Plano de Exportação - Mel

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DÉBORAH SOBJEIRO FRISANCO

PLANO DE EXPORTAÇÃO

MEL

Índice 1. Produto a ser exportado: Mel...........................................................................................1 1.1.Transformação do Néctar em Mel.................................................................................. 1 1.2. A Composição do Mel.................................................................................................. 2 2. A Apicultura no Brasil...................................................................................................... 2 3. A Produção e Comercialização de Mel no Brasil.............................................................3 4. País que será exportado Mel: Canadá.............................................................................. 7 4.1. Dados Básicos.............................................................................................................. 7 4.2. Comércio Exterior........................................................................................................ 8 4.2.1. Direção do comércio exterior.................................................................................9 5. Relações Econômicas Brasil-Canadá................................................................................ 9 6. Apicultura no Canadá..................................................................................................... 10 7. Importações de Mel do Canadá......................................................................................11 8. Motivos que levaram a escolha do País Canadá............................................................13 9. Preço................................................................................................................................ 15 10. Embalagem e rotulagem................................................................................................ 16 11. Concorrência................................................................................................................. 17 1. Produto a ser exportado: Mel...........................................................................................1 13. Referências Bibliográficas............................................................................................. 18

1. Produto a ser exportado: Mel O mel é uma substância viscosa, aromática e açucarada produzido pelas abelhas, tendo como matéria-prima o néctar das flores das mais variadas espécies vegetais, secreções das partes vivas das plantas ou excreções de insetos sugadores que as abelhas coletam, transformam, combinam com suas substâncias próprias, armazenam e deixam maturar nos favos da colméia. O mel das abelhas, conhecido pelo homem desde tempos imemoriais, sempre foi utilizado como alimento e remédio caseiro pela maioria das civilizações conhecidas. E tanto o mel como as abelhas eram, na Antigüidade, consideradas sagradas e bem antes da existência do homem, as abelhas já produziam o mel. Seu aroma, paladar, coloração, viscosidade e propriedades medicinais estão diretamente relacionados com a fonte de néctar que o originou e também com a espécie de abelha que o produziu. Quando o mel é originado principalmente de flores de plantas pertencentes à mesma família, gênero ou espécie, é denominado de unifloral ou monofloral. Quando é produzido a partir de diferentes origens florais, recebe a denominação de mel multifloral ou polifloral.

1.1.Transformação do Néctar em Mel O néctar é transportado para a colméia, onde irá sofrer mudanças em sua concentração e composição química, para então ser armazenado nos alvéolos. Entretanto, mesmo durante o seu transporte para a colméia, secreções de várias glândulas, principalmente das

glândulas

hipofaringeanas,

são

acrescentadas,

introduzindo ao material original enzimas como a invertase (a -glicosidase), diastase (a e β amilase), glicose oxidase, catalase e fosfatase. Na produção do mel, as abelhas processam o néctar em duas etapas. Na primeira ocorrem transformações físicas e na outra, as transformações são de natureza química. Transformação física é a perda de água do néctar por evaporação devido ao calor existente na colméia (em torno de 35ºC) e a constante ventilação produzida pelo movimento 1

das asas das abelhas. Transformação química, por sua vez, ocorre pela ação da enzima invertase, produzida pelas abelhas que atuam sobre a sacarose, principal açúcar do néctar, transformando-o em dois açúcares mais simples: glicose e frutose. A cristalização do mel é um processo natural, que não interfere em sua composição e qualidade. Consiste na separação da glicose da frutose, pelo fato de a glicose ser menos solúvel do que a frutose. A fermentação é um processo que interfere na composição e na qualidade do mel, tornando-o impróprio para o consumo humano. É causada pela ação de leveduras (microorganismos) sobre a glicose e a frutose, tendo como produto o álcool etílico e o dióxido de carbono. O álcool na presença de oxigênio pode ser quebrado em ácido acético (vinagre), daí o gosto azedo presente no mel fermentado. O alto teor de umidade favorece a fermentação.

1.2. A Composição do Mel O mel é constituído pelos seguintes componentes nas quantidades médias especificadas: Açucares naturais: Levulose 40,5%, Dextrose 34,0%, Sacarose 1,9% Enzimas e Vitaminas: 2,6% Água: 17,7% Cinzas: 1,8% Proteínas: 1,5% Vitaminas: B, B1, B2, B5, B6, BC, C, G, H e PP Sais Minerais: Cálcio, fósforo, enxofre, potássio cloro, sódio, magnésio, ferro, manganês, cobre, silício, bório, nitrogênio e outros presentes em pequenas quantidades. Ácidos: Málico, cítrico, fórmico, tânico, cúprico, oxálico, fosfórico, butríco, acético, latico, valerianico e propiônico. Outros elementos: Açucares, lipídios, fermentos, histamina, maltose, dulcitol, aldeidos, clorofila, carotina, tanino, albumina, malase e vários óleos.

