.2

Tolerincias de pesos métricos -

Organização inlemacional R111

ANSVASTM E 617

,.

Classe

0,25 0,12 0,074 0,074 0,05 0.034 0,034 0,034 0,034 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010

Classe Tamanho

Ft

F2

MI

M2'

100 g 509 309 209 10 g 5g 3g 2g 1g 500m9 300 m9 200mg 100mg 50 mg 30m9 20m9 10m9 5mg 2mg 1 mg

0,5 0,30

1,5 1,0

5 3,0

15 10

0,20 0, 15

0,6 0,5

2,0 1,5

6 5

-

4 3 2,5 2,0 1,5

- - 0,25 o.e 2,5 8

- 0, 12 0,4 0,10 0,08

0,3 0,25

1,2 1,0 0,8

-

-

-

0,06 0,05 0,04

0,20 0,15 0,12

0,6 0,5 0,4

0,03 0,025 0,020 0,020 0,020

0,10 0,08 0,06 0,06 0,06

0,3 0,25 0,20 0,20 0,20

-

-

-

----

Circular NBS 547seção1

Classe

Classe

it

Classe 3

4

5

0,50 0,25 0,15 0,10 0,074 0,054 0,054 0,054 0,054 0,025 0,025 0,025 0,025 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014

1,0 0,6 0,45 0,35 0,25 0, 18 0, 15 0, 13 0,10 0,080 0,070 0,060 0,050 0,042 0,038 0.035 0,030 0,028 0,025 0,025

2,0 1,2 0,90 0,70 0,50 0,36 0,30 0,26 0,20 O, 16 0,14 0, 12 0,10 0,085 0,075 0,070 0,060 0,055 0,050 0,050

9 5,6 4,0 3,0 2,0 1,3 0,95 0,75 0,50 0,38 0,30 0,26 0,20 0,16 0,14 0,12 0,10 0,080 0,060 0,050

Classe 6

10 7 5 3 2 2 2 2 2 1 1 1 1

-

-

NIST

M'

s

S-1

p

Q

IOS-1 F

0,50 0,25 0, 15 0.10 0,050 0,034 0,034 0,034 0,034 0,010 0.0·10 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010

0,25 0,12 0,074 0,074 0,074 0,054 0,054 0,054 0,054 0,025 0,025 0,025 0,025 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014

1,0 0,60 0,45 0,35 0,25 0, 18 0, 15 0, 13 O,10 0,080 0,070 0,060 0,050 0,042 0,038 0,035 0,030 0,028 0,025 0,025

2,0 1,2 0,90 0,70 0,50 0,36 0,30 0,26 0,20 0,16 0,14 0,12 0, 10 0,085 0,075 0,070 0,060 0,055 0,050 0,050

9,0 5,6 4,0 3,0 2,0 1,3 0,95 0,75 0,50 0,38 0,30 0,26 0,20 0,16 0, 14 0,12 0, 10 0,080 0,060 0,050

20 10 6,0 4,0 2,0 1,5 1,3 1,1 0,9 0,72 0,61 0,54 0,43 0,35 0,30 0,26 0,21 0, 17 0, 12 o.10

Nota: todas as tolerância para essas classas e faixas ostâo om miligramas. "Tolerâncias de manutenção. "Individuais. Fonte:Troemner Mas.s Standards Handbook. Filadélfia, PA:Troemner. lnc., 2000; 6-7.

(1) Antes de 1978, as classificações e as especificações de pesos estavam contidas na Circular 547 NBS, que usou letras, como P e Q, para especificar as classes de peso (5). (2) Em 1978, a CircuJar 547 NDS foi substituída pela ASTM E 617 (Standard Specificatio11for Laboratory Weights and Precision Mass Standards), que utiliza as designações numéricas de

Oa 7 (5). (A norn1a ASTM ten1 uma designação fixa de E 617 com um número in1ediatamente a seguir indicando o ano da últin1a revisão e, algun1as vezes, este é seguido de um número entre parênteses co1n o ano da última aprovação. Por exemplo, no ano de 2007, a designação foi E 617-97 (2003), o que significa que 1997 foi o ano da últi1na revisão, e 2003 foi o ano da norma 01ais recente1nente aprovada [6].)

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

197

(31 A norma internacional, lnternational Recomcndation R 111, da Organisation Interna-

üonale de Mecrologie Legale (OIM L), usa classes E1, E2, Fl, F2, Ml, M2 e M3 (6). (41 A Tabela 14.1 apresenta uma comparação entre as várias designações de classes (5). Esta é especialmente útil no uso de documentos ou catálogos escritos en1 classes de pesos cm letras NBS ou classes R 111. A partir dessa tabela, é flícil verificar que a Classe P NBS é aproximadamente equivalente à Classe 4 ASTM. A Tabela 14.2 traz especificações niais detalhadas para as várias classes de pesos (7). b. Para manipulação com un1a balança de torção, o Capítulo (1.176) da USP recon1enda o uso de pesos Classe P (ASTM Classe 4) ou melhores, mas afirma que pesos Classe Q (ASTM Classe 5) podem ser usados, pois eles têm tolerâncias dentro dos li mites de exatidão exigidos para balanças Classe III (3). e. Conforme indicado na seção sobre testes para balanças, pesos ASTM Classe 1 são geralmente necessários para o teste e calibração de balanças eletrônicas, e pesos ASTM Classe 4, ou melhores, são recomendados para testes de balanças de prescrição de torção Classe III (3). d. Algu1nas vezes ocorrem confusões quanto as especificações dos pesos fo rnecidas no Capítulo (1.176} da USP, Balanças para prescrição e vidrarias volun1étricas, e aquelas descritas no Capítulo (41), sobre Pesos e balanças. O primeiro foi escrito especificarnente para a manipulação de prescrições. As especificações dos pesos dadas na seção (41} da USP foran1 escritas para as "pesagens exatas" dos ensaios da USP, e não para a 1nan.ipulaçào de medicamentos por farmacêuticos. A recomendação de que un1a categoria de peso seja escolhida de n1odo que a tolerânc ia dos pesos não ultrapasse 0,1% da quantidade pesada, conforme Capítulo (41} nã.o é um requisito para a pesagem feita na manipulação de medicamentos (8). e. Ao adquirir um conjunto de pesos para ser usado na n1anipulação ou nos testes para balanças, o farn1acêutico deve solicitar mais informações ao vendedor sobre a classe do peso ou conjunto de pesos, visto que as descrições apresentadas nos catálogos, como "conjunto de pesos métricos precisos" e "pesos exatos'', não fornecern infonnações suficientes. D. Papéis e recipientes de pesagem

Papéis e recipientes para pesagem.

1. Fármacos ou produtos quinlicos, ao seren1 pesados, nunca são colocados diretamente sobre

o prato da balança; urn papel de pesagem ou um recipiente descartável é colocado sobre o prato da balança, e a substância é colocada sobre ele. Um papel ou recipiente novo é usado para a pesagem de cada fannaco ou produto químico. Há várias razões para a utilização desses dispositivos: (i) protegem a balança de substâncias químicas nocivas ou corrosivas, (ii) evitam a contan1inação cruzada de fármacos e produtos quínlicos e (iii) elinlinan1 a necessidade de lavar o prato da balança entre pesagens diferentes de flírmacos ou produtos químicos. 2. Papel de pesagem a. Os papéis Glassine são os preferidos para a pesagem. Eles possuem un1a superfície lisa e brilhante que não absorve os nlateriais colocados so bre eles, e farn1acos e produtos quí1nicos são facil111ente deslizados e transferidos co1npletamente. Papéis glassines vên1 em vários tamanhos de 3"X 3" a 6"X 6"

'

198

Judith E. Thompson

b. Alguns farmacêuticos usam papéis usados no condicionamento de pós divididos como papéis de pesagem, un1a vez que eles preferen1 os forn1atos retangulares ou os ta1nanhos disponíveis. Esses papéis são disponíveis co1no papéis vegetais e apresentan1 vários tan1anhos. Eles são aceitáveis para a 1naioria dos propósitos, 1nas são mais absorventes do que o papel Glassine e não devem ser utilizados para a pesagem de líquidos viscosos, como alcatrão e ictamol. e. Os papéis de pesage1n devem ser dobrados para criar uma depressão ou um forn1ato de "barco", o que ajuda a conter a substância durante a pesagem e evita o derra1namento sobre os pratos ou plataforma da balança. A n1a neira mais lacil de fazer um barco para a pesagen1 é juntar os quatro cantos do papel. A depressão também pode ser feita dobrando o papel em quatro e, em seguida, abrindo a folha ou fazendo pregas longitudinais de 1/4 a 1/ 2 polegadas ao longo de cada lado do papel. 3. Recipientes para pesagem a. Os recipientes para pesagem estão disponíveis em uma grande variedade de tamanhos, formas e materiais. A maioria dos fornecedores de suprimentos para manipulação possui recipientes de pesagen1 de alun1ínio e poliestireno. Eles apresentam capacidades que varian1 de 5 a 250 mL e diferentes forn1atos: redondo, retangu lar, de barco, canoa e hexagonal. b. Embora esses recipientes sejam muito acessíveis e a forma mais segura de conter substâncias para pcsagen1, eles també1n são mais caros do que os papéis de pesagcrn. Eles têm a vantagem de seren1 úteis para a pesagem de líquidos, pois possuem lados firmes que contêm de forn1a mais segura o líquido a ser pesado.

PROCEDIMENTOS DE PESAGEM RECOMENDADOS Esta seção fornece procedimentos e inforn1ações gerais para a pesagem em balança de torção de dois pratos e eletrônica digital. Esses procedin1enros tan1bén1 são den1onstrados no Material con1ple1nentar on-line e uma lista abreviada dos mesmos é dada nas Figuras 14.2 e 14.3.

1. Posicione a balança sobre uma superficie plana em uma :írea longe de correntes de ar. 2. Verifique se o cavalei!\l ou o mostrador de pesos esti na posição ze!\l. 3. Usando os pés de nivcWn.enro situados na fu:nte da balança, traga-a até o equihbrio. Se a corrente de ar da sab afeta o movimento dos seus pratos, seu tampo de•-e ser fechado. Isso também é feito durante a pes;igent 4. Coloque um papel ou prato de pesagem em cada um dos pratos da balança. Eles devem ser colocados nos pratos da balança de uma forma que não interfiram sua livre circulação. 5. Com os papéis de pesagem na balança, repita o procedimento de trazer a balança ao equilíbrio. loo é necessário porque exisrem diferenças no peso dos papéis, mesmo sendo do mesmo tipo e tamanho. 6. Durante a operação de pesagem, mantenha os pratos da balança cm repouso quando adicionar alguma coisa neles. 7. Adicione os pesos externos na balança. Manuseie-os com pinças ou forceps. Os pesos externos são adicionados no prato do lado direito da balança. loo é importante, viSto que os pesos do cavaleiro e do mostrador são adicionados nesse lado. 8. Usando uma espátula, adicione o material a ser pesado sobre o papd ou recipiente de pesagem colocado no prato do lado esquerdo da balança. 9. Libere os pratos da balança com o mecanismo de travagem e observe o ponteiro para determinar se você transferiu a quantidade desejada de material, ou se muito ou pouco material foi adicionado. 10. Se os pratos não esáverem em equihbrio, volte à posição de repouso antes de adicionar ou retirar o material. Repita os passos 8 e 9 atê que o ponteiro indique que o equilíbrio foi alcançado. Se um peso aproximado foi obtido, adicione devagar pequenas quantidades da substância até que o peso exato seja alcançado. 11. Th•-e os pratos da balança e remov.i todos os pesos. tanto os e.xternos quanto os do cawleiro. Enquanto você faz isso. verifique se os pesos selecionados es1avam corretos. Recoloque-os nos compartimentos apropriados da caixa de pesos. 12. Se algum pó ou líquido for demmado acident21mente sobre os pratos ou pla12forma da bal2nÇ11,limpe 2balança.

• Figura 14..2 Procedimento para pesagem em uma balança de torção.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

199

1. Posicione a balança !Obre uma ruperlicic plana em uma área longe de correntes de ar. 2. Ligue a balança e pressione o botio de tara, o visor digital deve mootrar 0,000 g. Se conentes de ar da sala esti\'ercm afetando a balança (os números do m05trador digital O.!Cilam para baixo e para cima), a tampa da balança deve ser fechada ou uma proteção contra a corrente de ar deve ser colocada no lugar. Isso também é válido para detem1inar o equilíbrio durante o pro~ de pesagem. 3. Coloque um papel ou recipiente de pesagem sobre o prato da balança.Tunha certeza de que ela está posicionada de forma que não sofra interferência da timpa da balança, caso seja necessário fechá-la durante oprocedimento de pesagem. 4. P=ione o botio tara novamente para tarar o peso do papel ou recipiente de pesagem; o visor digital deve mostrar 0,000 g. 5. Usando uma espátula, adicione o material a ser pesado no papel ou recipiente de pesagem colocado sobre a balança até o valor desejado aparecer no moscrador. 6. Se algum pó ou líquido for derramado sobre oo pratos ou plaetforma da balança, limpe a balança. Figura 14.3

Procedimento para pesagem em uma balança eletrônica.

A. Pesagem em uma balança de torção 1. Posicione a balança sobre uma superficie plana em uma área longe de correntes de ar. 2. Verifique se o cavaleiro ou o n1ostrador de pesos esci na posição zero. 3. Usando os pés de nivelamento situados na frente da balança, traga-a até o equilíbrio. Ele é alcançado quando o ponteiro permanece ern repouso no centro da escala ou quando se 1novin1enta em igual número de divisões para a direita e para a esquerda da posição cen tral. Se a corrente de ar da sala afeta o rnovimento dos pratos da balança, seu tampo deve ser fechado . Isso tambén1 é feito durante a pesagem. 4. Coloque um papel ou prato de pesagem em cada balança. Eles devem ser colocados nos pratos da balança de uma forn1a que não interfiram na sua livre circ ulação. 5. Com os papéis de pesagen1 na balança, repita o procedi mento de trazer a balança ao equilíbrio. Isso é necessário porque existem diferenças no peso dos papéis, mesmo sendo do mesmo tipo e tamanho. 6. Du rante a operação de pesagem, mantenha os pratos da balança em repouso ao adicionar papéis, pesos ou substâncias a sere1n pesados. Algumas balanças de torção mais novas permitem que o mostrador de peso seja ajustado sem que os pratos estejam em repouso. 1. Adicione os pesos externos na balança. Algumas balanças de prescrição de dois pratos têm duas escalas sobre a mesma graduação; un1a é o sistema n1étrico (0,01 g) e outra o sistema de boticário (0,2 grãos). Muita atenção deve ser dada ao utilizar esse mostrador para garantir que a escala correta esteja sendo lida. 8. Manuseie os pesos externos com pinças, nunca com os dedos. Esses pesos são adicionados no lado direito da balança; tal procedin1ento é importante, pois os pesos do n1ostrador ou cavaleiro são adicionados nesse lado. Se uma combinação de pesos externos e da própria balança for utilizada, a colocação dos pesos do lado errado resultaria em um peso que é a diferença dos dois, em vez da soma. Se você não tiver feito a pesagem recentemente e esquecer qual o lado correto dos pesos externos, use algum peso e observe para qual lado a balança pende, este é o lado certo. 9. Usando uma espátula, adicione o material a ser pesado sobre o papel do prato situado no lado esquerdo da balança. Quand o usar uma espátula para esse propósito, pode ser útil segurá-la entre os dedos polegar e n1édio para que o indicador fique livre para tocar na lân1ina da espátula. Isso faz com que pequenas quantidades da substância sejam adicionadas a partir da espátu la. 10. Libere os pratos da balança com o mecanismo de travagem e observe o pontei ro detenninar se a quantidade desejada de material foi transferida ou se muito ou pouco material foi adicionado. 11. Se os pratos não estiverem em equilíbrio, volte à posição de repouso antes de adicionar ou retirar o material. R epita os passos 9 e 10 até que o ponteiro indique que o equilíbrio foi alcançado. Se um peso aproximado foi obtido, adicione devagar pequenas quantidades da substância até que o peso exato seja alcançado. 12. Trave os pratos da balança e remova todos os pesos. Tanto os externos quanto os do mostrador ou cavaleiro. Enquanto você faz isso, veri fiq ue se os pesos selecionados estavam corretos. R ecoloque-os nos compartimentos apropriados da caixa de pesos.

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Judith E. Thompson

13. Se algum pó ou líquido foi derramado acidentalmente sobre os pratos ou plataforma da balan-

ça, limpe a balança. B. Pesagem em balança eletrônica

Consulte o manual do operador para as instruções específicas de pesage1n para esta balança. Algun1as balanças têm vários n1odos para diferentes sisten1as de pesage111 e duas faixas de capacidade de pesage1n; certifique-se que a balança esteja no modo apropriado para a pesagen1 no sistema métrico na faixa apropriada para a pesagem que está sendo realizada. Os passos seguintes fornccen1 os procedituentos gerais para a 1naioria das balanças eletrônicas. U1na breve versão passo a passo é dada na Figura 14.3. 1. Posicione a balança sobre un1a superfície plana, em u111a área longe de correntes de ar. 2. Ligue a balança e pressione o botão de tara, o mostrador digital deve mostrar 0,000 g. Se uma corrente de ar da sala estiver afetando a balança (os números do mostrador oscila1n para baixo e para cin1a), a tan1pa da balança dever ser fechada, uma proteção contra correntes de ar deve ser colocada no local, ou a balança deve ser instalada em outra área livre de correntes de ar. Isso também é válido para determinar o equilíbrio durante o processo de pesagem. 3. Coloque um papel ou recipiente de pesagem na balança. Tenha certeza de que ela está posicionada de forma que não sofra interferência da sua própria tampa ou da proteção contra correntes de ar caso seja necessário usá-las durante o processo de pesagem. 4. Pressione o botão tara novamente para tarar o peso do papel ou o recipiente de pesagem, o mostrador digital deve exibir 0,000 g. 5. Usando u1na espátula, adicione o n1ateria l a ser pesado no papel ou no recipiente de pesagem colocado sobre a balança. Ao usar u n1a espátula para esta finalidade, você pode achar úti l segurá-la entre os dedos polegar e n1édio para que o indicador esteja livre para tocar na lâniina da espátula. Essa é uma boa n1aneira de verter pequenas quantidades de fárn1acos de modo controlado, a partir de um toque na espátula. À medida que você se aproxin1ar do peso requerido do material, adicione cuidadosamente pequenas quantidades do mesmo, até que o peso exato seja alcançado. Se você ultrapassar o peso desejado, simplesmente remova o excesso de pó ou outro material com a espátula. 6. Se algum pó ou líquido for derra1nado acidenta ln1ente sobre os pratos ou plataforn1a da balança, lin1pe a balança.

VIDRARIAS VOLUMÉTRICAS A. Definições 1. Capacidade: é o volume, na graduação máxima, que um recipiente conterá (denominado

como "TC" ou to contain, em inglês) ou transferirá (denominado "TD" ou to deliver, em inglês) na temperatura indicada no recipiente. No geral, cálices graduados, buretas e provetas são calibrados TD, enquanto balões volumétricos, TC. 2. Proveias graduadas: consistem em um recipiente de medida que apresenta forma cilíndrica circular e reta, cujos lados são paralelos entre si e perpendiculares à base.

Provetas graduadas

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

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Cálices graduados

3. Cálice graduado: é um recipiente de n1edida cônico, cuja seção transversal é circular, mas os lados afastan1-se a partir da base. A circunferência do recipiente é maior no topo do que na menor ma rca de graduação. B. Recipientes volumétricos recomendados no Capítulo (1.176) da USP: 1. A USP te1n dois capítulos sobre vidrarias volun1étricas. O Capítulo (31). Vidrarias volumétricas, é escrito para medidas precisas de volun1e realizadas nos testes da USP. O Capítulo (1.176) foi escrito para a prát ica da manipulação e lista as seguintes vidrarias para a 1nedida de volu1nes de líquidos na manipulação e dispensação: a. Buretas b. Pipetas e. Provetas d. Cálices graduados e. Conta-gotas 2. Buretas, pipetas e provetas graduadas (sistema métrico ou apotecário) a. O Capítulo (1.176) afirma que, para uso farmacêutico, essas vid rarias deven1 c umprir con1 as especificações estabelecidas no NTlS* COM-73-10504 (3). Esse documento é designado como Circular NBS 602, Testing Glass Volun1etric Apparatus. Foi publicado pelo Nl3S (agora N IST) en1 1959, 1nas não é encontrado mais na forn1a i1npressa e, portanto, não pode ser encomendado ao NTIS; encontra-se disponível en1 forn1ato pdf no site da internet do NIST (9) b. A NBS C ircular 602 é um docu mento de 14 páginas com informações técnicas e especificações para muitos tipos de vidrarias volumétricas; entretanto, especificações para cálices graduados não estão incluídas nesse documento (10). e. Segue um resumo da Circular 602 de especificações para buretas, pipetas e provetas graduadas utilizadas na farmácia. Essas informações devem ser úteis na tornada de decisões sobre a compra desses materiais. Muitas marcas de vidrarias volumétricas que estão disponíveis e são comercializadas para farmácias não apresentam essas especificações. (Lembre-se que a conforn1idade con1 essas especificações não é lega lrnente requerida a n1enos que seja determinado por lei estadua.I ou federal. Consulte os códigos e estatutos de farmácia aplicáveis para descobrir o que é exigido para o seu loca.1 de prática.) 111 Constituídos de vidro de boa qualidade, transparente e livre de defeitos. (21 Seção transversal circular que pennita esvaziamento, drenagen1 e limpeza con1pletos. (31 Marcas de graduação que sejam finas e claras, permanentes e de largura unifon ne e com espaço claro entre as linhas adjacentes. (41 Marcas de graduação en1 apenas unia escala, 1nétrica ou apotecária, mas não ambas. (51 Graduado como to co11tai11 ou to deliver (en1 outras palavras, provetas graduadas que tenham um a esca la nun1erada orientada para cin1a e tan1bém u n1a escala inversa orientada para baixo não cu1nprem tal norma).

• NTIS (National Technicol lnfonnation Service) não deve ser confundido com o NIST: NTIS é uma agência do U.S. Commerce Dep~rtmeot que serve co1no repositório e disseminador de i nform~ções e documeocos governamentais.

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Judith E. Thompson (6) Não há linhas de divisão entre a base e a primeira linha de graduação numerada (A NBS

Circular 602 não traz nenhuma afirmação sobre a exigência de intervalo inicial [p. ex., um quinto da capacidade da vidraria] como existe para as provetas e cálices graduados no Handbook 44). (7) Uma inscrição permanente com a capacidade e temperatura (20 ou 25°C) em que a vidraria deve ser usada, e se calibrado corno TC (to contain) ou TO (to deliver) (10). 3. Cálices graduados a. O Capítulo (1.176) lista tan1bén1 cálices graduados co1no vidrarias de nledida aceitáveis para a 1nanipulação de 1nedicarnentos, e exige que essas vidrarias apresentem as especificações descritas na 4ª edição do Handbook 44 (3). (Como é descrito no início desce capítulo, o Hatidbook 44 foi publicado pela prin1eira vez em 1949, e é publicado anualmente após o Annual Meeting ofNCWM, portanto, agora encontra-se bem além da 4ª edição. O documento completo, atualizado e várias edições anteriores encontra-se disponível no sítio da internet do NIST.) b. E1nbora o Capítulo (1.176) especifique somente que os cálices graduados deven1 apresentar as especificações do Haudbook 44, a seção sobre vidrarias do Haudbook 44 descreve cais especificações para ambos provetas e cálices (1,3). e. A seguir é apresentado uru resumo das especificações descritas na seção sobre vidrarias do Hmidbook 44. Para atender as normas do Capítulo (l .176), os cálices graduados para uso na nlanipulação devem ter essas características. Nos Estados onde estatutos exigem que as vidrarias cumpra1n com os requisitos descritos Handbook 44, todos aqueles utilizados na nlanipulação devem seguir tais norn1as. (1) Fabricados de vidro de boa qualidade, claro, transparente, livre de defeitos, co1u espessura uniforme, porém não excessivan1ence espesso. (2) Marcas de graduação que sejam contínuas, uniformes, claras e permanentes. (3) Um intervalo inicial que não seja subdividido e que não seja menos que um quinto ou 1nais que uni quarto da capacidade da vidraria (p. ex., para uma vidraria com capacidade de 100 mL, a prin1eira 111arca de graduação não pode ser inferior a 20 ntL ou superior a 25 niL). (4) Graduado to detiver a 20ºC e permanentemente e visivelmente marcado com essa informaçao. (5) Vidrarias com capacidade superior a 15 mL podem ser cilíndricas ou cônicas, mas os con1 capacidade inferior a 15 niL deve1n ser cilíndricas. (6) As vidrarias podem ter uma dupla escala (mililitros e onças); para aquelas de escala única, a graduação principal deve envolver con1pletamente a vidraria e as graduações secundárias devem se estender pelo menos até a metade; nas vidrarias de dupla escala deve existir um espaço livre entre as extremidades das graduações principais das duas escalas (1). (Lembre-se que a NBS Circular 602 não permite duas escalas; essa é provavelmente a razão pela qual as provetas possuem uma única escala, nias cálices, os quais precisa1n apenas atender ao Handbook 44, são disponíveis com duas escalas.) d. As capacidades, faixas, intervalos e nú1neros de graduações para os vários tamanhos são fornecidos em urna tabela de valores no Haudbook 44 (1). C onsulte este documento para obter detalhes. 4. Conta-gotas a. Especificações para conta-gotas são descritas nos Capítulos (1.176) e (1.101) da USP. b. Conta-gotas graduados são descritos no Capítulo (1.101); quando niantidos na posição vertical, eles liberam gotas de água pesando entre 45 mg e 55 nlg cada uma. Esse capítulo afirma que o erro de volurne para tais conta- gotas não deve exceder 15% (11). e. Conta-gotas não graduados são descritos no Capítulo (1.176); a dimensão da extren1idade externa do conta- gotas não graduado é a mesma do conta- gotas graduado (3 mm), e o tan1anho da gota é esscncialn1ente o mesmo, mas a especificação descreve que 20 gotas de água pesam 1 g a temperatura de 15°C, com un1a tolerância de 10% (3). d. Observe que para a1nbos os tipos de conta-gotas, a calibração é feita en1 tennos de água. Outros líquidos têm diferentes tensões superficiais e viscosidades, os quais proporcionam volumes de gotas diferentes. Portanto, se um conta-gotas for utilizado para a medida de u111 líquido, ele deve ser calibrado com o líquido a ser medido. Isso é feito segurando o conta- gotas verticalmente, liberando um determ inado nú1nero de gotas en1 uma pequena proveta graduada e medindo exatan1ente o volun1e liberado. e. Devido a disponibilidade geral e 111aior exatidão oferecida pelas seringas e pipetas, os conta-gotas têm utilidade limitada como dispositivos de medida para a manipulação.

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A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

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C. Outras vidrarias volumétricas

E1nbora os seguintes itens não sejam listados corno vidrarias volu métricas no Handbook 44, na NBS Circular 602, ou na USP, farmacêuticos e técnicos de furmácia costumam usá-las para medir volumes durante a manipulação de med.ica1nentos. Cada uma tem vantagens e li1nitações que devem ser cuidadosamente consideradas. 1. Seringas a. As seringas descartáveis de plástico estão disponíveis em tamanhos que varian1 de 0,5 1n La 60 mL. b. As seringas pequenas de 1 e 3 nú. são úteis para medir volu111es menores que o mínin10 de 2 mL recon1endado para provetas de 10 m L. Micropipetas também são úteis para essa finalidade. e. As seringas de tamanho adequado podem ser preferidas em vez de provetas graduadas para a medida de líquidos viscosos, como glicerina ou óleo mineral, pois esses líquidos escoam lentan1ente e, às vezes, de fonna incon1pleta a partir das provetas. 2. Béqueres graduados

Béqueres graduados

a. Béqueres de vidro são utilizados na farmácia como recipientes para a manipulação de líquidos e para n1uitos outros fins. Eles estão disponíveis cm tamanhos que variam de 50 a 1.000 n1L e béqueres de maiores capacidades são disponibil izados por alguns fornecedores. b. A maioria dos béqueres de vidro possui marcas de graduação pintadas. Gera lmente, essas a1arcações não forneccn1 medidas de volu1ne precisas e não são destinadas a 1nedidas exatas. A menos que os béqueres sejam calibrados e marcados com água medida em uma proveta graduada, eles não devem ser utilizados quando medidas exatas forem requeridas, tal como quando o vol un1e é ajustado ao volun1e fi nal desejado. 3. Frascos de prescrição graduados a. Os frascos de prescrição de plástico ân1bar, chamados de frascos de prescrição ovais (do inglês, prescriptio11 ovais), são usados na dispensação de medicamentos e outras preparações líquidas. Eles são con1u1nente disponíveis nos seguintes tan1anhos: 2, 3, 4, 6, 8 e 16 oz, que correspondem a capacidades métricas de 60, 90, 120, 180, 240 e 480 mL. Eles têm marcas de graduação em relevo ao seu redor. b. Co1110 os béqueres graduados, as marcações de volurne nos frascos de prescrição graduados são aproxin1adas. (11 As marcações de volun1e são suficientemente exatas para medir e dispensar u1n produto líquido fabricado, quando a concentração do produto não depende da exatidão destas. (21 Embora os frascos de prescrição graduados não sejam destinados à medidas exatas, nos últin1os anos a qua lidade de algutnas rnarcas de frascos nlelhoraran1 ao ponto de tornarem- se bastante exatos e proporcionarem erros de medida dentro dos limites usuais de ::!:: 100~. Os farmacêuticos preferetn muitas vezes completar o volume final das preparaç.ões líquidas manipuladas nos frascos de prescrição fi nais, especialmente no caso de preparações líquidas viscosas, visto que não há perda de 1naterial na transferência como a parti r de uma proveta. Se frascos de prescrição estão sendo usados dessa manefra, as

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marcações de calibração nos frascos devem ser checadas. Para fazer isso, meça exatamente a água ou outros líquidos móveis compatíveis en1 un1a proveta graduada e use esse volume para verificar as marcações da graduação sobre o frasco.

RECOMENDAÇÕES PARA O USO DE VIDRARIAS VOLUMÉTRICAS A. Para a máxima exatidão na medida, selecione uma vidraria ou outro dispositivo de medida com uma capacidade igual ou ligeiramente maior do que a do volun1e a ser medido (3). Para vidrarias graduadas, quanto menor for o volume a ser medido como uma porcentagem da sua capacidade, rnaior será o porcentual de erro a partir de um dado desvio na leitura do rnenisco. A regra geral é medir volumes não menores que 20% da capacidade da vid rari a. B. Provctas graduadas são preferidas para a medida cm relação aos cálices graduados. Devido ao diârnetro constante de urna proveta graduada, u111 dado desvio na leitura (p. ex., ± 1 rnm) fornece un1 erro constante no volun1e medido ao longo de todo o comprimento da proveta. Isso não ocorre com os cálices graduados, em que o diâmetro aumenta de n1odo contínuo a partir da base até a n1arca de graduação superior. Portanto, um erro na leitura do menisco de + 1 mm pode causar um erro no volume de 0,5 mL em qualquer ponto de uma proveta de 100 n1L, mas esse rnesmo desvio de 1 pode causar um erro de volume n1uito maior (- 1,8 n1L) na 111arca de 100 mL de um cálice graduado de 4 oz (3). C. De acordo com o Capítulo (1.176) da USP, os cálices graduados co1n capacidade inferior a 25 mL não deven1 ser usados na manipulação de n1edican1entos (3). O Handbook 44 lirnita en1 15 rnL (1). D. Ao ler o volume de líquido em uma vidraria ou outro dispositivo de rnedida volurnétrico, a marca de graduação, o 111cnisco do liquido e os olhos deve1n estar todos alinhados. Isso 1ninimiza os erros causados pelo efeito de paralaxe. E. Como indicado na discussão sobre especificações para vidrarias volun1étricas, estas deven1 conter urna inscrição com a temperatura em que forarn calibradas; na maioria das vezes esta temperan1ra é de 20ºC. Embora que as medidas idealmente devam ser feitas na rnesma tcn1pcratura de calibração, na 1naioria das situações de n1anipulação, um desvio modesto dessa ternperatura não causa um erro inaceitável na medida do volume. Se um volume muito preciso for necessário (p. ex., para propósitos analíticos), as temperaturas do líquido e do ambiente devc111 ser as mcsn1as da temperatura de calibração da vidraria, ou uma correção no volume em função da temperatura deve ser realizada. A NBS Circular 602 traz uma tabela com esses valores de correção para a água (10). •

Referências 1. Wc1ghu and Mcuur 70%, é urn desinfetante eficaz. E' superior ao etanol como antisséptico. (6) Acondicionamento e armazenamento: em recipientes perfeitamente fechados , longe do fogo. ' b. Alcool lsopropílico para Limpeza USP (5,8) ' (1) Teor: não ntenos que 68% e não mais que 72% de Alcool Isopropílico por volume (v/v), sendo o restante constituído de água; con1 ou sem estabilizantes, essências oleosas e corantes autorizados pela FDA para o emprego em medicamentos. ' (2) Descrição: é semelhante ao Alcool Isopropílico, exceto pelo fato de poder apresentar cor devido à adição de corantes. A presença de odores depende da adição de outras substân. . c1as, como essenc1as. (3) Densidade específica: entre 0,872 e 0,883. ' (4) O Alcool Isopropílico para Limpeza é empregado apenas para uso externo. Pode ser usado co1no um veículo ou solvente para fánnacos que são usados em ntedicamentos de uso tópico. Apresenta ação antisséptica. ' c. Alcool Isopropílico Azeotrópico USP (5,8) ' (1) Teor: não menos que 91,0 % e não n1ais que 93,0 % de Alcool Isopropílico por volume (v/v), se ndo o restante constituído de água. (2) Descrição: sen1elhante ao Álcool lsopropílico. (3) Densidade específica: entre 0,815 e 0,810. (4) Acondicionan1cnto e annazena111ento: en1 recipientes perfeitamente fechados, longe do fogo.

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C. Uso de Alcool em medicamentos de uso pediátrico ' 1. Durante muito tempo, a American Academy of Pediatrics tem alertado sobre o uso de Alcool

en1 ntedican1entos ora is para crianças (10). Isto levou a FDA a definir os lin1ites máxi1nos de concentração de álcool em medicarnentos de venda livre, destinados à ingestão oral (11). a. Nos produtos rotu lados para uso por adultos e crianças co n1 12 anos de idade ou mais, a quantidade de álcool no produto não deve exceder 10%. b. Nos produtos rotulados para uso por crianças de 6 a 12 anos de idade, a quantidade de álcool no produto não deve exceder 5%. c. Nos produtos rotulados para uso por crianças 111enores de 6 anos de idade, a quantidade de álcool no produto não deve exceder 0,5%. 2. Alé1n disso, a quantidade de álcool presente no produto deve ser indicada em termos de % v/v de álcool absoluto, a 15,56°C e a indicação da porcentagem presente no produto deve aparecer ben1 visível e evidente na "frente do ntedican1ento". Para qualquer medican1ento de venda livre destinado à ingestão contendo oral menos que 0,5% de álcool e rotulado para uso por crianças de 6 a 12 anos de idade, o rótulo deve conter a seguinte declaração na seção de orientações para uso: "Consulte u1n rnédico para uso em crianças n1enores de 6 a nos de idade." 3. Os medicamentos que se seguem estão temporariamente isentos dessas disposições: (i) extrato fluido aron1ático de cáscara, (ii) extrato fluido de cáscara sagrada, e (iii) medicamentos horneopáticos de uso oral. O xarope de ipeca é isento do disposto para crianças menores de 6 anos de idade, pois é um importante medicamento de venda livre que é usado para causar vômito no caso de intoxicação. O álcool é usado na preparação do xarope para garantir a con1pleta extração dos alcalóides do pó de ipeca. Co1no resu ltado, o xarope de ipeca contém entre 1,0 e 2,5% de álcool.

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Para cumprir com tal exceção, os rótulos dos produtos de ipeca devem conter uma declaração visível em letras vem1elhas e caixa alta afirmando: "Para uso en1 emergências para provocar vômjto em caso de intoxicação. An tes de usar, contate in1ed iatamente uni médico, o Control Center de intoxicação ou a en1ergência do hospital, para aconselhamento." O rótulo deve indicar também: "dose habitual: 1 colher de sopa (15 ntllilitros) em crianças com mais de 1 ano de idade." 4. Esses regulamentos da FDA atingen1 apenas medican1entos de venda livre de uso oral, assim, produtos como antissépticos bucais, que contêm um alto teor alcoólico, pennanecem isentos. Alén1 disso, é perniitida um a n1aior flexibilidade para a prescrição de medicamentos n1anipulados. Ver o Exen1plo de Prescrição 31.2, no Capítulo 31, para exe1nplo de cálculo envolvendo álcool en1 un1a preparação pediátrica manipulada prescrita.

GLICÓIS A. Informações gerais 1. Os glicóis são di-hidroxi alcoóis. Devido a sua estr utura q uímica, eles têm n1ais de um sítio para a formação de ligações de hidrogênio e, portanto, considerando as suas massas moleculares, apresentam solubilidade aquosas maiores e pontos de ebulição mais elevados (são menos voláteis) do que un1 comparável hidroxiálcool. Por exemplo, o etanol apresenta ponto de ebulição de 78ºC, enquanto o estruturalmente comparável di- hidroxi etilenoglicol tem u m ponto de ebulição de 197°C. O etilenoglicol deve a sua utilidade con10 u1n anticongelante devido as suas propriedades de baixo ponto de congelamento, elevado ponto de ebulição e alta solubilidade aquosa. Da mesma forma, os polietilcnoglicóis têm elevada solubilidade cm água, e1nbora sejam compostos orgân icos de elevada massa molec u lar. 2. Tal como acontece com alcoóis , os glicóis variam muito em relação a sua toxicidade, e um único átomo de carbono separa o farmaceuticamente útil e não tóxico propilenoglico do altamente tóxico etilenogl icol. Tenha certeza de usar ape nas glicóis aprovados para a final idade pretendida, seja para uso interno ou externo. B. Tipos de glicóis USP-NF 1. Glicerina USP (glicerol) (5,8) C3 H 8 0

3

MM = 92,01

HO~OH OH

a. Teor: não menos que 99,0 % e não mais que 101,0 % de C 3Ha03 • b. Descrição: líquido viscoso, incolor, claro; pratican1ente inodoro e higroscópico, pH neutro. e. Densidade específica: não menos que 1,249. d. Solubilidade: miscível com água, etanol, álcool isopropílico, propilenoglicol e polietilenoglicol 400; solúvel na concentração de 1 g/15 niL de acetona; insolúvel em clorofórmio, éter, óleos fixos, óleo nüneral e óleos voláteis. , e. E empregado como solvente ou veículo para a preparação de formas farmacêuticas destinadas ao uso interno ou externo. Apresenta propriedades umectantes e conservantes. f. Acondicionamento e armazenamento: em recipiente perfe itamente fech ado. N o ta: Em maio de 2007, a FDA en1itiu uni alerta aos fabricantes de produtos farmacêuticos, fornecedores, reembaladores de medican1entos e profissionais da saúde que nlanipula1n med icamentos, para que sejam cuidadosos em garantir que a glicerina, um edulcorante utilizado mundialmente em medicamentos de venda livre e que são vendidos mediante prescrição, não esteja contantlnada con1 dietilenoglicol (DEG). O DEG é um veneno conhecido, usado como anticongelante e como solvente. O incidente mais recente de envencnan1ento ocorreu no Panamá en1 seten1bro de 2006 e envolveu glicerina contaminada com DEG, usada en1 xarope para a tosse, o que resultou cm dúzias de internações por danos graves e n1ais de 40 mortes. No final de 1995 e início de 1996, pelo menos 80 crianças morreram no Haiti devido ao emprego de glicerina contaminada con1 DEG e1n um xarope de aceta1ninofeno. Entre 1990 e 1998, incidentes semelhantes de intoxicação por DEG ocorreram na Argentina, Bangladesh, Índia e Nigéria resultando en1 centenas de mortes. En1 1937, 1nrus de 100 pessoas 1norrera1n nos Estados Unidos após a ingestão do Elixir de Sulfanilantlda contaminado com DEG, o qual foi usado para tratar infecções. Esse incidente levou à promulgação da Federal Food, Drug and Cosmetic Act, o qual é o principa l estatuto dessa Nação sobre a regula1nentação de medicamentos (12). 2. Solução Oral de Glicerina USP (5,8)

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a. Teor: não n1enos q ue 95,0% e não mais que 105,0% de C 3H 80 3. b. Descrição: semelhante à Glicerina USP, exceto que o pH é entre 5,5 e 7,5. e. Solubilidade: se1nelhante à Gl icerina USP. d. E' u.~ado como un1 veículo ou solvente para a preparação de fonnas farmacêuticas de uso oral. e. Acondicionamento e armazenamento: em recipiente perfeitamente fechado. 3. Solução Oftálmica de Glicerina USP (5,8) a. Teor: não menos que 98,5% de C 3 H 80 3 ; pode conter un1 ou mais conservantes antimicrobianos adequados. b. Descrição: se1nelhante à Solução Oral de Glicerina U SP, exceto que é estéril. e. Solubilidade: se1nelhante à Gl icerin a USP. d. Para uso oftáln1ico. e. Acondicionamento e armazenamento: em recipientes de vidro ou plástico, perfeitamente fechados, com volume não superior a 15 mL e protegido da luz. O recipiente ou embalagem externa é lacrado e à prova de violação para que a esterilidade seja garantida na abertura. 4. Propilenoglicol USP (5,8,13)

MM = 76,09

HOI OH

a. Teor: não menos que 99,5% de C 3 Hs0

2.

b. Descrição: liquido viscoso, incolor e claro; praticarnente inodoro e higroscópico. e. Densidade específica: entre 1,035 e 1,037. d. Solubilidade: miscível con1 água, álcool etílico e isopropílico, acetona, glicerina, polietilenoglicol 400, clorofórmio e éter; dissolve muitos óleos voláteis, mas é imiscível com óleos fixos e com o óleo mineral. e. É empregado como solvente ou veículo para a preparação de formas farmacêuticas destinadas ao uso interno ou externo. É igualmente útil como umectante e conservante. 5. Polietilenoglicol NF(8,9,l3) a. Polietilenoglicol, também conhecido como PEG, consiste em um polímero do óxido de etileno e água. Apresenta a fórmula estrutural H(OCH 2C H2).0H, em que n representa o número de unidades de óxido de etileno. b. Os PEGs são rotulados com um nún1ero que indica o a nlassa molecular non1i nal média do polietilenoglicol. Essa massa n1olecu lar varia entre 200 e 8.000; os polietilenoglicóis 200, 300, 400 e 600 são líquidos em temperatura ambien te, e aqueles polímeros de maior massa n1olecular aprescnta1n-se na forma sólida (ver Capítulo 24, Tabela 24.1). e. O polietile noglicol 400 é o PEG líquido mais comumente utilizado como veícu lo ou solvente na preparação de formas fannacêuticas destinadas ao uso interno e externo. É um líquido viscoso, incolor, claro, pouco higroscópico e co1n leve odor. Congela a 6ºC e apresenta densidade específica de 1,12 a 25°C. d. Solubilidade: todos os PEGs são solúveis e111 água e muitos são solventes orgânicos. O PEG 400 é miscível com água, álcool eálico e isopropílico, acetona, glicerina e propilenoglicol. E' itn iscível com óleos fixos e com óleo mineral. e. Acondicionamento recomendado: recipientes perfeitamente fechados.

CETONAS A. Informações gerais 1. Exjsten1 apenas dois veículos oficiais no grupo das cetonas, Acetona e Metilisobutilcetona. A

Metiletilcetona não é uma substância oficial, mas é descrita na seção reagente da USP, uma vez que é usada como solvente em ensaios, análises e processamento. 2. As cetonas oficiais tên1 utilidade li1nitada devido a sua volatilidade, inflamabilidade e toxicidade. Elas tê1n algumas propriedades únicas que as tornam úteis como solventes. 8. Acetona NF(9,13)

C3 1-160

MM = 58.08

o

HJC

)l

CH3

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1. Descrição: líquido volátil, móvel, incolor e transparente que entra em ebulição a 56,5ºC.

Apresenta odor característico. Uma solução 1 para 2 com água apresenta pH neutro. PRECAUÇÃO - A acetona é muito inflamável. Não empregar onde possa sofrer ignição. 2. Densidade específica: 0,788 (não > 0,789). 3. Solubilidade: miscível com água, álcool, éter, cloro!ormio e na ma ioria dos óleos. 4. Acondicionamento e artnazenan1ento: em recipientes perfeitamente fechados longe do fogo.

ÓLEOS A. Informações gerais 1. Os óleos oficiais da USP-N Festão listados na Tabela 15.1.

2. Tal como referido na introdução deste capítulo, alguns óleos vegetais especiais e óleos essenciais são usados principalmente con10 flavorizantes e essências. A seção do Natio11a/ Formulary da USP- N F tem monografias de vários óleos desse ti po, como Óleo de Anis, de Lin1ão e de R osas. Estes são discutidos no Capítulo 21, Corantes, flavorizantes, edulcorantes e essências. B. Óleos , USP-NF 1. Oleo de Amêndoas NF (8,9): a. Descrição: líquido oleoso, claro, incolor ou pouco amarelado; claro a - IOºC, congela a - 20ºC. b. Densidade específica: 0,910 a 0,915. e. Solubilidade: insolúvel em água, pouco solúvel en1 álcool; miscível com óleo 1nineral e , outros óleos fixos, éter, clorofórmio e hexano. 2. Oleo de Ricino USP (5,8): a. Descrição: líquido viscoso, transparente, amarelado ou quase incolor; apresenta odor suave. b. Densidade especifica: 0,957 a 0,961. e. Solubilidade: insolúvel em água e Óleo Mineral; solúvel em Álcool; miscível com Álcool Desidratado, outros óleos fixos, ácido acético glacial, clorofórn1io e éter. 3. Ó leo de Mi lho NF (8,9) 8 . Descr ição: líquido oleoso, a111arelo-claro, apresenta ndo odor suave característico. b. Densidade específica: 0,914 a 0,921. e. Solubilidade: insolúvel em água, pouco solúvel em álcool, miscível com óleo mineral, outros óleos fixos, éter, clorofórmio e hexano. 4. Ó leo de Se111ente de Algodão N F (8,9) 8 . Descrição: líquido oleoso, a1na relado. Inodoro ou quase inodo ro. Partículas de gordura poden1 começar a p recipitar a lOºC. Solidifica entre O e - 5°C. b. Densidade específica: 0,915 a 0,921. e. Solubilidade: insolúvel em água, pouco solúvel en1 álcool; miscível co111 óleo minera l e outros óleos fixos; éter, clorofórmio e hexano. 5. Óleo Mineral USP (5,8) a. Descrição: líqu ido oleoso, tr;insparente e incolor. Inodoro à temperatu ra ambiente. b. Densidade específica: 0,845 a 0,905. e. Solubilidade: insolúvel em água e álcool; solúvel em óleos voláteis; n1iscível con1 a maioria dos óleos fixos, mas imiscível com o óleo de rícino. ' 6. Oleo Mineral Leve USP (8,9) a. Descrição: líquido oleoso, transparente e incolor. Inodoro à temperatura ambiente. b. Densidade especifica: 0,818 a 0,880. e. Solubilidade: insolúvel em água e álcool; solúvel em óleos voláteis; miscível com a n1aioria dos óleos fixos, mas imiscívcl com o óleo de rícino. ' 7. Oleo de Oliva NF: a. Descrição: líquido oleoso, amarelo pálido ou amarelo esverdeado; apresenta odor caracte' . nst1co. b. Densidade específica: 0,910 a 0,915. e. Solubi lidade: insolúvel em água, pouco solúvel e111 álcool, miscível co111 óleo 1n ineral e outros óleos fixos, éter e clorofónn io. 8. Óleo de Amendoim NF (8,9) a. Descrição: líquido oleoso, incolor ou a1narelo-pálido, pode apresentar odor de nozes. b. Densidade específica: 0,912 a 0,920. e. Solubilidade: insolúvel e1n água, 111uito pouco solúvel e1n álcool, miscível co111 óleo 111ineral e outros óleos fixos, éter e clorofórmio. 9. Óleo de Cártamo US P (5,8)

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

217

a. Descrição: óleo amarelo-claro; toma-se espesso e rançoso com a exposição prolongada ao ar. b. Densidade específica: 0,921. e. Solubilidade: insolúvel em água, pouco solúvel em álcool, 1niscível com outros óleos fixos, éter e clorofórmio. 10. Óleo de Gergelim N F (8,9) a. Descrição: líquido oleoso, amarelo-pálido; pratican1entc inodoro. b. Densidade específica: 0,916 a 0,921. e. Solubilidade: insolúvel e1n água, pouco solúvel c1n álcool, miscível com óleo mineral e outros óleos fixos, éter, clorofórmio e hexano. 11. Óleo de Soja USP (5,8,14) a. Descrição: líquido oleoso, a1narelo-pálido, claro, apresentando odor característico. b. Densidade específica: 0,916 a 0,922. e. Solubilidade: insolúvel cm água, pouco solúvel cm álcool, miscível com óleo mineral e outros óleos fixos,éter e clorofórmio.

VII.

CICLODEXTRINAS A. Informações gerais 1. As ciclodextrinas, oligossacarídeos cíclicos, foram descobertas há mais de 100 anos (15). São moléculas quí1nica e fisica1nente estáveis, fonnadas pela modificação enzin1ática do a1nido. As ciclodextr inas contêm um nún1ero de monôrneros de glicose variando de 6 a 8 unidades em um anel, criando uma forma de cone. As mais comuns são as a - ciclodextrina com seis unidades de açúcar, a f3-ciclodextrina con1 sete unidades de açúcar e a -y-ciclodextrina com oito unidades de açúcar. 2. Sendo derivadas do an1ido, as ciclodextrinas são geralmente consideradas co1no materiais não tóxicos. En1 todo o mundo, a, f3 e -y-ciclodextrina estão devidamente registradas nos principais inventários de produtos químicos (16). Nos Estados Unidos, a f3 e -y-ciclodextrinas têm um grau Ce11erally Regarded As Safe (GRAS). No entanto, a f3-ciclodextrina pode formar co1nplexos insolúveis com o colesterol os quais prejudicam a função renal, por isso não devem ser usadas em aplicações parenterais e seu uso oral deve ser li1nitado a un1a dose diária ntáxi111a de 5 nig/kg. 3. Na presença de água, as moléculas hidrofóbicas ou grupos funcionais de 111oléculas podem ser incluídos na cavidade da ciclodextrina se suas dimensões moleculares correspondem àquelas da cavidade da ciclodextrina. Os complexos de inclusão formados são relativan1ente estáveis. Uma, duas, ou três moléculas de ciclodextrina podem conter uma ou mais moléculas "convidadas" aprisionadas, o que é a essência da "encapsulação 1nolecular". 4. Em formas fannacêuticas, as ciclodextrinas tên1 sido principalmente usadas como agentes complexantes para aumentar a solubilidade aquosa de !armacos pouco solúveis en1 água e aun1entar a sua biodisponibilidade e estabilidade. Ver o exemplo 27.2 do Capítulo 27 sobre soluções, unia formulação manipulada que utiliza uma ciclodextrina para solubilização de um farmaco . B. Ciclodaxtrinas USP-NF 2. a - ciclodextrina: Alfadex NF (9,16)

(C,,H ,0 0 s) 6 , MM = 972.84 OH

< o p--

-O '-0··. O

HO

ó' \

HO

'

'

---0, '

OH bH OH HO "-OH HO ,'

O~H

fOH

O

\l

H~O' o:

,-' / ?H OH '• >-----HgO -O

/~

O nitrato de fen iln1ercúrio é uma n1istura de nitrato de fenilmercúrio e hidróxido de fenilinercúrio (20). e. Timerosal USP C9H9HgNa02S

MM = 404,81

H 3C~HgS ONa

2.

3.

4.

5.

d. Solução Tópica de T imerosal USP e. Tintura de Tirnerosal USP Descrições e. Acetato de feniln1ercúrio: pó cristalino branco; inodoro; pH de un1a solução saturada = 4. b. Nitrato de fenilmercúrio: pó cristal ino branco com leve odor aromático; sensível à luz. Soluções saturadas são ácidas no tornassol. e. Tirnerosal: pó cristalino com leve odor e coloração creme brilhante; sensível à luz; pH de uma solução 1% = 6,7. d. Solução Tópica de Ti1nerosal USP: líquido claro; sensível a alg uns metais; sensível à luz; pH 9,6 - 10,2. e. T intu ra de Ti1nerosal USP: líquido móvel, transparente, con1 odor de acetona e álcool, sensível a alguns metais; sensível à luz; teor alcoólico, 45,0 a 55,0%. Solubilidades e. Acetato de feniln1ercúrio (AFM): segundo Remington's Pharmaceutical Scietices, 18ª edição, sua solubilidade é de l g em 180 n1L de água e 225 mL de álcool; segundo o ·r1re Merck b1dex, 1 g dissolve-se em 600 n1 L de água, é solúvel e111 etanol e acetona. b. Nitrato de fenilmercúrio (NFM): segundo Remington's Phar111ace11tical Sciences, 18• edição, sua solubilidade é de 1 g em 600 mL de água, é pouco solúvel em etanol e glicerina; segundo o The J\.1erck It1dex, 1 g dissolve-se em 1.250 mL de água, é pouco solúvel en1 álcool, ligeiramente solúvel em gliceri na; solúvel em propilenoglicol. Nota: O Handbook ef Phan11aceutical Excipients afirma que, para an1bos os con1postos, os valores de solubilidade con1pendiais e laboratoriais varian1 consideravelmente. Isso pode ser verificado nos valores acima 111encionados. e. Visto que o AFM e o NFM são utilizados em concen trações bastante diluídas, a preparação de soluções estoques é útil. Concentrações convenientes das soluções aquosas estoques são 1:2.000 e 1:10.000. d. Tin1erosal: 1 g/1 m L de água, 8 mL (Merck) ou 12 m L (Remington) de álcool. Concentrações efetivas a. Acetato e nitrato de fenilmercúrio: podem ser util izados e111 produtos tópicos na faixa de concentração entre 0, 002 a 0,01°/o. A concentração usual para soluções oftálmicas varia de 0,002 a 0,004°/o, sendo 0,004% a concentração n'láxima permitida para tais produtos (21). Utilizados pr incipalmente para conservação de produtos parenterais, oftálmicos e nasais. Todos os con1postos de n1ercúrio pode111 ser sensibilizantes. b. T in1erosal: O,OOlo/o a 0,02%. A concentração máxima ace itável para produtos oftálmicos é de 0,01% (21); a concentração 111áxin1a para produtos parenterais é 0,04%. Incompatibilidades a. O acetato e o nitrato de fenilmercúrio precipitam na presença de haletos e agentes emulsificantes aniônicos, agentes suspensores e substâncias como a penicilina e a fluoresceína. Também são incotnpatíveis com goma adragante, amido, talco, silicatos, metabissulfito de sódio, alumínio e outros n1etais, an1ônia e seus sais, an1inoácidos, co111postos de enxofre, borracha, e alguns plásticos. O cdetato d issódico e tiossulfato de sódio pode111 causar inativação do AFM e NFM. A atividade antimicrobiana pode ser perdida pela sorção desses compostos às superficies de polietileno dos recipientes, tampas ou dispositivo conta- gotas (2,7).

228

Judith E. Thompson

b. O Timerosal é um sal sódico que precipita em soluções ácidas. Também é incompatível com alu1nínio e outros tnetais, nitrato de prata, soluções de cloreto de sódio, lecitina, compostos fenilmercúricos, cátions grandes como os con1postos de amônio quaternário, tioglicolato e proteínas. O metabissulfito de sódio e o EDTA podem reduzir sua eficácia antimicrobiana. Em solução, pode ser adsorvido em alguns plásticos e tampas de borracha (2,7). E. Sais de amônio quartenário Nota: Embora os conservantes de amônio quartenário possam ser uti lizados em formas far1nacêuticas orais, eles estão incluídos neste tópico pelo fato serem utilizados principalmente em preparações tópicas e oftálmicas. 1. Produtos oficiais a. Cloreto de Benzalcônio NF

O cloreto de benzalcônio é uma n1istura de cloretos de alquil-benzildi1netilamônio, com a fórmu la geral (C6 H 5 CH 2 N(CH 3] 2 R)Cl, e1n que R representa uma n1istura de cadeias alquílicas, incluindo grupos a partir de 11-C8 H 17 e estendendo para homólogos 1naiores, sendo que 11- C12H25, n-C14H29 e 11- C1 6H 33 constituem a maioria dos grupos R (20). b. Solução de Cloreto de Benzalcônio NF Contém cloreto de benzalcônio em solução. Pode conter u1n corante apropriado e não mais que 10% de etanol. Essa solução não pode ser misturada con1 sabões con1uns ou detergentes aniôn icos, uma vez que tais con1postos poden1 diminu ir ou destru ir sua atividade bacteriostá tica (20). e. Cloreto de Benzetônio USP

MM = 448,08

c1·

d. Cloreto de Benzetônio Concentrado USP O cloreto de benzetônio concentrado contém não menos do que 94,0% e não mais do que 106% da quantidade rotulada de cloreto de bcnzetônio (Ci7 H 42 ClNOz). e. Solução Tópica de C loreto de Benzetônio USP É un1a solução aquosa desse con1posto (1 O). f. Tintura de Cloreto de benzetônio USP tem a formulação mostrada a seguir (10): Cloreto de benzetônio 2g Álcool 685 n1 L Acetona 100 mL , Agua Purificada, quantidade suficiente para 1.000 mL g. Cloreto de Cetilpiridina USP

MM = 358,00

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

229

h. Solução Tópica de C loreto de Cetilpiridina USP

2.

3.

4.

5.

A solução tópica de cloreto de cetilpiridina é uma solução deste composto (10). Descrições a. C loreto de benzalcônio (CBA): é um pó a1norfo branco ou branco-amarelado, gel espesso ou semelhante a gel; higroscópico, tem odor suave com um sabor muito amargo; levemente alcalino (pH = 5-8 para un1a solução de 10% m/v). As soluções formam espumas quando agitadas. b. C loreto de benzetônio: cristais brancos, leve odor con1 u1n sabor amargo. O pH de uma solução 1% é igual a 4,8-5,5. e. C loreto de cetilpiridina: pó branco, com leve odor e gosto amargo. d. Solução Tópica de C loreto de Cetilpiridina USP: solução lí1npida, incolor, con1 u1n odor aromático e sabor amargo; pode ser colorida caso seja adicionado um corante. Solubilidades a. C loreto de benzalcônio: n1uito solúvel em água, etanol e acetona. b. C loreto de benzetônio: 1 g/inL de água, etanol ou acetona. e. C loreto de cetilpi ridin a: muito solúvel e1n água e etanol. Concentrações efetivas a. Cloreto de benzalcônio: 0,0 04 a 0,02% (22). A concen t ração u sual p ar a conser vação é 0,01º/o, sendo 0,013o/o a concentração m áxima permitida para produtos oftálmicos (21 ). A ação conservante do cloreto de benzalcônio é um tanto imprevisível na concentração de 0,01% utilizada em soluções ofráln1icas. Suas propriedades bactericidas são aumentadas pela adição de 0,1% de edetato (EDTA). Pode causar irritação nos olhos, e suas soluções podem ser sensibilizantes. O cloreto de benzalcônio é comercializado cm solução aquosa nas concentrações 1:750, 10%, 17% e 50% (m /v) e como tintura em uma razão de 1:750. b. C loreto de benzetônio: 0,01 a 0,02o/o (22). A concentração usual para ação conservante e a concentração máxima permitida para produtos oftálmicos é 0,01º/o (21); ele está disponível na forma de pó. e. C loreto de cetilpiridin a: 0,01 a 0,02% (22). O cloreto de benzetônio é disponível na fonna de pó. Incompatibilidades Inco1npatibilidades: os sais de an1ônio quaternário apresentam muitas incon1patibilidades. Por exen1plo, no Martindale: The Extra Pharmacopeia são listadas as seguintes incompatibilidades para o C loreto de Denzalcônio: sabões, larn1acos e detergentes an iônicos, surfactantes não iônjcos em altas concentrações, citratos, iodetos, nitratos, pennanganatos, salicilatos, sais de prata, tartaratos, fluoresceína sódica, peróxido de hidrogênio, caulim, lanolina, algumas sulfonanlidas, alguns con1ponentes de nlisturas co1nerciais para limpeza e ácido bórico a 5% (mas não menos ou igual a 2%) (23). O Hattdbook of Pharn1aceutica/ Excipiettls também inclui óxido de zinco e sulfato de zinco (2). O Cloreto de cetilpi ridina é inativado pela nletilcelulose, 1nas não o de Benzalcônio (24).

CONSERVANTES PARA PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS A. Todos os produtos oftálmicos devem ser estéreis. Preparações de dose nlúltipla devem, de nlanei ra obrigatória, conter um conservante adequado para prevenir o crescimento de microrganismos que poderri ser introduzidos inadvetidan1ente no produto durante o uso. B. Os conservantes mais utilizados ern produtos oftálmicos são apresentados na Tabela 16.2 (25). O clorobutanol, que não é utilizado nas preparações orais o u tópicas, é descrito aqui. Os conservantes utilizados com frequência en1 preparações extemporâneas oftálmicas, 1nas que também são usados para preparações orais ou tó picas, foram desc ritos anteriorn1ente.

