A Bíblia do Cânhamo (maconha): o rei vai nu: O cânhamo e a conspiração contra a marijuana
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ORIGINAL ESCRITA PlLO SR. JACK BERER

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A uBíBLIA DO CANHAMO" ORIGINAL ESCRITA PELO SR. JACK BERER

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O M A H A C O E A CONSPIRACAo CONTRA A M A IJ U A A o Registo Hist6rico e

CientfOco sobre a Planta Cannabis 'Sativa L.

A Proibição da Muijuana e Como o Cânhamo Pode Ainda Salvar o Mundo

EX TR A! PORTUGAL

A CANNABIS EM

Nota à Ediçõo Portuguesa A edição portuguesa de The Emperor Wears No Clothes, de Jack Herer) apresenta algumas diferenças em relação à original, não incluindo os Apêndices) onde se reproduzem fontes citadas no texto, a Documentação) uma colecção de recortes de imprensa sobre o cânhamo-de-cannabis, e o Suplemento Publicitário. Adicionalmente, a adaptação do formato A4 original da edição americana desta obra obrigou a fazer algumas alterações de pormenor ao seu conteúdo.

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DEDICATóRIA A fdw;n UCapitão Ed" M. Ada;r III Nascido a 29 de Outubro de 1940; Falecido a 16 de Agosto de 1991, de Leucemia Pai de Scarlet, Robyne Edwin Marsh IV

Ele foi o meu mestre, sócio e amigo; o homem mai honrado e o mais bravo combatente pela liberdade que jamais conheci. Ele ensinou a tantos de nós como salvar a Terra de nós próprios e a rir dos seus inimig , em deixar de os estimar. Em 974-75, a po e de menos de uma onça de cânhamo/ganza foi descriminalizada no estado da Califórnia. O Capitão

os dias para legalizar a marijuana e tirar da cadeia todas as pessoas presas por ganza, até 11'lOrrermos ou a marijuana ser legalizada, ou podíamos desistir quando fizéssemos 84 anos. Não éramos obrigados a desistir, mas podíamos fazê-lo.

Fizemos uma jura. Nessa altura, virtualmente toda a pe soa que p rtenc.iam ao movimento pr -ganza californiano consideravam que já tínhamo ganho. C meçaram a afastar-se do m vimento e a regre sar às suas ocupações, pensando que a batalha t rminara e que os políticos tratariam dos últimos detalhes ... Capitão ' d desconfiava que os políticos fo em terminar o trabalho. E nha razão. A jura de d, que eu subscrevi em 1974, e de novo em Abril d 1980, 1986 e 1988,

Quando fizemos pela primeira vez esta jura faltavam cinquenta anos para nos tornarmos octogenários. Incrivelmente, achávamos que, à luz de toda a espantosa informação que havíamos descoberto sobre o cânhamo, a batalha para a legalização competa da cannabis estaria terminada com facilidade em seis meses dois anos no máximo .. . O Capitão Ed mostrou-nos que o cânhamo é um dos mais estimáveis e importantes salvadores da Humanidade. Eu comprometo-me a continuar a luta, e peço aos meus concidadãos da Califórnia, e a todos os americanos, e ao resto do mun.do, que se nos juntem.

. d Cà direita na imagem acim.a, com o autor no Encontro do Rainbow realizado no Mimlesota em 1990) tinha 33 anos e eu 34.

15 de Julho de 1998

finalmente no hospital, quatro dias antes de ele falecer em Agosto de 1991, era do seguinte teor: jurávamos trabalhar todos









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Introdução por Jack Herer Prólogo por Michael E. Rose Prefácio por George Clayton Johnson

I Capítulo I RESENHA HISTÓRICA SOBRE O CÂNHAMO-DE-CANNABIS Notas Explanatórias • O Cânhamo-de-Cannabis • O Que um Nome Indica • Notas Históricas Americanas • Notas Históricas Mundiais • Combateram-se Grandes Guerras • Por Que É Que o Cânhamo é Tão Importante? . 5 Capítulo 2 UM BREVE SUMÁRIO DOS USOS DO CÂNHAMO Navios e Marinheiros • Têxteis e Tecidos • Papel • Quando o Cânhamo Salvou George Bush '. Cordas, Cordel e Cordame • Telas para Pintura • Tintas e Vernizes • Óleo de Iluminação • Energia de Biomassa • Medicamentos • Óleos Alimentares e Proteína • Materiais de Construção e Habitação • Para Fumar (Lazer e Criatividade) • Estabilidade Económica, Lucro e Comércio Uvre • O Desafio • O Efeito de Estufa e o Burocrata • Diagrama da Planta • G. W Schlichten e o Descorticador

A CONSPIRAÇÃO A MARIJUANA 23 Capitulo 3 NOVO PRODUTO AGRíCOLA MULTIMILIONÁRIO Artigos das revistas Popular Mechanics e Mechanical Engineering, ambas de Fevereiro de /938. 31 Capítulo 4 OS ÚLTIMOS DIAS DA CANNABIS LEGAL Revolução no Fabrico de Papel • Um Plano para Salvar as Nossas Florestas • Conservação e Redução na Fonte • Conspiração vs. Competição • "Reorganização Social'" A Desinformação de Hearst • Xenofobia e Apartheid • ATaxação da Marijuana • "Alguém Consultou a A.MA?"· Houve Mais Quem Se Pronunciasse Contra • Protegendo os Interesses Especiais • Mentiras Autoperpetuadoras

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45 Capítulo 5 A PROIBiÇÃO DA MARIJUANA Esmagar a dissençõo • A Erva e a Ameaça à Paz • Um Programa de Controle • AFraude Farmacêutica de BushlQuaylelUlly • Comportamento Criminoso SO Capítulo 6 A LITERATURA CLíNICA SOBRE A MEDICINA DA CANNABIS Cuidados de Saúde Acessíveis • Século XIX • Século XX • Aceitação Popular • AConferência de Asilomar • Proibição da Investigação • Juiz da DEA Delibera a Favor da Marijuana Médica • As Empresas Farmacêuticas • A Raposo e o Galinheiro • Minando a Competição Natural • Envenenando o Terceiro Mundo • Reescrevendo a História

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59 Capítulo 7 O USO TERAPÊUT CO DA CANNABIS : Asma' Glaucoma • Tumores • Náusea/Quimioterapia do Cancro '. Epilepsia, Esclerose Múltipla, · Dores nas Costas e Espasmos • A Determinação de um Homem .• CSOs Antibióticos e : AntiBacterianos • Herpes, Fibrose Quístico,.Artrite e Reumatismo Expectorante • A Cannabis · Compassiva e as Culturas Cruéis • Sono e Relaxamento • Suess e Enxaquecas • Apetite • A Guerra às Drogas • Salivação SIDA, Depressão, etc. "' Riscos Aceitáveis I'

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71 Capítulo 8 A SEMENTE DE CÂNHAMO' COMIO ALIMENTO , BÁSICO DO MUNDO Nutrição com Sementes de Cânhamo • A Melhor fonte Alimentar da Humanidade .' O Espearo da , Fome Mundial' Um Elo Fundamental na Cadeia Alimentar

, 75 Capítulo " ECONOMIA: IEINERGII A E AMBIENTE Energia e Economia' Combustível Limpo ,e Renovável • BiomassQ' pam a Abundância' Energética • · Quintas Familiares ou Combustiveis Fósseis '. Quol É10 Problema? • A.segunda Guerra Mundial .. · Segurança Energética .. Uvre Iniciativa, Lucro Elevado .. Mudanças riO Afta C.oswro .. Resistentes · Produtos de Papel • Substituto BiodegradáveJ paro o Plástico, • Negócios e Taxos Derivados • Economia Verde .. Recuperação da Terra e do Solo .' Guarda Natural " O Corro de Biomassa de Henry Ford l

85 Ca,pítulo I OMITO, MAGIA. IE MEDICINA O Que Um Nome Indica (2) • Os Primeiros Utilizadores Conheddos de Marij ano • AC. • O Cânhamo e os Citas • O Fio da Civilização" O Cânhamo' ria'ApliGoçào da Lei A Medicino Vegetal da Cannabis • Os Filósofos Místic(}s .. AMent,e NaturoJ• En DitO ,em SegredOI .,A Unha , Judaica • O Que Diz a Bíblia • O Cr.istianismo Primitivo O Sacro impéIio Romano • A Ar(stocloda Igreja/Estado • A Política do Papel" A Proibição dos MedicamerTtos de' Ú1nndbis .. as Medicamentos Medievais Legais' Contradições' ETodovia' o Cânhamo Persistiu • Mode (} Económico das Leis de : Confisco· Iluminismo • A Com,paroção que Jefferson fez ,com .o Tabaco j

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A CONSPIRAÇÃO' CO'NTRA A MARIJUANA 97 Capítulo I, I A GU'ERRA (DO CÂIN HAMO), DE 181 '2, , NAPOLEÃO E.A RÚSSIA A história oculta do papel que o cânhamo ,desempenhou numo ,era histórica 'mportan!e • De' I' 740 , até 18/5 103 Capítulo 12 O :USO DAS DIR.O GAS DE CANNAIBI S AM:É,RI'CA DO SÉCULO XIX Medicação com Marijuana • Inspiração Uterária • Rebuçados de Ho)(i • $íiI ões, d- fumo Turcos .' Tão Americano Como Torta de Maçã • Calúnias

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108 Capítulo I J RACISMO:A MARIJUANA E AS LEIS JIM CROW Fumar na América- Blackface • Todo Aquele Jazz • O Ódio que Anslinger Nutria Pelo Jazz • Os Mexicano-Americanos • A África do Sul • Vestígios 115 Capítulo 14 MAIS DE SESSENTA ANOS DE SUPIR ESSÃO Forças Armadas - A Privacidade É um Direito· Testes à Urina - laRouche Contra o Rock • Babe Ruth • Dividindo Famílias • Vigilância e • Uma Política Antiamericana • Polícia, Segredos e Chantagem- Paul McCartney/8anda em Fuga • Humilhação Pública • Lei Feuda/ • Armadilhas, Intolerância, Ignorância • A PDFA • O Programa DARE· A Hipocrisia Absoluta • Os Média Entorpecidos • Injustiça Continuada

A CONSPIRAÇÃO CONTRA A MARIJUANA 130 Capítulo 15 A HISTORIA OFICIAL: DESMASCA,R ANDO A HCI:ÊNCIA RASCAu Desperdiçando Tempo eVidas • Conversa DuPla • Relatórios sobre Lesões Cerebrais • Efeitos Duradouros • Os Estudos de Nahas • Relatórios sobre Lesões Pulmonares • A Radioactividade no Tabaco • Estudos de que o Governo Não Fala '. O Estudo Copta • Os Estudos Jamaicanos • O Estudo Costarriquenho • O Modelo de Amesterdão • Corrupção: OCaso Carlton Turner • Bush Ataca de Novo - Comparação com o Alcool 147 Capítulo 16 O REIVAI IN U A Fábula • Analogia Lógica • As Verdadeiras Consequências da Proibição • Repressão High Tech • Desperdiçando os Nossos lmpost,os • A Supressão dos Factos pelo Smithsonion • Critérios Duplos • Políticas de Ignorância • O Que E a Lei? • Conclusão • O Que a Justiça Exige • O Que ° Leitor Pode Fazer 158 Epílogo: O Estado do Reino do Cânhamo, 2000

168 Actua'lização da la edição, portuguesaó Novembro 2002

169 Apêndice UMA BRiEVE HISTÓRIA DA C.ANNABI.S EM PORTUGAL OCanhamo Nosso de Codo Dia • Quando em Portugal Até os Padres Eram Obrigados a Cultivar Cannabis • Garcia do Orta Apresenta o Bangue ao Ocidente • ACapital Portuguesa da Cannabis • Eça de Queirós: "Pois Venha o Haschisch!"· A Cannabis na ,ungua Portuguesa • "Se Não Comes a Sopa, Chamo o Traficante ... '" Os Mil e Um Segredos de Fátima • AGonzo Estreia-se no Cinema Nacional

107 IBibl'iografia: Leituras Recomendadas 213 índice Remissivo: Referências Cruzadas

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INTRODUÇÃO à edições de 1 ste livro é dedicado a todos os prisioneiros de consciência desta guerra desencadeada contra uma planta; e ao espírito indomitável de pessoas em toda a parte que procuram conhecer a ver;dade para que possamos continuar a viver sobre a superficie da Terra com todas as suas inúmeras e abundantes p.lantas e substâncias naturais. O objectivo deste livro é apre ntar uma rigorosa perspectiva hi tórica, 0eial e económica sobre o ânhamo/marijuana) a qual é neces ária com vi ta a assegurar reformas legai abrang nte , abolir as leis que proíbem e ta planta) e alvar os si temas vitai da Terra. Escrevi o meu primeiro livro obre marijuana, G.R.A.S.S.) no início d 1973. À época, desconhecia qualquer utilização para e ta planta, com a po ível excepção do fabrico de corda) quanto mais que ela era o mais importante recur o terre tre para a produção de papel, fibras) combustível) etc. Completei a ver ão ini ial de O Rei Vai Nu em 1985, apó doze ano pa ado a recolher informação obre o cânhamo. intenção do livro era ser o culminar d uma cruzada pessoal muito concreta. que empreendi com o meu amigo de longa data e sócio, Capitão Ed Adair para conseguir o direito de e u ar marijuana e educar as pes oa obre o cânhamo. Foi o Capitão Ed quem) de d 973) me encorajou con tant mente a regi tar e compilar o facto que eu ia obtendo obre a marijuana e cânhamo. Ao recolher um facto aqui e outr a1i, começou a revelar- e uma p r pectiva mais alargada do cânhamo-de-cannabi e da sua upre ão - p rsp cti a e a que eu não antecipara. O que começou a formar- e, fa t ap6 facto empírico, foi a imagem de um mundo a ser destru ído por uma perver a conspiração para uprimir nã urna

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vável para ser usada no planeta. Os resultados da sua brilhante obra podem descobrir-se em todas as páginas deste livro. O trabalho de Lynn revelará às pessoas de todo o mundo a beleza, necessidade e facilidade do cultivo e conversão de energia. Lynn trabalhou dia e noite, fazendo pe quisas para este livro até 2 de Janeiro de 1990, quando foi preso por crime de cultivo de marijuana. Encarcerado em Ventura County, Califórnia) por um período de um ano, continuou a editar activamente este livro por detrás das grades. A um dos meus grandes associados e redactores contribuintes, a mulher de Lynn, Judy Osburn. A Judy tornou -se, por necessidade e ultraje, uma respeitada autoridade em legislação sobre apreeen são e confisco. A necessidade surgiu quando o governo apreendeu a casa da família Osburn em 1988. Desde então) o casal Osburn desenvolveu comigo um plano para salvar o planeta para os nossos filho. O excelente livro que Judy escreveu, Spectre af Farfeiture [O Espectro do Confisco], relatando a sua odisseia, encontra-se agora esgotado. A Shan Clark, pela sua participação activa na edição) catalogação e redacção deste projecto, e por tê-lo empurrado em frente quando ele ou eu poderíamos de outro modo ter estagnado À minha antiga assistente, Maria Farrow, que me acompanhou da Biblioteca do Congresso à Smithsonian Institution e ao Departamento de Agricultura dos E.U., enquanto procurámos dúzias de funcionários governamentais para os inquirir sobre o cânhamo, e localizámos centenas de documentos sobre esta planta e o seu encobrimento. A Dana Beal, por todo o seu brilhante trabalho de investigação que permitiu ligar o livro DuPant Dynasties, de Jerry Colby, com a informação sobre a proibição do cânhamo. A Jerry Colby, pelo seu trabalho corajoso e engenhoso, que nos tornou COllS-

tribuição de monta para este empreendimento. Os conflitos de egos estiveram ausentes quando quatro ou cinco de nós ficaram acordados noites a fio; só o melhor de cada espírito se manifestou. Quando e escreve wn livr.o como O Rei Vai Nu original, dado que a informação que devia s r do c nhecimento comum é virtualmente desconhecida dos nossos docentes e cidadãos, espera-se sempre que alguém dotado de grande energia e intelecto o leia, o aSSW11a como cau a e pa e também a en iná-lo aos outros. Ao longo dos anos, centenas, talvez milhares, de pessoas que leram O Rei Vai Nu agradeceram-me por ter e crito um dos seus livro preferidos. Num concerto dos Grateful Dead, um doutorado de Yale chegou mesmo a agradecer-me abraçar-me por eu er o seu autor pr ferido de sempre, dizendo- e encantado por eu ainda estar vivo! (Estava obviamente a confundir este livro com a história infantil homónima que Hans Christian Andersen screveu no século XIX, a qual a sua mãe lhe lera quando era menino). Um dia no fmal de 1988, Chris Conrad leu O Rei Vai Nu e tornou-se o meu aliado. Com as sua infindas energias e prodigiosos talentos editoriais, Chris trabalhou 40 horas por semana durante quase cinco meses, sem qualquer remuneração, agindo todavia como se sse receber um milhão de dólare pelo seu trabalho. Du rante tod este tempo, a mulher de Chris, Mikkiorri , deu o seu ap io cliver ificado a este projecto. Qu riam também transmitir infindos agradecimentos ao resto do nosso dedicado grupo: Obrigado ao m u antigo editor associado e r da tor adjunt , Lynn Osburn, que é ao mesmo tempo um grande escritor e um grande cientista da energia do cânhamo/marijuana. Lynn dedic u-se a verificar se o cânhamo era de facto um dos principaj recursos naturai ren váveis da Terra. le estudou a tecnologia capaz de gerar energia limpa reno-

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ciente da megalomania do DuPont . A Ben Ma el, pela sua crítica positiva, grande assistência e investigação sobr o dado mais esotérios relativo ao cultivo mundial do cânhamo, e por outras coisas ainda ... A Julie Kershenbaum, pela excelência da sua assi tência editorial e r vi ão d provas, e a D. S. H., pela ua a i tência editorial e meticulosa preocupação c m exactidão e legibilidad . A Brenda Kershenbaum e Doug McVay pela re i ão d provas e comentário editorai qu fizram para a dição de 1990. A Steve Hager,. John Holm trom e a equipa da Righ Times pela ua a . da editorial e total apoio que pre ta am, não apena a este projecto, ma à id ia de que a Terra pode ser salva, e qUI ada um de nós pode tornar- e um "Combatente pela Liberdade" em prol d tacau a. Aos Wiz Kids da Kno Ware, Ron lawrence e Vicki Marshal, que por iniciativa própria digitalizaram em computadore Mac a antiga versão de O Rei Vai u. m 1989) ao regre ar de uma éri de aletras universitárias sobre o cânhamo, ele presentearam-me de surpresa c m um ficheiro digital contendo o te do livr antigo) o que me conferiu o adianto de que eu carecja para realizar e te enorm empreendimento. A Timothy Leary, que encorajou Ron e Vicki e eu a realizarmos esta obra. George Clayton John on, que durante quatro anos me fez çhegar provas fre cas de O Rei Vai Nu e um carinhoso en rajamenta para actualizar e reeditar t li roo Aos meus senhorio altruísta, Ed ther, que protelaram o prazos de pagamento do aluguer, de modo a q ue e t projecto, no qual também a reditavam. não parasse ou estagnas e de id a minha escassez de fundos. Aos meus amigos doutore Tod ikuriya e Fred Oerther, pela crítica qu fizeram da secçõe médicas de te ]í roo A Loey Glover, r, pon ável da ed nacional da NORML, pelo eu apoio constante e caloroso encorajamento.

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A Gatew od aJbraith ark Br nnamen, de Lex.íngton. Kentucky. p [ t, da a n tá eJ in tiga - o qu fiz ram obr a cannabi , e p la luta que empre nd ram a ia 'or do d' reito legíti m ,e p tendal do cidadão d ntu

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David e Debbie, Steve e Chuquette, Roger, Gary H., Rooster, Dudley, Tim, Rose e Chris, Gail e Billy, o Estranho Amigável Ed, Steve e Andrew DeAngelo, Rick Pfrommer, Peter A., Larry ., Floyd, Jean Michel Eribon, Ron Tisbert, Ri.chard M ., T. c., Mitche1 de Nova Jersey, Beau e Rachael, o falecido Jonathan Drewel (que da Southern Montana University nos fez chegar toda a sua incrível energia), e Lynn "Thelma" Malone, por terem mantido a chama acesa durante o últimos cinco anos, e a todo quantos leram esta obra, ou para ela contribuíram, dos quais eu po sa ter-me esquecido inadvertidamente.

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PARA A EDICÁO DE 1998: -

A Michael Kleinman, que teve o sentido d previsão e negócio para tornar esta edição do Rei a melhor de sempre. A minha esperança é que este livro ajude todos a compreenderem a verdadeira natureza do cânhamo-de-cannabis, e que você, caro leitor, decida tornar-se activo no forço para parar este crime contra o Homem e a Natureza: a proibição da marijuana. O objectivo deste livro é

fornecer ao leitor as ferramentas, os factos inegáveis e a sensação de ultraje necessários para derrotar mais de 60 anos de mentiras contínuas e supressão da verdade por parte das autoridades.

meus leitores e parceiros de descoberta de 1992: obrigado por todos os documentos, recortes e sugestões que nos enviaram durante os últimos anos. Continuem a enviar-me as novas informações que nos ajudarão a completar este quebra-cabeçasem futuras edições. A ReShard e seus amigos em Treasure Valley, Indiana. Desejo agradecer de novo aos meus inúmeros editores, presentes e passados (Leslie Cabarga, Jeff Meyers, Tod McCormick, Jeremy Stout, Lynn e Judy Osburn, Ellen Komp, Chris Conrad, Shan Clark, Bryce Garner e Carolee Wilson), por serem os mais extraordinários colaboradore , patriotas e apoiantes do cânhamo com quem alguma vez poderia ter desejado trabalhar. Obrigado .também a Steven Saunders, Milo, Ivy e Michael M., os editores associados da edição deste livro em CD- Rom, The Electric E111peror. E flnalment e, à minha namorada, Jeannie Hawkin , cuja dedicaçãO ao movimento do cânhamo e trabalho duro neste livro me tomaram o mais feliz e afortunado de todos os guerreiros do cânhamo. Sinceramente,

Tentámos ser tão factuais e exactos quanto é humanam nte possivel, ma erão empre neces árias revisões e corr cções. Por favor enviem-me cópias de quai quer documentos ou materiais que fortaleçam aLnda mais a próxima edição do Rei. E de novo o meus agradecimentos aos

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Jack Herer Director e Fundador, HEMP (H elp End Marijuana Prohibition)

PRÓLOGO

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Redigi meu primeiro prefáci para uito t mpo p ou d d então, mas algumas coisas manti eram- e on tant. 19 5, r ri o 600.000 detenções p r po se de marijuana. m t do o p ' . o ano p houve 642.000 novas detenç - prd lito rela ionad m m rijuana. P I 75% desses casos envolviam po e ou cultivo para consumo p alo Estes treze anos trouxeram alguma mudan co o l r . tuai n -e legais são mais severas ainda. Mai pe oa do que m 19 5 e t-o p rder a uas a devido a crime relacionado com a marijuana. Corno r uJt d da rr à dr g a construção de pri ões - não de e cola - t rn u- a mal ria ílld' tri crescimento, e a protecçõ s con agrada na uarta nda a t rnarmemória grata ma cada vez mais ténu . Outra mudança perturbadora D i a intensificação qu - do nível de hipocri ia governamental. Ap ar dpro lama ,. trário) actualmente ninguém pode acr ditar qu a gu rra a do que foi a guerra no Vietname. · inguém p d p r riament em u a cios de um cessar-fogo permanente n ta CL mente gu rr por ausa de dr ga . Todavia) a guerra continua. Ape ar do no , nh imento mi· b ar para excluir da questão o valor terapêuti o da marijuana p oas continu m a r pr cessadas pelo uso puramente médi o que fazem da cannabi . ' izem aut ridad : "Talvez seja verdade, ma estamo a nviar uma m n ag m: ntão e 2.000 p soas foram vítimas numa guerra que tem apena uma ra ionaliza ão imb li a? I to soa a um enorme desperdício. Observo os comentário que fiz há treze ano atI:" into um rto e pan t minhas palavras ainda serem exacta. O' facto é decerto ai az e apontador. esperança era que pudé emo ter dec'dido a que tão, e que h j o Ih'ro d Ja k tivesse tornado uma curio idade histórica. ão. o li [iO tão, ,o ortuno h j mo sempre) e o Rei ainda vai nu. J

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Michael E. Rose, advogado m Portland

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Jack Herer conseguiu o seu objectivo. Com incrível precisão, apoiando-se em volumosas pe quisas, colocou o dedo no ponto onde convergem todas as tendências que ameaçam sufocar o mundo. E no núcleo destas complexidades descobriu o CÂNHAMO. A premi sa do livro de Jack Herer, O Rei Vai Nu, é maximamente fantasiosa: Que as diversas propriedades da aviltada e condenada planta de marijuana podem fornecer suficiente vestuário, óleo, medicamentos, alimentos e habitação para todos os povos do mundo, caso ela eja completamente legalizada e comercializada; e que o cãnhamo provará er o meio de alva r o planeta (nós) da chuva ácida, do aquecimento global e da rarefacção das nossas precio as florestas e combustíveis fósseis. Mais ainda - que os alegados perigos de fumar marijuana empalidecem perante as muitas vantagens potenciais do comércio livre de cânhamo e produtos derivados. Agora que Jack a inalou estes facto a um mundo em mudança que anda em busca da verdade - os cidadãos irão decerto repor as coisas no seu devido lugar renunciando ao Tratado da Convenção Única de 1961 sobre as drogas e a marijuana, e apetrechando-se de forma a produzir uma enome quantidade de bens de qualidade e ecologicamente benignos para uma sociedade de mobilidade ascendente. Enquanto escritor de ficção científica, sinto-me atraido por esta visão de um mundo alterado de céus limpos e viçosas florestas, repleto de pessoas amantes da liberdade que vivem em casas de cãnhamo, u am roupas de cânhamo, comem saladas de tofu de cânhamo e guiam o seus automóveis de cânhamo movidos a cãnhamo ao longo de autoestradas bordejada a cânhamo. Jack argumenta muito bem em favor desta possibilidade. O facto é que fiquei encantado com a leitura que fiz deste informativo livro. Aparentemente, Jack Herer tem um onho - no seu futuro, o cânhamo está completamente integrado na sociedade, de tal forma que os combustíveis fósseis e fibras intéticas, por exemplo, terão sido substituídos por substâncias naturais que são anualmente renováveis e não-tóxicas. Para além da elevação da nossa inteligência) ele antevê a melhoria da nossa aúde graças à proteína completa chamada edistina e aos ácidos gordo e senciais, o linolénico e o linoleico, que se encontram em abundância no miolo e no óleo da semente de cãnhamo. Ele antevê como as nossas habitações, a no sa alimentação, o nos o vestuário, os nossos medicamento, os nossos combustiveis e o nosso estado mental e espiritual erão melhorados devido ao cânhamo. Ele dedi.cou a sua vida a tornar r aI est seu futuro. Eu coo eguiria viver nele. - George Clayton ]ohnson) autor de 8 episódios da série Twilight Zone, de Twilight Zone ( . he Movie), Logan's Run (livro e filme), Star Trek, Oceans Eleven, Kung Pu, etc., 15 de Maio de 1998.

xix

CAMPONESES COLHENDO cÂN'HAMO O, I íCIO DO S CULO XX Ao longo de muitos milhares de a noS', por UJdo o mundo tomlllas inteiros r

juntaram.se para fazer ,as colh'eitas dos campos d ,c ânhamo no a,uge da época de floração deste, n unca sonhando qu,-' um dia o gov mo dos E.U. lideraria um movimento internad onol p ara ,e ITadif:o r ti p'anta cannabls da face da Terra. Ao longo dos ú/timo.s sessenta onos" os ,Estados Unidos' ,n dO $,6 ,d S D"'Ordjarom o uso do cânhamo, mas odop,t aram uma poll 'CD d extinção, da desta espécie de planta. O impacto de' aciden'r olmente, ou mesmo d forma consciente, se destruir uma forma de vida .sfJedfico nunca :(01 talmente considerado, quanto ma is o e:fefto' d'en o1aque concertado CO'R tra aquele que é possivelmente o principal recurso _noáv I da Terro. tendo literalmente centenas de aplicações criticas m esp c na substi tuição da maioria dos usos dos combustlveis fós.seis da lnad'e 1'0' e dos produtos petroqufmicos.

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Res,enha Histórica sobre o Cânhamo-de-Cannabis Para Que EsteUvro Seja Maximamente Claro: As explicações ou documentações marcadas com um asterisco (*) são apresentadas no final do(s) parágrafo(s) relevante(s). Por uma questão de brevidade, outras fontes de factos, episódio ) histórias, estudos, etc., são citados no corpo no texto. As notas numeradas encontram-se no final de cada capítulo. O factos aqui citados são em geral verificáveis na Encydopaedia Britannica, a qual i impre sa em papel feito primariamente de cânhamo-de-cannabis durante mais de 150 anos. Porém, qualquer enciclopédia (por mais antiga que seja) ou bom dicionário servirá para fins de verificação geraL

CANNABIS SATIVA L. ,lanta também c?nhecida por cânhamo, canhamo-de-cannabis, cânl am indiano, cânhamo verdadeiro, muggles, weed [erva], pot [boi, ganza], marijuana, reefer [ harro, pa sa]) grass [erva], ganja, bhang, "the kind", dagga, herb, etc. i" Todos estes nome referem-seexactamente à mesma planta!

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NOTAS HISTÓRICAS AME:RICANAS

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m 1619, a primeira

lei americana sobre

marijuana foi promulgada na Colónia de Jamestown, Virgínia, «intimando" todos os agricultores a «experimenCannabissativa I. tar" (cultivar) sementes de cânhamo indiano. Leis adicionais mandatórias do cultivo QUE UM NOME INDIC.A de cânhamo foram promulgadas no (Geografia dos E. U.) Massachusetts em 1631, no Connecticut EMP tead [Lugar do Cânhamo 1, em 1632 e nas colónias de Chesapeake até . Long I land; HEMPstead County, meados do século XVIII. Em Inglaterra, o cobiçadíssimo préArkansa ; HEMPstead, Texas: HEMPhill [Colina do Cânhamo], Carolina do mio de cidadania britânica completa era Norte; HEMPfield [Campo d Cânha- conferido por decreto real a estrangeiros mo], Pen ilvânia; entre outro lugares, que cultivassem cânhamo, e amiúde eram aplicadas multas aos que recusasforam baptizados com o nome d regiõe onde se cultivava o cânhamo, ou com sem fazê-lo . O cânhamo-de-cannabis fo i moeda nomes de famílias derivados do cultivo corrente na maior parte da América do de cânhamo. Norte de de 1631 até ao inicio do século XIX. Porquê? Para encorajar os agricult No mund lu 6f0110, diz- também "ma onha" tore americanos a cultivá-lo em maior (Brasil), "liamba" (Angola) e "SOTurna" (Moçambiquantidade. 1 que). (N. do T.)

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Durante mais de 200 ano , por toda a América puderam pagar-se impo to com cânhamo-de-cannabi s.2 Durante diversos período dee a ez registados na América, corria- e mesmo risco de prisão por não se cuJti a r annabis, p. e.) na Virgínia entre 1763 e 1767. (Herndon, G. M., Hemp il1 Colonial Viriginia. 1963; The Chesapeake Colonies, 1954. L.A. Times, 12 de Agosto de 1981; et ai,)

o caracter chinês "Ma" foi o .mais

antigo nome do cânhamo. Pelo século X a.C. , Ma tornara-se' ,o termo genérico para as fibras de todos os tipos. Por essa altura, a palavra para cânhamo tornara-se "Tai-ma" ou "Daima", significando I4gran de cânhamo",

te de cânhamo parti ularment b m,. a quai I m contraban a a 'I alm -nte da China para a Turquia. crune e vaJorÍ2aam tanto a ua emente de canham qu t rnar m a ua ex ortação um crime c p·taJo , Cen o do tad n° d de r 50 contou -327 "planta õe (D mínim q inta . de 200 aer ) qu cult' a am cânham -d -canna' par n6 c ã d roupa, teLa. e ln m mo da cord em u ada. para enfardar .o aIg dã . desta lan ta õ 1 aliza anoe tado fronteiri primariam nt devido ao trabaJh e ravo t. que ante de 1 5e taa dO ,p el para a indú tria do cânham utilizad ra d mão-de- bra inten i a. (Ce: U.• 1 50; AlI n Jam n • Tlle Reigll of Law, A Tale 01 rh Kmrucky Hmrp Fieids,

::Ia Millan Coo. 1900' Roffman, Rog r, Ph. D., Marijuana as edi °n. en rone W 119 2.)

George Washington e Thoma san cultivavam cânhamo na suas plantações. Jefferson,3 enquanto foi enviado oficial em França, incorreu em grande despesas - e até mesmo em riscos GOn i· deráveis, para si e para os eus agente secretos - de forma a conseguir emen-

prim ir

rn nOU ter-

Panela contendo cânhamo (em cima) e ;ncensório paro de um sitio funerário cita.

mith utr:a ' 2

bras, tecido , óleo de iluminação, papel, incenso e medicamentos da Terra. Era além disso uma fonte primária de óleo alimentar e proteínas essenciais para seres humanos e animais. Segundo virtualmente todos os antro pólogos e universidades do mundo, a marijuana era também usada na maioria das nossas religiõe e culto , sendo uma da meia dúzia de drogas mais usadas para alterar a disposição e a mente, quando tomada como sacramento psicotrópico ou psicadélico (que manifesta ou expande o espírito). Quase sem excepção, estas experiências sagradas (com drogas) inspiraram as no sas superstições, amuletos, talismã.s, religiões, preces e códigos linguísticos. (Ver capítulo 10 em "Religiões e Magia".)

farmacêuticas e apotecários americanos. Durante todo est tempo não ocorreu uma única morte causada por medicamento feitos de extracto de cannabis, e não foi relatado virtualmente nenhum caso de abuso ou de perturbações mentais,

Ideograma sino-japonês para nmedicinatl: o caract er superior significo f'erva" e o in ferior significa "prazer".

(Wasson, R. Gordon, Soma, Divine Mushroom of Immortality, Allegro, J. M., Sacred Mushroom & the Cross, Doubleday, NI, 1969; Plínio; Josefo; Heródo-

excepto algun utilizadores pouco ou nada experimentado que e entiram desorientado ou xces ivamente introvertidos.

to; Manuscritos do Mar Morto; Evangelhos Gnóstico ; a Bíblia; Ginsberg Legends Kaballah, c. 1860; Paracel o; Museu Britânico; Budge; Er/cyc. Britar/nica, «Pharmalogical Cults"; Schultes e Wasson, Plants of the Gods; Investigação de Schultes, R. E., Dept. Botânico de Harvard; Wm. EmBoden, Cal Stat U, Northridge; et ai.)

(Mikuriya. Dr. Tod, MarijlJQI1Q Medical Papers, Medi - omp Pre • CA, 197J; ohen, idney e Stil man, Richard, Therapeutic Potential of Marijuana. Plenum Pre ,NI, 197 6 .)

COMBATERAM-SE GRANDES GUERRAS PARA ASSEGURAR O ABASTECIMENTO EM CÂNHAMO

NOTAS HISTÓRICAS MUNDIAIS " Apar nte.mente, a .mai peça de te ido conheCIda fOI feIta d cânham ,O qual começou a er trabalhado no itavo miléni. a. .

P

or . exem. pIo, a causa principal da . Guerra de 1812 (que a América combateu com a Grã Bretanha) foi o acesso ao cânhamo-de-cannabis da Rússia. O cânhamo russo foi também a cau a principal da invasão da Rússia em 1812 por Napoleão (à época nos o aliado) e os seus aliados dos «Si temas ontinentais': (Ver capítulo 12, ''A Guerra (do Cânhamo) de 1812 e Napoleão Invade a Rússia:') Em 1942, após a invasão japonesa das Filipinas ter interrompido o aba tecimenta de cânhamo-de-manila (abacá), o governo do E.V. distribuiu 200.000 quilo de ementes de cânhamo a agricultores desde oWisconsin até ao Kentucky;

(The Columbia History of the World, 19 81 , página 54.) . O corpo de literatura (p.e. arqueologia, antropologia, filologia, economia, hi tória) refer nte ao ãnhamo está de acordo g ral em ue, no mí imo: De de mai de 1000 anos ante do tempo de ri t até 1883, cânhamo-de-cannabi - d facto, a marijuana - foi a cultura agrícola mais important do no so planeta, e a sua maior indústria, envolvendo milhares de produt e empre a ; produzindo a maioria das fi-

l

os quais produziram anualmente 4 2.000 toneladas de fibra de cânham até 1946, quando a guerra terminou.

POR QUE É QUE O CÂNHA 0 -DE-CANNABISjMARIJUANA TEM SIDO TÃO IMPORTANTE 'A HISTÓRIA?

ze h rmafrodi ) an ua]. Jenh bá qu ao J do que lrtuaJmente planta do no robusto a 7 metro urta taçã , d cr ulti ada em irt clima ou condi .

orque o cânhamo-de-cannabis I em geral, a mais re i tente, durável e duradoura fibra mole natural do planeta. As suas folhas e flore cên ias (mar ijuana) fo ram - dependendo da cultura - o primeiro, egundos ou t rceir r médios mais usados por doi terç do habitantes do mundo durante pelo menos 300 0 anos, até ao início do éculo XX. Botanicamente, o cânhamo faz parte da mais avançada família d plan tas da Terra. É um a planta dióica (i t é, t m variedades masculinas, feminina e por ve-

P

«A inalação das folhas [de cânhamo] é um b m d nte para o cérebro; o sumo das foili apü a como lavagem remove a ca pa e o verm, . umo atiradas para o ouvido aliviam a d r e d tr m insectos. [O cânhamo] estanca,a diarreia) " útil ntr norreia, restringe as emi sõ em' n i diur tie comenda-se o pó como aplicação ext rn p ra tr tar ri r gr nuJa um das e chagas abertas, e para pr emplastro de raízes cozida e folha para de in6 tar in afi mações) curar eri ipela e ali iar dore n urálgi a . lhas secas, moídas e espalhada br 61 o d o hidrocele e os testículos inchado ': - "Sobre as qualidades médica do cânllamo," do a d 'Iya, um livro muçulmano de referência médica datafldo do cu/o 1.

Um Breve Sumário

dos Usos ,d o Cânhamo Apostamos 100.000 Dólares+ com o Mundo: Tentem Provarquefstam·o·s Errados. Se proibíssemos todos os combustíveis fósseis e os seus bem como o corte de árvores para abastece.r as celuloses e a construção civil,. de modo a inverter o efeito de estufa e parar a desflorestação, salvando assim o planeta - entãoconhece-se apenas um único recurso natural anualmente renovóvel capaz de fornecer a maior parte do papel,. têxteis e alimentos do mundo, satisfazer todas as necessidades mundiais em termos de transportes e energia, doméstica e industrial, e em simultâneo reduzir a poluição, reconstituir o solo e limpar a atmosfem... E, essa substancia é - o mesmo j'á fez tudo isso antes o CÔnhamo... de-Connobls ... a Marijuana!

