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Portuguese Pages 263 [264] Year 2006
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Castelo medieval de Carcassone @ Chris Hellier / CORBIS / Cover
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llustracao da capa:
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Titulo original: Cultural Atlas of Medieval Europe
Jlustracdao da guarta-capa: O cerco de Antioguia, ilustracao da traducao
de Guilherme de Tiro, finais do sêculo XIII. @ Bibliotégue Nationale, Paris,
Ms. Fr. 9084, f. 58r
llustracio pdgina 1:
(astelo de Loarre
@ Sonia Halliday, Weston Turville
@ Andromeda Oxford Limited
@ 2004, The Brown Reference Group plc
The Brown Reference Group plc (incorporating Andromeda Oxford Limited)
8 Chapel Place Rivington Street Londres EC2A 3DO
@ 9006, Ediciones Folio, S.A.
Rambla de Catalunya,155 08008 Barcelona
ISBN: 84-4138-2266—x
D.L.: B. 45926-2006 All rights reserved. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida por nenhum meio sem permissao do editor. Printed in Spain
AUTOR: Donald Matthew desenvolveu sua atividade docente
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nas universidades de Liverpool,
|
Traducao: Alexandre Martins
Revisio: Carlos Nougué, Meritxell Almarza Diagramario: Cacau Mendes
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Direrio: José Luis SAnchez, Meritxell Almarza
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Edicao Brasil:
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varias obras sobre a Idade Média européia.
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Rennes, Durham e Reading. E autor de
DONALD MATTHEW
EUROPA MEDIE VAL
Lista de mapas 12 18 18 19 19 22 27 26 36 40 43 48 50 52 63 6/ 69 70 75 78 80 88
Geografia politica efisica da Europa atual A Europa em 350 A kuropa em 800 A Europa em 1150 A Europa em 1500 O clima da Europa As vantagensnaturais da Europa Movimentos bêrbaros nos sêculosIve v O Impêrio de Justiniano A Galia merovingia A Ttêlia nos periodos ostrogodo e lombardo AlInglaterra ea Irlanda no século vm A expansao do Islê A Europa carolingia A expansao dos vikings Restauracao do Impêrio Romano do Oriente sob os imperadores macedênios A desintegracao islêamica no sêculo XI AEspanha durante os periodos visigético e omfada Os Estados feudais dos primeiros tempos da Franca Capetiana Rotasatravés dos Alpes O reino germênico no sêculo X Fundacoeseclesiësticas dos séculos XI e XI
90 94 96 98 104 109 111 112 114
Estados cruzados O Impêrio Germênico durante os perjodos sêlico e de Stanfen Os Estados normandos do Sul da It4lia O Impêrio dos Plantagenetas Rotasde peregrinacêo a Compostela O desenvolvimento do Estado papal Oo Impêrio Mongol O Egitosob os Mamelucos AEspanha em 1800
118
AFranca sob Sao Luis
128 133 165 184 185 187 188 190 192 195 196
Asaêguasnordicas O coméêrcio no sêculo XV A distribuicao da arguitetura gética e das universidades A Gréciae os Balcas O Impêrio Otomano 'Territorios da coroa de Aragao Boëmia Polêniae Lituania Hungria Rissia A guerra anglo-francesa
199 201 202 208 204 208 210 212 228 224
Inglaterra e Pais de Gales Esc6cia Irlanda O Impêério Germaênico no final da Idade Média Avidade Petrarca Os Paises Baixos sob os dugues da Borgonha sSuica Altêlia no sêculo xv Portugal Descobrimentos no sêculo xv
SUMARIO 8 10 11 16
Ouadro cronolêgico Prefacio A idéia de Idade Média Temas medievais
Primeira parte: Desintegracao
do mundo antigo 26 56 53
O mundo romano e os seus inimigos
A afirmacao da fé A auto-afirmacao do Norte
Segunda parte: O desbravar de novas terras 66 87 108 120
Novas forcas modeladoras A cristandade em marcha A construcao de uma nova ordem O crescimento das cidades
Terceira parte: Os frutos da civilizacao SOCIEDADE URBANA 141 O governo das cidades 142 Coméêrcio 144 Industria 146 Vida cotidiana 148 Viagens 150 Educacao 152 Ciëncia e medicina
158 160
SOCIEDADE RURAL A estrutura social
Caca e pesca
Ouarta parte: Consolidacao do territério 182 206 222 226 297 229 281
Identidades independentes O eixo da Europa Ocidental Epilogo: a Europa descobre o mundo Glossêrio Lista de ilustracoes
Bibliografia
Indice remissivo
Artigos especiais 56 7a 82 100 102 106 204 218 220
O renascimento carolingio Desfiladeiros alpinos A Igreja medieval Mirabika Urbis Romae Peregrinac4o a Compostela Castelos Petrarca: o primeiro humanista A Invengao da imprensa Cartografia medieval
AS ARTES Arguitetura
164 170 Escultura em pedra 1792 Trabalho em madeira 174 Histérias em vitrais 178 Musica 179 Literatura 180 Iluminuras em manuscritos
OUADRO CRONOLOGIGO ARTE
Basilicas cristas
589-537 Santa Sofia, de
c. 650 tesouro
Jerusalêm,
c. 550 mosaicos de
c. 698 Evangelhos
construidas em Roma,
Constantinopla
Constantinopla
Rabean
800
700
600
500
400
500
Skellig Michael, Tia, .
785-804 Alcuino
de Sutton Hoo
C. B70 Codex Aureus
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de Lindisfarne
O imperador Carlos Magno
coroado em 800
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Diocleciano e Maximiliano,
Santa Sofia, Constantinopla, 528-87
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c. 800
IGREJA CRISTA
818 Edito de Milao
de tolerência para COM OS Cristaos
IMPÊRIO ROMANO
895 divisao do Impêrio
450 morte de Santo
N
596 morte de Sao Bento
817 Sao Bento de Aniang.|
no continente
860 So Cirilo e Sao Metédf
Agostinho em Hipona
560 missêesirlandesas
Calcedênia
590-604 Gregêrio 1 papa
458 Codex Theodosianus
588aAfricadevolta
451 Concilio de
ao Império Romano 584 Codex Justinianus
reforma os mosteiros
sao enviados a Moravia 610-41 Heraclio
716-17 sitio muculmano
imperador
de Constantinopla 717-41 Leao MI imperador
B867-86 Basilio1, primeiro ! |
imperador da dinastia macedonia
IE
780-848 jiconocdlasmo ISLA
622 Maomévai
capital abacida
derrotam o exêrcito romano em Yarmuk 661-80 Muawiya, primeiro califa oméia de Damasco 409 Vandalos, alanos é suevos entram na Fspanha
|
de Bagda como
636 Os muculmanos
ESPANHA
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769 Fundacao
a Medina; a Hégira
509 Os visigodos derrotados em Vouillê voltam a Espanha 589 Recaredo se
711 Os muculmanos invadem a Espanha
Cc. 860 Sérios assaltos dos vikingsa Espanha
789 Carlos Martel
888 Odon, conde de P: is,
converte ao catolicismo
FRANGCA
486 Clodoveu (Clêvis 1)
c.507 Conversao de
Clodoveu (ClêvisD) ao catolicismo
derrota os nêustriosem Tertry
derrota os sarracenos em Poitiers 751 Pepino III se torna rei dos francos
476 Odoacro
536 Belisêrio
668 Constante IT é
774 Carlos Magno
derrota Siëgrio
TTALIA
rei da Jtlia
ALEMANHA
406 Os germanos
atravessam o Reno
reconguista Roma
568 Invasao longobarda da Ttdlia
687 Pepino de Austrasia
derrotado em Siracusa
509 Fundacao da
800 Carlos Magno é
Sao Bonifdcio 779-804 Guerras
541 Ulfilasiniciaa
conversao dos godos 876 Os godos
o impêrio se divide
Os eslavos comecam
so
aadentrar os Bilcas
E IRLANDA.
deebale
Ys ODNEID ED Pas ' od
atravessam o Dantibio GRA-BRETANHA
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coroado imperador 8438 Tratado de Verdun: .
saxênias
EUROPA ORIENTAL
torna-se rei
se torna rei da Italia
754 Morte de
sede de Constanca
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568 Sao Columbo
em lona
664 Sinodo de Whitby
Supremacia mêércia.
s 886 Os dinamarguesesê
781 Beda terminaa
estabelece em m Dublin.
Histéria elesidstica
899 Morte de Alfredo
Primeiras incursêes Reis de WessnaexInglaerd 793 vikingsnaInglaterra ESCANDINAVIA
od
597 Missao romana
na Inglaterra
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860 Os din
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1000
c. 985 Beowulf
1100
Cc 1603 Sao Marcos,
1120-80 abadia, Moissac,
Veneza
Chanson de Roland
1194-1220 catedral de Chartres
1500
1400
1500
C, 1225-74 Aguino
1804-74 Petrarca
c. 1400-74 Dufay
1265-1321 Dante 1266-1887 Giotto
1877-1446 Bruneclleschi 1886-1466 Doanatello
da Vinci 1471-1528 Darer
Cc, 1240 Roman de la rose
1545-1400 Ghaucer
c. 1890-1441 Van Eyck
Esculturas da catedral de Chartres,
1452-1519 Leonardo
A prefeitura,
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Siena, 1997-1876
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A torre de |ondres, c. 1080
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Donatello, 1430
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1046 Sinodo de Sutri
de Cluny
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963-69 Nicëforo Focas imperador
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909 Fundacao do vcalifado fatimita no
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Norte da Africa
115 fundacao
inicio da reforma na
de Claraval
[greja romana
1179 Concilio
1018 derrota final dos balgaros
1176 Manuel] derrotado pelos
1904 44. cruzada; ocupacao de
de Manzikert
Mirjokefalon
seljicidas em
1055 Os seljacidas ocupam Bagda
1171 Saladino conguista o Egito fatimita
depois de Manzikert,
Jerusalêm
1071 Os seljêcidas,
|| naEspanha
1081 Fim do califado
1187 Saladino recupera
1453 Ocupacao de Constantinopla
Constantinopla
1961 Restauracao 1918-21 5% cruzada 1950-1517 A dinastia
1826 Os otomanos ocupam Bursa
1402 Morte de Tamerlao
1991 Uitimos Estados na
derrotam os sêrvios
ocupam
mameluca no Egito
pelos mamelucos
11370 conde de
Barcelona se torna
conguistam Toledo
1147 Lisboa é tomada
rei de Aragao
dos mu
1878 inicio do Cisma
de Constanca
primeiros estatutos
Terra Santa condguistados
de Cérdoba
1085 Os cristaos
Avignon
1415-17 Concilio
do impêrio
1095 13 cruzada
|| 999 Califado oméia
1915 a Universidade de
Paris redige seus
ocupam a Asia Menor
N
ordem franciscana
Lateranense TI
1071 batalha
1809-77 papado de
1209 aprovagao da
1985-48 Os catélicos
conguistam Cérdoba
e Sevilha
1389 Os otomanos
em Kosovo
1869 Dinastia
'Trastimara em Castela
1458 Os muculmanos Constantinopla
1479 Casamento de
Fernando V de Arag&o
e Isabel de Castela
1492 Descobrimento
do “Novo Mundo”
anos
1498 Vasco de Gama
chega a India 011 Rollo se instala
na Normandia
primeiro rei
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1204 Filipe II conguista
c. 1020 Impoe-se
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a trégua de Deus
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1296-70 Luis IX
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Filipe
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Eduardo TN
Valois
nglaterra e da Franca
962 Oto1é coroado imperador Ae
1080 Os normandosse
estabelecem em Aversa
1180-54 Rogêrio reidaSicilia
&
EE 1075 Inicio da disputa
das investiduras
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1122 Concordata
de Worms 1159-77 Disputa entre oimpêrio e o papa
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irde Kievse
uma arguidiocese em | Gniezno
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reino da Hungria
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ao cristianismo
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1000 Oto TT estabelece
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1066 Conguista da Inglaterra normanda da
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1154 Henrigue 1,
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da Inglaterra
É fandadoo 1104 arcebispado de Lund 1152“Abrie” de Nidaros 1164 “Abrie” de Upsala hy kak
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o Temerërio, Gltimo
Valois dugue
1847 Vinda da Criméia,
1434 Cosme de
apeste chegaa Gênova
Mêédici regressa
primeiros florins
reunifica as terras dos
1454 Paz de Lodi
1252 Cunhados os
1885 Gian Galeazzo
(Florenca)
Visconti
1978 Ridikfi de
1838 Declaracao
a Florenca
1419-36 Guerras
Habsburgo é eleito rei dos romanos
de Rense 1848 Em Praga
hussitas
1941 Os mong6is
1820 Reunificasse
1478 Iva DI
1991 Primeira alianca suica
1915 Carta Magna
1284 O rei da Inglaterra
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derrotam Os cristaos em Legnica
1001 Estabeleceseo es
1919-50 Frederico II
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1210-29 Guerrasalbigenses
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1431 Joana d'Arcé
1887 Tem inicio
é fundada uma universidade
o reino da Polênia 1586A Polênia
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PREFACIO Tempos houve em gue a histêria era apenas um ramo da literatura dedicado a evocacao do passado por meios puramente verbais. Embora as palavras continuem talvez a ser indispensêveis 4 apresentacao de certos aspectos do passado, a mvencao da fotografia tornou possivel uma nova forma de registro histêrico gue criou um apetite voraz por imagens do passado. Nao se conhece nenhum periodo da histêria mais fotogênico gue a tao denegrida Idade Mêédia. Os esplendores de Versalhes, projetados para impressionar as multidêes, sêo rebaixados pela fo-
tograf1a, enguanto as catedrais — por mais gue as suas grandes fachadas tenham sofrido — recebem com agrado o fot6grafo curioso gue se esgueira pelas suas galerias em busca de pormenores insuspeitados desde o solo: de esculturas ou vitrais criados hê sêculos mais para os olhos de Deus do gue para os dos homens. A fotografia pês a descoberto os maravilhosos pormenores da arte medieval, nao sê nas grandes obras, mas tambêém em objetos tao peguenos guanto as iluminuras, de gue em tempos apenas alguns especialistas tinham conhecimento. Estes objetos, peguenos e grandes, encontram-se tio generosamente distribuidos por toda a Europa gue poucas so as regioes do continente em gue eles nao tornam a Idade
Média um conceito familiar, e a sua infinita variedade e
suprema gualidade excedem sempre todas as expectativas. Ouando a histéria era sobretudo uma guestio de palavras, os historiadores descreviam uma Idade Mêédia dominada por guerreiros, em gue sê valia a pena pensar em religiao. Agora gue o passado pode ser visualmente observado, a Idade Mêédia se mostra perante nossos olhos sob um aspecto bastante diferente. A atitude do historiador frente a geografia e 4 cartografia continua a ser mais um reflexo da sua prêépria visao do assunto gue de gualguer imperativo externo. Na
Franca, o sistema educacional promoveu a COOperacao
estreita entre a historia e a geografia, ao passo gue o sis-
tema inglês, gue as considera disciplinas alternativas, contrariou, de modo igualmente natural, tal coopera-
cao. Os professores, conscientes da importência das re-
lacoes espaciais em histêria, véem-se com fregiëncia obrigados a fazer iniimeras referências a atlas geograficos, dado gue os livros de histêria gue utilizam fornecem apenas mapas extremamente rudimentares. Um livro gue tenha como meta apresentar a histêria por intermédio de mapas e ilustracoes reconhece as necessidades legitimas de muitos estudantes. Cartografar a Idade Mêédia levanta, no entanto, algumas dificuldades peCuliares gue devem ser tidas em consideracao. Tracar mapas do Impêrio Romano, um territêrio com fronteiras, é um projeto compreensivel. O termo “Idade
Mêédia” nao tem, contudo, essa conotacdo territorial.
Para alguns historiadores ele se transformou num termo de arte abstrato, tio esotêrico guanto o termo “Barroco”. Os escritores mais prosaicos definem este periodo por intermédio de datas, mas dentro de limites tio amplos gue implicam necessariamente conotacbes geograficas diferentes. A ripida expansao dos estudos medievais na Europa Ocidental nos Gltimos guarenta anos tende a transpor as afuais divisêes da Europa para o passado remoto. O esgueleto carolingio da CEE inicial, sem a Peninsula Ibérica e com a fronteira oriental bas-
tante para leste do Elba, por vezes da lugar a geografia
da Igreja romana, embora seus extremos orientais, a Polénia e a Hungria, sejam apenas alvo de uma atencao
muito superficial. A ignorência das guestêes relativas a estas regiëes, bem como das suas linguas e geogratia, continua, ainda hoje, a ser tio grande no Ocidente gue nao nos deve causar surpresa gue raramente sejam men-
cionadas em relatos sobre a Europa medieval.
A extenso do poder eclesiéstico por toda a Europa fa-
vorece o tratamento cartografico, mas a Igreja nao en-
frentava os reais problemas geogrêficos de um império,
ea elaboracêo de um mapa dos postos avancados cristaos na Asia, tao longinguos guanto Peguim, pode for-
necer uma impressio enganadora por intermédio de um instrumento visual aparentemente legitimo. Uma Igreja tao inextricavelmente envolvida nas guestoes dos seus concidadaos cristaos do Leste nao pode ser representada sob a forma de mapa como se o Império do Oriente (dito Bizantino) fosse uma civilizacao distin-
ta, mesmo gue as nossas disciplinas acadêmicas preten-
dam gue assim era. E o Isla, gue se limitava com a Cris-
tandade em toda a sua fronteira meridional? Deveria ser tratado como se pertencesse a outro tema? Sera gue nao deve ser levado em consideracao guando se escreve sobre aldade Média? É verdade gue os préprios especialistas em histêria medieval nao estio muito bem preparados para fazer face 4 natureza multifacetada do mundo
medieval, mas os seus problemas nao sio desconhecidos
no préprio mundo moderno. Ha outro aspecto da cartografia da Idade Mêédia para o gual se deve chamar a atencao. Os homens de entio nao negligenciaram a cartografia por falta dos conhecimentos necessêrios, mas sim porgue territêrio e fronteiras nao tinham para eles nenhum significado. A sua lealdade era para com individuos, senhores e suseranos, e nao para com Estados ou Nacêes. A elaborac&o do mapa de uma iinica cidade podia exigir a identificac&o de enclaves especiais. Para muitos territérios da Europa teria sido impossivel definir a propriedade, j& gue cada territOrio alimentava um grande nimero de homens diferentes com os seus prêprios direitos distintos e por vezes sobrepostos. Se a sofisticada cartografia moderna tentas-
se fazer justica a eles, confundiria o observador em vez
de ajudar a sua compreensao.
Gracas a capacidade e 4 dedicacao dos cartografos (Liz Orrock, Zoë Goodwin e Nicholas Harris) e dos res-
ponsaveis pela iconografia (Andrew Lawson e Diana Morris), o leitor deve poder apreciar o texto tal cComo o autor imaginou gue ele deveria ser lido. Embora eu espere gue o texto seja coerente, ele nao pretende ser um resumo de um longo e complicado periodo da histêria, mas sim servir de contexto aos recursos visuais deste atlas. Foram escolhidos tépicos gue exigem apresentacao sob a forma de mapas ou gue poderiam se valer deles, de modo a gue, uma vez juntos, constituissem uma analise geral daguele periodo. S6 me resta agradecer aos gue me ajudaram na preparacao deste livro, sobretudo a Christopher Brooke, pelos seus comentdrios inestimaveis e conselhos generosos, Sir Richard Shouthern,
pelo seu apoio, e o Dr,
Graham Speake, gue dirigiu todo o projeto.
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A IDÉIA DE IDADE MÉÊDIA Na Itêlia do sêculo xiv havia reis germanicos gue pretendiam
ser Imperadores
romanos.
Baseavam-se
na
idéia de gue o Impêrio Romano resistira desde a Antiguidade até a sua época, mas para alguns isso era um absurdo. Ouando Petrarca (1804-74) e vêrios eruditos
posteriores comecaram a interessar-se verdadeiramente pela histéria de Roma, pareceu-Ihes gue aguela cidade tinha, a certa altura, entrado inexoravelmente em
declinio. Os seus estudos os levaram a recuperar pelo menos o espirito perdido da Antiguidade. O Renasci-
mento, gue se seguiu, nada fez para restabelecer a realidade politica da Roma antiga — gue, na melhor das hipOteses, continuou a ser um fenêmeno cultural ape-
nas com efeitos superficiais sobre a gestao das guestêes pablicas —, mas tanto os historiadores gue procuravam e@sse restabelecimento guanto os gue seguiram a sua tradicao cultural aceitavam o fato de gue tinha havido uma idade média entre o mundo cultural antigo e a sua restauracao. O préprio conceito de Idade Mêédia baseava-se em pouco mais do gue um preconceito erudito original, sem nenhuma intencao bêsica de dividir solenemente a histéria em periodos. Assim, todas as tentativas de definir este periodo por meio de guaisguer outros critêrios estardo fadadas ao fracasso; OS historiadores gue tentam justificar o esguema do sêculo XIv simplesmente caem em uma ratoeira. Desde
o inicio, os latinistas do Renascimento,
do
alto da sua superioridade, consideraram a ldade Mêdia um periodo de barbêrie. Em um momento em gue os
valores da erudicao latina dominavam a cCultura ocidental, esta convencao em relacio 4 barbêrie medieval
tornou-se verdade indiscutivel. O estudo intensivo da Idade Mêédia sê teve inicio no sêculo xIX e sê mais recentemente ainda é gue se comecou a acreditar na relatividade dos valores culturais, o gue minou o prestigio do classicismo. Embora uma nova analise da Idade Mêédia tenha se tornado possivel, o termo em si estê tao enraizado gue as tentativas de provar o seu absurdo naêo conseguiram eliminar a sua utilizacao. Assim, este termo se mantém por conveniëncia e constitui, como os seus nêo menos absurdos companheiros, “antigo” e “moderno”, uma simples etigueta da divisao tripartida da histêria. O Renascimento, gue nos legou o conceito de Idade Média, deu uma contribuicêo importante para a defi-
nicao deste tema guando a obra de Giorgio das dos mais eminentes arguitetos, pintores res italianos (1550) se propês demonstrar artistas haviam recuperado as artes perdidas
Vasari Vie escultocComo os da pintu-
ra, escultura e arguitetura. As artes da Idade Mêédia fo-
ram, durante sêculos, desdenhadas como cruas e primitivas, € artistas gue nada sabiam das leis da
perspectiva ou dos cênones clêssicos da beleza humana
nio mereciam
nenhuma atenc&o. A arguitetura me-
dieval foi apelidada de “gética” devido a sua origem barbara setentrional. Este termo adguiriu desde entao um significado mais restrito, mas continua a ser espécialmente inadeguado, por exemplo, para designar a obra dos arguitetos franceses do sêculo XI. Ouando o gético foi reabilitado pelos entusiastas do século XIX, a completa apreciaco dos seus feitos técnicos foi con-
trariada pelo destague eguivocado dado as suas conotacoes religiosas e sociais. Mais uma vez foram as modernas mudancas de gosto gue mais contribuiram para gue fosse feita justica 4 sua importêancia como uma das poucas criac6es verdadeiramente originais em arguitetura. Também na pintura o colapso da tradicao académica, com a sua énfase no desenho de figuras, na perspectiva e nos temas elevados, tornou possivel, pela primeira vez, julgar a arte medieval sem os preconceitos clêssicos. Em consegtiëncia disto, o Renascimento j& nao pode ser aceito, nos seus proprios termos, como um periodo de “renascimento” artistico. A sua autoconsciëncia faz dele um movimento artistico sem para-
lelo na Idade Mêédia, mas o seu “estilo” diferente foi apenas a Gltima das alteracées atualmente reconheci-
veis na arte medieval, gue estava longe de ser uniforme e sem valor. O preconceito renascentista contra a arte medieval — por desculpavel gue fosse, a seu modo — perdeu toda a capacidade de influenciar as sensibilidades modernas. Logo apês o Renascimento, a Reforma criou o seu préprio corpo de eruditos, influente e agressivo, persuadido de gue a histéria da Igreja também podia ser dividida em três — antiga, média e contemporênea —, guando esta devia regressar 4 sua perfeicao primitdva. Embora as datas do periodo intermédio fossem um tan-
to imprecisas, ele podia ser definido como a era do ro-
manismo, no tanto imperial guanto papal; durante ele o clero papista dominava as mentes humanas por meio da supersticao. Os catélicos nio podiam ter a mesma visao sombria deste periodo do gue os protestantes, mas as suas tentativas de defender e justificar a ordem medieval nao contribuiram em nada para abalar a confianca nesta periodizacêo da histéria da Igreja. No sêculo XX, o Movimento Ecumênico e o Concilio Vaticano Segundo (1962-65) de modo geral embotaram as camadas da polêmica religiosa e finalmente salvaram a histéria da Igreja medieval da controvêrsia sectaria. Mas, embora os modernos estudiosos da Idade Mêdia acreditem ter ficado livres dos velhos preconceitos dos latinistas, entendidos e teëlogos, o legado deixado por estas atitudes culturais estabelecidas para os estudos medievais foi muito profundo. Grande parte da informacao
sobre o mundo medieval ocidental est4 em latim, escri-
ta pelo clero, de modo gue os historiadores nao conseguem evitar os problemas de avaliacao da confiabilidade dos escritores ou do seu grau de cultura latina. Os especialistas atuais podem estar predispostos a rejeitar suposicêes fora de moda, mas é impossivel negar gue toda a base da idéia medieval vem do sêculo XVI,
guando os homens pela primeira vez se deram conta de uma ruptura entre a sua prépria época e o passado recente. É obvio gue agueles gue viveram durante os dez ou mais séculos medievais da histéria da Europa Ocidental — posteriormente reunidos com desprezo ou desênimo como um periodo de lamentavel regresso humana — de modo algum se deram conta do seu destino comum. Trat4-los como parte de um mesmo periodo é recuperar as preocupacêes do século xvi. O milênio medieval foi t&o variado, dinimico e criatlvo guanto gualguer milênio conhecido da ciëncia, 1
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A IDEIA DE IDADE MEDIA
Os historiadores e a Idade Mêédia Antes de os historiadores se interessarem pela Idade Média, os antiguêriosja tinham pelo menos comecado a conservar religuias do passado medieval: manuscritos, privilegios e objetos religiosos; depois da Reforma, provas de linhagem antiga; edificios antigos para glêria das familias nobres. Esses antiguaêrios nao eram apenas colecionadores, mas também estudiosos do passado. O conjunto do seu trabalho resultou na publicacao de muito material tl (em parte perdido desde entao), na preparacao de manuais indispensaveis, como Arte de estabelecer datas, ou Diciondrio medieval de latim, de Charles du Cange, e no inicio do estudo do inglês antigo. A importante contribuicao destes estudiosos comecou antes daguela dos historiadores e foi de inspiracao diferente. Os estudos medievais sao ain-
da marcados pelo duplo sinal da sua origem dual. Se alguma vez os historiadores vierem a deixar de se interessar pela Idade Média, os arguivistas, argueëlogos, arautos, numismatas, paleëgrafos e outros nao vacilariam na sua lealdade para com a época medieval. Os objetos medievais exigem atencao, guer se julgue aguele periodo “relevante” ou nao. O trabalho dos antiguêrios se inspirou no desejo de salvar alguma coisa do zelo destrutivo dos reformadores religiosos. A dissolucêo dos mosteiros em Inglaterra destruiu ou dispersou os tesouros neles acumulados por muitos sêculos. Apenas lê sobrevivera a vontade de preservar pelo menos alguns objetos considerados preciosos, embora velhos de séculos. No espaco de alguns anos esses tesouros antigos foram pilhados sob o olhar aprovador dagueles gue se consideravam, bem como 3s suas crencas, muito superiores aos monges. Naguele momento uma arrogi&ncia assim nao parecia vandalis-
mo, mas iluminacao. Mas uma geracao mais tarde esse
estado de espirito jê tinha passado. Havia entao alguns homens dispostos a olhar para três, a lamentar o sague e a salvar algo, no como “velhos crentes', mas com a vaga sensacêo do gue se pode perder do registro humano pela defesa irrefletida de modas intelectuais. Nos paises catélicos, a destruicao causada por distirbios foi menor. O Concilio de Trento (1545-63) restabeleceu a fé e grande parte da tradicao catélica. O préprio monaguismo recuperou parte da sua autoconfianca. Na Franca, os chamados eruditos mauristas
utilizaram os recursos das antigas bibliotecas monasticas gue tinham sobrevivido as guerras religiosas (1569-98) para erguer os alicerces do saber medieval. Jean Mabillon (1682-1707) aprendeu a ler os documentos antigos da Ordem Beneditina e explanou as regras para verificar a autenticidade dos registros me-
dievais. Publicou textos e escreveu sobre a histêria da sua ordem. Os jesuitas comecaram a testar as histêrias dos santos por intermédio de um estudo sêrio dos textos. Em toda a Europa Ocidental os estudiosos comecaram a publicar narrativas e documentos relativos ao
periodo medieval muito antes de os historiadores tenGeografia politica e fisica da Europa atual
barbêrie foi obliterada. A Europa tornou-se mais do gue um mero
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antigas civilizac6es tinham
O povoamento humano de todoo continente europeu teve lugar pela primeira vez no periodo entre o colapso do Império do mundo pelos europeus. Para
isso, os povos das regioes setentrionais, além das fronteiras do Impêrio, exploraram os recursos do mundo mediterrineo. Deste modo, a divisao Cultural da Europa entre a civilizacao ea
termo geogrifico, passando a ter tambêém implicagbes culturais. Mas essa cultura foi mantida por um novo tipo de apoio fisico. As
tomado forma dentro da bacia do
Mediterrineo como um tnico tpo de unidade fisica. Com a cultura medieval, o ambiente fisico do continente europeu adaguiriu significado pela primeira vez, 18
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portante histéria medieval, gue, tipicamente, aborda-
va o declinio do Impêrio Romano. Aprendeu a sua técnica por intermédio do estudo da histêria antiga e a sua obra se caracteriza por uma intolerêvel condescendência para com a Idade Mêédia. O seu deliberado ceticismo guanto as virtudes da religiao, caracteristico
da época do Iluminismo,
impediu-o,
bem
como
aos
seus contemporêneos, de penetrar no imago da sensibilidade medieval. As certezas da filosofia foram varridas pela Revolucao Francesa, e foi na geracao seguinte gue os historiadores comecaram pela primeira vez a estudar com afinco a Idade Mêdia. O manifesto desinteresse do
moderno
espirito racionalista na correcao dos erros
acumulados durante os séculos de ignorancia e a incapacidade de solucêes puramente racionais para os problemas humanos serem universalmente aceitas levaram os historiadores a estudar periodos em gue o fundo irracional da mente humana parecia estar mais em evidência. A prépria religiao jê& nao era considerada um tecido iléêgico de proposicêes intelectuais, mas uma expressao das mais profundas experiëncias emocionais humanas. Para alguns, sobretudo para a Igreja
e para a monarguia, valia a pena tentar restabelecer a
ordem européia em termos das verdades pré-iluministas; o estudo do passado e das origens do préprio mundo europeu exigia, portanto, pesguisa. Na Alemanha, onde Napoleao havia provocado um renascimento nacional, um desejo compreensivel de redescobrir o remoto passado germaênico antes de as modas francesas terem corrompido as cortes principescas germênicas
levou os estudiosos a se debrucar sobre a Ildade Mêédia.
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dade do impêrio cristêo; os alemêes do sêculo XIX bus-
caram apoio tanto no seu passado medieval guanto no seu prêprio papel civilizador. Empreendidos com entusiasmo
na Alemanha,
os estudos
medievais
torna-
ram-se rapidamente populares em todos os paises ocidentais em gue os invasores germanos tinham no passado derrubado as barreiras imperiais. Estes “bêrbaros” eram retratados como homens virtuosos, combatendo a corrupcao e a decadência de Roma, renovando o suporte fisico da Europa, lancando as bases das nacoes da Europa moderna. O principio da Idade Média parecia agora dever tudo ao expurgo benéfico levado a cabo por estes herêis; nao era necessêrio deplorar o sague de Roma: a sede de sangue do Impêrio fora punida com sangue. A cultura latina, opressiva e elitista, perdeu assim a virtude gue os contemporêneos de Gibbon viam nela. Para compreender a verdadeira na-
tureza dos povos germaênicos, era necessêrio estudar a
Idade Mêédia. O periodo da Revoluc&o Francesa e o periodo romantico também inspiraram um interesse renovado nas velhas literaturas e linguas nacionais gue haviam florescido particularmente durante o periodo “medieval”, As obras literêrias evidentemente careciam de informacao histêrica, mas oferecjam pistas sobre as culturas do passado, sem aparentemente
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darem mostra
de preconceitos eclesiësticos. Encorajados pelas suas leituras de poesia herêica e de lendas, os europeus comecaram nao sê a ter uma viso diferente do barbaris-
mo medieval, mas tambêém a planejar um novo programa de educacio de massas nas linguas vern4culas da Europa, gue, posto em prêtica na nossa prépria época,
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End
AIDEIA DE IDADE MÉDIA
despojou a tradicao cléssica da sua influência secular na educacao. No lugar da literatura cl4ssica, as literatu-
ras e histêrias nacionais dos Estados europeus. Vrios Estados modernos foram politicamente “reanimados” gracas as suas origens medievais, € as suas preocupa-
coes nacionalistas atuais forcaram os estudos medievais
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a explicar as fontes de inspiracao nacionais com fins educativos. O entusiasmo sustentou anos de penosa investigacao do passado: os problemas de interpretacêo dos registros medievais, de producao de novas edicêes de crêniCas e cartas e todas as intimeras mas necessirias obras
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de referência, dicionêrios e atlas. Mesmo
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dias, os medievalistas nêo conseguiram ainda alcancar os classicistas, gue tém guase guatro sêculos de dianteira. Mas, 4 medida gue a apreciac&o do passado medieval vai se desenvolvendo, jê se considera exagerado e
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enganador o contraste acadêmico entre germênicose romanos. A Idade Mêédia nao foi uma longa batalha entre homens de racas € culturas diferentes. Nem os romanos eram tao corruptos nem os germanos tao exemplares como a lenda nos pretende fazer crer. O estudo da Idade Média, da literatura, da arte e da ardguitetura medievais nao consegue, contudo, escapar facilmente 4 teia construida ao seu redor pelo Romantismo. Os estudos dessa época ajudaram a criar aguele tipo de mundo cultural gue ainda hoje consideramos certo, com o seu gosto pelo primitivo, pelo ex6tico, pelo nobre e pelo emocional. Escritores to prêximos de nés guanto Voltaire ou Gibbon achariam insuportêvel o nosso gosto pela imaginacao romantica gue esta
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por detras da nossa visao da Idade Mêédia como uma terra de mistêrio, de imaginacao e de grandeza. A Idade Mêédia de Walter Scott, de Richard Wagner, de Emmanuel Violletle-Duc, dos irmaos Grimm, de John
Ruskin ou de William Morris, com todos os seus defei-
tos, continua a mos apontar um caminho para tras, em
direcio as suas inspirac6es medievais originais. Os gue
seguem tais pistas e tentam alcancar um novo entendimento da Idade Mêédia talvez consigam escapar as inOuilderico morreu em Tournai em 481. O timulo foi aberto em 1958 e o gue foi encontrado na
sepultura foi rapidamente divulgado por Chifflet (1655). E um dos mais notAveis depsitos medievais, cuja importancia se
deve tambêém ao fato de poder ser datado com precisao. A maioria
das pecas de joalharia foi roubada
do Cabinet des Médailes, de Paris,
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com granadas incrustadas.
terpretac6es romênticas, mas continuam
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prêéprio Romantismo o desejo de redescobrir um mundo mal compreendido. A Idade Mêédia sê “existe” na imaginac&Ao moderna como o lugar adeguado para a mente humana explorar a totalidade do seu potencial, porgue na Idade Mêédia as mentes de muitos homens nio Estavam forcosamente sujeitas, pela educacao, aos
ideais arbitrêrios de uma minoria. Muitos homens atingiram posicêes de influência sem ter uma educacao formal e, em consegiëncia, houve, de certo modo, mais oportunidades para due a caprichosa imaginacao
humana se afirmasse. Neste sentido, a Idade Média nao pode ser limitada por barreiras no tempo é no eSpaco, pois estas sao pro-
duto da imaginac&o histérica. Inspirado talvez por certos aspectos peculiares de uma fase do passado da Eu-
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diferentes relatos do gue viram. Para alguns é uma
Cpoca de fé, para outros, de artesaose opressao feudal;
para outros ainda trata-se de uma sociedade primitiva, de algum modo reanimada, contendo o segredo da preponderancia européia nos tempos modernos, gue, se fosse conhecido, talvez permitisse a outras sociedades primitivas dar sua "largada'. Tocar na histêria da Europa por mais de mil anos continua a ser como gue vasculhar em um armazém de tesouros na esperanca de uma descoberta fabulosa. A idéia de segredos escondidos e mistérios maravilhosos continua a ser uma parte indiscutivel do gue se espera da Idade Mêédia. A definic&o do periodo medieval gue agui aceitamos aborda a miscelinea de acontecimentos gue tiveram lugar entre o colapso do Impêrio Romano do Ocidente e a descoberta maritima do resto do mundo,
na década de 1490, o periodo entre a invasao do Impêrio pelos “Bêrbaros” e a invasao da América e da Asia pelos “europeus”. Nem toda a gente consideraria atualmente estes invasores europeus como “civilizados” ou menos “bêrbaros” do gue os seus antepassados do milênio anterior, mas o gue é 6bvio é gue eram muito diferentes na realizac&Ao dos seus ideais. Eles ja tinham passado por grandes vicissitudes da sorte, e€ aprendido com isso. A @nfase na Europa Ocidental gue a triade antigomedieval-moderno implica apaga a imagem do Impêrio Romano com base em Constantinopla e obscurece a do Islê, embora segundo os padroes modernos os im-
pêrios dos gregos e dos muculmanos deste periodo merecam atenc&o por serem potências mundiais, como o nao eram os Estados europeus medievais. Em Constantinopla e em Bagd4 nao se pode considerar justificével a expressao periodo medieval, e as respectivas histêrias ficam inevitavelmente distorcidas guando se tenta fazer com gue elas caibam nas categorias ocidentais. É, no entanto, melhor fazé-lo do gue deixé-las completamente de fora. O fato de se ter em conta a sua coexistência com a Europa medieval ajuda-nos a evitar
simplificacêes ilusêrias, mas cria complicac6es para os
historiadores. Sêo raros, se é gue existem, os gue tém (ou ter&o, em circunstincias previsiveis) um conhecimento suficientemente profundo das três culturas em guestao para gue possam escrever sem preconceitos sobre a sua complexa interacao. A bagagem de conhecimentos necessêria para fazer justica a todas as comunidades ocidentais jA é bastante importante, mesmo antes de Ihe adicionarmos o peso extra das linguas européias orientais e a consideracaAo das diferentes tradi-
cêes do Islê e do Oriente. A Idade Mêédia deve ser acelta como
um
concelto cultural basicamente
ligado a
Europa Ocidental, criado numa fase da sua prêépria histéria em gue tentava se reconciliar com o seu passado. Mas para os homens gue viveram nagueles tempos conturbados a Europa Ocidental nêo era uma regiao privilegiada, impermeëvel is influências hostis. Ao contrêrio, era extremamente vulnerêvel a atagues e re-
conhecia sua prépria situacio de inferioridade, tanto em relac&o ao Impêrio Romano de Constantinopla guanto & civilizac&o islêimica ao sul. Dai a preocupacao em insistir na pureza da sua prépria prêtica religiosa, pois af era inatacavel. Falar agora em estudar a Idade Média como se esse periodo tivesse uma coerência definivel provocar4 sem divida efeitos de distorcao, nao apenas em relacio ao resto do mundo, mas também em relacëio a mil anos de acontecimentos significativos
ede alteracbes dramdticas. A Idade Média nao deve ser
considerada homogênea. Cada sêculo exige o reconhecimento da sua individualidade.
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paz de deter as incursêes de sagueadores distantes. Jê
gue nem o préprio governo universal conseguira deter os barbaros desordeiros, a Ginica esperanca de controle
politico sobre os acontecimentos estava nos grandes proprietêrios gue cumpriam obrigacées piblicas em ambito local. A Idade Mêédia seria definida como um periodo gue nao dava as autoridades soberanas o direito de comandar a sociedade civil ou exercer responsabilidades na defesa das fronteiras contra vizinhos hostis, o gue também podia significar gue homens brutais promoviam desordens sem receio de castigo governamental, j&A gue nenhum braco de suserano chegava têo
longe guanto as suas pretensêes. Havia, no entanto, outros entraves, pois neste periodo os homens fortes eram incapazes de afirmar gue o seu poder era justo. A autoridade para se pronunciar sobre “direito” fora se-
parada do Estado, tal como acontece atualmente em
alguns lugares. Essa autoridade era entao prerrogativa da Igreja. Na Idade Mêédia o Gnico “soberano” reconhecido era Deus.
O monoteismo se firmou no Impêrio Romano no sêculo IV. Até os imperadores universais se curvaram ante
as consegiëncias de tal fato muito antes de os governantes bêrbaros descobrirem gue também tinham de fazélo. Estes altimos, embora obviamente dispondo de um poder real muito mais limitado gue o do imperador, deram mostras de uma relutancia muito maior em aceitar as coac6es do monoteismo. Mas enguanto nio o fizeram continuaram a ser “bêrbaros”, vivendo 4 margem da sociedade medieval e negando os valores do mundo 'civilizado”. A crenca em gue Deus triunfaria sobre a in-
justica dava aos homens forcas para suportar a misêria e
a violência, numa época em gue nio existia um Estado poderoso para repor o direito.
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globo e cetro,jé cuida do seu antecessor em declinio. Esta
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guela gue era chamada de época moderna. A seguranca proporcionada pelo dominio privado nao ia mais longe, na melhor das hipêteses, gue a reputacao
um reia um nivel de proeminën. €nguanto o rei gue preside, COm
adversidades humanas, foi,
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A fé e a primazia do poder local A opiniao gue o Renascimento e a Reforma tinham da Idade Mêédia j&A nao merece o respeito dos historiadores, mas sua preocupacao com os assuntos da Igreja e do Império chamou atencêo para a guestêo importante. A experiëncia moderna mostra até gue ponto os governos podem ter importência na vida de cada comunidade. O gue sabemos do Impêrio Romano mostra um governo capaz de criar condicêes de vida compardveis em todo o seu territêrio, contra o gual sê podia ter lugar uma resistéência localizada e intermitente, Nem todos os habitantes do Impêrio gozavam dos mesmos privilégios, mas o governo influenciava e enguadrava as suas expectativas. O colapso do Impêrio traduziu-se sobretudo no fato de o “governo” ter deixado de ser eficaz, desse modo deixando todas as sociedades dependentes de individuos conhecidos, e nio de funcion&rios agindo em nome do Estado. Dai em diante, para a maioria dos homens os senhores gue os seus vassalos € dependentes conheciam pessoalmente continuaram a ter mais importência, até gue os vérios Estados da Euro-
Mas no plano humano os homens eram obrigados a confiar nos seus parentes, nos seus vizinhos e nos seus
protetores, sofrendo as inevitaveis decepcêes e traicêes.
A sua religiao nao |hes permitia aspirar, através do heroismo, ao status de deuses. Tinham de aceitar, como nunca tinham feito antes, a sua condic&o de humanos, com todas as limitacêes a ela inerentes. Ouando defini-
ram os sete pecados mortais, acharam gue o pior era o orgulho, conceito gue causa estranheza aos homens modernos, gue n&o se envergonham da sua orgulhosa humanidade (Tipicamente, para nés a sexualidade constitui o maior problema, prova de gu&o pouco divinos somos; a ldade Mêédia cristê parece ter sido muito pouco complicada neste campo). A fé em Deus, ou no Invisivel, nio era, sempre e em toda a parte, tao ortodoxa como entendia o clero cristao, mas a Igreja adguiriu uma razoëvel autoridade no tratamento de guestêes religiosas, gue sê eventualmente era contestada em &imbito local. E nio hê bases sêlidas para pensar gue a maioria dos homens daguela época duvidava dos ensinamentos da Igreja, por mais aborrecidos gue fossem os seus ministros; cCertamente nao eram conhecidos argumentos racionais ou intelectuais a favor do ceticismo. As doutrinas da Igreja eram, em termos gerais, aceit4veis por serem plausiveis e reconfortantes, e€ porgue confirmavam gue as mas acêes seriam certamente puni-
das com sofrimento no outro mundo, se J& nio fossem
castigadas neste. A submissêo & lei divina e a aceitacêo da orientacao da Igreja proporcionavam @speranca na mercé divina, no presente e no futuro. Os infortinios da vida presente eram o preco necessêrio pelo pecado. A fragueza e o erro humanos tornavam os homens incapazes de uma grande compreensêo, mas por intermédio da revelacêo ficavam pelo menos sabendo gue Deus era soberano e tinha salvado o seu povo. Podiam, portanto, apelar com confianca para gue Ele interviesse nos seus
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ASSUNLOS, por intermédio dos santos e dos seus milagres.
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ea lgreja era a Sua comunidade fiel. Nao parecia improvavel gue Deus prolongasse o seu carinho pela eternidade, mesmo gue a vida de cada individuo fosse curta € incerta. Tais ensinamentos fortaleciam os gue trabalhavam para a Igreja e €nfragueciam gualguer aspiracio ao podere a gloria terrenos, jê gue estes em breve desapareceriam. Reis e imperadores, abencoados por Deus em cerimOnias eclesidsticas, conseguiam assim um destino €special e tinham ainda menos motivos para pensar em negar o poder soberano de Deus, cuja glêria inevitavelmente empalidecia a sua. As rivalidades entre eles de-
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suas limitacêes
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auto-aftirmacao de alguns individuos, especialmente gOvernantes, embora pudesse causar um grande tumulto no mundo, durava apenas um Curto espaco de tempo. 1ipicamente, neste periodo nêo existiu nenhum plano gue (osse seguido ao longo de geracêes sendo capaz de minar esta crenca na futilidade da glêria terrena. A experiëncia confirmava, assim, gue os esforcos humanos nao eram sustent4veis, gue os filhos nio estavam & altura dos feitos her6icos dos seus pais. A Carlos Magno seguiu-se Luis, o Piedoso, gue desmembrou o Impêrio, ea Robert Bruce, “Salvador da Escécia”, seguiu-se o infeliz Davi H. Os cronistas medievais podiam demonstrar facilmente gue a historia das sociedades humanas era incerta, uma guestao de sorte e nao de esforco recompensado. O destino individual decidido além-timulo.
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As limitacbes da ambicao
O espetaculo de como os grandes homens eram apeados do alto da sua eminência proporcionava talvez uma grande satisfacao agueles gue nao tentavam se erguer
acima da sua posicao, guer na Igreja, guer no Estado. A malioria anbnima e incontavel — gue trabalhou nas res-
pectivas comunidades ao longo de geracêes —Yfoi a ver-
dadeira obreira da Idade Mêédia. A brevidade da vida individual e a fragilidade das realizac6es humanas nunca abalaram a crenca ém gue o destino do homem neste mundo imperfeito era trabalhar, sobretudo com o obje-
Uvo de procurar um meio de sobreviver: a agricultura. As tinicas obras realizadas pela mêo do homem para durar eram as dedicadas a Deus. Com o seu idealismo centrado em Deus, o homem conseguia gozar a vida tal cComo era e sem 1usoes. Dai o paradoxo
(para nés) de
homens simultaneamente elevados espiritualmente e rudes no comportamento. A vida sem diivida era, em grande parte do tempo, muito dura para a maioria dos homens, mas, uma vez gue nem os ricos sabiam torn4-la mais confortavel, nao havia alternativa senao viver de
acordo com as circunstincias imediatas, reagindo a mudancas abruptas de humor ou de situacao sem o orguIho estêico da coerêncla, aproveitando as oportunidades de festejar e divertir-se acompanhado, ou gozando os prazeres mais brutais da disputa, da violência ou da vinganca. Aceitavam a necessidade gue tinham uns dos outros, de calor humano
e de sociabilidade, sem pensar
em viver uma vida solitêria em busca de realizacao pessoal. Os eremitas eram criaturas excepcionais e curiosidades dignas de uma visita. A maioria dos homens vivia e trabalhava toda a vida no mesmo lugar com pessoas conhecidas, empenhada nas horas do dia em suas ocupacoes, dia apês dia. O ordenamento cristao impos pelo menos o descanso dominical em toda a Europa medie-
val, embora a aceitacao da semana como um ciclo de
sete dias A Igreja merosos trabalho caram o
talvez deva ter comecado jA no periodo pagao. também tentou determinar o descanso em nudias santos ao longo do ano. A dedicacao ao durante geracêes em gue os homens multiplieu nilmero comecou a provocar uma transfor-
macao no ambiente. A extensao de terra cultivada au-
mentou. Os homens congregaram-se em cidades para fabricar e comerciar com os vizinhos. A rede comercial acabaria por colocar a Europa em contato com as terras
remotas da Ghina e da India. Apesar destes éxitos, a or-
dem econêmica e social nunca produziu uma coerência
politica comparêvel 4 do Impêrio Romano, dado gue no
periodo cristao o poder politico havia perdido o seu direito a uma significacaAo Gltima. Mas a transformacao do ambiente europeu, verdadeiro feito deste periodo, nao impressionou tanto os contemporaneos guanto os autores modernos. Os gue mais duramente trabalhavam na sua reglao mal levantavam os olhos para ver o gue se passava para alêm do seu horizonte. E os letrados, naturalmente, estavam mais envolvidos nas preocupacêes particulares de todas as pessoas cultas em toda a parte. Em uma época em gue a prêpria escrita nao desempe-
nhava um papel essencial no trabalho comum dos homens, nem mesmo dos mais politicamente eminentes, os gue sabiam escrever nao tencionavam utilizar o seu talento para descrever ocupacées do dia-a-dia. Sendo
Deus soberano, a escrita devia estar ao seu servico. A utilizacao restrita da escrita durante a Idade Mêédia
| Proveniente de um livro de horas
nao foi um legado nem do Impêrio nem da Igreja. Dentro do Impêrio, a Igreja naturalmente estendera a sua influéncia aos homens de posicio mais humilde, permitindo o uso de muitas linguas largamente disseminadas. As escrituras eram escritas em grego dem@6tico e suas mais antigas liturgias apareclam em sirio e em copta, € nao apenas em grego e latim. No Impêrio, a alfabetuzaCao era, se nao universal, certamente tida em grande estima. O funcionamento do Império dependia do reconhecimento, por parte de todos os seus servidores e
` rEpresentando um camponêés com uma malha. Apesar do elemento ' Convencional, hê certo realismo
ministracêo imperial romana no Ocidente. A partir de
Tlustracao do mês de agosto
francês de meados do século Xv,
no desenho do rosto, na posicao
' jovial do chapéu de palha e nas ' es. Dotas, meias, roupa interna e EER Ë d niea, gue daa impressao de
ë || Uma prosperidade ristica.
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defensores, da importência de um entendimento cultivado. Tal consciëncia nio sobreviveu ao colapso da adentêo, o governo deixou de se apoiar na existência de aristocratas e cidadaos alfabetizados, em instrumentos
escritos de governo, na existência de escolas e de biblio17
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TEMAS MEDIEVAIS
Fsguerda: a Europa em 350 Os guatro mapas desta
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resumem o tema deste OE na
modo visualmente Provoca
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desenvolvimento subente AO CONStAaNte guanto su ndidg
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mapas. Lles, no entanto, cha a atencio para a histéria unie
de uma forma gue sé 9 teatro |
consegue fazer. Os sÊCulos, ou au os milênios, de civilizacig has
unham, no inicio da era Crisis permitido gue um governg ad .
se mantivesse em todo o
Mediterraneo e, mais parag
norte, na Galia e na Britinia. A Europa Central e do Norte unha escapado ao seu alcance. 0 primeiro mapa mostra gue, ng
século IV, o Impêrioj4 nio
conseguia resistir 4 invasioe
ocupacao dos povos birbaros gue
Ihe desagradavam. Se as formas de civilizacao foram, a partir de entao, preservadas, isso deixou de
ser devido a iniciativa dos romanos. $6 os cristaos
conseguiram, de certo modo,
manter suas ligacoes culturais com Oo passado e,
sentimentalmente, com os
territêrios mediterrêaneos da Palestina e de Roma. O préprio
mapa da a sensacao de um guadro
venerdvel, com o verniz estaladoe
manchado por corpos estranhos, parecendo estar prestesa
desintegrar-se.
Abaixo, esguerda:
a Europa em 800 O segundo mapa sugere de imediato gue durante o periodo intermediërio os elementos
potencialmente viaveis da
civilizacao européia ou romana
haviam concentrado sua forca em
uma regiao limitada da Europa Ocidental gue guase nao tinha nenhum interesse no Mediterraneo. Este mapa pode dar idéêia de gue o objetivo de unidade do Mediterrineo foi mais propriamente buscado pelos
muculmanos, ja gue, embora
Roma e Gonstantinopla tivessem escapado ao seu dominio, a sua
presenca no mar em todas as
costas do Mediterrineo, exceto as
do Norte, Ihes dava vantagem
sobre o Impêrio Romano do Oriente. Mas o Islê nao foi buscar sua forca na civilizacao do mundo
mediterrêneo, mas sim em uma religiao de povos do deserto e na Cultura da Pêrsia. Utilizou o saber do mundo grego na traducio, Nao mostrou nenhum interesse em adotar a velha cultura mediterrinea. Embora ofuscados pelo Islê, os povos cristaos da Europa, dos Impêrios do Ocidente e do Oriente, tinham
razao para se agarrar a (ê gue unham em si préprios como
verdadeiros herdeiros do legado romano. Na época de Carlos Magno certamente nao havia
nenhuma esperanca de gue o
Ocidente pudesse aproveitar mais dessa colheita do gue o Oriente. De fato, no século seguinte a Carlos Magno o Impêério do Oriente mostrou o poder de recuperacio de gue dispunha, em Um momento em gue até o
renascer limitado da idéia de impêrioja nao podia ser mantdo no Ocidente.
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TEMAS MEDIEVAIS
Direita: a Europa em 1150
Nesse momento a cristandade do
Ocidente ja nao aspirava ao
dominio do Mediterraneo, embora mostrasse a sua forca por meio de
investidas contra o Isla no Sul, na Espanha € no Leste. O seu avanco a
partir da Alemanha e em direcao 4 Europa Oriental mostrou, de modo
mais significauvo, até gue ponto a cristandade se baseava em um
territrio da Europa setentrional. Estava se expandindo a partir dos centros culturais franceses do
Norte, mesmo até ao extremo
. nao era, contudo, setentrionalJa uma forca politica unida. O resto oriental do Impêrio Carolingio tinha se transformado no nuacleo do Estado mais poderoso do Ocidente, mas sua vitalidade dependia dos novos membros germanicos € nao do seu legado romano. A energia
espiritual do Ocidente, gue nao
pode ser tao facilmente assinalada no mapa, fora recarregada pelo
ideal de uma cristandade restaurada
gue tornava possivel a realizacao das
cruzadas, apesar da desconfianca
ocidental em relagao aos mares gue
era preciso atravessar. O Império do
Oriente, cuja restauracao, no século X, nao esta representada nestes
mapas, tomara-se desde entao de tal
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modo fraco gue ja acolhia de bom
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grado o auxilio dos seus companheiros cristaos do Ocidente. Embora este mapa possa dar a impressao de gue as novas energias
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do Ocidente, capazes de acio
decisiva no Oriente, podiam eventualmente permitir gue aguele
voltasse a impor a unidade no
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tarde gue isso era uma ilusao.
Abaixo, direltaaEuropaem 1500 ,
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inicialmente auxiliado,
posteriormente conguistado e por fim abandonado, deixou por
completo de ser um estado cristao.
Os lugares santos, protegidos pelos cristaos ocidentais durante algum tempo, passaram irrevogavelmente para a Orbita do Isla. Varias cruzadas organizadas no Ocidente nao puderam evitar o estabelecimento do Impéêrio Otomano, gue acabou por conseguir, pela primeira vez na
histêria do Isla, unificar toda a
regiao do Mediterraneo Oriental. S6 ao norte aforca dos catêlicos continuou a se expandir,
estendendo firmemente o seu
dominio até os territérios de povos ortodoxos como a Lituania ea
Ritssia. A Europa estava dividida,
COMO nunca estivera antes, em
Oriente e Ocidente. O Ocidente
tinha acesso aos mares europeus ë
as rotas do Atlintico gue os levaria alêm-mar. A unidade politica no Ocidente ainda nao fora
conseguida, mas a politica veio a ser
uma condicAo primordial da Vitalidade da Europa Ocidental. Os trés principais reinos do extremo ocidental, a Espanha, a Franca ea
Inglaterra, marcavam o ritmo e
obtiveram, em devido tempo,
impêrios mundiais. Os alemaes e os
italianos nio conseguiram afirmar a influência gue a sua rigueza, cultura e educacao mereciam,
@mbora fossem uma importante fonte de inspiracao religiosa, artistica e intelectual. Onde antes @xistira a unidade do Impêrio
Romano, havia entio uma torre de
Babel de cultura europêia, as
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dd TEMAS MEDIEVAIS
tecas. $6 no século XI ou XIv é gue essas novamente vol taram a ser caracteristicas comuns ou proeminentes da vida piblica. O clero cristao e alguns monges conservaram certa consciëncia da importancia da alfabetizacao, primeiramente porgue a revelacao cristê Ihes chegava através das escrituras, com os seus comentarios patristi-
construcao de edificios magnificos nem a Conservacao de artigos valiosos. Como é 6bvio, a visao due temos do mundo antigo fica a dever muito as provas irrefutavels
ficando cada vez mais submerso em um mundo onde nao se falava latim, era preciso um esforco especial nas escolas para gue os seus membros aprendessem a lingua latina. A menor gama de obras consultadas incentivou o uso de cédices (livros), para os guais podiam ser copia-
tes suficientes para proporcionar aos seus cidadaos um
cos eruditos, e depois porgue, 4 medida gue o clero foi
dos os poucos textos basicos, e o consegtiente abandono
dos rolos de pergaminho gue tinham sido comuns na Antiguidade. Para o clero e a sua cultura livresca, a alfa-
betizacao continuava a ser indispensêvel, mas cada vez
mais a maioria crista laica deixava com satisfacao a alfa-
betizacao para o clero, reconhecendo gue os livros eclesiêsticos de muito pouco valiam para as suas preocupacOes. Nas casas nobres, em particular, e ao contrêrio do
gue acontecera no Impêrio Romano, n4o houve, a prin-
cCipio, nenhuma nocao do valor da literatura escrita, guer para o governo, guer para a cultura.
Os efeitos atenuantes da educacëo literêria romana nao devem ser esguecidos, mas, fazendo um balanco, o colapso da alfabetizacao teve como consegiëncia nao sê
a desintegracao da inspiracao imperial como tambêém provou ser uma desgraca para a civilizacao. Por menor gue fosse o naimero de pessoas alfabetizadas, o fato é gue, pelo seu saber, tinham adguirido um sentido da continuidade temporal da comunidade humana e do
lugar dos livros na transmissao da cultura, de geracao
em geracao, de tal modo
gue as realizac6es de um ho-
mem pudessem €star a4 disposicao de todos, por escrito.
Dai Ihes advinha certa nocao da universalidade do conhecimento, certo sentido das licoes gue podiam ser re-
tiradas do passado e uma nocao do espaco de tempo em
gue a civilizacao da bacia do Mediterraneo se desenvolvera. Os povos germaênicos nao precisavam da escrita
nem para a comunicacao entre geracoes nem com outros povos. Dispunham de outros meios para transmitir a sua cultura através das geracoes, o gue provavelmente manteve o seu legado cultural mais vivo e pessoal, embora restringindo o seu imbito e alcance. Assim, a cultura ocidental fragmentou-se, com o latim passando a servir apenas para os gue tinham uma educacêo formal. As culturas laicas em vernêculo necessariamente tiveram uma difusêao muito localizada, jê gue as linguas vernaculas variavam muito de regiao para regiao. A invencao da imprensa fez com gue algumas destas desvantagens fossem superadas, mas agravou outras. Perpetuou a divisao do Ocidente em compartimentos, por linguas “nacionais”, de um modo desconhecido no Impêrio Romano. O préprio latim tornou-se dispensêvel para fins educati-
vos a partir do momento em gue as traducoes e os textos originais em vern4culo criaram a possibilidade de existéncia de culturas monoglotas. Houve, portanto, conse-
gi&ëncias de enorme importência para o Ocidente o colapso da alfabetizacAo romana. Na China, pelo contrêrio, e apesar dos tumultos, a unidade linguistica e literêria foi mantida. Os registros escritos, em latim e em vernaculo, nao tém muito a ver com as principais atividades das pessoas deste periodo. E se a maioria das ocupacêes dos homens desapareceram do horizonte literêrio, sê uma peguenissima fracao dos artefatos entao produzidos sobreviveu para nos dar indicios da dimensao global da atividade humana. As condicées de vida medievais, pelo menos fora de igrejas venerêveis, nio eram favorêveis nem ê 20
gue sao suas cidades, sugerindo o modo como grande
parte da civilizacao mediterrêinea estava ligada a vida po-
Jtica. As sociedades humanas estavam organizadas de modo a tirar o sustento da terra e do mar, com exceden-
Ponte de Valentré, CONStruid século XV, da estrada Bord A4ng
Lyon sobre orioLor & MCab,. os
COM OS SUS sEte arcoso on 1 imponentes pilares com g
parapeitos em forma de Es trés torres guadrangulares se so é tipica da necessidade de fortf
locais potencialmente CXposto, em tempos de incerteza.
nivel cultural mais elevado, embora até os escravos pudessem gozar de tais beneffcios. As cidades medievais nos dao uma impressêao bastante diferente. A magnifi-
cência era menosprezada e a sociedade crista, gue se identificava cada vez mais com a idéia de gue a liberta-
cêo dos escravos era meritêria, comecou a prescindir do
trabalho escravo. Com o tempo isto veio a dar origem a
uma forca de trabalho constituida por homens livres, como aconteceu, por exemplo, noslocais de construcao medievais. Tal sociedade sê podia sustentar um ntimero limitado de nobres e guase nenhum “funcionario'. A maioria dos homens vivia e trabalhava no campo; a cidade, embora sobrevivesse, desempenhava um papel bastante diferente do gue tivera na Antiguidade. Embora fosse preferida pelos seus habitantes, a vida nas cidades jê nao era o padrio das expectativas de vida. Esta mudanca nada tem a ver com o desenvolvimento de uma
religiao sobrenatural. A Igreja dava mais valor as cidades como instituic6es romanas do gue faziam os seus paroguianos bérbaros. Estes nao tinham tempo para a vida urbana ou nao sabiam como restabelecé-la guando a responsabilidade do governo recaiu sobre eles. Por todo o Impêrio, as velhas cidades romanas, muito reduzidas
em tamanho, mantiveram-se pelo menos como sedes da autoridade eclesiastica. No inicio do sêculo XIT o reflorescimento da atividade econêmica, industrial e comercial provocou
certa renovacao da energla urbana, mas
as cidades medievais nunca recuperaram o lugar das antigas como centros de civilizacao e, exceto na Italia, os
campos da Europa nao estavam politicamente sujeitos as cidades, apenas contando com elas para satisfazer suas necessidades econêmicas. Tambêém neste aspecto
as modernas cidades industriais sao obviamente as herdeiras da tradicao medieval e nao da Antiguidade. Em contraste, foi durante o periodo medieval gue as Zonas rurais se afirmaram. se o Impêrio Romano tivesse simplesmente sido ocupado por invasores nêmades como os hunos, como a China o foi pelos mongêis, a
consegiëncia disso poderia ter sido a sobrevivência de um regime de tipo imperial. Os invasores nêmades poucos danos permanentes causaram ao Impêrio Romano. A longo prazo, foi a continua intrusao dos agricultores bêrbaros no Impêrio Romano o gue alterou o seu carater. Alguns barbaros simplesmente se limitaram, durante algum tempo, a ocupar as posicées dos proprietêrios romanos como donos de grandes propriedades agricolas. Mas o sistema romano de cultivo habitual acabou desaparecendo, sendo substituido em guase todas as regies da Europa pelo padrao de posse de terras gue permitia aos camponeses colaborar no cultivo de terrenos ao redor de peguenas aldeias. Du-
rante sêculos, a maioria dos homens da Europa Ocidental nasceu nessas comunidades rurais, onde foram
criados e de onde poucos partiram para fazer carreira em outros locais, nas cidades ou na Igreja. A pressêo constante destes grupos sobre a terra fez com gue valesse a pena desbravar maiores &reas de floresta e drenar
pêntanos. Por meio de um esforco cooperativo, os solos
bons, e menos bons, do Norte da Europa passaram a ser cultivados. A cultura mediterrinea continuou a atrair os lideres da sociedade do Norte e a cobri-los de orna-
O cofre dos Francos, feito em Nortimbria por volta do ano 700,
de osso de baleia, e medindo 105 X1,2 Xx 18,5 cm. O painel frontal, com runas e inscricoes em latim,
representa a adoracao dos reis magos em combinacao com uma cena mitolbgica representando Wayland, o ferreiro. A combinacao de histêrias cristase pagas mostra como a nova religiag podia ser assimilada na Europa barbara. Apesar da escrita e dos detalhes da narrativa, nao é facil de interpretar.