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2. A Apicultura no Brasil No Brasil a história da apicultura tem início com a introdução de abelhas da espécie Apis mellifera no estado do Rio de Janeiro, em 1839 – quando o padre Antônio Carneiro trouxe algumas colônias da região do Porto, em Portugal. Outras raças de Apis mellifera foram introduzidas posteriormente, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, por imigrantes europeus. A apicultura brasileira tomou um novo rumo com a introdução da abelha africana (Apis mellifera scutellata) em 1956, quando, por um acidente, essas abelhas escaparam do apiário experimental e passaram a se acasalar com as de raça européia. A partir desse momento, começou a se formar um híbrido natural entre as abelhas africanas e européias, que passou a ser chamada de Abelha africanizada. A alta agressividade e tendência enxameatória destas abelhas africanizadas causou, inicialmente, um grande problema no manejo dos apiários, e muitos apicultores abandonaram a atividade. Somente com o desenvolvimento de técnicas adequadas às abelhas africanizadas, ocorrido nos anos 70, a apicultura passou a crescer e se expandiu para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Com a entrada do mel brasileiro no mercado internacional, a apicultura viveu um grande momento de mobilização e crescimento. Esse desenvolvimento da atividade fica evidente quando se observa a evolução da produção de mel no Brasil ocorrida no período de 2000 a 2004, que registra um crescimento de 47,7%. Um incremento bem superior ao ocorrido entre 1990 e 2000, que foi de apenas 35,1%. A cadeia produtiva da apicultura envolve cerca de 350 mil pessoas no Brasil, sendo a maioria de pequenos produtores e a atividade gera e ocupação, ajudando a fixar o homem no campo. Segundo a Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), a produção nacional é de cerca de 40 mil toneladas, levando o Brasil ao quinto lugar no ranking de produtores mundiais.

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3. A Produção e Comercialização de Mel no Brasil Inicialmente, a introdução da abelha africanizada causou uma redução na produção de mel no Brasil. Esta situação foi revertida após a adequação das técnicas de criação, quando a apicultura passou a ser praticada em todo país. Com o crescente aumento do número de colméias, a produção tende a continuar crescendo nos próximos anos. Segundo estimativas da Confederação Brasileira de Apicultura, o Brasil possuía em janeiro de 2004 cerca de 4 milhões de colméias, produzindo 33.000 toneladas de mel/ano. Estima-se que a produtividade da atividade no Brasil seja de 30 kg de mel/colméia/ano. A produtividade pode dobrar em poucos anos, com as melhorias técnicas que vem sendo desenvolvidas. A apicultura tem sido, ao longo dos anos, uma atividade exclusiva de pequenos e médios produtores, fora do âmbito do investimento de grandes grupos empresariais. Esta situação despertou o espírito empreendedor de alguns apicultores, que passaram a investir em seu próprio negócio, ampliando a base de produção e assumindo a comercialização direta dos seus produtos. A maior parte dos produtores de mel é de pequenos e médios apicultores que possuem, em média, menos de 100 colméias, e que estão normalmente ligados a associações ou cooperativas apícolas. Esta característica prevaleceu também para os negócios voltados para o comércio fracionado de mel e dos demais produtos da colméia no mercado interno. Associações, cooperativas e produtores independentes montaram seus próprios entrepostos de mel, legalizaram sua situação junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e realizaram a comercialização dos seus produtos em seu estado e nos estados vizinhos. O mercado de mel fracionado era, até então, atendido principalmente por micro e pequenas empresas regionais. A partir de 2001, por ocasião da suspensão das importações do mel da China pelos paises da Comunidade Européia, o mercado mundial passou a viver uma situação atípica, causada pela elevação dos preços internacionais do mel, que ultrapassou a barreira dos dois dólares o quilograma. Nesse mesmo período, o real foi desvalorizado em relação ao dólar, e exportar passou a ser uma ótima opção para o setor. O mercado interno se viu pressionado pelo preço e pela demanda internacional, e, em 2003, o mel que era vendido pelos produtores por R$ 1,60 passou para mais de R$ 5,00 o quilo.

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A apicultura brasileira chegou assim à era da exportação, e o panorama da economia apícola mudou drasticamente. Com a alta demanda internacional do produto, e os preços favoráveis à exportação, grande parte do mel brasileiro é hoje direcionada para o mercado externo. Os preços no mercado interno subiram, as vendas fracionadas das empresas regionais caíram e passou-se a observar uma retração nas atividades destas. A grande procura pelo produto condicionou a comercialização do mel ao pagamento praticamente a vista aos produtores, dificultando ainda mais a atuação dos pequenos negócios regionais. Tabela 1 - Exportações brasileiras de mel, por país, 2001 a 2004. País

2001 Quant. t

Alemanha 2.106,83 Reino Unido 0 Estados Unidos 292,63 Espanha 41,02 Bélgica 0 Outros 48,19 Total 2.488,67 Fonte: SECEX-MDIC