Tabela 16.2

Conservantes mais utilizados em produtos oftálmicos

Acetato de fenilmercúrio Ácido sórbico

Cloreto de benzalcônio Cloreto de benzetônio

Metilparabeno Nitrato de fenilmercúrio

Álcool feniletilico Benzoato de sódio

Cloreto de cetilpiridina Clorobutanol

Propilparabeno Propionato de sódio

Clorexidina

EDTA dissódico

Timerosal

Fonte: Handbook of Nonprescriptlon Orugs, 13• ed. Amerlcan Pharmaceutícal Assoclatíon, Washington OC, 2002.

230

Judith E. Thompson

e.

Clorobutanol C 4H 1Cl3 0 (anidro) MM = 177,46 e/ou (hemi-hidrato) 186,46

Cl 3C

OH

H3C XCH3 1. Produto oficial Clorobutanol NF (20). 2. Descrição: cristais incolores a brancos, com odor e sabor semelhante à cânfora. 3. Sol ubilidade: 1 g/125 n1 L de água, embora seja un1 pouco difícil de dissolver. lgual n1ente, 1 g , dissolve-se em 0,6 mL de álcool e em 10 mL de glicerina. E muito solúvel en1 óleos voláteis. 4. Concentração efetiva: O,So/o (21). 5. Incompatibilidade , a. E incon1patível com nitrato de prata e sais sódicos de sulfonamida. b. Hidrolisa-se a ácido clorídrico em soluções com pH neutro o u superior; deve ser utilizado em soluções tamponadas a pH 5,0-5,5. e. A atividade pode ser perdida por fenômenos de sorção às superficies de poljetileno ou borracha de recipientes oftálmicos ou conta-gotas. , d. E inativado pelo polissorbato 80 e polivinilpirrolidona, mas não pela metilcelulose (24). Também interage com a carboximetilcelulose, resultando na perda da atividade antimicrobiana (2). 6. O clorobutanol é utilizado em produtos oftáln1icos e parenterais. Não é usado e1n preparações ora is por causa do seu sabor e odor de cânfora. Sua utilização como conservante oftálmico é lin1itada devido à sua instabilidade, exceto em pH ácido, e por que atua lentamente ao matar . . m1croorgan1smos.

NECESSIDADE DE FORMULAÇÕES LIVRES DE CONSERVANTES ,

A. E conhecido que os conservantes tradicionais são efetivos na prevenção do crescimento micro biano. Entretanto, existe1n relatos de irrita.ção por produtos contendo conservantes (26,27). B. O ed etato dissódico (EDTA) e cloreto de benzalcônio (BAC) estão frequ entemente presentes co1no conservantes e agentes estabil izantes e111 soluções para nebulização utilizadas no trata1nento d a asma e d a doença pu lmonar obstrutiva crônica (28). No entanto, o cloreto de benzalcônio é um potente bronquioconstritor quando inalado e111 concentrações semelhantes àquelas e1n que está presente nessas soluções. A inclusão do CBA Uunto co1n EDTA) na solução para nebu lização de brometo de ipratrópio (Atrovent) produziu broncoconstrição paradoxal em alguns pacientes asmáticos e urna redução global da eficácia broncodilatadora. O uso de soluções nebulizadoras broncodilatadoras isenta de conservantes não resulta e1n uma contaminação bacteriana sign ificativa do ponto de vista clínico, se foren1 dispensadas e1n frascos de dose única estéreis en1 volun1es e concentrações que não necessitam ser modificados pelo usuário (28). C. N o caso do spray nasal, conservantes podem causar irritação na mucosa do paciente, provocando alguma coceira desagradável, mas, e111 maior gravidade, podem reduzir ou mesmo interron1per a depuração mucociliar, que é un1 mecanismo natural essencial para a proteção das vias aéreas superiores (26, 27). D. Parabenos são usados como conservantes em milhares de produtos cosn1éticos, farmacêuticos e alimentícios, aos quais a população está exposta. Apesar de os relatos recentes sobre as propriedades estrogênicas dos parabenos teren1 desafiado conceitos atuais sobre sua toxicidade, a questão permanece em saber se algum d eles pode ser acumulado na forma intacta no orgarusmo com o uso prolongado, nas baixas doses às quais os seres hun1anos estão expostos. Estudos iniciais relatados mostraram que os parabenos poden1 ser extraídos do tecido mamário hun1ano e detectados por cromatografia em camada delgada (29). E. O tin1erosal é u1n conservante que ten1 sido utilizado em algu1nas vacinas desde 1930, quando foi introduzido pela primeira vez pela empresa E li Lilly. Nas concentrações encontradas nas vacinas, ele atende as exigências para un1 conservante, tal como estabelecido pela United States Pharmacopoeia, ou seja, ele mata organismos maléficos específicos e é capaz de impedir o crescimento de fungos. Porén1, d evido às percepções públicas do n1ercúrio e a sua to xicidade, o uso de conservantes contendo esse metal em vac inas d iminu iu de forma acentuada desde 1999; a FDA continua fazendo esforços para reduzir ou remover o timerosal de todas as vacinas. Nesse

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

231

sentido, todas aquelas vacinas rotineiramente recomendadas para crianças de 6 anos de idade ou n1aisjovens, con1ercializadas nos Estados Unidos, não contên1 ou contêm apenas traços de tirnerosal (1 µ g ou menos de 1nercúrio por dose), com exceção da vacina inativada contra inj111enza, que foi primcira1nente recomendada pelo Advisory Co111111ittee on l1111111111ization Practices, e1n 2004, para uso de rotina em crianças de 6 a 23 meses de idade.

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o.os Sim Sim

0,01--0, 1

Sim

0,01-0,1

Fonte: 2007 USP 30INF 25. Roclcvillo, MD:The United States Pharmacopeial Convent ion, lnc., 2006: Front Matter- NF: Excipients. Allen LV. Featured exclplent: antioxidants. lnternallonal Journal of Pharmaceutlcal Compoundlng, 1999;Vol. 3 N". 1 Jan/Fev.

PROPRIEDADES DE UM ANTIOXIDANTE/AGENTE QUELANTE IDEAL A. Efetivo em u1na concentração bajxa e não tóxica. 8. Estável e efetivo nas condições normais de uso, e1n um intervalo an1plo de temperatura e pH. C. Solúvel na concentração requerida. D. Compatível com un1a grande variedade de fãrn1acos e excipientes. E. Livre de odor e sabor desagradável ou picante. F. Incolor tanto na fonna original co1no na oxidada. G. Não tóxico e não sensibilizante, tanto externa cotno internamente, na concentração requerida. H. Custo razoável. 1. Não reativo (não deve adsorver, penetrar ou interagir) con1 o material de acondicionamento e embalagem.

ANTIOXIDANTES LISTADOS NA USP 30/NF 25 A Tabela 1.7.2 mostra a lista. de substâncias antioxidantes listadas na USP 30/NF 25 (7) . .Essa tabela classifica os antioxidantes de acordo com sua solubilidade em água, álcool e óleo (3).

VII.

AGENTES QUELANTES LISTADOS NA USP 30/NF 25 A. Edetato de cálcio dissódico, edetato dissódico e EDTA são os três con1posros listados pela USP/ N F conto agentes quelantes (7). ' ' 8. Embora não listados como oficiais, o Acido Cítrico USP e o Acido Tartárico NF são compostos

oficiais que podem atuar como agentes quelantes.

VIII.

ANTIOXIDANTES PARA SISTEMAS AQUOSOS As descrições e solubilidades aqui apresentadas fornecem um conjunto de informações obtidas do Handbook ef Pltarmaceutical Excipients (8), da seção Chemistry a11d Compendiai Req11ire111ents da USP DI Vol. Ili (9) e do Tlie Merck Index (10). Para obter informações adicionais sobre cada agente antioxidante, consulte o Ha1ulbook ef Phan11ace11tical Excipie11ts. , A. Aci do Ascórbico USP

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H JJH ;'

HO

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H >--< HO

OH

1. Descrição: cristais ou pó de cor branca ou levemente amarelada; inodoro; escurece gradual1nente quando exposto à luz; relativamente estável na fonna seca, poré1n oxida-se em solução. As soluções apresentan1 um sabor ácido e um pH de 2 a 3. pK. 1 = 4, 17, pK.z = 11,57. 2. Solubilidade: 1 g/3 mL de água, 30 1nL de Álcool, 20 mL de propilenoglicol, 100 niL de glicerina; praticamente insolúvel em óleos vegetais. 3. Concentração efetiva: 0,05 a 3,0% (11). B. Bissulfito de Sódio (NaHS03), Metabissulfito de Sódio (Na 2S20 5) e sulfito de sódio (Na 2S0 3) 1. Descrições a . Bissulfito de sódio: crista is ou p ó de cor branca ou levemente amarelada com odor semelhante ao de dióxido de enxofre; sabor desagradável; instável ao ar, perdendo S0 2 e gradualn1ente oxidando-se a sulfato. As soluções aquosas são ácidas ao papel tornassol. Embora o bissulfito de sódio não seja um produto oficial da USP ou NF, é listado na Seção de Excipientes do NF e na Seção de Reagentes da USP, na qual é recon1endado o uso de metabissulfito de sódio para o reagente bissu lfito de sódio (5,7). b. M etabissulfito de sódio NF: cristais incolores ou pó branco apresentando odor sulfuroso; sabor ácido e salino; oxida-se lentamente a sulfato pela exposição ao ar e à urnidade; assoluções aquosas são ácidas ao papel tornassol, sendo que a soluç~o a 5% apresenta pH d e 3,5 a 5,0. O nietabissulfito é nienos higroscópico e mais estável que o bissu lfito. e. Sulfito de sódio NF: cristais ou pó incolores. As soluções aquosas tem um pH aproxin1adamcnte igual a 9. 2. SolubiJidades a . Bissulfito de sódio: 1 g/4 mL de água, 70 rnL de álcool. b. Metabissulfito de sódio N F: 1 g/2 mL de água; solúvel em glicerina; pouco solúvel em álcool. e. Sulfito de sódio: 1 g/3,2 1nL de água; solúvel e111 glicerina; pratican1ente insolúvel em álcool. 3. Concentrações efetivas a . Bissulfito de sódio: 0,1% (12). b. M etabissulfito de sódio: 0,02 a 1,0% (11). e. Sulfito de sódio: 0,01 a 0,2% (3). 4. Advertência dos Sulfitos: os sulfitos são conhecidos por causar reações alérgicas en1 indivíduos suscetíveis. Embora o número de indivíduos afetados seja pequeno, e1n 1986, a seção (§201.22) foi incluída ao Food, Drug and Cosmetic Act para exigir a colocação de uma advertência em todos produtos farmacêuticos prescritos que contivessem sulfitos. A advertência é a seguinte: "Contém (inserir o nome do s11/fito, por exemplo, n1etabiss11/fito de s6dio), que pode causar reações alérgicas, incluindo sinton1as anafiláticos e risco de vida ou episódios asrnáticos a1enos graves, e1n pessoas suscetíveis. A prevalência global da sensibilidade aos sulfitos na população em geraJ é desconhecida e p rovavelmente baixa. A sensibilidade é observada com niais frequência em indivíduos asmá ticos do que em não asmáticos" (13). Embora a presença de tal advertência nos rótu los não seja obrigatória, é prudente discutir com o paciente sobre a adição de um sulfito em qualquer preparação 1nanipulada. Além disso, é aconselhado incluir no rótulo o no111e e a quantidade de qualquer sulfito adicionado à formulação. C. Tiossulfato de Sódio USP Na2S20 3 · SH20 1. Descrição: cristais incolores grandes ou pó grosso cristalino. E' eflorescente em ar seco en1 temperaturas superiores a 33° e um pouco deliquescente em ar úmido. As soluções aquosas são neutras ou ligeiramente alcalinas (pH 6,5-8). 2. Solubilidade: 1 g/0,5 mL de água; insolúvel em álcool. 3. Concentração efetiva: 0,05% (3). HOCH 2SOONa D. Formaldeido Sulfoxilato de Sódio NF 1. Descrição: cristais brancos ou niassas brancas duras con1 odor característico de alho; as soluções aquosas são pratica111ente neutras. 2. Solubilidade: facilmente solúvel em água; pouco solúvel em álcool. 3. Concentração efetiva: 0,005 a 0,5% (11).

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

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ANTIOXIDANTES PARA SISTEMAS OLEOSOS As descrições e solubilidades aqui apresentadas fornecen1 conjunto de informações obtidas do Handbook cif Pharmaceutical Excipients (8), da seção Chemistry and Compendiai Requirements da USP D/ Vol. ll1 (9), e do Tire Merck Index (10). Para obter informações adicionais sobre cada agente antioxidante, consulte o Handbook cif Pharmaceurical Excipie11t.s. A. Palmitato de Ascorbila NF

H , j)H ,

o

o H ,__...

HO

OH

1. Descrição: pó branco a branco-amarelado con1 odor característico. 2. Solubilidade: n1uito pouco solúvel e1n água e em óleos vegetais; 1 g em 9,3 mL de álcool.

3. Concentração efetiva: 0,01 a 0,2% (11). B. Butil-hidroxianisol (BHA) e Butil-hidroxitolueno (BHT) Butil-hidroxianisol

OH CH3 -t---+--CH3 CH 3

Butil- hidroxitolueno

OH

1. Descrições

a. Butil-hidroxianisol NF (BHA): cera sólida ou pó de cor branca ou ligeiramente an1arelada, apresentando odor suave. b. Butil- hidroxitolueno NF (BHT): sólido cristalino branco ou a111arelado, apresentando odor suave. 2. Solubilidades a. Butil- hidroxianisol (BHA): insolúvel em água; facilmente solúvel em álcool (95%) e propiJenoglicol; solúvel a 50% ou mais em álcool, álcool isopropílico, lipídeos e óleos. b. Butil-hidroxitolueno (BHT): insolúvel em água, glicerina e propilenoglicol; solúvel en1 ál, cool, álcool isopropílico e acetona. E n1ais solúvel em óleos vegetais e lipídeos do que o BHA. 3. Concentrações efetivas a. Butil-hidroxianisol (BHA): 0,005 a 0,01% (14). b. Butil-hidroxitolueno (BHT): 0,01% (14). C. Gaiato da Propila NF ~CH3

HO

o

HO HO

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1. Descrição: pó cristalino e branco co1n leve odor; pH de uma solução 0,1% = 5,9; tem alguma atividade antimicrobiana, além de suas propriedades antioxidantes; é instável a altas temperaturas. 2. Solubilidade: pouco solúvel em água (1 g/1.000 m L a 20ºC); facilmente solúvel em álcool (1 g/3 mL a 20°C); 1 g/2,5 mL de propilenoglicol. A solubilidade em óleos fixos e mineral varia conforme o óleo. 3. Concentração efetiva: 0,005 a 0,15% (1.4). D. Vita mina EUSP (v, que co ntém dextrose, cren1or de tártaro e silicato de cálcio como antiaglutinante e regulador de fluxo. A Sweet 'N Low está disponível en1 embalagens de dose única, bem como em cn1balagens a granel e frascos de 240 tnL. Ela também vem etn con1prirnidos, cada um pesando 1/ 4 de grão ou cerca de 65 1ng. Os con1primidos vêm em u1n prático dispensador com 200 unidades. Um produto oficial da USP, a Solução Oral de Sacarina de Sódio, apresenta pH na faixa de 3,0-5,0 (14). (5) A saca rina sódica possui a vantagem de ter alta solubilidade em água. Em soluções orais e xaropes, ela é usada em uma faixa de concentração de 0,04 a 0,6%. É estável em condições normais de manipu lação, armazenamento e uso. Ela funciona sinergicamente com outros edulcorantes, como o aspartame e os ciclamatos (10). e. Sacarina Cálcica USP (1) Descrição: pó ou cristal branco e inodoro. (2) Solubilidade: 1 g/2,6 m L de água, 4,7 1nL de álcool. (3) Poder adoçante: aproxi1nadamente 300 vezes nlaior ao da sacarose quando em solução diluída (3). (4) Disponível em pó. (5) A sacarina cálcica tem a vantagem de ter boa solubilidade em água e álcool, sendo usada facilmente tanto em xaropes quanto em elixires. Desde 1974, quando estudos realizados pela Canadian Health Protection Branch sobre o aparecimento de tun1or de bexiga induzido pela saca rina en1 ratos foran1 publicados, surgiram con trovérsias sobre a segurança dessa substância. Produtos industrializados que contenham sacarina devem apresentar uma advertência quanto à possível carcinogenicidade do composto. En1 geral, é aceito que, em quantidades moderadas, a sacarina é segura para consumo humano. A Joint Food and Agriculture Organization/World Health Organization (FAO/ WHO) Expert Committee on Food Additivcs recon1enda 2,5 n1g/kg co1no sendo u1na quantidade diária aceitável de sacarina ou de seu sal (8). Aspartame NF

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

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a. O aspartame é uma associação química de dois aminoácidos, o ácido L-aspártico e a L-fenilalan ina na forn1a de metiléster. Arnbos são encontrados nas proteínas de alimentos de consumo diário e, isoladan1ente, não produzem sabor doce (13). b. Descrição: pó branco e inodoro. O pH de uma solução a 0,8% é de 4,5-6,0 (10). O aspartame está disponível como pó puro e como um produto industrializado da Equal , que contén1 dextrose e maltodextrina como diluentes e para melhorar suas propriedades de fluxo. e. Solubilidade: levemente solúvel em água, 1 g/100 n1L, con1 aumentada solubilidade em soluções ácidas (13); leven1ente solúvel ern álcool (10). Diluentes ou outros excipientes em produtos con1erciais podem proporcionar urna solubilidade aquosa ainda mais lirnitada. d. Poder adoçante: o aspartame é aproxin1adamente 180 vezes mais doce que a sacarose (13,15). Apresenta efeito sinérgico quando combinado com outros edulcorantes con10 a sacarina (10). e. O aspartame não é estável quando exposto ao calor (p. ex., esterilização pelo calor, cozimento em forno). f. Devido ao aspartame conter fenilalanina, não deve ser usado por fenilcetonúricos (pessoas com incapacidade hereditá ria de nietabolizar a fenilalan ina). 6. Acessulfan1e de Potássio NF a. Descrição: pó cristalino, incolor e inodoro que apresenta boa estabilidade tanto no estado sólido quanto em solução aquosa; pH 3- 3,5 (10). Está disponível tanto como pó puro quanto na forma de produtos industrializados corn non1es de Sunette/Sweet One, que contém dextrose, cremor de tártaro e silicato de cálcio, corno agente antiaglutinante e regulador de fluxo. b. Solubilidade: solúvel em água, 1 g/3,7 m L, mas apenas 1 g/1.000 mL de álcool (1 O). e. Poder adoçante: um agente edulcorante intenso, 180-200 vezes niais doce que o açúcar (10). d. Os críticos do uso do acessulfan1e de potássio dizen1 que o produto químico pode ser cancerígeno, embora tais alegações tenham sido rejeitadas pela U.S. FDA (16). 1. Sucralose N F a. A sucralose é um edulcorante de alta intensidade, não nutritivo, obtido por meio da cloração da sacarose, resultando na substituição de três grupos h idroxilas (-O H) por átomos de cloro (CI) na molécula de sacarose (11). b. Descrição: pó branco cristalino de fluxo livre. O produto manufaturado Splenda contém maltodextrina e dextrose como diluentes, para conferir ao pó melhores propriedades de fluxo e um volun1e de medida sen1elhante ao do açúcar de mesa. e. Solubilidade: solúvel en1 água (17). d. Poder adoçante: ern média, é cerca de 600 vezes n1ais doce que o açúcar (17). e. Ao detern1 inar a segurança da sucralose, a FDA revisou os dados de mais de 110 estudos em seres hun1anos e cm animais. Não foram encontrados efeitos tóxicos, e a aprovação da FDA é baseada na conclusão de que a sucralose é segura para consun10 humano (18). B. Maltitol NF a. O maltitol é um álcool de um açúcar (um poliol) utilizado con10 substituto do açúcar (19,20). b. Ele é usado para substitui r o açúcar de mesa, pois tem nienos calorias (maltitol = 2,1 calorias por grarna; açúcar, 4,0 calorias por grama), não ocasiona cárie dentária e ten1 um efeito um pouco menor sobre a glicose sanguínea. e. O nlaltitol é único, pois não só tem sabor de açúcar, como tan1bén1 atua con10 tal e fornece niassa ou volume sen1elhante ao açúcar. Por isso, é usado de modo intercambiável como substituto do açúcar. G. Flavorizantes 1. A Tabela 21.4 fornece os artigos usados co1110 flavorizantes e aromas listados na USP 30/NF 25 (9). a. Embora essa lista seja representiva dos agentes mais utilizados, ela não é u1na lista muito completa de flavorizantes usados em alimentos, medicarnentos e oucras preparações farmacêuticas. b. O Remington's Tire Science and Practice of Pharmacy tem urna lista mais completa de agentes flavorizantes e traz monografias de vários con1postos utilizados pelos fabrica ntes e farmacêuticos (3). O Food Chemicals Codex também oferece ampla informação sobre esses agentes. 2. U ma grande variedade de concentrados de flavorizantes está disponível em inún1eras fontes. a. Fornecedores de substâncias químicas e farmacos são un1a boa fonte de flavorizantes. Catálogos de algumas dessas empresas contêm longas listas desses agentes, algumas empresas ainda oferecen1 flavorizantes especiais, como o de carne, fígado e peixe, que são destinados à manipulação de produtos para an in1ais. Alguns dos concentrados indicam que eles podem ser usados em concentrações de 0,2 a 0,5%.

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b. Lojas de produtos alimentares, incluindo supermercados e lojas especializadas em produtos para panificação e doces, são outra fonte de flavorizantes. e. Alguns fornecedores farn1acêuticos também são especializados em comercializar flavorizantes e aron1as para a manipulação. Uma dessas empresas é LorAnn Oi! (http://\.vww. lorannoils.com/). 3. Muitos flavorizantes são disponibilizados con10 óleo (p. ex., óleo de limão, óleo de laranja) ou como soluções alcoóli cas concentradas. Se o óleo for en1pregado em uma preparação aquosa, ele deve ser primei ro solubilizado en1 etanol, glicerina, propilenoglicol ou outro solvente si1nilar aprovado para uso oral. 4. Misturas de flavorizantes com frequência melhoran1 o sabor das preparações. Dois exen1plos são o Espírito de Laranja NF e a Tintura Cardamon10 NF. A seguir a fónnula do Espírito de Laranja NF é apresentada (12): ' Oleo de laranja 200 1nL 50 1nL Óleo de limão 20mL Óleo de coriandro ' Oleo de anis 5 n1L Álcool suficiente para fazer un1a quantidade de 1.000 inL

Ili.

ESSÊNCIAS A. Os aromas pode111 ser adicionadas en1 preparações tópicas para melhorar seu apelo estético. B. Como já foi dito, a Tabela 21.4 fornece os artigos listados como flavorizantes e essências na USP 30/ NF 25 (9). C. Dois aron1as prontan1ente disponíveis são 1. Salicilato de Metila NF, que é o óleo sintético da gualtéria. 2. Essência de rosas, disponível em várias formas. a. As formas oficiais são o Óleo de Rosas NF, que é um líquido incolor ou amarelado, e a Água de Rosas Forte N F, uma solução saturada de Óleo de Rosas em água. A Água de Rosas Forte ' ' pode ser diluída com volun1e igual de Agua Purificada para produzir a Agua de Rosas (12). b. Os fornecedores de matérias-primas farmacêuticas também possuem essências de rosas como óleo de rosas artificial e/ou fluido de rosas solúvel. D. Con10 discutido anteriorn1ente, alguns fornecedores são especializados no comércio de flavorizantes e aron1as para n1an ipulação.

Referências 1. U.S. Dcpartment ofHeahb & Human Services. U.S. Food & Drug Administration, Cemer for Food Safecy & Applied Nutririon. Food

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Bases para Pomadas Melgardt de Villiers, PhD

DESCRIÇÃO DO CAPÍTULO

Introdução Definições Propriedades desejáveis das bases para pomadas Classifi cação e características das bases para pomadas Excipientes das bases para pomadas

INTRODUÇÃO O objetivo deste capítulo é fornecer conhecin1entos básicos sobre bases para pomadas e seus excipientes. Esse conhecimento é in1portante por dois nlotivos: primeiro, irá ajudá-lo na orientação de médicos e pacientes na escolha de produtos de uso tópico (p. ex., responder à pergunta, o que é melhor para essa finalidade, uma pomada ou um cren1e?). Segundo, o conhecimento das propriedades das classes de bases para pomadas e dos seus excipientes é essencial para ter sucesso no seu uso, tanto na manipulação quanto no desenvolvimento de fonnulações co1n propriedades específicas. Para aprender sobre bases para pomadas, primeiro você precisa conhecer algurnas definições e tern1inologias. Segundo, as bases para pomadas foram agrupadas en1 classes que geralmente definem as suas propriedades; o conheci1nento sobre essas bases auxilia na seleção daquela n1ais apropriada para u1n uso específico. Finalmente, é útil conhecer algumas das propriedades específicas dos excipie ntes usados na preparação das bases para pon1adas, pois isso irá aj udá -lo a entender os rótulos das pon1adas e as inforinações específicas, tais corno solubilidade, ponto de fusão e outras propriedades que ajudarão na seleção desses excipientes. A seção sobre excipientes serve como referência para esse propósito.

DEANIÇÕES As definições e a nomenclatura das formas fa rmacêuticas atualn1ente estão em transição entre o uso de termos e definições tradicionais e uma abordage1n mais sistcrnática, que tem sido proposta para descrever de nlodo mais consistente e exato os medicamentos e preparações. Durante esse período, é importante que os farmacêuticos e os técnicos de fam1ácia conheçam os termos tradicionais, mas também compreendam as definições e as non1enclaturas propostas. A justificativa para as mudanças e o desenvolvimento do sistema proposto é discutida no início do Capítulo 27, Soluções, e a comparação da non1enclatura e das definições específicas das preparações scmissólidas, como pontadas, cremes, géis e pastas são apresentadas no início do Capítulo 30, Preparações sen1issólidas: pomadas, cremes, géis, pastas e colódios. Essas defmições são necessárias para a co1nprccnsão das informações contidas neste cipítulo. Para obter mais informações sobre o assunto, consulte os Capítulo$ 27 e 30.

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A. Pomadas 1. Tradicionalmente, o termo pomada é utilizado para (i) nomear a classe geral de todas as preparações semissólidas de uso externo e (ii) a subclasse preparações semissólidas oleaginosas. Por exenlplo, o Capítulo (1.151) da USP 31, define pomadas co1no "preparações scnlissólidas destinadas à aplicação externa na pele ou em mucosas" (1). No entanto, fabricantes de produtos farmacêuticos usam a palavra po111ada mais especifican1cntc para indicar que um fárnlaco foi incorporado em un1a base oleaginosa; por exemplo, o nome Pomada de Hidrocortisona significa que a bidrocortisona foi incorporada a uma base semissóhda do upo oleosa. 2. Conforine a nomenclatura proposta, essa situação seria esclarecida, o termo stmiss6/ido seria usado para non1ear a classe geral, e o termo pomada seria redefinido de modo mais restrito, co1no "un1a forma farmacêutica semissólida polimérica ou oleaginosa viscosa" (2), o que é consistente com o uso atual pela indústria fannacêutica. 3. De acordo com o Capítulo (t.151) da USP, existem quatro classes gerais de bases para pomadas (ou seja, preparações sernissólidas) (1). Estas são listadas a seguir e são descritas con1 1nais detalhes no Capítulo (1.151) e na Seção UI deste capítulo. a. Hidrocarbonetos b. Absorçií o e. R.en1ovívcl c m água d. Solúvel ern ãgua 4. Dentro dessas classes, as seguintes bases para po1nadas são listadas na tabela de excipientes da N F (3):

Caprilocaproil Polioxilglicerídeos; Éter Monocti ldiecilenogl icol; Lanolina; Lauroil Pol ioxilglicerídeos; Linolcoil Polioxilglicerideos; Pomada Hidroíllica; Pomada Dranca; Pomada Amarela; Oleoil Polioxilglicerídeos; Éter Monomedlpolietilenoglicol; Vaselina; Vaselina Hidroíllica; Vaselina Branca; Pon1ada de Água de Rosas; Esqualcno; Estcaroil Polioxilglicerídcos; Óleo Vegetal Tipo li.



8. Cremes 1. Embora os cremes se encontrem na defuúção geral de unia pomada, eles estão em uma seção separada do Capítulo (1.151) da USP 31. Essa seção traz mais un1a descrição histórica para o termo do que uma definição específica. Apesar de afirmar que os cremes sejam "formas farnlacêuticas se1nissólidas que contêm um ou mais farmacos dissolvidos ou dispersos em uma base adequada" (1), esse capítulo discute a evolução desse termo para incluir ou excluir determinados tipos de emulsões semissólidas e dispersões aquosas microcristalinas. 2. A nova nomenclatura proposta simplifica e esclarece a situação, definindo um creme como "uma forma farmacêutica constituída de uma emulsão semissólida viscosa" (2). Segundo essa definição, os cremes caberiam em duas das quatro classes gerais de bases para pomadas citadas: as bases de absorção contendo água e as bases renlovíveis en1 água. C. Pastas 1. Da mesma forma que ocorre com os cremes, as pastas se encontram na definição geral de uma pon1ada, n1as elas são descrius enl uma seção separada do Capítulo (1.151) da USP 31. Elas são definidas con10 "formas farmacêuticas semissólidas que contêm un1a ou nlais substâncias medica1nentosas destinadas à aplicação tópica" (1). Então, para uma distinção mais clara entre uma pasta e as outras preparações se1russólidas tópicas, o Capítulo (1.151) apresenta dois tipos de pastas e exemplifica cada um. Um grupo consiste de pomadas muito duras co1n un1a alta concentração de panículru; sólidru; e1n u1na base oleagi nosa: a Pru;ta de Óxido de Zinco USP é un1 cxcnlplo desse grupo. A outra subclasse consiste tan1bém en1po1nadas1nuito duras, n1as te111 u1na única fase aquosa con1 alto teor de polín1ero: a Pasta de Carboximetilcelu lose Sódica é u1n exemplo desse grupo (2). 2. A nova nonlenclatura proposta define u ma pasta coruo "unla p reparação sc1n issólida, co1n urna consistência dura, contendo uma concentração relativa1nente a lta de sólidos" (2).

D. Gel 1. Muitos géis, mas não todos, se encaixam na definição geral de uma pomada do Capítulo (1.151); alguns seriam considerados suspensões viscosas ern vez de preparações semissólidas, e outros seriam destinados à administração oral, e não tópica. Como ocorre com os cremes e as pastas, os géis são classificados à parte no Capítulo (1.151) e são definidos como "sistemas semissólidos constituídos de suspensões de pequenas partículas inorgânicas ou de grandes moléculas orgânicas interpenetradas por líquidos" (1). A proposta de definição é ba.s tante semelhante: "uma dispersão de pequenas partículas inorgânicas ou u1na solução de grandes moléculas orgânicas apresentando consistência gelatinosa" (2). 2. Os géis que são suspensões viscosas de pequenas partículas inorgânicas são sistemas como o Gel de Hidróxido de Alumínio USP. Alguns são chamados de magmas se o tamanho da fase dispersa for grande (p. ex., Magma de Bentonita) (1). Tais gé1s devem conter no rótulo "Agite

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Ili.

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antes de usar". Alguns géis são tixotrópicos, forn1ando preparações semissólidas quando em repouso, 1nas tornando-se líquidos quando agitados. 3. Os géis que apresentan1 uma consistência nlais gelatinosa possuen1 grandes molécu las de polímeros orgân icos, con10 o carbômcro, a nletilcelulose e o poloxân1ero, dispersas em um líquido, geralmente a água ou uma solu ção hidroalcoólica. Um exemplo desse tipo é o Gel de Hidrocortisona USP, em que a hidrocortisona encontra-se incorporada en1 uma base de gel hidroalcoólico (4). Emoliente: é um agente que amacia a pele ou alivia a ir ritação na pele ou em mucosas. Protetor: é u1na substância que protege a superfície da pele que tenha sido lesada ou esteja exposta contra estímulos nocivos ou irritantes. Oclusivo: é urna substância que pro1nove a re,t enção de água na pele ao formar uma barreira hidrofõbica que impede a evaporação da umidade de dentro da pele. Umectante: é uma substância que retém a água por causa de suas propriedades higroscópicas.

PROPRIEDADES DESEJÁVEIS DAS BASES PARA POMADAS Certas propriedades são desejáveis para todas as bases para pontadas, não importa qual a sua utilização particular. Estas incluem as seguintes: A. Quin1ica e fisican1ente estável en1 condições norinais de uso e armazenan1ento. 8. Não reativa e compatível com uma ampla variedade de fãrmacos e agentes auxiliares. C. Livre de odor desagradável. O. Não tóxico, não sensibilizante e não irritante. E. Esteticamente atraente, facil de aplicar e não gordurosa. F. Permanecer em contato com a pele até a remoção ser requerida e, então, ser removida com facilidade.

CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS BASES PARA POMADAS A. Muitos fatores determinam a escolha de uma base para pomada. Estes incluem a ação desejada, a natureza do farn1aco a ser incorporado e suas biodisponibilidade e estabilidade e o prazo devalidade requerido do produto acabado (1). A escolha de un1a base específica combina esses fatores com as propriedades de u1na classe de base para po111ada. 8. Bases para pomadas

Co1110 afirn1ado anteriorn1ente, a USP recon hece quatro classes gerais de bases para pomadas a sere1n utilizadas terapeuticamente ou como veículos para substâncias ativas (1). Cada um a tem características muito específicas e únicas (5,6). Con10 descrito nos capítulos anteriores da Parte para a primeira letra de pa4, esta obra emprega a convenção usual de utilizar letras, maiúsculas , lavras que designam itens oficiais da USP- NF (p. ex., Alcool, Agua Purificada) e as primeiras letras 111inúsculas de palavras que designa111 uma substância química (p. ex., etanol e água). 1. Bases de hidrocarbonetos ou oleaginosas a. Ver Tabela 23.1 para características e excn1plos dessas bases; ver Tabela 23.2 para alguns exernplos de forn1ulações. b. Vantagens (11 Baixo custo. (21 Não reativa. (31 Não irritante. (41 Boas propriedades emolientes, protetoras e oclusivas. (51 Não são laváveis com água; portanto, permanecem na pele e mantêm os fármacos incorporados em contato con1 ela. e. Desvantagens (11 Tem pouca aceitação pelo paciente devido a sua natureza oleosa. (21 Não são removidas facilmente pela lavagem, quando desejado. (Nota: podem ser re1novidas usando óleo mineral, que é então removido com sabão e água morna.) (3) Não poderr1 absorver água e podem absorver apenas quantidades limitadas de soluções alcoólicas, assim, a maioria dos excipientes líquidos é difícil de incorporar às bases de hidrocarbonetos. Possíveis estratégias para contornar essa dificuldade são d iscutidas no Capítulo 30, Preparações Semissólidas: pomadas, cremes, géis, pastas e colódios, e são ilustradas co111 os Exen1plos de Prescrição 30.4 e 30.5. (4) U1na vez que essas bases não absorvem nem se mistura111 com soluções aquosas, as secreções aquosas da pele não se dispersam com facilidade. 2. Bases de absorção a. Ver Tabela 23.1 para características e exemplos dessas bases; ver Tabela 23.2 para exemplos de formulações.

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Tabela 23.1

Características das bases da pomadas e géis

1ipo de base

Características

Usos

Exemplos

Hidrocarboneto {oleosa) óleos e gord uras

Insolúvel em água Não lavável Anidra Não absorve água Emoliente Oclusiva Oleosa Pobre na liberação de fármacos

Protetor Emol iente Veículo para fármacos propen· sos à hidrólise

Vaselina Branca Pomada Branca Vaselina

Absorção anidra

Insolúvel em água Não lavável Anidra Pode absorver água Emoliente Oclusiva Oleosa Pobre em liberação de fármacos, mas melhor para fármacos hi· drofóbicos

Protetor Emol iente Veículo para soluções aquosas Veículo para fármacos e sólidos

Vaselina Hídrofilica Lanolina Aquaphor Aquabase Polysorb

Insolúvel em água Não lavável Contém água Pode absorver água {limitado) Emoliente Oclusiva Ol eosa Liberação de fármacos razoável a boa

Emol iente Creme de limpeza Veiculo para líquidos Veiculo para sólidos e fármacos

Lanolina Hidratada Cold Cream Eucerin Hydrocream Pomada de água de rosas Nívea

Insolúvel em água Lavável Contém água Pode absorver água Não oclusiva Não oleosa Liberação de fármacos razoável a boa

Emol iente Veiculo para líquidos Veiculo para sólidos e fármacos

Pomada Hidrofílica Creme evanescente Oermabase Velvachol

Solúvel em água Lavável Pode conter água Pode absorver água {limitado) Não oclusiva Não oleosa Livre de lipídeos Mistura-se bem com as secreções da pele Boa na liberação de fármacos

Emol iente Veículo para líquidos Veiculo para sólidos e fármacos Anestésico local

Pomada de Polietilenoglicol Polybase

Géis: sistemas monofásicos Solúvel em água Lavável em água Contém água Pode conter álcool Pode absorver água adicional Não oclusiva Não oleosa Livre de lipideos Boa liberação de fármacos

Veiculo para líquidos Veiculo para sólidos e fá rmacos Ideal para administrar fármacos nas mucosas Géis lubrificantes Géis espermicidas Géis anestésicos

Gel de Metilcelulose Gel de Carboximetilcelulose sódica Gel de Hidroxipropilmetilcelulose (Liqua-Gel) Gel de Hidroxipropilcelulose Gel de Carbõmero Gel de Poloxãmero

base de hidrocarboneto surfactante alo

+

Base de absorção emulsão água em óleo base hidrocarbonetos + < 45% mim de água + surfactante alo com HLB

se Removível em água (emu lsão óleo em água) base de hidrocarbonetos + > 45% mim de água + surfactante ola com HBL ;,: g

Solúvel em água

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

Tabela 23.2

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Fónnulas de bases para pomadas Bases de hidrocarbonetos (oleaginosas) Pomada branca U SP (4)

50 g 950 g 1.000 g

Cera Branca Vaselina Branca Para

Leve a cera branca à fusão em um recipiente adequado em banho-maria (65 a 70°CJ. Adicione a vaselina branca e continue o aquecimento até se liquefazer. Remova do calor e agite a mistura até que comece a solidificar. Outros nomes: Pomada Simples

Bases de absorção anidras Vaselina hidrofilica USP (4)

30 g 30 g

Colesterol Álcool Estearílico Cera Branca Vaselina Branca Para fazer

80g 860g 1.000 g

Aquaphor

Vaselina Óleo Mineral Cera M ineral Álcool graxo da lã

Aquabase Leve o álcool estearílico e a cera branca à fusão em banho-maria (65 a 70ºC). Em seguida. adicione o colesterol e agite até com- Vaselina pleta dissolução. Adicione a vaselina branca e misture. Remo- Óleo Mineral Cera M ineral va do banho-maria e agite até que a mistura se solidifique. Á lcool graxo da lã Polysorb Sesquioleato de Sorbitano Vaselina Cera Essas bases absorverão significativas quantidades de água. Sesquioleato de Sorbitano

Bases de absorção água em óleo Cera de ésteres cetllicos Cera branca Óleo de amêndoas Borato de sódio Água de rosas forte Água Purificada Óleo de Rosas Para fazer

125 g 120 g 560 g 5g 25mL 165mL 200 µL 1.000 g

Nota : A fórmula para o Cold Creem (antigamente USP) é a mesma

para a Pomada de Água de Rosas, exceto que o óleo mineral substitui o óleo de amêndoas e 190 m L de água purificada são util izados, uma vez que nenhuma fragrância é adicionada (13). O Cold Creem e a Pomada de Água de Rosas não absorverão quantidades significativas de água. Hydrocream

Óleo mineral Vaselina Corte a cera de ésteres cetllicos e a cera branca em pedaços pe- Cera mineral Colesterol quenos e leve-os à fusão em banho-maria (65 a 70ºC). Adicione Álcool graxo da Lã Parabenos o óleo de amêndoas com agitação e aqueça até a temperatura lm idazolidinil ureia Água da mistura atingir 70ºC. Dissolva o borato de sódio na Água Eucerin de Rosas Forte e na Água Purificada previamente aquecida a Óleo mineral Vaselina 70°C. Remova a fase oleosa do aquecimento e, aos poucos e Conservante Á lcool graxo da Lã com agitação, adicione a solução aquosa quente à fase oleosa Cera minera Água fundida e agite rapida e continuamente até que a mistura soliEmbora já contenham água, o Eucerin e o Hidrocreme irão absordifique (cerca de 45°C). Adicione o óleo de rosas. ver uma quantidade moderada de água extra.

Bases removiveis em água (emulsões óleo em água) Pomada hidrofílica USP (4)

Metilparabeno Propilparabeno Laurilsulfato de Sódio Propilenoglicol Álcool Esteárica Vaselina Branco Água Purificada Para fazer

0,25 g 0,15 g 10 g 120g 250 g 250 g 370 g 1.000 g

Dermabase

Parabenos Laurilsulfato de sódio Propilenoglicol Alcoóis Cetllico e Estearilico Óleo mineral lsopalmitato lm idazolidinil ureia Vaselina Branca Água

Leve o álcool estearilico e a vaselina branca à fusão em banho· ·maria (65 a 70ºC). Mantenha o aquecimento até a temperatura A Pomada hidrofílica e os seus p rodutos de marca, como o Dar· da mistura alcançar 75ºC. Adicione os outros excipientes à mabase absorverão cerca de 30% de água, sem diminuição da água e aqueça até 75ºC. Adicione a fase aquosa na fase oleosa consistência. com agitação. Retire do aquecimento e ag ite continuamente até que a mistura se solidifique. (Continua)

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Tabela 23.2

Fónnulas de bases para pomadas (Continuação) Base lavável em água (10)

Ácido Esteárico Álcool Cetilico Glicerina Óleo minera l (leve) Trietanolamina Água Purificada para fazer

Creme evanescente (10) Ácido Esteárico 18g Óleo Mineral leve 2g 0,5g Lanolina 2g Arlacel 83 Hidróxido de Potássio 0,2 g Solução de sorbitol 70% 3,7g Água Purificada para fazer 100g

7g 2g 10 g 20 g 2g 100 g

Leve o álcool cetilico, ácido esteárico e o óleo mineral à fusão Leve o ácido esteárico, a lanolina, o Arlacel e o óleo mineral à fuem banho-maria. Mantenha o aquecimento até a temperatura são em banho-maria. Continue aquecendo até a temperatura da da mistura alcançar cerca de 70°C. Adicione os outros excipienmistura alcançar próximo a 70ºC. Adicione os outros excipientes tes à água a 70ºC. Verta a fase aquosa na fase oleosa com agià água a 70ºC. Verta a fase aquosa na fase oleosa com agitação. tação. Agite continuamente até que a mistura solidifique. Ag ite continuamente até que a mistura solidifique.

Base solúvel em água

Pasta

Pomada de polletllenogllcol NF (11) Polietilenoglicol 3350 400 g Polietilenoglicol 400 600 g Para fazer 1.000 g

Pasta de óxido de zinco USP (4) Óxido de Zinco 250 g Amido 250g Vaselina Branca 500 g Para fazer 1.000 g

Misture os PEGs e leve a mistura ao aquecimento até alcançar 65ºC. Remova do aquecimento e agite até solidificar. Se uma Adicione o óxido de zinco e o amido ao vaselina branco e triture até obter uma pasta homogênea. Para conseguir uma boa paspomada mais dura for desejada, 100 g de PEG 400 podem ser substituídos pela mesma massa de PEG 3350. Para fazer uma ta, o pó deve ser adicionado em pequenas porções ao vaselina pomada que irá absorver 6 a 25% de uma solução aquosa, subsbranco e então misturado. titua 50 g de PEG 3350 por uma massa igual de álcool estearilico.

Géis Gel aquoso de carbômero 934(16) Carbõmero Trietanolamina Metilparabeno Propilparabeno Água Pu rificada

Gel de poloxâmero 2g

1,65 ml 0,2 g 0,05 g 100 mL

Dissolva os parabenos em 95 mL de água morna e deixe esfriar. Adicione o carbômero em pequenas quantidades à solução aquosa, agitando vigorosamente (ou use um agitador de alta velocidade), até que uma dispersão uniforme seja obtida. Deixe em repouso para que o ar incorporado possa escapar. Adicione a trietanolamina gota a gota, agitando com cuidado para evitar a incorporação de ar. Adicione água purificada até 100 mL.

Poloxãmero 407 Parabenos Água Purificada

20 g 0,2 g 100mL

Dissolva os parabenos em 95 mL de água morna e deixe esfriar. Adicione o poloxãmero à solução. (Não se surpreenda se você obtiver uma •bola de neve':) Cubra o recipiente, coloque-o na geladeira e deixe hidratar durante a noite. Um gel claro irá se formar. Adicione água purificada até 100 ml.

(Continua)

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

Tabela 23.2

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Fónnulas de bases para pomadas (Continuação)

Nota: Um Gel de Poloxâmero 20% industrializado, conservado com ácido sórbíco e parabenos e tampo nado com tampão citratoGel hidroalcoólico de carbômero 934 -fosfato, encontra-se disponível. Frequentemente, os géis de Ca rbômero 934 0,625 g poloxâmeros são combinados com uma solução de palmitato de 50 m l Álcool USP ísoproíla e lecitina (SPIL), conferindo-lhe propriedades adicionais gota a gota até o pH 6-7 NaOH 10% de emolíêncía, emulsíficação e promoção da penetração. Essa Água Purificada 49 m l solução pode ser adquirida ou preparada pela adição de 10 g de lecitina de soja em 10 g de palmitato de isopropi la, repousando Disperse o Carbômero 934 em água purificada lentamente com durante a noite. No geral, 20 g de SPIL são adicionados a cada 100 agitação contínua até a obtenção de uma dispersão uniforme. ml de gel poloxâmero. A solução de lecitina industrializada conAdicione gota a gota a solução de NaOH para formar o gel e tém conservante; se a solução for preparada na farmácia, um conobter um pH na faixa de 6-7. Coloque o álcool em pequenas servante deve ser adicionado. O Exemplo de Prescrição 30. 7 do quantidades, com agitação constante. Se o álcool for adicionaCapítulo 30 fornece um exemplo de uma preparação desse tipo. do rapidamente, o gel pode •quebrar7 Igualmente, essa fórmula não funciona como Carbômero 940. Gel de Sulfato de Efedrina NF XII (17) Sulfato de efedrina 10 g Gel alcoólico de carbômero 940 Goma adragante 10 ml 0,5g Carbômero Salicilato de meti la 0, 1 g 71 m l Álcool lsopropílíco 70% Eucalipto! 1,0 ml Tríetanolamina 0,67 g Óleo essencial de pinho 0, 1 ml 28ml Água Purificada Glicerina 150 mL Adicione lentamente o Carbômero 940 ao álcool ísopropílíco, com Água Purificada 830 ml agitação contínua. Adicione a trietanolamína à água purificada Dissolva o sulfato de efedrina em Água Purificada e adicione a e, então, adicione essa mistura à solução de carbômero-alcool glicerina, a goma adragante e os óleos essenciais. Misture bem ísopropólíco, com agitação. Misture bem até formar um gel. e acondicione em um recipiente fechado por uma semana sobre agitação ou mistura ocasional.

b. As bases de absorção são divididas em dois subgrupos: (1) Bases de absorção anidras São constituídas de hidrocarbonetos e agentes eu1u lsificantes que conduzem à forn1ação de emulsões água em óleo, quando a água é adicionada. (2) Emulsões água em óleo: São bases que contêrn água; a quantidade depende da base. Como emulsões semiss6Jidas, elas são classificadas con10 cremes na nova nornenclatura proposta. e. Vantagens (1) As bases de absorção apresentam propriedades emolientes, protetoras e oclusivas relativan1ente boas. (2) Não são facilmente laváveis; logo, mantêm os larmacos incorporados em contato com a pele. (3) Poden1 absorver líquidos. (a) As bases de absorção anidras podem absorver quantidades significativas de água e moderadas de soluções alcoólicas. Isso é ilustrado com o Exemplo 30.4, no Capítulo 30. (b) Devido ao fato de já conteren1 água, as bases de absorção emulsionadas absorvem quantidades variáveis de água e/ou etanol. (4) Alguns tipos de lanolina apresentam composição semelhante às secreções sebáceas da pele. Considera-se que esses tipos tenham propriedades en1olientes superiores. O Marti11dale: Tire Extra P!rarmacopoeia descreve que os produtos graxos da lã, quando misturados com óleos vegetais ou con1 vaselina, fornecen1 pomadas emolientes que penetrarn na pele e aumentam a absorção (7,8). d. Desvantagens (1) Algumas bases desse grupo apresentarn pouca aceitação pelos pacientes. (a) As bases de absorção anidras apresentam natureza graxa si1nilar à das bases de hidrocarbonetos. (b) Algumas bases que contêm la nolina são pegajosas e têrn um odor um pouco desagradável. (2) Não são facilmente removíveis com a lavagem (nota: como as bases de hidrocarbonetos, podem ser removidas com óleo mineral). (3) As bases que contêm graxas da lã ou alcoóis graxos da lã poden1 ser sensibilizantes. Tentativas foran1 realizadas para remover as substâncias agressoras, con10 os deterge ntes

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e alcoóis graxos livres naturais. Existem relatos de que isso reduz a incidência de hipersensibilidade a quase zero (9). (4) Aquelas bases que possuem en1ulsificantes do tipo sabão (p. ex., Cold Cream e a Pon1ada , de Agua de Rosas) poden1 apresentar proble1nas de con1patibilidade associados ao tipo de agente emulsificante. Isso é discutido na seção sabões leves, no Capítu lo 20, Surfactantes e Agentes en1ulsificantes. (5) Aquelas que contêm água podem apresentar problen1as de estabilidade química de substâncias que são sensíveis à hidrólise. (6) Aquelas contendo água estão sujeitas ao crescimento microbiano, e a USP exige que bases desse tipo contenham un1 conservante (1). 3. Bases ren1ovíveis ern água a. Ver Tabela 23.1 para características e exemplos; ver Tabela 23.2 para algu ns exemplos de formulações. b. Essas bases são emulsões óleo em água e são classificadas como cremes em ambas nornenclaturas tradicional e proposta. e. Vantagens (1) As bases removíveis em água são não graxas e, portanto, são esteticamente agradáveis. (2) Elas podem ser removidas da pele pela lavagem. (3) Elas podem absorver água ou etanol. Se a quantidade de líquido ad icionado alcançar uma quantidade crítica, a base se tornará mais fluida, como un1a loção. Essa propriedade pode ser vantajosa, como é ilustrado no uso de un1 creme para a preparação de u1na loção, no Exemplo 28.4 do Capítulo 28, Suspensões. (4) Elas permitem a dispersão de fluidos da pele lesada. d. Desvantagens (1) Essas bases são menos protetoras, menos emolientes e menos oclusivas que as bases de hidrocarbonetos ou de absorção. (2) Aquelas que possuem en1ulsificantes do tipo sabão apresentan1 problen1as de co111patibilidade. Con10 afirn1ado anteriormente, isso é discutido na seção sobre sabões no Capítulo 20, Surfactantes e Agentes emulsificantes. (3) Devido ao fato dessas bases conterem água, podem ocorrer problemas de estabilidade quín1ica com algumas substâncias sensíveis à hidrólise. (4) A fase aquosa está sujeita ao crescimento n1icrobiano, e a USP exige que as preparações desse tipo contenham um conservante (1). (5) Uma vez que a fase externa é aquosa, esses produtos ressecam quando expostos ao ar. Isso pode ser mininlizado pela estocagem em recipientes bem fechados. Agentes umectantes podem ser adicionados para retardar a desidratação; glicerina e propilenoglicol em concentração de 2 a 5% são mais usados para esse propósito (10). 4. Bases solúveis em água a. Ver Tabela 23.1 para características e exemplos dessas bases; ver Tabela 23.2 para exen1plos de fonnulações. b. Essas bases são isentas de substâncias graxas, sendo, portanto, solúveis em água. A maioria das bases para pomadas dessa classe é constituída de polietilenoglicóis; a Pomada de Polietilenoglicol NF é uma preparação oficial desse tipo de base (11). e. Vantagens: (1) São solúveis em água; portanto, faciln1ente ren1ovidas pela lavage1n. (2) Não deixam resíduos oleosos. (3) Podem absorver alguma quantidade de água ou etanol; à medida que a quantidade de líquido adicionado aurnenta, a base torna-se 1najs fluida e eventua lmente se dissolve. O potencial de absorção de água da pomada de polietilenoglicol pode ser melhorado com a adição de álcool estearílico; a forn1ulação é n1ostrada na Tabela 23.2. d. Desvantagens (1) Essas bases podem causar irritação, especialn1ente na pele ou em mucosas lesadas. (2) Elas apresentam pouca ou nenhuma emoliência. (3) Bases do tipo PEG podem apresentar problemas de compatibilidade com fármacos incorporados suscetíveis à oxidação. (4) As bases que contêm água podem apresentar problemas de estabilidade e compatibilidade associados à presença de água, e a adição de un1 conservante é requerida. C. Pastas 1. Pastas graxas

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a. As pastas graxas apresentam propriedades similares às das pomadas, mas são mais duras e parecen1 menos gordurosas e 111ais absortivas que as pornadas. Isso se deve ao fato de apresentar.en1 concentrações elevad as de substâncias sólidas que absorven1 água e soluções aquosas. b. Como cla.5 absorvem melhor as secreções da pele, são usadas no tratan1ento de lesões funidas ou exsudativas. Essas pastas são menos penetrantes e permanecem mais tempo no local aplicado do que as pon1adas. e. U1n produto oficial desse tipo é a Pasta de Óxido de Zinco USP. 2. Gel aquoso nlonofãsico: um exen1plo é a Pasta d e Carboxirnetilcel ulose Sódica USP que contén1 16 a 17% de Carboximetilcelulose Sódica (4). 3. Para animais, as pastas são geral mente de uso oral e não de uso tópico e são definidas como "formas farmacêuticas orais viscosas e concentradas administradas con1 auxílio de u ma seringa e não destinadas à aplicação tópica" (Ver Tabela 36.3 no Capítulo 36, Prática de farmácia veterinári a). D. Géis Como indicado nas definições fornecidas no início deste capítulo, géis são preparações semissólidas, que podem ter uma ou duas fases. Eles podem ser empregad os topicamente, introduzidos nas cavidades corporais (nasal, vaginal, etc.) ou usados internamente (p. ex., géis de hidróxido de alumínio). 1. Sistemas monofásicos a. Os sistemas monofãsicos contêm macromoléculas solúveis, que são polímeros lineares ou ramificados que se dissolvem molecularmente na água. São classificados como dispersões coloidais, po is as moléculas apresentam tamanho de partículas coloidais, exced endo 50 a 100 A. b. Os polírneros são classificados em três grupos: polín1eros naturais (p. ex., goma adragante), derivados de celulose semissintéticos (p. ex., 111etilcelulose) e polí1neros sintéticos (p. ex., carbômeros). Essas categorias são discutidas ern detalhes no Capítulo 19, Agentes indutores de viscosidade. Os Exemplos de Prescrição 30.6 e 30.7, no Capítulo 30, ilustra1n o uso desses polímeros na fabricação de géis tópicos. e. A fase contínua desses géis é quase sempre aquosa, mas alcoóis, polióis e óleos também podem ser usados. 2. Sistemas bifasicos a. Os sisten1as bifásicos são formados por un1a rede concentrada de coloides de associação, que são constituídos de partículas insolúveis em água fortemente hidratadas. Exemplos de preparações oficiais incluem o Gel de Hidróxido de Alumínio e o M agma de Bentonita. b. São suspensões tixotrópicas sen1iss6lidas quando e1n repouso, mas tornan1- se fluidas quan do agitadas. O te rmo gel é usado quando as partícu las dispersas são 1nuito pequenas, e o tenno mag111a é utilizado para géis con1 partículas de ta1nanho maior. e. Vários compostos que formam coloides d e associação, inclu indo bentonita, celulose microcristalina e dióxido de silício coloidal, são discutidos no Capítulo 19, Agente indutores d e viscosidade.

EXCIPIENTES DAS BASES PARA POMADAS A. Os e xcipientes, as fórn1ulas, os 1nétodos d e preparação e/ou as descrições de algumas das bases para pon1ada são apresentados na Tabela 23.2. B. As descrições dos excip ientes de bases para pon1adas, como solventes, conservantes, agentes indutores de viscosidade e surfactantes, que são empregados e1n vários tipos de forn1as farmacêuticas, podem ser encontradas nos capítulos que tratam desses excipientes específicos (Capítulos 15 a 21). C. Os excipientes específicos de bases para pomadas são d escritos aqui. Eles incluem ceras, alcoóis graxos, ácidos e ésteres e diversas bases para pomadas e excipientes. As descrições e solubilidades aqui apresentadas fornecem un1 conjunto de informações encontradas no Remi11gton's 'fhe Sciences and Pratice Phannacy (12,13) e no Handbook of Pharmaceutica/ Excipients (14), nas n1onografias oficiais da USP-NF (4,11) e em outras referências. Um ponto de fusão é dado para cada excipiente; essa inforn1ação é especialn1ente útil quando un1 excipiente é utilizado na preparação de uma forma fa rmacêutica semiss6lida po r fusão. Informações adiciona is sobre cada excip iente, inclu indo referências de artigos d e pesquisa originais, poden1 ser encontradas no Handbook of P/1ar111aceutical Excipients. 1. Vaselina U SP e Vaselina Branca USP a. Descrição (1) A vaselina e a vaselina branca são misturas de hidrocarbonetos saturados semissólidos purificados extraídos do petróleo. A vaselina branca sofre um tratamento adicional, no qual é quase toda descolorida, sendo preferida para uso en1 preparações fannacêuticas,

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visto que causa menos reações de hipersensibilida.de. As monografias da USP para ambos os tipos de vaselina declaram que elas podem conter estabilizantes adequados (4). (2) A vaselina é uma massa untuosa, n1ole, translúcida e an1arelada. A vaselina branca é se1nelhante, mas, como seu no1ne indica, ela é branca. A1nbas são insípidas, inodoras e gordurosas ao toque. Apresentam um intervalo de fusão de 38 a 60°C, e a densidade específica do líquido fundido é de 0,815- 0,880. b. Solubilidade: são pratica1nente insolúveis en1 água, álcool quente ou fi:io, acetona e glicerina; são solúveis na 1naioria dos óleos voláteis e fixos. e. Incompatibilidades: as bases de vaselina são bastante estáveis, e existem poucos problen1as de incompatibilidade. Como as formas purificadas são mais lábeis à oxidação, a USP permite a adição de pequenas quanridades de antioxidantes (14). A vaselina não se mistura co1n soluções aquosas ou hidroalcoólicas. d. Usos (1) A vaselina branca é un1a base suave para po1nadas. Apresenta uma textura lisa, incorpora pós faci lmente e se espalha de modo un iforme sobre a pele. Ela é usada sozinha ou como con1ponente principal das bases para pomadas. (2) Se uma base dura é desejada, uma porção de Cera Branca pode ser adicionada. (Ver a fórmula da Pomada Branca na Tabela 23.2.) e. Outros nomes (1) Petrolato: gel mineral e petrolato gelatinoso. (2) Petrolato branco: gel mineral branco, petrolato branco gelatinoso, parafina leve branca. 2. Lanolina USP e Lanolina Modificada USP a. Descrição (1) A lanolina e a lanolina nlodificada são substâncias oleosas purificada.s, obtidas a partir da lã de ovelhas. Ambas são purificadas, limpas, descoloridas e desodorizadas. A lanolina nlodificada recebe un1 tratan1ento adicional para reduzir o conteúdo de alcoóis livres de lanolina, detergentes e resíduos de pesticidas. A lanolina é modificada com o intuito de reduzir as reações de hipersensibilidade. As monografias da USP para an1bos os co111postos declaram que elas não contêm mais de 0,25% de água e que podem conter não mais que 0,02% de um antioxidante adequado (4). (2) A Lanolina é urna massa untuosa e a1narela, com um leve odor característico. Funde entre 38 e 44ºC, fornecendo u111 líquido transparente ou amarelo- claro. A 15ºC, ela ten1 uma densidade específica de 0,932-0,945. (3) Muitas vezes ocorre confusão entre a lanolina e a lanolina,hidratada, tambén1 conhecida como gord11ra hidratada da lã, contendo 25 a 30% de água. E uma pomada de cor branco-amarelada, co1n um odor característico. Antes da USP 23, a lanolina hidratada era oficialmente conhecida como lanolina; atualmente, o produto conhecido como lanolina é a la110/i11a anidra. A partir da USP 23, a lanolina hidratada foi excluída da USP e da monografia da Lanolina Anidra e foi reno111eada como lanolina. Você ainda irá encontrar referências que usam a antiga 1101nenclatura. b. Solubilidade: a lanolina , é quase insolúvel en1 água, mas absorve até duas vezes a sua massa em água, sem separação. E pouco solúvel em álcool frio, mas mais solúvel em álcool fervente. e. lncon1patibilidades: a lanolina é um produto natural que pode conter componentes que acuam como agentes oxidantes de excipientes sensíveis. d. Usos (1) A lanolina pode ser utilizada sozinha, mas tan1bém pode ser misturada a óleos vegetais ou a vaselina para produzir uma base emoliente que penetra na pele e melhora a absorção de substâncias ativas (14). (2) Como já foi dito, ela absorve até duas vezes a sua massa em água, formando uma emulsão de água em óleo. e. Outros nomes: gordura de lã, lanolina anidra, gordura de lã refinada. 3. Parafina N F a. Descrição (1) A , parafina é uma mistura purificada de hidrocarbonetos sólidos oriundos do petróleo (11). (2) E um sólido incolor ou branco translúcido, insípido e inodoro e um pouco oleoso ao toque. Possui uma faixa de fusão de 47 a 65ºC, dependendo do grau, e a densidade específica do líquido fundido é de 0,84-0,89. b. Solubilidade: a parafina é praticamente insolúvel e111 água, álcool e acetona, n1as é muito solúvel cm óleos voláteis e na maioria dos óleos fixos a quente.

