Improvisação para o Teatro [estudos #62 ed.]
 8527301393, 9788527301398

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A tradução da obra de Viola Spolin, um guia de técnicas ele ensino e direção, constitui uma preciosa contribuição, não só par~ o teatro profi ssional e amador, como para os programas escolares brasileiros em todo s os niveis, desde o primário at é o universitário. P\)isos jogos e as técnicas que são apresentados em Improvisação para o l'~atro inovam os método s de ensino de direção e interpretação teatrais, Ilermitindo a revitalização e reavaliação de seu valor pedagógico, não apenas em termos cênicos especificos. Além deste s, as aplicações feita~ na dança. na psiquiatria, na educação como tais, e na s novas abordage~s de escrituras dramatúrgicas, produziram resultados efetivo s e de granele importância no papel social e na criatividade artistica do cultivo do teatro.

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PERSPECTIVA

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Improvisação para o Teatro

Coleção Estudos Dirigida por J. Guinsburg

Viola Spolin

IMPROVISACÃO PARA , O TEATRO

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~ Equipe de realização - Traduç ão e revisão: Ingrid Dorrnien Koudela e Eduardo José de Almeidu Amos; Produção: Ricardo W. Neves e Raquel Fernandes Abranches.

~ PERSPECTIVA

~I\\~

Título do or igi na l

lmprovisationforthe Theater

Co pyrig ht if' 1963 by Viola Spolin

Da do s Intern aciona is de Cat al ogação na Pub lica ção (C IP) (Câmara Brasi lei ra do Livro, S P, Brasil)

Spolin , Vio la Imp rovisa ção para o teatro / Viola S po lin ; [trad uçã o c re visão Ingrid Dor mien Kou de la e Ed uardo Jo sé de A lme ida Amos]. - São Paulo : Per spe ctiva, 20 10 . - (E studos ; 62 / dirig ida por J . Gu insburg) T ítulo origi na l: Improvi sat ion for the thea ter 2' re imp r. da 5. ed . de 20 0ó Bibliografia. ISB N 978-85-273 -0 139-8

I . Arte dramática 2 . Cria nç as como atores 3 . Improvi sação (Representação teatral) 4 . Jogos infa ntis 5. Teatro amador I. G uinsburg, 1.. 11. Tit ulo. 111. Sé rie.

O:'i -OI011

C D D-792.028 índ ices para ca tá logo sistem ático: I. Imp ro visação : Art es da represent ação 792. 028

5' edição - 2" reimpressão

Direi tos reservados em líng ua portuguesa à ED IT O RA PER SP ECTI VA S.A . Av. Bri gade iro Lui s A ntô nio, 30 25 0 140 1-000 - São Paul o - SP - Brasil Tc lc fax : (0-- 11) 3885-8388

www .edi torupe rspectiva.com.hr 2010

Para Neva L. Boyd. Ed e todos os alunos do YAC e meus filhos Paul e Bill

Sumário

Lista Alfabética dos Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. XIII Lista das Ilustrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. XIX Nota da Tradução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. XXI Introdução à Edição Brasileira XXIII Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. XXV Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. XXVII TEORIA E FUNDAMENTAÇÃO 1. A Experiência Criativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 3 Sete aspectos da espontaneidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2.

Procedimentos nas Oficinas de Trabalho 17 A composição física das oficinas de trabalho . . . . . . . . . . . . . . 28 Sugestões e lembretes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 32 EXERCÍCIOS

3. Orientação . .. . ....... ... . ..... .... .... . . . . . .... .... Propósitos da orientação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Primeira sessão de orientação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Segunda sessão de orientação Terceira sessão de orientação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Quarta sessão de orientação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Quinta sessão de orientação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Sumário 4.

Onde..... . . . ... ................... ... .. .......... Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Primeira sessão do onde . . . . . . . . . . . . . . . . .. Segunda sessão do onde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Terceira sessão do onde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Quarta sessão do onde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Quinta sessão do onde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Sexta sessão do onde Sétima sessão do onde Oitava sessão do onde

45 45 46 57 61 67 70 79 81 81 82 91 94 99 101 IOt IOt 106

Blablação Exercícios para mais três sessões com onde . . . . . . . . . . . . . .. Exercícios adicionais para intensificara realidade do onde , Exercícios adicionais para solucionar os problemas do onde . .