Valor US$ 1000 2.342,99 0 329,07 52,83 0 84,47 2.809,35

2002 Quant. Valor t US$ 1000

Quant. t

5.391,36 702,81 6.139,39 102,6 223,91 80,43 12.640,49

10.563,34 1.163,13 6.777,44 221,56 237,78 309,9 19.273,15

9.036,02 1.051,56 12.417,86 117,32 375,98 142,48 23.141,22

2003

2004

Valor US$ 1000 24.882,93 2.679,48 16.129,74 492,07 579,73 781,16 45.545,10

Quant. t 10.745,81 3.772,80 3.774,60 1.206,04 463,87 1.065,36 21.028,47

Valor US$ 1000 22.585,02 7.660,19 6.576,00 2.575,53 968,6 2.009,04 42.374,38

Em 2002 e 2003, quando o Brasil realmente entrou para o seleto grupo dos exportadores mundial de mel, o percentual da produção exportada foi de 52,68% e 64,20%, respectivamente. A Alemanha, em 2003, retomou o papel de principal importador do mel brasileiro, perdido, em 2002, para os Estados Unidos. O valor de 20,9 milhões de dólares das aquisições germânicas foi mais que o dobro do valor registrado em 2002 e quase dez vezes o de 2001. A disputa internacional pelo produto brasileiro elevou o seu preço, de US$ 1,13 o quilo em 2001 para US$ 2,34/kg em 2003. Reino Unido, Bélgica e Espanha também incrementaram significativamente suas compras, contribuindo para o excelente desempenho brasileiro. Segundo o IBGE, a produção nacional de mel, em 2005, atingiu 33.750 toneladas. O Brasil exportou 14,4 mil toneladas de mel para a União Européia, gerando uma receita de US$ 18,9 milhões. São Paulo (US$ 7,72 milhões), Ceará (US$ 3,4 milhões), Piauí (US$ 3,05 milhões) e Santa Catarina (US$ 2,93 milhões) foram os principais exportadores. Já em 2006, a exportação brasileira de mel apresentou alta. De janeiro a setembro, a receita foi de U$ 17,8 milhões, 37% maior que no igual período de 2005. O desempenho favorável contraria as previsões mais pessimistas, traçadas no início do ano, após o embargo da União Européia, que alegou descumprimento do prazo de implantação das análises a serem feitas no âmbito do Programa Nacional de Controle de Resíduos (PNCR). 5

Com o embargo europeu a exportação de mel brasileiro foi redirecionada aos Estados Unidos de maneira a permitir que, ao final de 2006, fosse alcançada quantidade semelhante à de 2005, mas com valor 23% superior, como resultado de aumento de preços que independe do volume exportado pelo Brasil. A União Européia decidiu suspender a importação de mel produzido no Brasil sob a alegação de que o País não tem equivalência com o bloco no que se refere às diretivas para controle de resíduos e qualidade do produto. A decisão entrou em vigor em 17 de março de 2006. O embargo não se aplicaria às remessas do produto em trânsito antes da entrada em vigor da medida. A partir de abril de 2006 o mercado americano absorveu quase a totalidade do mel enviado pelas empresas brasileiras ao exterior. O crescimento deve-se, em grande medida, ao incremento das vendas brasileiras para os Estados Unidos. De janeiro a setembro, os norte-americanos compraram US$ 11,87 milhões, 262,7% a mais que em 2005. E, com base nos dados de setembro de 2006, é possível identificar tendência ainda de alta nos negócios, já que a exportação para os Estados Unidos registrou aumento de 380% em relação a setembro de 2005, atingindo US$ 2,88 milhões. Tabela 2 - Exportação Brasileira de Mel Natural, 2005 e 2006. 2005 Quantidade Valor

País

(t)

Estados Unidos Alemanha Reino Unido Canadá Bélgica Subtotal Outros Total

3.317 6.234 3.780 20 182 13.533 909 14.442

2006 Preço Quantidade Valor

(US$ 1.000) (US$/t) 4.353 1.312 8.106 1.300 4.959 1.312 37 1.868 294 1.616 17.749 1.312 1.192 1.311 18.940 1.311

Preço

(t) (US$ 1.000) (US$/t) 10.785 17.329 1.607 2.586 4.077 1.577 831 1.251 1.505 134 215 1.612 165 274 1.662 14.500 23.147 1.596 100 212 2.129 14.600 23.359 1.600

Participação % no valor 2005 2006 23 74,2 42,8 17,5 26,2 5,4 0,2 0,9 1,6 1,2 93,7 99,1 6,3 0,9 100 100

Fonte: SECEX/MDIC.