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e. Incompatibilidades: a parafina é um composto estável e não reativo. d. Usos: é usada como doador de consistência nas bases para pomadas. e. Outros nomes: cera de parafina, parafina sólida, cera minera l. 4. Cera Dranca NF a. Descrição , (1) A cera branca é a cera de abelhas branqueada e purificada (11). E constituída essencialmente por ésteres de hidrocarbonetos de cadeia longa, sendo o palmitato de nliricila o éster principal. Tan1bén1 contén1 ácidos graxos livres e ca rboidratos, além de un1a pequena quantidade de alcoóis graxos livres. (2) E um sólido de cor branco-an1arelada, tra nslúcido, quase insípido, n1as com um leve odor. O ponto de fusão é de 62 a 65°C; a densidade específica da cera fundida é de aproximadamente 0,95. b. Solubilidade: é insolúvel em água e pouco solúvel em álcool. E' solúvel em óleos fixos e voláteis. e. lncon1patibilidades: a cera branca é um composto pouco reativo. A porção de ácidos graxos livres pode reagir com bases, con10 o hidróxido de sódio, para forn1ar sabões. Isso pode ser usado com vantagem na preparação de uma base de pomada emulsionada. d. Usos: ela é usada con10 doador de consistência nas bases para pomadas. e. Outros nomes: cera branqueada, cera branca. 5. Cera de Ésteres Cetílicos N F a. Descrição (1) A cera de ésteres cetílicos é constituída por uma mistura de ésteres de alcoóis graxos saturados e ácidos graxos (C 14 a C 1s) (11). Essa cera é u1n substituto sintético para o produto natural espermacete, que antigan1ente era extraído da cabeça dos cachalotes. (2) Apresentam-se como flocos brancos, translúcidos, com um odor fraco e agradável e sabor suave. Seu ponto de fusão é de 43 a 47°C. Quando fundido a 50°C, sua densidade é de 0,82 a 0,84. b. Solubilidade: a cera de ésteres cetílicos é insolúvel em água, pratican1ente insolúvel no ál, coo! frio, mas solúvel em álcool fervente. E também solúvel em óleos voláteis e fixos. Sua solubilidade em óleo mineral é de 14 a 22 mg/mL. e. Incompatibilidades: é bastante estável e não reativa, mas é incompatível con1 ácidos ou bases fortes (14). d. Usos: a cera de éstercs cetílicos é usada con10 doador de consistência e en1oliente e1n bases para poma das. e. Outros non1es: cspertnacete sintético. ' 6. Alcool Cetílico NF a. Descrição (1) O álcool cetílico é constituído de pelo 1nenos 90% de álcool cctílico, CH 3(CH2) 14CH 20H, e o restante de alcoóis graxos relacionados (11), principalmente álcoo l estearílico. (2) Apresenta-se como flocos ou grânulos cerosos, con1 leve odor e sabor suave. Seu ponto de fusão varia de 45 a 50ºC, e a densidade específica do líquido fundido é 0,908. b. Solubilidade: o álcool cetílico é insolúvel en1 água, mas solúvel em álcool e óleos vegetais. Quando fundido, é miscível com gorduras, óleos nlinerais e parafinas. e. Incompatibilidades: é bastan te estável e não reativo, 1nas é incompatível com agentes oxidantes fortes (14). d. Usos (14) (1) O álcool cetílico é usado como doador de consistência e emoliente, não apenas em bases para pomadas, nlaS tambén1 e1n emulsões líquidas e loções, supositórios e formas farma cêuticas sólidas de liberação controlada. (2) E' 1nuito utilizado en1 produtos tópicos industrial izados, devido a suas propriedades favoráveis para tais for mu lações: absorção de água, e111oliente e emulsificante. Ele também propicia u1na textura fina e boa consistência às formas farmacêuticas. (3) Quando apl icado na pele, é absorvido e retido na epiderme. Isso contribui para a sua propriedade emoliente e lubrificante. Ele deixa a pele suave e macia. (4) Quando adicionado a bases oleaginosas, con10 a vaselina, ele aumenta sua capacidade de absorver água. De fato, quando 5% são adicionados à vaseli na, a associação absorve 40 a 50% da sua nlassa e111 água (14). (5) É usado como um emulsificante auxilia r, tanto para emulsões água em óleo quanto óleo em água. E' fre quentemente usado com detergentes, como o laurilsulfato de sódio, para 1nelhorar a barreira interfacial contra a coalescência, ern sisten1as emulsionados.

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' 7. Alcool Estearílico NF a. Descrição (t) Teor : o Álcool Estearílico N F conténi pelo menos 90% de álcool estearílico CH3 (CH:J16CH 2 0H, sendo o restante constituído de alcoóis graxos relacionados (1 1), principalmente álcool cetílico. (2) Apresenta-se na forma de flocos ou grânulos cerosos, d uros, brancos, com u111 odor fraco e agradável e sabor suave. Seu pon to de fusão é 55 a 60ºC, e a densidade específica do líquido fundido é 0,88- 0,91. b. Solubilidade: é insolúvel en1 água, mas solúvel e1n álcool, propilenoglicol e óleos vegetais. e. Incompatibil idades: ele é bastante estável e não reativo, nias é inco1npatível com agen tes oxidantes fortes (14). d. Usos (14) (t) O álcool estearilico é usado principalmente como doador de consistência, mas tem propriedades emolientes, de absorção de água e emulsificante. É utilizado en1 bases pa ra pom adas, loções e emulsões líquidas, supositórios e fonnas farm acêuticas sólidas de liberação controlada. (2) Da mesma ma neira que o álcool cetíJico, q uando adicionado a bases oleaginosas, como a vaselina, aumenta a sua capacidade de absorver água. (3) E' usado em uma concentração de 6 a 25% na Pomada de Polietilenoglicol NF para aunientar a capacidade de absorção de água dessa base solúvel eni água. (Ver a fórmula da Pomada de Polictilenoglicol na Tabela 23.2.) 8. Alcoóis de Lanoli na NF a. Descrição (t) O álcool de la nolina é uma n1istura de alcoóis alifáticos, alcoóis triterpênicos e esteróis que são obtidos por meio da hidrólise da lanolina. Contém não menos de 30% de esteróis, calculados con10 colesterol. Pode conter u1n antioxidante (11). , (2) E uni sólido de cor âmbar, ceroso, coni uni odor característico. Seu po nto de fusão não é inferior a 56°C. (3) Esse produto é uma versão pu rificada de alcoóis da lã, que consistem em um a fração separada contendo colesterol e outros alcoóis preparados por saponificação de gorduras a partir da lã de ovelhas (12). b. Solubilidade: o álcool de lanoli na é insolúvel eni água, ligeiram ente solúvel e1n álcool, unia parte é solúvel eni 25 partes de álcool en1 ebulição. e. Incompat ibilidades: o álcool de lanoli na é incompatível com coaltar, ictamol, fenol e resorcinol (14). d. Usos (14) (1) O álcool de lanolina é utilizado principalmente como agente emulsificante auxiliar em pomadas e em outras preparações tópicas, n1as contém propriedades emolientes e de absorção de água. (2) Conio os alcoóis cetíl ico e estearilico, o álcool de la noli na quando adicionado à bases oleagi nosas, como a vaselina, aumenta a sua capacidade de absorção de água; a adição de 5% de álcool de lanolina à vaselina aumentam em três vezes sua capacidade de absorver água. e. Outros noa1es: alcoóis da lã, álcool da graxa da lã. 9. Colesterol

H3 C H,

H3 C

H , ,,,,,.. . . _ , 1

HO - ,

~

'.

\

1

H

H.

MM = 386,65 a. Descrição: o colesterol apresenta-se na forma de grânulos, pós, agul has ou folha.~ de cor branca a amarelo-clara. E' quase inodoro, tem uni ponto de fusão de 147 a 150ºC e é sensível à luz.

b. Solubilidade: é insolúvel em água, pouco solúvel em álcool (1 g/100 mL) e em álcool desidratado (lentamente, 1 g/50 m L), e solúvel em aceto na, álcool à quente e óleos vegetais. e. Incompatibilidades: é um composto estável e não reativo. d. Usos (14)

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(1) O colesterol é usado como agente emulsificantc em pomadas e en1 outras preparações tópicas em concentrações de 0,3 a 5%. (2) Ten1 tan1bém propriedades emolientes e de absorção de água. 10. Monocstearato de Glicerila NF a. Descrição , (1) E constituído principalmente de uma nlÍstura de monoésteres de glicerina com ácido esteárico (CH 3(CH2) 16COOH) e palmítico (CH 3 (CH 2) 14COOH). Pode conter um antioxidante (11). (2) É u rn sólido ceroso esbranquiçado, corn sabor leve e agradável e odor graxo. Ele não fu nde abaixo de 55ºC, e a densidade específica do líquido fundido é 0,92. O 1n onoestearato de glicerila é sensível à luz. b. Solubilidade: é insolúvel em água, mas solúvel em álcool a quente, acetona, óleo mjneral ou óleos fixos. e. Incompatibilidades: os produtos a base de nionoestearato de glicerila que são autoe1nulsificantes (p. ex., Arlacel 165, Hodag CMS- 0) são incompatíveis com compostos ácidos. d. Usos , (14) (1) E usado como um emulsificante não iônico em emulsões, tanto para emulsões óleo em água quanto água em óleo, líquidas e senússólidas. Tan1bém tem propriedades emolientes e for nece textura e viscos idade a preparações tópicas de vários tipos. (2) Tambén1 é uti lizado em forn1as farmacêuticas sólidas para várias finalidades, tais como lubrificante em comprimidos e cápsulas, con10 modificador da liberação em forma.~ farmacêuticas orais de liberação controlada e em supositórios e implantes. O nionoestearato de glicerila aucoemulsionável é também u1n ingrediente da Fattibase, unia base come rcial para supositórios. (3) Embora o monoestearato de glicerila seja o ingreruence mais utilizado desse tipo, exjstem vários outros ésteres de glicerila, tal como o monooleato de glicerila. Para obter informações sobre os usos e propriedades desses materiais, consulte o Handbook of Pharmace11tical Excipients. , 11. Acido Esteárico NF a. Descrição (1) O Acido Esteárico NF é constituído principahnente de uma mistura de ácido estcárico (CH 3(CH 2) 16COOH) e palnútico (CH 3(CH0 14COOH). O teor de ácido esteárico não é inferior a 40%, e o teor de an1bos os ácidos, ,esteárico e paln1ítico, não é inferior a 90% (11). A NF ta1nbém rraz un1a nlonografia sobre Acido Esteárico Purificado em que o teor desse ácido não é inferior a 90%, e dos ácidos combinados não é inferior a 96% do total (11). (2) O ácido csteárico é um sólido ou pó cristalino, duro, branco a levernente amarelado, brilhante, co1n suave odor e sabor de sebo; funde aproximadamente a SSºC, sendo o ponto de fusão do ácido purificado de 69- 70°C. (3) Ambos ácido esteárico e ácido esteárico purificado devem ser rotulados apenas para uso externo, a menos que eles sejam obtidos a partir de fontes comestíveis (11). , b. Solubilidade: o ácido esteárico é praticamente insolúvel em água. E solúvel 1 g e111 20 mL de álcool ou 25 mL de acetona e em propilenoglicol. e. Incompatibilidades (1) Conforme discutido no itern d. (2). o ácido esteárico reage com álcalis e bases orgânicas para formar sabões. Na maioria dos casos, essa é u1na reação desejada, co1no nos agentes c1nulsificantes do tipo sabão "nascente", e na forn1ação in sit11 de estearato de sóruo na preparação dos Supositórios de Glicerina USP. (2) Ele tan1bém reage com hidróxidos de nietais, formando estcaratos insolúveis em água; os sais de zinco e cálcio reagem co1n o ácido esteárico nas bases para pon1adas, fonnando grumos nas preparações (14). d. Usos (1) O ácido esteárico ,é muito utilizado co1no age nte en1ulsificante e solubilizante em preparações tópicas. E utilizado como lubrificante en1 compri1nidos e cápsulas. (2) O ácido esteárico é a porção de ácido graxo do agente e1nu lsificante usada nas bases emulsionadas óleo em água removíveis. A porção básica pode ser o hidróxido de potássio ou sódio, carbonato de sóruo ou trietanolanúna. Quando o ácido esteárico é adicionado em excesso, a fração não neutra lizada é emulsionada como parte da fase oleosa. O ácido esteárico livre fornece aos cremes u1n brilho perolado; eles são conhecidos como cremes eva11esce111es. Devido a problemas de co1npatibilidade inerentes aos sabões, algu1nas formulações de cremes evanescentes usam surfactantes não iôrucos, mas o ácido esteárico ainda é acrescentado pa ra dar o briJho perolado desejado.

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12. Polietilenoglicol (PEG) NF (11,15) a. Descrição (1) O PEG te1n a fórmula geral H- (OCH2CH2-] 0 0H. (2) Os polietilenoglicóis estão disponíveis em vários graus, de 200 a 8.000, em que o número atribuído indica a massa molecular média (11). Aqueles com números de 200 a 600 são líquidos claros e viscosos, os PEGs 900 e 1.000 são sólidos moles, e os PEGs 1.450 a 8.000 são sólidos cerosos ou flocos de cor branca. Todos são inodoros e insípidos, e o pH de un1a solução a 5% encontra-se na faixa de 4,5- 7,5. Ver Tabela 24.1, no Capítulo 24, para obter mais informações sobre as densidades e pontos de fusão de cada um. b. Solubilidade: apesar de todos os PEGs serem solúveis em água e en1 muitos solven tes orgânicos, a sua solubilidade depende da sua massa molecular. Ver Tabela 24.1, no Capítulo 24, para solubilidades dos diferentes graus de PEG na da água. Os PEGs líquidos são solúveis em acetona, álcool, glicerina e glicóis; os PEGs sólidos são solúveis em álcool e acetona e pouco solúveis em hidrocarbonetos alifaticos, mas são insolú veis e1n gorduras, óleos fixos e óleo nlineral. e. Incompatibilidades (14) (1) E1nbora sejam n1uito estáveis, os polietiJenoglicóis poden1 causar problemas para compostos sujeitos à oxidação, devido à presença de impurezas residuais de peróxidos provenientes do processo de fabricação. (2) Outras incompatibilidades relatadas incluem a redução da atividade antibacteriana de alguns antibióticos, incluindo penicilina e bacitracina; a redução da eficácia dos conservantes parabcnos, devido à ligação com PEG; a liquefação das bases de PEG con1 a adição de fenol, ácido tânico e ácido salicílico (e1nbora a fórn1ula original USP para ' Pon1adas de Acido Benzílico e Salicílico, também conhecida con10 Pomada de Wliiifie/d, utilize a pomada PEG com o base); a descoloração de sulfanilamidas; a precipitação do sorbitol; o amolecimento ou outras reações com alguns plásticos e membranas filtrantes. d. Usos (14) (1) Polietilenoglicóis são bastante utilizados em produtos farmacêuticos e preparações. Eles são usados con10 bases para pon1adas e supositórios, solventes, agentes indutores de viscosidade, plastificantes e lubrificantes para produção de comprimidos e cápsulas. Eles são aprovados para uso oral, para produtos tópicos, retais, oftalmológicos e parenterais. (2) A sua utilidade é lin1itada pelo fato de eles poderem causar irritação em tecidos sensíveis, nlucosas e pele lesada. En1bora a sua solubi lidade em água pareça fazer deles bons veículos para uso na pele quei1nada ou lesionada, eles devern ser usados com cautela nessas situações, tanto pela sua natureza irritante quanto pela existência de relatos de toxicidade sistêmica devido à absorção nessas áreas. Existe1n tan1bém relatos de reações de hipersensibilidade. (3) O limite para produtos parenterais é de 300Ai v/v de PEG 300. e. Outros nomes: PEG, Carbo,vax, Atpeg, Hodag PEG.

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Bases para Supositórios Melgardt de Villiers, PhD

DESCRIÇÃO DO CAPÍTULO

Defi nições Propriedades desejáveis das bases para supositórios Classifi cação e características das bases para supositórios

DEANIÇÕES A. Suposit6rios: "Supositórios são corpos sólidos de diversos pesos e formas, adaptados para introdução nos orificios retal, vaginal ou uretra! do corpo humano. Norn1alrnente fundem, amolecen1 ou se dissolvem à temperatura corporal. Un1 supositório pode agir como protetor ou paliativo dos tecidos locais ou como transportador de substâncias terapêuticas para obtenção de uma ação sistên1ica ou local"(!). - USP. (Ver a seção de definições e nomenclatura no Capítulo 31, Supositórios, para uma discussão sobre a proposta de alteração da nomenclatura da forma farmacêutica supositório.) B. De acordo com a USP, há seis classes gerais de bases para supositórios (1): 1. Manteiga de cacau 2. Substitutos da n1anteiga de cacau 3. Gelatina glicerinada 4. Gase de polietilcnoglicol 5. Gase surfacta nte 6. Supositórios obtidos por compressão ou insertes C. De acordo con1 Allen (2), quatro classes de bases para supositórios são descritas, conforine suas propriedades de fusão ou dissolução: 1. A prin1eira é a base graxa ou oleosa, que deve fund ir à temperatura corporal para liberar a substância ativa. 2. A segunda é a base de gelatina glicerinada, que absorve a água e se dissolve liberando a subs• . . tanc1a auva. 3. A terceira é constituída de polímeros solúveis ou miscíveis em água e agentes surfactantes. 4. O quarto é um grupo de bases contendo agentes desintegrantes, gon1as naturais, agentes efervescentes, colágeno, fibrina, hidrogéis, etc.

PROPRIEDADES DESEJÁVEIS DAS BASES PARA SUPOSITÓRIOS A. Quín1ica e fisicamente estáveis sob condições normais de uso e armazenamento. B. Não reativas e compatíveis com uma ampla variedade de fármacos e agentes auxiliares. C. Livres de odores desagradáveis.

308

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D. Esteticamente atraentes. E. Não tóxicas, não sensibilizantes e não irritantes para os tecidos sensíveis. F. Características de expansão-contração que reduzen1 apenas o suficiente sobre refrigeração, para

G. H. 1. J. K.

Ili.

que a liberação a partir do molde seja facilitada. Capacidade de se fundir ou dissolver no local de administração para liberar o fármaco. Não liga-se aos farn1acos . Capa.cidade de niisturar ou absorver pequenas quantidades de água. Viscosidade suficientemente baixa para fluir co1n facilidade, quando fu ndida, e alta o suficiente para manter incorporadas as partículas sólidas de um fárrnaco. Capacidade de u1nectação e/ou en1ulsificaçào para que se espalhe, disperse e libere a(s) substância(s) ativa(s) no local de adnlinistração.

CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS BASES PARA SUPOSITÓRIOS As seis classes gerais de bases para supositórios identificadas pela USP (1) são apresentadas aqui. As

desc ri ções e solubilidades das bases ou dos componentes das bases formam um conjunto de informações obtidas a partir do Remingtot1's Sciet1ce at1d Practice of Pharmacy (3), do Hat1dbook of Pharmaceiitica/ Excipiet1ts (4), das monografias oficiais da USP-NF (5,6) e de outras referências citadas. Informações adicionais sobre cada substância, incluindo referências de artigos de pesquisa originais, podem ser encontradas no Handbook of Pharmac.eiltical Excipients. A. Manteiga de Cacau NF 1. Descrição

2. 3.

4.

5.

a. A n1anteiga de cacau é a gordura das sementes da Theobroma cacao (chocolate). Pode ser obtida espremendo as sementes ou extraindo com solventes orgânicos. Do ponto de vista qu ímico, é uma mistura de triglicerídeos e de ácidos graxos insaturados e saturados, principalmente ácido esteárico, pal ntítico, oleico, láurico e linoleico. b. É um sólido amarelo, insípido e de odor suave. É sólido à temperatura an1biente, mas funde à temperatura corporal; apresenta ponto de fusão entre 31 e 34°C. A densidade específica da manteiga de cacau após fusão varia entre 0,858 a 0,864. É disponível em barra ou ralada. e. Não conté111 emulsificantes, por isso não absorve quantidades significativas de água. O Tween 61, um surfacta nte lipofílico, não iônico, sólido e gra.xo, pode ser adicionado (510%) para au1nentar as propriedades de absorção de água da niantciga de cacau (7), embora a adição de surfactantes não iônicos pareça fornecer supositórios com baixa estabilidade durante o armazenamento (8). Solubilidade: é insolúvel en1 água, ligeiramente solúvel em álcool e solúvel em álcool absoluto em ebulição. Incompatibilidades: o problema de con1patibilidade mais notável da manteiga de cacau é a redução do seu ponto de fusão co1n a adição de fármacos como h idrato de cloro, fenol e timol. Isso pode ser contornado pela adição de 4 a 6% de cera branca ou 18 a 28% de ce ra de ésteres cetíl icos, nias a determinação da quantidade exata que propicie uma temperatura de fusão adequada pode ser difícil e demorada (9). Um grupo de fórmulas bem sucedidas de supositórios de hidrato de cloral , incluindo algumas contendo 1nanteiga de cacau, encontra- se publicado (10). Vantagens , 8 . A manteiga de cacau é suave e não irritante aos tecidos sensíveis. E també1n u1n excelente emoliente, sendo usada isoladamente ou e1n produtos tópicos que requeiram essa propriedade. b. Devido ao fato de a nlanteiga de cacau apresentar vários usos, alé1n da preparação de supositórios, ela encontra-se disponível em muitas farmácias. É também uma base que pode ser usada na preparação de supositóri os por moldagen1 manual; nesse caso, o uso de equipamentos ou de moldes especiais não é necessário. Essas duas propriedades a torna1n útil quando a preparação de um supositório personalizado é necessária. e. A 1nanteiga de cacau tem uma temperatura de sol idificação de 12 a 13ºC abai xo do seu ponto de fusão. Isso facilita a sua transferência para o molde de supositórios antes de solidificar (7). d. A manteiga de cacau está disponível na forma ralada. Isso elim ina o aspecto de consu1no de ten1po na nian ipulação dos supositórios. Desvantagens 8 . Devido ao baixo ponto de fusão, a manteiga de cacau e seus supositó~ios devem ser armazenados a uma temperatura ambiente controlada ou no refrigerador. E recon1endado que a temperatura de armazenamento não exceda 25°C.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

309

b. Ela tem a desvantagem de apresentar diferentes formas polimórficas com pontos de fusão

ainda mais baixos: 18, 24, e 28 a 31º C (7). Os supositórios de manteiga de cacau são, portanto, dificeis de preparar. (11 A n1anteiga de cacau pode ser faciln1ente superaquecida e, quando isso acontece, pode solidificar como uma das formas polimórficas de mais baixo ponto de fusão. Isso significa que os supositórios preparados inadequadamente podem fundir-se à ten1peratura ambiente ou quando manuseados pelo paciente durante a inserção. (2) Un1 banho-n1aria morno com ten1peratura controlada deve ser uti lizado para a fusão da 1nanteiga de cacau. Se a manteiga de caca u tiver se tornado um líquido claro, de coloração amarelada, e se o seu pon to de fusão tiver sido excedido, todos os cristais 13 terão sido destruídos, e os supositórios resultantes apresentarão u1na ten1peratu ra de fusão abaixo da temperatura desejada de 34 a 35ºC. Um exemplo de procedimento de preparação com o uso de temperaturas adequadas para o banho-maria e para a fusão da 1nanteiga de cacau é dado no Exen1plo 31.1, no Capítulo 31, Supositórios. e. Co1no em todas as bases graxas, os supositórios de manteiga de cacau poden1 produzir perfis de liberação lentos e erráticos para alguns farn1acos. A liberação de un1 fannaco contido em uma base graxa, como a manteiga de cacau, para o meio aquoso da cavidade corporal, depende do coeficiente de partição água/base desse meio. Isso pode ser um problema, visto que muitas molécul as orgânicas de fánnacos são insolúveis em água e lipofílicas, exceto quando estiveren1 presentes con10 um sal, na forma ionizada. (11 Por esse 1notivo, do ponto de vista da biodisponibilidade, as formas hidrossolúveis (sal) dos fármacos (com elevado coeficiente de partição água/base) devem ser usadas sempre que possível com a manteiga de cacau, cm especial quando a obtenção de um efeito sistêmico for desejado. Por exe1nplo, se o fenobarbital precisa ser incorporado en1 un1a base de manteiga de cacau, o seu sal sódico é a forma preferida para o uso. Esse princípio é ilustrado no Exemplo de Prescrição 31.2, no Capítulo 31. (2) Para fármacos, co1no o aceta1ninofeno, que não apresenta n1 un1a form a solúvel em água, a n1anteiga de cacau não é uma boa escolha de base para supositório (11). 8. Substitutos da manteiga de cacau 1. Descrição a. A USP tem a segui nte descrição para substitutos da manteiga de cacau: Bases graxas para supositórios poden1 ser produzidas a partir de vários óleos vegetais, como o óleo de coco ou palmistc, que foran1 modificados por cstcrificação, hidrogenação e fracionamento, para obter produtos apresentando diversas composições e temperaturas de fusão (p. ex., óleo vegetal hidrogenado e graxa dura). Esses produtos poden1 ser elaborados co1n a finalidade de reduz.ir a rancificação. Ao mesmo te1npo, características como intervalos estreitos entre as temperaturas de fusão e solidificação e fa ixas de fusão adaptáveis a várias formulações e condições climáticas podem ser otimizadas (1). b. Quimicamente, esse tipo de base é constituída de u111a n1 istura de ésteres triglicerídeos de

ácidos graxos saturados de C-12 a C-18, com 1nenores quantidades de mono e diglicerídeos. O utros aditivos incl ue1n a cera de abelha, lecitina, polissorbatos, alcoóis graxos etoxilados e glicerídeos graxos parcialn1ente etoxilados (4). Como pode ser visto posterionnente nas descrições de algumas bases sintéticas graxas comercialmente disponíveis, esse tipo de base também contém surfactantes, agentes autocn1ulsionáveis e agentes suspensores. e. Substitutos para a 111anteiga de cacau foram inicialmente desenvolvidos na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, devido à disponibilidade limitada dessa substância. Nos últiinos anos, os fornecedores de macérias-pri rnas para manipulação nos Estados Unidos desenvolveram produtos adicionais desse tipo (8). Vários deles são descritos aqu i. d. Witepsol (11 O W itepsol é um sólido esbranquiçado, ceroso, sólido e friável que funde a um líquido claro a an1arelado; é pratica1nente inodoro e possui densidade de 0,95 a 0,98 a 20ºC. Ele conté1n agentes emulsificantes e absorve unia pequena quantidade de água (4,8). (2) En1bora o Handbock of Pharmace11tical Exdpie11tes liste 20 diferentes tipos de Witepsol, o H15 é o n1ais disponível para farmacêuticos. Apresenta uma faixa de ten1peratura de fusão de 33,5 a 35,SºC (4), que é bastante próxima da sua faixa de congelamento de 32 a 34°C (8). (3) Apesar de alguns farmacêuticos falarem bem das bases Witepsol, outros reportam resultados pobres ou não reprodutíveis. Embora os supositórios preparados com essa base solidifiquen1 rapidamente e se contraian1 saindo faci lmente do molde, há relatos de proble1nas com produtos que se quebran1 e1n pedaços ao serem rerr1ovidos do 1nolde.

310

Judith E. Thompson

2. 3. 4.

5.

e. Fattibase (Paddock Laboratories) (1) A Fattibase é um sólido opaco, branco, ceroso, inodoro e insípido. Sua densidade específica a 37ºC é de 0,89. É uma nüstura de tri glicerídeos dos óleos de palma, pal n1iste e coco, mais os agentes autoemulsionávcis estcarato de polioxil e n1onoestearato de gliccrila, que servem como agentes emulsificantes e suspensores (12). (2) Funde no intervalo de 32 a 36,SºC, 1nas as instruções de seu fabricante, Paddock Labs, afirma que a base deve ser aquecida lenta e uniformen1 ente entre 49 e 54ºC, antes da adição das substânc ias ativas. A base fundida deve ser vertida para o molde quando a n1istura estiver entre 43 e 49°C. A base não deve ser aquecida acima de 60°C e a utilização de fornos n1icro-ondas para aquecê- la não é recomendada (12,13). (3) A Fattibase ternas vantagens da nlanteiga de cacau, sen1 apresentar as dificuldades causadas pelo sensível intervalo de fusão e polimorfismo dela. Os supositóri os preparados a partir dessa base são facilmente retirados do molde; uma leve lubrificação dos moldes con1 un1 óleo vegetal pode ser realizada, se necessário. f. Fattyblend (Gallipot lnc.) (14) (1) A base de supositório Fattyblend exibe a característica inerente à manteiga de cacau de fusão à temperatura corporal sem o polimorfismo. Ela oferece uniformidade, odor agradável e as características de baixa irritação, betn como excelentes propriedades de liberação de molde, en1 comparação à n1anteiga de cacau. (2) Contém triglicerídeos dos óleos de palma, palnliste e coco, bem co1no emulsificantes e agentes suspensores. (3) Também é usada em bá1san1os para lábios e batons por ser insípida. g. Supposiblend (Gallipot Inc.) (14) (1) E apresentada como uma bola de bases para supositórios de triglicerídeos (gordura do tipo mistura de ácido) a partir de óleos vegetais, principalmente óleo de dendê, que resiste à oxidação, e não apresenta o polimorfismo da manteiga de cacau. (2) Possui um intervalo de fusão de 34 a 37ºC. Contrai-se ligei ran1ente durante o resfrian1enro, o que confere excelentes características de 1iberação do molde. (3) Contém emu lsificantes que permitem a absorção de pequenas quantidades de soluções aq uosas. h. Supposibase-F (Hawkins) (15) (1) Sen1elhante à Supposiblend, a Supposibase- F é u1na base de supositório que se apresenta na forma de péletes e é preparada a partir de óleos vegetais refinados, hidrogenados e desodorizados, principalmente o óleo de pahniste. E' relatada con10 tendo boa estabilidade quitnica, pouca tendência à oxidação, estabilidade física e polimorfismo mínimo. (2) Funde entre 34 a 37ºC. Solubilidade: substitutos da manteiga de cacau são praticamente insolúveis em água e ligeira1nente solúveis em álcool a quente. Incompatibilidades: os substitutos da manteiga de cacau podem apresenta r as dificuldades dela, no que diz respeito à redução da te111peratura de fusão na presença de certos farn1acos. Vantagens a. As bases graxas são preferíveis devido a sua suavidade e ao fato de não causarem irritação aos tecidos sensíveis. b. Algu1nas das versões sintéticas da n1anteiga de cacau, disponíveis co1nercialmente, são n1ais faceis de n1anusear do que a n1anteiga de cacau, pois elas não são tão suscetíveis às pequenas variações na ten1peratura de fusão e, ao contrário da manteiga de cacau, apresentam problemas mínimos de polimorfismo. e. Algumas das bases graxas sintéticas especialn1ente formuladas inclue1n surfacta ntes e agentes autoemulsionáveis que melhoram a liberação dos fármacos e a biodisponibilidade (16). Desvantagens a. Por causa de seus pontos de fusão relativan1ente baixos, essas bases sintéticas e seus supositórios devem ser armazenados à temperatura ambiente controlada ou sob refrigeração. b. Conforme disc utido na seção sobre manteiga de cacau (ver Seção Ili.A), bases graxas tendem a ter liberação lenta e errática de fármacos insolúveis em água, embora as bases formu ladas com surfactantes e en1ulsificantes sejam relatadas co1no superiores a esse respeito (16). Ainda assim, formas de fãrm acos ionizados solúveis em água (sais) devem ser usadas, quando possível, con1 bases graxas, en1 especial quando um efeito sistêmico for desejado. Para os fãrmacos que não possue1n forinas solúveis em água, os resultados te rapêuticos deven1 ser monitorados para a garantia de uma liberação adequada a partir da forma farmacêutica. Isso

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

Tabela 24.1

311

Propriedades físico-quimicas dos polietilenoglicóis

Grau (MM média)

Faixa de MM

Forma tisica

300 400 600 1.000 1.450 3.350 4.600 8.000

285 a 315 380 8 420 570 a 630 950 8 1.050 1.300 a 1.600 3.000 8 3. 700 4.400 a 4.800 7.000 a 9.000

líquida líquida líquida Sólido mole Sólido mole ou flocos Flocos ou pó Flocos ou pó Flocos ou pó

Densidade a 20"C' ou 611'Cb

Faixa de fusão ('C)

Solubilidade em água (m/m, 20'C)

pH da solução 5%

1, 1250'

-15a-8 4a8 20 a 25 37 8 40 43a46

Completo Completo Completo

4,5 a 4,5 a 4,5 a 4,5 a 4,5 a 4,5 a 4,5 a 4,5 a

1, 1254' 1 1, 1257 1,0926° 1,0919• 1,0926. 1,0925• 1,0845"

54 8 58

57 a 61 60 a 63

80 72 67 65 63

7,5 7.5 7,5 7,5 7,5 7,5 7,5 7,5

Fonte:The Oow Chemical Company, Carbowax and Carbowax Sentry Product Data Shoets (http://www.dow.com/polyglycols/carbowax/index.htm). •oensidades medidas a 20°C para aqueles que são liquidas a essa temperatura (300, 400, 600).

"Densidades medidas a 60"C para os que não são líquidos a temperatura de 20°C (1.000-8.000).

é ilustrado com a formulação do supositório de indometacina no Exemplo de Prescrição 31.1, no Capítulo 31. C. Bases de gelatina glicerinada 1. Descrição: esta base consiste em 70 partes de gJjcerina, 20 partes de gelatina e 10 partes de água (1). O ntétodo de preparação é semelhante à base de goma de mascar glicerinada, que é descrita na Tabela 26.3, no Capítulo 26. 2. Essas bases são utilizadas com pouca frequência, pois são mais difíceis de preparar e oferecem poucas vantagens. 3. O ntaterial da base ten1 consistência elástica e suave (parecida com balas de goma), o que a torna adequada para adn1inistraçâo vaginal, poré1n não suficientemente firn1e para uso retal. 4. As bases não fundem, mas se dissolvem lentan1ente nas secreções das n1ucosas da vagina; elas são reco1nendadas para liberação sustentada de agentes antimicrobianos locais (7). Os supositórios à base de gelatina glicerinada devem ser umedecidos antes da inserção. 5. Os supositórios de gelatina glicerinada são higroscópicos, devendo ser dispensados en1 recipientes herméticos. 6. Essas bases são reportadas como suscetíveis ao crescimento de bactérias e fungos , portanto devem ser armazenadas sob refrigeração e/ou conter um conservante (p. ex., 111etilparabeno 0,18%, propilparabeno 0,02%) (8). D. Bases de polietilenoglicol 1. D escrição: as bases para supositórios de polietilenoglicol são constituídas por niisturas de polímeros de polietilenoglicóis de várias massas mo leculares. O polietilenoglicol é descrito no Capítulo 23, Bases para pomadas, e as propriedades de alguns PEGs, frequentemente usados em aplicações farmacêuticas, são dadas na Tabela 24.1. As fórinulas de algumas bases para supositórios de PEG são dadas na Tabela 24.2. 2. Algumas bases de supositórios con1ercial111ente rusponíveis contendo PEG tan1bé1n tên1 em sua formulação componentes adiciona.is, como surfactantes. Duas bases amplamente utilizadas são Polybase (Paddock Labs) e PEGblend (Gallipot Inc.) contêm uma mistura de polietilenoglicóis mais o en1ulsificante polissorbato 80. A Polybase é um sólido branco com massa n1olecular média de 3.440 e densidade específica de 1,177 a 24ºC (13,17). 3. As bases de PEG são formuladas de modo que não fundam à temperatura corporal, mas que se dissolvam nos fluidos corporais. Os supositórios preparados com essas bases devem ser umedecidos com água antes da inserção. 4. Vantagens a. Os supositórios de PEG são facilmente preparados por fusão. b. Quando formulados com uma 1nistura apropriada de PEGs, dissolvem-se nos fluidos das cavidades corporais e liberam a(s) substâncias(s) ativa(s), tanto hidrofilicas como lipofilicas. Desde que haja secreções aq uosas suficientes, liberam o tarmaco de n1aneira 1nais reprodutível do que as bases lipofílicas. e. Como seu ponto de fusão é facilmente controlado por misturas apropriadas dos polímeros, essas bases e seus supositórios não requerem ten1peraturas de arn1azena111e11to cuidadosan1ente monitoradas.

312

Judith E. Thompson

Tabela 24.2

Basa s da polietilanoglicol (PEG)

Baset PEG PEG PEG

8.000 1.540 400

50% 30% 20%

A base 1 é uma boa base de supositórios solúvel em água para uso geral.

Base2 PEG PEG PEG

3.350 1.000 400

60% 30% 10%

A base 2 é boa base para uso geral, sendo um pouco mais macia do que a Base 1 e dissolvendo com mais facilidade.

Base3

PEG PEG

8.000 1.540

40%

70%

A base 3 tem um ponto de fusão mais elevado, o que geralmente é suficiente para compensar a redução do ponto de fusão causada por alguns fármacos, como hidrato de cloral.

Base4 PEG PEG

8.000 400

40% 60%

8.000 400

20% 80%

Bases

PEG PEG

As bases 4 e 5 são usadas na preparação de supositórios de progesterona. Relatos de manipuladores, em contato com a autora, descrevem que a base 5 é melhor para essa finalidade. Base&

PEG PEG

8 .000 1.540

Álcool Cetílico Água

60% 25% 5% 10%

A base 6 pode ser usada para fármacos solúveis em água. Bases 1, 2, 3. 4 e 6 são encontradas em: Plaxco JM, Suppositories. ln: King RE, ed. Oispensing oi medlcations, 9'ed. Easton. PA: Mack Publishlng Co., 1984; 93-94.

5. Desvantagens a. Os supositórios de PEG causam irritação nos tecidos das cavidades corporais, portanto têm menos aceitação pelo paciente que os supositórios preparados a partir de bases graxas. b. São incompatíveis com uma extensa lista de tarmacos, especial mente os propensos à oxidação. Exen1plos específicos são fornecidos na descrição do polietilenoglicol, no Capítulo 23. e. Interagem com o poliestireno, o plástico frequentemente usado nos recipientes de dispensação do medica111cntos; portanto, os supositórios n ão devem ser dispensados en1 recipientes desse material, a menos que sejam recobertos primeiro com papel alun1ínio. E. Bases dispersíveis em água ou surfactantes: 1. Vários surfactantes não iônicos, corno os ésteres do sorbitano etoxilados e os estearatos de

polioxietileno, são usados isoladamente ou em combinação com outros veículos, para a preparação de bases para supositórios (1). 2. As bases desse tipo não são muito usadas na manipulação, pois são mais complicadas para for111ular. 3. Se formu !adas corretamente, tais bases têm pontos de fusão e consistências ideais. Corno contêm surfactantes, dispersam-se rapida111ente nos fluidos das cavidades corporais. 4. U111a nlistura, que pode ser facilmente preparada na farmácia, conté1n 60% de Tween 61 e 40% de Tween 60 (7). Esses dois componentes são sólidos à temperatura ambiente. Eles são disponibilizados por fornecedores de materiais para manipulação.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

313

F. Supositórios em comprimidos ou insertes 1. Os supositórios vaginais (agora referidos co1no i11serres vaginais) são ocasionalmente preparados pela compressão de materiais pulverizados em uma forma adequada. Eles estão preparados também por 1neio de encapsulação em cápsulas de gelatina n10Jc (1). 2. O método de compressão é adequado para supositórios que contenham fármacos termolábeis ou u1na grande proporção de con1postos insolúveis. 3. Esse método oferece a possibilidade de obter supositóri os de rnuitas formas e tan1anhos. 4. O diluente utilizado é quase sempre lactose combinada com um agente desintegrante, um dispersa11te e u1n lubrificante. G. A liberação do farn1aco a partir de bases para supositórios é um processo con1plexo e i1nprevisível. A etapa li111itante para a velocidade de liberação de farn1aco não está apenas relacionada ao uso de bases graxas que se fundem ou de bases de PEG que se dissolvem, nias tan1bén1 ao tempo necessário para que o farmaco seja particionado e se espalhe no lúmen retal ou vaginal. Na prática, visto que estudos de biodisponibilidade são frequenten1ente impraticáveis, é irnportante avaliar a eficácia do sistema de liberação por meio do frequente monitoramento dos resultados terapêuticos. Referências 1. The United Stat

123009

OATA: 00/ 00/ 00

ENDEREÇO: Mi>1ocq11a Co11rf 532

R

8e>tzocaí>ta Ácido .ralicílico Ácido benzoico Cânfora Salicilafo de /lfefila Talco qsp

0,75 g 0,75 g 1,5 g

1g

30 g

J. Johnson~

Posologia: Aplicar >10.r pé.r pe,la ma>tltã e ao deifar Reutilizaçio da prescrição: 3

Dr.

K. W Shapiro ~~~~~~~~~~~~~~~~

DEAN~

329

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO

NOME, RESISTÊNCIA E FORMA DE DOSAGEM DA PREPARAÇÃO: Ácido benzoico 5%, cânfora 3,3%, ácido salicílico e benzocaina 2.5%, pó de uso tópico QUANTIDADE: 30 g

-

USO TERAPÊUTICO/CATEGORIA: Antifúngico e antipruriginoso tópico INGREDIENTES:

-Quintidade

lngntdiante

DADOS DA FORMULAÇAO ID: BP002 VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Tópica

Descriçio física

-

Solubilidade

Compmraçio de do11 Dada

Benzocalna

0,75 g

pó branco

1 g/2.500 ml de

-..

Uso na pr11criçio

Usual

~

1a20%

anestésico local

1a20%

queratolítico

5%

6%

antifúngico

3.3%

0.1 a 10%

antiprurido

-

-

essência

86,7%

-

veículo e absorvente

2,5%

água, 5 mlde álcool

Ácido selicflico

0,75 g

cristais brancos finos

-

lg/460 ml de água, 27 ml de álcool

2,5% -

Ácido benzoico

Cânfora

-

1,5 g

agulhas brancas

1 g/300 ml de

,-

água, 23 ml de álcool 1,0 g

cristais grandes

~lde ãgua, 1 ml de

-

álcool Salicilato de metila

Talco

6 gotas

26g

1 g/500 ml de

líquido incolor claro odor de gaultéria

água, mis. em álcool

pó fino cinza·esbranquiçado

insoL em água e álcool

-

COMPATIBILIDADE- ESTABILIDADE: Todos os ingredientes são bastante estáveis, porém a benzocaina, o ácido salicllico e a cãnfora têm potencial para formar uma mistura eutética, que se liquefaz quando estes são triturados juntos. Nesse caso. ta l fato seria ume vantagem, pois a cânfora está disponível como cristal rígido, que não é reduzido a pó fino com trituração direta. Portanto, para essa preparação, o procedimento preferencial é "forçar· a formação de uma mistura eutética, triturando a benzocaina, o ácido salicilico e a cânfora em um gral de vidro para obter uma mistura liquida. Se a mistura não liquefazer ade· quadamente para dissolver a cânfora, algumas gotas de álcool podem ser adicionadas para completar o processo. A mistura eutética liquefeita é adsorvida sobre o pó de talco. A cânfora sublima ã temperatura ambiente, o que poderia acarretar alguma perda caso a preparação não seja armazenada em um recipiente hermético.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO: Para proporcionar facilidade de uso pelo paciente, um frasco de polietileno com tampa com bico aplicador deve ser usado como recipiente. Conservar à temperatura ambiente controlada.

PRAZO DE VALIDADE: Um prazo de validade de três meses é atribuído, visto que não se pode confirmar que o sistema de fechamento do recipiente preenche os requisitos para recipiente hermético. Se a preparação for dispensada em um recipiente hermético e resistente à luz, como recomendado na monografia da USP para Cânfora (3), sería aceitável usar o prazo de vali· dade máximo de seis meses, conforme especificado no Capitulo (795), para formas farmacêuticas sólidas acondicionadas em recipientes herméticos, armazenadas à temperatura ambiente controlada e preparadas com matérias-primas USP (6).

330

Judith E. Thompson

CÁLCULOS Dose/Concentr1çio

x . . . 0.75 g de benzocaína/a.s. . . • ; x - 2.5% ~ g de pó % benzocama e acido sahc1hco: 100 30 x 1 g de cânfora • ; x = 3,3% = g de pó % de canfora: 100 30

x 1,5 g de ácido benzoico . • . ; x = 5% = de pó % acido benzoico: 100 30 9 x 26 g de talco ; x = 86,7%(opcional, talco não é ingrediente ativo) d ó = % talco: 100 30 g e p Quantidade de ingredientes

Todos as massas são fornecidas na prescrição, exceto a do talco. Talco = 30 g

(peso dos outros ingredientes) = 30 g - (0,75 + 0,75 + 1,5 + 1) g = 30g - 4g = 26g

MSDS. SEGURANÇA E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Revisar as fichas de segurança pare todos os componentes do pó. Vestir íaleco limpo e usar luvas descartáveis. Evitar a inalação do pó.

EQUIPAMENTOS ESPECIALIZADOS: Grei de vidro, tamis de malha 100; todas as pesagens devem ser realizadas em balança eletrônica.

PROCEDIMENTO DE MANIPULAÇÃO: Pese 0.75 g de benzocaína, 0,75 g de ácido salicilico, 1,5 g de ácido benzoico, 1 g de cânfora e 26 g de talco. Transfira a benzocaina, os ácidos salicílico e benzoico e a cãnfora para um grei de vidro e triture-os "forçando" a formação de uma mistura eutética. Se esta não se tomar líquida para dissolver a cânfora, adicione algumas gotas de álcool. Coloque o talco no grei aos poucos com trituração, para absorver o líquido. Adicione seis gotas de salicilato de metila no pó com trituração. Tamise o põ usando tamis com abertura de malha 100. Pese o recipiente de dispensação. Utilizando um funil, transfira o pó para o recipiente e pese de novo para determinar a massa final de pó. Rotule e dispense.

DESCRIÇÃO DA PREPARAÇÃO ANALIZADA: Pó fino cinza -esbranquiçado com odor de cânfora e gaultéria. CONTROLE DE QUALIDADE: A massa do põ deve corresponder à massa teórica de 30 g. ~

FORMULAÇAO ORIGINAL PREPARADA POR: John Johnson, Farmacêutico

VERIFICADO POR: Sue Stein, MS, RPh

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

331

FÓRMULA-PADRÃO NOME. RESISTÊNCIA E FORMA OE DOSAGEM DA PREPARAÇÃO: Ácido benzoico 5%, cllnfora 3,3%, ácido salicílico e benzocaína 2.5%. põ tõpico

QUANTIDADE: 30 g DADOS DA FORMULAÇÃO ID: BPOOZ

PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano NÚMERO CONTROLE DA PRESCRIÇÃO: 123009

INGREDIENTES USADOS:

RÓTULO FARMÁCIA PRÁTICA RUA DOS PAPÉIS, 425 TRITURADOR, CEP 53706 (608) 555-1200 FAX: (608) 555-1210

:&

Farmacêutico: JJ

DatA: 00/00/00 Médico Shapiro Aplicar diretamente nos pés, pela manhã e antes de deitar. 123009 Max Thompson

Benzocaína 2,5%; ácido salicílico 2,5%; ácido benzoico 5%; cânfora 3,3%; talco 86,7% (opcional), pó tópico. Uuantidade: 30 g Mfg: manipulado Reutilização da prescrição: 3 Oescanar após: fornecer a data Rótulos auxiliares: apenas para uso externo. Manter fora do alcance de crianças. Este medicamento foi manipulado em nossa farmêlcia para você segundo o seu médico.

332

Judith E. Thompson

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá, Max. Eu sou seu farmacêutico, JohnJohnson. Você tem alguma alergia a nledicamentos? Está tomando algun1a 1nedicação prescrita ou não? O que Dr. Shapiro disse sobre esse medican1ento? Esse pó contén1 uma associação de ingredientes, incluindo cânfora, ácidos benzoico e salicílico e benzocaína, que aliviam a coceira e tratam a infecção fúngica, no seu caso, pé de atleta . Aplique-o conforme indicado, a cada manhã e ao deitar. Ele irá ajudar seus pés a "respirarem" ao usar sapatos e meias. Evite n1ateriais sintéticos que não permitam que o suor evapore. Além disso, seque ben1 os pés após o banho. Se a situação não mel horar en1 poucos dias, ou se piorar, entre e1n contato com o Dr. Shapiro. Mantenha o medicamento em local fresco e seco, fora do alcance de crianças. Esse pó é apenas para uso externo. Descarte qualquer conteúdo não utilizado após três meses (fornecer a data). A receita pode ser utilizada três vezes. Você te1n alguma dúvida?

-

EXEMPLO DE PRESCRIÇAO 25.3 CASO: Jared Stone pesa 6,8 kg e ten1 4 meses de idade. Durante os últin1os 3 ou 4 dias, ele desenvolveu dermatite de contato grave por uso de fralda (conh ecida como assadura), com muita vermelhidão na área em contato com a fralda. Seu histórico inclui o uso anterior de urn complexo multivitamínico pediátrico e amoxicilina para otite méd ia. O Dr. Schu ltz rece itou o pó de uso tópico descrito a seguir para tratar a dermatite de Jared. Essa prescrição traz un1 exemplo de unidade de concentração que pode ser interpretada de duas maneiras: com os dois pontos indicando uma quantidade "a mais" ou "qsp". A farmacêutica Bárbara Bell entrou em contato con1 o médico, pois sua intenção era de usar uma parte de nistatina para 10 partes do pó adsorvente (ou seja, a mais), o que faria sentido, considerando como quantidade de pó não dividido a massa de 20 g, um múltiplo par de 1 :10. A outra dificuldade com a interpretação dessa prescrição diz respeito à nistatina em pó, que poderia ser entendida como Nistatina USP pura (4.400.000 un idades/g) ou como Pó de Nistatina Tópica USP (100.000 unidades/g). Ambos os pós estão disponíveis. Isso é abordado nos cálculos dados en1 seguida. Neste exercício, a farn1acêutica consultou o Dr. Schultz e determinou que a segunda interpretação, Pó de Nistatina Tópica USP, era a forma pretendida.

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CLINICA DE MEDICOS CONTEMPORANEOS RUA 00 PARQUE, 20 TRITURADOR, CEP 53706 TEL: (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

:a # NOME: Jared Slo11e ENDEREÇO:

12302S

DATA: (}(}/ (}(}/ (}(}

Lego LA11e253(} Adicio11e pi de 11islafi11a 1:10 à seg11i11fe 1Hisl11ra: Óxido de zinco

Talco AIHido Carbo11ato de cálcio

q11a11tidades iguais para dar 20 g

Posologia: Aplicar 11a área afetada Contate Dr. Schultz parti confirmar a rt1/açio de concentração e • interpretação quanto ao tipo de nistatins Pó de uso IDpico B. Bel/~

Reulilizeção da prescrição: 3

Dr. DEA N':

A/ela Schu/tz

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

333

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO NOME, RESISTÊNCIA E FORMA DE DOSAGEM DA PREPARAÇÃO: Nistatina - Pó adsorvente tópico DADOS DA FORMULAÇÃO ID: BP003 QUANTIDADE: 22 g VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Tópica USO TERAPÊUTICO/ CATEGORIA: Antifúngico/adsorvente INGREDIENTES: Ingrediente

Quintidade

Descrição física

Solubilidade

Comp1reçlo entre d011 Dada

Uso na prescrição

Usual

Óxido de zinco

Sg

põ branco

insol. em água e álcool

22,7%

qualquer

adstringente, adsorvente

Talco

5g

pó cinza-asbran· quiçado

insol. em água e álcool

31,6%.

qualquer

veiculo, adsorvente

Amido

Sg

põ branco

insol. em água e álcool

22,7%

qualquer

veiculo, adsorvente

praticamente insol. em água

22.7%

qualquer

adstringente, adsorvente

4 mgfml de água ~mg/mlde ool

9.090

100.000

antifúngico

unidades/g

unidades/g

-

,_ Carbonato de célcio

Sg

põ branco

Põ de nistatina tópico 100.000 unidades/g

2g

põ amarelo-claro

-

-

•Este inclui 22,7'1(, referente lot 5 g de talco adicionado maia 8.9% do talco usado como o diluente dai 2 g de pó de nl1tatln1 tópico.

COMPATIBILIDADE- ESTABILIDADE: Os adsorventes óxido de zinco, talco, amido e carbonato de cálcio são compatíveis e estáveis na forma de pó. A nistatina tem estabilidade questionável, mesmo na forma de pó seco. Ambos Chemical Stability of Phamaceuticale Trisseis StabilityofCompounded Formulations reportam que a nistatina degrada quando exposta ao calor, luz, oxigênio e umidade (7,8).

EMBALAGEM EARMAZENAMENTO: Embora a monografia da USP para a Nistatina recomende o armazenamento em reci-

pientes herméticos e resistentes aluz, as monografias da USP para todos os ingredientes utilizados, incluindo o Pó de Nistatina Tópico, permitem o armazenamento em recipientes bem fechados (3). Para um uso adequado pelo responsável, dispensar em um recipiente de plástico opaco de 60 ml com tampa perfurada, que não é classificado como um recipiente hermético. Conservar à temperatura ambiente controlada.

PRAZO DE VALIDADE: Ao usar um produto fabricado, como o Pó de Nistatina Tópico, o prazo de validada recomendado, conforme especificado no Capitulo (795) para formulações sólidas acondicionadas em recipientes herméticos e armazenadas à temperatura ambiente controlada, não deve exceder 25% do período restante de validade do produto ou seis meses, o que ocorrer primeiro (6). A tampa perfurada do recipiente não o classifica como herm ético, e, portanto, um prazo de validade máximo três meses é utilizado. Oprazo de validade será limitado mais ainda se o período correspondente a 25% do prazo de validade restante do produto for inferior a três meses.

CÁLCULOS Dose/Concentreçllo: A razão de 1:10 deve ser interpretada como uma parte de pó de nista tina para 10 partes de pó não dividido adsorvente. Considerando os 20 g de pó adsorvente, isso significa que existem 2 g de pó de nistatina para 22 g de pó total. Concentração de nist11lín11: Se a prescrição for interpretada como Pó de Nistatina Tópico USP. que é de 100.000 unidades/g: . 100.000 unidades de nis.) ( 2 g de pó de nis. tóp. ) _ por g unidades 9.090 • • . ( 22 g total de po g pó de ms. top. Este resultado é cerca de um décimo da concentração habitual.

334

Judith E. Thompson

Se a prescrição for interpretada como Nistatina USP. aplique o número de unidades equivalentes por miligrama impresso no frasco de pó de nistatina que será utilizado (um valor que varia de acordo com o fabricante e número de lote), nesse caso 6.050 unidades/mg: 6.050 unidades de nis.) ( • . ( mg de po nis.

. 2.000 mg de pó nis. ) _ - 550.000 unidades por g d • 22 g tota1 e po

Isso é aproximadamente 5,5vezes a concentração usual. Como indicado, o farmaci!utico consultou o médico e determinou que a interpretação pretendida era Pó de Nistatina Tópico. Oóxido de zinco, o amido e as concentrações de carbonato de cálcio:

% de óxido de zinco, amido. carbonato de cálcio:

x 5 g de ingred. ; x = 22,7% de pó = 100 22 9

Concentração de talco: Existem duas fontes de talco nessa formulação. Além dos 5 g na fórmula, o Pó de Nistatina Tópico contém talco. Os 2 g de Pó de Nistatina Tópico contêm 200.000 unidades de nistatina dispersas no talco. A quantidade de nistatina e talco nos 2 g podem ser calculados usando a massa: . . ) ( 200.000 unidades de nistatina) _ mg de nistatina mstat1na de mg 45 . · d d 'd ( 4.400 um a es e rnstatina 2 g de Pó de Nistatina Tópico - 0,045 g de nistatina = 1,955 g de talco Portanto, a quantidade total de talco na formulação é a seguinte: 5 g + 1,955 g = 6,955 g.

x 6,955 g de talco ; x = 31,6% de pó = % talco: 100 22 9 Quantidade de ingredientes Óxido de zinco, talco, amido e carbonato de cálcio: 20 g/4 = 5 g de cada Pó de Nistatina Tópico: 1 parte de pó de ms. tóp. x g de pó de nis. tóp. • ; x = 2 g de pó de nistatina tópico d 10 partes de outros pós 20 g e outros pos FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA, MEDIDAS DE SEGURANÇA E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Revise as fichas de segurança para todos os componentes do pó não dividido. Vista um jaleco limpo e use luvas descartáveis. Evite a inalação do pó. EQUIPAMENTOS ESPECIALIZADOS: Nenhum. Todas as pesagens são feitas em uma balança eletrônica.

.

-

TECNICA DE PREPARAÇAO: Pese 2 g de Pó de Nistatina Tópico USP 100.000 unidades/g e 5 g de óxido de zinco, talco, amido e de carbonato de cálcio individualmente. Misture os pós adsorventes (cerca de 2 mini por tombamento em um saco de fechamento com zíper. Coloque o pó em um gral e, usando diluição geométrica, adicione o pó adsorvente misturado ao Pó de Nista· tina Tópico com trituração para obter uma mistura homogênea. Pese um recipiente com tampa perfurada. Usando um funil específico, transfira o pó para o recipiente e pese de novo para determinar a sua massa final. Rotule adequadamente e dispense. DESCRIÇÃO DO PRODUTO ACABADO: A forma fa rmacêutica é um pó fino, branco e inodoro. CONTROLE DE QUALIDADE: Pese o pó fina lizado, devendo corresponder à massa teórica de 22 g aproximadamente. FORMULAÇÃO ORIGINAL PREPARADA POR: Barbara Bell, Farmacêutica

VERIACADO POR: Sue Stein

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

335

FÓRMULA-PADRÃO NOME. CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Nistatina - pó adsorvente tópico QUANTIDADE: 22 g DATA DE FABRICAÇÃO: dia/mês/ano PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano NÚMERO CONTROLE REGISTRO DA DA PRESCRIÇÃO: 123025 FORMULAÇÃO: BP003 INGREDIENTES USADOS: Ingrediente

Quanti dade usada

Óxido de zinco

Sg

Talco

Número do lote do fabricante

Prazo de validade

Prep1rado por

Verificado por

JETlabs XY1153

mês/ano

bjf

bb

Sg

JETLabs XYl 152

mês/ano

bjf

bb

Amido

Sg

JETLabs XY1155

mês/ano

bjf

bb

Carbonato de cálcio

Sg

JET Labs XYl 146

mês/ano

bjf

bb

Põ de Nista tina Tõpica 100.000 unidades/g

2g

BJF Generics XYl 157

mês/ano

bjf

bb

DADOS DE CONTROLE DE QUALIDADE:

aparência: pó fino branco e inodoro

Massa do pó no frasco (sem tampa)

32,072 g

Massa do frasco vazio (sem tampa)

10,215 g

Massa do pó

21,857 g

RÓTULO FARMÁCIA PRÁTICA RUA DOS PAPÉIS, 425 TRITURADOR, CEP 53706 (608) 55!>-1200 FAX: (608) 555-1210

B

Farmacêutico: BB 123025 Oata: 00/00/00 Jared Stone Dr. Schultz Aplicar na área afetada a cada mudança da fralda. Óxido de zinco, amido, carbonato de cálcio 22,7% cada; talco 31,6%; nistatina 9.090 unidades/g Põ Tópico Quantidade: 22 g Produto Manipulado Reutilização da prescrição: 3 Descanar após: fornecer e data Rótulos auxiliares: apenas para uso externo. Este medicamento foi manipu· lado em nossa farmácia conforme prescrição médica.

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá, Sra. Stone. Sou sua farmacêutica, Bárbara Bcll. Jared é alérgico a algun1 íarn1aco? Ele está usando algum medicamento com ou sem prescrição? O Dr. Schultz informou-a sobre esse pó ou como usá-lo? É um medicamento usado topicamente para assaduras, que contém como substSncias adsorventes e protetoras óxjdo de zinco, amido e carbonato de cálcio

336

Judith E. Thompson

e o antifúngico nistatina. Ele irá ajudar a manter a área seca e tratar a infecção fúngica na área cm contato com fralda. A Sra. deve aplicá-lo na área afetada a cada troca de fralda de Jared, cuidando para não chegar perto dos olhos, do nariz ou da boca da criança. É tan1bém muito importante trocar a fralda com frequência , logo que você perceber que ela está molhada e, en1 especial, quando Jared tiver evacuado. Com cuidado, limpe a área afetada com água (lenços umedecidos podem causar ardência), e então seque gentilmente o local antes de aplicar o pó. Se você não notar nenhuma melhora em poucos dias ou se verificar que o problen1a está piorando, entre em contato o Dr. Schultz. Esse pó pode ser arn1azenado à te1nperatura ambiente, e1n u m local longe da un1idade e fora do alcance de crianças. A receita pode ser reutilizada por três vezes. Qualquer porção não utilizada deve ser descartada após três 1neses (indicar a data). Você tem alguma pergunta?