1. NAVIOS E MARINHEIROS

.. Kannabis - palavra da língua grega helenizada falada na bacia mediterr.ânica, derivada do persa e de dialectos semitas setentrionai mai antigos (Quanuba, Kanabosffi, Cana?, Kanah?) , os quais os académicos fizeram agora remontar à alvorada da família de línguas indo-semito-europeias, antigas de 6000 ano, faladas pelos sumérios e acáruos. A remota palavra sumério/babilónica K(a)N(a)B(a), ou Q (a) (a)B(a), é uma das mais perenes raízes vocabulares da humanidade. (KN significa cana e B significa dois - doi juncos ou dois sexos. )

. por cento. de todas as ,velas náutica (de de pelo menos o seculo N V a. ., ante do Dnícios, at muito depois

da invenção e cornerciaJização dos navios a vapor, entre meado e finais do século XIX) eram feita de cânhamo. As restant 10% eram cm ge ral fe itas de linho ou fibra menores com rami, i al, juta, abaca. (Abel, Erne t, Marijuana: 11/e First 12.000 Years, Plenum Pre ,1980; Her doto. Histórias. século V

Além das velas feitas de tela, até este século virtualmente todo o cordame, cabos de âncora, redes de carga, redes de pesca, bandeiras, sudários e vedantes (a principal protecção dos navios contra a água salgada, usados como calafetagem entre vigas soltas ou verde) eram feitos da haste da planta de marijuana.

a.c.; Frazier, Jack, The Marijuana. Farmer 1972. lndiçe Agricola d .' .U., 1916-1982; filme do U DA,

Hernp for Victory, 1942.)

, . 1110A pa} avra « canva " .é a pr nuncla lande a (por dupla via do fran ê e do latim) da palavra grega "Kannabi ".lI"

Para mais detalhes contactar (I organiUlçào de Jack HereT: Hdp End MarijualUl Prohibitiol1 (H.E.M. P. ), 5632 Van Nuys Bllld. #J1O. Van Nzws, CA 91401; Te/. (BI8) 988-6210; Fax (818) 988-3319; website: jackheTer.C(Jr11 PAIRO JNADO PELA H .E.M. P. (AMERICA) . H ANf HAu I(ALEMANHA),

SE SI SEED lHA H MARIJUANA MUSEU I (H LANDA) li: T .H.C., THE TEXAS HEMP CAMPAIGN (N.-taR..lCA) .

5



As roupas dos marinheiros eram também manufacturadas a partir de cannabis, até ao pormenor dos fios usados para coser as solas dos sapatos (ele próprios sendo por vezes feitos de «canva "). ,. Nos séculos XVII a XIX, um navio de carga.

clipper. baleeiro ou vaso militar médio. carregava entre 50 a 100 toneladas de cordame de cânhamo-de-cannabis, para não falar nas vela , rede • etc.• necessitava da. sua total substituiçãO ao fim de um ano ou doi, devido ao aprodrecimento causado pelo sal. (Pergunte-se à Academia Naval dos .U., ou atente-se na con trução do USS Constitution, também conhecido por "OId lronsides". que e tá fundeado no porto de Bo ton.) (Abel, Erne t, Marijuana: Th First 12,000 Years, Plenum Press, 1980; Encyc. Britannica; Magoun, Alexander, The Frigate ConstituNon; filme do DA Hemp for Victory, 1942. )

Adicionalmente, no mundo europeu ocidental/americano, o quadros, mapa, documentos e Bíblia dos navios foram feitos de papel contendo fibra de cânhamo desde o tempo de Colombo ( éculo XV) até ao princípio do sécuJo XX. Os chineses, por seu lado, u aram â.nhamo na confecção de papel a partir do século primeiro da nossa era . papel de cânhamo durava 50 a 100 veze mai do que a maior parte das preparaçõe de papiro, e era cem veze mai fácil e econÓmico de confeccionar. Incrivelmente, as vela, cordas, etc., de cânhamo usadas num navio oneravam. mais a sua construção do que as parte de madeira. Mas o uso do cânhamo não se restringia ao mar alto ...

2. TÊXTEIS E TECIDOS té por volta de na América Ce a ao século na maior parte re to A do mundo)) de todo o têxtei e

1820 é XX do 80% tecidos usados pela Humanidade para confecção de roupa, t ndas, linhos, tapetes, cortinas, colcha ) lençóis; toalhas, fraldas, etc. - e até me m da no a bandeira, a "Old Glory" - , eram ito principalmente de fibras de cânhamo. Durante centenas, senão milhar ) de

ano (até por volta d 1 30) a Irlanda fabricou o m Ihor linh , a Itália fabricou o meLh re tecido do mundo a partir de cânhamo. edj

ca indicam -

1 93-1910 da Encydop di Britan"i• em 19 • revi La Popu/tlr 1echa-

nics e üm u - que pelo meu m tade de lod O material que ai eh m do linho nào foi . cionado ele linho m im d cânhamo. Her to (c. 450 a.c.} diz u as rou d cânh mo que o tráci conli . d li

linho. e que • eria direr linho.

o pape" de cânhamo

durava entre 50 a 100 v,e zes: mais do, que' a maior ,p arte das prepar,a ções de papiro, ·e era cem vez·es mais facil

e b'arato detabricar.

até 400 plantas por jarda quadrada que se colhem ao fim de 80 a 100 dias.

tal forma interligados, que poderão vantajosamente ser considerados em conjunto. O tecido para velas deverá ser taxado em 10% ( ... )".

(Relatórios obre Colheitas Agrícolas. dados internacionais do USDA. CIBA Review 1961-62.. Lujgi Castellini. Milão, Itália.)

( Herndon, G.M .. Hemp in Colonial Virginia. 19 63; histórias da DAR.; Abe, E., Marijuana: The First 12 .000 Years; ver também o filme de 1985 Revo/ution, com AI Pac ino.)

Por volta de 1820, as novas máquinas manuais para fiar algodão americanas (inventadas por Eli Whitney em 1793) foram

Os carroções cobertos meteram- e a caminho do oeste (Kentucky, Indiana, minais, Oregon e alifórnia*) cobertos com resistentes lonas alcatroadas feitas d tela de cânhamo/ enquanto o navios circundavam o "Horn" na rota de São Francisco usando velas e cordas de cânhamo. .. As calça levi 's riginai, famosa pela sua grande resistência, foram confeccionadas para os garimpeiro alif, rnianos a partir de velame de cânhamo e rebites. Desta forma os bolsos não se ras gavam quando eram enchido com our sedimentar peneirado.

As roupas de confecção doméstica eram quase empre tecida , por pessoas de todo o mundo, a partir de fibra cultivadas no "campo familiar de cânhamo". Na América, esta tradiçã durou desde o tempo dos Peregrino (1620) até à proibição do cânham no anos 30. >l-

Havia mais de 60 toneladas de cânhamo no U.S.S. Constitution, distribuídas entre velas, cordame, vedantes, bandeiras e insignias, mapas e Bíblias, e roupas e uniformes de marin.heiros.

II- No anoS 30, o ongre so foi in formado pelo Gabinete Federal de Nar óticos que muitos polaco-americano ainda cultivavam erva nos s us quintais para fazer cer ulas de inverno e roupas de trabalho, o quais saudaram a tiro os agente por este querer m roubar-lhes a oupas do ano eguinte.

largamente substituídas por teares e máquinas «industriais" para fiar algodão fabricado na Europa, devido ao avanço que a tecnologia europeia de fabrico de ferramentas e corantes levava sobre a americana. Pela primeira vez, era possível produzir roupa leve de algodão a baixo custo para alimentar rocas e teares, evitando a maceração (apodrecimento) e separação manual das fibras de cânhamo. 4 Por ' m) devido à. sua resistência, macieza, conforto e qualidades duradouras, o cânham.o continuou a ser a segunda fibra natural mais usada até aos anos 30.

A idade e a densidade do talhã.o de cânham influenciam a qualidade da fibra. e um agricult r quises e fibra suaves da qualidade do linho, plantaria as suas plantas de cânhamo muito juntas. Regra geral, em se cultivando para uso medicinal ou recreativo, planta- e uma semente por quatro jardas quadrada. Quando plantada para dar emente: quatro a cinco pé . e paçadas. (Folheto da E t. Agr. da Univ. de Kentucky. Mar-

aso o leitor sinta dúvidas, a fibra de cânhamo não contém TH • ou "ganza". É isso, não vale a pena fumar a ua cami a! De facto, tentar fumar tecido de cânhamo - ou qualquer outro tecido - pode revelar- e fatal!

ço de 1943.)

Plantam- e cento e vinte a cento e oitenta emente por jarda quadrada para cordame ou tecido ' gros iro, O linho ou a renda de qualidade cultivam- e com

Após a promulgação da lei de Taxação

7

I. Copa da planta mocho, em flor; 2. Copa da planta' fêmeo em 3. Rebento; 4. Folículo de uma folho gronde; 5. Porçoo de' uma trore_oenda

estaminada, com rebentos e uma flo r macho maduro' 6, fI'o res emeos, com estigmas projectando-se do brócteo peluda; 7. ,Frut o ,e ncerrud'o em bmdea' peluda persistente; 8. vista lateral; 9. Fruto, visto da exttemid d ; 10. Pêlo glandular com caule , , , Pêlo ,g landurar com caule invisível curto e unicelular; 12. Pêlo não-glondular, contendo um dstolito. Ifustração de E.. W. Smlt.h.

Cinquenta por cento de todos os produtos químicos hoje usados na agricultura americana são aplicados no cultivo do algodão. O cânhamo não precisa de produtos químicos, e conta com poucos inimigos entre as ervas daninhas e os insectos - excepto o governo americano e a DEA. Carroll (século XIX); e praticamente todos os outros livras eram impressos em papel de cânhamo. O pdmeiro rascunho da Declaração de Independência (28 de Junho de 1776) foi escrito em papel holandês (de cânhamo), assim como o segundo rascunho, completado em 2 de Julho de 1776. Este foi o documento que naquele dia mereceu o consenso e foi anunciado e publicado em 4 de Julho de 1776 ... Em 19 de Julho de 1776, Congre O ordenou que a Declaração fosse copiada e gravada em pergaminho, tendo sido este o documento que os delegados efectivamente assinaram em 2 de Agosto de 1776. As velas e cordas inutilizadas vendidas pelos proprietários de navios como lixo para serem recicladas em papel eram a matéria-prima a partir da qual nós (os americanos coloniais) e o resto do mundo o tumávamos fazer todo o nosso papel. O re tante provinha de roupas, len çóis, fraldas e cortinas usados, feitos principalmente de cânl1amo e por vezes de linho, que eram vendidos a farrapeiras como trapos.*

,da Marijuana em 1937, novas "fibras de pIá tico" fabricadas p la DuPont, sob licença de patente de 1936 detida pela corporação alemã 1. G. Farben (a abdi.cação da pat fazia parte das indemnizações alemãs à América devidas à Primeira uerra MlUldial) sub tituíram a fibras naturai de cânhamo. (A DuPont americana detinha cerca de 30% do capital da hitleriana I. . Farben.) A DuPont lançou também o Nylon (inventado em 1935) no mercado quando a empresa patenteou em 1938.

°

°

( olby, Jerry, DuPont DYllasties, LyJe Stewart, 1984.)

Finalmente, deve notar-se qu cerca de 50% de todos os produto químicos hoje usados na agricultura americana são aplicados no cultivo do algodão. O cânhamo não preci a de produto químicos e conta C0111 poucos inimigos entre as erva daninhas e o in ecto - except o governo american e a DEA. ( avender, Jim, prof, S'or d botânica, Univ r idade do Ohio, "Authoritie Ex.amine P t Claims", Athens New ,16 de Novembro d 1989.)

3. FIBRA E :PASTADE PAPEL

.. Daí o termo "papel de trapos",

Os nossos antepassados eram demasiado poupados para deitarem coisas ao lixo, de modo que, até por volta de 1880, quai quer farrapos ou ro upas inúteis eram misturados e reciclados em papel. O papel de trapos, contendo fibra de cânhamo, é o papel de maior qualidade e mais durável jamais feito. P de rasgar-se quando está molhado mas regressa à sua resi tênda completa quando seca. O papel de trapos mantém-se estável durante éculo, a não ser em condições extrema, sendo praticamente indestrutívd . Até por volta de 1920, muitos docu-

té 1883, entr 75 e 90 % de todo o papel do mund foi feito com fibra de cânhamo -de-cannabis: livros, Bíblias, mapas, papel-mo da, acções e obrigaçõe ,jornais, et ,incluindo a Bíblia de utenberg ( éculo XV); Pantagruel e Pantagruelão das Ervas, de Rabelais (século XV!); a Bíblia do Rei James (século XVII); o panfletos d Thomas Paine, "Os Direito d H mem", «Sen· o 0 mUlTI ,e ('A ra da Razão" (5 culo XVI I)j as obras d Fitz Hugh Ludlow, Mark Twain, Victor Hugo, Alexandre Duma , a Alice no País das Maravilhas de Lewis

A

9

QUANDO O CÂNHAMO SALVOU A Vi DA DE GEORGE BUSH a ua ais um exemplo da importân ia do cânhamo: in ano a proibição em 1937) o cânhamo-de-cannabi fi i cder m nt rcintr duzid em 1942 para o e forço militar da egunda Gu rra undial m Foi assim que, quando o jovem pil to rge Bu h eject u do chamas apó um combate áreo obre o Pacífico el mal abia que: • Partes do motor do seu aviã eram ubrificada om d m nt d ãnhamo-de-cannabis; d ã• 100% das cintas do páraqu d . que 1he aJ" u a ida r m f; it nhamo-de-cannabis cultivado no E.. ) • Virtualmente todo o cordame e rda d 3V]0 que o r de cânhamo-de-cannabis; • As mangueiras do navio (as im como a da la qu qu otara ) ram tecidas de cânharno-de-cannabis; e, • Finalmente, quando o jovem George Bu h e \ iu em guran no o • a costura dos seus duráveis sapatos era feita de câohamo·d - nna i taJ continua a suceder até ao presente em todo o alçado d ouro e militar. E todavia Bush dedicou boa parte da ua arreira à errad'c;â d Janta annabis e à promulgação de leis visando as egurar ql.le nio uém v nha a onhe r esta informação - provavelmente incluindo ele próprio, ..

M

(Filme do USDA, Hemp for Viclory, 1942; Folheto d TVi o nO,z ) da l . r, da ni\'. d cky, Março de 1943; Galbraith, Gat wood. Kentucky Marijuana FeasibilJt}, tudy, 9 .)

mentos do governo dos E.V. foram redigidos, por lei, em "papel de trapos" fabricado a partir de cânham .5 Os académicos consideram em geral que, na China, o antigo conhecimento) ou arte, da fabricação de papel de ânhamo (século primeiro da nossa era - 800 anos antes do Islão ter de coberto o processo, e 1200 a 1400 anos ante da Europa o fazer) constituía uma da dua principais razões p r que o conhe imento e a ciência orientais superaram en rm mente os eus equivalentes ocidentai durante 1400 ano . As im) a arte da fabricação de papel durad ur de cânhamo permitiu que a acumuJação de conhecimento conseguida pelos rientai fosse transmitida, aumentada, inve tigada, refinada, desafiada e mudada, em suce sÍvas gerações (por outra palavra) tratava-se de um conhecimento cumulativo e global). A outra razão que fez o conheciment e

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4 CORDA,CORDEL E OORD , E

1-

cante tend 10

América 58.000 toneladas* de semente de cânhamo unicamente para fabrico de tintas e vernizes. O sector dos óleos de ecagem, outrora feitos de cânhamo, passou principalmente para a divisão petroquímica da DuPont. 8

mundo ocidental desde 1740 até 1940 . Em "Senso Comum" (1776), Thomas Paine enumerou os quatro recurso na• .. . « turaiS es enClalS para a n va naçao: cordame, ferro, madeira alcatrão': O principal destes recursos era o cânhamo para confecção de cordame. Paine escreveu: «Como o cânhamo floresce em quai quer condiçõe , não devemos recear a falta de cordam ". Passou então a enumerar o outros recursos neces ária para a guerra com a marinha britânica: canhõe ) pólvora, etc. Entre 70 90% de toda a corda, cordel e cordame foram ÍI ito de cânham até 1937, quando t ram sub tituído em grande medida por fibras p troquírnicas (pertencentes principalm nte à DuPont, que licenciara as patentes da L G. arben alemã) e por cânham -d -Manila (abacá), no qual amiúde se entr laçavam cabos de aço para aumentar a resi t"ncia. O abacá provinha da nos a "nova" pos essão, as Filipinas do Pacifico Ocidental, tomadas da Espanha enquanto indemnização pela Guerra Hispano-Americana de 1898.

,. Testemunho prestado pelo Instituto acional do Produto de Oleo de Semente contra a Lei de Taxação das Transacções de Marijuana de 1937. Como comparação, considere-se que a Agência de Repressão das Drogas dos E.O. (DEA) e todas as agênciais policiais de âmbito e tadual e local pretendem ter apreendido, durante todo o ano de 1996, mai de 700 toneladas de marijuana cultivada na América - ementes, plantas. raize , torrões de terra e tudo. Até mesmo a própria DEA admite que entre 94 e 97 por cento de todas as plantas de marijuana/cânhamo apreendida e destru.ídas desde os anos 60 eram completamente selvagens e impróprias para ser fumadas como marijuana.

Em 1935-37) o Congresso e o Departamento do Tesouro receberam garantias, através de testemunhos secretos prestado pela DuPont directamente a Herman Oliphant, conselheiro-chefe do Departamento do Tesouro, de que o óleo de semente de cânhamo podia ser substituído por óleos petroquímicos sintéticos fabricados principalmente pela DuPont. liphant foi o responsável exclusivo pelo rascunho da Lei de Taxação da Marijuana que foi apre entado ao Congresso. 9 (Ver a história completa no capítulo 4) ((Os Últimos Dias da Cannabis Legal".)

5. TELAS PARA PINTURA Cânhamo é o material de arquivo perfeito'! O quadros de Rembrandt, Van ogh, Gainsb rough, et ., f, ram maioritariament pintados em tela de cânhamo, que constitu[a o suporte de praticamente todas as pinturas a óleo. Tratand -se d uma fibra forte e lustrosa, cânhamo resi te a a1 r, ao orvalho e ao insect , e nã.o s degrada ob acção da luz. A pintura a óleo e TI tela de cânhamo el u linho mantiveram-se em excelente condições durante éculos.

Q

7. ÓLEO DE ILUMINAÇ.ÃO té por volta de 1800) o óleo de emente de cânhamo era o óleo de iluminação mais consumido na América e no mundo. Desde essa altura até por v lta de 1870 foi o gundo óleo de iluminação mais consumido, excedido apenas pelo óleo de baleia. O óleo de semente de cânhamo alumiou a lâmpada do lendário Aladino) a de Abraão o profeta, e, na vida real, a de Abraão Lincoln. Era o mais brilhante dos óleos de lâmpada disponíveis. O óleo de emente de cânhamo para

A

6. TINTAS E VERNIZES urante milhares de anos, virtualment toda a b a tinta e vernize foram feita com óleo de semente de cânhamo elou óleo de linhaça. Por exemplo, só em 1935 u aram-se na

D

II

lâmpadas foi substituído por petróleo, querosene, etc., após a desco berta de petróleo na Pensilvânia em 1859, e o domínio que John D. Rockefeller pas ou a exercer sobre a indústria petr lífera nacional a partir de 1870. (Ver Capítulo 9 sobre "Economia".) A propósito, o célebre botâni Luther Burbank afirmou, (CA semente [de annabis] é cobiçada noutros paí e pelo eu óleo, e o seu aband ono aqui ilu tra o me mo uso ineficiente que fazem do , 1 » nossos outro recursos agnco as ..

em

(Burbank, Luther, How Plants Are Tra ined to

Work For Man, Useful Plal1ts, P. F. Colli r & on

ioma a a mbu ti el

nham

Ver também

O.,

NI, Vol. 6, pág. 48. )

pilul

Urnd

8. ENERGIA DE B'IOMASSA o inicio do século XX, Henry Ford e outro génios-engenhei ros futuri ta e orgânicos constataram (como ainda hoje fazem os seu herdeiros intelectuai e científicos) um facto impo rtante que até 90% de todo o cornbu tívei fósseis hoje usados no mund o (carvão, petróleo, gás natural, te. ) de iam ter sido substituído há muito por biomas a tal como espigas de milho , canna bi) papel velho, etc. A bioma a pode er convertida em metano, metanol ou ga olina a uma fracção do custo actual do petróleo, arvão ou energia nuclear - em especial quando e consideram ,o custos ambientai seu li o mandatório acabaria com a chuvas ácidas e o nevoeiro sulfuro o, in erteria o efeito de e tufa no no o plan etade imediato!*

N

r

com a

* O governo e a empresas pr dutora de pe-tr -

poleo, carvão, etc., in i tirão que, no to ant n a bioma de súvel combu luição, qu imar mais vantajoso do que ga tar a ' no a r erv combu tívei f6 is; mas isto é pat nt ment - {a! . Porguê? Porque, ao ontrário do combu tí ei (nãof6 seis, a bioma a provém d plantas i mover r a am -extintas), que, ao cr cerem, ontLnu da no sa atmo fera a poluiçã de dj rido de carbono, atravé da fot o sínte e. Além di • o Clombustivei de biomas a n o contêm enxofr, .

Isto pode conseguir- e ultivando â-

12

n.

usados no mundo para a maIOrIa das enfermidades que afligiam a Humanidade. Porém, na uropa Ocidental, a Igreja Católica Romana proibiu o uso de cannabis ou qualquer outro tratamento médico, excepto o álcool e a sangria, durante mais de 1200 anos. (Ver capítulo 10 obre "Sociologia".) A Farmacopeia dos ,U. prescrevia a cannabis para o tratamento de maleitas tais como: fadiga, ataque de tos e, reumatismo, asma, delirium tremem, dores de cabeça, e as cãibras e depre sõ s associadas à menstruação. (William Emboden, professor de botânica dos narcóticos' Universidade do E tado da Califórnia, Northridge,) A Rainha Vitória li ava resinas de cannabi para aliviar a cãibra menstruais e o síndroma pós-menstrual, e o eu reinado ( 1837- 19 01 ) teve paraI lo no enorme crescimento do uso da medicina do cânhamo indiano no mundo anglófono, No presente século, a investigação da cannabis demonstrou que ela possui valor terapêutico - e completa segurança - no tratamento de muito problemas de aúde, incluindo asma, glaucoma, náusea, tumores) epilepsia, infecções, stress, enxaquecas, anorexia, depressãO, reumatismo, artrite e po sive1mente herpes. (Ver capítulo 7, « s Usos Terapêuticos da

10. ÓLEOS ALIMENTARES E PROTEíNAS semente .de cânhamo era usada em papas e pa por vrrtualmente toda as pe oa do mundo até ao presente século. Os monge eram brigados a comer refeições c nfeccionadas à ba e de ementes de cânhamo três veze ao dia, a tecer a sua roupas de cânhamo e a imprimjr as uas Bíblias em pap l:fi ito com fibra de cânhamo,

A

Years, Plenum Press, NI, 1980; Encyclopaedia Britannica.)

12,000

Esmagando a semente de cânhamo obtém-se o seu óleo vegetal altamente nutritivo, o qual contém a mais elevada quantidade de ácidos gordos essenciais de todo o reino vegetal. Estes óleos essenciais são responsáveis pelas nossas reacções imunitárias e limpam as artérias de colesterol e placa. Espremendo o óleo da semente obtém-se um bolo de sementes contendo proteína da mais elevada qualidade, o qual pode ser grelado (convertido em malte) ou moído e cozinhado em bolos, pães ou pastéis, A proteína da semente de marijuana é uma das proteínas vegetais melhores, mais completas e mais facilmente assimiláveis pelo corpo com que conta a Humanidade, A semente de cânhamo é a fonte alimentar existente mais completa para a nutrição humana. (Ver debate sobre edistinas e ácidos gordos essenciais no Capítulo 8.) A semente de cânhamo era - até à lei de proibição de 1937 - o principal alimento mundial das aves) tanto selvagens como domésticas. Dentre quaisquer sementes alimentares do planeta, era a preferida das ave ;* em 1937, duas mil toneladas de sementes de cânhamo para aves canoras foram vendidas a retalho nos E, U. A partir de uma mistura de ementes, as aves apanharão e comerão primeiro a sementes de cânhamo, A aves selvagens vivem e procriam mai quando incluem sementes de cânhamo na sua dieta, usando o óleo para a sua penas e a saúde em geraL (Ver mai informações no capítulo 8, "O Cânhamo como Alimento Básico do Mundo".) Te temunh

pre tado perante o

ongre

50,

1937: " em ela as aves canora nã cantam", disseram

ao ongre o as ç mpanhia de raçõe avlcola . Re· sultado: semente e terilizada5 de cannabis continuo am a ser importadas para os E. U. vindas de ltália, da China e de outros países.

(Ver Rubin, drª Vera, "Re earch Tn titute for the tudy of Igreja Ort doxa riental; Cohen e tillman, Therapeutic Pot ntiaI of Marijuana, Plenum Pre s, 1976; Abel, Erne t, Marijuana: The First

A semente de cânhamo não produz

13

qualquer efeito de droga nos sere humanos nem nas aves, pois ela contém apenas vestígios ínfimos de THC. Na Europa, a semente de cânhamo é igualmente o isco de pesca preferido, sendo vendida em pacotes nas lojas de artigos de pe ca. O pescadores atiram mancheias de emente de cânhamo para os rios e lagos de forma a atrair os peixes, que são então fisgado com anzóis. Nenhum outro isco é tão eficaz, o que torna a semente de cânhamo

A Rainha Vitória usava resinas de cannabis para aliviar o seu síndroma pós ..menstrual. O seu reinado {1837-190.1J teve paralelo no enorme crescimento do uso de remédios de cânhamo indiano.

uperior re i tenda. t1 'bilidade e e 0nomia do materiai de c n tru -o compósito de cânhamo p r mparação om a fibra de mad ira. m m quand ão . ad orno vi O Iso banvre é um Ted ob rto material de on tru - o c fi ito de· . lo de c.anhamo mi turad , m cal. qu e ntualmen te etrifica num tado miuJo . arq ueóneral ,e dura muito log s de cobriram no uJ d rança um p nte datando do p rí do m .rov:ingi (500-751) que foi c n truíd atr v d t

pro e o.

em geral o alimento mais desejável e n utritivo para os seres humanos, as ave e os peixes. (Investigação pes oaJ de Jack Herer na Europa.) (Frazier, Jack, The Marijuana Farmers, Solar Age Press, Nova Orleães, LA, 1972.)

11. MATERIAIS DE, CONSTRUÇÃO E HABITAÇÃO

D

ado que um acre de cânhamo produz tanta polpa de fibra celulósica como 4,1 acres de árvores, '* o cânhamo é o material perfeito para substituir as árvores no fabrico de tábua pren adas, contr,aplacados e moldes para construção. .. Dewey e Merrill, Bulletin #404, Dep. Agr. E. ., 1916.

Aquecendo e comprimindo a fibras da planta, fabrica-se um material de construção económico re i tent,e ao fogo, possuindo excelente qualidad d isolamento térmico e acú tico. Podem criar- e assim resistentes painéis de construção que substituem as parede fal as e o contraplacado. William B. C nde. da firma Conde Redwood Lumber, n arredores de Eugene, Oregofl. em conjunção coma Universidade do Estad d Washington (1991-1993), demonstrou a

14

A fibra de cânham foi usada da hi tória a ra urdir ta te tando também p t n ialidad nufactur,a d alcatifa fi rte r ao apodrecimento. que eliminam o fumo enen o in r nt à qu ima de materiais int tico em in ndio dm tico 'o u industriais, b m reacçõe alérgica a o iad

intétka . odem fabricar- tu anatização de plásti (tub d ) U ando celulo e de cânhamo r, no á.v I mo matéria-prima , uími • ub tituind o carvão não-rena " v ou mal ria -prima quími b a em p tI leo. do Pod mo p . 'im ginar uma futuro con ruída naJizada, p·n mobilad com a prin 'p I r, u r noamo. áv 1 do mund -

religiosas do mundo até aos nossos mais irreverentes satiristas. Eles incluem Lewis Carroll e a sua lagarta fumadora de narguilé em Alice n,o Pais das Maravilhas, além de Victor Hugo e Alexandre Dumas; grandes nomes do jazz como Louis Armstrong, Cab Calloway, Duke Ellington e Gene Krupa; e o padrão continua até aos nossos dias com artistas tais como os Beatles, os Rolling Stones, os Eagtes, os Doobie Brothers, Bob Marley, o Jefferson Airplane, Willie Nelson, Buddy Rich, os Country Joe & the Fish, Jae Walsh, David Carradine, David Bowie, Iggy Pop, Lola Falana, Neil Diamond, Hunter S. Thompson, Peter Tosh, os Grateful Dead, os Cypress Hill, Sinead O'Connor, os Black Crowes, etc. Evidentemente, fumar marjuana apenas estimula a criatividade de algumas pessoas, nã,o de todas. Mas, pela história fora, diversos grupos proibicionistas e de CCtemperância" tentaram proibir as substâncias recreativas preferidas de outrém, tais como o álcool, o tabaco e a cannabis, e foram ocasionalmente bem sucedido . Abraão Lincoln respondeu a este tipo de mentalidade repressiva quando disse em Dezembro de 840: "A proibição ( ... ) ultrapassa os limites da razão ao tentar controlar o apetite humano através da legislação, e criminaliza coisas que não são crimes ( ... ) Uma lei proibicionista fere os próprios princípios sobre os quais foi fundado o nosso governo."

Ecolution, a Hempstead, a Marie Mills, a Ohio Hempery, a Two Star Dog, a Headcase, e na Alemanha a HanfHaus e outras. Chegou a altura de testarmos o capitalismo e deixarmos que seja o mercado não-regulamentado da oferta e da procura, assim como a consciência ecológica "verde': a decidirem o futuro do planeta. Em 1776, urna camisa de algodão custava entre 100 a 200 dólares, enquanto uma camisa de cânhamo custava entre meio e um dólar. Por volta de 1830, camisas de algodão mais fr·escas e leves estavam a par em preço com as camisas de cânhamo, mais quentes e pesadas, proporcionando uma escolha competitiva. A época, as pessoas eram livres de escolher o seu vestuário baseando-se nas propriedades particulares que desejavam num tecido. Hoje não temos tal escolha. O papel a desempenhar pelo cânhamo e outras fibras naturais dev.ia ser determinado pelo mercado da oferta e da pro cu ra, e por gostos e valores pessoais, e não pela indevida intluência de leis proibicionistas, subsídios federais e tarifas elevadíssimas que impedem os tecidos naturais de substituir as fibras sintéticas. Sessenta anos de supressão governamental de informação resultaram no virtual de conhecimento público do incrível potencial dos usos da fibra de cânhamo. Usando cânhamo puro, ou misturando cânhamo com algodã.o, poderemos legar as nossas camisas, calças e outras peça de roupa aos nossos neto . Uma política de fomento inteligente poderia substituir essencialmente o uso de fibras petroquímicas sintéticas por fibras naturais biodegradáveis, que são mais resistentes, baratas, frescas e absorventes do que o nylon e o poliéster. . A China, a Itália e países da Europa Oriental como a Hungria) a Roménia, a Checoslováquia, a PolÓnia e a Rússia ganham anualmente milhões de dólares fabricando resistentes têxteis de cânha-

13. ESTABILIDADE ECONÓMICA, !LUCRO E COMÉRCIO LIVRE que nU_fi com. petltlv , no qual sao conheCidos todos os factos, as pessoas irão a correr comprar tops ou jeans biodegradáveis feitos de cânhamo, uma planta que não contém pesticidas nem herbicidas. Algumas das companhias que abriram caminho com produtos deste tipo são a

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mo e cânhamo/algodão - e p diam ga nhar milhare de milhõe . E tes países e tão a apo tar nas uas tradicionais capa idades agrícolas têxteO enquanto os .u. tentam forçar a xtinção de ta planta com vista à promoção de de trutivas tecnologia intéticas. Até 1991, nem sequer têxteis c ntend mi turas cânhamo/algodão eram autorizado para venda directa n .U. O chineses, por exemploi eram obrigado por acordo tácito - a en iar-no rami/algodõe de qualidade inferior. (National ImportJExport 11 xtile Company of hanghai, comunicaçõe pessoai com o autor, Abril e Maio de 1983.)

Quando seguiu para o prelo a edição de 1990 de O Rei Vai Nu, chegaram da China e da Hungria roupas contendo pelo menos 55% cânhamo -de-cannabi . Em 1992, ao seguirmos para o pr I , chegaram directamente da China e da Hungria muitas qualidade difer nte de tecidos feitos de dnham puro. Agora, em 1998, o tecido de cânhamo está a ter uma procura xplo i · a em todo o mundo, chegando da Roménia, PoJónia, Itália, Alemanha. e outros países. O cânhamo foi reconhecido c mo o tecido mais "quente" da década d 90 pelas publicações Rolling St·one, Tim e,

Newsweek, Paper, Detour, Detaíls, Mademoiselle, The New York Times, The Lo Angeles Times, Der Spiegel, entre muita outras, Todas e tas publicaçõe apren taram repetidamente artigo importantes sobre o çânhamo indu tria e nutricional. Adicionalmente, o cânhamo pIantad para obtenção de biornassa podia alimentar uma indústria energética de um bilião de dólares por ano, ao me mo tempo que melhorava a qualidade do ar e distribuía riqueza nas área rurai e comunidade circundante, t rnand -a independentes dos monopólio d energia centralizados. O cânhamo ft -

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o o para pro ar q fi . na e proiui.ssemo todo ,o ,combustíveis dm ado bem como o fósseis e os corte d ,árvo1'e5 para ,a bastr as celulos . Ia' CD;W1rUfão' ci il,. de moda ti itl1lerfer o' efeito' de ,estufa ,e p rar ad s-

tQfão, salvtm .0' assim o .plan :UJ - então conhece- ap um únko recurso natural anualmente r:. ltO áve1 apaz de Jomu ra maior parte do pap .1 texteis e aUm n tos do mundo' tisfaz r todas as necessidad · mundia;sm termos d'· tr,ansporles e energia, dom fica in ao mesmo' mpo' que reduz a p.oluiçao, re on itui (1 010 limpa a atmosfera. .. E essa ' ub t nÔQ é - a mesma já fez tudo ;s o antes - o ânhamo-de-Ca,mab' co . a .arij lannJ I

Notas: 1.

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A BATALHA DO BOLETIM 404 ou COMO A

I Q GUERRA MUNDIAL NOS CUSTOU O CÂ.N HAMO E AS fLORESTAS

o Cenário

cionária que melhoraria as condições de vida da Humanidade. Timken propôs-se plantar 100 acres de cânhamo no seu rancho situado nos férteis campos de Imperial Va II ey, Califórnia, mesmo a leste de San Diego, para Sch.lichten poder testar a sua invenção. Pouco tempo depois, Timken reuniu-se com o magnata da imprensa E. W. Scripps, e o velho associado deste, Milton McRae, em Miramar, a casa de Scripps em San Diego. Scripps, então com 63 anos, acumulara a maior cadeia de jornais do país. Timken esperava interessar Scripps no fabrico de papel de jornal a partir de miolo de cânhamo. Os barões da imprensa da viragem do século precisavam de enormes quantidades de papel para satisfazer as suas tiragens crescentes. Quase 30% das quatro milhões de toneladas de papel fabricadas em 1909 era papel de jornal; em 1914, a circulação de jornais diários aumentara 11'/0 relativamente aos números de 1909, para mais de 28 milhões de exemplares. l Em 1917, o preço do papel de jornal subia rapidamente, e McRae, que, desde 1904, andava a considerar a hipótese de explorar uma fábrica de papel, estava preocupado.

Em 1917, o mundo combatia a Primeira Guerra Mundial. Na América, os industriais, a quem acabava de ser imposto o alário mínimo e taxas progressivas sobre os rendimentos, andavam desvairados. Os ideais progressistas foram- e perdendo à medida que os Estados Unidos tomavam o seu ]ugar no palco mundial do conflito pela supremacia comercial. Foi contra este pano de fundo que teve lugar o primeiro drama do cânhamo desenrolado no século XX.

Os Jogadores A história começa em 1916, pouco depois da publicação do Bulletin 404 do USDA (ver página 20). Perto de San Diego, Califórnia, um imigrante de 50 anos chamado George Schlichten desenvolvera uma invenção simples mas brilhante na qual dispendera 18 anos e 400.000 d lares o descorticador, uma máquina capaz de descascar a fibra de qualquer planta, deixando ficar a polpa. Para construí-la, Schlichten desenvolvera um conhecimento enciclopédico sobre fibras e fabrico de papel. O seu desejo era pôr fim ao abate de flore tas para obtenção de papel, prática que considerava criminosa. A gestão flore tal estava bem avançada na sua Alemanha nata], e Schlichten sabia que destruir florestas significava des@ truir aquíferos necessários. Henry Timken, próspero industrial e inventor do rolamento esférico, ouviu falar da invenção de Schlichten e encontrou- e com o inventor em Fevereiro de 1917. Timken considerava o descorticador uma invenção revolu-

Plantando as Sementes Em Maio, após reuniões adicionais com Timken, Scripps pediu a McRae que investigasse a possibilidade de usar o descorticador na fabricação de papel de jornaL McRae entusiasmou-se de imediato com o plano, chamando ao descorticador «uma grande invenção ( ... ) que não apenas prestará um grande serviço

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-a este paí ,mas erá financeiramente lucrativa ( .. . ) ele p derá revolucionar a condições Corno se aproxima e a estação das colheita, marcou- e um encontro, que teve lugar a 3

"O miolo de cânhamo é um sucesso prático e produzirá papel de melhor qualidade do que o normalmente usado para imprimir jornais, " afirmou Schllchten. de Agosto, entre chlichten, McRae e o gestor do jornal, Ed Chase. Sem o conhecimento de chLichten, McRae instruira a sua secretária para gravar estenograficamente a reunião de três horas. Até à data, o documento res u1tante é o único regi to conhecido sobre o volumoso conhecimento de Schlichten. Schlichten estudara minuci amente m uitos tipo de planta u adas para fazer papel. entre ela o milho, o algodão, a yucca e a Espmla bacata. O cânhamo, aparentemente, era a ua preferida: ((O miolo de cânhamo é um uce o prático e fará papel de m Ihor qualidade do que normalment u ado para imprim ir jornais," afirm u. Schlichten afirmava que e t . pap I de cânhamo seria de melh r qualidade ainda do que o produzido para o Bulletin 404 do USDA, porque o de CO[ticador e]iminava O proce 50 de d composição, deixando filamento curtos e uma cola natural que dava nsistência ao papel. Aos nívei de produção de cânham registados em 1917, Schlichten antecipava fabrica r 50.000 toneladas de papel por ano, a um preço d retalho de 2S dólares por tonelada. Isto era menos de 50% d o preço que cu tava o

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papel de j rnal na altura. ,a re entava chlichten. cada a Te d ãnhamo 'tran formado eu pap 1 pre erva ri a re d flore ta. cRae entiu- e impre i nado hJj hten. I h mem que jantava e apitã da indú tria e cr \' u a . imken. Diria em r ceio de eq #. que r. hlichten . . d umh m unpre lon u como mem d grand intele u lidade e capacidade; e tanto uando me é dad ob er ar. le criou e c n trmu uma má.quina maravilho cRae incumbiu eh e de pa sar o má imo de tempo po í eI com chlí hten e pr parar um rel tório. Estaçõo dos Colheitas mAgo to, a tr me apena de cre cimento, a u]tura d ãnhamo de Tirnken atingira o eu tamanho máximo - 4 6 m tro ! o ue o fazia entifaltamente ptimia quanto ao prognó tic d ta. E p ra a d locar- a lifórnia para a. tu a d ç rtica - da colheita, c n'd raIldon eí or da Humanidad

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n tava p imi ta. le que, redipaís ru[na qu reteto

to, ua irmã, Quand o r. c ae m do aumento Utiinent d pr pel bran • d" -Lhe u m c n idefava incon i n t ba tanU para não me pr cup r com oi a': reditava- e qu pr do papel ubiria 50%, o qu cu taria a ripp a totalíum

dade do seu lucro anual de 1.250.000 dólares! Ao invés de desenvolver uma nova tecnologia, ele escolheu a saída mais fácil: o Rei da Impren a de Tostão planeava simplesmente subir o preço dos seus jornais entre um e dois cêntimos.

o fim

Em 28 de Agosto, Bd Chase enviou o seu relatório completo a Scripps e McRae. Chase ficara também impressionado com o processo: "Vi uma invenção simples mas maravilhosa. G.

w. 'CHlItMl[II. hCaclelll!l1r I, 1919.