Atuando com o Corpo Todo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 131 Exercícios para partes do corpo , 131 Exercícios para envolvimento total do corpo , 136

6.

Marcação de Cena Não-Direcional Fundamentos Exercícios

7.

Aprimorando a Percepção Ouvir Ver e não fitar , Agilidade verbal Contato ........................................ Silêncio

,

10. Exercícios de Afinação Discurso Fisicalização Ver , Desenvolvimento de cenas a partir de sugestões da platéia

12.

153 153 157 161 165 169

175 175 , , 178 '. . . . . . . . . 182

Desenvolvimento Material para Situações

11. Emoção Fisicalização Conflito

252 253 253 255 256 257 258

14.

Pri~cí~ios ~undamentais para o Ator Infantil Açao mtenor Dar realidade aos objetos O telefone . Termos a serem usados .•::::::::::::.. . Avaliação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... Pontos a lembrar ::::::::::::::::::

261 261 262 263 264 265 2ffJ

15.

Ofici~a

de Trabalho para Crianças de Seis a Oito Anos das sessões Primeira sessão de trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Exercícios :

269 269 269 274

141 , 141 143

Dicção, Rádio e Efeitos Técnicos Dicção RádioeTV Efeitos técnicos

9.

Jogos.. . .. . . . . .. . .. . . . . .. . . . . . . . . Atenção e energia ::::::::::::::::: Jogo dramático A atuação natural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A.lu~a pela criatividade Dlsc.lplina.é envolvimento ................... A cnança incerta

107 112 114 123

5.

8.

PI~neJ.amento

TEATRO FORMAL E TEATROIMPROVISACIONAL 16.

203 203 20::l 208 2W .

Personagem · .···· ·· · ···· ·· · ··· ·· 229 Desenv olvimento de um personagem 230 Exercício do quem 232 ' Fisicalizando atitudes 234 Visualização física 235 Atributos físicos 239 Desenvolvendo agilidade de personagem 243 ACRIANÇAEOTEA~O

249 250 251 251

Pre~aração

O diretor , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tema Escolha da peça : A procura da cena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Formação do elenco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A "deixa" para a atuação ::::::::

187

· .· ·· ····· · ·· ·· · ··· ·· 215 216 224 '

13. Compreendendo a Criança A atitude do professor O indivíduo e o grupo O ambiente de teatro do ator infantil

XI

SUMARIO

IMPROVISAÇAO PARA O TEATRO

x

17.

18.

Ensai~

e ~esempenho Orgamzaçao do ensaio Amadurecimento do ator Exercí:io de atuação durante os ensaios Sugestoes para a primeira parte dos ensaios Sugestões para a segunda parte dos ensaios Sugestões para a terceira parte dos ensaios O espetáculo Sugestões finais Post:~ortem

285 285 287 288 289 290 291

295 295 : 302 3Cf)

314 315 316 321 322

e Problemas Especiais para ensaios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . DI.n~mdo a criança-ator. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eliminando qualidades de amador

325 325 330 331

Definição dos Termos

335

Livros de Jogos Recomendados

351

H?~a~1O

Lista Alfabética dos Exercícios

Acrescentar um objeto no Onde n. 1 Acrescentar um objeto no Onde n. 2 Acrescente uma parte Agilidade de personagem A .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Agilidade de personagem B Agilidade de personagem C . . . . . . . . . . . . . . . .. Agilidade de personagem D . . . . . . . . . . . . . .. Agilidade de personagem E . . . . . . . . . . . . ..