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 25.4 CASO: Jacob Stone é urr1 menino de 11 anos de idade, que pesa 39,92 kg e tem 1,47 n1 de a.ltura.

Há dois anos, ele passou por um transplante de órgão rnultivisceral: fígado, intestino delgado e estômago. O menino desenvolveu hipertensão como consequência dos acometin1entos fisiológicos e farmacológicos que acon1panhan1 um transplante de órgão e da terapia posterior de profilaxia para rejeição. Para a hipertensão, Jacob está sendo tratado com labetalol e hidralazina (ver a prescrição a seguir). Ele tan1bérn usa uma variedade de outros medicamentos, e seu farmacêutico do transplante, Brian C..aRowe, manté1n contato direto com sua farmacêutica do ambulatório, Jennie Jackson; Brian fornece a Jennie unia lista atualizada de medicamentos usados no 1nomento por Jacob e dos atuais problemas de saúde. Alguns desses niedicamentos incluen1 pantoprazol para suprimir a produção de ácido gastrintestinal; loperamida, policarbofil e pectina para a diarreia crônica; prednisona e tacrolin10 para a profilaxia da rejeição; citrato de sódio/ácido cítrico para acidez; vários agentes antibacterianos e antifúngicos (p. ex., sulfa1netoxazol- trimetoprin1, acic lovir e nistatina) para a profilaxia das infecções oportunistas; darbepoetina, ferro e ácido fólico para a anen1ia e suplen1entos niultivitan1í. . . n1cos e m1nera1s.

,

.

.

CLINICA DE MEDICOS CONTEMPORANEOS RUA DO PARQUE. 20, TRITURADOR, CEP 53706 TEL: (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

R# NOME: Jt:1cob Sfo11e ENDEREÇO:

123042

DATA: IJIJ/ IJIJ/ IJIJ

Lego Círc11/o5 21 llidrt:1/t:1z1itt:1 IJ,75

mgl kg/dit:1 e111 q11t:1rfo doses

ft:1çt:1 K do.re.r 11111'fárit:1.r ?o.ro/ogit:1: Tome o conteúdo de 11111 pt:1pel co111 11111 .r11co q11t:1fro Yeze.r t:10 dit:1 J. Jack54n W/00,W

Reutilização da prescrição: 2

Dr. !?. ft:1rrel/ DEA Nº:

337

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO NOME, RESISTÊNCIA E FORMA DE DOSAGEM DA PREPARAÇÃO: Cloridrato dehidralazina 7,5 mg, p6 dividido QUANTIDADE: 9 doses (uma extra para perda na manipulação) DADOS DA FORMULAÇÃO ID: OPOOl USO TERAPÊUTICO/CATEGORIA: Anti-hipertensivo oral VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Oral INGREDIENTES: Uso na

Ingrediente

Descrição física

Quantidada

Solubilidade

Comp1raçio de dose Usual

Dad1 Hidralazina HCI

1 g/33 mlde água, SOO ml de

pó branco

Pesado 120 mg/ usado 67,S mg

álcool Lactose

Pesado 360 mg por allquota, 2.430 mg de diluente

0,75 mg/kg/ dia ou 7,Smg 4X dia

va riéval

1 g/ 5 ml de água, v si sol em água

pó branco

prtscriçl o

]

anti-hipertensivo

diluente

COMPATIBILIDADE- ESTABILIDADE: Em uma forma farmacêutica s61ida, a hidralezina HCI é relativamente estével (9). EMBALAGEM EARMAZENAMENTO: A monografia da USP para Comprimidos de Cloridrato de Hidralazina recomenda o armazenamento em recipiente fechado, resistente à luz e em temperatura ambiente controlada (3). Acondicionar em sacos de polietileno com fechamento de zíper e dispense em frasco âmbar, com tampa resistente à abertura por crianças. Conservar à temperatura ambiente controlada.

PRAZO DE VALIDADE: Usar o prazo de val idade de seis meses recomendado no Capitulo (795} da USP. para as formas farmacêuticas sólidas preparadas com ingredientes USP acondicionados em recipientes herméticos e armazenadas à temperatura ambiente controlada (6).

CÁLCULOS Dose/concentraçlo: 0.75 a 1 mg/kg/dia em 2 a 4 doses divididas ê a dose inicial usual pediátrica. Peso da criança em kg:

~~;kg = 40 kg

2•

0,75 mg ) ( 40 kg ) ( dia ) Dose em mg: ( kg/dia 4 doses = 7,5 mg/dose Quantidade de ingredientes Para nove doses (ou seja, oito mais uma dose extra para compensar a perda de pó na manipulação): Hidralazina: 7,5 mg de hidralazina x 9 doses = 67,5 mg de hidralazina d ose Opó puro será utilizado, e a quantidade calcula da (67,5 mg) ê inferior à OMP para a balança de torção Classe 3; portanto, uma alíquota deve ser usada. Se a OMP de 120 mg de hidralazina for pesada e misturada com 360 mg de lactose para dar 480 mg de diluição, e quantidade dessa diluição que irá conter 67,5 mg de hidralazina pode ser calculada: . . 67,5 mg de hidralazina 120 mg de hidralazina d1lu1ção de mg 270 = x ; _ . . = x mg de d11u1çao 480 mg de diluição A lactose para fornecer a massa de 300 mg de cada unidade de dosagem: 300 mg

x 9=

2.700 mg total de pó

2.700 mg total de pó- 270 mg diluição de hidralazina = 2.430 mg de lactose

338

Judith E. Thompson

ACHAS DE DADOS DE SEGURANÇA, MEDIDAS DE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Revise as fichas de segurança para hidralazina. Vista um jaleco limpo e use luvas descartáveis. Evite a inalação da pó.

EQUIPAMENTOS ESPECIALIZADOS: Todas as pesagens são feitas em uma balança de torção Classe Ili. Ogral de vidro é utilizado para diluição e mistura desse fármaco potente, mas finamente dividido.

TÉCNICA DE PREPARAÇÃO: Pese 120 mg de cloridrato de hidralazina e 360 mg de lactose. Transfira a hidralazina para um gral de vidro e adicione ã lactose, por diluição geométrica, triturando bem. Pese 270 mg de pó e coloque-o em um gral de vidro limpo. Pese 2.430 mg de lactose e adicione à alíquota de 270 mg de hidralazina por diluição geométrica, triturando bem. Pese 300 mg de pó para cada dose e acondicione em um saco de polietileno com fechamento de zlper. Dispense os sacos em um frasco âmbar com tampa resistente à abertura por crianças.

DESCRIÇÃO DO PRODUTO ACABADO: Pó fino e branco. CONTROLE DE QUALIDADE: Cada pacote é pesado para conter 300 mg de pó. Uma verificação é feita da seguinte forma: cinco sacos vazios com fecho de zíper são pesados e a massa média de pó por saco é determinada; então os sacos plásticos contendo o pó silo pesados e o valor médio dos sacos vazios é subtraído. A massa de pó em cada saco plástico deve ser 300 mg ::!: 10%.

FORMULA PADRÃO PREPARADA POR: Farmacêutica Jennie Jackson

VERIACADO POR: Sue Stein, MS. RPh

FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Cloridrato de hidralazine 7,5 mg. pó dividido QUANTIDADE: 9 doses (uma extra para perda DATA DE PREPARAÇÃO: dia/mês/ano na manipulação) PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano REGISTRO DA NÚMERO CONTROLE FORMULAÇÃO: OPOOl DA PRSCRIÇÃO: 123042 INGREDIENTES USADOS: Número do lote

Ingrediente

Quantidade

do fabricante

Prazo de validade

Preparo por

Verificado p: - i

Hidralaiina HCI

Pesado 120 m~usado 67,5 mg

JET Labs XY1158

mês/ano

bjf

jj

Lactose

Pesado 360 mg por alíquota, 2.430 mg usado como diluente adicional

JETLabs XY1159

mês/ano

bjf

jj

l

'

~~-'-~~~~~~~~~~~-'-~~~~~~..__·~~~~-

DADOS DO CONTROLE DE QUALIDADE: Apa rênc ia: pó fino e branco Massa (em grames) de cinco pacotes vazios com fecho de zíper: 0,517 + 0,519 + 0,525 + 0,510 + 0,515 Massa média (em gramas) dos pacotes vazios: 0,517 g Massa (em grames) de oito pacotes cheios: 0,823; 0,818; 0,815; 0,821; 0,812; 0,826; 0,817; 0,820 Massa aproximado do pó por pacote, subtraindo 0,517 do massa de cada pacote cheio: 0,306; 0,301; 0,298; 0,304; 0,295; 0.309;

0,3; 0,303 Todos estão dentro da faixa aceitável de ::!: 10%

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

339

RÓTULO FARMÁCIA PR,ÁTICA RUA DOS PAPEIS, 425 TRITURADOR, CEP 53706 Fone: (608) 555-1200 FAX; (608) 55!>-1210

Bt23042

Farmacêutico: JJ

Data: 00/00/00 Dr. Farrell

Jacob Stone Esvazie o conteúdo de um pacote em um suco ou pudim e tome quatro vezes ao dia Hidralazina 7,5 mg, Pó dividido de uso oral Produto manipulado Quantidade: 8 pacotes Reutilização da prescrição: 2 Descartar após: fornecer a data Rótulos auxiliares: manter fora do alcance de crianças. Avisar em caso de tonturas. Este medicamento foi manipulado na nossa farmácia para você segundo prescrito pelo seu médico.

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá, Sra. Stonc. Sou sua farmacêutica, Jennie Jackson e tenho pronta a prescrição de Jacob. Seu filho tem alguma alergia a medicamentos? Sei que ele está comando vários outros medican1entos, e o farmacêutico do transplante, Brian LaRo>ve, enviou-1ne uma lista atualizada. O menino está enfrentando problcn1as con1 sua terapia atualmente? O Dr. Farrell ou o Dr. LaRowe explicou-lhe para que serve esse medicamento? Chama-se hidralazina, e é usada para tratar a hipertensão. Você deve colocar o conteúdo de um pacote no suco ou no pudim ou em outros alimentos nlacios e Jacob deve ingerir toda a porção preparada. Ele deve fazer isso quatro vezes ao dia. Alguns efeitos colaterais que ele pode sentir incluen1 dor de cabeça, tontura, batimento ca rdíaco acelerado ou irregular, diarreia, perda de apetite, náuseas ou vômitos. Estes geralmente desaparecem após algun1 tempo. Se ele sentir dor no peito, nas articulações ou na garganta, febre, inchaço dos braços ou pernas, erupções cutâneas ou prurido, consulte o Dr. Farrell imediata1nente. Conserve em local fresco, seco e fora do alcance de crianças e descarte qualquer porção não utilizada após a data indicada no frasco, que é de seis meses a partir de agora. O Dr Farrell prescreveu um pequeno número de doses para que possamos tentar esse n1edicamento, ver se Jacob vai tolerá-lo e qual a 1naneira que ele gosta de tomá- lo. Há também duas reutilizações. Se isso funcionar bem, posso fazer uma quantidade maior no futuro, para que você não tenha que vir à farmácia com tanta frequência. Uma vez que esses pós são manipulados, por favor, ligue com antecedência quando precisar de mais para que eu possa prepará-los e tê-los prontos para você. A Sra. tem alguma pergunta?

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 25.5 CASO: Larry Bow é um paciente do sexo masculino de 2 anos de idade com uma história de duas convulsões febris quando tinha 1 ano. Recentemente, ele teve vários "episódios" e o diagnóstico provisório foi transtorno de ataque parcial complexo. O farmacêutico Bill Bailey recebeu a prescrição a seguir. Em consulta com a Sra. Bow, Bailey disse que Larry pesa 9,3 kg e que a prescrição é uma tentativa inicial com esse fárn1aco. Devido à pouca idade de Larry, Bill verifica a dose em duas referências. Para crianças com 6 anos de idade, o Drug lnformation Handbook fornece u1na dose inicial de carbamazepina de 5 mg/ kg/dia, com au1nento na dose a cada 5 a 7 dias até 20 mg/kg/dia; e o Drug Facts a11d Comparisons fornece um intervalo de dose inicial para essa faixa etária de 10 a 20 mg/ kg/dia, administrados em 2 a 3 doses. A dose prescrita excede o intervalo de dose recomendado (ver cálculo seguinte). Com base nessas inforn1ações, Dr. Bailey acha que a faixa de dose inicial recomen dada para Larry deve ser: 5 a 1O 1ng/kg/dia X 11,4 kg = 57 a 114 mg por dia. Da.iley também acha que a adesão à terapia seria 1nais facil se o medicamento fosse administrado apenas três vezes ao dia, no café da manhã, no almoço e na janta. Com três doses por dia, uma faixa de 20 a 38 mg por dose é aceitável. O farmacêutico Bailey telefona para o Dr. Wurtz e, juntos, deciden1 mudar a prescrição de 100 mg por pacote para 30 mg por pacote, e as instruções de uso são alteradas de quatro vezes ao dia para três vezes ao dia, após o café da manhã, o almoço e a janta.

340

Judith E. Thompson

.

.

.

CLINICA DE MEDICOS CONTEMPORANEOS RUA DOPARQUE20, TRITURADOR. CEP 53706 TEI.: (608) 555-1333 FAX: 16081555-1335

R' NOME: lAwrtllct & w

ENDEREÇO:

t23tH5

DATA: ()()/ ()()/ ()()

R.11a LA11e 511

Pó dividid1J, faça 15 pacotes Bill Balley ~

P1J.rolo9ia: T1Jme o co11!e~d1J de 11m pacote ffi.f vezsv '" Jia tid 0 011 •lter1d1 pera 30 mg/pacote e trés vezes ao dia conforme consu/11 por telefone com Dr. Wuttz

Reutilíi açio da pre1criçio: 5

Ozzie Jllllrlz

Dr. CRM N':

-

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO

-

-

NOME. CONCENTRAÇAO E FORMA FARMACEUTICA DA PREPARAÇAO: Pó dividido, carbamazepina 30 mg REGISTRO DA FORMULAÇÃO: OP002 QUANTIDADE: 16 unidades, para utilizar 15 pacotes VIA DE ADMINISTRAÇAO: Oral USO TERAPEUTICO/CATEGORIA: Anticonvulsivante

-

-

INGREDIENTES: Ingrediente

Quantidade

Descriçio física

Carbamazepine comprimidos de 200mg

480mg de férmaco a partir de 672 mg do comprimido triturado

comprimidos alongados cor de rosa; o fármaco puro é um pó branco

Lactose

4,128 mg

pó branco

Solubilidade

praticam ente in· sol. em água: sol. em álcool

l

1 g/5 ml em água v s sol. em álcool

-...

Comparaçlo de dosa

Uso na prescriçlo

-

Dada

emg/kg/dia

Usual 5·20 mg/kg/dia

anticonvulsivente

diluente

COMPATIBILIDADE- ESTABILIDADE: Mesmo quando emuma forma farmacêutica sólida, a carbamazepina exige cuidados a respeito da estabilidade, e suas preparações sólidas necessitam de embalagens especiais para armazenamento para o máximo de estabilidade. Em dois artigos re latados no American Journal of Hospital Pharmacy na monografia revisada da carbamazepina do Trisse/'s Stability of Compounded Formulations, é relatado que a biodisponibilidade da carbamazepina, quando na forma de comprimido, pode ser reduzida em um terço se os comprimidos forem expostos ao excesso de umidade. Segundo relatos, essa redução na biodisponibilidade é causada pelo endurecimento do comprimido devido à captura de água pelas moléculas do fármaco, com a formação de um di-hidratado (10-12). Essa é a razão para o uso de uma embalagem especial e de condições de armazenamento recomendadas pela USP, conforme fornecido a seguir.

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

341

ACONDICIONAMENTO-ARMAZENAMENTO: A monografia da USP para Comprimidos de Carbamazepina recomenda o armazenamento em recipientes herméticos, de preferência de vidro. Ela também afirma que o produto deve ser rotulado para armazenamento em local seco e protegido da umidade (3). Acondicionar em sacos individuais de polietileno com fecho de zíper e dispensar em um frasco de vidro ãmbar de boca larga com resistência contra a abertura por crianças. Armazenar em local seco com temperatura ambiente controlada.

PRAZO OE VALIDADE: Devido a problemas de estabilidade da carbamazepina, usar um prazo de validade mais conservativo de 30 dias, em vez dos habituais 25% do período restante de validade do produto ou seis meses, o que ocorrer primeiro (6).

CÁLCULOS Dose/concentração 25 1b Peso da criança em kg: • lb/kg = 11.4 kg 22 . ) . ( 100 mg de carbam.) ( 4 doses) ( . . • kg = 35 mg/kg/d1a dia dose Dose original (em mg/kg/d1a): 11 4 Nova dose (em mg/kg/dia): (

) 30 mg de carbam.) (3 doses ) ( l l.4 kg • 7,9 mg/kg/dia dia dose

Quantidade de ingredientes Para 16 doses, 15 doses mais uma adicional para compensar o pó perdido na manipulação Usando 30 mg/dose: 30 mg/dose x 16 doses = 480 mg oi carbamazepina A carbamazepina está disponível em comprimidos de 200 mg; três desses são necessários, e a massa deles foi determinada como sendo 840 ou 280 mg por comprimido. A quantidade de pó a obtida a partir dos comprimidos triturados é calculada a seguir: 480 mg de carbam. 200 mg de carbam. ; x = 672 mg de comprimido em pó triturado = 280 mg de comprimido em pó x mg de comprimido em pó Para preparar cada pacote de pó pesando 300 mg: 300 mg/pacote x 16 pacotes= 4.800 mg de pó necessários. A quantidade de lactose necessária:

4.800 mg - 672 mg = 4.128 mg de lactose

FICHA OE DADOS OE SEGURANÇA. MEDIDAS OE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS OE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Vista um jaleco limpo e use luvas descartáveis.

EQUIPAMENTOS ESPECIALIZADOS: Todas as pesagens são feitas em balança analítica. TÉCNICA OE PREPARAÇÃO: Pese três comprimidos de carbamazepina de 200 mg: 840 mg. A massa média por comprimido é de 280 mg. Verifique se a massa do comprimido, o fabricante ou o número do lote mudarem, pois as messes veriam de acordo com diferentes fabricantes e lotes. Triture três comprimidos e pese 672 mg do pó, contendo 480 mg de fármaco. Pese 4.128 mg de lactose e adicione à carbemazepina por trituração utilizando a diluição geométrica. Pese 300 mg de pó pera cada dose e acondicione cada dose individualmente em um seco de polietileno com fechamento de zlper. Dispense os sacos em um vidro âmbar de boca larga, em um recipiente com tampa resistente à abertura por crianças. Rotule de forma apropriada.

DESCRIÇÃO DO PRODUTO ACABADO: Pó branco com manchas cor-de-rosa do material do comprimido triturado. CONTROLE OE QUALIDADE: Para cada pacote, 300 mg de pó são pesados. Uma verificação é feita da seguinte forma: meça cinco sacos com fecho de zíper vazios e calcule a massa média por saco. Selecione aleatoriamente oito pacotes, pese cada um e subtraia a massa correspondente a dos sacos vazios. Opó em cada pacote deve pesar 300 mg ± 10%.

FÓRMULA PADRÃO PREPARADA POR: Bill Bailey, Farmacêutico

VERIFICADO PDR: Sue Stein

342

Judith E. Thompson

FÓRMULA-PADRÃO NOME. CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Pó dividido, carbamazepina 30 mg QUANTIDADE: 16 unidades para utilizar 15 (uma extra para compensar a perda durante a manipulação) PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano DATA DE PREPARAÇÃO: dia/mês/ano NÚMERO CONTROLE NÚMERO DE REGISTRO DA PRESCRIÇÃO: 123045 DA FORMULAÇÃO: DP002 INGREDIENTES: Número do lote do fabricante

Ingrediente

Qu1ntid1de

Carbamazepina comprimidos de 200mg

480 mg fármaco a partir de 672 mg do pó dos comprimidos triturados 4.128mg

Lactose

BJF Generics XYl 160 JET Labs

XYl 159

Prazo de validade

Preperedo por

Verificado por

mês/ano

bjf

bb

] mês/ano

bjf

bb

-

DADOS DE CONTROLE DE QUALIDADE: Aparência: pó branco com manchas cor-de-rosa do material do comprimido triturado. Massa (em gramas) de cinco pacotes com fecho de ziper vazios:0,517 + 0,519 + 0,525 + 0,510 + 0,515 Massa média (em gramas) dos pacotes vazios: 0,517 g Massa aproximada do pó por pacote, subtraindo 0,517 g do massa de cada pacote cheio: 0,299; 0,295; 0,306; 0,301; 0,298; 0,304; 0,295; 0,309 Todos estão dentro da faixa aceitável de + 10%

RÓTULO CLINICA DE MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS RUA DO PARQUE 20, TRITURADOR. CEP 53706 TIL: (608) 555-1333 FAX:(~) 555-1335

R

Farmacêutico: BB 123045 Data: 00/00/00 Dr. Wurtz Lawrence Bow Ministrar o conteúdo de um pacote com alimentos leves três vezes ao dia, após o café da manhã. almoço e janta. Pó de uso ora oral- carbamazepina 30 mg Quan tidade: 15 pacotes Produto manipulado Reutilização da prescrição: nenhum Descartar após: fornecer a data Rótulos auxiliares: advertência para sonolência. Aviso de fotossensibilidade (opcional). Armazenar em local seco. Proteger da umidade. Manter fora do alcance de crianças. Este medicamento foi manipulado em nossa farmácia para você conforme prescrição de seu médico.

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá, Sra. Dow; tenho a receita pronta do Larry. Obrigado por terem retornado. Eu consultei o Dr. Wurtz, que decidiu por um ajuste da dose. Corn essa mudança, Larry terá de tornar apenas três doses por dia, em vez de quatro. A carban1azepina é usada para tratar alimentos (p. ex., transtornos de ataque. Você deve dar o conteúdo de um pacote, misturado com , pudim, maçã), três vezes ao dia, após o cate da manhã, o almoço e a Janta. E 1n1portante que não

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

343

falhe nenhuma dose; se você esquecer de administrar uma dose, administre tão logo quanto possível e le1nbre-se de voltar ao esque1na habitual; se estiver quase na hora da próxima dose, pule-a. Larry tem alergia a n1edicamentos? Ele está ton1ando outra n1edicação con1 ou sen1 prescrição? Se precisar começar qualquer medicação nova, certifique-se de informar ao farn1acêutico de que Larry está tomando carbamazepina, pois este flírmaco interage com alguns medicamentos. Esse flírmaco pode causar sonolência ou tonturas, cspeciahnente 110 início do tratamento. Larry deve evitar a exposição à luz solar direta, tanto quanto possível, pois isso pode causar erupções cutâneas; não se esqueça de aplicar protetor solar nessas ocasiões de exposição. Obse rve alterações na visão, fezes escurecidas, mudanças de co1nportamento ou ataques. Contate o Dr. Wurtz imediata1nente se você notar alguma dessas mudanças. Conserve o medica1nento en1 local fresco, seco (protegido da umidade) e fora do aJcance de crianças. Você ten1 medicamento suficiente para cinco dias; o médico quer que você compareça ao consultório após quatro dias pa ra verificar como as coisas estão indo. Ele vai, então, decidir

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 25.6 sobre as alterações necessárias na terapia. Você tem alguma dúvida? CASO: John Denali é um menino de 3 anos que recentemente foi diagnosticado com leucen1ia linfoblástica aguda (LLA). Ele con1pletou as quatro se1nanas de regi1ne quimioterápico, que consiste em prednisona, vincristina e asparaginase. Ele também recebeu terapia intratecaJ (JT) na primeira e na quarta semana com metotrexato, h idrocortisona e citarabina con10 profilático para o sistema nervoso central (SNC). As náuseas e os vô1nitos foram controlados usando ondansetrona intravenosa (IV) antes e 4 horas após cada tratan1ento IT. John já terminou uma semana de terapia de consolidação, usando medicamentos IV, e foi dada uma dose de metotrexato intramuscular. A mãe de John se apresentou ao farmacêutico Alpine com a receita dada aqui. Ela relata que o 1nenino pesa 13,6 kg e tem 91,4 centín1etros de altura. Ela tambén1 relata que Jonh não consegue engolir con1prin1idos; assin1, o Dr. Hei der sugeriu que a fannácia poderia preparar pós divididos para John, que poderiam ser misturados com um alimento macio, como pudim, purê de maçã ou cobertura de chantilly. O registro de uso de medicamentos por John indica que não há alergias conhecidas. Medicamentos usados anteriormente incluem a associação a1noxicilina/ácido clavulânico para otite média recorrente e penicilina V para faringite. Antes de preparar o n1edicamento, o farn1acêutico Alpine confirn1ou a adequação do fármaco e da dose para esta parte do protocolo da LLA, usando informações obtidas en1 Applied Therapeutics, 7' edição e Textbook ef Therapeutics, 8ª edição.

CLÍNICA DOS MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS RUA DO PARQUE, 20, TRITURADOR, CEP 53706 TEL: (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

R NOME: Joh /f /Je/f{{/i ENDEREÇO:

# 123041

DATA: IJ()/()()/ ()()

MO!llff{(ilfeer 2g6

R

O. Alpine~

Posologia: Tomar oco11fe~do de lllH. p{{cofe 110 café da ma11h~ e ao ja11far. Reutilização da prescrição: f

Dr.

Paf.ry Heider ~--=-~~~~~~~~~~~~~~~

DEA N":

344

Judith E. Thompson

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO -

a

NOME, RESISTENCIA E FORMA DE DOSAGEM DA PREPARAÇAO: Pó dividido de mercaptopurina 25 mg QUANTIDADE: 15 unidades para utilizar 14 (uma extra para a perda na manipulação) DADOS DA FORMULAÇÃO 10: DP003 VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Oral USO TERAPÊUTICO/CATEGORIA: Antineoplásico INGREDIENTES: Usone Ingrediente

llll1ntid1de

Descrição tisica

Solubilidade

Morceptopurine comprimido de SOmg

375 mg de fármaco obti· do a partir do 2.123mg do comprimido triturado

comprimidos brancos; o fárma· co puro é um pó branco

insol. em água sol. em álcool quente

Lactose

2,377 g

põ branco

1 g/5 mL de água v s sol em álcool

Comp111çlo de dose

Dada

Usual

75 mg/m2/die

75 mg/m2/die

-

prescriçlo

1munossupressor

diluente

-

COMPATIBILIDADE-ESTABILIDADE: Em uma forma farmacêutica sólida, a mercaptopurina é relativamente estável; porém, a monografia do Chemica/ Stability of Pharmaceuticalsindica que a degradação do fármaco em comprimidos é minimizada pelo armazenamento em recipiente fechado resistente à luz (13).

ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO: A monografia da USP para Comprimidos de Mercaptopurina recomenda o armazenamento em recipientes bem fechados (3). O National lnstitute for Occupational Safety and Health (NIOSH) e a FOA recomendam o manuseio e o descarte do fármaco como um agente antineoplásico. Acondicione em sacos individuais de po· lietileno com fechamento de zíper e dispense em frasco âmbar, com tampa resistente à abertura por crianças. Conserve à temperatura ambiente controlada.
tions, 3' ed. Washington, DC: Amcrican Phanuacists Assocíation, 2005; 112- 113. 21. Trisse] LA. Stability of compounded forn1ulations, 3' ed.Washíngton. DC: Amcrican Plurmacists Assocíation, 2005: 317- 319. 22. Dobbins JC. A frozen nystatin prcparation. Hosp Pharm 1983; 18: 452- 453. 23. Waddell JA. Holder NA , Solimando Jr DA . Cyclophosphamide, methotrex>te, and f luorouracil (CMP) regímen. Hosp Pharm 1999; 34: 1268-1277. 24. AllenJr. LV, ed. ABH sugar rroche. IJl'C 1997; 1: 27.

Soluções

DESCRIÇÃO DO CAPÍTULO

Definições e nomenclatura das soluções Vantagens e desvantagens das soluções Usos e propriedades desejáveis das soluções segundo a via de administração Princípios da manipulação das soluções Compatibilidade, estabilidade e prazo de validade



Exemplos de prescrição

DEANIÇÕES E NOMENCLATURA DAS SOLUÇÕES A. Soluçiles: "Soluções são preparações líquidas que contên1 u1na ou 1nais substâncias químicas dissolvidas (ou seja, molecularmente dispersas) em um solvente apropriado ou uma mistura de solventes miscíveis entre si" (1). B. Os termos tradicionais da forma farmacêutica usados para soluções são brevemente definidos e descritos na lista a seguir. Para infonnações adicionais, ver Capítulo (l.151) da USP, Fonnas fam1acêuticas (1) e o FDA ICDER Data Standards Manual (2). 1. Espíritos: são soluções alcoólicas ou hidroaJcoólicas de substâncias voláteis, como cânfora e hortelã. O elevado teor alcoólico de um espírito é necessário para garantir a solub ilidade do(s) ingrediente(s), assim , a adição de água pode causar turbidez o u precipitação. Essas soluções dcven1 ser armazenadas e dispensadas en1 recipientes bcn1 fechados e protegidas da luz, para retardar a evaporação dos ingredientes voláteis e do álcool e para ntinimizar a ox idação de substâncias ativas lábeis (1). 2. Tinturas: essas soluções contêm materiais de origen1 vegetal ou substâncias quí1nicas e1n solvente~ alcoólicos ou hidroalcoólicos (1,2). Algun1as tinturas, como a Tintura de lodo USP, são preparadas por dissolução direta (3). Outras tinturas, como aquelas que contê1n rnatcriais de origern vegetal, são preparadas por processos especiais de percolação ou maceração (1). A Tintura de Denjoim USP, que é um dos ingredientes no Exemplo de Prescrição 27.4, é preparada por maceração (3). ' 3. Aguas aromáticas: são soluções aquosas claras saturadas de óleos voláteis ou outras substâncias aron1áticas ou voláteis. Como ocorrem com os espíritos, elas devem ser arn1azenadas em recipientes fechados e protegidas da luz (1). 4. Elixires: este termo é comumente usado para soluções orais que usam um veículo hidroalcoólico edulcorado (1). O CDER Data Standards Ma1111al define um elixir como "um líquido hidroalcoólico claro, agradavelmente flavorizado, edulcorado, contendo agentes n1edic1nais dissolvidos" (2).

396

Judith E. Thompson

5. Xaropes: as soluções orais que contêm uma elevada concentração de sacarose ou outros açúcares são geraln1ente charnadas de xaropes, mas esse tenno tarnbém é usado em urn sentido rnais an1plo para descrever preparações liquidas de uso oral, edulcoradas, viscosas, incluindo suspensões (1,23). 6. Loção: embora esse tern10 seja usado para várias forrnas de uso tópico, incluindo as suspensões, emulsões e soluções (1 ,2), o CDER Data Standards ManHal de 2006 afirma que a definição atual é linlitada a en1ulsões líquidas para aplicação externa sobre a pele (2). 7. Ótico (ouv ido), oftálnlico (olho), nasal (nariz): palavras que designan1 a via de admin istração destinada também fazen1 parte da nomenclatura tradicional das soluções (1). C. Compreendendo a nomenclatura das soluções 1. Co1no pode ser visto pelos exem plos anteriores, a tern1i nologia da forma fannacêutica é complexa; ela é resultante da tradição histórica e da necessidade de especificar no nome de urna preparação o sisterna fisico (p. ex., solução, suspensão), a via de administração destinada e, quando aplicável, o sisten1a solvente. a. Tradição: ela nos fornece nomes como espfrito, tint11ra, elixir, loção e xarope. Infelizmente, como essas preparações evoluíram com o uso, esses termos não são sistemáticos, e a maioria não é nen1 exclusiva nem inclusiva. Por exemplo, ambos espírito de hortelã e tintura de limão (i) são soluções, (ii) têm usos similares, (i ii) são preparados a partir de n1atérias- prin1as vegetais, (iv) possuem componentes voláteis e (v) contêm un1 solvente hidroalcoólico; entretanto, um é cham.ado de espírito e o outro, de tintura. Em contrapartida, o termo xarope tem sido usado para uma ampla variedade de líquidos orais, incluindo dois siste1nas físicos diferentes - soluções e suspensões. b. Sistema fisico: a identificação do sisten1a fisico pa rece ser simples, mas tern1os con10 sólido, solução e sernissólido são geralrnente insuficientes para descrever adequadamente a forma farn1acêutica. Tern1os como con1primido, tintura e crerne são necessários, e esses termos devem ser específicos e bem definidos. e. Via de administração: a solução é a nlais versáti l de todas as formas farmacêuticas e pode ser usada por quase todas as vias de administração. A via de administração intencionada impõe certas propriedades para as soluções, como esterilidade para soluções injetáveis, isotonicidade para soluções oftáltnicas e palatabilidade para soluções orais. Por exemplo, a solução oral de cloreto de potássio e a solução injetável de cloreto de potássio contên1 a mesn1a substância ativa, são preparadas por meio de dissolução simples e são soluções aquosas, mas suas diferentes vias de adrninistração requerem adjuvantes e controles de processamento distintos, resultando e m preparações rnu ito diferentes. Portanto, a via de adn1inistração é urna parte importante do non1e de cada preparação. d. Sistema solvente: a importância de identificar o sistema solvente pode ser mostrada corn duas soluções tópicas oficiais: a solução tópica de iodo e a tintura de iodo (3). Do ponto de vista farmacêutico, ambas são soluções de uso tópico e contêm 2% de iodo, n1as o fato de que a prin1eira é urna solução aquosa e a segunda ten1 um sisterna solvente contendo cerca de 50% de álcool as torna muito diferentes; o non1e de cada preparação deve refletir isso. 2. As várias ternlinologias para as forn1as farmacêuticas e suas ambiguidades têm causado confusão entre prescritores, farn1acêuticos e técnicos de farmácia, rnas a trad ição é uma força poderosa que frequentemente trabalha contra as mudanças necessárias. Fclizrnente, em u1n passado relativan1enre recente, duas tendências - o uso da informática e a globalização - forneceram o ímpeto para o desenvolvimento de uma abordagem mais sistemática para denominar as formas farmacêuticas. a. O emprego de terminologias simples e padronizadas para as formas farmacêuticas é essencial para o uso eficiente (e custo efetivo) da tecnologia computacional por agências governarnentais na aprovação de nled ican1entos e processos de nionitoran1ento, assirn con10 pelos usuários dos sistemas eletrônicos de informações de saúde do paciente para entrega, monitoramento e pagamento da terapia medicamentosa. Organizações e agências renomadas, como USP e FDA, Hea lth Levei Seven (HL7) e Nacional Comrnittee on Vital and Hea lth Statistics (NCVHS), vên1 trabal hando na padronização da nomenclatura das formas farmacêuticas (4). b. A padronização da terminologia tan1bérn é importante para a harmonização global dos padrões. A USP e H L7 vên1 trabalhando em cooperação com a lnternational Conference on Harmonization (ICH - Conferência Internacional sobre Harn1onização) sobre os padrões internacionais para a nomenclatu ra das formas farrnacêuticas (4). e. Em 2002, a USP formou um grupo para criar um esquema taxonômico que classificaria logicamente as formas farmacêuticas, que simplificaria e esclareceria a sua non1enclatura. Sob um sistema proposto por esse grupo, uma forma farmacêutica para uma substância medican1entosa seria identificada pelo non1e do farn1aco, a via de adn1inistração (p. ex., oral, tópica) e o sistema fisico (p. ex., comprimido, solução, suspensão). Quando adequado, a for-

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

397

ma de liberação (imediata, prolongada, etc.) também seria incluída (4). Por exemplo, a partir de j ulho de 2007, a Loção de Cala1nina USP se tornou Suspensão Tópica de Calamina USP (3). O sistema proposto eJ inu na ria alguns nomes tradicionais co1no elixir e esplrito. Para mais informações sobre esse projeto, consulte USP's Phannacopeial Forum 29, Set-Out 2003 (4). d. Sem dúvida, o desenvolvimento, a aceitação e a transição de qualquer novo sistema de nomenclatura levarian1 anos e seriam necessárias a co1npreensão e a cooperação de todos os envolvidos. Portanto, é importante para os profissionais da área de saúde, em particular os fa rn1acêuticos e os técnicos de farmácia, co1npreenderem a taxonon1ia e a nomenclatura propostas para as forn1as farmacêuticas, mas ta1nbém reconhecerem os vár ios termos tradicionais usados para descrevê-las. As definições e descrições nesta seção devem ajudar nesse assunto.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS SOLUÇÕES A. Vantagens 1. Como as soluções são sistcn1as moleculares dispersos, elas oferece1n estas vantagens:

a. Doses homogêneas b. Disponibilidade imediata para absorção e distribuição 2. Soluções tantbém são fonnu lações versáteis: a. Podem ser usadas por qualquer via de adm inistração b. Podetn ser adn1 inistradas a pacientes que não pode1n engolir con1primidos ou cápsulas e. As doses são ajusti Slo>1e E.NDEREÇO: ÂYe>iida Social, 5487 NOME:

R'

IDl62

DATA:

00/ 00/ 00

Clico11alo de poli.r.rto ~ 11t&fl 6 iH1: Madar ,,.,. 10 mE4'f5 mL /ri l fl. xarope fla.-onzado, 1se11lo de aç~car e i/cool Pi.rpe>1.rar tie 1'fl: Mudarpara360mL

B

Mud1r para 15 mL

Po.rol09ia: 6 111-l d11a.r .-eze.r ao dia com .r11co 011 á911a Conforme consuh• com Dr. Behling, foram 11terado1 concentravio, rolume d• dose• rolume liberado por c•111• da 10/ubllídade.

Routiliuçio da prtacriçio: 5

Dr.

f.

J. Juarez~

8elrli119

CRM N':

' REGISTRO DA FORMULA-PADRÃO

-



NOME. CONCENTRAÇAO E FORMA FARMACEUTICA DA PREPARAÇÃO:

Solução oral de gliconato de potássio

10 mEq/15 ml (2,34 g/15 ml)

Solução-estoque de parabeno·propile· no glicol

7,2ml

Liquido claro, in· color, levemente viscoso

Miscível em água, álcool

Solução a 1 % de Carboximetilcelu· lose (CMCI sódica viscosidade média

qsp360ml

Liquido claro, incolor, viscoso

Miscível em água, álcool

Água purificada

170ml

Liquido claro, incolor

-

Nota: MP = metilparabeno; PP .. propilparabeno; Pr Gli = propilenoglicol.

0,1 8% MP 0,02% PP 2% Pr Gli

-

-

0,18% MP 0,02% PP 2% Pr Gli

-

-

Sistema conservante Veículo

Solvente, veículo

-

408

Judith E. Thompson

COMPATIBILIDADE E ESTABILIDADE: A solubilidade do gliconato de potássio na concentração prescrita foi verificada, e determinou-se que ele não era solúvel o suficiente. Foi necessário alterar os volumes da solução (ver os célculos a seguir). Isso significa que o volume total e o volume da dose devem ser alterados; a concentração final será 10 mEq por 15 ml e não por 5 mL Ovolume da dose será de 15 ml. em vez de 5 mL. e o volume total liberado será 360 ml.; assim, o mesmo número de doses será dispensado. Com relação à estabilidade química, o gliconato de potássio é muito estável; existem várias monografias oficiais de solução da USP para o gluconato e potássio (3). Para o xarope isento de açúcar, um gel de metilcelulose 1.500 cps a 1% seria o veiculo preferido, mas esse produto não é compativel com o elevado teor de eletrólitos da solução de gliconato de potássio. A carboximetilcelulose sódica (CMC) é mais estável em soluções concentradas de sais; assim, um gel de CMC de média viscosi· dade a 1%, flavorizado com concentrado de uva e edulcorado com sacarina sódica, foi o veículo selecionado. Os conservantes comuns para líquido oral, benzoato de sódio e sorbato de potássio não são eficazes no pH bésico (7,5) dessa solução. Use a solução-estoque de parabenos preparada na farmácia, como descrito no Capitulo 16; ela contém 9% de metilparabeno e 1% de propilparabeno em propilenoglicol. Em uma concentração de 2 ml de solução -estoque por 100 ml de solução de preparação, ela fornece 0, 18% de metilparabeno, 0.02% de propilparabeno e 2% de propilenoglicol.

ACONDICIONAMENTO EARMAZENAMENTO: As monografias USP para preparaç!les similares aconselham acondicionar em recipientes fechados (3). Recomendar o armazenamento dessa solução oral no refrigerador.

PRAZO DE VALIDADE: Embora as versões fabricadas da formulação tenham prazo de valídade de alguns anos, use um prazo de validade de 30 dias, como recomendado pelo Capitulo (795} da USP. para outras formulações (6).

CÁLCULOS Dose/concentração: A dose de 20 mEq/dia está dentro dos limites usuais para adulto, mas os níveis sanguíneos de potássio devem ser monitorados. Quantidada do ingrediente Gramas de gliconato de potássio (K glic) necessários para a preparação: (K glic MM= 234; 1mEq K+/mmol K glicl 234mgKg.l ic)(mmol Kglic)( 10mEqK • )( 120mL) = S6.l60m ( mmol K ghc g 5 ml 1mEq K•

56, 16g K glic

A solubilidade de K glic em água é 1 g/3 mL Para dissolver os 56,16 g necessários de K glic, a quantidade de água (ou veículo aquoso) pode ser calculada: . 56,16 g K glic 1 g K glic ; x = 168 ml agua L, x m agua 3 ml água O volume prescrito é de apenas 120 mL. assim, a quantidade de sal necessária está acima de sua solubilidade aquosa para esse volume. Se multiplicarmos todos os volumes por três. o fármaco é suficientemente solúvel. Nesse caso, o novo volume de dose é 15 ml (10 mEq/15 ml), e o volume dispensado é de 360 ml. Oprescritor foi consultado e o paciente foi avisado sobre a mudança. O conteúdo da prescrição deve ser rotulado em termos de miliequivalentes por dose e gramas ou miligramas de sal por dose (5). Pode-se observar que com uma massa molecular de 234 mg/mmol, uma equivalência de 1 mEq/mmol e de 10 mEq/dose, que cada dose terá 2.340 mg ou 2,34 g por 15 ml de dose. Isso é verificado pelo cálculo: . = 234 mg K glic) ( mmol K glic) ( 10 mEq K • ) _ ghc K g 2,34 mg 2.340 d ( mmo1K g1.1c ose 1 m Eq K+

Ogel de CMC sódica de média viscosidade a 1% está disponível como uma solução estoque na farmácia. Para o procedimento de preparo desse veículo, ver o Capitulo 19, Agentes indutores de viscosidade, e o Exemplo de Prescrição 28.3. Volume da solução-estoque de parabenos:

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

409

A solução-estoque de parabeno-propilenoglicol descrita no Capítulo 16 será usada como sistema conservante. Tal solução contém 9 g de metilparabeno (9%1 e 1 g de propilparabeno (1%1 em 100 ml de solução de propilenoglicol. Se 2 ml dessa solução-estoque forem adicionados em 100 ml da nossa solução, as concentrações finais fornecidas são as quantidades recomendadas: metilparabeno 0, 18%, propilparabeno 0,02% e propilenoglicol 2%. Isso pode ser verificado pelo cálculo, por exemplo, para o metilparabeno: 9%

x 2 ml = 0,09 X 2 ml = 0, 18gpor100 ml de preparação ou 0, 18%

Calcular o volume da solução-estoque de parabeno necessário a esta preparação: 2 ml de soluçllo·estoque/100 ml de preparação x 360 ml de preparação = 7,2 ml de solução-estoque

FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA. MEDIDAS DE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Re· visar as fichas de segurança de todos os componentes. Usar avental e luvas descartáveis.

EQUIPAMENTOS: Balança eletrônica, medidor de pH portátil. ~

PROCEDIMENTO DE PREPARAÇAO: Pesar 56,16 g de gliconato de potássio e 30 mg de sacarina sódica e transferi-los para um béquer limpo de 400 mL. Adicionar 170 ml de água purificada e agitar para dissolver. Sob agitação, adicionar 120 a 150 ml de solução de CMC sódica a 1%, 7,2 ml de solução-estoque de parabeno e 10 gotas de concentrado de sabor uva (qualquer flavorizante solúvel em água é aceitei. Usando um medidor de pH portátil, verificar e registrar o pH da solução. Transferi-la do béquer para um frasco pré-calibrado de 360 ml (se não estiver disponível, usar um frasco de um pint"I e quantidade sufi ciente para fazer a marca de 360 ml com solução de CMCsódica a 1%. Fechar o frasco e agitar bem pare misturar. Rotular e liberar.

DESCRIÇÃO DA PREPARAÇÃO ACABADA: A preparação é uma solução clara. incolor, ligeiramente viscosa. CONTROLE DE QUALIDADE: Verificar o pH da preparação com um medidor de pH portátil: pH = 7,5. Ovolume real é verifica· do e está de acordo com o teórico de 360 mL Armazenar em refrigerador por um hora inspecionando se há algum precipitado. Se houver, será preciso reformular a solução.

FÓRMULA-PADRÃO PREPARADA POR: Juanita Juarez. Farmacêutica VERIFICADA POR: Mary Ann Kirkpatrick. RPh, PhO

• N. de T. Pinté uma unidada prt·métrica de medida de volume que nos Estados Unidos corresponde a 473,17 ml.

410

Judith E. Thompson

FÓRMULA-PADRÃO

-

~

-

NOME. CONCENTRAÇAO E FORMA FARMACEUTICA DA PREPARAÇAO: Solução oral de gliconato de potássio 10 mEq/ 15 ml (2,34 g/15 ml) QUANTIDAOE: 360 ml DATA DE PREPARAÇÃO: dia/mês/ano DATA-LIMITE DE USO: dia/mês/ano REGISTRO DA NÚMERO CONTROLE DA PRESCRIÇÃO: 123182 FORMULAÇÃO: SN002 INGREDIENTES USADOS: Número do lote do fabricante

Oa!JI de validade

Pesado/medido por

Verificado por

JET Labbs SN2621

mês/ano

bjf

li

10 gotas

JET Labs SV2622

mês/ano

bjf

jj

Sacarina sódica

30mg

JET Labs SN2623

mês/ano

bjf

jj

Solução·estoque do para bono-propilenoglícol

7,2 ml

Pract Pharm. JT6814

mês/ano

bjf

..IJ

Solução do CMC sódica de viscosldade média a 1%

qsp360ml

Pract Pharm. JT6803

mês/ano

bjf

jj

Água purificada

t70ml

Sweet Springs ALOS29

mês/ano

bjf

jj

Ingrediente

Quantidade usada

Gliconato de potássio

56,16 g

Flavorlzante sabor uva

DADOS DO CONTROLE DE QUALIDADE: A preparação é uma solução clara, incolor, ligeiramente viscosa. Oseu pH foi verificado com um medidor de pH portátil: pH = 7,5. O volume real foi verificado e está de acordo com o teórico de 360 mL A preparação foi armazenada no refrigerador por uma hora e inspecionada, não sendo observada precipitação.

RÓTULO FARMÁCIA PRATICA RUA DOS PAPÉIS, 425 TRITURADOR, CEP 53706 (608) 555-1200 FAX: (60!) 55&-1210

R

Data: 00/00/00 Farmacêutico: JJ 123182 Dr. F. Behling Fred Flynn Stone Tomar uma colher de chá (15 ml), duas vezes ao dia, bem diluído em água ou suco. Solução oral de potássio 10 mEq por 15 ml como gliconato de potássio 2,34gpor15 ml Produto: manipulada Reutilização da prescrição: 5

Quantidade: 360 ml Descartar após: data descrita

Rótulo auxiliar: manter no refrigerador. Este medicamento foi preparado em nossa fanmácia para você de acordo com a orientação do seu médico.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

411

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá Sr. Stone, sou sua farmacêutica, Juanita Juarez. Você tem alergia a algum medicamento? Verifiquei no seu registro de medicamentos que você usa nifedipino e hidroclorotiazida para pressão sanguínea elevada e glipizida para diabetes. Você está usando algum outro medican1ento? O que seu niédico falou sobre este n1edicamento? Ele é um suplemento de potássio usado para aumentar o potássio no seu sangue e manter a concentração de eletrólitos balanceada. Foi formulado especialmente para não conter açúcar nem álcool. Você deve tomar uma colher de sopa (não uma colher de chá, corno Dr. Behling tinha orientado; fizemos u1n ajuste) duas vezes ao dia com suco ou água. É muito in1portante que você dilua este n1edican1ento de niodo adequado, para 1nelhorar seu sabor e evitar proble1nas estomacais. Para reduzir o desconforto esto1nacal, ingira- o com comida ou após as refeições. Outros possíveis efeitos colaterais incluem vercigen1, fraqueza ou batida irregular do coração. Se algum destes sintomas surgir, entre em contato con1 Dr. Behling imediatamente. Quando o Dr. Behling disse que você deve verificar seu nível de potássio no sangue? Isto é muito importante. Armazene este medicamento no refrigerador, fora do alcance das crianças e descarte-o se não usado após 30 dias. Verifique a solução no frasco quando você tomar unta dose; se perceber a presença de cristais na solução, traga o frasco para a farmácia para fazern1os alguns ajustes na for111ulação, sem custo adicional; não hesite em fazer isso. Seu n1édico autorizou cinco reutil izações da prescrição. Você tem alguma pergunta?

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 27.3 CASO: Dr. Denni Clomp, ortodontista, contatou a farmacêutica Bonnie Fingerhut para preparar uma solução de ácido fosfórico para sua prática ortodôntica. Ele tinha lido um artigo on-line no Angle Orthodo11tút sobre uma preparação 1nelhor para condicionamento ácido dos dentes antes de os braquetes durante a colocação do aparelho ortodôntico (7). O procedimento exige uma solução de ácido fosfórico a 37% à qual o dentista irá inisturar u111 gel de flúor fosfato acidulado 1,25% (APF) em uma proporção de 50:50. O doutor Clomp tinha o gel APF e queria que Dr. Fingerhut preparasse a solução de ácido fosfórico para ele. O Dr. Clomp emprestou o artigo para o Dr. Fingerhut e, embora o texto não afirmasse que o percentual do ácido fosfórico era m/m, rn/v ou v/v, eles decidiram fazer 37% m i m, seguindo o exemplo da USP/ NF, ácido acético NF, que é 36 a 37% por peso. Isso faz sentido, pois o ácido será misturado com um gel sem iss6lido.

CONSULTORIO DENTÁRIO SORRISO FELIZ RUA DO PARQUE 20, TRITURADOR, CEP 53706 TELEFONE: (608) 555·8201 FAX: (608) 555-8205

B • Co>isullório odo>tlológico do J)r. Clomp ENDEREÇO: l?ua s. Park, 2(}

DATA: (J(J/(J(J/(J(J

NOME:

B

123795

Ácido fosfórico 37% plp !Jispe>isar 12fJ ml Posologia: misturar com ogel de flior fosf11fo 11cidul11do ( APf) e us11r como co>1dicio>1ame>1lo ~cido dos de>tles a>iles de aplicar os brattueles orlodô>tlicos. B. Fingerltut 00/00/00

Reutilização da prescrição:

Dr. OEA N•.:

!Je>t1tis Clomp

412

Judith E. Thompson

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DE PREPARAÇÃO: Solução de ácido fosfórico 37%mtm REGISTRO DA FORMULAÇÃO: SN003 QUANTIDADE: 120 ml VJA DE ADMINISTRAÇÃO: Dentária USO TERAPÊUTICO/CATEGORIA: Preparação dos dentes para aplicação de grampo

INGREDIENTES: Ingrediente

llu1ntid1de empregada

Estado físico

Comp111çio d1 dose

Solubilidade

01d1 Acido fosfórico NF 86%m/m

36,7 ml

liquido incolor. viscoso

Ague purificada

qsp 120ml

líquido clero. incolor

Miscfvel com água e álcool

Emprego n1 prescriçio

37%1Wm

Usu1I 37%!Wm

t

-

Água fone para esmalte de dente Solvente, veículo

-

COMPATIBILIDADE - ESTABILIDADE: Esta preparação é muito similar a uma formulação oficial, ácido fosfórico dilufdo NF, o qual é conhecido por ser muito estável (31. Não é necessário conservante adicional, pois essa solução tem pH desfavorável para o crescimento microbiano.

EMBALAGEM EARMAZENAMENTO: As monografias NF para ácido fosfórico e ácido fosfórico diluído recomendam conservar em recipientes fechados (31. Ele deve ser armazenado em temperatura ambiente controlada.

DATA-LIMITE DE USO: Embora esta preparação seja conhecida por ser muito estável, use uma data-limite de uso de seis meses para ela.

CÁLCULOS Oose/concentraçio: Correta para o objetivo intencionado Quantidade do ingrediente Acido fosfórico NF é 86,5% p/p de H3PO., sua densidade específica é 1,71. Número de gramas de H3PO, necessário para a preparação: para calcular a quantidade de ácido fosfórico NF e de água purificada para preparar a solução n\fm desejada, é necessário conhecer a densidade ou a densidade especifica da solução a 37% n\fm. (Ver Seção VI, Cálculos especiais envolvendo ácidos concentrados, no Capítulo 8, Expressões de Quantidade e de Concentração e Cálculosl. No caso do ácido fosfórico, embora não tenhamos um valor publicado para a densidade de 37% desse ácido em água, o The Merck lndextraz valores para soluções aquosas a 100, 85, 50 e 10% n\fm desse ácido a 25ºC. Quando esses valores são representados por meio de gráficos, usando uma planilha do Excel ou um programa similar para criá-los, ele gera uma curva e a densidade da solução a 37% n\fm pode ser determinada ao ler o gráfico ou usando a equação da reta 2 fornecida pela curva resultante (desde que R esteja muito próximo de um, o que ocorre nesse casal.

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

413

Densidades de soluções de ácido fosfórico

2 1,8 1,6

·-

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-

• 'i ·-.e. 'O

o•

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-

+-

1,4

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t tt t

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-

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1,2 1

+

0,8

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0,6

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0,2

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y - 4~5x2 .,. 0,0045x + 1,0014 R2 • 1

...

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20

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-

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1- -

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0.4

..

60

40

80

-100

120

Percentual mi m

Usando a equação, a densidade é calculada como:

y = 4 x 10- 5 ;

+ 0,0045 + 1,0014 =

1,223, em que y= densidade ex = % mim

A 25ºC, a densidade de uma solução a 37% mim é 1,223 g/mL Usando esse valor, a massa de écido fosfórico necessária é calculada:

PO ) ( 1,223 g 37% solução ) ( 120 ml solução ) = 301 37 g H3PO, 54 ( 100 g 37% solução • g Hl • ml 37% solução A seguir, o volume de ácido fosfórico NF que fornecerá quantidade desejada desse ácido pode ser calculado: ml H3P04 NF ) ( 100 g H3P0 4 NF ) ( 54,301 g H3PO, ) _ ( 1,71 g HlPO. NF - 36.7 ml HaPO, NF 86,5 g H3PO,

FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA, MEDIDAS DE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Revisar as fichas de segurança de todos os componentes. Usar um avental limpo, luvas descartáveis e óculos de segurança. A NF declara: "Cuidado - Evite contato, pois o ácido fosfórico destrói rapidamente os tecidos" (3).

EQUIPAMENTOS: Nenhum. TÉCNICA DE PREPARAÇÃO: Colocar cerca de 50 ml de água purificada em um frasco de prescrição pré-calibrado de 120 ml com fechamento resistente a crianças. Medir com cuidado 30 ml de ácido fosfórico NF (86,5% mim) em uma seringa de 50 ml e 6,7 ml em uma de 10 ml. Transferir o ácido com cuidado para o frasco de prescrição e então completar o volume de 120 ml com água purificada. Fechar o frasco e agitar para garantir a completa mistura da solução. Verificar a temperatura da preparação e medir sua densidade especifica ao comparar a massa de 1 ml da solução medida em uma seringa de 1ml com a massa de uma quantidade exatamente igual de água purificada. Rowlar a preparação e enviar para o consultório odontológico.

DESCRIÇÃO DA PREPARAÇÃO ACABADA: A preparação é uma solução clara, incolor com viscosidade aparente próxima da água.

414

Judith E. Thompson

CONTROLE DE QUAUDAOE: Como esta é basicamente uma solução concentrada de mineral ácido, a medida de pH não é importante. Portanto, deve-se usar a densidade específica como parâmetro de controle de qualidade. Use água purificada e a solução de ácido fosfórico preparada; ambas devem estar a 25ºC. Tare uma seringa de 1mL Colete água purificada até a marca de 1 mL Pese esse volume de água. Remova a água da seringa e garanta que ela esteja totalmente seca. Tare novamente a seringa. Colete a solução de ácido fosfórico até a marca de volume exatamente como foi feito com água. Pese essa solução e calcule a densidade especifica. Esta deve estar próxima de 1,223. Verificar o volume real da solução; ele deve estar próximo do volume teórico de 120 mL

-

' PREPARADA POR: Bonnie Fingerhut, Farmacêutico FORMULA-PADRAO

VERIACADA POR: Mary Ann Kirkpatrick, RPh, PhD

FÓRMULA-PADRÃO NOME. CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DE PREPARAÇÃO: Solução de ácido fosfórico 37% m/m QUANTIDADE: 120 mL DATA DE PREPARAÇÃO: dia/mês/ano PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano NÚMERO CONTROLE ID DO REGISTRO DA PRESCRIÇÃO: 123795 DA FORMULAÇÃO: SN003 INGREDIENTES USADOS: Ingrediente

Qu1ntid1de usada

Número do lote do fabricaota

Data de validada

Pesado/medido por

Verificado por -

Ácido fosfónco NF 86,5% p/p

36,7 ml

Água puríficada

qsp 120 ml

JET Labs

mês/ano

jet

Sweet Springs Al.0529

mês/ano

jet

bj

SN2631

DADOS DO CONTROLE DE QUALIDADE: A preparação é uma solução clara, incolor com viscosidade aparente próxima da água. Ovolume real foi verificado e está de acordo com o volume teórico de 120 mL Dados da densidade especifica: Peso de 1 ml de água purificada a 25ºC = 0,989 g Peso do volume equivalente da solução de ácido fosfórico preparada a 25ºC = 1,206 Densidade especifica =

1,206 g = 1,219 0•989 g

Este valor está muito próximo do valor teórico de 1,223, dentro de 0,33%.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

415

RÓTULO FARMÁCIA PRÁTICA RUA DOS PAPÉIS, 425 TRITURADOR, CEP 53706 (608) 555-1200 FAX: (608) 555-1210

R

123795 Farmacêutico: BF Data: 00/00/00 Consultório Odontológico Dr. Clomp Dr. Denis Clomp, DOS Misturar com o gel de fl úor fosfato acidulado (APF) em uma proporção 50:50 e usar para condicionamento ácido dos dentes antes de colocar braquetes do aparelho ortodôntico. Para uso no consultório apenas.

Solução de ácido fosfórico 37% m/m Cuidado: Líquido cáustico, se entrar em contato com a pele lave imediatamente. Produto: manipulado Quantidade: 120 mL Reutilização da prescrição: Não

Descartar após: Data descrita

Rótulo auxiliar: manter fora do alcance das crianças.

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá Dennis, sou Bonnie Fingerhut. Eu tenho a solução de ácido

fosfórico pronta para você. Eu sei que está ciente das precauções de segurança quanto ao uso dessa solução, um vez que você tem usado preparações similares de ácido fosfórico no seu consu ltório. Eu rotulei com o aviso "Manter fora do alcance das crianças", assin1, qualquer funcionário do seu consultório terá cuidado com ela e saberá que é preciso mantê-la en1 local seguro. Ela é muito estável quimicamente, e você deve descartá-la após seis meses; dilua a solução primeiro com água antes de descartar no esgoto ou vaso sanitário; como você sabe, ela corrói porcelana. Arn1azene-a sob te1nperatura ambiente controlada. Você tem alguma pergunta?

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 27.4 CASO: Pan1 Perfect é uma paciente de 25 anos, 65 quilos, e 1,70 m de altura com verruga plantar.

Pa1n pratica natação toda noite no Clube Citywide Health e aparentemente entrou e1n contato con1 o papiloma vírus hu1nano (HPV) neste local. Ela tem várias verrugas na sola de seu pé esquerdo. Felizmente, ela trabalha sentada, assim não precisa ficar em pé por muito tempo durante o dia, porém ela gosta de caminhar e quer se livrar das verrugas o mais rápido possível. O Dr. Parker ouviu de uni colega sobre o sucesso do tratamento dessas verrugas com uma associação de podofilina e ácido salicílico em tintura de benjoin1 composta. O Dr. Parker consultou uma referência bibliográfica sobre as concentrações adequadas de podofilina e de ácido salicílico e deu à paciente a prescrição apresentada aqui. O farn1acêutico Billi Burke verificou as concentrações terapêuticas efetivas e as solubilidades dos farmacos e ligou para o Dr. Parker sugerindo que a concentração de ácido salicílico deveria ser reduzida para 15%, uma vez que o esse composto não é suficientemente solúvel nessa associação a 25%. A 15% ele ainda seria eficaz. Dr. Parker concordou com a alteração.