TEMAS MEDIEVAIS
mentos cobicados. Contudo, a partir do inicio da Idade
Média o novo poder dos povos setentrionais foi demonstrado pela sua capacidade de derrubar o Impêrio e criar uma
nova ordem
sem
ele. Naturalmente,
esta
realizacao rural passou guase despercebida, ou pelo menos ninguém percebeu seu significado.
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A Igreja entre Roma e o paganismo Apesar de todos os progressos da antiga civilizacao do Mediterraneo, esta era, em muitos aspectos, austera ou até mesmo ascética. As cidades-estados iniciais eram peguenas € sem grandes extensêes de solo rico para cultivar. As colheitas de cereais eram muitas vezes fracas e mcertas. A uva exigia cuidados especiais e condicoes favoraveis. Até a oliveira precisava de cuidados, embora nos solos pobres ela fosse a principal fonte de ilumina-
ma mais positiva ao mundo mediterraneo. Simbolicamente, isto pode ser indicado pela aceitacao da religiao Crista €e das suas cerimOnias mediterrineas — o batismo
com a 4gua da vida, a uncao com éleo e a refeicao euca-
ristica de pao e vinho — pelos povos da Europa Setentrional, gue nao tinham nenhuma experiëncia de seca e gue em geral bebiam cerveja. No Impêrio Romano, antes das invasoes dos barbaros, o cristianismo mal comecara a penetrar além dos muros das cidades, e as Zo-
nas rurais permaneciam “pagas”. Durante os sêculos seguintes, esta nova religido foi levada a todas as comunidades rurais do Norte, onde criou raizes tao fortes gue perdeu as suas tradicoes predominantemente urbanas, sofisticadas e polêmicas. Mas o gue perdeu por um lado, ganhou por outro. A Europa foi construida pelos crist&os, enguanto no Impêrio estes apenas unham obtido o reconhecimento por parte de um Estado gue era mais antigo e tinha mais confianca em si préprio do gue a Igreja. A Igreja, porém, passou por grandes mudancas du-
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temperado eram condicoes favoraveis a uma vida pabli-
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ca levada sobretudo ao ar livre. Uma vez satisfeitas as
necessidades mais simples, havia tempo para o lazer ea
rante este processo. No final do sêculo v, o Impêrio Ro-
conversa no exterior. Os préprios romanos tiveram dif1culdade em transpor esse estilo de vida para as provincias setentrionais e, apês a conguista da Bretanha, dei-
mano tinha conseguido tomar conta da Igreja crista e convertê-la num departamento do Estado, sistema em geral bem recebido pelos membros do clero, dadas as vantagens para eles e suas atividades. Ouando os bêrbaros entraram no Impêrio, poucos no clero os viram com bons olhos. Muitos dos primeiros chefes barbaros tinham aceitado o “arianismo” e os catélicos detestavam essa heresia. Os bispos cat6licos, gue tinham a seu cargo a responsabilidade de cuidar das congregacoes, eram, em geral, oriundos da classe senatorial governan-
xaram de fazer gualguer esforco para levar a sua civilizacao até aos povos do Norte. Os bêrbaros tiveram
de abrir caminho 4 forca para conseguir os beneficios do Impêrio. A sua primeira preocupacao nao foram as benesses da civilizacao mais apreciadas pelos proprios
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romanos. O trabalho nos solos mais pesados e Gmidos da Europa Setentrional era mais rduo, mais cansativo e exigia mais tempo. Havia menos lazer e eram poucos os homens gue podiam gozar de tal privilêgio. E é dlaro gue com o tempo, 4 medida gue o Norte da Europa fo
tee desde o inicio defenderam a manutencao dos ve-
hos valores romanos. A eventual conversao dos chefes bêrbaros se deveu 4 sua influência. A marca romana SObre o cristianismo, reforcada pela missêo gregoriana a
sendo mais cultivado e as fronteiras da civilizacao fo-
ram sendo empurradas para além das fronteiras do veIho Impêrio, os povos do Norte foram reagindo de for-
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Inglaterra (597), provocou, a partir do sêculo vam, um
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de condicoes particularmen,.
adversas no século KVII
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Idade Média. Os especialistae es.
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mals remota, a Europa gozou de
condicoes mais favordveisa
agricultura, sobretudo na Eurg setentrional, durante um period, de varios sêculos. O inicig desta
fase pode ser mais ou menos
relacionado com o periodo da expansao escandinava, gue se
aventurou a colonizara Islindiae
a Groenlaindia. O inicio das
condicoes adversas, a partir do
sêculo XIV, teve, pelo contririo, COMO CoONsegUËNcIa o fim da
prosperidade dessas colênias,
Embora atualmente sejam aceita flutuacoes dessa grandeza, elas
nao podem ser utilizadas para explicar muitos acontecimentos
histêricos especificos. E 6bvio gue
o clima da Europa tem influência
nos padroes de povoamento humano, bem como na
distribuicao dos animais e da vegetacao. Os contemporineos,
gue nao tinham consciëncia destas alteracoes climaticas,
sofreram os seus efeitos e tiveram
EI PT
Ria? NE -
de adaptar o seu comportamento de acordo com elas.
Alêm dessas circunstincias instaveis, deve-se notar guea
Europa goza, de gualguer modo, de um clima excepcionalmente favoravel ao povoamento, em contraste com regioes situadas em
latitudes semelhantes em outras
regi6es do mundo, tanto no norte guanto no sul. Isto significa gueos habitantes da Europa se beneficiam de um clima gue conjuga certas caracteristicas de regi6es normalmente diferentes
— elevadas latitudes com
diferenciacao marcada de
estacbes, simultaneamente com as vantagens de condic6es mais amenas, geradas pela Corrente da
Golfo. Esta é, de modo geral,
responsavel por evitar gue os rios do norte da Europa congelem no Inverno é por manter os territorios setentrionais suftcientemente guentes para gué Possam amadurecer culturas cComo cereais ou uva. A Europaé cOmposta de trés zonas climaticas, a mediterranea, aatlinticaea
continental. A regido mediterranea foi uma das gue mais cedo atrairam o povoamento, sendo as suas maiores desvantagens para a agricultura limitadas a secas
OCAsioNAIs, €, Muito antes de as
regioes setentrionais do continente serem intensamenté
colonizadas,jd alimentara mut Civilizacées. O seu exemplo Fol dos principais incentivos atuantes posteriormente no Norte. Alia interagdo das três regioes proporcionou vantagens | adicionais, embora estas SO $€ tormassem realidade mais tarde-
22
|
TEMAS MEDIEVAIS
O efeito amenizador dos mares
gue circundam os três lados da Europa significa gue, até se atingir
alarga faixa de terra onde a Europa se liga a Asia, aguele
continente nao tem variacoes de
temperatura entre o verao eo inverno tao extremas gue
guebrem completamente o cido de guatro estacoes, como
acontece na Rissia. Evitando os extremos de frio e calor, bem
como os de umidade e seca, os
europeus— sobretudo na Idade Média, época em gue dispunham de poucos recursos para compensar a instabilidade da Natureza — realizaram grandes avancos no povoamento desta zona ideal e temperada. Nao sendo muito densas, as
populac6es podiam ignorar as
montanhas é os pantanos,
enguanto no Oriente acontecia
algo diferente. Se existia competicao pelas melhores terras, muitos colonos ficavam satisfeitos por culuvar de novo, embora
houvesse sempre espaco para se
escolher a localizacao de uma
Nova povoacAo nas zonas mais atraentes. O cdlima nao condenava ao fim nenhum desses esforcos,
como foi demonstrado ao longo dos sêculos pelo crescimento dos territérios cultivados e da
populacao.
movimento a favor da direcao da Igreja do Ocidente pelo papa, sobretudo por intermédio dos esforcos dos missionarios ingleses na Alemanha e do seu impacto so-
bre o Impêrio Carolingio. Ouando a cristandade foi le-
vada aos bêrbaros, tornou-se mais acentuadamente “romana' do gue havia sido durante o préprio Impêrio. A Roma do sêculo W tivera muitas familias pagês cultas e seguer era a capital do imperador do Ocidente. O pré-
Pprio cristianismo tinha muito mais forca no Mediterrêneo Oriental do gue no Ocidental. A partir do momento em gue o clero cristao passou a ser recrutado entre os povos barbaros, comecou a professar abertamente grande lealdade a Roma. O seu conhecimento da lingua e, até certo ponto, da cultura latina criava pelo menos certa distência em relac&o aos seus parentes laicos. @uando a reforma da Igreja impês o celibato eclesiëstico, todos os membros do cdlero foram obrigados a deixar a vida secular e a ingressar em ordens religiosas. Juntavam-se a uma comunidade de solteiros privilegiados, governada por dirigentes vindos das suas préprias fileiras. Nao admira gue este corpo internacional de homens letrados com pretensêes a direitos especiais, dispondo coletivamente de uma grande rigueza, suscitasse inveja e ressentimento. Apesar disso, a Igreja desempenhou um papel notêvel — ao contrêrio do desempenhado pela Igreja primitiva antes e depois de Gonstantino —, gue era muitas vezes incompativel com algumas das suas profissoes de fé. Este papel gue a Igreja crista desempenhou no Ocidente talvez tivesse surgido de gualguer modo, independentemente do colapso do Impêrio, mas, por analogia com o gue aconteceu no Impêrio do Oriente, parece muito mais provêvel gue o privilêgio concedido a Igreja nao tivesse sido tolerado se a aristocracia tivesse permanecido culta e educada. Os dirigentes barbaros do Ocidente fizeram muitas concessêes ao clero porgue desejavam obter o seu apoio e porgue se consideravam demasiado afastados dele em espirito para poder dirigir com confianca os assuntos da Igreja. Em consegiaëncia disto, a Europa Ocidental foi sujeita a uma ex periëncia da gual nunca recuperou totalmente, uma separacao entre potestas (poder) e auctoritas (autoridade), desconhecida na Roma antiga e mal tolerada em Constantinopla. A Igreja cristê, gue reconhecia simultaneamente as exigências de Deus e de César, tinha, na prêtica, dificuldade para viver com ambos, tendo muitas
vezes a tentacio de simplificar o problema por vêrios meios. Os privilêgios especiais de gue gozava no Ocidente permitiram-Ihe agir, até certo ponto, com independência. O poder politico bêrbaro, exercido em grande parte sem respeito por nenhuma tradicao imperial, nao podia, portanto, ser infiltrado por homens cultos, mas apenas indiretamente influenciado pelo mo-
nopêlio de exortac&o moral da Igreja. Com o tempo, os governantes cristaos foram adotando costumes due OS homens da Igreja consideravam pelo menos mais toleraveis. Enguanto o imperador do Oriente, apesar de todo o seu cristianismo, permanecia confiante na natureza do seu antigo direito a governar e n4o tinha de reconhecer gue sê a Igreja sabla o significado de Cultura, saber ou principio, no Ocidente os fatos, inguesdonaveis e indesejêveis, da realeza barbara sê podiam ser desculpados e justificados pelas igrejas. A busca destas Isde reis aos referén a cia com comeco u justificacées a rael no Antigo Testamento, o gue levou diretamente do reintroducao da teoria politica nas escolas no final os guando termino u Mêédia Idade A medieva l. perfodo poderes seculares se sentram suficientemente confiantes para prescindir dessa estrutura tao fragil.
Valores laicos e locais
Ao longo de todo este periodo o testemunho dos escritos cristaos tende a desviar a nossa atencao de alguns aspectos do passado gue devem ter tido grande importênca. De modo bastante 6bvio, embora a regra do celibato para os padres fosse muito respeitada na socie-
dade medieval, nunca foi assumida pela maioria. Os va-
lores de uma sociedade laica predominantemente inculta nao sao facilmente compreensiveis na sociedade secular moderna. A nossa sociedade laica depende dos
poderes de instrucdo do ensino geral e obrigatêrio —a rêplica laica do ensinamento cristao. Os historiadores da Idade Média se baseiam demasiadamente (por falta de melhores provas) nos valores enaltecidos na literatura preservada em verndculo: herêicos e aristocraticos. A preocupac&o dos escritores medievais com a guerra e o amor, o dever e a lealdade, o parentesco e a honra; a sua adocêo de uma hierarguia social, gue sempre fora considerada antiga e natural; o papel bastante discreto e aparentemente ornamental desempenhado pelo clero em tais histérias — todos estes aspectos podem indiciar a perspectiva de um circulo muito restrito e encantado de nobres, sem fornecer guaisguer pistas guanto a valores mais populares. Sabe-se o suficiente acerca destas sociedades para imaginar gue a divis&o em classes falseia o seu carêter essencialmente local. Os senhores talvez partilhassem de um ideal internacional, mas o seu orgulho se baseava sobretudo no seu nome e nos seus dominios. Embora escolhessem noivas de outras familias nobres,
também combatiam uns aos outros: nao tinham nenhum interesse “de classe” contra outras classes. Embo-
ra separados, em status, dos seus vizinhos mais proxi-
mos, o seu lugar era présimo deles em outros aspecCctos: falavam a mesma lingua e defendiam pelas armas o mesmo territêrio. Se os seus pressupostos basicos eram espe-
cialmente militares, os seus lacos sociais encontram as-
pectos comparêveis nos exêrcitos modernos, na separac&o dos homens por patente e na promocao de um esprit de corps. As grandes familias senatoriais do Impêrio Romano tnham propriedades em todo o territério imperial e as perderam guando, a partir do sêculo v, aceitaram como um fato a protecêo local bêrbara gue restringia os seus movimentos. A partir desse momento, o universal atolou-se no local. A nobreza carolingia estava muito dispersa por todo o Impêrio como grupo governante, mas foi rapidamente absorvida pelas localidades gue governava, constituindo principados feudais. Os nobres normandos na Inglaterra e na Irlanda substituiram inteiramente antigas lealdades por outras novas. As ligacoes locais e pessoais acabaram sempre por prevalecer a longo prazo, apesar de todas as tentativas de criar uma ordem internacional. Era forcoso gue Isso acontecesse en-
tre
pessoas
sem
educacao
formal.
Nos
tempos
modernos, guando a educac&o se tornou o meio preierencial de ascensêo social, a falta de uma instrucao for-
mal na Idade Média parece muito prejudicial. Mas naguela época a educac&o formal — gue era apenas a forma de aprendizagem reservada ao dlero — nao tinha esse status tao desejêvel, exceto aos olhos do dlero. O bem-estar da sociedade baseava-se de modo mais claro na vontade de cada comunidade de trabalhar efetivamente em conjunto, na aldeia, na propriedade ou na cidade. Oualguer sociedade local tinha de promover os seus préprios interesses e procurar saidas para os s€us préprios talentos. N&o havia esperanca de salvacao ou encorajamento vindo do exterior. Cada individuo reconhecia gue o grupo tinha mais poder e mais peso. A voz solitéria nêo era a do profeta justo, mas sim a arrogandla 28
TEMAS MEDIEVAIS
Dois detalhes das ta ! Devonshire, represen de caca, desenhadas DOr von.
14212-80sis em Arras S ouOU Tour. De As familias nobres gue ET tapecarias para ter confor
nas uas Casas aprecjavam o.. `n desenhos representandg is
passatempos preferidos co j
caca. Sobre um fund prop e de caes, javalis, avese ore
cacador ea sua dama, vestid moda, provam comoa
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representacao estava acima dr
guaisguer consideracêes prêu A busca da elegência nas Vesles
tornara-se ao internacional guanto o mercado de Apeariag
de Arras no inicio do séculg xy
herética. Nos tempos modernos o contrêrio é verdadeiro, € a simpatia moderna para com os hereges e os excéntricos da Idade Média dificulta a compreensao dos seus padroes de valores. As circunstências comunais da vida de trabalho mostraram o valor do esforco cooperativo. A origem desta atitude social pode ser encontrada nas condicées de vida dos barbaros, em gue os valores culturais sê eram transmissiveis oralmente. A sociedade
tribal bêrbara nêo pode, contudo, deixar de ter tido ele-
mentos de individualismo. Os mais antigos reflexos dos seus ideais na poesia herêica destacam grandes guerreiros pelas suas proezas individuais. Se eles sao her6is populares, simbolo das suas nacoes, o efeito da sua inspira-
cêo deve ter deixado uma marca pessoal. Os barbaros tinham
apenas
um
nome,
gu€e Oos individualizava, en-
guanto por intermédio dos seus nomes os romanos clvilizados declaravam a filiacao de cla e familia. Se a principio nomes prêprios tnicos eram suficientes, as unidades sociais devem ter sido muito peguenas. @uando o grupo social se expandiu, desenvolveu-se o moderno sistema de nomes de familia fixos, derivados do pa, da origem ou da profissêo, meios adeguados as condicêes medievais. Estes antepassados da Europa moderna nos legaram também a base dos costumes modernos, com os homens de calcas € as mulheres de saias; a indu-
ment&ria romana desapareceu até mesmo na regiao meJê no século xv as formas basicas eram vulnediterrênea. raveis a difusêo das modas internacionais e ao espirito e extravagência de criadores inventivos. No entanto, em um nivel menos sofisticado, as variac6es possiveis se revelam nos trajes camponeses, mesmo em tecidos caselros, gue mantiveram as diferencas locais. O enriguecimento das regiées gerou um novo tipo de ordem politica e econêmica, em gue as velhas organizac6es locais se tornaram restritivas. Essas comunidades medievais, fossem elas grandes ou peguenas, dificultaram todos os planos de restauragao de um impêrio universal efetivo, laico ou eclesiëstico. E os europeus mo24
dernos nunca conseguiram superar o seu passado medieval ou restabelecer o conceito de cidadania universal em gue se baseava o velho Impêrio Romano. As diferentes histêrias destas duradouras comunidades mostram as diferentes formas pelas guais, em diferentes momentos e ao longo de periodos de tempo distintos, seus povos atingiram a coerência politica. Nenhuma férmula pode explicar todos os casos, j& gue sempre ha excecêes. Contudo, e de um modo geral, cada grupo exprimia certa unidade em termos de idioma, e do uso dessa
linguagem na escrita. O uso do idioma deveu muito ao incentivo do clero erudito, como os pregadores, gue no final da Idade Média tinham levado a cabo um difundido e intensivo programa de instrucao religiosa piblica
por intermédio de sermêes, do ensino e da escrita e da difusao de obras edificantes. O clero, gue aprendia la-
tim para compreender os estudos mais profundos da ciëncia humana, achou por bem transmitir aos outros o gue havia de mais valioso. Os incultos, estimulados até certo ponto, comecaram a se educar para poder pelo menos ler livros em lingua vulgar. Embora os discipulos mais decididos fossem mais adiante e aprendessem latim, foi possivel um nivel aceitêvel de realizacao em muitas linguas vernêculas (embora nao em todas), o gue preparou o caminho para o eventual colapso da proeminência atribuida durante séculos tanto ao latim guanto
ao clero. Nesse sentido, a dade Mêédia marca nao sê o periodo de dominio eclesiëstico na educacao, mas tam-
bém, pelo incentivo dado pelo clero ao vernêculo, de uma cultura em lingua popular. Neste aspecto o periodo medieval difere radicalmente daguele do Impêério Romano, em due, na maiorla das regiëes do Ocidente, as linguas antigas desapareceram para dar lugar a fala vulgar derivada do préprio latim imperial. A civilizacao medieval nao conseguiu, portanto, impor uma lingua prépria: apenas estabelecer uma ordem dentro da gual todos os povos da Europa aprenderam a utilizar os seus proprios idiomas.
PRIMEIRA PARIE Fr!
DESINTEGRAGAO DO MUNDO ANTIGO
dd
INIMIGOS SEUS OS E ROMANO O MUNDO nhas de Atlas e pelo deserto. Da mesma forma, a leste o
deserto tinha um papel — simultaneamente com o poderio do Impêrio Persa — na definicao dos limites do governo romano. Ao norte, a fronteira nao era tao facilmente definida, masj&A na é#poca de Augusto (238 a.C.-14 d.C.) os limites haviam sido tracados do mar do Norte
ao mar Negro, ao longo do Reno e do Danubio. A esse império foram somadas posteriormente, no inicio do sêCulo M, apenas as provincias de Britinia, Mauritênia, Arabia e Daêcia. O impulso expansionista do Impêrio havia terminado na prépria época de Augusto, pela razao 6bvia de gue uma civilizacao mediterrêanea gue jê reunira sob um mesmo governo todas as margens daguele mar interior nao tinha nenhum motivo para se expandir alêém dos limites exigidos pela sua prêépria seguranca. Nao tinha nenhum interesse pela possibilidade de cConguista ou colonizacao além dagueles limites gue ao norte estavam —como ficou demonstrado na Britênia —, bastante além de onde a Natureza previra gue o estilo de vida mediterrêneo poderia chegar. A unidade politica atingida, em Gltima instêincia, por
meios militares mostrou-se duradoura porgue pês fima concorréncia politica e as rivalidades gue tinham assolado o Mediterrêaneo durante sêculos. Com o governo ro-
mano difundiu-se o verniz da civilizacao romana, mas o
Império era composto de muitos povos com civilizacêes mais antigas gue a prêépria Roma e, em dois ou três sêculos a paz romana pouco conseguira fazer para se sobrepor as culturas mais antigas. O sistema imperial afetou mais as grandes familias abastadas da classe senatorial, gue possuiam terras em todo o império e se consideravam as principais beneficiërias do sistema. Os seus ideais e modelos de cultura tinham saido da prêépria Roma no seu apogeu cultural, na época de Augusto. Gontudo, até mesmo para elas a lingua latina e o direito romano tinham de reconhecer o prestigio do grego como lingua da cultura intelectual e do coméêrcio, sobretudo no Mediterrineo Oriental. Em todo o Impêrio em geral eram
utilizadas outras linguas locais para fins nao oficiais. As vantagens do Impêrio eram inegaêveis, mas a unidade politica nêo havia seguer tentado acabar com as divergências, impondo apenas um meio de gerir o todo. Um Impêrio gue continuara a crescer — embora de forma irregular — por meios militares estava mal preparado para um papel essencialmente conservador, em gue o oficio de soldado se transformou numa guestao de patrulhas fronteiricas ou de repressao de desordens
civis. As mudancas no exêrcito e as atitudes em relacêo
ao seu papel também tinham de ser acompanhadas de adaptac6es civis. Embora os ideais tHivessem servido para estabelecer o sistema imperial, o idealismo tomou outros rumos além do politico, uma vez estabelecida uma
ordem mundial pacifica. O Impêrio, gue deixara de se expandir, nao podia permanecer inalteravel. Segundo Edward Gibbon, o governo imperial dos Antoninos (96180) conseguira um sistema inico na dedicac&o dos imperadores ao servico da humanidade; se este era o apogeu da perfeicao politica, sê o declinio e a gueda
E também no podia tentar sufocar as mudancas inter-
nas com receio de gue os seus inimigos tirassem partido das suas fraguezas. Os inimigos externos pareciam distantes e despreziveis, o gue nao significa negar gue as autoridades militares, cjvis €e imperiais talvez tenham assumido suas responsabilidades de forma menos conscienciosa e inteligente do gue os seus stiditos podiam exigir. Também é preciso atentar para a dificuldade de adaptac&Ao a uma situacao nova por parte de pessoas cuja educacêo e cujos ideais tendiam a fazé-los olhar para tris, e nao para frente. Os problemas com gue o Impêrio se defrontava nao podiam ser resolvidos por grandes homens, por mais virtuosos e sêbios gue fos-
sem. A civilizacao romana entrara numa fase critica. Em certo sentido, o Impêrio completara a sua tarefa:a de es-
tabelecer um contato frutifero entre as muitas civiliza-
cOes do Mediterraneo. Viu-se entao inevitavelmente en-
volvido no processo de gestacao de uma outra, gue levaria alguns dos seus beneficios aos povos alêm das fronteiras. Como o tempo iria demonstrar, o préprio Império nao era necessêrio nem compativel com o fim deste processo. Irrupcêes bêrbaras, migracoes e reinos efémeros Os povos gue mais veementemente desejavam partilhar das vantagens da paz romana viviam além das fronteiras setentrionais. A sua primeira violacao da fronteira teve lugar em 166, mas enfrentou forte oposicao. Em meados do sêculo mi teve lugar, ao longo da fronteira setentrional, uma incursao germênica muito mais grave e prolongada, gue o exêrcito nao conseguiu repelir. Todo
o Impêrio foi inundado por bêrbaros: a Bélgica (259),a Galia (268-78), a Itêlia (260-70), a Trêcia, a Grécja ea
Asia Menor (258-69). Por volta da mesma época, os persas derrotaram € capturaram o imperador Valeriano (260). O Impêrio parecia ter chegado ao fim. No entanto, nao so conseguiu sobreviver como promover, sob o imperador Diocleciano (284-804), uma reorganizacao
radical do seu (313-36), uma do a um novo o Impêrio do bastante vigor.
governo e estabelecer, sob Constantino nova capital em Constantinopla; cheganentendimento com a Igreja Cristê. Assim, sêculo IV surge, sob vêrios aspectos, com
Os historiadores do sêculo Xx, gue, como é normal,
tendem a ficar impressionados com as provas das graves dificuldades econêmicas do Impêrio, tendem a acreditar gue as medidas draconianas para forcar ao pagamento de impostos alienaram os dignitêrios locais, a guem sobrecarregavam. A busca de razées gue expliguem a gueda do Impêrio submete todos os seus pontos fracosa um minucioso exame. No sêculo W, o Impêrio nao era mais perfeito do gue tinha sido nos séculos anteriores, mas dava mostras de um considerêvel poder de recuperacao. O fato de ter continuado a funcionar durante sê-
culos no Oriente e a inspirar, ainda durante muito tem-
As vantagens naturais da Es
A bacia do Mediterrêineg
|
AE
|
povoada e explorada Por my; POoVOS 40 longo
de Varios milê
I
antes de o Impêrio Romano los
tomar forma. Ao norte dos Aa
as possibilidades de Povoamen nao tinham sido testadas no
mesmo grau. Os povos menos
sedentarios, ainda predominantemente dependent,
da caca para o seu alimentoe recursos, semindmades por
inclinacao, preferiram
inicialmente fixar-se no Impêrig
Romano em vez de OCUPar suas florestas. A extensao de floresa
nao pode ser representada com precisao em um mapa, embora nao haja duvidas guanto 3 sua
importancia e a sua permanente exploracao durante todaa Idade
Média. As cidades medievais,
mesmo Veneza, eram construidas
mais em madeira do gue em
pedra. Segundo os padrées modernos, as povoacoes humanas
eram peguenas Comunidades
distintas, separadas umas das
Outras por reservas naturais de Cujos recursos viviam. A
NI
localizacio das aldeias, cidadese igrejas exigia uma avaliagao
d
1
cuidadosa dos elementos
necessarios 4 defesa, ao
abastecimento de 4gua ed agricultura. Os lugares gue se verificava serem inadeguados eram abandonados. As povoacoes eram vulnerdveis, nao apenasa0s inimigos, mas também as
catêstrofes e grandes incêndios naturais. Os recursosdegue dispunham para enfrentara natureza eram limitados, de modo gue tinham de ser rapidos em
reconhecer as vantagens naturais
de cada lugar se gueriam gue seus
esforcos fossem coroados de éxito.
Nao se sentiam, em geral, atraidos
pelas altas montanhas, gue passaram a ser mais refiigios do gue barreiras. A parte isso, foram
se espalhando gradualmente por toda a regiëo. Os numerosos rios gue corriam para diferentes mares Proporcionavam oportunidades para gue muitas sociedades prosperassem. Cada regiao da Europa mostrou ser capaz de sustentar uma agricultura sedentêria, e até os magiaresa aceitaram em troca do seu velho esulo de vida nêmade. Ouandoa populacao do continente sé tornou suficientemente numerosd para penetrar em todas as suas regioes, a vida nomade das estep€s também foi blogueada nos limites orientais da cultura europêia.
ed He
A essência do Impêrio de Roma O Impêrio Romano do século mv deu unidade politica a bacia do Mediterraneo. Era limitado a sul pelas monta-
podiam se seguir. Mas isto é impor um critérlo simultaneamente anacrênico e irreal. O Império continuou a mudar internamente, como é inevitavel gue aconteca com as comunidades humanas. Os seus problemas nao teriam sido menores se tivesse prosseguido na conguista de territérios com poucas perspectivas e nao cobicados.
CO MUNDO
ROMANO
E OS SEUS INIMIGOS
mite norte do cuttivo de vinha limite norte do Cultivo da oliveira da Himite norte do cuitivo
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po, o Ocidente se deveu 4 obra de Diocleciano e de Constantino. O vigor das suas reformas foi posto 4 prova depois de 876, guando recomecou a pressao dos barbaros sobre a fronteira setentrional. Embora os historiadores possam tracar o colapso do Impêrio do Ocidente a partir deste ponto, os contemporaneos, ignorando o futuro, ficaram bem impressionados com a sua capacidade de lidar com os bêrbaros a medida gue estes iam chegando, em contraste com a situacao do século anterior. Este periodo de migracoes bêrbaras para o mterior do Impêrio do Ocidente, gue se prolongou por mas de dois séculos, é bastante mais conhecido gue a curta e destrutiva gerac&o dos tumultos birbaros no século M, nio sê porgue as suas conseguëncias mereceram uma intensa pesdguisa histérica, mas também
pordue
O gua-
dro florescente das letras e da histéria imperiais nos delxou mais testemunhos. A informacao de gue dispomos nos permite avaliar a dimensao do problema sem responder a grande parte das nossas pergunta$. Como as pessoas civilizadas dentro do Impêério pensa-
vam gue sê havia barbaros fora dele, uma das maiores
dificuldades é o fato de este periodo ser iniclalmente descrito em termos de oposicio entre povos incompativeis. Um dos aspectos bêrbaros dos invasores era a $ua
indiferenca para com a escrita e a educacao formal, sen-
do os historiadores obrigados a observê-los principal mente do ponto de vista dos letrados romanos. E dificil falar com seguranca do ponto de vista dos préprios barbaros, dos seus motivos e histêria, e até dos seus tracos
comuns bêrbaros. A maioria dos gue surgiram no Impé-
rio do Ocidente durante o periodo 876-568, porém, o
fez sob o comando de chefes reconhecidos, em geral procurando se fixar no interior do Impêrio com a bênCêo do imperador ou, pelo menos, com objetivos e alguma capacidade politica: nao eram selvagens. Assim, parece gue depois de terem sido empurrados para além das fronteiras pelos imperadores Valeriano (253-60) e Probo (276-892), os bêrbaros tinham realmente aprendido alguma coisa durante os cem anos da sua exclusao do Impêrio. Mas se as transformac6es introduzidas por Diocleciano sêao do nosso conhecimento,
as dos seus
contemporëneos germênicos sê podem ser imaginadas. Os movimentos dos povos germanicos dentro dos territérios setentrionais alêm das fronteiras romanas nao podem ser descritos com precisio, embora haja indicios suficientes para gue pensemos gue foram simultaneamente fregiientes e importantes. Contudo, ap6s irromperem no Impêrio, em meados do século m, os godos, a 27
O MUNDO
ROMANOE OS SEUS INIMIGOS
favor de guem o imperador Aureliano abandonou a Dacia em 971, parecem ter adotado um modo de vida mais organizado — ao norte do Dantibio — e vivido durante um século como vizinhos do Impêrio sem incidentes dignos de nota; como outros povos além das fronteiras, esses visigodos forneciam recrutas para o exército romano. Em 889, um tratado entre os romanos € os godos regulamentou as relac6es entre eles pelo prazo de 33 anos, durante os guais UIfila, um godo, iniciou a conversao do seu povo ao cristianismo (ariano), ao mesmo tempo dando a ele a escrita e uma Biblia em vernaculo. Esta conversao nao teve nada de estranho, j& gue nessa época o arianismo tinha o apoio do imperador do Oriente. A sua condenacao no Ocidente iria assegurar,
depois de 381, a vitêria da ortodoxia sobre o arlanIismo,
ogue prejudicou de forma permanente a reputacao dos arianos e deu a eles uma aura de rudeza religiosa gue
provavelmente é bastante injusta. [Ario, padre de Ale xandria, levantara guestées guanto a natureza da relaa conEst de. nda Tri na o ilh F s Deu e Pai s Deu re ent c&0 de trovérsia levou 4 formulacao do credo no Concilio
Nicéia (895) e foi uma provocacao para o espirito dos maiores te6logos da época, como, por exemplo, Atanaabordas0. Certos ou errados, os ensinamentos de Ario
vam guestêes gue estavam longe de ser triviais.| Outros godos, os ostrogodos, parecem ter estabelecido uma vida sedentéria no Baixo Don, mas deles guase nada se sabe até 875, guando em gue os hunos destruiram o seu Estado. Em pênico, os ostrogodos sobreviventes fugiram para oeste, onde transmitiram aos visigodos oseu medo dos hunos. Ali os refugiados godos dividiram-se em dois grupos: o menor, gue se diriglu para norte, passou a viver submetido aos hunos; o maior preferiu procurar refiigio no Impêrio, onde fo recebidoe
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O MUNDO
pagina do Codex Argenleus, do
acervo da Biblioteca da Universidade de Upsala. Este
manuscrito dos Evangelhos, em
escrita gética, na traducao de
UIfila, foi escrito na ftalia, por
volta de 500, em prata € ouro
sobre pergaminho pêrpura.
Contém 187 das 836 folhas
originais do teXtO, sendo o testemunho mais sêlido da lingua gética conservado.
ROMANO
E OS SEUS INIMIGOS
se Hxou na Tracia (376). Permaneceram suficientemente fortes para reagir com violência ao tratamento a gue
eram submetidos; de proscritos, em breve se transfor-
maram em terriveis inimigos do Império, derrotando e matando o imperador Valente em Adrianopolis (Edir-
ne) em 378. Imediatamente depois sitiaram a capital, Constantmopla, e embora esta tenha sido salva pelo imperador Teod@ésio, gue também restabeleceu a frontei-
ra do Danubio, o exêrcito visigodo conseguiu movimentar-se livremente pelos Balcas. Foi esta a origem do problema visigodo, para o gual o governo n4o encontrou melhor remédio do gue tratados de colonizacao gue nao conseguiram mantê-los na Mêésia (382) ou no Epiro (897).
O chefe dos visigodos, Alarico, obteve o cargo imperial de magister militum (“mestre dos soldados”) na Iliria, guando o imperador do Oriente tentava empurra-lo para oeste, para fora da sua jurisdicao. Em 401, Alarico, a frente do seu povo, invadiu a Jtalia. Durante 11 anos
pilharam a peninsula e até saguearam Roma (410) antes de novamente seguirem para oeste, sob as ordens do
cunhado de Alarico, Ataulfo. Frustrados na sua esperan-
ca de conseguir um mandato imperial na Galia, toma-
ram
Narbonne,
Toulouse
e Bordeaux
(415),
tendo
Ataulfo se casado com a irma do imperador, gue mantlnha como reféëm. Embora tivesse sido estabelecido um regime visigodo em Bordeaux, o povo de Ataulfo permaneceu irreguieto e foi atraido para a Hispênia, por uma proposta imperial de ali atacar os vindalos. Depois nos séculos IV e V
disso, os visigodos desistiram efetivamente das suas migracoes. Um acordo com o Impêrio, negociado em 416, oslevou de volta 4 Galia, onde seu reino bêrbaro fo1 ins-
Império Romano demorou muitas
deaux e Toulouse, devolvendo Narbonne ao Impêrio,
Movimentos barbaros
A inevitavel chegada massiva de muitos povos indesejaveis ao décadas até subverter as
expectativas e normas de governo.
Os mapas gue apresentam estes
acontecimentos como tendo tido
lugar simultaneamente impedem uma verdadeira compreensao do gue aconteceu. Até mesmo uma segaéncia de peguenos mapas
indicando as alteracêes ano a ano
poderia sugerir uma sucessao inexordvel de exêrcitos conguistadores, mais do gue os movimentos desnorteados de imigrantes fortemente armados. Os birbaros eram também muito menos homogêneos do gue os -
romanos, embora o fato de as suas
culturas nao terem escrita tore dificil pormenorizar as diferencas,
jue, no entanto, eram sentidas de profunda. Alguns deles,
EE
como os vandalos, viajaram até
muito longe, muito rapidamente,
antesde encontrar uma nova
pêtria para se fixar. No entanto, deviam compreender nao apenas Pk
exércitos, mas também familias. -
` Outros “povos” bêrbaros talvez nao fossem muito mais do gue ges
bandos de homens armados em
busea de emprego a servico de Mi coma dantes militares.
Recrmutados por patrêes nas zonas rurais, Casavam-se com mulheres dad pc uiacao local. Os imigrantes si al
7 r] Os
GOS € os anglo-saxêes, gue nao
icaram tio profundamente identro do Impêério, eram 7 colonos, embora usessem de uma frente militar proteger o seu avanCo. Os
as dos movimentos dos Jaros devem ser aceitos como ressionistas, destinados a
ar o leitor para a ocorréncla de mrupcoes misteriosas. Nao
|| Podem ser apresentacoes literais de
||
movimentos4 maneira dos
ategistas militares. '
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talado, com a aprovac&o oficial, na regiao entre Bor-
gue assim pêde dispor de um corredor entre a Hispania e Provenca. Este regime visig6tico sobreviveu na Galia durante guase um sêculo, expandindo-se pela Hispania no final do sêculo ve acabando por lê se refugiar apOs as vitêrias dos francos sobre ele na Gêlia. Na Hispênia, o reino visigodo durou até 711. Os visigodos foram o primeiro povo bêrbaro a perturbar o Império do Ocidente eo seu poderio foio gue durou mas tempo. Ouando os visigodos chegaram a Gêlia, o Império do Ocidente jê havia sofrido as consegaénclas devastadoras de outras invasêes germênicas através da fronteira do Reno e através da Gélia até a Hispênia. Nessa situacao, o exêrcito romano da Britênia seguiu para a Galia, proclague logo mando um novo imperador, Constantino III,
parficou preso ali pelas responsabilidades assumidas. A tivesse romano governo o gue possivel é entao, de tir atrarelac6es as gue mesmo Britênia, na suspenso sido o Im395 Em sido. tivessem nêo Mancha da vés do canal Imperapêrio foi dividido entre os dois jovens filhos do
nas maos dos dor Teodêésio, e o verdadeiro poder ficou sido os polititenham pratica, Na militares. chefes seus desafortunacos e generais incompetentes, traidores ou
Os nem dominar conseguiram nao gue é dos, o fato o dueé descrever mas bêrbaros; os nem ,contecimentos nao expliRomano Impêrio do gueda a como se seguiu imtao papel um desempenharam visigodos ca nada. Os grupo, portante neste processo guanto gualguer outro objetivo a descomo tido entanto, no terem, nunca sem
ou a subverimperador ao desafio o Impêrio, do truic&o ja esclarecedor, é entanto, no caso, seu O 0 do Estado. em deste grupo capacidade extraordinêria ilustraa gue
se desnunca sem anos 40 durante Impêrio pelo vagar durante fixar se para indisponibilidade sua membrar, a vir de capacidade $ua a € lugar mesmo muito tempo no dos protegia os gue Impêrio do dentro ver da pilhagem,
seus inimigos originais, os hunos. Os seus chefes sê POdiam esperar o reconhecimento imperial como chefes militares, ou por intermédio de tratados gue eles proprios ea sua gente tinham relutência em respeitar. O governo, por seu lado, tentava evitar compromissos com eles: foi a recusa do imperador Honêrio em negociar a seguranga de Roma o gue os levou, por vinganca, a saguear a cidade em 410. De certo modo, o governo deve ter pensado, ou simplesmente esperado, gue o bando
dos visigodos acabasse por se desmembrar, possivelmente com a morte de Alarico. Nenhum dos lados esperava gue eles se estabelecessem num reino bêrbaro dentro do Impêrio, pois isso no tinha precedentes. Na verda-
de, guando esse reino passou a ser realidade, elesja t-
nham comprometido a sua prêpria posicao e se tornado aliados militares de Roma. O seu primeiro rei, Teodorico 1 (reinado 418-51), morreu lutando com os romanos
contra Atila, chefe dos grandes inimigos dos visigodos, os hunos. Os visigodos nêo tinham mostrado nenhum interesse na ac&o politica, exceto em favor do seu prêprio grupo, mas é dificil dizer o gue realmente mantinha o grupo unido. Um exêrcito exilado, vagando por um Impêério
durante 40 anos, deve ter recrutado novos membros ao
longo dos anos. £ pouco provavel gue se satisfizesse com as suas prêéprias mulheres visigodas. Do ponto de vista Cultural, talvez tivesse se mantido afastado da populacio romana para preservar o seu cristianismo ariano, mas a principal coesêo desta forca deve ter advindo da sua lideranca, e o carêter visigético baseava-se essencialmente na sua familia real e nos chefes nobres. No
seu conjunto, os godos tinham, assim, adguirido alguma coerência politica no sêculo anterior a 876, pois foi
ela gue essencialmente manteve a existência da sua forca dentro do Impêrio e tracou o destino dos visigodos depois de 418. Por outro lado, ignora-se até gue ponto eles insistiam em manter a sua pureza tribal, mas é possivel gue tenham aceitado recrutas € seguidores de todos os guadrantes. Apesar dos anos de povoamento pacifico ao longo do Dantbio, uma vez no interior do Impêrio os visigodos nêo se comportaram de modo algum como sé a agricul29
O MUNDO
ROMANO
E OS SEUS INIMIGOS
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perto de Magdeburgo C EE Apesar da sua proveniër N barbara € paga, a idéia de
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fronteira para cultivar em vez de pilhar. A crescente pressao desses varios grupos de germanos sobre a fronteira, no final do sêculo IV, tem a sua explicacao mais
plausivel no medo gue tinham dos hunos gue tinham se
instalado na Panênia, alêm do Danubio,
por volta de
390, embora nao haja provas disto. Nessa época, o prêéprio Impêrio pouco receava os hunos, povo das estepes receptivo as sugestoes imperiais sobre cooperacao con-
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tra os germanos gue nao mostrava nenhuma disposicao de se fixar no Império e cujas incurses geralmente po-
diam ser controladas. Por outro lado, os germanos de
alêm das fronteiras eram mais vulneraveis aos atagues dos hunos e preferiam a seguranca do Impêrio, embora alguns deles, avancando para a Hispênia, achassem gue nenhuma distêancia era demasiado grande para separê-
los dos hunos. Entre os povos gue atravessaram a fronteira em 406, os mais bem sucedidos foram os vindalos e os burguin-
dios, tendo ambos estabelecido reinos bêrbaros gue du-
raram mais de um sêculo. Os vandalos, ameacados por
uma ofensiva romana no Su] da Galia, fugiram para a Hispania (409), onde a agitacao civil facilitou a conguis-
ta. Dividiram o pais entre eles e os seus aliados, os suevos e os alanos, mas a chegada dos visigodos, primeiramente por conta prépria e mais tarde como aliados dos ro-
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tros, com ambicêes diferentes, se fixaram dentro da
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logo atravessaram a Gélia e entraram na Hispênia; ou-
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agricultores; mas gual destas atividades tinha mais importincia dependia de muitas variaveis na situacao local. Ouando, em 406, um grande corpo de germanos forcou a passagem do Reno em Koblenz, alguns deles
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cidos dos romanos, simultaneamente como soldados e
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tura os atraisse mais do gue as armas. Os germanos da regiao fronteirica setentrional eram, no entanto, conhe-
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O MUNDO
manos, logo alterou a situacao. Os vindalos foram esma-
gados, deixando apenas algumas forcas no Noroeste. Dai fugiram mais tarde para sul (419) e partiram para a
Conguista
da Africa, juntamente
Com
Oo gue restava dos
alanos, o gue deixava apenas os suevos, a oeste, de entre os Invasores bêrbaros iniciais. Os suevos estabeleceram
o seu proprio reino com base em Braga. Embora tivesse
durado até 585, a sua histéria é bastante obscura depois de a sua éxpansêo ter sido travada pela invasao dos visigodos, gue os €mpurraram para o extremo ocidental em 464. Muito mais impressionante foi o reino vindalo estabelecido em Africa, de onde Genserico ameacoua Italia. O imperador Valentiniano II conseguiu a paz em 442 com o reconhecimento daguela situacao, mas até sua morte, em 477, Genserico continuou a exercer pres-
sao sobre Roma e sobre os cristaos romanos do Norte da Africa, expropriando os donos de terras e€ os bispos em beneficio do seu exêrcito. A provincia romana mais afastada da fronteira do Reno passou a ser a mais cruelmente governada por gualguer dos bêrbaros.
Em contraste, os burgtindios fizeram apenas uma demonstracao modesta depois de terem, em 406, atraves-
sado a fronteira. Tal como os vindalos, tinham vivido
durante um longo periodo alêm da fronteira setentrionale, ao contrario destes, parecem ter sido mais receptivos a influência de Roma. Depois de 406, em vez de se
juntarem aos vindalos, entraram rapidamente ao serviCo dos romanos no Impêrio, a principio com um usurpador efëmero, Jovino, e mais tarde sob o imperador Hon6rio. Fizeram um pacto com este Gltimo (415), gue
Ihes concedeu parte da Galia junto ao Reno. Este reino
durou até 486, guando o general romano Aécio se ser-
viu dos hunos para destruido, com o objetivo de conter suas ambicêes na Baixa Reninia. Os burgindios tinham-se mostrado relativamente pouco aventureiros e foram liguidados guando comecaram a se mostrar perigosos. Contudo, Aécio ainda apreciava os seus servlicos
como soldados, tendo-os utilizado a leste contra os alamanos. Mais tarde, em 443, foram transferidos para a
regiëo de Genebra. Durante alguns anos serviram de
auxiliares aos romanos, tanto contra os hunos (451) guanto contra os suevos da Hispania, na campanha
chefiada pelos visigodos em 456. No entanto, logo apos o seu regresso parecem ter finalmente tomado a iniciativa na Gélia, ocupando as provincias imperiais de Lyon e Viena. A breve campanha (em 457) do imperador Majoriano sê conseguiu conter temporariamente o seu avanco e, apês a partida deste, ocuparam a propria €1dade de Lyon. Centrados nas bases de Lyon € Genebra, criaram o seu préprio reino, de dimensao consideravel, para o gual obtiveram o apoio voluntêrio da aristoeracia galo-romana. Nessa época ja eram considerados amigos tradicionais de Roma, dando as populacêes locaisa melhor esperanca de protecao na aus€ncla do imperador. Embora os s€us reis fossem arlanos, continuaram a ter boas relac6es com os bispos catélicos, nomeadamente Avito de Viena, até o rei franco Cl6vis
se converter ao catolicismo (507), guando o clero pas-
protesou, sem nenhum escripulo, a considerë-lo um € OS romanos os onde reino, Este aceitêvel. mais tor burgiindios gozavam de um. status guase igual, sê durou
enguanto foi considerado itil pelas populac6es catoli-
em 534 completamente desapareceu € romanas, cas ie sob o governo dos filhos de Clêvis.
Tanto o reino vêndalo guanto o burgtindio tiveram o
seu fim em 534. Ambos se provaram belecer uma monarguia duradoura gue, guer fossem bem tratadas, guer do ponto de vista religioso € cultural,
incapazes de estasobre populacoes nao, continuaram, a mostrar-se hostis
ROMANO
E OS SEUS INIMIGOS
aos barbaros, & confiantes, se nao no seu poder militar, pelo menos na superioridade da sua civilizacao. De ma-
neiras diferentes, os vandalos e os burgindios sao exemplos de extremos disponiveis para os invasores germani-
cos: hostilidade
e auto-exaltacao
ou receptividade
a
manipulacao romana. Os germanos nao dispunham dos recursos necessarios para refazer uma civilizacao. Para eles, a principal esperanca de progresso residia nas armas. Lutavam contra os seus inimigos germanicos com mais entusiasmo do gue o faziam contra os romanos.
Nao consideravam, nem como birbaros nem como aria-
nos, gue tivessem mais em comum uns com os outros do gue com a populacao do Impêrio. Nos seus grupos, agiam nos seus prêprios e limitados interesses. Frente a tais pOVOS os romanos nao tiveram receio por muito tempo, mesmo gue a presenca dos barbaros fosse desa-
gradaêvel, dispendiosa e destrutiva.
A diluicaAo e afastamento de Roma no Norte da Europa A capacidade gue as populacêes do Impêrio demonstraram de preservar sua antiga cultura, apesar da ruptura causada pelos bêrbaros, parece mais evidente em guestêes de religiëo e de lingua, pois sê no caso da Britênia toda uma provincia do Impêrio acabou por ser dominada por um povo de fala germênica. Em contraste, o grande avanco germênico depois de 406 através do Reno levou a fronteira da fala germanica apenas cem guilêmetros para oeste, e os germanos gue penetraram mais profundamente acabaram por ser linguisticamente absorvidos pela populaco local. O principal grupo de germanos cujo objetivo primeiro foi, depois de 406, ode se estabelecer em grande nfimero dentro do Império, mas no sob gualguer protecao romana, mantendo
o dominio sobre a parte germênica e vivendo sob as ordens dos seus préprios chefes, foi o dos alamanos, nome gue implica um grupo misto de povos (onde os franceses foram buscar a sua prépria palavra para designar os germanos). Chamavam a si préprios de suevos e€ a pressêo por eles exercida a sudoeste manteve-se durante sêculos, como mostra a alteracao gradual da fronteira lingiistica. N&Ao eram apenas agricultores ou colonos pacificos, pois a sua forca consistia numa cavalaria temivel, armada de longas espadas de dois gumes. Mas pouco se sabe das fases do seu avanco. Aécio utilizou contra eles os burgindios, mais déceis, mas apos a sua morte (454) os alamanos consolidaram o seu dominio
sobre o Palatinato e a Alsêcia, para lê do Reno. A expansêo para norte levou ao confronto com os chefes francos de Colênia e com o rei merovingio Clêvis. Os merovingios expulsaram o rei alamano e estenderam o seu protetorado sobre a regi&o noroeste desse territorio. A principal investida da colonizacêo alamana deuse entao para o sul, onde anteriormente ja tinham feito incursêes no territêrio do Franco Condado. Depois do ano 500 fixaram-se ao sul do Reno e avancaram tam-
bém pela Raécia com o consentimento de Teodorico,
na Itélia; a populacêo romana se retirou, procurando protecêo nas montanhas. Durante todo o século vi consolidaram o seu dominio de tal modo gue, por volta de 610, conseguiram ocupar a regiao central da Suica, onde venceram a oposicêo dos francos. Apenas a partir de entêo foram suscetiveis a pressêes para a conversao a0 Cristianismo. A diocese de Constanca, fundada por volta de 590, serviu de base a uma operacao dirigida pelos missionêrios irlandeses da escola de Columbano. Os alamanos podiam, assim, comparar-se aos anglo-saxoes por terem conseguido prosseguir durante muito tempo a sua colonizacêAo em territêrios romanos sem fazer grandes concesses a Roma. 1
O MUNDO
ROMANO EE OS SEUS INIMIGOS
Mais a norte, na Baixa Rendnia, também os francos expulsaram os habitantes romanos, mas a consolidacao do poderio franco, com base primeiramente em Tournai e mais tarde em Soissons, significava gue os governantes destes povos francos tinham em conta a presenca romana, como ficou provado pelo fato de terem sido os primeiros barbaros pagaos a aceitar o catolicismo. Contudo, em outros aspectos, os francos de Ouilperico e
Clovis — gue se tornaram o braco armado das populacOes galo-romanas do Norte — imitaram OS burgtindios,
gue ja unham desempenhado esse papel depois de 456.
Estes exêrcitos, tal como as forcas “romanas” gue eles
substituiram, representavam de fato o gue restava da autoridade imperial e, dado gue os exêrcitos romanos haviam sido em grande parte recrutados, desde o sêculo UI, entre os povos barbaros, realcar o contraste entre os dois pode ocultar as semelhancas. Embora um general romano como Estilicao fosse vindalo, o seu exêrcito era
heterogëneo. Nao era o seu povo e as suas forcas gue ele comandava, ao passo gue os chefes b&rbaros gue procuravam emprego para os seus grupos de guerreiros sob o imperador podiam certamente contar com a lealdade das suas forcas de uma forma gue o imperador nêo podia. A diferenca entre um exêrcito romano recrutado
entre os germanos € um exêrcito bêrbaro com um mandato imperial era, assim, crucial. E até 4 segunda metade do sêculo v os exércitos romanos mantiveram a sua prépria coerência, mesmo no Ocidente.
O colapso dos hunos e a restauracao da prosperidade do Impêério Um dos elementos permanentes nesta Juta constante entre o Impêrio e os barbaros foi a posicao dos hunos, povo gue tinha inicialmente pressionado os godos em 375. Embora nao ameacassem o Impêrio do interior, po-
diam, do outro lado da fronteira, pressionar 4 vontade ambos os grupos, contando com seus cavaleiros para
lancar atagues de surpresa. Como povo nêmade das es-
tepes, os hunos foram mencionados pela primeira vez
na Geografia de Ptolomeu (c. 172 d.C.) como vivendo junto ao rio Dnestr, préximo da costa noroeste do mar Negro. Mas nao eram muito conhecidos dos romanos antes de terem atacado e destruido o reino dos godos em 875. Partindo do Sul da Ruissia, expandiram-se durante o século seguinte pelos territêrios a norte do Danibio e, dado gue pareciam nao ter interesse em se fixar no Impêrio, os imperadores os utilizaram com prazer na luta contra os inoportunos visigodos, jê no interior das fronteiras. Alguns hunos fixaram-se na Tracia eo general romano Rufino os utilizZou como guarda-costas. Em 406, Estilic&o utilizou os hunos contra os godos na Itélia. Estes eram originêrios de um Estado gue existia sob a chefia do rei Uidin e gue se estendia, a oeste, pelo menos até ao Dantbio hiangaro e a leste até a Mun-
ténia. Os hunos eram perfeitamente capazes de explorar as fraguezas dos romanos, como aconteceu guando entraram nos B4lcas por essa mesma época. sempre escolhiam bem o momento do atague e seus servicos de espionagem eram obviamente eficientes.
Durante as duas décadas seguintes, a historia interna do seu reino é obscura, mas as incursoes na Mêésia, atra-
vés do Danibio, continuaram mesmo enguanto outros hunos, depois de 425, serviam sob cheies romanos no
Ocidente, em particular Aêcio, em vêrias ocasiëes. Aécio fora refém dos hunos é conhecia a sua lingua e o modo de contratar os seus servicos, mas isso nao signidica necessariamente gue fosse seu “amigo”, como afirmavam Oos seus adversêrios. Os hunos talvez nao tivessem uma chefia efetiva nessa época e a guerra bem sucedida
gue os romanos travaram contra eles na Pandnia confir| ma €sta impressao. Os hunos tiveram em Atila o seu lider mais eficaz, mas o seu poder durou menos de uma década. Na €poca em gue os romanos estavam preocupados com o atague de Genserico a Sicilia (449), os hunos irromperam pelos
B&lcas e avancaram pela Tracia. Foram provavelmente contidos pela promessa de tributos, mas o Império re pudiou tal acordo assim gue se viu capaz de fazé-lo. Sê em 447 Atila — gue, nesse interim, se tornara lider Gnico do seu povo depois de assassinar o irmao — éXigiu o pagamento dos tributos atrasados € empreendeu uma guerra contra o Impêrio, de tal modo gue o imperador teve de implorar para obter a paz. Além do tributo, Atila exigiu a evacuacêo de um vasto territério ao sul do Danibio, entre a Panênia € Svishtov, o gue deixou o Império indefeso. De 14 dirigiu as suas forcas para a Galia,
onde, no entanto, foi derrotado em 451 por Aécio e um exêrcito heterogêneo de barbaros. No ano seguinte Atila atacou a Itélia, sendo obrigado a tomar Aguiléia para poder continuar
Oo seu avanCco;
contudo, tendo atravessado o Pé e sagueado Emilia, recuou para atacar Milo e Pavia em vez de continuar o avanco para sul. No Norte da Italia, as suas forcas con-
trairam uma doenca de tal modo devastadora gue, apos
pouco mais de um mês, tiveram de se retirar. Atila falha-
ra. Ouando morreu no ano seguinte, o seu reino desmoronou-se. A habitual disputa pela sucessao dessa vez deu aos germanos subjugados a oportunidade de se libertar de 75 anos de controle huno. Os ostrogodos recuperaram sua autonomia, e o seu chefe, Valamer, nao encon-
trou melhor meio de alcancar o seu objetivo do gue assinar um pacto com o Impêrio. Isto permitiu a ele se fixar na regiao do lago Balaton, na Pan@nia. Tal acordo nao parece de modo algum sugerir uma grave deterioracao do prestigio imperial, depois de, durante meio sêculo,
tentar lidar com os bêrbaros insubordinados. Em certo sentido, o otimismo e a paciëncia do governo imperial eram justificados, pois os barbaros do interior nao tinham uma verdadeira solucao politica alternativa: embora fossem parasitas do Impêrio, acabariam por ser digeridos. O imperador Valentiniano JIT assinou uma paz humilhante (442) com o intransigente Genserico da Africa, mas, tendo recebido o seu filho Hunerico
como refém, casou-o com a sua prêpria filha, esperando fazer de Hunerico, na geracaAo seguinte, o instrumento da romanizacao dos vAndalos. Existem muitos exemplos semelhantes. Lidar com os bêrbaros de alêm-fronteiras tornara-se impossivel desde gue a fronteira, no antigo sentido da palavra, se rompera; mas em certo sentido os romanos tinham colocado entre si e a incerteza alguns barbaros amigêveis, como os burgindios ou os francos,
gue ja estavam eles mesmos tentando conter a pressao de outros, como os alamanos. Apês o inesperado colap-
so do impêério dos hunos, de fato j4 nêo havia povos dis-
postos a invadir os germanos e, logo gue pudessem fazéêlo com seguranca, os imperadores regressariam. Embora o contra-atague romano fosse muito adiado, Justiniano acabou por demonstrar o bom senso da paciëncia romana guando, em 538, apês cem anos de vandalos, a Africa, pelo menos, regressou ao Impêrio, como
um cao ao seu dono.
O fim do governo imperial a norte dos Alpes O dominio romano nunca foi restabelecido em toda a Hispênia, Gêlia ou Britênia, e é preciso analisar as raz6es de tal fato. Embora os imperadores desdenhassem da capacidade politica dos bêrbaros, o fato é gue nao tHnham pensado na possibilidade de gue uma alteracao
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O MUNDO
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te as possibilidades de recuperacao de Roma. Os préprios bêrbaros se familiarizaram de tal modo com uma situacao em gue o governo imperial se mostrava mais
fraco e as suas préprias hesitantes autoridades mais confiantes gue comecaram a agir com menos deferência. As populac6es romanas do Ocidente também se tornaram peritas em lidar com uma situacao para a gual o governo nao oferecia nenhum remédio rapido. Os principais
interesses em causa eram salvaguardados por uma ou outra forma de acordo entre ambas as partes, bêrbaros e proprietarios (a classe dominante do Impêrio), se bem
gue 4 custa do governo. A alternativa, menos desejavel, ao compromisso era a ditadura militar. Até meados do século v, os generais romanos tinham cumprido de forma adeguada a responsabilidade de defender a estrutura do Impêrio. NAo houvera tentativas persistentes de derrubar o governo imperial, criar satrapias ou empreender guerras civis. Mas os fardos gue pesavam sobre os ombros dos generais eram muito grandes € o governo nêo se mostrava grato nem Gil. O prêéprio imperador do Ocidente tinha necessidade de se mostrar ativo e eficiente. Durante algum tempo, a familia imperial mantivera o seu prêprio e limitado sentido de unidade do Impêrio, apesar da divisêo em Oriente e Ocidente entre irmêaos (895) e mais tarde entre primos. Com a morte de Valentiniano II (455) e de Marciano
(457), no Oriente, até este vinculo familiar foi rompido. No Oriente, o novo imperador, Leëo, foi promovido pelo general alano Aspar. No Ocidente, Avito foi colocado no trono pelo rei visigodo Teodorico 11, mas em breve foi obrigado por Ricimer a renunciar a glêrla; o su valente sucessor, Majoriano, foi também considerado gue manRicimer, por sucedido bem demasiadamente
dou assassind-lo em 461. Depois de Majoriano, os impeinradores do Ocidente deixaram de exercer gualguer Oriente do envlados fossem guer governo, no fluëncia pelos nomeados cComMUM, mais era como guer fossem, generais. Depois de Majoriano, nenhum imperador menos sobre ainda € Galia, a sobre autoridade exerceu
He a Britinia ou a Hispaênia. ia nao Ocidente do Impérlo o Gêlia, na Sem apoio o LyonMajoriano, de morte da época Na Itlia. da além os afaveis burprotetor como escolhera jé romano nais sassi(as o ci Aé de de da ri to au a e, rt no ao is giindios. Ma e gu o, ri ag Si de os ma as ra pa ou ss pa nado em 454)
ROMANO
E OS SEUS INIMIGOS
governou de forma independente durante 95 anos, tendo o seu “reino” sido anexado por Clévis apês uma bataIha. @Ouando Clé6vis se converteu ao catolicismo, os romanos de Lyonnais deram-lhe com prazer a sua preferéncia sobre os burgtindios. Tinham aprendido a pensar primeiramente nos seus préprios interesses e a fazer os acordos possiveis sem recorrer de forma alguma ao 1Imperador. Os individuos gue sofreram danos e indignidades durante este processo devem ter sido em numero muito menor do gue agueles gue compactuaram com os governantes barbaros. Pelo menos na Galia foram poupados do destino mais cruel dos romano-britanicos, gue tiveram de entregar as suas melhores terras aos invasores e colonos ingleses. O avanco daguela colonizacao foi adiado por uma vitéria romano-britanica em Mons Badonicus, mas os invasores nao foram repelidos nem assimilados e, apês algum tempo, os ingleses retomaram a sua pressao sobre os romanos gue restavam. Na Galia nao aconteceu nada têo ignominioso. Mas a civilizacaAo romana nio foi salva pelo Impêrio, por meios politicos, administrativos ou militares; foi salva pelos
proprietêrios fundiërios através das suas vilas e das suas igrejas. O Impêrio jé nio tinha importência. O rei visigodo de Toulouse partilhara da derrota de Atila e apoiara Avito como imperador romano. Apês a morte de Ma-
joriano, o reino governado pelos irmaos Teodorico TN (458-66) e Eurico (466-838) fez esforcos para preserva-lo. Eurico expandiu o seu territério até ao Loire (470),
além do Rédano até Provenca (477) e além dos Pirineus
até a Hispênia, gue submeteu. $6 o arianismo dos visigodos justificou sua expulsdo da Gélia por Clêvis e seu isolamento na Hispênia a partir de entao. Mas a propria Galia comecara a se desmembrar e os Estados sucessores
impediram gualguer hipêtese de restauracao do romanismo no Ocidente, exceto na Italia.