78 100 78 243 243 244 244 244

Demonstração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Incidente passado . . . . . . . . . . . . . . . . .. Blablação n. 3 - Ensinar Blablação n. 4 - O jogo da blablação . . . . . . . . . . . . . . .. Blablação n. 5 - Onde com blablação . . . . . . . . . . . . . . .. Blablação n. 6 - Língua estrangeira Blablação n. 7 - Duas cenas com blablação Blablação n. 8 - Fazer uma conferência , Blablação n. 9 - Ritmos de línguas estrangeiras BOnecos e/ou automação . . . . . . . . . . ..

110 11O 111 111 112 113 114 204 204 138

Cabo-de-guerra Câmara................ . .. . .. .. Caminhada ao acaso Cego básico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Cego para alunos avançados A...................... Cego para alunos avançados B...................... Cena de decisão (A) Cenas de multidão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Cena sobre cena ,

56 208 199 154 156 156 129 150 196

Blablação n. 1 -

Blablação n. 2 -

XIV

. . . . . . . . . . . . . . .

196 121 72 226 147 162 153 162 159 159 69 176 246 183 280

Dar e Tomar . Debate em contraponto A . Debate em contraponto B . Debate em contraponto C . Desenvolvimento de resposta orgânica por meio da blablação Diálogo cantado . Dificuldade com pequeno objetos . Discurso que vagueia A . Discurso que vangueia B . Duas cenas . Dublagem .

207 163 163 163 107 203 61 164 165 144 205

Cena-Tema ······················ Começo-e-fim Começo-e-fim com objetos Conflito escondido Convergir e redividir Construir estórias Contando um incidente Contar estórias Contato através do olho n. 1 Contato através do olho n. 2 Conversação com envolvimento Coro grego Criando um quadro cênico Criar atmosfera no palco Criar cenas com roupas

xv

LISTA ALFABÉTICA DOS EXERCíCIOS

IMPROVISAÇAO PARA O TEATRO

Efeitos de sons vocais . 184 Emoção em assalto . 220 Emoção por meio de técnicas de câmara . 223 94 Encontrando objetos no ambiente imediato . Enviar alguém para o palco . 128 70 Envolvimento com objetos maiores . Envolvimento com o ambiente imediato . 106 58 Envolvimento em duplas . 58 Envolvimento em três ou mais . 59 Envolvimento sem as mãos . Envolvimento total do corpo . 136 Era uma vez ··.········· 191 Era uma vez - com equipamento mínimo . 272 Era uma vez - com todo o equipamento . 274 Estátuas . 238 239 Exager~ físico. . . '.'.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 Excursoes ao íntuítívo Exercício do contato . 166 55 Exercício de espelho n. 1 . 60 Exercício de espelho n. 2 . 68 Exercício de espelho n. 3 . Exercício de espelho n. 4 . 100

Exercício de espelho n. 5 Exercício de espelho n. 6 Exercício de espelho n. 7 Exercício de espelho n. 8 Exercício de gritar Exerc~c~o de seleção rápi~a para o Onde Exercício de sussurrar-gntar Exercício de televisão Exercício do conflito 'Exercício do herói Exercício do metrônomo Exercício do Onde Exercício do tempo n. 1 Exercício do tempo n. 2 Exercício do tempo n. 3 Exercício duas cenas A, B, e C Exercício para as costas Exploração de um ambiente mais amplo Explorar e intensificar

104 212

. . .

160 232 71

Fazendo sombra Fisicalizando Fisicalizar um objeto Galeria de arte Grito silencioso Hábitos Homem Homem Homem

211 211

............. . . . . . . . . . . . . . . . . . .

ou tiques nervosos na rua A na rua B na rua C

211 211

175 104 177

181 226 193 206 84 101 101 102 112 134

124 216 . . . .

241 181 181 181

Imagens de animais Improvisação com animais Improvisação de momento A Improvisação de momento B Incapacidade para mover-se A Incapacidade para mover-se B Integração da atividade no palco e atrás do palco A Integração da atividade no palco e atrás do palco B Irritação física A Irritação física B

. . . . . . . . . .