416

Judith E. Thompson

CÚNICA DE MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS RUA DO PARQUE 20. TlllTURADOR. CEP 53706 TEL: (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

B• 1'11111. Perfecl ENDEREÇO: Pol/!/ Poi11I, 285

OATA: (J(J/ (J(J/ (J(J

NOME:

R

113.,.,

Podofi/i11a Ácido .111/icílico Tilt111r11 co>Hpos/11 de be11)fJilfl Posologi11: 11p/ic11r 1111.1 verr11g11s

12~

251

Ali.,.do par• 15"

qsp 7,5 >HL

Cancentr•çla de tlcido ulicflica • fte,.d• para 15% após

Billie Burlte ~

cansuha com Dr. Parker d•~ida; má solubilidade a 2S1'.

Reutilizeçi o da prescrição: 1

Dr.

J. L P11rker

DEA Nº.:

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO NOME. CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Solução tópica de podofilina 12% e ácido salicílico 15% em tintura composta de benjoim

QUANTIDADE: 7,5 ml USO TERAPÊUTICO/CATEGORIA: Ceratolitico/cáustico para verrugas

REGISTRO DA FORMULAÇÃO: SN004 VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Tópica

INGREDIENTES: -

Ingrediente

Qu1ntid1de empregada

Ellado físico

Solubilidade

Compareçio da doae Dada

Emprego na prescriçio

.

Usual

Acido salícflico

1, 125 g

Pó branco, cristalino

1 g/ 3 ml em álcool 1g/ 460 mlde água

15% !alterado de 25%)

2 a60%

queratolltico

Podofilina

900mg

Pó marrom claro

Sol em álcool, insol em água

12%

12 8 25%

Cáustico pare verruges

Tintura composta de benjoim

qsp 7,5 ml

Pó marrom es· curo

Miscível em álcool, imisclvel em água

Veículo, demulcente

-

COMPATIBILIDADE E ESTABILIDADE: Com relação à estabilidade química, todos os ingredientes desta preparação são conhecidos por serem muito estáveis em meio alcoólico. A solução tópica de resina de podofilina é uma formulação oficial USP que contém essa resina em um extrato alcoólico de benjoim. A tintura de benjoim composta também é uma preparação oficial, e existem muitas soluções comerciais de ácido salicílico. Com relação às propriedades físicas, as concentrações prescritas de ácido salicllico e podofilina foram verificadas quanto à sua solubilidade em um meio alcoólico, assim como o da tintura de benjoim composta, e determinou-se que a concentração de ácido salicílico teria que ser reduzida. Os cálculos são apresen· tados a seguir. Não é necessário adicionar conservante por causa do elevado teor alcoólico da preparação e da presença de ingredientes que são tóxicos para os microrganismos.

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

417

ACONDICIONAMENTO EARMAZENAMENTO: As monografias USP para preparações similares recomendam acondi· cionar em recipientes fechados, protegidos da luz (3). O armazenamento dava ser em temperatura ambiente controlada e a exposição ao calor excessivo deve ser evitada. É um produto inflamável. e esta característica deve estar indicada no rótulo (3).

PRAZO OE VALIDADE: Embora esta formulação seja estável, ela contém um solvente volátil com concentrações de ingre· dientes próximas do ponto de saturação. Portanto, estabeleça um prazo de validade de um mês para essa preparação.

CÁLCULOS Dose/concentraçio: A podofilina é usada em uma faixa de concentração de 12 a 25%: Ok. Oácido salicílico é usado em uma faixa de 2 a 60%: Ok. Ou11ntid11de do ingrediente

12% X 7,5 ml = 0,12 x 7,5 ml = 0,9 g = 900 mg

Podofilina:

Ácido salicílico: 25% X 7,5 ml = 0,25 X 7,5 ml = 1,875 g (alterado para 1,125 g, ver cálculo a seguir) Solubilidade:

Osolvente aqui é a tintura de benjoim composta (Compt. Tr. Benjoim), que tem 74 a 80% de álcool. A quantidada em mililitros de álcool disponivel para dissolver a podofilina e ácido salicílico depende do volume final da tintura na preparação. Como ela é usada para quantidade suficiente para 7,5 ml e o volume de pó de podofilina e de ácido salicilico é desconhecido, o volume da tintura pode apenas ser estimado. Alguns farmacêuticos usam um volume de pó estimado de 0,5 ml para 1 g de pó. Usando essa técnica, calculamos o volume de pó de: (0,9 g + 1,875 g) X 0,5 mVg = 2,775 g X 0,5 mVg ~ 1,388 - 1.4 ml

Ovolume de tintura seria 7,5 ml - 1,4 ml = 6,1 ml. A quantidade de álcool disponível para dissolução seria cerca de 77% x 6,1ml = 4,7 mL Podofilina: Embora a podofilina seja descrita como solúvel em álcool (1 g/10 a 30 ml), a solubilidade deve ser satisfatória na concentração de 12% uma vez que a concentração usual recomendada em veículos alcoólicos é de 12 a 25%. Nesta prepa· ração, o ácido salicílico está presente em uma concentração elevada, podendo se ligar às moléculas do solvente e limitar a quantidade de êlcool disponivel para dissolver a podofilina. Ácido salicílico: A solubilidade do ácido salicílico em álcool é 1 g/3 ml. Nesta prescrição, temos 1,875 g de ácido salicílico, assim, precisamos 1,875 g X 3 mVg = 5,63 ml de álcool. Como há apenas 4,7 ml de álcool na preparação, temos muito pouco álcool para dissolver o ácido salicílico. Se a concentração do ácido salicílico for alterada para 15%, a quantidade do ácido será reduzida para 0,15 X 7,5 = 1,125 g, e precisaremos apenas de 1,125 g x 3 mVg = 3,375 ml de álcool para dissolução. Como a concentração ainda está na faixa terapeuticamente eficaz, seria aconselhado solicitar uma alteração da concentração do ácido salicílico para 15%. Como isso está baseado em estimativas, deve ser observado se ocorrerá dissolução desse fármaco.

FICHAS OE DADOS OE SEGURANÇA. MEDIDAS OE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS OE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Re· vise as fichas de segurança de todos componentes. Usar um avental limpo, luvas descartáveis e óculos de segurança. É aconselhável usar uma máscara quando manipular a preparação, pois o ácido salicílico e a podofilína são pôs muito irritantes e não devam ser inalados. A USP também adverte que a resina de podofílina é muito irritante para olhos e membranas mucosas (3).

EQUIPAMENTOS: Toda a pesagem é feita em uma balança eletrônica.

. TECNICA OE PREPARAÇAO: Pesar 1,125 g de ácido salicílico e colocar em um béquer de 50 ml limpo. Adicionar cerca de 4,5 ~

ml de tintura de benjoim composta para dissolver o ácido salicílico. Ag itar para misturar observando a completa dissolução. Pesar 900 mg de podofilina e adicionar uma porção com pulverização sobre a solução do béquer e agitar lentamente. Repetir até tudo ser adicionado e completamente dissolvido. Pré-calibrar um frasco com aplicador em 7,5 ml, usando álcool como o liquido de calibração (pois a água é incompativel com essa preparação). Transferir a solução preparada para o frasco. Utilizar a tintura de benjoim composta para lavar o béquer, de modo a transferir completamente os ingredientes ativos e completar o volume final até a marca de calibração. Colocar a tampa com aplica dor e fechar bem o frasco. Agitar a solução para garantir a mistura completa. Rotular e dispersar.

418

Judith E. Thompson

DESCRIÇÃO DA PREPARAÇÃO ACABADA: A preparação é uma solução de cor marrom-escuro, viscosa. Não deve apresentar precipitado ou sedimento visivel. Apresenta odor caracteríS1ico da tintura de benjoim composta.

CONTROLE DE QUALIDADE: Ovolume real é verificado e está de acordo com o volume teórico de 7,5 ml

.

-

FORMULA PADRAO PREPARADA POR: Billie Burke, Farmacêutico VERIA CADA POR: Mary Ann Kirkpatrick, RPh, PhD

FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Solução tõpica de podofilina 12% e ácido salicflico 15% em tintura de benjoim composta DATA DE ELABORAÇÃO: dia/mês/ano PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano QUANTIDADE: 7,5 ml NÚMERO CONTROLE REGISTRO DA DA PRESCRIÇÃO: 123780 FORMULAÇÃO: SN004 INGREDIENTES USADOS: Ingrediente Ácido salicíl1co

Ou1ntid1de u11d1

1,125 g

Número do lote do fabricante

Prezo de validade

JETlabs

mês/ano

bjf

bb

mês/ano

bíf

bb

mês/ano

bíf

bb

1Pesado/medido por

Verificado por

-

SN2641 Podofiline

900mg

JETlabs

SN2642 lintura composta de benjoim

qsp 7,5 ml

JET lebs

SN2643

DADOS DO CONTROLE DE QUALIDADE: A preparação é uma solução de cor marrom-escuro. viscosa. Foi observada há uma hora e não apresentava precipitado ou sedimento visível. Tem o odor caracterlS1ico da tintura de benjoim composta. D volume real foi verificado e esté de acordo com o volume teórico de 7,5 ml

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

419

RÓTULO

FARMÁCIA PRÁTICA RUA DOS PAPÉIS. 425 TRITURADOR. CEP 53706 (608) 555·1200 FAX: (608) 555-1210

R

1231so Pam Perfect

Farmacêutico: BB

Data: 00/00100 Dr. J. L Parker

Aplicar nas verrugas toda noite ao deitar. Podofilina 12%. ácido salicilico 15%. em tintura de benjoim composta tópica Produto: manipulado

Quantidade: 7,5 ml

Reutilização da prescrição: 1

Descartar após: Fornecer a da ta

Rótulos auxiliares: Cuidado: inflamável. Para uso externo apenas. Manter fora do alcance das crianças. Este medicamento foi preparado em nossa farmácia para você de acordo com as orientações do seu médico.

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá Srta. Perfcct, sou seu farmacêutico, Billie Burkc. Você tem

alergia a algum 1nedicamento? Está utilizando algum outro n1edican1ento sob prescrição ou de venda livre? Esta é uma solução formulada contendo podofilina e ácido salicílico em tintura de benjoim composta, usada para tratar verrugas plantares. Aplique nas suas verrugas todas as noites antes de dormir, usando o aplicador fornecido no frasco. Você pode cobrir a área em volta da lesão com vaselina, a fin1 de proteger a pele. Tenha cuidado para que não entre en1 contato co1n seus olhos ou sua boca e tenha certeza de lavar suas mãos cuidadosamente após manusear esta solução, pois ela causa irritação na pele saudável. Se a região tratada ficar irritada ou piorar, interrompa o tratamento e entre em contato con1 Dr. Parker. Guarde o frasco ben1 fechado à temperatura ainbiente e fora do alcance de crianças. Esta solução é u111 líquido inflamável que deve ser mantido longe do fogo ou de qualquer 1naterial que possa provocar fogo. Descarte o produto não utilizado após un1 mês. Você pode reutilizar a prescrição uma vez, se precisar. Você tem alguma pergunta?

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 27.5 CASO: Ronnie Snax é un1 paciente de 72 kg, 1,80 m e 50 anos que retornou de uma pescaria. Ele

apresenta vários vergões vermelhos pequenos nas suas pernas que coçam muito. Imediatamente ele ligou para sua médica, Roberta Barksen que consegui vê-lo durante seu intervalo do almoço. Ela diagnosticou como picadas de pulgas e prescreveu uma solução hidroa lcoólica do anestésico local benzocaína co1n o anti-infeccioso cloreto de benzetônio para evitar qualquer infecção secundária no local das picadas. A Dra. Barksen tambén1 recon1endou un1 creme de venda livre de hidrocortisona na niaior concentração. Ronnie não tem outros problemas de saúde e relatou que os únicos medicamentos que usa são multivitamínico com minerais e, ocasionalmente, Aleve para distensões 111usculares.

420

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CÚNICA DE MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS RUA DO PARQUE 20, TRITURADOR, CEP 53706 TEL: 1608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

R•

R.01111ie SllRX ENDEREÇO: TrRYUSI( ,,,sli11cl, 4 25

DATA: (J(J/ (J(J/ (J(J

NOME:

R

1ZJm

3f

Be11z ocaÍ111{ Cloreto de be11zelô,,io Álcool Salicilalo de melt1a Água purificada

P;ff

qs qs

qsp 3fJ mL Fernl• Bohunting OOJU0,1lO

Posologia: aplicar "ªs lesões 3 a 4 vezes ao dia para coceira Ora. R.oberla Barkse,, Reutiliz1çio da prescrição: 2 ~~~~~~~~~~~~~~

DEA N'.:



REGISTRO DA FORMULA PADRÃO NOME, CONCENTRAÇAO EFORMA FARMACEUTICA DA PREPARAÇAO: Solução t6pica de benzocaína 3% e cloreto de benzetônio 0,1%. QUANTIDADE: 30 ml REGISTRO DA FORMULAÇÃO: SNOOS USO TERAPtUTICO/CATEGORIA: Antisséptico/anestésico VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Tópica -

A

-

INGREDIENTES: -~

Ingrediente

-

Qu1ntid1de empreg1d1

Solubilid1de

Est1do físico

Comp1reçlo da dose

-

Emprego n1 prescriçio

-

Usual

Dada

Benzocalna

900mg

Pó branco, cristalino

1g/2.500 ml de água ou 5 ml de álcool

3%

1a20%

Anestésico local

Cloreto de benzetõnio

120 mg pesados, 30 mg usados

Cristais brancos

Muito sol em água, sol em álcool

0,1%

0,1%

Antimicrobiano, antisséptico

.

~

-

Álcool

22ml

Líquido claro, incolor. móvel

Misclvel em água

-

Sallcilato de metila

5 gotas

Líquido amarelo claro com odor de gaultéria

Ligeiramente sol em água, sol em álcool

-

-

Aroma

Água purificada

qsp30ml

Líquido claro, incolor

-

-

-

Veiculo

1

Solvente, conservante

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

421

COMPATIBILIDADE E ESTABILIDADE: Ocloreto de benzetônio, ãlcool e salicilato de metila, nesta preparação, são compatíveis e muito estáveis em solução hidroalcoólica. Em solução aquosa, a benzocaína apresenta alguns problemas de compatibilidade física e de estabilidade química. Com relação à compatibilidade física. a benzocaína é insolúvel em água, sendo neces· sário um sistema de cossolvente contendo álcool para sua dissolução. Os cálculos para determinar as quantidades relativas de água e álcool são demonstrados a seguir. Com relação à estabilidade química, a benzocaína é um éster que sofre hidrólise em solução aquosa. As informações sobre a estabilidade da benzocaína são encontradas na referê ncia Chemica/ Stability of Pharmaceuticals(B). A benzocalna sofre hidrólise catalisada por ácido e base e é mais estável em pH neutro. Otempo de meia· -vida em pH 9 e 30"C é 127 dias. Isso revela que a solução apresenta um prazo de validade, sob tais condições de cerca de 19 dias. Essa preparação apresenta pH neutro, o que proporciona condições de maior estabilidade. Não é necessária a adição de conservantes. já que o cloreto de benzetõnio é um agente antimicrobiano. Além disso. o teor de álcool é de 70%.

ACONDICIONAMENTO EARMAZENAMENTO: A preparação deve ser acondicionada em um recipiente fechado. Oarma· zenamento em temperatura ambiente controlada deve ser recomendado.

PRAZO DE VALIDADE: Usando a literatura citada como guia, a farmacêutica Bohunting estabelecerá um prazo de validade de 14 dias pare a preparação.

CÁLCULOS Dose/concentração: Concentração correta para o uso destinado Quantidada do ingrediente 3% x 30 ml = 0,03 x 30 ml = 0,9 g = 900 mg

Benzocalna:

O, lo/o X 30 ml = 0,001 x 30 ml = 0,03 g = 30 mg

Benzetõnio CI:

Os 30 mg de cloreto de benzetõnio estão abaixo da OMP para a balança de torção Classe Ili, assim, é necessário utilizar um mé· todo de allquotas. Ocloreto de benzetõnio é muito solúvel em água, o que torna o emprego do método de allquota sõlido·llquido conveniente. Se pesarmos a OMP de 120 mg de cloreto de benzetônio e completarmos com quantidade de água suficiente para 4 mi... teremos uma solução 120 mg/4 ml = 30 mg/ml Um mililitro dessa solução medida com uma seringa de 1 mlserá a quan· tidade necessária para preparar a solução. A benzocaína possui uma solubilidade muito limitada em água (1 g/2.500 ml), mas é muito solúvel em álcool (1g /5 ml). Portanto, é necessário o uso de um sistema de cossolvente, e a quantidade de álcool necessária pode ser estimada usando a equação do log da solubilidade fornecida neste capitulo e demonstrada a seguir: Equação de solubilidade em log: Para usar essa equação, todas as concentrações devem ser expressas utilizando as mesmas unidades. A concentração total necessária da solução (Síl de benzocalna (em mg/ml): 3%

= 3 g/100 ml = 3.000 mg/ 100 ml = 30 mg/ml

A solubilidade de benzocalna na água (S,~1)(em mg/ml): 1g/2.500 ml = 1.000 mg/2.500 ml = 0,4 mg/ml A solubilidade de benzocaína no álcool (S,1,) (em mg/mL): 1 g/5 ml = 1.000 mg/5 ml = 200 mg/ml A soma das frações de volume é 1: Portanto: log 30 = (1- fv,1, ) log 0,4 + fv,,, log 200

Substituindo:

Resolvendo a fração de volume de álcool (fv.,,): log 30 = log 0.4 - fv,,. log 0,4 + fv,,. log 200 log 30 - log 0,4 = fv.,. log 200 - fv11c log 0.4 = fv11, (log 200 - log 0.4) fv 11 '

= (log 30 - log 0.4) = 1,87506 ,., 69 •5% Â70% (log 200 - log 0,4)

2,69897

422

Judith E. Thompson

Com base no sistema de cossolvente álcool-água contendo 70% de álcool, podemos calcular o volume de etanol (C2H10HI necessário para nossa preparação: 70% x 30 ml = 21 ml Usando álcool USP a 95%, podemos calcular o volume em mililitros necessário para nosso sistema de cossolvente: . 21 ml C2H10H 95 ml C2H10H 100 ml Alcool USP = x mL Álcool USP: x = 22 ml Alcool USP

F1CHAS DE DADOS DE SEGURANÇA, MEDIDAS DE SEGURANÇA E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVI· DUAIS: Revise a fichas de segurança de todos os componentes. Use um jaleco limpo e luvas descartáveis. EQUIPAMENTO: Balança de torção Classe Ili TÉCNICA DE PREPARAÇÃO: Pesar 900 mg de benzocaína e transferir para um béquer limpo. Medir 22 ml de álcool USP em uma proveta de 25 ml e adicionar à benzocaína para dissolvê-la. Pesar 120 mg de cloreto de benzetõnio, transferir para uma proveta de 10 ml e adicionar quantidade suficiente de água purificada para completar o volume de 4 mL. Agitar com um bastão de vidro para dissolver e misturar totalmente. Com uma seringa descartável de 1 ml, medir 1 ml da solução de cloreto de ben· zetõnio e adicionar à solução de benzocaína. Adicionar 5 gotas de salicilato de metila, transferir a solução para uma proveta de 50 ml e completar o volume de 30 mL usando água purificada. Utilizando uma tira de teste de pH na faixa de 2 a 9, verificar e registrar o pH da solução. Transferir a solução para umfra sco de 30 mL com aplicador e fechar bem. Rotular e dispensar.

-

-

DESCRIÇAO DA PREPARAÇAO ACABADA: A preparação é uma solução clara, incolor com viscosidade próxima à do álcool. Tem o odor característico do álcool e de óleo de gaultéria.

CONTROLE DE QUALIDADE: OpH da preparação é verificado com uma tira de teste de pH na faixa de 2 a 9: pH = 5,5. O volume real é verificado e está de acordo com o volume teórico de 30 mL. FÓRMULA-PADRÃO PREPARADA POR: Fernie Bohunting, RPh VERIFICADA POR: Mary Ann Kirkpatrick, RPh, PhD

FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO EFORMA FARMACEUTICA DA PREPARAÇÃO: Solução tópica de benzocaína 3% e cloreto de benzetõnio 0,1%. QUANTIDADE: 30 mL DATA DE PREPARAÇÃO: dia/mês/ano PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano NÚMERO CONTROLE REGISTRO DA DA PRESCRIÇÃO: 123772 FORMULAÇÃO: SN005 INGREDIENTES USADOS: Número do lote do fabricante

Prazo de validade

Pendo/medido por

Verificado por

JET Labs SN2651

mês/ano

bjf

fb

120 mg pesados. 30 mg usados

JET Labs SN2652

mês/ano

bjf

fb

Álcool

22 ml

JET Labs SN2653

mês/ano

bjf

fb

Salicilato da metlla

5 gotas

JET Labs SN2654

mês/ano

bjf

fb

Água purificada

qsp 30 ml

Sweet Springs AL0529

mês/ano

bjf

fb

Ingrediente

Quantidada usada

Benzocalna

900 mg

Cloreto de benzetõnio

-

DADOS DO CONTROLE DE QUALIDADE: A preparação é uma solução clara, incolor com viscosidade próxima a do álcool. Tem o odor característico do óleo de gaultéria e do álcool. OpH da preparação é verificado com uma tira de teste de pH na faixa de 2 a 9: pH = 5,5. Ovolume real foi verificado e está de acordo com o volume teórico de 30 ml

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

423

RÓTULO FARMÁCIA PRÁTICA RUA DOS PAPÉIS. 425 TRITURADOR. CEP 53706 (608) 555·1200 FAX: (608) 555-1210

R

123112 Ronnie Snax

Farmacêutico: FB

Data: 00/00/00 Dr. R. Barksen

Aplicar nas picadas três a quatro vezes ao dia, se necessário, . para a coceira. Solução tópica de Benzocaína 3% e cloreto de benzetônio O, 1%. Contém álcool 70%. Produto: manipulado Reutilização da prescrição: 2

Quantidade: 30 ml Descartar após: fornecer a data

Rótulos auxiliares: Cuidado: inflamável. Para uso externo apenas. Mantenha fora do alca nce de crianças. Este medicamento foi preparado em nossa far· mácia para você de acordo com a orientação do seu médico.

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá Sr. Snax, sou a farn1acêutica Fernie Bohunting, estou com

sua prescrição para as picadas de pulga. Você está ton1ando ou utilizando algun1 outro n1edica mento sob prescrição ou de venda livre? Tem alguma alergia? O que Dr. Barksen falou para você sobre o n1eclicamento? Esta é uma fórmula personalizada pelo seu nlédico para tratar picadas de pulga e de outros insetos. Ela contén1 o anestésico local benzocaína para aliviar a coceira e também o cloreto de benzetônio e álcool para evitar infecção. Você deve aplicar nas lesões 3 a 4 vezes ao dia, se necessário, para a coceira. Eu tenho outros pacientes para os quais este medican1ento funciona 1nuito bem, 1nas se seus ferimentos não melhorarem ou piorarem, entre em contato com Dr. Barksen, assim podemos tentar outro medican1ento. Armazene-o ern te1nperatura ambiente e protegido da luz. E' para uso externo apenas e deve ser mantido longe do alcance de crianças. Ele contém uma grande percentagem de álcool, então tenha cuidado para que não entre e1n contato co1n seus olhos e lave suas niãos após aplicá-lo. Esta solução é un1 líquido inflamável que deve ser 1nantido longe do fogo ou de qualquer n1aterial que possa provocar fogo, e o frasco deve ser n1a ntido ben1 fechado. Descarte o n1edicamento não usado após duas sernanas (data fornecida). Se necessário, você pode reutilizar esta prescrição duas vezes. Como já ajudei outros pacientes com este problema, eu pesquisei na internet e encontrei boas inforrnações no site da Ohio State University Extension. Este site te111 sugestões de co1no prevenir o contato com pulgas e outras dicas úteis para lidar com esses insetos. Caso você não tenha computador, 1ne avise que eu imprimo o material para você. Você te1n algun1a pergunta?

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 27.6 CASO: Lilly La Lane é un1a paciente de 16 anos, 49,5 kg, 1,57 m com acne vulgaris. Nas últi1nas

quatro semanas, ela tem usado uma suspensão comercial de clindamicina a 1% con1 bom resultado. Recentemente, o fabricante deixou de fornecer o produto para farmácias e atacadistas, assim a farmacêutica Bccky Bilder se ofereceu para manipular uma preparação similar até que o produto comercial esteja disponível outra vez. O registro de medicamentos da Srta. La Lane 1nostra que ela usa sun1atriptana para enxaqueca e ibuprofeno para cólica menstrual. Ela também relatou que usa o Dayquil de venda livre quando fica resfriada.

424

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R NOME:

Li/l!f l.A lllllt

ENDEREÇO:

11131Sf

OATk (/(J/ (J(J/ (J(J

Pir11/e COVt Ap!s, 592

R

C/111da>11icil1a Propilew.oglico/ Álcool isopropílico 50X aa '1SP 15 H:

Marcy !Jacy

445

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO EFORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Suspensão t6pica de cala mina com lidocaina 2% NÚMERO REGISTRO QUANTIDADE: 180 ml DA FORMULAÇÃO: SS001 VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Tópica USO TERAPÊUTICO/CATEGORIA: Antisséptico/anestésico local INGREDIENTES: lngntdiente

Quamid1de emprtg1da

Solubilidade

Eslldo físico

lidocalna como lidocalna HCI mono-hidrato

4,439 g

Agulhas brancas

equivalente a 3,6 g de lidocarna

-

l

lnsol. em âgua, sol. em álcool

Comparaçio entre doses Dada 2%

1% a 5%

Anestésico local

8%

5% a 20%

Solvente, veiculo

Pó branco

lnsol. em água e álcool

8%

5% a 20%

Adstringente, antisséptico, protetor

3,6 ml

liquido claro, viscoso

Misc. em água e âlcool

2%

Magma de bentonita

4S ml

Suspensão cinza

Bentonita é insol. em água e álcool

Solução de hidróxido da cálcio

qsp 180 ml

Solução turva

14.4g

Pó rosa

Óxido de zinco

14,4g

Glicerina

~

U1u1I

lnsol. em água e álcool

Cala mina

]

Emprego n1 prtscriçio

Umectante, mo· lhante, agente levigante Agente de suspensao Adstringente, veículo


-

Dada

Usual

1%

0,5% a 2%

0,6 g

Cristais bege-claro, com odor caracteristico

t g/15mlde água, muito sol. em álcool

Na CMCvise. méd 2% sol.

30mL

Liquido claro, viscoso

Misc. em água e álcool

lndutorde viscosidade; veiculo

ZnS04 (para fazer 30 ml de solução Whitel

1,2 g

Pó branco

Sol. em água

Para fazer 30 mL de loção White

Potassa sulfurada (para fazer 30 ml de Solução White)

1,2 g

Pedaços grandes, marrom amarelado

Sol em água

Loção White (agora suspensão t6pica de sulfeto de zinco)

30mL

Suspensão branca

Forma insolúvel ZnS & S mais K2SO,

Água Purificada

qsp

Liquido claro

Fenol

,_

Antisséptico; anestésico local

1

Metade da potência

Concentração total

Para fazer 30 ml de loç io White Antibacteriano, antifúngico, ceratolftico Solvente, veiculo

COMPATIBILIDADE E ESTABILIDADE: A Loção White é uma formulação oficial USP, conhecida atualmente como Suspensão Tópica de Sulfeto de Zinco. Éestável, embora a monografia afirme que ela deve ser recém-preparada (3). Ofenol também é estável, mas está sujeito à oxidação. Énecessário mudar a metilcelulose 1.500 cps para carboximetilcelulose sódica de média viscosidade (CMC Na), pois a metilcelulose é incompatível com o fenol (13). Ambos o fenol e a Suspensão Tópica de Sulfeto de Zinco USP possuem propriedades antimicrobianas, não sendo necessária a adição de conservantes.

ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO: A monografia USP para Suspensão Tópica de Sulfeto de Zinco recomenda que esta seja dispensada em recipientes fechados (3). Como é uma preparação de uso tópico, o armazenamento deve ser feito à temperatura ambiente controlada.

PRAZO DE VALIDADE: A USP recomenda um prazo de validade máximo de 14 dias para formulações liquidas à base de água preparadas a partir de ingredientes sólidos, quando não existem informações sobre a estabilidade da formulação (9).

CÁLCULOS Dose/concentração: Todas as concentrações estão de acordo. Quantidade de ingredientes Fenol (em g):

1%X60ml = 0,01 X 60ml = 0,6g

Na CMC de viscosidade média (em g): 2% x 30 ml = 0,02 x 30 ml = 0,6 g

454

Judith E. Thompson

Loção White (Suspensão Tópica de Sulfeto de Zinco) USP: A fórmula para 1.000 ml da Suspensão Tópica de Sulfeto de Zinco dada na USP declara que são necessários 40 g de potassa sulfurada e de sulfeto de zinco (ZnS0 4). Pare reduzir a fórmula e fazer 30 ml: xg 40 g - __L_ d_____-;· x = 1,2 g de ca da 1.()()() mL de suspensão 30 m e suspensao

FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA. MEDIDAS DE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Re· vise as fichas de segurança de todos os componentes. Vista um jaleco limpo, use luvas descartáveis e óculos de segurança. Te· nha muito cuidado quando manusear o fenol, pois o seu contato com a pele pode provocar graves queimaduras.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS: Gral de Wedgwood; funil e papel para filtração; todas as pesagens são realizadas em balança de torção Classe Ili.

TÉCNICA DE PREPARAÇÃO: Pese 0,6 g de fenol e de CMC Sódica de média viscosidade, individualmente. Coloque 30 ml de água purificada (qualquer temperatura) em um béquer pequeno e pulverize a CMC Sódica na superfície. Agite com um bastão de vidro e deixe o llquido em repouso até ficar transparente (cerca de 2 horasl. Em seguida, prepara 30 ml de Suspensão Tópica de Sulfeto de Zinco. Pese 1,2 g de ZnS0 4 e de potassa sulfurada e dissolva em 13,5 ml de água, em béqueres separados. Filtre separadamente cada uma dessas soluções; adicione a solução de potassa sulfurada à de ZnS0 4 (o "meu cheiro" do "zinco"I com agitação constante. Transfira a suspensão para um frasco de 60 ml pré-calibrado como 30 e 60 ml. Utilize lentamente • Agua Purificada para lavar a transferir totalmente a suspensão para o frasco e completar o volume de 30 ml. Transfira o fenol para esse frasco; feche -o firmemente e agite bem para dissolver o fenol. Acrescente a solução de CMC Sódica e use Água Purificada para lavar e transferir essa solução para o frasco e completar o volume de 60 mL Feche o fresco e agite bem. Rotule e dispense.

-

-

DESCRIÇAO DA PREPARAÇAO ACABADA: A preparação é uma suspensão branca leitosa com particulas muito finas. As partículas sedimentam em um sistema floculado em 20 a 30 minutos; em duas horas, dois terços do fresco estão preenchidos com um sedimento tloculedo e estruturado. A preparação é facilmente dispersa com agitação.

CONTROLE DE QUALIDADE: Volume 60 ml.; verificar o pH com tiras da faixa de 2 a 9: pH = 7,5 FÓRMULA-PADRÃO PREPARADA POR: Justiens Junco. RPh

VERIFICADO POR: Pat Schoenfeld, RPh

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

455

FÓRMULA-PADRÃO NOME. CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: ficada com Fenol 1% QUANTIDADE: 60 ml

DATA DE PREPARAÇÃO:

Suspensão Tópica de Sulfeto de Zinco Modi-

dia/mês/ano

NÚMERO REGISTRO DA FORMULAÇÃO: SS003

PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano NÚMERO CONTROLE DA PRESCRIÇÃO: 123633

INGREDIENTES USADOS: Número do lote do febricanll

Ingrediente

Quantidade usada

Fenol

0,6 g

CMC Sódica vise. Méd 2%sol

30ml

ZnSO, (para fezer 30 ml de Loção White)

1,2 g

JET Labs SN2833

Potassa sulfurada (para fazer 30 ml de loção White)

1,2 g

JET Labs SN2834

Loção White (agora Suspensão Tõplca de Sulfeto de Zinco)

30 ml

Água Purificada

qs

Prazo de v11id1de

Pes1do/medido por

Verificedo por

JET Labs SN2831

mês/ano

bjf

ü

Prac. Pharmacy

mês/ano

bjf

ü

mês/ano

bjf

jj

mês/ano

bjf

ü

bjf

ü

bjf

JJ

...--------!-)()(2832

-

Sweet Springs AL0529

DADOS DO CONTROLE DE QUALIDADE: Apreparação é uma suspensão branca leitosa com partlculas brancas muito finas. Estas começam sedimentar formando um sistema floculado em 25 minutos; em 2 horas, dois terços do frasco mostram um sedimento floculado e estruturado e um sobrenadante turvo. A preparação foi facilmente dispersa sob agitação. O pH da preparação foi verificado com tiras de teste de pH na faixa de 2 a 9: pH 7,5. Volume 60 mL

=

=

RÓTULO ~

FARMÁCIA PRÁTICA 1.::::::;J RUA DOS PAPÉIS, 425 TRITURADOR, CEP 53706 (608) 555-1200 FAX: (608) 555-1210

B

Data: 00/00/00 Dr. R. Pasmak Aplica r sobre a acne pela manhã e à noite antes de dormir. Suspensão Tópica de Sulfeto de Zinco 50% contendo Fenol 1% Quantidade: 60 ml Produto: manipulado 123633 Deborah Summit

Reutilização da prescrição: 3

Farmacêutico: JJ

Descartar após: fornecer a data

Rótulos auxiliares: agite bem. Apenas para uso externo. Este medicamento foi preparado em nossa farmácia para você de acordo com a orientação do seu médico.

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá, Srta. Summit, sou seu farn1acêutico,JustiensJunco. Você tem

alguma alergia? Está usando algum medicamento no mornenco? O que seu médico disse sobre esse medicamento? Essa loção contém vários ingredientes, incluindo fenol e enxofre que são usados para

456

Judith E. Thompson

tratar acne. Agite bem antes de usar e aplique na área afetada pela manhã e antes de dormir. Cuide para que não entre em contato como os olhos e a boca. Você pode aplicá-la con1 auxílio de un1 algodão. Limpe as áreas afetadas antes da aplicação e lave suas 1nãos após usar o produto. Se piorar ou aparecer algu1na irritação, interrompa o tratamento e procure Dr. Pas.rnak. O frasco é possui lacre de segurança, mas mantenha fora do alcance de crianças. Esse medicamento deve ser armazenado à temperatura ambiente. Descarte o n1edicamento não usado após duas semanas (forneça a data). A prescrição pode ser reuti lizada três vezes. Você ten1 algu1na pergunta?

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 28.4 CASO: Dr. Kenneth Arrhenius é um homem de 32 anos, 76,5 kg, 1,75 m de altura. Recentemente

conseguiu uma vaga de professor assistente na Universidade Estadual. Desde sua adolescência, ele sofre de dermatite seborreica esporádica, que ocorre cspecialn1ente en1 períodos de estresse. O ressurgimento do problema coincidiu com o início de seu emprego, organização de seu laboratório e com o seu primeiro semestre como professor. Nesse momento, seu distúrbio apresenta-se como áreas vermelhas, descamativas e oleosas no couro cabeludo e várias manchas no rosto. Dr. Gayle obteve sucesso no tratamento desse quadro com un1a suspensão n1anipulada (fornecida aqui) aplicada na hora de dormir, e com o uso de um xarnpu de sulfeto de selênio 2,5% e e1nulsão de limpeza à base de Cetaphil pela manhã, e aplicação de Loção de Hidrocortisona 1%. O registro médico do paciente n1ostra que ele está usando omeprazol 20 mg antes de dormir para refluxo gastresofagico. Ele tambén1 relatou que toma Tums para gastrite crônica quando necessário. CLINICA DE MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS RUA DO PARQUE 20, TRITURADOR, CEP 53706 TEL: (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

R# NOME: !Jr. Ke1f/fefh Arrhe11i11s

t23632

DATA: {){)/ {){)/ {){)

ENDE.REÇO: Ki11efic Ili//, 258

R

é11xofre

gd

Mo11ot:tceft:tfo de resorci110/

3 111L

LC!J

g 111L

!Jer111t:tbt:tse Ág111? 'f11rificadt?

qs

go 111L

qsp

'foso/091a: aplicar 11t?s áret?s t?fett?dt? a11tes de deitar. B. Beastly 00/(10/00

Reutilização da prescriç!o 1

Dr.

DEA N':

/(.

f. IJt?!f/e

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

457

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Suspensão Tópica de Enxofre 10%, LCD 10%, Monoacetato de Aesorcinol 3,3%, Dermabase 11% QUANTIDADE: 90 mL NÚMERO REGISTRO DA FORMULAÇÃO: SS004 USO TERAPEUTICO/CATEGORIA: Antibacteriano/antisseborreico VIA DE ADMINISTRAÇAO: Tópica

-

~

INGREDIENTES: Ingrediente

Quintidade empregada

Estado tisico

J

Solubilidade

-

Comparaçlo entre doses Dada

Usual

Pratic. insol. em água, muito pouco sol em álcool

10% (m/v)

10% (m/v)

1,5 a3%1v/v)

Emprego na prescrição

9g

Pó muito fino, amarelo claro

Monoacetato de Resorclnol

3ml

Liquido claro ãmbar. viscoso

Pouco sol. em água, sol. em álcool

3.3%(v/v}

Solução Tópica de Coaltar (LCD)

9ml

Liquido móvel, marrom escuro

Misc. em água e álcool

10% (v/v)

Variável

Antisseborreico, antipsoriático

Dermabase

10 g

Creme branco

lnsol. em água e álcool

11% (m/v)

Variável

Indutor de viscosidade, emoliente

Enxofre coloidal

,_

..._ Água Purificada

Antibacteria~ antifúngico

qsp90 ml

Antibacteriano, antifúngico, ceratolítico

Liquido claro

Veiculo

COMPATIBILIDADE E ESTABILIDADE: O enxofre e o alcatrão (Solução Tópica de Coaltar, também conhecida como LCD ou liquor carbonis detergens), nessa preparação, são compatíveis e muito estáveis quando em suspensão. A estabilidade do monoacetato de resorcinol é mais difícil de avaliar. Ele é um éter que sofre hidrólise, mas o resultado é o princípio ativo resorcinol. Uma loção contendo enxofre e monoacetato de resorcinol é descrita na monografia do monoacetato de resorcinol na 16' edição do Remington's Pharmaceutical Sciences, porém não fornece dados sobre estabilidade. Nilo é necessário conservante uma vez que o enxofre e o monoacetato de resorcinol possuem atividade antimicrobiana. Além disso, o teor de álcool é de 8,4%. ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO: as monografias USP para Solução Tópica de Coaltar e Suspensão Tópica de Aesorcinol e Enxofre recomendam o armazenamento em recipientes fechados; a monografia USP para Monoacetato de Aesorcinol recomenda o armazenamento em recipientes fechados, resistentes à luz (3). Como esta é uma preparação de uso tópico, recomenda-se o armazenamento à temperatura ambiente controlada. PRAZO DE VALIDADE: Use a prazo de validade de 14 dias para formulações líquidas contendo água preparadas a partir de ingredientes sólidos. CÃLCULOS Dose/Concentração: Enxofre (em rn/v %):

x g de enxofre 9 g de enxofre 90 mL de loção = 100 mL de loção; x = lOg/l OO mL = lO%

Monoacetato de resorcinol (MR) (em v/v %): 3 mLde MA 90 mL de loção

xmLdeMA · x =33mlJ100mL = 33% ' ' 100 mL de loção'

Solução Tópica de Coaltar USP (LCD) (em v/v %): xmldeLCD 9mLdeLCD _ ;x = 10ml/100mL = 10% Ld 90 mLd e 1oç ão 100 m e 1oçao

458

Judith E. Thompson

Teor de álcool: Adicionamos 9 ml de LCD, a qual contém 84% de álcool. Oteor de C2H50H em ml é: 84% X 9 ml = 7,56 ml A concentração v/v % de CiH 50H na preparação final é calculada como sendo: 7,56 ml de C2H50H xml de C2H50H _ ; x = 8.4 mUlOO ml - 8.4% d = 100 ml e 1oçao 90 ml de loção Todas as concentrações estão de acordo para o uso destinado. Quantidade de ingredientes Todas as quantidades silo dadas na prescrição, exceto para a Dermabase. A Dermabase é um creme semissólido (o/a), sem fármaco e industrializado. Algumas vezes é adicionado como matéria-prima em suspensões tópicas para agir como agente suspensor e indutor de viscosidade, fornecendo uma loção suave com propriedades emolientes. A quantidade de Dermabase por volume de suspensão é determinada de forma arbitrária e varia conforme a quantidade e tipo de ingredientes sólidos e a viscosidade desejável da preparação. Para essa preparação, foram usados 15 g de Dermabase, e o resultado foi a obtenção de uma preparação cremosa, semissólida, que não escoava facilmente do frasco. Ouso de 10 g desse ingrediente (1 1% m/v) resultou em uma preparação líquida de fácil escoamento e características adequadas para uma suspensão.

ACHAS DE DADOS DE SEGURANÇA, MEDIDAS DE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Re· vise as fichas de segurança de todos os componentes. Vista um jaleco limpo, use luvas descartáveis e óculos de segurança. Evite inalar o enxofre.

EQUIPAMENTOS: Grei de Wedgwood; todas as pesagem são realizadas em uma balança eletrônica.

-

.

TECNICA DE PREPARAÇAO: Pese 9 g de enxofre coloidal e transfira para um gral de vidro. Usando uma seringa de 3 mL. meça 3 ml de monoacetato de resorc inol. Adicione o monoacetato de resorcinol ao enxofre e triture bem para obter uma pasta seca. Pese 10 g de Dermabase e acrescente com trituração à pasta de enxofre. Meça 20 ml de Água Purificada em uma proveta de 25 ml e aos poucos adicione à mistura com o enxofre com trituração. Meça 9 ml de LCD em uma proveta de 10 ml e adicione em porções com trituração à mistura de enxofre. Adicione 15 ml de Água Purificada com trituração e, em seguida, adicione mais água até que a preparação se apresente como uma suspensão de fácil escoamento. Transfira a suspensão para um frasco pré-calibrado de 90 mL Use água para lavar o gral e completar o volume de 90 ml. Feche o frasco firmemente e agite bem. Rotule e dispense. Nota: Qualquer mudança na ordem da mistura afeta a viscosidade e aparência (algumas vezes de forma significativa) da pre· paração final.

DESCRIÇÃO DA PREPARAÇÃO ACABADA: A suspensão é um líquido bege, cremoso. É razoavelmente espesso, porém escoa bem após agitação. Não ocorre sedimentação significativa das partículas sólidas durante o repouso, e a preparação é facilmente redispersa sob agitação.

CONTROLE DE QUALIDADE: Volume = 90 ml, verificar o pH com papel na faixa de 1 a 12: pH = 5.

-

' PADRAO PREPARADA POR: Bing Beastley, Farmacêutico FORMULA

VERIFICADO POR: Pat Schoenfeld, RP

459

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

FÓRMULA PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Suspensão Tópica de Enxofre 10%, LCD 10%. Monoacetato de Resorcinol J,3%, Der mabase 11 % DATA OE PREPARAÇÃO: dia/mêS/ano QUANTIDADE: 90 ml

Nº OE REGISTRO DA FORMULAÇÃO: SS004

PRAZO OE VALIDADE: dia/mêS/ano Nº OE CONTROLE DA PRESCRIÇÃO: 123632

INGREDIENTES USADOS: Número do lote do fabricante

Ouentidade empreg1d1

Ingrediente

Prezo de validade

Peu do/medido por

Verificado por

bjf

bb

~+-~~~~~-i--

Enxofre coloidal

9g

-

JET Labs SS2841

mês/ano

_,_

-

Monoacatato de Resorcinol

3ml

JET Labs ss 2842

mês/ano

bjf

bb

Solução T6pica de Coaltar (LCD)

9mL

JET Labs ss 2842

mês/ano

bjf

bb

-

-

Dermabase

10 g

Paddock Labs UV 5692

mês/ano

bjf

bb

Água Puríficada

qsp90mL

Sweet Springs AL0529

mês/ano

bjf

bb

DADOS DO CONTROLE OE QUALIDADE: A suspensão é um líquido bege, cremoso; é moderadamente viscoso, mas escoa bem após agitação. Não ocorre sedimentação visível de partículas sólidas em 2 horas. D pH da preparação foi verificado com papel de pH na faixa de 1a12: pH = 5. Volume = 90 mL

RÓTULO ~

FARMÁCIA PRÁTICA 'e:::) RUA DOS PAPÉIS, 425 TRITURADOR, CEP 53706 (608) 555-1200 FAX: (608) 555·1210

B

123532 Farmacêutico: BB Dr. Kenneth Arrhenius Aplicar nas áreas afetadas ao deitar

Data: 00/00/00 Dr. R. F. Gayle

Suspensão Tópica de Enxofre 10%, LCD 10%, Monoecetato de Resorcinol 3,3%. Dermabase 11% Teor de álcool: 8.4% Quantidade: 90 ml Produto: manipulado Reutiliza ção da prescrição: 1

Descartar após: fornecer a data

Rótulos auxiliares: agite bem. Apenas para uso externo. Este medicamento foi preparado em nossa farmácia para você de acordo com a orientação do seu médico.

460

Judith E. Thompson ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Ola, Dr. Arrhenius, sou seu farmacêutico, Bing Beastly. Você tem

alguma alergia a 1nedicamento? Está usando outro medicamento sob prescrição ou de venda livre? O ' unia suspensão forn1ulada especialn1ente Sr. sabe para que serve esse medicamento e co1no usá-lo? E para tratar sua seborreia. Contém enxofre, resorcinol e solução de coaltar en1 u1na loção suave. Você deve aplicá-la nas áreas afetadas na hora de dormir. Certifique-se de fechar bem o frasco e agite bem antes de aplicar. O uso de um algodão pode auxiliá-lo na aplicação, mas tome cuidado para que não entre en1 contato con10 os olhos e a boca. Limpe as áreas afetadas e lave suas niãos antes da aplicação. O Dr. Gayle informou-me que você também usará o xampu Selsun pela n1anhã, porén1já possui um frasco por causa de urna crise anterior dessa derrnatite. Se o produto acabar, avise-nos e prepararemos outro frasco já prescrito pelo Dr. Gayle. Você também deve comprar Cetaphil para limpar a área e loção de bidrocortisona 1% para aplicar pela manhã após o banho. Eu posso ajudá-lo se você quiser. Se o tratamento não funcionar, se o quadro piorar ou se a área ficar irritada ou inflamada, avise seu médico, e tentaremos outra formulação. Tenha cuidado para não espirrar nem deixar a loção cair em suas roupas, pois ela contém um ingrediente à base de alcatrão que pode manchar. O frasco tem um lacre de segurança, mas é melhor mantê- lo fora do alcance de crianças. Ele pode ser arn1azenado à te1nperatura ambiente, e o que não for utilizado deve ser descartado após duas semanas (data descrita). O Dr. Gayle autorizou reutilizar a prescrição mais uma vez se você precisar. Quer fazer alguma pergunta?

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 28.5 CASO: Joseph Wilding é un1 homen1 de 75 anos, 78,8 kg, 1,80 m de altura. Há pouco ce1npo, ele

recebeu o diagnóstico de um tumor cerebral; este foi retirado com sucesso por meio de cirurgia, mas o paciente teve um acidente vascu lar cerebral (AVC) durante o procedin1ento. Ele foi sub1netido a uma terapia de reabilitação em um centro local e agora se recupera em casa. Um enfenneiro e un1 terapeuta o visitam várias vezes na semana, e ele conta com a ajuda de um en fern1eiro que o assiste diariamente. O paciente tem uma história de 5 anos de hipertensão, que está bem controlada neste momento com enalapril 10 mg ao dia. Há pouco tempo, sua pressão sanguínea subiu para 140/90 causando ederna nos tornozelos. O Dr. Wurtz quer tentar adicionar hidroclorotiazida 25 mg uma vez ao dia ao seu regi1ne niedicamentoso. Desde seu AVC, o Sr. Wildling tem dificuldade em engolir co1nprimidos e cápsulas e, por esse n1otivo, o Dr. Wurtz pediu a farn1acêutica Judy Thon1pson que preparasse uma suspensão oral de hidroclorotiazida. CÚNICA DE MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS RUA DO PARQUE 20, TRITURADOR, CEP 53706 TEL: (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335# 123667

R# NOME: Joseph ENDEREÇO:

R

Hlild1irg Travessa Mocki11ghird, 5óK

123661

DATA: (}(}/ (}(}/ (}(}

Nidrocloroliazida faça 111Ha Suspe11são

25 mg/ 5 mL 60 IHL JETOOAJMXJ

Posologia: uma colher de cháf 5 mLJ via oral pela ma11hã Reutilizaçio da prescrição: 11 X

Dr:

DEA N':

Ozzie H/11rtz

461

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO

-

.

-

NOME, CONCENTRAÇAO EFORMA FARMACEUTICA DA PREPARAÇAO: Suspensão Oral de Hidroclorotiazida 25 mg/5 ml REGISTRO DA FORMULAÇÃO: SS005 QUANTIDADE: 60 ml VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Oral USO TERAP~UTICO/CATEGORIA: Anti-hipertensivo INGREDIENTES: Ingrediente

. Quintidade 1mpregad1

Estado flsico

Solubilidade

-

-

Comp111çlo de dose

Emprego na prescrição

-

Usual

Dada

Hidroclorotiazida como comprimidos de 50 mg

300mg (6 X comprimidos de 50 mg)

Comprimidos de cor laranja

Pouco sol. em água, sol. em álcool

25 mg dia

25 a 200 mg ao dia

Anti-hipertensivo, diurético

Citrucel

2g

Pó leranje

MC sol. em água, insol. em álcool

3,33%

variável

Agente suspensor

Benzoeto de sódio

120 mg

Pó branco

1g/1,8mlda água, 75 ml de álcool

0,2%

0,1 a0,3%

Água purificada

qsp 60 ml

Liquido clero

1

t

Conservante

Veiculo

-

-

COMPATIBILIDADE - ESTABILIDADE: A estabilidade da hidroclorotiazida é descrita em The Chemical Stability of Phar· maceuticals. O fármaco é mais estável em pH 4, com meia-vida de 720 dias a 25ºC (14). O p6 de Citrucel foi selecionado como agente suspensor para os comprimidos de hidroclorotiazida triturados. OCitrucel é um produto à base de metilcelulose com sa· borde laranja comercializado como laxante de venda livre a granel. Encontra-se disponível edulcorado com sacarose ou como um produto isento de açúcar, edulcorado com aspartame. Ele proporciona um veículo propício para o preparo de suspensões extemporãneas. Não contém conservantes, dessa fo rma, um conservante deve ser adicionado para evitar o crescimento de bactérias, leveduras e fungos. Osorbato de potássio ou benzoato de sódio seriam efetivos, visto que as suspensões preparadas com Citrucel possuem pH em torno de 4. Essa formulação usa benzoato de sódio 0,2%.

ACONDICIONAMENTO EARMAZENAMENTO: Dispense em recipiente fechado. Como é uma preparação oral, deve ser ar· mazenada no refrigerador. Isso aumenta sua estabilidade, tanto química quanto microbiológica, e também melhora o seu sabor.

PRAZO DE VALIDADE: Como é uma formulação que possui alguns dados conhecidos sobre sua estabilidade, existe uma flexibilidade ao determinar sua prazo de validade. Embora ela seja estável por pelo menos seis meses, a quantidade dispensada é um suprimento para apenas 12 dias, assim use uma data de 30 dias.

CÁLCULOS Dose/Concentração: Dose de 25 mg de hidroclorotiazida (HCTZ) ao dia está de acordo com o prescrito para pacientes idosos. Quantidade de ingredientes: HCTZ (em mg):

25 mg/5 ml X 60 ml = 300 mg

A HCTZ está disponível como comprimidos de 50 mg. Silo necessários exatam ente seis comprimidos para obter 300 mg. Citrucel: a quantidade recomendada é 2 g para 60 ml de suspensão. Conservante: Benzoato de Sódio é o selecionado. A quantidade (em mg) é calc ulada como sendo: 0,2% X 60 ml = 0,002 x 60 ml = 0,12 g = 120 mg

FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA. MEDIDAS DE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Vis· ta um jaleco limpo e use luvas descartáveis.

EQUIPAMENTO ESPECIALIZADO: Gral de vidro; todas as pesagens são realizadas em uma balança eletrônica.

462

Judith E. Thompson

.

-

TECNICA DE PREPARAÇAO: Coloque seis comprimidos de 50 mg de HCTZ em um gral de vidro e umedeça os comprimidos com uma pequena quantidade de Água Purificada para facilitar a ruptura. Em uma balança eletrônica, pese 120 mg de benzoato de sódio e 2 g de Citrucel. Transfira o Citrucel e o benzoato de sódio para o gral com os comprimidos de HCTZ triturados e, aos poucos, adicione cerca de 43 ml de Água Purificada em porções durante a trituração. Transfira a suspensão para um frasco pré -calibrado de 60 mL Usando mais Água Purificada, lave o gral e transfira o líquido para o frasco. Adicione Agua Purificada para completar o volume. Feche o frasco e agite bem. Rotule e dispense.

-

-

DESCRIÇAO DA PREPARAÇAO ACABADA: A preparação é uma suspensão laranja; é um pouco viscosa e ocorre sedimen· tação mínima sob repouso. A preparação escoa de modo adequado após agitação.

CONTROLE DE QUALIDADE: Volume = 60 mL. o pH foi verificado com papel de pH da faixa de 1a 12: pH = 4 VERIFICADO POR: Pat Schoenfeld, RPh

FÓRMULA-PADRÃO PREPARADA POR: Judith Thompson, RPh

FÓRMULA-PADRÃO

-

-

-

NOME, CONCENTRAÇAO EFORMA FARMACEUTICA DA PREPARAÇAO: Suspensão Orei de Hidroclorotiazida 25 mg/5 ml PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano DATA DE PREPARAÇÃO: dia/mês/ano QUANTIDADE: 60 ml NÚMERO CONTROLE NÚMERO REGISTRO DA PRESCRIÇÃO: 123667 DA FORMULAÇÃO: SSOOS INGREDIENTES USADOS: Ingrediente

Quantidade usada

Hidroclorotiazida na forma comprimi· dos deSOmg

300 mg (6 x com· primidos de 50 mgl

Número do lote d.o fabricante

Prazo de validade

Pesado/medido por

Verificado por

BJF Generics

mês/ano

bjf

jet

bjf

1et

XY5739

-

Citrucel

2g

SK-Beecham XX2852

mês/ano

Benzoato de s6d10

120mg

JET labs SN2851

mês/ano

bjf

jet

Água purificada

qsp 60 ml

Sweet Springs AL05269

mês/ano

bjf

jet

DADOS DO CONTROLE DE QUALIDADE: A preparação é uma suspensão laranja. Érazoavelmente viscosa e não ocorre sedimentação visível sob repouso. A suspensão se torna fluida coma agitação. OpH da preparação foi verificado com papel de pH na fa ixa de 1a 12: pH .. 4. Volume = 60 ml.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

463

RÓTULO ~

FARMÁCIA PRÁTICA RUA DOS PAPÉIS, 425 TRITURADOR, CEP 53706 (608) 555-1200 FAX: (608) 555-1210

'::::::J R

123667 Joseph Wilding

Farmacêutico: JET

Data: 00/00/00 Or. Ouie Wurtz

Posologia: uma colher de chá (5 ml) via oral pela manhã Suspensão Oral de Hidroclorotiazida 25 mg/5 ml Quantidade: 60 ml Produto: manipulado Reutilização da prescrição: 11X

Descartar após: fornecer a data

Rótulos auxiliares: agite bem. Armazene sob refrigeração. Este medicamento foi preparado em nossa farmácia para você de acordo com a orientação do seu médico.

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá, Sra. Wildling, sou sua farmacêutica, Judy Thompson. Aqui está a prescrição para o Sr. Wildling. Como está o tratamento dele em casa? O que Dr. Wurtz falou para você sobre este tnedica1nento? Ele é chaa1ado de bidroclorotiazida e deve reduzir a pressão sanguínea do Sr. Wildling e também o inchaço nos tornozelos. E le deve tomar uma colher de chá ou 5 mL desse líquido pela 111anhã. Se a Sra. esquecer de urna dose, adniinistre-a assim que se len1brar, mas se esquecer a dose após un1 dia, não dobre a dose do d ia seguinte, so1nente pule-a. O nível de potássio do Sr. Wilclling p recisa ser verificado regulan1ente, pois esse farmaco pode levar a perda desse e lemento. Esta medicação deve elevar a produção de urina , especialmente no início da terapia, devido a esse efeito ela deve ser ingerida pela manhã, assim, ele e a Sra. não precisarão acordar durante a noite para idas ao banheiro. Embora seja1n raros, os efeitos colaterais dessa medicação poden1 incluir distúrbios gástricos, tontura, sensação de cabeça vazia e fezes moles. Se estes ocorrerem e se tornarem incômodos, avise o Dr. Wurtz. Eu len1bro que lhe dei un1a seringa de uso oral para suspensão de enalapril; a Sra. precisa de outra ou a n1edida de colher de chá é n1ais adequada? Armazene o medicamento no refrigerador para aumentar a estabilidade e melhorar o sabor. Agite bem o frasco antes de medir a dose. Descarte o medicamento não usado após um mês. Mantenha longe do alcance de crianças. A prescrição pode ser reutilizada 11 vezes. Você tem alguma pergunta?

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 28.6 CASO: Peter Childs é uni menino de 10 anos de 30,6 kg, 1,37 m de altura com diabetes tipo 1, d iagnosticada quando ele tinha 5 anos. Atualn1ente, ele está usando o seguinte regin1e de insulina: NPH 4 unidades pela manhã e 2 na hora de donnir co111 lispro en1 uma faixa de dose variável (0,5 - 1,5 unidades), no care da manhã e ao jantar. Além do monitoramento da glicose sanguínea, seus pais mantêm tabelas da função renal de Peter ao coletar periodicamente e 111edir o volume de urina de 24 horas para avaliar sua quantidade. A última amostra foi 950 niL, estando dentro da faixa norn1al de l a 2 mL/ kg/ h. E111 um exan1e recente, sua pressão sanguínea estava em 121 /81 (elevada para u n1 garoto da sua idade e peso). Ao retornar da sua avaliação, mais uma vez a pressão estava alterada: 120/82; corn isso, Dr. Wurtz decidiu prescrever uma dose inicial de captopril 300 µg/kg, 3 vezes ao dia. Os pais de Peter mantêa1 um a1onitoramento rigoroso de sua função renal e irão monitorar sua pressão sanguínea. Ele não usa outros medicamentos, exceto antibiótico ocasional para infecção e paracetamol para febre.

464

Judith E. Thompson

.

.

.

CLINICA DE MEDICOS CONTfMPORANEOS RUA DO PARQUE 2fl, TRITURADOR, CEP 53706 TEL: (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

R# NOME: Peler Clu1d.r ENDEREÇO:

IZ362S

DATA: ()()/ ()()/ ()()

Círc11/1J So11f(le, 253/J 300 µgl kg/ dMe C11ploprí/ l/.f X11rope ed11/cor11do í.re11/1J de 11çúc11r Prep11r11r s11(ícíe11le par11 10 dí11s JRA~

Po.ro/09í11: d11r lllHll dose 3 Yezu 110 dí11, 101111kor111111/es d11s re(eiçõe.! ()zzíe Wl/rlz Dr: Reutiliieçlo de prescriçio: 1 OEANº:

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Suspensão Oral de Captopril 9 mg/5 ml REGISTRO DA FORMULAÇÃO: SS006 QUANTIDADE: 150 ml VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Oral USO TERAPÊUTICO/CATEGORIA: Anti-hipertensivo INGREDIENTES: Ingrediente

Ou1ntid1de empreg1d1

ütedo físico

Solubilidade -


hiladclphia: Lippincott W1lliams & Willüns, 2006; 283. 6. S1n ko PJ. Martin 's physical pharmacy and pharmaceutical scicnces, 5th ed. Philadelphia: Lipponcott Williams & Wilkins, 2006; 447-461. 7. Zognfi G. lntcrfacial phcnomcna. ln: Gcnnaro AR, ed. Rcm1ng-too:Thc scicncc and pnct1cc of pharmacy, 19tb cd. E:anon, PA: Mack Publisbiog Co., 1995; 247. 8. S1nko PJ. Martio's pbysical pbarmacy and pba.rmaccutical scicnccs, 5th cd. Philadclphia: Lippincou Williams & Wilkins, 2006; 499-500.