O destino da Italia
A prépria Itêlia sofreu, em 401, a pior invasao barbara sob o comando de Alarico, mas depois de os visigodos terem partido para a Gélia enfrentou apenas a breve invasio de Atila, em 459, e conseguiu, portanto, continuar levar o modo de vida romano. O seu bem-estar foi mais gravemente ameacado pela beligerancia de Genserico, operando a partir do Norte da Africa depois de 440. Ap6s 461, as dificuldades guanto 4 sucessao imperial atribuiram novas responsabilidades aos generais barbaros encarregados do exêrcito romano na ItAlia. Ricimer (suevo), Gondebaud
(burgindio) e Oreste (da Pan6-
nia) cumpriram o seu dever, ou encobriram as suas usurpacêes, nomeando imperadores fantoches nao reconhecidos em Constantinopla. Ouando Gonstantinopla enviou ao Ocidente um novo imperador, Antêmio (467-79), o seu guarda-costas era Odoacro, gue foi eleitorei pelo exêrcito da Itêlia em 476. Depês o imperador nominal do Ocidente, gue de gualguer modo nao fora reconhecido em Constantinopla (476), e acabou sendo reconhecido como patricio pelo imperador do Oriente, Zeno. Ent&o, durante mais de 50 anos a Iralia gozou dos beneficios de um governo estêvel proporcionados por uma ditadura militar, apenas com um periodo de ruptura gue durou três anos e meio (489-92), guando Odoacro lutou para manter a sua autoridade contra Teodorico,
o Grande,
seu
sucessor.
Teodorico
e Odoacro
estiveram envolvidos numa vendetta familiar gue deu carater pessoal 4 sua rivalidade, mas a principal razao para a invasêo da Itélia por Teodorico foi o desejo do imperador Zeno de livrar o Impêrio do Oriente dos ostrogodos, por guaisguer meios, e o prazer de, ao mesmo tem-
po, se livrar de Odoacro.
O proprio Zeno era um
38
E OS SEUS INIMIGOS
“barbaro”, um isdurico chamado ao poder para lidar com Aspar, o general alano gue pretendia governar Constantinopla. O préprio Teodorico nao iria gozar de mais simpatia em Constantinopla gue seu antecessor, mas conseguiu chegar ao fim porgue o Império do Oriente finalmente tinha ficado livre de todos os grupos
barbaros indesejaveis no seu préprio territério, nao ten-
do mais nenhum para banir para o Ocidente. Apésa morte de Teodorico, o Império do Oriente sentiu-se forte o bastante para empreender com determinacao a reconguista da Italia. A reputacao de Teodorico baseia-se nas realizacoes do seu proprio reinado (498-526), em uma melhor docu-
Acima: o diptico de Prob; ë : Var
Abadia de Essen-Werden, oo da Nesta segunda parte do diptic o. Probiano é represen tado
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instalado como vigrio do
pref Cilg
romano, vestindo tinicae
clamide, vestes oficiais dos
luncionarios pablicos romang
lem na mao o decreto da Sua s
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ROMANO
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o seu estilete. E acompanhadg
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O MUNDO
dois escribas e felicitado por do; (uncionarios, embaixo. Ao ford,
vé-se uma lamina Com retratos Pk imperadores Arcddioe Hong
Agui se encontra encerradog. funcionamento permanente do Império Romano.
mentacao (entre os seus conselheiros e administradores estavam Cassiodoro e Boëcio, ambos eruditos e escrito-
res famosos) e no seu lugar na lenda germinica. Em
conseguëncia disto, Odoacro tem sido bastante ofusca-
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Ouando os visigodos foram derrotados por Clêvis, Teodorico assumiu a gestao de Provenca no interesse do ameacado reino do seu neto visigodo, embora ele prêprio fosse casado com a irma de Clêvis. Como a maioria dos germanos, Teodorico pouco se interessava pelo poderio maritimo. Abandonou as ilhas (com excecao da
Sicilia Oriental) aos vandalos, cujo chefe, Trasamundo
(496-5258), se casou com a irmAa de Teodorico e imitou,
na politica, o seu cunhado.
As aliancas de Teodorico
com os grandes governantes barbaros da sua época ea sua prépria posicao central na Itêlia o alertaram para a possibilidade de estabelecer uma situac&o guase imperial para os germanos no Ocidente. Contudo, tambêm é possivel gue o carater heterogêneo das suas forcas germanas o tenha impedido de adotar a atitude nacionalista da maioria dos reis bêrbaros. Os seus ostrogodos tinham sofrido muitos reveses nos cem anos antes de ele os ter conduzido a um reino dentro do Impêrio. As suas forcas na Italia nao tinham a coesao adguirida pelos
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Abaixo: taimulo de Teodorico, em Ravena, c. 596. A abébada, em um
Gnico bloco de calcario, cobreo
grande soberano ao estilo germanico tradicional. O restante do edificio é de estilo rominico,
embora os trabalhadores fossem provavelmente oriundos da Siria. Inicialmente, uma galeria no andar de cima devia tornar este mausoléu mais imponente do gué
é atualmente, mas os historiadores de arte ha muito gue discutem sobre o seu aspecto original.
francos, pelos visigodos e pelos vindalos, com seus feitos
espetaculares na guerra e na diplomacia. Teodorico conseguiu entre os barbaros um prestigio pessoal sê comparavel ao de Carlos Magno, mas o seu povo nao gozou do reflexo dessa glêria. Acima de tudo, o culto da sua iImagem como romano traia a fragueza inveterada dos germanos no interior do Impêrio: politicamente, nao podiam fazer nada alêm de imitar os romanos. Dentro do Impêrio, estavam de tal modo em minoria gue ndo podiam estabelecer comunidades autênomas nem impor o seu prêprio tHipo de regime. As monarguias gerig EES Pn
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exigiam algo mais e ainda eram suficientemente fortes para ter a certeza de obter. E verdade gue o Impêério Romano ja nao era o gue tinha sido, mas ainda nao desaparecera no limbo da histêria. Na Itêlia, pelo menos, ainda era o padrao de organizacao politica, e em Constantinopla dava fortes sinais de agir com eficêcia.
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morte de Marcelino, chefe de um exêrcito dalmata com-
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siodoro, serviram-no, € aos seus préprios interesses, o melhor gue puderam por intermédio da retêrica. Como construtor Teodorico também seguiu os modelos dos seus antecessores romanos. O seu regime se mostrou dificil de erradicar ap6s a sua morte, embora nunca tivesse sido popular. A sua intencao basica de proteger povos romanos e germanos separados revela o medo de gue sem tal sistema artificial os germanos fossem inevitavelmente absorvidos e enfraguecidos pelo maior nimero e pela cultura dos romanos. Isto é talvez reflexo das ansiedades pessoais de Teodorico, j& gue, guando crianca, fora enviado como refém para Constantinopla, onde aprendera a apreciar a civilizacao romana sem, contudo, guerer negar a sua germanidade inata. Em 477 Odoacro permitira aos visigodos ocupar Arles e receber os refugiados gue deixaram Noricum em 488, renunciando, portanto, a postos avancados mais remotos para a defesa da Itélia. Tinha, no entanto, tirado proveito da
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legal, associados, consortes, mas o gue nao é claro é se os barbaros eram agricultores ou apenas beneficiërios. As
romana. Os seus funcionarios romanos, sobretudo (Cas-
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nos e as suas “hostes” bêrbaras eram, do ponto de vista
exército recrutas vindos de todo o mundo germanico, onde, no periodo de mais de 30 anos de dominio, conseguiu obter uma reputacao sem precedentes de chefe germanico bem sucedido. Pretendia manter os seus germanos separados dos stiditos romanos por meio de um dualismo administrativo. Ao manter-se fie] ao arianismo do seu povo, tornou impossivel aos romanos acreditar totalmente nas suas afirmac6es de respeito a civilizacao
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1 ell——
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tos ao Estado para manutencao do exêrcito. Os roma-
manos, e nao é de estranhar gue tenha atraido para seu
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riosde terras da Italia atribuiam um terco das suas terras aos barbaros ou pagavam um terco dos seus rendimen-
com algumas guarnicoes na Campania e na Dalmacia. Este sistema fo1 utilizado por Teodorico para os seus ger-
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magisin militum. Odoacro obtivera terras para as suas tropas na base comum da “hospitalidade”. Os proprietê-
suas terras slituavam-se especialmente no vale do P6, ao redor de Ravena, na Toscana, em Picenum € Samnium,
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do. A forma de governar de ambos foi fundamentalmente igual. O exêrcito de ostrogodos de Teodorico era um bando tao heterogêneo guanto o de Odoacro. Ambos foram reis, mas nao de nacêes. A realeza era para os seus soldados; para o imperador eram apenas generais:
DO MUNDO
ROMANO
E OS SEUS INIMIGOS
os imperadores no Ocidente. Contudo, o imperador do
Oriente amda tinha meios de se afirmar. Para se tornar senhor de si préprio, Leao | mandou assassinar o seu
protetor, depois de ter encontrado um
aliado no chefe
1saurico gue casou com a sua filha, tomou o nome grego de Zeno e o sucedeu como imperador em 4/4. Por ser estrangeiro, Zeno era impopular e foi logo derrubado, mas no prazo de dois anos voltou ao trono, onde permaneceu até ao fim dos seus dias (476-9]). O Impêrio do
Oriente sobreviveu durante mais mil anos porgue conseguiu atrair € manter imperadores capazes, de muitas origens diferentes. Os problemas da fronteira oriental naturalmente obrigavam o Impêrio a campanhas mais regulares contra o poderio da Pêrsia do gue jamais
acontecera na fronteira do Reno-Danubio; os interesses
da Anatélia Oriental naturalmente tinham particular predominência no calculo politico. No século v o apoio imperial 4 Armênia, embora protegesse o cristianismo, nao foi o suficiente para criar um bastiao militar no extremo nordeste do Impéêrio. O elemento greco-romano do Impêério podia ter gue dar lugar a soldados e imperadores menos civilizados, mas em outros aspectos o seu poder “civilizador” nada perdera do seu zelo. A separac&o do Oriente e do Ocidente fez com gue o grego viesse a ter predominência
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sobre o latim, mas o culto romano 4 lei era ainda forte.
A primeira grande codificacio imperial de éditos, desde
Constantino, foi publicada em latim em 458: o Codex
Persistência e mudanca no Impêrio do Oriente
A histéria do Impêrio do Oriente durante o sêculo v pode parecer mon@tona em comparacao com a do Ocidente, mas no final desse século j& se podia perceber gue suas dificuldades tinham sido grandes e até certo ponto semelhantes. Nao foi o cinismo gue fez com gue os imperadores encorajassem os bêrbaros desordeiros
gue entravam no Impêrio a partir para o Ocidente. Os visigodos causaram mais distirbios aos imperadores em 96 anos no Oriente do gue fizeram no Ocidente, onde acabaram por se fixar por um prazo de 18 anos no gue parecia ser uma base satisfatêria. O Ocidente era menos densamente povoado e tinha menos cidades vulneravelis do gue o Oriente. Mas nas zonas do Ocidente onde a populacaAo era numerosa, como era o caso do Norte da Africa, a ocupac&o dos vAndalos suscitou uma profunda inguietac&o no Oriente. O imperador Leao 1 enviou, no final da década de 460, uma expedicao dispendiosa
para resolver a guestao, e, embora a operacao tivesse fa-
Ihado, o projeto de reconguistar a Africa nao foi esguecido. O Oriente tambêém tivera de suportar o impeto
dos atagues dos hunos, jê gue sê em 491 /52 Atdla se vol-
dos guatro bracos em forma de
contra o Impêrio. O seu chefe, Teodorico, embora tivesse sido educado em Constantinopla como refém, utilizou sua cultura para se mostrar dificil na negociacao. Al-
inicialmente ocupado pelo pilar onde Sao Simao Fstilita passara os
a desgastaram Leëo 1 e Zeno antes deste Gltimo ter
Acima: Igreja de Sao Simao, c. 470.
Na época esta era a igreja mais
grandiosa construida na Siria. De planta cruciforme, com cada um
basilica, o cruzeiro central era
Glimos anos da sua vida. Esta 1greja foi construida para celebrar
O seu culto e receber seus devotos.
Abaixo: placa de ouro de $ao
Simao, do século VI. O santo é
representado na sua coluna, com
a escada utilizada pelos gue
desejayamconsult#-lo.A grande gue tomavao '. cobraeraaforma '.
tara para o Ocidente. Os ostrogodos, gue entao sairam da tutela dos hunos, nio tardaram a utilizar a sua forca
Diabo'gueotentaya,
ternadamente
aliados
e opressores,
os
ostrogodos
pésoportunidade de volt4-lo contra Odoacro, mimigo
na soal de Teodorico e general independente de Zeno Ttélia. Os proprios imperadores tinham
sido ameacados
Ocino Roma de contrario ao era, gue capital, sua na Tinham dente, o centro nevrêlgico da administracao. desde do intimidados nos seus palêcios pelos generais, Rufino, tutor de Arc&dio1, aAspar, gue instalara o impefizera com Ricimer gue modo mesmo do 1, Leëo rador
Theodosianus. No entanto, os principais interesses intelectuais da época centravam-se na teologia, € os imperadores nio podiam, e nao tentaram, fugir dos problemas gue exigiam atencêo profunda e popular. Em Constantinopla, tanto o imperador guanto o patriarca tencionavam manter a posicao de chefia da Igreja da Nova Roma no Oriente, reconhecida em decreto do Concilio de Constantinopla em 381. Mas enguanto no Ocidente o prestigio Gnico de Roma era inelutavel, em Constanti-
nopla o patriarca tinha de enfrentar nao sê as pretenses de dioceses muito mais antigas do gue a sua, como as de Antioguia e Alexandria, mas tambêém as paixoes
dos monges e do povo e as sofisticadas especulacoes da teologia. Os ensinamentos da escola de Antioguia sobre as duas naturezas diferentes de Cristo foram apresentados em Constantinopla guando Nestor se tornou patriarca (498). Foi imediatamente desafiado por Cirilo, patriarca de Alexandria, gue conseguiu obter a conde-
nacao de Nestor no Goncilio de Efeso (431) ea prepon-
derëncia da sua prépria diocese até depois da sua morte (444). Com o apoio do papa de Roma, Leao 1, a Igreja de Constantinopla reagiu entao contra os “monofisistas”
de Alexandria e, no Concilio de Calcedênia (451), pro-
mulgou a doutrina das duas naturezas perfeitas e indivi siveis, mas independentes, de Cristo. Esta vitêria teologica afastou muitas das provincias orientais do Impêrio de Constantinopla, gue ao mesmo tempo perdeu o apoio
papal ao buscar uma posterior declaracao da sua proépria igualdade em relacao a Roma. Isto deixava Roma apenas com a primazia honorêria. O Impêrio do Oriente preparava-se
assim, no sêculo v, simultaneamente
para a sua bem sucedida sobrevivéncla e para a sua transformacao em um Estado predominantemente grego. No Oriente, gregos e estrangeiros continuaram a respeitar o nome de Roma. $6 a arrogência do Ocidente podia transformar as vicissitudes do Impêrio na dissolucao da sua natureza. O Estado romano sobreviveu como uma forca da Natureza. Nio houve nenhuma outra Cria-
co politica no mundo gue lhe fosse compardvel € os bêrbaros gue ocuparam os seus territêrios foram apenas manchas temporrias no corpo politico da Roma Eterna. 45
A AFIRMACAO DA FÉ O Império do século v ao sêculo vIl
Depois de 476 nao foi nomeado nenhum imperador romano do Ocidente, passando assim a soberania de todo o Impêrio a recair sobre o governante de Constantinopla. Mas durante mais de 50 anos nenhum imperador do Oriente esteve em posic&o de aceitar guaisguer res-
ponsabilidades no Ocidente. Entretanto, em Constanti-
nopla, nao parecia de modo algum certo concluir gue o
Império tinha acabado no Ocidente. E os catélicos ocidentais, incluindo o papa, também nao tinham nenhu-
ma intencao de permitir gue seus irmêos do Oriente os deixassem para sempre nas mêos dos bêrbaros, sobretudo porgue a maior parte dos gue estavam no poder
eram, a excecao dos francos, hereges arianos. Teodori-
co, o Grande, rei dos ostrogodos na It&lia (498-596), nao podia se dar ao luxo de ignorar o Impêrio do Orien-
tenem de negar a autoridade do imperador, pois embora na pratica tivesse independência, os seus siditos ro-
manos catolicos suportavam o seu dominio com uma aversao mal dissimulada. As suas intervencêes na Galia, com o objetivo de apoiar os arianos contra Cléêvis, encorajaram, como é natural, o imperador do Oriente a reparar no rei franco e a honrê-lo. O sucessor do impera-
dor Anastacio, Justino (518-27), considerou gue o seu governo era suficientemente forte para reprimir as hereslas gue haviam enfraguecido o Império no século v,
Ocidente obrigou o imperador a prestar menos aten-
caAo & restauracao persa, sob Khusrau I (imperador entre 531 e 579), gue foi mais vezes subornado gue con-
frontado. Justiniano também gastou muito dinheiro na construcao de fortalezas na fronteira oriental. O Impé(534,
por eslavos
rio foi invadido, do lado europeu,
547, 549, 551), bilgaros (584, 538) e hunos (539-40, 559) e a prépria cidade de Constantinopla viuse ameacada. A devastac&o causada pelos bêrbaros na Iliria, na Grécia e por todo o Egeu até a Asia Menor provocou duras criticas contra Justiniano por ter posto ém risco,
devido a suas ambicêées no Ocidente, a seguranca da capital e de todo o Impêrio do Oriente. Contudo, nenhuma parte do Impêrio foi perdida para sempre ém consegtiëncia destes atagues e Justiniano, fiel ao perene conceito de Impêério Romano, tinha razao para se sentir satisfeito e recompensado pela sua persistência. As alegacées contra ele e contra o seu ministro mais famoso, Joëo de Capadêécia, de terem provocado a ruina f1nanceira, naAo podem ser provadas a partir dos registros
e dependem do testemunho do maldoso historiador contemporêneo Procépio. A preocupacao de Justiniano com os interesses comerciais do Impêrio parece,
incluindo a dos arianos; Teodorico j& comecara a recear
o futuro antes da sua morte, em 526. O sucessor de Justino, Justiniano (527-65), conseguiu manter a iniciativa
de uma intervencao militar no Norte da Africa, na Italra
e na Espanha. O Norte da vandalos em 533. Ap6s um dade de Roma ficou livre Mediterrêineo. A partir da
Africa foi reconguistado aos sêculo de medo, a prépria cido poderio dos vindalos no Africa, o general de Justinia-
no, Belisario, empreendeu a reconguista da Sicilia, da
Sardenha e da Cérsega, desembarcou em Napoles e entrou em Roma (536). Teodorico morrera dez anos antes e nenhum ostrogodo o sucedera como politico astuto, e muito menos capaz de enfrentar a novidade de uma intervencao direta. Mesmo assim, os godos, ao contrêrio
dos
vêandalos,
nao
sucumbiram
completamente.
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como oimperador, apelaram aos francos para gue os auxiliassem, instigando mesmo os persas contra Justiniano. A causa do imperador encontrou obstaculos na desconfianca deste em relacao ao general Belisario e nas complicac6es provocadas pela sua substituicê&o por Narses. Durante 17 anos a Itêlia foi um teatro de guerra. $6 em 554 Justiniano conseguiu dominar o pais e reorganizar o seu governo por intermédio de um exarca instalado em Ravena. Nessa época as tropas de Justiniano tinham repelido a invasao dos visigodos no Norte da Africa (544) e reconguistado o sudeste da Espanha como recompensa por terem ali explorado as dificuldades dos visigodos arianos. As recondguistas de Justiniano no Ocidente restabeleceram o controle imperial no Mediterrêineo e deram provas de notavel capacidade de recuperacao caracteristica do Impêrio. Mas, a posteriori, tal capacidade geralmente tem sido considerada resultado de idéias excessivamente grandiosas aplicadas com pouca consideracao pela prudência ou pela economia. O envolvimento no
O Impêrio de Justiniano Este mapa deveria ser comparado com o da pag. 28 para mostrar o gue Justiniano realizZou ao voltara impor a presenca imperial no
Ocidente. Os mais de cem anos de separacao entre os governos dos Impêrios do Oriente e do Ocidente nao tinham encorajado os imperadores do Oriente a se afastar das suas responsabilidades em relacaio ao Ocidente.A
unidade do Impêrio e da
civilizacao era considerada um
dado adguirido e nao foi
necessêrio sublinhar as préprias falhas ea falta de recursos dos bêrbaros guando chegou o momento da reconguista. O modelo de governo de Justiniano mostra continuidade em relacao
ao velho impêrio. Para as geracêes posteriores, as cidades
metropolitanas das provincias ja se destacam como locais com potencial para centros
eclesiësticos. O mapa nao consegue fazer justica aos problemas eclesiësticos do Impêrio ou 4 forca e difusao das opini6es teolbgicas dissidentes. Pode ajudar a realcar o fato de gue pareciam muito mais preocupantes aos olhos do imperador do gue as campanhas militares contra meros bêrbaros. O peso do nimero de cristios no Oriente, sobretudo na Asia Menor, fez com gue se prestasse mais atencao nessa regido. Era vulnerdvel as ambicoes persase Justiniano optou por comprar a paz naguela regiao, politica gue tem sido criticada, embora seja dificil de ver gue outra opcao tinha oimperador.
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A AFIRMACAO DA FE
pelo menos, sugerir gue tinha suficiente percepcao da
€CONOMIa para ser Capaz de calcular os custos da glêria militar. As guerras com os persas interromperam o comércio, em particular o da seda com a China, tendo-se iniciado negociacées com a Etiépia para a abertura de uma rota alternativa (582). Vinte anos mais tarde, Justiniano conseguiu obter alguns ovos de bicho-da-seda vindos da China e iniciou o processo de fabricacao da seda no Impêrio, gue logo se tornou na sua indistria mas importante e lucrativa. Nêo se pode provar gue a prosperidade do Impêrio tenha sido comprometida pelos Custos da guerra ou pelas acêes do governo. A reputacao pessoal de Justiniano, realcada por ter sido o responsêvel pela codificacao do direito romano
(599-384) e
pela construcao “da mais bela igreja de todo o mundo”, a lgreja da Santa Sabedoria (Santa Sofia em Constantinopla, concluida em 5387), sobreviveu, de forma pertinaz, as diatribes dos seus detratores.
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terior ao sul do Pê resistido. E verdade gue os lombardos nao foram expulsos € gue a pouco € pouco foram ganhando terreno, mas pelo menos o Império nao perdeu todos os seus territérios na Italia antes do sêculo XI;
assim, a reposicao da autoridade imperial por Justiniano nio foi um acontecimento transitorio na historia da peninsula. De fato, impediu os lombardos de unificar a
Italia sob o seu dominio, como fizera Teodorico, o teria
consegiëncias profundas no futuro do territorio. No Oriente, os azares da guerra proporcionaram aos
persas vitorias ocasionais, mas o Império amda foi ca-
paz de continuar a luta e tirar proveito das préprias disputas internas dos persas até ao reinado de Phocas (609-10). Entao, Khusrau IT derrotou o Impêrio em
dos. Justino II (565-78) recusou-se a pagar mais tributos aos avaricenses e cortou as relacoes com os lombardos
clio agiu como alguém inspirado, repelindo os persas
Fo;
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ajudassem na Italia, tendo a Costa € grande parte do in-
604 e invadiu a Asia Menor até Calcedênia, perto da capital (609); conguistou também Siria, Jerusalêm e Egito. $6 guando os persas regressaram para ameacar
gue seu to, Justiniano, estabelecera em Noricum. Énguanto os avaricenses atacavam o Império, os lombardos voltaram-se contra os gépidas e invadiram a Italia (568). O chogue inicial dessa invasao permitiu a eles apoderar-se, em 5792, de grande parte do vale do P6, mas o futuro do seu Estado foi comprometido por falta de lderanca entre 575 e 584, guando muitos dugues parti-
dt,
ameaca; mais uma vez apelaram aos francos para gue os
Ap6s a morte de Justiniano, em 565, suas realizacées nao desmoronaram imediatamente, embora tivessem surgido novos problemas gue puseram 4 prova dura-
mente as capacidades dos seus sucessores menos dota-
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Iharam o poder e continuaram aos poucos as conguistas. Os imperadores nao se resignaram ante esta nova
de
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a capital (619-20) o novo imperador, Herdclio (61041), se movimentou. Durante seis anos (622-28) Hera-
na Asia Menor e na Armênia. Khusrau trouxe os avarr censes como reforco para um atague conjunto a capital, enguanto Herêclio atravessava o mar Negro para atacar diretamente a Pêrsia. Derrotado em Ninive em
696, Khusrau nêo conseguiu salvar a si prêprio nem ao seu Impêrio. Herêclio recuperou todos os territorios perdidos durante os vinte anos anteriores. Gontudo,
A AFIRMACAO DA FÉ.
na um nos vez
época da sua morte, em 641, o Império enfrentava imnimigo mais terrivel e resistente, pois os muculmahaviam chegado a Siria em 684 (ver pag. 49). Dessa Heraclio nao conseguiu deter a torrente. Em mea-
dos do século, os muculmanos
tinham se lancado ao
mar €e conguistado Ghipre (649) e Rodes. A prépria Constantinopla foi cercada por três vezes (669, 674-80, 716-17). Embora o coracao da Grêcia fosse preservado ea guerra tivesse se deslocado para o campo dos muCulmanos durante algum tempo, a perda do Norte de
Africa (697) confirmou gue o Império estava em esta-
do deplorêvel. Ouando a guerra recomecou na Asia Menor, a prépria capital sê foi salva no Gltimo minuto pelo primeiro imperador de uma nova dinastia, Leëo IN (717-41). A perda de muitas regiëes do Império mais valiosas, mais densamente povoadas e de mais an-
tiga civilizacao, como a Siria e o Egito (onde os três grandes centros cristaos — Alexandria, Jerusalêm e Antioguia — passaram para as mêos dos muculmaNOS), nao sê esgotou os recursos do Impêrio como AcENLUOU O seu Carater predominantemente grego. No tempo de Herêclio, o grego substituira o latim como lingua oficial. O Impêrio ainda iria recuperar parte do seu poderio militar, mas jamais retomou a sua missao romana universal.
A politica e o avanco da fé O espetacular colapso do Impêrio cristio em zonas de lorte sentimento cristao tem levado os historiadores a suspeitar gue as diferencas de opiniëo teolêgica entre as populacbes locais e Constantinopla as levaram a considerar os muculmanos
mais como libertadores bem-
vindos do gue como inimigos odiados da fé. O gue é certo é gue, desde meados do sêculo v, a ortodoxia, tal
como era definida pela Igreja de Roma, mesmo guando defendida pelos imperadores, nêo conseguiu prevalecer contra os ensinamentos do monofisismo preponderante no Egito, na Siria e€ na Armênia (ver pag. 35). Vaêrios imperadores consideraram certo gue tinham o direito e o dever de encontrar uma férmula religiosa gue fosse imposta a todo o Impêrio, mas descobriram gue era impossivel encontrar uma gue fosse aceitêvel ao mesmo tempo por Roma e por Alexandria. As declarac6es de doutrina feitas por imperadores nao impunham, por si sê, respeito. Os patriarcas, € até os papas, podiam ser tratados com dureza, mas suas igrejas nao podiam ser coagidas e as perseguicbes eram contraproducentes. Aos olhos dos devotos a tolerancia dos mu-
culmanos para com os cristaos de todas as seitas inevita-
velmente tornaria seu regime mais aceitavel gue o dos imperadores ortodoxos. A Igreja do Ocidente mostrara, desde o século v, um poder de recuperacao maior gue o Império, acontecendo o mesmo no Oriente no século vir. Ouando o Impêrio foi efetivamente reduzido ao territêrio do patriarcado de Constantinopla, houve outras igrejas cristas gue conservaram intactas suas préprias tradicées religiosas sob governantes muculmanos. No Ocidente, a forca da organizacao religiosa catêlica ficara demonstrada pelo fato de, guando a autoridade politica caiu nas maos dos arlanos, as populacoes catolicas da Itêlia, Galia, Espanha e Norte da Africa terem
se recusado a se reconciliar com os herêticos, embora
fossem obrigadas a se submeter a forca dominante. Com a conversao do rei franco Clêvis ao catolicismo, a sua paciëncia foi recompensada. A submissêo do reino burgundio ariano seguiu-se entao a derrota do visigodo
Alarico II (507). O seu filho, Amalrico, ficou apenas com a Costa meridional da Galia e com a Espanha, soba protecao do av6, Teodorico. A morte deste altimo abriu 38
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caminho ao regresso do ortodoxo Justiniano a Itêlia, e€
Acima: Santa Maria de Naranco,
francos, conseguiu provocar uma invasêo merovingia da Espanha, alegadamente devido aos maus tratos infligidos 4 sua mulher, uma das filhas de Clêvis. Os visigodos nao perderam completamente os seus territêrios na Galia Meridional, mas foram obrigados a fazer da Hispania a verdadeira base do seu reino. As suas préprias lutas pela sucessêo deram as forcas de Justiniano a oportunidade de restabelecer o dominio na Espanha. O reino visigodo sê comecou a readguirir uma estrutura reconhecivel sob Leovigildo (567-86), gue incorporou os recém-convertidos suevos ao seu reino. Ele também transferiu a capital para Toledo, cidade provincial da diocese de Cartagena, gue estava nas maêos do Impêrio. Muitos dos seus stiditos mantiveram-se catéli-
asturiano Ramiro 1 junto ao cume
Amalrico, em vez de se valer de uma alianca com os
cos dedicados, mas ele continuou a defender o arianis-
mo com tal obstinacao gue guando seu filho Hermenegildo se tornou catélico o rei se recusou a permiti-lo; para ele o arianismo era a religiao gue mantinha os godos unidos como um povo. $é apêés a morte de Leovigildo (586) o seu sucessor, Recaredo, fez as pazes com a Igreja, levando a maioria do seu povo consigo. A reacêo posterior foi ineficaz. A afinidade de interesses entre os governantes visigodos (gue nao estabeleceram nenhuma dinastia real) e a Igreja foi simbolizada pela cerimênia eclesiastica de uncao do rei. Os visigodos tinham
sido os arianos mais obstinados e, de forma indistinta,
os mais longevos, mas por fim tambêém eles reconheceram gue a conversêo e assimilacaAo eram preferiveis 4
Oviedo, Espanha. O paldcio, inicialmente construido pelo rei do monte Naranco, a norte de
Oviedo, foi por ele transformado,
em 848, em igreja consagradaa
Virgem. Ambos os andares sao
abobadados e a sua construcao
suscitou grande admiracao na
época. As proporcées inspiraramse nas da Cimara Santa de Oviedo, construida no reinado
anterior. Contudo, é possivel
identificar iniimeros interesses
divergentes gue demonstram 0 elevado nivel gue a cultura asturiana atingira naguela época.
A ënfase na vertical e o eguilibrio perfeito dos principais elementos
s0 prova da influência clêssica. janelas decorativas redondas, no interior e no exterior, utilizam
elementos de desenho derivados do Oriente, do Islê, da Irlanda€
do norte da Europa. A harmont
do desenho supera todas as diversidades em um prédio de
forca e reguinte excepcionals. AS balaustradas do andar superior cairam, mas a intencao deste
edificio, de dar prazer aos
espectadores no interior, bem como no exterior, merece set destacada.
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A AFIRMACAO DA FÉ Isidoro de Sevilha, em um manuscrito de Paris, datado de c.
dez anos, mas o reino manteve-se unido; até a Septimania (0 territério visigodo no Sul da Galia) foi mantida, apesar de algum descontentamento (672). O século vr, cm geral tao atribulado no Oriente, na Italia e na Galia,
800. Esta é a mais antuga representagao gue se conhece de
fsidoro, gue agui apresenta o seu
livro Contra Judaeos a sua irma
Magno atraira muitos eruditos espanhois para sua corte e em gue
(oi extraordinariamente bem sucedido para os cat6licos espanhois, embora tal éxito fosse obscurecido por atos de repressao aos judeus gue, porém, nao parecem ter sido muito numerosos.
do século vi eram reconhecidas no Impêrio Franco.
O desenvolvimento da proeminência dos francos
Florentina. Este manuscrito fo copiado no nordeste da Franca
em uma época em gue Carlos
as realizacoes do saber espanhol
A conversao de Clêévis ao catolicismo, descrita pela pri-
meira vez na histéria dos francos escrita por Gregêrio,
bispo de Tours (578-94/5), talvez tenha ocorrido por
volta de 507 e numa época da sua vida posterior ao gue Gregério supunha. A sua importência histêrica fo1 significativa e é possivel gue tenha impressionado ainda mais os contemporêneos do gue os historiadores. CIovis foi o primeiro bêrbaro disposto a aceitar a religiao do Impêrio, embora a posteriori este pareca ter sido um degrau indispensêvel na escada do éxito. Ao contrario
dos seus rivais arianos, Clêvis nêo comecou como lider
de todo um povo, mas sim como governante menor dos francos estabelecidos ao redor de Tournai; existam outros reis francos, mal conhecidos, gue governavam outros grupos nas regiëes de Tournai, da Toxandria e do curso médio do Reno. O seu povo, os francos salios, fora autorizado pela primeira vez a instalar-se em Brabante em 858 e, a partir de entêo, penetrara nas melhores terras ao sul. O pai de Clêvis, Ouilderico, nao passava de um rei franco local da regiëo de Tournai, de modo gue Clêvis teve de lutar pela vida. Ao derrotar o romano Siëgrio (486), conguistou um reino com base
persistência na sua prêépria heresia. Mesmo assim, so em meados do século vm gue o rei Recesvinto (649-72), cujo pai, Ouindasvinto, abolira o direito de godos e romanos de viver de acordo com as suas prêéprias leis, con-
seguiu publicar um (inico cédigo de leis, o rum (Livro de julgamentos, 654). Os cat6licos ficado satisfeitos com os seus protetores apesar dos seus modos dominadores, por
Liber Judicioparecem ter reais godos, exemplo, no
gue se refere a nomeacbes ecdlesiësticas. No sêculo vr, a
Igreja catélica espanhola aprendera a cuidar dos seus préprios interesses sem esperar nenhuma ajuda exter-
na. As boas relacées com Roma encontravam obstacu-
los nas dificuldades de comunicacêo, mas a Igreja estava suficientemente bem organizada para poder organizar concilios com freg&éncia e foram as colecoes espanholas de cênones gue€ proporcionaram 4 Cristandade do Ocidente a sua mais completa compilacao de leis anteriores & restaurac&o carolingia do sêculo VI. bem Na época da conversêo de Recaredo, o clero estava
preparado para ocupar um lugar preponderante no governo real. O Ho do rei, Leandro, bispo de Sevilha (morto em 600), amigo do papa Gregério I, supervisio-
Isidonou o periodo de transicao. O irmêo de Leandro,
do saro de Sevilha, mais famoso, simboliza o apogeu ber espanhol no periodo barbaro. A tarefa de dirigira de Tolelita metropo pelo a assumid foi la espanho Igreja da dionte depende bispado um mente inicial do (610), maos dos cese (provincia) de Cartagena, dué estava nas
capital real. tornoua se Toledo gue em época na gregos
em bretinopla Constan de governo do dades As dificul impeéve permitiram aos godos expulsar as guarnicoes o de comand o sob do sobretu bascos, os r submete raise
rei (628tornar se de antes general foi gue Swinthila, do seu Alho sucessao a r assegura de a tentativ 31). A sua
visigouca Provocou Oposi€ao. N&o existia uma dinastia de mais por m reinara gue reis os Gnica e poucos foram
em Soissons: em seguida, no ano 500, venceu os burgindios (povo de gue era originêria a sua mulher catolica) e em 507 os visigodos. Derrotou os alamanos em Tolbiac (506), mas sê no fim da sua vida conseguiu apoderar-se do reino franco ripuêrio de Colênia e negociar com os outros reis sêlios, como Ragnachar de Cambrai. A sua Conversao, gue certamente jA tinha acontecido em 507, trouxe-lhe o apoio entusidstico de todo o clero cat6lico e o reconhecimento de Constantinopla. Se isso nao necessariamente impressionou o seu povo, pelo menos mereceu copiosos elogios por parte dos bispos cat6licos da Galia e, por conseguinte, o apoio da aristocracia galo-romana. Ap6sa morte de Clêvis em 511 o reino franco nao foi propriamente dividido, mas sim administrado pelos seus guatro filhos — cada um responsêvel por uma parte do territério —, aos guais faltava um verdadeiro desejo de colaborar no governo ou de servir a gualguer ideal franco. É verdade gue a violência de uns para com OS outros ë o seu oportunismo serviram de vez em guando, e por breves periodos, para reunir todos os territérios da familia nas mêos de um ou outro deles, mas
o acontecimento mais importante deste periodo foi o surgimento dos bem demarcados reinos da Austrasla — nos antigos territêrios francos — e da Nêustria nos novos territêrios conguistados pelo prêprio Clêvis, gue fizera de Paris a sua principal cidade. Ouando, em 911, os filhos de Clévis dividiram os territérios dos seus dominios, as vêrias partes nio adguiriram, por esse fato,
nenhuma coerência. Ouando Clodomiro morreu em
598 os irmêos restantes dividiram as suas terras entre sl. Os irmaos também aumentaram as suas partes por meio de conguistas, individuais ou em alianca. Assim, a Turingia foi conguistada pelo mais velho, Teuderico;a Borgonha foi esmagada e dividida entre Ouildeberto e Clotêrio: a Provenca, obtida por intermédio do envolvimento nos assuntos da Itélia, foi dividida entre Teuderi-
39
AAFIRMACAO DA FÉ
co e Clotario. Os irmaos envolveram-se voluntariamente em guerras na Alemanha, na ltaha e na Fspanha como meio de obter despojos para se manterem a SI préprios e aos seus seguidores. Embora o irmao mals novo, Clotério, acabasse por reunificar todos os territorios francos e as conguistas recentes como altimo sobrevivente da familia de Clêvis (558-61), ap6s a sua morte os seus guatro filhos procederam a uma divisao diferente
da sua heranca.
Gontinuaram
a manter
as
guatro capitais designadas em 511: Reims, Orleans, Paris €e Soissons, todas razoavelmente préximas umas das outras— por muito estranhas gue fossem as formas dos seus reinos — e todas situadas no territério de Siagrio antes de 486. Em 567, guando Cariberto morreu sem
descendência,
a Aguitêinia, altamente
romanizada,
principal regiao do seu reinado ganha aos visigodos, foi também, e alegremente, dividida para satisfazer os seus irmaos. Mas oito anos mais tarde o mesmo nao se repetu na Austrêsia. Ouando Sigeberto fo1 assassinado e o
seu violento irmao mais novo, Ouilperico, esperava poder apoderar-se do seu reino, os poderosos da Austrasia
sasies
contrariaram dependência Ouildeberto, t6rios francos
sua intencêo. Defenderam sua propria mproclamando rei o filho de Sigeberto, de cinco anos de idade: o centro dos terriresistira 4 particao e a anexacao, a0 CON”
trario do gue sucedera na Galia Meridional. A Austrisia era o mais germênico dos reinos trancos,
vam mas seu povo e seus grandes homens nao tenciona
abrir mêo de seu direito ao legado romano. Os gover-
nantes Continuaram a mostrar interesse em emprEeender campanhas na Itdlia e @uildeberto chegou mesmoa
s suceder a seu tio como governante€ da Borgonha, o mai
romano de todos os reinos. Ouando, no inicio do sêculo
vIL, apenas Clotério da Nêustria restava cComo Ginico rei merovingio, os austrasianos tiveram a forca suficiente para obrigé-lo a nomear o proprio filho, Dagoberto, como seu rei, e em 699 conseguiram obter dele o gue consideravam ser a sua parte da Aguitênia e da Provenca, territérios governados por Sigeberto guase 50 anos antes. Os austrasianos nao estavam, portanto, preocupados com a delimitacêo de um territério nacional, mas ja tinham uma idéia da sua prêépria identidade. Embora tOP
LAE R JY domin NAS BYTENS ADo
por altura da morte de Cl6vis 511
reino de Teuderico [ET] reino da Outdeber reino de Clolrio
MARDONOETE
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“rm | reino de Clodomiro subdividido depois
[ET] terfi6rio disputado entre os fihos de Clevis [7] reino da Borgonha — — M
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terikêrio de suserania franca
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com cabecas e garras de leë Taveig 9 baseiam-se num antieo
sugerem gue pelo me Ee parte era carolingia OS Uuma
Ë
AAFIRMACAO DA FÉ
vessem
'mpedido
uma partilha merovingia, estas pai-
naguela peninsula, guando as circunstancias permitam aos reis tais aventuras. Em meados do sêculo vi Teudeberto chegou mesmo a ocupar alguns territrios em Venécia e na Liguria, Depois dessa poca a miluëncia franca na Baviera proporcionou uma nova via de acesso a Italia a partir do Leste. Todos estes territorios estavam €ntao estreitamente ligados por acontecimentos politicos, pois guando os lombardos desceram de Noricum para a Jtélia, em 568, nao penetraram imediatamente no extremo sul, €e durante vêrios anos eles € os seus confederados saxêes fizeram muitas incursoes violentas a Borgonha. A resistência dos burgandios conseguiu efetivamente conter o avanco dos lombardos, o gue impressionou suficientemente o papa e o imperador para persuadidlos das vantagens de utilizar os fran-
XOES Instigaram as violentas guerras entre os governan-
tes dos varlos reimnos, principalmente sob a rainha austrastana Brunehaut (morta em 618) e a loba neustriana
Fredegonda (morta em 597). A situacao da Austrisia pode ser comparada com a da
Borgonha, gue, no sêculo vi, j4 tinha adguirido seu prê-
prio carater distintivo gracas As suas grandes familias, embora tivesse deixado de haver um rei independente na Borgonha a partir de 590. Tinha havido uma familia gue aspirara 4 constituicio de uma espêcie de regência
com base no cargo de prefeito do palêcio; mas depois de a prefeitura de Warnacher ter feito dele um homem
suficientemente poderoso para ser alvo de oposicao, na
época da sua morte, em 626, os homens poderosos do
reino exigiram gue Clotêrio IT deixasse o cargo vago;
cos contra oslombardos na Italia. Estes, ao contrario de
outros “invasores” bêrbaros do Impêério, nunca tiveram autorizacio para se fixar e durante guase dois séculos o papa sentiu-se particularmente ameacado por estes povos selvagens, alguns dos guais ainda eram pagaos guando da invas&o, enguanto outros eram arianos. O papa Gregério Magno (590-604) verificou gue Teodolinda — franca, esposa catélica do rei Autêris e fazedora de reis entre os lombardos no inicio do sêculo va — nio se curvava de modo algum a sua autoridade, mesmo em guestêes religiosas; o fato de ser catélica serviaIhe, na verdade, para fortalecer sua posicAo polidca junto do episcopado do Norte da Itêlia. Até 698, os lombardos apoiaram a autoridade do patriarca de Aguilê1a, no Norte da Itêlia, contra o papa. Entretanto, a principal esperanca politica do papado continuava a ser a forca do governo do imperador na Itêlia; sê as dificuldades do Impêrio de Constantinopla, no inicio do século van, seguidas pelo conflito sobre a iconoclastia, privaram totalmente o papado do seu apoio. Nessa época, os papas j& fazia muito haviam admitido a necessidade de auxilio dos catêlicos do Norte da Europa.
preferiam tratar eles préprios diretamente com o rei. A
luta politica na Galia do sêculo vir ficou, portanto, circunscrita aos dois reinos da Nêustria e da Austrisia.
Sob a égide merovingia, uma nova associacio de interesses locais atingira uma coerência geografica. Esses homens poderosos incluiam nao sê chefes militares
francos, mas também descendentes da velha aristocra-
cia galo-romana, gue havia mantido o seu peso no episcopado e no governo local. O fim das aventuras merovingias no estrangeiro reduziu a capacidade gue os reis tinham de recompensar os seus seguidores, exceto pela alienacao das terras do erario romano. Os grandes proprietêrios de terras da Galia, agora enriguecidos, comecaram a se concentrar nas suas préprias propriedades. O altimo governante merovingio importante, Dagoberto 1 (628-388), j& estava reduzido a tentar enfraguecer a posic&o dos grandes da Austrasia e da Borgonha por intermédio do apoio aos principados de leste, como Turingia e Baviera. Na prépria Nêustria de Dagoberto os grandes nio eram mais facilmente controlaveis do gue nos outros reinos, sobretudo guando a minoridade do
reiimpunha a elasa responsabilidade da regência. Tanto na Austrisia guanto na Nêustria os prefeitos do palacio tomaram o poder. Durante muitos anos Ebroim da Nêustria conseguiu manter a Austrasia sob controle. Mas apês seu assassinato o prefeito da Austrasia derrotou os neustrianos em Tertry (687) e estabeleceu o dominio da sua prépria casa, embora enguanto estes dois reinos se digladiavam os seus territérios mas afastados tivessem se separado.
A Galia merovingia
Agui estao resumidas as
vicissitudes da dinastia merovingia de cerca de dois séculos, ao longo entre a morte de Clêvisea ascensao de Carlos Martel. Os territêrios francos dos antecessores de Clêvis, por ele unidos ao reino romano de
nao conheceria a rédea de um tGinico chefe, sendo a
base do poder franco, estabelecida na bacia do Sena, onde Paris era a capital da Nêustria, para o territério sitado entre os rios Mosa e Mosela, cuja capital era Metz. Seria com base na Austrisia gue a familia carolina feitas merovi ngias conguis tas as govern a ar viria gia a Roma e outras, mas a sua principal preocupacao ser1a imede conguistar, converter e colonizar os territérios frandiatamente a norte e a leste da sua nova base. Os compor barbaro s os entre notAvei s ser mostra ram cos binarem paradoxalmente duas gualidades muito a aceldiferentes: em primeiro lugar, estavam dispostos
pelos seus filhos até incluir o
reino da Borgonha e a Provenca, bem como conguistas na Alemanha. Estes territêrios da familia merovingia foram
sucessivamente divididos de virias
maneirasantes de os três novos ia eeuse. Austrisia e
Borgonha surgirem, tendo o oda Aguitênia obtido a sua doe
antonomia efetiva. Entretanto, o catolicismo convicto dos francos foiresponsêvel pelas atividades 'missionêrias no Leste e no Norte,
ar a influência romana, na religiëo, por exemplo; em
bem como pela fundacao de . mosteinos em todo o territêrio,
segundo lugar, nao abandonaram sua prépria patria do gue ela a Hiélis mals perma necer e am germênica E guaisguer outros godos haviam sido as suas,
guéjno'século vi, presenciaram
n, aneamente o fervor dos ' rlandeses ea inspiracao Es do canal da. FA ie ene ditina
Na época de Cl6vis, Teodorico
ram enta s ngie rovi osme na | Man Ktato com os ingleses, ME
interviera na Galia
para salvar dos visigodos o seu litoral sul e para
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partilharam a Provenca entre si. No entanto, sê dois sê-
PreparoL
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€ italian os assunto s pelos atraido s foram logo Cl6évis
les déspotas b rbaros. Da.
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dos filhos para sia Provenca. ApOs sua morte, dois
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: Um te.
mente dominada por três poderes bem diferentes: o Impêrio; os lombardos € o papado. Por 1.800 anos a Ttalia
A lideranca austrasiana na Galia tinha transferidoa
SiAgrio e ao reino visigodo ao sul do Loire, tinham sido ampliados
pel de li
O crescimento do poder lombardo na Italia No final do sêculo Vr, enguanto a Galia se encontrava sujeita ao dominio merovingio, a Itêlia ja estava efetiva-
ai re
mou rei la oc pr sé o gn Ma os rl Ca e rd ta is ma io me culose cos an fr s do es co en rv te in as iv ss ce su de ar es da ltêlia, ap
principal razêo para isso a impossibilidade de os lombardos imitarem outros povos bêrbaros e criarem um Gnico reino unido ao sul dos Alpes. Na época da invasao, os lombardos ainda nio eram civilizados. A forca invasora
era, ela prépria, composta de povos muito diferentes. Era chefiada por Alboim, gue, com seu pai, havla jê servido na It4lia, no exêrcito imperial; sê guando os subsidios de Constantinopla foram cortados é gue pareceu oportuno cederem a atracêo da Itélia. Alboim coroou-se rei em Mildo (569), mas sê em 578 conseguiria conguistar a vizinha Pavia. No entanto, antes de Alboim ter sido assassinado nesse mesmo ano os lombardos haviam estendido o seu dominio politico na It4lia até Espoleto. O préprio Alboim nomeou um parente seu para governar oducado de Friuli, o gue era sintomatico da abordagem lombarda do governo. Depois de 575 oslombardos prescindiram completamente de um rei. Virios dugues (86,
segundo a tradig&o) partilharam o poder e a responsabl-
lidade de levar a cabo pilhagens por toda a peninsula. Muitos habitantes fugiam perante o avanco dos opressores, embora os lombardos se limitassem a passar ao largo de cidades e pracas-fortes do governo imperial para saguear o resto. Os lombardos colocaram-sé, as$um, numa posicAo muito diferente do gue haviam feito os ostrogodos anteriormente. A1
A AFIRMACAO DA FE
ca concertada. Um
novo rei, Autéris, neto de Alboim,
derrotou os francos e consolidou o seu reino ao norte do Pê. Chegou mesmo a estender os limites do seu dominio até Régio da Calébria, imitando em seguida, com a ajuda da sua mulher catélica, o governo de estilo romano de Teodorico. Surpreendentemente, guando Au-
têris morreu, em 590, o seu reino nio se desfez com ele.
Mas nêo estava completo do ponto de vista territorial, € os dugues lombardos sobreviveram e continuaram a tentar realizar as suas préprias ambicées, sobretudo a partir de Espoleto, nos Apeninos, e de Benevento, na Campania. Uma vez passada a crise, o nimero de dugues em postos de comando locais acabou por tornar ainda mais dificil expulsar os lombardos. O governo imperial, totalmente ocupado, a leste, com os persas, apenas podia manter uma frente defensiva na It4lia. O segundo marido de Teodolinda, Agilulfo, dugue
de Turim, conseguiu, em 608, passar 4 ofensiva e tomar
Mantua, Padua, Cremona, Parma e Piacenza dos gre-
gos. Os seus éxitos o ajudaram a impor a disciplina aos dugues do Norte e a obter o apoio dos bispos da Itêlia Setentrional, gue reconheciam a jurisdic&o do patriarca de Aguilêéia e nao a de Roma. Os lombardos estavam sendo lentamente conguistados ao arianismo. Foi nes-
se reinado (590-615) gue obtiveram o seu santu4rio nacional em Monza (595) e gue o missionêrio irlandéês
Golumbano encontrou o seu local de descanso eterno em Bobio (c. 612). Apês a morte de Agilulfo, o titulo passou para seu filho e para os dois maridos de sua fiIha, sob cujo governo mais terras foram conguistadas
dos gregos,
tanto a leste
(Oderzo)
guanto
a oeste,
onde o litoral ligirio foi finalmente conguistado e entregue a outro dugue. O rei Ariberto, sobrinho de Teo-
dolinda, era abertamente catélico (a partir de 658): o
arlanismo desvaneceu. Assim, em meados do século vi os lombardos j& tnham se entrincheirado na Itëlia, e cem anos apês a invasao haviam demonstrado sua capacidade de virar a seu favor uma nova situacëo. A sua ferocidade é selvageria tinham diminuido devido as suas responsabilidades,
eo rei Rotario foi o primeiro de uma notêvel sêrie de
legisladores (édito proclamado em 648). Tal como os
seus contemporêneos na ËÉspanha, os lombardos tinham claramente se afastado da barbarie, mesmo
se-
gundo os padr6es romanos, e assim gue os reis lombardos se converteram ao catolicismo o principal obstaculo 4 sua assimilacao foi afastado. E verdade gue as disputas pela sucessao real deram ao imperador Constante II a oportunidade de intervir pessoalmente na Italia (668). Chegou mesmo a conguistar mais territOrios do ducado
de Benevento
antes da sua morte,
apos a gual, contudo, o dugue lombardo Romualdo inverteu a situacao e conguistou Brindisi e Tarento, bem como o restante da Apilia e da Calêbria, aos gregos. Contudo, os lombardos nêo conseguiram expulsar a administracao imperial no Sul, e a faixa de territêrio gue atravessava a Italia Central, ligando Ravena e Roma, manteve os principados lombardos divididos. Embora ocupado com os seus problemas no Leste, o imperador nao temia perder o controle da Itélia, e de modo geral conseguiu se impor ao papado durante todo o sêculo vIr; provavelmente sê a controvêrsia iconoclastica obrigou o papado a passar 4 oposic&o, por ra-
zZOes doutrinêrias. Mesmo assim, foi a tomada de Rave-
na pelos lombardos em 751, tirando partido da impopularidade do Impêrio, gue precipitou um apelo papal ao auxilio dos francos. Gregério Magno e a transformacao monéstica da Igreja Catélica O eguilibrio entre os interesses lombardose imperiais na Itêlia do sêculo vir salvara os débeis papas da época da suprema humilhacêo de serem tratados como meros funcionarios bizantinos ou como capelaes lombardos. Entretanto, os lombardos estavam sendo Culturalment e
assimilados pela populac&o catêlica, enguanto a prêépria |grejaromana, dispondo de cada vez mais bens, comeécava a reconhecer gue tinha responsabilidades importantes fora da peninsula. A figura-chave neste contexto foi Gregêrio 1 (Magno, papa 590-604). So Gregêrio foi o Gltimo dos guatro doutores latinos da Igreja e o tinico papa. A sua piedade e saber fizeram dele, depois de Santo Agostinho, o mais influente dos pensadores cristaos da Idade Mêédia. Mas na prépria época em gue viveu a sua posic&o em Roma o obrigoua assumir a responsabilidade de transformar a natureza do ideal romano para se adaptar as condicêes barbaras. Apesar da sua atitude respeitosa para com o imperador de Constantinopla, $&o Gregério achava gue devia
Elmo de Agilulfo, rei dos lombardos (590-615). Esta 2a
placa frontal de um elmo do século vi. Embora o rei provavelmente tivesse um
muito barbaro, est4 ladeado de
guerreiros de aspecto romange
de cada lado deles estio figurasde Vitêria alada gue, por mais grotesca gue seja a sua execucip, sustentam a estatuêria antiga. Nem mesmo um dos primeiros reis lombardos conseguiu fugiris tradicoes romanas da Ttlia.
A Ttêlia nos periodos
ostrogodo e lombardo A Ttalia foi a dltima provincia do
Império do Ocidente a ficar sujeita ao dominio barbaro, ea presenaa
imperial foi rapidamente
restaurada sob Justiniano. Assim, com a sua histéria mais longa de gOverno romano, nao surpreende gue a Italia continuasse aser a
parte mais romana e civilizada do
mundo ocidental. O governo dos
peguenos chefes militares bêrbaros deixou apenas marcas superliclais
na geografia italiana. Mas com os
lombardos comecou uma fase mals
radical, pois houve resistênciaa0
seu dominio, se nio em todaa regiëo, pelo menos com base em
Ravena e Roma, o gue impediu gue os lombardos controlassema
peninsula. De fato, esta resistenda
manteve o reino lombardo da ldla
independente dos ducados
lombardos de Espoleto e
Benevento. Ainda mais para sul, 0
Império do Oriente impediu m4 N. penetracio profunda dos lombardos. Assim, estes forama
causa da divisao da Italia em
regiëes distintas. A autoridade sl reivindicada pela Igrejade Rom sobre todaaltaliadeveter
proporcionado certa nocio de sd
unidade, masna préticaela
tambêém foi restringida pelo
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controle imperial de Ravena
Sul, enguanto o Norte most.
tendência a respeitar o pat! ye Aguiléia ou oarcebispo de MI? N '| comorepresentantesda
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A principio, o seu poder parecia destruidor, mas temporêrio. O imperador Mauricio apelou aos francos para se juntarem a ele na repressêo aos lombardos. Sê o desacordo entre os aliados salvou os lombardos, gue comecaram a ter consciëncia da necessidade de uma lideran-
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autoridade. Por estas raz0€5, si se embora a Itdlia tivesse sido di oe
poupada das primeiras dest ob od | bêrbaras, a sua experiëncla s0?”
lombardos revelou-se mal
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Espanha e na Galia, bem como na Inglaterra, aonde foi
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cnvrada uma missao em 597. Foi o éxito deste empreendimento, ao gual se seguiu também uma missao junto AOS POVos germanicos pagaos do continente, gue trou4
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licos do Norte inteiramente fiéis a Roma; para esses Cristaos tal relacao nao tinha conotacbes politicas, sendo um compromisso purame€nte religioso. Sao Gregorio conftiou a missao na Inglaterra a monges de Roma, enguanto até entao a conversao dos barbaros dentro do Impêério tinha sido, em geral, responsabilidade dos bispos sobreviventes nas antigas provincias romanas. Os monges misstonarios, gue se tornaram bispos, transformaram o carater do episcopado e da Igreja ocidental no decorrer dos séculos vr €
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vin. Os monges de Sao Gregêrio foram, na Inglaterra,
es ay
so, | !
ao catolicismo (550-61); por volta da mesma época, Columbano estabelecia uma comunidade em Iona (563),
ir.
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TONE
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apenas os mais conhecidos de um conjunto gue, desde meados do sêculo vI, vinha atacando o problema da conversao dos bêrbaros. De Braga, capital provincial, os monges penetraram na Galicia e converteram os suevos
N
FLES
We mms me
Acima: Sao Gregêrio Magno no
ae
seu scriptorium, agui
representado numa capa de livro
em marfim, do sêculo X, com uma pomba, o seu simbolo, pousada no ombro direito.
Esguerda: mosaico da cipula do batistério ariano de Ravena,
datado do reinado de Teodorico
(493-526). Tendo por modelo o
batistêrio ortodoxo do século v, muito mais deslumbrante, as Proporcées mais modestas do
edificio ariano impuseram uma
simplificacao do esguema decorativo. O artista parece ter
tentado evitar a cépia, mas a colocacao da cruz na almofada do
trono é aleatêria. O rio Jordao
est4 agui inteiramente
personificado, mas Joao Baptista
foi deslocado da direita de Cristo para sua esguerda. A decoracao
em si no sugere nenhuma
diferenca doutrinal relevante. Direita: o Mosteiro de
Monkwearmouth, na Nortimbria,
foifundado por Benedict Biscop em 674. A fachada oeste da Igreja de Sao Pedro é tudo o gue resta dos prédios originais. A parte Superior da torre é de estilo SaxXOnIco tardio.
ET
ay
sy ie he
Fig ge
eg
Ed
gue acabaria por trazer para a fé os pictos e os habitantes da Nortiimbria. Em 590, Columbano chegou a Borgonha vindo da Irlanda e, juntamente com os seus discipulos, fundou mosteiros gue apoiariam os esforcos de conversao da Alamania e da Baviera. Durante o sêculo VI muitos mosteiros foram fundados na Espanha, nas has Britênicas, na Galia e na Alemanha, com o apoio real e de patronos magnanimos. Os seus monges transformaram-se em cortesaos e bispos, bem como em novas geracoes de missionêrios. Na Inglaterra, a cristandade monastica estabeleceu sobre o episcopado e sobre a vida cultural da Igreja um dominio gue sê iria perder com a Reforma; na Galia, eclipsou espiritualmente os bispos vindos da aristocracia estabelecida, cujas energias haviam salvado a Igreja no sêculo v. Até a segunda metade do sêculo vi o monaguismo limitara-se, no continente, a alguns homens gue sentiam o apelo de uma vida de dedicacao especial a Deus, separada do mundo. Os mosteiros desenvolveram-se na vizinhanca de certos mestres da vida espiritual, em varias partes do Impêrio do Ocidente. E dificil saber se mantinha uma vida monastica continua depois da morte do fundador ou até se, pelo estabelecimento de uma regra @scrita para a comunidade,
essa continua-
Co era prevista. Os préprios bispos tentaram fiscalizar
as comunidades estabelecendo regras, mas foram poucas as gue sobreviveram. Gontudo, calcula-se gue sê na Galia, por volta do ano 600, existiam mais de 200 mos-
teiros. A mais famosa regra monastica ocidental, a de
Sao Bento de Nursia (falecido c. 526) escrita para o seu mosteiro do monte Cassino, nao era muito conhecida fora da sua regiao antes de Gregêrio | ter escrito acerca dela nos seus Didlogos. Tornou-se entao conhecida em toda a Galia do sêculo vir e foi até utilizada, a partir de 687, como parte da regra na instituicao fundada por Columbano em Luxeuil. Mais tarde foi entusiasticamente apoiada pelo bispo Leger de Autun (bispo entre 663 e 679), gue a introduziu em todos os mosteiros
da sua diocese. Mas antes das reformas fomentadas por Bento de Aniane por conta de Luis da Aguitênia (mais tarde imperador) no inicio do século IX, ndo foi considerada a criag&o de nenhum mecanismo para uniformizar a vida mondstica de acordo com a regra. A regra beneditina servia entao para reformar as comunidades gue j4 haviam florescido e tinham entrado em decadência, necessitando de disciplina. 45
AAFIRMACAO DA FÉ Muitas das primeiras construcêes €Cristas na Irlanda eram demasiado
(oscas € simples para resistir até Epocas posteriores. Foi
principalmente
no sul & no oeste Oue
a pedra foi utilizada nas primeiras
cONstrugoes, nem sempre facilmente dataveis. Skellig Michael (abaixo.
direila) é uma ilha situada 85 km a
sudoeste da Irlanda, com o edificio MOnastico anterior ao periodo viking mais bem conservado. Sobre
adaptada no século Vil para a
construcao de outras formas, COMOo O oratorio em forma de barco de Gallarus, na peninsula de Dingle (direita)
Dois prédios na regiao oriental
da Irlanda mostram gue, no
seculo IN, o valor dos edificios
religiosos mais durdaveisja era apreciado. A comunidade de lona encontrou em Kells refuigio contra os atagues dos vikings €, no
um precipicio virado para o sul, seis celas Upo colmeia e duas igrejas loram erguidas por uma comunidade de monges ascéticos. As formas de colmeia (exfrema direita) eram conseguidas por meio de uma
cComo casa de $ao Columbano,
4MONLtOAamMENtL de pedras gue
Glendalough (abaixo) tem com
CUrIOSA CONStrucao [eita de
protegia da chuva. Esta tëcnica fo
inicio do século IX, Cconstruiu esta
igreja (foto mais abaixo), conhecida
embora nao tenha nenhuma
ligacao de tipo mais pessoal com
Este santo do século vi do gue a igreja de Sao Kevin em Este santo, ambem
do sêculo vi,
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A AFIRMACAO DA FÉ Na Irlanda encontram-se
preservadas cerca de 50 cruzes anteriores ao ano 800. Estes dos
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exemplossao do vale de Barrow,
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onde a pedra local, o granito, determinou o uso do baixo-relevo.