A exportação brasileira de mel aumentou 39,6% em janeiro-outubro de 2006, para US$ 20,1 milhões, comparado a igual período do ano anterior, contrariando previsões decorrentes do embargo imposto pela União Européia ao produto brasileiro. O encolhimento das vendas para a União Européia foi compensando, em grande parte, pela exportação para os Estados Unidos, que cresceu 294,1% no mesmo período, para US$ 14,1 milhões. As vendas do primeiro trimestre de 2006 para a União Européia, portanto antes do embargo, tiveram incremento de 49,11%, para US$ 6,01 milhões, em relação ao mesmo período de 2005. Somente as vendas para a Alemanha, maior mercado consumidor do mel 6

brasileiro dentro da Europa, somaram US$ 4,077 milhões no primeiro trimestre do ano, o que representa cerca de 50% das exportações brasileiras para aquele país em todo o ano de 2005 (US$ 8,1 milhões). O mercado americano foi o principal importador do mel brasileiro, alcançando US$ 3,006 milhões, o equivalente a 96,6% do total das exportações no período. Destaca-se que de 2005 para 2006, o Brasil passou de sétimo para o quarto maior exportador de mel para os Estados Unidos, ultrapassando países como Vietnã, Índia e Rússia, tradicionais exportadores.

4. País que será exportado Mel: Canadá O Canadá é o segundo maior país do mundo em extensão territorial, atrás apenas da Rússia, ocupa mais da metade do continente norte-americano e é banhado por três oceanos: o Pacífico, o Ártico e o Atlântico. País privilegiado quanto à riqueza e à variedade de seus recursos naturais, o Canadá possui enormes reservas florestais, grandes extensões de terras cultiváveis e significativo potencial de pesca. Rico em minerais, ocupa lugar de destaque entre os principais produtores e exportadores mundiais.

4.1. Dados Básicos Superfície: 9.984.670 Km2 População (estimativa jan/2007): 32.777.304 Densidade demográfica: 3,3 hab/km2 População economicamente ativa: 17.183.400 (2004) Principais cidades: Toronto, Montreal, Vancouver, Ottawa (capital), Calgary, Edmonton, Winnipeg e Halifax. Moeda: Dólar canadense (CAD) Cotação: 1 US$ = CAD$ 1,088 (18/05/2007) Idioma: inglês e francês PIB (preços correntes) : US$ 1,124 bilhões (estimativa 2005) Composição do PIB (estimativa 2005): Indústria 29,1% 7

Serviços 68,7% Agropecuária 2,2% Crescimento real do PIB: 2,8% (estimativa 2005) PIB “per capita”: US$ 34.907 Comércio Exterior (2005): Exportações (FOB): US$ 355,363 bilhões Importações (FOB): US$ 314,022 bilhões Intercâmbio Comercial Bilateral (2005): Exportações brasileiras: US$ 1,944 bilhões Importações brasileiras: US$ 1,019 bilhões Clima: Predomina o clima continental, ainda que, dadas as dimensões do território, também ocorram o oceânico e o ártico. Em sua maior parte, o Canadá é um país frio, com inverno longo e rigoroso. A costa do Pacífico possui clima mais ameno, devido à influência oceânica e aos ventos do oeste. Nessa área, as precipitações são abundantes durante todo o ano, enquanto as temperaturas oscilam entre -3º C em janeiro e 15º C em agosto. Na região norte, o clima é polar, com temperatura média anual de -5º C. O restante do território – sobretudo o centro – é submetido a um clima continental com invernos extensos e rigorosos e verões frescos. Temperatura média nas principais cidades Cidades Primavera Verão Outono Inverno Vancouver 9,13º C 16,58º C 9,82º C 3,61º C Ottawa 5,23º C 17,00º C 8,95º C -11,27º C Toronto 5,86º C 19,3º C 10,85º C - 9,21º C Montreal 4,76º C 21,17º C 6,01º C -10,26º C

4.2. Comércio Exterior O comércio exterior tem papel relevante na economia canadense e equivale a mais de 70% do PIB. Dados da OMC, referentes ao período 2001/2003, indicam que o comércio exterior per capita elevou-se, no período, a US$ 18,943.00. Apenas as exportações, por exemplo, representam mais de 40% do produto interno bruto do Canadá, sendo responsáveis por 25% dos empregos existentes na economia. Percebe-se uma expressiva evolução do comércio exterior canadense nos últimos cinco anos. A corrente de comércio passou, nesse período, de pouco mais de US$ 480 bilhões em 2001, para aproximadamente US$ 670 bilhões em 2005, um aumento de 40%. Durante 8

esse período, o país registrou superávits na balança comercial nunca inferiores a US$ 30 bilhões. Tabela 3 - Evolução da Balança Comercial, 2001 – 2005 (US$ milhões) Exportações(FOB) Importações (FOB) Saldo Comercial Interc. Comercial

2001 261.300 221.484 39.816 482.784

2002 252.381 221.981 30.400 474.362

2003 271.588 239.394 32.194 510.982

2004 315.954 271.880 44.074 587.834

2005 355.363 314.022 41.341 669.385

Fonte: FMI - Direction of Trade Statistics.

