Panorama do mundo atual

427 70 15MB

Portuguese Pages [132] Year 1968

Report DMCA / Copyright

DOWNLOAD FILE

Polecaj historie

Panorama do mundo atual

Table of contents :
Scan_Pic0001
Pierre George cap 1
p 30_37
P George cap2
P George cap3
P George cap 4
P George cap 5
P George cap 6
P George cap4
ULTIMO CAPITULO

Citation preview

COLEÇÃO "TERRAS E POVO')''

"A "volta à terra" é um engodo, uma impossibilidade. Mesmo a mn iH radical das reformas agrárias nr10 pode resolver o problema do crPil· cimento demográfíco rápido c da assimilação das modernas técmt'él'l agrícolas. As cidades crescem por que a evolução econômica, socinl c demográfica impõe êste crescinum· to. O problema principal está etl l desenvolver nelas o emprêgo. Na11 é mais a urbanização que está Ds ünportantes . :Mas os fluxos demográficos dos ú ltim os dec énios são impetuosos. A Africa, ao s ul do Saara, tinha 115 milhôes de h abitantes em 19"10. Em 1961, seus efetivos elevaram-se a 171 m ilhões : crescimento aproxim ado de 50 % em vinte anos (em números absolutos perto de três rr..ilhões por ano) . A África d o Nm·te oferece bom exemplo d2 crescíin cnto acelerado: em 1832, calculava-se para o E gito uma popu lação de 7,5 milhões de habitantes. Em 1937, sua população passal·a a aproximadamente 16 milhões. (15 900 000). Em 1961, já eram 26 600 000 de pessoas. O crescim ent o anual

ntédio foi , portanto, durante êsses v inte c quatro Hnos, de '140 000 habitantes e d e m ais d e 2,5'/r, por ano em. m édia. A população muçulman a da Ac·gélia estava cstimnd a, em I B56, em 2,3 milhões. Em 1936, o censo dá 6 100 000 de pessoas. Hoje, a população ar gelina eleva-se a 11 mi.lhões. T ambém aqui, a t axa anual de crescimento para o último decênio é da ordem de 2,5rJc, . essa s condic;ões, as previsões p ara 1980, supondo constante o ri t mo, seriélm de mais de 40 milhões para o Egito e d e 17 a 18 milhões para a Argélia. Em 1980, o Magrcbe pod er á ter entre 40 e 45 milhões d e h abitantes. A aceleração d em ográfica mais surpl·eendente 6 a da América L atina. A surprêsa é tanto maior quanto a evolucilo da população fôra bastante lenta até a metade d o século XIX: em 1800, as diversas colôn ias d a América ao sul do Fio Grande totalizaVélm m enos de 25 milhões de h abitant·2S. Em 1850, contavam apenas 33 milhões . Bruscamente, a porJUln c;ã o dobra quase em cinqüenta anos: 63 milhões em 1900. Depois vem a verdndeira explosão demográfica da primeira metade do século XX: 162 milhões em 1950, 218 milhões em 1961. O cTescimento médio anu;:\1 atinge a taxa excc~pcion al de

3,5% . Um ránido eXno':'ad?, p ortanto de composição ba s tan~e jovem, el~s podei"? ~tmgn· e m esmo ultrapassar 50 ;{•. Em Imensas r egw es da As1a e da América Latina estão compreendidas entre 40 e 50, o que corresponde, po1: alto, a umas de: crianças vivas por m~lher em idade de procriar. A r eduçao da taxa de ~ortahd a de p ara menos de 20 ;{, basta para provocar um crescimento natural de 30 :{, por ano. A diferença e_ntre os países de forte crescimento e os p a ~ses de fraco crescimento tem c.omo c a u~a fun damental a desigualdade das taxas d,e natalidade: No d etalhe vemos aparecer matizes entre pa1scs de natalidade muito alta, de frac a m ortalidade, países de a l~a taxa de l!atalidade e de m ortalidade bastante elevada CUJas popul açoes aumentam irregularmente, m as a oposição maior é aquela que concerne aos países n ão industriais onde a d1fer ença entre as taxas de natalidade e de mortalidade permanece, sempre, em tôrno de .20 ou superior a 20 ~· e ?s país e ~ da velha cultura industnal onde permanece m fenor a 20 %o e, n ão raro, a 10%•.

As taxas de n atalidade qu e expressam él reali dade demográfica dos países não industriais da Asia são de 40 a 45%c, levan~o em con~a um,a ~ituaçã? sanitária ger almente m á qu e abrev1a a duraçao med1a da v1da das mulher es em idade de pr~cri a~ e m~ltiplica os abor tos espontâneos . ]';a Afr ica, a.s estlmatlvas sao da m esma ordem. Na América Latina, as taxas elevam-se a aproxim adamente 50 . Elas correspondem a uma fecu ndidade natu.ral em condiç~e~ ~eterminadas de_ índice de mortalida de e de condições samtanas das populaçoes. Se nada intervier no sentido de limitar esta fecundidade natura l, as ta xas de n a talidade ten d~rão a eleva~-se até um teto fi siológüw que correspon da ao n~~ ero de cn~nças postas no m u ndo por mulher que tenha VIVIdo e mantido a fecun didade até a idade da m en opausa (sendo. que esta pode ser ligeiram ente r etardada com uma melhon;;t ~eral das con~ições de higien