A cruz de Moone (direita), com cinco metros de altura, ilustra
muitos temas religiosos,
sobretudo por intermédio de
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da arte popular. A cruz de
Castledermot (extrema direita) é
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simples figuras de Upo bonecos, gue, a seu modo, tém o encanto
ligeiramente posterior € os seus
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painéis representando a paixao de
Cristo tém mais pormenores,
embora as figuras do alto tenham
reminiscéncias dos apstolos da cruz de Moone. d
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A eficiëncia com gue os monges alteraram a natureza da Igreja, sobretudo no século vir, dependia nao sê da inspiracao de determinada regra ou santo, mas tam-
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bém da capacidade de levarem a crenca ea pratica relt-
giosas até As zonas rurais, onde, de ambos os lados das fronteiras da cristandade, as populac6es eram pagas. O
catolicismo tinha sido, antes e depois das invasoes dos bêrbaros, uma religiëo das cidades, onde estavam insta-
lados os bispos. Foi das maos dos bispos gue Clêvis e os francos mais importantes aceitaram o Cristianismo. Mas no final do sêculo vI as cidades tinham esgotado a sua capacidade de romanizacao dos barbaros, gue em sua maioria nio eram habitantes de cidades. Os seus che-
fes, proprietarios de terras ou até colonizadores das zo-
nas de fronteira, precisavam de pastores cristaos gue levassem a religiao até aos campos. No gue diz respeito a Glia, o impulso mais forte veio da Borgonha, onde havia uma necessidade imediata de consolidar a intrusao
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dos francos a leste e onde as fortes tradicoes romanas da Galia Meridional podiam ser utilizadas para novos
fins. Omonaguismo de Arles e Marselha espalhara-se
no Sul, sobretudo por intermédio do conhecimento da regra do bispo Cesêrio de Arles (469-542). Os grandes da Borgonha e da Aguitêania puderam promover a conversao com a ajuda dos mosteiros. Lyon foi, no sêculo VIT, uma das principais cidades cristas, na gual o monge e bispo inglês Wilfrid iria passar três anos proveitosos (654/5-57/8).
Porém, em geral admite-se gue a principal fonte de inspiracao da restauracao monastica na (alia fo1a chegada de Columbano, entao com cerca de cinguenta anos de idade, 4 Borgonha
(c. 590), de onde foi expul-
so cerca de 20 anos depois devido ao seu desacordo
com a idosa rainha Brunehaut. Mas os seus discipulos, como Sao Galo, continuaram a sua obra, e o seu mals
famoso mosteiro na Borgonha, Luxeuil, floresceu apos
a sua morte. Columbano tambêm estendeu a sua ativldade aos lombardos, fundando um mosteiro em Bobio,
onde morreu em 615. Este movimento dependia nao sê dos monges emigrantes irlandeses, mas tambêm do
apoio de homens destas regides, como Donato, monge de Luxeuil, gue se tornou bispo de Besancon (627-58), onde fundou um mosteiro, ou Emerano, gue foi levado para Regensburg como bispo da Aguitania, onde, em meados do sêculo vn, a sepultura do seu corpo martiri-
zZado se transformou em mosteiro poderoso. Os mon-
ges aceitaram a tarefa de expandir o cristianismo até as regiëes pagas alêm do alcance do braco secular. Os esforcos dos irlandeses na Gélia Meridional ioram com-
paraveis aos empreendidos no Nordeste por, por exemplo, Omer, gue, partindo de Luxeuil, veio a ser bispo de
Thérouanne (falecido em 667). No inicio do sêculo vul, os monges ingleses ja haviam estendido a sua area
de missêo de sua prépria ilha até a Frisia e a Turingla.
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Em consegiëncia disto, a organizacao diocesana naguelas regi6es foi a principio rudimentar, dado as bases
landeses foram enxertados em um sistema gue jê tinha contado com doacêes reais a alguns grandes mosteiros,
O cardêter inicial da inspiracao monastica nada tinha a ver com a pregacao do Evangelho; a alteracao da natureza desta instituicao na prépria Galia parece ter dependido da introducao de monges irlandeses. A prêpria Igreja irlandesa tivera inicio no sêculo V com a pregacao do bispo Sao Patricio, mas a Irlanda nao estrvera sujeita a um governo romano e nao tinha cidades. No século V1 os mosteirosjê haviam se transformado em
Os novos mosteiros do sêculo vIT nio foram fundados em lugares ligados ao culto dos santos, mas com o decorrer do tempo os seus prêéprios fundadores torna-
do esforco mission4rio serem monasticas.
centros da vida espiritual irlandesa, adaptados simulta-
neamente 3 vida rural €e & organizacao tribal da sociedade irlandesa. A datac&o dos primeiros mosteiros irlandeses nêo é f&cil, mas é provavel gue algumas comunidades tenham sido criadas antes do nascimento
de Columbano. Na época da partida deste da Irlanda com o objetivo de viver uma vida de “peregrinac&o mocontinua como parte do seu ascetismo, o proprio a instituicao cpisnadguis mo irlandês jê havia eclipsado copal origindria. Foram as gualidades ascétcas€ a discios plina espiritual dos irlandeses gue impressionaram cristandade gauleseus anfitriëes do continente, mas a
Os iras. irlandes es inovaco a$ todas a iu sucumb sa nio 48
tais como a casa de Santa Genoveva, de Clêvis, em Paris.
ram-se santos famosos, como Sao Felisberto (falecido
em 685), fundador da Abadia de Jumiëres. Os guardies monasticos das suas religuias naturalmente enco-
rajavam a devocao popular nestes santuërios, e os mos-
teiros tornaram-se ricos, poderosos e famosos. O rei Dagoberto construiu ou restaurou um mosteiro dedicado ao apêstolo dos gauleses em Saint-Denis, perto de Paris, para estabelecer as suas préprias ligacêes com o passado romano da Nêustria e ser o seu local de sepultura. O Mosteiro de Fleury, fundado em 672, obteve de forma furtiva o corpo do famoso Sao Bento, gue, antes de 705, se encontrava no mosteiro abandonado de Cassino. Nessa época a posse de religuias tornara-se guase indispensavel. Mas a protec&o dos reis e a popularidade dos santos e dos seus cultos ajudaram os monges a conseguir uma nova posicao nos assuntos da cristandade. Os monges eram eles préprios, na sua condicao de grandes proprietarios, responsêveis pela continuacdo
Pagina da Histéria eclesiëstica de Beda, escrita em Monkwearmou
antes de 747. Este importanté manuscrito da Histénia traz um
texto muito preciso, .
provavelmente extraido da
'prépria cépia do autor, e os”
belos ornamentos têm, portant?
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direito a ser considerados . of autorizados. Esta pigina do inidé
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do livro ? representa Greg6rio
iniciador da missao na Inglaterf..
e muito venerado all.
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A AFIRMACAO DA FÉ A Inglaterra ea Irlanda
no século VI
A conversêo dos ingleses e dos srlandeses indica gue, nessa
época, tinha sido conseguido um de e grau suficiente de estabilida ises alfabetizacao em ambos os pa
ara permitir tracar um mapa das suas povoacoes as vesperas da ruptura provocada pelos vikings. Do ponto de vista politico,a
Inglaterra aceitou o governo dos
reis da Mêrcia, mas OS remos
locais, mais anugos, ainda podem
os ser identificados e os sentuiment em relacao a eles ainda tinham
importência. Do ponto de vista eclesiëstico, a localizacao das
dioceses e dos mosteiros da claros
indiciosde onde podia ser encontrada aforca da
cristandade. Os dias gloriosos da Nortimbria estavam contados,
mas o mapa indica guao despreocupada estava em relacao
a0 perigo vindo do mar do Norte.
Aindafora do alcance dos
ingleses, tambêém os galeses.
patrocinavam OS seus mosteiros e,
tal como os irlandeses, nao
reconheciam guatsguer
condicionantes politicasa
autonomia local. A falta de uma
organizacao diocesana de ripo
romano na cristandade celta impede tracar fronteiras territoriais e nao é de admirar gue
nao seja possivel atingir nenhum
grau de precisao no gue diz as divisoes poliucas. Na respeito Irlanda, a tradicao patricia original dos bispados fora engolida pela proliferacao exuberante de mosteiros. A influéncia destas instituicoes
espalhou-se por todaa lrlanda e
pelo continente, mas nao é facil
mostrar em um mapa a natureza dos seus lacos espirituais.
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do desbravamento das suas terras para cultiv o. A dimensao da sua i'nfluëncia na sociedade do sêculo vI pode ser avalada por intermédio de dois tip os muito diferentes de testemunhos: as cartas, gue revelam até gue ponto os beneficios os tinham transforma do em grandes proprietêrios; e as vidas de santos, gue nos dao uma 1déla das crencas religiosas populares da Epoca. Também era possivel encontrar missionêrios gauleses na Inglaterra: Félix da Borgonha em East Anglia e o franco Agilberto junto dos saxêes ocidentais. Mas na Inglaterra a influência conjunta das Igrejas romana e irlandesa produziu, em Nortimbria, uma cultura cristê partdcularmente bem conhecida devido a manuscritos com iluminuras preservados e as muitas obras de Beda de Jarrow (672/38-785). Beda, o mais famoso mongeerudito da Alta Idade Média, mostra do gue era capaz o MOonaguismo por volta do ano 700. Na sua obra Histêria eclesidstica dos povos ingleses ele escreve especialmente sobre os mosteiros e conventos ingleses, mas também revela incidentalmente a atrac&o exercida por eles sobre muitas pessoas de sangue real. Na histéria de Caedmon (As. 658-80) mostra como o Mosteiro de Whitby cuidou de um poeta popular gue escrevia em vern4culo, desse modo servindo a Deus de maneiras inimagindveis na Igreja Gatélica do continente. Como erudito com acesso a literatura erudita da época, proveniente de Espanha, Galia e Roma, Beda nao se contentou em comunicar o seu saber aos alunos dos mosteiros, tendo feito tambêm traducoes do Evangelho para vernêculo, mos-
trando como foram diferentes os efeitos da conversao na Inglaterra e na Galia. Na Inglaterra crista alguém
também se deu ao trabalho de registrar por escrito o poema Beowulf, levantando assim uma ponta do véu
com gue o cristianismo em geral tHinha escondido o paganismo. O cristianismo estabeleceu os seus centros na
Inglaterra de acordo com as circunstências politicas da época e nao, como aconteceu na Gêlia, nas cidades romanas sobreviventes. Esta capacidade de lidar com o seu verdadeiro piblico é exemplo das virtudes do monaguismo inicial para a sociedade bêrbara.
A nova potência do Mediterraneo: o Isla Os monges eram os soldados de Cristo no mundo ocidental. Mas no sêculo vr soldados fiéis de outro tHpo apareceram no Oriente guando os arabes da peninsula da Arabia, unidos pelo Islê, invadiram os Impêrios de Roma e da Pêrsia. O profeta Maomé conseguira, em dez
anos (699-89), criar uma nova sociedade religiosa submetida a Deus. Ele prêprio lutou e ensinou, e os êrabes, gue abandonaram as lutas intestinas devido a sua nova de irmandade religiosa, nêo desistiram completamente
antes da Jutar. Realizaram incursêes na Siria em 629,
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gue fossem, tes, mas os Bxitos persas, por mais efëmeros
do Ims ueza frag as para s Arabe os tado aler ter am ja devi fora a nunc des cida das no roma r pode o pêrio, onde repede nas roma tivas tenta As os. camp nos muito eficaz culeé, atagu no os unid te lmen tota a agor ir os invasores,
Heraêclio. As suas de rcos esfo os com 686 em minaram
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para uma os arad prep m algu modo de vam nos nao esta to transfordeser do eira front sua A Upo. guerra daguele uma era rto dese O s. êrabe os para mara-se em estrada atravessar. como am sabl inos bedu os gue terra desolada
A conguista muculmana da Siria, gue alcancou ao norte as montanhas do Tauro, colocou uma cunha entre a base imperial na Asia Menor e as provincias africanas. O Egito nao péde ser salvo da invasao (641), e Ale-
xandria, segunda cidade do Impêrio, foi entregue a traicao, sem luta, apesar da forca da sua posicao mariti-
ma. A condguista da Siria e do Egito, gue colocou ime-
diatamente em poder do Isla algumas das regiées mais ricas e de mais antiga civilizacêo do mundo, nao fora o objetivo do califa de Medina, mas sim consegiência da ambicao ardente e das capacidades militares e diploma-
ticas dos seus generais. Tinham oferecido condicêes fa-
voraveis as populacoes, muito descontentes com a politica religiosa do governo imperial. As condicoes dos muculmanos garantiam gue — desde gue fossem pagos os habituais impostos — estas populacoes, como povo do Livro e, portanto, tolerado pelo Isla, podiam gozar de autonomia com os seus prêprios chefes religiosos,
mais monofisistas do gue ortodoxos. Na época das conguistas, as provincias mais ricas do Impêrio Romano parecem, por motivos religiosos, ter ficado satisfeitas com a mudanca de regime. O califa Omar 1 (684-44) estabe-
leceu principios para a administracao deste vasto e inesperado Impêrio e para manter os seus generais sob vigiem acantonados foram exêrcitos Os lência. acampamentos de base para manté-los afastados das populac6es locais e, assim, puros € sem misturas. Seguer
era permitido a eles ter e cultivar terras fora da peninsula da Ar&bia: nos territêrios conguistados eles tinham o monopêlio ea responsabilidade da funcao militar. Mesmo antes do colapso do poderio romano na Siria as forcas rabes tinham jé saido da peninsula para atacar os persas do Irague, gue derrotaram em Ouadisa (686). Contudo, o novo governante persa, Yazdigird NI, resistiu desesperadamente, embora fosse empurrado ainda mais para leste até ser assassinado em 651. Os persas foram expulsos do Irague para o Curdistao e dai para a Pêrsia propriamente dita. Depois da Pêrsia, os exêrcitos muculmanos avancaram ainda mais para leste, para o Khurasan. O aniguilamento da Pêrsia, embora dificil, uitrapassou tudo o gue os êrabes haviam feito a Roma e complicou ainda mais, para a nova comunidade, o problema de governar um Impêrio com base nas regras do Alcordo. As regras de Omar para a salvaguarda dos &rabes exigiam o estabelecimento de uma sociedade militar em acampamentos de base em Kufa e Bassorê, no Irague, bem como na Siria e em Fustat, no Egito.
Os muculmanos toleravam a religiao zoroastriana persa, tal como haviam permitido aos cristaos e judeus a
manutencao dos seus cultos em liberdade. Mas entre os povos do leste, da Siria e do Irague, os arabes encontra-
ram povos de fala e cultura semelhantes a sua. As fabulosas riguezas de Ctesifonte deslumbraram os soldados &rabes, do mesmo
modo gue os novos guerreiros im-
pressionaram as populacées subjugadas. Em devido
tempo, esta situacao deu lugar ao desenvolvimento de uma nova Comunidade cultural. Por volta de 6438, as
fronteiras do Impêrio tinham se expandido até Makran, na fronteira da India; a norte, uma expedicao atacou Cabul e atravessou o Oxo no inicio do sêculo vi, antes de este movimento de expansêo acabar por se esgotar nas margens do rio Jaxartes. A Transoxdnia era a iltima provincia islêimica na rota da China. Algumas versêes da nova religiëo jê tinham surgido sob o califa Uthman (644-56), membro da tribo @uraysh, gue fora preponderante em Meca no tempo de Maomé e havia muito hostil aos seus ensinamentos. Com Uthman, as velhas pretensêes aristocraticas reapareceram e, apds o seu assassinato, o séu parente Mua-
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A AFIRMACAO DA FÉ
romana. Cartago caiu em 698. O governador muculmano Musa, responsdvel pelo Norte de Africa na época da 'mnvasao muculmana da Espanha, em 711, jê tinha rompido os lacos de dependência gue o ligavam ao Egito e recebia o seu comando diretamente de Damasco. No imicio do sêculo vm, o Isla atingira temporariamente os seus limites maximos, nao por triunfos continuos, mas em duas ou trés ondas de energia, e apesar de sérias dificuldades experimentadas no interior da sua prépria comunidade. Mostrara a sua capacidade de lidar eficazmente tanto com os seus proprios homens guanto com suas conguistas e no fmal do século Vil os
califas Abd al-Malik (685-705) e Abd al-Walid (705-15) puderam consolidar o seu Impêrio. A-Malik cunhou os
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seus primeiros dinares de ouro puramente &rabes em 695 e desistiu de autorizar ou de limitar a cunhagem de ouro de Roma ou da Pêrsia. O registro publico de recei-
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Esguerda: a expansêo do Isla Ao contrario do cristianismo, o lsla era uma religiao gue atribuia ao seu fundador
responsabilidades politicas
imediatas. Apês sua morte, os sucessores tomaram conta nio sê da fé como da gestao da comunidade ampliada de fiëis. A paz entre as tribos em conflito na Arabia tornou-se realidade ao levar-se a nova ordem até aos territorios dos impérios romano e persa. Para superar a resistência oferecida por aguelas autoridades, os exêrcitos
islamicos foram fazendo cada vez mais conguistas nos dois impêérios. No mapa estas ampliacoes do Isla surgem como
Oo avanco de inexordaveis forcas da
natureza. Nesse processo, o Isla arrasou as antigas autoridades politicas de Roma e da Pêrsia,
realizZando mais no espaco de um século do gue os barbaros tinham conseguido fazer durante 250 anos no Ocidente. Acma: mesguita de Damasco, construida pelo califa a-Walid em 706-14. Esta mesguita
congregacional, obra de artistas
sirios, foi magnificamente decorada e destinava-se a dar ao Isla um novo modelo de local de Culto. Uma igreja existente
naguele local foi demolida, mas o grande recinto de um templo romano ainda mais antigo, datando do sêculo 1, foi
conservado, nos guatro cantos do gual foram erguidos os primeiros minaretes do Isla. Na Idade Mêédia esta mesguita era considerada uma das maravilhas do mundo islêamico.
wiya, governador da Siria, exigiu o direito de vinganca sobre os assassinos, suspeitando da cumplicidade do novo califa, Ali. Nessa é#poca as tensOes no interior do Islê jê Hinham vindo 4 superficie e sê muitos anos mais tarde essa nova religiëo iria se recuperar suficientemente de modo a ampliar suas conguistas. Tanto Ali guanto Oo seu sucessor, Muawiya, tinham, no entanto, percebido
gue o novo Impêrio fazia de Medina um lugar pouco propicio para uma capital. Ali transferiu a sua para a nova cidade militar de Kufa, no Irague, e Muawiya fez de Damasco — ma antiga capital — o centro do seu caifado omfada. Com o tempo viu a sua posicao reconhecida, mas a unidade religiosa do Islê tHinha sido posta em causa pela posic&o de Ali, genro do profeta: dessa disputa nasceu a seita dos carijitas, bem como a dos xittas. Sem reprimir o descontentamento no Hijaz (gue se manteve efetivamente até 692), Muawiya sentira-se, no entanto, com forca suficiente para dar uma nova forma ao governo do Impêrio e retomar o contronto com OS romanos. Muawiya tinha conguistado Chipre em 649 e criado uma armada para combater os romanos no mar, onde os &rabes n&o tinham experiëncia. Atacou também Constantinopla em 669 e 674-80. Masa Asia Menor nao foi conguistada, e a fronteira com a Siria era defen-
dida por fortalezas em todas as principals estradas e desfladeiros de montanha, desde a costa até ao curso Sup€forcas suas as 670, de volta por oeste, A Eufrates. do rior até Egito do islamico dominio o estender conseguiram Caëruan. Os êxitos ali obtidos pelo belicoso Ugba culmi-
estes esfornaram numa incursêo até ao Atlêntico, mas
congue sêculo do final no sê e vos inconclusi foram cos a autoridade seguiram superar a Oposicao berbere e
tas e despesas, instituido sob o califa Ornar e a partur de
entao escrito em grego ou persa por funcionarios locais,
passou a ser escrito em drabe. O governo muculmano foi obrigado a reconsiderar a sua politica fiscal para desencorajar a conversao ao Islê com vista a obter os beneficios fiscais de gue gozavam os Arabes muculmanos, sobretudo no Irague e no Khurasan. A comunicacao entre as provincias exigia uma organizacêo de transportes e de servicos de correio adeguada as necessidades ofscais. Os califas omiadas opuseram-se também ao prestigio religioso da Arêbia, promovendo a importancia islamica de Jerusalêm no lugar da Capula da Rocha e construindo uma magnifica mesdguita em Damasco. Os invasores 4rabes vindos do Sul demonstraram mais rapidamente a sua capacidade de governar um império do gue guaisguer bêrbaros gue haviam entrado pelo Norte nos séculos mv e v. Os muculmanos tinham obtido, com a Siria, um trofêu mais valioso e tiraram
imediatamente partido dos servicos dos funcionarios cristaos na administracio. Mas nio se estabeleceram
em nenhuma regiao particular do Impêrio. Tinham condguistado metade do Impêério Romano, ao gual ha-
viam ainda acrescentado a Pêrsia e constituido, em me-
nos de um sêculo, o Estado mais apreciavel de todo o mundo. Tinham desfeito a unidade do Mediterrêaneo — tAo cuidadosamente construida ao longo de sêculos — € as suas costas meridional e ocidental passaram, desde entao, a fazer parte de um mundo culturalmente diferente. Os beduinos, pela sua capacidade de atravessar desertos, podiam manter unidos territorios dispares com mais eficêcia do gue os romanos alguma vez haviam feito por mar. A longo prazo, o prêprio Isla comecou a impregnar as culturas de muitos povos gue se juntaram sob o Império Omiada, sobretudo por intermédio do uso da lingua rabe e do estudo do Alcoréo. A curto prazo, o Império foi consegiëncia da expansao das proprias tribos
&rabes, gue haviam deixado de lutar entre si para se vol-
tar contra os inimigos. Inicialmente nao esperavam ou exigiam a converso 4 sua prépria religiao, mas viviam a parte, como guerreiros dedicados, suficientemente disciplinados para conguistar com eficêcia e para nao dispersar as suas energias em empreendimentos indivi duais. Mas, ao atingirem os limites possiveis, outras gualidades se tornaram mais importantes. O realismo politico e a continuidade proporcionados pelos omiadas de Damasco, a velha capital provincial romana, demonstraram gue esses bérbaros do Sul tinham percebido como combinar os talentos drabes e romanos de formas gue escapavam aos bêrbaros do Norte. Gonseguiram unificar o territêrio no interior do gual o Isla tem, desde entêo, sempre florescido. 51
A Europa carolingia
O império da dinastia carolingia
teve uma existencia efetiva
durante guase um século € Exerceu, desde entao, certo
fascinio. Foi mais do gue a
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As maiores realizacoes—a
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divisoes politicas do império, cmbora projetadas desde o imicio, demoraram a se tornar realidade c, guando aconteceram, pareceram bastante superficiais.
clero de todo o império, e de fora
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realidade
alfabetizacao e de saber. As
personalidade do préprio Carlos Magno. Apos sua morte, a tradicao de respeito por ele, gue
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LOFNAT
retorno aos padrêes romanos de
de 40 anos gracas a forte
viva entre a nobreza franca. O
Espanha, Itdlia e Alemanha,
ms
dele,
INSpirou simultaneamente a Cavalaria e a literatura, continuou
con ceretuzacao de um programa merovingio de expansao em
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mantendo a coeso durante mais
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ligacao da Tualia aos Estados ao
objetivos na C ducac3
norte dos Alpes, o ponto de apoio
durante
expansao da cristandade no norte
desire do duadro po litics ss
cristao a sudeste dos Pirineus, a
da Alemanha ce a destruicao dos avaricenses — nao foram
comprometidas, como nao ofoia
tentativa de disciplinar o monaguismo ou de aungir
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Cruditos adgu iriram 'MPportanci a na Mot
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AAUTO-AFIRMACAO DO NORTE Um novo impêério na Europa DS Fee im Mi IX foram, paraa Europa, Oo periodo da due os atrativos das regioes mediterrênEas mEnOS COnNtaram nos esguemas do Norte. O ava nCO exuberante do Islê estendera-se por todo o Norte de Africa e em 711 atingia a Espanha. Atravessou os Pirineuse continuou a provocar perturbacêes no Sul da Franca, muito depois de Carlos Martel ter derrotado Os sarracenos perto de Poitiers (789), impedindo-os de avancar mais para o norte. No outro extremo do Mediterraneo, a prépria Constantinopla estava ameacada. Preocupados com a sobrevivência do Impêrio, os impe-
radores do Oriente mal tinham tempo para se ocupar das guestoes dos Balcas. Contudo, a cunha de eslavos pagaos situada entre os cristaos do Oriente e os do Ocidente foi menos prejudicial do gue a politica imperial de iconoclastia gue abriu uma brecha gue durou mais
de um sêculo (780-848). O imperador libertou a Iliria
eo Sul da Itélia da sujeicao a Igreja de Roma e colocouos sob a égide do patriarca de Constantinopla (781). Em Roma, o papa foi obrigado a procurar, alêm dos Al pes, um protetor capaz de tomar o lugar do imperador. Antes de terminar a guestao iconocldstica, jA o Sul da
Italia caira em poder de uma nova onda de muculmanos vindos do Norte de Africa, o gue fez com gue o papado procurasse ainda mais desesperadamente manter o apoio dos francos. Nestas condicêes, os povos da Europa, gue tinham considerado Roma ou os romanos como fonte de inspiracao, verificaram gue eram eles
gue suportavam também o preco da cristandade e da iniciativa politica. O aspecto mais notêvel da histêria européia deste periodo é o dominio conseguido pelos carolingios, pri meiramente como prefeitos do palécio real austrasiano,
mais
tarde
como
reis dos francos
e finalmente
como imperadores romanos. Mas nao houve nenhum objetivo consistente claramente visivel € buscado de
geracaAo em geracao e, até ao fim da dinastia, os gover-
nantes de maior visao nao foram capazes de dominar a sua mesguinhez congênita. Mas a preponderência conseguida pelos carolingios também nao fo1 uma guestao de sorte nem de esperteza: foram empurrados para uma posicio em gue eram obrigados a agir, dado gue eram os Gnicos homens do poder em situac&o de fazer isso. As €nergias gue restavam no continente €uropeu
a, estavam concentradas nos seus territérios da Austrêsi
atravessados no Reno e de lingua predominantemente do os territori alguns o endend compre mas germênica, se antigo Impêrio Romano. Al, os carolingios tinham triungio merovin o soberan Gltimo o sob ecido estabel
sucesslvas, s geracoe em e, , (699-388) 1 to Dagober fador,
prefeitos membros daguela familia governaram COomMo para apolar mente inicial agindo dugues, ou palêcio do
de @uilderico morte a aps Mas reais. ades as minorid
verdadeiro Um exerceu gio merovin nenhum IT (675) soe tornou-s Heristal de Pepino 687, de poder. Depois apenas COmo mas francos, reinos os todos de berano ee pois Os rels rei), do mestre (e palêcio do prefeito
podlam nao fossem, du€ tes impoten mais vingios, por de bom am aceitav nao anos neustri Os ser afastados. na Bae a Alamini na e ano, austrasi grado o dominio
viera, territérios mais longinguos do Impêério Franco, a dinastia real parecia ser um trunfo valioso contra as ambic6es dos prefeitos do palacio. Os carolingios viram-se, assim, obrigados a refrear as suas ambicbes ou a manter o respeito tradicional pela casa de Clêvis e, nestas circunstancias, pouco puderam fazer para impedir a decadéncia do Impêrio Franco alêm do Reno, exceto préximo das suas prêprias bases. Mas na Austrêsia utilizaram as suas vastas propriedades para criar lacos de lealdade e recompensar servicos prestados, oferecendo bispados aos ami-
gos e encorajando estabelecimentos monasticos de
modo a consolidar o seu avanco pelos territêrios dos
frisios e sax6es, ainda pagaos. Foram ajudados nestes esforcos pelos evangelistas mon4sticos irlandeses e, posteriormente e cada vez mais, por ingleses. A conversêo dos povos ingleses, no sêculo vr, promoveu um trafego renovado e regular de cristaos para Roma, inevitavelmente cruzando a Austrasia. Os estragos causa-
dos pelos sarracenos na Gélia Meridional tinham também Dblogueado efetivamente as antigas rotas principais entre a Galia e Roma, através da Provenca,
de modo gue agora as rotas passavam pelos Alpes. A conversao dos povos do Norte e o fluxo de viajantes para norte a partir dos Alpes, estimulou a recuperacao
da Renënia. Um novo dever recaia, assim, sobre os ri-
cos e poderosos governantes da Austrasia, cujo entusiasmo pela guerra e especialmente pela luta contra os pagaos fazia deles o Ginico grupo franco capaz de restabelecer os ameacados destinos francos.
Carlos Martel (Carlos, o Martelo) foi o primeiro ca-
rolingio a conseguir, em 7892, uma reputacao em esca-
la européia, como vencedor dos sarracenos muculmanos perto de Poitiers. Foi o governante a guem o papa Gregêrio IN apelou em 789 para ajudé-lo contra seus inimigos lombardos gue cercavam Roma. Carlos tivera de estabelecer a sua posic&o a partir do nada, jê& gue era filho ilegitimo de Pepino de Heristal e Hvera de se opor 4 sua madrasta e aos neustrasianos para conseguir o cargo de prefeito. Nao satisfeito com isso, foi mais longe, lutando contra os frisios e os saxOes, de modo a recuperar a influência sobre os territêrios ao norte gue estavam perdidos na época da sua sucessao. As incursbes dos sarracenos gue haviam penetrado até
Autun, na Borgonha (725), levaram o dugue da AguitaAnia, Eudes, a procurar o seu auxilio, e apês a morte deste em 785 a reputacio e o poder de Carlos permitiram-lhe recuperar a suserania sobre aguele territrio. A Borgonha e a Provenca, devastadas, foram abertas a ele na década de 7380, embora os sarracenos sê fossem
finalmente expulsos por seu filho em 759. Carlos foi o primeiro governante, desde Dagoberto I, a ter uma importéncia mais do gue local; Hinha nao sê reunificado todos os reinos francos em suas maos, mas tambêém
reafirmado o seu poder além do Reno e adguirido uma reputac&o sem precedentes no exterior. O seu clero o considerava o firme defensor da cristandade — fazendo vista grossa para o modo como distribuia terras da Igreja aos seus soldados. A sua familia obtivera, jê em 710, a cappa (capa) de So Martinho de Tours e com ela o apoio da Igreja daguela regiao, 58
A AUTO-AFIRMACAO DO NORTE
onde a sua vitéria sobre os sarracenos foi particularmente festejada. Comecou também a substituir os me€rovingios como patronos de Saint-Denis, o maior de todos os mosteiros francos. Ouando o merovingio
Teuderico IV da Nêustria morreu em 787 Carlos nao se deu ao trabalho de tomar o seu lugar. A dinastia me-
rovingla parecia dispensêvel.
Aposa sua morte, os filhos de Carlos Martel — Carlo-
mano e Pepino II] — tiveram, no entanto, de enfrentar
levantes contra a sua autoridade na Aguitania,
na Ala-
mania e na Baviera, e acharam mais prudente elevar ao trono mais um rei merovingio, Ouilderico II, em 748. 56 alguns anos mais tarde Pepino IT, depois de Carlomano ter se reurado para a vida mon#stica, procurou o apoio da autoridade papal para depor Ouilderico e se
Acama:G
860-70
d proveniente de Metz. Oura Tratase mas antiga escultura do
tornar rei (751). Depois de ter sido eleito pelo povo,
destinasse a ser uma
repres€ntagao fiel. Por mais
O poder carolingio fez rêpidos progressos. O papa Estêvêo IT visitou Pepino e implorou-lhe gue interviesse na Italia (754). Em troca de uma alianca eterna com os francos, o papa novamente ungiu o rei € seus dois filhos em Saint-Denis, confirmando gue os carolingios haviam sido designados por Deus como reis dos francos, tal como Samuel ungira os primeiros reis de Israel. Nesse mesmo verao Pepino atravessou os Alpes e forcou o rei dos lombardos a devolver os territérios imperiais do Exarcato e da PentApole ao “Impé-
aut€nucas gue sejam, as vestes
francase a barba, cortada ap es
do século IX, devem ser consideradas em conjunto com fato de gue o rei tem um globo numa das mos (e sem divida
antigamente tinha o cetro na
outra), atitude régia gueë conhecida pela primeira ve
desde o tempo de Carlos, o Calvo
seu neto, gue pode ter sidoa inspiracêo para esta imagem.
Esguerda: este trono de mirmore
rio”; Pepino, gue os recebeu, entregou-os ao papa.
morrer, em 768.
coroagao de Oto1 e, desde entio,
Ihos, Pepino e Luis, jê tinham sido ungidos reis dos lombardos e dos aguitanos, respectivamente (780).A Baviera viu-se privada do seu dugue nativo (788) apês
mais de dois séculos de guase independência e, ao ser anexada ao reino franco, foi dividida em dois conda-
dos. O governo carolingio recebeu da Baviera e da Itê-
lja o empenho na guerra contra os temiveis avaricen-
entre eles poderiam ter prejudicado o futuro dos fran-
o seu guartel-general, prêéximo do rio Tisza, foi toma-
COS se Oo mais novo nao tivesse morrido, deixando Car-
los Magno como Gnico governante. O seu reinado, de mais de 45 anos, fez dele o mais famoso dos reis medievais. Organizou cerca de 60 expedic6es militares, tendo chefiado a maior parte delas pessoalmente, o gue dé uma idéia da sua energia e do niaimero de problemas gue enfrentou. Dado gue a Aguitêania unha ja sido mais ou menos conguistada por seu pai, o principal problema de Carlos Magno eram os saxoes, com guem os francos tinham estado em guerra por mais de dois séculos. Carlos Magno ps fim a €stas guerras, embora isso tenha exigido um grande esforco, ferozes
carnificinas e mudancas de politica: os seus mêétodos brutais nêo conseguiram forcar os saxoes 4 obediëncia cristê. Sé em 803 Carlos Magno conseguiu proclamar a pacificacao geral. Nos primeiros anos do seu reinado Carlos Magno n3o se concentrou exclusivamente nos saxoës, aceltando em 778 um novo apelo do papa para ir a Italia, em consegiiëncia do gue o reino lombardo foi anexado. A sua autoridade foi aceita pelo dugue de Espole-
to (776) e até no principado meridional de Benevento
(786); chegou mesmo a pensar num plano para conguistar a Sicilia muculmana. A presenca dos francos na It4lia tornava imperativo um entendimento com o Impêrio do Oriente. O@uando Carlos Magno foi coroa-
entêo do imperador pelo papa Leao IN (800), pode ser considerado senhor do Ocidente. Os seus dois fi-
Rd
foi1 utilizado em 936 paraa
Apos a sua morte, o grande império por ele deixado
fo1 dividido entre os seus dois filhos, e as mas relacoes
ed
'mperador, mas talvez nag se
foi ungido rei por Bonifacio, bispo da Germania. A primeira fase do avanco carolingio estava terminada.
Dois anos mais tarde foi obrigado a regressar para fazZer com gue o rei cumprisse as suas promessas, mas nao mostrou nenhum interesse em expandir o dominio papal na Itêlia Central para agradar ao pontifice. Em vez disso, empreendeu a conguista da Aguitinia a partir do Norte. Numa sêrie de campanhas sucessivas, Pepino tornou-se governante de todo o territêrio desde o Loire até ao Atdêntico e ao Mediterrêaneo antes de
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ses, gue foram finalmente esmagados em 796 guando
do e os vencedores se apoderaram do seu espêlio. Tendo derrotado estes salteadores da Europa Oriental, Carlos Magno tornou-se protetor dos vizinhos eslavos e estabeleceu vêrios margraviados (distritos militares) para vigiar as fronteiras, desde Friul, ao sul, até
Nordalbingia, na fronteira dinamarguesa. As ambiciosas conguistas de Carlo Magno nêo expan-
diram em @xcesso o poderio franco e, assim, as frontei-
ras por ele estabelecidas mantiveram-se apês a sua morte. No entanto, ele percebeu gue o poderio militar podia nao ser suficiente para manter o Impêrio franco.
Os seus instrumentos administrativos, cComo a nova autoridade atribuida aos condes, uma vez postos de lado
os antigos dugues, indicam gue o imperador reconheclaa necessidade de inovacao politica. O apoio no dlero era tao tradicional na sua familia guanto as divisêes propostas dos territêrios entre seus filhos. Mais notdvel ainda foi o seu interesse por um renascimento educacional e cultural, anterior 4 sua coroac&o como impera-
dor e talvez mais expressao do seu carêter do gue simples objetivo politico calculado. As suas capitulares (instrucoes aos funcionarios sobre uma extraordinêria
diversidade de assuntos, minuciosamente pormenorizadas) nao eram banais decretos de reforma. O Impêrio
do Ocidente finalmente encontrara um rei barbaro com um poder a altura das responsabilidades politicas do governo imperial. Restava saber se a mistura de povos cristos nele reunidos podia ser mantida unida em
por todos os reis germênicose en tradicionalmente considerado como tendo pertencido a Carlos Magno. No seu interior estavam depositadas religuias gue podiam ser vistas e veneradas pelos fiëis.
A AUTO-AFIRMACAO DO NORTE Carlos, o Calvo, em manuscrito
agricola crescente e principalmente as suas igrejas resplandecentes tinham comecado a atrair salteadores, nao por terra, mas por mar, onde os francos no se senam confiantes e nao tinham experiëncia. A divisao do
escrito por Liuthard em letras
unciais douradas para o proprio Carlos, entre 842 e B69. O rei é representado sentado em um
trono incrustado de pedras
coloridas. Este retrato é tpico das
Impêério entre os três filhos ainda vivos de Luis I em 843 nao pos fim as guerelas entre eles nem ao sentimento de unidade dos territêrios francos. Na verdade,
obras contemporaneas destinadas
a exaltar o prestigio do monarca,
numa época em gue o império
carolingio comecava a enfrentar
mcentivou todos os governantes a improvisar maneiras de conseguir apoio militar e aliancas com as grandes familias dos seus territérios, o gue excluiu gualguer possibilidade de restabelecer a unidade.
uma sêrie de crises gue iriam destruidlo.
O “reino médio” do irmao mais velho, Lotêrio, gue
incluia todos os lugares fundamentais do Impêrio —
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seu reino entre os três filhos. Foi mais por sorte do
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da em 882, guando
Carlos, o Gordo,
era o TINICO SO-
brevivente. A oeste, Carlos, o Calvo, teve dificuldade
um Impêrio restaurado depois de três ou guatro sêculos de experiëncias diferentes. Divisêes no Impêrio
Luis, o Ginico filho de Carlos Magno ainda vivo, tencionava preservar o Impêrio, algo para o gue os seus anos
de governo na Aguitênia lhe tinham dado a devida pre-
paracêo. Contudo, as suas intencées nao foram sufl1-
cientes para superar as dificuldades inerentes a essa tarefa, sobretudo guando os seus prêprios filhos (da primeira mulher), gue j& nao estavam, como haviam
estado os de Carlos Magno, empenhados em campanhas continuas contra inimigos externos, se preocupavam acima de tudo com os territérios gue Ihes cabia governar é com as suas perspectivas futuras, especialmente depois do nascimento em 823 de Carlos, filho da segunda mulher de Luis. As divisoes no seio da familia carolingia e as sucessivas divisêes do Impêrio entre os membros da familia reduziram o prêprio Impêrio a uma ficcao politica. O dlero, gue obviamente nao podia deixar de ter influéncia como conselheiro do imperador, cujos siiditos eram cristaos, em um programa imperial gue tinha como modelo um impêrio desaparecido dos livros de histêria, precisava de um governante de espirito independente; os seus membros
nAO
nesdefeito nenhum compensar préprios eles podiam ense campo, sobretudo na presérvacao da harmonia lado de Deixando dinasua. daguela rivais principes tre dos os defeitos dos principes e o carêter heterog€neo as necessidaterritêrios gue cabiam a cada um deles,
necessar1aeram IX sêculo no governo do b&sicas des reterem carolinglos os de fato O locais. mente muito ao favoravels condicoes criara hostis vizinhos os pelido do Impêrio, desenvolvimento da agricultura dentro continuaurbana vida ea comêrcio o indistria, mas a
impulsionar para despojos havia nêo JA atrasados. ram prosperidade 2 economia do Impêrio. A sua prêpria
em obter o reconhecimento dos seus direitos na Austrêsia, onde, em 859, achou por bem nomear rei seu filho Carlos. Dois dos seus outros filhos tornaram-se abades para nêo dividir ainda mais o reino. A Nêustria foi a parte gue coube a Luis, o Gago. Mais uma vez o fato de Luis II ter herdado todas as terras de seu pal em 877 foi uma guestêo de sorte, e ele préprio viria a morrer em 879. No prazo de poucos anos a defesa de Paris contra os normandos, liderada por um dos condes, Eudes, assegurou-Ihe a nomeacao como rei dos francos em 888. Era o senhor mais poderoso de toda a Franca Ocidental e os seus descendentes viriam a ser
reis da Franca durante muitas gerac6es. Mas apês a
sua morte em 898 o filho de Luis II, Carlos, o Simples, subiu ao trono. Porém, o dominio carolingio tinha sido rompido e desde entao nenhum rei da Franca iria ter pretensbes ao Impêrio. O Impêrio carolingio havia sido efetivamente desmembrado. Os antigos territêrios do Centro
e do Oeste, com
tradicoes historicas
mais antigas, desenvolveram suas préprias instituic6es. Apenas nas regi6es orientais o conceito de impêrio cristao ainda tinha valor, pois sem ele os governan-
tes da Alemanha corriam o risco de se tornar, pouco e
pouco, vitimas dos seus inimigos orientais.
O esforco de renascimento cultural empreendido
por Carlos Magno sobreviveu a sua morte e atingiu o auge em meados do sêculo Ix. Tampouco suas realizac6es ruiram apês o colapso do Impêrio, pois a restauracdo de algumas grandes escolas, como a de Reims,
manteve-se durante geracoes e enrigueceu os posteriores movimentos escolêsticos. Carlos Magno reuniu na sua vasta corte eruditos de todos os pontos da cristandade e as suas experiëncias, de tal modo gue as geracbes seguintes puderam dispor de uma base mais ampla do gue tinha sido possivel antes. Entre os homens das nacêes nAo-francas gue serviram ao Impêrio carolingio, o papel desempenhado pelos ingleses foi preponderante e chama a atencêo para o rêpido pro-
gresso por eles atingido no século gue se seguiu a sua conversêo ao cristianismo. Reinos bêrbaros na Inglaterra O outro grande Estado surgido na Europa setentrional nessa época foi a Inglaterra. Desde entao, passou a exercer uma influência significativa em toda a Idade Média. Grande parte da sua histêria nos anos de formacio permanece obscura e confusa, mas hê dois periodos gue se distinguem como sendo comparaiva55
O renascimento carolingio O termo `renascimento” passou a ser historicamente usado para descrever a renovacao do saber na Itélia do sêculo
XV, guando se pensou gue isso iria jnaugurar um movi-
mento para a transformacao cultural da Europa medieval na Europa moderna. Durante anos, o uso enfético de “o Renascimento” para designar este periodo tornou-se uma
afirmacao desta convencao, embora os historiadores me-
dievais tivessem utilizado ao mesmo tempo este termo para adaptar as alteracoes intelectuais do sêculo Xm ao interesse renovado pela Antiguidade adotado pelos carolinglos, o gue provocou o enfraguecimento da sua prépria
forca. O dominio dos francos sobre o Ocidente, a sua pre-
senca na Italia e a confianca gue tinham nas suas possibilidades de negociar com o Impêrio do Oriente oslevarama guerer reivindicar para si tudo o gue fosse possivel do legado romano. Isto significava levar para Aix-la-Chapelle a arguitetura de Ravena, onde a corte imperial deixara a sua marca ainda mais deslumbrante do gue na prépria Roma. Significava principalmente copiar livros, nos guais os membros do clero (e, a longo prazo, os seus alunos) podiam adguirir imediatamente o conhecimento da Antiguidade. Estudavam “ciëncia” e literatura profana, bem como os padres da Igreja, como, por exemplo, Santo Agostinho. Melhoravam o seu estilo de caligrafia copiando textos antigos e executavam imitacoes fiéis de desenhos antigos, procurando autenticidade. Os textos copiados nessa época garantiram a sobrevivência da literatura latina até os sêculos seguintes, ja gue alguns autores sao
Acima: cruz de esmalte do inicio do século IX, proveniente da Capella Sanctorum de Latrio, atualmente no Vaticano. É decorada com cenas da infëncia de Jesus e incrustada em filigrana de ouro. Direita: este importante mosteiro
saxênico, situado em Corvey, Junto a0 Wesser, foi fundado em RY9.A
fachada oeste, construida segundo
o modelo da Igreja de Sao Riguier,
na Picardia (c. 800), EE
1ada imponente eer
a primeira
de uma igreja
ocidental.
Embora O
sido centro da fachada tenha
dê-noso erigido por volta de 1136,
do melhor exemplo preservado
. estilo carolingio de construca0 56
Direita:a contra
Evangelhos de Ui
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tesouro de trabalho em
uma contrapartida compar4vel em construcoes e em pin-
rlos Magno. Emborad ss COMO UM todo, sua EX eCUcg. see ne ene dife TUuZz €
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Fxemplo de escrita carolingia em minisculas, o estilo cdlaro
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Os Evangelhos, gue datam do.
do sêculo IX, nio estavam “rd inicialmente encadernad OSnasga|
magnificas capas atuais.
Abaixo, direitaso Codex Aureus dos
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guatro Evangelhos. Este magnifico
manuscrito foi realizado em Corbie,
por volta de 870, e oferecido pouco depois pelo imperador carolingio Amulfo ao Mosteiro de SaintEmmeram, em Regensburg. Cristo é representado em toda a sua majestade, numa mandola, com os
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agora conhecidos por manuscritos gue nao sao mais anti-
gos do gue o século IX. Permanecem as dividas guanto a se este gosto pelo renascimento livresco realmente teve
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A AUTO-AFIRMACAO DO NORTE
mente bem descritos: a conversao dos povos ingleses, no sêculo vr, como é relatada por Beda, e a construcao da monarguia unificada sob os reis de Wessex, no sêculo X. Estes dois periodos foram separados pela época
da invasao e fixacao dos dinamargueses, uma repeticao
atrasada de fen6menos gue tinham levado os préprios
ingleses até a Gra-Bretanha guatro sêculos antes. O casamento
de Ethelbert, rei de Kent, com
uma
da maneira como os germanos haviam penetrado “Im diferentes regiëes da Gra-Bretanha, ao longo de vêrios rios e como grupos distintos. Contudo, o posterior rer-
no de Wessex, gue é historicamente o gue se conhece
melhor, desenvolveu-se a partir de uma uniao entre sa-
xoes gue na década de 580 tinham avancado desde
princesa merovingia, Berta, gue abriu caminho para a missao romana a Inglaterra em 597, prova gue nessa
Southampton Water para o norte até Wiltshire € outro grupo de saxêes estabelecidos no vale do Tamisa gue,
o Continente ja haviam sido restabelecidas, apês um século e meio de silêncio. $6 dispomos de alguma informacao sobre as condicées do pais durante a idade das trevas gracas a um e@scritor britênico contemporê-
britêanicos por volta do ano 600, absorveram Os saxoes de Hampshire e Wiltshire em 680. O desenvolvimento de um reino poderoso em Wessex levou mais de um século e foi levado a cabo em consegtiëncia de circunstêincias histéricas da prépria Inglaterra e nao em
Epoca as relac6es politicas entre os colonos ingleses e
neo, Gildas (c. 500-c. 570), e nio é f&cil extrair da sua obra, Ruina e conguista da Gra-Bretanha, acontecimenLOS precisos e datêveis. Mas guando os registros ingle-
ses recomecaram, depois de 597, torna-se evidente o guanto a Inglaterra tinha mudado nos dois sêculos desde gue a administracao romana tinha sido pela al-
tma vez garantida. Na primeira metade do século v os POVOS romano-
britanicos, deixados por sua prêpria conta pela retirada das legi6es romanas para o continente, tiveram de
fazer face principalmente a invasêes vindas do Norte, gue atravessavam aguela gue tinha sido a fronteira mais bem defendida do Impêrio Romano: a muralha
de Adriano. Os britênicos provavelmente utilizaram reforcos germênicos, como era comum no Continente. Alguns deles talvez jê tivessem se estabelecido com as
familias em enclaves desde o século NV, mas nem eles
nem sus sucessores foram absorvidos pela sociedade provincial. Sabemos gue pelo menos em meados do sêculo v os germanos pretendiam estabelecer-se independentemente das autoridades romano-britënicas, e nao foi possivel evitar gue eles se apropriassem da parte oriental da ilha, mais romanizada. Alguns enclaves britanicos permaneceram lê e muitos bretêes foram reduzidos a escravidao pelos conguistadores. Os germanos nao eram romanizados nem do ponto de vista lin-
guistico nem do religioso, e, assim, a Britinia romana
foia Gnica provincia do Impêrio do Ocidente colonizada pelos barbaros na gual os recém-chegados nio tiveram de chegar a um acordo com os sobreviventes da ci-
vilizacao romana. Os romano-britinicos de oeste falavam celta, mas continuaram a escrever em latim. Continuaram tambêém a ser cristaos, embora seus bispos, ao contrêrio dos da Galia, tivessem deixado as cidades da Inglaterra Oriental e nao tentassem conver-
ter os germanos,
gue eram
pagaos e nao arianos.
Durante algum tempo, no final do sêculo V, os britêAni-
cos conseguiram impedir o avanco germênico para oeste, mas nunca se recuperaram suficientemente para expulsar da ilha os seus antigos auxiliares. Em meados
do século vi vêrios reinos germaênicos tinham tomado forma e comecado a pressionar os britênicos, cujos territérios continuaram a encolher cada vez mais.
Estes germanos vinham das costas setentrionais da
Europa e provavelmente eram de culturas ainda diversas do gue parece indicado na sua divisao por Beda em anglos, saxbes e juros. Um elemento foi detectado com elementos francos em Kent
mais feita juto e na
ilha de Wright. Os “anglos” estabeleceram-se na Inglaterra em grupos distintos em East Anglia, Middle An-
glia e Nortambria. Os “sax6es” dividiram-se nos ramos
ocidental, meridional, médio e oriental. A manutencêo de alguns destes grupos como reinos distintos indica gue, até o sêculo IX, devem ter existido vêrios gru58
pos coerentes e bem estabelecidos por volta do ano 600. Mas os reinos eram, €m parte, uma consegueénca
FEW
RE
tendo conguistado Bath, Cirencester € Gloucester aos
consegtiiëncia da invasêo de um grupo homogêneo vindo do continente, e de modo algum aconteceu no
sêculo v. É muito provêvel gue outros reinos se tenham igualmente se desenvolvido no longo periodo sobre o gual dispomos de tao pouca informacao. Os peguenos reinos freguentemente entravam em
conflito uns com os outros, e com os britanicos do oes-
te. Nio houve uma pressao inexordvel sobre os britênicos até gue os três reinos ingleses mais poderosos —
Nortimbria, Mêrcia e Wessex —, gue dominaram um
de cada vez durante o sêculo VI, estenderam as ambi-
cOes militares e colonizadoras inglesas de costa a cos-
ta. Isto inevitavelmente empurrou Os povos estrangeiros do Oeste para as extremidades da ilha. A luta pela hegemonia entre os três grandes reinos nao abran-
dou, embora a Nortimbria, com uma considerdvel area de atividades ao norte, tendesse a deixar os dois
reinos do Sul em paz. JA no sêculo vt o reino do Cen-
tro,a Mêrcia, gueria dominar todos os ingleses; nem o
reino de Wessex, gue se estendia por todo o Sul da Inglaterra com oportunidades de expansêio em direcëoa Devon e 4 Cornualha, conseguiu resistir ao dominio da Mêrcia, guando exercido por Ethelbald e Offa, no século VIM. Sé durante um breve periodo Egbert de Wessex conguistou a Inglaterra até o Humber. As disputas sobre a predominëncia continuaram a ter im-
portancia politica e a posic&o de autoridade exercida por um governante sobre todos os ingleses, o Bretwal-
da (governante da Gra-Bretanha), tinha um carêter pessoal e, ao contrêrio da realeza, nêo transmissivel a parentes, sendo necessêrio lutar por ela. Segundo a
tradicao, a autoridade do Bretwalda, Gnica reminiscên-
cia patética da Gra-Bretanha romana conservada pelos ingleses, tinha sido exercida pela primeira vez por reis ingleses no final do sêculo vi e é significativo gue, nessa fase, nao tivessem uma palavra como “ingleses” para designar as suas caracteristicas Comuns. A conversao dos povos ingleses ao cristianismo na primeira metade do sêculo vir foia primeira etapa da criacao do povo inglês, na perspectiva de Beda, cronis-
ta destes acontecimentos. Mas para os contemporaneos as lutas militares de uns com os outros certamen-
te absorviam mais a sua ateng&o do gue indica aguele historiador mon&stico. Seja como for, as lutas entre reis ingleses nêo parecem ter sido obstêculo para as missêes cristês. O nimero de reis a converter, juntameéEnte com os seus povos, tornou a convers&io mais complexa do gue na Gélia ou na Espanha, embora a vantagem de dispor de diferentes bases nêo deva ser esguecida. Os reinos principais foram convertidos em um periodo relativamente curto: Kent foi convertido pela missêo romana inicial (a partir de 597); Nortimbria em duas fases, a primeira pelo bispo romano Pau-
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A AUTO-AFIRMACAO DO NORTE
ses tinham aceitado o cristianismo em todos os reinos. Embora nao tivesse sido eliminado, o paganismo havia muito mostrara ser incapaz de resistir 4 persistente
pressao crista. Os mosteiros tornaram-se também numerosos na Inglaterra dos sêculos vr e vam, seguindo o exemplo irlandés, romano e franco. Tal como os principes merovinglos seus contemporaneos, os soberanos ingleses fundaram mosteiros. Algumas casas famosas foram fundadas por mulheres, como a de Whitby, fundada
pela abadessa Hild, ou a de Ely, fundada pela princesa Ethelthryth. Outras tiveram inicio modesto, como a
de Crowland, nos pantanos, ou até Lindisfarne, célula
fundada por missionarios de Iona frente a fortaleza real de Bamburgh. As obras de Beda sao prova de como foram bem utilizadas as instituicoes do abade
Benedict Biscop em Jarrow e Monkwearmouth, em Nortimbria, sobretudo as suas magnificas bibliotecas de livros adguiridos nas viagens de Biscop a Roma. O préprio Beda relata, jé no fim da sua vida (785), gue
certos motivos indignos inspiraram a fundacao frau-
dulenta de mosteiros para evitar obrigacoes pablicas sobre a terra. Um conselho eclesiëstico reunido em 747 ordenou gue os bispos fiscalizassem mais de perto os mosteiros para tornar mais estrita a disciplina. Mas os mosteiros tinham se tornado parte do tecido social
€ eram ricos e influentes. Tal como na Galia, tambêm
na Inglaterra a acumulacao visivel de riguezas para glêria de Deus em igrejas resplandecentes de ouro e prata, com altares e ornamentos cobertos de pedras preciosas, mostrou ser irresistivel para os salteadores.
Acma: o mais espetacular achado
medieval deste sêculo foi feita em
Sutton Hoo, Suffolk, em 1939. Os
restos de um de navio a remo construido com pranchas, de 26 metros de comprimento, foram
detectados gracas a rebites e manchas na areia, jA gue a madeira tinha apodrecido. Nao foram encontrados vestigios de COrpos, mas sim uma espantosa
colecao de artigos, prêéprios da sepultura de um grande homem pagao, incluindo espêlios de além-mar e uma colecao de
moedas gue indicam gue estes
restos podem ser datados de c.
650/60. Um rei de East Anglia
parece ser indicado, mas ainda
nao foram encontradas provas da Suaidentidade.
Abaixo: um de um par de fechos
€M ouro em doisonné, proveniente
de Sutton Hoo, com motivos
NCrustados e finas fileiras de
granadas, cortadas com precisao
parase encaixar na forma da Cavidade. O alfinete tem uma
cabega em forma de animal. As || EXtremidades curvas tém a forma de doisjavalis com os guartos | Haselros entrelacados. Esta peca,
Provavelmente obra de ingleses, é 9 mais belo exemplo das
sds CApacidades E demonstradas hier; ars do sêculo val.
pelos
lino (626) e posteriormente por monges de Iona (a partir de 6385). Em East Anglia estabeleceu-se um bispo por volta da mesma época em gue os saxoes do vale do TaAmisa passaram a ter um bispo em Dorchester, na década de 680, embora Winchester, onde outro j& ha-
via sido estabelecido antes de 664, tenha se tornado
sede permanente do bispo de Wessex. Segundo o hisao l hosti mais rei o , Beda ia, imbr Nort da toriador
c. 632cristianismo foi Penda de Mêrcia (reinou entre Peada, foi filho, 0 e mort sua da antes a aind mas 55),
foi aberbatizado e o seu sub-reino dos anglos médios ou tamenvi ao miss A ia. imbr Nort de aos crist to aos
dea igrej uma r aliza revit para ento acam bém um dest do Ocidente s saxOe os entre cida bele esta bilmente , o (664) by Whit de do Sfno o Ap6s . antes muito tempo (669Tarso de oro Teod a, uêri Cant de novo arcebispo inglesa. Ha a Igrej da o raca nist admi a 90), organizou ar-
Lindis , comn Aber , born Whit em via entêo bispados Leicester, ield, Lichf York, on, Rips ne, Hexham, ster, ia Worce er, hest Winc am, Elmh Dunwich, North
to; curta vida uma am Hver ns reford e Londres. Algu deters” bo ri “t a ir rv se ra pa os ad nd fu dos tinham sido estruturas s. da es nt re te di o it mu minadas e eram sa os a oc ép a ss Ne a. nh pa Es diocesanas da Gêlia e da e 681 e tr en as en Ap . os ga pa am er kêes do Sul ainda E M . ey ls Se €M sé a um es el 685 Wilfrid fundou para os mgl€o nh ti os Ag de io ss mi a 6s assim, um sêculo ap
As ligac6es com o continente tiveram grande importincia na Inglaterra do sêculo vrm. Os piedosos e os cultos temiam pelas almas dos seus irmaos germanicos do outro lado do mar, vivendo sob as iluses pagas, e sentiam-se parte da Igreja universal, sobre a gual presidia o papa de Roma. O Impêrio carolingio ficou muito a dever aos ingleses gue apoiaram as missoes 4 Frisia e 4 Turingia. A contribuicao dada por Bonifacio para estabelecer uma alianca entre o papado e a nova dinastia real franca nao foi exagerada. O saber da escola de York juntou-se 4 corrente do renascimento cultural carolingio por intermédio da obra de Alcuino (785-804). A Inglaterra foi a Gnica parte da Europa crista ocidental gue nao foi absorvida pelo Impêrio carolingio, mas do ponto de vista cultural fazia parte do mesmo mundo. No sêéculo vr a predominancia de Mêrcia sobre os ingleses jA demonstrara ser, se nao continua, pelo menos normal. Offa de Mêrcia (rei 758-96) chegou mesmo a autodenominar-se Rex Anglorum ("rei dos an-
glos”) em 774, e tratava Carlos Magno em posicao de igualdade. Ambos os soberanos protegiam os interes-
ses comerciais dos seus povos € obviamente tinham muito a ganhar ou a perder com o coméêrcio entre os dois paises. As moedas de prata cunhadas no Sul da
Inglaterra depois de 775 seguiram a reforma da cunhagem franca, c. 755, do mesmo modo gue os ingle-
ses haviam utilizado, e posteriormente imitado, as moedas merovingias desde o final do sêculo vir. A Inglaterra manteve a sua independência politica, mas desempenhou um papel tao importante na vida econêmica da Europa setentrional guanto nas esferas cultural e religiosa. Durante os sêculos VII € VI, OS ingleses surgiram nos assuntos €uropeéus como pEssoas de
alguma importência, embora sua unidade politica fos-
se muito mais precêria do gue a dos francos. se as fontes de informac&o sobre Mêrcia fossem melhores, tal-
vez mostrassem
gue
durante
todo
este periodo
se
59
A AUTO-AFIRMACAO DO NORTE
verificou alguma evolucêo em direcao 4 unidade da Inglaterra, mas é provvel gue as divisêes politicas dentro do pais fossem ainda mais profundas do gue
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Norte, na Inglaterra tiveram por alvo o Mosteiro de Lindisfarne e outros locais da Nortimbria em 798. Os dinamargueses surgiram em Wessex nos reinados de
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As primeiras incursoes,
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ram invadidos por povos do Norte. O paradoxo destas Invasoes é gue, enguanto na Gélia elas aceleraram o processo de desintegracao politica, na Inglaterra elas serviram para colocar todo o pais sob uma lideranca fundamental e duradoura.
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na Galia do sêculo IX, guando ambos os territérios fo-
e chegaram
mesmo a ser derrotados em batalhas tanto em terra duanto no mar. Mas nêo desistiram. Em 855, passar am pela primeira vez o inverno na Inglaterra, na ilha de Sheppey, mas os reis ingleses nêo ficaram alarmado s€ nao fizeram guaisguer preparativos para enfrentar os dinamargueses, gue estavam acumulando experiëncia
€ TECUISOS para um atague em massa COntra os rei nos
ingleses. Em 865 j4 estavam prontos para o reencontro decisivo. Uma grande forca chegou a East Anglia e, depois de vencer o povo daguela regiëo, voltou-se para o norte e conguistou York, onde fundou um reino. O reino de Nortimbria tornou-se uma possessao. Em 869, os dinamargueses mataram Edmundo, rei de Fast Anglia, e em 874 expulsaram o rei de Mêércia. De todos os reinos ingleses, sê o de Wessex conseguiu resIstir aos invasores. Todavia, mesmo naguele reino a situacio tornou-se desesperadora com a invasêo dos dinamargueses e sê
foi resgatada por Alfredo, o Grande (rei 871-99), gue forcou os chefes dinamargueses a uma negociacao. Fo-
ram autorizados a se fixar, com os seus seguidores, em uma regiao conhecida por Danelaw, com a condicao de aceitarem o batismo, o gue autorizava a infiltrac&o inglesa. O lento processo de absorc&o dos novos colonos foi, no entanto, acelerado com a reconguista milj-
tar de Danelaw por Eduardo, o Velho
(rei 899-094), fi-
lho de Alfredo, e pelo neto, Athelstan (rei 994-389). A
colonizacao dinamarguesa deve ter sido macica, polis
exerceu uma profunda influência no desenvolvimento da lingua inglesa. A absorcao dos dinamargueses no reino inglês, no século x, deveu-se a uma expansêo
sem precedentes das atividades e governo, sê justific&-
vel pelas extraordinarias circunstincias da época, A realeza inglesa no sêculo X dependia da capacidade do rei de chefiar com éxito tropas em batalha, o gue regueria a cuidadosa nomeacao de. guerreiros (nobres militares) reais, devidamente eguipados, gue obtinham destague social como parte da sua recompensa. Os reis também aprenderam a desenvolver uma estratêgia nacional para lutar contra o inimigo. O préprio Alfredo construiu locais de defesa, chamados
burgos, gue, segundo uma lista preservada, eram fundados com objetivos militares. A organizacao do traba-
Iho de construcao de burgos, pontes e estradas, de acordo com a extensêo de terras gue cada um possuia, impunha novas exigénciasa populacao humilde, gue nao tomava parte nas batalhas. No sêculo X, a carga fiscal tornara-se com certeza suficientemente regular para gue os reis pensassem em angariar grandes guantias para se livrar dos dinamargueses guando as suas
incursêes recomecaram. Essas incursoes mais tardias mostram gue se considerava rentavel saguear nova60
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mente a Inglaterra. Mas dessa vez os dinamargueses nao estavam interessados em saguear os mosteiros, embora eles tivessem novamente se tornado numeroSOS € prosperos, gracas ao apoio real. Foi da prépria monarguia gue se apoderaram, em 1018. Nessa época 2a monarguia inglesa j se tornara o mais poderoso Estado unificado ao norte dos Alpes. O rei controlava a emissio de moeda nacional, em-
bora as prêprias moedas fossem cunhadas em cidades de todo o pais. A administracio do pais nao se basea-
va, de maneira geral, nas velhas tribos ou reinos, mas
sim em divisêes menores, inicialmente adotadas em Wessex e sistematicamente estendidas ao resto do pais a medida gue ja sendo absorvido pelos reis de Wessex, de origem dinamarguesa. As unidades maiores, os ski-
Tes, eram territorios formados ao redor de uma cidade
importante ou praca fortificada, da gual tomavam o nome. Os shires eram subdivididos em centenas de distritos com importência judicial, financeira e provavel-
Acima: este retrato de “Esdras* provém do Codex Amialinus,
manuscrito elaborado em
Monkwermouth por encomenda
do abade Ceolfrid (690-716), du
pretendia oferecé-lo ao papa. Pi Seguiu um modelo de um teXt0'
Biblia, preparado porGassiodae) gue o abade trouxera de Roma.
provêvel gue este manuscrito.. Er
incluisse um retrato de autorde.