236 180 209

Jogo Jogo Jogo Jogo Jogo Jogo

. . . . . .

da bola da sobrevivência de arremessar luz de emoção de identificação dos objetos da bandeja

210

217 217 183 183 240 241 57

67

161

222 51 57

XVI

Jogo de orientação n. 1 56 ooo.. . ooooo. o o. oooo. .. . Jogo de orientação n. 2 60 Jogo de orientação n. 3 : ooo. . ooooooo ooo. oooooo. . J d f . o.. o.. oo o.. .. o. oo. . . . 65 ogo e pa avras A oo . 187 o. ooo ooo. . o o . Jogo de palavras B . . o fi' ... o. oo ooo oo . 189 J d ogo o con ito oooo. o.. 227 Jogo do desenho o. o oooo. oo. ooooooo o. . o 70 Jogo do Onde (O) o. o.. oooo.. oo. o '

00

,0



. .. .. ..... ........... .. . . ..

91 Jogo do Quem A . ooo. o. oo. o.. ooo Jogo do Quem B . 198 Jogo do Quem C . . . . . . . . . .. .. . . . . 232 233 Jogo do Quem C, ~~;e~~~~t~~d~' 'coo~fÚt~ . ooooooooo. o. 234 Jogo do Quem, acrescentando Onde e O Quê' . . . o. o. ooo 103 . ooooo. oo. Jogo do tato oo. ooo.. oooooooo 52 Jogos dos seis objetos o. . .o.. . ..o.. .. .o.. .o. . . . . . . . .oo. . . 57 Leitura coral . ... oo. . . . ooo. . ooooo. ooo. ooooo. oooo. . o 176 Linhas de visão o o. 149 oo.. o. .. . . .ooooo... Lobo solitário . .. : o. : : : : : : : : .......... ........ . .. . 148 Mais pesado quando cheio . .... o. oooo. . oooo. ooooo. . Manter a altura de uma superfície ... .. • . .. .. . o. o. ooo Modificando a intensidade da ação interior . Modificando emoções oooo. oo. o o . Mostrando o Onde sem objetos o. . oo. o.. oooo. . Mostrar emoção por meio de objeto no 1 . . . . oo. . . . oo. o Mostrar o Quem por meio do uso de um objeto . oo.. oo.. Movimento rítmico Músculo tenso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . . ... .. .

65 72 219 318 128 221 125 137 137

Não-movimento Não-movimento Não-movimento Não-movimento Não-movimento

170 172 172 172

o

n. n. n. n. n.





















••











••

•••

•••

••



••



1 . ooo oooo o. ooooo. o o ooo o o o 2 3 o. o ooo. oo. o.. o. . oo o. . ooo o. 4 .. ooo 4 - Aquecimento . . oo oo. . O"

Objeto move os jogadores o. o.. oooooo O O Onde Onde abstrato abstrato A B . oo oooo. o

o oo

XVII

LISTA ALFABÉTICA DOS EXERCíCIOS

IMPROVISAQAO PARA O TEATRO

77

o . 64 127 o. . o

.. . . . .. . .... . . .. . . . . . . . . . . . . . .

127

Onde com ajuda. o o ooooo. o. oo o oo Onde com atividade não-relacionada Onde com obstáculos .. ooo. o. oo. o: : : : : : : : : : : : : : : : : : : ooo.. oo. oo. oooooo. ooo. o Onde específico (O) Onde por meio de três objetos . o. ooo. o... oooooo.. . . . o Onde sem usar as mãos o Onde trocado oo: : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : O que está além? A . oo oooo. o.. o . oooooooo o O que está além? B o.. ooo. . o O que está além? C ooooooo oooooo. oo o o o. o . O que está além? D o o o.. o O que está além? E . o. . o. oo o. . oooo. ooo oo . O que está além? F