4.2.1. Direção do comércio exterior É significativa a dependência do mercado dos Estados Unidos, que absorveu 84,1% das exportações canadenses em 2005. Outros parceiros relevantes são Reino Unido (1,8%) e China (1,7%). Conscientes de que sua prosperidade econômica se ancora no mercado dos Estados Unidos, o Canadá desenvolve esforços para sensibilizar o empresariado com vistas a uma participação mais agressiva nos mercados emergentes (China, Índia e Brasil) e no dos Estados membros da União Européia e do Japão. O Brasil foi destino de apenas 0,3% das exportações canadenses. As importações, embora em menor proporção, também se centralizam nos EUA, origem de 57,5 % das compras canadenses em 2005. Outros grandes fornecedores são China (7,4%), México (3,8%) e Japão (3,7%). O Brasil ocupa a 12ª posição entre os fornecedores canadenses, com participação de 0,8%.

5. Relações Econômicas Brasil-Canadá A partir de 2002, as exportações brasileiras para o Canadá têm observado um crescimento constante, o qual situou-se em 40,7% naquele ano, 25,1% em 2003, 22,7% em 2004 e expressivos 62,1% em 2005. No entanto, a participação do mercado canadense nas exportações totais brasileiras mantém-se reduzida, tendo atingindo, em 2005, o maior valor do período em análise (1,6%). Percebe-se ainda que o Canadá responde por apenas 6,8% das exportações brasileiras para o NAFTA; os Estados Unidos concentram 78,9% do total exportado para o bloco. Já as importações brasileiras provenientes do Canadá tiveram quedas significativas nos anos de 2001 e 2002 (14,7% e 20,1% respectivamente), recuperando-se nos anos 9

subseqüentes, de modo que, em 2005, o valor total importado foi pouco superior ao registrado em 2001. A participação canadense no total das importações brasileiras (1,4%) e no total importado do NAFTA (7,0%) é semelhante à participação registrada no caso das exportações. Tabela 4 - Evolução do intercâmbio comercial Brasil - Canadá, 2001/2005 (US$ mil) INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASIL / CANADÁ Exportações

2001

2002

2003

2004

2005

555.340

781.540

977.536

1.944.011

Variação em relação ao ano anterior Part. (%) no total das exportações brasileiras para o NAFTA Part. (%) no total das exportações brasileiras Importações Variação em relação ao ano anterior Part. (%) no total das importações brasileiras do NAFTA Part. (%) no total das importações brasileiras Intercâmbio Comercial

-1,8% 3,3%

40,7% 4,2%

25,1% 4,8%

1.199.32 2 22,7% 4,8%

1,0% 926.798 -14,7% 6,4%

1,3% 740.125 -20,1% 6,4%

1,3% 750.306 1,4% 6,9%

1,2% 866.304 15,5% 6,7%

1,6% 1.019.551 17,7% 7,0%

1,7% 1.482.13 8 -10,3% 4,8% 1,3% -371.458

1,6% 1.521.66 5 2,7% 5,1% 1,4% 41.415

1,6% 1.727.84 2 13,5% 5,5% 1,4% 227.230

1,4% 2.065.62 6 19,5% 5,4% 1,3% 333.018

1,4% 2.963.562

Variação em relação ao ano anterior Part. (%) no total do intercâmbio Brasil-NAFTA Part. (%) no total do intercâmbio brasileiro Saldo Comercial Fonte: MDIC/SECEX/Sistema Alice.

62,1% 6,8%

43,5% 6,9% 1,5% 924.460

6. Apicultura no Canadá As abelhas de mel foram introduzidas no Canadá há mais de 250 anos atrás. Cortiços de palha com abelhas da Europa foram embalados com gelo e serragem para manter os enxames frescos e ajudar a assegurar a sobrevivência das abelhas durante as três semanas de viagem através do Oceano Atlântico. O mel era importante para os primeiros colonizadores vindos da Inglaterra e França porque o açúcar importado era difícil de se obter. Os longos e rigorosos invernos do Norte tornavam impossível a ultrapassagem da época fria e os cortiços não eram fáceis de manejar. Depois do quadro móvel, as colméias Langstroth tornaram-se disponíveis nos anos 1880, quando os apicultores da Nova Escócia e Nova Brunswick começaram a inventar as colméias ao ar livre, usando grandes caixas de embalagem e palha para a isolação. Alguns trouxeram as colméias para dentro de casa para passarem o inverno no porão fresco e escuro. A apicultura estava bem desenvolvida na virada do século, e em 1901 foi fundada a Associação dos Apicultores Marítimos. As províncias do Oeste têm uma história de colonização e agricultura mais recente. Apicultores nas pradarias e norte do Canadá tradicionalmente importavam pacotes de abelhas dos Estados Unidos, usavam-nas por uma 10