Cassiodoro, representado com?
Esdras, o escriba gue renovoua. Nesta cépia podem ser visie . volumes da Biblia nas prateie
Direita:
pedra pictica proveh
de Rhynie, Aberdeenshire,.) provavelmente do sêculo VI.
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Os simbolos de um peéLé Ee.
um “elefante" representam ||
talvez acordos de casament0
ou doacêes de terras.
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A AUTO-AFIRMACAO DO NORTE
do século X. Ambas as fontes realcam a unidade bisica
dos povos ingleses, ao mesmo tempo em gue revelam como era dificil conseguir a realizacêo institucional. A s€u modo, os seus autores mond4sticos contribuiram para a tarefa de preparar os vêrios povos para viver
COMO UMa nacao tnica, em Ambito tanto eclesidstico guanto secular.
Os dinamargueses desempenharam um papel importante na histêria da Inglaterra entre o século IX eo
século XI. No continente, o efeito da sua presenca foi
principalmente negativo. A extensao do dominio ca-
rolingio ao longo da costa do mar do Norte tinha, inevitavelmente, chamado a atencao dos dinamargueses
para o Impêrio, e ainda antes da morte do préprio Carlos Magno as incursées ao longo da costa tinham comecado a criar problemas dificeis para seu governo.
A restauracao do poder militar franco e o valor das
tropas montadas nao preparavam o Impêrio para enfrentar inimigos por mar. Assim durante mais de um século os dinamargueses foram se introduzindo no Impêrio, e nao nos seus mais fracos territêrios limitro-
fes, e sim onde ele era mais forte, nos vales dos rios
Acima: este surpreendente
achado, com o nome de “Offa
Rex” inscrito em uma moeda de
ouro gue de resto imita um dinar
isliAmico, até mesmo na inscricao em escrita cufica, é a
demonstracao mais patente do
interesse de Offa pela cunhagem de moeda e indica até gue terras longinguas chegara o comércio
inglês do sêculo vm.
Acma, direila: pagina do chamado
Livro de Kells. Cristo é agui representado com barba, sentado em um trono com uma almofada
forrada, sob um arco, ladeado por
um par de pavêes com guatro
anjos por baixo. Embora se encontre em Kelis desde principios do sêculo XI, este manuscrito, o mais profusamente decorado de todos os manuscritos
irlandeses, deve, mais
provavelmente, ter sido elaborado
em lona por volta do ano 800. Os retratos deste manuscrito foram
todos pintados pelo mesmo artista, um dos trés utilizados na
decoracao, gue nunca foi
completada.
mente militar. Os reis promulgaram cédigos de leis es-
Critos em vernêculo, a principio extraidos dagueles de varlos reinos ingleses, mas gue foram cada vez mais se adaptando as instéveis circunstêincias do sêculo X. Exiglam gue os homens tivessem suseranos gue se responsabilizassem por eles em guestêes legais ou gue pertencessem a grupos de seguranca coletiva de dez vizinhos. O poder real de direc&o nêo permitia gue o pais caisse nas maos de senhorios territoriais ou fosse dividido em localidades. O reconhecimento do dominio Gltimo dos reis era dado pelos principados celtas gue restavam (Devon e a Cornualha tornaram-se parte de Wessex); apenas no Norte seu poder nao era suficientemente forte para dispensar a autoridade real.
No sêculo X, esta monarduia demonstrou ser uma ins-
tituicao tao bem estabelecida por uma sêrie de reis nem sempre muito notêveis gue sobreviveu as vicissitudes do sêéculo XI e se tornou a base da monarguia normanda, muito mais poderosa. No ha davida de gue alenta e nada espetacular colonizacao do pais por geracêes de colonos desde o periodo inicial de invasoes, e gue na época do Domesday Book (1086) se estendera até aos limites prêticos e econêmicos da época, proporcionou o macico apoio nacional a esta monarguia poderosa, mas sem as invasbes dinamarguesas do sêculo IX é pouco provêvel gue a unificacao tivesse
acontecido tao rapidamente, guanto mais a partir do Sul e nêo de Mêrcia. Além disso, os reis de Wessex,
gue no sêculo IX tinham tao cuidadosamente observado as atividades dos povos do Norte além do canal da Mancha, em territêrio carolingio, ficaram natural mente apreensivos com as simpatias politicas da Normandia guando as incursoes dinamarguesas recomecaram. No Sul da Inglaterra nao havia nenhuma ilusio de gue o canal da Mancha iria funcionar como
fronteira, € esta preocupacao com o livre aCesso as
suas Aguas continuou a ser um elemento importante
de da politica real durante sêculos. O gue a obra o Beda, Histéria eclesiëstica, escrita no Norte, foi para periodo da conversao, a (ronica anglo-sax0mea, inicla-
da em Wessex, foi para a grande época da monardgua
gue corriam para o mar do Norte e no vale do Loire. Ali as tradic6es francas do Impêrio eram mais fortes e os mosteiros mais fortemente implantados e enriguecidos por dois séculos de apoio real. Os distarbios politicos da familia real apés a morte de Carlos Magno nao contribuiram em nada para coordenar a resisténcla a estes novos inimigos. Até o enêrgico Carlos, o Calvo, se viu reduzido a pagar a um bando de inimigos para lutar contra outro em 861-62. A arte de navegar do inimigo, os seus atagues de surpresa e o modo de acao inescrupuloso em peguenos bandos fazia com gue os francos tivessem dificuldade de se livrar deles, exceto em Ambito local. Este era o aspecto em due o governo imperial era mais fraco. $6 os principes locais podiam levar a cabo reacêes eficazes aos invasores, a Custa de provocar a desintegracao do Impêrio. Ironicamente, foi a derrota infligida pelo rei carolingio Garlos, o Simples, a um bando de guerreiros chefiado por Rolando, em Chartres, gue levou ao aparecimento do ducado da Normandia em 911, guando Rolando
foi persuadido a fazer a paz, tornar-se Cristêo e servir de guarda aos francos contra outros sagueadores do vale do Sena. Paris foi poupada de outro atague dinamardguéës como o de 885-86, mas a Normandia viria a transformar-se no maior principado do Norte e naguele gue mais obstaculos criaria ao poder real. A colonizacao do Ocidente por estes povos do Norte toi a Vltima etapa da sua violenta investida, guando as imcursoes, a pilhagem e a extorsao deixaram de proporcionar espêlio suficiente para satisfazer seu apetite aumentado. Mas estas colênias tambêém nao tiveram,
em geral, grande duracao nem êxito. Vêrias das primeiras “colênias” jê tinham sucumbido antes de 911.
Uma delas, no Baixo Wesser, durou menos de 80 anos (826-52); uma na Frisia, ao redor de Walcheren, pouco mais de 40 (1841-85), e uma colênia em Nantes,
implantada em 919, foi eliminada em 987. Os primeliros tempos da histéria da Normandia foram, a principio, um periodo de rêpida expansao, seguido de uma grave crise gue guase pês fim 4 sua independência. Sê na Inglaterra o denso povoamento de Danelaw permitju aos dinamargueses produzir uma importante transformacao na histéria de todo o pais, mas mesmo ali isso nao se deveu 4 sua sobrevivência como unidade
politica independente. A Normandia sobreviveu 4 sua
crise para se tornar um dos mais importantes principa-
dos “feudais” dentro do reino dos francos.
61
A AUTO-AFIRMACAO DO NORTE
O abraco viking As atividades dos dinamargueses no século IX de modo algum tiveram como fonte de inspiracao seus proprios reis. Os piratas gue invadiram o Impêrio carolingio e a igualmente atraente Inglaterra fizeram-no
em bandos de aventureiros, provavelmente sob o comando de senhores locais € n&o como assoclacoes de
homens livres. O seu jincentivo era a pilhagem; sê tar-
diamente Prosseguiram as suas incursêes com a passa-
gem do Inverno nas terras gue pilhavam. Se tais expe-
riéncias
os fizeram
pensar
em
se fixar,
sê foram
'nduzidos a isso guando seus INimigos conseguiram Conter seu avanco em batalhas bem sucedidas. Os pontos fortes dos dinamargueses eram o seu vigor
rude e os maravilhosos navios. A sua fixacêo em gran-
de numero na Inglaterra prova, contudo, gue esses piratas podiam se tornar agricultores ou atrair agriculto-
res da sua terra natal, o gue leva a crer gue se faz ia sentir na Escandin4via um desejo de mais terras e gue talvez tenha sido uma pressao demografica o gue osle-
vou a partir. Da Noruega, pelo menos, parece certo gue os coloNOS avancaram pelo AHdêntico e chegaram as ilhas setentrionais da Grê-Bretanha no século vm. Um século mais tarde, o movimento colonizador atingira as Fêroe. Em meados do sêculo IX os povos noruegueses ocidentais tinham um dominio organizado em Orkney e, a partir dai, outros colonos foram se espalhan-
do em
direcao 4 Islêindia, ao norte
(860), e, ao sul,
através das Hêébridas até a ilha de Man e & Irlanda,
onde estabeleceram colênias em Dublin (8386) e Lime-
rick. Mas na Irlanda os noruegueses encontraram Outro rico territêrio onde sua ocupacê&o enfrentou resisténcia. A um breve periodo em gue tentaram a conguIsta seguiu-se outro em gue optaram pela ocupacao de cidades-chave na costa, de onde podiam controlar o coméêrcio exterior. Embora os noruegueses nao tivessem, por assim dizer, cidades ou oficios na sua terra natal, adaptaram-se as novas circunstências e foram os fundadores dos portos medievais da Irlanda. A partir deles fizeram incurses até mais longe. Como piratas, surgiram frente a Lisboa e Sevilha em 844 e fizeram outros assaltos a Espanha por volta de 860. A colonizacao norueguesa da Irlanda, na segunda
metade
do século IX, nao foi mera consegiëncia do
realismo politico dos préprios noruegueses. Devido a
uma alteracao da situacao na Escandinavia — apês o
comeco das incursoes dinamarguesas no mar do Nor-
tee no canal da Mancha —, o préprio mundo
escan-
dinavo deixara de ser, do ponto de vista econêmico, um mundo fechado sem cidades e sem comércio. As
incursées proporcionavam 4 Escandinavia muitos despojos, incluindo escravos, gue eram trocados em
mercados como Hedeby, em Schleswig, e Birka, a oeste de Estocolmo. Os suecos, povo unido ao redor do lago Malaren, jé estavam expandindo suas atividades além do B4ltico, em Kurkand, e alêm do golfo da FinlêAndia, até o lago Ladoga. Durante o sêculo IX estes
avancos para o interior estenderam-se ao longo dos cursos de Agua da Rissia para levar os varanglanos
(termo genérico para designar os escandinavos) até o
mar de Azov (839) e a prêpria cidade de Constantinopla (860). Estes mercadores-guerreiros foram, ao gue
parece, assumindo a lideranca politica nas gr andes ci-
dades por onde passavam e€, por este melo, uniram or uma rede comercial e politica as povoacoes entre ao as grandes cidades de Novgorod, ao norte, e Kiev, -
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um extremo da Europa ao outro eénguanto o continente estava cingido pelo abraco viking. As cidades maritimas do Norte e do Sul, ligadas pela presenca dos varangianos nos territêrios eslavos, tiveram acesso aos recursos do mundo islêimico gue as conguistas arabes do sêculo vir tinham durante tanto tempo negado ao Ocidente. A impressao deixada pelos “russos” em Constantinopla em 860 nao foi menos terrivel do gue a dos seus companheiros do Norte no mundo carolingio, mas o Impêrio do Oriente conseguiu lidar melhor com esses piratas, de guem estava territorialmente separado por outros povos. Se os piratas nio conseguiram tudo o gue gueriam, lograram pelo menos extorguir concessoes comerciais em 907, guando o principe Oleg de Kiev surgiu diante de Constantinopla com uma grande frota, e estabelecer em tratado relacêes comerciais
com o Impêrio do Oriente. Forneciam-Ihe peles' e mel das florestas setentrionais, mas o seu trafico prin-
cipal era o de homens; escravos vindos de algum ponto da grande rede vikinge valiosos marinheiros auxiljares para as campanhas imperjais. Em 941 o reinicio das hostilidades acabou por ser desvantajoso para Os russos, pois o Impêrio havia aperfeicoado bastante a sua forca militar. Em 968, o imperador Nicéforo naêo hesitou em pedir auxilio aos russos para se livrar dos balgaros, enguanto estava ocupado na Siria, mas, tendo o seu chefe Sviatoslav nessa mesma época destruido tambêém os cazares (gue os gregos haviam utilizado como contencao face os russos), aspirava a estender sua influëncia até os Balcas e cercar seus mais importantes inimigos, os pechenegues, no Baixo Dniepe. O imperador Tzimisces (Joëo I, 969-76) nio tinha nenhuma intencio de ter os russos como vizinhos préxi-
mos e os forcou a retornar e enfrentar os pechenegues
(971). Os russos, porém, eram indispensêveis como
auxiliares disciplinados, e Basilio IT, na sua hora de desespero em 988, pediu ajuda a eles; desde entao os regimentos imperiais avancados passaram a contar com soldados varangianos regularmente recrutados de entre os povos do Norte. O principe russo Vladimir de Kiev obteve como recompensa pela sua alianca a mao da prépria irma de Basilio, sob a condicao de aceitar o cristianismo para si e para o seu povo. Em pouco mais de um século o Impêrio trouxera os russos para a sua esfera cultural e obtido deles, nao sem incidentes, valiosos servicos, mas o Impêrio nunca foi tao
gravemente abalado guanto os povos do Ocidente.
A expansao dos vikings O empreendimento dos Povos ds Norte poderia parecer um tpicg
ideal para ser ilustrado por.
cartografos, mas na realidade sy necessrios mapas de YVAriostipos.
Seriam precisos muitos mapasem. grande escala para mostrar todo.”. os lugares visitados por eles em muitos mapas das regiëes de onde.
vieram e onde sefixaram. Na.
Inglaterra, o estudo intensivo dos topênimos revelou as diversas
colênias de norueguesese
dinamargueses em diversas partes
do pais. Assim, a generalizacio
acerca dos povos do Norte ou vikings deturpa alguns momentos
Importantes da histêria. Os gue
deixaram a Noruega para colonizar as ilhas Shetland oua
IslêiAndia nio iam, obviamente, em
busca de terras agricolas bem
cultivadas, como Rolao e os seus
partidarios, gue se fixaram com ele na Normandia depois de 911. As condicêes na Escandindvia,
gue incentivaram muitos
emigrantes, permitiram tambéma
muitos homens desenvolver uma vida sedentaria nas suas terras natais. Todas estas pessoas de origem escandinava nio tinham mais caracteristicas em comum do gue os piratas, colonos, homens
das indias Orientais e da nobrez
nascidos na Inglaterra do século Xvim. Ouando se representa 0 mundo viking deve-se recordar nêo sê as condicêes na regiëo,
mas tambêém as oportunidades no exterior.
A aventura dos vikings se deveu
muito 3 sua capacidade de
marinheiros. Essas técnicas foram aprendidas durante o periodo histêrico. Os argue6logos conseguem datar sua evolu(a9
por intermédio das formas dos. navios. A principio tiveram mol? gue aprender com oUutros poVo* aperfeicoaram barcosa remo
utilizar nos fiordes, acrescen velase aprenderam a navegar 6” mar aberto. Das suas viagens trouxeram cargas valiosas€
espêlios de novas terras proper, ' para a colonizacao, o comérdo os N
o sague. A manobra confianté
navios permitia-lhes vlajar
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bastante para o interior, subindo os principais rios da Europa. Isto deu a eles o controle de portos fluviais como Ruen, Nantes, Dublin, Limerick, Novgorode Kiev. Embora se diga gue também adotaram rapidamente o cavalo, sê pode ter sido como melio rêpido antes de se fixarem em determinada regiao. No entanto, demonstra seu oportunismo e carater aventureiro. Eles ousavam tudo. Tendo deixado a sua terra natal,
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nada tinham a perder a nao ser a vida. Estes mapas mostram as principais zonas em gue exerceram as suas atividades. O destague dado ao norte aponta para colênias situadas em zonas inéspitas, mais préprias para a criacao de carmeiros do gue para a agricultura ou o sague. Na Islindia, os vikings desenvolveram
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uma literatura abundante gue,
embora sê tenha sido escrita no final do século XI, nos Pproporciona a melhor
compreensao possivel destes Povos. Apresenta-os como temerdrios, apaixonados e
Violentos, dados a guerelas e lutas.
Assim, os simples criadores de Cameiros nao estavam necEssariamente tao afastados em éspirito dos bandos de salteadores
descritos por cronistas monasticos
aterrorizados.
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A AUTO-AFIRMACAO DO NORTE
A resisténcia do Império impediu os chefes russos de causar desordens sem oposicao e sem duivida os ajudou a se concentrar na organizacao da grande regiao gue a sua aventura conseguira. E certo gue guando os suecos entraram pela rede fluvial do Norte e a ligaram ao Baluco ja deviam existir ligacées comerciais por rio com Oo Sul, sobretudo
ao longo do Volga, através do
territêrio dos cazares e além do mar Céspio ligando a Bagda, mas também ao longo do Dniepr até ao mar
Negro. A facilidade de movimentacao dos povos balti-
COS na agua permitiu-lhes explorar muito rapidamente o sistema existente. Os muculmanos aproveitavam as florestas setentrionais para se abastecer de escravos, peles, cera e mel; tinham sido criados entrepostos mercants tanto entre as populacêes eslavas das florestas guanto entre os cazares. Por volta do ano 700, estes
oltuimos estabeleceram um Estado no Baixo Volga gue se converteu ao judaismo um sêculo mais tarde. Mas os eslavos ao longo do Dniepr estavam provavelmente muito mal organizados do ponto de vista politico guando os povos do Norte chegaram. Havia pouca agricultura e as cidades daguela regiëo eram basicamente postos de comêrcio fortificados. Ouando os povos do Norte chegaram devem ter assumido muito rapidamente a lideranca, guer a pedido dagueles gue precisavam dos seus servicos guer se impondo. Os che-
fes do assalto de Kiev a Constantinopla (860) jê pertenclam agueles povos. No periodo de alguns anos, a lideranca da cidade passou para as maos de Oleg de
Novgorod, gue uniu todas as cidades do sistema fluvial Volkhov-Lovat-Dniepre. Deste modo, os povos do Norte estabeleceram a sua comunidade politica mais duradoura fora da Escandin4via. Os descendentes de Oleg, os Rurikovitch, governaram a Rissia durante sêCulos. Em meados do sêculo X os seus nomes j4 eram eslavos, pois foram sendo integrados na populac&o local, mais numerosa.Jê tinham atacado e destruido os
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foi apenas com a importacao da cultura grega gue co-
mecaram a surgir relatos confiaveis das suas ativida-
des. Nessa época,
como
era inevitavel, os seus feitos
mais audaciosos j4 tinham chegado ao fim. Como povos sedentarios e organizados, com o seu préprio bispo metropolitano em Kiev (a partir de 1087), a principal cidade dos russos, eles tiveram de enfrentar por sua vez as constantes ameacas dos pechenegues, gue atacavam as ligacbes russas com Constantinopla. Apenas em 1091 eles foram esmagados pelo imperador do Oriente. Mas depois de 1055 as cidades da regiao de Kiev sofreram simultaneamente com os inimigos ex-
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ternos e as rivalidades internas, gue foram um obstê-
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culo 4 sua prosperidade, em uma época em gue os europeus ocidentais estavam novamente descobrindo o caminho do Mediterraneo. O préprio mundo baltico se formou sob os efeitos
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da monarguia cristê, do esgotamento da aventura dos
vikings, do final das incursoes gue haviam levado ESsCravos para OS mercados do Oriente através das aguas russas. A era da superioridade incontestavel do Norte
terminara. A histêria mudara de direcao. Os bêrbaros
da Europa tinham sido convertidos ao cristianismo ou dispersados e a Europa crista podia agora embar-
car em outras aventuras. Os prêéprios russos nao sé livraram das consegtiëncias da Gltima migracao de po-
vos
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mongêis,
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maticas durante seis sêculos, tinham finalmente che-
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sêculo IX, proveniente de Alskog,
beber em um chifre, Mais abaixo estd representado um navio com
Tjangvide, Gotlandia, pretende talvez representar o Valhala. Um
guerreiros.
cavalo de oito patas de Odin, ë acolhido no outro mundo por uma mulher gue lhe oferece de
por volta do ano 800 e uulizado
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para sepultar dois corpos do sexo feminino, (oi descoberto junto ao
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apenas objetos funerarlos ii
prosaicos; a proa ea pop? te
painéis sofisticadamente
esculpidos.
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SEGUNDA PARTE
O DESBRAVAR E NOVAS TERRAS
NOVAS FORCAS MODELADORAS O ressurgimento do Impêrio do Oriente O periodo gue se seguiu ao colapso do Impêrio carolingio no Ocidente — a partir de meados do século IX — tem com iregiéncia impressionado os observadores como sendo um periodo particularmente deprimente por ter tao abrupta e rapidamente traido as es-
perancas geradas pelos membros ilustres da familia carolingia. Mas a Europa nêo foi, de fato, conseguida
por nenhum regime imperial, e sim pela capacidade
gue as autoridades locais mostraram de consolidar as
suas proprias economias e sociedades ao ponto de poderem se defender contra predadores periédicos. Desse ponto de vista, esse periodo deve ser considerado um periodo de realizacêes muito positivas. No inico do sêculo X1 a Europa jê se transformara numa comunidade de povos reconhecivelmente estêvel, nêo sujeita as perturbacées provocadas por ondas de invasores ou disputas internas. Os prêéprios povos do Norte foram absorvidos pela cristandade por intermédio da sua conversao; os magiares da periferia foram expulsos mais violentamente e decidiram abandonar o seu modo de vida nêmade para se dedicar 4 agricultura nas terras desertas da Hungria. Até os sarracenos do Ocidente se retiraram: o seu ninho de piratas na Pro-
venca foi suprimido, e na Ibêria e na Sicilia o dominio
islamico tinha os dias contados. As potências cristas nao foram diretamente responsaveis por esta situac4o, mas preparavam-se para tirar partido dela no momento certo. Os europeus jê nio
estavam 4 mercé de conguistadores estrangeiros, pois
tinham encontrado meios de defender os seus prêprios territêrios no Ocidente sem imperador, embora Carlos Magno tivesse pelo menos mostrado o caminho e, segundo a lenda, proporcionado inspiracao para o futuro. No entanto, no Oriente o Império ainda desempenhava o papel de defensor e nesse momento entrou na sua fase mais gloriosa. Fora salvo dos atagues mais persistentes dos muculmanos pelo imperador Leao 1 (717-41) e pelo seu sucessor Constantino V (741-75), gue se voltara também contra os bilgaros, obrigando-
os a pedir a paz (774). Mas a sua dinastia, a dos isêuricos, foi igualmente responsêvel pela controvêrsia iconoclêstica sobre a veneracao de imagens na lIgreja (7926), gue provocou a hostilidade popular e monasti-
ca no Império, criando também dificuldades com o papado, de tal modo gue durante este periodo os francos “usurparam” o poder imperial na Italia. @uando, em 849, o culto das imagens foi finalmente restabele-
cido, o Impêrio do Ocidente ja adguirira respeitabilidade, embora nao tivesse cumprido a sua promessa inicial. Com o imperador Basilio I (86 7-86), o Impêrio do Oriente caiu nas maos da bem sucedida dinastia macedênica, gue iria governar durante guase dois sê-
culos (867-1058). O maior xito ocidental desta dinas-
tia, finalmente atingido por Basilio II (imperador entre 976 e 1025), foi o dominio sobre os balgaros, gue,
jê no sêculo vr, Hnham dado mostras de ambicio nos
Balcas. Por volta de 811 tHinham avancado a partir do
seu territério ME de origem, . na bacia do ie Danubio, e enas .
trado pela Trêcia imperial até 4 propria cidade de
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Constantinopla, onde mataram o imperador Nicéforo I em batalha. Durante o sêculo IX, o séu ImpeErIo EXpandiu-se até & Macedêénia, onde conseguiram muitos novos stiditos eslavos. Gradualmente, os bilgaros deixaram de utilizar sua prêpria lingua e adotaram a lingua eslava. Nessa época a Igreja grega, sob o patriarca Fécio (858-67, 877-86), aceitou ser seu dever enviar missêes para a conversio dos pagaos dos Balcas, além das fronteiras do Impêrio, e 8 medida gue o cristianismo se foi propagando entre os eslavos os balgaros comecaram a recear a perda do seu dominio sobre eles
se nao se tornassem eles prêprios cristaos. Os bulgaros reconsideraram as suas esperancas de importar o €ristianismo do Ocidente depois de o imperador grego ter dado uma impressionante demonstracao da forca
naval do Impêrio. E, assim, os balgaros foram conver-
tidos (em 864) pela Igreja oriental, mas a isto nao se
seguiu uma humilde submisso a autoridade do imperador e do patriarca. O governante dos balgaros, Béris, obteve (em 870) de uma Constantinopla preocupada com as suas negociacées em Roma a provincia eclesiëstica semi-autênoma gue ele pretendia para o seu povo, e apesar da crescente influência da cultura grega nos seus territorios os balgaros permaneceram capazes de defender os préprios interesses. O filho mais novo
de Bêris, Simeëo
(governante
893-997),
achou gue tinha raz6es para atacar o territêrio do império em 894. Os gregos pediram ajuda aos magiares, o gue levou Simeao a pedir ausilio aos pechenegues, gue empurraram os magiares para oeste até a planicie do Danubio, separando assim os eslavos do Sul dagueles da Moravia. Simeao entao derrotou os gregos e assinou a paz em troca de um tributo anual (896). Mais tarde, tirando partido da crise gue grassava em Cons-
tantinopla na época em gue sê havia um imperadorcrianca, Simeao tentou apoderar-se do Impêrio (918) e conseguiu pelo menos obter do patriarca a sua prêpria coroacêo, como “Basileus” (rei) da Bulg4ria, ea promessa de se tornar sogro do imperador-crianca. Mas o seu intento de se tornar o poder dominante em Constantinopla foi frustrado e suas conguistas territoriais nos Balcas e o estabelecimento de um patriarcado independente também no enfragueceram a decisao bizantina de se opor as suas pretensêes. ApOs sua
morte, os sucessores nao conseguiram manter o Estado bulgaro unido; o descontentamento aumentou até
no selo da Igreja, provocando o aparecimento da heresia Bogomil. Entretanto, os gregos recuperarama coragem, sobretudo no Oriente. O imperador Nicéforo pediu ajuda aos russos para resolver o problema dos balgaros, gue estavam provocando distirbios (268), mas na época do sucessor de Nicéforo, Joëo Tzimisces, provou-se gue os russos eram um desafio ainda maior gue os bilgaros. Durante o processo de €xpulsao procederam 4 anexacio da Bulgéria e abolj-
ram o seu patriarcado (971). A morte de Joëo, em 976,
produziu, como serja de esperar, uma reacëo, e na Macedonia um novo impêrio “bilgaro” comecou a tomar forma sob o czar Samuel, gue restaurou 0 patriarcado
e estabeleceu a sua capitalEe politica e eclesiëstica em . RE ë d
Ochrida. A principio, Bastlio II nio conseguiu derro-
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alêm. A aceitacao do eristianisg ortodoxo mostrou ser um meig
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Estes territêrios acabaram sendg
divididos em “temas” ou zonasde recrutamento militar. Coma. condguista definitiva dos bl
Basilio II estabeleceu umavez mais a fronteiraimperialno
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consegiëncia, guando, em 107] os turcos seljcidas chegarama.
Asia Menor, o exêrcito bizanting!. foi esmagadoramente derrotado!.
em Manzikert. O Impêrio'nuncl mais se recuperou totalmen ie.
deste golpe.
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Direita, centro:o grande
imperador macedênio Basilio lé. adui representado vestundo'
armadura, com bilgaros caidos em primeiro plano.Éuma
impressao majestosa deste
governante idoso gue domina todas as outrasfiguras,é
abencoado por Cristo erecebea!
insignia do cargo das maosdos!
anjos. Proveniente do Livmae salmos grego, escrito para0'
imperador (1017-25).
Abaixo, direita: este manuscriio profusamente ilustrado, esel? d em um mosteiro da Asia M DA. em 1066, apresentaalguns || incidentes da guestio iconods gue perturbara a sociedadé!
bizantina três séculos ante$. 9
monges e os leigos em gels
tinham se mostrado hostisaa
atague 3s imagens religi se s. foram cruelmente perseguid” || pelos imperadores, po! Té ders
n30 totalmente claras. Alegoi. sem nenhuma razio plaust influência mugulmana ODE,
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ao territério imperial, chegando a estender-se desde o
Adriatico até ao mar Negro. Basilio II teve de lutar com dificuldades tanto em Constantinopla guanto na frente oeste, mas mesmo
depois de 1001, momento
em gue travou lutas regulares nos Balcas, levou muitos anos para derrubar Samuel (1014) e o seu império
(1018), apesar dos impressionantes recursos do Esta-
do grego. O resultado pretendido, embora inevitavel, demorou a ser conseguido, mas o Gnico Éstado balcanico gue se atrevera a se virar contra Gonstantinopla fora finalmente submetido. A importancia da organizacao religiosa no Impêrio Bulgaro confirma a forca da nova influëncia da Igreja crista nos Balcas, pouco
depois
do lancamento
das
misses da segunda metade do sêculo Xx. A Igreja grega, gue devido as conguistas arabes se vira reduzida a um territrio relativamente pegueno dentro do Império, comecou nessa época a atrair membros de alêm
das fronteiras, tal como a Igreja de Roma vinha fazendo desde o século vm. Foi provavelmente para evitar o
seu envolvimento na rede romano-carolingia gue Ratislav, principe da Morêvia, pediu a Constantinopla o envio de missionêrios cristaos em 860. A partida dos ir-
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rios levou 4 invencAao da escrita cirilica para as lin guas eslavas e 4 traducao da Biblia para o eslavo macedênico. Isto deu inicio a um movimento missionario gue converteu os eslavos, embora a prêépria Moravia acabasse por aceitar a orientacio de Roma. Os missionarios gregos expulsos da Morêvia regressaram aos BalCas para o seu apostolado entre os eslavos do Sul, na
Sérvia e na Macedênia. O poder do Impêrio nao sê os protegia como mostrava ser suficientemente forte para restabelecer o seu dominio sobre a Dalmacia, en-
trar em zonas “romanas” como a Croëcia e retomar as campanhas na Itélia. O Impêrlo recuperara a sua vitalidade simultaneamente com a sua ortodoxda. 67
NOVAS FORCAS MODELADORAS
As cidades dalmatas e os principes sêrvios do interior contribuiram para as necessidades militares do Impêério, e o “tema” da Dalmaêcia foi instituido para completar a organizacao dos recursos militares do Império. Os temas eram vastas zonas militares, inicialmente criadas sob o imperador romano Her&clio para substituir a provincia de Diocleciano, ocupadas por
tropas sobre as guais um strategus (general) exercia um poder civil e militar supremo. Da Asia Menor este
sistema estendeu-se a outras regioes do Impêério, 4 me-
dida gue iam sendo enviados colonos, entre os guais se incluiam eslavos, para colonizé-las — cultivar a terra e cumprir deveres militares em troca das suas terras. Ao constituir reservas de homens e desenvolver a
€conomia da terra, o Impêrio recuperava a sua forca € Compensava as perdas infligidas pelos &rabes no sêculo vr e pela infiltracao eslava desde o século vIL No sêCulo vm, os temas dos Balcas tinham aumentado des-
de
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(contra
os bilgaros)
e de
Hellas,
até
incluir a Macedêénia e o Peloponeso: no século IX, o poder grego no Ocidente era demonstrado pela organizacao de temas para as 1lhas Jénicas, Tessalênica, Dyrrachium (Durres) e o Épiro, antes de atingir finalmente a Dalmacia. A recuperacao do poder no Ocidente estava sem divida em segundo lugar nos célculos imperiais em relacao ao problema do Islê, pois, apesar de, depois de 717, os muculmanos nao terem retomado o atague direto a Constantinopla, sê em 740 Leëo II, pela vitêria alcancada sobre eles em Acroinon, Pês fim a pilhagem
anual levada a cabo pelos muculmanos na Asia Menor. O seu sucessor, Constantino V (imperador 741-75), fez incursoes ao Norte da Sirja em 746 e conguistou as
fortalezas de Teodosiëpolis (Erzurum) e Melitene (Malatya), gue marcaram as novas fronteiras até 781,
guando o jovem Harun al-Rashid conduziu o exêrcito
de seu pai, o califa abêssida Al-Mahdi, até bem para o
interior da Asia Menor, sê aceitando a paz em troca de um tributo. @uando os gregos tentaram se recuperar desta humilhacêo, Harun, gue na época ja era califa, OS puniu com a reconguista de Heracleia e Tyana (806), ambas na Capadêécia, alêém das montanhas do
Tauro. Mas o califado abassida de Bagda preocupavase muito menos com a fronteira imperial do gue o an-
tigo califado omiada de Damasco e, em meados do sê-
culo IX, as campanhas tinham se tornado meras escaramucas anuais ao longo da fronteira gue serviam de treinamento para as tropas é proporcionavam alguns despojos compensadores. Apesar disso, os gregos utilizaram a sua frota para reconguistar Creta durante um breve perjiodo (em 8458) e para saguear Damieta (8538), embora nao pudessem evitar gue os muculmanos do Norte da Africa conguistassem a Sicilia. Mas na fronteira oriental os gregos atacaram a partir de Samosata (Samsat) e, em 856, chegaram até Amida (Diyarbakir), e a guerra, assim retomada, foi um sinal de gue os gregos estavam entao Pprontos para contraatacar seriamente. Basilio 1 nao conseguiu reconguistar Melitene, mas deu inicio a um atague as fronteiras gue, pouco a pouco, permitiu aos gregos expulsar os muculmanos e simultaneamente criar um Estado-tampao semi-autênomo na Armênia. | Enguanto o bilgaro Simeao regueria atencêo, o Impêrio pouco podia fazer contra os muculmanos, due tiraram partido da sua forca no mar para concluir a conguista da Sicilia (902) e fazer incursées no Egeu,
em Demetrias (902) e Tessalênica (904). Com a sub-
missêo de Simeao, o novo imperador romano, Lecapeno, fortaleceu a frota e retomou a guerra no Oriente
com a reconguista de Melitene (951-354). Isso provocCou um Contra-atague da parte dos governantes hamdanidas de Mosul, gue avancaram pelo Norte da Siria e lutaram contra os gregos a partir de Alepo. Mas com a campanha de 943 o Impêrio recuperou Martirépolis, Amida, Dara, Nisibis (Nusaybin) e Edessa (Urfa). Durante as campanhas subsegientes a fronteira foi se alterando constantemente e sê se conseguiu uma recondguista em larga escala sob Nicéforo Focas e Joao Tzimisces. Creta foi reconguistada em 961 e, no norte da Siria, Nicéforo avancou até Alepo (962). O seu #xito militar, gue empurrou a fronteira para além do Tauro, e a vitéria naval gue deu a ele a posse de Chipre (965) serviram de preparacêo para a espetacular conguista de Antioguia, apês um longo cerco, e para a submissao de Alepo, a capital hamdanida. A partir desta posicêo, Tzimisces avancou contra os fatimidas (gue haviam invadido a Siria) e tomou a Terra Santa até Cesaréla, ao sul, decidindo gue na época a con-
guista de Jerusalêm estava fora do seu alcance (975-
76). Ap6s a sua morte, os Fatimidas regressaram, mas
A antiga cidadela de Alepo foi
restaurada por Nureddin, ea
grande porta ea ponte de entrad, foram construidas por soberanos.
Aitbidas no inicio do sêculg XI. A entrada é amaisbela encontrada no Oriente. Fo.
restaurada muitas vezes,
sobretudo ap6soataguede
Ed
Tamerlao, em 1400.
A desintegracio islimica no sêculo XI O califado omiada foi
estabelecido depois de
controvêrsias politicas e teve
dificuldade em impor a sua autoridade na prépria cidade de
Basilio II assinou a paz em termos gue o deixaram de posse de Antioguia e Raphanea e de um protetorado em Alepo. Basilio II também colocou parte do reino da Armênia sob a sua protec&o e anexou o restante.
Meca. O seu sucessor, o califado abissida, teve, desde o inicio, de
distritos — sob o governo de dugues em Antioguia e
religiosas entre ossunitas ortodoxos e vêrias outras sels
Toda a nova zona fronteirica oriental foi dividida em
na MesopotAmia, sob o de catepans em Edessa, Vaspur-
kan, Ibêria e Teodosiëpolis, e sob o de strategus dos temas de Teluch, Melitene e Taron. O Impêrio do Oriente estava, portanto, no seu apogeu medieval guando Basilio 11 morreu em 1095, tendo conseguido uma recuperacao notêvel e inesperada como importante potência militar e naval contra atagues vindos de todos os lados.
Colapso politico nos territêrios islêAmicos Os éxitos bizantinos no Oriente mostram gue as forcas do Isla j&A nao eram invenciveis. O Islê ainda nêo havia atingido completamente os seus limites medievais, ex-
ceto no Ocidente, mas o estabelecimento do califado
abassida em 750 nao resolvera com êxito o problema de governar os extensos dominios da nova religiëo. Desde o principio os espanhêéis haviam rejeitado o califado em favor de um governante da dinastia omiada,
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levar em conta a secessdo do
Estado omiada na Espanha. Embora as divisêes politicas do Islê nao tivessem implicacoes religiosas, as divergências
xiitas, criavam outros problé Ed Foio estabelecimentodeum
califado independente no nors.
Cairuan (909) gue pela primers”. vez pês em causa a integridadé 60.
Islê. Ouando, em 969, este
califado foi transferido para9 Cairo, tornou-se um inimIgo temivel do Islê ortodoxo no set
|
interior, Contudo, nessa epos.
califa de Bagd& estavaa mercé d..
ss seus protetores xiitas, 0 Ewe A incapacidade dos ks califas ab4ssidas de preservar 2... unidade formal do Isl represn” Ee o colapso da peculiar idéla islimica de Estado religioso De fato, a religiëo tornarase Um se interesse independente. O pode
passou para as maos de cheles militares, apoiados em g€
seus préprios povos € tribos,
sobretudo os turcos.
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€e antes do final do sécul o Marrocos e o Magreb tam-
bém tinham seus propr 10S governante s mdependentes. A transf ' erência da capital islêAmica de Dama sco paraa BaB:g da, tundada em 769, nio torn ou, na pratica mais taal o dominio dos territérios islaAmicos mais ori€ntais, apesar do esplendor e da pr eponderancia Cultural dos governantes abassidas E poss ivel gue o despertar intelectual dos eruditos Islamico s, provocado pela assimilacao do saber n&o-&rabe no século IX sobretudo sob Al-Mamun
(califa, 813-838), tenha aju-
dado a diminuir a eficiëncia politica do ca lifado. Harun al-Rashid dividira, na Cpoca da sua mort e, o impéTIO €ntre dois dos seus filhos, e guando o mais NOVo, Al-Mamun, usurpou a POosicao do irmao mais ve lho como califa, o seu préprio principado de Khurasan foi atribuido ao general vitorioso Tahir (820). Tahir e os “CUS SUCESSOrEs eram nominalmente vassalos do califa, mas agiam com independência, tendo, de fato, dado MUEIO 0 processo de desintegracao islimica no Oriente. Em Bagd4, o sucessor de Al-Mamun, seu irmao Al-Matussim (888-49), criou uma guarda preto-
riana turca para protegé-lo do seu préprio exêrcito. Aos governantes tahiridas de Khurasan sucederam-se os safaridas (879), dinastia originêria do Sijistêo, gue se tornaram tambêm
senhores da Péêrsia e ameacaram
ousadamente a prépria Bagda, antes de sucumbirem eles proprios perante os usurpadores samênidas, dinastia gue descendia de um nobre persa. Como persas, promoveram a literatura nativa, bem como o saber
arabe; o jovem filésofo-cientista Avicena (980-1087) se
beneficiou do acesso a biblioteca criada pelos samênidas em Bucara. Essas dinastias mostraram gue as divisoes do Isla nao impediam necessariamente os muculmanos de gozar dos frutos da cultura abassida, mas o eclipse do califado privou-os do beneficio de gualguer outra forma legitima de governo. No inicio do sêculo X o Isla estava visivelmente em dividido guando se estabeleceram no-
vos califados. O primeiro foi o “califado”, fatimida, fundado em 909 pelo ima xiita Al-Mahdi em Cairuan, no Norte de Africa, guando suplantou a dinastia Agla-
bida. O seu dominio estendeu-se rapidamente por
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todo o Norte da Africa, e depois do Egito ter sido arrancado das maos da dinastia reinante em 969 a capital do Império fatimida foi transferida para a nova ci dade do Cairo. Durante dois séculos os heréticos fatimidas governaram o mais poderoso Estado muculmano. Dos seus antecessores Aglabidas tinham herdado uma poderosa armada, mas a base do seu poderio no Egito foi o Estado — independente havia um século — ali estabeleci-
e encontrakhshidis. foi afastada pelos fatimidas, gu s atividaram no Egito uma esplêndida base para a$ Sua pais do a ic dm on ec a vid da o nt me vi ol nv se de O des. cer um le be ta es s da mi ti fa aos iu it rm pe cio ini o e desd m vestva er ns co se e gu de , ao uc tr ns co de ma progra deste r do en pl es o €e a nc ia nf co a am tr ns mo de e gios gu novo regime.
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EXILOS 'n1c1ais ao patrocinio dos samanidas. Os Buwayhidas também eram xiitas e tinham se tornado senho-
res da Pêrsia antes de avancar sobre Bagda em 945. A
guarda turca do califa fugiu e Ahmad Ibn-Buwayh instalou-se COMO O SEU NOVO protetor cismatico, embora a capital de Ahmad continuasse a ser Xiraz. Na realidade, durante os anos gue durou o seu dominio, os protetores nomearam califas a seu bel-prazer. A sua propria heterodoxia religiosa e as disputas de familia diminuiram a sua base de apoio sobre os territêrios gué governavam, mas s6 foram derrubados pelos turcos seljiacidas. Pouco depois de os Buwayhidas terem ocupado Bagda, os seus substitutos chegavam aos limites do Islê e se estabeleciam na regiao de Bucara, onde se tornaram sunitas convictos. Os samênidas foram expulsos de Bu-
cara pelos cas Ilek do Turguestao, e os seljicidas, empolgados por este exemplo, procederam 4 tomada de
Bucara e ao avanco pelos territêrios dos samênidas e
dos Ghaznawidas. Em 1037 o chefe seljicida Tugril Beg ocupou Merv e Nishapur, no Khurasan. Durante os 20 anos seguintes os Buwayhidas estiveram eles pré-
prios expostos aos atagues seljicidas e, apos a gueda da Pêrsia, Tugril e os seus turcomanos apressaram-se a resgatar o califa dos seus impios senhores. Éstes ferventes muculmanos restauraram entao o poder politico do Islê, recuperaram a Siria e os lugares santos da Arabia das maos dos fatimidas xiitas e entraram pela
Asia Menor, onde os exêrcitos bizantinos, derrotados em Manzikert (1071), nao puderam evitar uma ocupac&0o muculmana. Assim, as gloriosas recondguistas do periodo macedênico foram perdidas pela restauracao do poderio militar islêamico.
Religiëes rivais na Peninsula Ibérica
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O segundo califado, estabelecido no principio do sêculo X, teve um impacto muito menos duradouro no
Isla do gue o dos fatimidas, embora seja mais conhe-
cido no Ocidente. Em 929, o governante omiada da ulo Espanha, Abd al-Rahman II] (912-61), tomou o tit
de califa depois de ter recuperado toda a sua autorl
cCondo rma afi sé a, an lm cu mu a nh pa Es a re sob dade
otra os governantes da Espanha crista € obtido o rec Com a os. roc Mar em e dad ori aut sua da to en im ec nh caz efi al nav afo des co Gni o ser ra ago ia pod ta, sua fro seu o r iza bol sim a par ida div sem foi aos fatimidas: A sua fa. cali de ulo tit o u mo to gue xo odo ort desafio o iod per e ess e ant dur -s€ nou tor a, ob rd capital, Cé mundo; a sua do sas lho avi mar s mai s ade cid das uma na Éurol riva ham tin nao er pod € a tur cul opulência, o seu com e e-s tev man c4o uta rep sua A pa Ocidental. gue sucessor
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feitos s seu nos a ob rd Cé de ifa cal ro mei emulou o pri e ica Afr da te Nor do das imi fat os militares contra 985, saEm a. anh Esp da os sti cri s ado contra os Est Comde ej igr a nov a u li mo de e ueou Barcelona 2, 100 em te, mor sua da ca épo na postela em 997. Mas jamais e ar br em sm de se a tou vol ica a Espanha islêam
ados isEst ros out os mo co Tal tornou a se recompoT.
lêAmicos do Oriente, gue tinham atingido o bem-estar
cultural e econémico sob chefes militares, nao conse-
guiu desenvolver uma estrutura politica coesa e a sua fabulosa reputacao baseava-se em menos de um sêculo de realizacoes.
No sêculo X, ainda intimidados pelos governantes
de Al-Andalus (como era chamado o territêrio islamico espanhol), os governantes cristaos da Espanha esta-
vam, no entanto, criando o futuro da peninsula nos seus respectivos Estados. Gom efeito, as glêrias dos califas de Cérdoba no seu apogeu obscurecem bastante o fato de gue mesmo os muculmanos da Espanha estavam, do ponto de vista politico, mais fregientemente
divididos do gue unidos, e de gue a pluralidade de organizacao politica em todo o pais reflete a grande diversidade geografica da Espanha. Os governantes visigéticos tinham dado uma idéia de unidade a partr da sua Capital em Toledo, mas o seu governo raramente fora inconteste em todo o pais. É a conguista muculmana posterior a 711 tambêm nao resultou no estabelecimento imediato de um governo efetivo para toda a Espanha. Tal como os visigodos haviam feito, os muculmanos estenderam o seu governo até ao Sul da Galia. Mas o governador espanhol era nominalmente um emir nomeado pelo Norte de Africa ou por Damasco. S6 a conguista de Cérdoba, em 750, pelo omiada Abd
al-Rahman T é gue estabeleceu uma dinastia na Espa-
nha, € nessa época um reino cristao, o das Astarias, ja
conseguira afirmar a sua independência. Atacado e sagueado, evitou o dominio muculmano, sendo a resisténcia organizada a partir da sua capital, Oviedo.
Alêm deste residuo cristêo é preciso também mencio-
nar a Marca da Espanha, estabelecida por Carlos Mag-
no, a partir da gual se desenvolveu posteriormente o
condado da Catalunha e um reino com a capital em Pamplona. Durante mais de dois sêculos estes peguenos Estados das montanhas setentrionais da Espanha tiveram de esperar a sua hora, mas nem mesmo no sêculo X os muculmanos conseguiram fazer alguma coi-
sa para desalojê-los.
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dos, mas no inicio do sêculo X o rei de Asturias trans-
feriu sua capital para sul, para Leon, e o condado de Castela, entêao estabelecido, logo declarou sua independência. Os novos territêrios foram colonizados por homens livres, atraidos pelas generosas condicoes
oferecidas pelos reis em busca de colonos. O reino de Leon nao foi organizado como um valente Estado de cruzados contra os muculmanos, mas vivla precariamente na periferia do grande califado e as préprias dissensêes internas proporcionavam aos muculmanos fregtientes oportunidades de ingerénclia nos seus assuntos. Da mesma forma, a nordeste os muculmanos
chefiados por Abd al-Rahman IM fizeram incursoes aos territêrios do rei cristao estabelecido em Pamplo-
na, mas tiveram apenas um efeito efémero no avanco determinado deste para fora dos Pirimeus. Ao ocupar Nêjera e uma grande parte de La Rioja e construir fortalezas, o novo reino preparava-se para sé transformar deixando
para tras a sua anterior dependência em relacao aos carolingios e aos governantes muculmanos de Tudela. mais
influente da Espanha do final do século X, evitaram a
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este reino a hostlidade daguele. Sob o governo de D. sancho, o Grande, o reino passou a incluir o condado
de Aragao, Sobrarbe e Ribagorza, e a sua influência estendeu-se até Barcelona e 4 Gasconha, antes de incor-
porar Castela (1029) e também Leon (1084). Ouando
D. Sancho morreu, em 1085, era o governante cristao
mals importante gue a Espanha vira desde 711. Como
era Inevitavel, ap6s a sua morte os filhos dividiram o
Impêrio em guatro reinos, rapidamente reduzidosa trés — Castela, Aragao e “Navarra” — e posteriormentea dois (1076), guando “Navarra” foi dividido entre os outros. Foi, no entanto, restabelecido em 1184,
guanto este nome foi utilizado pela primeira vez. Por essa poca, o califado espanhol tinha, ele mesmo, se desintegrado em vêrios Estados (taifas ou partidos) sucessores. As suas fraguezas proporcionaram aos reis cristaos, sobretudo aos de Castela e Aragêo, a oportunidade de intervir no Sul e de beber das fabulosas riguezas dos muculmanos vendendo a sua “ajuda” militar. A nova rigueza da Espanha crista naturalmente atraiu a atencao do restante da cristandade, nêo sê
pela sua ligacao com a Gasconha, mas até com a Borgonha, onde Cluny, o grande mosteiro fundado por GuiIherme da Aguitênia, o Piedoso (991), se transformara na casa-mae de um grande movimento de renovacio
A fortaleza natural de Loarre
(gue significa terreno rochoso)
encontrava-se, nos sêculos YE N,
na zona fronteirica entre os cristaos dos Pirineus e 0S soberanos muculmanos de
Huesca. Apês ter sido
definitivamente conguistada pelo
cristaos em 1070, o rei Sancho
Ramirez fez dela sua residenes
preferida e fundou alisua Cap
real. Contudo, com a ocupaC?
crista de Huesca esta fortale
deixou de ter gualguer
importência estratégica
religiosa. O desejo fervoroso de Co Onguistar territêrios a0S muculmanos, gue j se verifica va na Sicilia, tr Ouxe recrutas franceses para os exército s espanhois , gue procuravam eéxpandir o reino de Leon até Toledo (1085). Receando pela sua sobrevivên cia , OS gOvernan-
eu Re eg Serina, Badsloee Graaada gede
é Um Movimento militante muculmano, o dos almoravidas, estabelecera um Ad com Ma ae "arrasesh (1062). Derrotaram OS nao conseguiram reconguistar Toledo, e o seu chefe, Yusuf 1bn-Tashfin, voltou-se contra os seus aliados, os muculmanos espanhois, e cONSUtuIu, no Sul, o seu prêprio Estado muculmano agressivo, gue acabou por reunificar todos os Estados taafa sob o seu filho Ali (califa, 1106-1143). O apoio dado pelos muculmanos do Norte de Africa aos da Espanha rivalizava COM O proporcionado pelos franceses
aos cristaos. A Espanha transformou-se em um campo de batalha das duas religioes rivais.
A longa histéria anterior do relacionamento Cristêo com Oos muculmanos da Espanha e as flutuacêes da frente de batalha tiveram como conseguência a extracao do veneno gue os correligionêrios dos espanhêis tinham tentado injetar no conflito. A Espanha do sêculo Xu de fato deu a erudicao cristê a oportunidade de adguirir o superior saber muculmano, muito apreciado por homens como Raimundo, arcebispo de Toledo (1125-51), e Pedro, o Vener&vel, abade de Cluny,
gue patrocinaram traducêes de obras do arabe. Havia muitos espanhêis bilingies e os judeus também serviram de intermediërios. Do lado muculmano
da divi-
sao politica, o fermento intelectual produziu simultaneamente o grande filéêsofo muculmano Ibn-Rashd (conhecido por Averréis — 1126-98) e o filêsofo ju-
deu Maimênidas (1185-1204).
As realizacoes culturais deste periodo provavelmente ficaram muito a dever 4 incapacidade da lideranca
politica, tanto crista guanto muculmana,
de unir o
povo em uma acêo organizada em Ambito militar. O reino de Castela foi dividido, apês a morte de Afonso
VII (1157), entre Leon e Castela e ja fora obrigado a
tolerar o aparecimento do novo reino independente de Portugal. No noroeste, Navarra separou-se de Ara-
gao (11384), gue se uniu ao condado de Barcelona. Os catalaes, gue surgem pela primeira vez sob este nome por volta de 1100, tinham um governante cuja dinastia ja havia florescido durante dois sêculos nos
territêrios da Marca de Espanha de Carlos Magno, e, embora naguele momento Hvessem se unido aos aragoneses, seus interesses estendiam-se ainda ao longo das costas do Mediterrêineo, ao norte até a Provenca,
e ao sul, por volta de 1148, até Tortosa. A Catalunha
da modominio O o sob continuar podido tivesse talvez de gue Géua, vizinha $ua a cComo francesa, narguia
sê se separou em 875. Mas no sêculo X1 a efetiva auto-
desaparecera ridade francesa na Galia Meridional Galia vIr, havia muito, ea possibilidade de a propria
de fato, a ser dividida entre vêrios “reis”
nao era tao
exercido pelos poder do realidade a dada remota,
governantes provinciais.
se s io ng li ro ca s io 6r it rr te s no s do Novos Esta serla io rl pê im U $€ o € gu o ad ns pe a nh ti Carlos Magno ir bu ri at a do mo de , os lh fi ês tr us dividido entre os se ao mais , ha on rg Bo a m co s, ai on ri nt te se os territêrios de an gr e€ no pi Pe a a er vi Ba a e ia êl It velho, Carlos, a ao e ir Lo do l su ao e s pe Al s do € parte da Franca a oest nte dime al re i fo o ri pê Im o do an Ou is novo, Lu is. ye do entre os filhos de Luis, em 843, os resultados vidi
NOVAS FORCAS MODELADORAS foram bastante diferentes. A “Franca” ea “Alemanha”
toram estabelecidas, separadas por um “reino médio”, atribuido ao imperador Lotdrio, gue incluia todas as principais cidades imperiais. A fronteira oriental da Franca assim estabelecida continuaria a ser o
limite formal do reino ao longo de toda a Idade Média. Os soberanos carolingios da Franca nio esgueciam as ambicoes e a histéria da sua dinastia, mas numa emergéncia, em 888, os préprios carolingios foram afastados do trono por um antigo conde, Eudes, cuja reputacao militar se devia 4 defesa de Paris contra os dinamargueses (885-86) e gue foi proclamado
rei (888-98). Apés a sua morte, o carolingio Carlos, o Simples, obteve a coroa da Franca, mas perdeu-a sete anos antes da sua morte (em 929). Embora o seu ft-
Iho, Luis d'Outremer, acabasse por subir ao trono (986), a restaurada linhagem carolingia viveu sempre
com medo ser novamente afastada e, apesar da tenacidade dos seus membros, nao conseguiu restabelecer-se de forma permanente.
O poder do dugue capetiano dos francos, chefe mi-
litar no Norte, comparava-se favoravelmente ao dos reis. Ouando o jovem rei Luis V morreu, em 987, os notêveis do reino preferiram proclamar rei o dugue Capeto a procurar um soberano carolingio “estrangelro” (da Alemanha). A dinastia capetiana governou o reino da Franca até ao final da monarguia, em 1799. Hugo Capeto era o mais poderoso de todos os princlpes franceses; possuia vastas terras, desfrutava do apoio da Igreja, tinha contatos familiares e um sêguito gue dificilmente poderia ser igualado. Tinha o apoio de grandes homens da Igreja, como o arcebispo de Reims, gue o coroou, e o governante da Normandia, seu vassalo. O ducado da Borgonha foi dado ao seu irmao mais novo, Henrigue, e mantido na familia, mas
outros territéêrios do antigo reino da Borgonha nao aceitaram o dominio dos Gapetos. O poder de gue a monarguia capetiana gozou durante os dois séculos seguintes dependia dos dominios da familia e da manutencao da lealdade dos principais
condes do Norte da Franca. Entre estes, o mais consi-
derêvel era o governante dos normandos, gue, a partir da época de Ricardo II (996-1025), se mtitulou dugue. A Normandia, gue fora inicialmente um modesto condado com a capital em Ruen, atribuido a Rolando em 911, expandira-se em 985 até incluir Bayeux e os territ6rios gue iam até ao Mont-Saint-Michel. Antes do ft nal do sêculo X, nem todos os normandos tinham aceitado o cristianismo ou uma jurisdicao eclesiastica imposta, mas a partir da época de Ricardo 1 o dugue passou a gozar de um invejavel poder de estilo carolingio sobre os homens de armas e as igrejas do seu ducado. A vitalidade do ducado é ainda confirmada pelo testemunho de peregrinos e exilados gue se dirigiam 3 ItAlia. Ali ganharam fama e glêria: eram franceses de
lingua, mas normandos de carater. A Normandia esta-
va também profundamente interessada nos assuntos da Inglaterra, mas muito antes de o neto de Ricardo II, Guilherme, o Bastardo, se tornar rei da Inglaterra j& o seu suserano francés desempenhava um papel apenas nominal nos seus negocios. Compar&vel 4 Normandia era o principado de Flandres, onde,
em contraste,
o dominio
dos povos do
Norte encontrara uina oposicAo bem sucedida, devido aos esforcos dos condes carolingios. Estes tinham ampliado a sua jurisdicao desde o antigo Pagus (distrito) de Bruges e do estuêrio do Yser até incluir o Courtraisis, o Boulonnais, o Tournaisis € os condados de Gand
e Waas. Arnoul (conde, 918-965), aproveitando-se das 78
NOVAS FORGCAS MODELADORAS
desavencas politicas dos Gltimos reis carolingios € dos dugues capetianos, constituiu o principado de Flandres, compreendendo simultaneamente povos de lingua francesa e flamenga. As condicoes de vida no século X eram suficientemente precarias para justificar o exercicio de um verdadeiro poder por parte dos condes, pois estes podiam resolver cfetivamente os problemas locais de gue os reis distantes nao podiam tratar. A incerteza guanto a sucessao
pria realeza, gue personificava a unidade do reino, mudaram necessariamente. Os condes nio ignoravam o
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problemas com a Lorena e com os reis germanos impediram o exercicjo da vigilancia real. As funcêes da pré-
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de um século (888-987), as incursêes dos magiares € os
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el
real, gue provocou seis mudancas de dinastia no espaco
re1 nem aspiravam, depois de 987, a usurpar o seu lugar, mas consolidaram de fato os poderes locais, baseados na sua capacidade de constituir uma forca militar local, de atrair o servico militar e recompensé-lo, de construir castelos e angariar fundos por meio da cunhagem de moeda, da cobranca de impostos ou da venda de prote-
Cao as igrejas. Consideravam a lealdade dos seus vassa-
los fundamental para a detencêo do poder politico nos
seus territorios, mas nao procuravam obter nenhuma aprovacao religiosa, alêm da moral, 4 sua autoridade. Muitos deles eram piedosos benfeitores de mosteiros: mas poucos dispunham de um poder real suficiente
para fazer nomeacées episcopais, como sê o dugue da
Normandia fazia, e nas outras regioes também nao ha-
via uma verdadeira sobreposicao entre a sua autêntica Jurisdicao e as provincias eclesiësticas. O clero nao aprovava a nova ordem, gue o tornava vulnerdvel a opressores locais. Os seus membros tiveram de aceitar as condicoes possiveis e, ao manter viva a memdêria de Carlos Magno, fizeram o melhor gue puderam para preservar a crenca no ideal da realeza.
A Franca capetiana pouco significado tinha além do rio Loire ou de certas regi6es da Borgonha, onde o colapso do governo carolingio permitira a recuperacao
das velhas tradicoes romanas. Esses eram os territorios onde a lei era escrita e nao consuetudindria, onde as
idéias de homenagem, tao caras as regioes setentrionais, pareciam ter laivos de servilismo. O dugue gue Carlos, o Calvo, instalara na Aguitania — como o fizera em outros locais — para supervisionar os condes
nao ambicionava seguer, como na “Franca” ou na Bor-
gonha, estabelecer uma autoridade “feudal'. Os seus exércitos nêAo eram compostos de vassalos, mas de homens fiéis, cujos servicos eram pagos. A partir do Sul,
os bascos estenderam a sua influência até o Garonne,
o gue anulou as pretensêes dos condes de Poiters.
Embora depois de 984 estes Glumos tivessem se intitulado duaues da Aguitania, nio conseguiram governar
além do Garonne antes de os ducados da “Gasconha” e da Aguitênia se unirem em 10592. O condado de Toulouse, estabelecido pela primeira vez em 817, tornou-
se independente, ampliou o séu territério com aa posse de Albigeois e (uercy, o due reduziu a GOtia a regiao
de Rodez e Narbonne. A Adguitênia sofrera muito com
a Conguista carolingia de 760-68; apos o colapso do Impêério, restaurou com satisfacao as suas velhas tradicêes e restabeleceu as ligacoes além-Pirineus. No sêculo xi gozou de um not4vel periodo de renascimento
Os cultural, tanto na poesia guanto na arguitetura. nota seus lideres desempenharam um papel digno de
tanto na promoc&o do monaguismo de Gluny guanto
nas cruzadas 4 Terra Santa.
o imAo contrêrio da Aguitênia, o reino criado para perador Lotêrio em 848 nêo tinha coerência geografl-
ca, politica ou cultural, e ao cabo de apenas 12 anos
O monge espanhol San M
filhos. O mais velho, Luis IL ficou com o reino da Ita-
974, era o santo mais venerado Espanha depois de So Tiago.A
governou; o mais novo, Garlos, gue morreu em 868,
destinado a guardar as suas religuias guando, em 1067, estas foram trasladadas. Agui podemo
foi dividido em trés partes, uma para cada um dos seus
lia e com o titulo imperial; o segundo, Lotario II, ficou com os territérios ao norte, gue tomaram dele o seu nome, Lorena, no breve periodo de 14 anos em gue
recebeu a parte sul do velho reino da Borgonha. Na época da morte de Carlos, e também em 869, guando
Lotario II morreu, os respectivos territêrios foram
di-
vididos entre os seus gananciosos parentes. E extraordinario gue, apesar destas alteracbes e do breve reinado de Lotario, a Lorena tenha sobrevivido como entidade, transformando-se em ducado
(888) e até
la Cogolla (Logroao),
sua vida, contada por Braulcods saragossa (685-640), foi uulzak para ilustrar o relic&rio de marfim
ver a realizacao da sua profecia,
segundo a gual os cintabros seriam destruidos pelo rei visigodo Leovigildo. O artifice,
mestre Redolfus, influenciadopar tradic6es germanicas, apresentag rei vestindo armadura militar gue
faz lembrar as tapecarias de
Bayeux.
em reino para Zwentibold (895-900), $lho de Arnulfo da Baviera. Em 911 regressou 4 posse dos carolingios ao aceitar Garlos III da Franca, guando Conrado da
FrancOnia se tornou rei da Alemanha, mas em 9925 o
rei saxao Henrigue recuperou a posse daguele ducado. sob Oto I, foi governada pelo seu irmêo, Bruno,
arcebispo de Colênia, gue o dividiu em dois: Alta Lo-
rena, no Mosel, e Baixa Lorena, de Luxemburgo
para
o norte (959). A suspensao da autoridade ducal permitiu o estabelecimento de vêrios principados eclesiasticos e laicos distintos e Lorena passou a ser o nome de um pegueno ducado na fronteira do maior condado da Borgonha. O carater multiforme dos nomes dos territérios do Reino Mêédio é talvez ainda mais bem evidenciado pelo caso da Borgonha, gue, em 924, j4 se tornara um reino
gue se estendia de Basiléia, a nordeste, até Arles, a su-
doeste. Mêdio, grande Carlos
Este reino fora feito de fragmentos do Reino separados pela primeira vez em 855. Era, em parte, formado pelos territêrios atribuidos a (dugue, 855-658), gue tinham sido mais ou me-
nos reconstituidos por Boso, conde de Viena (880-87).