9. The Unitcd States Pharmacopeial Convcntion, lnc. Chaptcr (795) 2008 USP 31/NF 26. Rockville,MD:Auth or,2007;316317. 10. Trissei LA.Trisscl's st2bility of compounded formulations, 3rd cd. Washington, DC: Amcrican Phannacists Assoc1ation, 2005; 253-255. 11. Trissei LA .Trisscl's stability of compoundcd formulauons, 3rd cd. Washington. DC: Amcrican Pharmac1sts Associauon, 2005; 212-215. 12. Timmon~ P, Gray EA . Degradation of hydrocorttSOne 1n a z1nc oxide lotion.J Cltn Hosp Pharm 1983; 8:79-85. 13. Rcilly WJ Jr. Pharmaceutical necessities. ln: University of the Scicnces in Phjladclpbia, cd. R crni ngton:T hc scicncc and pr:icticc of pharmacy, 21st ed. Philodclphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 1074. 14. Connors KA, Amidon GL, Sedia VJ. Chcmical stability of pharmaccuticals, 2nd ed. New York: John Wilcy and Sons, 1986; 478-482. 15. Connors KA, Amidon GL, Stclla VJ. Chcmical stability of pharmaccuncals, 2nd ed. Ncw York: John W1lcy and Sons, 1986; 284-289. 16. Allen LV Jr, Erickson MA Ili. Stabihty ofbaclofcn, captoprtl, dtlttatcm hydrochloride, Dipyridamole, and ílecamide accratc 1n cxtcmporaneously compoundcd oral liqu1ds. Am J Hcalth-Syst Pharm 1996; 53: 2179-2184.

Emulsões Líquidas

DESCRIÇÃO DO CAPÍTULO

Definições Usos de emulsões líquidas Tipos de emulsões Propriedades desejáveis de uma emulsão líquida Preparação dos tipos básicos de emulsões Compatibilidade, estabilidade e prazo de validade Exigências especiais de rotulagem para emulsões Exemplos de prescrição

DEFINIÇÕES A. Emulsões: "As emulsões são sistemas bifàsicos nos quais um líquido está disperso em outro na forn1a de pequenas gotículas" (1). 1. Todas as emulsões para administração oral são liquidas, mas aquelas para administração tópica podc1n ser líqu idas ou semissólidas. Este capítulo inclui as cn1ulsões liquidas; as scn1issólidas são discutidas no Capítulo 30, Preparações semissólidas: pomadas, cre1ncs, géis, pastas e colódios. 2. Deve-se observar que termos gerais, como loção, li11ime1110 e Uq11ido têm sido usados para designar líquidos tópicos, que poden1 ser soluções, suspensões ou e1nulsões. Co1no foi discutido no Capítulo 27, cm 2002, a USP criou um grupo para escbrecer a non1enclatura das formas farr11acêuticas . .En1 2006, ela revisou sua terminologia para ajudar os usuários de 1nedicamentos a diferenciarem formas farmacêuticas tópicas, con10 loções, cre1nes, pomadas e pastas (2). De acordo com a FDA CDER Data Standards Manual de 2006, as seguintes definições se aplicam a: e. Loção: "Unia forma farmacêutica líquida en1ulsionada. Esta forma farmacêutica é usada geralmente para aplicação externa sobre a pele" (2). Uma nota de rodapé afirma que cal termo é restrito a emulsões, não sendo mais usado para soluções ou suspensões (2). b. Linimento: "Uma solução ou mistura de várias substâncias en1 óleo, soluções alcoólicas ou de detergentes, ou emulsões destinadas à aplicação externa" (2). B. Misclvel/imiscivel: quando dois líquidos são solúveis (i.e., molecularmente dispersos) um no outro cm todas as proporções, são chamados de miscíveis; os exemplos incluem água e álcool, e óleo de oliva e óleo de semente de algodão. Alguns pares de líquidos, como óleo de rícino e álcool, são parcialmente miscíveis, o que significa que eles são solúveis um no outro cm proporções definidas. Os pares in1iscíveis são solúveis de modo imperceptível un1 no outro cm qualquer proporção; os exemplos

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

C.

D.

E.

F.

469

incluem água e óleo mineral e álcool e óleo rnineral. Informações específicas sobre miscibilidade para solventes farmacêuticos são fornecidas no Capítulo lS, Solventes farn1acêuticos e agentes solubilizantes; para uma discussão geral sobre nüscibilidade, ver Seção IV.C.2 no Capítulo 27, Soluções. Emulsificação: A e111ulsificação é o processo de criação de uma emulsão a partir de duas fases líqu idas in1iscíveis. Ela é realizada nlediante aplicação de energia ao sistema (p. ex., trituração ou homogeneização) para forn1ar gotículas e criar u111a barreira física e/ou eletrostática ao redor destas, prevenindo a sua coalescência. Isso é obtido pelo uso de agentes emulsificantes. As gotículas dispersas são cha111adas de fase interna, e o líquido ao redor das gotas é chamado de fase exten1.a. Agentes emulsificantes: esses agentes são surfactantes que se concentram na interface de duas fases imiscíveis, reduzindo a tensão interfacial entre elas, forn1ando un1a barreira ao redor das gotículas à medida que estas se forn1an1, prevenindo a sua coalescência. Alguns emulsificantes tan1bén1 aumentan1 a viscosidade do sisten1a, retardando a agregação das gotículas e reduzindo a velocidade de cremagem. Os surfactantes e emulsificantes mais usados na manipulação são descritos e discutidos no Capítulo 20, Surfactantes e agentes emulsificantes. Cremagem: é a migração de gotículas da fase interna para a parte superior ou inferior da emulsão; esse processo é provocado pela diferença de densidade entre as duas fuses, sendo que a direção do n1ovin1ento depende de a fase interna ser 111ais ou menos densa do que a fase contínua ou externa. Coalescência: é a fusão das gotículas em gotas maiores até a separação completa das fases, de modo que as gotículas não podem ser re-emulsificadas pela simples agitação da preparação. C·o m ela, a barreira formada pelo(s) agente(s) emulsificante(s) é quebrada ou destruída. Essa coalescência irreversível também é chan1ada de q11ebra da e11111lsão (cracking).

USOS DE EMULSÕES ÚQUIDAS A. Emulsões orais: como discutido nos capítulos sobre soluções e suspensões, existem ocasiões em

que são necessárias preparações líquidas orais. Geralmente, en1ulsões orais são 1nenos aceitas pelos pacientes do que as soluções e suspensões, devido à sensação desagradável de oleosidade que causam na boca. Por esse motivo, uma emulsão oral só é preparada quando uma preparação líquida de um óleo é necessária ou quando a solubilidade ou as características da biodisponibilidade de um fárn1aco torna111 essa forma far111acêutica a mais adequada. B. Emulsões tópicas: estas são as mais comuns. Suas propriedades de e1noliência (suavização da pele) ou proteção são desejadas con1 frequência em preparações tópicas, e os óleos podem servir para tais funções. Quando eles são emu lsificados, tornan1-se 111enos oleosos e 111ais atraentes aos pacientes do ponto de vista estético.

Ili.

TIPOS DE EMULSÕES A. Óleo em água (o/a): o óleo está disperso como gotículas em uma fase aquosa. É o tipo mais co-

mum de emulsão, sendo preferido para produtos orais nos quais a sensação oleosa na boca é desagradável. Tambén1 é usado para preparações de uso externo, quando é desejada uma preparação facil de ren1ovcr e/ou sem sensação de oleosidade. B. Agua em óleo (a/o): a água está dispersa como gotículas e111 uma fase oleosa. Esse tipo é usado para preparações de uso externo, quando são desejadas propriedades de emoliência, lubrificação e proteção. C. Fatores que determinam o tipo de emulsão 1. E111ulsificante

Como descrito no Capítulo 20, alguns emulsificantes formam tanto emulsões a/o como o/a; outros forn1am apenas um tipo de emulsão. 2. Proporção das fases (i.e., as quantidades relativas de óleo e água) Quando os outros ingredientes estão em quantidades iguais, a fase que está presente em nlaior concenrração tende a ser a externa, mas um agente en1ulsificante que favorece urn tipo de emulsão em particular e que forma uma boa barreira na interface pode superar uma proporção de fase desfavorável. 3. Ordem da mistura Como a fase presente em maior concentração tende a ser a externa, a fase que é adicionada, geralmente aos poucos, tende a ser a fase interna. A fase externa continuará a incorporar a fase interna adicionada, na forma de pequenas gotículas, até que se torne co1npletamente saturada ou não exista u111a quantidade suficiente de agente e111u lsificante para servir con10 barreira para prevenir a coalescência. Assim, se uma quantidade maior de fase interna for adicionada, ela será emulsificada de modo insuficiente e pern1anecerá como gotículas separadas ou a e111u lsão coalescerá ou, se o agente e1nu lsificante pern1itir, ocorrerá a inversão de fases. A fase externa, que era a contínua, agora con1a a forma gotículas dispersas, ou seja, a fase interna.

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PROPRIEDADES DESEJÁVEIS DE UMA EMULSÃO LÍQUIDA A. Goticulas finamente divididas

Emulsões con1 gotículas fi namente divididas são desejáveis. Muitos fatores pode1n contribu ir para a obtenção de gotas pequenas. 1. Um fator é o método mecân ico usado para mistura e cisalhamento de dois líquidos imiscíveis. A indústria farmacêutica utiliza equipamentos especializados para essa tarefa. Para a manipulação, o gral de Wedgwood é muito empregado no processo emulsificação. Hon1ogeneizadores 1nan uais e niisturadores de alta velocidade, si n1ples e relativamente baratos, estão disponíveis e poden1 levar à obtenção de gotículas nienores e de tamanho unifonne. 2. Cercas técnicas, como a inversão de fases, podem ser usadas para produzir gotículas pequenas e uniformes. 3. Alguns agentes emulsificantes formam emulsões mais finas. Por exernplo, sabões de aminas são en1u lsificantes mais balanceados do que os sabões de álcalis e forn1am en1ulsões 1nais estáve is com um tamanho de gota nicnor (3). B. Cromagem e agreg ação lenta das gotículas da preparação 1. Embora quase todas as en1ulsões apresentem tendência à cre1nagem, a sua velocidade deve ser

suficientemente lenta para assegurar a medida correta de uma dose ou a aplicação uniforme do produto. 2. A agregação e a cren1agem podern se r reduzidas por meio de u1na formação de em ulsão adequada e pelo uso de vários adjuvantes, co1no os agentes indutores de viscosidade. Para controlar a velocidade de cremagem, você pode ajustar alguns parâ1netros descritos na Lei de Stokes. Embora essa equação tenha sido desenvolvida para partículas dispersas em suspensões, muitos desses fatores afetan1 a velocidad e de cremagen1 das gotíc ulas de uma en1ulsão. Eles incluen1 o tamanho das gotíc ulas, a viscosidade da fase contínua e a diferença de de nsidade relativa entre as gotículas e a fase contínua. Para uma discussão mais completa da Lei de Stokes, ver Seção 111.C no Capítulo 28, Suspensões. C. Facilidada de redispersão quando agitada

E1nbora a agregação e a cre1nage1n sejam inevitáveis, a preparação pode ser forn1ulada de n1odo que a fase interna seja redispersa com facilidade para forn1ar uma e1nulsào uniforn1e sob agitação. Além disso, não deve ocorrer coalescência.

PREPARAÇÃO DOS TIPOS BÁSICOS DE EMULSÕES A. Emulsões de goma arábica (acácia): a goma arábica é a única, entre os polímeros cmulsificantes, a

ter capacidade de forn1ar en1ulsões usando ape nas o gral de Wedgwood e o pistilo. É, portanto, um ingrediente útil na preparação de emulsões extemporâneas, sendo quase sen1pre a prin1eira opção nesse caso. 1. O processo de emulsificação usando goma arábica requer a formação de uma emulsão pri1nár ia. O termo emulsão pri1nária é usado para descrever a emulsão inicial, formada com u1na proporção previan1ente determinada de ingredientes. Essa mistura forma um sistema de viscosidade e consistência óti1nas, para que a força de cisalhamento exercida no gral seja maxin1izada, permi tindo a formação de uma emulsão. 2. Proporção de ingredientes para emulsões primárias de goma arábica a. Para óleos fixos, con10 os óleos vegetais e o óleo nlineral, a proporção de óleo-água-goma arábica é 4:2:1. Em geral, óleos fixos (p. ex., óleos vegetais) fonnam en1ulsões niais faciln1ente que o óleo niineral, dessa forma, se for possível escolher os óleos, selecione um óleo fixo. b. A proporção para os óleos voláteis e essenciais é 3:2:1 ou 2:2:1. e. As quantidades absolutas de ingredientes calculadas para a proporção adequada são baseadas no valor total de óleo na formulação. Como a goma arábica forma emulsões óleo em água, o óleo é a fase interna. Portanto, todo óleo presente na formulação deve ser emulsificado na preparação prirnária. Após sua a obtenção, a e1nulsão pode ser diluída com uni pouco de água ou e1n uma fase miscível en1 água, se for necessário. 3. Métodos de ob tenção da en1ulsão pri1nária a. Método da goma se ca. .Esse método é geralrnente preferido. Suas etapas são descritas a segui r e estão ilustradas no conjunto de fotos coloridas, Figura 7. (1) A quantidade calculada de goma arábica e de óleo da forinulação são colocados en1 u1n gral de Wedgwood e triturados até a obtenção de un1a pasta fluida e macia, sendo que toda a goma deve estar adequadan1ente niolhada pelo óleo.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

471

(2) A quantidade de fase aquosa, calculada a partir da proporção apresentada anteriormente, é medida em uma proveta limpa e seca e adicionada, em uma única vez, con1 trituração rápida e vigorosa. (3) A trituração é continuada até a fonnação da emulsão primária. Você saberá que isso ocorreu quando o sistema mudar de um liquido oleoso e translúcido para um líquido branco e espesso. O som da trituração tambén1 muda para u111 som crepintante. (4) Depois da forn1ação da emulsão primária, os outros ingredientes da forn1ulação podem ser adicionados. b. Método da goma úmida. Neste método, a ordem de 1nistura é a seguinte: (1) A quantidade adequada de goma arábica é colocada em um gral de Wedgwood e uma pequena porção de un1 agente molhante niiscível em água, con10 glicerina, é adicionada para molhá-la. Isso é necessário porque a goma arábica em pó forma grumos quando a água é adicionada diretamente sobre ela. (2) A quantidade calculada de água é, então, adicionada aos poucos com trituração. (3) O ó leo é adicionado gradual mente com trit uração até ser totaln1ente adicionado e a emulsão pri111ária ser fonnada. (4) Como no método da goma seca, uma vez que a emu lsão primária é formada, a água ou outros ingredientes podem ser adicionados. 4. Ordem da mistura pa ra e1nulsões de goma arábica a. Prepare a emulsão primária usando prin1eiro o(s) óleo(s), a goma arábica e a água purificada na , proporção adequada. b. Agua adicional, líquidos miscíveis em água, incluindo xaropes aromatizados e farmacos e/ou adjuvantes hidrossolúveis, poden1 ser adicionados diretamente à e1nulsão primária. Ingredientes solúveis que se apresentam na forma sólida podem ser dissolvidos en1 água ou em outro solvente antes de serem adicionados à emulsão. e. Ingredientes insolúveis, como óxido de zinco e calamina, devem ser colocados en1 un1 gral separado, e a emulsão prin1ária deve ser adicionada aos pós, gradualinente, com trituração. Isso é feito para n1olhar os pós e reduzir tan1anho da partícula e obter, assim, u nia preparação lisa e homogênea. Esse processo é ilustrado no Exemplo de Prescrição 29.1. d. Em alguns casos, ingredientes solúveis em óleo podem ser dissolvidos na fase oleosa antes da formação da en1ulsão prünária. Esse caso é ilustrado com os ingredientes ativos avobenzona e oxibenzona no .Exemplo de Prescrição 29.1. Se não for possível forn1ar a emulsão prin1ária com ingredientes extras ou con1 os usados na fase oleosa, eles devem ser manipulados conforme descrito na letra c. 5. Conserva.ção e armazenamento a. O Capítulo (1.151) da USP afirma que são necessários conservantes para todas as en1ulsões (1). Isso é especialmente importante com as emulsões de goma arábica, pois elas são mais suscetíveis ao crescimento microbiano (especialmente fungos). b. Essas e1nulsões têm um pH na faixa de 4,5- 5,0, exceto se a formulação tiver um ingrediente que altere o pH. Assim, conservantes que precisan1 de un1 pH ligeiramente ácido, como ácido benzoico ou ácido sórbico, são conservantes efetivos para emu lsões de goma arábica. , Para a emulsão de goma arábica oficial, Emulsão de Olco Mineral USP, o uso de ácido benzoico a 0,2% ou álcool de 4 a 6% é recon1endado. O ácido benzoico pode ser adicionado na sua forma de sal sódico. O metilparabeno 0,2% com propilparabeno 0,02% é também um sistema conservante aceitável. Conservantes do tipo a1nônio quaternário, co1no cloreto de benzalcônio, cloreto de benzetônio e cloreto de cetilpiridínio, não são recomendados, pois são inativados por meio da ligação com a goma arábica. e. Para melhorar a estabilidade e o paladar, as preparações de uso interno deve111 ser armazenadas no refrigerador. Preparações de uso externo são geralmente armazenadas em temperatura ambiente controlada. 6. Un1a descrição completa da goma arábica, incluindo suas incompatibiJidades e limitações, é fornecida no Capítulo 19, Agentes indutores de viscosidade. B. Emu lsões de sabões nascentes: O termo nascente significa começar a existir ou a se desenvolver. Con10 o nome sugere, o emulsificante é formado à n1edida que as emulsões são preparadas. Esses produtos são sabões leves ou pesados e são discutidos no Capítulo 20, Surfactantes e agentes emulsificantes. Esta seção se concentra em um tipo de emulsão, chamada de emulsão de água de cal, na qual o e1nulsificante oleato de cálcio é formado quando a solução tópica de hidróxido de cálcio (água de cal) é adicionada a um óleo vegetal contendo ácido oleico. 1. Fase oleosa

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a. O óleo de oliva foi o óleo originalmente usado nessas preparações, porque, de todos os óleos vegetais, é o que contén1 a major quantidade de ácidos graxos livres necessários para forn1ar o agente en1ulsificante. b. O óleo de oliva pode ser substituído por outros óleos vegetais; entretanto, nesse caso, devem ser adicionados majs ácidos graxos livres na forma de ácido oleico. e. Dependendo da sua origem, o óleo de oliva pode precisar da adjçào de ácido oleico. É aconselhável adicionar de 3 a 5 goras de ácido oleico a cada 30 n1L de óleo de oliva ou l a 1,5 n1L de ácido oleico a cada 30 m L de qualquer outro óleo vegetal antes de o processo de e1nulsificação iniciar. A adição de ácido oleico pode ser realizada gota a gota durante a formação da en1ulsão se for necessário. Este processo é ilustrado no Exemplo de Prescrição 29.2. 2. A água de cal deve ser recém-preparada. A fórn1ula pode ser encontrada na USP en1 Solução Tópica de Hidróxido de Cálcio. Ela é reproduzida aqui (4): Hidróxido de cálcio Água Purificada

3g 1.000 mL

Adicionar o hidróxido de cálcio ern 1.000 mL de Água Purificada fria e agitar a mistura durance uma hora. Deixar o excesso de hidróxido de cálcio decantar. Usar apenas o líquido claro da superfície. 3. Métodos de preparação a. Método da garrafa: neste método, quantidades equivalentes de óleo (que contém uma porção adequada de ácido oleico) e água de cal são colocadas em uma garrafa. A garrafu é agitada vigorosamente para formar a e1nulsão. A en1ulsão pode ser usada como agente n1olhante de ingredientes sólidos insolúveis. Este método é ilustrado no conjunto de fotos coloridas, Figura 8, e o procedimento é demonstrado no Material con1plementar ot1-line. b. Método do gral: esse método é frequentemente preferido quando a formulação contém ingredientes sólidos insolúveis, con10 óxido de zinco ou calamina. Esses sólidos se concentran1 na interface óleo-água à n1edida que en1ulsão está sendo formada, aun1entando a barreira interfacial, o que melhora a estabilidade do sistema. Com esse método, os sólidos são colocados em um gral. O óleo (contendo o ácido oleico) é adicionado aos poucos co1n trituração até que uma pasta homogênea dos pós e do óleo seja obtida. A água de cal é então adicionada em porções com trituração para formar a emulsão. 4. Ordem da mistura: esta depende do n1étodo de formação da emulsão, como foi descrito. a. Em qualquer um dos métodos, liqujdos miscíveis em água e fármacos hidrossolúveis devem ser arucionados à água de cal antes da sua adição às garrafas ou ao gral para en1ulsificação. Isso porque a água é a fase interna. b. Con10 o óleo é a fase externa, ingredientes solúveis ou miscíveis no óleo podem ser adicionados a ele antes do processo de emulsificação ou à en1ulsão, após a fase aquosa ter sido emulsionada. e. Ingredientes insolúveis devem ser colocados em un1 gral. Se o n1étodo da garrafa for usado, a emulsão forrnada pode servir como um agente molhante na trituração e na incorporação desses sólidos. Os sólidos insolúveis nunca devem ser apenas adicionados nas garrafas e agitados. Como descrito anteriormente, quando o n1étodo do gral é usado, os ingredientes insolúveis podem se r colocados neste ao iniciar a manipulação. En1 todos os casos, o líquido molhante deve ser adicionado em porções, com trituração, para assegurar a formação de uma preparação homogênea. 5. Lidando com incompatibilidades: conforme indicado na Seção III.C sobre sabões, no Capítulo 20, a adição de ingredientes ácidos às emulsões que empregam emulsificantes do tipo sabão desloca o equilíbrio da forma sal do sabão, que é a forn1a que apresenta atividade de superfície, para a forma de ácido não dissociado, que é solúvel no óleo. Isso destrói a barreira necessária para a manutenção da emulsão. a. Exemplos de ingredientes ácidos coo1umente usados en1 preparações tópicas que pode1n ser prescritos em emulsões de sabões nascentes incluem fenol, resorcinol, mentol, ácido sa.licílico, ácido lático, ácido acético, solução de acetato de alumínio (solução de Buro\v) e solução de subacetato de alumínio. b. O emulsificante pode ser protegido contra esses ingredientes que reduzen1 o pH pela incorporação prévia destes ern 2 a 4 g de uma base de absorção (p. ex., lanolina, Petrolato HidrofíJico USP, Aquabase, Aquafor) por 30 m L de fase oleosa, antes de serem incorporados à formulação. Esse procedimento é ilustrado no Exemplo de Prescrição 29.2. 6. Conservação e arn1azenamento

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

473

a. Conservantes geralmente não são necessários para emulsões de água de cal, pois o hidróxido de cálcio gera um pH elevado que é desfavorável ao crescimento 1nicrobiano ou de fungos. Além disso, são en1ulsões para uso externo que, co1n frequência, concên1 agentes antissépticos. b. Se , for necessário a adição de um conse rvante, álcool ou parabenos são adjuvantes aceitáveis. Acido benzoico/benzoato de sódio e ácido sórbico/sorbato de potássio não são eficientes, por causa do pH alcalino dessas emulsões. c. Como as preparações para uso externo, as ernulsões de sabões nascentes devem ser armazenadas em temperatura an1biente controlada. C. Emulsões com surfactantes não iônicos: os emu lgentes mais comuns para emulsões líqu idas são as associações de polissorbatos co1n ésteres do sorbitano, também conhecidos como surfactantes Tween-Span. 1. Quantidade total necessária de emulgente a. Uma concentração de 2 a 5% (m/v) é recomendada para as e1nulsões líquidas. Algumas referências relatam que o uso de uma quantidade superior proporciona preparações mais estáveis. Isso significa que, para 100 mL, uma quantidade total de 5 g da associação de polissorbato e éster do sorbitano é en1pregada. b. O utras referências recomendam que a quantidade de e1nulsifica nte usada depende da quantidade de fase inte rna a ser emulsionada. Nesse caso, sugere-se uma quantidade de 1Oa 20% (m/v) de fase interna. 2. Quantidades relativas das associações de cmulgentc a. Foi necessário desenvolver u1n sistema que aux iliasse os forn1uladores a ton1ar decisões sistemáticas sobre as quantidades e os tipos de su rfactantes a sere1n usados na obtenção de emulsões de máxima estabilidade. Griffin solucionou esse problema ao desenvolver o siste1na do equilíbrio hid rófi lo-lipófilo (E HL) (5). Ele é baseado no fato de que todos os surfacta ntes possuem urna porção hidrofilica (afinidade cotn a água) e outra lipofIJica (afinidade com o óleo). O equilíbrio entre as duas partes vari a de acordo com o surfactante. Números de 1 a 20 foram dados aos surfactantes, com base nesse equilíbrio, sendo que os menores foram dados para os cornpostos lipofílicos, e os maiores para os compostos hidrofíli cos. A antiga empresa Atlas Powder Con1pany, que originalinente desenvolveu e con1ercializou vários surfactantes não iônicos, incluindo Span, Tween, Arlacel, Brij e Myrj, desenvolveu e defendeu tal sisten1a. b. Os surfactantes Span e Arlacel são considerados lipofílicos, com valores de EHL na faixa de 1,8 e 8,6. Eles tendem a fonnar emulsões a/o. Os Tweens apresentam valores de EHL na faixa de 9,6 a 16,7, são mais hidrofilicos e tenden1 a formar emulsões o/a. A Tabela 29.1 apresenta os valores de EH L de alguns surfac tantes não iônicos nlais usados na manipu lação. e. Também foram realizados trabalhos experimentais para detenninar os valores de "EHL requeridos" para vários tipos de fonnulações e ingredientes. A Tabela 29.2 apresenta alguns desses

Tabela 29.1

Valores de EHL de alguns surfactantes

SURFACTANTE

EHL

Trioleato de sorbitano (Span 85)*

1,8

Triestearato de sorbitano (Span 65)* Sesquiol eato de sorbitano (Arlacel 831*

2,1 3,7

Monoestearato de glicerila, NF

3,8

Mono· oleato de sorbitano, NF (Span 80)*

4,3

Monoestearato de sorbitano, NF (Span 60)*

4,7

Monopalmitato de sorbitano, NF (Span 40)*

6,7

Monolaurato de sorbitano, NF (Span 20)*

8,6

Triestearato de polioxietilenosorbitano (Tween 65)*

10,5

Trioleato de polioxietilenosorbitano (Tween 85)*

11,0 11,6 14,9

Monoestearato de polietilenoglicol 400 Pol issorbato 60, NF (Tween 60)* Monoestearato de polioxietileno (Myrj 49)* Polissorbato 80, NF (Tween 80)* Polissorbato 40, NF (Tween 40)* Polissorbato 20, NF (Tween 20)* •1c1 Américas. lnc.. Wllmlngton, Delaware.

15,0 15,0 15,6 16,7

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Judith E. Thompson

Tabela 29.2

Valoras de "EHL requeridos· de alguns ingredientes

EMULSÃO INGREDIENTE

a/o

o/a

Acido láurico

15 a 16

Âcido oleico

17

Acido esteárico

6

15

Álcool cetílico

15

Alcool laurílico

14

Álcool estearílico

14

Lanolina anídra

8

10

Óleo de rícino

6

14

Óleo de semente de algodão

5

10

Óleo mineral

12

Óleo de oliva

5 6

Petrolato

5

12

Cera de abelhas

4

12

Parafina

4

11

14

valores para e1nulsões o/a e a/o com ingredientes farmacêuticos con1uns. Alguns exen1plos de cálculos usando va lores de EH L são apresentados a seguir, e o Exemplo de Prescrição 29.3, que ta1nbém é den1onstrado no Materia l comple1nentar on.-line, fornece u1na ilustração adicional. d. Quando uma formulação contérn unia mistura de ingredientes oleosos e ceras, o "EHL requerido final" é calculado so1nando-se as contribuições dos va lores de equilíbrio hidrófilo-lipófilo de cada um dos ingredientes da mistura. A contribuição de um ingrediente individual é determinada pela multiplicação do seu valor de EHL requerido pela sua fração cm massa na mistura de todos os componentes oleosos. e. Alguns manipuladores defendern que o uso de uma mistur.i 50:50 de Span e Tween fornece emulsões tão satisfatórias quanto àquelas preparadas com misturas de Tween e Span obtidas de acordo co1n o sistema EHL. Embora isso seja verdadeiro para sistemas o/a, pode falhar para sistemas a/o. A razão para isso é visível se os valores de E HL dos Spans e Tweens mais con1uns forem observados. Un1a mistura 50:50 de várias associações de polissorbatos e de éste res de sorbitano apresentam um valor de EHL final de 10 ou maior; este é o valor de EH L desejável para a m aiori a das e1nulsões o/a. Entretanto, esse valor é muito elevado para a obtenção de emu !sões a/o estáveis. f. A proporção de fases també1n tem un1 papel importante no tipo de e1nulsão forn1ada usan do esses emulsificantes. 3. Medida dos emulgentes polissorbato e éster do sorbitano: todos são pesados, e não medidos em volume. Isso porque, na temperatura ambiente, alguns desses emulgentes são sólidos e outros são líquidos viscosos. 4. Ordem da nlistura a. En1bora algun1as referências recomenden1 dissolver o éster do sorbitano no óleo (p. ex., os Spans) e o polissorbato hidrossolúvel (p. ex., Tweens) na água, vários farmacêuticos consideram mais fácil dissolver ou dispersar an1bos en1ulgentes na fase oleosa. Mesn10 que o polissorbato em algum momento se dissolva em água, ele tende a formar "grumos" no início, dificultando a 1nanipulação. b. Se ingredientes sólidos não estiverem presentes na formulação, a emulsão pode ser facilmente preparada direta1nente no frasco de dispensação. Coloque todos os ingredientes no frasco e agite ben1. Uma preparação mais uniforme, de gotículas 1nais finatnente divididas, pode ser obtida passando a emulsão por um homogeneizador man ual ou usando um misturador. e. Se for necessário adicionar sólidos, isso deve ser feito em um gral. Use o método da garrafa para preparar pri1neiro a emulsão e, então, adicione a e1nulsão aos poucos aos sólidos no gral, com trituração, ou coloque os sólidos em un1 gral de Wedgwood, adicione o en1ulgente e o óleo com trituração e, gradualmen te, adicione a fase aquosa em porções, com trituração. 5. Diferente das gomas, os surfactantes não iônicos não são agentes indutores de viscosidade. Ao usá-los, pode ser necessário adicionar un1 agente indutor de viscosidade ou u111 veícu lo viscoso

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

475

para reduzir a velocidade de cremagem. Isso, é claro, depende da consistência da preparação, que é dependente da proporção dos ingredientes e do estado fisico (líquido, se1nissólido, sólido) da fase oleosa. Por exemplo, uma emulsão com elevada concentração de fase interna será mais viscosa que uma com unta pequena quantidade de fase dispersa. Da 111esn1a forma, as emulsões que contêm ceras em toda ou em parte da fase oleosa, serão mais viscosas do que uma emulsão feita apenas co1n un1 óleo. Para uma preparação oral o/a, um xarope aromatizado, como de laranja ou cereja, pode substituir parcial ou totahnente a água, pois servirá para desempenhar duas funções, aromatizar e aun1entar a viscosidade e densidade da fase ex terna.

Exemplo 29.1

6. Exen1plo de cá leu lo

R

Óleo mineral Span 60 T\veen 40 Xarope de. cereja , Agua Purificada qsp

50mL qs qs 40mL 120mL

Quantidade total necessária de emulsificante: 5% X 120 mL = 0,05 X 1.20 mL = 6 g Esta é uma preparação para uso interno, então, a obtenção de uma em ulsão o/ a é preferível. O óleo mineral te1n um valor de EHL "requerido" de 12 (algumas referências relatam 10) para u1na emulsão o/a. EH L do Span 60: 4,7

EHL do T\veen 40: 15,6

Se for usada un1a ntistura 50:50, pese 3 g de Span 60 e 3 g de T\veen 40. A associação apresenta um valor de EHL de: 50% X 4,7 = 2,35 50% X 15,6 = 7, 8 EHL total = 10,15

O valor está dentro da faixa de EHL recomendado de 10 e 12 e fonnaria un1a emulsão apresentando estabilidade satisfatória. A quantidade de Span 60 e l\veen 40 com base no EHL requerido pode ser calculada por ligação ou álgebra. • Por álgebra: EHL = fr (EHLr) + fs (EHLs) em que: EHL = EHL total desejado EHLr = EHL do Tween EHLs = EHL do Span frefs =frações em 1nassa de Tween e Span, respectivan1ente

comofr+ fs= 1entãofr=1 - fs 12 = (1 - fs) (15,6) + fs(4,7) 12 = 15,6 - (fs)(l 5,6) + .fs(4,7) 1O, ~f.s = 3,6 fs = 0,33 é a fração e1n peso de Span. A fração em massa de Tween é:

fr = 1 -

f~

=1 -

0.33 = 0.67

A massa ern gramas de Span 60 para 6 g de e1nulgente total é: 0,33 X 6 g = 1.,98 g A massa en1 gramas de Tween 40 para 6 g de emulgente total é: 0,67 X 6 g = 4,02 g

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• Por 1igação:

§

partes de Tween 40

@Il

partes de Span 60

10,9

7,3 g Twee11 40

10,9 g total de e111ulsificante 3,6 g Span 60 10,9 g total de cn1u lsificantc

total de partes

x g Tu'l'en 40

6 g total de e111ulsi íicante

x g de Sp1111 60 6 g total de

en1ul~ificantc

; x = 4,02 g

Tt1't'fll

40

; x = 1.98 g de Spm1 60

COMPATIBILIDADE. ESTABILIDADE EPRAZO DE VALIDADE A. Estabilidade física do sistema: a manutenção d e partículas pequenas e a fac ilidade de red ispersão são essenciais para a estabilidade física dos sistcn1as emulsionados. Como as emulsões são, por natureza, sisten1as instáveis, os prazos de validade para essas preparações dcvcn1 ser estabelecidos com cautela, mesmo com o uso de ingredientes quimican1ente estáveis. B. Compatibilidade quimica e estabilidade dos ing re dientes 1. As questões sobre compatibilidade com os diversos agentes cmulsificantes foram discutidas neste capítulo e nos Capítulos 19 e 20. 2. Como o prazo de validade da preparação depende da estabilidade de cada um dos ingredientes da forn1ulação, verifique a estabilidade deles usando referências adequadas, como as listadas no Capítulo 37. Exemplos são ilustrados nos Exemplos de Prescrição dados a seguir. 3. O Capítulo (795) da USP sobre manipulação na farmácia recomenda urn prazo de validade de 14 dias para todas as preparações liquidas que contên1 água, corno as ernulsões, preparadas a partir de ingredientes sólidos, quando a estabilidade destes na formulação é desconhecida (6). Quando forem usados ingredientes que tenham estabilidade questionável, deve-se cons.i derar um prazo de validade mais criterioso. Muitas preparações de uso externo são formuladas com óxido de zinco e calamina, que são conhecidos por serem nluito estáveis; nesses casos, um prazo de validade de um mês seria satisfatório. C. Estabilidade microbiológica: o Capítulo (1.151) da USP afirma que todas as emulsões devem conter um agente antiaticrobiano, uma vez que a fase aquosa é suscetível ao crescimento de 1nicrorganismos (1). Isso é especialn1ente verdadeiro para emulsões o/a e para aquelas preparadas com gon1as naturais. O desenvolvirnento de fungos (mofo) e leveduras é cspccialrnente problemático; assi111, o conservante escolh ido deve ter propriedades fungistáticas e bacteriostáticas. Foi dernonstrado que bactérias degradam glicerina, surfactantcs não iônicos e aniônicos, e, cm especial, as gon1as naturais, con10 gorna arábica e a adragante (!). Ao usar un1 conservante lipofilico, urna quantidade adicional pod e ser necessária para permitir o seu particionamento para a fase aquosa (o ingredie nte n1ais vulnerável ao cresci111ento rnicrobiológico). Se urn agente a ntirnicrobiano estiver presente na forrnulação, a ad ição de rnais conserva nte não é necessária. Para consu ltar os conservantes aceitáveis, ver a discussão anterior sobre os tipos de crnulsõcs e o Capítu lo 16, Conservantes antin1icrobianos.



VII.

EXIGÊNCIAS ESPECIAIS DE ROTULAGEM PARA EMULSÕES A. Todas as en1ulsões são sistemas dispersos e precisan1 do rótulo auxiliar "AGITE BEM ". B. As emulsões para uso externo devem ser rotuladas "APENAS PARA USO EXTERNO ".

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

EXEMPLOS DE PRESCRI

477

-AO

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 29.1 CASO: Laurie Mower é u1na 1nulher de 26 anos que está planeja111ento escalar o Monte Shasta, na

Califórnia. A l!Jtima vez que esteve nesse lugar, teve u1na forte queimadura de sol que foi intensificada pelo reflexo da luz solar na neve. A área abaixo do queixo e dentro de seu nariz estava cheia de bolhas. A paciente quer evitar a recorrência desse problema e pediu u1n filtro solar e uni conselho sobre proteção para pele a seu farmacêutico, Ted Fence. Este perguntou à moça se ela tinha alguma alergia e ela infonnou que era alérgica ao ácido acetilsaJicílico, Pepto-Bismol e out ros saliciJatos. Dr. Fence aconselhou- a a usar uma pasta de óxido de zinco para proteção das áreas vulneráveis onde surgira1n bolhas anteriorn1ente. Então, o farmacêutico se ofereceu para trabalhar con1 seu médico para formular um protetor solar especial para as den1ais partes do seu rosto e outras áreas expostas das mãos, braços e entre outras. O Dr. Fence quer ingredientes que não sejam à base de saJiciJatos, mas que incluam os espectros UVA e UVB. Ele encontra que a oxibenzona (tan1bém conhecida como benzofenona-3) absorve luz da faixa UVB e tambén1 u1na faixa de luz UVA e UVC, enquanto a avo benzona absorve principahnente na faixa UVA. Ao usá-los, Lau rie estaria protegida das quei n1aduras solares (provocadas mais pelo UVB) e da fotossensibilidade e do dano mais profundo na pele, causados pelos comprimentos de onda mais penetrantes do UVA. A calamina e o óxido de zinco fornecem proteção fisica.

CÚNICA DE MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS RUA DO PARQUE 20, TRITURADOR. CEP 53706 TEL: (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

R# NOME: l.ti11rie ENDEREÇO:

R

Mower Cltick(,ldee l.ti1te, gos

tZU66

DATA (}(}/ (}(}/ (}(}

Cf,llami11a óxido de zi11co Avobe11zo11a

3%

Oxibe11zo11a óleo de f,l1Hê11doas

3% 45 ml.

Goma araôica

t(S

Á911a de rosas t(Sp go ml Tedfence~

Posologia: Aplicar 11as áreas expostas da pele 30 mi11utos a11tes da exposição ao sol, e a cada 4 /toras d11r1111te o passeio. Jackso11 farker Reutilizaçio da prescrição: 5 Dr.: DEAN':

478

Judith E. Thompson

A calamina e o óxido de zinco nessa preparação são compatíveis e muito estáveis COMPATIBILIDADE - ESTABILIDADE: •

em uma emulsão de goma arábica. E mais difícil avaliar as estabilidades da oxibenzona e avobenzona. Existem protetores solares produzidos que contêm os dois ingredientes, mas a preparação prescrita tem produtos extras que poderiam afetar a estabilidade desses componentes. Com relação ao conservante, para essa emulsão, mesmo o óxido de zinco e a calamina tendo propriedades antimicrobianas, será adicionado mais um conservante, devido à suscetibilidade de crescimento microbiano das emulsões de goma arábica. Um conservante tradicional para emulsões de goma arábica é o ácido benzoico, que funciona bem no pH usual de 4,5-5 delas; entretanto, o pH da preparação final foi verificado porque o óxido de zinco é um composto básico que pode conferir um pH mais elevado para a emulsão. OpH encontrado foi 7, muito alto para o ácido benzoico. Assim, o álcool a 6% foi selecionado como conservante.

ACONDICIONAMENTO EARMAZENAMENTO: As monografias USP para oxibenzona e avobenzona recomendam armazená-las em recipientes fechados, protegidos da luz (4). Como essa preparação é para uso tópico, a condição de armazenamento sugerida é à temperatura ambiente controlada.

PRAZO DE VALIDADE: A USP recomenda um prazo de validade de no máximo 14 dias para manipulações líquidas aquosas, preparadas a partir de ingredientes na forma sólida, quando não existem informações sobre a estabilidade da formulação (61.

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

479

CÁLCULOS Dose/concentraçio: Todas as concentrações estão de acordo. Quantidade de ingredientn: Óxido de zinco e calamina (em g):

5% X 90 ml = 0,05 x 90 ml = 4,5 g

Avobenzona e oxibenzona (em g):

3% X 90 ml = 0,03 X 90 ml = 2.7 g

Cálculo do teor de óleo:égua:goma arábica para a emulsão primária: Óleo:água:goma arâbica = 4:2:1 = 45 ml:22,5 ml:ll,25 g Conservante: álcool 6% será usado. Ovolume de etanol puro (C 2H50H) é calculado a seguir. 6% x 90 ml = 0,06 x 90 ml = 5.4 ml de etanol Ele está disponível como Álcool USP. que é etanol a 95%. O volume de Álcool USP que contém 5,4 ml de etanol é calculado como sendo: 95 ml etanol 100 ml Alcool USP

A 5,4 ml etanol = x ml Alcool USP ; x = 5.7 ml de lcool USP

FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA, MEDIDAS DE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Revise as fichas de segurança de todos os ingredientes. Vista um jaleco de laboratórío limpo, use luvas descartáveis e óculos de segurança. Evite inalar os pós.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS: Gral de Wedgwood; todas as pesagens são feitas em uma balança de torção Classe Ili. TÉCNICA DE PREPARAÇÃO: Pese 11,25 g de goma arábica e coloque-a em um gral de Wedgwood seco. Adicione aos poucos 45 ml de óleo de amêndoas e triture bem. Meça 2,7 g de avobenzona e oxibenzona individualmente e adicione à mistura de óleo de amêndoas e goma arábica, triturando para dispersar e dissolver as substâncias. Em uma proveta de 25 ml limpa, meça 22.5 ml de água de rosas. Acrescente tudo de uma vez à mistura de óleo-substância ativa-goma arábica no gral e agite vigorosamente para fonmar a emulsão primária. Coloque mais água de rosas para reduzir a viscosidade da emulsão. Pese 4,5 g de óxido de zinco e calamina e ponha-os em um gral. Molhe os pós ao adicionar a emulsão preparada com trituração; se ela ficar muito grossa, pode adicionar um pouco de água de rosas. Usando uma proveta de 10ml, meça 5,7 ml de Álcool USP e adi· cione à emulsão. Transfira-a para um frasco pré-calibrado de 90 ml com uma tampa resistente à abertura por crianças. Para a transferência completa da emulsão para o frasco, lave o gral com água de rosas e use-a para obter os 90 mL Feche firmemente. Agitar bem o frasco, rotule e dispense.

DESCRIÇÃO DA PREPARAÇÃO ACABADA: Uma emulsão o/a rosa, viscosa, com um leve odor de rosas. CONTROLE DE QUALIDADE: Volume = 90 mL OpH foi verificado com tiras de teste na faixa de 2 a 9: pH = 7.

.

-

FORMULA-PADRAO PREPARADA POR: Ted Fence, Farmacêutico

VERIFICADO POR: Robert Fifrick, RPh

480

Judith E. Thompson

FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO:

Emulsão de Proteção SolarTópica de Óxido de

Zinco 5%, Calamina 5%, Avobenzona 3%, Oxibenzona 3%

DATA DE PREPARAÇÃO:

QUANTIDADE: 90 ml REGISTRO DA FORMULAÇÃO: EMOOl

dia/mês/ano

PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano NÚMERO CONTROLE DA PRESCRIÇÃO: 123466

INGREDIENTES USADOS: Ingrediente

Ou1ntidede usada

Número do lote do fabricante

Ôleo de amêndoas

45mL

JET Labbs SN2911

Oxido de zinco

4,5 g

JET Labbs XY1153

Cela mina

4,5 o

JET Labbs SS2811

Avobenzone

2,7 o

JET Labbs EM2912

mêS/ano

bjf

trf

Oxibenzona

2.7 o

JET Labbs EM2913

mêsJano

bjf

trf

Goma arébica

11 ,25 o

' JET Labbs EM2914

mêsJeno

bjf

trf

Água de rosas

qsp 90mL

mêsJano

bjf

trf

mêS/ano

bjf

trf

Prazo de validade

Pesado/medido por

Verificado por

mêsJano

bjf

trf

,__

mêsJano

bjf

trf

,_ mêsJeno

bjf

trf

JET labbs EM2915

-

~

Álcool USP

JET lebbs EM2916

5,7mL

DADOS DO CONTROLE DE QUALIDADE:

a preparação é uma emulsão o/a rosa. Érazoavelmente viscosa, sem ocorrência de cremagem ou sedimentação em duas horas. A preparação escoa com facilidade após agitação. OpH da preparação foi verificado com tiras de pH na faixa de 2 a 9; pH = 7. Volume = 90 ml

RÓTULO

~

FARMÁCIA PRÁTICA RUA DOS PAPÉIS, 425 TRITURADOR, CEP 53706 (608) 555-1200 FAX: (608) 555-1210

'.::::::::J B

123466 Farmacêutico: TRF Data: 00/00/00 Dr. Jackson Parkar Laurie Mower Aplicar nas áreas expostas 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicar de 4 em 4 hora s. Emulsão de Proteção Solar Tópico de Óxido de Zinco 5%, Cela mina 5%, Avobenzone 3%, Oxibenzone 3% Contém álcool 6% Quantidade: 90 ml Produto manipulado Reutilização da prescrição: 5

Descartar após: fornecer a data

Rótulos auxiliares: agite bem. Apenas para uso externo. Este medicamento foi preparado em nossa farmácia para você de acordo com a orientação do seu médico.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

481

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá, Srta. Mo\ver. Estou com sua loção de proteção solar pronta. Dr. Parker e eu formula1nos esse protetor solar especial para você usar na sua próxima viagern, e1nbora possa usá- lo sempre que precisar. Aplique a loção pelo menos 30 minutos an tes da exposição ao sol, nas áreas da pele que não estiverem protegidas pelas roupas; reaplique de 4 em 4 horas durante seu passeio. Como já mencionei, eu usaria um produto de bloqueio total, como a pasta de óxido de zinco, para as áreas que você acha que são particularmente vulneráveis ao reflexo do sol na neve. Essa loção também lubri fica e protege sua pele. Se você tiver qua lquer tipo de reação ou alergia cutânea, interron1pa o uso do produto e procu re o Dr. Parker. Sugiro que você o teste antes de viaja r, pois se você apresentar alguma reação adve rsa, podemos n1udar a fórmula; é claro que você não quer ter problemas durante seu passeio na montan ha. Agite bem o frasco antes de aplicar. A loção é para uso externo apenas. Arn1azene fora do alcance de crianças e, quando possível, à temperatura de 18 a 24ºC. Descarte a porção não usada após duas semanas (fornecer a data). A prescrição pode ser reutilizada cinco vezes.

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 29.2 CASO: Fr. Paul Saint é um paciente de 55 anos que vive en1 um mosteiro na área rural. Há pouco tempo, ele estava cortando galhos em uma área arbori zada próxima e ficou exposto à hera venenosa. Como resultado, desenvolveu dermatite de contato que é vermelha e coça. Como não tem bolhas úm idas, o Dr. Largay dec id iu usar uma emulsão a/o, pois ele acredita que esse siste111a agirá como um reservatório e 1nanterá os ingredientes ativos en1 contato co1n a pele do paciente po r 1nais ten1po do que u1na suspensão. O rnédico quer que Fr. Saint use ingredientes que irão acala1ar e al iviar a coceira, evitando uma infecção secundária.

CÚNICA DE MÉDICOS CONTEMPORÃNEOS RUA DO PARQUE 20, TRITURADOR, CEP 53706 TEL: (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

NOME: fr. Paul Sai11f

R #

113462

DATA

00/ 00/ 00

ENDEREÇO: g26 lloly La11e

fenol Mentol Óxido de zinco Água de cal

60lflL

Óleo de se/fle11fe de al1od4o qsp

120 mL 8. Bellfree ~

'Posolo1ia: aplicar 11as áreas afetadas, se necessário, co11forlfle orie11faç4o Reutilização da prescrição: 1

Dr.:

J. T. Largay ~~-'-~~~~~~~~~~~~~

DEA N":

482

Judith E. Thompson

-

'

REGISTRO DE FORMULA-PADRAO

NOME. CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Emulsão Tópica de Fenol 1%, Mentol 0,25% e Óxido de Zinco 6,7% OUANTIDAOE: 120 ml

REGISTRO DA FORMULAÇÃO: EM002 VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Tópica

USO TERAPÊUTICO/CATEGORIA: Antipruriginoso/antisséptico INGREDIENTES: Quantidade empregada

Ingrediente

Emdo físico

Solubilidade

-+

Compareçio entre doses Dada

. Mentol

300mg

1

Cristais na forma de agulha, incolares c/ um odor semelhante de hortelã

Pouco sol. em água, muito sol. em álcool

Emprego na prescriçio

Usual

0,25%

1a3%

Antipruriginoso, calmante

-

1

Fenol

1,2 g

Cristais incolores e levemente rase cf odor de fenol

1 g/15 ml em água, muito sol. em álcool

1,0%

0,5 a 2,0%

Antipruriginoso, antisséptico, anestésico tópico

Óxido de zinco

8g

Pó branco

lnsol. em água e álcool

6,7%

5 a 20%

Adstringente, protetor, antisséptico

Solução de hidróXJ· do de cálcio

60ml

Liquido incolor, turvo

Misc. em água e álcool

-

-

Fase aquosa/ parte do emulsionante

Óleo de semente de algodão

qsp 120ml

Óleo amarelo claro

lmisc. em água e álcool

-

-

Emoliente, fase oleosa da emulsão

Ácido oleico

1.Sml

Liquido oleoso amarelo claro

Pratic. insol. em água; misc. c/ álcool e óleos

-

-

Parte do emulsificante

Aquabase

4g

Pomada semis· sólida

lnsol. em água e álcool

-

-

Emu lsifica nte auxiliar

COMPATIBILIDADE - ESTABILIDADE: Omentol e o fenol irão formar uma mistura líquida eutética quando triturados juntos no gral; entretanto, isso é uma vantagem para esta formulação uma vez que ajuda a quebrar a estrutura cristalina rígida do fenol antes da incorporação ao líquido e fornece uma preparação líquida suave. Omentol e fenol estão sujeitos à oxidação, mas eles são bem estáveis nessa emulsão, que é similar à Suspensão Tópica de Calamina Fenolada USP (41. Existe um problema de compatibilidade que deve ser discutido: o emulsificante oleato de cálcio, que é formado pela reação de hidróxido de cálcio e ácido oleico, será destruldo pela adição de ingredientes como fenol e mentol (ver discussão sobre incompatibilidade nas seções de emulsões de sabões nascentes neste capítulo e no Capítulo 191. Ooleato de cálcio pode ser protegido desses produtos ao incorporar primeiro o fenol e mentol em uma base de adsorção. Portanto, deve-se adicionar 4 g de Aquabase. Embora sejam necessários conservantes em todas as emulsões, não é preciso nessa formulação, pois o fenol é um excelente agente antimi· crobiano e o mentol e óxido de zinco também agem como antissépticos.

ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO: Seguindo o exemplo da Suspensão Tópica de Calamina Fenolada, essa preparação deve ser dispensada em um recipiente fechado (41. Como é de uso tópico, deve ser armazenada à temperatura ambiente controlada.

PRAZO DE VALIDADE: Embora seja uma preparação bem estável, use o prazo de validade dado na USP de 14 dias para formulações liquidas à base de água preparadas a partir de ingredientes sólidos, quando não existem informações sobre a estabilidade da formulação (6).

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

483

CÁLCULOS Dose/concentraçi o Fenol (em m/v%): 1,2 g de fenol 120 mL de emulsão

=

xg de fenol _ ;x Ld 100 m e emu1sao

= 1 g de fenol / 100 mL =

1%

Mentol (em m/V%):

x g mentol 0,3 g mentol 120 mL de emulsão - 100 ml de emulsão; x = 0•25 g mentol / lOO mL

0,25%

Óxido de zinco (em m/V%1: . . . x g óxido de zinco 8 g óxido de zinco / 100mL = 6,7% 6.7gox1dodezinco = x ; _ Ld - = 120 mLd e emu1sao 100 m e emu1sao Todas as concentrações estão de acordo para o uso indicado. Quantidade de ingredientes Para este exemplo de prescrição, considere que a farmácia possui a Solução Tópica de Hidróxido de Cálcio recém-preparada (água de cal) em estoque. Se for necessário prepará-la, os cálculos a seguir e o procedimento ilustram como preparar 150 mL de água de cal, que seriam suficientes para fazer a preparação prescrita duas vezes.

ál . . . xg de hidróxido de cá lcio. _ 3 g de óxido de zinco cio e de x1do 6 h1dr e d g 0,45 x • Ld . • 150 m e agua 1.000 mL de agua Pese 450 mg de hidróxido de cálcio, transfira para uma proveta e adicione Água Purificada para 150 mL; agite ocasionalmente por uma hora e então deixe o sólido decantar. Use o sobrenadante transparente.

FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA. MEDIDAS DE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Revise as fichas de segurança de todos os ingredientes. Vista um jaleco de laboratório limpo, use luvas descanáveis e óculos de segurança. Evite inalar o pó do óxido de zinco. Tenha muito cuidado quando manusear o fenol, pois o contato com a pele pode provocar graves queimaduras.

MATERIAIS EEQUIPAMENTOS: Gral de Wedgwood; todas as pesagens são feitas em uma balança de torção Classe Ili. TÉCNICA DE PREPARAÇÃO: Pese 300 mg de mentol, 1,2 g de fenol e 8 g de óxido de zinco. Coloque o mentol e o fenol em um grei de Wedgwood e triture-os para forçar a liquefação da mistura eutética. Pese 4 g de Agua base e transfira-a para o gral; incorpore a mistura eutética na Aquabase com trituração. Meça 45 a 50 ml de óleo de semente de algodão em uma proveta e 3 mL de ácido oleico em uma seringa. Acrescente 1,5 mL de ácido oleico ao óleo de semente de algodão. Adicione alternadamente porções de óxido de zinco e óleo de semente de algodão à mistura eutética/base com trituração. Continue adicionando alternadamente para produzir uma consistência adequada e obter uma preparação homogênea, até que todo o óxido de zinco e o óleo de semente de algodão sejam adicionados. Decante 60 mL de água de cal de seu frasco e acrescente aos poucos com trituração ao grei de Wedgwood. Se observar que a emulsão vai sofrer coalescência, coloque mais algumas gotas de ácido oleico, mantendo o controle da quantidade total do ácido adicionado (0,3 mL foram adicionados). Transfira a emulsão para um frasco pré-calibrado de 120 mL com tampa resistente a abertura por crianças. Use um pouco de óleo de semente de algodão para lavar o gral e para obter os 120 mL. Feche firmemente e agite bem. Rotule e dispense.

DESCRIÇÃO DA PREPARAÇÃO ACABADA: Uma emulsão a/o branca, viscosa, com odor de fenol e mentol. CONTROLE DE QUALIDADE: Volume 120 mL. OpH foi verifica do com fitas de pH na faixa de 1a 14: pH 12. FÓRMULA-PADRÃO PREPARADA POR: Batziner Bellfree, Farmacêutico

VERIACAOO POR: Robert Fifrick. RPh

484

Judith E. Thompson

FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO:

Emulsão Tópica

de Fenol 1%, Mentol 0,25% e

Óxido de Zinco 6,7%

QUANTIDADE: 120 ml REGISTRO DA FORMULAÇÃO:

DATA DE PREPARAÇÃO:

PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano NÚMERO CONTROLE DA PRESCRIÇÃO: 123462

dia/mês/ano

EM002

INGREDIENTES USADOS: -

Ingrediente

Quintidade usad1

Número do lote do fabricante

Mentol

300 mg

JET Labbs SN2822

mês/ano

bjf

bb

Fenol

1,2 g

JET Labbs SN831

mês/ano

bjf

bb

Óxido de zinco

8g

JET Labbs SN281 2

mês/ano

bjf

bb

Solução de hidróxido de cálcio

60 ml

Prat. Pharmacy JT1143

mês/ano

bjf

bb

Óleo de semente de algodão

qsp 120 ml

JET Labbs SN2911

mês/ano

bjf

bb

Ácido oleico

1,8 ml

JET Labbs SN2918

mês/ano

bjf

bb

Aquabase

4g

Paddock Labs RA012

mês/ano

bjf

bb

-

Prezo de validade

Pesado/medido por

Verificado por

-

DADOS DO CONTROLE DE QUALIDADE: Apreparação é uma emulsão a/o branca. Érazoavelmente viscosa, sem ocorrência de cremagem ou sedimentação em duas horas. Embora seja viscosa, ela escoa bem após agitação. OpH da preparação foi verificado com fitas de pH, na faixa de 1 a 14; pH = 12. Volume = 120 mL
in l'hiladelph ia, cd. Rcmington: the science and practice ofphormacy. 2ht ed. Oalti morc. M O: Lippi ncon Williams & Wilk1ns, 2006; 1285 1286. 4. Unvo la llM . Cctyl olcoho l. ln: Kibbc AH , ed. Handbook of pharmaccuucol cxcip1cnu, 3rd cd.WaJhington, DC: Amcrican f>harmaccutical Assoc:iotion, 2000; 117. 5. Thc Unitcd St>tcs Pharmacopcial Convcntion, lnc. O fficial NF mooogriphs. 2008 USP 3 1/NF 26. Rockvillc, MO: Autbor, 2007. 6. Thc Unitcd Statcs Pharmacopcial Convcntion. l nc. Chaptcr (795). 2008 USP 31/NF 26. Rocl:vtllc, M O:Author. 2007; 316317. 7. Thc Umted Sutes Phannacopcial Convennon. lnc. Official USP monognphs. 2008 USP 31/NF 26. Rockutllc.MO:Aurher. 2007. 8. Ellsworth A. PsonaSts. ln: Koda-K1mble MA .Young LY, eds. Applicd thcrapcu11cs, 7rh cd. Baltimorc.MD:L1pp1ncott Williams & W1lk1ns, 2001; 38.2 -38.3. 9. Bocttgcr RF, Fukush1111a LH. Common skin disordcrs. ln: Helms RA , Quan DJ, 1lcrlindal DR, cds. Tcxtbook of thcrapcu-

10.

li.

12. 13. 14. 15. 16.

17.

18. 19.

tics, 8tb cd. Ph1 ladclphia: Lippinco- 450.

Formas Farmacêuticas Estéreis e sua Preparação

Princípios Gerais da Manipulação de Formas Farmacêuticas Estéreis Gordon S. Sack s, PharmD, BCNSP

DESCRIÇÃO DO CAPÍTULO

Introdução Definições Treinamento, avaliação e responsabilidades da equipe em habilidades de manipulação asséptica Níveis de risco de contaminação microbiana por produtos estéreis manipulados (PEMs) Considerações sobre produtos estéreis manipulados (PEMs) Verificação da exatidão e esterilidade da manipulação Qualidade e controle ambiental Sugestões de procedimentos operacionais padrões (POPs) Verificação dos equipamentos automáticos para manipulação de nutrição parenteral Verificações e testes para liberação da preparação acabada Armazenamento e prazo de validade Manutenção de esterilidade, pureza e estabilidade de PEMs dispensados e distribuídos Treinamento do paciente ou do cuidador Monitoramento do paciente e relatos de efeitos adversos Programa de garantia da qualidade

INTRODUÇÃO A principal responsabilidade do farmacêutico é garantir a obtenção de u1na forma farn1acêutica estéril e segura. Preparar uma formulação exata, livre de microrganismos e partículas, é um componente essencial desse processo. Vários procedimentos foram descritos por organizações, como a USP e a American Society ofHealth-System Pharn1acists (ASHP), para auxiliar os farmacêuticos no cumprimento das especificações de produtos estéreis. Conforme foi descrito no Capítulo 12, a USP é uma organização privada, se1n fins lucrativos, reconhecida pelo governo federal como urn grupo oficial responsável por definir os padrões nacionais de pureza e segurança de flírmacos. R.ecentemente, a USP se envolveu na publicação de padrões para a manipulação farn1acêutica de preparações estéreis. Ern 1° de janeiro de 2004, essa instituição adotou formalmente o C:apítulo (797}, o primeiro capítulo oficial de cumprimento obrigatório pelas agências reguladoras sobre os procedimentos e as especificações para produtos estéreis manipulados (PEMs). Parte das mes1nas inforn1açõcs foi publicada anteriormente como recomendações não obrigatórias, incluindo o Capítulo (1.206} da USP, que enfoca a

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

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dispensação para cuidados caseiros, e ASHP G11idelines on Quality Assurancefor Phan11acy-Prepared Steri/e Products, que fornece padrões e procedin1entos para a preparação de formas farmacêuticas estéreis em hospitais e instituições de saúde. A partir de 2005, o Capítulo (797) passou por uma grande revisão e, en1 deze1nbro de 2007, um novo documento ma.is abrangente foi publicado no site da USP na internet. Esses padrões revisados entraram em vigor em lg de junho de 2008; eles foram publicados no USP Pharniacists' Pharmacopeia 2008 e na USP 32/NF 27 de 2009. A seguir, é apresentado um resumo das diretrizes necessárias para uma preparação exata e segura de PEMs. Para u1na discussão mais an1pla sobre o assunto, consulte o Capítulo {797) da USP, que agora é considerado o padrão de prática para essa área da manipulação fam1acêutica (1).