estação e depois abandonavam-nas. Através dos anos, as técnicas de hibernação foram melhoradas a ponto dos apicultores canadenses serem agora menos dependentes de abelhas importadas, alcançando um nível de sobrevivência de cerda de 95%. O estande do CNC ( Conselho Nacional do Mel), montado durante a APIEXPO/99 mostrou as tradições da apicultura canadense, dos antigos abrigos de trabalho às modernas construções termostáticamente controladas. Os apicultores ajudaram o povo canadense nos períodos de falta de açúcar, não apenas nos passados anos da colonização mas também durante duas guerras mundiais. Apesar do preço fixo de 13 centavos de libra para o mel em 1942, a apicultura expandiu-se para sustentar a polinização de frutas e garantir uma fonte de adoçante para os lares canadenses. A proibição britânica de importar mel canadense e os problemas de preços baixos, a uniformização da rotulagem e promoções de venda estavam crescendo. Os apicultores canadenses verificaram a necessidade de uma associação nacional para dar assistência à indústria apícola. No ano de 1940, foi formado o Conselho Canadense do Mel para promover a ligação entre os apicultores e o Governo e ajudar os associados a promover o mel e a polinização. Através dos esforços do CHC ( Canadian Honey Council) os apicultores expandiram os mercados de exportação, conseguiram regulamentos apropriados para a comercialização do mel e sobreviveram à invasão de pragas parasitárias. Hoje o CHC representa 11.000 apicultores mantendo 600.000 colméias com um valor de produtos apícolas acima de 100 milhões de dólares canadenses. O Conselho Nacional do Mel interferiu com severos regulamentos na importação de abelhas. Desde 1987 somente pacotes de abelhas de países livres de ácaros, Austrália e Nova Zelândia, tem sido importados. Rainhas tem sido permitidas da Austrália, Nova Zelândia e Hawai. Esta política permitiu tempo à indústria apícola para preparar-se para a chegada dos ácaros da varroase e acariose. Através do CHC e da Associação Canadense de Apicultores Profissionais um grande volume de pesquisas tem sido realizadas e o Canadá lidera o mundo no tratamento da acariose.

7. Importações de Mel do Canadá O Canadá é o 11º maior importador de Mel no Mundo. Apesar de ter uma elevada produção de Mel, suas importações de Mel são bem elevadas, conforme mostra a Tabela 5: 11

Tabela 5 - Importações Canadá 2003 à 2005 - Mel natural Países Fornecedores Austrália Argentina China Estados Unidos Nova Zelândia Suíça Filipinas Reino Unido Índia Turquia Brasil Bulgária Vietnã Coréia Grécia França Paquistão Rússia Israel Irã Itália Eslovênia Romênia Hungria Ucrânia Moldávia Serbia e Montenegro Áustria Tailândia Portugal Egito Peru Taiwan Uruguai Alemanha Chile Macedônia Arábia Saudita Cuba Sri Lanka Síria Quênia Polônia

US$ mil - FOB 2003 1.933 11.296 2.058 1.379 136 135 0 349 6 98 302 0 77 0 105 26 7 6 57 40 35 40 7 6 4 4 0 3 0 7 13 0 8 0 4 17 0 9 57 0 0 0 10

2004 3.118 4.183 7.805 1.249 117 174 0 172 15 105 237 1 60 0 103 49 3 1 41 24 29 44 7 14 6 8 0 3 53 5 0 1 2 0 0 2 0 3 30 1 1 2 3

2005 5.471 4.465 2.753 1.591 209 207 174 171 165 149 137 88 86 85 62 46 40 30 25 22 17 15 14 12 7 6 5 5 5 5 4 3 2 2 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Participação % 2003 10,584 61,855 11,269 7,551 0,744 0,739 0,000 1,911 0,032 0,536 1,653 0,000 0,421 0,000 0,574 0,142 0,038 0,032 0,312 0,219 0,191 0,219 0,038 0,032 0,021 0,021 0,000 0,016 0,000 0,038 0,071 0,000 0,043 0,000 0,021 0,093 0,000 0,049 0,312 0,000 0,000 0,000 0,054

2004 17,566 23,566 43,971 7,036 0,659 0,980 0,000 0,969 0,084 0,591 1,335 0,005 0,338 0,000 0,580 0,276 0,016 0,005 0,230 0,135 0,163 0,247 0,039 0,078 0,033 0,045 0,000 0,016 0,298 0,028 0,000 0,005 0,011 0,000 0,000 0,011 0,000 0,016 0,169 0,005 0,005 0,011 0,016

2005 33,962 27,717 17,089 9,876 1,297 1,284 1,080 1,061 1,024 0,924 0,850 0,546 0,533 0,527 0,384 0,285 0,248 0,186 0,155 0,136 0,105 0,093 0,086 0,074 0,043 0,037 0,031 0,031 0,031 0,031 0,024 0,018 0,012 0,012 0,006 0,006 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

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Países Baixos México Malásia Hong Kong Espanha Dinamarca Croácia Colômbia Bélgica Total