O seu filho, Luis, neto do imperador Luis IT, foi atraido
de la para a Italia, onde foi coroado, mas de onde, cego,
fo1 expulso em 905. Este reino da Provenca foi obtido pelo rei Rudolfo II da Borgonha (919-837) como preco pela rentncia as suas pretensêes a It4lia. O reino borgonhêés inicial, com base em Saint-Maurice d'Agaune, no R6dano e no caminho entre Langres e a Italia através do grande desfiladeiro de So Bernardo, foi criado ed
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OsEstadosfeudais dos primeiros
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tempos da Franca capetiana Os mapas de territorios sao, necessariamente, incapazes de
| representar os lacos pessoais de
lealdade entre suseranos e
vassalos. Mesmo um mapa como este, gue apresenta o mosaico de
| senhorios, a continuidade de
| herancasea permanência de locais como as sedes episcopais € | Os mosteiros, sê consegue indicar acomplexidade da situacao. Mostra senhorios como Blois e | Champagne, capazes de metamorfose histêrica, € localizacoes de castelos gue podiam ter uma importancia estratégica a longo prazo. Os limites do mapa sao determinados pela extensêo do dominio dos reis
capetianos na Franca durante dois
séculos a partir de 987. Nesse periodo, os territérios carolingios do leste faziam parte do reino germanico. A oeste, os territorios
gue foram subsegaentemente incorporados ao dominio dos
Plantagenetas jê fugiam ao
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controle dos Capetos. As raras Cartasrégias concedidas a locais
ao sul nao conseguem esconder o
fatode gue nesse periodo as regioesmaisromanizadas da Galia | €Stavam mais uma vez vivendo da ` sua heranca, incluindo os vestigios de lei escrita, dispensando as
EXperiëncias feudais do norte. A Franca feudal compreendia os
senhorios gue tinham de levar em
Contaa @xistência, se nao a
autoridade, dos reis. Os territérios
| TERIS Inicialmente nao eram tao
| YASt0S Ou subservientes aos seus | Senhores guanto alguns Estados
especialmente a feu Normandia. Mas nesses territêrios
' a1déia da Franca manteve seu | A$CID10 e inspirou uma nova
'salura em vernaculo. Estes | SEnRmentos Uveram uma grande ts “APortincia para os soberanos da || ie
Pesha Capetiana guando
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dade politica no reino.
75
ameaca tao grande ao Estado papal gue Oto foi convi-
dado a regressar 4 It4lia. Ouando este chegou a Roma foi coroado imperador (fevereiro de 962). Nessa €po-
ca Oto ja demonstrara ser o grande vencedor dos ma-
giares (955). Mas Joao XU ainda pretendia um aliado, e n&o um suserano, e descobriu tarde demais gue Oto
nao se contentava em ajudar o papado, pretendendo tornar-se senhor de toda a Jt4lia, onde passou seis
Ee anos para demonstrar (966-729). Os papas, gue tHinham sido os primeiros a levar os car rolingios para Ttalia, haviam procurado protecao no dea peninsul da locais des autorida as contra Norte pois de terem perdido o apoio imperial de Constanti 76
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ed
foro Focas foi chamado de novo para atender as necessidades prementes das fronteiras da Bulgêria e
da Cilicia. No final do sêculo IX, a posicêo dos gregos
ese
na Jtalia foi reforcada, o gue nêo impediu, no entanto,
MR a Val
Oto naguela regiao da Itélia nao parecia, a principio, menos precêrio ou mais bem-vindo gue o dos seus efémeros predecessores. O soberano de Roma, o patricio Alberico, recusou-se a receber ali Oto, mas aps a sua morte (957) o filho, o papa Joao XI1I (papa, 954-64), considerou Berengêrio de Ivrea e seus seguidores uma
gregos tinham conseguido a posse de Bari (976) com a morte de Luis IT e tomado também sob sua protecao o principe de Benevento (873). Mas os assuntos da Itêlia Meridional j&A nao podiam ser geridos por um poder imperial. Em pouco tempo, o general grego Nicé-
os muculmanos de conguistar Taormina, o Gltimo pos-
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verno real até a totalidade da peninsula e o poder de
bre toda a Italia. Antes da perda de Siracusa (878), os
to avancado da Sicilia, em 909. Esta ilha viveu, mesmo sob o dominio muculmano, uma histêria muito diver-
sificada, em parte devido & ascensêo, no Norte da Africa, do califado fatimida cismatico, ao gual a Sicilia pertencia. Depois de a capital fatimida ser transferida para Gairo, a Sicilia tornou-se autênoma e isolada, o gue, apês um breve periodo de glêria, encorajou as disputas no interior da ilha, abrindo caminho 4 intervencao dos gregos e, mais tarde, dos normandos. Contudo, até meados do sêculo X o poderio naval dos fatimidas privara completamente as cidades costeiras italianas de seguranca. Os muculmanos haviam tirado
partido das disputas politicas para intervir em Napoles (837), tendo mesmo chegado a aparecer em dguas venezianas nos primeiros anos da autonomia dessa cidade. Em
846 saguearam Roma, fora das muralhas, e
Joao VIII pagou-Ihes tributo 80 anos mais tarde. Ja em
EN Vd RE
Este apareceu na Italia em resposta a um apelo gue Ihe fora dirigido por Adelaide, viuva do rei Lotêrio (946-50) e filha de Rudolfo II; guando Oto se casou com ela, passou a ter também pretens6es tao legitimas guanto as dos reis da Provenca e da Borgonha. Também levava consigo para ItAlia a vantagem de estar em situacao de impedir as invasoes vindas dos ducados germênicos da Su4bia e da Baviera, governados respectivamente pelo filho e pelo irmao. O dominio do Norte da Italia ainda nao levara o go-
Gaos no Sul da Peninsula Italica A conguista da Sicilia pelos sarracenos, concretizada durante o século IX a partir do Norte da Africa, deixou oimperador de Constantinopla de posse da Calabria e do salto da bota italiana, de onde os imperadores macedOnicos esperavam restabelecer o seu dominio so-
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(888), Arnulfo (896) e Luis da Provenca (900); outros incluiram Rudolfo da Borgonha, Hugo da Provenca, Berengario de Ivrea (950), todos anteriores a Oto.
da sociedade italiana para as geracoes futuras.
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teve outro reia nao ser o rei ou imperador germanico. Os pretendentes a coroa vinham geralmente do Norte: entre os carolingios contaram-se Berengario |
“castelos” (incastellamento) moldou o desenvolvimento
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e até ao século XIX, a Itdlia nao
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875, Posteriormente,
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dos esforcos germanicos para inverter o processo de divisao dos territérios carolingios separados em 843. A penultima etapa fora a da adocao do titulo de rei da Ttalia por Oto 1. Isto resolveu de uma vez por todas as disputas sobre a realeza, gue ali tinham ocorrido periodicamente desde a morte do imperador Luis IT, em
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acabou por anexar este reino ao seu (1087). A anexacao do reino da Borgonha foia altima etapa
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cunhado, e mais tarde para Rudolfo JI (rei, 998-1082). O marido de sua sobrinha, o rei germano Conrado II,
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territorios com histêrias tao diversas havia guase um sêculo foi ainda menor do gue a dos Gltimos carolingiose dos primeiros Capetos na Franca. Mas o reino, tal gual €stava, passou integro para o filho de Rudolfo, Conrado, embora sob a protec&io de Oto II da Alemanha, seu
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te de Hugo da Provenca, do reino meridional da Pro-
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sem suas pretensoes (923) em troca da cessao, por par-
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do os condados de Aargau e Zurigue. Atraido para o Norte da Italia depois de 922, permitiu gue compras-
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tOrios da Suica Oriental e alêm do Jura. Seu filho, Rudolfo II, expandiu este reino para nordeste, toman-
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dade proporcionada pelas mortes de Boso e de Carlos, o Gordo (887 e 888), para se proclamar rei, mas no espaco de alguns meses teve de desistir das suas pretensoes a Alsacla e a Lorena e de se contentar com os terri-
e
de de Carlos, o Gordo. Rudolfo aproveitou a oportuni-
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nas maos de Carlos, o Calvo (morto em 877), e mais tar-
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reis da Italia, da Franca €e da Alemanha e reunificados
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do tornar-se rei de Lorena (888), em territêrios gue tnham sido de Lotario II antes de ser divididos entre os
nopla. As disputas internas da familia carolingia, aps a morte de Carlos Magno, os privaram dessa vantagem. Apenas o imperador Luis 1 desempenhara devidamente seus deveres imperiais, lutando contra os muculmanos gue tinham estado em atividade na Italia desde o inicio do sêculo IX. Antes da sua morte (871), chegou mesmo a recuperar a cidade grega de Bari. 1 uis II tinha 4 sua disposicao apenas os recursos do reino da Itlia, € os seus sucessores, guer se autodenominassem reis ou imperadores, nio mostravam de modo algum, como ele o fizera, habilidade ou dedicacao ao dever. Hugo da Provenca, gue se tornou rei da ItAlia em 996, procurara estender o seu dominlio em direc&o a Roma. Chegou a esta cidade, onde se casou com Marozia, vitva de Alberico 1 (9382), mas foi expulso. Embora tivesse tomado Ravena e a Pentapole (988), as suas dificuldades na Italia tinham contribuido para facilitar a vida dos magiares, cujas incursoes foram o maior flagelo de toda a peninsula desde 899. Entrando na Itélia por Friul, as suas incursoes chegaram por três vezes até Aptlia e muitas mais até a Lombardia, tendo mesmo chegado a passar o Inverno na Itélia Central (987-88). lam em busca de espêlio e de escravos, atacando onde nao esperavam @ncontrar grande resistência, evitando as montanhas e as cidades, onde a sua cavalaria estava em desvantagem. Gontra os seus atagues imprevisiveis, a Gnica forma de protecao era a construcao de pontos defensivos e o encorajamento das populacoes dispersas a reagruparse e reorganizar a agricultura ao redor dessas pracasfortes. Durante 50 anos a iniciativa esteve nas maos dos senhores locais, cujo programa de construcao de
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por Rudolfo I (888-912). Este tinha, a principlo, espera-
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NOVAS FORGAS MODELADORAS
NOVAS FORGAS MODELADORAS
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AA Igreja de St Angelo, em Formis,
pertencente ao monte Cassino, fo
reconstruida pelo abade
| Desidério (1057-87), cuja obra no préprio Cassino desapareceu. Este monumento é, portanto, a melhor
indicacdo dos planos suntuosos gue tinha para embelezar as suas igrejase a mais bela obra de | pintura do sêculo XI preservada na |
Campania. O pintor era | AS grego.A cena da
Ulitima Celia 1lustra a forma antga
| de se reclinar a mesa.
934-353 saguearam Génova e a base gue estabeleceram em Fraxinetum, na Provenca (888), sê foi destruida em 975.
Os assuntos da regiao central do Su] da Jtalia, entre o reino lombardo e o Império Grego, tinham sido dominados pelo grao-ducado de Benevento, estabelecido inicialmente em 570-71. Esse ducado mantivera-se
unido, expandindo-se pelos territ6rios gregos e, ao
contrario do outro ducado lombardo meridional, o de
Espoleto, evitara cair nas garras dos Gltimos reis lombardos. Aceitara a protecao real sob Carlos Magno e chamara a si mesmo de principado (774). Em meados do sêculo IX, este foi dividido em duas partes: Benevento e Salerno (849). Cingienta anos mais tarde, Salerno perdeu o controlo de Capua, gue se tornou um principado. Gaeta, NApoles e Amalfi, gue nunca haviam aceitado a suserania de Benevento, eram repablicas maritimas e consideravam de boa politica reconhecer — como o fizera Veneza — o imperador de Constantinopla, jê gue os carolingios nao tinham conseguido concretizar as suas pretensoes no Sul. Em Roma, onde desde o ano 800 os papas coroavam
ouimperadores, o caos da peninsula levara, como €m
tros locais, 3 ascensêo do poder local. Com o colapso da missêo imperial carolingia, os papas tinham perdiedo o seu papel de figuras universals. Este fato reflet nao due papas de fias biogra de sêrie e grand se numa a tes, seguin os sêcul dois os te Duran 879. de vai além os nomes histêria oficial de Roma limita-se a registrar ponto Gluim o foi ) 879-82 (papa, VIII Joao dos papas. nsabilidafice da época a estar a altura das suas respo . Dumanos mucul OS com ca polid iacao negoc de des por . rEINOU papa um sê , seguiu se gue o sêcul rante o Oo o, period neste papas 30 Houve anos. mais de nove
pontificados dos média ao durac a gue gue significa
eficaz. no goVv€r um tur permi para baixa era demasiado era
, ea een Roma de ais natur eram papas Muitos de Theop! ylact, ca oerad arist a famili pela governada
Joao guais os entre papa5, tr€S m viera da gual inclusive o papado te ilmen dific ngio, aroli pês-c o mund XII. No pordgue a tudo sobre m, comu no desti o podia evitar
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principal consegtiëncia do dominio carolingio sobre o papado tinha sido a obtencao dos territêrios de Pedro. Assim, o papado compensava, pelo menos por lei, as perdas de territérios da Igreja, confiscados pelos lombardos ao norte e pelos imperadores iconoclastas ao sul, mas esse Estado da Igreja exigia, como gualguer dominio territorial do rei, um governo. O aventureiro Alberico I (morto em 925) — gue lutara com Ëxito contra os muculmanos — e o seu filho Alberico
IT proporcionaram aguela ordem gue nem os prêprios papas conseguiam. Em 962, guando Oto 1 se propês governar a Italia, havia muito gue fazer para um imperador. Depois de 963, o poder do imperador do Ocidente era tanto mais necessêrio na Italia guanto é fato gue o imperador do Oriente, Nicéforo Focas, proclamava nesse momeEnto a sua intencao de restabelecer a auto-
ridade imperial no Sul da Italia. Oto recebeu, assim, o apoio de Pandolfo de Benevento e atacou a cidade de Bari. Mas Oto pretendia tambêm, por meio de negociac6es, obter o reconhecimento da sua posicao na Itêlia do soberano de Constantinopla. Acabou sendo acertado o casamento de seu filho Oto II com Theophano, sobrinha do novo imperador Joao Tzimisces (979). Oto, satisfeito com este Gltimo êxito, regressou 3 Alemanha, onde morreu (978).
O Império saxénico
Tal como acontecera no Reino Médio e na Franca, o
reino germênico fora dividido em três partes (865)
pelo seu primeiro rei, Luis, o Germano, ainda antes
da sua morte (876). Mas a divisêo em territérios sudes-
te, sudoeste e norte teve pouco tempo para se estabelecer. Depois de Carlos, o Gordo, ter sido deposto em 887, Arnulfo da Baviera reunificou o reino. Desde 870
este incluia tambêém a Lorena, tomada por Luis ao Reino Mêédio. Ouando Arnulfo morreu, em 899, deixando uma crianca no trono (Luis, o Menino, rei 899911), a monarguia tornou-se uma ficcao: o verdadeiro
poder estava nas mêos dos dugues da Baviera, da Suabia, da Francêénia, da Saxênia e de Lorena.
77
Desfiladeiros alpinos O Império Romano posterior a Augusto transpos os Al-
pes, e as Estradas romanas permitiram-dhe enviar seus
exÊrcitos para todas as provincias do Norte, além das montanhas. Contudo, o prêprio Impêrio tambêm levantou obstêaculos 4 abertura de numerosas passagens através das montanhas. Por conseguinte, na Idade Média os desfiladeiros alpinos se tornaram mais importantes gue no mundo antigo. Os ingleses, devido 34 missao de Sao Gregor10, foram os primeiros b&rbaros a manter relacêes Constantes com a |greja de Roma ao longo de uma rota tanto Juanto posstvel direta. A partir do sêculo vm, o progresso dos missionêrios ingleses na Alemanha tomou mais disseminado este desejo de dispor de boas rotas para altêlia. O proprio papado comecou a avaliar aimportência do apoio
gue poderia, por este meio, encontrar no Norte. O estabe-
lecimento de relac6es diplomaticas e politicas acabou levando os francos até a Itélia, na gualidade de aliados papais, e reacendeu o conceito de Impêrio Romano. Durante os sêculos seguintes, o impêério medieval, apoia-
do na forca dos bêrbaros do Norte. esteve envolvido nos
vessados com fregiiëncia, muitas vezes por forcas militares
consideraveis. Os habitantes e governantes das regioes montanhosas nao podiam fugir as responsabilidades e as pressêes gue Ihes eram impostas. Para dar satisfacao as necessidades dos viajantes, tanto oficiais guanto particulares, trilhos e desfiladeiros foram abertos, com varios recursose comodidades: guias, albergues e até divertimentos; tais instalac6es exigiam os servicos de profissionais, mas ao mesmo tempo atrajam mercadores com valiosas mercadorias para vender. Embora essa barreira nunca tivesse sido intransponivel, nao pode haver nenhuma davida guanto ao tremendo desenvolvimento dos desfiladeiros alpinos ligando a It4lia ao Norte, uma vez inaugurado pelo Império carolingio o modelo inteiramente novo de imteresses poliHcos, econbmicos e religiosos. No inicio desse periodo, guando o prêéprio reino ger-
manico ainda nao se estendia tanto para leste, os desfila-
deiros para oeste eram ainda os mais mportantes € se €stendiam, na sua maior parte, através dos territorios do
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assuntos da Itélia e de Roma. Os Alpes tinham de ser atra-
DESFILADEIROS ALPINOS
| Nenhum
destes ducados, 4 excecao do da Baviera,
tnha uma histéria muito longa; em 911 nenhum dos dugues era de sangue real. Arnulfo da Baviera tinha, no entanto, conseguido impor um parente seu como
dugue da Francénia e, em 911, este, Conrado, foi eleito rei da Alemanha (governou entre 911 e 918). Na
Baviera, outro dugue Arnulfo tentou manter a predominancia daguele ducado, mesmo contra o sucessor
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de Gonrado,
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Henrigue
da SaxOnia,
mas a proclama-
cao da monarguia por parte dos sax6es prevaleceu sobre as aspiracoes dos dugues. De todos os reinos gue surgiram no Império carolingio, o da Alemanha foi o gue se mostrou mais capaz e digno da coroa imperial.
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Por esta razao, os reis saxoes sa0 os mais merecedores
de crédito, sobretudo por terem laboriosamente resistido as pressées para dividir os territorios reais entre
os filhos. A monarguia foi, assim, elevada acima das
vulgares regras nobres de heranca. Em seu lugar, os irmaos e filhos do rei eram encarregados do governo dos ducados, gue eram divisêes significativas do reino, mas permaneciam sob vigilêincia real. Os ducados estavam longe de ser homogêneos, tanto do ponto de vista legal guanto dos costumes ou da coesao entre as suas familias mais importantes. Os dugues também tendiam a ser empurrados em diferentes direcoes pelos
Arima: embora haja descricoes
reino da Borgonha. Durante grande parte do sêculo X tornaram-se perigosos por causa dos sarracenos, gue utilizavam a sua base em La Garde Freinet para fazer a grandes incursoes através dos Alpes, mas, depois de terem sido rePelidos (972), os mercadores e peregrinos podiam moVvimentarse mais livremente. Do ponto de vista politico, o rei germanico esperava poder intervir mais nos assuntos da Borgonha; porém, até ao sêculo XI, nao existiu nenhuma rota direta através dos Alpes gue ligasse o vale do Reno a Basiléia ou Mil&o, por isso os viajantes tomavam a rota do
de” lagen sem obras de
eseri ores medievais, so a parur
do sê
u lo xvi foram
feitos
desenhos gue transmitem uma
dos gem perigo sio dosdo ose res impinh carstesrselva Gom isagem, COMO Este gue sentaa ponte do Diabo. ravam aventu se gue Os aristas Ger esbooos tinham de esuar Es do EN
s todo o Impêrio na esteira dos seus reis, nem a estabe-
lecer uma nova aristocracia imperial, j&A gue tanto eles guanto os reis estavam empenhados em guerras locais prolongadas contra os eslavos na fronteira oriental. Tanto Henrigue I guanto seu filho Oto 1 acabaram por estabelecer reputacêes inabalêveis pela sua determinacao e êxito em lidar com os magiares. Henrigue I
Sul em direcao ao leste; depois de Chur, tinham de decidir
e real re; cam o hos gu gue senhos DS desen
comecou de forma modesta, imitando o seu contem-
se gueriam continuar até Chiavenna € dai, via lago de Como, até Milao ou até Bellinzona, no Ticino.O caminho
dade SV s | Utrora exp rimentadas Ds) Han
simples fatos da geografia, ou levados & rivalidade, como aconteceu entre a Su4bia e a Baviera por causa da Italia. Apenas na Saxênia a promocao a rei, € mals tarde a imperador, do dugue dos povos germênicos mais recentemente convertidos gerou um orgulho tal gue manteve os soberanos da dinastia de Oto no poder até o sêculo XI. Mas, ao contrêrio dos seus predecessores francos, os saxêes nio irijam se expandir por
porêneo inglês Eduardo, o Velho, ao construir cidades fortificadas, como Ouedlinburgo e Merseburgo. Além disso, conseguiu induzir os seus inimigos magiares a fazer uma trégua de nove anos, de modo a poder completar os seus preparativos. @uando a guerra recome-
até Chiavenna tinha de ser percorrido guer pelo desfila, deiro de Julier (2.287 metros), gue era mais escarpado
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dif1 mas to, cur s mai ), ros met 311 (2. r ime Spt de o pel guer cil e com m4 fama em fungao da muita neve.
cou, Henrigue saiu vitorioso (933) e o seu filho Oto
peNenhum destes acessos, no entanto, poderla com e foi est ndo gua o ard Got So de iro ade fil des o ir com ligauma ia lec abe est s poi Xm, ulo séc do cio ini aberto no
repeliu-os guando tentaram regressar em 937. O impeto destas suas investidas, efetuadas a partir da sua base na Hungria, era suportado pela Baviera; sob o co-
utiliem ulo têc obs O &o. Mil e ia ilé Bas cao direta entre
mando do irmio de Oto, o dugue Henrigue, os ale-
de transma ble pro o o sid ha tin a rot a est o ced s jar mai t € at rm de An re ent , nen lle Sho de ta gan por a gar aberfoi a rad est de e êci esp a um ndo gua Goschenen. $é scon — bo Dia do te pon a e— nt po ta na rocha e uma pelo
$ da 1talia até ao Gom Milao como ACO, OS Viajantes
maes perseguiram-nos pela primeira vez em territorio magiar. O contra-atague no Sul da Alemanha foi bem planeado para coincidir com distorbios politicos naguela regiao, mas, em 955, Oto obteve uma retumban-
te Nor do dos vin tes jan via os ss Reu o tuida sobre veram tHi o dit nté ame pri pro o ard Got desfiladeiro de Sao che Gos ar anc alc e l tha ren Use a possibilidade de delxar A parr e. ant ort imp ra ser ra out r ala esc hen sem ter de de ent&o a rota tornou-se facil. ente, tem den evi era, ido fer pre iro ade fil des Paraleste, o a sua jmade lid rea na mas ), ros met ode Breimer (1.870 da ntoe olvimer env des do ois dep u nto eEe aum portincia sê méêrcio d
nvencido Oo co co r te l ra nt Ce pa ro Eu da Austriae
anha.A em Al da l Su ao é at é nt me ta ` Venezaatransitar dire e Cenis nt mo do aa er s le mp si is ss ` ocidente, arota ma ud, o, anca. Cont1US9 Fr 30. da o ga ra co l G a ao li ta al s va . ue )a os tr me RE E E
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eriderode Sao Bernardo (2-472 metros) era
maisfamoso €a hospedaria ali situada (a 2.118 metros)
era fregkentada por viajantes de todaa Furopa-
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te vitêria sobre eles na batalha de Lech. Os chefes magiares foram capturados € executados. Os eslavos nêo foram tao f&ceis de arrumar. Eram povos sedentêrios, cultivando as terras alêm do rio Elba, mas ainda pagêos. A guerra nessa frente muito vasta persistiu durante todo o século X € até mais tarde. Os reis sai6es eram descendentes de uma familia gue possuia vastos territêrios na Westfalia e estavam empenhados na expansao da influência germanica do para o leste. A pressao saxênica estendia-se através sSchle pelo , norte para lê de e ein Holst ao até Flba wig, em direcaAo aos dinamarguese$ ou pard montante
abroditas, do Elba, contra as diversas tribos eslavas: s, sêrvios ljutizese Jausacianos. Mais para Sul, os eslavo 79
FORGAS
MODELADORAS
e tchecos invadiram a Francénia € a Baviera. Sob Henrigue I, Brandeburgo — importante centro eslavo — fora conguistada e, mais para sul, estabelecida uma base em Meissen. Mas Oto 1 empreendeu, desde o inicio do seu reinado, um esforco persistente para colonizar e converter as terras eslavas, estabelecendo ali duas Marcas, no Baixo Elba e na regiao do Elba-Saale.
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berge Brandeburgo. S6 depois da sua vitria em Lech éague Oto planejou uma nova provincia eclesiastica com base em Magdeburgo, na Westfalia, gue era, havia muito, um dos seus locais de residéncia preferidos e parte do dote da sua primeira mulher. ja era dotada de um novo mosteiro (fundado em 9387), dedicado a Sao Mauricio, cuja fama de santo guerreiro estava no auge. Este projeto, alimentado por Oto I e sê concretizZado 13 anos mais tarde gracas ao apoio papal e contra os desejos do bispo diocesano local, em Halberstadt, e do metropolita em Moguincia, teria criado uma
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fortemente CSu lizadase
dependentes de Moguncia, em Oldemburgo, Havel-
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ge Bdeburgo marfim,
Em 947 Oto ja estava suficientemente seguro para €stabelecer ali seis novos bispados, trés a norte de Hols-
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Isguerda: Cr st OD recek
150 km 100 mi
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O reino germanico no sêculoX A partir da fragmentacao Carolingia de 843 desenvolveuse um reino independente na
Alemanha, mas foram os reis
saxênicos, depois de 919, gue primeiro conseguiram mantér unidos os ducadosgueo
compunham.O problema mas
dificil era o da pressao continua para expanso em direcao as |
territérios eslavos, a leste, gue ind manter a definicio da frontewra
oriental da Alemanha em aberto durante séêculos. Ao mesmo
tempo, aatraao da Itlia sobre % ducados da Baviera e da Suaba levou os reis germinicos para * sul e os sobrecarregou com.
responsabilidades sobre a ldlia€ o impêrio. O prêprio reino da
Alemanha compreendia Te territêrios de tradicoes histo
muito diferentes e o fato de
reis terem conseguido mant€16 unificados até ao sêculo XI continua a ser notdvel. A
autoridade gue os bispos
detinham nesse reino estavd de
acordo com a melhor tradica0 impêrio romano tardio. s ii importëncia dos dye. je geral, diminuindoa medi ad regime real se tornav mas
de si. O prestigio dos sets,
soberanos proporcionoV d
Alemanha contatos com
Constantinopla e Cérdoba.' primeira vez, a Alemanha se uma potência por direl
préprio.
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NOVAS FORCAS MODELADORAS
Provinera, gue serviria de base para a Conv
tOdOS Os pOVOS Cslavos de leste. A prépria cida ETSAO de de lagdeburgo
as esperancas do seu avé em relacao a Magdeburgoe reflete a 1Importante alteracao ocorrida, sobretudo desde a revolta eslava de 983. Em vez de tentar inverter a situacao, Oto IN preferiu autorizar a imdepen-
deveria dispor de uma grandiosa institui-
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Com ardeai Wiiconose vabdieones Geers oe ouds
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o no Oriente, rivalde Aix-la-Cha-
d€ncia do Estado polonêés emergente, de modo a aper-
nalmente se reslizou, Mis t, and proj ee Tm “OU, Oo, odsobe ranoe dao “Pol ênia ” ER mais a leste,
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Dio. Em consegtêndia dis, surgin dd com ls Ffve
1% de pohtuca distinta, fazendo prever OS limites da influência germanica a leste. Mais para s ul, 1Uungaros,
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belecimento de Marcas fronteiricasna Austriae na Ga-
portanto,
maior
necessidade
de deslum-
brar os contemporaneos para realcar o papel do rei como sendo especialmente consagrado por Deus para
chegaram outros vindos da Italia. O papa concedeu uma coroa ao principe magiar, gue foi batizado com onome de Estêvao e casou com a irma de Henrigue da Baviera (mais tarde imperador). Sob o rei Estêvao (1000-88), a monarguia e a Igreja organizaram-se segundo os padrêes carolingios. O centro religioso de Esztergom talvez tivesse anteriormente abrigado os
gues. Neste aspecto, a alianca com Constantinopla ampliou o repertêrio real de protocolos e cerimonlias. O clero mostrou-se 4 altura da ocasiao e o seu valor para a monarguia nesta etapa contrasta com a sua posic&Ao na Franca, onde toda a organizacaAo eclesiastica
fora eclipsada pela agressiva exibicao de gualidades guerreiras por parte dos principes territoriais.
Oto 1 seguiu, conscientemente, 9 exemplo de Car-
los Magno, mas nunca pensou na hipotese de conguistar o reino da Franca para restabelecer a unidade do Impêrio do Ocidente. Ao contrario de Carlos Magno, Oto sê teve um povo de lingua romênica nos seus territérios apés a conguista da Italia e sê lentamente sua
dinastia descobriu as obrigacoes inerentes ao dtulo de imperador romano. Otto
rios imperiais no Sul da Italia (967-70) e seu filho,
Oto
Mas (982) . sarr ac€n os os cont ra regi ëo ness a JE, lutou s€u goo vez ra ei im pr la pe eu eb nc co em gu IN foi Oto acao ov en (r ni ma To ru pe im o ti va no Te a verno como um aneamente lt uit mu stm si e -s e s do an ir sp in p s N i ), no ma Ro o ri do Impê ri Gerbert, o it ud er 9 T, Lo tu u sé em € a, eg gr em oi mae, o mor-
08). Ot 10 999 II, re st ve il (S pa pa z fe e el a guem bo grande ca a r va le r de po ra pa m ve jo o reu demasiad uve um ho s ma a, ar nh so é du m co s oe parte das realizac ens co as nd fu o pr ve te o sm l; li ea ea id id U aspecto em gue o s€ R M , io ëm bo pe ci in pr m U . as gaências pratic dé nome u o mo to o, tê is cr o m o C do ma ser confir (982). a ag Pr de o sp bi o nd gu se berto, efoi o
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na Prissia (997). Oto n ss ER 9 an no e, o lt cu tornou-se devoto do seu os , Al o. zn ie Gn em , lo peregrinacao ao seu timu : ee os sp bi s é€ tr m co o ad sp bi ce novo ar
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potências
vieram missionaêrios da Boëmia, e no final do sêculo X
exaltar a dinastia saxOnica arrivista em relacao aos du-
tentou conguistar me
duas
paz com os vizinhos. Do ponto de vista econêmico, eram na sua maioria nêmades. No século Xu ainda praticavam a transumência, vivendo em tendas no verao, € no inverno procurando refigio em cabanas primitivas feitas de juncos. NaAo é de admirar gue no sêculo X preferissem os lucros e a aventura das incursoes junto a seus présperos vizinhos, sobretudo em um momento em gue era de se esperar apenas uma fraca resistência. Depois de terem se resignado a ficar nas suas terras, expandiram-se por toda a planicie, mas os centros do seu novo Estado situavam-se ao longo do Danuabio e na Pandnia. O cristianismo foi se introduzindo no seio dos magiares vindo de guatro direcêes. Em Constantinopla, dois dos seus chefes receberam o batismo por volta de 950; o bispo peregrino de Passau manteve a pressao bavara vinda do Oeste por raz6es cristas; de noroeste
— tal como Carlos Magno — tornara-se o mais not&vel soberano da sua época, e digno dessa coroa. Recebeu e enviou embaixadas ao grande soberano de Cérdoba, Abd al-Rahman II, e viajou por todo o Impêrio, mostrando-se aos seus siditos em locais tio distantes guanto a Calabria. Mas o efetivo governo do seu Império, ainda mais do gue no de Carlos Magno, passou, a partir de certo momento, a estar nas maos dos bispos, pois a dinastia de Oto nao dispunha de uma aristocracia de tipo franco como a gue Carlos Magno havia podido utilizar para governar seu Império. O Impêrio de tinha,
entre
nubio e, até serem derrotados em Lech, nao haviam mostrado nenhuma disposicao de se fixar e viver em
rinta. Mas de fato, guaisguer gue fossem as suas ambioes de expansao para leste, Oto esbocou, assim, OS limites orientais do Impêério Germaênico. Muito antes da sua coroac&o como imperador, Oto
Oto
eslavos
ao soberano na Hungria uma coroa € um prelado metropolitano. Foram os Estados da Polênia e da Hungria gue, com a bêncao papal, marcaram os limites da CXpansao germanica. Em 895, os magiares tinham chegado pela primeira vez as grandes planicies gue circundam a curva do Da-
da Boëmia, Venceslau I, Convertera-se ao ae da ainda improvavel conversêo dos to,
pagaos
Cristas. Desta maneira podia também exaltar o seu proprio Impêério: seria um Impêrio com reinos dependentes. Ao mesmo tempo, o papa de Oto II concedeu
ja tinha estabelecido relacoes ami-
O soberano Ee
outros
cristaos eslavos; a capital laica, Székesfehêrvar, fo1 um
centro de cerimênias real situado na nova rota de peregrinacao a Jerusalêm. Os bispados hingaros eram particularmente numerosos ao longo do Dantbio e na Panênia, antiga provincia romana. A grande planicie entre o Danibio e o rio Tisza sê muito mais lentamente foi sendo absorvida pela nova estrutura polittca. No final do sêculo XI, este reino jA se estendera
além dos rios Drava e Sava, até a Croëcia e para leste até a Transilvêania.
No entanto, a conversio dos magiares tinha, desde o inicio, transformado o Dantibio em estrada crista, e
por volta de 1090 os gregos, ao sul, completando a conguista da “Bulgêria”, tinham voltado a estabelecer a sua fronteira norte em Belgrado. Pela primeira vez tornou-se entio possivel para os peregrinos viajar através de territêrios cristios desde a Renênia até Constantinopla. Comecaram
a fazé-lo em grande nAmero,
para visitar os lugares santos de Jerusalém. A Igreja do Santo Sepulcro, destruida em 1009 por ordem do califa fatimida, foi restaurada por volta de 1058 as expensas do imperador grego. Em certo sentido, a convers30 dos magiares estabilizara a cristandade; noutro, ela permitiu aos crist&os, como nunca antes acontecera, porem-se em marcha.
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A Igreja medieval SO a partir do sêculo Xn houve a possibilidade de criar um comando central para a Igreja do Ocidente. Nesse momento, a necessidade de esclarecer e reforcar a lei da Igreja facultou ao bispo de Roma uma nova autori-
dade sobre os seus assuntos. Ao mesmo tempo, a esperanca de promover um nivel mais elevado na observan-
Cla monastica, visando uma maior uniformidade e uma supervisao mais rigida de cada mosteiro, deu origem a vêrlas organizacées de monges, como a de Cluny ou a de Cister. Essas reformas reforcaram o movimento centralizador.
Dai para frente
o papado
esforcou-se
por
conseguir a uniformidade da lei, da doutrina, do ensi-
no, da organizacao ., mais ainda, da oportunidade espi-
ritual dentro da Igreja. Alcancou uma grande influência sobre todas as comunidatiecs mond4sticas € tornou-se patrono e promotor de numerosas novas ordens, como
a dos franciscanos. Convocou concilios, definiu here-
sias, pregou as Cruzadas, nomeou e impês disciplina aos bispos. O seu objetivo foi o de estabelecer regras em toda a Igreja romana. Durante três séculos, os esforcos teitos pela educacao e pela disciplina realmente tiveram como conseguëncia uma uniformidade sem paralelo da crenca e da pratica. Havia, contudo, muitas imperfeicêes, e o sistema pelo gual o papado foi considerado responsêvel suscitou muitas vozes descontentes, mas nem
todas bem-inten-
cionadas. Uma parte deste descontentamento foi devi-
do ao sistema, mas também
poderia ter sido causado
pela impossibilidade de impor condicées uniformes as igrejas ocidentais gue tinham se desenvolvido durante
foram feitos todos os esforcos no sê pelos pecadores, mas também pelos monges, pelo clero, pelos patronose pelos leigos — todos com reivindicacoes e direitos gue nio podiam ser sumariamenté descartados. O poder de Roma nunca dispês de forca sufticiente para impor uma ordem inteiramente nova. Em vez de empregar solucoes radicais, Roma preferiu incentivar novos movimentos
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para fiscalizar essas paréguias encon traram toda a espêécie de dificuldades. Na organizacao das dioceses, alguns bispos seguer toram levados em consideracao. O papa-
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recursos ea dimensao do local. Esta situacao nao apenas era muito variëvel como seguer se mostrou sempre devidamente adeguada em épocas posteriores: as tentativas
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foram instituidas igrejas paroguiais, de acordo com os
cial protecao. Os gue realmente conseguiram estabeleassiscer administracêes diocesanas eficazes, nomeando
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séculos, antes de seguer se pensar em movimentos de reforma. Os ideais da nova era também atraiam mais as pessoas instruidas e os funcionaêrios pablicos do gue guaisguer outras. Como a nova religiao tinha ganhado terreno entre os povos bêrbaros, o desejo de estabelecer locais de culto regionais teve como resultado a reducao da importência de grandes centros monasticos como pontos de convergência das devocoes religiosas. Assim, cada localidade habitada passou a ter um padre residente para ministrar os necessêrios sacramentos, para o gue
AIGREJA MEDIEVAL de fervor religioso, desde gue a sua ortodoxia fosse de conftanca, permitindo gu€e os antigos movimentos per-
manecessem em decadência e caissem na ruina. O resul-
tado foi gue a Igreja medieval, embora superficialmente unida sob a alcada de Roma, se tornou na pratica uma
trama altamente complexa toda a espêcie de “abusos”. A €scrita de baixo para cima, e Em uma paréguia simples
gue abrigava no seu seio sua histêria seria mais bem nio de cima para baixo. o sacerdote residente mui-
tas vezes era apenas um vigario gue desempenhava as (uncoes de beneficiado legal, cujas funcées na realidade
eram prestar servico ao bispo, a Ciria Romana, ao rei ou a alguém da grande nobreza, o gue o obrigava a afastar-
se da sua paréguia. Uma parte dos dizimos da igreja poderia ser proveniente de algum mosteiro distante. O patrono da igreja nem sempre vivia no respectivo povoado. O bispo diocesano, ele préprio provavelmente mais ocupado com os assuntos piblicos ou “seculares”, seria representado por um delegado ou por um arcediago. As-
sim, em
ambito
mais local, a administracao
da Igreja
estava longe de ser simples. Os entusiasmos religiosos dos sêculos medievais foram acumulando as dificuldades para a administracao eclesiëstica, o gue pode explicar a razao pela gual o papado nao conseguiu fazer milagres, porgue nao Ihe foi possivel durante tanto tempo identifi car os heréticos e até porgue as perseguicoes aos povos nao-cristaos, como os judeus, ocorreram apesar da cen-
sura oficial. O Ocidente nao herdou a cristandade exclusivamente da hierarguia eclesiëstica, e seria um erro histOrico pêr em pé de igualdade a organizacao da Igreja e o conjunto do povo cristao. No passado, os historiadores tiveram demasiada tendência a julgar pelas aparências as criticas dos clêrigos e das pessoas educadas. Ouaisguer
gue fossem os seus defeitos, a Igreja proporcionou aos cristaos do final da Idade Média as oportunidades e o in-
centivo para o desenvolvimento da vida espiritual em toda a parte da cristandade e em todos os estratos soclais. A Reforma protestante nao apelou a uma geracao nao-
crente e indiferente, mas sim a uma geracao gue sabia
COomo éncarar seriamente a sua relig1ao.
| Aama: Sao Domingos pregando em Recanati, parte de um retabulo | pintado por Lorenzo Lotto em 1508
| paraa lgreja de Sao Domingos, para
| celebrara pregacao deste santo
| naguela localidade três séculos
#nies, Sao Domingos é representado
| Pregando em cima de um pulpito de
| madeira junto a escada de acesso 3 SUa ipreja na Piazza, pintada tal
| COmo era em 1508.
| Esguerda: Urbano VI (1878-1589)
| reoebendo as chaves das maos de
| Sao Pedro, retirado do timulo deste | Papa no Vaticano. Executada apêsa
| | morte, de Urbano, esta imagem
| Coloca o papa e o santo ao mesmo
Divelerealca o fato de o pontifice
VEOEDEN ds chaves das maos do
ey
Bls Pepresentacio, da autoria de
$ deeran Fe Bguet (c. 1460), do primeiro Ee
teëlogo francês, Santo
AodiéHiers presidindo a um dic dejy Dispos no sêculo MV.
HE ie #iala: aintensa devocao
Pessoal; 6 Mmuitos leigos no final da ' Media pode ser considerada p:
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podemos vê-la
do lado do lirio, sitmbolo éTecebendo a eucaristia.
A IGRE]JA MEDIEVAL
Direita: este diagrama do século XI
do mosteiro no tempo
abastecimento de dgua da Igreja de Gristo, em Cantudria, é desenhado
legenda € o diagrama podia ser
representando o sistema de
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com tals detalhes pitorescos gue
Evidentemente, desenhado para
nao € diicil maginarmos, a partir dele, o aspecto real da catedrale
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um livro de Evangelhos. Nio pretendendo ser um retrato fiel,
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escriba como um evangelista em
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do século X1 por ser uma figura de pagina inteira representando o
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AIGREJA MEDIEVAL
A CRISTANDADE EM MARCHA Um novo fervor na Europa crista As comunidades cristas da Europa sairam do século XI COM UM profundo sentido de empenho rel igioso e em um €stado de vitalidade militar. Estas gualidades foram
cmpregadas durante os sêculos gue se seguiram para expandir, pela primeira vez, a influência ocidental para multo alêm da sua terra natal. O poder criativo da Idade Mêédia atingiu, no seu auge, durante o periodo gue pre-
senciou as Cruzadas, o renascimento intelectual das EScolas e a aspiracao gética na arguitetura. Foi também um periodo de crescimento demografico, evidenciado do modo mais visivel pelo renascimento da vida urbana. É mais facil jlustrar essa renovac&o das energias ocidentais do gue explicê-a, e o entusiasmo por aguilo gue foi conseguido pode nos fazer perder de vista os assuntos estudados. E 6bvio, por exemplo, gue os êxitos conse-
guidos pela religiao organizada e intelectual no tratamento da guestao dos descontentes naêo ortodoxos, como a heresia citara, nos indlinam a aceitar com dema-
siada facilidade a anêlise gue a prêpria Igreja faz dos problemas. Se pudéssemos penetrar na essência dagueles descontentes, olhariamos com menos ilusêes a gualidade de vida realmente existente durante as grandes “épocas de fé”. De igual modo, as nossas tentativas de
compreender os movimentos de pessoas de toda a espêécie inspiradas a seguir para leste em nome de Deus nao
tém recebido uma grande ajuda com a invencao pelos
historiadores do termo `cruzadas' e com a tendência
destes para vé-las encarar como campanhas militares com objetivos militares definiveis. Nos tempos modernos, o fervor desses soldados pode facilmente parecer hipêcrita ou bêrbaro, pois a religiao e a guerra estao agora, em geral, em campos opostos. Toda esta tentativa moderna de dividir a vida em categorias deriva dos esforcos empreendidos no século Xu para compreender a
filosofia antiga, mas essas lic6es demoraram sêculosa
ser compreendidas. As divisoes claras por assuntos gue€ consideramos essenciais para a nossa compreensêo do passado podem ser elas préprias um obstêculo a compreensao guando dividimos o gue os homens da época mantinham unido. O nosso préprio conceito de sociedade civil, com exêércitos profissionais empenhados em operacées puramente defensivas, opoe-se a experiëncia
e vai contra as perspectivas da vida medieval. Mesmo a recente experiëncia de emigracao e colonizacao de partes do globo além dos oceanos muito pouco t€m para
Europa nos ensinar sobre a maneira como as terras da e Culdforam sendo, ao longo dos sêculos, desbravadas
4 medida tra bal han do cam pon de ese s, gru pos por vadas gue jam surgindo as oportunidades e em geral passando
| | | despercebidos dos cronistas. | época A complexidade das guestoes ocidentais dessa
uma ide nti de fic ar imp oss ibi pel lid a ade é aumentada
entidade politica principal para sustentar o pESo ie ron-
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nova pa em termos do seu antecessor romano. A
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COTMO era claramente uma realidade com varlas cabecas, ald e ger man reis ico s os gue a hidra. É verdade do titulo 1m obt enc sua ao com pre pon derência guma
perial, mas de gualguer modo nêo conseguiram constituir obstêculo aos diferentes estilos monêrguicos da Franca ou da Inglaterra, ou impedir o aparecimento de uma nova monarguia no Sul da Italia. Gomo a cristandade estava dividida em monarguias, sê se encontrava unida no plano religioso, mas o zelo dos fiéis tomava ainda diversas formas. Com a conversao dos povos da Europa Setentrional e Oriental ao cristianismo, por intermédio dos reinos bêrbaros, chegou ao fim a era das desordens
gue tornara a vida civil de tal modo precêria nesta altima. [sto permitiu um recomeco nas suas sociedades, so-
bretudo na reforma da vida religiosa para pr termo aos “abusos”. Nem todos esses progressos eram recentes e caracteristicos de uma época de desordens, mas todos
OS planos de reforma partiam do principio de gue aguele era o momento certo para a renovacao da cristandade. Muitos membros do clero mostravam uma grande autoconfianca ao propor diferentes esguemas de restauracao monastica, gue culminaram no programa gue tinha por objetivo nao sê a restauracao do renome da Igreja romana, mas também a sua transformacao no promotor da reforma de toda a cristandade. Durante mais de um século houve um periodo de experiëncias guase descontroladas, sobre as guais apenas o papado tnha um leve controle, e gue se restringia, na melhor das hipoteses, a guestêes de significado mais ou menos religioso. No entanto, até o final do sêculo XI esse controle
foi mais tebrico gue institucional. A coerência gue pode ser encontrada em acontecimentos ocorridos nesses anos parece derivar de uma fonte de energia subterranea e do idealismo gue irrompeu, uma vez afastados os perigos imediatos do paganismo. Este idealismo estava longe de se contentar com melhorias limitadas ou circunscritas, pois era de aspiracao universal, tendo
por
objetivo a restauracao da cristandade e uma guerra sem
guartel aos principais inimigos: os muculmanos. Nao havia um programa planejado de renovacao interna, ao
gual se seguiria o desafio externo. Todo o mundo cristao latino fervilhava de excitacao e de furia.
Agui apenas podemos esbocar alguns aspectos do todo. No aAmbito religioso propriamente dito, o acontecimento mais importante foi a expansao sem precedentes da vida mondstica — e o colapso do monopêlio beneditino, havia muito tempo estabelecido, sobre a inspiracao religiosa no Ocidente. Nunca a cristandade vira tantos programas diferentes para uma vida vivida de acordo com regras religiosas, e nunca o nimero de instituic6es fundadas fora tao elevado em todo o Ocidente
— 0 zelo em prol de uma religiëo mais pura nao podia ser demonstrado de forma mais clara. A partir do momento em gue as autoridades eclesiêsticas comecaram novamente a fazer cumprir as regras do celibato para o clero ordin4rio, a cristandade comecou a ser dominada
por milhares de homens e mulheres solteiros e dedica-
dos, em um momento em gue havia, porém, boas razoes
para crer gue a populacao estava, de forma geral, crescendo. O entusiasmo por esses locais de vida celibatar1a proporcionou & sociedade um tom ascético € influen-
ciou os ideais contemporêneos, sobretudo os de servico ede cavalaria, mas a énfase era posta nas batalhas espirituais travadas no prêéprio espirito de cada um é nao conB7
A GRISTANDADE E M MARCHA 7]
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procuradas pelos historiadores, tém. velmente menos
importincia do gue as
| circunstancias gue permitiram aos | idealistas obter atencao e apoio. É
| possivel, no entanto, isolar e
| Tepresentar em um mapa três | correntes distintas desse
| movimento. A cruzada pregada | em Clermont e Vézelay (1145)
j parece, pela sua prépria natureza,
ter mspirado os homens de uma
| Vastaregiao a seguir a Cruz. Por ` Outro lado, as reformas
| MODAStiCas precisavam ter apoio suficiente em uma determinada localidade antes de poder ser
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mportancia dessa regido no
€Slabelecimento do movimento
EE Teforma. Mais difuso parece ter ' “do 0 efeito do novo saber na
Ed Soe no direito e na || B“Mdalica, encontrado nas escolas
da Franca EP drais se EE Onal'e das novas ordens de $ 0$, COmo as de Sao Vitor. JUNE com a influência da
de direito de Bolonha, estes
tra os inimigos tangiveis da cristandade. Sao Bernardo de Claraval, o mais importante porta-voz da nova Ordem de Cister, persuadiu um peregrino gue se dirigia a Jerusalêm a entrar para o seu mosteiro e ali encontrar a “verdadeira” Jerusalém, pois, segundo afirmava, era na clausura gue o ideal espiritual de Jerusalêm se realizava verdadeiramente. Em vez de pensar gue tal atitude na realidade opunha obstaculos ao apoio ocidental a Terra Santa, talvez esteja mais prêximo da verdade pensar gue agueles gue nao eram chamados por Deus para o Oriente podiam sentir outros chamamentos espirituais. O idealismo cristao nêo estava dividido contra si préprio,
mas podia, isso sim, oferecer algo a cada pessoa, pois é
verdade gue até os agricultores se sentiam atraidos pela vida religiosa e tentados a tomar OS VOLOS eclesiësticos. A em Ordem de Cister desenvolvera-se de tal modo gue 1158, na época da morte de Sao Bernardo, foram feitos entanto, esforcos para conter este processo, du, no al, a sua prosseguiu, tendo a ordem atingido, no sêculo Nessa época, Oriental. Europa na expansêo maxima — dominicafrades de ordens as ocidente, o mais para
reforma de ideal o levado tinham — nos e franciscanos e a pobreza heresia a onde hostis, regioes até religiosa ao , es ot rd ce sa e s re so es of pr mo Co haviam prevalecido. stica na mo m de or a lh ve da o ca pa cu eo pr contrério da nidamu co $ a ri ép pr da al tu ri pi es o nt me vi com o desenvol aur oc pr a o na e du s le ue ag ao gi li de, eles levaram a re é o 1niclo at e Xi lo cu sê do l na fi do ir rt pa vam por ela. A abrano na a os gi li re a rm fo re da te en rr do século Xm, a to ou acéldou. Nem
radouras du m ra fo as rm fo re as s da to
deo s ma s, xa do to or m ra fo s tas € certamente nem toda (ou as gr re s va no em fé 2a a, nc da sejo fervoroso de mu ed os ta is cr s do de da ci pa ca a € a) seja, modelos de condut imita mi ce re pa os et oJ pr s te es r po de se deixar arrastar o dena ja e gu a av in rm te de e gu l dos. S6 o decreto papa e r p S VO NO OS € du em ia st veriam existir ordens e insi conseguiu real-
te n te is ex a gr re ma gu al r ta deviam adap ntos. movime s te es s do to r la ro nt co mente
O estudo de cada uma destas reformas revela um sen-
timento de insatisfacao com os modelos de perfeicao
existentes com a fé simples de outrora gue tinha sido corrompida pelo tempo e pelos abusos. Mas pouco contribui para explicar guais eram as verdadeiras fontes de inspiracêo. Segundo consta, tanto para o pregador laico nao-ortodoxo Waldo de Lyon guanto para Sao Francisco de Assis, a inspiracêo religiosa advinha de histêrias em vern4culo com apelo a valores cavalheirescos. Até este periodo, a pregacêo dirigida aos leigos fora provavelmente bastante intermitente. A pregacao das Gruzadas demonstrara pela primeira vez o poder gue os pregadores tinham de provocar uma reacao popular em larga escala. Em outros lugares, como em algumas grandes cidades, os pregadores haviam conseguido provocar
protestos populares contra o clero imoral ou contra suspeitos de heresia, mas nao se pode provar gue o entusiasmo pela reforma religiosa em geral tenha tido origem na pregacio eclesiëstica. E as prêprias autoridades clericais também sê mais tarde, guando reconheceram a necessidade de resolver o problema da heresia por intermédio de uma exposicao racional, pensaram em estabelecer um programa de pregac&o para os leigos. Nos
primeiros tempos, sendo muitas vezes dirigido contra o
clero imoral e outros transgressores do codigo cristao, o poder exercido com o objetivo de incitar as multidoes pela pregacio em geral vera implicac6es heterodoxas. Nao é de surpreender gue a hierarguia crista oficial se sentisse inclinada a censurar tanto os pregadores guanto os leigos por tentarem impor a sua prêpria religiao e moral. Tais provas de zelo religioso demonstram gue este surgia dos guadrantes mais inesperados. Parece-nos talvez mais acessivel o novo desejo de aprender dos grandes pregadores, demonstrado pela vontade de milhares de rapazes (e talvez também por
o algumas mocas) de se dedicar ao estudo. Abelardo,
sêmais famoso dos professores parisienses do inicio do culo xi, fregientara as escolas de Paris, Lyon e outras. 89
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opositores, ocupados em guerdss internas, vontade de destruido.
Nessas circunstincias, os reise.
seus vassalos podem parecer ter.
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feito maravilhas. Tendo salvadoo futuro dos latinos na Terra Santa dos riscos de ser govemadospor um “papa”, oriental em Jerusalêm (rei Os reis, a partir de Balduino1
por Ricardo|
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dominio latino na Terra Santa nunca poderia ter tido éxito 4. ,
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A GRISTANDADE EM MARCHA
motoras; de fato,a sua funcao du rante a Idade Mêédia
toia de preservar e defender os Corp os de doutrina acumuladose nao a de ser pioneiras de novo s horizontes. No gue diz respeito ao Direito, nio é dif icil apontar iigu problemas praticos gue precisavam ser resolvidose e €ncorajaram
o estudo do Direito romano ea pes-
guisa do direito canênico no final do século XI. Mas tais argumentos tém pouca relevincia para os passos dados no gue diz respeito ao estudo da 106gica ou da teolog ia embora esta Gltima tenha certamente ficadoa dever
, Aama:a Bibka de Winchester o Henrigue escrita para O bisp
de
is bela Bois (1199-1271), é a ma tradas do as Bibliasinglesas ilus culo xi preservadas. Nela tistas trabalnal dil varios ar iterentes. Esta Capitular (do -€ * C
primeiro salmo), originalmente
muito as alteracoes feitas na léêgica. Em um momento em gue os mosteiros estavam eles préprios sendo profundamente abalados pela procura de uma maior per-
leicao espiritual, havia, obviamente, menos consenso
guanto ao papel tradicional da erudic&o nas comunidades monasticas e, talvez por esta razao, as escolas @pis-
copais do Norte da Franca comecaram a atrair estudantes interessados no saber gue nio se sentiam atraidos
desenhadae dourada pelo mestre
pela renovacao mondstica. O gue nao se sabe é como e
mestre do Geuesis. Represenia
pelo saber. Nao é dificil demonstrar de gue modo as novas disciplinas intelectuais, exigindo um uso mais
das Figuras
Saltantes, fo
Jos epulsendo osdemêniose m
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onde terê sido inicialmente fomentado tal interesse
cuidado das palavras e uma capacidade intelectual para esclarecer distincoes, podiam ter implicacées praticas e€ vantagens para os bispos no recrutamento de pessoal para as suas administracées, mas mais uma vez nao ha
nada nos préprios estudos gue possa sugerir gue as consideracoes de ordem pratica tivessem sido inicialmente importantes. Ainda mais terra-a-terra podem parecer as campanhas levadas a cabo na Terra Santa pelos “cruzados” letgos, gue exerciam a sua profissao de militares sob as ordens da Igreja e a troco de recompensas espirituais; os papas prometiam aos gue estavam dispostos a libertar Jerusalêm dos infiéis a remissao da penitência devida pelos seus pecados. Mas as grandes expedicoes lancadas em
1095, 1145 e 1189 devem ser examinadas, do
ponto de agressoes culmanos os atagues
vista hist6rico, no contexto mais amplo das periédicas dos cristaos aos infiéis, tanto muguanto pagaos, nesta época. Neste sentido, feitos nesse mesmo momeEntO pelos norman-
dos contra o dominio muculmano
na Ttalia, 4 seme-
na Espanha Ihanca das campanhas gue tHveram inicio
fr o agmentado co nt ra cri sta os re in os do s in ic iativa por do movipa rt é fi ze ra m ta mb ém Cé rd de ob a, califado
Cruzadas deas la do , ou tr o Po r mento protocruzado.
id ealista as p€ éc seu lo pe lo ta nt o di fe renciadas vem ser guanto na Es pa na nh a Ta nt o gu ix ot esco. guanto pelo razoes convepo r la nc ad as fo ra m Itélia, as campanhas por mo de la da s fo ra e m pa rt ic ular nientes de conduista Pas gu e cr uz ad Os os , pol iti co. cêlculos de ganho e poliati vid a al gu ma de se nv de ol ve r Hamente tinham mr si tu ac ao um a CO N! de pa se raram ica na Terra Santa, olitico.A Primeira f sustentavel por falta de realismo p em 10 OE” ostEeR ET foil pregada por Urbano 1
Cruzada
ha mente em resposta ao pedido de ajuda mi see ET de oe im pe ra do pe r lo dente formulado lo pap aos Aleixo | Comneno, mas transformadode pe Jerusalêm s#stico de reconguista de cruzales te, o exêrcitoEE P roadsNo E iesté, seu caminho para infiéis. grego. EE S du at ro es ta be le ce re u al na id ade dos
destes dt oa rd e Er e eNS! Er MR E levar em CO e E Ee cruzados— a centenas de gereis OE verdadeiros amigos, em OpoS1ca9 BOEEER.
vantinos e fregientemente uns aos outros, imspirados
por um ideal religioso e nio politico, e no entanto obrigados a aceltar as realidades locais, dependentes das Simpatias ocidentais, facilmente mut4veis por gualguer aparente falta de fervor idealista. Esses Estados nunca toram criados nem defendidos por homens cComo os normandos da Italia, gue tinham estado a espera da sua oportunidade. Os Estados cruzados foram criados pela forca de um exêrcito de fanaticos irrompendo pela desprevenida Terra Santa e sê foram preservados pela intervencao periédica de exêrcitos ou pelo envio de governantes bem
relacionados do Ocidente.