93

95 94 123 107 129 105

91 92

93

116 117 118

O que estou ouvindo? o.. o. o. oo. . oooo . O que estou comendo? . o. . o.. oo ooo. . o. o... oooo.. O que estou pegando? ., o. o. oo. o ooo.. . . . oo. . oo. o. O que estou vendo? ou Vendo um esporte .. o.. o. o o. O que faço para viver? ..... . •.. . . o. . o . o o. O que faço para viver? Repetição . ." . o oo o.. O que fazer com o objeto o.. ooo. oo Orquestração ....••......... .. .. . oo o o Ouvindo os sons do ambiente o" " oo o. . o ooo. Parte de um todo •• •....•.. .•..... o oo. o. o.... Partes do corpo: cena completa . . oo o. ooo o. o. Peça de Figurino o. . o o . ooo ooo.. oo. o. . oooooo. o. Platéia dirige (A) Platéia surda oo o o ooo. o. oo Preocupação A o. ooooo. . o o. o o. . oo . Preocupação B oo o oo. . oo . Penetração oo. . oo o . Preso . o o oo oo.. oo. o. oo ooo. oo. o Primeiro exercício de rádio o o.. o Problema oculto o ooo. o o.. o.. o.. o . Quantos anos eu tenho? o o.. o oo. oo . Quantos anos eu tenho? Repetição o. . o . Quem começou o movimento? o o. o . oo. . o.. oo o. . o o . Quem é o espelho? Quem está batendo? A . . ooo. ooo. o. . ooo o. . o. o. o Quem está batendo? B o o oooo. o.. o. oo. o. . oo Que horas são? A o. oo o oo . Que horas são? B . o o o. o o. o. oo . oo. ooo.. Que horas são? C oo. o.. oo. o. o. oo. oo. oo Rejeição o o. . o. o oo. o. oooo. ooo. o. o' o o. o. o. oooooo o. o. . Ruminação o oo

50

52 52 49 67 113 227 198 50

66 136 240 221 204 118 143 78 71

179 199 61 63 61 55

99 103 96

97 97 223 122 Saídas e entradas . o. oo. . o o. o.. o o. . o. oo. oo 151 oo o, .. 234 Segure! A Segure! B ooo o. oo. o. , oo.. oo o o.. 235 Segure! C . ..... ..... •..... o.. oo. . oo.. o. . oo. oo . 235 51 o o.. Sentindo o eu como o eu .•. o. o. . . o. . oo Silêncio antes de cenas oo.. o oo 173 O'

O



O'

"

Somente as mãos o o . o o oo. o. Somente pés e pernas ... •... o o. oo. oo . Substância do espaço (A) . oo. oo. oo o . Sugestões da platéia o.. oo. o. oo oo. oo o. Súplica ...••... ....... o.. o. o. o Sussurro no palco oo o. o o . Tensão silenciosa ........ •. . oo oo.. o . o o . Tarefa para casa' com Onde o. o ' Telefone ................•.. •.•... oo o o . Transformação de relacionamento •.... o Transformação do objeto . .. •. . . . . . .. .. . .. . . ..... . . Três mudanças •••......... . ...... . .... . .. ..... . ... Trocando: de lugares ....•. o oo. oooo oo..

133

132 73 200 197

176 169

126 203 245 193

67 148

xvm

Lista das lIustracões .

IMPROVISAÇAO PARA O TEATRO

Um elemento que permanece no palco. . . . . . . . . . . . . . . . Usando objetos para desenvolver cenas A Usando objetos para desenvolver cenas B

194 191 192

Vendedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Vídeo de TV

159 193

Vendo um esporte, relembrar Ver a palavra Verbalizar o Onde

50 209 114

Ilustração 1 -

Símbolos para a planta-baixa

85

Ilustração 2 -

Construindo a planta-baixa

86

Ilustração 3 -

Planta-baixa original dos jogadores compara,~a com a planta-baixa desenhada pela platéia

88

Informação adicionais nas plantas-baixas

90

Ilustração 4 -

Nota da Traducão .