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Patente do descorticador de Schlichten

Acredito que ela revolucionará. muitos dos processos relacionados com a alimentação, o vestuário e a atisfação de outras necessidades da Chase observou o descorticador

processar sete toneladas de miolo de cânhamo em dois dias. Schlichten antecipou que, em regime de produção máxima, cada máquina procesaria cinco toneladas por dia. Chase estimou que o cânhamo podia abastecer facilmente os jornais de Scripps na Costa Oeste, sobrando polpa residual suficiente para venda a pequenas empresas. Ele estimou que o papel de jornal custaria entre 25 e 25 dólares por tonelada, e propôs-se perguntar a uma fábrica de papel da Costa Leste se estaria interessada em fazer experiências com eles. McRae, porém, parece ter entendido que o seu patrão já não estava muito interessado em fazer papel a partir de cânhamo. A sua resposta ao relatório de Chase é cautelosa: «Muito haverá que determinar quanto à praticabilidade dos custos de transporte, fabrico, etc.) etc., os quais só poderemos determinar procedendo às devidas investigações': Possivelmente. quando os seus ideais colidiram com o duro esforço de os desenvol er) o semi-reformado McRae recuou. Em Setembro, a colheita de Timken estava a produzir uma tonelada de fibra e quatro toneladas de miolo por acre, e ele estava a tentar interessar Scripps em abrir uma fábrica de papel em San Diego. McRae e Chase deslocaram-se a Cleveland e passaram duas horas a convencer Timken de que, enquanto o miolo de cânhamo era utilizável para fazer outros tipos de papel, era inviável tran formá-lo em papel de jornal assaz economicamente. É possi vel que as experiências em curso na fábrica de papel da zona leste não estivessem a ser encorajadoras - afinal, a fábrica estava preparada para fazer papel de polpa de madeira. Por esta altura, também Timken estava a sentir o aperto da economia

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de guerra. E perava pagar 54% de imposto bre rendimentos e e tava a tentar o nseguir um ,e mpréstimo de 2 milhões de dólares a um jur de ]0% com vi ta a reconverter o seu parque de máquinas para fins militares. O homem que poucas semana ante ,an iava por e de locar à Califórnia · não fazia quai quer tenção de víajar para oeste naquele inverno. Di e a Me' ae: "Acho que ou estar upado como o diabo a tratar d negó i ne ta parte ' » do paIs. O descorticad r v Itaria a . r falado nos anos 30) quando) m artigo publicados nas revista Mechanical Engineering e Popular Mechanics) foi pr movido como a máquina que tornaria o cânhamo uma '(colheita mu'ltimili -

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POR QUE NÃO HAVEMOS DE USAR O CÂNHAMO PARA INVERTER O EFEITO DE ESTUFA E SALVAR O MUNDO? energética - até mesmo nas nossas terras marginais - , essa planta produziria todos os 75 mil triliões de biliões de BTUs [unidades de energia] necessários para a América funcionar anualmente? Isso ajudaria a salvar o planeta?" "Isso seria o ideal. Mas não existe uma planta assim". "Nós pensamos que "Sim? E qual é ela?" "O cânhamo': "O cânhamo!" Ponderou durante alguns momentos.' Nunca teria pensado nele ... Sabem) acho que têm razão. O cânhamo seria a planta capaz de o fazer. Wow! Essa é uma grande ideia!" Excitadamente) explicámos esta informação em maior detalhe e delineámos o potencial do cânhamo como fonte de papel, fibra, combustível, alimentos, tinta, etc., referindo como ele poderia ser aplicado a equilibrar os ecossistemas do mundo e .r estaurar o equilíbrio do ar em oxigénio, sem causar praticamente qualquer perturbação no nível de vida ao qual a maioria dos americanos se acostumaram. Essencialmente, Rawlings concordou que a nossa informação estava provavelmente correcta e que o plano podia muito bem resultar. Então disse: «É uma ideia maravilhosa, e acho-a capaz de resultar. Mas, como é evidente, não podemos usá-la". "Esta' a b ' '}",respondemos nos. ' . nncan "Por que não?" "Bem. sr. Herer, sabia que o cânhamo é também a marijuana?" "Sim, é claro que sei, tenho vindo a e crever sobre ele cerca de 40 horas por semana durante os últimos 17

o início de 1989, Jack Herer e Maria Farrow colocaram esta questão a Steve Rawlings, o funcionário mais graduado do Departamento de Agricultura dos E.U., que estava encarregado de inverter o Efeito de Estufa, nas instalações de p quisa internacional do USDA em Beltsville, Maryland. Começámos por nos apresentar, diz ndo-lhe q ue estávamos a trabalhar para jornais do partido político Verde. Então perguntámos a Rawlings: "Na sua opinião, qual seria a forma ideal de parar ou inverter o Efeito de Estufa?" Ele respondeu: «Deixar de cortar árvores e de usar combustíveis «Então por que não o fazemos?" "Não existe qualquer substituto viável para a madeira que é usada para fabricar papel, ou para os combustíveis fósseis." «Por que é que não usamos uma planta anual para fabricar papel e aproveitamos a sua biomassa para produção de combustível?" "Bem, isso seria o ideal:' concordou. «Infelizmente não existe nada de utilizável capaz de produzir materiais uficientes': "Bem, o que diria o senhor se existisse uma planta assim, capaz de substituir toda a polpa de papel feita de madeira e todos os combustíveis fósseis, de produzir de forma natural a maior parte das nossas fibras, a partir da qual seria possivel fabricar tud , desde dinamite até plástico, que cresce em todos os 50 estados, que um acre dela substituiria 4,1 acres de árvores, e que se usás emos cerca de 6% da terra dos E.U. para cultivá-la como fonte

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21

"Bem) então abe que a marijuana ilegal, não sab ? Não pod mo "Nem me mo para salvar o mundo?H "Não. ilegal:' informou-me com ar severo. "Nã podemo u ar uma coisa que eja "Nem me mo para alva r o mundo?" perguntámo) pant d . "Não) nem m smo para alvar o mundo. b ilegal. ão p demo usá-Ia. Ponto final". "Não me entenda mat é uma grande ideia)" pras eguiu. «Ma nun a o deixarão avançar com "Por que é que não toma a iniciati-

va de informar o

cr tário da Agri-

cultura que um tolinh da Califórn'a lhe mostrou documentação provando que o ânhamo poderia er apaz d salvar o planeta, e que a sua primeira reacção é pensar que ele p de t r razão e que o caso merece um e tudo ério? O que diria ele?" "Bem) penso que depois de fazer is o eu não ficaria muito t mpo p r aqui Afinal, sou um funcionário "Bem, então por qu que não reúne a in6 rmação no eu computador a partir da biblioteca do U DA? F i ai que n6 fom s bu cá-la inicialmente". le disse, "Eu não pos o requi írtar essa informa "Bem, por qu não? 6 c n egui

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FEVEREI RO D E 1938: REVISTA POPULAR MECHANICS:

I'NOVO PRODUTO AGRíCOLA MULTIMILIONÁRIO" FEVERE RO DE 1938: REVISTA MECHANICA L ENGINEERING:

MAIS LUCRATIVO E DESEJÁ VEL

PRODUTO AGRíCOLA QUE É POSSíVEL CULTIVAR-SE" A tecno./og;a moderna estava em vias de ser aplicada à produção de cânhamo, o que ir;a torná-lo o principal recurso agrícola da América. Duas das mais respeitadas e influentes publicações nacionais, a Popular Mechanics e a M echani cal Engineering, previram um futuro brilhante para ° cânhamo americano. M ilhares de novos produtos criadores de milhões de novoS empregos anunciaríam o fim da Grande Depressão. Ao invés, o cânhamo foi perseguido, proibido e esquecido por capricho de W. R. Hearst, que o etiquetou de a erva assassina mexicana". cedo como em 19. 01, e até 1937, o Departamento de Agncultura dos E. U. [US Al predisse repetidamente que, uma vez inventada e desenvolvida maquinada capaz de colher, debulha r e separar a fibra da polpa do cânhamo, este voltaria a er o principal produto agrícola americano. A predição foi reafirmada na imprensa. popular quando a revista Popular Mechanics publicou em Fevereiro de 1938 um artigo intitulado "Novo Produ o Agrícola Multimilionário". A p imeira reprodução deste artigo figurava na edição original deste livro. O artigo é aqui reproduzido tal como t j impre o m 1938. Devido ao prazo de fecho da revi ta, a Popular Mechanics preparou e te artigo na Primavera de 1937, quando ainda era legal cultivar para produzir fibras, papel, dinamite e óleo. De facto, à ép ca, a indústria do cânha-

mo estava a crescer vertiginosam ente . Reproduz-se também neste capítulo um excerto do artigo sobre o cânhamo que a revista Mechanical Engineeringpublicou no mesmo mês. O artigo originara-se u m ano antes, num ·relatório apresentado no Encontro sobre Pro cessamento Agrícola realizado pela Sociedade American a de Engenheiros M ecân icos, sediada em New Brunswick, Nova Jersey. Relatórios do USDA preparados durante a década de 30 e testemunhos prestados perante o Congresso em 1937 m ostravam que a extensão cultivada de cânhamo na América vier a a d uplicar anualmente desde a altura em q ue atingiu a sua extensão mínima, em 1930 - quando foram plantados 100 0 acres n os E.U. - até 1937 - quando foram plantados 14.000 acres - -, co m planos p ara continuar a duplicar anualmente essa extensão durante o futuro previsível. Como se verá n estes ar tigos, a indús-

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23

tria recém-mecanizada do canhamo-de-cannabiencontra a-e ainda na infância, mas bem a caminho de tornar- e a principal cultura agríco la americana. E, à luz de de env lvim nt ubquentes (p. e.) a tecnologia para obter energia d bioma a, a de mal fiai con trução, te.) abemo agora que o cânhamo é potencialm nte o mai importante recur o ecológi o d mund ,e portanto, poten ialment) maior indú tria do nosso planeta. O artigo da Popular M chanics oi a primeira vez na hi tória americana que o termo "multimili nári » foi a li ado a qualquer produto ag ícola. do país! Hoje, P fito e timam con ervadoramente que) uma vez pI namente r tauradas na América a indú trias do c nharno gerarão entre 500 mil milhões a um bilião de dó]are por an ) e al arã

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tá a ser pr rnetid a agri ult americanos um novo pr dur agrí la valendo anualmente vári cent na de milhõ d dólare) tud p r u foi inven tada uma máquina que r 1 um problema com mai d - 6000 an d idade. e produto agrí la cânham e ele nã.o competirá com a outra culturas ameri an s.. Ao invé) u tituirá importaçõe de mat ría prima rod ut manufacturad produzid p r co li mal pagos e mã -de- .bra camp n i e cria á milhar de empr go para balhador am. ncan m t do p n A máquina qu p ibilita isto ida para extrair o c rt fibr d r da haste d cãnham )t mando a ua r utilizá el m ne idad duma uantidade proibitiva d tra alh human O ânham é a fibra-padrão d mundo. Ele p ui grand fi r a t "n il dura-

1

cânhamo é fácil de cultivar, e renderá entre três a eis toneladas por acre em qualquer solo no qual pos a plantar-se milho, trigo ou aveia. A sua estação de crescímento é curta e pode ser plantado depois de terem sid emeadas outra colheitas. Pode ser cultivado em qualquer estado da uniã.o. A ua longas raízes penetram no solo, esfarelando-o, e deixando -o em perfeitas condiçõe para a sementeira do ano segui te. den o aglomerado de folha) uspenso oito a doze pés acima do solo, abafa a ervas daninhas. Duas colheitas suce sivas são suficientes para recuperar 010 que tenha sido abandonado devido a stação por cardos canadianos ou erva elvagens. Segundo os métodos antigo, o cânhamo era cortado e deixado nos campos durante s manas até o sufici nte para as fibras poderem er arrancadas à. mão. (A maceração é imple mente apodrecimento devid a orvalho, chuva e acção bacteriana). Desenv lveram-se máquinas para epara ão mecânica das fibras após a maceração e tar completa, mas os

custos eram elevados, perdia-se muita fibra e a qualidade desta era comparativamente baixa. Com a nova máquina, conhecida por descorticador, o cânhamo é cortado com uma enfardadora de cereais ligeiramente modificada. Depois de ser introduzido na máquina, uma esteira rolante transporta-o até um conjunto de braços mecânicos que o racham a um ritmo de duas ou três toneladas por hora. O miolo, cortado em pedaços muito pequenos, cai num semeador, do qual é soprado por urna ventoinha para uma enfardadora, ou um camião ou vagão para transporte a granel. A fibra sai pela outra extremidade da máquina, pronta a enfardar. A partir deste ponto quase tudo pode acontecer. A fibra crua pode ser usada para produzir cordel ou corda fortes, tecida em serapilheira, alcatifas ou revestimento de linóleo, ou branqueada e refinada,. gerando derivados resinosos de elevado valor comercial. Na verdade, ela pode ser usada para substituir as fibras estrangeiras que agora inundam os nossos mercados.

B,ILLION -

DOLlA

CROP

.. Artigo



8 11110n Coltor Crop", no Popular Mechanics de Fevereiro de 1938.

25

Milhare de toneladas de miolo de cânhamo são usadas anualmente por um grande fabricante d pólvora na manufactura de dinamite e T T. Uma grand empresa papeleira, que costumava pagar milhares de dólares anuais d imp to sobre mortalha para cigarro feita no e trangeiro, e tá agora a fabricar e tas mortalhas a partir de cânhamo americano cultjvado no Minn ata. Uma nova fábrica do IUinoi está a pr duzir título fiduciários de qualidade a partir de cânhamo. Os materiaj naturais pr nl no cânhamo tornam-no uma. fonte económica de polpa para qualquer qualidad de papel manufacturado, e o eu alt teor de celulo e alfa promet um aba te Ímenta infinito de matéria-prima para milhares de produto eelul ic s que o nosso cientistas de nvolveram. Acredita- e geralmente que t d o tecido de linho é feit de linho. De acto, a maior parte dele pro ém do cânhamo - a autoridades estimam que mai de metade dos tecido d linho que importamo são feito de fibra de cânhamo. Outra ideia errada é que a erapilh ira feita de cânhamo. De fact, la pr v m em geral da juta, e praticament, ti da a serapilheira que u amo é tecida na lndia por trabalhador s que r , b m apena quatro centavo por dia. ord I para amarrar é em geral feit d i 1 pro- eniente do lucatão e da frica ri ntal. Todo e te pr dut s, agora imp rtado , podem ser produzido a partir d cânhamo doméstic . R d d p cordas de arco, t la) corda r i t nt I fato -macaco, toalha d m a d damaco, delicada timenta d linh , toalhas, roupa de cama - milhar d pod m r artigo quotidian do em quinta am icana. A 110 a importaçõe d tecido fibr t ang iro totalizam cerca de 200.000. 00 d dólare p r ano; ó m fibra rua importámo mai d 50.0 00 d d lare no nrneu el m d 19 7·

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Tod e te rendimento pode er di ponibilizado para o am icano. A indú tl'ia do pap 1 afere e inda maior po ibilidade. , nquanto indú tria, factura cerca de 1.000.000.000 de dólar pr ano, e oitenta por cent de e de papel total r,e- a importa o ânharno fomec r qualidade de pa 1" nÚimero do gov mo calculam que 10.000 r edi d ao cânha - o p duzirã tant pap 1 orno 40.000 a r de 10 r aI médio. Um o · tá ulo na marcha m fr nt do cânham agri tU-

tácul

26 de Fevereiro de 1937

MECHANICAL ENGINEERING

o artigo "O Linho e o Cânhamo: Da Semente ao Tear" foi publicado no número de Fevereiro de 1938 da revista Mechanical Engineering. Este texto foi originalmente apresentado no Encontro sobre Processamento Agrícola da Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos, realizado pela Divisão de Indústrias de Processamento em New Brunswick, Nova Jersey, em 26 de Fevereiro de 1937·

o

LINHO E O CÂNHAMO: DA SEMENTE AO TEAR por George A. Lower

.steas fibra paí importa praticamente toda ue consome exc pto o algoE dão, O tear Whitn y, combinado com métodO melhorad d tecelagem, permitiu que e te pai roduzi e bens de algodão a u n preço de tal forma inferior ao do linho que a fabricação d te praticamente cessou no stad s Unidos. Somos incapazes de J?r duzir a no a fibras a um cu to int rio r ao con eguido por outr agricultor s do mundo, Para além dos custo mai elevado da nossa mão-de-obra, nã c n eguimos índices de produção c mparávei . Por exemplo, a Jugo lávia, o país da uropa qu r gi ta a mais elevada produção d fibra por acre, obteve recentem nte um rendimnto de 883 Hbra . número comparáveis referent s a outro paí e são: Argentina, 749 libras; Egipto, 616 libras; e lndia, 393 librasien uant n ste paí rendimento médio é 383 libras, Para enfrentar lucrativ m nte a competição mundial, dev m melhorar o métodos que u amo de de camp até ao tear. linho continua a er arrancado pelas ao 01 raízes, macerad num tanqu , ,e rachado até a fibra se eparar m da. madeira. Então é te ido, e finalm nte branqueado c m lixívia de cinza de madeira, pota a de algas que'mada, u cal. Melhoram nto 1 mecanismos de lavra, plantação e lheita ajudaram mat -

2'7

rialmente os grandes agricultores e, em certa medida, os pequenos. Porém, os processos que vão da colheita à tecelagem ão rudes, ineficazes e danosos para o solo. Dentre as fibras vegetais, o cânhamo, além de ser a mais resistente, é a mais produtiva por acre e a que carece de menor atenção. ão apenas dispensa a deservagem, como mata todas as ervas daninhas e deixa o solo em esplêndidas condições para a colheita seguinte, Isto, independentemente do seu valor monetário próprio, torna-o uma cultura muito desejável. Em termos de clima e cultivo, os seus requi itos são semelhantes aos do linho e, tal como o linho, deverá ser colhido antes de amadurecer demais, A melhor altura é quando as folhas inferiores no caule definham e as flores lançam o seu pólen. À emelhança do linho, as fibras emergem nos pontos onde as hastes das folhas e fixam aos caules, sendo compostas por filam nto laminado grudados por goma de peetose. Quando o cânhamo é tratad quimicamente orno o linho, ele produz uma fibra esplêndida, tão parecida com linho que só usando um microscópio de alta potência é possível descortinar a diferença - e, mesmo assim, as duas fibras ó e distinguem porque, no cânhamo, algumas das extremidades estão divididas. Molhando alguns filamento fibro os e uspendendo-os, con-

segue-se identificar posItivamente as duas fibras porque, ao secar, o linho vira-se para a direita, ou no sentido dos ponteiros do relógio, e o cânhamo para a esquerda, ou no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Antes [da Segunda Guerra Mundial], a Rússia produzia 400.000 toneladas de cânhamo, todo o qual continuava a ser rachado e espadelado manualmente. O russos produzem agora metade dessa quantidade e u am a maior parte dela para consumo próprio, assim como faz a Itália, país de onde fizemos outrora grandes importações. este país, em se plantando cânhamo à razão de um bushel por acre, ele rende cerca de três toneladas de palha seca por acre, das quais entre 15 a 20 por cento é fibra e 80 a 85 por cento material lenhosoo O mercado em rápido crescimento para a celulose e a farinha de madeira como matérias-primas para o fabrico de plásticos permite acreditar que e te material até agora desperdiçado poderá revelar-se suficientemente valioso para rentabilizar a colheita, conservando o custo da fibra suficientemente baixo para competir com 500.000 toneladas de fibra dura agora importadas anualmente. Sendo o cânhamo duas ou três vezes mais resistente do que qualquer das fibras duras, é necessário muito menos peso para fornecer a mesma metragem. Por exemplo, o cordel de sisaI com força tênsil de 40 libras mede 450 pés por libra. Um cordel de melhor qualidade feito de cânhamo mediri.a l280 pés por libra. cânhamo nã está sujeito a tantos tipo de apodrecimento como as fibras tropicais, e nenhuma destas é tão duradoura tanto em água doce como salgada. Enquanto no pa sado a te ria foi que a palha devia ser cortada quando o pólen começa a voar, alguma da melhor fibra tratada pelo canhameiros do Minne ota estava cheia de semente. Esta questão devia ser resolvida de imediato plantando-se alguns acres e colhendo- e então o

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primeiro talhão quando o pólen é libertado no ar, o segundo e terceiro talhões com um intervalo de uma semana ou dez dias, e o último quando a emente estiver completamente amadurecida. Estes quatro talhões devem conservar-se separados, e ser e padelados e processados separadamente, com vista à detecção de qualquer diferença na qualidade e quantidade da fibra e da emente. e te país e tão disponíveis diversos tipo de máquina para colher cânhamo. Uma delas foi apre entada faz alguns anos pela International Harvester Company. Recentemente, os cultivadores de cânhamo do Oe te Médio reconstruíram enfardadora de cereal normais para tazer e te trabalho. Esta reconstrução não é particularmente dispendiosa e o serviço pre tado pelas máquinas é considerado satisfa tório. A extracção da goma do cânhamo é análoga ao tratamento aplicado ao linho. Embora os fiapos do cânhamo ofereçam provavelmente uma re istência maior à dige tão. por outro lado des desfazem-se facilmente após a complecção deste processo. A partir do cânhamo pode pois obter- e também urna excelente fibra. Quando o cânhamo é tratado segundo um proce o químico conhecido, ele pode ser tecido em teares para algodão, lã ou estopa, apresentando uma. absorvência e durabilidade equivalentes à do linho. tão também disponíveis no mercado diver os tipo de máquinas para espadelar o caule de cânhamo. Antigamente. a oficina de espade1agern do Illinois e do Wiscon in u a am o si tema cooistindo em oito pares de cilindros com caneluras que de faziam a porção lenhosa quando eram atravessados pela palha ca. A partir daí, a fibra com os restos aderente - ou hurds {miolo], como são chamados - - era tran ferida por um , perador para uma ,e teira contínua. A fibra atraves a a então dois tambores primário guarnecidos com lâminas nas extremida.d e ,o quai, girando em con-

Noutro tipo de máquina, os caules atravessam uma série de cilindros graduados guarnecidos com caneluras. Isto desfaz o miolo lenhoso em filamentos com cerca de 3/4 de polegada, após o que a fibra atravessa uma série de chapas com ranhuras que, fazendo um movimento de vaivém, operam entre chapas estacionárias com ranhuras. Os filamentos aderentes são extraídos da fibra, que continua a ser transportada numa esteira rolante até à enfardadora. Porque não ocorre qualquer fricção entre a fibra e o cereal, este tipo de espadelador produz apenas fio fibroso, o qual é então processado através dos mesmos método usados para tratar o linho. Os fabricantes de tintas e lacas estão interessados em óleo de semente de cânhamo por se tratar de um bom agente secante. Quanto se tiverem desenvolvido mercados para os produtos que agora são desperdiçados, as sementes e o miolo, o cânhamo provará ser, tanto para o agricultor como para o público, a cultura mais lucrativa que é possível plantar-se, podendo tornar as fiações americanas independentes de importaçôes. Inundações e tempestades de poeira recentes .fizerarn soa r o alarme contra a destruição de árvores. É possível que os produtos residuais até agora desperdiçados do linho e do cânhamo possam ainda satisfazer uma boa parte dessa necessidade, em especial no campo dos plásticos, que está a conhecer um crescimento exponencial.

junto, malhavam a maior parte do miolo assim como as fibras mais curtas do caule, conhecidas por estopa. A proporção de fio para estopa é 50 por cento em cada fibra. A fibras curtas são então encaminhadas para um limpador vibratório que elimina parte do miolo. No Minnesota e no Wisconsin expe rimentou-se outro tipo de máquina, consistindo numa mesa de alimentação sobre a qual os caules são dispostos horizontalmente. Esteiras contínuas transportam os caules até eles serem agarrados por uma cadeia de grampos que os faz atravessar metade da máquina. Um par de malhadores entrelaçados, semelhantes a cortadores de relva, são dispostos segundo um ângulo de 45 grau em relação à cadeia de alimentação, e desfazem os caules de cânhamo junto à borda afiada de uma chapa de aço, com vista a desfazer a porção lenhosa da palha e malhar o miolo da fibra. Do outro lado, e ligeiramente .adiantado em relação primeiro conJunto de malhadores, dispõe-se um conjunto semelhante, mas colocado segundo um ângulo de 90 graus em relação ao primeiro par, que também malha o miolo. A primeira cadeia de grampos transfere os caules para outra cadeia semelhante, de forma a espadelar a fibra que no início se encontrava sob o grampo. Infelizmente, este tipo de espadelador produz ainda mais estopa do que o designado modelo do Wisconsin. Esta estopa é difícil de voltar a limpar porque o miolo está desfeito em compridas lascas que aderem tenazmente à fibra.

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"Culdvem CânhQmo 'Para a GueliNl n , rreprodu o d um rOlJ Mundial que demonstra cJmplamente rCJ #tip6 G Utüd do para com D marijuana. Cortesia do Ofl lo Hem T'lr

y

moa

filc'a no

,

Os Ultimos Dias da CANNABIS LEGAL Como agora sabemos, a revolução industrial do século XIX constituiu um retrocesso para o o comércio mundial de cânhamo, devido à falta de máquinas para colher e rachar necessárias para a sua produção em massa. Mas este recurso natural era valioso demais para ser relegado durante muito tempo para o caixote do lixo da história. Em '9' o Bulletin 404 do USDA previu o desenvolv;mento de uma máquina de descorticar e colher cânhamo, que vo/to.rio a fazer deste a maior indústria agrícola da América. Em /938, as revistas Popular Mechanics, Mechanical Engineering e outras apresentaram a uma nova geraçõo de investidores as primeiras máquinas descorticadoras de cânhamo completamente operacionais; o que nos traz à seguinte parte da história. Ambas as revistas indicavam que, graças a esta máquina, o cânhamo vo.l taria a ser o principal produto agrícola americano!

REVOLUÇÃO NO FABRICO D'E . PAPEL

o cânhamo fo se cultivado legalmente ·usando a tecnologia do século XX, ele S seria hoje o produto agrícola mai impor,e

tante do Estados Unidos e do mundo! (Popu lar Mechanics, F vereiro de 1938; Mechanical Engineeril1g, Fevereiro de 1938; Relatórios do Departamen to da Agricultura dos E.V., 1903, 1910, 1913.)

De facto, quando doi artigos precedente foram preparado ) 110 início de 1937, ainda era legal cultivar cânhamo. E aqu les que prediziam rendimento multimilionário em novo negócios de cânhamo não estavam a considerar rendimento oriundo de medicamentos, energia (combustív 1) e alimentos, que hoje acre centariam . rca de um bilião de dólare à no a iminente economia «natural" (comparada com a no a cnomia sintética e perturbadora do ambiente). O consumo de cânhamo fumado comfi.ns relaxante apena acrescentaria uma quantidade relativamente reduzida a este número.

A razão mais importante por que as revistas de 1938 projectavam novos rendimentos multimilionários para o cânhamo era a utilização deste no fabrico de ((pasta de papel" (como oposto a papel feito de fibras ou de trapos). Outras razões eram a sua fibra, as sementes e muito outros usos para a polpa. Esta notável tecnologia nova para produzir pasta de cânhamo foi inventada em 1916 por cientistas do Departamento de Agricultura dos E. U., o botânico Lyster Deweye o químico Jason Merrill. Esta tecnologia, juntamente com a invenção da máquina descorticadora de W. Schlichten, patenteada em 1917, tornou o cânhamo uma fonte viável de papel a menos de metade do custo do papel feito de polpa de árvore. A nova maquinaria para colheita, juntamente com a máquina de fez descer o tempo de processamento do cânhamo de 200 a 300 horas-homem por acre para apenas um par de horas. Vinte anos depois, o avanço tecnológico e a construção de novas vias de acesso tornaram-no mais valioso ainda.

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Infelizmente, por essa altura, a força que se opunh am ao cânha mo havia m ganho ímpet o, e agiram celeremente com vi ta a suprim ir o seu cultivo,

UM PLANO PARA SALVAR AS NOSSAS FLORESTAS lguma s varied ades de planta de canna bis alcanç am regula rment e a altura de árvores ( ete metro s ou mai ) numa e tação de cre cimen to. O novo proces de fabrico de papel u ava «hurds" [miolo] de cânha mo do pe o da ua haste - -, o qual era at então um produ to desperdiçado do processo de debul ha da fibra, m 1916, o Bulletin 404 do . DA informa va que um acre de cânha m -de-cann abis, em rotaçã o anual ao longo de um perío do de 20 anos, produ ziria tanta polpa para papel corno 4,1 a re de árvores que fos em abatid a duran te o mesm o períod o. Este proce ou aria entre 1/4 e 1/7 meno s ácido s ulfura o p luidor es para desfazer a lenhit e grude nta que liga as fibra da polpa , ou mesm o nenhun ,caso e usa e carb nato de ódio. Para fabricar polpa é preciso d fazer toda esta lenhite, A polpa de ânham o t m apena s 4 a 10% de lenhite, enqua nto as árvores têm entre 18 a 30% de lenhit . No proce sso de fabrico de pap 1de cânha mo evita- e o probl ema da conta minaç ã fluvial por dioxinas, pai ele nã pr ci a de usar branq ueado r de cl rina (como reque r o fabrico de polpa de papel feita de made ira), que é ub tituíd p r á ua o de oxigenada) mais benig na no pr branq ueam ento. Logo, o cânha mo pr duz quatr mais polpa com pelo m no quatr vezes meno poluiç ã , Como vimos , .a coner tizaçã , das p tencia lidade da polpa de papel eita d cânha mo depen dia da 'nvençã.o d nvolvim ento! pela tecno i gia mod ma d novas máqu inas d bulha dora d ta planta . Isto reduz iria tamb m a pr cura

A

de mad ira e o cu to da habitação. ao m mo t mpo que a'udav a a reoxigenar plane ta,l Um ex mpl: e hoje o novo (em o d fazer pipa d papel 1916) pr de cânha mo fo mi gai • le cedo ub tituiri a cerca d 70% d t da apIp a d papel feita d made ira in luindo papel para impre or de ompu tador caixa aco de pape. anelad pIpa de pa el 'ta de 60 a 100% ma' re i tente · miol d flexí el do que a ita d a ta d , TV r' . pap I eita de pIpa de A pr du ão mad ira danifi a meio ambie nt ,. fabrico de pap ] de nham não o faz. ew

Kim

rril!. BL 1/ li" 1#404. ..D ,,1916; 19 o; Produ -o atribuf da p I De M urle Clar à u ub 'diári frao

duit, produtora d p l d fibra. de cânh m té 19 .)

19 7

.

CO SERVACÃO E REDUCÃO . 1,_ ORIGiE

d tar

II

As vantagen ambientais de cultivar cânhamo anualmente - deixando as árvoreficar de pé! - para fabricar papel a partir do eu miolo e substituir os combustíveis fós ei com fonte nergética tornaram-se cruciais para a redução da poluição na origem.

UMA CONSPIRACÃO PARA ELIMINAR A COMPETI CÃO • NATURAL m meados da década de 30, quando

E

máquinas para debulliar fibra de cânhamo e máquinas para con ervar a sua polpa altamente e1uló ica e tornaram operacionais, disponívei e competitivas, virtualmente toda as empr as proprietárias de povoamentos florestai como a Hearst Paper Manufacturing ivision, a Kimberly lark (' UA) e a St. Regis - , bem c mo as celulose e as grandes cadeias de jornai , aprestavam-se a perder milhares de milhões de dólares e talvez a entrar em falência. Por coincidência, em 1937, a uPont acabara d patentear processos para fabricar plásticos a partir de petróleo e carvão, assim como novo pro e so ((sulfato/sulfito" para fabri ar papel a partir de polpa de madeira. D acordo com o registos e historiador da própria DuPont, eles repr entariam mais de 80% das expediÇ e por via férr a feita pela empresa no 50 ano eguinte. Investigaçã do autor e c muni aç DuPont, 1985-199 6.

nhamo ambientalmente são e a tecnologia do plástico natural teria prejudicado os lucrativos esquemas financeiros de Hearst) DuPont, e o principal apoiante financeiro deste, Andrew Mellon do Mellon Bank de Pit burgo.

"REORGANIZAÇÃO SOCIAL"

U

ma série de reuniões secretas tiveram lugar. Em 1931, Mellon) no seu papel de Secretário do Tesouro da administração Hoover, nome?u Harry 1. Anslinger, seu futuro sobnnho por afinidade, para a ch fia do recém-reorganizado Departa Federal de Narcóticos e Drogas Pengosas (FBNDD), cargo este que ocuparia durante os 31 anos seguintes. Estes barões da indústria e financeiros sabiam que maquinaria para cortar, enfardar, descorticar (separar a fibra do miolo altamente celulósico) e processar o cânhamo em papel ou plástico estava a

Se o processo de fabrico de polpa de papel de cânhamo de 1916 estivesse hoje em uso, ele substituiria 40 a 70% de toda polpa de papel.

a

tornar-se disponível em meados dos ano 30. O cânhamo-de-cannabis devia ser eliminad . Em 1937, no Relatório Anual da Dupont ao seus accionistas, a empresa reomendava fortemente o investimento continuado nos seus novos produtos petr químicos sintéticos, cuja aceitação não estava a ser fácil. A DuPont antecipava "mudanças radicais" derivadas "da converão do potencial de colecta fiscal (. . . ) num a forçar a aceitação ldeIas novas de reorganização mdu tnaI e social".

com a

Se o cânham não tivesse id ilegalizado, 80% d negócio da uPont nun a se teria materializado, e a grande maioria da poluiçã que foi infligida ao no o rios do N roe te e do ude te nunca teria ocorrido. Num mercad aberto) o cânhamo t ria salvo a maioria das vitai quinta familiare da América, e t ria provavelmente eu número, ape ar da feito aumentar Grande Depre ão do anos 30 . Mas competir contra o papel de â-

,.. (DuPont Company, relatóri.o anual, 1937, itálico no.)

Em The Marijuana Conviction (Univ. ofVirginia Press, 1974), Richard Bonnie e

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Charles Whitebread II explicaram e te processo em detalhe:

Toma- e im ompr en í el a decião tomada pela DuPont d inve tirem n tecnol gia ba eada em « or ar a aceita ã de úbitas ideias no a de r organizaçã indu triaJ

"No Outono de 1936, Herman Oliphar'l t (conselheiro-geral do Departamento do Tesouro) decidira utilizar o poder fiscal [do governo federal}, mas s gundo um estatuto cujo modelo era a Lei das Armas de Fogo, e sem qualquer relação com a Lei Harrison [dos narcóticos] promulgada em 1914. Era o próprio Oliphant que estava encarregado de preparar a lei. Anslinger instruiu o seu exército para apontar as baterias em direcção a Washington. '11 principal divergência do plano de taxação da marijuana em relação à Lei Harrison é a ideia do imposto proibitivo. ob a Lei Harrison, um utente não-médico era impedido de comprar ou possuir narcóticos legitimamente. Para os dissidentes das decisões do upremo Tribunal WJlliamR. Hearrt que validaram a lei, isto demonstrava claramente que a motivação do Congresso era proibir a conduta ao il1Vé de aumentar a receita. De modo qu na Lei Nacional das Armas de Fogo, concebida para impedir o tráfico de metralhado· ras, o Congresso ''permitia'' qu qualquer pessoa comprasse uma metralhadora, ma requeria que ela pagasse um impo to de transacção de 200 dólares e formalizas a compra. numa nota de encomenda. '11 Lei das Armas de Fogo, votada m Junho de 1934, foi o primeiro acto de tíl1ado a ocultar os motívos do COtt resso por detrás de um imposto 'proibitivo: ,o upremo Tribunal aprovou unanimemente a lei anti-metralhadoras em 29 de Março de 1937. É indubitável que Olipi1ant estivera à espera da decisão do Tribunal, e o Departamento do Tesouro apre e'1.tou a tia lei gra n de taxação da marihua1'la dua 5 manas tinen . rn 1930 ' mais tarde, em 14 de Abril de 1937':

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QUESTÃ.O DE OTIVO

cmp impo to o pe-

nó a

ui!

Imo à

o rigad

.)

fumo rand

nem do E. . patr i-

nou o estudo da Comissão Sil r sobre os efeitos da marijuana em soldados americanos estacionado no Panamá que fumavam erva nas horas de folga. Ambos os relatórios concluíam que a marijuana não era problemática e recomendavam que não fossem aplicadas anções criminais à sua utilização. No início de 1937, Walter Treadway, Bastonário da aúde A sistente do E.u., disse ao Comité Consultiv bre a annabis da Liga das Naçõ que, ((É po ível tomá-la durante um período r lativamente longo de tempo sem que ocorra qualquer colapso daI ou emocional. A marihuana vicia ( ... ) no me mo sentido em que o fazem ( ... ) o açúcar ou afé". Mas outras forças estavam em acção, A fúria bélica que levou à uerra Hispano-Americana de 1898 foi d flagrada e alimentada por William Rand lph Hear t através da sua cadeia nacional de jornais, marcando o início do «(jornalismo amarelo"* enquanto força da política americana.