N deel HT aas
O estudo disciplinado e os exam es com intencbes de carre1ira para os graduados surgiram a par tr dessas movimentacoes do século Xa, mas elas fo ram produto da revitalizacao do saber, nao send T o elas proprias suas pro-
No fim, o
reagrupamento das forcas muculmanas no local acabou dando fim a estes projetos fantastosos. A prépria irrealidade da idéia de cruzada deu a ela
um apelo especial, e esse elemento nao pode ser ignora-
do em nenhuma andlise. Mas h4 mais a considerar, pois o préprio Aleixo 1, tendo restabelecido a reputacao militar de Constantinopla, teve de reconhecer gue as forcas militares ocidentais tinham se tornado indispensaveis as suas préprias guerras contra os infiëis, e o papa, gué transmitiu os seus pedidos de auxilio, nunca imaginou
guantos cavaleiros e outras pessoas deixariam as suas Casas para empreender a incrivel viagem através da Eu-
ropa para conguistar Jerusalém. Os guatro Éstados cru-
zados da Terra Santa proporcionaram aos povos ocidentais um 6bvio interesse temporërio no Oriente Mêédio gue eles se mostraram desejosos de defender, tal como foi demonstrado pelo pedido de ajuda formulado por Fugënio IN para salvar o condado de Edessa, conguistado por Zenghi em 1148, e pelo pedido ainda mais em pênico de Urbano III para reconguistar Jerusalêm depois de Saladino té-la tomado em 1187. No sêculo Xm ja existia até uma férmula estabelecida para as Cruzadas: o apelo papal prometia uma recompensa espiritual para o servico militar prestado e vantagens legais para agueles gue tivessem feito um voto de cruzada. Até ao século XV, soldados idealistas chegaram mesmo a conseguir juntos alguns efeitos militares temporêrios com essas expedicêes, apesar de os Estados cruzados perdidos nunca terem sido reconduistados aos muculmanos; o Gltimo pos-
to avancado de um governo cristio naguela regiao,
Acre, foi eliminado em 1991. O idealismo dos soldados
ocidentais em guerer manter nas maos dos cristaos o governo dos territérios onde Jesus vivera acabou por $obreviver as sucessivas desilusbes, 4 codificacao de pro-
cessos de uma cruzada, € também acabou por resistir 4
m4 fama criada pela prêépria interpretacêo, feita pelo papado, de gue a guerra contra os infiéis significava guerra contra todos os opositores ativos da Igreja, fossem heréticos, cismaticos ou politicos. Essa altima ameacava substituir a noc&o idealista pela idéia de gue
a pregacêo de uma cruzada era um instrumento para recrutar um exêrcito papal e, ao permitir a troca de votos por dinheiro, para sustenta-lo. Durante todo o periodo em guestêo, a atracao exerclda pelas Cruzadas foi um fenémeno complexo, misterioso e caprichoso. Aleixo Gomneno esperava, ao gué parece, obter ajuda de forma disciplinada de grupos de soldados sob as ordens dos seus prêéprios chefes e atuando como auxiliares do Impêrio, mas os exêrcitos de cruzZados, guando chegavam em ntiimeros impressionantes, traziam inevitavelmente consigo homens sem nenhum a dispo stos pouc e o Orien te do polit ico conhecimento Os seus seguir os ditames do imperador do Oriente. neces saesta vam nao come dido s, mais embo ra chefes, m€ErOS riamente mais dispostos a considerarem-s€ como latinos na Estad os dos criac aAo A impe rado do r. aliados
criara Terra Santa, gue provou gue os cruzados podiam
9]
EM MARGCHA
N
A CRISTANDADE
sua prépria frente contra o Islê, nêo constituiu, na realidade, o tipo de vantagem militar gue poderia ajudar a
restabelecer o controle grego sobre a Anatêlia. A hostilidade entre cristaos gregos e romanos, e entre um Estado latino e outro, deu aos muculmanos locais a oportu-
nidade
de
empreender
manipulac6es
politicas,
e a
intromissao dos cristaos distantes no mundo muculmano dividido do Oriente Mêédio conseguiu estimular a
restauracao do poderio militar muculmano, gue nêo teve origem no califa de Bagda, mas em grandes guerreiros muculmanos como Nureddin e Saladino. O au-
mento do poderio militar muculmano provocado pelas Cruzadas teve assim, por consegiëncia, a recuperacê&o do Egito pela ortodoxia sunita. Foi sê uma guestio de tempo até os latinos serem expulsos do territêrio e até
Constantinopla — sem nenhum auxilio ocidental efetivo — cair nas maos de outros guerreiros muculmanos,
sem calculado o preco dos seus beneficios espirituais ou ponderado maduramente a sua decisêo. As primeiras três grandes cruzadas foram lancadas em termos de imenso entusiasmo, e a nobreza altruista de alguns ar rastava consigo os hesitantes e envergonhava os OUtros,
fazendo com gue agissem com a mesma nobreza dos seus pares. Para todos os gue partiam, a cruzada repré
sentava o desafio de encarar o desconhecido. Ningu€7'
a considerava como uma aventura com a possibilidadé
de obter um principado terreno, nem seguer os dué * tornaram governantes dos Estados cruzados guando €5”
tes foram constitufdos. Nenhum dos grandes principés
gue seguiram a cruz podia coagir ou seguer encorajar 0% seus seguidores a fazer o mesmo, pois as responsabilida
des gue pesavam sobre os gue tinham de ficar pal? He
na sua ausência eram enormes. Para os gue para” ,
decisêo de seguir a Cruz era pessoal e livre.
os otomanos. Segundo os padrées militares, as Cruzadas nao foram gloriosas nem eficazes. Segundo os padroes espirituais, é, evidentemente, di-
As pretensêes papais e o ideal de impêrio Os movimentos religiosos foram patrocinados,
los guais haviam ostensivamente seguido a Cruz, e é pouco provêvel gue agueles gue a levaram a sêrio tives-
em geral foram bastante ofuscados pelos ideal giosos. Mas alguns acontecimentos gu€ tiveram
ficil dizer guantos cruzados obtiveram os beneficios pe-
mas nag
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due. 3 XI], instigados, pelos soberanos cristaos do sêcul O ista s rel! i
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A CRISTANDADE EM MARCHA
maos da lideranca germênica e de atrair a atenca o do Império para a cidade universal. Os bispos reformistas, no Norte da Itdlia € em outros lugares, acolheram com agrado este ressurgimento de Roma e voltaram os olhos para o seu bispo, em busca de uma afirmacao de orde m crista. Muitos mosteiros, isoladamente, também buscaram junto a Roma protecio da sua independência em relacao aos nobres e aos bispos locais. Uma grande ordem mond4stica, a de Cluny, naturalmente sentiu simpa-
1a por um movimento gue surgia para promover a cau-
sa da disciplina eclesiëstica na Igreja em geral, jê gue ISSO @stava em acordo com os seus préprios esforcos em
[avor do monaguismo. Assim, Roma foi alvo de uma cor-
rente de simpatia e para ld se dirigiu um fluxo continuo
de trabalhadores dedicados 4 nova causa, saidos do dle-
ro mais nobre de toda a Europa Ocidental. Com a sua
Yi
ajuda, o papado transformou-se, na segunda metade do
T
go
século XI, numa organizac&o completamente diferente. Como era inevitdvel, esse papado reformado acabou decidindo gue a tutela dos reis germênicos era inaceit4-
vel. Apés a morte
de Henrigue
II (1056), seu filho,
Henrigue IV, menos idealista, envolveu-se num conflito
com o papa Gregério VII (1078-85), no gual os bispos do seu Impêério se encontraram na desagrad4vel situa-
cao de ter de optar por lealdades opostas. Os assuntos em debate eram simultaneamente complexos e confuSOS € OS COnNtemporanEos gue se envolveram em discussoes polêmicas para persuadir partidarios sê contribuiram para deturpar as guestées iniciais e exacerbar o mal-estar sobre principios em vez de procurar a reconciliacao. Os problemas particulares do papa e do rei-imperador ficaram submersos em discussêes sobre a natureza dos poderes espiritual e temporal, o gue fez com gue a guerela se estendesse tambêém as outras regi6es da cristandade, embora com implicacées diferentes. Uma parte da guerela foi resolvida pelo papa e pelo imperador em 1122, mas a verdadeira paz estava sujeita 4 condicao de o rei germênico desempenhar apenas um papel nominal na Italia. Em 1159, guando os cardeais da Igreja estavam divididos guanto a guem deveria ser o sucessor do papa Adriano IV, teve inicio mais uma longa disputa entre o papa e o imperador, gue sê foi resolvida em 1177. Assim, durante mais de um sêculo, embora naêo es-
cerco de Antioguia,
Fpresentando uma traducao de
builherme de Tiro realizada em
re em finais do sêculo xi. Esta Epresentarao vigorosa de um #pisédio da Primeira Cruzada, Pita na Terra Santa as vésperas da Xpulsio dos cristaos, é uma das
Fntativas mais antigas de
Fpresentar
operaces militares
EE om M guadros,conhecimento 'rdadeiro da
sUerra na Siria no sêculo Xx. As
Mvisas heraldicas e as armaduras 10 sao, no entanto, realistas para Epoca da Primeira Cruzada.
nos reinos da Europa merecem nossa atencao. Os reis germênicos eram indubitavelmente os mais poderosos governantes da Europa, procurando inspiracao em Roma e aliancas com Bizêncio, mas também mestres em
encarar as realidades do presente. O curso da histêria
ocidental foi, no entanto, desviado no século XI em con-
o idealismo religioso se desegiiëncia do smodo como E EE . . senvolveu em Ambito institucional. O imperador Henrigue III, gue tentara cumprir o seu dever religioso e
transformar os bispos dos seus dominios na Alemanhae na Italia em agentes da purificacao da cristandade, tH-
nha, naturalmente, desejado gue Roma desempenhasse
um papel relevante nesta obra. Mas o papado dependia das familias nobres italianas € nao estava preparado para o seu papel universal. Assim, depois de 1046 foram sendo sucessivamente colocados em Roma bispos germanicos e italianos gue empreenderam a tarefa de fazer da Igreja de Roma um parceiro reformador respeitado por direito préprio. Foram vêrias as inspirac6es gue se combinaram para
restabelecer a lideranca de Roma. A renovacao imperial
um insistira na idéia de Roma. Na prêpria cidade havia desejo compreensivel de arrebatar esta r€novacao das
tivessem permanentemente envolvidos em conflito, o Impêrio Romano e o papado de Roma estiveram em desacordo com uma fregiëncia suficiente para destruir para sempre o antigo conceito carolingio de cristandade. Ambas as partes desenvolveram teorias para justificar a sua intransigéncia; ambas adguiriram habitos de
governo, suspeitas, partidarios e tradicêes para resolver
seus problemas, gue os levaram a desenvolver instituicOes independentes. Privado das suas pretensêes ecleslasticas pelas exigências papais, o Impêrio Romano dos reis germanicos perdeu as suas pretensêes morais sobre
a cristandade e, sobretudo, sobre a lealdade dos bispos 1taltanos. Por outro lado, o papado, obrigado a procla-
mar seus ideais espirituais em termos gerais, viu-se aclamado em grande parte da cristandade como lideranca da Igreja universal. O ideal romano de universalidade demonstrou ter um grande poder de atracao no plano espiritual, enguanto o velho conceito de Impêrio Romano como Éstado universal perdia toda a credibilidade. As relac6es entre os reis germanicos € os papas podem parecer de interesse apenas para uma parte da cristandade, mas a sua importência nao deve ser subestimada.
Provocaram nao sê a gueda do Impêério como conceito,
promovendo, desde uma fase iniclal, um programa pa-
pal deliberado de lideranca de todas as forcas espirituais
da cristandade, como também geraram um debate vio93
A GRISTANDADE
EM MARCHA
O Império Germanico durante os periodos salico e de Staufen
UM
O reino da Alemanha foi unido ao da Itilia em 951 e ao da Borgonha em 1157. GContudo, sê com o
NOVO Ii MpELO, Apos a ruprtura
provocada pela guerela das investiduras. Os inimigos mais
visiveis do imperador eram as
NOVo soberano, Fredericol, o
comunas lombardas, contra as guais ele nao conseguia reunir grande apoio, o gue significava, de fato, gue a base de poder do
oportunidades de dar ao Império
dos seus recursos na Alemanha.
advento de um imperador Stufen, cm 1152, os interesses pessoais do encorajaram a explorar suas
Imperador continuava a depender
Ainda antes de o préprio
Aagui, a sua prépria familiaja
rivais, os Welfs, eram pouco
imperador ter se tornado uma figura eleita, o Impérioja estava unido apenas de modo formal.
o poder dos principados e das
comeEouU 4 aparecer a parur da
tinha mostrado o gue os mteresses particulares podiam fazer. Os seus menos poderosos. Nesse periodo
Assim, sta verdadeira estrutura
época em gue a canonizacao de
familias nobres comecou a tomar
Carlos Magno (pelo antipapa de
forma. Os principes da Alemanha viram Os seus privilegios
Frederico 1), em 1165, dava ao
Império a sua bencao.
confirmados por Frederico II.
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A GRISTANDADE EM MARCHA
Caram para prestar servico como soldados. Pouco a pouCO CONUIStaram
uma posicao de forca no sul da Italia,
vendendo os seus servicos de soldados profissionais aos desordeiros governantes locais. Os habitantes lombardos sentiam-se descontentes tanto Com os seus principes
locais guanto com a autoridade nominal do imperador grego em Bari. Os reis germanicos gue visitaram a Itlia na primeira metade do século xi desejavam manter as esperancas — alimentadas pelos seus antecessores — de gue o seu dominio viesse um dia a estender-se até o sul, afastando a pressao grega ao mesmo tempo em gue se
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voltavam contra os muculmanos.
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Os lombardos utiliza-
ram €stas visitas como puderam para os seus préprios fins, € os seus aliados normandos também foram reconhecidos e confirmados pelos reis. Mas durante a mino-
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ridade de Henrigue IV (1056-65) os normandos de repente mostraram gue eram donos do seu préprio
destino, e os papas germênicos nada puderam fazer para diminuir o seu poder. O papa Nicolau IT decidiu
chegar a um acordo com eles e reconheceu Ricardo de Aversa como principe de Capua e Roberto Guiscard
como dugue de Aptilia em troca da promessa de apoio
normando (1059). Por vezes, ao longo dos anos, o apoio dos normandos realmente salvou os papas dos seus inimigos, mas, na pratica, o reconhecimento papal ajudara os chefes normandos a coordenar os seus companheiros
ea dominar os principados lombardos, j4 gue os papas gue estavam envolvidos em guerelas com os reis alemaes
nao podiam simultaneamente fazer o mesmo com Os normandos do sul, e ainda menos encontrar uma forma
(enas da vida de Gregêrio VII, eytraidas da (ronica do mundo,
de
Otto, bispo de Freising, cépia do
século xu de ilustracoes originais
de um manuscrito oferecido pelo autor ao seu sobrinho, Frederico
| em 1157. O autor passou tio rapidamente guanto possivel pela guerela entre o papa Gregêrio VII e oimperador Henrigue IV, com receio de reacender antigas palxoes, mas estas guatro cenas
apresentam a posicao do papa Com alguma simpatia e Ed EXPrimirOo ponto de vista do
Préprio autor. Sao também um
dos exemplos mais antigos de o pode ser a histêria com de modo revelador Tepresentada
em figuras deste periodo.
lento e sem precedentes sobre a natureza do poder na sociedade crista e encorajaram uma investigacao profunda das bases da lei crista. O papado encorajou muitos homens e mulheres a libertarem-se da sua anterior dependência em relacao a idéia de impêrio e fez com gue a Europa medieval nunca mais fosse intimidada por nenhum
governante
com
ambic6es
universais. Nesta
luta ficou estabelecido gue o sonho carolingio de restauracao do Impêrio Romano como base da Europa crista tinha morrido. Sé6 outro soberano medieval, Frederico II, inspirou nos papas um evidente receio, dada a extensdo do seu poder. Mas nao foi na Alemanha, € sim no seu reino da
Sicilia, gue Frederico encontrou os recursos necessar1os para desafiar os papas na Itêlia. Ficou a dever sua post cêo as engenhosas maguinac6es de seu avê, Frederico 1. Derrotado como imperador pelo papa Alexandre HI, Frederico tinha a esperanca de anexar ao seu Império os recursos adicionais daguele reino por intermédio do Constanca, casamento de seu filho, Henrigue VI, com em cobicaherdeira da Sicilia. Essa ilha transformara-se
o papa. do troféu durante a luta entre oimperador e
Os feitos dos normandos na Sicilia
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conguisa for a ili Sic a ri ép pr a s, te an os an Menos de cem
a,o conn€ ta ns Co de ê av lo pe o rc fo es de an gr tada com Ivejas s ja cu , os an lm cu mu s pe ci in pr s ao de Rogério, r ca ar mb se de al de de da ni tu or op a mêtuas deram a ele gério es Ro € du €m os an 50 de a rc ce os e nt (1060). Dura 1rmao, u se a, ilh a el gu da a st ui ng co na teve empenhado a $ua posi r ma or sf an tr em o ad up oc ra ve ti es Roberto, o do to de o ni mi do de o c& si po de dugue da Apulia em ape: ET es nt re pa us se os e os mê ir sul da Itêlia. Os dois E E de o rp Co do e rt pa a en nas uma pegu A si . c1o ini o e sd de a di an rm No da mandos gue saira inicais sy
dos an rm no s no lo co os e gu se zDi xi. lo mas , as os gi li re es c6 vo de r po s do li para a ItAlia impe
de conter a sua expansao. Podiam, até certo ponto, virar Capua contra a Aptlia, mas depois de Roberto ter tomado o principado de Salerno (1077), bem como a Aptlia, o @guilibrio de poderes foi alterado. Os papas mostraram-se habeis em aproveitar o melhor possivel as suas limitadas oportunidades e nunca se resignaram ao apare-
cimento de Estados normandos poderosos, mas acabaram por nao conseguir evitar gue Rogério IT da Sicilia viesse a controlar toda a Italia meridional e a estabelecer o seu préprio reino (1130). Varios papas sucessi-
vos tiveram de se curvar, com relutancia, perante os desejos de Rogério. Contra todas as probabilidades, esse reino permaneceu unido e as dispares tradicoes dos
seus vastos territorios, com sua populacao heterogênea e mistura de religioes, sê conseguiram coerência por in-
termédio de um governo de cunho claramente tempo-
ral. O reino da Sicilia foi uma extraordinaria criacdo de
Rogêério IT, gue fez com gue a geografia da Italia Meridional adduirisse um novo sentido, tendo, por isso, um
potencial consideravel. A criacao do reino normando da Sicilia foi levada a cabo enguanto o papa € o rei germênico (e também o imperador grego) tinham outros problemas mais urgentes a resolver, mas mesmo enguanto estava em fase de criacêo teve um impacto consideravel em todos os
outros participantes. O gue os normandos demonstraram foi gue o sul da Italia e a Sicilia se haviam tornado
— ou, melhor, gue os normandos podiam tornar estes
territérios— de importência crucial para a cristandade; j& no estavam na periferia da influência latina. Os soberanos normandos restauraram, assim, as igrejas e organizacoes latinas nos seus territêrios, construiram novos
mosteiros e deram protecao aos antigos mosteiros gregos. Embora nao fossem perseguidos pela sua religiao, os muculmanos da Sicilia foram os primeiros da sua fé a viver sob dominio cristêo. Os normandos demonstraram também gue nio tinham nenhum desejo de parar por ali: estenderam seu conflito com os gregos além do Adriëtico, até aos Bêlcas, ousando mesmo apoiar um 95
A CRISTANDADE
EM MARCHA
dos, os germanos € contra os papas também, se necessd-
pretendente ao trono de Constantinopla contra o “usur-
rio. No meio de tudo isto, é dificil identificar uma estratégia ou falar de uma légica interna. O éxito normando parece ter sido fenomenale, na proépria época em gue
pador” Aleixo Comneno. De igual modo, desafiaram os muculmanos gue viviam no norte da Africa, do outro lado da Sicilia. O desafio normando no sul foi temerdrio, disposto a ir até onde a audécia e a oportunidade permitissem € nao satisfeito com guaisguer “fronteiras naturais”. Os normandos nao constituiam, em si meEsMOS, um eXÊrcito particularmente unido, e eram os seus PTOprios governantes gue tinham de disciplind-lo. Todav1a, mesmo uma forca como essa acolhia a todos os gue apareciam e€ nao teve amigos nem apoios consistentes. Lutavam contra os gregos, os muculmanos, os lombar-
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mandos, como providencial. Em tma andlise pormenorizada, os feitos dos normandos podem ser considerados mais precarios e desconexos do gue o culto dos herdis estaria disposto a admitir. Scja como for, em termos gerais os normandos realmente conseguiram produzir uma importante mu-
rei da Sicilia, decoraa Rogéri, 1 MOSaico
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teve lugar, o seu primeiro historiador, o monge Amatus, do monte Cassino, descreveu-o, na sua /fisténia dos nom
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Esguerda: os Estados normandos do Sul da Italia
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Antes da chegada dos normandos ao sul da Italia, havia muitos senhorios locais e reivindicacêes de jurisdicao rivais. Foi necessirig
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guase um século para as virias
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cONAUISLas normandas serem
absorvidas em um tnico reino do?
estabelecido pelo soberano da
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Sicilia, Rogêrio II. Ap6s sua
morte, esse reino independente mal durou 40 anos antes de ser
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incluido no impêrio pelo seu genro, Henrigue VI. Mas mesmo
apês ter sido dividido em duas partes, Sicilia e Nipoles (1282),0 reino nunca voltou a se dividir em peguenos fragmentos. Esta parté
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da obra dos normandos
sobreviveu a eles. As cidades-
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repiiblicas anteriormente semt independentes, como Napolese
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movimento comunal posterior. OS velhos principados de Capua€
Salerno foram substituidos, do
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Amalfi, nunca partilharam do
ponto de vista administratiVo, por
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normandos. Os inumeros
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peguenos bispados e arcebispade
nominais nao Causaram gualsauer problemas ao rei; os muItos
normando,
mosteiros, em grande parlé de fundacao antiga, com fregaend situados nas cidades ou peri9
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delas, acolheram com agrado is
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estabilidade do novo regun€
nobreza feudal, recentementé
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narrativa dos acontecimentos gue levaram 4 conguista normanda da
Inglaterra. Foi provavelmente
realizada por bordadeiras inglesas
antes de 1082 para a Catedral de Bayeux, cujo bispo, Eudes, meio140 do rei Guilherme I, é uma
figura proeminente nela representada.
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ram papas, imperadores e principes. Nio é de admirar gue parecessem uma forca da natureza, arrastando tudo diante de si e criando um estado de coisas profëtico em relacao ao futuro. As suas guerras contra os muCulmanos anteciparam as Cruzadas; proporcionaram aos gregos uma prévia do gue o poderio militar ociden-
tal podia fazer; mostraram aos papas gue, embora fos-
sem seus aliados e vassalos do papa, podiam, de gualguer modo, exigir o reconhecimento papal nos sus préprios termos e gue o papa talvez pudesse humilhar oimperador do Ocidente, mas nio podia desalojar os normandos das suas portas. Por mais intrigantes gueos normandos possam ser, constituem uma prova positiva do tipo de energia gue podia ser gerada em uma reglao da cristandade para ser utilizada na sua maxima mtEnS-
dade em outra.
Um dos Estados mais poderosos da cristandade lidade A efetiva independência da Normandia e sua gua terlcon o av in nd ca es o nd mu do o ri rê no ho ro de memb ia têr his na te an rt po im el pap um XI ulo sêc ram a ela no Inglaterra da rel , sor fes Con o o, rd ua Ed a. err lat da Ing gue Guldu o ro ei rd he seu ou me no 6, 106 e entre 1049
transn so in dw Go a ili fam da ia ênc ist res Iherme, e sê a fica planejada por Guilherme
formou a ascensêo paci ou um relc lo co a ' st ui ng co ta Es . da an rm no na conguista guase e nt ra du a di an rm No da e gu du no nas mêos do s lo e pe P ra e er E at gl In da a st cond ui ng a co o, a | 150 anos. Neste aspect ma , ia al Tt da a el gu da e nt re fe di normandos foi ejoso es rm va ta €S , os nE rê po em nt co riadores, como os en em el os nt eE im nd ee pr em os de encontrar em ambos . za le ti su de € l ia rc ma a id st tos Comuns de inve pidara s€ iu gu se is ia ic in os it fe Ta] como no Sul, aos s i ra pa la nc ué fl in a ir nd pa mente uma vontade de ex E E e ss de pu 59 15 € du re mp se , terior a partir da base demons Ya €T gU a e du re mp Se . ta de modo realis
nao ser o melhor meio, o casamento, a heranca € as aliancas podiam ser tentados. No final do sêculo XIT, a anarguia inglesa tinha, nao sem reveses, mas mesmo as-
sim com algum sentido de continuidade, obtido na Franca territêrios mais vastos gue os do prêéprio rei da Franca e estabelecido ligac6es com todos os principais governantes da cristandade. Antes de 1066, os reis da Inglaterra haviam desempenhado um papel de desta-
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danca naguela regiao, através da impiedosa busca dos seus proprios beneficios em 4guas agitadas, mas traicoeiras. Os seus lideres nao tinham nenhuma experiëncia ou tradicao em gue se basear e, no entanto, derrota-
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Adma, direita:a tapecaria de Bayeux é mais propriamente um bordado gue mede 50 cm de rade 70 mde e mais altu
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A GRISTANDADE
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gue nas fronteiras da cristandade. Depois de 1066, seus
sucessores tornaram-se soberanos de importancia continental. S6é na década de 1190 o rei da Franca conse-
guiu abrir algumas brechas nas fronteiras francesas desses dominios, e sê em 1203-04 o colapso de todo este sistema de repente pareceu inevitêvel. Desde entao tem sido f&cil considerê-lo artificial e necessariamente precêrio. Mas os contemporêneos da sua época Aurea —e foram muitos os cronistas dos seus avatares — nunca duvidaram da sua viabilidade. Enguanto durou, foi um dos Estados mais poderosos da cristandade e, durante essa época, os ingleses desempenharam talvez o seu papel mais ambicioso nos assuntos europeus. Nao foi por acaso gue um deles chegou até a ser papa, o Onico papa inglês: Adriano IV (papa, 1154-59). Gomo se manteve esse extraordinêrio governo? Antigamente era costume atribuir grande parte do êxito aos préprios normandos e a misteriosa gualidade do seu “feudalismo”, gue Ihes permitiu criar um ÉEstado poderoso a partir de instituicées gue se considerariam, em gualguer outro lugar, incompativeis com um bom governo. Os normandos de fato contribuiram com certas gualidades de vigor e viso e, dadas as circunstências peculiares da conguista da Inglaterra pelo dugue, Criaram o seu Estado praticamente de um sê golpe: os suseranos normandos formavam um grupo extraordinariamente homogêneo e disciplinado, em claro contraste, por exemplo, com os senhores “normandos” da Italia. Mas a Normandia em si nunca foi famosa pelo seu bom governo e recentemente OS historiadores descobriram na Inglaterra de uma época bastante anterior a conduista as origens dessa poderosa monarguia. É certo gue os 97
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O Império dos Plantagenetas
Sendo, ja antes de 1066, uma figura poderosa dentro do seu préprio reino, o rei da Inglaterra passou, desde entao, a desempenhar também um papel preponderante nos assuntos do continente gracas aos territ6rios gue possuia na Normandia e no
6*
Mame e, depois de 1154, por
intermédio das suas possessoes no `
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oeste da Franca, desde o Loire aos
Pirineus. A sua suserania foi
GOLFO DE BISCAI
procurada — ou imposta — por soberanos das faixas mais
distantes da cristandade, desde a
Escéciaa Bretanha. O rei da
Franca, gue com esforco retomou
o controle sobre a extensao de terras desde a Normandia ao
Poitou (1202-26), nem por isso
expulsou os Plantagenetas para alêm do Canal da Mancha. Durante mais 250 anos o rei da Inglaterra desempenhou um papel independente nos assuntos da Franca. Este mapa ilustra apenas a primeira fase desse envolvimento, mas encerra uma histéria com! icada de mais de
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A CRISTANDADE EM MARCHA
beranos franceses. A verdadeira forca da sociedade francesa nao Estava nas suas instituicées locais, mas na capacidade gue alguns principes franceses tinham de garanura afeicao e lealdade dos soldados. No entanto, os
Cx1tos de tais governantes dependiam de saber como tirar partido das oportunidades. O maior de todos eles, Henrigue TT da Inglaterra, tinha simultaneamente sangue normando e angevino o estimulando a grandes fei-
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tos, mas a subita extensao do seu poder ao vasto ducado da Aguitênia pelo casamento com a sua rainha, Leonor, em 1152, é prova do seu oportunismo bésico. O carater do seu governo na Aguitinia nao é tao bem conhecido guanto o do seu governo na Inglaterra, mas foi certamente mais bem sucedido e duradouro gue o do seu antecessor, Luis VII, primeiro marido de Leonor. Henri-
od
Aama:o primeiro volume do
| Domesday Book, aberto, descreve os direitos de posse c as
cessêrio, embora sua prépria administracao bem orde-
| propriedades de toda a Inglaterra
nada a tornasse muito menos turbulenta do gue outras regioes dos seus dominios. A submissêo gue demonstrava ao rei fazia dela a evidente fonte das suas reservas. É praticamente impossivel provar gue o dinheiro inglês foi usado no continente, mas é fêcil ver como alguns in-
2 sul da linha Tees-Ribble, com | excecao dos trés condados de East
Anglia; estes ultimos foram
registrados no segundo volume do Domesday Book, gue era
| ligeiramente menor e redigido
por outros escribas, apos um | inguérito sem paralelo ordenado em 1086. Os livros ficaram | armazenados nesta arca de roupa desde o sêculo Xvil, gue
gleses a servico do rei foram, sempre gue necessario, chamados aos assuntos de Henrigue, servindo a admi-
nistracao e as igrejas em todo o “impêério”, e fazendo parte de embaixadas regulares ao exterior, 4 Espanha,
antigamente tinha trés fechaduras | como as arcas do Tesouro e gue
Sicilia, Roma e Alemanha, alêém de manterem contatos
| pode ter sido utilizada para | armazenar as insignias de | Henrigue VI.
na Irlanda e na Escécia. Nao é de admirar gue os cronistas ingleses da época tivessem horizontes mais largos gue os seus contemporêneos de outras regioes. Os registros histêricos dos alfabetizados, tal como a necessidade de haver cronistas profissionais a servico do
Direita:o Castelo de Orford, em Suffolk, Inglaterra. Este castelo,
| construido cru 1165-73 em um
rei, apontam para o inevitêvel envolvimento da monar-
` novo local na costa escolhido por Henrigue IT, custou ao rei, de
guia inglesa com os eruditos e, assim, com as comunida-
acordo com registros preservados,
des religiosas da cristandade. De modo especial, o desenvolvimento, durante o século xIr, de novas escolas e estudos no norte da Franca atraiu muitos estudantes in-
| mais de 1.400 libras ao longo de
| Olto ou nove temporadas de
| CONstrucao, sendo a mais cara das
uas fortificacoes até entao. A
| madeira para a Construcao foi
trazida de Scarborough, e a pedra, | de Caen. O desenho também era | Muito incomum: uma torre de | menagem octogonal com três
| torres com ameias € uma
| COnstruao dianteira; uma série | de torres foi erguida ao redor da
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gue II logo demonstraria no continente os recursos do reino da Inglaterra, e a Aguitênia, ou pelo menos a Gasconha, mostrou estar mais ligada ao reino da Inglaterra do gue jamais o estivera a Normandia. De uma maneira ou de outra, as ligacées politicas foram mantidas durante três séculos. Na época de Henrigue II, os dominios no continente certamente absorviam grande parte da sua atencao, mas a Inglaterra nunca foi vista por ele desfavoravelmente. Tratava dos seus assuntos guando ne-
ar, o normandos souberam como aproveitar, e melhor
importante, gue haviam encontrado. Mas, ainda mais
s antec€Esseu os gue do te en em pr s mai ivo mot um nham ja , vel eja man a tem sis um er olv env des a par es sores ingles OS impossibilitaE Ent tme con no os ss mi ro mp co s seu gue
1? gestao o mP t€ s€u o o tod te en lm oa ss pe tar gas vam de am as Insticar for es co bi am s sua as es: les ing dos assuntos mente da pi ra s ma se mre ve ol nv se de a tuicées inglesas reais s de da li bi sa on sp re s da o fi sa de para responder ao va nas glês esta in a em st si o lh ve do a rc fo A . no continente a. Ao ampliar o Ambito da fiscaliz
suas instituicêes locais
de criar a ir ne ma a um ou nt ve in a cao real, a monargui deli a ri êp pr a su a b so te n it En er co it] ca uma sociedade politi ores feudais, nh se OS , is ca lo es ad ed ci ranca, unindo as so tro monar€?
ou m u h n e N . al re o ca ra st ni mi algrejaea ad e He gu do u o m i x o r p a sé er gu do sêculo XI se #
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da Inglaterra fizera Fa m co a i Fo s. to or it rr te de todos os povos dos seus ca o g an fr e g n es ad ed ci de elementos das so N real. r de po de co ni Gi o it ' s d a t s € , ra er at gl In fortes da ee lugar sem
sem tido es Hv os nt me ci te on ac s gue esse
gleses, preparando-os para servir a uma sociedade como a inglesa, gue tinha necessidade constante de servidores met6dicos, dedicados e até com espirito civico. E certo gue os bispos ingleses mantinham grupos de membros do clero formados, e talvez ainda mais porgue muitos bispos na Inglaterra dispunham de cabidos monasticos mal preparados para tratar dos assuntos particulares dos bispos. O pessoal a servico dos bispos nessas dioceses unha necessariamente de ser independente dos seus cabidos. Os senhores laicos também apreciavam os servlcos de homens formados nas escolas. O saber nao era monopélio do clero, e particularmente o rei necessitava
dos seus servicos. O primeiro chanceler de Henrigue II,
Thomas Becket, foi formado na escola de Bolonha e,
como arguidiëcono de Cantuaria, era responsêvel pela gestao dos interesses legais do arcebispo na sua diocese. Os servicos por ele prestados a Henrigue II eram, ao gue parece, mais semelhantes aos de um fact6tum. Onde guer gue tivessem recebido a sua educacao tormal, dois servidores do rei certamente tiveram a capacldade necessêria para aplicar seus conhecimentos na re-
e os dac&o de relatos (inicos de como o tesouro real ribunais realmente funcionavam: o Didlogo do Tesouro, do cost e umes leis as sobre Trat o ado e Fitz nige l, Ric har de d 99
A CRISTANDADE EM MARCHA
Reino da Inglaterra, inicialmente atribuido ao principal magistrado judiciërio, Ranulf Glanvill. Estes dois documentos provam gue na Inglaterra desenvolvimentos simultêneos do saber podiam ser rapidamente adaptados a objetivos praticos. O clero como tal desempenhou um papel importante na administracao real, mas sem alterar sua funcao basicamente secular. Nio seria justo desdenhar das suas pretensêes de servir a um objetivo mais elevado gue o do rei. Os seus membros eram fiéis as regras eclesiasticas, mas de modo geral pensavam gue o rei tambêm tinha um papel a desempenhar nos designios divinos e nao hesitavam em promover os interesses
reais. Se as suas atitudes nos parecem por vezes bastante seculares, os seus colegas laicos nao parecem por vezes menos santarroes. As nossas categorias nao se ajustam a sua poca. Entre os contemporêneos de Henrigue II, Frederico
No século XI, os numerosos visitantes, peregrinos e turistas gue foram a Roma impuseram exigéncias sem precedentes sobre os recursos da cidade. Os estrangeiros viam as suas expectativas frustradas e guelxavam-se
dos romanos € da sua avareza. Contudo, nao desistiam
de ir e tiravam proveito das comodidades possivelis, In-
cluindo, ao gue parece, um guia sobre as maravilhas de Roma, escrito por volta de 1140, provavelmente por Benedetto, cênego da Igreja de Sao Pedro, gue demons-
atrairam para suas cortes notaveis homens de talento, bem como pessoas de nascimento nobre, € gozaram da
trou um intenso respeito pela antiga cidade. Os forasteiros certamente ficavam impressionados com a sua singularidade e, assim, Benedetto procura explicar as
menos de acordo com as provas existentes. Isto significava gue o rei estava mais bem informado e gue a sua in-
entanto, pode ser mais bem explicada como sendo mas um exemplo de como os romanos do sêculo Xn tinham conseguido por si mesmos recuperar o orgulho gue sentiam pela heranca de toda a cidade. Nao existe nenhum sentimento de vergonha ou de pesar pelo seu passado pagao, e nenhuma defesa especial do seu presente cristao; somente a sensacao de gue a grandeza do passado reforca a do presente, gue deste modo se completam. Assim, apés dez curtos capitulos indicando as
da Alemanha, Luis VII da Franca € Rogério JY da Sicilia
companhia dos perspicazes e da conversa dos eruditos. Mas o servico gue Henrigue II obtinha dos seus cortesaos era importante para o seu governo e para a rotina administrativa. Os dominios do reino germênico certamente eram mais vastos do gue os de Henrigue, mas exiglase gue este rei fizesse mais pelos seus siditos do gue o gue Frederico 1 fazia, e os seus processos administratiVOS tocavam os seus stditos em todas as localidades, pelo
tervencao era mais ativa, mas também gue tinha necessidade de um fluxo de informacao constante, o gue, por sua vez, mantinha funcionarios e mensageiros ocupados em colocar o rei a par de tudo. Henrigue II estava em
permanente movimento, sempre alerta e ativo e, assim,
de tal modo incapaz de ficar guieto gue seu principal passatempo era a caca. Era um homem de acao, mais do gue um intelectual, mas inteligente, educado segundo os padroes da época, e nenhum dos eruditos gue o conheceram deu a entender gue ele tinha sido apanhado desprevenido por pessoas mals sagazes. As suas singulares capacidades de governante parecem ter se destacado no campo das leis: foi um 4rbitro respeitado das disputas internacionais e descobriu formas de resolver problemas legais sem corroer abertamente as instituicoes existentes. Este nao é o local préprio para inventariar todas as virtudes e defeitos do seu governo: trata-se, agui, nao tanto de analisar suas gualidades pessoals e sim de vermos nele exemplo de algumas caracteristicas da sua a da monargrguia ingles êépoca. A combinacao 8 a tradicional com interesses no continente, e utilizando todos os altmos melhoramentos entao disponiveis, permitiu aos
governantes normandos e angevinos transformar seus territêrios no Estado mais poderoso do século X1 — um
Estado com a marca da ambicAo secular nele estampa-
da, gue sê podia funcionar (e sê podia, de fato, chegar ao nosso conhecimento) através da multiplicidade dos seus registros escritos. Antes do fim do século XI1 o governo inglês tinha a tal ponto reconhecido a importência deste fato gue comecou a manter registros atualizados dos seus préprios papéis. De todos os outros governos europeus da época, o Gnico gue aglu de
modo idêntico foi, desnecessêrio dizer, o proprio papado. Mas todos estes “Estados” e programas diferen tes titeveram em Comum o fato de procurarem consciën
mente dirigir suas préprias comunidades de partidêrios fiéëise de mostrar o caminho a outros gué, no tempo se manter certo, descobriram a mesma necessidade de
consistentes e coerentes.
100
Mirabilia Urbis Komae
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maravilhas de Roma em beneficio deles. Esta obra, no
dimensoes das muralhas da cidade, o niuimero de portas, de arcos do triunfo, colunas, balnearios, palacios, teatros, pontes e cemitêrios, a primeira histêria conta-
da por Benedetto é um relato da visao atribuida a César
Augusto na gual o imperador, recusando as honras divi-
nas propostas para ele pelo Senado, consulta a Sibila Tiburtina. Esta revela a ele a visao da Virgem tendo nos
bracos o menino Jesus — visao esta, escreve Benedetto, gue Ihe foi concedida no guarto do palêcio onde agora fica a Igreja de Santa Maria do Gapitêlio, isto é, Santa
Maria Ara Coeli. Nenhuma outra histéria contada ao visitante teria maior poder para impressionar com o papel tao preponderante gue Roma teve na difusio do
cristianismo e no fato de o imperador pagêo gue domi-
nava o mundo ter reconhecido o seu destino cristio. A histêria é contada com provas evidentes, procedentes da leitura das inscricêes, e o guia exorta o visitante a observar com a devida atencao as inscric6es, sendo entao descritos os edificios. Ad; os como trata das 30 sosê explicj a os prédi Bened €detto nao
notaveis esculturas e conta histêrias para explicélas — como a estatua dos Dioscuros com os cavalos ou a estêtua eguestre de Marco Aurélio. Naguela época certamente j& tinham sido espalhadas lendas, como agui se relata, sobre a histêria das estituas nacionais da colina do Gapitélio, cada uma com uma campainha gue tilintava guando uma delas se rebelava contra Roma. O guia tambêém conta as histérias de como o mês de agosto recebeu esse nome e como a festa das correntes de $&9 Pedro e Sao Paulo era celebrada em agosto na Igreja de Sao Pedro al Vincula. A confusêo de nomes estraga o
impacto sobre os escritores modernos, mas a preocupa-
cao de Benedetto em mostrar como os costumes pagaos foram transformados em prdtica cristê prova o seu sur. preendente desejo de explicar a alteracio em termos
historicos, como acontece no seu relato sobre o modo como o papa Bonifacio IV conseguiu obter do impera- . dor Focas o Panteao e o consagrou a Virgem ea todos. Oos martires.
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Direita: selo deluisda Baviera,
coroado imperador em 3284
Desenhado em 1328 ars sels
ouro, este sel concenia
osnotses Bg. Gnica imagem da cidade do imperador CAPUT MUNDLREGITOS), FRENA ROTUNDI comomassUmé le omparacéo
gue os edifciossiocsloed
dit viajei ordem Pora Famiaf pela pelo entraya vista
as muralhas, as portas, o Tibre
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em 1898 por Paolo di :—
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o final do século XmI, € ente Os aspE CLOS de
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mais impressionista do gue
dado na cuia. precOis
distribuicao dos prédios
demonstra, contudo, um avanco
A interacao do passado e do presente de Roma torna dificil dizer se o autor estava mais interessado na trans-
tormacao das antiguidades romanas ou se, pelo contré10, mteressava a ele explicar a maneira como as igrejas tnham adguirido os seus ornamentos. Ouando trata do tamulo de Adriano (Castel Sant Angelo), diz gue o sepulcro de pêrfiro original estava no seu tempo em La-
trao ante folloniam, e gue o coopterium ficava no Paradiso de Sao Pedro sobre o timulo do prefeito Ginzio. Mas o seu interesse pelo passado imperial fica claro no relato
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sobre o mausoléu de Augusto; mais uma vez lê as inscri-
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miracao pelo passado parece ter-se estendido as instituicoes desse passado, como guando descreve de Marte, onde os céênsules eram eleitos em 1* e assim permaneciam durante seis meses; se os eleitos nao eram culpados de crimes, os seus
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coes, e diz sobre um templo de Cneu Pompeu gue era de um tamanho e de uma beleza maravilhosos; esta ad-
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o templo de julho cOnsules consula-
dos eram confirmados. Foi na Roma de meados do sêculo XII gue Arnaldo de Brescia propês o restabelecimento do Senado. Por conseguinte, nao surpreende nada gue Benedetto escreva um capitulo muito elogioso sobre a colina do Capitélio gue praticamente nao se refere ao cristianismo. A erudicao de Benedetto pode nao parecer impressionante comparada aos padroes modernos, mas a sua
preocupacao com o passado, a sua precisao na identifica-
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cao dos sitios argueolêgicos situados no lugar onde se encontram os monumentos do seu tempo, as suas referências as instituic6es e habitos (jogos e bibliotecas publicas) do passado indicam gue os leitores desta obra eram predominantemente pessoas cultas. Ele nao se debruca sobre simples mexericos para divertir os turistas. Mas apesar disso o livro parece sugerir gue o leitor ira percorrer Roma de acordo com um itinerêrio coerente. Comecando pelo Vaticano, o livro mostra o Gastel Sant'Angelo e o Campo de Marte antes de ir para Campidoglio. Depois, a excursao segue para baixo, até ao F6rum. Do Palatino prossegue até ao Coliseu, ao Girco e até as colinas — Celio, Latrio, Esguilino e Aventino —, antes de voltar ao Trastevere. O autor conclui dizendo gue fez o melhor possivel para descrever, em beneficio da posteridade, guanta beleza havia nas pratas, no ouro,
no bronze, no marfim e nas pedras preciosas, € para in-
dicar a guantidade de templos e palêcios de imperadores, céênsules, senadores e prefeitos gue existiam em
Roma no periodo pagao, tal como ele lera em anais ante-
riores, vira com os seus prêéprios olhos e ouvira da boca dos anciëos. Até Petrarca, no sêculo xiv, tal como muitos
desenho do século xv “Dtando a estatua egiestre
0 Aurélio. Esta estatua,
Em 16d.4C., é o mais belo
0 eddeste dos muitos ENIG ade. Durantea “Ha, guando suscitou
NITAEA0, encontrava-se lica Latrao 16r da Baside u 0 Século XV, servide
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outros antes dele, retirou deste livro inspiracao e informacao. Nas suas pêginas é agora possivel apreciar como Roma foi capaz de exercer mais uma vez o seu fascinio sobre os povos do Ocidente: nêo pelo Impêrio, nem em nome do governo, nem mesmo somente pela disciplina eclesidstica, mas sim por uma mistura de paganismo € SEA anismo NG sem paralelo em nenhum outro Il lugar. OVY pacristi ganismo tornara-se completamente inofensivo para os z Es s do século m é demonstrado pexi, como tambéEd cristao los poetas e eruditos desse periodo, gue nao tiveram ne
nhum medo de gue os autores pagaos ou as alusoes pudessem vir a corromper a sua pureza religiosa. 101
Peregrinacao a Gompostela As peregrinac6es aos santu4rios podem, paradoxalmente, ser vistas de duas formas: os santos eram conservados e estimados
como
tesouros
em
locais especiais,
mas
atraiam OS vlsitantes de toda a cristandade; as peregrinacoes pressupunham uma situacao internacional suficientemente cstavel para garantir viagens trangiilas, mas partiam do principio de gue os peregrinos nao estavam tao enraizados nas suas terras gue nao estivessem dispostos a empreender longas jornadas.
No Impêério Romano do sêculo v.a forca dos lugares santos era grande. Roma atraia peregrinos aos santuarios
de Sao Pedro e $&o Paulo, especialmente depois da conguista de Jerusalêm (6388) pelos muculmanos ter tormado €ssa vliagem mais perigosa. Nessa época os homens da Igreja tnham comecado a impor a peregrinacêo como uma peniténcia. Os monges irlandeses defendiam a idéia de guea prépria vida crista era uma peregrinacêo, para ser vivida em um exilio permanente. As longas viagens dos peregrinos até os santuêrios dos santos pareciam ser, por conseguinte, uma forma suave de abnegacao. Como as viagens longas estavam sujeitas a dificuldades imprevisivels por Causa das condic6es politicas instêveis, a partida em peregrinacao continuou a ser uma decisio rara e empreendida com a devida solenidade. Contudo, a partir do século x1 é evidente gue foram deliberadamente organizados grupos de peregrinos a fim de tornar os rigores da jJormada menos assustadores para os individuos.
Nenhum texto anterior a por volta do ano 700 faz refe-
rência a Sao Tiago na Espanha e sê por volta do ano 900 se estabeleceu um culto no local da diocese de Jria, onde
se Julgava ter sido descoberto o taAamulo do apêstolo, por volta do ano 880. Embora tivesse sido construida uma igreja nesse local, em Compostela, antes do fim do sêculo 1x, foi somente apês Guilherme Fierebrace, conde da Aguitania, ter feito uma peregrinacao gue se encontraram (970-1029) provas de gue o culto se tinha estendido além da Espanha. No final do sêculo XI esse culto jA tinha uma fama tal gue o papa autorizou o bispo de Iria a
transferir a sua sede episcopal para Compostela, onde
uma nova basilica comecara a ser construida em 1076
em honra a S&o Tiago. Nessa #poca a peregrinacao tinha conseguido fama internacional e guase imediatamente se tornou um dos maiores cultos da cristandade ocidental, onde sê a prépria Roma podia também reivindicar a
posse de religuias do corpo do apêstolo.
Os promotores desse culto entenderam ser Gil elaborar a histéria sobre o modo como Sao Tiago chegaraa Compostela, preenchendo as lacunas gue encontraram nos relatos existentes para contar uma historia mais exaltadora e talvez para dissipar guaisguer davidas. A nossa principal fonte de informacao é uma compilacao, Liber
Sanct Jacobi (O livro de $. Tiago), escrita para Compostela
provavelmente na época do arcebispo Diego Gelmirez
(1101-89), ativo defensor do culto. Esse livro reuniu certo
nimero de textos, incluindo a lendêria histêria de Carlos Magno, gue se tornou a parte mais conhecida do texto.
N30 se sabe ao certo guando ele foi escrito, mas ele sa-
lienta a importência do trafego da peregrinagao nas ter-
ras de onde Carlos Magno era oriundo. É seguido de um
guia de peregrinacao escrito por alguém originario da
Franca, com o objetivo de chamar a atencao dos peregri102
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OS
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nos para as virias fases da sua jornada através do norte da Espanha a partir de Puente la Reina. O autor cita guatro
rotasatravés da espanhol. do século x1 partido para
da Franca gue alcancam este ponto de partiPor conseguinte, é evidente gue em meados um niimero importante de peregrmos teria Compostela de localidades além de Saint-
Gilles, Le Puy, Vézelay ou Tours, de tao longe guanto a Itêlia, o Impêério, os Paises Baixos ea Normandia. Outros
peregrinos vieram por mar das terras cristas do Norte. Mas é a importência dos franceses nas rotas terrestres o mais evidente, especialmente a influência de Cluny, gue foi tao marcante na Espanha crista dos sêculos XI € XI. Embora os peregrinos tenham talvez percorrido estas rotas durante varias geracoes, tudo aponta para a
promocdo do culto no final do sêculo XI, guando a in-
fluëncia de Cluny no norte da Espanha atingiu o auge.
D. Sancho, o Grande, de Navarra (rei, 1110-80), tinha,
a principio, ocupado novamente a regiao de NajeraLogrono e tornado as antigas rotas de peregrinacao, gue as incursêes sarracenas haviam interrompido, em rotas seguras para os viajantes. As guerras contra os muCulmanos atrairam para a Espanha soldados cristaos, do mesmo modo gue foram atraidos para a Sicilia e, mais tarde, a Terra Santa. Estes ficaram entusiasmados com
as narrativas sobre Garlos Magno e seus pares, gue contavam gue tinham lutado na peninsula em tempos idos. O éxito das armas cristas, gue alcancaram Toledo por
volta de 1085, deu alma nova aos reinos do norte da Es-
panha, onde novas igrejas foram construidas. Uma a uma, as paradas ao longo da rota foram sendo ornamen-
tadas com novas construcoes, em estilos gue misturavam elementos da Franca e da Espanha moc&rabe. Assim, as
grandes rotas gue se estendiam para longe através da Franca ofereciam aos peregrinos uma sucessêo guase sem rival de estacées de parada gue sustentavam o seu fervor religioso durante a longa marcha. O guia era Gl para os organizadores ou gestores dos grupos de peregrinos. Cerca de um terco é dedicado 4 descricao pormenorizada da cidade de Gompostela, das
suas igrejas e da basilica, e ainda a um relato dos santos Cujos santuarios se encontram no lado francês dos Pirineus. Todavia, o espaco dedicado as diferentes regiëes da Espanha atravessadas pelos peregrinos, as suas populacoes, as suas paradas durante a jornada, as hospedarias, aos rios por atravessar e 4 gualidade da sua 4gua pot4vel da informac6es simples e especificas de grande utilidade para os viajantes. O autor pressupêe gue seus Jeitores trao partilhar da sua impressao sobre as populacées rudes gue iriam encontrar pelo caminho. Viajantes obrigados a atravessar os largos rios perto de Bayonne tinham de pagar guantias exorbitantes aos bargueiros, a guem o autor do guia injuria em uma firia plena de frustrac&o. Afirmando gue somente os mercadores tinham o dever de pagar a travessia, nêo os peregrinos, ele revela gue na realidade os bargueiros entregavam as guantias recebidas ao rei de Aragao e a outros senhores, enguanto o clero local nao sê absorvia estes predadores como os receDia nos
altares
santos.
Com
efeito,
o autor afirma
claramente gue toda a regiao conspirava para despojar OS peregrinos e pensa, com desespero, gue so a excomunhao de tais malfeitores poderia pêr fim a esta pratica;
Acma: 0 aparecimento tardiode lendas sobre Sao Tiago, gueaguise véê vestido de peregrino, nao inspid confianca nelas. Maso desejo dé acreditar due, mesmo nos: us
tempos mais sombrios,a
cristandade possuia os Corpos!|
milagrosos dos maiores santos!
transformou em todo.o munda4
natureza da devorao popular
revelando uma necessidade!|| desesperada de encontrarapold
od e amizade a para religioso de parentescoe de tornar G$ Di acessiveis no culto religioso (Ede RE]
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Direita: o mosteiro beneditn9as sa
Silosficafora da rotade.
peregrinacao, mas nem po
A SUaJBI deixou de prosperar. foi reconstruida em meadosa
0 me século XI. Pouco depois, principal esculpiu Cristo.co. peregrino, avancando com. determinacao, mas CON OS
discfpulos, em Ematis, insae, para gue se desvie eva Gear eles. A sua figura
tansmis
resoluao magistral do] BA
devoto.
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go, Catedral de Santiadeer
guia como ultrapassand0
outras, fo substituida (110 por este portal construid
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PEREGRINACAO ACOMPOSTELA
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gue na prépria Galicia os viajantes iriam encontrar uma terra agradavel, com agua pura e fruta abundante, pao
de centeio, cidra, leite, mel, peixe, ovelhas e animais de
carga, assim como ouro, prata, tecidos, peles e as riguezas dos sarracenos. Descobririam gue os galegos, apesar de sua aparência colêrica com tendência para discutir,
estavam, 4 sua maneira, mais perto do “nosso povo francês” do gue gualguer dos outros povos incultos de Espanha. Ninguém poderia ser tentado, ao ler o gula, a empreender uma jornada até Compostela na expectativa de uma farra ou pelo prazer de percorrer terras diferentese bonitas. Se os viajantes se distraiam durante as suas viagens com outra coisa gue na0 os pontos de referência dos santos, nao hê nenhum registro. A jornada era tao longa e arriscada gue se tornava indispensêvel ter alguma forca de vontade para mortificar a carne a fim de ob-
ter as gracas divinas. Todavia, acerca das atribulacoes dos peregrinos restam apenas os monumentos dos prédios erigidos ao longo do caminho, em parte a custa deles. A estrada até Santiago era calcada na sua totalidade para comodidade dos viajantes e a manutencao das peregrinacêesa este lugar remoto da Galicia durante toda a Idade Mêédia representa a gratidao das geracoes futuras por poder usufruir dos beneficios gue os pioneiros do século xle do inicio do sêculo xu Ihes proporcionaram. 108
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OS guais espreitavam os peregrinos antes de chegarem a grande Igreja de Compostela. O peregrino gue desejava desperdicar o seu dinheiro em tentadoras ninharias gue estavam a vista na cidade santa nao gostava nada de ter de pagar as inevitêveis despesas inerentes a sua jornada. Felizmente o autor conseguiu garantir aos seus leitores
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de insignias feitas de conchas, de vinho, de sandalias, de sacos de couro, de bolsas, cintos ou plantas medicinais,
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mas foi o entusiasmo dos peregrinos pelo santo gue inevitavelmente provocou esta cinica exploracao. Os homens das montanhas da Espanha nao viam por due razZao os lucros do negêcio gue resultava da peregrinacao haviam de beneficiar todos os vendedores ambulantes
PEREGRINAGAO
A COMPOSTELA
As rotas dos peregrinos atrav€s da
Franca convergiam para Ostabat,
atualmente uma aldeia pacata (abaixo). Passando os Pirineus,
belos Capiteis do seculo XI foram
preservados em San Pedro de la
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É possivel notar virias influências locais ao longo das rotas dos peregrinos. Em
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Moissac foi construida uma nova igreja depois de, em 1047, a abadia ter se filiado 4 Ordem de Cluny. Os escultores gue
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trabalharam no seu claustro
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combinaram estilos figurativose geométricos, alguns dos guais tomados de tecidos e tapetes orientais (acma). Em Congues,
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aigreja de meados do sêculo XI
(acima, direita) prova a renovada
popularidade do santo menino,
St. Foy. Em Arles (direita),a
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Trophime, seu patrono,
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grande periodo de peregrinac6esa Compostela.
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Abatxo, esguerda: losso de Abinger,
(vastelos
Surrey, reconstituido de acordo
com vestigios posteriores. Até meados do século X
muitos dos
castelos anglo-normandos eram
inicialmente construidos em madeira, com uma palicada
erguida sobre um monte de terra
€ uma torre central. Tas defesas podiam ser rapidamente erguidas
com a ajuda de trabalho (orcado.
S6 a partir do sêéculo IX os novos centros de populacao
descobrem a utilidade de defender as cidades. Os vikings, gue sitiaram Paris em 886-88, foram detidos pelas
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muralhas, na Inglaterra, mais ou menos na mesma éDO-
ca, Alfredo inventou uma maneira de cercar as cidades
com muralhas e de armê-las com a forca militar recruta-
da localmente. Para erigir e defender fortalezas desta natureza os poderes pablicos precisavam obrigar os homeEns a pagar para isso, construindo e armando estas
pracas-fortes. Ouando a autoridade nao era exercida pe-
los reis, tendo caido nas mêos de OUutros, como aconteceu sobretudo na Franca durante o sêculo X. esses ho-
mens tinham poder suficjente e muitas vezes com razao para erigir fortalezas para si préprios. Para serem defendidos permanentemente, os castelos eram construidos em pedra, o gue desde o inicio exigia pedreiros com conhecimentos, e a sua construcio demorava muito tempo. Para armar com rapidez uma defesa, monticulos de terra com uma sélida palicada de madeira por cima eram suficientes para proporcionar abrigo a um pegueno corpo de soldados. Uma forca invasora provavelmente incorporava trabalhadores especializados para poder erguer rapidamente castelos desse tipo, mas parece mais provavel gue a forca de trabalho para erguer os monticulos de terra fosse recrutada localmente. Nenhum castelo, por menor gue fosse, poderia ter sido erguido por gualguer senhor gue nao tivesse poderes consideraveis, mesmo gue temporërios, sobre uma regiao ou um corpo de soldados. Uma vez construi-
dos, os castelos tinham de ser confiados aos seus caste-
loes, gue descobriam gue a praca-forte poderia vir a ser
uma base para a sua prêépria acao politica independente. Verificou-se gue um castelo convenientemente abastecido de Agua e viveres podia dar a senhores locais de pouca importência todo o poder necessêrio para manter sua efetiva independência. Aparentemente, reis com grandes recursos militares e alguma determinacêo politica, como Henrigue 1 da Inglaterra, tinham a possibilidade de lidar com caste-
lêes gue ameacavam a sua prépria seguranca, desman-
telar os castelos supérfluos e procurar casteloes leais para os restantes, mas havia poucos governantes deste
tipo, portanto os castelos continuaram a ser os centros
de Estados autênomos. A funcêo primordial do castelo
era sempre defensiva. O local era escolhido principalmente pelas vantagens oferecidas pelo terreno para a
defesa: uma &rea com apenas uma possibilidade de acEsso, encostas ingremes ou até um penhasco rocho-
so. Por toda a Europa, as ruinas destes castelos, entre os
guais alguns instalados em lugares espantosos, ainda 30 visiveis, mas agora so mais pitorescos do due ameacadores. A pêélvora destruiu suas defesas, mas SO depois de as condicêes politicas e econêmicas terem destruido a sua seguranca. Por volta do século X1, a renovada importência das cidades tornou o seu aCc€SSO, s€ naoo seu A controle, indispensavela supremacia da vida puablica. principio as cidades eram guarnecidas com as ad ad prias muralhas detfensivas, gu€ tinham de ser duradou-
ras € resistentes. As têcnicas de construcao das defesas
construcao desse tipo tinham implicacées na propria de castelos. Eduardo I da Inglaterra, o maior construtor 106
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Abatxo: Krak des Chevaliers, na Siria. Esta foi a maior fortaleza erigida pelos cruzados na Terra Santa e foi defendida pelos cavaleiros de Sao Joao do Hospital entre 1142 e 1271, guando foi tomada pelo sultao mameluco
Baybars. Um bastiao muculmano mais antigo tinha ocupado este
local estratégico, mas a posicao foi
reforcada pelos cruzados com duas muralhas concéntricas com torres, separadas por um largo fOSso.
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EnOTLE:
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esta casa d sua seguranca. O estilo recear pela lo XI, com dicat io, do sêcu s
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base eram mais antigos. A planta do castelo (abaixo) mostra
Castelos, restaurados no século XvI,
COMO OS aposentos independentes
Epoca em gue ainda estavam ligados, tinham, no final da Idade
estavam localizados ao redor de
um patio guadrangular aberto.
dando a esta casa de dois andares.
ao castelo construido entre duas
estruturas atuais, bem como as de muitos castelos da regiao, datam
St. Hilaire era o nome do Castelo
trancesas.
tangue de 4gua na torre sudoeste.
torres de menagem guadradas.
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torres de trés. O saldo ficava no
extremo sudeste do edificioe o
com torres redondas. Os castelos $ao cercados de uma muralha com torreoes redondos. No século
XIT este local foi ocupado pelos senhores de Curemonte, gue provavelmente construiram a
de varios CO-proprietarios. Uma das (amilias deu seu nome — Plas —
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Abaixo: Curemonte, em Brive la Gaillarde, Corrêze. Estes dois
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CASTELOS
antiguadas da capela, no lado leste, sugere gue os edificios de
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inglês de castelos na Galia e na Escécia, utilizou os servicos de um arguiteto da Saboia, Jaime de St. George, gue em Caernarvon mostrou como o castelo e a cidade deviam ser simultaneamente defendidos. $Sé uma cons-
trucao de castelos desta gualidade poderia resistir aos
atagues dos inimigos medievais. E sê castelêes instalados em locais isolados e inverossimeis poderiam, por
conseguinte, conservar a sua independência. Em todos os outros lugares os castelos tinham perdido o seu signi| ficado na politica local. Durante os dois ou três séêculos da sua supremacla, OS castelos exerceram uma profunda influência sobre a
vida ea mentalidade de nobres, vassalos, soldados e ha-
bitantes locais. O objetivo principal do castelo era dar as guarnicêes militares sitiadas a possibilidade de resistir mais tempo do gue guaisguer inimigos estariam preparados para resistir a um cerco. Nenhum castelao tinha a populanenhum interesse em entrar em conflito com proc&o local ou se privar de alimentos ou do trabalho proporciocastelo O . prêéxima nca vizinha da venientes intermitentes nava uma protecao contra as repetidas e po” a contra nao e longe de vindos ncursêes de bandos apareciam, o casinimigos s€us os guando local; pulac&o € o$ animals s homen os para refigio um telo tornava-se Ouando do. abasteci ente devidam estava e da vizinhanca mais do gue tempofins para mantido ser a continuava de a estrutur t€ resisten uma em rêrios € se transformava sek oe especlal papel um a pedra, o castelo adguiri semp politica. e sociedad sua na ou Hao no seu distrito de oe capaz minima forca uma guarnecido com um ope acolher vez€s por podia um Cerco, tambêm
e prodigalidade, a sua magnanimidade e, se necessario,
a sua justica. Poderia chamar os seus bailios para Ihe darem conta dos seus cargos, encontrar-se com novos ren-
deiros, decidir sobre novos regulamentos e pêr fim a veIhas disputas. O castelo era a sua casa de campo, o seu tesouro, o seu palêcio, o seu lar temporario,
simbolo
permanente do seu poder e da sua dignidade. Amda ha muitos castelos nas Ilhas Britanicas — alguns ainda utilizados, como o Castelo de Windsor, o de Warwick ou o
de Alnwick — gue nos dio uma idéia da sua finalidade.
As restauracoes feitas posteriormente nao apagaram por completo o seu aspecto original, embora seja dificil ma-
ginar o seu interior. Os melhoramentos feitos mais tarde na estrutura do sêculo xu indicam gue o proprietêrio sê depois mandou instalar aposentos mais especificamente intimos e confortaveis. Na maioria, eram pracas publicas onde os homens viviam, comiam
e dormiam
juntos e em total confianca, com apenas as damas viven-
do retiradas. Os castelos, como os mosteiros, eram lugares de austeridade, reconhecendo convenientemente a
importincia da higiene, como prova a sua construcao. Ouanto ao mobilirio confortêvel, aos cortinados ou as tapecarias, ao conforto das camas e das alcovas, s6 os romances dao leves pistas. O aspecto destes castelos tinha como objetivo provocar terror e respeito nas pessoas gue se aproximassem: mas uma vez admitido no patio, o visitante passava a fazer parte da extensa familia do pro-
prietério e vivia na sua companhia.