0 4 5 3 4 0 10 0 2

3 0 3 0 1 66 3 1 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0

0,000 0,021 0,027 0,016 0,021 0,000 0,054 0,000 0,010

0,016 0,000 0,016 0,000 0,005 0,371 0,016 0,005 0,000

0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

18.262

17.750

16.109

100,000%

100,000%

100,000%

Fonte: Sistema Radar Comercial - (Secex) do MDIC

8. Motivos que levaram a escolha do País Canadá O País Canadá foi escolhido para exportar mel Brasileiro pelos seguintes motivos: - Conforme a Tabela 6, o Canadá é o 11º país maior importador de Mel no Mundo, perdendo apenas para a Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Japão, França, Itália, Espanha, Bélgica, Suíça e Países Baixos. - Dados do SECEX/MDIC revelam que no ano de 2006, os Estados Unidos importaram do Brasil US$ 17,33 milhões de Mel, o que corresponde a mais de 74% do total exportado pelo Brasil. Os dados do DAI Brasil/USAID mostram que de janeiro a novembro de 2006 as exportações americanas de mel, no valor de US$ 7,32 milhões, cresceram mais de 27%. E os principais destinos foram Canadá (16,55%), Yemen (11,06%), Coréia (10,92%), Arábia Saudita (10,23%), Japão (9,60%), Israel (7,38%) e Kuwait (5,26%). Sendo assim, percebe-se que os EUA pode estar importando mel do Brasil para exportar para o Canadá. - Quebra na safra de mel na Ásia, especialmente no Vietnã e China, resultando na redução da oferta; o que torna favorável para o Brasil, já que em 2005, 17% das importações de Mel do Canadá vieram da China (SECEX/MDIC). - Entrada em vigência, a partir de 1º de maio deste ano, de barreira tarifária da Aduana Americana (tarifa antidupimg de 300%, sobre as importações da China); onde o Mel chinês pode perder competitividade. - Sumiço de abelhas nos EUA e Alemanha (no EUA estima-se a diminuição de 25% dos enxames - ou 500 mil colônias e que afeta 30 dos 50 estados, segundo a Federação Americana de Apicultores), devido a DCC (Desordem de Colapso Colonial); Casos semelhantes aconteceram no Canadá e partes da Europa.

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Tabela 6 - Importações Totais de Mel (US$ 1000 - FOB) Importações Totais de Mel País 2003 2004 2005 Alemanha Estados Unidos Reino Unido Japão França Itália Espanha Bélgica Suíça Países Baixos Canadá Áustria Dinamarca Polônia Suécia Grécia Hong Kong Cingapura Austrália Irlanda Malásia República Tcheca Hungria Portugal Taiwan Finlândia Coréia Indonésia República Eslovaca Eslovênia África do Sul Marrocos China Tailândia Chipre Noruega Luxemburgo Rússia Lituânia Letônia Turquia Estônia Venezuela Costa Rica Islândia

241.861 210.051 64.476 62.013 52.379 42.531 28.113 20.891 22.067 25.316 18.262 14.239 15.082 4.619 9.731 4.930 7.141 5.884 25.078 4.309 6.377 2.999 2.826 5.990 1.730 3.684 1.204 4.100 1.681 215 1.275 1.173 1.385 891 75 810 780 1.525 64 228 1.188 328 263 474 259

230.292 139.886 73.641 65.073 56.546 42.448 31.138 21.775 23.024 24.492 17.750 14.581 12.901 5.653 10.256 8.485 9.623 5.287 9.080 5.239 4.614 3.126 3.891 4.692 1.458 4.103 1.854 3.349 1.175 775 2.491 1.187 1.597 1.548 248 900 902 864 427 514 640 551 202 436 258

163.081 125.504 63.336 57.586 43.273 25.833 21.940 20.430 18.746 17.778 16.109 11.773 9.733 8.296 8.094 7.457 6.592 5.321 4.813 4.161 4.026 3.443 2.993 2.751 2.749 2.729 2.134 1.907 1.722 1.235 1.204 1.124 1.005 922 915 857 751 603 537 529 510 418 336 290 265

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Filipinas 266 206 Índia 1.750 2.562 Argélia 147 168 Equador 142 229 Colômbia 360 153 Argentina 161 105 Malta 23 87 Croácia 80 28 Panamá 81 108 Sri Lanka 204 132 Ucrânia 231 1 Romênia 551 157 Nova Zelândia 28 151 México 11 30 Guatemala 36 25 Peru 29 41 Uruguai 0 0 Nicarágua 0 6 Chile 7 6 Paraguai 0 3 Servia 27 2 Mundo 924.631 853.166 Fonte: Sistema Radar Comercial - (Secex) do MDIC

249 211 193 193 148 137 103 101 83 80 72 41 16 14 12 11 9 3 0 0 0 677.484

9. Preço O Mel será exportado para o Canadá com o preço FOB de US$ 1,46/Kg . Apuração do preço de Exportação Preço de Mercado Interno FOB sem o IPI Deduções IPI - Isento de IPI conf. Tabela IPI -TIPI - 2007 do decreto 60062006 ICMS (18% sobre o preço de M. Interno) PIS e COFINS (3,65% sobre o preço de M. Interno) Lucro no mercado interno (14,4% sobre o preço de M. Interno) Embalagem de mercado interno Total das Deduções 1º Subtotal (preço - total de deduções) Inclusões Embalagem de exportação Custos de exportação (frete e seguro da fábrica ao local de embarque, custos p/ a Administração Bancária, custos que originam os trâmites aduaneiros, custos adicionais) Total das Inclusões 2º Subtotal ( 1º subtotal + total de inclusões) Margem de lucro pretendida (14,4% sobre o preço FOB) Preço FOB (2º subtotal - lucro pretendido)