A presente tradução do livro Impro visação para o Teatro de Viola Spolin surge como resultado de estudo de um grupo de trabalho de alunos do curso de pós-graduação em Teatro/Educação da Escola de Comunicações e Artes . A conclusão do texto só ocorreu, na forma aqui apresentada, após a experimentação prática do sistema. Acentuado pelo fato de o livro se constituir num manual para trabalho prático de teatro, na medida em que a tradução ia se desenvolvendo, foram encontrados basicamente dois problemas: o da linguagem utilizada pela autora e o da adaptação a uma realidade cultural brasileira. Viola Spolin surpreende inicialmente por sua linguagem quase coloquial, direta, objetiva e por isso mesmo carregada de sabor e nuanças idiomáticas. O tom coloquial é intencional, fazendo parte de um sistema e de uma filosofia de trabalho. A grande maioria das palavras instrumentais empregadas pela autora são emprestadas da terminologia esportiva sendo desaconselhado por ela a sua transposição para o vocabulário do teatro. O próprio termo player em inglês refere-se tanto ao ator como ao jogador. Embora exista o termo actor que se refere exclusivamente a ator, a autora prefere o uso de player neste livro. Paralelamente à tradução foi mantida uma correspondência direta com a autora no sentido de obter informações sobre o seu trabalho e consultas sobre a tradução. Em sua atual fase de trabalho, Viola Spolin abole totalmente a palavra actor, substituindo-a por player; além disso o termo Ponto de Concentração foi substituído por Foco. Essas modificações foram solicitadas por ela para a edição brasileira, que entretanto não puderam ser integradas visto que, quando do recebimento da correspondência, o livro já se encontrava em fase adiantada de editoração. Elas serão, portanto, incluídas numa segunda edição.

IMPROVIBAÇAO PARA O TEATRO

.

Introducão . à Edicão Brasileira

Com relação à adequação do livro à realidade cultural do leitor brasileiro, as substituições de jogos tradicionais americanos por jogos tradicionais brasileiros foram realizadas livremente. Contudo, apesar de o conteúdo do jogo diferir de uma cultura para outra, existem elementos estruturais subjacentes que são comuns. Finalmente, a partir do .trabalho de pesquisa com o sistema dos jogos teatrais, a tradução do livro foi mais um passo no sentido de divulgar a proposta de Viola Spolin.

Os anos setenta parecem caracterizar-se como um momento de retomada das propostas que se sucederam, com velocidade vertiginosa, na década que os antecedeu. Aconteceu sem dúvida naquele momento uma síntese do teatro moderno. Hoje no entanto perdeu-se o processo, a perspectiva da procura. Quando um dos resultados mais positivos :desta verdadeira revolução pela qual passou o teatro foi justamente a reflexão em tomo do seu processo de criação. Os espetáculos da década de sessenta revelavam a descoberta através da nova linguagem. Muitas vezes hoje vemos apenas aquele código sendo utilizado para servir a objetivos meramente formais. A partir do movimento Off-off-Broadway surgiram nos E.V.A. novas formas de teatro que se tomaram independentes e que não seriam viáveis dentro do teatro ditado pelo show business. Muitos destes grupos "reinventaram" o teatro. E a técnica era aprendida durante os workshops, cujo desenvolvimento se dedicava a descoberta de novas formas de comunicação. Assim como 'os textos que surgiram desta experimentação teatral (Jean Claude van Itallie, Megan Terry etc.) são conseqüência dos workshops e possuem características singulares, decorrentes do processo de criação coletiva do qual se originaram, também o sistema de Viola Spolin 6 o resultado de pesquisas realizadas durante anos, junto a grupos de teatro improvisacional. Vinculada ao movimento de renovação que se deu no teatro norte-americano na década de sessenta, é como se a autora tivesse distilado desse trabalho intenso de experimentação aqueles elementos essenciais ao desenvolvimento do processo expressivo do ator. Comprometida desde o início com a proposta educacional seu trabalho foi iniciado com crianças e em comunidades de bairro em Chicago - Viola Spolin cria um sistema de atuaçlo que ,