No dos anos 30, este mesmo tema causadora de desastres de vlaçao sena repetidamente gravado na mente do público através de manchetes referindo acidentes rodoviários relacionados com marijuana, e filmes tais como "R c M. a d ness " e " Marijuana - Assassm ofYouth':

XENOFOBIA DESCARADA o.m início na Guerra Hispano-Ame. ncana de 1898, os jornais de Hearst vmh,am a denunciar os hispânicos, os meXlcano -americanos e os latinos. Após o confisco de 800.000 acres dos melhores povoamentos florestais de Hearst no México pelo exército mexicano fumador de "marihuana", comandado por Pancho Villa,* estas calúnias intensifi aram- e.

C

. A canção "La Cucaracha" conta a história de um dos homens de Villa que andava à procura do seu saquinho de "marijuana para fumar"!

Ao longo das três dé... O djcionário Web ter's cadas seguintes, Hearst define "yellow journalism" p intou ininterrupta(jornalismo amarelo) cornO mente a imagem do o uso de método baimexicano preguiçoxamente ensacionali ta so fumador de erva ou inescrupuloso em jornais ou outro média m - que ainda hoje é vista a atrair ou influen iar um dos nossos mais leitores. insidiosos preconceiNos no 20 e 30, a to . Simultaneamente, cadeia jornalística de Hearst levou a cabo uma Hearst manufacturou deli.campanha de difamação raberadamente uma nova ameaCIsta contra os chineses, reça para a América, D mentou Harry AnsUnger ferindo-se-Ihe como o " Periuma nova campanha d j rnago Amarelo", lismo amarel visand proibir O ntre 1910 e 1920, os jornais de Hearst cânhamo. Por exempl ) a hi tória de um afirma am qu e a maioria dos inci acidente de viação no qual D i en ntra- em que negros eram acusados de do um "cigarro de m rijuana» d minaria VIOlar mulheres brancas estavam direcas manchetes durante emanas a fio, tamen e ligados à cocaína. Isto contienquanto os acidentes de viaçã r 1anuou durante 10 ano, até Hearst decionados com álcool (qu eram mai cidir que afinal quem andava a violar de 1000 veze up riore ao acíd nte a mulheres brancas nã.o eram "Pretos ligados com a marijuana) eram relegado enlouquecido pela cocaína"- agora para as páginas tra eira .

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Virtualme.nte todas as grandes empresas ,proprietánas de povoamentos florestais, bem como as celuloses e ·a s grandes cad'e;as de jornais, aprestavam-se a pe.r der milhares de milhões de dólar,es e talvez a entrar em falêncja. eram "Pretos enlouquecido pela mari)uana. O tablóides ensacionalistas de Hear t e outros magnata da impren a faziam manchetes histérica obr,e notícia representando o "Pretos" e o mexican mo bestas frenética quand e ta arn ob influência da marijuana, tocando mú i a "vodu-satânica" anti-branca (o jazz) e lançando desrespeito "depravaçã» obre o públic Jeitor predominantemente branco. Outras ofen a do géner resultantes desta ((onda d crime) in· duzida por drogas incluíam: caminhar na sombra de homens brancos, olhar pessoas brancas directamente nos olhos durante três segundos ou mais, olhar duas vezes para uma mulher branca, rir de uma pessoa branca, etc. Devido a tais "crimes': c ntenas de mi· lhares de mexicanos e negros cumpriram, em conjunto, milhões de anos em pri -e e trabaJhos forçados, ob brutai 1 i gregacioni tas que vigoraram no .u. até a s no 50 e 60 . M diant o u o sedutor e repetiti o, Hear t m rtelou a obscura palavra de calão mexi ano «marijuana" na c n ciência angl fona am ricana. Entretanto, a paJavra "cânhamo" foi afastada e o'cannabi ': o t rm cicntifi • foi ignorado e enterrado. A palavra spanh la para ânhamo é ('cafiamo». Todavia, u o d um c 10quialismo da região me i ana de onora - marijuana, amÍúd ameri anizado como (marihuana)'- garantiu qu p ueo se aperceb em de que o term correcto para de ignar um d prin ipai medi amento naturai d mund. e o u prin ipal re ur industrial, "cânhamo ', haviam °d banidos da .língua. o

A TAXAÇÃO PROIBITIVA DA

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ano era Irque onta a nt antin r-

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as suas propostas de lei directamente à bancada da Câmara, em que sejam debatidas por outros comités. O Presidente do Modos e Meio ,R bert L. Dought n, um aliado chave da DuPont,* carimbou expeditamente a secreta proposta de lei do Tesouro, que atravessou o Congresso e num ápice chegou ao Presidente. ,. Colby, Jerry, Du?on! Dynasties, Lyle Stewart,

1984.

"ALGUÉM CONSULTOU A ASSOCIACÃO MÉDICA AMERICANA?" ontudO, mesmo no interior das audiências controladas do comité, muitas te temunha qualificada pronunciaram- e contra a aprovaçã.o d stas invulgares lei fiscais. por exemplo, o dr. WiUiam C. Woodward, que além de médico era adv gado da Associação Médica Americana (AMA), e testemunhou em nome de ta. Ele declarou qu a argumentaçã.o federal consistia basicam nte d história retiradas do ta lóide sen acionalistas! Nenhum verdadeiro testemunho fora ouvjdo! SegundWo dward, e ta lei, aprovada na ignorância, p dia negar ao mundo um remédio potencial, em especial agora que o mundo médic estava a começar a desc brir o ingredien tes activos da cannabi . Woodward rmou o omité que a pr única razão por que a AMA nã nuncíara mai cedo ntra a lei fi cal da marijuana fora o facto da mariju na s r descrita na impren a há 20 an lU «a . d Mé' » erva a a ma o · . Assim, ((dois dias ante)) d ta audiências da Primavera d 1937 qu os médicos da AMA haviam con tatad que a planta qu o ngr o t ncionava proibir era conhecida medicam nte por cannabi ,uma ub tância benigna usada na América há mai de cem an sem perfeita gurança para tratar inúmera enfermidade .

C

"Não conseguimos perceber ainda, Sr. Presidente': protestou Woodward, "por que motivo esta lei foi preparada em segredo durante dois anos sem ter havido qualquer intimação, até mesmo à profissão médica, de que a sua preparação estava em curso", Ele e a AMA>\- foram expeditamente denunciados por Anslinger e a totalidade do comité do Congresso, e sumariamente dispensados. 3 Em 1937, a AMA e a administração Roosevelt eram fortes antagonistas.

Quando a Lei de Taxação da Marijuana foi apresentada para relatório oral, discussão e voto na bancada do Congre o, uma única pergunta pertinente foi feita durante a sessão: consultou a AMA e se inteirou da sua opinião?" O representante Vinson, respondendo pelo Comité dos Modos e Meios, replicou, "Sim, consultámo um tal dr. Wharton [pronúncia errada de Woodward?] e [a AMA] está totalmente de acordo': Com esta mentira memorável, a pro posta foi aprovada e a lei entrou em vigor em Setembro de 1937. Foram criadas forças policiais federais e estaduais, que encarceraram centenas de milhares de am ricanos, somando mais de 14 milhões de ano perdidos em prisões e casas de redu ão - chegando a contribuir para as suas mortes - tudo em prol de indústria envenenadoras e poluidoras, indicatos de guardas prisionais, e com o fito d reforçar o ódio racial professado p r alguns político brancos. (Mikuriya, Dr. Tod, Marijuatla Medical Papers, 1972; loman, Larry, Reefer Madr1ess, Grove Press, 1979; Lind mith, Alfr d, The Addict and the Law, Indjana U. Pre ; Bonnie e Whitebread, The Marijuana Conviction, U. of VA Press; Registos Congro

.u.; et aI.)

HOUVE MAIS QUEM SE PRONUNCIASSE CONTRA também Lei de Taxação Opondo-se com toda a sua energia estava o 1nsà

37

tituto Nacional de Oleo de Seme nte, que representava os produ tore de lubrificantes de alta qualidade para má uina , assim como os fabricante de inta. Depo ndo peran te o Comité d Modo e Meios em 193.7) o seu eon elheiro geral Ralph Loziers presto u um eJ quent e te tem unho sobre o 6leo de emen t d cânhamo, o qual para todos o efeito ia ser proibido:

''Autoridades respeitáveis dizem -nos que no Oriente pelo menos 200 milhões de pessoas usam esta droga; e devemos tomar em consideração que durante center'lGS, melhor, milhares de anos, praticamente e se número de pessoas tem usado esta droga. É significativo que na Asia e noutros lugare do Oriente onde a pobreza pers gue cada mão, e onde as pessoas recorrem a todos os recursos vegetais que uma natureza pródiga conferiu aquela região - é significativo que desde o alvorecer da civiliza ão nenhuma destas 200 milhões de pes oas tenha sido alguma vez descoberta a usar a semente desta planta ou seu óleo como droga . "Ora, caso existiss m quaísquer propriedades ou princípios nefastos na sua emente ou óleo, é razoável supor que estes orientais, os quais devido à sua pobreza buscam tudo quanto possa satisfa zer o u mórbido apetite, os teriam descoberto ... "Com a licença do comité, a semente do cânhamo, ou a semente da Cannabis sativa l., é usada como alimento em todas as nações orientais e também numa parte dá Rússia. É cultivada nos seus campos comida como papa. No Oriente, milhões de pessoas usam todos os dias sementes d cânhamo como alimento. Fazem -no há muitas gerações, mormente em perlados de fome . .. O meu argumento é este que esta proposta de lei é inclusiva d mais. Esta proposta de lei é uma, medida que encurralará o mundo. Esta proposta de lei cria as actividades que poderão significar a supressão desta grat1de indtístria, o seu esmagamento sob a sup rvisao de um gabinete. No ano passado im-

porta ram- e para o E. . 62. 1 .000 libras de em tlte de ctlnhamo. Em 19 5 írrlpor taram- e 116 nilllões de libra ...

PROTEGE



TERSSES

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38



lheres brancas com jazz e marijuana. Leu um relato sobre dois estudantes negros da Universidade da Pensilvânia que usaram esta técnica com uma colega branca, "com o resultado de ter ocorrido uma gravidez". Os congressistas de 1937 horrorizaram-se com isto e com o facto d sta droga ter o aparente condão de fazer as mulheres brancas sentir vontade de tocar em "Pretos") ou mesmo de olhar para eles. À excepção de um punhado de industriais ricos e seus polícias assalariados) virtualmente ninguém na América sabia que o principal rival dessas pessoas _.- o cânhamo - estava a ser proibido sob o nome de "marijuana". É verdade. Com toda a probabilidade, a marijuana foi apenas um pretexto para a do cânhamo e sua supressã.o econÓmlCa.

Em 1937, Anslinger testemunhou perante o Congresso, dizendo: ''A marijuana é a droga que mais violência causou na história da Humanidade". Isto, juntamente C0111 afirmações das crenças ultrajantemente racistas de Anslinger, foi dito perante um Congresso dominado por sulistas, e é agora embaraçoso de ler na totalidade. Por exemplo, Anslinger coleccionava recortes de jornais, qua exclusivamente a partir dos jornais de Hearst e outros tablóides ensacionalistas, aos quais chamava "Ficheiros Sanguinários" - p. e., o relato de um assassínio cometido à machadada, no qual um do participantesfumara alegadamente um charro quatro dias antes de cometer o crime. Anslinger impingiu ao C ngre o como sendo um dado factual que nos E.V. cerca de 50% de todo o crimes violentos eram cometidos por espanhóis, mexícano- americanos, la tino- americanos, filipinos, afro-americanos e gregos, e que havia uma ligação directa destes crimes com a marijuana.

Em 1937, Anslinger testemunhou perante o Congresso, dizendo: "A marijuana é .a droga que mais violência causou na história da Humanidade".

(Dos registo pe oais de Ansling r doados à Universidade do tado da Pensilvânia; proce so dos Crimes de Li Cata. etc.)

As águas turvaram-se mais ainda devido à confusão da marijuana com a erva-do-diabo. t A imprensa não clarificou a situação, continuando a publicar desinformação até aos anos 60. No alvorecer da década de 90, os mais extravagantes e ridículos ataques contra a planta do cânhamo receberam atenção mediática nacional - tal como um estudo, largamente disseminado na imprensa médica em 1989, pretendendo que os fumadore de marijuana engordavam meia libra por dia. Agora, em 1998, os média estão apenas interessados em evitar a questão.

Especialistas que verificaram meticulosamente o fact s não acr ditam na veracidade de um único do ('Ficheiros Sanguinário " que Anslinger compilou nos anos 30. 4

MENTIRAS

AUrOPERPETUADORAS

·., a.dadoverdade, ca. o e tive e ao trabalho de verifi a ) as estaN tísticas do FBI mostravam qu . pelo menos

65 a 75% de todo ,os as assinios cometido

nos E.U.estavam na altura - Gomo e tão hoje - relacionado com álcool. quanto exemplo do seu depOImento raClSta, Aos] inger leu perante testemunho do Congresso dos .U. (sem quaisquer objecções) história obre ((e carumbas" de lábios proeminentes que eduziam mu-

(American Health, Julho! Agosto de 1989.)

°

Entretanto, debates sérios sobre os aspectos da problemática do cânhamo relacionados com a saúde, as liberdades tA Datura stramoniunt, ou estramónio. (N . do T.)

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Notas:

civis e a e onomia ã.o amiúd afa tado como não pas ando de "um pr te to para as pe oas fumar m erva" - como e as pe oas precisa em de prete to para afirmar o facto de qualqu r questão. Devemos admitir que a táctica de mentir a público obre a natureza b néfica do cânhamo, e c nfundi-lo quant à relação deste com a «marijuana", foi muito bem ucedida.

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COMPARADA COM OUT Número de Óbitos Regiftodo.$ po.r Ano" em toda G Am nco directa ou primariamente resultantes dos seguinte, causas seleccionadas, ndo Almanaques Mundiais. Estat(sti(!(Js d Mortalidade das Com,pcrnhios de Seguros, e os últimos 200nos de relatórios do ,8 0st'o nório dai Saúd dos E..U.: j ,

TABACO ÁLCOOL (Não incluindo 50 % de todos os a identes rodo'Ydrio

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ASPIRINA (Incluindo sobredosagem deliberada )

CAFEíNA (Como causa de stress, úlcera , irr gularidlzdes cl1m SOBREDOSA.GEM DE DROGAS " LEGAIS (Deliberada ou acidental, devida a medi m enfo combinação com álcool p.e., Va/iumlál 001)

450.000

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SOBREDOSAGEM DE DROGAS ILlclTAS (Deliberada ou acidental, de todas as dro as ire aü)

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MARIJUANA

gafão americana most'r am que ii a enta MO ti ráxi morte por sobr do agem de rnarijuan (

40

FIBRAS ARTIFICIAIS ...

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TOXICA AS FIBRAS NATURAIS

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Xifogravura do cânhamo Ilustrando o herbórío Kreuterbuch, de Leonardo '543.

ntre o final do anos 20 e o início da . década de 30 assistiu-se à continuada consolidação de poder nas mãos de algumas grandes empresas metalúrgicas, petrolífera e químicas (munições). O governo federal dos E. U. colocou grande parte da produção têxtil destinada à economia doméstica nas mãos do seu principal fabricante de explosivos) a DuPont. O proce o de nitrificar a celulose em explosivos é muito semelhante ao processo de nitrificar a celulose em fibras sintéticas e plásticos. O Rayon, a primeira fibra sintética) é simplesmente algodão-pólvora e tabilizado, ou tecido nitrificado) o explosivo básico do século XIX. "Os plásticos sintéticos são aplicáveis no fabrico de uma grande variedade de artigos, muitos dos quais no passado eram feitos de produtos naturais") exultou Lammot DuPont (Popular Mechanics, Junho de 1939, p. 805.) "Considerem-s os nossos recursos naturais': continuou o presidente da uPont. "O químico ajudou a conservar os recursos naturais ao desenvolver produtos sintéticos para suplementar ou substituir completamente os produtos naturais". O cientistas da DuPont eram os principais investigadores mundiais do processo de nitrificação da celulose; de facto, à época eles eram o maior procesador naci nal de celulose. artigo de Fevereiro de 1938 da Popular Mechanics afirmava: "Milhares de toneladas de miolo de cânhamo são usadas todos os anos por um grande fabricante de pólvora para produzir dinamite e TNT': A história mostra que a DuPont obtivera um domínio quase absoluto obre o mercado dos explo-

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sivos a comp rar e con olidar. n final do século XIX, as empre sa de clern lição mais pequ ena. Em 1902 la ontrolava cerca de doi terço da pr duçã da indús tria. A DuPo nt era o princi pal fabric ante de pólvo ra, tendo forn cid 40% da muniç ões para os Aliad os duran te a gund a Guerr a Mund ial. Enqu anto inve tigado re de c lulo e e fibra quími cos da DuPo nt conh iam mereal ai r do lhor do que ningu ém cânha mo, o qual ultrap a a largam ent o das uas fibras filame nto a ; embo ra estas fibras longa s ejam ad quada para a confecção de linho, tela, rede corda me, elas con tituem pena 20% do pe o dos caules de cânha mo.. 0% do cânha mo encon tra-se no miaI conte ndo 77% celulo e. ,e e ta ra a mais abund ante e limpa fonte e celu lose (fibra) para fazer pap I. piá tic até me mo rayon. A evidê ncia empír ica apre entad a neste livro mo tra que o g vern federal - através da Lei de Taxaçã da arijuan a de 1937 - permi tiu ao eu fabrican te de muni çõ fornec er fibr sintética para a ec nomia d m lica sem ter competição, A pr va de uma con piraçã o bem ucedi da entre t interesse empr e ariai e g v rnam ntais é imple mente e ta: m 1997. a DuPo nt era ainda o maior produ t r de fibra artific iai, enqua nto há mal de lhe 1 g 160 anos nenhu m cidad ã mente um único acre d ânham ara fabrico de têxtei (excepto dur nt o perío d da 2 a Guerr a MundiaJ). Uma tonela gem qua e ilimit ada d fibra e celulo e natur ai teria id d' ponib ilizad a para agricu ltor am ri ano em o ano m qu a DuPo nt patenteo u o nylon ,e o polui dor ... v ba e de ulfito para fabricar pa ta de papel. Perde u- e todo o alor p tenda l do cânha mo. Os plástÍc simpl e d princi pi , d

de elul

orno ta indú n

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42

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As novas fibras artificiais podem descrever-se idealmente como material de guerra. A fabricação de fibras tornou-se um proces o baseado m grandes fábrica) chaminés, refrigerantes e produtos químico perigoso, ao invés de ser um proce so de s paração das abundantes fibras naturais disp níveis. Com um pa ado . de fabricant s de explosivo e muniçõe ,a antiga "fábricas de corantes uímic )) pr duzem agora linhos e, telas. de tação, tinta de latex e al atIfa sllltétlca. As suas fábricas poluidora produzem couro de imitação, tofam nto e contraplacado, enquanto uma parte importante do ciclo natural continua a er proibido. o . ' A fibra-padrão da lu t6na do mund , a colheita americana tradicional, o cânhamo, podia aba tecer as nossa indústria têxteis e do papel e ser a principal fonte de celulo e. As. bélicas - a . uPont, a Alhed Chernlc I, a

Monsanto, etc. - encontram-se protegidas da competição através das leis contra a marijuana. Estas empresas fazem guerra ao ciclo natural e ao agricultor comum. - Shan Clark

Fontes: Enc)'clopedia of Textiles, 33 edição, pelos autores da revista America71 Fabrics and Fashions, William C. Legal, Prentice-Hall Inc., Englewood Cliffs, NJ, 1980; The Emergence of Industrial America: Strategic Factors in American Economic Growth Since 1870, Peter George tate University, Nlj DuPont (uma biografia empre arial p ublicada periodicamente pela E. L DuPont De Nemours and Coo Ine., WUmington, Delaware); The Blasting Handbook, E. r. DuPont De . emours & CooInc., Wilmington, Delawarej revista Mechanical Engineering, Fev. 1938; Popular Mechanics, Fev. 1938; Journal of Applied Polymer Scicnce, Vol 47, 1984j Polyamides, the Chemistr)' ofLong Molecules (autor desconhecido); Patente dosE.U 02.071.250 (16 Fev. 1937), W. H . Carothers; DuPont Dynasties, Jerry Colby; The American People's Encyclopedia, the Sponsor Press, Chicago, 1953.

43

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IT IS A CRIME Ier.- y.-- .. ........, .... - si"'. -.., MM....... STAMP IT O T

Carta z edita do em '935 pela Divisão d'e Rep1fessio das Droga s da Calif6rnia.

A PROIBIÇÃO DA MARIJUANA Anslinger lá conseguiu a sua lei contra a marijuana ... uDevemos acreditar em burocratas interesseiros envolvidos na repressão eis drogas ou na reabilitação de t oxicodependentes, cujos salários e carreiras dependem da descoberta de números crescentes de pessoas para prender e americanos num só dia em prisões, pe.n itenciárias e casas de reclusão do que alguma vez morreram devido a marijuana ao longo de toda a história. Quem e.s tão eles ti p.roteger? De quem?" - Dr. Fred 'O e.rther, Po.r tland, Oregon, Setembro de 1986.

AOÇÃO IPARA ES!JIAGAR A . DISSENCAO -

juana em 1937? Resposta: cabendo ao FBN de Anslinger a responsabilidade de processar os médicos que receita sem drogas narcóticas para fins q ue ele, Anslinger, considerasse ilegais, eles (o FBN) tinham processado majs de 3000 médicos da AMA por pasagem de rece itas ilegais até 939. Em 1939, a AMA fez uma paz específica com Anslinger sobre a marijuana. Os resultados: De 1939 a 1949, apenas três médicos foram processados por receitarem drogas ilegais de qualque r tipo.

.

-

epois do relatório "La uardia Mari. juana Report", realizado entre 1938 e 1944 na Cidade de ova Iorque, ter re futad o o seu argumento, ao concluir que a marijuana não cau ava qualquer violência e citando outros resultado Henry ·e m essivas t uada publicas, denuncIOu o p residente da câI?ara de Iorque, Fiorella .La uard13, a AcademIa de Med icina de Nova Iorque e o médico re p onsáveis pelas inve que estavam na origem do relatóno. Anslinger proclamou que estes médicos jamais voltariam a experiência ou pe quisas com manJuana a. ua auto rização pes oal, caso c ntráno Lam parar à cadeia! ; Então, usU llegalmente t do o poder do governo do tado Unid s para .u pender virtualmente toda a qUi a sobre a marijuana, enquant faZIa chantagem com a A ociaçã Americana (AMA)"" para esta d nunClar a Academia de M,edidna d ova I rque e seus médicos devid às inv tigações que tinham conduzido.

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Pa ra refutar o relatório de LaGuardia, a AMA, por oIicitação pessoal de AnsIinger, conduziu um estudo entre 1944 e 1945 que mostro u qu e 34 soldados negros e um branco (para controle estatístico ) fumadores de marijuana perderam o res pito pelos soldados e oficiais b rancos numexército egregado. E ta té nica de preconceituar o resultado de um e tudo é conhecida entre os inve tigadores como "ciência rasca':

A 'ERVA IE A AMEACA .' À 'PAZ

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rém) xou de unprnglr à llllpren a a hIstón a de que a marijuan a causava violên cia e começou a usar o "Isco Vermelho" típico da era McCarthy. Agora o assustado público am ericano era informado de que ,esta droga era muito mai perigosa do que ele originalmente pensara. Testemunhando em 948 perante um Congresso fortemente

°

por que razão, perguntar leitor. a e . rnntrava agora (1944-4') do I do de An linger , en...... , .d d M . depois de e ter opo to Lel .a a oa an-

45

antico muni ta - e dorav ante fazen do-o conti nuam ente na impr n a - An linger procl amou que afi.nal a marij uana não torna va violen to os seu utiliza dores , mas sim tão pacífi co - e pa ifistas! - que o cornu ni ta não deixaria m de usar a erva para enfra quece r a vonta de de lutar do . oIdad o ameri canos . Isto const ituía uma re iravolta de 180 graus em relação ao pretex to origin al invoc ado para proib ir a canna bi m 193

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A FRAUDE FARMACÊUTICA DE BUSHVQU jlllLY m

a Amér ica, os mais e trid nt . opone ntes da marij uana ã nada mais nada meno s que ancy Reagan, antiga prime ira-da ma (1981-1 89) e Georg e Bu h, antigo presid ente (19 9rald -1993), direct or da crA ob Ford (1975- 77) e da "Task Force de Comb ate às Drogas" do pre ident Reagan (1981-1988). Após deixar a ClA em 1977, Bush 6 j nome ado direct or da Eli L' ly por nada mais nada meno s do que o pai a família de Dan Quayle, que detinh am interes e maior itário s na firma Lilly e no jorna l lndíanapolis taro Mai tarde, Dan Quayle agiu com intermediário entre barõe da droga, trafi ant de arma e funcio nários governamentais nos escândalo Irão-c ontr · . Toda a família Bu h era grand e a cioni ta de empr e a farma êutica como a Lilly, a Abb U, aBri tol nd Pfizer, etc. Ap a divulgação da d laração de rendi mento de Bu h de 1979, torno u- e públic o que a ua família na detém ainda grand e intere Pfizer, e quant idade sub tancia i d acções na outra farma cêutic a acima referi da . De facto, em 1981, enqua nto viç -pre idente , Bush fez actívament lob-

N

Bu h

46

UM PROGRAMA SECRETO PARA CONTROLAR MENTES E ESCOLHAS

noticiosa constante a pretexto do "perigo vermelho': >+ Segundo a au! biografia de Anslinger, The Murderers, e conforme confirm aram antig s ag n-

tes do FBN, An Ijnger forneceu ilegalmente morfina a um senador americano - )0 eph Me arthy durante anos a fio. A razão apre entada por An Jinger no eu livro? Fazia-o para imp edir que s c munistas chantagea em este Grande enador à fraqueza da ua toxieod p nd nCla. (D an LatUller, Flowers iu til e Blood; Henry Anslíng r, Tlte Murderers. )

An linger di e a Congre 50 que o comuni tas venderiam marijuana a rapazes american s para minar a sua vontade de lutar - tornando-nos uma nação de zombi s pacifi ta. omo é evidente, sempre qu podiam, os c mu nistas da Rús ia e da China ridicularizavam e ta paranóia americana obre a marijuana na impren a e na Naçõe Unida. Infelizmente, a ideia da erva d paCIfismo recebeu tanta c ertura en adonalista por parte da impren a mun dial durante o 20 ano seguinte que, eventualmente, a Rússia, a Cl ina e países comunistas blo ori nta1 (que cultivavam cannabl em g and uanü dade ) proibiram a marijuana m rec 1 de que a América a vend s' para tornar o seus ldado pacifistas! O facto era a az e tr nho p rque a Rússia, a Europa riental e a hina vinham a cultivar e ingerir cannabi como medicamento, relaxante e tóni laboral há centena ou me m milhar d an sem que alguma vez tiv m tenci nado legislar a n1arijuana. (O J. v: Dialogu oviei Digest. utub;o de

A

pós 40 ano de secr tismo, descobriu-se atravé de um relatório divulgado em 1983 ao abrigo da Lei da Liberdade de Informação que Anslinger foi nomeado em 1942 para um comité super-secreto encarregado de de envolver um "soro da verdade" para o Gabinete de Serviço Estratégico (OSS), qual viria a transformar-se na elA, a Agência Central de Informações. (Rolling tone, Agosto de 1983.) An linger e o eu grupo de espiões es-

Cartaz de filme ontimarijua.n a rodado nos anos 40.

colheram como primeiro soro da verdade da Am ri a o "óleo de mel", uma forma uit pura e qua e in ípida de óleo de haxixe) a er administrado na comida a piõe , sabotador l prisioneiros militare e outro que tai, para os "fazer desp jar a verdade" involuntariamente. uinze ano depoi , em 1943, o grupo de An linger rejeitou o eÀ'tractos de marijuana como primeiro oro da verdade da América porque se constatou que eles nem empre eram eficazes. As p S oa que eram. submetidas a inter-

o noticiava um com r I fi re ent,e d anhllf, f . d . . mo ilegal, ape ar do e o ço ren < t1tuições p liciai s viéti a para erra 1 -lo. na de ãnh m O upam 00 " zíguia as p lant Qmr . . d' h ctare N ulr regi S TU Vla}I- observar que os médicos nativos usavam diferentes extractos de cânhamo no tratamento bem sucedido de todo o tipo de maleitas e doenças até então intratáveis no

103

Ocidente, incluindo o tétano. "Bengala" significa "Terra do Bhang': literalmente Terra da annabis.

Procedeu então a um enorme e tudo (o primeiro conhecido no Ocidente), e em 1839 publicou uma monografia de 40 página obre o uso de m dicamentos de cannabi . Na me ma altura, um médico francês chamado Roche procedia a idêntica rede coberta da cannabis na medicina . do Médio Oriente. • O' haughnessy u ou pe a nfermas, animais e a i próprio nas ua inve tigaçõe e experiências. A pr p6sito, O' haughnessy acabou por lornarmilionário, tendo sido armado cavaleiro pela Rainha Victoria por ter con truído o primeiro islema telegráfico da India em m ado do culo XIX.

A monografia clínica e a de cobertas de O'Shaughnessy sobre os extracto de cânhamo espantaram o mundo médico ocidental, di eminando-se celerem nte; em apenas três anos, a marijuana tornou-se uma " uperestrela" na América e na Europa. Monografia escritas por utilizadore neófitos e médicos americanos que usavam, tratavam ou experimentavam com cannabis, referiam correctamente as suas propriedades eufórica ) e por veze disfóricas, a expansão menta] e temporal verificada tanto em crianças como adultos, assim como a hilariedade e o aumento de apetite provocados pela cannabis, em especial das primeiras veze que era experimentada. É interes ante COD tatar que, durante todo este período de tempo (c. 1840 a c. 1930), a Lilly, a Squibh, a Parke-Davi a mith Brothers, a Tildens, etc.) não dispunham de qualquer modo eficaz de prol ngar a vida activa da cannabis, que era muito curta, e ntiam grande dificuldade em padronizar a dosagen . orno referimos antes, durante o éculo passado a medicina da marijuana 'era de tal modo estimada pelo americano (íncluindo alguns teólogos protestantes) que em 1860, por exemplo, o Comité obre a Cannab·s Indica da ociedade Méj

dica do Estado de Ohio divulgou a conclusão de que (exegetas especializados na Bíblia" acreditam "que o fel e vinagre, ou vinho mjrrado, ofer cido ao nosso Salvador imediatamente antes da sua crucifixão era com toda a probabilidade uma preparação de cânhamo-da-índia [marijuana), e falam me mo do seu uso anterior na obstetrícia': Citado das traoscrições do 15° encontro anual da ciedad Médica do Ohio, realizada em White ulphur prings, Ohio, 12-14 de Junho de 1860, pp. 75-100.

A principal razão por que os remédios de cannabi caíram em desuso na rica foi a dificuldade em identificar e padronizar a dosagens; p. e.) foi só em 1964, 27 ano apó a América ter proibido a marijuana, que o dr. Raphael MechouIam da Uni. eridade de Tel Aviv descobriu que o ingredientes activos da cannabi eram a moléculas delta de THC. O . médicos do final do século XIX tam.bém não lograram injectar cannabis em eres h umanos com as suas agulhas hip dérmi.ca novas em folha ... e até hoje ainda não lograram fazê-lo. Pelo final do século XIX. alguns dos mai populares guias matrimoniais americanos recomendavam a cannabis como afrodisíaco de poderes extraordinários sem que nunca ninguém tivesse sugerido uma lei para a sua proibição. E enquanto e falava de uma lei de proibição do álcool, uma série de organizações femininas de temperança chegaram a sugerir o .naxixe como ubstituto do "demónio" álcool, que segundo ela conduzia à violência conjugal

UMA INSPIRACÁO POPULAR DOS GRANÓES VULTOS LITERÁRIOS DO SÉCULO XIX partir do início do século XIX, alguns . do principais autores românticos e revolucionários mundiais que escreviam obre liberdade individual e dignidade da pe soa humana elogiaram o uso de

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cann abis. Hoje estudamos as suas obras nas escolas porq ue as consideramos c lássic os: Victo r Hugo, Os Miserávei s, 1862, Nossa Senhora .de Paris (O Corcunda de Notr e Dame ), 1831; Alexand re Duma s, O Conde de Mont e Cristo, 1844, Os Três Mosqueteiros, 1844; Coleridge, Gautier, De Quincy, Balza c, Baudelaire e John Gree nleaf Whittier (Barbara Fritch ie), etc. O llnag inário da cannabis e dos cogumelos i.nfluen ciou Alice no País das :'Aspecto de um dos Fumatórios Turcos recent ement e Mara vilha s (1865) e Do Ou- Inaugurados", - NewY ork Herald , Doming o, 28 de Abril de 1895 tro Lado do Espelho (1 87 2 ), de Lewis Carroll. Por volta de 1860, o melhor amigo de cannabis do mund o ocidental: Le Club Mark Twain, e seu mentor, era o já famo- des Haschischin s. so escrit or de sucesso e proponente da canna bis, o jovem (na casa dos 20) Fitz REBUÇADOS DE HAXIXE Hugh Ludlow (The Hashish Eater, 1857)· or volta de 1850, a ((Ganjah Wallah HaLudlo w elogiava a ingestão de haxixe co Candy Company" começou a mo sendo uma maravilhosa aventura ment al, mas avisava fortemente contra o confeCCIOnar rebuçados de haxixe, que seu abuso, assim como o de todas as dro- em breve se tornaram uma das guloseimas mais apreciadas na América. gas. Durante 40 anos, os rebuçado foram Os escritos destes autores tinham em geral vário s pon.tos em Um ple- ao balcão e anunciados em jorno amor pela lIberdade mdlVldual; res- nalS, sendo ainda incluídos nos catálogo peito pela dignidade da busca que cada da Sears-RoebuckT como tratando-se de um faz da consciência individual; des- um produ to de1iciosoe divertido) além prezo bem- humo rado pelas ortodoxias, de totalmente inofensivo. crenç as e burocracias; e denúncia das OS FUMATÓRIOS TURCOS injustiças da sua época (por exemplo, Os Miseráveis). cerca de 1860 ao início do A ciência da psicofarmacologia teve seculo XX, era habItual as Feiras início em França com o dr. J. J. Moreau Mundiais e Exposições Intern acionais DeTo urs por volta de 18 45, e a cannabis apresentarem uma exposição/c oncessão torno u-se uma das primeiras drogas a de Fumo de Haxixe Turco. Fuma r haxix serem usadas para tratar a loucura e a era inteiramente novo para os americadepressão. nos.; os efeitos manifestavam-se muito More au era grande amigo de Dumas, maIS depressa. Porém, o haxixe fumado Hugo e Gautier, e em 1845 co-fundou t .Empresa americana de vendas po;r corresp ondêncom eles em Paris o primeiro clube de cIa. (N. do T.)

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equivalia apenas um terço do efeito e duração da ingestão oral de extracto medicinais de cânhamo, que eram receitados regularmente mesmo às crianças americanas. Em 1876, na gigantesca Exposição do Centenário da América realizada em Filadélfia, os visitantes levavam os amigos e familiares a fumar na extremamente popular Exposição de Haxixe Turco, de modo a "ampliarem" a sua experiência da feira. Em 1883, salões semelhante para fumar haxixe estavam abertos em toda a principais cidades americanas, incluindo Nova Iorque, Boston, Filadélfia, Chicago, St. Louis, Nova Orleães e outras. A Police Gazette calculava que por v 1ta de 1880 havia mais de 500 fumatório de haxixe na cidade de ova Iorque, e a polícia novaiorquina calculou que no anos 20 havia ainda 500 ou mai fumatórios de haxixe na cidade - no anos 20, durante o período de proibição do álcool, estes alões eram mai numerosos que os "speakeasy

TÃO AMERICANO COiMO TORTA DE MAÇÃ

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elo início deste século, quase quatro gerações de americanos tinham vindo a usar cannabis. Virtualmente todas as pessoas deste paí estavam familiarizadas desde a infância com as "ganzas" provocadas pelos extracto de cânhamo - e no entanto, após 60 ano de uso, os médicos não as consideravam viciantes, anti-sociais ou minimamente violentas. Isto suscita uma pergunta importante: Se não foi o receio de consequências sanitárias ou sociais que conduziu à eventual proibição do u o da cannabi na

América (mais tarde imposta ao resto do mundo), então o que foi?

A CAMPANHA DE CALÚNIAS

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ue força político-social seria podero a ba tante para virar os americanos contra algo tão inocente como uma planta - ainda por cima uma que todos tinham interes e em usar para melhorar as suas vidas? Anteriormente, lemos como as primeiras lei federai anti-marijuana (1937) urgiram devido às mentira, ao jornalismo amarelo e ao artigos delirantes e racistas publicados nos jornais de William Randolph Hear t, os quais Harry Anslinger citou c mo factos em testemunhos pre tado ao Congresso. Mas o que é que fez Hearst lança:r as história de terror raci tas associadas à marijuana? Que inteligência ou ignorância. devido à qual ainda castigamos os no os irmão americanos com 14 milhõe de ano de cadeia apenas nos últimos 60 ano (ó em 1997 foram presas 642.000 pe oas por cau a de marijuana, quase dua vezes mais do que em 1990) - fez acontecer isto? O primeiro pas o foi introduzir o elemento de medo do de conhecido usando uma palavra que ninguém ouvira antes: manJuana . O passo seguinte foi manter as manobra oculta do conhecimento dos médico , cienti tas e industriais do cânhamo, que o teriam defendido. Conseguiu-se i to realizando secretamente a maioria das audiências obre a proibição. E finalmente. os proibicionistas dedicaram- e a atiçar emoções primárias, explorando directamente um reservatório existente de ódio que estava já a envenenar a ociedade: o raci mo.

t Bares onde se servi ál o I ilegalmente durante a Lei eca. (N. do T.)

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o tempo parece ter uma duração incomensurável. Entre duas ideias claramente concebidas, há uma infinidade de outras que são indeterminadas e incompletas, das quais sentimos uma vaga consciência, mas que nos maravilham devido ao seu número e extensão. Parece, pois, que estas ideias são inúmeras, e como o tempo se mede apenas através da recordação de ideias, ele parece prodigiosamente longo. Imaginemos por exemplo que, como acontece com o haxixe, no espaço de um minuto temos cinquenta pensamentos diferentes; já que, em geral, são precisos diversos minutos para se ter cinquenta pensamentos, parecer-nos-á que vários minutos passaram, e é apenas referindo-nos ao relógio inflexível, que marca para nós a passagem regular do tempo, que constatamos o nosso erro. Com o haxixe, a noção de tempo é completamente derrubada, os momentos são anos, e os minutos são séculos; mas sinto a insuficiência da linguagem para exprimir esta ilusão) e acredito que só podemos entendê-la sentindo-a ,. por nos proprlOS. - Charles Richet (1877) ;



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eh. Riche l.