DEFINIÇÕES A. Antessala: é uma área adjacente à sala limpa, que embora tenha elevada qualidade, pode ser classificada em un1 grau de qualidade do ar menor que a da sala limpa. A antessala deve ser mantida conforn1e a Classe 8, ou superior, da Internacional Organization for Standardization (ISO)* (ver Tabela 32.1 para a classificação da ISO). As atividades na antessala incluem a lavagem de mãos, vestuário e remoção de materiais das embalagens para uso na sala limpa. Caixas de papelão e outros materiais de e1nbalagem não entran1 nas salas limpas, pois abri-los e manipulá-los introduz partículas no ambiente. Prateleira

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Área de acesso limitado

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Balcão 1 .1

1

Passagem de materiais

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Mesa

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1 Banco 1

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Prateleira

1

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Secador a ar

Carrinho 1

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Supones para revestimento 1

1

1

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1

r

-

~

Antessala

Prateleira

Pia

-

Armário de uniformes

Exemplo de planta baixa de uma sala limpa e antessala.

B. Prazo de val idade: a data a partir da qual un1 PEM não deve ser armazenado nem transportado. É

detern1inada a partir da data en1 que o PEM foi preparado. A definição de prazo de validade no Capítulo {797) da U SP tan1bém cita USP General Notices e o Capít ulo 795, Manipulação farma cêutica - preparações não estéreis. O General Notices define prazo de validade como "a data após a qual um produto manipulado não pode n1ais ser usado" (2) (Ver Capítulo 4, Prazo de validade, para 111ais informações sobre o assunto). C. Cabine de segurança biológica (CSBI: local que fornece um ambiente para preparação asséptica de PEMs. Possui uma frente aberta e fluxo de ar vertical para dentro, que protege o trabalhador contra • N . de 1'. A norma ISO 14644-1 cobre a classificação de limpeza do ar em salas Ji1npas e a1nbienles controlados. A classificação de acordo com eS!a norma ê feita conforme o número de part!culas por metro cúbico por tamanho em microns. As populações de puticulas consideradas para propósitos de classificação são aquelas que poS!uem distribuições cumulativas com base em limites de tamanho, q1.1e varia1n de 0.1 mícron ;i S núcron.

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Judith E. Thompson

Tabela 32.1

Cl111ific1çio ISO de p1rtícul11do1r n111l1 Nome da classe

Contagem de partículas

Cl111e ISO

U.S. FS 209E

ISO (m')

FS 209E (pês'I

3 4 5 6

Classe 1 Classe 10 Classe 100 Classe 1.000 Classe 10.000 Classe 100.000

35,2 352 3.520 35.200 352.000 3.520.000

1 10 100 1.000 10.000 100.000

7

8

Reimpressa com permiss6o a partir do Capítulo (797) da USP 32/NF 27. Rockvillo, MD.The United States Pharmacopeial Convantion. lnc .. 2008: hnp:/lwww.u1p.org/USPNFfpf/generalChapter797.html, acessado em fevereiro do 2008; adaptada de Standard N" 209E, General Services Admlnistratlon. Washington. oc. 20407 (11 de setembro de 19921eISO14844-1:1999, Cleanrooms and assoclated controllod onvlroments - Part 1: Classification of air eleanlinoss. For E.

D.

E.

F.



G.

H.

a contan1inação por !arn1acos perigosos, e um fluxo de ar de cinia para baixo, previa1nente filtrado por uni filtro de alta eficiência para partículas (H EPA), para proteção da preparação e do ambiente. Area controlada de acesso limitado (do inglês, buffer ereal: aD1bicntc ISO Classe 7, que aloja equipa1nentos e rnateriais usados na manipulação asséptica. Esses equ ipamentos incluen1, rnas não estão limitados a, capelas de fluxo laminar, cabines de segurança biológica ou isoladores para manipulação asséptica. Sala limpa: sala projetada e mantida para atender as exigências quanto a uma classe específica de qualidade do ar em termos de número de partículas, tal corno Classe 1.000 (Classe ISO 6) ou Classe 10.000 (Classe ISO 7). As salas limpas contêm capelas de fluxo laminar para evitar a contan1inação dos produtos por partículas ou microrganisrnos à medida que eles são preparados ou processados. Isoladores de contenção para manipulação asséptica: um isolador para manipulação asséptica destinado a proteger o trabalhador contra partículas de fãnnacos perigosos ou citotóxicos veiculadas pelo ar durante a manipulação ou processo de transferência de materiais. O ar deve passar primeiro através de um filtro HEPA de retenção microbiana antes da troca com o an1biente circundante. A exaust~o do ar a partir do isolador deve ser adequadamente ventilada na instalação quando fãrmacos voláteis forem processados. Isolador para manipulação asséptica: um isolador projetado para a manipulação e a transferência assépticas de produtos farmacêuticos. Um filtro HEPA deve ser usado em um isolador para troca de ar con1 o an1bience circundante. Algumas vezes, esses dispositivos são charnados de isoladorts dt barrrira. Area critica: um atnbiente ISO Classe 5 onde PEMs, recipientes e materiais de fechan1ento são proc~sados.

1. Local crítico: qualquer superficie (p. ex., septo do frasco, acesso para injeção) ou abertura (p. ex., an1polas abertas, conectores da agulha) que está sob risco de contan1inação por meio de contato direto com ar, umidade (p. ex., secreções orais) ou toque. J . Dispositivos para transferência entre frascos de sistema fechado: sistemas de transferência de tnateriais entre frascos que não permitem o contato com o ar ou a exposição a substâncias perigosas do an1biente. K. Area de manipulação direta: área crítica dentro de um an1biente principal ISO C lasse 5 (ou seja, capela de fluxo larninar, isolador, cabine de segurança, etc), onde os locais críticos são expostos ao ar filtrado através de filtros HEPA, també1n conh ecido como primeiro ar. L. Desinfetante: urn agente químico ou físico usado para eliu1inar patógcnos perigosos. Esses agentes não necessariamente matam n1i crorganismos ou esporos de fungos. M. Endotoxina: um produto pirogênico presente nas paredes celul ares das bactérias. Essas substâncias são lipopolissacarídeos que podem ser encontrados en1 qualquer lugar onde bactérias vivas ou mortas estão presentes. Como são moléculas grandes, não podem ser destruídas por meio de esterilização pelo calor úmido ou filtração, mas podem ser eliminados das vidrarias por esterilização por calor seco. A fonte mais comum de endotoxinas é a água, que apresenta contaminação bacteriana; a endotoxina pode permanecer após todas as bactérias sere1n removidas ou mortas. Quando uma solução contendo endotoxinas é injetada em um paciente, ela pode provocar febre e até morte. N. Primeiro ar: refere-se ao ar que passou através do filtro H EPA unidirecional e está livre de contaminantes. O. Filtro HEPA: filtro que fornece uni ambiente HEPA (do inglês, Hig/1 Efficient Parria1/att Air), que é um componente essencial das capelas de fluxo laminar horizontal e vertical e outras áreas de

A Prática Farmacfiutica na Manipulação da Medicamentos

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1 f

V

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1

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Isolador para manipulação asséptica. (Foto cortesia de Containment Technologies Group, lnc.)

P.


vig sobre o uso de uma solução oftálmica fortificada. A Ora. Wineswig sugeriu uma solução oftálmica de tobra1n icina 1% que esrá na média da faixa de 0,91 a 1,36% m/v, relatada como sendo eficaz para esse problema (29-31). No momento Sr. Dean está usando pravastatina 20 n1g ao dia para colesterol alto e lisinopril 10 n1g e hidroclorotiazida 25 mg diariam.enre para hipertensão.

CLÍNICA DE MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS RUA DO PARQUE 20, TRITURADOR.• CEP 53706 TEL: (liCl8) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

R

Melvi>t Pea>r ENDEREÇO: Avenida 1119hla11d, 777

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DATA: (}(}/ (}(}/ (}(}

NOME:

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1

Solução Oftálmica fortificada de Tobra11fici11a t:r Pispe11sar 5 11fL Posologia: i11st1lar u111a gota >10 olho direito a cada hora hoje, então a cada quatro horas por sete dias. P. Wineswig ~

Reutilização da prescrição:

ne>rhuma

Dr. DEA N':

La11ce S>Hitb11

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A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Solução Oftálmica de Tobramicina 1%. REGISTRO DA FORMULAÇÃO: OP003 QUANTIDADE: 5 ml VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Oftálmica USO TERAPÊUTICO/CATEGORIA: Antibiótico INGREDIENTES: (para 5 mL. sem extrai . Ingrediente

Solução Ohélmica da Tobramicina 0,3%

Quintidade empregad1

4 ml

Estado flsico

líquido claro, incolor

Solubilidade

-

-

Misc. em água

Comp1r1çlo de dose Usual

Dada

1% (tobramicina)

Emprego na Prescrição

0,3a 1,4% (tobramicina)

-

Antibiótico -

Injeção de Tobrami· cina 40 mg/mll

1ml

líquido claro, incolor

Misc. em água

1% (tobramicine)

0,3 a 1,4% (tobramicine)

Antibiótico

'--

COMPATIBILIDADE - ESTABILIDADE: As soluções oftálmicas fortificadas de tobramicina são geralmente preparadas com Solução Oftálmica de Tobramicina e Injeção de Tobramicina comerciais. Na faixa de concentração de 9, 1 a 13,6 mg/ml (0,91 a 1,36% m/v), a solução é estável por pelo menos 91 dias, quando armazenada a SºC (29,301. A solução oftálmica de tobramicina está disponivel a partir de vários fabricantes; todas são conservadas com cloreto de benzalcônio 0,01 % e contêm ácido bórico. A injeção contém fenol, bissulfito de sódio e EDTA.

ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO: A monografia da USP para Solução Oftálmica de Tobramicina recomenda mantê-la em recipientes fechados e evitar a exposição ao calor excessivo (151. Érecomendado armazenar no refrigerador.

PRAZO DE VALIDADE: Embora a preparação tenha sido testada para ser quimicamente estável por 91 dias, quando armaze· nada a SºC, o número e o tipo de ingredientes e a manipulação a classificam como sendo de nlvel de risco baixo, conforme Ca· pltulo (797} da USP, o que permite um prazo de validade máximo de 14 dias. Esse prazo de validade pressupõe que a preparação foi realizada usando os controles ambientais recomendados e que a solução final é armazenada no refrigerador. Visto que essa solução será usada em casa e retirada com frequência do refrigerador para administração, um prazo de validade de 10 dias é estabelecido. Esse prazo deve ser adequado, uma vez que o período de tratamento é de apenas oi10 dias.

CÁLCULOS Dose/concentraçio: Mesmo que a concentração da solução oftálmica comercial seja 0,3%, existem vários relatos de uso com sucesso deste antibiótico entre 0,91 e 1.36% (~31 ). Quantidade de ingredientes Os ingredientes disponlveis para a preparação dessa solução fortificada são a Solução Oftálmica de Tobramicina 0,3% e a Injeção de Tobramicina 40 mg/ml. Ovolume de cada uma das soluções é calculado usando álgebra ou ligação cruzada. Ambos os métodos são apresentados aqui. Em cada caso. as concentra ções das soluções devem ser expressas em formato simples. como porcentagem ou miligramas por mililitro. Essa conversão é apresentada primeiro. Solução Oftãlmica de Tobremicina: 0,3% = 0,3 g/100 ml = 300 mg/100 ml = 3 mg/ml Injeção de Tobramicina 40 mg/ml: 40 mg/ml = 0,04 g/ml = 4 g/100 ml = 4% Por álgebra: Primeiro, os volumes das duas soluções são somados ao volume final de 5 ml de preparação: V1 + V0 = 5mlouV1 = 5ml-V0

em que V1 = volume da injeção (4% ou 40 mg/ml) V0 .. volume da solução oftálmica 0,3%

604

Judith E. Thompson

Segundo, a soma da porcentagem de cada solução multiplicada pelo seu volume é igual ao percentual final desejado multiplicado pelo volume final desejado (o exemplo usa a concentração em porcentagem): 0,3% ( V0 ) + 4% (5 - V0 ) = 1% (5) 0,003 V0 + 0,04 (5 - Vai = 0,01 (5) 0,003 V0 + 0,2- 0,04 V0 = 0,05 0,037 Vo = 0,15

Vo = 4,05 4 = ml V, = 5mL-4mL = lml Por ligação cruzada:

IID

partes de injeção 40mg/ml14%)

Q;[J

partes de solução oftálmica 0,3%

3,7

total de partes

Ovolume de Solução Oftálmica de Tobramicina 0,3% é calculado como: 3 partes de oft. 0,3% 3.7 total de partes

x ml de oft. 0,3% 5 mL tota1de partes

; x = 4,05 ml ... 4 ml de solução oft. 0,3%

Ovolume de Injeção de Tobramicina 40 mg/ml (4%) é calculado como: 0.7 partes de injeção 3,7 total de partes



x ml partes de injeção ; x = 0,95 ml .. 1 ml de injeção 5 mlde total

ACHAS DE DADOS DE SEGURANÇA. MEDIDAS DE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Revise as fichas de segurança de todos os componentes. Use técnica asséptica para preparar essa solução estéril. Retire bijuterias e lave as mãos e os antebraços com sabão germicida. Vista propés, toucas, use uma máscara e um avental limpo pouco impermeável (low-shedding). Aplique um limpador para mãos ã base de álcool, deixe secar e coloque luvas de proteção estéreis, sem talco.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS: Capela de fluxo laminar. Limpe a superficie da capela com álcool isopropílico estéril 70% usando um tecido sem algodão.

TÉCNICA DE PREPARAÇÃO: Coloque os seguintes itens na capela: as soluções do fármaco, duas seringas de 3 ml, uma unidade filtrante e agulhas comuns. Remova a tampa e o batoque do conta-gotas do frasco da Solução Oftálmica de Tobramicina 0,3% comercial. O batoque deve ser removido com cuidado para evitar contaminação; isso pode ser feito usando uma tampa frouxa para inclinar o batoque até deslocá-lo do frasco. Deixe o batoque do conta-gotas dentro da tampa do recipiente na capela para evitar a sua contaminação. (Nota: um método alternativo é usar uma agulha fina para fazer as transferências pela ponta do conta -gotas, mas esse método requer muito cuidado para evitar aumento do orifício do batoque.) Usando uma seringa de 3 ml , retire 1 ml de solução oftálmica do frasco e descarte-a. Prenda a unidade filtrante 5 µ.m em uma seringa de 3 ml e extraia um pequeno excesso de 1 ml da solução a partir do frasco de Injeção de Tobramicina 40 mg/mL Remova a unidade filtrante e coloque uma agulha comum. Com a seringa posicionada com a agulha para cima, retire as bolhas de er e encha a nova agulha; então, com ela para baixo, descarte o excesso da solução em uma gaze estéril ou em um recipiente para descarte, de modo que o volume na seringa seja 1 ml. Transfira 1 ml da injeção para o frasco da solução oftálmica. Cuidadosamente, usando a tampa do recipiente dessa solução, recoloque o batoque no frasco e aperte-o no lugar; feche a tampe do frasco e agite para misturar a solução. Ponha uma gota da solução no papel indicador de pH e registre o valor. Remova a preparação da capela; rotule e dispense.

DESCRIÇÃO DA PREPARAÇÃO ACABADA: A preparação deve ser uma solução clara, incolor com viscosidade aparente igual à da água.

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

605

CONTROLE OE QUALIDADE: O pH da preparação pode ser verificado ao colocar uma gota da solução finalizada no papel indicador de pH (faixa de 4-91. enquanto o recipiente final ainda está na capela; pH = 7,5. O volume retirado do frasco de inje· ção para a seringa é verificado como sendo 1 mL. e o volume remanescente do frasco de 2 ml é de aproximadamente 1 mL Isso está de acordo com o volume teórico restante. A quantidade retirada do frasco da solução oftálmica é 1 ml e a quantidade da solução final no frasco de 5 ml está no nível adequado.

FÓRMULA ORIGINAL PREPARADA POR: Patsy Wineswig, RPh

FÓRMULA-PADRÃO

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~

VERIRCADOPOR: Larry Davidow, PhD. RPh

-

NOME, CONCENTRAÇAO E FORMA FARMACElfTICA DA PREPARAÇAO: Solução Ohálmica de Tobramicina 1% QUANTIDADE: 5mL DATA DA PREPARAÇÃO: dia/mês/ano PRAZO OE VALIDADE: dia/mês/ano NÚMERO CONTROLE REGISTRO DA DA PRESCRICÃO: 123255 FORMULAÇÃO: OP003 INGREDIENTES USADOS:

DADOS DO CONTROLE OE QUALIDADE: A preparação é uma solução clara, incolor, com viscosidade aparente igual à da
t Propp ENDEREÇO:

t

(}(}I (}(}

Trt/Vl!SSti Turkish, 7685 Solução IJ(tilmictt de Ce(ttzoli>ra fJ,88% fttzer solução isofô>rictt, mtts sem co>rservt111tes Pispe>rsttr 1fJ IHL Steve Hunter~

l'osolo9it1: i>rsfilttr umtt 9ott1 110 olho esquerdo quttfro vezes tto ditt Reu1ilízaçio da prescrição: 2

Ora.

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DEA N•:

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

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REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Solução Oftálmica de Cefazolina 0,33% REGISTRO DA FORMULAÇÃO: OP004 QUANTIDADE: 10 ml VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Oftálmica USO TERAPÊUTICO/CATEGORIA: Antibiótico

COMPATIBILIDADE - ESTABILIDADE: Esse exemplo de prescrição é típico de soluções oftálmicas de antibióticos que são preparadas usando pó estéril para injeção. A preparação é prescrita como sendo livre de conservantes, o que seria recomendado durante e imediatamente após uma cirurgia ocular e em outras ocasiões. Uma formulação da USP, Solução Oftálmica de Cefazolina, também tem 0,33% de cefazolina, mas contém o conservante timerosal. Essa preparação é estável por cindo dias, quando armazenada no refrigerador (15). Foi relatado que outra preparação oftálmica similar de cefazolina 0,5% não possui conservante e é estável por 10 dias entre 2 e BºC (32). Uma solução idêntica a essa (cefazolina 0,33% em Solução para Injeção de Cloreto de Sódio, livre de conservante,) está descrita em Extemporaneous Ophthalmic Preparations, e o prazo de validade recomendado é de 24 horas por causa do uso em um ambiente domiciliar não controlado (32). Eóbvio que, a partir das diversas fontes, a cefazolina apresenta ambas as preocupações quanto â estabilidade química e à contaminação de uma solução oftálmica sem conservante. Quando os olhos podem tolerar um conservante, uma versão conservada desse medicamento pode ser preparada usando uma Solução de Cloreto de Sódio Bacteriostãtica para Injeção. Como alternativa, timerosal 0,002% poderia ser adicionado, conforme é indicado na Solução Oftálmica de Cefazolina USP.

ACONDICIONAMENTO EARMAZENAMENTO: A monografia USP para Solução Oftálmica de Cefazolina requer acondicionamento em um frasco oftálmico estéril e armazenamento no refrigerador (15).

PRAZO DE VALIDADE: Quando preparada conforme descrita e usando ingredientes estéreis, a preparação é classificada como de baixo risco, conforme Capitulo (797). que permite um prazo de validade de 48 horas à temperatura ambiente controlada ou 14 dias, quando armazenada no refrigerador. Entretanto, esse fármaco tem uma estabilidade química limitada que permite um prazo de validade máximo de cinco dias, quando a preparação é armazenada no refrigerador (15). Além disso. alguns farmacêuticos que trabalham com produtos oftálmicos recomendam um prazo de validade mais restrito de 24 horas para soluções oftálmicas manipuladas livres de conservantes; um produto fresco é preparado diariamente até o olho do paciente poder tolerar uma solução com conservante (8,32). Para essa solução oftálmica sem conservante, um prazo de validade de 24 horas será usado. Nota: Como estudos têm demonstrado que a cefazolina reconstituída, quando congelada, é estável entre 30 dias a 12 semanas (dependendo da concentração e do diluente) (33), uma alternativa seria preparar três frascos de 3 ml e pedir ao paciente para armazenar o que estiver em uso no refrigerador e os outros, no freezer; então, a cada dia, o paciente descartaria o recipiente usado e retiraria um novo do freezer. Isso pode ser conveniente para o paciente, pois ele não precisaria buscar um frasco novo na farmácia todo dia.

CÁLCULOS Dose/concentra ção: Foi relatado que as concentrações de cefazolina em soluções oftâlmicas tópicas estão na faixa de 33 mg/ml (0,33%) a 133 mg/ml (1,33%) (321.

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Judith E. Thompson

Quantidade de ingredientes:

Cefazolina necessária (em mgl:

0,33%

x 10 ml = 0,0033 x 10 ml =0,033 g = 33 mg

A cefazolina está disponível como sal sódico em frascos contendo o pó para reconstituição. A Practical Pharmacytem dis· ponível frascos de 500 mg, que podem ser reconstituídos com Água Estéril para Injeção, Água Bacteriostática para Injeção ou Solução de Cloreto de Sódio para Injeção. As informações de prescrição que acompanham o frasco afirmam que, quando reconstituldo com 3,0 ml de diluente, o resultado é 4 ml de solução com uma concentração de 125 mg/mL (Embora o fármaco esteja presente como sal sódico, a potência em miligramas no recipiente é indicada como a forma de ácido livre.) Usando o frasco de 500 mg e reconstituindo com 3,8 ml de diluente, o volume de injeção para obter 33 mg de cefazolina é: 125 mg de cefazolina 33 mg de cefazolina ; x = 0,26 de solução _ Ld _ xm e so1uçao 1mL de so1uçao Para obter 10 ml de solução contendo 33 mg de cefazolina (0,33%), o volume adicionei de diluente é: 10 ml-0,26 ml = 9,74 ml. A escolha entre Água Estéril pare Injeção ou Solução de Cloreto de Sódio 0,9% para Injeção como diluente é feita com base na obtenção de uma solução que seja mais próxima possível da isotônica. Três métodos para determinar os valores de isotonici· dade são apresentados aqui; qualquer um deles pode ser usado. Os valores de Equivalente em Cloreto de Sódio, Abaixamento do Ponto de Congelamento e Método USP podem ser encontrados no Apêndice O. Note que os valores na tabela são para cefazolina sódica, que é a forma do fármaco que estamos usando, e a cefazolina sódica contém 2 mg de sódio por 33 mg de cefazolina. Portanto, para tais cálculos, usaremos o teor de cefazolina sódica em nossa preparação, 35 mg em vez de 33 mg, e uma concentração percentual de 0,35% em vez de 0,33%. MítodoUSP

Ométodo mais fácil para usar nesse caso é o Método USP. OvalorVlg fornece o volume de água que irá fazer 1g de fármaco ou substãncia quimice isotônica. D valor Vlg para cefazolina sódica é 14.4 ml. Ovolume para 35 mg, ou 0,035 g, é calculado como sendo: 1 g de cetazolina Na 14.4 ml de água

0,035 g de cefazolina Na ; • xm L de agua

x = 0,5 ml de água

Do ponto de vista da isotonicidade, 0,5 ml de uma preparação de 10 ml é uma quantidade desprezível de água necessária. Po· • demos utilizar Agua Estéril para Injeção para a reconstituição do frasco e Solução de Cloreto de Sódio 0,9% para Injeção para os 9,74 ml de diluente, mas também seria aceitável o uso somente de Solução de Cloreto de Sódio 0,9% para Injeção. Mítodo do equi11elente de cloreto de sódio

O Equivalente em Cloreto de Sódio para cefazolina sódica é 0,13. A quantidade de NaCI equivalente a 35 mg de cefazolina só· dica: xg de NaCI 0, 13 g de NaCI ' X = 0 0046 g = ' 1g de cefazolina Na 0,035 g de cefazolina Na '

A quantidade de NaCI necessária para preparar 10 ml de água estéril isotônica: 0,9% X 10 ml = 0,009 X 10 ml = 0,09 g NeCI Quantidade de NaCI necessária para preparar solução isotônica de cetazolina sódica 0,35%: 0,09 g - 0,0046 g = 0,0854 g NaCI Como podemos ver, 0,0854 g é muito próximo de 0,09 g. Como a contribuição de 35 mg de cefazolina sódica para a isotonicidade é muito pequena, podemos usar Água Estéril pera Injeção para a reconstituição do frasco e Solução de Cloreto de Sódio 0,9% para Injeção para os 9,74 ml de diluente, mas também seria aceitável o uso somente de Solução de Cloreto de Sódio 0,9% para Injeção.

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

609

Método de abaixamento do ponto de congelamento Oabaixamento do ponto de congelamento de uma solução a 1% de cefazolina sódica é0,07ºC. Oabaixamento do ponto de congelamento de uma solução a 0,35% de cefazolina sódica é calculado: 0,07"C 1% de cefazolina Na

- - -- - - - -

xºC .X 0,35% de cefazolina Na '

=

o024ºC '

Oabaixamento do ponto de congelamento adicional necessário para isotonicidade: 0,52ºC - 0,024ºC = 0.496ºC ,., 0,50ºC Podemos ver que 0,50ºC estâ muito perto do abaixamento do ponto de congelamento de 0,52ºC de uma solução isotônica e a contribuição de 35 mg de cefazolina sódica para a isotonicidade da nossa preparação é desprezível. Mais uma vez, chegamos à conclusão que podemos usar a Agua Estéril para Injeção para a reconstituição do frasco e Solução de Cloreto de Sódio 0,9% para Injeção para os 9,74 mL. mas também seria aceitável o uso somente de Solução de Cloreto de Sódio 0,9% pare Injeção.

FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA. MEDIDAS DE SEGURANÇA EEQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Revise as fichas de segurança de todos os componentes. Use técnica asséptica para preparar a solução estéril. Tire bijuterias e lave as mãos e os antebraços com sabão germicida. Vista propés, toucas, use uma máscara e um avental limpo impermeável (low-shedding). Aplique um limpador para mãos à base de álcool, deixe secar e coloque luvas de proteção estéreis, sem talco.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS: Capela de fluxo laminar. Limpe as superfícies da capela com álcool isopropílico estéril 70% usando um tecido sem algodão. I

~

TECNICA DE PREPARAÇAO: Coloque os seguintes itens na capela: o frasco da cefazolina, um frasco de Solução de Cloreto de Sódio 0,9% para Injeção, seringas de 5 e 10 mL. uma unidade filtrante e agulhas comuns e um recipiente conta-gotas estéril de 15 ml. Com uma seringa de 5 mL retire 3,8 ml de Solução de Cloreto de Sódio 0,9% para Injeção e injete no frasco de cefa· zolina sódica. Agite-o para dissolver o fármaco e misturar a solução. Coloque uma unidade de filtração de 5 µ.m em uma seringa de 1 ml e retire 0,26 ml mais um pequeno excesso da solução a partir do frasco de cefazolina sódica. Remova a unidade til· trante e coloque uma agulha comum. Com a agulha posicionada para cima, retire as bolhas de ar e encha a nova agulha; então, com ela voltada para baixo, descarte o excesso da solução em uma gaze estéril ou em um recipiente para descarte, de modo que o volume na seringa seja 0,26 ml. Transfira 0,26 ml da injeção para o frasco conta -gotas estéril. Com uma seringa de 10 mi.. transfira 9,74 ml da Solução de Cloreto de Sódio 0,9% para injeção para o frasco de uso oftálmico. Cuidadosamente, coloque o batoque e a tampa, apertando bem para garantir que o batoque do conta-gotas esteja preso com segurança. Agite para misturar completamente a solução. Verifique o seu pH ao colocar uma gota da solução finalizada em uma fita de papel indicador de pH faixa de 2 a 9; então feche novamente o recipiente e retire a preparação da capela. Rotule e dispense.

DESCRIÇÃO DA PREPARAÇÃO ACABADA: A preparação deve ser uma solução clara, incolor, com viscosidade aparente igual à da água. CONTROLE DE QUALIDADE: Enquanto o frasco final ainda estiver na capela, o pH da preparação deve ser verificado, co· locando uma gota de solução acabada em uma fita de papel indicador de pH na faixa de 2 e 9; pH - 5. O volume a partir do frasco de injeção que foi retirado para a seringa é verificado como sendo 0,26 ml. e o volume restante no frasco de 4 ml deve ser de aproximadamente 3,74 mL. ficando de acordo com o volume teórico que deve sobrar no frasco. A quantidade de solução fina lizada no frasco oftálmico deve estar em um nível adequado para o tamanho do frasco.

FÓRMULA ORIGINAL PREPARADA POR: Steve Hunter, RPh

VERIFICADO POR: Larry Oevidow, PhO, RPh

610

Judith E. Thompson

FÓRMULA-PADRÃO NOME. CONCENTRAÇÃO E FORMA FARMACÊUTICA DA PREPARAÇÃO: Solução Oftálmica de Cefazolina 0,33% QUANTIDADE: 10 ml DATA DA PREPARAÇÃO: dia/mês/ano PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano NÚMERO CONTROLE REGISTRO DA DA PRESCRIÇÃO: 123229 FORMULAÇÃO: OP004 INGREDIENTES USADOS: Ingrediente

Quantidade usada

Frasco de 500 mg de Pó Estéril de Cefazolina para lníeçlio

33 mg como 0,26 ml de injeçlio reconsti· tufda de 125 mg/ml

Cloreto de Sódio 0,9% pare injeção

3,8 ml para reconstituição; 9,74 pare qsp 10 ml

Número do lote do fabricante

Prazo de validade

Pesado/medido por

Verificado por

Sterile Labs PPZ728

mês/ano

bjf

sh

Sterile Labs PP2716

mês/ano

bjf

sh

DADOS DO CONTROLE DE QUALIDADE: A preparação é uma solução clara, incolor, com viscosidade aparente igual à da água. O seu pH foi verificado instilando uma gota da solução finalizada no papel indicador de pH, enquanto o recipiente final estava na capela: pH • 5. O volume final retirado do recipiente para a seringa foi verificado como sendo 0,26 ml, e o restante no frasco de 4ml é de cerca de 3.74 ml. A quantidade de solução final no frasco oftálmico aparece em um nlvel adequado para o tamanho do recipiente.

RÓTULO ~

'c:::J

FARMÁCIA PRÁTICA RUA DOS PAPÉIS, 425 TRITURADOR, CEP 53706

(608) 555-1200 FAX: (608) 555-1210

R

Farmacêutico: SH Data: 00/00/00 123229 Jon Dropp Dr. Roberta Barksen lnstilar uma gota no olho esquerdo quatro vezes ao dia. Solução Oftálmica de Cefazolina 0,33%; livre de conservantes. Quantidade: 10 ml Produto manipulado Descartar após: fornecer a data Reutilização da preescrição: 2 Rótulos auxiliares: para os olhos. Mantenha no refrigerador, não congele. Este medicamento foi preparado em nossa farmácia para você de acordo com a orientação do seu médico.

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá, Dr. Dropp, sou seu farn1acêutico, Stcve Huntcr. Você te1n alergia a medicamentos? O que Dra. Barksen lhe falou sobre essas gotas oftálmicas? O Sr. usa lentes de contato? A 1nédica lhe informou quando poderá usá-las nova1ncntc? Esse 111cdica111ento são gotas oftálmicas de cefazolina, que serão administradas para evitar infecção nos olhos após a sua cirurgia. Instile uma gota no olho esquerdo, quatro vezes ao dia. Gostaríamos que você espaçasse as doses; assin1, instile uma gota no seu olho logo que acordar e faça um intervalo entre as adn1inistrações, de 1nodo que possa colocar uma gota pouco antes de dormir. Vou lhe dar un1a folha com instruções que o a3udarão a usá-las e gostaria de revisar o procedimento com você. Tenha muito cuidado para não contauúnar o batoque conta-gotas do frasco ao tocá-lo no seu olho ou na sua pele. As gotas não devem causar desconforto, 1nas se provocarem irritação, vermelhidão ou inchaço no seu olho, avise seu médico.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

611

Mantenha no refrigerador, mas retire um pouco antes de administrar. Mantenha fora do alcance de crianças. Como elas não contêm conservante, bactérias, vírus ou fungos podem crescer na solução caso haja contan1inação durante o uso. Como seu olho está ntuito sensível a infecções nesse momento, queremos que o Sr. se proteja; por isso, farei unta solução por dia. Descarte o medica1nento não usado logo que pegar o novo frasco. Ao término de três dias, a Ora. Barksen quer vê-lo. Vamos avaliar sua situação, caso ela ache que você ainda precise de uni antibiótico, podemos preparar o n1esmo tipo de solução, ntas com um conservante, para que você não precise pegar un1a solução nova todos os dias. Neste momento, entretanto, seu olho está 1nuito sensível para ingredientes cont conservantes. Quer fazer alguma pergunta?

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 33.5 CASO: Ora. Juliana Dias é uma mulher de 27 anos, 47 kg e 1,50 nt de altura que precisa de tratamento para ressecamento e irritação nasal. Há pouco tentpo, a paciente se ntudou da Cidade de Nova Iorque para Santa Pé, Novo México, onde o ar é ntuito seco, e ela co1neçou a sentir as membranas nasais ressecadas, inflamadas com secreção viscosa e presença de crostas. Por causa das reações alérgicas causadas pelos conservantes das soluções para lentes de contato, Ju liana sabe que tem alergia a vários conservantes usados nas soluções salinas estéreis industrializadas para o nariz. Dr. Quacky tem tido sucesso no tratamento de situações similares com a Solução Nasal de Proetz manipulada "testada e con1provada". O único problema médico da paciente é sua alergia ao pólen e ao mofo, que ela trata com contprimidos de loratadina 10 ntg de venda livre, unta vez ao dia. No passado, nas estações com grande quantidade de pólen, a paciente usou o spray nasal de íluticasona, 1nas agora ela espera que o Novo México possua um bom clima para evitar suas alergias.

CÚNICA DE MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS RUA DO PARQUE 20, TRITURADOR, CEP 53706 TEL; (608) 555-1333 FAX: (608) 555-1335

Ora. J//lia>i.a !Jia.s ENDEREÇO: Co11rf Co11ote, 1593 NOME:

R

R•

123105

DATA:

00/ 00/ 00

So/11çiio Na.sa.I de froefz: Glicenita. Efa.1101 70%

20 mL 40 mL

Sol11çiio St1li11t1 Normal

qsp

500 IH/. Pat Butler 00/00/00

Reutilização da prescrição:

Pispe11sa.r 10 ml Posolo91a: p11IYerizt1r em ca.da. 11t1ri>i.t1 quatro Yezes a.o dia, e se for 11ecessário, para irrifa.çiio e resseca.me11lo. Por ft1Yor, rol11lt1r como Sol11çii1J Nasal de froelz de 0.0. se for necessário Dr. O/iYe ~~llc.lr!I DEAN':

612

Judith E. Thompson

REGISTRO DA FÓRMULA-PADRÃO NOME, CONCENTRAÇÃO EFORMA FARMACEUTICA DA PREPARAÇÃO: Solução Nasal de Proetz (Glicerina 4%, Álcool 5,6% em Solução de Cloreto de Sódio 0,9%) QUANTIDADE: 60 ml USO TERAP~UTICO/CATEGORIA: Umidificante nasal

REGISTRO DA FORMULAÇÃO: NS001 VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Nasal

INGREDIENTES: Ingrediente

llu1ntid1de empregada

Estado físico

Solubilidade

Comp111çio de dose D1d1

Emprego na pre1criçio

U1u1I 1

1

Glicerina

2,4 ml

Liquido claro, incolor. viscoso

Miscfvel em água e álcool

Álcool 95 USP v/v

3,5 ml para preparar 4,8 ml de etanol 70%

Líquido claro, incolor, móvel

Miscível em água

Cloreto de Sódio %para injeção

qsp 60 ml

Líquido claro, Incolor

Miscível em álcool e glicerina

4%

Varia

Umectante, vefculo, conservante

5,6%

Varia

Vefculo, conservante, antisséptico Veículo

COMPATIBILIDADE - ESTABILIDADE: Todos os ingredientes nessa preparação são compatíveis e muito estáveis quando em solução aquosa. Não é necessário conservante, visto que o álcool (5,6%) age como conservante.

ACONDICIONAMENTO EARMAZENAMENTO: Dispensar um frasco de spray nasal. Acondição de armazenamento recomendada é temperatura ambiente controlada.

PRAZO DE VALIDADE: Como é uma solução nasal, ela deve ser estéril quando for dispensada, mas tem restrições menos rigorosas com relação ao prazo de validade. Esses produtos não precisam estar de acordo com o Capitulo (/97}. Como os seus ingredientes são muito estáveis, pode ser usado um prazo de validade mais longo do que o período de 14 dias recomendado no Capítulo (195) para formulações líquidas à base de água preparadas a partir de ingredientes sólidos, quando não existam informaçlles sobre a estabilidade da formulação (25). Entretanto, por causa da possibilidade de contaminação durante o uso, um prazo de validade moderado de 30 dias será usado.

CÁLCULOS Dose/concentr1çio Glicerina (em v/v%): 20 mL de glicerina 500 ml de solução

x ml de glicerina

= 100 ml de soluça_o; x = 4% concentração adequada para uso

Álcool (em v/v%): 70% X 40 ml = 28 ml

x ml de C2H50H 28 ml de C2H50H ; x = 5,6% concentração adequada para uso Ld = 100 m e so1ução 500 ml de solução Ouanlidade da ingredientes Glicerina (em ml): 20 ml de glicerina 500 ml de solução

x ml de glicerina

_ ; x = 2,4 ml de glicerina uçao 1 so e d L m 60

Oetanol 70% deve ser preparado usando Álcool USP que é etanol 95%. A quantidade necessária desse produto é calculada nas seguintes etapas.

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

613

Etanol 70% (em ml) necessário para 60 ml de preparação: l ., 40 ml de etanol 70% xml de etanol 70% · x = 4 .8 m 70,. de etanol ------ = • 60 ml de solução ' 500 ml de solução Etanol (C2H50H) contido naquele volume de etanol 70%: 70% X 4,Bml = 3,36ml 3,36 ml de Álcool USP (em ml) que contêm a quantidade de etanol: 3,36 ml de C2H50H 95 ml de C2H50H 100 ml de Alcool USP = x ml de Álcool USP ; x = 3•5 ml de Álcool USP

FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA. MEDIDAS DE SEGURANÇA E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS: Revise as fichas de segurança de todos os componentes. Use técnica asséptica em todos os procedimentos para preparar essa solução estéril. Tire bijuterias e lave as mãos e os antebraços com sabão germicida. Vista propés. toucas. use uma máscara e um avental limpo impermeável (low -shedding). Aplique um limpador para mãos à base de álcool, deixe secar e coloque luvas de proteção esteilizadas. sem talco.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS: Realize o procedimento de manipulação em uma capela de fluxo laminar. limpe as suas superflcies com álcool isopropllico estéril 70% usando um tecido sem algodão.

TÉCNICA DE PREPARAÇÃO: Ponha os seguintes itens na capela: Álcool USP, glicerina, frasco de Água Estéril para Injeção; frasco de Cloreto de Sódio, seringas de 3, 5 e 60 ml, agulhas comuns, unidade filtrante de membrana, papel indicador de pH e frasco estéril para spray nasal. Usando uma seringa de 5 ml. retire 3,5 ml de Álcool USP. então, colete Água Estéril para Injeção nessa seringa até a marca de 4,8 mL Puxe o êmbolo de uma seringa de 60 ml e transfira a solução de álcool para ela pela ponta. Meça 2.4 ml de glicerina com uma seringa de 3 ml e coloque na seringa de 60 ml com a solução de álcool. Agite para misturar. Coloque uma agulha nova na seringa de 60 ml e, com ela para cima, retire todo o ar. Insira a agulha em um frasco de Cloreto de Sódio 0,9% para injeção e retire esta solução até a marca de 60 ml da seringa. Agite para misturar. Coloque uma unidade filtrante de membrana de 0,2 µm na ponta da seringa de 60 mL Com a seringa na vertical (ponta da unidade filtrante para cima), molhe e preencha a unidada. Com a ponta da seringa para baixo, coloque uma gota da solução na fita de papel indicador de pH e então transfira toda a solução final para um recipiente de spray nasal estéril de 60 mL Rotule e dispense.

DESCRIÇÃO DA PREPARAÇÃO ACABADA: Éuma solução clara. incolor, com viscosidade aparente próxima à da água. Ela tem um leve odor carecteristico do álcool.

CONTROLE DE QUALIDADE: Volume = 60 mL Verifique o pH com frtas de papel indicador na faixa de 2- 9; pH - 5. FÓRMULA ORIGINAL PREPARADA POR: Pat Butler. Farmacêutica

VERIFICADO POR: Larry Oavidow, PhO, RPh

614

Judith E. Thompson

FÓRMULA-PADRÃO

-

,. ... ... NOME. CONCENTRAÇAO E FORMA FARMACEUTICA DA PREPARAÇAO: Solução Nasal de Proetz (Glicerina 4%, Alcool 5,6% em Solução de Cloreto de Sõdio 0,9%1 DATA DA PREPARAÇÃO: dia/mês/ano PRAZO DE VALIDADE: dia/mês/ano QUANTIDADE: 60 ml REGISTRO DA NÚMERO CONTROLE DA PRESCRIÇÃO: 123705 FORMULAÇÃO: NSOOl

INGREDIENTES USADOS: Ingrediente

Quantidade usada

Número do lote do fabricante

Glicerina

2.4 ml

Álcool 95 p(V USP

Injeção de Cloreto de Sódio 0,9%

Prazo de validade

Pesado/medido por

Verificado por

JET labs PP2813

mês/ano

bjf

Psb

3,5 ml para preparar 4,8 ml de etanol 70%

JET labs PP2653

mês/ano

bjf

Psb

qsp 60 ml

Sterile Generics NS0529

mês/ano

bjf

Psb

DADOS DO CONTROLE DE QUALIDADE: A preparação é uma solução clara, incolor, com viscosidade aparente prõxima à da âgua. Ela tem um leve odor caracteristico do álcool. O pH da preparação foi verificado com tiras de teste na faixa de 2- 9 e registrado como 5. Ovolume real é inspecionado e está de acordo com o volume teórico de 60 ml.

RÓTULO FARMÁCIA PRÁTICA RUA DOS PAPÉIS, 425 TRITURADOR.• CEP 53706 (O) 555-1200 FAX: (D ) 555-1210

R

123105 Dr. Juliana Dias

Farmacêutico: PSB

Data: OOIOOIOO Dr. Olive Quacky

Atomize em cada narina quatro vezes ao dia, se for necessério, para irritação e secura. Solução Nasal de Proetz contém: Glicerina 4%, Álcool 05,6% em Solução de Cloreto de Sódio 0,9%. Quantidade: 60 ml Produto manipulado Reutilização da pres crição: até 00/00/01

Descanar após: fornecer a data

Rótulos auxiliares: Para o nariz. Este medicamento foi preparado em nossa farmácia para você de acordo com a orientação do seu médico.

ACONSELHAMENTO AO PACIENTE: Olá, Dra. Dias, sou sua farmacêutica, Pat Butler. Bem-vinda a no Instituto. Espero que goste Santa Fé. Eu sei que você está aqui para uma bolsa de pós-doutorado , do lugar. Você está usando algu1n outro medicamento? E do rneu conhecin1ento sua alergia a alguns conservantes, con10 cloreto de benzalcônio e timerosal, mas você, é alérgica a mais algum outro n1edicamento? O que Dr. Quacky lhe falou sobre essa prescrição? E urna solução nasal usada para o congestiona111ento causado pela baixa umidade. Você deve atomizar em cada narina quatro vezes ao dia, se for necessário, para irritação e ressecamento. Você já usou urn spray nasal antes? O processo é sin1ples, você deve ficar com sua cabeça reta ou ligeiramente para cin1a, e com o bico de pulverização un1 pouco dentro da sua narina, pressione bem o frasco, conforme você aspira levemente. Remova o bico de pulverização da sua narina antes de liberar a pressão do frasco, de n1odo que não aspire mate-

A Prática Farmacêutica na Manipulaçiio da Medicamentos

615

r ial de sua narina para o recipiente. Após pulverizar, você deve lavar o bico de pulverização com água e secar com un1 pano limpo antes de tampá-lo. Se sua condição não apresentar melhora ou piorar, procure Dr. Quacky. Embora essa solução seja muito estável, pode ocorrer contaminação, porque você coloca o bico do spray nas suas narinas; por isso, descarte o medicamento não usado após um mês. A prescrição pode ser reuàlizada por um ano. Quer fazer alguma pergunta?

Referências t. The Umtcd Statcs Pharmacopc1al Convcntion, lnc. Chapcer {1 151). 2008 USP 31/NF 26. RoclcVJllc, MO: Auchor, 2007; 618620. 2. Dloom MZ. Compound1ng in today's practicc. Am Pharm 1991; 31: 31 37. 3. Conncring R, Cl ai. Thc pi l tolcrancc ofrabbi1 and human corneal cndothclium. lnvcst Ophthalmol Vis Sei 1979; 18: 373-390. 4. Thc Un itcd Sutcs Pharmacopcial Convcntion, lnc. 1985 USP XXl/ NPXVI. Rockv1lle, MO:Author, 1985;1338-1339. 5. CadwJlladcr OE. EENT prcpararions. ln: King RE. Disperuing ofmedication, 9th cd . Easton, PA: Mack Publishing Co .. 1984; 149- 150. 6. Hnnson AL..A proctic•I guidc to thc compounding and dispensing ofbaiic dosagc forms. M•d ison,Wl : Univcnity ofWisconsin, 1982; 97. 7. Martin A, 13ustomantc P. Physical pharmacy, 4th ed. Pbiladelphia: Lca & Fcbigcr, 1993; 178. 8. Rcynolw LA,Closson RC.Extcmporancous ophthalmic prcparations.Vancouvcr,WA:Applicd Thcrapcutics, lnc., 1993; 6- 7. 9. Kibbc AI 1. 1 landbook of pharmaccutical cxcipients, 3rd cd. Washington DC: Amcrican Pharmaccutical Associauon and Pharmaccuucal Prcss. 2000. 10. FDA Adv1sory f\eview Panei on OTC Ophthalmic Drug Products. Final rcport, Oeccmber 1979. 11. ConnorsKA,Am1donCL,StellaVJ.Chem1calstab1l11yofpharmaceut 1c•lhornucopciol Co11vcn1ion, lnc. C haptcr (797). 2009 USP 32/NF 27. Rockvillc, MO: Author, 2008. http://www.usp.org/USPNF/ pf/gcncro1Chaptcr797.hlml. Acccsscd Fcbruary 2008. 25. Thc Unitcd Statcs Pbarm•copc1a l Convcntion, lnc. Chap1cr {795). 2008 USP 31/NF 26. Rockvillc, MD: Author, 2007; 316317. 26. Trissei l.A. Trisscl's stab1l1ty of compoundcd formulations, 3rd cd. W2sh1ngton, OC: Amcncan Pharmacat< As.oc1ation, 2005; 159-160. 27. Connors KA,Am1don CL,Stcll• VJ.Chcm1c2l subiliry ofpharmaccuncals, 2nd cd. Ncw York: John Wilcy & Sons, 1986; 675-684. 28. Trissei LA. Trisscl's sub1hry of compoundcd formulations, 3rd cd. Washington, OC: Amcrican Phannacisu Aosociation, 2005; 347-349. 29. Reynolds LA,CloHOn RC.Extcmporancous ophthahnic prcparations. Vancouvcr, WA : Apphed Thcrapcutics, lnc., 1993; 304305. 30. McBride HA, ct ai. Stobihty of gcnt•micin sulfate and tobramycin sulfate in extemporaneously prcparcd ophthalmic solurions at 8°C.Am J Hosp Pham1 1991;48:507-509. 31. Abel SR, Sorenscn SJ . Eyc di•ordcrs. ln : Koda- Kimblc MA, Young LY, cds. Applied thcropcm ics, 7th cd. Ba ltimore, MO: Lippincott Wílli•ms & Wilk1ntt1 uma seri11ga, para i1tjeção i11fra/esão. Assinatura: Pra. é. Mc(J1J11a~I

Data: IJO/ IJO/IJIJIJIJ

t:r em

A Prática Farmacêutica na Manipulação da Medicamentos

637

REVISÃO OA PRESCRIÇÃO E CÃLCULOS DA DOSE: uma pesquisa na literatura revela um artigo de revisão no qual esse método foi descrito (5). A farmacêutica Henrietta Fishwich soube que o 1nédico usa a seringa preparada e injeta imediatamente na área sob a verruga plantar, e então utiliza a agulha para "espetar" a verruga em vários pontos. Por causa do volume não especificado da solução a ser empregada, não há necessidade de deixar um excesso na sennga. As doses de cada componente são clararnente revisaihs na prescrição e correspondem à preparação descrita na referência.

REGISTRO DA MANIPULAÇÃO CÚNJCA ONCOLÓGICA MEUIOR ATENÇÃO À SAÚOE AVENIDA EAST HEAlntCARE. 1100, SALA 240 POTOSI, CEP 53820 REGISTRO DA MANIPULAÇÃO Medicamentos

Quantidade

F1b.

lote#

Venc.

Antigeno do teste cutâneo para cândida

0,1ml

Allarmed

12567841

mês/ano

Injeção do lidocaina 10 mg/ml. frasco de 20 ml

0,9 ml

Hospira

45512874

mês/ano

M1teri1l1

#usados

Seringa. 3 ml

2

BD

45212z5

mês/ano

Seringa para tuberculina. 1 ml

1

BD

25521e3

mês/ano

2

BD

45552z4

mês/ano

Agulha 23 ga

x 519·

lnstruç611 para manipulação: use técnica asséptica em todos os procedimentos para preparar essa solução esténl. Retira bijuterias e lave as mãos e os antebraços com sabão germicida. Vista propés, touca, use uma máscara a um avental limpo e impermeável. Aplique um limpador para mãos à base de élcool, deixe sacar e coloque luvas de proteção estéreis, sem talco. Limpe as superfícies da capela da fluxo laminar com 61cool isopropilico estéril 70" usando um tecido sem algodão. Junte os materiais necessários, incluindo agulhas e seringas. Utilizando um swab de álcool estéril para cada superfície, desinfete todos os septos dos frascos. Puxe o êmbolo de uma seringa de 3 ml até 1 mL Usando a seringa para tuberculina, retire O, 1 ml de antígeno de cindida e adicione à seringa de 3 ml pela extremidade. Com outra seringa de 3 ml. retire 0.9 ml da solução de lidocaina 10 mg/ml e acrescente. pela ponta na seringa de 3 ml. que contém o antigano de cindida. Cubra a seringa com a tampa de proteção, coloque em uma bolsa com fecho ziper e rotule. Após a verificação final, transpone 1media1ta 1fJ ltl.Q e dexametaso>ta 1(} mg por vía IV. llidrataçiio: 1.fJfJ(} ml de Cloreto de Sódío fJ,9f com Cloreto de Pottissío 2fJ méq !// d11ranfe uma hora, antes de í'!líc1i:lr cisplatí'!la. 122mg/BB

Cisplatí11a 75 mgl m2 011 ~ "11 em 1.fJ(}(} mi. de Cloreto de Sódío (}$%com Ma11ítol 25 g 1/1 por d11as horas. étoposídeo 1fJO mgl m2 011163 IHQ em 50(} ml de Sódío 0,9% 1/1 por d11as horas. Assinatura:

Dr. J. Poctor

Data: (}(}/ (}(}/ (}(}(}(}

642

Judith E. Thompson

REVISÃO DA PRESCRIÇÃO E CÁLCULOS DA DOSE A farinacêutica Betty Bright revisa a prescrição quanto à totalidade e à exatidão, antes de iniciar a 111anipulação asséptica na sala de com pressão negativa da farmácia da clínica de oncologia, que possui uma cabine de segurança biológica, usada na preparação de qu1mioteráp1cos. Ela observa que a área da superficie corporal (ASC) descrita na prescrição está correta, usando a fórn1ula de Mosteller: BSA (1111 =

BSA (m2) =

Ht (cn1) X Wt (kg) 3.600 165.1 X 58.2

3.600

,

= 1,63 111·

Entretanto, a dose para cisplatina que Betty vai manipular é 75 mg/in 75 mg) ( 1,63 ni ( 111·,

2

)

2

,

que, para Sr. Reynolds é

= 122 111g.

e não os 135 nlg escritos na prescrição. A farmacêutica informa ao Dr. DocLor, que concorda con1 a correção da dose, confonne observado na prescrição. Quantidada da ingredientes

Volume da injeção de cisplati na: a concentração do produto é 1 1ng/mL; para l22 mg, são necessários 122 mL. Volu1ne da injeção de manitol: o produto apresenta concentração de 25% nl/v, 25 g/100 n1L; para 25 g, são necessários 100 ni L. A farn1ácia verificou que as bolsas de Solução Salina Normal de 1.000 niL existentes no estoque tê1n um volume excedente de 50 n1L. Para obter um volume fina l de 1.000 1n L, a farn1ácia deve re111over um determinado volume da bolsa antes de adicionar a cisplatina e o manitol. Volu111e a ser ren1ovido = volume total da bolsa + volu111e dos niedica1nentos a seren1 adicionados = volume final desejado da bolsa. Volume a ser removido = 1.050 mL + 122 mL + 100 m L - 1.000 mL = 272 mL CÚNICA ONCOLÓGICA MEUlOR ATENÇÃO À SAÚDE AVENIDA EAST HEALTIICARE. 1100, SALA 240 POTOSI, CEP 53820 REGISTRO DE MANIPULAÇÃO

102607-24

Medicamentos

Qu1ntid1de

Fab.

Lote#

Venc.

Cisplatina 1mg/ml, frasco de 100 ml Cisplatina 1mg/ml, frasco de 50 ml

100 ml 22 ml

SMS SMS

12567841 24551155

mês/ano

Manitol 25%, frascos de 50 ml

100 mL 1000 ml

Hospira

45512874

mês/ano

Baxter

AB25415

mês/ano

Seringa, 60 ml

3

BD

4521 2z5

mês/ano

Agulha 20 ga X 1•

3

BD

4555224

mês/ano

Bolsa de Cloreto de Sódio 0,9%

mês/ano

Materiais

Instruções para manipulação: use técnica asséptica em todos os procedimentos para preparar essa solução estéril. Retira bijuterias e lave as mãos e os antebraços com sabão germicida. Vista propés, touca, use uma máscara e um avental limpo e impermeável. Aplique um limpador para mãos à base de élcool, deixe secar e coloque luvas de proteção estéreis, sem talco. Limpe as superfícies da capela de fluxo laminar com álcool isopropllico estéril 70% usando um tecido sem algodão. Junte os materiais necessários para a preparação. Utilizando um swab de álcool estéril para cada superfícia, desinfete todos os septos dos frascos e a conexão da bolsa de Soluçlo Salina Normal. Conecte um adaptador de injeçlo à bolsa. Retire 272 ml da bolsa de solução salina e descarte. Colete um total de 122 mg/122 ml dos frascos de cisplatina com um dispositivo para transferência em sistema fechado e adicione à bolsa. Colete um total de 25 g/100 ml dos frascos de manitol e acrescente à bolsa. Remova o adaptador, inverta a bolsa e misture bem os medicamentos com a soluçlo salina. Descarte todos os materiais de preparaçlo no recipiente de hxo de quimioterapia. Nome do paciente: Reynolds, Richard Preparado por: D. Gillis, CPT Oata: OOJOOJOO 1300

Médico sohcitante: Dr. J. Doctor Verificado por: 8. Bright, RPh Prazo de validade: 1300 OCWl/00

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

643

COMPATIBILIOAOE/ ESTABILIDADE/ PRAZO DE VALIDADE: a injeção de cisplatina apresenta pH 4,0 e a de manitol 25%, pH 5,9, conforme o rótulo dos fabricantes. Foi relatado que a associação dos dois medica n1e ntos na solução salina é estável entre 24 a 72 horas, em várias concentrações (4). A farmácia indicará u1n prazo de validade de 24 horas à temperatura ambiente e aplicará rótulos adequados de descarte de material quimioterápico. VERIFICAÇÃO DA PREPARAÇÃO ACABADA: o farmacêutico verifica se os volumes corretos de todos os n1eclicamentos são adicionados à bolsa e se a preparação é un1a solução clara, incolor, liv re de qualquer material particulado.

RÓTULO CLÍNICA ONCOLÓGICA MELHOR ATENÇÃO À SAÚDE AVENIDA EAST HEALTHCARE, 1100, SUÍTE 240 POTOSI, CEP 53820

Nome: Richard J. Reynolds Médico: Dr. JM Doctor

Número do pac.: 1020162 Data: 00/00/00

Rx #: 10260724 Cisplatina

122 mg

Manitol

25 g

Em Solução de Cloreto de Sódio 0,9%

1.000 mL volume total

Infundir a 500 ml/h durante duas horas. Preparado em : 1300 OO/O!VOO Preparado por. D. Gjllis. CPI

Verificado por: B. Brigh!. BPb

Não usar após: J30Q 00/01/00

RÓTULOS AUXILIARES: armazenar à temperatura ambiente. Quimioterápico - observe as precauções sobre manuseio e descarte.

EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO 34.7 CASO: Maura Hertz é u n1a mulher de 58 anos, com 62 kg e 1,58 m de altura. Ela te1n artrite psoriática e tem ido à C línica reumatológica melhores cuidados à saúde para u1na infusão de inflix:in1abe a cada oito semanas. As prescrições foram enviadas por fax para a farmácia da clínica de oncologia para preparação. CLÍNICA REUMATOLÓGICA MELHORES CUIDADOS À SAÚDE AVENIDA EAST HEALTHCARE 1100, SALA 246 POTOSI, CEP 53820

Nome do paciente: Maura Hertz

Número do paciente: 02041981

Data de nascimento: dia/mês/ano

Dose #7

Prescrição Pré-medicar com difenidramina 50 mg via oral e paracetamol 650 mg via oral, 30 minutos antes de iniciar a infusão.

l11f1111dir 300 mg de i11fliximabe IV por d11a.r Jt.ora.r. Mo11ilore a temperatura, pre.r.rão .ra11g11ínea, re.rpiraçóe.r e p11!.ro a11fe.r de i11iciar a i11{11.rão e a cada 30 mi>111to.r, até 11ma Jt.ora apó.r a i>rfll.rão. Aj11.rfe a fax a de inf11.rão para co11frolar o.r .ri11foma.r .refor 11ece.r.rário. ém ca.ro de reações .rev-era.r à 1it(11.rão, i11ferrompa a admi11i.rfração e .riga protocolo de a11a(llaxia. Assinatura: Dr. M.

fezziwid.

Data: 00/

00/ 0000

644

Judith E. Thompson

REVISÃO DA PRESCRIÇÃO ECÁLCULOS DA DOSE A fannacêutica Detty Dright revisa a prescrição quanto à totalidade e à exatidão antes de iniciar a n1anipulaçào asséptica na capela de fluxo laminar da fam1ácia oncol6gica. Ela verifica que a dose está correta a 5 mg/ kg quando arredondada pr6ximo de 50 n1g, conforme o protocolo da clínica. 138 1b = 6., 7 k" ') ') lb/k ~. "' -·g

Peso do paciente {en1 kg):

Dose = 5 n1g/ kg X 62,7 kg = 313,6 mg, arredondado para 300 mg por protocolo clínico. Ou1ntid1de de ingredientes

O 1nfliXJmabe está disponjvel em um frasco de 100 mg para reconstituição com 10 mL de Água Estéril para Injeção para dar unia concentração de 10 mg/ 01L. Volun1e necessário da solução de infliximabe 10 1ng/inL obtida ap6s reconstituição: 1O n1g

1111L

300 111g -

x n1L

; ."
130% PI), un1 peso corporal ajustado pode ser detern1 inado para o cálculo das exigências nutricionais. A equação a seguir pode ser usada para calcular o peso corporal ajustado: Peso corpora l aju stado = (P R. - PJ) 0,25

+ PI

2. Para as equações utilizadas para calcular o PI, consu lte o Capítulo 9, Avaliando regimes d e dose. Nota: nos exe mplos de cálculos para exigências de fluidos e nutrientes apresentados posteriormente, será usado u1n adulto "típico" con1 peso corporal real de 70 kg.

B. Exigências de fluidos 1. Geral a. Para um adulto médio: 2.500 a 3.500 mL b. Para um adulto com insuficiência renal (dependendo da gravidade da doença): 500 a 2.000 mL 2. Com base no peso cor poral (dois nlétodos diferentes apresentados): a. De 30 a 35 mL/kg de Peso Corporal Real (PR) Exemplo: para um adulto de 70 kg = 30-35 mL/ kg X 70 kg = 2.100-2.450 mL b. 1.500 nlL para os primeiros 20 kg e então 20 mL/kg do Pl~, acin1a d os pritnciros 20 kg. Exemplo: para um adulto de 70 kg = 1.500 + (20 mL/kg X 50 kg) = 2.500 mL

648

Judith E. Thompson C. Exigências proteicas (aminoácido)

1. Geral: de 0,8 a 2,0 g de pro t eínas (aminoácidos)/ kg d e p eso corporal real Exemplo: para um adulto de 70 kg: 0,8-2,0 g/kg X 70 kg= 56-140 g de aminoácidos 2. A quantidade de aminoácidos empregada depende do nível de estresse e/ou da extensão e do nível de dano ao organismo, com 1 g de proteína/kg administrado para estresse leve e até 2 g/ kg para estresse grave. D. Dextrose 1. Dextrose é a principal fonte de quilocalorias não proteicas, sendo usado também lipídeo IV. 2. Exigências gerais: 3 a 5 mg/ kg/ min Exemplo: exigência de dextrose durante 24 horas para um adulto de 70 kg: 3 - 5 111g de l~cxtrose) ( 70 kg) ( 1g ) ( ( kg/ nun 1.000 111g = 302- 504 g de xtrose/d ia

1.44~ 111in) dia

Note que para fornecer essa quantidade de dextrose usando un1a solução de dexcrose 10%, seriam necessários 3.020 a 5.040 m L por 24 horas, excedendo em muito as exigências normais de fluidos por dia. Por essa razão, soluções mais concentradas de dex trose (20 a 30%) são necessárias pa ra a terapia de NPT, o que expli ca por que as soluções de NPT são tão hipertônicas.