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IMPROVISAÇAO PARA O TEATRO

estrutural ao isolar em segmentos técnicas teatrais complexas. Retoma a trilha do "romance pedagógico", iniciada por Stanislavski, o primeiro a levantar interrogações fundamentais sobre o processo de educação no teatro. A partir do objetivo da procura de autenticidade e verdade, o teatro torna-se a possibilidade de restauração da verdadeira produção humana. O jogo de improvisação passa a ter o significado de descoberta prática dos limites do indivíduo, dando ao mesmo tempo as possibilidades para a superação destes limites. Longe de estar submisso a teorias, sistemas, técnicas ou leis, o ator passa a ser o artesão de sua própria educação, aquele que se produz livremente a si mesmo. Ao mesmo tempo em que a autora estabelece um sistema que pretende regularizar e abranger a atividade teatral, ele existe para ser superado e negado enquanto conjunto de regras. O valor mais enfatizado no livro é a experiência viva do teatro, onde o encontro com a platéia deve ser redescoberto a cada momento. Concebido desta forma, o teatro deixa de ser uma técnica ou o domínio de especialistas. O fazer artístico é concebido como uma relação de trabalho. A partir daí pode haver a substituição do tão mitificado conceito de "talento" pela consciência do processo de criação. Nesta medida o sistema se destina a todas as pessoas: profissionais, amadores ou crianças. Não encontramos mais no livro de Viola Spolin a dualidade entre o espontâneo infantil inatingível para o adulto e a expressão artística como forma inalcansável para a criança. A superação desta dicotomia gera uma nova concepção da atuação no palco. Talvez o maior segredo deste sistema esteja no princípio de que o palco tem uma linguagem própria, que não deve ser violentada. A demonstração desta verdade é apresentada pela autora através de um Ovo de Colombo, que é o jogo de regras. O objetivo da livre expressão da imaginação criativa é aqui substituído pelo parâmetro da linguagem artística do teatro - fornecido pela regra do jogo teatral. Abre-se assim a possibilidade para a realização de um verdadeiro trabalho de educação. O livro propõe o sistema de ensino de Viola Spolin e sua visão de teatro . Além de indicar um caminho seguro para a realização de um teatro autêntico e significativo, revela uma reflexão em torno do fenômeno do teatro e abre perspectivas para novos caminhos de pesquisa. ~ uma reflexão sobre a prática, proposta em forma de problemas, a serem devolvidos ao palco e solucionados durante a atuação.

INGRID DoRMIEN KOUDELA

Agradecimentos

Desejo agradecer a Neva L. Boyd pela inspiração dada no campo da criação de peça em grupo. Uma pioneira em seu campo, ela fundou o Recreational Training School em Hull House, Chicago; e de 1927 até o seu afastamento das atividades acadêmicas em 1941, foi socióloga na Universidade de Northwestern . De 1924 a 1927 como sua aluna, recebi um extraordinário treinamento sobre o uso de jogos, story-telling e folk dance como instrumentos para estimular a expressão criativa tanto em crianças como em adultos, através da autodescoberta e experimentação pessoal. Os efeitos de sua inspiração nunca me deixaram um único instante. Subseqüentemente, três anos como professora e supervisora de creative dramatics no WPA Recreational Project em Chicago - onde a maioria dos alunos tinha pouca ou nenhuma formação em teatro ou ensino - propiciaram a oportunidade para a minha primeira experiência direta no ensino de teatro, da qual foi desenvolvida uma abordagem não-verbal e não-psicológica. Este período de crescimento foi deveras desafiante, na medida em que lutei para equipar os indivíduos participantes com conhecimento e técnica adequados para mantê-los como professores-diretores no seu trabalho em comunidades de bairros . Também sou grata aos insights que tive das obras de Constantio Stanislavsky, que aconteceram esporadicamente durante toda a minha vida. Ao meu filho Paul Sills - que, com David Shepherd, fundou o primeiro teatro improvisacional profissional dos Estados Unidos, o Compass (1956-1958) - devo a primeira utilização do meu material, e sou grata pela sua assistência quando da formulação do primeiro manuscrito há mais ou menos doze anos atrás e seu uso experimental na Universidade de Brístol como bolsista da

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Prefácio

Fundação Fulbright. De 1959 a .1964 ele .aplicou aspee:t