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XENOFOBIA: A MARIJUANA E AS LEIS 1'M CROW :de o abo'içõo da escravatura no América, o .r acismo e a xenofobia 1m em gerG' obrigados o manifestar-se de fo rmos menos claras. e.is de proibição da ca nn,a bis ilustram de novo esta .intolerância institu]Cd poro com os minorias rGcia;s, e c,o mo o xenofobia .s e esde por detrás de retórica e lei.s ,q ue parec,e m persegui,r objectivos iAte;lente diferentes.

o HÁBITO DE 'FUMAR MARUUANA NA .AMÉR,ICA LUto quanto se sabe, a primeira vez lue se fumaram copas de cannabis Eê. no hemisfério ocidental foi por volta 870 nas Índias Ocidentais (Jamaica, amas, Barbados, ,etc.);>I- o hábito checom a imigração de milhares de inlO hindus (oriundos da Índia conlda pelos britânicos) importados 10 mão-de-obra barata. Em 1886, OS icanos e os marinheiros negros que lerciavam nesta ilhas adoptaram o da çannabis e espalharam-no por lS as lndias Ocidentais e pelo México. -:lá outras teorias sobre o primeiro fumadore ecidos de copas de flor de cânhamo, p.e., os esIS americanos e brasi.leiros, os índios Shavmee, ugumas são fascinantes mas nenhuma é veri

as índias .ocidentais, fumava-se canlS em geral para aliviar o esgotante alho nos campos de cana de açúcar, )rtar o calor, e relaxar à noite sem io de uma ressaca alcoólica na lhã seguinte. ada a sua área de uso no final do lo XIX - as ndias Ocidentais cadlas e o México - , não é de a.dmirar .o primeiro uso de marijuana regisI nos Estados Unidos tenha sido entre l exicanos de Brown me, Texas, em E a primeira lei de proibição da

marijuana promulgada na América referindo-se apenas a m exicanos - foi aprovada em Brownsville nesse mesmo ano. O us.o seguinte de "ganja" fOI relatado em 1909 no porto de Nova Orleães, no bairro «Stor·eyvilJe", de popula,ção maioritariamente aegra e frequentado por marinheiros. o bairro Storeyville de Nova Orleães proliferavam cabarés, bordéis, clubes nocturnos e todos os outros adereços usuais dos bairros "lanterna vermelha" de todo o mundo. ele, os marinheiros das ilhas passavam as suas folgas e con a sua marijuana.

POMAD.A :NEGRA...

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Comi. sário da Segurança Pública d. e ova Odeã.es escreveu em 1910 que u a marijuana foi a droga mais assustadora e perversa que jamais atingiu Nova Orleães", avisando que só em Storeyville o número de utilizador,es regulares poderia ascender a .200. Desde 1910 até aos anos 30, na opinião do procurador-geraI, dos comissários da saúde pública e do jornais de Nova Orleães. a insidiosa influência maléfica da marijuana manifestou-se aparentemente no fado de fazer os "escarwnbas" pensar que eram tão bons como o "homem branco': De facto, a marij uana estava a ser

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responsabilizada pela primeira recusa de artistas negros a maquilharem-se com pomada negra,)\- e por fazer os "Pretos" rirem-se histericamente quando, sob a sua influência, recebiam ordens atravessar a rua, sentarem-se nas traseIras do autocarro, etc.

bém o local de nascimento de Louis AI mstrong* (1900),

,.. É verdade, os olhos do leitor não o enganaram, Devido a uma curiosa das leis "Jim Crow" gregacionistas), os amencanos negros estavam prOl'd s de actuar em qualquer palco do Sul Profundo b 1 .0 d N lugares o or. te ( e também na maioria dos outros . e do Oeste). Até aos anos 20, os " p retos" eram obnados a maquilhar-se com blackface-uma pon:ad.a g parecer ou 1Il1lque o 5 arti'stas brancos usavam para . essoas de cor - como fez AI Jolson quando tar p "Swanee". De ..lacto, as IeIs . "J'1m Crow " vecantoU davarn o acesso aos palc.os ao negros, que estavam pore'm autorizados, . . devido. ao seu talento, a entrar ortas traseiras, maqUIlhar-se com blackface, e por P d fingir serem uma pessoa branca que esempenhava o papel -de uma pessoa negr a -. .

Os jornais, políticos e polícias ameri canos desconheceram virtualmente, du rante 15 anos (até aos anos 20, altura en

,.. Em 1930 - um ano após ter gravado "Muggles (leia-se: "marij uana") , Louis Armstrong foi detid em Los Angeles por. posse de um cigarro de mari juana, e encarcerado durante 10 dias até concorda em deixar a Califórnia e não regressar durante doi anos.

Declarou-se que a música jazz e swing tocada por "Pretos, Mexicanos e artistas" era uma consequência do uso de marijuana,

que um número reduzido tomou co, nhecimento do facto), que a marijuan: fumada pelos "escarumbas" e "chicanos" em cigarros Ol cachimbos não passava d( uma versão mais fraG E TODO dos muitos remédio: AQUELE JAZZ familiares de cannabi! m Nova Orleconcentrada que to· . ães, os brancos mavam desde a infân· preocupavam -se Cla, ou que a droga era fumada le· igualmente o facto dos musICOS galmente nos luxuoso1 negros, que eram salões de haxixe 10caÍ5 suspeitos de fumar frequentados pelo "hornarijuana,estarem , mem branco". espalhar uma mUSlDurante quase duas déa "vudu" mUlto ntmacadas, os racistas brancos que forçava até as Etiqueta de disco de jazz redigiram artigos em jor.au1heres brancas de- de' 945. Cortesia da nais e promulgaram leis :ntes a bater o pé, e Michael Kieffer Collection. locais e estaduais contra a cujo objectivo final era , marijuana sem estarem na Ho)e posse deste conhecimento, baseados pri, " 1·1'bertá-los do jugo dos ,brancos, chamamos a essa nova mus,ICa". Jazz, mariamente na perversa "insolência"* Os negros jogavam obvIamente com que os "Pretos e Mexicanos" demonsreceios que os racistas brancos de No- travam sob influência da marijuana. 05 Orleães sentiam ' do " vu d" U para .. Insolência Perversa: Entre 1884 e 1900, 3500 va d 'd R mantê-los afastados as suas as, eco- mortes documentadas de americanos negros foram nhece-se geralmente que o Jazz nasceu causadas por linchamentos; entre 1900 e 1917, foram bairro de Storeyville em Nova Or- registadas mais de 1100_ Os números reais eram indunO- . 5 que foi o berço dos mova ' d bitavelmente mais elevados. Estima-se que um terço . . h ores 1eae , 'ginais: Buddy Bohler, Buck Jo nson e destes linchamentos se deveu a "insolência", a qu (1909-1917). Storeyville foi tam- poderia consistir de qualquer coisa como olhar (ou

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o ÓDIO QUE ANSLlNGER NUTRIA PELOS NEGROS E PELO JAZZ pós a sua reforma) Harry Anslinger . entregou pessoalmente à Universidade do Estado da Pensilvânia os seus documento referentes aos 30 anos que passara corno principal agente antinarcóticos do mundo. Ficámos a saber o seguinte a partir de documentos de Anslinger e da Biblioteca da DEA em Washington, D.e. (contendo os documentos e memo randos do antigo FBN [Agência Federal do Narcóticos]): Entre 1943 e 1948) Anslinger ordenou a todos os seus agentes por todo o país que fichassem e vigiassem virtuaJm.ente todos os músicos de jazz e swing suspeitos de usar marijuana; mas os músicos não deviam ser detidos até ele e tar em condições de coordenar todas as ru gas numa única noite. O seu objectivo e sonho era prendê-los a todos numa única operação à escala nacional! Isto faria as primeiras páginas de todos os jornai da América) e tornaria Anslinger mais conhecido do que aquele que de de há 20 ano era o seu principal rival) o famoso J. Edgar Hoover do FBI. Seria revelada à juventude da América a verdadeira face dos músicos de jazz e swing - eram "viciados na Anslinger ordenou aos seus agentes que fichas em e vigiassem constant mente os seguintes americanos lede baixa extracção': e as suas bandas) can -

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ser acusado de olliar) dua veze para uma mulher branca, cami nhar na omb ra de um branco, ou me mo fita r um homem branco nos olh o durante mais de trê segundo , não ir directamente para as tra eiras do elé IIi o, e outro " rime Para o brancos, era evidente que a mar ijuana pro vocava "perversid ade" nos "Preto" m exicano, o u eles não se atreveriam a ser "insolente n, etc. ... Centenas de milh are de " Preto" e mexicano fo ram entenciado a penas indo de 10 dias a 10

tores e músicos: Thelonius Mon k, Louis Armstrong, Les Brown, Count Basie, Cab Calloway, Jimmy Dorsey, Duke Ellington, Dizzy Gillespie, Lionel Hampton, Andre Kostelanetz. Igualmente sob vigilância encontravam -se a Orquestra da NBC, os program as televi ivos de Milton Bearle) da Coca-Cola) de Jackie Gleason, e mesmo o de Kate Smith. Tudo pessoas que hoje consideramos como inovadores musicais elou americanos maravilhosos. Durante cinco anos estas pessoas foram vigiadas e os ficheiros cresce-

Anslinger tinha fichas sobre Thelonious Monk, Louis Armstrong, Les Brown, Count Basie" Jimmy Dorsey, Duke Ellington, Dizzy Gillespie, Lionel Hampton, Andre Kostefanetz, Cab Calloway, a Orquestra da NBC, os programas televisivos de .Milton Bear/e, da Coca-Cola, de Jac'de ,Gleason, e mesmo o de Kate Smith. ramo De 1943 até 1948, os agentes federais esperaram a altu ra d e entrar em a,c ção. Eis uma ficha típica d e um músico de jazz "de segunda" ; «O acusad o é wn homem de cor vivendo em Camden, Texa. Nasceu a ) mede 1,85

an o , na sua ma ioria de trabalhos forçados, por crime tão idio tas como os que acabamos de enu merar. ta era a natureza das Leis "Jim Crow" até aos anos 50 e 60; leis essas que Martin Luther King, a AACP IAs ociação acional para .o Progresso das Pessoa de o r) e o protesto público geral começaram fi nalmente a erradicar da América.

Podemo apenas imaginar o efeito que teve na ortodoxia branca a recusa dos ar-

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metroS, pesa 165 libras, tem pele escura, cabelo negro e olhos negros. Apresenta cicatrizes no lado esquerdo da testa, e tem gravada a tatuagem de uma adaga e a palavra no antebraço direito. É músico e toca trompete em pequenas 'hot bands'. Tem uma boca muito grande e lábios espessos que lhe valeram a alcunha de É fumador de marijuana". Os outros ficheiros são igualmente ridículos, racistas e anti-jazz. E qual foi a única razão por que a grande rusga dos músicos não se concretizou? O superior de Anslinger no Departamento do Tesouro, o secretário-assistente Fowley, quando informado por Anslinger da rusga nacional contra os músicos de jazz, escreveu em resposta : "O Sr. Foley desaprova!" Conhecido de longa data de Anslingere seU mais íntimo associado no departamento, e provavelmente o seu melhor amigo, o dr. James Munch* foi questionado em 1978 sobre o ódio que Anslinger nutriu pelos músicos de jazz durante os anos 30, 4 0 e 50, numa entrevista conduzida por Larry Sloman para o livro Reefer Madness, publicado pela Bobbs-Merrill em 1979· '* Durante os anos 30 e 40, ° dr. Munch, quí-

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mico do FBN, foi largamente promovido pelo governo e imprensa como sendo a mais eminente autoridade ameriçana sobre os efeitos da marijuana.

Sloman: "Por que é que ele [Anslinged estava tão interessado em pertis tas negros a usar blackfa ce, mas sete anOS mais tarde, em 1917, Storeyville foi completamente isolada. O apartheid teve o seu momento de triunfo. Não mais os sérios e rígidos cidadãos brancOS deveriam preocupar-se que as mulheres brancas fossem ouvir música ((vudu" a Storeyville, onde se arriscavam a ser violadas por "aderentes negros" do

Suspeitos de tocar umúsica satânica": Cab Calloway (em cima), Lou;s Armstrong e Duke Ellington

segui-los [os músicos de jazz e swingJ?" Dr. Munch: «Porque no que lhes [Anslinger, FBN] dizia respeito, o principal efeito que [a marijuana] provoca é uma dilatação ?a sensação temporal, de modo que podIam enfiar-se mais floreados rítmicos na música do que limitando-se a seguir a partitura ... " Sloman: «E que mal há nisso?" Dr. Munch: "Por outras palavras, se formos músicos, iremos tocar a coisa [música] da forma como ela está im numa folha de papel. Mas se estIvermos a usar marijuana, encaixaremos cerca do dobro da música entre primeira nota e a segunda nota. Foi ISSO que os músicos de jazz fizeram. a ideia de que podiam agitar [Jazz up] um pouco as coisas, dar-lhes um pouco de vida, não sei se está a entender". Sloman: "Estou a entender, sim". jazz. enlouquecidos pela marijuana, os quaiS mostravam um desrespeito perverso pelas "leis Jim Crow" dos brancos ao caminharem nas sombras destes quando estavam ganzados. músicos negros levaram então a sua e a marijuana pelo Mississipi aCima, até Memphis, Kansas City St Louis, Chicago, etc., onde os

III

(brancos) das cidades, com idênticas motivações racistas, não tardaram a promulgar leis locais contra a marijuana, com vista a deter a música ((maléfica" e impedir as mulheres brancas de sucumbir aos negros por via do jazz e da marijuana.

OS MEXICANO-AMERICANOS

m 5, os estados da Califórnia e do E-_ Utah promulgaram leis proibindo a 191

marijuana pelas mesmas motivaçõe "Jim Crow" - dirigidas porém contra os mexicanos, por instigação dos jornais de Hearst. Seguiu-se o Colorado em 1917. Os seus legisladores citaram excessos cometidos pelo exército rebelde de Pancho Villa,

Este "racismo do charro" perdura até hoje. Em 1937, Henry Anslinger disse ao Congresso que nessa altura havia entre 50.000 e 100.000* fumadores de marijuana nos Estados Unidos, na sua maioria "Pretos e Mexicanos, e artistas': e que a música que tocavam, o jazz e o swing. derivava deste uso de marijuana. Anslinger insistiu que esta música "satânica» e o uso de marijuana faziam as mulheres brancas "procurar ter relações sexuais com Pretos!" .. Anslinger ter-se-ia passado da cabeça se soubesse que um dia haveria na América 26 milhões de utilizadores djários de marijuana, e que o rock'n'roll e o jazz são agora apreciados por dezenas de de pessoas que nunca fumaram erva.

cuja droga preferida era alegadamente a

marijuana. (Se isto for verdade, significa que a marijuana ajudou a derrubar um dos mais repressivo e perniciosos regimes que o México jamais suportou.) A Legislatura do Colorado considerava que a única forma de impedir um banho

Sob a influência da marijuana, os mexicanos exigiam um tratamento humano, olhavam para as mulheres brancas, pediam que os seus filhos fossem educados enquanto os pais colhiam beterraba de açúcar, e faziam outras exigências "insolentes". de sangue racial e o derrube das leis, atitudes e instituições ignorantes e preconceituadas dos brancos era acabar com a marl)uana. Sob a influência da marijuana, os mexicanos exigiam um tratamento humano, olhavam para as mulheres brancas, exigiam que os seus filhos fossem educados enquanto os pa: s colhiam bet'ertaba de açúcar, e faziam outras exigências Com o pretexto da marijuana (a Erva Assassina), os brancos podiam agora usar a força e racionalizar os seus violentos actos repressivos.

A ÁFRICA DO SUL HOJE

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m 1911, a África do Sul decretou a proibição da marijuana com intuitos idênticos aos de Nova Orleães: para deter os negros insolentes!* Na Liga das Naçõe , a Africa do Sul branca e o Egipto lideraram o esforço internacional para proibir a cannabis em todo o mundo. .. Todavia, a África do Sul continuava a permitir que os seus mineiros negros fumassem dagga no trabalho. Porquê? Porque assim eles eram mais produtivo !

De facto, nesse mesmo ano, a Africa do Sul influenciou os legisladores sulistas americanos no sentido de proibir a cannabi (que muitos sul-africanos negro reverenciavam como "dagga", a suaer a sagrada). essa. altura, muitas sedes americanas de empresas sul-africanas localizavam-se em Nova Orleães. Esta. é toda a base racial e religiosa (igreja católica medieval) de onde emanaram as nos as leis contra o cânhamo. É algo de que devemos orgulhar-nos? Até agora, cidadãos americanos passaram doze milhões de anos em cadeias e prisões, e em regimes de liberdade condidonaI e pena uspensa, devido a esta absurda mentalidade racista. com prová eis base económicas. (Ver capítulo 4,

"Os Últimos Dias da Cannabis Legar'.) Em 1985, os E. U. encarceravam uma maior percentagem de pessoas do que qualquer outro país do mundo excepto a África do Sul. Em 1989, os E.D. ultrapassaram a África do Sul, e em 1997 o nosso índice de encarceração é quatro vezes perio r ao desse país, É agora o mais su . t elevado do mundo e contmua a crescer. Não é interessante constatar isto? No discurso sobre política de droga que proferiu em 5 de Setembro de 19 89, o residente Bush prometeu duplicar de a população prisional federal, deois de ela ter já duplicado no mandato P . E de Reagan. ConseguIU-o. m 1?93, o esidente Clinton planeou duplIcar de pr d ,., , 6 novo o número e pnSIOneIros ate 199 . Foi o que fez. Lembram-se do coro de protestos que levantou em 1979 quando o antigo nas Nações Unidas Andrew disse ao .os E.U. tiham mais prisioneiros polItIcos do que n . alquer outra nação? (Amnistia Inter ACLU [Associação Americana de Liberdades Civis])

VESTíGIOS DURADOUROS

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mbora o bla,ckface tivesse desaparecido enquanto leI no final dos anos 20, tão tarde como nos anos 60 artistas negros tais como Harry Belafonte e Sammy Davis Jr. ainda eram obrigados - por lei! - a entrar nos recintos artísticos, bares, etc.) pela porta das traseiras. Eles não estavam autorizados a alugar quartos de hotel em Las Vegas ou Miami Beach, muito embora fossem as cabeças de cartaz. Em 1981, na sua actuação para as cerimónias da inauguração presidencial de Ronald Reagan, Ben Vereen encenou as leis blackfacelJim Crow vigentes neste país no virar do século passado) fazendo uma excelente prestação sobre o genial comediante negro Bert Williams (circa 1890 até 1920). Vereen fora convidado a actuar na inauguração de Reagan e aceitara apenas na condição de poder contar a história completa do blackface - mas toda a primeira metade do programa de Vereen, apresentando Bert Williams e o blackface, foi censurada pela gente de Reagan na ABC TV, contrariamente ao acordo especial que Vereen fizera com a estação.

t "m Portugal passamos de .uma população ,prisio-

E .um estado dito fascista era de aprOJamadan. al que 50 00 reclusos em 1974, para mais de 14000 em meote ' estao - detl'd OS " 2. r" de três quartos d os quaIS. 1998 , cer.... . ( d ) 't s relacionados com drogas. I N. o T, por d elJ o .

1'13

Decretaram-se leis dementes contra a Mãe Cannabis. Co.lagem I ilustração de Leslie Carbogo.

MAIS DE SESSENTA ANOS DE SUPRESSÃO E REPRESSÃO 1937: É. proibido o cânhamo. Estima-se que apenas 60.000 americanos fumam marijuana, mas virtualmente todos no país ouviram falar dela, graças à campanha de desinformação lançada por Hearst e Anslinger. 1945: A revista Newsweek informo que mais de 100.000 pessoas fumam agora marijuana. 1967: Milhões de americanos fumam regular e abertamente folhas e flores de cânhamo. 1977: Dezenas de milhões de pessoas fumam regularmente cannabis, muitas cultivando as suas pr6prias plantas. 1998: Um em cada três americanos, cerca de 90 milhões de cidadãos, experimentou marijuana pelo menos uma vez, e entre lO e 20% (25 a 30 milhões de americanos) optaram por continuar a consumi-Ia regularmente, apesar dos testes à urina e de leis mais severas. Historicamente, os americanos têm sustentado a tradição legal de que ninguém pode ser privado dos seus direitos constitucionais, e quem for pri... vodo destas protecções está a ser vítima de discriminação. Em 1998, porém, se nos inscrevermos em actividades extracurriculares escolares ou nos candidatarmos a empregos de salário mínimo, pode ser-nos solicitado que alienemos os nossos direitos à privacidade e à protecção contra a autoincriminação, ao cumprimento das exigências constitucionais sobre a necessidade de motivos razoáveis para se efectuarem buscas e apreensões, à presunção da nossa inocência até sermos considerados culpados pel.o s nossos pares, e a esse mais fundamental de todos os direitos: o direito à responsabilidade pessoal pela nossa vida e consciência. Em 1995, o Supremo Tribunal dos E,U, sustentou a constitucionalidade destas intrusões à nossa privacidade individual! Como notámos antes, em Novembro de '996 a Califórnia aprovou por 56% dos votos um plebiscito pora legalizar a marijuana médica no estado. Também em Novembro de 1996, o Arizona aprovou por 65% dos sufrágios uma iniciativa que incluía a marijuana médica. Porém, ao contrório da Calif6rnia, a legislatura do Arizona e o seu governador (agora impugnado) têm rejeitado desde entõo a lei aprovado pelos seus cidadãos. Esta foi a primeira ve.z em 90 anos que a legislatura e o governador do Arizona rejeitaram uma iniciativa plebiscitária!

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Esta posição é consistente com as conclusões dos relatórios da Comissão Siler nomeada pelo governo americano (1933) e da Comissão Shafer (1972), assim como do Relatório LaGuardia (1944), do Estudo do Governo Canadiano (1972), da Comissão do Estado do Alaska (1989) e do Painel Consulti o da Investigação da Califórnia (1989), todos os quais sustentam não se justificarem sanções por uso de marijuana.

A SITUACÃO NA INDÚSTRIA E NAS FORÇAS ARMADAS Forças Armadas, assim como muitas A empresas civis, põem no olho da rua quem fumar marijuana, mesmo se tiver sido fumada 30 dias antes do teste e fora do serviço, Estes testes são feitos de forma aleatória, e amiúde não incluem a detecção de álcool, tranquilizantes ou drogas do tipo anfetamina, Porém, segundo as autoridades de saúde americanas (OSHA), o,s d,ados das seguradoras, e a federação smdICal AFL-CIO, é o álcool que está envolvido em 90-95% dos acidentes de trabalho relacionados com drogas! De facto, numerosos testes sobre os efeitos da cannabis em soldados, realizados durante os anos 50 e 60 pelo exército americano em Edgewood Ar enal, Maryland, e outros lugares, não revelam qualquer diminuição da motivação ou do desempenho após dois anos de forte consumo de marijuana (patrocinado pelo exército), estudo foi repetido seis veze pelos milItares) e dúzias de vezes por universidades' com resultados idênticos ou similares, (À mesma conclusão chegaram o o Rdat6rio Britânico sobre o Cdnhamo-da-!ndia, o estudo Panamá/Siler e o estudo jamaicano.) As minas de ouro e diamantes da África do Sul autorizavam os negros, e chegavam a encorajá-los, a usar cannabis/Dagga, a qual lhes permitia trabalhar maIS. (RelatÓrios do Governo dos E.V., 1956-58-61-63-68-69 -70-76.)

A PRIVACIDADE É UM DIREITO rupos como a NORML, a HEMP, a ACLU, a BACH e o Partido Libertário, por exemplo, con ideram que desde que os militares ou operários não fumem cannabis no trabalho, ou durante o período quatro a seis horas anterior ao serviço, o assunto só a eles diz respeito.

G

TESTES À URINA INEXACTOS

à urina detecçã,o ,de ma-

IlJuana em militares/operanos são apenas parcialmente exactos e não indicam o grau da intoxicação da pessoa. Indicam apenas se nos 30 dias anteriores ela fumou ou esteve na presença de fumo de cannabis, ou comeu óleo de semente de cânhamo ou qualquer outro produto dela derivado. Quer a pessoa tenha fumado ou comido cannabis há uma hora ou há 30 dias atrás, os resultados do teste são idênticos: Positivo. O dr. John p, Morgan afirmou na High Times de Fevereiro de 1989 (e continua a mantê-lo em 1998): «Os testes estão longe de ser fiáveis. A manipulação é comum,

bem como elevados índices de falsos positivos, falsos negativos, etc., acrescendo ainda o facto destas companhias de testagem aderirem apenas aos seus próprios critérios': A 20-50 nano gramas (bilionésimos de grama) por mililitro de ácido carboxílico (um metabolito) de THC, estes testes tanto podem ler-se como positivos ou negativos - apesar de se saber que os resultados derivados desta parte da escala são desprovidos de significado. Para o observador não-treinado, qualquer indicação positiva levanta uma bandeira vermelha. E a maior parte das pessoas que conduzem os testes não têm qualquer tipo de treino ou certificação. Ainda assim, a decisão de contratar, despedir, r,e petir o teste ou dar início a um tratamento de desintoxicação é imediata-

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mente decidida no local, à nossa revelia. "Acredito que a tendência para ler o teste EMIT [o teste à urina para detecção de metabolitos de THC] abaixo do limite de detecção é uma das principais razões por que muitas vezes o teste não foi validado em relatórios publicados:' disse o dr. Morgan. Em 1985, pela primeira vez, os alunos da escola secundária de Milton, no Wisconsin, receberam ordens para se submeter a testes semanais à urina com vista a determinar se tinham fumado erva. Organizações locais do tipo "Famílias Contra a Marijuana" andavam a exigir estes testes, embora os considerassem desnecessários para detectar álcool, tranquilizantes ou outras drogas perigosas. Em 1988, centenas de comunidades e escolas secundárias por todo o país aguardavam o resultado das deliberações jurídicas sobre a do procedimento adoptado em Milton antes de implementarem programas semelhantes de despistagem de drogas nas suas regiões escolares. Dado o parecer pronunciado a favor de Mllton, a desplstag e01 de do secundário .que participem em actIVidades extracurnculares foi desde então largamente adoptada, e prossegue através de todos os Estados Unidos em 1998. por exemplo, no Oregon, a despistagem de adetas do ensino secundário alargou-se por ordem judicial a toda e qualquer ctividade extracurricular. Os membros a . . . de bandas mUSlcaIS e as ma)oretes - e mesmo oS participantes em debates, aluns sobre a questão da marijuana - poâem agora ser testados livremente em todoS os estados excepto na Califórnia, onde desde 199 8 mesmo um estudante do cundário pode obter uma recomenda o ou atestado de um clínico para fazer ça " uso médico d a man)uana. (RelatóriOS da NORML, High Times, notícias da ABC, NBC e CBS, 1981 - 84; The Oregonian, 23 de

outubro de 19 89.)

o BEISEBOL E BABE RUTH comissário do beisebol Peter OV.antigo Ueberroth ordenou em que 1985

todo o pessoal sob a sua alçada, excepto os jogadores sindicalizados, se submetessem a estes testes à urina. Dos concessionários e vendedores de amendoim até aos carregadores de tacos, o teste é obrigatório para se obter um emprego ou prestar um serviço. Em 1990, fora incorporado em todos os contratos, incluindo os dos jogadores. Agora, desde Novembro de 1996, na Califórnia, um jogador profissional de beisebol (ou, para o caso, de qualquer outro desporto) pode beneficiar da cannabis enquanto medicamento e continuar a jogar profissionalmente. Para além das questões que se levantam sobre liberdades civis, esquece-se aparentemente que "Babe" Ruth tinha o costume de convidar os repórteres a acompanharem-no enquanto bebia 12 cervejas antes de um jogo, durante a proibição do álcool. Muitas organizações "secas", e até mesmo o comissário da Liga, imploraram-lhe que pensasse nas crianças que o idolatravam e deixasse de proceder assim, mas o "Babe" recusou. Se Peter Ueberroth ou a sua laia tivessem sido responsáveis pelo beisebol durante a proibição, o "Sultão da Tacada" teria sido ignominiosamente despedido e milhões de crianças não teriam jogado orgulhosamente em "Campeonatos Infantis Babe Ruth': Dezenas de milhões de americanos médios optam por usar cannabis enquanto automedicação ou para se relaxarem quando não estão a trabalhar, incorrendo por isso em sanções criminais. O desempenho laboral devia ser o principal critério para a avaliação de todos os empregados, e não as escolhas pessoais de estilos de vida. Os Babe Ruths do desporto, os Henry Fords da indústria, os Pink Floyds,

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LAROUCHE DECLARA GUERRA AO ROCK'N'ROLL

C

aso o leitor julgue que o fanatismo tante da publicações lançadas pela ' D roga." mu ical enlouquecido se esgotou ex-membro dos Beatles, enfrascarmos. "E é isso que a canção significa; foi a para um. livro, tendo transformado a conversa num programa radiofónico minha reacção a toda essa cena ... intitulado "McCartney: Os Primeiros E o juiz de província preconceituado como era 20 Anos': Nessa entrevista, pediu ao procurará para todo o sempre compositor que explicasse a sua canção a banda em fuga" "Band on the Run" [Banda em Fuga], - De "The First 20 Years': emitido na KL$X do álbum homónimo [dos Wings 1. «Bem, na altura, bandas como nós e 97-1 FM (Los Angeles) e outras estações da cadeia radiofónica Westwood One, 29 de Janeiro de 1990. os Eagles estávamos a sentir-nos trataMcCartney escreveu também o fados como foras-da-lei e desperadoes, e moso verso que ocasionou a proibição a ser tratados como tal." respondeu na rádio britânica da canção ((A Day in McCartney. «Quero dizer, o pessoal andava a ser the Life" [dos Beatles]: "Dei uma passa preso - por imagine- / Alguém falou e eu comecei a sonhar". -se. E essa era a umca razao por que . Apoiante assumido da legalização da andávamos a ser presos. Nunca era na- marijuana, McCartney foi detido diversas vezes por posse de erva e esteve da de sério. "E o nosso argumento era que nós preso 10 dias por ocasião de uma não queríamos ser foras-da-lei. Que- tournée no Japão. O governo japonês ríamos apenas fazer parte da cena nor- cancelou os seus espectáculos e proimal, tocar a nossa música e viver em biu-o de tocar nesse país, o que lhe paz. Não percebíamos por que é que custou milhões de dólares de prejuízo. havíamos de ser tratados como crimi- Para seu crédito, McCartney tem connosos quando tudo o que queríamos tinuado a apoiar os fumadores de erva.

T

Só quando rebentou a Guerra Civil é que estes procedimentos aduaneiros foram radicalmente alterados. A Acta do confisco datada de 17 de Julho de 1862 declarava que todos os bens pertencentes aoS oficiais do exército confederado ou àqueles que os rebeldes podiam ser apreendIdos ln rem. O Supremo Tribunal dos deliberou que se a Acta era um exerclClO dos poderes de guerra do e s: fosse aplicável apenas a lntmlg?S" entao era nstitucíonalmente permlsslvel de forco . um t é ' d' d a ma a garantIr rmmo expe!to guerra. Hoje, as paixões da "Guerra às Drogas" fi eram o Congresso voltar a usar pro:dimentos in rem para infligir punição

sem o incómodo das protecções proporcionadas pela Constituição e a Carta dos Direitos. "Devemos salvar a nossa constituição;' diz Vickie Linjer, cujo marido cumpriu dois anos de prisão por posse de cannabis. "Nós é que somos os detentores da verdade".

E'l!'.

ARMADILHAS, INTOLERÂNCIA E IGNORÂNCIA uando um número suficiente de pesQsoas parece não estar a cometer cri-

mes, a DEA e os departamentos da polícia recorrem amiúde a armadilhas para criminalizar pessoas insuspeitosas e de outro modo não-criminosas. Agentes do governo foram repetidamente apanhados

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juana - a estupidez! (A qual, tanto quanto sabemos, ainda não é um crime.) o final de uma manhã de Dezembro de 1989, Bennett foi visto a emborcar um gin tónico quando tentava passar uma men agem emelhante aos representantes da cadeia emi ora e dos estúdios cinematográfico de Hollywood, Califórnia.

a provocar operações de contrabando venda de drogas e participar nelas. * .. ecção noticiosa "High Witness", revista High Til'nes; "lnside the Dale Geiringer, Reason Magazine, Dezembro de 1986; proce so-crime " La Penca" movido pelo Christic lnstitute; testemunhos prestados no julgamento de DeLorean, e respectivo veredicto de inocência; revista Playboy, etc.

O resultado deste alimentar constante dos receios públicos sobre a marijuana ão solicitações de verbas acrescida para combater a "gu rra às drogas" (um eufemismo para se fazer guerra a certas pessoas que escolhem livremente u ar substância específicas) e pressão política crescente para serem autorizados meio inconstitucionais de impor lei cada vez maIS everas.

o ultrajado investigador dr.

Donald Blum, do Centro de Estudos Neurológicos da UCLA, disse ao noticiário da KABC que o encefalograma mostrando alegadamente os efeitos da marijuana pertence de facto a uma pessoa profundamente adormecida - ou em estado de coma. Em Outubro de 1989, num discurso proferido em Louisville, Kentucky, perante os responsáveis policiais desse estado, o então czar antidroga William Bennett. bededor social de álcool e viciado em nicotina, anunciou que fumar marijuana torna as pessoas estúpídas. Este é o me mo homem que ajudou a con eguir um ubsídio de 2,9 miJhões de d61are para a Guarda Naciona l d Texas di farçar u agentes de cacto e assim patrulhar a fronteira mexicana. Esta foi a unidade da Guarda Nacional que mai tarde abateu a tiro um jovem pa tor mexicano na ciclo na Améri a por ter assumido que e tratava d um imigrant ilegal.

Bennett não apr sentou qualquer prova do facto, e c mo o crack não fo se um problema sério no Kentucky, proclamou que era neces ária mais dinheiro para a guerra às drogas devido a ·est,e recém-de coberto perigo induzido pela mari-

(High Times, Fevereiro de 1990.)

Preparem o balõe e o autocolantes: m 2000, Bennett vai candidatar-se à pre ídência!

PDFA: IMENTIRAS FINAMENTE EMBRULHADAS

O

utr de envolvimento foi a formação da PDFA (Parcena para uma América Livre de Drogas) no sector dos média. A PDFA, financiada principalmente em espécie por agências de publicidade e grupos de média, disponibiliza enquanto ser iço público (livre de encargo para os média radiofónicos e a impren a) anúncio dirigidos principalmente contra a marijuana. Além de emitirem disparates tão comp1eto como um anúncio mostrando uma ertã ("I to são as drogas") na qual está a fritar um ovo ((Este é o teu cérebro. Percebes?»), a PDFA não se coíbe de mentir de caradamente nos anúncios que produz. um deles mo tram- e os destroços de um comboio. Ora todos concordarão que ninguém encontrando- e sob a intluência da marijuana de . ia tentar conduzir um comboio. .Mas uma voz masculina diz que quem no afirmar que «a marijuana é inofensiva" está a mentir, porque a sua mulher morreu num acidente ferroviário causado pela marijuana. I to contradiz o temunho di! eto do maquinista respOfi ável p r te d astre, prestado sob juramento: ((Este ,ac: dente não foi causado pela marijuana': E o anúncio ignora deliberadamente o facto do maquinista ter admitido que bebeu .áloool, comeu e viu televisão durante o serviço, não prestando

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em geral atenção adequada ao trabalho, e ... - ... .,....., ".... que antes do acidente ... ,' - ' _ _ \..,..;-.1 ' encravou deliberadamente o sistema de segurança do comboio. E no entanto, durante anos a fio, a PDFA disse que este ferroviário tinha sIdo causado pela marijuana, embora o maquinista estivesse legalmente ébrio e nos três anos anteriores a sua licença de condução automóvel lhe tivesse sido apreendida seis ,:e.zes, da última defimtIvamente, por condução sob efeito de álcool. Noutro anúncio da PDFA, um casal de ar pesaroso é informado Desafiando o anelen régime: Activistas pró-cânhamo de que não poderá ter em São Francisco, Califórnia. Foto de Baron Wolman. filhos porque o mando costumava fumar outros investigadores já haviam apresenerva. Isto contradiz directamente tanto a evidência clínica desenvolvida em quase tado queixa à PDFA, acrescentando que um século de estudos sobre a cannabis, os encefalogramas dos utilizadores de bem como das experiências pessoais de marijuana são muito diferentes e têm milhões de americanos que fumaram urna assinatura bem conhecida, graças a cannabis e geraram filhos perfeitamente anos de investigação sobre os efeitos da cannabis no cérebro. saudáveis. Mesmo após este desmentido público, Em ainda noutro anúncio, a PDFA espalhou . mentiras com tanta arrogância a estação KABC-TV e a PDFA demoque acabou por se em sarilhos. O raram semanas a cancelar o anúncio, e até anúncio mostrava dOIS encefalogramas hoje não foi apresentado qualquer pedialegadamente de um jovem de 14 anos do de desculpas ou retractação pelo embuste. Apesar d a PDFA ter recebido ('sob o efeito da marijuana". Ultrajado, o investigador dr. Ronald ordens judiciais para suspender este Blum, do centro de estudos neurológicos anúncio, no decurso da última década da VeLA, declarou ao noticiário da emitiu-o continuamente em centenas de KABC- TV (Los Angeles) em 2 de Novem- canais de televisão por todos os Estados bro de 1989 que os encefalogramas mos- Unidos. * tram de facto as ondas cerebrais de alguém .. Grupos incluindo o Conselho Americano do profundamente adormecido - ou em Cânhamo, o Conselho Familiar de Consciencializa sobre Drogas e o Ajudem a Acabar com a Proiestado de coma. Declarou ainda que previamente ele e blÇão da Marijuana (HEMP) decidiram aumentar a



1.25

A HIPOCRISIA ABSOLUTA o mesmo passo que lançavam a sua pretensa "Guerra às Drogas", dirigida de . facto contra camponeses do Terceiro Mundo e civis americanos, as administrações Reagan/Bush/Quayle/Clinton/Gore encorajaram e ocultaram o tráfico e distribuição de drogas por parte de funcionários governamentais americanos de elevada patente. Por um lado, Bush violou a lei internacional ao invadir o Panamá para trazer a julgamento nos E.V. o alegado narcotraficante e empregado de longa data de Bush e da CIA, Manuel Noriega. Por outro lado, Bush recuSOu-se a autorizar a extradição de Oliver North, John Hul], o almirante Pointdexter, o general Secord, Lewis Tambs e outros americanos para a Costa Rica, país onde esses homens estão indidados por nele operarem uma rede de narcotráfico.

D

(The Guardian, jornal britânico, "Cocaine shipped by contra 22 de Julho de 1989.)