E. Emulsões lipídicas injetáveis 1. Disponíveis em en1ulsões a 10, 20 ou 30%

a. O produto a 10% fornece 1,1 kcal/mL, a 20%, 2 kcal/mL e a 30%, 3 kcal/ mL. b. A osmolaridade varia de 200 a 300 mOsmol/L, con1 a glicerina sendo adicionada para tornar as emulsões lipídicas isotônicas. c. O produto a 30% é indicado apenas para a administração como parte de un1 formulação de nutrição total "3 em 1". 2. Usos a. Originalmente, as en1ulsões lipídicas injetáveis eram dadas en1 un1a das duas seguintes formas: (1) Ad1ninistrada duas a três vezes por semana con10 uni produto IV separado, não sendo a principal fonte de calorias, mas para prevenir a depleção de ácidos graxos essenciais (DAGE). (2) Adm inistrada diariamente (a) Em pacientes como os diabéticos, que têm dificuldade em tolerar altas doses de dextrose, a emulsão lipídica IV era administrada por meio de infusão constante como fonte de calorias. Era administrada em uma linha intravenosa separada, usando um conjunto de adn1inistração IV em "Y". (b) Em pacientes que recebiam NPP, a emu lsão lipídica IV era n1isturada diretamente com uma solução NPT concentrada, ou dois produtos IV eram corridos juntos, usando tubulação en1 "Y". Nesse caso, a en1ulsão lipídica. servia como fonte de calorias, enquanto reduzia a osmolaridade total da solução. b. Atualmente, sabe-se que a n1aioria dos pacientes necessita de lipídeos diarian1en te, assin1, a en1ulsão lipídica IV é administrada todos os dias a quase todos os pacientes. (1) L ipíde o IV deve corresponder de 1 a 4o/o das calorias totais liberadas para evitar a depleção de á c idos graxos essenc iais. (2) Dextrose, aminoácidos, eletrólitos e emu lsão lipídica são frequentemente incorporados en1 un1 recipiente. Essas forn1ulações são chan1adas de "tudo em um", "sol uções 3 en11" ou "nutrição total" e são infund idas por uma veia central. ATENÇÃO: na prin1avera de 1994, foram relatadas várias mortes de pacientes que usavam essas soluções. As autópsias demonstraram a presença de fosfato de cálcio precipitado nos pulmões; aparentemente, a precipitação ocorreu nas soluções 3 em 1, e sua presença foi mascarada pela e1nulsão lipídica. Con10 resultado, a U.S. Food and Drug Ad111inistration (FDA) en1itiu orientações para a 1nanipulação dessas preparações (ver o FDA Safe Alert, na Figura 35.1). U1na análise dos fatores que afetan1 essa precipitação é fornecida na Seção IV.C. (3) Quando fornecida diariamente, é recomendado administrar uma quantidade menor ou igual a 30% do t o tal diário de calo rias com o lipídeo IV, por um período de 12 a 24 horas, para evitar disfunção do sistema imunológico. 3. Desvantagens, cuidados e precauções con1 emulsões lipídicas IV

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

649

a. Uma complicação similar a uma reação alérgica (calafrios, dor no peito, sensação de calor) ocorre rara1nente (menos que 1%). Como precaução, os pacientes podem inicialmente receber un1 fluxo lento (1 n1L/ n1in por 30 1ninutos), e o produto pode ser descontinuado se algu1na reação ocorrer. Entretanto, essa dose-teste é 1nuito pouco aplicada na prática clínica. b. As emulsões lipídicas são contraindicadas para pacientes com alergia a ovos, pois a emulsão é estabilizada com fosfolipídeos do ovo. e. Preparações IV contendo emulsão lipídica não podem ser filtradas con1 filtros de 0,22 µ.m en1 linha, porque eles filtrarian1 os glóbulos lipídicos; portanto, o emprego de un1 filtro de 1,2 µ.n1 é reco1nendado. d. Existe un1 limite para a quantidade de calorias que pode ser fornecida pelo lipídeo; de acordo com a bula da emulsão lipídica IV, o niáximo absoluto é 60%. Todos os pacientes necessitam de uma certa quantidade de dextrose por dia. e. A emulsão lipídica deve ser usada com cuidado em pacientes que têm restrições ao fosfato (con10 aqueles com insuficiência renal), un1a vez que ela contém cerca de 7,5 m M de P por 500 mL. f. Ela deve ser usada com cuidado en1 pacientes com histórico de hiperlipidemia. g. Essa emulsão deve ser administrada com cautela em crianças prematuras, já que a função hepática delas é imatura e, portanto, possuem uma depuração de lipídeos ruin1, podendo se acun1u lar nos pulmões. Isso poderia ser fatal. h. Existen1 questões sobre a atividade imunossupressora da emulsão lipídica quando é administrada por meio da infusão em bo/11s (i.e., menos de seis horas). Isso não parece ser um problema quando lipídeo intravenoso é administrado lentame nte por infusão IV contínua, durante um período de 12 a 24 horas. Contudo, quando uma cn1ulsão lipídica IV é fornecida con10 infusão separada en1 adição à dextrose e aos aminoácidos, ela deve ser adn1inistrada por um período máximo de 12 horas; esse limite de tempo é recomendado para evitar o crescin1ento de microrganismos, que poden1 ser introduz idos por descuido no recipiente original do fabricante durante a ad1ninistração IV. 4. E1n 2004, a USP anunciou o desenvolvi1nento do Capítulo (729). D istribuição do tan1anho dos glóbulos em emu lsões lipídicas injetáveis, uma proposta para definir limites específicos de tamanho para promover a padronização na qualidade das emulsões lipídicas produzidas por fabricantes (2). a. Dois métodos são identificados para a análise do tan1anho e da dispersão dos glóbulos lipídicos, fatores críticos que determ inan1 a segurança dessas emulsões. b. U1n dos métodos emprega técnicas de espalha mento de luz para calcular o tamanho médio da gotícula; essa técnica é tida co1no parâmetro de qualidade na fabricação (3). e. O limite superior para o tamanho médio da gotícula é 500 nn1 ou 0,5 µ.n1. d. O segundo método emprega a extinção ou o obscurecimento da luz para identifica r a quantidade de glóbulos de lipídeo de maiores tamanhos, na curva de distribuição granulométrica; essa técnica é usada como um parâmetro de estabilidade (3). e. O limite superior para essa população de glóbulos de lipídeo é dado con10 un1 percentual peso/volume de lipídeo > 5 µ.m ou expresso como PFAT5 < 0,05%. f. A determinação do PFAT5 tem como objetivo identificar a presença de dispcrsões grosseiras de en1ulsões lipídicas injetáveis que podem alterar a depuração de lipídeos da circulação sa nguínea, assin1 como identificar e1nulsões lipídicas instáveis que pode1n se depositar nos pulmões e provocar insuficiência respiratória. g. Estudos com formulações de nutrição total nlanipuladas demonstraram a clara separação de fases ou "quebra" das emulsões com PFAT5 > 0,4% (i.e., cerca de 10 vezes acima do limite superior) (4). h. Em geral, as concentrações finais de aminoácidos devem exceder 4%, as concentrações de dextrose devem ser > 10% e as de emulsões lipídicas > 2%, para 1nanter a estabilidade da forn1u laçào de nutrição parenteral total(3). F. Exigência de quilocalorias totais por dia 1. A exigência nutricional geral em quilocalorias por dia é de 25 a 35 kcal / kg em relação ao peso corporal real (PR). 2. Da mesn1a forma que a exigência de an1 inoácidos, a quantidade de quilocalorias por quilograma de PR depende do grau do estresse do paciente, do estado da doença e do nível de dano ao organismo. Isso é baseado na teoria de que, em certas enfermidades, 1nais calo rias são consumidas. 3. Existe alguma controvérsia sobre o aun1ento do nível de quilocalorias por quilogran1a de PR baseado no grau de estresse - por exen1plo, 25 kcal/ kg para o nível leve, 30 kcal/ kg para o nível moderado e 35 kcal/ kg para o nível severo de estresse. Como a dextrose é a principal fonte

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Judith E. Thompson

ALERTA DE SEGURANÇA DA FDA: Riscos de precipitação associados à nutrição parenteral 18 de abril de 1994 Para: Farmacêuticos hospitalares Gerentes de riscos hospitalares Equipes de apoio de nutrição no hospital Serviços de apoio de nutri ção em cuidados domiciliares Diretores de enfermagem Farmacêuticos de cuidados domiciliares Enfermeiros de cuidados domiciliares Médicos Esta carta deve alertá -los sobre a preocupação com a formação de prec ipitados em misturas de nutrição parenteral total (NPT), que podem apresentar risco de vida para seus pacientes. A FDA recebeu um relatório de uma instituição sobre duas mortes e pelo menos dois casos de dificuldade respiratória que surgiram durante a infusão periférica de uma mistura de NPT do tipo "três em um· (aminoácidos, carboidratos e lipídeos}. Oproduto continha 10% de FreAmine Ili, dextrose, gliconato de cálcio, fosfato de potássio, outros minerais e uma emulsão lipídica, todos combinados usando um misturador automático. A solução poderia ter um precipitado de fosfato de cálcio. As autópsias revelaram embolia pulmonar microvascular difusa, contendo fosfato de cálcio. Um relato da literatura cita um caso de um adulto com pneumonite intersticial subaguda associada com precipitados de fosfato de cálcio. As soluções de NPT são preparadas de acordo com uma variedade de formulações e de protocolos de manipulação. Assim, existe a possibilidades de ocorrer a precipitação de fosfato de cálcio e muitas outras incompatibilidades químicas. Os precipitados podem surgir por causa de vários fatores como: concentração, pH, teor de fosfato das soluções de aminoácidos, adjuvantes contendo cálcio e fósforo; ordem e processo de mistura ou o manipulador. A presença de uma emulsão lipídica na mistura de NPT esconderia qualquer precipitado. Por causa do potencial para casos com risco de vida, cuidados devem ser tomados para garantir que os precipitados não sejam formados em nenhuma mistura de nutrição parenteral. Existe uma necessidade médica para o uso de nutrição parenteral em alguns pacientes. Até que mais dados possam ser obtidos e validados para suportar as recomendações especificas para o preparo de NPT. a FDA sugere as seguintes etapas para reduzir o risco de danos adicionais: 1.

A quantidade de fósforo e de célcio adicionada à mistura é crítica. A solubilidade do cálcio adicionado deve ser calculada com relação ao volume no momento em que o célcio é adicionado. Ela não deve ser baseada no volume final. Algumas injeções de aminoácidos para misturas de NPT contêm íons fosfato (como tampão de ácido fosfórico}. Esses íons fosfato e o volume no momento da adição do fosfato devem ser considerados no cálculo da concentra · ção dos adjuvantes contendo fosfato. Igualmente, quando adicionar cálcio e fosfato a uma mistura, o fosfato deve ser adicionado primeiro. A linha deve ser lavada entre a adição de qualquer componente potencialmente incompatível. 2. Uma emulsão lipídica em uma preparação do tipo "três em um· esconde a presença de um precipitado. Portanto, se for realmente preciso uma emulsão desse tipo (1 ). use uma mistura "dois em um", com o lipldeo sendo infundido separadamente, ou (2) se uma mistura três em um for terapeuticamente necessária, adicione o cálcio antes da emulsão lipídica, de acordo com as recomendações dadas no item 1. Caso seja provável que a quantidade de cálcio ou fosfato que deve ser adicionada provoque um precipitado, parte ou todo o cálcio deve ser administrado separadamente. Essas infusões à parte devem ser diluídas de forma adequada e infundidas lentamente, para evitar reações adversas graves relacionadas ao cálcio. 3. Quando um equipamento automatizado para manipulação for usado, as etapas citadas devem ser consideradas no momento em que o equipamento for programado. Além disso, manipuladores automáticos devem ser mantidos e operados de acordo com as recomend ações do fabricante. Todas as informações impressas devem ser contrasta· das com a mistura programada e o peso dos componentes. 4. Durante o processo de mistura, os farmacêuticos responsáveis pelo preparo das misturas de nutrição parenteral devem agitá-las periodicamente e verificar se apresentam precipitados. Opessoal médico ou de cuidados domiciliares que iniciam e monitoram essas infusões devem inspecionar quanto à presença de precipitados, antes e durante o procedimento. Pacientes e profissionais de cuidados domiciliares devem ser treinados pa ra verificar visualmente os sinais de precipitação. Eles também devem ser orientados para interromper a infusão e procurar assistência médica se a presença de precipitados for notada. 5. Um filtro deve ser usado quando infundir as misturas de nutrição central ou periférica. Até o momento, não foram submetidos dados para documentar qual tamanho de filtro é mais eficiente para reter os precipitados. Os padrões da prática variam, mas sugere-se o emprego de filtros de ar antibacterianos de 1,2 µm, para misturas contendo lipideos, e de filtros de ar antibacterianos de 0,22 µm, para aquelas que não contêm lipídeos. Figura 35.1

Alerta de seg uran ça do Departamento de Sa úde e Recursos Humanos da FDA. (Continua}

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

651

6. As misturas de nutrição parenteral devem ser administradas dentro dos seguintes esquemas de horãrio: se armazenadas à temperatura ambiente, a infusão deve ser iniciada dentro de 24 horas após a mistura; se armazena· das sob refrigeração, a infusão deve ser administrada em 24 horas após reaquecimento. Visto que o aquecimento das misturas de nutrição parenteral pode contribuir para a formação de precipitados, assim que a administração iniciar, cuidados devem ser tomados para evitar o aquecimento excessivo da mistura. As pessoas que administram misturas de nutrição parenteral em casa podem precisar alterar esses períodos de tempo. Os farmacêuticos que inicialmente prepararam essas misturas devem manter uma amostra reserva e verificar a presença de precipitados durante o tempo requerido, sob as condições de armazenamento. 7. Se sintomas de angústia respiratória aguda, embolia pulmonar ou pneumonite intersticial surgirem, a infusão deve ser interrompida imediatamente e verificada quanto à presença de precipitados. Intervenção médica adequada deve ser instituída. Profissionais de cuidados domiciliares e pacientes devem procurar assistência médica. Essas recomendações representam a melhor orientação que a FOA pode fornecer no momento. A FOA reconhece que podem existir medidas de segurança alternativas que podem ser tomadas para prevenir a infusão de precipitados nas misturas de NPT. A FOA solicitou que a indústria desenvolva e submeta dados que serão usados para revisar a rotulagem (instruções de uso) e esclarecer essas questões. Profissionais que têm conhecimento de mortes similares ou de doenças graves e/ou danos consideráveis relacionados ao uso de outros medicamentos ou dispositivos devem notificar a FOA. Por favor, envie seus relatos a MedWatch, Medical Product Reporting Program, pelo telefone 1-800-FDA·1088 (também chamado de informações da MedWatch); por fax 1·800-FOA-0178; por modem 1·800-FOA-7737; ou por correio para MedWatch HF-2. Food and Drug Administration, 5600 Fishers Lane, Rockvill, MO 20857. OSafe Medical Devices Act(SMDAI de 1990 exige que hospitais e outras instalações relatem casos de morte, doença grave e dano associado ao uso de dispositivos médicos. Você deve seguir os procedimentos estabelecidos pela sua instituição para fazer esses relatos. Profissionais que tiverem conhecimento de qualquer avento adverso ou problema/mau funcionamento relacionado a dispositivos médicos devem fazer seus relatos ao Medical Device User Faci/ity Reporting. Caso não seja possível relatar conforme o SMOA, este pode ser feito diretamente ao MedWatch. Figura 35.1 Alerta de segura nça do Departamento de Saúde e Recursos Humanos da FOA. (Continuação)

de calorias, você pode se perguntar "Teria algum problema em admin istrar 1nuita dextrose?". Lembre-se da bioquímica: 4C6H1206 (dextrose em excesso)

+ 02 - t C 1Ji32Ü2 (lipídeo) + 8 C02 + 8 HiO

O seu excesso pode resultar e1n: a. Depósito de lipídeo no figado, provocando disfunção hepática. b. Produção de dióxido de carbono em demasia, resultando em estresse respiratório, u1n problema especialmente preocupante para pacientes que usam ventilação niecânica ou corn doença pulmonar obstrutiva crôn ica (CPOC). Se calorias adiciona is forem necessárias para um paciente com problemas respiratórios, o lipídeo 1V deve ser administrado na forma direta, para evitar a produção excessiva de dióxido de carbono. e. Geralmente, tais problemas surgem quando a administração de dextrose excede 7 mg/ kg/min. G. Eletrólitos, vitaminas e elementos traço 1. Sódio: a ingestão parenteral diária recomendada é detern1 inada pela necessidade clínica; a faixa aproximada usual é de 1 a 2 nlEq/ kg de peso corporal real. a. O sódio é essencialmente um cátion extracelular cujos valores de ingestão diária não são estabelecidos. Sua inclusão na NPT é baseada na necessidade clínica. b. Por exemplo, pacientes con1 doença hepática en1 estágio terminal ou insuficiência cardíaca congestiva ou co1n sobrecarga de fluido iatrogênico requeren1 restrição de sódio rígida. e. No entanto, pacientes con1 grandes perdas de fluido nasogástrico, ileoston1ia ou fistula pancreática ou significativas perdas de fluidos pelo intestino delgado, frequente1nente requerem quantidades substanciais de sódio por dia. 2. Potássio: a ingestão diária é detern1inada pela necessidade clínica; a faixa aproximada usual é de 1 a 2 mEq/kg de peso corporal real. a. Potássio é principalinente u1n cátion intracelular que não tem valores de ingestão diária recomendada estabelecidos; assi1n, sua inclusão na NPT é determinada pela necessidade clínica. b. As exigências de potássio podem ser nlu.ito influenciadas pelo stat11s ácido-base. (1) Durante a a.cidose metabólica, um excesso de íons de hidrogênio está presente na circulação, e o potássio troca sua posição intracelular por íons de hidrogênio em uma tentativa de reduzir a acidenua, causando, assim, hipercalenua. (2) Entretanto, a hipocalemia aparece durante a alcalose nletabólica.

652

Judith E. Thompson

3. Cílcio: a ingestão parenteral diária recomendada é de aproximadarnente 10 mEq ou 200 mg

de íons Ca por d ia. a. Até 98% do cálcio corporal rotai está nos ossos, podendo ser prontamente nlobilizado, se for necessário, sob influência do hormônio da paratireoidc. b. Certos pacientes, como aqueles com síndrome do intestino curto e os que precisam de grandes transfusões de sangue, podem exigir quantidades substancialo1ente maiores de cálcio. Tais aumentos fornecidos na mistura de N PT devem ser realizados de modo gradual. e. Aun1entos de dose de 5 mEq/ dia aré um total máximo de 20 mEq/dia para tratamento agudo são razoáveis, e o monitoramento simultâneo de fósforo sérico é recomendado. 4. Magnésio: a ingestão diária recomendada por via parenteral é de cerca de 10 mEq ou 120 mg de íoo Mg por dia. a. A concentração plasmática de magnésio afeta a secreção do hormônio paratireoidiano; dessa forma, esse íon está intimamente relacionado ao metabolismo do cálcio. b. Pacientes corn síndrome do intestino curto, alcoólatras e con1 distúrbios sen1elhantes frequenten1ente exigem doses maiores para alcançar a homeostase do nlagnésio. Da nlesma forma que o cálcio, o aumento da dose pode ser realizado gradualrncnte de 5 mEq/dia até um total máximo de 40 mEq/dia. 5. Fósforo: ingestão recomendada pela via parenteral é de aproxin1ada rnente 30 mn1ol ou 1.000 n1g de íons P por dia. 11 . O papel do fósforo nos processos fisiológicos é diverso; ele influencia a respiração, a função do rniocárdio e as funções das plaquetas, eritrócitos e leucócitos. b. Na presença de função renal nor mal, se o fosfato for on1itido das forn1ulações de NPT, urna hipofosfatemia potencialmente perigosa pode ser induzida dentro de u1na sen1ana do início da terapia de N PT. 6. Elementos traço

a. As exigências diárias normais para certos elementos estão contidas cn1 cada 3 mL de MTE5, que fornece 12 µ.g de cron10, 1,2 mg de cobre, 0,3 n1g de manganês, 60 µ.g de selênio e 3 mg de zinco. b. Em certas condições, selênio (NPT de longo prazo) e zinco (para pacientes com ileostomia severa ou diarreia) adicionais podem ser necessários .

.

TOPICOS ESPECIAIS
• sem cofeta laboratorial

Os parlmetros slo o mlnlmo exigido - Valoras (taxa atuall podem ser obtidos com maior frequência

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

Exemplo 35.1

657

1. JS é um paciente que está recebendo uma solução de NPT que fornece 102 g de proteína en1 24

horas. Q ual é seu N 1(g/24 h)? 16% X 102 g de proteína = 16,3 g N ou 102 g de proteí na/6,25 = 16,3 g N 2. O NUU de 24 horas relatado pelo laboratório foi 9,5 g/24 h. 3. Calcu lar o BN para o paciente:

BN = 16,3 - (9,5

+ 4) =

2,8 g

Qual é o valor aceitável para BN? Embora isso dependa da situação clínica, um balanço positivo de 4 a 6 g/dia em pacientes não estressados é considerado aceitável (13). Se o BN estiver baixo demais ou for negativo, a fórmula de NPT pode ser alterada para aumentar o teor de a1n inoácidos. d. Proteinas plasmáticas: as concentrações de proteínas plasmáticas podem ser usadas como uma medida do estado nutricional, pois um aumento nessas concentrações reflete anabolisn10 proteico. (1) A albumina sérica é a proteína plasmática mais comumente determinada, mas sua utilidade no monitoramento do estado nutricional é litnitada, visto que sua meia-vida é longa, seu poo/ corporal é grande e seu nível sérico é afetado por muitos outros fatores (12). (2) Duas outras proteínas plasn1ácicas, transferri na e pré-albu1n ina, têm sido consideradas indicadores úteis (12). e. Exames laboratoriais (1) A Tabela 35.1 mostra um exemplo de planilha de monitoran1ento de NPT, incluindo exames laboratoriais com a frequência típica para determinação. Nos exames laboratoriais que são realizados, sua frequência e os valores normais varian1 conforme o hospital e a condição clínica do paciente. Note que existem exames hematológicos, para avaliação dos níveis de eletrólitos e glicose, para o n1onitoramenco de lipídeos/colesterol e para avaliação da função hepática e renal. Para illforn1ações niais detalhadas, ver o artigo sobre mon itoramento da terapia N PT (12). (2) E' importante perceber que os va.lores aceitáveis para alguns exames laboratoriais podem ser diferentes para pacientes recebendo NPT em relação a pessoas saudáveis norn1ais. Por exe mplo, as concentrações aceitáveis de glicose no sangue são n1uito 1naiores para pacientes que receben1 nutrição parenteral total. (3) O moni toramento de valores laboratoriais para aj ustes de fórmulas e da terapia de N PT está se tornando u1n ponto central da entrada e da participação do farmacêutico na equipe de saúde. f. Estado clínico: como está o paciente? Este é um parân1etro de monitoramento é muito impor tante. Um resultado clínico desejado de terapia deve ser determ inado, e todos os esforços na terapia NPT devem ser adequados para tal fim.

EXEMPLOS DE PRESCRI ÃO DE NUTRI ÃO PARENTERAL TOTAL (NPT) GD (R egistro tnédico n° 200440, Quarto TLC-480) é um homen1 de 52 anos, 79 kg e 1,90 m de altura. Ele foi internado na un idade de traun1a após um acidente de automóvel. Não é esperado que ele receba al in1cntação por tubo por mais de sete dias, dev ido às várias lesões no seu intestino delgado. Seu médico, Dr. Solier, prescreveu a seguinte preparação de N PT:

658

Judith E. Thompson

A NPT de 24 horas prescrita deve conter: 120 g Aminoácidos 346 g Dextrose 55 g Lipídeo 110 mEq Cloreto de Sódio Acetato de Potássio 80 01Eq Fosfato de Sódio 30 n1mol 24mEq Sulfato de Magnésio 10mEq Gliconato de Cálcio 150 mg Ranitidina 10mL Multivitaminas 3 mL Elementos-traço A taxa do fluxo para esta NPT é de 100 mL/h. 1. Calcule o peso corporal ideal (PJ) do paciente e detern1ine se as exigências de NPT devem ser

baseadas no seu peso corporal real (PR) ou no peso corporal ajustado. 2. Detern1ine se nutrientes, eletrólitos e volu1ne de fluido estão dentro da fa ixa norn1al. Você pode ignorar as contribuições de eletrólitos da solução de aminoácido e da emulsão lipídica IV. Ver as infonnaçõcs neste capítulo e na Tabela 35.2, Planilha de exigências de N PT, para as exigências de eletrólitos, elementos-traço e vitaminas durante as 24 horas. Os exen1plos de cálculos são fornecidos a seguir, e os resultados são mostrados na Tabela 35.2. 3. A farmácia dispensará unia solução de NPT de 24 horas en1 un1a bolsa IV. Calcule o volu rne em mililitros de cada componente por cada bolsa de 24 horas dessa solução de N PT. Você tem os seguintes materiais: • Solução de aminoácido cristalino coo10 Travasol 10% • Solução de dextrose como Dextrose 70% em água • Lipídeo lV con10 Emulsão Lipídica IV a 20% • Água estéril para Injeção • Vários eletrólitos e ourros aditivos, para os quais suas concentrações são fornecidas na Figura 35.2, Registro da fórmula da nutrição parenteral total. Os exemplos de cálculos são fornecidos aqui, e os resultados são rnostrados na Tabela 35.2, Planilha de exigências de N PT.

Planilha de exigincies de NPT Nome do paciente: GD Altura: 6'1" (1,80 m)

Idade: 52 PR: 176 lb, 80 kg

PI: 80 kg

EXIGÊNCIAS DE NUTRIENTES DE NPT PARA ADULTOS DURANTE 24 HORAS Componente

Exig6ncia

Quantidade prescrita

Fluido

30·35 ml/kg

30 ml/kg

Ok

Proteína (AA)

0,8-2,0 g de AA/kg de PR

1,5 g de AA/kg de PR

Ok

Dextrose

3-5 mg/kg/min

3 mg/kg/min

Ok

lipfdeo IV

" 30% de kcal total

23%

Ok

kcal/kg de PR

25·35 kcal/kg de PR

26,9 kcal/kg de PR

Ok

Sódio

1-2 mEq/kg de PR

1,9 mEq/kg

Ok

Potássio

1-2 mEq/kg de PR

1 mEq/kg

Ok

Fosfato

20-40 mmol

30mmol

Ok

Magnésio

8-20mEq

24mEq

Ok

Cálcio

10-15 mEq

10mEq

Ok

Elementos-traço

3ml

3ml

Ok

Vitaminas

Unidade de 10 ml

10 ml de unidades

Ok

M amlnokido9; PR, peso corporal real.

Avaliação

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

Nome do paciente: lill

Local: TLC-480 Registro médico 1200440

Peso medido: 80 kg

Data e hora da administração: 00/01100@ 1.600

Data e hora de validade: 00/02100@ 1.600

1D# da

Volume de infusão solicitado: 2-4.00 mL

Fluxo da infusão: 100 ml/b

bolsa: 001

Componentes de bélse Proteína Dextrose Emulsão Lipídica

Concentraçllo Travasol 10% Dextrose 70% em água 20%

Dose solicitada 120g 346 55

Volume (ml) 1.200 494 275

Aditivos Fosfato de Sódio

Concentração 3 mmol de P/ml 4 mEq de Na/ml 4 mEq/ml de Na/ml 2 mEq/ml 4 mEq/ml 0,45 mEq/ml

Dose solicitadél 30 mEq

Volume (ml/ 10

110 mEq 80 mEq 24mEq 10 mEq 10 ml 3ml 150mg

27,5 40

Cloreto de Sódio Acetato de Potássio Sulfato de Magnésio Gliconato de Cálcio Multivítaminas para Adulto Elementos·traço Ranitidina

25 mg/ml

Aditivos por ioo: 150 80 24 10 80 110 30

Na K Mg Ca Ac

CI p

mEq mEq mEq mEq mEq mEq mmol

Figura 35.2 Registro da formulação de nutrição parenteral total.

EXEMPLO DE CÁLCULOS PARA EXIGÊNCIAS DE GD PARA 24 HORAS 1. Peso corporal

a. Peso em libras (fornecido): 176 lb b. Peso real (PR) em quilogramas 1761b 2 .2 lb/kg = 80 kg

e. PI e1n quilogramas: PI = 50 kg + 2,3 (13*) = 79,9 kg Pl~ atual de GD é adequado para sua altura, não é necessário ajuste. 2. Fluido

a. Volume solicitado por dia: 100 mL/ h X 24 h/dia = 2.400 mL b. Exigências de fluidos: 30 a 35 mL/kg/dia 2.400 mL/80 kg = 30 mL/kg - Ok 3. Proteína (aminoécidos)

a. Gran1as de proteína solicitadas por dia: 120 g de aminoácidos (AA) b. Exigências de proteína (AA): 0,8 a 2,0 g/kg de PR 120 g AA/80 kg de PR= 1,5 g AA/kg de PR - Ok e. Quilocalorias por dia de proteína conforme solicitado: 120 g AA/dia X 4 kcal/g de AA = 480 kcal/dia

6 22,2 10 3

6

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660

Judith E. Thompson

4. Dextrose

a. Gr:in1as de dextrose solicitadas por dia: 346 g b. Exigências ger:iis de dextrose: 3 a 5 mg/ kg/ min 1.000 ( g

111g) ( 346 gde Dextrose ) ( dia

= 3 111g/ kg/n1in -

) ) ( diJ 80 kg 1.440 111111

OK

e. Quilocalorias por dia a partir da dextrose solicitada: 346 g dextrose/dia X 3,4 kcal/g de dextrose = 1.176 kcal/dia 5. Emulsão lipídica IV a. Gramas de lipídeo solicitados por dia: 55 g b. Exigências gerais para lipídeo TV: não mais que 300,{, de quilocalorias totais por dia e. Quilocalorias por dia a partir do lipídeo solicitado: 55 g lipídeo/dia X 9 kcal/g de lipídeo = 495 kcal/dia d. Total de quilocalorias solicitada por dia: 480 (AA)

+ 1.176 (dextrose) + 495 (lipídco) = 2.151

kcal/dia

e. Porcentagen1 de quilocalorias totais como lipídco IV: 495 kcal/2.151 kcal = 23% de kcal totais con10 lipídco IV - OK 6. Quilocalorias totais por quilograma de PR por dia a. Exigências gerais para quilocalorias totais por dia: 25 a 35 kcal/kg de PR b. Quilocalorias totais solicitadas por quilograma PR por dia: 2.151 kcal/ 80 kg de ABW = 26,9 kcal/ kg/dia - OK

7. Eletrólitos a. Fósforo: a ingestão diária parenteral de -30 mn1ol é suficiente para a maioria dos pacientes que recebem NPT. 30 mmol é solicitado - OK

b. Sódio: a maioria dos pacientes geralmente necessita de 1 a 2 m Eq/kg/dia na N PT. O Na provém de duas fontes: do cloreto de sódio (110 mEq) e do fosfato de sódio (NaP). A concentração de Na da solução de NaP é 4 mEq/n1L. O volume de NaP a ser adicionado à NPT é baseado na quantidade desejada de fosfato, 30 mmol, o que requer un1 volume de 10 m L. Portanto, o teor de Na a partir do NaP é calculado como: 4 mEq/mL X 10 mL = 40 mEq de Na O Na total na NPT de 24 horas é calculado con10 sendo: 110 mEq (do NaCI) + 40 mEq (do NaP) = 150 n1Eq de Na A quantidade de Na baseada em miliequivalentes por quilogran1a por dia é calc ulada co mo sendo: 150 mEq/80 kg de

PJ~

= 1,88 mEq/kg - OK

e. Potássio: a maioria dos pacientes requer 1 a 2 n1Eq/kg/d ia na NPT. 80 mEq é solicitado 80 mEq/80 kg de PR= 1 mEq/kg - OK d. Cálcio: a dose recomendada parenteral de -10 mEq/ dia é suficienle para a maioria dos pacientes que receben1 NPT. A faixa é de 10 a 20 mEq/dia. 10 mEq é solicitado - OK e. Magnésio: a dose recomendada parenteral de < 10 m Eq /dia é suficiente para a maioria dos pacientes que recebem NPT. A faixa é de 8 a 40 mEq/dia.

24 nlEq é solicitado - está dentro da faixa de concentração aceitável.

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

EXEMPLO DE CÁLCULOS PARA ADITIVOS IV PARA CADA FORNECIMENTO DE NPT POR 24 HORAS Ver Figura 35.2 para as concentrações de ingredientes.

1. Aminoácidos A partir do Travasol 10% IOgdc AA

120gdc AA ------· x x 111L de Travasol'

100 1nL de Travasol

1.200 111L de Travasol

2. Dextrose A partir da Solução de Dextrose 70%: 70 g de Dextrose

346 g de l)extrose

I00111Lde070W

x1nLde 070W

;x

494 n1L de D70W

3. Emulsão lipídica IV A partir da En1u lsão Lipíd ica 1V 20% 55 g de Gordura

20 g de Gordura 100 1nL de E111ulsão Lipídica

rv

-----='---------· x 111L de E111ulsão Lipídica IV' ·

X

275 1nL de Ernulsào Lipídica fV

4. Fosfato de s6dio A partir do Fosfato de S6dio (NaP) 3 mmol de P/mL: 3 de 11111101 P

1nL de NaP

30 de nunol P

=

·x -

x 1nL de Nal''

1O111L de NaP

5. Acetato de potássio A partir do Acetato de Potássio (KAc) 2 mEq de K/mL: 2 111Eq de K rnL de KAc

80 111Eq de yz+

· x x 111L de KAc ' ·

=

40 mL de KAc

6. Cloreto de s6dio A partir do Cloreto de S6dio (NaCI) 4 mEq/mL: 4 111Eq de N a+

110 111Eq de Na+

·x

111L dcNaCI '

111L de N aCI

27 ,5 n1L de N;1CI

7. Sulfato de magnésio A partir d o Sulfato de M agnésio (M gS04) 4 mEq/n1L: 4 n1Eq de Mg+2 mLde MgS04

=

2-t 111Eq de Mg+2

x 1nl de MgS04

·x • •

61nL de MgS0 1

8. Gl uconato de cálcio A partir do Gluconato de Cálcio (CaGluc) 0,45 mEq/n1L: 0,45 111Eq de Ca +2 111L de CaGluc

=

10 111Eq de Ca+2

.

X'

:\' n1L de CaGluc ' ·

22,2 111L de CaGluc

Nota: Ver Figura 35.1 para o alerta de segurança.

9. Elementos-traço A partir de MTE-5: 3 mL

10. Multivitaminas A partir de Infuvite: 10 nlL

11. Ranitidina A partir da Injeção de Ranitidina 25 mg/mL: 25 n1g de Ranitidina n1L

150 111g de R.anitidina

x n1L

6 n1L

661

662

Judith E. Thompson

12. Agua esterilizada para injeção Um volume total de fluido de 2.400 ml em 24 horas é necessário para obter a NPT em uma taxa de 100 mL/h. Portanto, os volumes de todos os aditivos, são adicionados, e a som:1 é subtraída de 2.400 mL, determinando assim a quantidade de Agua Estéril para Injeção que será adicionada ao volume final desejado de 2.400 ml. Os valores de cada aditivo foram calculados (veja antcnonncntc) e são demonstrados na últi1na coluna da Figura 35.2. A sua soma é 2.093,7 mL ... 2.094 ml. Logo, o volume de Água Estéril para Injeção a ser adicionado é 306 mL: 2.400 ml - 2.094 mL = 306 mL

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Farmácia Veterinária

Prática de Farmácia Veterinária Gigi Davidson, RPh, DICVP

DESCRIÇÃO DO CAPÍTULO

Introdução Fontes de infonnações Organizações de profissionais de fannácia veterinária Considerações legais Tenninologia veterinária importante Formas fannacêuticas utilizadas em pacientes animais Considerações sobre a espécie na liberação do fármaco Algoritmos para preparação de prescrições veterinárias Exemplos de prescrição

INTRODUÇÃO A responsabilidade do farmacêutico e1n fornecer atenção de alta qualidade vai alén1 da espécie humana. Enquan to as faculdades de farmácia e os conselhos concentr.un-sc basicamente na farrnacoterapia hurnana, a sociedade, espera urna qualidade similar de atenção farrnacêutica e produtos para seus aniniais de estimação. E obrigação de todo profissional da área ter conhecirnento sobre farmacoterapia veterinária e desenvolver algoritn1os clinican1ente e legaln1ente seguros para processar as prescr ições veterinárias. O domínio rea l dessa prática é um processo de aprendizado ao longo da vida, porém , todos os farrn acêu ticos poden1 adqui rir conhecin1ento sobre o seu funcionan1ento para fornecer medicamentos e atenção a pacientes anirnais ao utilizar as infor rnações ern destaque neste capítulo.

FONTES DE INFORMAÇÕES Mu itas das fontes de informações específicas de veterinária não são apresentadas na faculdade de farn1ácia. Algun1as das mais úteis estão listadas a seguir. A. Textos 1. Monografias com informações sobre fármacos de uso veterinário: estas monografias foram cui-

dadosamente preparadas e aprovadas pelos Committecs ofExperts for Veterinary Drugs, Veterinary lnformation and Pharmacy Compounding da USP. Todas as inforrnações apresentadas são baseadas em evidências e revisadas por pares. a. Monografias com informações: similar às antigas monografias USP - Dispe11si11g Itifon11a1iot1 para pacientes humanos - , estas incluem informações úteis como indicações, uso não rccomedado, espécies e formas farmacêuticas, posologia e ten1pos de retirada não indicados

A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos

2.

3.

4.

5. 6.

7.

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no rótulo e dados importantes sobre humanos. Porém, elas não estão mais incluídas nas cópias impressas da U SP/NF, 1nas estão disponíveis gratuitamente em: http://w\vw.usp.org/ audiences/veterinary/monographs/main.htm 1. b. Monografias de substâncias (p. ex., cisaprida, monoidrato) c. Monografias de formulação para manipulação (p. ex., Injeção de Brometo de Sódio) Farmacopeia USP para farmacêuticos, iniciando com a 2• edição, 2008 (1) a. Monografias de rarmacos de uso veterinário (infonnações, substância, formulação) b. Artigos que incentivam a fa rn1acopeia veteriná ria c. Regula1nentos de fármacos para uso veterinário (1) The Animal Medicinal Drug Use Clarification Act (2) Uso fora da indicação para fárn1acos em anin1ais de produção d. A FDA Form 1932A, para relatar reações adversas a rarmacos, falta de eficácia ou problemas no produto, http://www.fda.gov/opacom/morechoices/fdaforn1s/FDA-1932a.pdf e. Contatos irnportantes de veterinários f. Lista de potenciais toxinas de alin1ento/larn1aco/excipiente por espécie animal Plumb's Veterinary Drug Handboolc. por Donald Plu1nb (2): monografias abrangentes, do 111odelo AH FS, de !armacos relatados e importantes dados de referência veterinária, literatura resumida sobre informações para educação do paciente veterinário (Veteri11ary Dr11g Handbook: Client I11.for111atio11 Edition). Saunders Hendbook oi Veterinery Drugs, por Mark Papich (3): 1nonografias condensadas sobre fãrmacos com guia fonético e informações para educação do paciente veterinário. Veterinary Herba/ Medicine, por Susan Wynn (4): abrangente descrição de medicamentos fitoterápicos e alternativos usados en1 pacientes animais. VeterinaryPharmacologyand Tberapeutics, por Mark Papich e jim Riviere (5): texto abrangente sobre farmacologia veterinária para todas as espécies. Small Animal Clinica/ Pharmacology and Tberapeutics, por Da>vn Merton Boothe (6): 1naterial abrangente e ilustrado sobre farn1acologia vete rinária para cães e gatos.

B. Sitios eletrônicos de acesso gratuito 1. Food and Drug Administration Center for Veterinary Medicine, \vww.fda.gov/cvm a. FDA Veteri11aria11, notícias e eventos na n1edicina veterinária: publicado a cada dois nleses.

Os artigos são livres de direitos autorais e podem ser reimpressos. Editor Jon F. Scheid. Comentários são bem-vindos: Telefone 240-276-9110, fax 240-276-9115 ou escreva para FDA Veterinaria11, Center for Veterinary Medicine, Conununications Staff(HFV- 12), 7519 Standish Place, Rockville, MO 20855. (1) Notícias do meio científico (21 Novos farmacos aprovados (31 Itetirada de farmacos aprovados b. Complia11ce Policy Cuides (CPGs) para uso de tlírmaco en1 animais, http: //www.fda.gov/ora/ compliance_ref/cpg/cpgvet/default.htin: os CPGs são docu1nen tos para orientação in1pressos em un1 sistema organizado para as declarações da política de conforn1idade da FDA, incluindo as que contên1 informações sobre orientação da ação regulatória. Esses gu ias são docun1entos de orientação internos para ajudar os inspetores de ca1npo da FDA durante as inspeções. Os C PGs não criam nem conferem nenhum direito, privilégio ou beneficio sobre ou para qualquer pessoa privada; são destinados à orientação interna. c. Relato de evento adverso a fármaco para animais, http://\vww.fda.gov/cvm/adereporting.htm: veterinários e proprietários de anin1ais poden1 relatar experiências adversas com fá nnacos para uso animal, alin1entos e dispositivos à FDA, ao preencher as infonnações listadas no link fornecido (FDA Form 1932A). d. Green Book (fárrnacos de uso veterinários aprovados pela FDA), http://www.fda.gov/cvrn/ Green_Book/elecgboo k.htn1l: o Gree11 Book é um subproduto do Generic An imal Drug and Patent Restoration Act (GAD.PTR.A) promulgado en1 1988. Ele serve para satisfazer a exigência do GADPTRA para que u1na lista de todos os medicamentos de uso animal, aprovados quanto a segurança e eficiência, deve ser disponibilizada para o público. O Green Book é atualizado anualmente, no rnês de janeiro. Os farmacêuticos devem consultá-lo para encontrar o status de aprovação e disponibilidade dos med icamentos usados en1 animais. e. Freedom ef bifon11atio11 S11111maries (FOIS) for Veteri11ary Approved Dn1gs, http:// www.fda.gov/ cvn1/FOl/foidocs.ht1n: ele resu1ne as informações sobre normas de segurança e eficácia submetidas ao fabricante do medicamento para aprovação de um novo fárn1aco para uso ani1na l. O FOIS contém as indicações para uso, forn1a farn1acêutica, via de ad1ninistração

666


n Society for the Prevention of Cruclty 10 Animais (ASPCA), 675-676 American Society of Health-Sys1em Pham12cis1s (ASHP), 24-25, 563 Amcrican Vctcrin:ary Medical Association, 666-667 Aminoácidos. 646-648. 653 Aminoácidos de cadeia ramificada, 653 Aminofilina, 7 l5 Amostrngem da desinfecção, 568-569 Arnostrngein de ar, 574-576 Amostragem de ar não viável, 574- 576 Amostragem de ar viável, 574- 576 Análise dimensional, 97-98 A11álise graviritétrica para prcparaçõt.-s paren1erais, 576-577 Anatomia, animal, 670-675 ANDA (Abbreviated Ncw Drug Applicarions) for DESI, 161 Anfotcricina B, 705-706 Animais, pedidos de farmacos e, 21 - 22. ver ta1nbbt1 Prática da f.annácia veterinária Animais de companhia, 669-670 Animais de desempenho, 669-670 Animais de produção, 669-671 Animal Drug Amendment, 1968, 668-669

Animal Medicinal Dn1g Use Clarificarion Act, 1996 (AMOUCA), 668-670 ANSI (American Nacional Standards lnstitute), 190-191 Antagonistas do receptor H2 da hisc:unina oa N tYr, 647-648 Antes.sala, 563 Anàoxid.1nres agentes quclamcs, 238-239 definições associadas com, 232- 233 mecanismos de auto-oxidação, 234-235 para sistemas aquosos, 235- 237 para siS1emos oleosos, 236-239 para soluções ofiálmicas. 583-584 prevenindo a oxidaçio, 233, 711 propriedades dos. 234-235 usos dos, 233 USP 31>-NF 25, 235 APhA (American Phannacists AS, 564 A.,,as de manipulação >Sséptic.1, 567-568 , Areas de manipulação separadas, 566- 567 Áreas para injeção, 620-621 Am1aze11amento condições, 180-182 monitoramento cb esterilidade, sn-578 orienmções, 75-76 Aroma de rosas, 282 Aromas, 282 ASC. ver área de superficial corporal ASHI' (American Society ofHealth- System Phamiacists), 24-25, 563 ASH P Cuidclines on Man•ging Dnig Prod- uct Shortiges, 158 ASHP TechnicaJ A.ISistance BuUetin on Compounding Nonsrerile Producis in Pham1acies, 172 ASHI' Technical Assistance Bulletin on Hospital Drug Distribution and Control,24-25 Aspartame NF, 280-28 1 ASPCA (American Society for the Prevention of Cruclty to Aninuls), 675-676 ASTM (Ame.rican Society for Testing and Materiais), 190-191 Astragalus. 257-258 Atenção: rótulo "A Lei federal prolbe a transferência deste medicamento para outra pessoa", 41 Atocofcrol, 238- 239 Atuadores nasais, 588-589 Autoclavagcm. 573-574 Auto-oxidação, 233 Autoridade do ''Cteritlário para prescrever, 20-21 Au1oridade para prescrever, 20-21 Avaliação de uso de medicamentos (DUE), 62-63 Avaliação de uso de medicamentos (MUE) definições associadas com, 62-64 lústórico da, 64-65 padrões de práticas profissionais, 64- 66 registros de pcr6l de medicamentos, 65-67 Avnljação do conhecimento, paciente, 73-75

B Balança de torção, 194, 198-199 Balanças capacidade, 190-191 eletrônica procedimento de pesagem pa.ra, 199-200 procedimento para pesar cápsulas com, 352-353 1estes para, 193, ·195 cletrfmica de um único prato, 191- 197, 199-201 exatidão das, 191- 192 legibilidade, 190-192 paro manipulação niio asséptico, 173-174 prescrição, 191 -197 sensibilidade, 190-191 1orçãode dois pratos, 191 -192, 351-352 Balanç>S de torção de dois pratos, 191-192. 351-352 Balanças eletrônicas de pra10 único, 191- 197, 199-201 procedimento parn pesar cipS\1las com, 352-353 Balanço de nitrogênio (N B), 655 Banhos-JTL1ria 1ermosra1iudos, 178-179 Banhos-maria, 177-178 Bose de gelatina gjicerinada, 361t Bose opaca, paslilha dura, 360t Base para pastilha de chocol•te, 360t, 381-384 Base para supositório Faityblend, 310-311 Bases, 240, 699-702 Bases de absorção, 295 Bases de absorção anidras, 296t Bases de absorção hidrocarbonems, 297t, 494-495 Bases de absorção emulsionadas água em óleo, 296t- 297t Bases de gelatina glicerinada, 3 10-312, 539-540 Bases de lúdrocarooneros, 295, 2%t-297t, 494-495 Bases de polierilenoglicol, 3 11-312, 312-3131, 534-536, 539-540,545-546 Bases graxas para pastilhas moles. 359, 360l Bases hidro•rolúveito de sódio injetável, 243-244 Bissulfito de sódio (NaHSO,), 236-237 Blocos de papel para pomada, 176-177, 490-491 BN (babnço de nitrogênio), 655 BNDD (Bureau of Narcocics and Dangerous DmgS de fabric•ção acuais). 162. 179-180 British Ph2rmacopei2, 118 Burcou ofNarcotics and Dangerous Drug1 (BNDD), 42

e Cabines de segurança biol6gica, 563-565, 567- 568, 573-574,617 Cadinhos, 176- 177 C.1dinhos parJ evapoS, 143-146 sólidos- líquidas, 141-144 s61idos-s61idas, 136-141 de taxa de fluxo intravenoso, 624- 627 diluições en1 série líquido-líqmdas, 143-146 s61ido-sólidas, 140-142 em terapia medicamentosa, 100- 105 envolvendo ;lcidos concentrados. 117- 121 envolvendo:lkool USP, 115- 118 envolvendo compostos contendo água de hidratação. 120-124 envolvendo s•is, 120-124 envolvendo soluções de formaldeido, 120-121 fannacêuticos análise dimensional. 97-98 f6nnulas matemáticas, 98-99 generalidades, 95-97 proporção, 97 razão, 97 isoto11icidade generalidades, 147- 149 1nétodo do abaixatncr1to do ponto de congelamento, 148-150 método do equivalente cm eloreto de sódio, 150-151 método r.,50, 153- 154 método USP, 151-153 mi5turando dois ou 1nais fãnnacos cm uma scrinfl'l, 626-629 misturando ou dihúndo prcpanções álgebr:2, 11 0-1 12 exemplos de problemas, 112- 116 ligação, 111-113 percentual, 110 Cálculos fam iacêuticos análise dimensional, 97-98 lommlas matemáticas, 98-99 generalidades, 95-97 raz.io, 97 Caldo de soja tripticasc, 575- 576 Calor seco, 573- 574 Capacidade balança de torçio de dois pratos, 191-192, 351-352 balança e peso. 190-19 1

eletrônica de um prato, 191 -193 vidraria volumétrico, 200-201 Cap•cid•de metabólica, anim•l, 674-675 Capacidade tamponante, 240- 241 C apacidade tem1orregi..1l:idora dos animais,

674- 675 Capelas de contenção sem duetos, 178- 179 Capelas de ex.1ustio para laboratório, 178- 179 Capelas de fluxo laminar, 564-568, 573-574, 617 Capelas de Ouxo l•rninar horizontal, 564-565, 565- 566 Capelas de fluxo laminar vertical, 564- 565, 565-566 Cápsulas cápsula de gelatina mole, 357-358, 441 -442 cápsulas de gelatina dura generalidades, 349-351 industrializad>S, 353-357 nunipulaç3o com ingredientes liquidos, 357 nláquinas para enchimento de cápsulas, 351-354 preenchimento m•nual com ingredientes secos, 350-352 definições, 348 detcnninação do prazo de validade, 364 estabilidade, 364 números inteiros e frações, 442-443 sensibilidade à umidade, 56-57 usos, 349 Cápsulas de gelatina, 349, 350t Cápsulas de gelatina dura generalidades, 349-351 industrializadas, 353-357 manipulação com ingredientes líquidos, 357 n1áquinas para prccncl1in1ento de cápsulas, 351-354 prcenchin1ento co1u ingredientes secos, 350-352 Cápsulas de gelatina mole, 357-358, 441 -442 Carb6mcro NF, 261- 262 Carbo ximctilcelulose sódica (CMC s6dica), 287-288, 352-353 Carboximerilcclulosc Sódica USP, 252- 254 Carcin6gcnos, 184-185 Carnívoros, 674-675 Carragcnana NF, 260-261 CDCP (Gemer fo r Disc:ue Conrrol and Prcvcnrion), 126-127, 183-184 Celsius, 90-92 Celsius, Andcrs, 90-91 Celulose rnicrocristilina, 265-266 diluente para cápsuw, 352- 353 Ccntcr for Diseasc Control and Prcvention (CDCt'), 126-127, 183-184 Centipoise, 247 Cera Branca NF, 302-303 Ccr• de Éstercs Cctílicos NF, 300-301 CGPM (Conferencc Generale dcs Poids ct Mesurcs),84-85 C isplatiru, degr.idaçâo porde famiacêuticos, 739-740 Coeficiente de partição, 706-707 Colesterol N F, 304-305 Colbbor:nive Phamucy Practice Agreemeni, 20-21

743

Colódio, 490 Coloides, 705-707 Coloides de associação parriculados, 263-266 Combat Methamphetamine Epidemie Act (2005), 43 Compatibilidade definições associadas com, 688-689 emulsões de s.bão n>Sccnte, 472-473 responsabilidade pela provisão de medicamentos de q ualidade, 689-(,92 Complexaçio, 715-716 Compliance Polícy Cuides (Ci>Cs), 162- 164, 666-667 Componentes de medicamentos, definição. 178-179 Comportamento, animal, 674-676 Compostos polihidsoxibdos, 278-279 Comprehensive Methamphetamine Concrol Act (1996), 43 Ó>mprimidos bucais, 180-181 Comprimidos moldados, 349, 363-364 Comprimidos sublinguais, 180- 181 Conceito Q 10, 713, 714 Concentração generalidades. 100-1O1 interpretação, 128-130 misturando ou diluindo prepmções álgebra. 110-112 exemplos de pmblcmas, 112-1 16 ligação. 111 - 11 3 percenrual, 110 na terapia mcdic:unen"]>irogenização. 573-574 Determinação ;\cido- base, 700-101 Dextrose, 646-649, 654 Diastereisômeros, 716 Dietilenoglicol (DEG), 2 14-215 Diluição gcoméuica, 319-320 Dilu.içõcs em série genera.lidades, 135- 137 líquido-líquidas. 143-l 46 sólido-sólidas, 140-142 Diluições em série de sólido-sólidas, 140- 142 Diluições em série líquido- líquido, 143- 146 Diluindo preparações :ilgebra, l I 0-112 exemplos de problemas, 112-116 ligação, 111-113 perccnrual, 1 1O Dióxido de Silício Coloidal NF, 264-265 Dispensação, 19-20 Dispensadores, 44-46 Oispenào uniforn1e, 439-441 Dispositivos de cransfcrência de frasco de s:iste.m.a fechado,564,57 1- 572 Dispositivos p2-ra trat1tfcrência por sisterna fcchado,564,571 -572 Dissolução capacidade das bases ctn .ibsorver solvent~s. 494-495 de sólidos, 399-401 escolhendo solventes, 493-494 tipos de solventes, 493-494 Dose, interpretação para a seleção do produto, 128-130 Doses individuais, 125 Orug efficacy Study lmplemenmtion (DESl), 161

Drug Enforcemen1 Administracion (OEA}, 43 Drug lnÍOIT03tÍOn Hmdbook, 145- 146 Drug Price Competition and f>a1ent Terrn R.cstoration Act, 162 DUE (Avaliação do uso de medicaruenros), 62-63 Duplicação lerapêutica, 66-67 DUR, 62-63 DUR. .,.,. R.cvisào de utilização de medicamentos DUR. prospectiva. 6 1-63 DUR retrospectiva, 62-63

E Edetaro exemplos de cálculos, 475-476 medida doo emulsi6cantcs polissorbato--és1er sorbimno, 474-475 ordem de mistura, 474-475 quantidade de emulsi6can1e necessária, 473-475 Emulsões de uso oral, 469 Emulsões de uso 16pico, 469 Emulsões lipídicas injetáveis, 648-649, 651 Emulsões liquidas compatibilidade quúnica, 476 dcfiuições associadas à, 468-469 escabilidadc Gsica, 476 csubilidadc microbiológica, 476 exemplos de prescrições, 477- 488 exigências para rotulagem 476 11121tipulação emulsões de gom• arábica. 470-471 emulsões de sabão nascente, 471-473 emulsões de surf.acbntcs não iônicos, 472-476

prazo de validade, 476 propricd>des das, 470 tipos de, 469 usos das, 469 Emulsões o/a (ó leo em água), 469 Emulsões óleo em ógua (o/a), 469 Emulsões primárias, 470 Endotoxinas, 564-565 Envelopes acondicionamen10, 322- 323 definição, 316 manipulação de, 321-322 Ef>l (equipamentos de proteção individu.t), 176- 177. 567- 568,571- 572 Epimerizaçào, 716-7 17 Epímeros, 716 Equaç.ão, 1ampào, 241 Equação de Arrhenius, 712-714 Equação de Cockcrofi-Gault, 133-134 Equoçâo de Henderson-Hasselbalch, 24 1 Equação de Noyes- Whirncy, 3 16, 401-402 Equação de Van't Hofl: 148- 149 Equoções de cinética química. 710- 711 Equoções de degrndaç.'io de firrnacos. 710-711 Equipan1entos al1tom:íticos para manipulação (ACDs). 576-577, 655 Equip•memos automáticos para manipulação. 576- 577. 655 Equipan1entos de controle da contaminação. 566-567,574-575 Equip•memos de pro1eçào individual (EPl), 176- 177, 567- 568,571 -572 Equipamcn1os para aquecimento, 177- 178 Equjp;unen1os para pesagem e medida balanças de prescrição, 191-197 definições associadas a, 190- 192 padrões, 189- 191 papéis e pra1os para pesagem, 197-199 pesos, 195-198 princípios gerais para, 190- 191 proccdimen1os recomendados, 198-201 vidr.arias voluméuicas. 200-204 Equivalência química e terapêutica (bioequivalência), 161- 162 Equivalemes. 102-103 Erros. vor erros médicos Erro< médicos abreviações e símbolos, 261-281. 28- 30 NCC MERP, 25, 27 Programa de relato de erros de mcdicamcnt0s, 25, 27 pro11ú.ncia se1ne1hantt:, no1nes sc-r11cll1ante5 de medicantenws, 29-31 rastrcamcntO e analise, 30-3 l solicimçõcs por cscri10, 25, 27-29 solicitações vcrbaienics pediltneos, regimes terapêuocos pan, 129-133 uso do álcool cm. 213-214. 551 Pababahdade, 250

Palrniuto de Ascobila NF, 237 Papéis de pó dobrados, 322-323 Papéis para pcs;igcm. 197-199 P.lpéis para p6s, 197-198, 322 Papel Vegetal, 197-198 Parabcnos,225- 227, 230-231, 582-583 P=liiu NF, 301-303 Paramcnação ~oal para manipulação wéptic>, 567-569 Parâmetros fanuacocinéticw, 132-1 34 Pacenterais de pequeno volume, 622-623 Pas""1 seg (Pa.s), 247 Pasta de Óxido de Zinco USP, 493-494 Pastas, 294, 300-301, 490 Pasas oleosa$, 300-301, 490 Pastilhas, 348, 358-363 (>a.stillias de goma aribica ..açúcar obtidai por rob.mcnto manual, 359-361 Pastilhos duras, 35S-359 Pastilhas gcl•tinoS>S, 361 Pasnlhas gcb.rinoS>S m:ucigáveis, 361-362 P>salhas moldadas, 361-363 Pastilhas moles, 359-362 Pas111has moles de poliecilenoglicol, 359, 361 t Pasalhas obtidas por rohmenco manual, 361-362 PCAB (Ph2rmacy Compounding Acc:redit1tion Board). 157, 160 PCCA (Profcmorul Compoundmg Ccntcn Amena), 667-668 PECs (Eqwpamcntos de controle da contam1naçào), 566-567, 574-575 Pcde11en-B,Jerp>td, Kaj, 153

or

Pcd1dtiõrucos, 270-271 Surf;icuntcs não iôn1cot~ Z'11 -Z12 SumcantC$ niio iõruc:os, Span 494- 496 Sumcunrcs nõo iônicos sintériCOItir da soluçõo, 706-707 soluções de NPT, 654 Temperamra ambiente, 181 - 182 Temperan1Ta ambiente controlada, 92, 181-182 Temperamn cinética média (TCM), 92-94, 181-182

Temperatura de aquecimento excessiva, 181- 182 Temperamr> do congelador, 181-182 Temperamra do refrigerador, 181-182 Temperamra fria, 181-182 Tempcranara fria controlada, 181 -182 Tempcranara morna. 181 - 182 Tempo de carência para animais de produção. 669-671 Tempo de tr0mbopb.stin:1 parcial (lTP), 133- 134 Tempos carência para animai$ de produção, 669-671 Teor de álcool, 115- 116 Tennômetros, 176-178 Termômetros para laboratório, 176-177 Tennos de solubilidade. 399-400t Testes par.a balanças, 192-197, 194 TFG (tan de filtração glomerular), 674-675 T imerosal, 227-228, 230-231, 582-583 Tinmras. 395-396 T iossulfato de sódio USP, 236-237 Tixotropia, 248, 249 TMC (temperatura cinética média), 92-94, 181- 182 Toxicidade de flnnacos em animau, 676-6nt Toxinas, especificas para espécies, 675-676 Transmiisio cletrânica de preSçõcs liquidas orais industrializadas, 289-291 preparado• na farmácia, 284-290 rescrições, 283-284

pan preparações Jíquid:as tópica.~ industrializadas, 291- 292 preparados na funnácia, 291-290 restrições, 290-292 Veículos 3 bose de açúcar, 290-291 Veículos estn1turados, 288-291 Veículos líquidos isentos de açúcar :l base de sorbito~ 286-288 estruturados, 288-290 generalidad es, 286-288 industrializados, 290-29 1

prcpirados com polímeros natur.11is e sintéti. cos, 287-289 Veículos or.ais contendo sacarose contendo ilcool, 286-287 Veiculo Estruturado para Suspensão NF, 286-287 Veículo pa.ra Solução Oral NF, 286-287 xarope de ácido cítrico, 285-286 Xarope NF, 284-286 X>ropes edulcorados de prodmos naruraL