R$/Kg de Mel

R$

US$/Kg de Mel

3,25

1,61

R$ R$ R$ R$ R$ R$

0,59 0,12 0,47 0,10 1,28 1,97

0,29 0,06 0,23 0,05 0,63 0,98

R$

0,13

0,06

R$ R$ R$ R$ R$

0,42 0,55 2,52 0,43 2,95

0,21 0,27 1,25 0,21 1,46

-

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10. Embalagem e rotulagem O Mel brasileiro será exportado para o Canadá em Tambores metálicos, que é uma embalagem adequada às exigências dos importadores. As normas canadenses para embalagens aplicam-se apenas a produtos já previamente empacotados para venda a varejo e não a produtos importados a granel ou reempacotados por importadores no Canadá. Embora próximo dos EUA, o Canadá ainda reflete a influência do Reino Unido em termos de percepção de imagem, como demonstram os rótulos de determinados produtos ao incluírem palavras como Royal, Monarch, Prince ou o desenho de uma coroa. Muitos produtos, desde papel higiênico a jóias, usam esses termos para projetar uma imagem de prestígio ou de luxo. Existe uma tendência natural, ao desenhar um rótulo, de torná-lo colorido, brilhante, vistoso. Contudo, nota-se tendência contrária recente, que se tem provado eficaz para muitos produtos. O rótulo nesses casos tem apenas uma cor, geralmente branca ou amarela, com letras negras, sem qualquer desenho gráfico. Pretende-se transmitir a idéia de economia para os consumidores de menor poder aquisitivo. Esse tipo de rótulo é comum para alimentos e produtos de grande consumo, tais como guardanapos, sabão e pasta de dente. Alguns produtos brasileiros exportados a granel para o Canadá, tais como café e suco de laranja, após empacotados, têm sido rotulados dessa forma. O Consumer Packaging and Labelling Act and Regulations requer quatro informações básicas em um rótulo: identidade do produto, quantidade líquida, nome do fabricante ou do distribuidor e sua sede. Os primeiros dois itens têm de ser informados em inglês e francês, o último poderá ser em qualquer das duas línguas. O uso opcional de descrição da qualidade, tal como first choice ou best quality, nos rótulos é aceitável apenas no caso de ser precedida pelo nome do fabricante. Por exemplo, Frigorífico ABC Best Quality Corned Beef é aceitável, enquanto Best Quality Corned Beef não é. Os regulamentos de rotulagem são administrados, dependendo do tipo do produto, pelo Ministério da Agricultura, pelo Ministério da Indústria e pelo Ministério da Saúde do Canadá.

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11. Concorrência Os maiores concorrentes do Brasil, que atuam na comercialização do mel no Canadá são os países: Austrália, Argentina, China e Estados Unidos. O Canadá também possui muitas empresas que produzem e comercializam mel. Mas segundo dados do Statistics Canada (23-221-XIB, CATS, 32-229-XIB, 21-020-XIE), o preço interno do mel no Canadá é muito alto, o que acaba gerando um grande volume de importações, pois o mel importado acaba sendo mais barato que o mel produzido no país. Sendo assim, para o mel Brasileiro obter um bom posicionamento no mercado, devese obedecer as exigências de qualidade, pontualidade e oferecer um bom preço de venda. 12. Vantagem Competitiva O diferencial do mel brasileiro está na diversidade, o grande potencial para produção de mel orgânico. Além disso, o Brasil tem uma característica que outros países não têm: condições de oferecer mel o ano todo, pois, em algum lugar do País, todos os meses, está entrando mel. Se falhar a produção em algum estado, o Brasil consegue recuperar em outro, mantendo a rotatividade do produto. Na Argentina, onde a exportação é sete vezes superior à do Brasil, a produção se concentra entre novembro e fevereiro. O Uruguai e a China têm a mesma característica. Então, para os importadores, é um conforto saber que poderão ser abastecidos o ano todo pelo Brasil.

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13. Referências Bibliográficas Como Exportar - Canadá Ministério das Relações Exteriores Departamento de Promoção Comercial Divisão de Informação Comercial Brasília, 2006 http://www.mdic.gov.br http://www.mre.gov.br http://www.braziltradenet.gov.br http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/ http://www.breyer.ind.br http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/mel.htm http://www.ccbc.org.br http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=7951 http://www.netcomex.com.br/noticias.asp?id_tipo_noticia=1&id_secao=11&id_noticia=3484 http://asn.interjornal.com.br/noticia.kmf?noticia=5969631&canal=215&total=481&indice=0 http://www.honeycouncil.ca http://www.exporta.sp.gov.br http://www.portaldoexportador.gov.br

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