Em 198 8 e 1989, audições federais conduzidas pelo Comité sobre Terrorismo e Narcóticos, presidido pelo senador John Kerry (Massachusetts), documentaram actos generalizados cometidos a pretexto da segurança nacional por "operacionais dos serviços de inteligência" da elA e da Agência Nacional de Segurança (NSA), visando bloquear investigações sobre tráfico de cocaína em curso pelo Departamento de Alfândegas e o FBI. Nenhumas acusações chegaram a ser formalizadas, e as testemunhas depuseram sob garantias de imunidade com escassa atenção prestada pelos média. Investigadores especiais do caso Irão-contras coibíram-se de utilizar estas informações ou provas, compiladas pelo Christic lnstitute, t implicando cumplicidade governamental no narcoterrorismo. E quando o general Secord foi sentenciado em Janeiro de 1990 por crimes relacionados com o escândalo "armas-por-droga" do caso Irão-contras, foi multado em 50 dólares e condenado a uma curta pena suspensa quando um juiz federal decidiu que o pobre sujeito já "sofrera Isto vindo de uma administração que promove a pena de morte - até mesmo a decapitação'" - para os vendedores de marijuana. Num Larry King Show do final de 1989, o czar antidroga William Bennett garantiu não ter problemas morais em decapitar vendedores de drogas ilegai ... 6 o tinha com vendedores das drogas legais. t Grupo interconfessional que promove investigações sobre casos envolvendo abuso de direitos humanos e liberdades pessoais por parte do governo americano. (N. do T. )

o PROGRAMA DARE:

pressão no sentido de denunciar as mentiras da PDFA e proibir a transmissão das suas distorções ou, melhor ainda, exacta

PROPAGANDA DA POLíCIA

ubstituí-Ias por informaçõe

obre os usos médicos, sociais e comerciais

do cânhamo.

Um anúncio mais válido para a PDFA produzir e as televisões emitirem mostraria uma sertã CIsto é a PDFX') e um ovo a fritar C'Estes são os factos").

programa de âmbito nacional DARE (Educação para a Resistência ao Abuso de Droga ), criado em 1983 por Daryl Gate , chefe da policia de Los Angeles, tornou-se uma ferramenta adicional para desinformar o público sobre o cânhamo.

O

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Tipicamente, um porta-voz de um departamento policial leccionará um de 17 semanas numa escola elementar local com vista à promoção de comportamentos responsáveis, entre os jovens, ao mesmo tempo que Irresponsavelmente lhes transmite distorcidas ou mesmo mentIras descaradas sobre a cannabis. A maior parte do curso não versa as drogas enquanto tais) mas sim a dade de decisão perante oportumdades ou pressões para beber, fumar, roubar, mentir, infringir leis, etc. Porém, o apoio

Por exemplo, segundo professores que participam nas sessões,* o agente da polícia comentará: "Não posso garantir-vos que fumar ganza irá causar lesões cerebrais, porque todos vocês conhecem pessoas que fumam ganza e parecem normaHssimas. Mas é isso que acontece. Só que é impossível ter a certeza - para já': >4- Alguns dos professores com quem falámos encontravam-se na desconfortável posição de saberem os factos verdadeiros, ou de eles pr6prios terem usa do cannabis e conhecerem os seus efeitos, mas não poderem apresentar abertamente o seu ponto de vista com receio de serem submetidos a testes à urina ou despedidos.

Nenhumas provas abonatórias são então apresentadas, e a literatura que o jovem leva para casa (e que é potencialmente vista por pais familiarizados com a erva) é ligeiramente mais equiJibrada, _ presidente Jimmy Carter, 2 de embora se refira a misteriosos "novos Agosto de 1977 estudos" demonstrando os perigos da manJuana. erdadeiramente útil do programa ao '0 , , d Ao longo do curso, porém, os agentes bom comportamento e .mIna o por · da polícia vão insinuando que a marijuamentiras e sobr; na causa lesões pulmonares, lesões cereos efeitos da marIjuana nos utilIzadores, brais e esterilidade, e fazem outras ale* Numa entrevista, o principal instrutor da gações infundadas de que causa enfermiVARE de Los Angeles, o sargento Domagalski, dades e morte. tou esclarecimentos sobre o programa, propres , b ' d ' . do afirmações tão 1.OSU stancla as e 1.0Ou então referem-se estudos deta, len'nd'cas - como dlzer " Ieva à que a manJuana ver! 1 lhando os riscos cardiopulmonares asso'na, "O sujeito que mora do outro lado da rua h ero l " há ciados ao uso de cocaína, mencionandoanos e nao ou o V izinho fumam marIJuana -se então o fumo da marijuana - criane haver nada de errado com eles, Mas de facto parecestá errado, embora possa não ser óbVlO. ' " E, do -se um nexo unicamente contextual. a1go anos 60, as pessoas 'fmavam umariJuana " "N e penOu então o agente "bem intencionado" OS que não havia nada de errado nisso. Agora sarvam 'd d ,. conta episódios sobre pessoas que pre...... e pulverizam e CUl am a sua manJuana - e rega... I tende conhecer, as quais "começaram" bém não querem saber com que é que a pu ve Mas os pais desconhecem estes novos dados. com marijuana e acabaram por destruir nza1Il· . - nos anos obtiveram to da as suas llllormaçoes 1 as vidas com drogas pesadas, crime e Ees . dos nestas novas," ão estão Interessa 60 e n depravação; de seguida, mistura a mariDowntowtl News, 10 de Julho de 1989. Ver também ( - o de cartas dos leitores de 31 de Julho de 198 9 juana com drogas genuinamente peri, I a secça a resposta da BACH). Ler no capltu o 16. gosas e descreve como jovens ou polícias ara f b " . r P os actos so re estas novas mLOrseus colegas foram mortos por crimimações". . . , nosos desesperados enlouquecidos por Em 1998, a DARE contmua a ensmar conSC1ente· estas mesmas mentiras aos nossos filhos, e drogas. m en t er'" qualquer comum'd ade que ouse a d'lzer à O agente encoraja então os estudantes a ameay. 'd d . DARE [ousar I que cesse as actlvl a no respectl"ajudar" os seus amigos utilizadores de ' trito escolar. Porém, em 1997. a cIdade de Oakvo d IS a Calif6rOla, . retIrou-se ' do programa DARE e drogas, e as famílias destes, tornando-se lan d ,n . ê . não sofreu qUalsquer consequ nClas. informadores da polícia. Este tipo de menaté ago ra

"'As penalidades contra a posse de uma droga não deviam ser mais lesivas para um indivíduo do que o uso da própria droga".

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tiras indirectas, contadas mediante msinuações e implicações, são transmitidas de forma displicente, calculada para deixar uma impressão profunda no subconsciente, sem as basear em investigaçõe concretas ou outras fontes passíveis de estudo objectivo ou desafio directo - permanece apenas uma imagem mental duradoura e indistinta. O que torna o programa DARE singularmente perigoso é ele fornecer alguma informação exacta e ter um valor genuíno para os jovens, minando- e porém a i próprio e ao registo púb lico ao usar e ta t,ácticas irresponsáveis e dissimuladas. Se os responsáveis do DARE querem que os estudantes tenham um comportamento responsável, devem agir também de forma responsável. Se eles estão na posse de informação sobre a marijuana que está escondida do re to de nó , que no-la mostrem. Mas, tanto quanto sabemos, nenhum grupo do DARE ousou ainda debater publicamente qualquer grupo proponente da legalização da marijuana, * ou incluir a literatura destes no seu programa. ,. Desde 1989, a Ajudem a.Acabar coma Proibição

da Marijuana (HEMP) e a Aliança Empresarial para o Comércio em Cânhamo (BACH) têm desafiado

repetidamente para um debate público qualqu r representante do DARE na área de Lo Angel desafio esse que está ainda. para ser aceit . Este · grupos também se ofereceram para fornecer aO DARE literatura grátis e exacta sobre a cannabi I mas, até Julho de 1998, não chegara qualquer respo ta.

OS MÉIDIA ENTOR,PECIDOS pe ar de, nos ano 60 e 70, os média nacionais terem injectado urna forte do ·e de racionalidade e de facto no d bate sobre a cannab' ,em grande medida eles foram incapazes de fazer a distinção entre a proibição da marijuana e a mais vata histeria da "guerra à drogas", a ,qual "tinha mai saída" no anos 80. Os activista do cânhamo foram ignorados, os eventos que promoveram foram cen urados e excluídos das grelhas

A

de programação - os meios de comun icação recusam mesmo anúncios pagos sobre evento ou produtos legais de cânhamo, não de tinados a ser fu mados. O que é que aconteceu à verificação dos facto? Em ez de servirem como atentos vigilantes das actividades do governo e garante da confiança do público, os grupos noticio o empre adais consideram- e uma ferramenta lucrativa cujo objectivo é forjar "con enso sobre política nacional. egundo grupos como o Justiça e Exactidão na Reportagem (FAIR) e ine tigadore como Ben Bakdikian e M ichael Par nti, e tas empresas definem e protegem o "iDtere se nacional" - por vezes ignificando os eus pr6prios interes e financeiro e agendas políticas disimuladas. De e r cardar-se que muitas das principais empresas jor nalísticas pos uem in ter,e es directos em povoamentos flore tai para produção de papel) e que as empre a farmacêuticas) petroquúnica ) etc., se encontram entre o principais anunciant,e dos média. um artigo publicado na revista do L.A. Times de 7 de Maio de 1989, intitulado "ada funciona" (tema que desde então foi retomado em centen as de revista ) incluindo a Time e ar Newsweek), tanle ei eler lamentou os problemas que as e olasenfrentam comn os seus programa de educação obre drogas, e revelou inad ertidamente os pressuposto e preconceito d s meios d e comunicação oeia!: "Os críticos acreditam que alguns programa edncati os foram prejudicado de ido ao exagero do p roblemas cau ados pela . droga. Directores e profe ore, ob 'e rvado ,d e perto por r,e spOR . eis municipais, entem-se presionado a n - o r lar aos seus alunos que a marijuana, embora prejudicial, é meno viciante que o cigarros ( ... ) A incapajdade de reconhecer tais informações ' ignitica que o programas esco-

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>1

lares arriscam-se a perder credibilidade. Porém, programas mais honestos poderiam revelar-se mais prejudiciais (Itálico nosso.) O malefício previsto por Meiseler é um aumento previsível no consumo de marijuana quando as pessoas forem informadas dos benefícios para a saúde e ausência de riscos físicos ou psicológicos que estão envolvidos. Muitas pessoas decidiram que preferem erva (a qual aparentemente não precisa de fazer publicidade), ao invés de álcool e tabaco, na promoção dos se dispendem tantos dólares em anunclOS. * No artigo não foram citados nenhuns estudos especificos mostrando os alegados. efeitos n.efastos da marijuana. De facto, a cannabls mal fOi menionada, exepto nesta referência e numa nota dizen que as empresas de desintoxicação relatam algum sucesso na "quebra de uma leve dependência de marijuana e álcool".

A INJUSTiÇA PROSSEGUE m 2 de Agosto de 1977, o presidente JÍmmy Carter dirigiu-se ao Congresso a propósito de outro tipo de malefício causado pela proibição das drogas, dizendo: "As sanções contra a posse de uma droga não deviam ser mais prejudiciais para o indivíduo do que o uso da própria droga." "Sendo assim, apoio legislação emendando a lei federal de forma a eliminar todas as sanções criminais federais para a posse de até uma onça de marijuana': porém, os esforços feitos por Carter há 21 anos atrás com vista a aplicar até mesmo este módico de racionalidade às leis americanas sobre a marijuana foram

E

sabotados por um Congresso apostado em mostrar que é duro com o crime, sem querer saber se determinada acção é criminosa ou coloca alguma ameaça real à sociedade, por mais pessoas que sejam prejudicadas no processo. E esta atitude de intolerância e opressão entrou em escalada nos anos pós-Carter. Em 1990, 30 estados tinham estabelecido campos de «Encarceração Alternativa Especial" (SIA) (chamados "campos de recruta") onde consumidores de drogas neófitos e não-violentos são encarcerados numa instituição sob um regime tipo recruta militar, baixo o qual são abusados verbalmente e desgastados psicologicamente de forma abandonarem a sua atitude dissidente para com ° uso de drogas. Agora, em 1998, 42 estados têm campos especiais de encarceração alternativa que implementam programas semelhantes. Os prisioneiros são tratados com precisão robótica, e aqueles que não se conformam são sujeitos a encarceração na penitenciária estadual. A maioria destes jovens estão detidos devido a marijuana. Há mais estados que estão a considerar a implementação de programas semelhantes.'" * ln These Times, "Gulag for drug users': 20 de Dezembro de 1989, pág. 4.

Qual foi o pretexto usado para «justificar" esta política antiamericana? Um punhado de relatórios oficiais e estudos do governo, os quais são promovidos pela DEA) por políticos e pelos média com vista a mostrar que a marijuana é "prejudicial para o indivíduo': De seguida

iremos considerar alguns destes infames estudos.

129

Capítulo

i>

Quinze

.

A HISTÓRIA OFICIAL: DESMONTANDO A RASCA" Após ter passado 15 dias a ouvir depo imentos e mais de um ano a fazer deliberações legais, o juiz em direito administrativo da DEA, Francis L Young, instou formalmente a agência antidroga o autorizar os médicos a receitarem marijuana. .Num juízo prconundado em Setembro de 1988, Young evidência constante neste registo mostra claramente que a marijuana é reconhecidamente capaz de aliviar os tormentos de um grande número de pessoas gravemente enfermas, e de o fazer com segurança, baixo supervisão médica. ( ... ) Seria arbitrório e caprichoso por parte do .DEA continuar a introm,e ter-se en'tre o sofrimento destas pessoas e os benefícios que, a luz das provas constantes neste registo, esta substância causa. Em termo.$ estritamente médicos, a marijuana é muito mais segura do que muitos alimentos que consumimos normalmente (... ) a marijuana na sua forma natural é uma das mais seguras substâncias terapeuticamente ,a ctivas conhecidas do Homem". Todavia, baseados nos seus critérios pessoais, todos os administradores da DfA até ao presente - ,n enhum dos quais é méd.ico!- têm-se recusado a acator esta decisão, continuando o privar as pessoas de connobis médica.

DESPERDiÇANDO TEMPO, DESPERDiÇANDO VIDAS

M

a is de 100 anos passaram desde que o estudo conduzido em 1894 pela comissão do Raj britânico obre o fumadores de haxixe na Índia informou que o uso de cannabis era inofen ivo e mesmo benéfico. Desde então, numerosos estudos têm concordado; os mais proeminentes sendo o relatório de i.ler, o LaGuardia, o da comissão Shafer de NÍJwn, o da Comissão La Dain do anadá e o do Painel Consultivo da Inve tigação da Califórnia. Simultaneamente) o cânhamo foi dogiado por pIe idente american s) o U DA amontoou pilhas de dado m trando o eu valor enquanto recur o naturat e em 1942 a admini tração Roose-

elt realizou me mo Hemp for Victory [O Cânhamo para a Vitória], um filme glorificando o no os patrióticos cultiadore de cânhamo. e e mesmo ano, a Alemanha publicou O Manual Divertido do Cânhamo, uma banda desenhada redigida em ver o exaltando as virtudes de ta planta. Hoje, todavia, nega- e mesmo o uso humanitárío do cânhamo para fins medicinai. Inquirido no final de 1989 sobre a não-implementação pela DEA da sua decisão acima citada, o juiz Young respondeu que esta a a er concedido temp ao admini trador John Lawn para s'e c,o nformar com ela. Mai de um ano apó essa decisão, La.wn recu ou- e oficialmente a alterar o e tatuto da cannabi , elas ificando-a de novo como uma droga perigosa" da

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Cláusula Um, cuja utilização é proibida sequer como medicamento. Lamentando este sofrimento desnecessário de americanos impotentes, a Organização Nacional para a Reforma das Leis sobre a Marijuana (NORML) e o Conselho Familiar para a Prevenção da Droga foram lestos a exigir a demissão de Lawn. Mas os seus sucessores, Bonner e agora Constantine, prosseguem a mesma política. . .., . Que hIpOCrISIa e esta que permIte aos funcionários públicos troçar dos factos e negar a verdade? Como é que eles racionalizam as suas atrocidades? Corno? Inventando os seus próprios peritos.

CONVERSA DUPLA GOVERNAMENTAL esde. 1976, o nossO governo federal (p. e., o NIDA, o NIH, a DEA>\- e o Action), grupos patrocinados pela polícia (corno o DARE*), e grupos de interesses especiais (como a PDFA*) proclamaram a sectores da opinião pública, à imprensa e aos pais americanos que estão na posse de "provas absolutas" dos chocantes efeitos negativos causados por fumar marijuana.

D

.. Instituto Nacional de Abuso de Drogas, Instituto Nacional de Saúde, Agência de Repressão das Drogas, EducaçãO para a Resistência .ao de Drogas, Parceria para uma Aménca LIvre de Drogas.

Quando as investigações que o governo americano patrocinou antes de 1976 indicaram que a cannabis era inofensiva ou benéfica, a metodologia que presidiu a cada estudo era sempre apresentada detalhadamente nos relatórios; p. e., leia-se The Therapeutic Potential of Marijuana (1976) para se .saber . exactamente qual foi a metodologIa aphcada a cada um dos estudos médicos. Porém, quando os nossos burocratas deliberadamente investIgaçoes negatIvas sobre a marijuana, a revista Playboy, a NORML,

a High Times, etc., foram forçadas a avançar com repetidos processos ao abrigo da nova Lei da Liberdade de Informação para esclarecer qual foi a metodologia laboratorial concreta usada nestas « •" . ') expenenclas . O que eles descobriram era muito chocante.

DR. HEATHjESTUDO DE TULANE, 1974

o

Boato: Lesões cerebrais e macacos mortos

E

m 1974, Ronald Reagan, então governador da Califórnia, foi questionado sobre a descriminalização da marijuana. Depois de citar o estudo Heath/Universidade de Tulane, o reputado "Grande Comunicador" proclamou: ''As fontes científicas mais fiáveis dizem que um dos resultados inevitáveis do uso de marijuana são lesões cerebrais permanentes». (LA Times.) O relatório do dr. Heath concluíra que macacos rhesus, fumando o equivalente a apenas 30 charros por dia, começavam a ficar atrofiados e morriam ao fim de 90 dias. E, desde então, células cerebrais mortas descobertas em macacos obrigados a fumar marijuana foram maximamente publicitadas em aterrorizantes folhetos e literatura de propaganda contra a erva patrocinados pelo governo. Em meados da década de 70, o senador Eastland, do Mississipi, usou esses dados para horrorizar os legisladores nacionais e impedi-los de apoiar as propostas de lei descriminalizadoras apresentadas ao Congresso pela NORML, a maioria das quais eram patrocinadas pelo falecido senador Jacob Javitts de Nova Iorque. Relatórios do estudo foram também distribuídos pela hierarquia de profissionais de reabilitação de drogas como parte da racionalização pseudo-científica para afastar os miúdos da ganza. O estu-

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do continua a ser usado para aterrorizar brir-se que Heath. procedeu assim para grupos de pai , organizações religiosas, não ser obrigado a pagar o salário de um assistente durante um ano completo. etc, que o redistribuem ainda mais. Heath matou os macacos moribundos, Os macacos estavam a ser sufocados ! abriu-lhes os cérebros e contou o núme- Três a ónco minutos de privação de oxiro de células mortas. Tomou então ma- génio provoca lesões cerebrais - "células cacos de controle que não tinham fuma - cerebrai mortas". (Manual de Salvado marijuana, matou-os, e contou as cé- -Vidas e Segl:4 rança Marítima da Cruz lulas cerebrais mortas destes. Os macacos Vermelha) fumadores de erva apresenta ram quantiO e tudo que Heath. realizou nos madades enormes de células mortas por cacos era de facto um estudo sobre ascomparação com os macacos "caretas': [lXÍa de animais e envenenamento por O pronunciamento de Ronald Reagan monóxido de carbono. baseou-se provavelmente no facto do fuEntre outras coisas, Heath havia (inmo de marijuana ser a única diferença tencionalmente? incompet,en temente?) existente entre os dois conjuntos de ma- omitido a questão do monóxido de carcacos. Talvez Reagan confiasse na fiabili- bono inalado pelos macacos. dade e correcção da pe quisa federal. TalO mon6xido de carbono é um gás vez tivesse outros motivos. Quaisquer que fossem os seus motivos, Os ma,cacos de Heath foram foi isto q ue o governo transmitiu com ob'rigadosa ,inalar em cinco grande alarido à imprensa e às Associaminutos 63 ,charros de potência ções de Pais e Professor,es, que nele conco'omb;ana através de uma fiaram completamente. ,máscara de gás! Em 1980, a Playboy e a NORML conseguiram receber finalmente - após seis mortal para as célula cerebrais, sendo anos de solicitações e processos movidos emitido por qualquer objecto em comcontra o govern o - um relato exacto bustão. De facto, naquela concentração dos p rocedimentos de investigação usa- de fumo, a situação dos macacos. era dos no infame relatório de Heath. idêntica a de alguém que estivesse preso Quando os investigadores contratados dentro de uma garagem com o motor de pela NORML e a Playboy para examinar um automóvel a funcionar! os resultados apresentados os comparaTodo . os inve tigadores ooncordaram ram com a metodologia factual, ele ,que, na experiência de Heath, as descodesataram às gargalhadas. bertas sobre a marijuana são totalmente inválida por'que no relatório não foram Os Factos: Sufocação de Cobaias considerado o envenenamento por monóxido de carbono ,e outros factores. Este Tal como noticia a Playboy, a metodologia "vudu" de Heath consistia em atar e outro ,e tudos, tais como os que o dr. macacos rhesus a uma cadeira e obrigá- Gabriel abas realizou em 1970, ten-los a inalar o equivalente a 63 charro . de taram - tabelecer algwn nexo entre os potente erva colombiana em "cinco mi- m,etabolitos de THC que ão rotineiranutos, através de máscaras de gás" estan- mente encontrados em tecidos gordos do ques. A Playboy descobriu que Heath cérebro humano, em órgãos reproduadministrara diariamente 63 charros em ti o "e noutr:as área gordas do cérebro) e cinco minutos num período pouco supe- as células morta . pre entes em cérebros rior a três meses, em vez de administrar de ma,caco que tinham ido vitimas de 30 charros por dia durante um ano, tal sufocação. Estamos agora em 1998) pas ados 16 como se propusera fazer. Veio a desco-

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A RE.CEITA DE NAHAS PARA ORÇAMENTOS POLICIAISINFLACCIONADOS ,"';"







ncrivelmente, um famoso estudo provando a eficácia da cannabis na redução de tumores (ver capítulo 7) foi originalmente encomendado pelo governo federal na pressuposição de que a erva lesionaria o sistema imunitário. Isto baseava -se nos estudos "Loucura do Charro" conduzidos em 1972 pelo duvidoso dr. Gabriel Nahas da Universidade de Colúmbia. Este é o mesmo dr. Nahas que pretendeu que os seus estudos mostravam que a erva lesionava os cromossomas e a testosterona (hormona masculina), e causava incontáveis outros efeitos horrendos que sugeriam o colapso do sistema imunitário. O currículo profissional de Nahas liga-se com a CIAIOSS e mais tarde com a ONU, onde trabalhou em estreita associação com Lyndon LaRouche e Kurt Waldheim. Nahas continua a ser o menino querido da DEA e do NIDA (Instituto Nacional do Abuso de Drogas), apesar de nenhuns estudos seus terem sido confirmados em inúmeras outras experiências. Em 1975, a Universidade de Colúmbia desassociou-se publicamente das investigações de Nahas sobre a marijuana numa conferência de imprensa especialmente convocada com esse fun! Apesar de velhos e desacreditados, os estudos de Nahas continuam actualmente a ser brandidos pela Administração de Repressão das Drogas, sendo deliberadamente transmitidos a incautos grupos de pais, igrejas e associações de pais e professores como tratando-se de investigações válidas sobre os malefícios da erva. A disseminação das perigosas histórias de horror de Nahas* é paga com os

I

nossos impostos, mesmo anos depois de, em 1976, o Instituto Nacional de Saúde ter proibido especificamente Nahas de voltar a ser elegível para mais um centavo sequer de verbas oficiais destinadas a estudos sobre a cannabis, devido às embaraçosas investigações que conduziu nos anos 70. ,. Em Dezembro de 1983, Nahas, ridicularizado pelos seus pares e com os financiamentos do NIDA cancelados, renunciou a todos os seus estudos, conclusões e extrapolações versando a acumulação de metabolitos e os danos provocados a cromossomas específicos de tecidos em laboratório.

E todavia a DEA, o NIDA, a VISTA [Voluntários em Serviço à América], a «Guerra às Drogas': e a falecida escritora Peggy Mano (em artigos da Reader's Digest e no seu livro Marijuana Alert, prefaciado por Nancy Reagan) usaram estes estudos desacreditados em seminários com grupos de pais, como o Pais para uma Juventude Livre de Drogas, nos quais Nahas figurava amiúde como conferencista convidado chorudamente pago, sem fazerem uma única referência ao que pensam destes estudos os pares de Nahas. A intenção disto, presumimos, é assustar pais, professores, legisladores e juízes usando urna terminologia científica e falsas estatísticas não-clínicas, em última análise com o objectivo de vender mais equipamento de análise à urina. Fomentam-se assim lucros adicionais para as clínicas de reabilitação de drogas e suas equipas de profissionais, e mantém-se o financiamento da DEA, da polícia locat de sectores judiciais, penais e oorreccionais, e de outros sombrios interesses de um estado policial. A ('Guerra às Drogas" é um grande

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negócio, cujo objectivo é permitir que continue a desavergonhada solicitação de mais polícia e mais celas de prisão. Acrescem ainda os milhares de juízes, legistas) polícias) leitores da Reader's Digest e pais que há anos vêm usando e citando em particular os estudos de Nahas como as principais razões para manter estas leis injustas e encarcerar milhões de americanos durante a última década. Apesar de Nahas se ter desdito em 1989, a DEA continua a usar os seus tudos de forma consciente e criminosa, com vista a polarizar juízes, político , a imprensa e grupos de pais ignorantes, desconhecedores da retractação de Nahas. Estas pessoas confiam que o governo lhes revela a verdade que os seus impostos pagaram. A maioria dos média, da imprensa aos comentadores da televisão, usam ainda os estudos de Nahas como se eles fossem o evangelho, e grande parte do assustador folclore de mitos urbanos que se sussurram em recreios escolares origina-se neste trabalho ucientífico" enganador. Continuam a ser ensinados resultados refutados e nunca repetidos, enquanto o investigador honesto arrisca-se a ser

anos, e nem uma única palavra das alegações dos drs. Heath ou Nahas foi verificada! Todavia, os estudos que fizeram contin uam a ser brandido pela Parceria para uma América Livre de Drogas, a Administração de Repressão das Drogas, UIÚdades antinarcóticos municipais e e taduais. bem como por político . E, em virtualmente todos os casos que são do conhecimento público, eles são apresentados como constituindo a principal prova científica obre os perigos da marijuana. Isto é propaganda oficial do go erno dos E. U. e desinformação no eu pior! Os cidadãos pagaram estes estudos e têm di-

pre o caso tente testar quaisquer ideias sobre os usos médicos da cannabis. De facto, usando estudos laboratoriais refutados e nunca repetidos sobre os efeitos do THC sintético no sistema imunitário, histéricas Famílias pa:ra uma Juventude Livre de Drogas ou organizações do tipo «Diz ão à Droga': con eguiram que a imprensa disses e que a marijuana pode causar SIDA - apesar dessa alegação não ter o menor fundamento, os média deram-lhe grande destaque, gerando ainda mais Loucura do Charro! Hoje em dia Gabriel Nahas reside em Paris. e viaja pela Europa fora ensinando as mesmas mentiras a europeus menos informados, como se do eva:ngelho e tratasse. Quando pedimos a Nahas para participar connnosco (HEMP) num debate sobre a cannabis a realizar perante a imprensa mundial no dia 18 de Junho de 1993, em Paris, primeiro aceitou entu iasticamente, até descobrir que tencionávamos debater todas as facetas da planta de cânhamo (p.e.• produção de papel. fibra, combustível e medicamentos). Então declinou participar, embora preenchêssemos todos os requisitos que nos impusera.

reito a que a informação e a história correcta sejam ensinadas nas escolas subsidiada pelo · no o impo tos. Em 1996, Gabriel ahas. em França) proce ou Mishka. o tradutor da edição france a de te li.vro L'EmpereuT est Nu!, por perda e dano . Mi hka escrevera que o e tudo de abas eram considerados lixo em todo o mundo. O tribunal francê I depoís de ter ouvido todos os testemanho pre tado por aha, e depois de e te ter gasto o equivalente a dezenas de milhar de dólares em cu tos legais. cono deu-lhe o eu maior in ulto: uma indemnização por perdas e danos no valor

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de um franco, o equivalente aproximado a 15 cêntimos americanos, sem direito a ressarcimento das despesas legais!

OS METABOLlTOS PERENES DOTHC

o

Boato: Os metabolitos conservam-se no nosso sistema durante 30 dias.

O governo afirmou também que, dado que os "metabolitos do THC" se conservam nas células gordas do corpo até 30 dias após a ingestão deste composto, é muito perigoso fumar mesmo um único charro; insinuando ser inimaginável o efeito que estes metabolitos do THC poderão ter sobre a raça humana a longo p.razo, e outra conversa dupla pseudocientífica (p. e., o uso de frases como "po "significassem hipoteticamente", . 1mente,""ta1vez,"t)* "pOsslve e c. ,.. «Pode, poderia, talvez e possivelmente não são

conclusões científicas". Dr. Fred Oerther, Setembro de 19 86 .

Os Factos: Os próprios peritos do governo dizem que os metabolitos são um resíduo não-tóxico e inofensivo.

Entrevistámos três médicos de reputação nacional que trabalham actualmente, ou já o fizeram, para o governo dos E.U. em investigação sobre marijuana: • O dr. Thomas Ungerlieder, da UCLA, ameado em 1969 por Richard Nixon nara o Comité Presidencial Selecto sobre Marijuana, reconduzido por Ford, Cart r e Reag an , e actualmente responsável eelo "Programa de Marijuana Médica" p . da Califórma . • O dr. Donald Tashkin, da DCLA, que s últimos catorze anos foi o principal mundial a influência d marijuana nas funçoes pulmonares; e a. O dr. Tod Mikuriya, director nacional dos programas de investigação marijuana que o governo amencano conduziu no final anos 60, e responsável pelo financlamento destes.

Segundo estes médicos, os ingredientes activos do THC são consumidos na primeira ou segunda passagem pelo fígado. Então, de forma perfeitamente normal, os restantes metabolitos do THC agarram-se aos depósitos de gordura com vista à sua posterior eliminação pelo corpo, o que constitui um processo seguro e perfeitamente natural. Muitos produtos químicos provenientes de alimentos, vegetais e remédios agem constantemente desta forma no nosso corpo. Na sua maioria são inofensivos, e a toxicidade potencial* dos metabolitos do THC no nosso corpo é menor do que virtualmente quaisquer outros resíduos metabólicos conhecidos. >I- O governo dos E.U. sabe desde 1946 que a dose oral de cannabis necessária para matar um rato é cerca de 40.000 vezes superior à dose necessária para produzir sintomas de intoxicação típicos. (Mikuriya, Tod, The Marijuana Medical Papers, 1986; Lowe, lournal 01 Pharmacological and Experimenta/ Therapeutics, Outubro de 1946.)

Os metabolitos residuais do THC presentes no corpo podem ser comparados à cinza de um cigarro: são o resíduo inerte deixado na sequência da metabolização dos cannabinóides activos pelo corpo. São estes metabolitos inertes que as análises urinárias revelam quando são usadas para licenciar militares, operários ou atletas por terem usado cannabis, ou estado na sua presença, nos 30 dias antenores.

ESTUDOS SOBRE LESÕES PULMONARES O Boato: Mais perigoso do que o tabaco. Segundo a Associação Pulmonar Americana, as doenças relacionadas com os cigarros e o fumo de tabaco matam por ano cerca de 430.000 americanos. 50 milhões de americanos são fumadores, e 3000 adolescentes começam a fumar todos os dias. Os estudos sobre alcatrão carcinogénico realizados em Berkeley no final dos

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anos 70 concluíram que "a marijuana é vez e meia mais carcinogénica do que o

o Facto: Não existe um único caso documentado de cancro.

que evita inteiramente os efeitos irritantes do fumo. Porém, o corpo humano ab orve quatro vezes mai ingredientes activo da cannabis e ela fo r fu mada do que se a mesma quantidade for comida. E o preço da cannabi no mercado negro, inflaccionado pela proibição e combinado com everas sançõe pelo seu cultivo) impede a maioria das pessoas de poderem aceder ao Iuxo de um meio de mgestão meno eficiente, embora mais saudável.

'0

Qualquer fumo contém irritantes pulmonare . O fumo da cannabis causa uma leve irritação das vias re piratórias pulmonares mais largas. Os sintoma desaparecem quando se deixa de inalar o fumo. Porém, ao contrário do fumo do tabaOs Estudos Laborato.riais Não Reflectem co, o fumo da cannabis não provoca o Mundo Real quaisquer alterações nas vias r,e spiratórias mais fmas, a área onde a longo prazo Ficou provado em estudos que muitos o fumo do tabaco causa le ões dura- dos carcinogénicos presentes na cannadoura . Adicionalmente, um fumador de bi podem ser eliminados usando um tabaco fumará entre 20 a 60 cigarros por istema de cachimbo de água. Sempre dia, enquanto um grande fumador de que fala à imprensa, asa autoridades marijuana poderá fumar entre cinco e omitem esta informação. Ao mesmo sete charros por dia, meno ainda quan- tempo os politico proibiram a venda de do e encontram disponíveis copas de cachimbos-de-água, etiquetando-os de florescências de alta qualidade. "parafernália para drogas". Apesar de dezenas de milhões de Como se Originam os Boatos americanos fumarem ganza regularmente, até Dezembro de 1997 a cannabis Em 1976, o dr. Tashkin, da UeLA, ennunca. causara um caso conhecido de viou um r latórÍo escrito ao dr. Gabriel cancro do pulmão, segundo a maior Nahas, que participava na Conferência autoridade pulmonar americana na área obre o Perigos Potenciais da Cannabis da marijuana, o dr. Donald Tashkin da Média, em Reirns, França. Esse relatório VeLA. Ele considera que o máximo risco tomou- e a hi tória mais sensacionalizaconcebível para a saúde ocorreria e uma da a emergir de ta conferência mundial pessoa fumasse por dia 16 ou mai negativa obre a cannabi . grandes {(charutos" de folha e copa misIsto urpreendeu Tashkin, que enviara turadas, devido à hipoxía causada por qua e di traidamente o relatório para a excesso de fumo e deficiente oxigenação. c nferência de Reims. Ta. hkin informara a conferéncia de Tashkin considera não existir "qual'» quer razao para as pessoas se preocu- Reim que numa das 29 áreas do pulmão parem com agravamento de enfisemas humano que e tudara - a traqueia - a devido ao u o de marijuana - exacta- marijuana era mai irritante (15 vezes) do mente o oposto do que ucede com o que o tabaco. Este número é porém mig iticante, já que Ta hkin nota igualtabaco. A cannabis é uma planta complexa, mente que o tabac qua e não tem efeito altamente evoluída. O seu fumo contém ne ta área, donde que um ·efeito 15 vezes uperior continua a er quase nulo. Seja cerca de 400 compostos. Deste , 60 poscomo fOI, .a. cannabis tem um efeito posiuem valor terapêutico. A cann abi pode também ser comida. tivo ou neutro na maioria das outras

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TABACO RADIOACTIVO: A HISTÓRIA NÃO CONTADA umar tabaco m ata mais pessoas . anualmente do que a SIDA, a na, o crack, a cocaína, o álcool, os acidentes rodoviários; os incêndios e os assassínios combinados. Fumar cigarros vicia tanto como tornar heroína, apresenta idênticos sintomas de abstinência,e a taxa de reincidência (75%) é igual à de pessoas que tentam "lar/ ou h,eroma. ' gar " cocama O tabaco é de muito longe a principal causa actual de morte evitável nos E. U. Os fumadores de tabaco sofrem dez vezes mais de cancro do pulmão que os não-fumadores, duas vezes mais de doenças cardíacas e têm três vezes mais hipóteses de morrer de doenças cardíacas caso as desenvolvam. E no entanto o tabaco é totalmente legal, e recebe mesmo os mais elevados subsídios concedidos pelo governo americano a qualquer produto agrícola, ao mesmo tempo que é o noSSO maior assassino! Que hipocrisia total! Nos E. U., uma em cada sete mortes é causada pelo hábito de fumar cigarros. As mulheres deviam saber que o cancro do pulmão é mais vulgar que o cancro da mama nas mulheres fumadoras, e que fumar durante a utilização da pílula aumenta dramaticamente os riscos cancerígenos e cardíacos. O negócio do tabaco é promovido com sete milhões de dólares por dia, e calcula-se que a indústria tabaqueira

F

áreas pulmonares. (Ver capítulo 7, "Usos Terapêuticos da Cannabis".) De seguida, em 1977, o governo americano voltou a financiar estudos pulmonares sobre a cannabis, que haviam sido interrompidos dois anos antes, quando Tashkin relatou resultados terapêuticos

precisa diariamente de cerca de mil fumadores novos para substituir os que morrem. Durante cem anos (até 1890) o principal produto agrícola do Kentucky foi o saudável, versátil e útil cânhamo-de-çannabis. Desde então, foi substituído pelo tabaco, uma cultura não -comestível, não- fibrosa e depauperadora do solo, que é cultivado por lei em solo fertílizado com materiais radioactivos. Estudos do governo dos E. U. mostraram que, para os nossos pulmões) um maço e meio de cigarros por dia ao longo de apenas um ano equivale ao ·efeito que tem sobre a nossa pele a exposição a cerca de 300 raios-x ao peito (usando-se o antigo filme lento de raio-x e nenhuma protecção de chumbo para a pele). Mas enquanto um raio-x dissipa instantaneamente a sua radioactividade) o tabaco tem uma semivida radioactiva que afectará os pulmões durante 21,s anos. O antigo bastonário da saúde C. Everett Kopp disse na televisão nacional que a radioactividade é provavelmente responsável pela maioria dos cancros relacionados com o tabaco. Não existe radioactividade nos alcatrões da cannabis. (Centro Nacional de Investigação Atmosféri-

ca, 1964; Ass. Pulmonar Americana; dr. Joseph R DiFranza, Centro Médico da Univ. de Mass.; Reader's Digest, Março de 1986; Bast. Saúde C.

Everett Koop, 1990.)

encorajadores em estudos sobre a relação marijuana/pulmões. Desta feita, porém, o governo limitava as investigações à traqueia. Entrevistámos o dr. Tashkin dúzias de vezes. Em 1986, pedi a sua opinião sobre um artigo que ele preparava para o New

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Engla.nd Journa.l of Medicine) indicando que, em quantidades "iguais", o fumo da cannabis causava tantas ou mais lesões pré-cancerosas que o tabaco. A maioria das pessoas desconhece, e os média não são informados do facto, que qualquer anormalidade nos tecidos (abrasão, erupção ou mesmo vermeLhidão) é designada de lesão pré-canceros3. E, contrariamente às lesões provocadas pelo tabaco, as lesões relacionadas com o THC não contêm qualquer radioactividade. Perguntámos a Tashkin quantos participantes) neste ou em quaisquer outro estudos sobre fumadores crónicos de cannabis, como os rastas, os captas, etc., tinham acabado por desenvolver cancro do pulmão. Sentado no seu laboratório da UCLA, o dr. Tashkin fito u-me e disse: "Es a é que é a parte estranha. Até agora ninguém que tenhamos estudado veio a desenvolver can cro do pulmão". ''A imprensa foi informada disto?" "Bem, o facto é referido no artigo," disse o dr. Tashkin. "Mas nem um único jornalista levan tou a questão. Eles limitaram-se a esperar o pior". Em Dezembro de 1997, voltámos a questionar Tashkin sobre a marij uana e o cancro do pulmão. A sua resposta foi de novo que nem um só caso de cancro do pulmão em alguém que apenas fumava cannabis fo ra alguma vez relatado. Deve recordar-se que há 20 anos Tashkin e outros médicos haviam predito confian temente que centenas de milhares de fumadores de marijuana teriam por esta altura (199 7) desenvolvido cancro do pulmão.

Outro Facto: Beneficios para os Sofredores de Enfisema No decurso de uma entrevista posterior, Tashkin felicitou-me por tê-lo info rmado que a marijuana produzia bons resultados entre pessoas minhas co-

nhecidas quando era usada para tratar enfisemas. Inicialmente, ele rira-se de mim, porque presumira que a marijuana agravava o enfisema, mas depoi de rever as provas descobriu que, ,excepto em ,casos muito raro, a marijuana tinha um efeito benéfico no ofredores de enfisema porque provocava a dilatação dos brônquios. E foi assim que se confirmou o alívio do enfi ema do qual fôramos informados por sofredores desta enfermidade que fuma .am marijuana. O fumo da. marijuana não é o único que é benéfico para os pulmões. Outras ervas, como o estramónio, foram tradicionalmente fumadas para aliviar os pulmões. O tabaco e o perigos que lhe estão as ociados preconceituaram tanto as pessoas em relação ao "fum.o" que a maior parte delas acredita que fumar cannabis é tão perigo o ou mais do que fumar tabaco. Com a pesquisa proibida, estes factos obre a aúde e segurança públicas não se encontram facilmente disponíveis. Em Dezembro de 1997) voltámos a questionar o d.r.. Tashkin, e ele afirmou inequivocamente que "a marij uana não causa nem potencia o enfisema': Além di so) continua a não haver um único caso de cancro do pulmão alguma vez atribuído ao hábito de fumar cannabis.

E ASSIM POR DIANTE ... A maior parte da literatura antimarijuana que examinámos não cita uma única fonte pa sível de confirmação) e a restante refere- e apenas à. DEA ou ao IDA. Os poucos estudos que conseguimos descobrir acabam em geral por er relato de casos episódico, agrupamento artificiais de dados, ou então falta-lhe metodologia de controle) e nunca foram repetidos. Relatos sobre crescimento de seios, obe idade. dependência e outras perturbações continuam por substanciar, e

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merecem pouco crédito à comunidade cientifica. Outros relatos, como a redução temporária do de tozóides, são estatlstICamente InsIgmficantes para a população em geral, sendo porém desproporcionadamente ampliados quando apresentados pela comunicação social. Outros ainda, como o punhado de cancros na garganta verificados na região de Sacramento e o elevado nível de lesões ocorridas numa unidade pós-traumática de Baltimore são aglomerados de dados isolados que contrariam todas as outras estatísticas e nunca foram repetidos. No corpo da literatura científica e médica, os resultados espúrios de Heath e Nahas, e os estudos realizados com ratos

prenhos e macacos na Universidade de Temple e na ue Davis (onde ratos foram injectados com análogos sintéticos do THC em terceiro grau) estão agora desacreditados. Embora estes estudos não sejam usados no discurso científico, pilhas de literatura patrocinada pela DEA e as farmacêuticas sobre os possíveis efeitos a longo prazo destes metabolitos no cérebro e na reprodução são enviadas a grupos de pais como se se tratasse dos mais recentes estudos. Esta informação está ainda bem viva nos relatórios do governo dos E.U., da DEA, do DARE e da PDFA. (Leia-se o relatório de 1982 do NIH; a avaliação de estudos passados feita pela Academia Nacional de Ciência; e o relatório costarriquenho. 1980.)

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ALGUNS ESTUDOS DE QUE O GOVERNO NAO FALA

o ESTUDO COPTA (1981)

Vida Mais Longa, Menos Rugas

Nenhum dano causado ao cérebro ou à inteligência humanos Desde tempos imemoriais, o cânhamo tem sido usado em virtualmente todas as sociedades como tónico laboral, bem como potenciador e renovador das energias criativas. .. (Estudo jamaicano; Estudo copta; Estudo costar. enho' Vedas' Dr 3 Vera Rubin, Research lnstitute nqu ' . ' for the Study of Man; et al..)

Em 1981, um estudo revelou que 10 dos aiores fumadores de erva da América (pertencendo à copta e residentes a Florida) acred1tavam que o consumo de 16 «charutos"* de alta potência longo de um período de 10 anos me as suas faculdades intelectuais. Os coptas foram estudados pelos drs. Ongerlieder e Schaeffer (UCLA), e não revelaram quaisquer diferenças cerebrais relativamente a não-fumadores - nem confirmou qualquer aumento no QI se ' como os captas haVIam preten d'd 1 o.

A maioria dos estudos (comparação entre populações passadas e presentes) indica que - tudo o resto sendo igual um fumador de erva médio viverá mais tempo do que alguém que não consuma quaisquer drogas; terá menos rugas) e geralmente viverá com menos stress sofrerá pois de menos doenças susceptíveis de perturbar o seu sistema imunitário, e será um vizinho mais pacífico. (Estudos costarriquenho e jamaicano, )

ESTUDOS JAMAICANOS (1968-74, 1975)

I

* Um charuto equivale por alto a cinco charros médios americanos.

Benefícios Concretos para os Fumadores de Marijuana O estudo mais exaustivo sobre o hábito de fumar cânhamo integrado num contexto cultural favorável é provavelmente Ganja in Jamaica - A Medical

Anthropological Study of Chronic Marijuana Use, da autoria de Vera Rubin e Lambros Comitas (1975, Mouton & Co., Haia, Paris/Anchor Books, NI).

139

o estudo jamaicano, patrocinado pelo Centro de Estudos sobre Abuso de Narcóticos e Drogas do Instituto NacionaJ de Saúde Mental (NIMH), foi o primeiro projecto a ser empreendido na área da antropologia médica e é o primeiro estudo intensivo e multidisciplinar a ser publicado sobre o uso de marijuana e os seus utilizadores. Da introdução do Estudo Jamaicano: "Apesar da ganja ser ilegal, o seu uso está disseminado, sendo muito elevadas a duração e frequência do seu C01'lSwno; relativamente aos E. U., a ganja tem maior teor de THC, é fumada durante períodos mais longos e em maiores quantidades sem que se verifiquem consequências sociais ou psicológicas nefastas. A principal diferença é que tanto o uso da ganja como os comportamentos esperados são condicionados e controlados culturalmente por uma tradição bem

briu que o u o intenso de ganja reduzia a motivação laboral. Aval.iados psicologicamente, os fumadores pareciam ser mais abertos na expressão dos seus sentimentos, bem como algo mais levianos e sujeitos a distracçôe .ão se descobriu qualquer indício de lesões cerebraj orgânicas ou de esquizofrenia.

Nenhuma Deterioração Fisiol6gica Num conjunto de te tes psicológicos obre utilizadores crónicos de cannabis realizados em 1972 na Jamaica, Marilyn Bowman não de cobriu "qualquer incapacitação rdacionada com prestações fisiológicas, en oriai e perceptuais-motoras, testes de formação de conceitos, de capacidade de abstracção e de estilo cognitivo, e te tes de memória): Estes jamaicanos fuma am ganja entre há seis e 31 Não' se descobriu "qualquer incapacitação r:elacionada com p.r estações fisiológicas, sensoriais e

Atitudes Sociais Positivas

o

estudo sublinha o reforço pOSItiVO que na Jamaica é socialmente conferido aos fumadores de ganja e o elogio universal da prática por parte dos seus utilizadores) que a fumam como tónico laboral. Os utilizadores descreveram os ·efeitos de fuma r ganja como tornando-o mais "es_ pertos': animados, alegres, responsáveis e conscientes. Informaram que fumar ganja era bom para a meditação ,e a con entração, e criava uma en ação geral de bem-estar e auto-afirmação.

Nenhuma Ligação a Comportamento Criminoso Vera Rubine os eus colega não de cobriram qualquer relação da cannabis com o crime (excepto prisões por marijuana), nenhuma debilitação da capacidades motoras, e COD tataram que fumadores e não-fumadores apresentavam idênticos índices de troversão e nenhuma diferença em termos de registos lab rais ou ajustamento social. Não e de co-

pe.r ceptuais-motoras". anos (em médi.a há 166 anos), em média tendo inalado pela primeira vez o seu fumo aos 12 anos e ei meses. o estudo de 1975 comparando utilizadores e não-utilizadores de marijuana) não se de cobriu qualquer diferença nos níveis de testest,erona do plasma, nenhuma djferença na nutrição total, tendo-se re,gi tado um de empenho ligeiramente uperior por parte dos utilizadores nos subtestes de inteligência (estatisticamente não significativo) e constatado que «Um módi o bási o de imunidade mediada pela célula . ( ... ) não era menos vigoroso entr,e o utilizadores (. ...)" Finalmente, no pare -amostra comparados. os utilizadores fumavam, além de marijuana, tanto cigarros de tabaco como o seus colega . E todavia, se alguma coi a, as sua vias respiratórias eram ligeiramente mais audável que as dos eus pare.

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MAIS FRAUDES PROIBICIONISTAS revista Scientific American informava em 1990: "As estatísticas alarmantes citadas pelos proponentes da despistagem de drogas para demonstrar os elevados custos do abuso destas ( ... ) nem sempre reflectem fielmente as investigações nas quais se baseiam. Na verdade, alguns dos dados podiam ser usados para 'provar' que o uso de drogas tem efeitos mínimos ou mesmo (Março, p. 18.) Um dos exemplos apresentados é a estatística amiúde usada que o antigo presidente Bush utilizou em 1989: "O abuso de drogas por parte dos trabalhadores americanos custa às empresas algo entre 60e 100 mil milhões de dólares por ano em produtividade perdida, absentismo, acidentes relacionados com drogas, assistência médica e furto': Todavia, segundo uma avaliação feita em 1989 pelo NIDA, todas essas . alegações derivam de um único estudo baseado numa sondagem de 3700 lares realizada em 1982 . O Research Triangle Institute CRTI) descobriu que os lares onde pelo menos uma pessoa admitia ter alguma

A

"Devemos concluir provisoriamente ou que a marijuana não tem efeitos nefastos nessas vias ou que ela oferece mesmo uma leve protecção contra os efeitos nefastos do fumo de tabaco. S6 pesquisas adicionais poderão clarificar qual dos casos, se algum, é verdadeiro".

Nenhum Efeito de Escalada/Charneira Quanto às acusações Lançadas contra a cannabis de ela ser o princípio da escalada ou a droga-charneira: "O uso de drogas duras é até hoje virtualmente desconhecido entre os jamaicanos da classe trabalhadora - nenhum dos participantes no

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vez usado marijuana regularmente apresentavam rendimentos médios 28 por cento inferiores aos de lares de outro modo semelhantes. Os investigadores do RTI atribuíram a diferença nos rendimentos a «prejuízos devido ao uso de marijuana". O RTI extrapolou então os custos do crime, problemas de saúde e acidentes, chegando a um «custo social do abuso de drogas" de 47 mil milhões de dólares ... A Casa Branca procedeu então a "ajustamentos» relativos à inflação e a aumentos populacionais para concretizar a base da afirmação de Bush. Todavia, a sondagem do RTI incluía também perguntas sobre uso actual de drogas, cujas respostas não revelavam qualquer diferença significativa entre os níveis de rendimento de lares com utilizadores actuais de drogas ilegais, incluindo cocruna e heroína, e outros lares. Assim, as mesmas estatísticas «provam" que o uso actual de drogas duras não resulta em qualquer ((prejuízo", ao contrário de uma única experiência com marijuana no passado distante!

estudo (de Rubin) alguma vez tomara narcóticos, estimulantes, alucinogénios, barbitúricos ou pastilhas para dormir ( ... ))) Na América do final do século XIX, 2cannabis era usada para tratar a dependência de drogas. Viciados em opiácio", cocaína e álcool fizeram tratamento -: bem sucedidos com potentes extractos de cannabis. Alguns doentes recuperaram após terem tomado menos de uma dúzia de doses de extractos de cannabis. 1 De modo semelhante, descobriu-se que fumar cannabis tem resultados positivos no tratamento moderno da dependência de álcoo1. 2

ESTUDO COSTARRIQUENHO (1980) Em grande medida, os resultados jamaicanos foram confirmados por outro estudo realizado em 1980 nas Caraíbas, o Cannabis in Costa Rica - A Study in Chronic Marijuana Use, editado por William Carter para o Institute for the Study of Human Issues. (ISHI, 3401 Science Center, Filadélfia.) De novo os investigadores não descobriram quaisquer danos palpáveis nos fumadores crónicos de cannabientre a população nativa. Os problemas sociais causados pelo álcool, tã.o evidentes em ilhas vizinhas livres de cannabis, não se manifestam na Costa Rica. Este estudo torna claro que) em estando disponível, o uso de ganja socialmente aprovado substituirá em grande medida o uso de álcool (rum).

o MODELO DE AMESTERDÃO Desde que adoptou uma política de tolerância e não-perseguição dos fumadores de cannabis/haxixe, o q ua! está

disponível em café e bares, e programas de reabilitação e reinserção para utilizadores de drogas duras, a Holanda assistiu a uma redução substancial no consumo de cânhamo entre os adolescentes3 e a uma queda de 33% no número de toxicodependentes. A estratégia de, ao respeitabilizar a erva, retirar as vendas de cannabis das mãos dos traficantes de drogas duras foi muito bem sucedida. ( L.A. Times, Agosto de 1989.) Em 1998, apesar da pressão constante exercida pelo governo dos E.V. e pela DEA, o governo hol.andê recu ou-se de forma terminante a r,ecriminalizar a marij uana!

Notas: "Cannabis Indica as an Anodyne and HypnoMattison, J. B., M.D., The Saint Louis Medical and Surgical vol. LVI, nO 5, Nov. 1891, pp. 265-271, citado em Marijuana Medica l Papers, Mikuriya, Dr. Tod. 2. "Cannabis ub t itution: An djunctive Therapeutic Toai in the Treatment of Alcoholism", Mikuriya, Dr. Tod H., Medical Times, vol, 98, nO 4. Abril de 1970, citado em Marijuana Medical Papers, Mikuriya, Dr. Tod. 3. '''Collective Con ience' Breeds Dutch Tolerance", The Oregol'lian, 1989. 1.



CORRUPCÃO . OFICIAL: O CASO CARLTON TURNER Em toda a investigação que este autor realizou sobre a aplicação indevida de fundos públicos, nada, assim parece, se compara com o assassínio totalmente ignorante ou deliberado de irmãos americanos pelos burocratas e políticos citados na seguinte história:

UM HOMEM E OS SEUS ESQUEMAS DE DROGA om inicio nas administrações Nixon e Ford, e continuando sob Carlton Turner (czar antidroga sob Reagan, 1981-86), a política do governo dos E.V. determinou que a marijuana médica federal, fornecida aos programas individuais de

C

marij uana médica dos diversos estados) con isti e apenas da folha da planta de marijuana, embora em geral esta tenha apena um terço da potência da copa e não contenha idêntico espectro completo da "droga crua", p. e., o THC e os CBNs. • De 1971 a 19 o, antes ,d e tomar-se Conselheiro

Especial da Casa Branca (I ia- e czar nacional antidroga), Cailton Turner era o responsá el por toda a marijuana cultivada como droga pelo estado americano, devido à posição qu ocupava na Universidade do M· issipi. O Programa de Investigação da Marijuana d universidade está incwnbido por alvará estadual de descobrir oucat:a1ogar o constituintes do THe - uma droga «rua" imples de cannabis que tem propriedad t rapêuti - , e então sintetizar as Llb tâncias dotadas de propriedades médicas benéficas com vista a criar um máximo de mais-valia para as mpresas fannacêuticas.

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pia contra o cancro que usavam a folha federal não estavam a sentir os famosos "munchies", a estimulação do apetite provocada pela marijuana. E embora não tivessem sido autorizados estudos para comparar a folha com a copa, conhecemos médicos que recomendam não-oficialmente a copa e vêem os seus doentes debilitados pelo cancro recuperar peso (NORML).

por exemplo, comparado com a copa, o alívio da pressão ocular que a folha provoca nos enfermos de glaucoma é muito mais curto, e portanto insatisfatório. Acontece também que por vezes a folha provoca dores de cabeça aos fumadores. Não obstante, até 1986, o governo federal usava apenas a folha. Turner disse às farmacêuticas e em entrevistas que a folha será tudo quanto os americanos jamais receberão - embora a copa resulte melhor. Ainda hoje, em 1998, os oito utilizadores legais de marijuana existentes nOS Estados Unidos recebem apenas uma mistura de folha, ramo e copa. Embora as copas resultem melhor para a quimioterapia, o glaucoma, etc., os ramos podem ser tão tóxicos como fumar madeira. Turner disse em 1986 que a marijuana natural "jamais" será disponibilizada como medicamento, e, em Abril de 1998, a situação não mudou. Excepto na Califórnia, onde em Novembro de 1996 os cidadãoS venceram um sufrágio que anulou os ditames do governo federal na questão da marijuana médica!

Envenenando os Fumadores de Ganza

m Agosto e Setembro de 1983, Turner

Efoi à televisão nacional justificar a pulverização aérea ilegal com paraquat que o DEA efectuara na Georgia, no Kentucky e no Tennessee. Ele declarou que a lição seria bem merecida se um

BUSH ATACA DE NOVO m 1981, o presidente Ronald . Reagan, por pressão do então vice-presidente George Bush, nomeou Carlton Turner para o cargo de conselheiro (czar) antidroga da Casa Branca. Discursando em convenções de farmacêuticas (1981-1986) e do seu órgão de lobby, o American Chemical Manufacturers, Turner prometeu manter a proibição da investigação sobre os 400 compostos químicos da cannabis. Bush conseguiu continuar a supervisionar estas manobras, simplesmente não autorizando a concessão de novos subsídios do NIDA ou do NIH para realização de pesquisas com implicações positivas pelo sector privado ou público, nem aprovando nenhuma candidatura recente da FDA a não ser que busque resultados negativos. Pela altura em que redigimos isto (Jullio de 1998), a política do presidente Clinton continua a ser idêntica.

E

As razões apresentadas:

• As copas são demasiado difíceis de enrolar numa máquina de fazer cigarros. (Não obstante os 25 milhões de americanos que não têm quaisquer problemas em enrolar copas todos os dias.) • A extracção de compostos da «droga crua" contida na copa não dará lugar a patentes farmacêuticas, e pois a quaisquer lucroS. Logo, este programa funcionaria contra os anteriores patrões de Turner, o .a1vará legislativo da Universidade do .Mississipi, e respectivo financiamento. (Entrevistas conduzidas por Ed Rosenthal para a revista High Times; Dean Latimer et aL; Organização Nacional para a Reforma das Leis sobre a Marijuana [NORML].)

Embora as copas sejam mais eficazes para a quimioterapia, o glaucoma, etc., Turner disse que elas "jamais" serão disponibilizadas. Tornou-se também evidente que os padecentes de quimiotera-

143

1

miúdo morresse por fumar erva envenenada com paraquat. A inquirição sobre o potencial terapêutico da cannabis é a forma de investigação mais controlada e desencorajada, mas quaisquer testes procurando efeitos negativos ou nefastos da planta são promovidos. Já que estes testes muitas vezes têm resultados opostos aos esperados, ou são inconclusivos, até mesmo este tipo de investígação é rara. Turner citou ''A Ascenção e Queda do Império Romano" para mostrar como os cantores de jazz (rock) estão a provocar a erosão da "sua" amada América através desta droga alucinogénica - a marijuana! - , a qual tenciona erradicar. Kits de Paraquat Falsos

m durante a vaga de pânico provocada pela marijuana mexicana enveE nenada com paraquat, e enquanto era ain1978,

da um cidadão empregado na quinta de marijuana do estado do Mississipi, este mesmo Carlton Turner telefonou à revista High Times para colocar um anúncio de um detector de paraquat. Turner ignorava que a High Times estava a recusar todos os anúncios de detectores de paraquat porque toda a evidência mostrava que eles não funcionavam. Dean Latimer - na altura editor associado da High Times - empatou Turner durante um mês em conversas telefónicas quase diárias, ouvindo-o gabar-se do dinheirão que ia ganhar com as vendas do aparelho. A High Times queria ver uma amostra. Quando Turner lhes entregou o seu protótipo do kit detector de paraquat, constatou-se que se tratava de uma fraude completa, "exactamente igual a uma dúzia de kits falsos que outras companhias tentaram anunciar nesta altura," escreveu Latimer num artigo publicado em 1984. Aparentemente, Turner nunca pensou que a High Times fosse ética bastante para verificar o dispositivo, assumindo que se limitariam a enfiar o dinheiro no

bolso, imprimir o anúncio e torná-lo um homem rico. Turner não queria saber se algum miúdo morresse ou fosse espoliado do seu dinheiro por acreditar no seu falso kit detector de paraquat. Na sequência desta tentativa de fraude postal, em 1981 este homem tornou-se o czar nacional antidroga do presidente Reagan, por recomendação de George Bush e Nancy Reagan. Um Desprezo Completo pela Vida

urner chegou mesmo a dizer que não se importava se centenas de miúdo morressem por fumarem erva deliberadamente pulverizada com paraquat pelo governo. Então, em 25 de Abril de 1985, na conferência da PRIDE [Instituto de Recurso para a Educação Familiar sobre Drogas], realizada em Atlanta, Georgia, na presença de Nancy Reagan e 16 primeirasdamas (incluindo Imelda Marcos), Turner pediu a pena de morte para o narcotrafican teso Afinal, Turner era o pistoleiro contratado de Reagan, Bush e as farmacêutica e considerava que a sua missão não era lutar contra a heroína, o PCP ou a cocaína, mas sim exterminar a erva e a música jazz/rock ... Carlton Turner foi forçado a demitir-se após a Newsweek o ter desancado violentamente num longo editorial publicado em 27 de Outubro de 1986. A sua demissão era inevitável após ter sido satirizado no Washington Post e outras publicações como nenhuma outra figura pública em recente memória, devido à suas conclusões (proferidas em discurso públicos) de que a marijuana causava a homossexualidade e o colapso do sistema imunitário e, pois, a SIDA. Turner demitiu-se em 6 de Dezembro de 1986. Aquilo que normalmente teria gerado manchetes de primeira página foi enterrado nas páginas traseiras durante o escândalo Irão-contras.

T

144

.· M

COMPARAÇÃO COM O ÁLCOOL

uitas drogas de são A pior de todas é o . álcool, tanto em numero de utilizadore como deVIdo ao comp rtamento anti-social que é associado ao seu uso extremo. O alcoolismo é a prin ipal au a de morte entre os adolescentes; 8000 adolescentes americanos morr'e m tod o ano e 40.000 ficam por misturarem álcool com ondução automó el (MADD, Mães Contra o AlcooI ao Volante; SADD, Estudante Contra o AI 1 ao Volante; NIDA, Instituto Nacional de Abuso de Drogas; etc.) Na verdade, as estatísticas do governo e polícia americanos confirmam t estranhos números: A mortalidade causada pelo uso de álcool é 100.000 pe oa anualmente, comparada Gom zero mortes causadas pela marijuana em 10.000 ano d consumo. Entre 40 a 50% de todo os assassínios e mortes na estrada rela ionam- e, om o álcool. De facto, as mortes na estrada ligada ao álcool poderão chegar a 90%, segundo os jornais Chicago Tribune e L.A. Herald Examíl1 r. O álcool é também referido na maioria (69 a 80%) de todo o ca o de iolação, ou incesto envolvendo crianças; a. violência doméstica é na ua grand maioria. (60 a 80%) intluendada pelo álcooL A heroína é referida em 35% dos roubos, assaltos à mão armada, a salto ,a bancOS, furtos de automóveis, etc. Em 1997, nos E.U. fizeram-se mais de 600.000 prisõe por impl poe d marijuana, o Relatório sobre o Crime Uniform. publicada pela AgênCIa Federal de Inv;estlgaçao [FBI] do Departamento de J'u tI a d . .U.

Empresa de Testes à. Urina ' .. pós a sua demissão, lhrn , er fez uma sociedade com Robert DuPont e o A. antígo chefe da NIDA, Peter Bensinger,

visando dominar o mercado dos testes à urina, firmando contratos de consultadoria com 25 0 das maiores empresas para desenvolver programas de prevenção e despistagem de drogas e de te te à urina. Pouco tempo depois de Turner deixar o cargo, Nancy Reagan recomendou que nenhuma empresa privada fosse autorizada a negociar com o go erno federal sem ter implementado uma política de pureza urinária para demonstrar a ua lealdade. Assim como G. Gordon Liddyt s enoperacional da administração Nixon s escutas e arrombamento da ede do partido de:ocrata no edifício Watergate em 1972 . (N. do T. ) t

volveu no ecto! da eguran a high te h empresarial apó ter caido em de gra a Carlton Turner tornou- e um bomem rico investindo naquilo que io a t rnar-se uma indústria ernxpan ão: testes à urina. Este tipo d actividade nega o dir it básicos que ternos à privacidad à pr tecção (ontra a autoincriminçã (Quinta Emenda) e a vigilância e confi não-fundam ntado )' à pr unção d in cência atéer provada a no a. ulpa. A ubmi ão humilhante que 01:1 titui termo a nos a parte e fun õ mal intima o ervada. p r um voy, ur contratado é agora o te te d eligibilidad _ para e a inar umontratoem tr .CtII d um rd nado. O novo e quema d Turner para fa z r dinheiro ,exige que todos outros am ricanos abdiquem do eu direito à privacidade e do seu re peit pr prio.

145

Ilustração de Marga Kasper J Les/ie Cabargo.

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o RElVAI NU

ALTERNAT:IVAS À PROIB,ICÃO . Em conclusão, constatamos que a l'ostura antimarijuana das autoridades é tecida de refinados mentiras. Neste capítulo, começamos por fazer luz sobre algumas investigações que os autoridades preferem que as pessoas desconheçam, abordando então algumas alternotívas ,realistas. Mas primeiro, uma curta fábula:

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di a fin-

and

A HISTÓRIA DO REI QUE SE PASSEOU NU (Parafraseado do Conto de Fadas de Hans Christi an Andersen,)

avia outrora u m rei muito e va i, . doso que cobrava pesado illlp t dos seus súbditos de forma a cu tear o seu guarda-roupa a partir dos mais dispendiosos teCIdo . Certo dia chegaram dois vigari ta que, apresentando-se como renomados alfaiates de uma terra longínqua, olicitararn ma audiência com o rei, durante a qual U . h lhe contaram que tIn am 'mventa d.o um n ovo e fab uloso . tecido, feito de uma fibra,. de ouro m Ulto cara que apena as mal uras e sábias pe oas eram capaze d p ver. Excitado, o reI, ped'lU para v r uma mostra. e os homens mostraram-lhe UTI1 a lh carreto vazio, « ach al' imar a ' o o.7" perguntaram ao reI. . ' .' O rei concordou, receando adnutu ue nada via, poi is o ignifi aria que q a uma pessoa apática e e tÚpida. er d O rei lembrou - e então e te tar o eu rninístros. convocando-os para a sua opinião. Uma vez que lhe fOI exph ada a magia do tecido, todo cone que e tratava facto do melhor mat maravilhoso tecldo do O fei orden u que a malor part do ouro do tesouro real fo se entregue ao supostos alfaiates para e te o tran formareIIl em fio. Os hom en começaram a tra-

r

! di'

. u urra am uma

147

utra

ra a

lan a.

as palavras do rapazinho espalharam-se A MORAL DA HISTÓRIA É: entre os súbditos do rei. Não basta denunciarmos os actos frauTodos - ministros, guardas e povo perceberam então que o rei e os seus mi- dulentos e a manipulação dos factos levanistros haviam sido enganados por escro- dos a cabo pelo Rei (o governo dos E.V.). ques, e que estes não apenas os haviam Os seus guardas (o FBI, a eLA, a DEA, etc.) enganado, mas tinham gasto nesta farsa são poderosos demais. É tal o receio que sentem de ser vergonhosamente desmascatodo o dinheiro dos impostos. O rei ouviu as pessoas rir e murmurar. rados que usam incessantemente o seu poSabia que elas tinham razão, mas o seu der (financiando a maior parte das orgulho impedia-o de admitir que se en- cruzadas antidroga das Nações Unida e ganara e fizera figura de idiota. De modo mundiais) para comprar obediência meque o rei se empertigou todo e, do alto diante suborno e intimidação (ajuda exterdo seu nariz, fitou os guardas, até que na, vendas de armamento, etc.). Os cidadãos americanos que se atrecaptou o olhar de um deles. O guarda, olhando nervosamente em vem a pronunciar contra esta tirania são redor, consciente de que este vaidoso rei muitas vezes difamados como ((drogado » os, po dd en o ser ameaçados podia mandar encarcerá-lo ou mesmo ou « passa d" com a perda dos seus empregos, rendidecapitá-lo, evitou os seus olhos e fitou o mentos, famílias e hachão. Então outro guarda, percebendo que o seu - - - - - - - - - - - - - - veres. Se quisermo vencer, devemos cracolega deixara de rir, O governo federal e o var repetidamen.te Supremo Tribunal dos E.U. assustou-se e baixou uma estaca no coração também os olhos para o estão a minar rapidamente das mentiras propalchão. Num instante, toas nossas liberdades tal adas pelas autoridos os guardas, ministros como descritas na Carta dos dades, martelando-a e até mesmo as crianças Direitos. Mais do que implacavelmente com que fingiam transportar qualquer outro crime, a os factos concretos. S6 o real manto feito de tecimarijuana tornou-se o assim derrotaremos do de ouro invisível, olhapretexto principal para nos mal perpetrado por vam fixamente para o serem retirados os nossos este imperador insenchão. direitos constitucionais sível- as leis injustas Vendo os ministros e garantidos. ______________ sobre a cannabis. E, se os guardas, que há um tal for necessário para momento atrás estavam a rir do rei e agora fitavam o chão, libertar o nosso povo, devemos estar tremendo como varas verdes, as pessoas preparados para prender estes facínoras! deixaram de rir e não tardaram também a A ANALOGIA LÓGICA baixar as cabeças. Até o rapazinho que inicialmente exizemos que as leis sobre a marijuaclamara que o rei ia nu, vendo todas as na/cânhamo são como as roupas do pessoa crescidas à sua volta, e até rei! À imagem de tiranos e proibicionismesmo o seu pai, tão assustadas e subju- tas do passado, este rei depende de força gadas, baixou a cabeça cheio de m,edo! bruta, intimidação, medo e um virtual Então o rei, empertigando-se de novo, estado policial para manter o seu reinado anunciou aos seus súbditos, enquanto autoritário e despótico, enquanto sangra marchava através do seu reino: "Quem se o tesouro federal, desmantela todos os atreve a dizer que estas não são as me- vestígios da Declaração dos Direitos e lhores roupas que há?" aprisiona almas inocentes.

D

148

o

nosSo grande país foi fundado sobre o princípio de que cada possui "direitos inalienáveis» "à vida, à liberdade e à busca da felicidade': e cada pessoa tem a r:esponsabilidade de conservar estes direitos ao lançar o seu voto individual. Os funcionários ou executivos do Governo dos E. U. estão a cometer ilícitos c:ri.minais ao dirigirem ou conspirarem para lançar deliberadas campanhas de desinformação, omissões e mentiras descaradas financiadas com os dólares dos nossos impostos. Na questão da cannabis, Ronald Reagan, George Bush, e agora até Bill Clinton, têm desempenhado o papel do Rei. poderíamos acrescentar que Nancy Reagan desempenhou o papel da maléfica e Unplacável Rainha de Copas da Alice no País das Maravilhas de Lewis CarroU, a qual decretou - "sentença já, veredicto mais tarde!" Os czares antidroga passados, Carlton Turner, William Bennett, Bill Martinez, Lee Brown, e o presente, general Barry McCaffrey,t têm desempenhado o papel de conselheiros do Rei, todos sustentando a falácia do «puro tecido que apenas os mais puros olhos conseguem ver," o qual foi fabricado por AnslingerlDuPont/Hearst e os seus malevolentes burocratas. Os czares antidroga sãO' agora apoiados por empre a de

energia, farmacêuticas, produtores de bebidas alcoólicas e cervejeiras, prOD sionais de reabilitação e despistagem de drogas, polícias, guardas prisionais construtores de prisões - tudo gente com amplos interesses financeiro m jogo motivações dignas de um estado poli ial. Quando funcionários do governo do E.U. agem ou conspiram deliberadamente desta forma - ejam eles o pre idente, o vice-pre id nte, o czar na ionaI antidroga, o director do FBI ou da elA - ., eles deviam ser presos. E, numa sociedade americana honesta, eles seriam r sponsabilizados pelos 14 milh.ões de anos a que já condenaram tanto americano pelo ({crime" de po uírem erva. As nossas burocracias federais e o upremo Tribunal dos E.U. e tão a retirar-nos rapidamente as nos a liberdade tal como elas ão con agrada na Declaração dos Direito (redigida em papel d cânhamo). O cânhamo/marijuana tornou-se o principal pretexto para no erem retirados os nossoS direitos ontitucionais garantidos - mais do qu todos o outros crimes, acçõ s políticas, r beliões, greves, levantamento gu rra combinados dos últimos 200 ano ! E a erosão de liberdades básica mai grav ainda nos no o paíse sat lit da América Central e do Sul, uj líder agem instigado pela Am ri a.

.A

hora de irmos para o prelo (final d Março d zoo1), a nova administração de W. Bush ineIa não empossara um novo czar antidroga para a . bstituir o da admini tração Iinton. em qu r que o faça, em cujo caso o acto ignificaria ontade de retirar énfase à politica de "guerra às que está a sofrer enorme onte tação. ja omo for, o mais forte candidato a.o lugar Jim czar antidroga da Florida, tado d ue o irmão de Bush é governador, um "duro" que q ropôs a da na FI ri,da u o· agentes blOlóglcos, e mcentlvos financeIro para as empresas fazerem despi tagem de droga a empregados. (N. do T. ) t

149

Em Conclusã,o:

AS VERDADEI,RA ,C O' Q ,U DA PRO'l S,I Ç ', 0

Ao

1

uand a DuPont n g rant qu lh r graça a ela teremo « ida Atravé da não no diz que e e tado de coisa durará ano, findo o qua" t d morrerá em eu ben fic" . A Inglaterra e a Holanda a tratar s utilizad d gai como eres huma -os abastecido com quantid de ciente de medicam nt de m d perturbarem a ct" idad d Esta política, qu le arem vida d

Q

TECH

Br. 1996.

droga e obrigado a trabalhar cland tinam en te para a D EA, vi ando especificamente incriminar Elders) a adquirir-lhe uma pequena quantidade de cocaína. filho de Elder , que não tinha antecedentes conhecido de tráfico de drogas, D i recusando, ma acabaria por ceder perante a pressão constante do amigo. O governo só revelou inforrnaçõe sobre esta tran acção ao fim de ei me e , quando pôde u á-la para chantagear directamente a bastonária da aúde Elder para obrigá-la a retractar a sua posição obre a cannabis médi. Ao invé , recu ando er ilenciada, demitiu- e. Com tácticas tão aradamente de onesta ,a DEA está a pro irnar-no , d'a a dia, do pesadelo de rito p r OrweH em 1984. Um pó -e crito: na altura em que redijo i to, o jovem Elders aguarda o resultad d um r cur O fundamentado na sua incriminação deliberada ,

- ÂNNUAL. CONV&NTION .... VICTIM Dr

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DESPERDiÇANDO OS NOSSOS IMPOSTOS

de 50 %, de todas a verba fedenu e· tatal ga ta na repressão de droga durante os últimos 60 anos foram dirigida contra a marijuana! ntr 70 e 80% de toda a pessoas que agora e encontram em prisões federais, e taduai ou municipais americanas não e teriam enc ntrado nelas enquanto crimino ainda há apenas cerca de 60 ano. Por outra palavra, nós, na nossa ia xenofobia (in piradas por An lmger Hear prendemo aproxi-

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151

,FACTOS SOBRE O CÂNHAMO-DE-CANNABIS SUPRIMIDOS PELO SMIITHSONIAN evia. notar-se que, embora entre 50 a 80% d todo o pap 1e tecidos fibrosos exibidos nas suas exposições "A Vida na América: De c. ]780 até c. 1800" e "Exposição Marítima Americana, 1492-1850" fo em feito de cânhamo, a Smithsonian Institution retirou todas as referência ao cânhamo-de-cannabis tal como ele era usado na confecção de papel 1e têxteí ) referindo- e-lhe apenas como "outras fibras': enquanto o algodão, a lã, o linho, o i ai, a juta, o cânhamo-de-manila, etc., são especificamente nomeado. Quando foi questionado sobre este tópico. o curador do museu. r. Arkadero. deu a seguinte resposta: ('As crianças já não precisam de conhecer o cânhamo; ele causa-lhes confusão': e o director do Smith onian di e que muito embora o cânhamo fosse a fibra primária, «Nós não somos um museu de fibra ': Não referiu de que forma se determinara que a criança preei am de conhecer as fibras menores que foram cultivadas ao longo da hi tÓrÍa americana. Será que as perguntas inocentes das crianças obre o cânhamo e a marijuana estavam a causar desconforto aos guias do museu mithonian? E numa carta datada de 20 de Junho de 1989, o secretário da in ituição, Robert McCormic Adams, escreveu: "Não Gonsideramo que das nossas tarefas Iao apresentar estas exposições] faça parte uma catalogação das fibras outrora utilizadas na América': "Mas por vezes este critério leva os curadores a referir os nomes do tecidos - tais como o linho, a lã ou O sr. Adams devolveu-nos exemplares deste livro e do filme pró-marijuana que o governo dos E.U. realizou em 1942, Hemp for Vícto.ry apar,entemente sem ter revisto nenhuma da informação neles contida ..

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madamente 800.000 das 1,2 milhões de pessoas que se encontram em prisões americanas (em 4 de Agosto de 1998) por crimes que eram, na pior das hipóteses, hábitos sem importância, até à Lei Harrison de 1914 (através da qual o Supremo Tribunal deliberou em 1924 que os viciados em drogas não eram doentes, mas sim vis criminosos). Oitenta por cento destas vítimas da ((Guerra às Drogas') declarada pelo governo não traficavam, tendo sido encarceradas por simples posse de droga. E este número não inclui o quartO' de milhão de pessoas adicionais que ,estão detidas em prisões regionais. Lembrem-se que, há apenas 20 anos, em 1978, antes da "Guerra às Drogas': havia

apenas 300.000 P oas nas pri ões americanas por tüdo o crimes combinados. Alguns pregadores radiofónico e televi i o atiçaram a hi teria, chamando «satânica e vudu" à música rock e associando-a. à cultura da droga. Rs a gente quer proibir o rock,. queimar di cose livro , e prender todo quanto di cordem dele . O me mo deseja Carlton Turner. O me mo deseja Lyndon LaRouche . O mesmo deseja William .Bennett. O mesmo deseja o general Barry McCaffrey; Durante as última trê geraçõe) a propaganda e a mentiras de Hearst e Anslinger foram implacavelmente enfiadas pelas goelas dos americanos abaixo como e fo em inconte távei . verdades ,evangélicas - re ultando num maciço

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Placidyl, além de estar disponível, era acessível aos seus rendimentos. O Placidyl estava também bem etiquetado quanto a pureza e dosagem, enquanto as pessoas viciadas em drogas proibidas devem desenvencilhar-se com "panflos" (sacos de droga) contendo substâncias cuja pureza - seja ela 5% ou 95% - é desconhecida. A grande maioria das sobredosagens de droga deve-se a este factor de pureza, que não é conhecido) regulamentado ou etiquetado. O governo reconhece que 80% das sobredosagens de drogas ilegais seriam provavelmente evitadas com etiquetagem e avisos apropriados.

sorvedouro de dinh iro dos contribuintes, o qual é aplicado na construção da máquina antidroga do governo. E virtualmente todo os estados encontram-se a meio da maior expansão prisional da sua história, enquanto butres políticos, preocupados apenas o crescimento das suas indústrias prisionais ou a segurança dos seus empregos, exigem a construção de mais risões ainda, bem como a expansão das p . ' . bases tributável com vlsta a prossegUir sta loucura de "lei e ordem" que está a e r dirigida contra d el ltos ' . antenormente se . . insignificantes ou mesmo meXistentes.

CRITÉRIOS DUPLOS o s anoS 80, quando William Rehnquist, o principal juiz do . Tribunal do E.U. (agora é bastonáno da 'ustiça), "passava pelas brasas" no tribuJ aI _ e enviava outros drogados para a n isão por causa dos seus maus hábitos ele estava a alimentar um vício de doses de Placidyl por dia, o equiva01 c . nte em dólares, « pe dra " e eleito menta.1 1e . de h ero í na " pesa.do" de 70 a oro VÍCIO a25 dólares diários. 1 O Placidyl, primo do Quaalude, é coe CIdown, " ,hecido por provocar um lorte nodo popular nos meios da droga devise ' 'd do seu ,c . do à natureza P,laCl, A. dependêncla flslca e os en . " s do uso das droga legaIS Placldyl, tal d etc., sao - ' 1 Dilaudad, Quaa1ue, ente idênticos aos dos amaldlçoados J1l. . ' itúricos, pIO, mor filna e h ' eroma. b ar b ErIl essência, eles perturbam o equ b ro de "endorfinas" (receptare e anuladores de dor) do corpo. . . Rehnquist, de quem e diZia que Pladdyl muito, em excesso dos rm ais , não tmha porém n cessldade roubar lojas de bebidas, assaltar fisica:ente os seus concidadãos, ou cometer ualquer ,dos atnbUld.os aos Junhes. 'o seu VÍCIO era fáCIl de manter porque o

UMA POLíTICA BASEADA NA IGNORÂNCIA

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o decurso das pesquisas que fizemos para este livro ao longo dos últimos 24 anos, conversámos com, e questionámos, s nadares, legisladores, juízes, agentes da polícia, promotores públicos, cientistas, historiadores, vencedores do Prémio Nobel, dentistas e médicos. Todos conheciam fragmentos da história e dos usos da cannabis) mas virtualmente nenhum conhecia a marijuana em profundidade e na sua totalidade, à excepção de investigadores médicos que há muite estudavam a planta, tais como Ungerlieder e Mikuriya, entre outros, e de articl:.listas como Ed Rosenthal, Dean Latimee o dr. Michael Aldrich. Por exemplo, há 15 anos atrás, nurL2. grande recolha de fundos para ê.. NORML realizada na Califórnia em 1983, falámos em privado com o então líder da maioria no Senado, Tom Rutherford, do Novo México. Rutherford era um destacado político pró-marijuana desde há uma década, sendo à época provavelmente a autoridade eleita melhor familiarizada com a questão da marijuana nos Estados Unidos. Perguntámos-lhe por que razão o governo não se decidia a

15.3

legalizar a marijuana, em e pecia! de id obre ela m t ra tudo quanto abíam mos médico) indu triai e hL t6ri Ficámo ho ado quando le r p ndeu que, tanto quant abia nã h via qualquer argumentaçã a fa r da I alização da marijuana. e c pto impJ mente de forma aaca ar om a I u ma que é criminalizar aquilo que na pior d hipóte es é um ilícito men r. De modo que]h re umimo ,e ntu ia ticamente o facto e toda a hi t6 ia do cânhamo/marijuana. alculando u já dev'"a ter ouvido parte dela. ' a Ruth rFord ficou literalment de o a ab rta com as coisas qu e tava a uvir p la primeira vez. uand a abám , dis e: «Se eu estives e na posse de e dad organizados e d cum ntado tal como vocês acabaram d o expor, o g erno a polícia e o si tema judicial deixar.i am d per eguir a erva>: «Mas isso será me mo e dade?" acr centou. Isto pa ou- e em Pev,e reir de 19 3. Aqui e tavam político american u literalmente não abiam a t nt sobre o cânhamo para encher om g neralidade uma única página d um livro, alguns do quai r nunciaram a cargos públíc na era "diz não a dr de Reagan, ante de terem apr ndido o sufici nte para apoiar publicam nt, o cânhamo/ marij uana. Ma agora ão muit qu m que o cânhamo é potencialmente o principal produto agrícola da .erra, qu a leis actuai ão totaIment inju tifi _ i. e que a po ição do govern no t ante à ganza é completamente falsa in paz aguentar a luz imple da v rdad , J

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o QUE É .A. LEI? ((Todas as leis ,cuja viola ão nã'o' ,oau â danos a terceiros são motivo de chaco-

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pinosa ( . 1660,) Proibir a marijuana é abd'car da . no as liberdade , das liberdade do

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fumou m ariju na?" ate re p ndeu, «É tarde d emai. Uma v z que tenham fumado um cigarr de marijuana. perder»* mo- I s p ara- mpre. Esta pa lavra exa tas fi mm tamb m usadas p elo prom lor púbH cl c ndad d e L s Angele , Ira Rein e r, na ua c mpanha de 1990 para pro ura d or-geral do estad . Reiner perdeu a eleição.

Algun me e dep i então procurador-geral da Califi mia, John Van de Kamp, suprimiu um relatório, datado de 17 de Ago de 990, pelo . u próprio d: on elhelros e qu 1ostava à reJegalizaçao do cânhamo. Em 5 d Setembro, Gates testemunhou perante o ConU té Judiciário do enado dizendo que fumadores de erva d viam er "detidos e abatido ". ustentou ta po -ição durante qua e um emana, até que um. pro te to público a sua demi O forçou a modlfi ar u comentáno para uma x rtação no entido de rem penalidade mai evera ao fumadores. O antigo zar antidroga William Bennett di e: "O únicos problemas que tenho com a decapitação de utilizador s de marijuana sã d - ord m legal': um Iegi lador Mi sissipi declarou em 1998 ql1,e o ca ugo p r u o de marijuana devia incluir a de mãOS, braços, pé e p rnas (a éno!) . . Em 3 de Março de 1991, o mundo ficou chocado ao er informado de que os ,agentes de Gat eram de facto capa.zes des e t ipo de ç mportamen os brutaIS e odientos, quando foi r velado um vídeo mostrando p li ia d Los Angele a espancarem . selvaticam nte King (acusado de exces o velocIdade e tentativa de fuga) ,. Po tenormente, um te te à sua urina revelaria ve tígios de TH C. Gates continuou a apoiar . eu agent desde o e pancall1ento até à altura dos I

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motins. ". Reiner i praticam nt a únJ a autoridade oficial a ap iar at publicamenl'e.

En1 Julho de 1998) o czar antidroga Barry M affrey, em ão recolha de dado - pela Hur pa, Juntou o ln ulto à

ignorância ao proclamar a um público de Estocolmo: ''A taxa de assassínios na Holanda [onde as drogas "leves" são tratadas como um produto legal] é dupla da do E tado Unidos ( ... ) São assim as drogas". a realidade, a taxa de assassÍni s é 8, 2 por 100.000 nos E.U., e 1,7 por 100.000 na Holanda, menos de um quarto da taxa americana. Este foi apenas o último caso da caricata desinformação propagada por McCaffrey. Em Dezembro de 1996, por exemplo, os média citaram-no como tendo dito:" ão há o mais leve indício de que a marijuana possua valor medicinal" ...

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CONCLUSÃO

om base na informação fornecida neste livro, exigimos um fim da aplicação desta leis proibicionistas. Todas as leis relativas ao cultivo da planta de cânhamo devem ser eliminadas dos estatutos, incluindo o Tratado da Convenção Única das Nações Unidas de 1961, na assinatura do qual Anslinger representou os tados Unidos. Embora tenha sido forçado a aposentar-se por um presidente Kennedy incomodado com as palhacices que fez na convenção democrática, o legado de mentiras e falsidades que Anslinger deixou está bem vivo em 1998. A a autoridades devem um pedido de desculpas a todas as pessoas que cumpriram penas de prisão relacionadas com cannabi (até agora 14 milhões de anos em tempo agregado), que tiveram de enfrentar os tribunais, que viram. as suas educações, famílias e profissões despedaçadas, e muitas vezes as suas vidas destruídas. Devemos também um pedido de desculpas a docentes, polícias e juízes honestos mas ignorantes, por não termos tido a coragem de erguer a voz e educá-los. Mas não são devidas desculpas aos líderes empresariais e governamentais que, motivados pelo lucro, agiram ilegalmente de forma a censurar e refutar a verdade inegável do cânhamo.

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o QUE A JUSTiÇA EXIGE

po j ei que o cânham -de- annabi de facto a planta que denigram ,com o n ome d alã d qu' oro o de marijuan . Em 4 d Junho de 1997., no a ampament do Encontro aci n ] d R inb \ realizado no. le te do r numa rO de a thri ta: da marijuanalânham incluindo u própri • fa H · rer, ntraram om a erba _ 'ria para contratarangariadore maturas para um refi r ndo de tinad a iro dir que a marijuana fo e T rUninalizada O Or Ol1ian d Portland o mai r' mal d re OD predi e inicialm nt ·) a p rtir d ,n dagen que

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realizara, que perderiam p r uma marem d 2 a 1. 11 . je tivera ang n. ar as inatura ufi 1 nte , cerca de ga no 87 dias eguinte ,de nua a 1 0 ooo 0.' . . . lar v to d legl latura a a matura anU d . do g v rn do:, m.ant n . a 1m. a_ an· 1" descrimmal zada at à 1 l o d nab mbr de 199 . Or gOt1 7al1, ' o Ove d' , . maior jornal d g n, pre 1 se . nglnahn ente , ba ead na ua ndagen r uma margem ue nós perderíamo qd para l!a realidade, .a nhám s por ez , arg m d 2 para I, derr tan d a uma m ecrÍJ1linalização. , r EJn 2 de N v mbr de]9 9, o el Itorad d Maine aprovou P r u? , ad 61 por c nt a g ore . leitora] de tinada a a manJuaédi a n tado medIant a recoe na 01 . A .. ão de um. línt o. marijuana daç !UeO d médica é ago a legal m to a a o ta oeste. a C ta Le t m a a eguir-Ih eJ1l pl o ex 'N Ala ka,

cam panha"L'b I ·· ertem o °hamo no Ala ka", lid rada p r Al AnCâo . 1 b:.' d N ers, apr entou 11 .e .1 e . d bro de 2 00 uma UlIClatlva abran br cann bi /cânhamo/marijuagel! . qual legalizaria c m letaJuente tona, us medicinai e nudO" .' d a- ann 1 o u u pe' -onal tr1ct religi li r reati o p r parte d soa 'to, m qualqu r 9uantidade por ada1 er m tiv, lmultan am.ente, 1qu . 'á . q• U a-+ ria da c deia p mt nIna tohbeJ.La o prí 1" n lf p .r anna b'1, anudo. _ s regime d P n u pen a li a Lart ndi j nal p r qualquer rid lib erd a .. _ ão- vi, lento lacionado· m maff!.e an3 n limp nd r gi t riminal n}U , a. ntr gu m 7 d J ne'r desSas oP a p i ã Di , rtificada incluí,. . " d d e zoo lebi ito marca para . lnlClO . e da 11 de 20 . ab a I Itorado do Feverelr. .b d t . .ka decidlr em vem · r e 2000. Alasro 25 d ril de 2000, en d d . . 1.at'va foi d rf tad , om 41% d t A 1(11 otr. (N. do .) filV' c e 59

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Havai aprovou uma lei visando eliminar a nível e tadual as sanções criminais contra pessoas seriamente enfermas que usam marijuana com a aprovação do seu médico. É o primeiro uso deste tipo a ser promulgado pela legislatura de um estado ao inv' s de uma iniciativa eleitoral, O Governador do Havai, Benjamin J. ayetano, promulgou a lei em 16 de Janeiro de 2000.

SENSO COMUM É TENDÊNCIA MUNDIAL

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m 6 de Julho de 2000, o parlamento português votou no sentido de descriminalizar o consumo de drogas ilegais tais como a cannabis e a heroína, e tratar os utilizadores de drogas como pessoas enfermas carentes de ajuda médica. Até agora, as pessoas condenadas por posse de pequenas quantidades de drogas para uso pessoal podiam ser condenadas até um ano de prisão. A Espanha e a Itália já de criminalizaram o consumo e posse de pequenas quantidades de drogas. Na América, embora a nível estaduaJ e tenham verificado mudanças legislativa obre a marijuana médica, aparentemente a implementação e interpretação de tas mesmas leis está a ser feita a ni el municipal. Cada município parece e tabelecer o seu próprio nível de tolerân ia e parâmetros de acusação. Por exemplo, apenas na Califórnia, temo condados como Oakland permitindo o cultivo de 144 plantas, Arcata 44 plantas, Tehama 18 plantas, lista esta que e prolonga quase indefinidamente. De de a aprovação da Proposta 215 na Califórnia, as detenções de utilizadores não-médicos de marijuana por posse e cultivo aumentaram 12% relativamente aos elevado níveis anteriores, os quais já haviam batido todos os recordes. Os enfermos continuam a ser perseguido em virtude do medicamento que escolhem. Eis a história de um amigo meu. Estou certo de que todos conhecem

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hi tória emelhant . Porqu guição do inoc nte conlinu »d mo deÍl nder o n dir it mudando leis.

A QUALIDADE DE VIDA I ÃO DEVE SER EGAOA AOS DOENTES E MORIBU DOS!

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actualment cumpr u cincO an enquant aguarda . te ultado d um r ur judi ial. Além di s . em Julh d 199 , edi or de dd , et r MWilliaJJ1S, aut r de 35 li r (in dos. quai fi uraram na li ta do m-ai vendid d N w York Times), qu pa e i d I A ancrO d de 199 ) fi i tamb m pr pela A aJ gadament p r conspirar para ub idiar a "op raçãO" d mariju na d odd, produzindo-a c m inten ã de a 'v ender a club de mpr d r u 1 - ca a aculocais, tudo saçÕ e f em rd d ira teria con tituid a ua prerrogativa legal n int ri r d e tado foram atribufdos actos violentos à da Califórnia. Ma M Williams marijuana. © 2000 John Jonik. afirm u p remptoriamente qu nunca cultivara marijuana n m postas p ara a ua libertação condicional. realizara lu r m a venda d um único A qualIdade de vida não devia ser negada charro, o U í ' nfirmad p r t d aos doent s e moribundos! seUS as ociado ) e m m p r inimigo Em 9 de Ago to de 1999, a DEA solicitou à Alfândega dos E.U. que apreendesseuS. peter D i fi rçado a li itar um compro: todos os carregam entos de semente de misso, e d via r entenciad m JuJh de anhamo, ou produtos seus derivados 2000, enfr ntand uma pena de o a 5 ano ) na fronteira com o Canadá, e os testass; seIIl direit re UI o. . m 14 de Junh de para qualquer THC ou elemen2000 p t r M William fal ceu. to. re:ldual de THC (p.e. 10 partes por De acord m a ndi - da ua milhao) . Isto gerou o caos nas empresas liberta ã c ndi i nal ( qual i garan- d ramo das sementes de cânhamo letida P la hipo da qu p rt n à à falência algumas delas ao ua mãe há 50 an) t r D i brigado a financeiro causado pelas ab ter- e d u d m rijual a, que era apreensoes. único lU di am nt apaz d aliviar a _ Todos os carregamentos passaram enoáus ea cau ada pel tratamento qu tao a ser apreendidos pela Alfândega dos fazia P r cau a da I A . do an roo m E.D. Dezembro de 1999, os políticos fumar mar}juan.a, P-t f, juntamente com amen canos conseguiram anular a orcentena de m llliare ante de i, mal dem, e a Alfândega concordou em não g u ia imp d ird - vomitar o co ns produtos contendo elementos "quimi t rápi qu ra obri THC, tais como xampôs, gadO eng diaria ment.: rqu raçoes p ara aves, substituto de lhe fOl permltld u ar m n,uana m d1ca, quelJo, etc. Os produtos foram desemad eceu a ab u por u6 car no pr pri vómito, m rrendo u b equen temen t . bargados em teoria. mas mantiveram-se uJ1l cert enti · i a a inado pelo nos da Alfândega dos E. U. Em 12 de JaneIro de 2 000, o czar antidroga da gaver n rr v i tud da ndi 1TI1-

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163

do me mo quantid a • H . egundo Barr rância zero tol rân ia z em pre IS 20.0 U, de cânhamo para bt r T lente ao de um charro.

o CÂNHAMO 00

FTESTES AURI

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egund o g -n ral dia te te te urin e an idato a ondenado

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O' :úLTIMO TABU: A MARIJUANA E A CRIATIVIDADE

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iní ia uJo I ta , r pouquí . imo au "picio para os pr.oibicionistas d man)uant. ad p tod lado, v em agora concretizar-se aquele que . rá mai . .u. tad r d e pectros que o a sombram: a cannabis como timuladora natIvidade. D facto, egundo revelaram recentemente as agênd noti i a ', doi incont távei expo nt de sa faculdade tão estimada, Willi ln hak pear rI agan, fuma am annabí precisamente com esse fim. ca. o d hake pear ,uma in e tiga ão conduzida pelo cientistas sul-africano Franc Thack raye i k van der Merwe revelou vestígios de cannabis e outra' dr ga 11 . a himb que Bardo fumava, ao que tudo indica para se . n pirar. Mas e t . inve tigadore vã mai longe, acreditan do que há indícios tilÍ ti o d Ll ' O de cannabi no trabalho literário de Shakespeare - além de referên ias ur < "erva ren mada" a ue tranho compostos" -) argumentand ainda que u o de cannabi pod ajudar a explicar a enorme produtividade d mai r rit r angl n d . mpre. uant a fam a tr n m ritor Carl Sagan (Contacto, Cosmos) falecid m 199 aos 2 an a re eJação de que era um ({ávido» fumador de marijuaflc urg na, ua biografi Carl agan: Uma Vida, da autoria de Keay David n. gund e ta em 1971, ob p eudónirno de "Mr. X", Sagan escreveu um en aio para livr Marijuana Recon.sidered, no qual considera que, além de inten ifkar a ua ex ri ci alimentar, mu ical e exual, fumar cannabis foi resp n ável p r in pira - qu se aldaram 'por algum do seu melhor trabalho intclectual oner tam I te a ua obra mats consagrada, Os Dragões do Eden, que m ,media t rá. id , pela. marij,!ana. , . ... ) a il gahd d da annabl é ultrajante, um lmpedunento a completa utiliza ã d uma dr g que ajuda a produzir erenidade e inspiração, sensibilidade cam r da m, a quai eiam de e peradamente neste mundo louco e per ", e r v . agan m Marijr-4ana Reconsidered. A iúv d an, Ann ruyan, p rtence à direccção da NORML, o mais credenciad grup dvogand legalizaçã da marijuana. - t -to d Lu{ Fontes, para a edição portuguesa (Março de 2001).

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mata a células cerebrais após o alojamento do coágulo sanguíneo. Cerca de 600.000 americanos sofrem trombo e todos os anos, enquanto a nível mundial mais de 5 milhões de pessoas são vitimadas anualmente por tromboses, traumatismo cranianos ou outras condições associadas à morte de células cerebrais. Do 5 milhões de casos. cerca de 350.000 ocorrem durante ou logo após uma operação, devido ao espessamento do sangue e à diminuição do ritmo metabólico r ultante da anestesia, etc. E todavia, dar uma única passa num cigarro de ma'juana logo após uma trombose pode impedir as evera lesõe que são suscep-

165

c ma d orrente.

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mp n( s ri cos para a s gurança ,de conduzir sob o efeito de marijuana são _ Alisotl mil y, Univ r idad de Toronto

impacto da droga na execução. O comportamento que evidenciam é mais adequado para a sua incapacitação, enquanto voluntários que receberam álcool tendem a conduzir de forma mais arriscada': miley diz que os seus resultados deviam r con iderados pelas instâncias que estão a debater testes obrigatórios de de p. stagem de drogas para operadores de equipamento de transporte tais como ndutores de camiões ou comboios, ou a de criminalização da marijuana para u o médico. "Existe a uposição de que, por a marijuana- ser ilegal, ela deve aumentar os riscos de acidentes. Devemos porém ater-nos ao factos". Uma equipa liderada por cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego (UC D) revelou a predominância de receptare de cannabinóides na retina, indicando um papel importante dos cannabinóides, uma família de compostos que inclui os componentes psicoactivos da marijuana e do haxixe, na função retinal e talvez na visão em geral. No número de 7 de Dezembro de 1999 da Actas da Academia Nacional de Ciência (PNAS), os pesquisadores da UCSD deSCI veram pela primeira vez a di tribuição e pecífica e efeitos na função retinal dos receptores celulares prot i o que ão activados pelos cannabinóid s. Esta descobertas poderão vir a r v lar um elo perdido nos esforços que vi am d cifrar a complicada e fascinante maquinaria através da qual a retina tran forma a luz em informação significativa para o cérebro. . o número de Março de 2000 da revista Nature Medicine, uma equipa de investigadore das universidades Complutense e Autónoma, em Madrid, Espanha, divulgou as conclusõ s de um estudo realizado em ratazanas e ratos, anunciando que o ingrediente activo da marijuana chamado THC mata a células infectadas com tufi ore em casos avançados de glioma, uma rara variedade de cancro maligno que até agora foi 100 por cento fataL

167

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cre iment radicou o twn r do rat tratado ) cerca de um terç dele viveram cc igni. fi ativamente mai tempo" do qu rat a quem não fi j admini trada quaJquer droga, algun at' três vezes mai . S e tudo lab raí rI IS mo traram que o THC matava a Dançando no túmulo, dia prolblç,a o células d glioma, da cannabls. Foto, de P te Brod, deixando a c 'lula cerebraí normais in- cortesia do Cannabis Cultu tactas. A droga ca uava a a umulação de uma moI uJ g rda chamada ceramida l a qual prov cava uma e pirai m rofera na c lu) .

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uzmán, qu t t u o TH muito baixa e numa fa ardia d tum r. quando rat nã -tratad meçavam já a morr r, pr di qu TH d ia. r mai eficaz dmit ni trad ma! d. Apar ntem nt ) quan mai tigaç fazem br ai m di inal da I

marij uana, tant mai con ta quli a la é como m dicamento (para tromb

erer man}una.

2000

J.

ACTUALIZAÇÃO DA 28 EDiÇÃO PORTUGUESA (NOVEMBRO 2002)

lUaflJuana, pr ral

uu ue,

enquanto o álcool e o tabaco continu am a er perigo o e legais, é um disparate a cannabis ser inofensiva e Esta medida está a ser considerada a primeira fissura na barragem do proibicionismo made in USA, dada a natural empatia que existe entre a hiperp tência americana e a Inglaterra. Ma outro país anglófono está a criar ério problemas à «War on Drugs" impo ta ao mundo por Washington - o Canadá encontra-se sob forte ímpeto interno para uma mudança na política antimarijuana, nomeadamente por parte do si tema judicial, que instou o g verno a permitir que doentes terminais u crónico possam usar e cultivar cannabi médica, enquanto o Supremo Tribunal e tá a apreciar um caso sobre a onstitucionalidade da proibição da erva. Tendo também em mente que os inco principais partidos políticos canadianos assumiram o compromisso de d bater a liberalização das drogas, o activi ta canadiano pró-cânhamo Richard CO\.van considera possível a legalização completa da marijuana no seu pai no próximos dois anos - o que deixa os vizinhos americanos perante um bicudo dilema, pois, diz Cowan, "o anadá é branco demais para invadir ma próximo demais para ignorar': a área médica, prevê-se o lançam nto, m 2003, do primeiro fármaco de TH C natural, produzido pela empre a britânica GW Pharmaceuticals, que D i. autorizada a cultivar anualmente 40.000 plantas de cannabis num local ecreto. Agora em fase final de t te, o medicamento é ministrado por sp.ray, e rev lou-se muito mais eficaz a combater os problemas de pacientes 50fr ndo de e clerose múltipla e outras doenças do que as pastilhas de THC sintético já desenvolvidas para esse fim. -L. T. F.

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A cannab;s é ;.ndissocióvef da própria ideia de' ,P,o.r tugaf.,

UMA BREVE HISTÓRIA DA CANNABIS EM PORTUGAL o

relacionamento lusitano com o cânhomo ..de ..cannabis tem tanto de ancestral quanto de paradoxal - outrora, decretou-se entre nós que era obrigatório cultivar esta planta; passados séculos, que era proibido fazê-lo.

-

dos eventos que defmiram Portugal a cannabis era justamente considerada a cultura mais importante do país, hoje em dia o seu notável currículo entre nós só raramente é referido em estudos académicos ou compêndios escolares - o que em grande medida se explica pelos efeitos da demonização de que a planta tem sido vítima nas últimas décadas.

Espero que o p:imeiro sucesso saio será de ammar as pessoas maIS ';;beis a com, mais já bre tudo que drz resperto a esta preCIOsa já sobre a diversidade dos seus que ainda com muita imperfeição

conhecemos.

_ Tratado obre o Cana mo, Martim Fran isco Ribeiro d'Andrade (tradutor) , 1799

LOGO DESDE O INíCIO

Nota: No pa ad , m portugaldos "linho" e « haJl10" empre foram usa os ln Isuntamente, n , I,j veja-se .' . ca fi indo- e ambo à carma b'/s satlva o que re er p sito diz o historiador Telmo Verdelho em "A a pro ltur a do ânhamo em Monc rvo : "A I'Iam ba é Cudicionalmente de ignada também pelo nome de tra h ....0 e no é uI XVII ra nhecida pelo nome dJ11 a,, · ) h I' b de linho cânhamo (,.. can am,? IOU lam a eAra lrn ente 00 iderad orno um m/o, em 1656 , o gera o de tod a Regimento [decreto real aplicanda Feitoria de Mon orva 1as designações de linho ha a o geralmente u ada para referir o câ.nhae ,11 D m mo m d as peraç e de cultivo e ua ão t3mb lU r pelo termos JJ'l d para linh " j v r oulra van ante do nome usa o da planta em ..A anoab'IS na ín u3 I)or t ugue a",

m Portugal, a cannabis terá sido in-

Etroduzida pelos romanos, embora te-

nham sido posteriormente os mouros quem, na sua expansão pela Península Ibérica a partir do século VIII, disseminou a cultura desta planta e o leque completo dos seus usos, inclusive os psicoactivos (ver "Os Mil e Um Segredos de Fá") . ' t lma

II

A

e há país para a formação de cuja S identidade uma planta ontribuiu decisivamente, le Portugal - e a planta em causa é, doa a quem doer, a: cann abis . . fa t , t nd a nacional D fJada pelo DescobrImento ,0011S51 6 c . , ' ta ta - se que tes loram. po Slvels rque o cânhamo-de-cannabls forneceu POfibra com que se fabricaram as velas e a dames das na us que desbravaram os cor anos do mund ' do o prImeirO ., ) cnan e oc · à a1a pl á' ' i.lJ1pério anet na. E se à epoca

Segundo o Tratado Sobre o Canamo, publicado em Portugal no século XVIII, na Antiguidade não havia praticamente nada que não se fizesse com. cannabis: "Alem do uso que antigamente se fazia do Canamo para têas, fios, e cordas, fabr icava-se ainda grande quantidade de obras de grande consumo, coma fios, redes, linhas de pescadores, e laços para caça (" ,); cordões, silhas, escadas, pontes, calçados, vestidos, capacetes, escudos, cota de armas, urnas, quartas, cestos, cabos, e apprestos de 'navios (", ) epois destes ainda não multiplicamos muito seus usos, com a factura de papel, e papelões, cujo consumo he assaz grande ( .. , r:

No tocante a Portugal, o cânhamo-de-cannabis acompanha-nos desde o início - ele era, a par dos cereais e da vinha, um dos três pilares em que assentava a subsistência das populações rurais

171

de uma herdad em 1306, concedida na condi· ão da coroa receber anualmente em troca um quinto do pão) vinho 'e Linho ânha m . ali produzido .

o CÂNHAMO NOSSO DE CADA DIA

importâ.ncia do cânhamo na vitda das populayões portugue da ldade Média é dramaticamente ilustrada pelo facto de, à ép cal haver campone es transmontano que se dedica am com tal afinoo à ua produção que desleixavam as cultura , vi a is para a ua ub i tên ia, dos cereai e da vinha. É o que atesta uma carta en iada a D. Afonso V pelo homens-bons da vila tran montana de Torr de Moncorvo, na qual dão conta ao rei dos problemas lo ais) ·e que a dado passo diz: "[E]m esta viUa ha huna rribeyra que chamam a Vallariça na quall os homees lavram muyto linhos alcanaves aalem do razoado em tall guisa que per ,aazo do dito linho lavrarem tanto ve·e m a adoecer e morrem ante tempo. Outro ssy per este aazo do dito linho leixam morrer as vinhas e leixam de lavrar ho pam e a terra ay se a monte': E, como forma de garantir que os camponeses cultiva em trigo suficiente para a sua alimentação, na missiva a D. Afon o V o homens-bons monoorven es ugerem a aplicação de muJtas a "qual quer que lavrar nem emear may que ataa dez alqueires de Desconhece-se se esta preten ão foi atendida pela coroa portugue a. Fonte: Capitulo especiai dad a Mon-

A

egund a OVll História de "{a] cultura do linho na área de Guimarâ parece ter- e praticado desd tempo bem remotos. A mai antiga inform -o qu po uímo (ou onhecerno) data de 1014 e diz r peito ao lellU/rio d uimarães, ou eja aquel individ uo que trabalhavam n a tecelagem do linh .

Em Portugal, o cânhamo omeçou por er ad· dome liC3m nte em contexto rural. De facto para além do rendimento . deri ado da produção de fibra, n o campo o ver átil ânhamo ,c olmatou duranli sé ulo amai diver a nece sidad , nomeadamente a falta de oficinas rurais, ao permitir o abaste imento do la rador com art·efacto que ele próprio pr · duzia. mo e diz no Tra ta do Sobre o Canamo etec nti ta) "A manufactura do Canamo he. a que oon ém mais naturalmenle ao ,campo ,e como a todos he ueç aria, a todo de e er universal) o fabricante, no tempo. proprio de cultura, he Lavrador. e o la rador, d poi de acabada a c lheita he do m mo modo fabricante. Ildo a Histórin grária da Europa Ocid ntal I la Baixa felad édial. havia Ilece idade, m o nas e-mpr explorada por campon . de muitos m ' pan de linho do que auaJment para o panais. d malhadoum > para O co do grão e da arinha,parn o v. tuário e para pagar o saLmo à cria I em e a . 1'VO. O . leo da semente linho empregava- na iluminação, e o bagaço proveniente da p en gem ia para menlar o ga . ": cr nLa o jornal agriwla Archtvo Rllral em I 63 que Ul u]ma cimun tan ·a importanfe e d muit . n ideR nas localidades em qu o .c omb ro . p ,équen'e tabe ecÍID nt ' o necessano outro combusttu!l mais do qu.e .a parte ligo do .mamo, que se .. para no t bailio das .... Durante I a cannab J tamb m m6mmo Iit ral d papel; .m, ·em 1 9' . cr ve- e na

500-1

O>

t:

corvo por D. Moo o V. citado na 11114straçdo Transmontana, 2° Ano, 1909.

quando D. Afonso Henriques proclamou a independência do andado Portucalense, em 1143; dois século apó a fundação da nacionalidade, a situação mantinha-se, como nos dá onta. o Livro 4 0 del-rei D. Diniz ao m ncionar o aforamento

emarias Eetrnomicas da cademra Real das ScierlCias ,de Li boa Que' cousa be papel? He uma compo . -o Ceita d de linho d fi it? na. oa quasi em pó. ' . r melO de hum m qllma. :; uníd Olltra \'eZ no ue chamam papel ( ... ) . do o 61610 o brasileiro Ant nio de Franco, a de Pêro · az d Caminha

1172

começou com a chegada de Vasco da Gam a à Índia em 1498 e terminou cinco séculos depois, com a retirada dos ingleses do continente indiano em 1949.

rnunjcand a descob rta d Hra iI. "foi escrita em ÇO pel' lorete', utilizad em documento 06 iai da ibérica partir é ulo X. Esse tipo de dera feito de lJl1ho ou canham fio, um matcp.aalP variant da camwbis sativa. a fibra de onde e

Sobre a importância crucial do cânham o para a expansão portuguesa de Quinhentos, escreven do no século XIX D. Francisco S. Luiz) cardeal patriarca e depois de notar que que el-Rel D. ManoeI trazia comummen te 300 naus suas nas conquistas de Ásia, Africa e América", é bem claro: «E se alguém porventura se admirar, de que tantas e tamanhas armadas se equipassem e aprestassem tão frequentemente) e as vezes com tanta celeridade) deve atender: 1° Que el-Rei D. ManoeI tinha em vário lugares do reino Feitorias para a fabricação de amarras, enxárcias) cordoalbas, etc., de cânhamo, que então se cultivava em grande abundância, em Em Descripçam corografica do

rt h" extrai .3 mac na.

-

O Tratado obre o a/wmo informa também que,

De acordo com avaliação feita em 1515, ao canhamo era atribuida a mais elevada cotação

doS géneros produzidos no reino.

-

éculo XVlIl, a cannabi era utilizada na cozinha ' d o..1co do anamo pa ra hom cn P 'b re u ao 05 rY'Ipero do caldo das panella "), na medicina

nO 5 u;

(

ou

. to es, . lct ' nCl3 110rr 1lea; seu )co entra ' para a b eXl.. ( cu rnpo ição da poma das propna na CDe tem a vlrtu . de re oJ' ") utlva ; quant a eus p icoactivO ,el eram onhecido (' ua fa

ra a

, ha misturada com qualquer bebida embebeda, e nn ta a todos, que delJa usão; abe- e ge ralmente, he b e oS Arabe fazem hUIna pede de vinho, que qu e beda.") , Ao que pare e, m Portugal só havia eJll b e coisa que não e p dia fazer c m cannabi uma . do o Tratado obre o Canamo. "pro hibio- e o mort envolvido emtêa feita de CanaseI'. rtr i que ha m nu facturas de estofo de lã. fIlO. ' do a a te u o". , r ""'ente de tina

°

UJUC3u.

-

A PLANTADOS DESCOBRIMENTOS

P

orém, a ép ca áur a o cânhamo em portugal decorr u ntre os éculos XV a XV II, a fortunas da an ão m ntlma portugu a. - e facto) e:xpa aparelhar navio' de madeira que pac guraram a P rtugal o d mínio da aSse ceâni a mundiais, a matériasrota. mas nece nas . eram ba lcamente . - p rlo para anhões t rragen ) sor fer "'1do cânhamo-de- annabi para a b rel..... ; . laS e cordame .

ve

. . ..,

d

e Velas r/a Prtmelra rase a Expansão f)'J}eia }ti t riador Cario M, Cipolla con idera EuroP 50 do empreendimento marítimos euque S a senta no in mio canhões/vela', pois remador por vela guerreir. por (sI õ sig nifi ava, em r umo, troca r energIa hu caI1h e or f, r inanimada"; ta plicaçã de conmaJ1a ino vad ra n fabri d nh e e velame cep 'tiu "o dominlo eu ropeu do pod r na aI obre popula i nai ( iáti o d minio do as rll europeu br o mar ", um período q ue Catthõ

°

As cordas de cânhamo são proeminentes no janelo manuelina da Sala do Capítulo. no Convento de Cristo. em Tomar.

povos

173

QUANDO .EM PORTUGAL ATÉ OS PADRES EIRAM OBRIGADOS A 'CULTIVAR CANNABIS As leis humanas são muito mudáveis. Em 1656 o Estado português obrigava os povos da Comarca de Moncorvo e das Comarcas vizinhas a cultivarem a liamba. - Telmo Verdelho em "A Cultura do Cânhamo em Moncor 0",. 19 1 decretos reais oonheddo por o. .sRegimentos que, no . ulo XVIt

foram aphcados às feitoria . do linho cânhamo de Torre de Moncorvo. an tarém e Coimbra eram taxativo _.. dada a importância crucial da matéria-prima em causa para o império marítimo português, ao cultivo da cannabis e tavam obrigado não apenas os lavradores mas todo terratenentes das regiõe em ca u a,. qualquer que fos e a sua condição social. Assim, no Regimento que . MagesM

tade manda que aja na feitoria do linho cânhamo da cidade de MOtlCOrvO para

que os officiaes della saibão a obrigação, que devem guardar, publicado em 1656, el-Rei D. João IV explicita: "[O cultivo de cânhamo é mandatório

Reyno de

o erudito

etecenti ta Oliveira Freire é igualmente perempt,õrio, afirmando que CCéesta lo cânhamo I a cultura de maior importância do rdno, para o apresto das armadas) por ter o u o qua1ificado a sua bondade, e Para e ter uma noção do gigantismo do empreendimentos naval portugu de antanho, e do abastecimento de cãnham que implicavam, sidere-se que em 151} O. Manuel enviou à actua! Mauritânia uma armada rompo la por 400 run-io tran portando, para além do marinheiro , 16.000 infante e 2.500 cavalo, a qual foi aprestada em apenas quatro m s 5 e mei .

Atendendo à dimen ão que .atíngiriam as aventuras na ai de Portugal, on tata-se que a coroa portuguesa revelou