Ri e riament necessa nio nimero de pessoas, se propri seu 0 Ouando guerra. castelo durante a a sua Cort6,
receber podia es, servidor os com chegava no vizinhos e vassalos s os 0. iverti par2 j mentos diverti organizar ostentat rig ueza com sua b i a a o exibind salao, seu grande
107
A CONSTRUCAO DE UMA NOVA ORDEM
gue nao deviam ser criadas novas regras de vida religiosa. Os futuros reformadores religiosos teriam de adap-
tar uma das muitas regras existentes aos seus objetivos. Autoridade, disciplina e lei foram utilizadas para controlar o exuberante crescimento das épocas anteriores, de modo a desenhar para a cristandade um jardim bem ordenado. No movimento das Cruzadas aconteceu algo semeIhante. Embora o seu periodo de conguista tivesse terJeminado muito antes de Saladino ter reconguistado
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1187, os cruzados j4 haviam percebido a
necessidade de pensar seriamente na sua estratégia. Entusiasmo e coragem nao eram suficientes. Ao longo de todo o século XI, o ideal da cruzada permaneceu forte
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e, apesar das suas desilus6es, a cristandade manteve viva
a esperanca. Mas na realidade parecia gue a Terra Santa teria de ser tomada pelos flancos e nao por um atague direto. Os participantes na Ouarta Cruzada viramse envolvidos nos assuntos gregos e desviados para a
conaguista de Constantinopla (1204), com a esperanca va de gue tal conguista fosse vantajosa para o movimento; a Ouinta Cruzada foi lancada contra o Égito, princi-
pal inimigo (1918-21). As Cruzadas de Luis IX foram tambêém dirigidas contra o Egito (1248-54) e a Tunisia (1270). Sé Frederico IT atacou de frente Jerusalém, mas
perdeua simpatia dos cristaos devido as suas negociacées com Al-Kamil, sultao do Egito, embora elas efetiva-
mente salém para o mento,
tenham resultado na ocupacao de parte de Jeru(1998). No sêculo XI muitos reis se deslocaram Oriente, tendo sempre em menté aguele movimas a preparacao cuidadosa das forcas ea andli-
um se das realidades politicas Hveram necessariamenté
efeito moderador sobre os soldados. O antigo entusiasmo cego era considerado perigoso. das Assim, dessa e de outras formas, Ccomo resultado
inovac6es do século XI, no sêculo XI os homens j& comecavam a perceber a importência de refletir sobre OS
seus problemas e confiar em governantes gue agissem unias disto, consegucnca Em responsêvel. de forma
ja dades politicas da Europa come€caram a cristalizar. e normanda, Sicilia a como recém-chegados, havia n&o as velhas potências comecavam a assumir noVvas tarefas de governo, dando seguranca € fazendo a paz €ntre facc6es rivais. Um simbolo desta nova situacao toi tal vez a organizacao da Universidade de Paris no inicio 108
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do século Xm foi sua €renca em Deus e na obra da Igreja. Durante todo o sêculo XIN OS sucessivos papas, na sua maioria oriundos de familias romanas, foram, para
a Cristandade, lideres enêrgicos e capazes de tentar tornar realidade a unidade gue o seu cargo simbolizava. A primazia da diocese de Roma no Ocidente nunca fora verdadeiramente posta em causa, mas no passado os papas tinham afirmado ser os vigarios de Sao Fedro; a partir do sêculo Xm monopolizaram o titulo de 'vigario de Cristo”, com tudo o gue ele implicava guanto ao seu poder espiritual supremo € como mais do gue uma mera alusao ao direito gue tinham de negociar também com governantes temporais. Como nobres romanos de origem, estavam em posicdo de tratar de problemas locais, de recrutar pessoal para a sua vasta administracao e, assim, dominar os territérios de Sao
Pedro na Italia central, bem como de tratar das gues-
toes de toda a cristandade. Como romanos, sabiam alguma coisa da universalidade dos ideais romanos, mas eram simultaneamente realistas, convencidos da im-
portincia de uma base territorial para a Igreja garantir a eficêcia da sua obra. Os papas deste periodo tiveram a Capacidade de tratar das guestoes italianas e daguelas de toda a cristandade, como se esses interesses fossem
compativeis. As suas guerras contra os imperadores Staufen foram pagas em parte por impostos recolhidos em outras regioes da cristandade, gue provocaram impopularidade e resistência, mas parte daguela verba foi
paga, e afidelidade a Roma, por mais critica gue fosse, nunca foi abalada. Os papas nem sempre eram têo pacientes ou tao sabios guanto seu cargo exigia, mas apesar de todos os seus erros nao afastaram parcelas importantes da cristandade. Na sua tarefa espiritual, os pontifices reconhecerama importência de contar com colaboradores eficientes ee nao procuraram atingir os seus objetivos por mera manipulacao burocratica. Inocêncio JN esperava diminuir o fardo gue recaia sobre a ciria romana, fazendo com gue os bispos aceitassem as suas préprias responsabilidades. A julgar pelos abundantes registros deixados pelos bispos ingleses, o sentido do dever e dedicacao dos bispos podia contribuir muito para dar uma panorêmica e para apontar defeitos do sistema, mas nio podia
eliminar os abusos e€ nao diminuiu o peso dos assuntos envlados a Roma para julgamento. No entanto, pêsa descoberto mais guestêes merecedoras da atencao do papado. No sêculo XI, o papa e os bispos tendiam a
acreditar gue um clero paroguial mais bem educado
podia, a seu tempo, ser um meio indispensêvel, embora nao sufticiente, de resolver o problema da fragueza dos
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foram perdidas pela ogresss
lombarda €, 40 sul, pela : hostilidade dos IMperado res iconoclastas e mais tar d CONJUISLAs muculman E Be
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Os tHtulos. Isso também se Provou ser o caso das terras atribufdas3
Igreja de Roma pela piedosa
condessa Matilde da Toscana, gie
morreu em 1115. papague reinou mais tempo, AlexandrTT, e passou um grande periodo ng. exilio ou em Benevento. Sê ng final do século Xmospapas.. conseguiram ter verdadeiro..
controle de suas terrasnaTtiliaA
benevolência doimperador..
germanico foi necessria paraa manutencao deste estado de coisas. A preocupacao do papado
com a real independéncia dos.
seus interesses territoriais na Jtalia
acabou sendo a causa da ruptura com Frederico IT, gue desmembrou olmpêrioe
confirmou o territêrio italianodo papado, gue este deteve durante mais de 600 anos.
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na pintura, em gue prevalecem as proporcoes, a ordem e a clareza. A fonte direta dessa autoconfianca entre OS lideres
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Huëncia dos monges, mas a enorme guantidade de regras corroia a base da crenca na simples fé monastica cComo unico ideal para os cristaos. Os préprios monges tinham demonstrado gue ela era passivel de demasiadas imnterpretacoes diferentes. As disputas sobre o ideal e as rivalidades entre as ordens tornaram imperativa a IMPOSICAO aos monges de uma disciplina vinda de cima. Assim, o papa Inocéncio NI (1198-1216) decretou gue as instituicoes beneditinas deviam ser agrupadas em congregacoes e se reunir em assembléias regulares — idéia inspirada nos cistercienses— e também
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dade monastica ampliara muito o raio de acao e a in-
Estado papal
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dade novos problemas gue sê podiam ser resolvidos por novos métodos. Por exemplo: o impeto da criativi-
Direita: o desenvo IVimentg
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Autoridade, disciplina, lei e léogica A pura vitalidade do sêculo Xm levantou para a cristan-
do século Xm. com a sua corporacêo de professores e o seu sistema de exames e atribuicéo de graus, gue sé deesponsenvolveu a partir do po de ensino muito mais gue obtit&neo conhecido no século XI. Os homens tinham UPpO9 noVvo deste cêes niza orga em éxito nham afund uvos objed seus dos ros segu , ntes lige inte ser de 1 surg ca$ isti cter cara Fstas es. iant conf auto € mentais ram também na arguitetura gética contemporanEea €
A CONSTRUCAO
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DE UMA NOVA ORDEM
sacerdotes e da ignorincia dos leigos. Neste sentido, as
Capodistria
escolas episcopais e, eventualmente, as universidades
teriam de dar a sua contribuicao. Contudo, no século XIN as universidades destinavam-se mais 4 educacao do alto clero, nao do pêroco. $é no final daguele século
Bonifacio VIII tomou medidas para possibilitar aos pêrocos a obtencao de alguns anos de estudo, dando-lhes
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autorizacao para utilizar os lucros das suas paréguias enguanto Eestivessem ausentes. Assim, durante o tempo de estudo grande parte dos estudantes do século Xu dependia das suas préprias familias ou de patronos. Entretanto, antes de se poder dispor de um clero educado em todas as paréguias, o papa € os bispos eram awxiliados nas suas tarefas de instrucao dos leigos pelas novas ordens de frades — dominicanos e franciscanos, ambas sob a protecao direta do papa. Estas ordens faziam guestio de pregar, atividade anteriormente reservada aos bispos e abades, e de aceitar a pobreza — isto é, recusar beneficios para os seus conventos, tendo, assim, necessidade de viver em comunidades urbanas € mendigar para satisfazer suas necessidades diërias. Essa abnegacio evidencia até gue ponto o anterior modo monastico de aguisicao de beneficios para responder as necessidades religiosas gerara hostilidade e a desconfianca de gue os préprios religiosos tinham se beneficiado mais do gue Deus. Os novos religiosos tentaram eliminar essas desconfiancas se propondo a viver da caridade alheia, invertendo assim o papel dos monges nos sêculos anteriores. Embora essas ordens tenham se tornado extremamente populares durante todo o sêculo XIII € mesmo mais tarde, ambas tinham, desde uma fase
inicial, se empenhado na tarefa de combater a influëncia da heresia em determinadas regiëes do sul da Fran-
ca e da It4lia central. Os dominicanos tencionavam re-
futar os heréticos albigenses em debates polêmicos sobre a doutrina: os franciscanos
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importante
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| Esguerda: Inocëncio III, em mosaico da abside da antiga Igreja | de Sao Pedro, atualmente no
Vaticano. Ouando os mosaicos
| Constantinos foram restaurados,
| no tempo de Inocêncio III (1198-
1216), foram feitas duas insercoes,
| 'ncluindo esta bela cabeca do Jovem papa com bigode. A obra,
| com belas tesselas, e o realce das
| maras do rosto apontam para um | trabalho grego, e o estilo da sua | Mitraé notével. O papado estava | €N(a9 NO Su apogeu, mas nao | inhaainda adotado a coroa tripla | para stmbolizar sua soberania.
| Dirsiiasatedrel de Santa Cecilia, | M ASDI, Iniciada em 1282 e Lr
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| ETmada no sêculo XIV. ons 1ida em tjolos ae
MAElhados, ao estilo do sul da ë COM UM interior
0; Vista externa mostraa grandeza da concepcêo. atortes sustentam a abébada
Agam as capelas Jaterais. A
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semelhantes dando exemplo de servico humilde provocar dissensêes. Na prêtica, ambas as ordens se envolveram na pregacao a vastas audiëncias e foobrigadas a se estabelecer em cidades com univer-
A CONSTRUCAO
DE UMA NOVA ORDEM
L-sguerda: este
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AdCAD, fa par de um grupo de nove igrejas te Bolonha gue atingiram se f se
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vida de Gristo na Terra. Na mk
achada gue da para Piazza, u
pulpito externo é uma iibuas
adeguada a um pregador — indicacdo precoce da nova
im portancia atribuida4 EXOrtacig publica em um dos Malores
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centros intelectuais da
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cristandade antes de as Igrejas como as dos (rades, serem especialmente desenhadas COm o grandes auditérios.
Abaixo, esguerda: o amboneou pulpito, de onde era cantadaa
Epistola e o Evangelho, em San
Lorenzo fuori le Mure, Roma. Nos
séculos XI € XI, guando as igrejas de Roma foram reformadase renovadas, (oram eguipadas com NOVOS Ornamentos em estilg majestoso e imponente. O estilg “Cosmati” de decoracao,
utilizando placas de marmore ou
porfiro enguadradas em mosaico, era particularmente apreciado, e
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este é o mais belo exemplo de um ambone Cosmati.
sidades, onde formavam seus membros € recrutavam alguns dos estudantes mais idealistas da época. O @xito dos frades na resolucao do problema dos he-
albigense. A heresia nao foi eliminada pela superioridade intelectual dos dominicanos, mas os contemporaneos acreditaram gue a Igreja fora capaz de resolver o problema da heresia por estar intelectualmente segura da sua posicao. Os monges também desempenharam um papel im-
portante nas universidades, estabelecendo a confianca
intelectual nas verdades da religiao. Os mais famosos professores de teologia escoldstica foram todos frades: Alberto, o Grande (Albertus Magnus), Tomas de Aguino, John Duns Scotus e Guilherme de Ockham. @uan-
do, no inicio do sêculo XI, a Universidade de Paris co-
mecou a ser organizada, intelectual nos estudos era a berta das suas obras de lêgica resse durante o século XIL, e a
a principal influéncia de Aristêteles. A redescofora alvo de grande intesua fama, pelo menos en-
tre os l6gicos, levou a uma atitude de respeito para
com as suas obras cientificas. Mas guando, no inicio do
século XI, estas Gltimas se tornaram do conhecimento
geral alguns professores se mostraram iniclalmente
hostis aos seus ensinamentos claramente nao-cristaos,
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confianca generalizada no cristianismo. Tinham sido especialmente os albigenses gue haviam resistido a todas as tentativas empreendidas no século Xi para converté-los por intermédio da pregacao, e sua recalcitrência acabara por levar o préprio Inocëncio II a pregar a cruzada contra eles (1209). Foi por meios militares gue sua forca foi esmagada e o perigo afastado (na década de 1240). Por volta da mesma época, foi confiado aos dominicanos o dever de pregar e posteriormente de arrancar a heresia pela raiz por intermédio da Inguisicao, sendo facil imaginar as reac6es psicolbgicas da regiao
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réticos naguele periodo ajudou, sem diivida, a manter a
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COMOo no due se refere a Criacao ou 4 natureza do homem. Outro motivo de hostilidade era o fato de as obras cientificas de Aristêteles serem de compreensio
demasiado dificil sem o recurso a comentêrios, sendo
os Gnicos disponiveis no sêculo xi traduzidos do arabe e escritos por muculmanos. A desconfianca em rela-
cao a Aristoteles foi, assim, reforcada pela hostilidade
para com os seus defensores. Os cristaos admiradores
de Aristoteles, no entanto, nio perderam a coragem.
Perceberam gue tinham muito a aprender com aguelas obras dificeis e nao se deixaram desencorajar pelos seus aspectos repreensiveis. Alguns pensadores mais
audaciosos foram mais longe, tentando reinterpretar
as suas doutrinas e mostrar gue podiam ser aceitaveis para os cristaos. Outros, ainda mais ousados, comecaram a pensar gue poderia haver duas verdades, uma
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ambém exerceu uma influëncia maisdireta e duradoura sobre os
| russos, alterando o curso da sua
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desenvolvimento. O oriente Médio
| islimico foi, no entanto, certamente fragmentado pelos
mong6is de uma maneira da gual
3 cristandade foi poupada. O
| califado de Bagda sofreu uma
permanente eo califa
acabou sendo protegido pelos sultdes mamelucos do Egito.Ja no | sêculo XV, os MONgOIS,
comandados por Tamerlao, | destruiram o préspero Estado otomano. Os cristaos tinham,
rtanto, boas razoes para recebécomo potenciais amigos,
rancas de convertéembora as | los nio tenham se realizado.
trovérsia e, apesar de a esc palavra gue denota um; para
o
desenvolvimento
termtorios a leste do curso médio do Volga e, dez anos mas tarde, André de Longumeau chegava a Tabriz. Du-
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tudo, OS professores cris taos deste periodo perc eberam rente por AMDbOoS, iniciara m seu Proprio caminho. Ocid
O ente atingiu pela primeira ve z a autoconfian ai telectual. Como indicacao de ssa mudanca de ok ie espirito, consideremos a Sum ma contra Gentiles, de Santo Tomas de Aguino, gue, segu ndo consta fo encomendada COMO auxiliar no ensino dos mission3rios doMMICANOS Nas recËm-coNguIstadas jl has Baleares. Esta obra (oi concebida como uma exposi c3o racional da teologia crista e baseava-se no Pressupo sto de gue os muculmanos podiam ser afastados da sua propria posiCao monoteista e levados a aceitar o cr istianismo. Mas
gualsguer gue fossem os seus mêritos no gue di z respeito a um objetivo imediato de conversêo, Como feito intelectual esta obra é um tour de force.
Missées junto dos mongis Ao contrario das antigas, as novas ordens religiosas se e€mpenharam em influenciar e converter os gue estavam fora do alcance da Igreja. Os seus êxitos mais notdveis tiveram lugar nas cidades entao florescentes, onde podiam erguer enormes igrejas, ideais para a pregacao, e gue ainda existem em muitos lugares. Mas o seu feito mais surpreendente foi, certamente, o das espantosas missoes gue estabeleceram fora da prêépria cristandade.
rante cerca de cem anos houve dominicanos na Asia Central, na India e em Samarcanda; durante esse mes-
mo periodo os franciscanos chegaram até Peguim, Capital do império mongol, onde estabeleceram um bispado. Estes missionarios, to longe da sua base, tinham uma fé e uma coragem extraordindrias. Certamente nao eram os tinicos cristaos encontrados tio longe no Oriente e donos do seu prêprio destino. Encontraram Cristaos nestorianos na prépria China € um nimero desconhecido de cristaos tinha sido atrafdo a Asia pelos soberanos mongéis, apês as suas incursêes na Europa. A visita de mercadores venezianos — os irmêaos Polo — 4 corte do Grande C& (1975) prova gue havia europeus intrépidos dispostos a fazer a longa viagem por motivos gue nao tinham a ver com a salvacao de almas cristis. Mas, por mais incertos gue fossem, os tempos eram considerados propicios no Ocidente, ea presenca mongol em toda a Asia foi um dos fatores gue contribuiram para gue assim fosse. Os mongéis haviam entrado na cristandade pela primeira vez em 19387, guando, realizando incursées além das estepes da Asia Central, tinham atacado a Riissia de
Kiev e destruido suas cidades comerciais. Continuando a avancar pela Europa sob seu lider Batu, neto de Gên-
gis Ca, depararam com uma grande forca gue derrota-
ram em Legnica, na Silêsia, em 1241. S6 a morte do Grande C4 Ogedei na Asia Central impediu Batu de
continuar a avancar. Este se retirou para resolver os problemas da sucessao do canato e nunca mais voltou.
Mas o papa Inocêncio IV ficou tao impressionado com a chegada de uma forca tao poderosa, e ainda nao
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A CONSTRUCAO DE UMA NOVA ORDEM
A CONSTRUCAO DE UMA NOVA ORDEM
comprometida
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o Isla, gue enviou Giovanni
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pim no encalco dos mongêis até bem no interior da
Asia para Ihes propor uma alianca (1945-47). Essa iniciativa foi renovada alguns anos mais tarde por Luis
IX, gue, da sua posicao estratégica na Terra Santa, per-
cebeu a vantagem de cultivar a amizade dos mongêis.
O seu mensageiro, Guilherme de Rubruck, bem como
o seu predecessor Carpini, acabou transmitindo notiClas € os seus relatos sobre os mongéis encorajaram muitoS outros a empreender a viagem a partir dos portos da colênia genovesa da Criméia e dai em diante,
através da estepe, até Peguim, se necessirio. Durante mais de duas geracées, até o Ca da Pêrsia aceitar o Isla em 1300, o poderio mongol da Asia Central apareceu, aos olhos dos cristaos, como mais uma razêao para ter €speranca, sobretudo depois de os mongêis terem des-
truido o califado de Bagdê (1258) e provocado a firia
do chefe mameluco Baybars, gue acabou por derrotë-
suas esperancas foram obviamente destruidas guando os mamelucos do Egito expulsaram os ultimos cristaos dos seus bastiëes na Terra Santa (1291) e, por volta da mesma época, os mongois da Asia Ocidental aceitaram a Conversao ao Isla, gue assim recuperava seu dominio
na Asia €e no norte da Africa. O avanco dos otomanos
nos B4lcas na segunda metade do século XIV foi, do ponto de vista islêAmico, apenas a retomada de um de-
ver, havia muito interrompido, de espalhar a fé: a anti-
ga religiëo estava ressurgindo com renovada confianca. Foi o periodo em gue viveram alguns eruditos mucul-
manos faAmosos, como o historiador e filésofo Ibn-Khaldun (1889-1406), e também o periodo em gue a capital
da cristandade, Constantinopla, velha inimiga do Isla,
foi finalmente conguistada pelos otomanos. O viajante
Ibru-Battuta, gue visitou o mundo inteiro, como ele o via, de um extremo ao outro do Islê, mostrou-se indife-
prédios Crguido ane
sultao Oalawun — madrasa e mausol has oe be éu teito Arduitetênico - EP sem AE na ja construid a Cidade Gerald A unidade do Esgue ma, ? air, conjugada com o tatame varlado guc o ar guiteto f ss fach
ada, com suas Janel rendilhadas € amei as se.
arguitetura muculman a is atraente e interes sante ds ex
terior. A influëncia das CONSLrUcFBES cris tis no Orien is parece ser detectdvyel.
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Extrema direita: Marco Polo
extraido de Li Livres du graunt Caam, de Marco Polo, c. 14 00
ter grande valor. No final do sêculo. os mais acessiveis
ao Ocidente de fato jê tinham chegado a acordo com o Isla. Aceitando aguela religiëo, conseguiram preservar
seu dominio na Asia Central, mas a unidade do seu Im-
pério nao sobreviveu 4 morte do Grande Ca Mongke em 1259. Os mongêis da China (dinastia Yuan) e da
Pêérsia (dinastia IT C&) dispunham pelo menos do auxi-
lio das tradicoes de governo autêctones. Nos canatos de GChagatay e da Horda de Ouro, os mongéis mantiveram seu estilo de vida nêmade, embora conseguissem, graCas a sua prépria capacidade de inspirar medo, manter os russos, em um
estado de
AD VABUL ME
submissao. Mas como nao aproveitaram esta oportunidade para desenvolver um tipo de sociedade mais estavel, fo1 sê uma guestao de tempo até a sorte mudar, ja gue ao persistirem nas suas tradicoes alguns dos seus vizinhos foram obrigados a desenvolver-se de modo a proteger os seus préprios valores. No altimo terco do
século XIV, o lider dos N] Ca, Timur, fez incursoes e con-
guistas por toda a Asia Ocidental — incluindo o império criado pelos turcos otomanos — de modo tao destrutivo guanto seus antecessores 150 anos antes. Mas, ao contrêrio destes, seu impêrio nao conseguiu sobrevi-
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ver seguer uma geracao ap6és a sua morte, em 1405. Os
otomanos, por exemplo, logo recuperaram sua POSicao
e, em 1499, tiveram a ousadia suficiente de lancar um
atague 4 prépria cidade de Constantinopla. Mas nao se
deve permitir gue os defeitos dos mongéis obscurecam sua importincia histêrica. Por todo lado foram como as labaredas de um fogo na floresta; mas guando se restaurou o crescimento, veio como um novo vigor.
A Cristandade e o Isla: perdas e ganhos A atitude cautelosa e respeitadora dos russos para com XV, a Horda de Ouro, gue se manteve até ao sêculo mostra de forma adeguada as realidades do poder islacrismico tal como foram experimentadas pela Europa seu no a Isl o ado afi des am vi ha cos éli cat os ad uz cr &. Os e reinterior € este tinha, pouco a pouco, reagrupado elemene ess ar min eli a do mo de cas for s sua do distribui
contravam to estranho do seu seio. Os cristaos gue se en otum r ra st mo a m ra ua in nt co a nci luê inf sua fora da sde lancar ce an ch s sua as to an gu e nt de en re rp su o sm mi no Egio ad ot rr de s, Lui Sao de fé A ue. tag -aa um Contra dar a par ia Sir na s ano tro gua do en to, mas permanec latino vor fer o ava ent res rep sê nao ia, ênc ist alento aê res para foru bui tri con mo co , hor mel de no gue ele tinha do sêculo XI al fin no as en Ap . ros out dos talecer a fé
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los na Siria em 1960. Esta derrota talvez tenha convencido os cristaos de gue, como potenciais aliados, os mongéis no pareciam
OS povos vizinhos, como
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DE UMA NOVA ORDEM
gue viviam nas fronteiras da sua civilizacao: ele nao podia imaginar gue a vez deles ma chegar. O maior dos Estados islamicos gue fizeram frente a cristandade no final do sêculo Xui foi, sem davida, o
Egito. Em 1171, Saladino restabelecera no pais a orto-
| 0 Egito sob os mamelucos
| O Egito dos mamelucos foia maior poténcia muculmana
doxia sunita e esta se tornou a verdadeira base do movi-
| conhecida dos cristaos do final da
[dade Mêédia, gue deixaram relatos do gue ali viram,
| admiraram e recearam. Cairo era 0seu maior bazar e deve ter impressionado todos os | mercadores e peregrinos gue ld
| foram como sendo uma das
| grandescidades do mundo. Apês | adesintegracao da unidade
| islimica, o Egito novamente se
| (ormara uma potência politica
| importante, masa sua 1 heterodoxia religiosa negara-dhea Positao de lideranca no mundo
| islamicoguea sua rigueza,
Populagao é posicao estratégica
| Justificavam. Depois da conguista | peloortodoxo Saladino em 1171, 9Egito tomou rapidamentea | Chefia dos assuntos islêamicos. A | “ya elite militar, o exército turco | dé eseravosmamelucos, permitiu | VM regime gue durou mais de 250
| 410,O nome podia parecer
| 'nime, mas de fato eliminou os
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mento para a eliminacao dos Estados cruzados no sêculo XI. A campanha de Luis IX contra o Egito foia oportunidade ideal nao sê para a sua propria derrota, mas tambêém para a instalacêo da dinastia mameluca gue deu o poder ao exêrcito turco de “escravos”. A partr deste periodo, o Egito conseguiu novamente ex€rc€r
sua influência sobre o mundo islêémico. Era rico em ce-
reais, tinha uma populacio numerosa e desempenhava um papel vital no comêrcio gracas aos seus Contatos No obtinha oceano fndico e no interior da Africa, onde
exerceu prata e escravos. O sultêo Baybars (1260-7 7) sobre a também mas Siria, a sobre sê nêo seu dominio o bem-estar Numidia e sobre os berberes. Promov€u
o papel de mudesempenhou € pais seu do econêmico fo-
escolas e € mesduitas construir ao culmano piedoso
Oalawun (1279-90) sucessoT, seu O ortodoxia. a mentar pela construfamoso ficou e estilo mesmo o manteve pre-
hospital muculmano antigo mais do Cairo, no Cêo, 340) fo1 igualmente (1998-1 Al-Nasir sultio O servado. AR
gue foj obrigado problemas os embora enêrgico, declinio do pr€ssag'D um fossem jê tarde frentar mais (1882mameluca dinastia segunda do sistema. Uma ti man mas jlustre, mens 1617) teve uma histêria
pela conguI afastada finalmente ser no poder até ao chegado haviam erte 4 otomana, duanto OS portuguesés] o pOCS
XIV€ XV, séculos OS Durant€ Vermelho. mar
e oe cristaos pelos subestimado do Egito nao foi mP As
tao ficaram pais aguele por dos gue viajavam favoravels.
relatos volta de trouxeram gue nados daMREuropa. espeito AR p s 2" s merec€r ! de deixar nao podia islamicos, d Estados grandes desses A consolidacao es s do s o d a p i c n i r p s e t n pês fim aos insignifica restabelecer as fronte Xx
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para n&0 serviu, contudo,
isliAmicas do Ocidente. Uma das diferencas decisivas en-
tre este ponto alto da civilizacao islêamica e os anteriores foi o fato de o Mediterrêineo Ocidental nao ter sido recuperado. O fato de os normandos terem conguistado a Sicilia para a cristandade seguer foi posto em causa. Ao contrêrio, foi a partir da prêpria Sicilia gue tveram lugar irritantes advertências da sua hostilidade, sob a forma de incursêes intermitentes 4 vizinha Tunisia. As ilhas Baleares foram também conguistadas aos muculmanos em meados do século XI, enguanto tanto o rei de Aragao guanto o de Castela avancavam para o sul na Espanha continental. Por volta de 13800, sê o mutilado reino de Granada se mantinha nas maos dos muculma-
nos da Espanha, abandonado durante guase dois sêcu-
los como Estado vassalo de Castela, mas, pela sua cultu-
ra, taAo resplandecente guanto as cortes muculmanas contempor#ineas suas. A Castela de Pedro, o Cruel (Pedro 1, rei 1850-69), tinha uma grande divida para com os seus vassalos muculmanos no gue se refere aos re-
guintes da vida guotidiana, 2 arguitetura, 4 decoracao doméstica, ao artesanato em madeira e aos têxteis. Mas
nao mostrava vontade politica ou religiosa de destruir os muculmanos ou o Islê. A preponderência cultural do Islê Ihe valeu o relutante respeito dos cristaos. Os reinos cristaos do Norte — peguenos, pobres e pouco povoados — sê se envolveram profundamente nas guest6es dos reinos muculmanos mais ao sul devido ao colapso do califado de Cérdoba (1088), as rivalidades
dos reinos sucessores (os tasfas) € ao reaparecimento de forcas muculmanas no norte da Africa (primeiro os almordvidas e mais tarde os almêéadas). A explosêo de atvidade inicial gue culminou na conguista de Toledo peJos cristaos, em 1085, seguiu-se, como seria de esperar, uma grande cruzada religiosa no século xi. Esta grande Juta entre os representantes da Cristandade e os do Isla nêo redundou em uma vitêria decisiva para gualguer doslados e sê no inicio do sêculo Xu1 as forcas cristas recuperarama iniciativa. Foi para responder ao desafio
dos almêadas gue as forcas cristas se reagruparam, ven" cendo a batalha de Navas de Tolosa em 1212. No espa118
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rente aos povos sem importência da Europa Ocidental
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A CONSTRUCAO
A CONSTRUCAO
DE UMA NOVA ORDEM
co de uma geracao, a principal obra de reconguista foi realizada com a conguista de Cérdoba (19385) e depois
de Sevilha (1248) pelas forcas castelhanas sob o comando de Fernando II (canonizado em 1671). O rei de Cas-
tela viu-se, assim, de posse de um vasto dominio, em grande parte despovoado apés a fuga dos muculmanos. O novo rei de Castela, Afonso X, o Sabio, tentou atrair pessoas vindas do norte para colonizar a Andaluzia. Grandes concessoes de terras foram feitas as igrejas, as ordens
militares €e a nobreza,
de modo
a encorajar o
maior numero possivel de castelhanos a aproveitar ao maximo aguelas terras recém-conguistadas. A assimila-
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A Sicilia e o poder europeu empeo a, nh pa Es da Sul o a di va in a el st Ca Enguanto
auz Gr das o nt me vi mo no ao ag Ar de 1 e im Ja nho do rei
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podem ser regist radas em “4S gue da
Espanha medieva oc o na segunda metade do d els e ou na primeira meta de do ds
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eliminado mais de dois sêcul depois. Durante esse period, peninsula foi dividida em dr
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prederloo.
deria| , ado tat do ia -ép coa obr€ aves E fal ho Manfredo, rei
hor , me! é lo 6) 86 | fela pa (125 xto e t o onive d |
testerur,
ho disp
devia Frederico, du€ ente p resumivelm
do pro Sê2 B uzi idasfielmente. | ders ' tracoes eu prod letadas as ilus #
| oe oo Emeiros dos seis lIvros. dos
das foi dirigido contra a Costa oriental e, do outr o `O laladdo do mar, contra as jlhas Baleares. Em consegiëncja guencia d; disto, no final do seu reino os Estadosd
A CONSTRUCAO DE UMA NOVA ORDEM
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'O Xm do due com gualguer outro remo da época. O préprio re ino de Aragao era a parte MEROS 1IMPOrtante das possessêes do rei. E
. Este, como sEUS sUcESSOrEs, voltou-se para om duanto os reis de Castela viraram ar Com tanta firmeza
as-
Stas as Orgens turi` anas da sua di.nastia' . Tendo SudSpeCO rado os problemas
'Dtsraos urgentes, os reis espanhêis do século XI tam-
VE Pr tos a desempenhar papêis Important€SR nasEE guD estoes onda cristandade. Antes o rei de Aragao uvera relac6es com o Impêério através dos seus Esta dos
na Frovenca, mas a desintegracao do poderio dos Stauten, sobretudo apêés a morte de Frederico IL. ambém afetou, inevitavelmente, reis posteriores. Mais sur
preendente, talvez, é a insia do préprio Afonso X de Gastela em se envolver nos assuntos imperiais. Como
neto do grande imperador, aceitaraa eleicao para o trono germanico em 1257 e sê renunciou ao ttulo em 12 74. (Gastela estava demasiado longe para manter uma
ligacao gue até Carlos 1 (o imperador Carlos V), três sê-
culos mais tarde, considerou um fardo. Mas o envolvimento do rei de Aragao na Sicilia foi mais profundo: Pedro IM casou-se com uma neta de Frederico II e aceitou, em 1282, um convite dos sicilianos para se colocar a frente do reino e os ajudar a expulsar o rei francês Carlos de Anjou. A Sicilia passou a ser governada pela casa real espanhola a partir dessa data e até 1860. No sêculo Xi, a Sicilia fora a base do reino normando; na primeira metade do sêculo Xm transformou-se no alicerce do poder de Frederico II no Impêério. A partir de 1282 passou a ser uma provincia da coroa de Aragao ou um reéino semi-autbnomo gue pouco deu o gue falar no mundo. Os repetidos fracassos dos seus governantes, desde o sêculo XI, no gue se refere a expansao
para o norte da Africa ao redor da Tunisia, fizeram com gue a Sicilia fosse o fim do caminho, e nao apenas uma etapa. Os soberanos de Nêpoles nao conseguiram recuperar aguela ilha e nenhum rei de Aragao anterior a Afonso V (1416-58) conseguiu conguistar Napoles a partir da Sicilia. Portanto, a ilha fol, depois de 1282 e por mais de dois sêculos, relegada a uma posicao subalterna. A Sicilia prosperara naturalmente guando OS seus governantes podiam dispor de recursos provenientes do Mediterrineo Oriental e gue chegavama Palermo. Mas guando o norte da Africa passou a interessar voltou aos cristaos apenas para fins comerciais,a Sicila da (alia ap én di me ce ro de pa pe l se u o a desempenhar
ou da coroa de Arag&o. Mesmo sob Frederico IT a Sicarilita & sua prépria sorté, pols, embora
ficara entregue
o an os tré s os des de an os 15 , rico II tivesse 14 passado ii vez es cm co vi si a to so u pe ri od o de ss e idade, depois oo uma delas por um periodo de dois anos, nunca | an d 12 83 . de de po is ilh a na pé s os voltado a pêr viu livre para tratar das guestêes do reino € per mn p las do Impêrio, Frederico par€ce ter realmente EA ntinente. a histor1a historiadores m voltado os grolanhos para expectalvas de s se m 1 é oen imDé pêÊrrii o no sêculo XI do im 1 co os nt em Ma po ev é s id ra ente, Co n€ fa mo os em tu o. ro . se ao u guanto tremamente recem ter partilhado dese grein XV. €x e et d sé cu 40 lo at é co nt in uo pa u, o pado dier. desconfiado em relacao ao SEU P od Ca er am da Inglaterra rei do mo e da Franca € o 1mao. #poca. a Alemanha
datos ao ttulo imperial. auel
de
era um territêrio dué expandia deler
ente as suas
fronteiras demograficas e culturais. O maior Estado da cristandade talvez parecesse aos historiadores estar em
um estado de decadência avancado e pronto a ser des-
membrado, mas para o poeta Dante, guando o imperador Henrigue VII chegou a Italia (13810) ele representava ainda a forca do Gnico Estado universal: a monarguia da cristandade.
O Império do Ocidente Os historiadores gue reverenciam Sao Luis como fundador da posterior monarguia francesa tém se mostrado confusos com o seu brilhante contemporaneo e aliado Frederico II, gue nao parece ter surgido de acordo com nenhuma segiiéncia. Nao herdou nenhuma politica e nio deixou nenhuma politica aos seus sucessores. A principio fiel vassalo do papa, logo se transformou num inimigo execravel. Sobre ele circularam histérias incriveis, provenientes principalmente do clero pré-papal. Mas esses atagues nao inspiraram guaisguer biografias favorêveis. Em uma época posterior, as relac6es corteses do imperador com os governantes muculmanos, a protecao por ele dada a ciëncia ea cultura, as suas préprias observacées ornitolêgicas tal como foram registradas no seu tratado sobre a caca as aves foram favorêveis a ele e he deram a reputacao de ter nascido antes de tempo. Todos os livros sobre Frederico II mostram perplexidade e ele continua a nos fascinar e fugir 4 nossa compreensao. Seu ponto de partida foi a conseguëncia desejada do casamento, em 1186, do imperador Henrigue VI com a
herdeira da Sicilia, Constanca. Ouando seu pai morreu prematuramente, antes de a uniao dos dois Estados ter
avancado, os principes germênicos nao estavam dispos-
tos a aceitar Frederico, entao com dois anos de idade, como seu soberano. A sua mêe renunciou entao a Ale-
manha e ao Impêrio, fazendo de Frederico o herdeiro da Sicilia e confiando a sua educacao ao papa. Mas a guando Frederico era ainda adolescente foi levado sua lida virtude em imperiais guestêes nas envolver-se papa. O nhagem e da pressao exercida sobre ele pelo
seu filho Henrigue foi coroado rel da Sicilia em 1212, antes de o prêprio Frederico ter sido reconhecido 115
A CONSTRUGCAO
DE
UMA
NOVA
ORDEM
como soberano da Alemanha, mas ele nao tencionava de modo algum permitir gue as suas herancas conjun-
tas fossem divididas e o papa Honêrio II] cedeu a sua insistente pressao para permitir gue Henrigue fosse eleito rei da Alemanha e gue Frederico conservasse a Sicilia. Considera-se comumente gue Frederico desprezou os interesses da Alemanha; embora tenha passado 1& oito movimentados anos enguanto jovem, so regressou para duas curtas visitas nos anos de 1235-37. Do ponto de vista constitucional, Frederico ficou famoso por duas importantes confirmacoes de privilégios principescos: a primeira aos principes eclesiasti-
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cos, em 1990, como recompensa por terem eleito seu
filho, Henrigue da Sicilia, rei dos romanos, e a segunda aos principes laicos, €m 1981-39. A utilizacao destes
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privilêgios por principes posteriores, em um momento
em ague nao existia um imperador efetivo, nao tem neé-
nhum significado no gue se refere a sua importante politica na época do préprio Frederico. Mais pertinente é ofato de Frederico II ter conservado o seu dominio sobre a Alemanha e de ter conseguido o seu apoio militar para as campanhas da Lombardia, em 1235, e de, no fim da sua vida, os planos papais para estabelecer um anti-rei nêo terem obtido ali grande apoio. O poder dos Staufen na Alemanha sobreviveu a Frederico II. O seu xito guanto a assegurar o reconhecimento dos seus filhos, Henrigue € posteriormente
teria levaConrado, como seus sucessores certamenté no Imhereditario gOVETNO um a tempo, devido no do,
nao pêério, tal como na Franca; o gue destruiu Stauten
e sim a implaAlemanha, na cometidos eITOS OS foram a comecar por papas, de série uma de cavel hostilidade Greg6ério IX.
Frederico talvez nao fosse tao devoto guanto Luis IX ou Henrigue IN], mas certamente nao era um cético confesso nem hostil ao papado, pois sabia gue era uma instituicao com a gual tinha de conviver. Mas teve dificuldades com os papas, tanto no gue se refere ao seu controle sobre os bispos da Sicilia guanto no gue diz respeito as reivindicacées do papa em relacao ao Estado papal. Na sua juventude, Frederico fora obrigado por Inocêncio IN] a confirmar concessées anteriormente feitas pelo imperador Welf, Oto IV, mas no devido
tempo, na sua maturidade, a situacao politica da Alemanha, do papa na Itélia e do programa de Cruzadas impediram os sucessores de Inocéncio de pensar gue€ podiam tratar oimperador como se nao passasse do vas-
uras do coro Acima, esguerda: escultNa umbur£*
oeste da Catedral de 1251-70. Tendo sido é anteriormente um imp orrutazintlhada centro comercial na €NC N aumburf? da Alemanha Central, FERO' $ foi arguitetonicamente , no final do sêculo XI, Epos nstrW' gue a catedral foi reco
estilo gouco
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coros: no do lado oesté,
bentelor” estituas do fundadore le : foram erigidas para compmas de esguema arguitetoni€o, d pressa individualidade da ex
" # rostos e figuras prova du 4 it escultores eram mais do E ar meros servidores do P! is gue faziam mas do gue a0s m Im tributo anênimo
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ap. Denis C. 1260. Ouan do o PES herdeiro, Luis, morr eu
, Luis IX da Franca
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grande tmulo,
duala efigie do jovem foi eo : “OMO retrato realista e ao Cuja base foi representada
amp Ge Procissio de | depois ER tes do funeral. Pouco 9 rel encarregou-se do .“AMara mortuaria de SinrD
Seylturasd DCOmendando
PedrafPEL oram m
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foi acompanhado de
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e estapaz p a a do na ' si as ter de is po De i a. icil ili Sic salo papal da ico er ed Fr , ha an em Al na r la gu re o belecido um govern reino da do es to es gu as se rca di de a di po e IT achou gu mo pe pelas mo mo as si tu en m u nh ne de s ra st mo lia e na3o deu cili Sijci ad PT” €m , ou oc ov pr e gu to fa te es i Fo Cruzadas.
ngado d mu co ex mo co i fo e , IX o ri o6 gar, a ira de Greg nta rd
rra Sa Te a ra pa o ad st ra ar ou ab ac II Frederico le ee so do or ac um de ao ac ci 99). A sua nego 3 r o s€ uVI pa pa O . sa en of somou o insulto 4 depois de s ma , SO ES gr re u se o solvê-lo apês
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. Ly . eu sc hostilidade rena s pad lo pe as ad nc la as ri ji in s da A violência
ss e g o ce re pa 1 o ic er papa contra Fred er suas proprië* dividas.
vam para escond
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parece ter alguma vez estado convencido de gue Frede-
rico era o inimigo da cristandade. Apesar de alguns reveses, na época da sua morte, em 1250, Frederico estava longe de ter sido derrotado pelo papado e os papas pos-
teriores continuaram assustados pelos seus sucessores Staufen, Cuja posicaAo ainda parecia temivel. Se no fim
de tudo a determinacêo demonstrada por vêrios ponti-
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fices acabou por contrariar as ambicêes da familia im-
s
direcao da cristandade pelo pontifice nao delxava lugar para o imperador romano. O papado preferia dispor de vêrios reis a guem apelar guando tinha necessidade
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perial e acabou mesmo por destrui-la, a razao fundamental para este fato é gue, em meados do sêculo XI, a
da ajuda do braco secular.
117
A CONSTRUCAO
DE UMA
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| estabelecimento de universidades `econventos. A Inguisicao foi | estabelecida soba direcaofoi dos dominicanos. A heresia arrar cada pela raiz. A Posicao
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A CONSTRUCAO DE UMA NOVA ORDEM
E muito possi bém preferisse cConSstituicoes administrativas de Me Ii em 19381 Che ou mesmo a fundar uma univ Er sidade em NA so lEs a 1224, com o objetivo Especi fico de formar funcion arios a para o seu reino. Mas com o i mperador, c
nao se podia ésperar due gue FrFrederic ed ; o se mostki raes sse e sue bser. vi€nte para com o papa como se u senhor £ d 6 sEus antecessores“nnormandos hay; vlam tratado olpa a pado com uma deferência apenas form al. E Fredeicolli bém nao conseguiu evitar as CONS EgUËNdIas d ro territorios do reino normando aos do reino da lis no Norte. Frederico foio Primeiro sobera no de
ae parte da Italia desde Teodorico. O fato Em si ee AO SO O papa, mas as cidades italiana s, gue temiam gue o NO
Vvo imperador reabrisse a guesta o dos direitos im-
periais gue Ihes haviam sido relutant emente concedidos pelo seu avé, Barba Roxa, em 1188. A propria posicao de Frederico II er a provavelmente
muito conservadora: preservar os direitos da su a famf-
lia. Nao estava interessado em inovacbes instit ucionais
COMO, por exemplo, o tribunal de apelac&o do rei da Franca, € nao teve o problema de Luis, de precisar conseguir a lealdade dos seus novos siditos. Mas o eclipse da sua dinastia o privou de panegiricos péstumos. Frederico mantém até hoje o fascinio de um enigma.
Nova vida constitucional na Franca O mais famoso defensor do cristianismo contra o Isla fo1, no século XI, o aliado de Frederico, Luis IX da Franca (rei, 1226-70), gue serviu a Cristo no Levante durante seis anos do seu reinado (1248-54) e gue, de
regresso a Franca, despendeu grande parte da sua energia no planejamento de uma nova expedicao. Ouando lancada (em 1270), foi desviada para a Tunisia, contra
os inimigos muculmanos de seu irmao Carlos, rei da St cilia, nao como campanha secundaria, mas como parte
do desafio aos muculmanos do norte da Africa. A primeira campanha de Luis fora, naturalmente, lancada
contra o Egito. O préprio rei foi aprisionado, mas libertado mediante resgate, e passou malis guatro anos na Terra Santa infundindo aos cristaos gue la se encontravam sitiados a sua prêpria fé e gastando os seus recursos na melhoria das suas defesas. No final do sêculo, podiase dizer gue o rei da Franca € os Sus vassalos tnham no deveres cristios mais urgentes para com os siiditos e a reOriente do cristaos OS com para gue do pais seu a vida de durante mas Cristo, de patria da conguista
com as Luis IX é provavel gue a preocupacêo do rel nao Cr? nao fosse alvo de criticas. Certamente
Cruzadas ae ai as negligendado tivesse ele gue possivel dizer supord dig errado seria € reino prêéprio no gac6es ey necessarid presenca fisica fosse constantemente
aus longa a Durante guestêes. suas das resolucio
a Cargos esteve geral supervisao a (1948-54) de S&o Luis gové ra ui eg ns co € du a, el st Ca de de sua mae, Branca te a sua minori-
de duran da li li bi ha l ua 1 ig m o c ino ou-se m r o | f s n a r t , 95 12 m e Enoniza do o Luis, ca Sêo de,. S dade ia, ea st diena a su , da e V s re so es uc odelo para' todos os $ inspirada 9o na ra bo em a, es en sterior moËnarguia franc po se ba m o c e t n e m . e R jrito, desenvolveu-s- € no seu espiri le' cida. be ta es le € r po l na io uc it vida inst
na
na is Lu de 9 rn v€ go do s ma le Os prob do s do ra pe es in os ad lt su re origem nos 4 s a a 8) 29 0 8 1 1 ( pe li avê. Fe CU SE is do 6s Ap s. to pe Ca s governo do € nt me ta bi su s€ umo or sf an monarguia tr na s ai cl mi s to xi s Ao derosa na Franca.
ee oe Ee Eie ER Ra n ae recong
territorios de Vermandois (gue Ihe valeram, da parte do cronista Rigord, a alcunha de “A ") Feli ACr' EscenNtoU as c
out Esesubsta de Ee ongu issttas bastante mai nciais
feltas ao rei Joao Sem-Terra, da Inglaterra. Essas ricas € bem governadas provincias, desde Anjou ao Canal da Mancha,
Proporcionaram ao rei da Franca enormes
vantagens em homens com experiëncia de governo, em
Cujo saber podia se apoar para novos projetos. O reina-
do de Felipe tambêém tinha sido cenério de uma bem
sucedida Cxpansao dos baroes do Norte da Franca em
direcao aos territérios gue ja nao eram governados diretamente por francos desde o século IX e cuja cultura, leis, lingua e até atitudes religiosas diferiam substancialmente daguela dos seus conguistadores. Estes tinham Proporcionado a justificativa para a cruzada contra os hereges albigenses. Embora o rei Felipe nêo tivesse nada a ver com isso, a efetiva eliminacao do rei de Ara-
gao de grande parte dessa regiëo ap6s a derrota de Miret, em 1212, abriu caminho para presenca real france-
sa no sul, e, apés Luis VIN ter conguistado — de forma bastante covarde — o Poitou ao jovem Henrigue III da Inglaterra, o envolvimento direto do rei da Franca nesta regiao tornou-se inevitavel. Luis IX foi o primeiro rei da Franca a aceitar as novas responsabilidades gue havlam recaido sobre ele devido as alteracées do inicio do sêculo xm. Nao ambicionava expandir o seu reino, ape-
nas reconciliar os novos siditos com o seu dominio € encontrar formas de tornar as relacées reciprocas mais harmoniosas e justas. Os seus ideais de cruzada talvez tenham ajudado muitos a aceitar de boa vontade a sua lideranca, embora seja falso pensar gue ele tenha utilizado as Cruzadas como meio para atingir um fim politico. Luis IX tinha idéias bem definidas guanto aos deveres da monarguia e seus direitos, nao tendo hesitado em defender a sua posicaAo na Igreja irancesa, por exemplo, contra os abusos papais. Mas Luis nao era belicoso: considerava o seu papel de rei como sendo um papel de reconciliacao e optou por implementa-lo através de um inguërito dos abusos da administracao e oferecendo-se para julgar disputas em tribunais reorganizados. Antes de partir para a sua primeira cruzada, Sao Luis ordenou uma investigacao da administracao real em todo o reino, de modo a resolver disputas pendentes. Mas sê no seu regresso, em 1254, implementou uma sêrie de medidas destinadas a corrigir abusos administrativos gue haviam ocorrido durante a sua ausência e deu inicio a reformas mais gerais dos tribunais.
Luis no dispunha de poderes para mudar asleis do rei-
no, mas conseguiu suprimir o julgamento por batalha nos seus prêéprios dominios. A sua reforma legal mas importante foi a utilizacao nas suas proprias cortes reais
do processo de enguéte, ou inguérito, tal como era utili-
zado nos tribunais eclesiësticos. O parlement do rei em
Paris desenvolveu-se a partir desse momento, transfor-
mando-se num poderoso tribunal de primeira instancia para os seus préprios territoriose de apelacao para os
vassalos. Entre estes estavam os muitos irmaos de Luis, a
guem seu pai havia atribuido vastos territérios em apanégio, e Henrigue INN da Inglaterra, gue se tornou seu vassalo pelo ducado da Aguitênia segundo o tratado de Paris de 1959. Isto pês fim as hostilidades entre os dois
reinos, gue haviam comecado guando Felipe II confis-
cou os territêrios franceses de Joao. Durante algum
do proprio tempo esse tratado atendeu as expectativas do tratado Luis, mas, com o correr do tempo, os termos
deram origem a novos problemas, guando ambos os
de comproreis comecaram a pensar menos ém tErmos missos mituos e mais nas respectivas posicoes como go-
vernantes soberanos.
119
O CRESCIMENTO DAS CIDADES
Ambrogio Lorenzetu, Oue se
€ncontra no Paldcio Municipal
gue a auto-suficiëncia local de cada comunidade. Os raros luxos eram obtidos em feiras ou dispensados. O
Siena, 1338-40. Os afrescosd ,
alegorias do bome do ma E gOVerno, com as respectivas
deixou de pesar sobre a economia apês o colapso do Impêrio, gue deixou a defesa entregue a cada localidade e aos homens livres gue prestavam servico militar. No devido tempo, o Campo, aliviado das responsabilidades do governo, comecou a prosperar. A medida gue a popula-
conseguencias, para instrucig
autoridades de Siena. Os do bo governo estao mais bem
conservados gue os outros. Lorenzetti conseguiu realizar
e€ prosperidade proporcionadas
pelo bom BOVErno, tanto 3 cidade
nidades, agrupando-se, descobriram as vantagens da especializacao. A auto-suficiëncia deu lugar 4 troca. As
COMO As ZONAS rUrais,
representando uma cavalgada deixando aalegre cidade para
autoridades locais, guando existiam, tiveram entao de
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maior encargo do governo imperial romano, o ExXÊTrCItO,
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certa a sua superioridade em relacao 4 rusticidade paralisada. Fstes mesmos preconceitos eram igualmente natuais nos letrados medievais gue debochavam dos campo-
A arte de bem governar. de
de todas as sociedades rurais, nada mais ambicionava do
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sociedades imdustriais e urbanas abastadas, tomam Como
prosperidade. Antes de os campos produzirem excedentes comercializêveis, a economia medieval, bem como a
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Assim como para os especialistas do classicismo o reflorescimento dos estudos latinos significa o fim da Idade Média e o renascimento do saber, tambêém para os historiadores econémicos e sociais o reaparecimento da vida urbana parece indicar o colapso da ordem feudal. Os observadores da classe média gue identificam o progresso com as cidades nao precisam da dialética marxista para se convencer dos fatos “6bvios” de gue a ascensao das cidades, o crescimento das populacêes urbanas e a promocao do coméêrcio e da indtistria sao instrumentos de prosperidade e progresso. Sendo eles mesmos originêrios de
neses, de cujo trabalho dependia necessariamente todaa
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A importancia das cidades
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ExETCET SU Protecao sobre Areas m alOres. Era del as gue tinha de se obter a autorid ad e formal par a Estabe lecer postos de comér CIO tortifi cados, onde ast rO
Cas podiam ser feitas com seguranc 4 € para onde os mercadores PO diam viajar sem 'mpedimentos.
As cidades desempenha-
ram s€u papel na econo mia do Ocidente. A medid a gue Oo temp
o 1o1 passando, essas aglomerac6es urba nas foram se adap tando as condicêes prevalecente s nas respectivas regioes. Algumas delas talvez es tivessem Situadas em locals privilegiados, aonde podiam chegar abastecimentos vindos de longe por via naval: ma s a maioria no podia prescindir de um modo de vida base ado no abastecimento local de comida, trabalho e matérias -primas. Fora da lta lia, poucas foram as cidades due co nseguiram sujeitar
as localidades vizinhas ao controle politico urbano. Enguanto as antigas colênias do Mediterr ineo tnham comeEcado como
peguenas
cidades e, devido 3 sua segu-
ranca, passado a cultivar as terras 3 sua vol ta, na Idade
Média o cultivo das terras surgiu primeiro: neste sentido, as cidades medievais eram parasitas. A cidade n& o
era a semente de onde surgiria uma nova Civilizacao: era
a demonstracao de gue as sociedades Jê eram suficientemente prosperas para permitir a mercadores especializZados viver em condicoes artificiais.
O CGRESGIMENTO DAS CIDADES
Ainda antes do fim do Império Romano
do Ocidente,
2 antiga funcao social e econêmica da cidade como ni-
cleo de novos Povoamentos
provavelmente ja tinha per-
dido o seu atrativo. Uma vez gue o proprio Império po-
dia garantir a paz civil, as unidades menores ja nao tnham necessidade de se defender e eram dissuadidas de fazé-lo. As regi6es costeiras aonde os imigrantes chegaram primeiro j4 tinham sido colonizadas nessa época.
Penetrar cada vez mais longe no campo implicava o esta-
belecimento de propriedades individuais para desbravar as terras incultas. Os cidadaos do Impêrio, 4 excecao talvez dagueles das grandes cidades mais prosperas,
mecaram
co-
também a dar valor as comodidades gue ti-
nham nas suas propriedades, mais do gue as das cidades menores. Se as cidades do Impêrio entraram em “decli-
NO, isso se deveu ao fato de a sociedade romana do pe-
riodo tardio ja nao precisar tanto delas. Os invasores barbaros do Ocidente, gue inicialmente talvez tvessem ficado deslumbrados com as novidades de Roma, t-
nham ainda menos raz6es do gue os romanos para as manter florescentes e praticamente nenhuma
idéia de
como fazé-lo. As cidades romanas gue sobreviveram na Idade Mêédia deveram isso aos bispos cristaos. Estes davam valor as cidades como centros administrativos das
O CRESCIMENTO DAS CIDADES
vassalagem,
até
suas jurisdicées, sendo para isso apropriado o termo imperial “diocese” (regiao administrada). Tal como o Im-
nhor,
bilidades. As dioceses dos bispos encontravam-se espalhadas mais ou me€nos uniformemente por toda a cristandade, com particular densidade na Itêlia, embora nao uniformemente dentro da peninsula. Foram poucas as dioceses gue mudaram de local no periodo mais
Os principes gue nao tinham nenhum mteresse particular nas cidades como centros administrativos talvez tenham avaliado as suas possibilidades de contribuir para o desenvolvimento dos seus dominios. Gomo poder efetivo nas respectivas regioes, os seus decretos e
pério, a Igreja dividiu geograficamente as suas responsa-
tardio. Na
Gra-Bretanha,
onde
a vida urbana
nao sé
manteve até ao periodo inglês, na Alemanha e mais para leste, as dioceses tiveram necessariamente de se es-
tabelecer em novos locais. A distribuicao das cidades episcopais dai resultante era menos uniforme do gue ti-
nha sido durante o Impêrio, j& gue as novas dioceses serviam comunidades cristês existentes e como tal nio eram, a maneira antiga, nicleos de novas povoacdes. A principio estas novas cidades talvez estivessem dispostas de forma sistematica, mas as cidades medievais, guando eram bem sucedidas, logo cresciam e desenvolviam as suas proprias peculiaridades. Ao plano de base sobrepunham-se novos bairros e reconstrucêes. Nenhum governo imperial controlava o seu desenvolvimento ou presCrevia um ideal.
As cidades episcopais da Europa medieval eram as gue correspondiam mais rigorosamente as cidades da Antiguidade, com as suas funcées administrativas e culturais. Nos antigos territérios imperiais, mantiveram, modestamente, alguma continuidade em relacao 4 época imperiale, no devido tempo, depois de o episcopado ter lancado um programa de renovacao cristê, suas cidades tornaram-se ainda mais atraentes. Foram construidos catedrais com palêcios episcopais, edificios para os cénEgos ou monges, santuarios e igrejas para os santose suas religuias, alojamentos para peregrinos, casas, barracas e oficinas para os mercadores necessarios em tais cidades. Mas a gestao civil — distinta da religiosa — da
Europa medieval continuou a funcionar independentemente das cidades, jA gue a sua forma era fundamental-
mente diferente daguela do Impêério Romano. Entre os povos do Norte, os ingleses e os franceses foram os primeiros a estabelecer sedes de governo
real. No século XI os respectivos funcionarios, juizes e contabilistas haviam se estabelecido em capitais administrativas como Westminster ou Paris. Contudo, en-
guanto os préprios reis continuaram a se deslocar pelos seus dominios
a fim de tratar das propriedades,
encontrar suas gentes e apressar a resolucao de guestes importantes, mesmo as grandes assemblêias, como os seus “parlamentos”, podiam ser convocadas com igual fregiëncia fora das capitais. Embora algumas das guestêes de governo pudessem ser resolvidas em departamentos fixos, a tarefa mais exigente de controlar senhores poderosos e potencialmente perigosos tinha de ser desempenhada pelos reis, gue se desloca-
através
de
arrendamento
ou
guestêes como a submissêo devida ao rei ou ao imperador.
benevolência eram indispensavelis 3 prosperidade das
cidades. A planicie setentrional da Alemanha era, no
periodo medieval, uma regiao aberta. No século X tiveram de ser construidos postos avancados fortificados
para defender a fronteira contra os invasores vindos do
Norte e do Leste, o gue ajudou a estabilizar a prépria
fronteira. Esses postos avancados transformaram-se em cidades e centros de novos bispados; privilêgios especiais incentivaram o povoamento e atrairam o comércio por meio do estabelecimento
de tribunais especlais
para proteger os mercadores; as cidades obtiveram
isencoes de tributos economicamente restritivos, tais como o pagamento de pedagio. Sem a benevolência
das grandes forcas militares e politicas, tais cidades teriam sido arrasadas pelas incursêes dos povos ainda pagaos de alêm-fronteiras. O reaparecimento de aglomerados urbanos de certa dimensao, pelo menos no sêculo XI, pode parecer um
retorno da “civilizacao” depois de sêculos de barbarie, mas nao se deve exagerar a importincia de semelhancas superficiais entre as cidades medievais e as da Antiguidade nem a dos casos raros em gue a “continuidade' parece plausivel. Segundo os padrées romanos, a cidade medieval nao era mais civilizada do gue as zonas rurais. Os homens mais poderosos da época nao se consideravam “cidadaos” e nao recorriam as cidades para satisfazer suas necessidades ou pelas comodidades da vida citadina, os tribunais, os teatros ou os banhos. As cidades
nao eram essenciais ao governo da época. Conseguiram preponderência especialmente como unidades do novo Hpo de economia medieval, como povoacêes de dimensao limitada (tao peguenas guanto possivel para facilitar a sua defesa), mas densamente povoadas, dedicadas 4 manufatura e a troca. Representavam, assim, um novo
upo de divisao do trabalho na sociedade. Eram, por um lado, um complemento necessêrio aos progressos do setor agricola, gue produzia excedentes suficientes para ser comercializados e para alimentar populacêes naêoagricolas, e gue nelas esperavam encontrar certas ferramentas e produtos, como tecidos e vinho, gue nêo podiam produzir. Por outro lado, constituiam nés na rede comercial gue se desenvolveu num mundo medieval gue ja nao era homogêneo como tinha sido o mundo romano. A Europa compunha-se entao de regiëes diferentes com especlalidades diferentes. Apesar dos sagues
gue sofreu, o Impêrio carolingio pela primeira vez proporcionou a esse mundo condicêes econêmicas em gue a especializac&o regional era possivel. As cidades gue se sucediam ao longo das grandes rotas, incluindo os prinC1pais r10s gue atravessavam a Europa, permitiam transportar todos os produtos por peguenas distências e al-
vam pessoalmente. Nas suas viagens, uma comitiva real ficava alojada tanto nas grandes fortalezas guanto nas cidades. Na Itêlia, alguns governos de cidades obtiveram, a partir do século XI, autoridade sobre as regioes rurais vizinhas e alguns deles tornaram-se suiicientemente poderosos para poder subjugar principes e pro- guns produtos comerclais mais apreciados por grandes distancias, de e para a Espanha muculmana, Constantiprietdrios rurais aos seus conselhos municipais. Mas grande parte das cidades-estados medievais tinha terri- nopla ou o longinguo norte. As cidades continuaram a fazer parte integrante deste mundo: nio constitufam têrios e responsabilidades muito limitados. A Europa ilhas civilizadas num mar de barbêrie. Uma cidade POmedieval era mais fregientemente governada por dia abrigar homens muito ricos e poderosos, mas até esprincipes com grandes propriedades, gue considerates sairem de lê a sua influência se limitava & extensio vam O governo n&o tanto em termos de administracao territorial da cidade. Diferentemente dos principes, por de um territério, guanto uma guestao de relacoes enMas ricos € Iimportantes gue fossem, os burgueses eram tre individuos em vêrios niveis “sociais”, desde a de dependência pessoal em relacao 3 propriedade de um se122
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homens de negécios ocupados com as suas prêéprias ati-
dades pablicas. O mundo rural nao se voltava para as as Ci-ci dade ' s em busca de orientac3
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O CRESCIMENTO DAS CIDADES
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tO, Confiantes nas suas pretensoes mais fundamentada s, baseadas em costumes recentes. Neste caso foi o impera -
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para elese
le de todo a O pais, OSirei s saa ercial de dinheiro SEgUro CuU-
nhando moedas dignas de confia nca segundo um padrao nacional. Concediam cartas gue asseguravam o reconhecimento em todo o pais das liberdades de uma
cidade. Muito mais tarde, no rein ado de Eduardo 1 (rei
da Inglaterra, 1279-1807), estabeleceram-se al gumas cida
des fortificadas semelhantes no Pais de Ga les para consolidar a sua conguista. Na Inglaterra monarg uica, a independência das cidades era de #mbito muito re strito e SO Londres conseguiu obter os privilégios de uma comuna. No reino de Aragêo, a situacêo era comparavel da Inglaterra, embora Barcelona tivesse reivindicado, durante algum tempo, privilêgios maiores do gue os de Londres e contra a oposicao real. As cidades n&o podiam, sOs ou em coligac&o, persistir no desafio & autoridade real. Em cada reino as histêrias particulares das cidades eram mais importantes do gue guaisguer caracteristicas comuns.
As cidades e o Impêrio
A situacao no impêrio (germanico) merece especial atencao,ja gue os imperadores, atuando dentro de um
tipo de governo “federal”, decretavam gue certas cida-
des imperiais eram livres, sujeitas diretamente ao impe-
rador, para isentê-las da opressao dos principes locais. Ouando os imperadores perdiam a autoridade efetiva, essas cidades procuravam defender a sua autonomia. Foi principalmente na Itélia gue a fragueza crênica dos imperadores, a partir de 1129, deixou as antigas cidades sob o dominio nominal dos bispos, o gue tornou mais facil para os burgueses obrig-los a fazer concessoes. As condicêes favorêveis 3 independência urbana nao impediram gue as cidades percebessem as vantagens de manter a protec&o dos grandes senhores nem permiuram gue todas as cidades ambiciosas se emancipassem. | Entre as cidades mais florescentes da Itlia do século
como Sul, do maritimas repiblicas as destacam XI se GonstanAmalfi, gue gozavam da suserania nominal de
indepencidades as todas 1180, de década Na tinopla. nor” monardgu1a nova a aceitado tinham Sul dentes do norte Ja tinham ao mais cidades as fase, Nessa manda. dada a crescimento, do angustias as experimentado nova situac&o da peninsula ap0s as Cruzadas, gue antrourê eo.A an er jt rr te di Me Ë ao até é rt no do s vo po xe regularmente icos an rm ge is re s do de da ri to au la ca violenta oposicao lo mento um movi o ad rn to sé a vi ha o na ia ël It como reis da autonomIa da o nt me ci le be ta es do r vo generalizado a fa s e o ca ra ge na r ga lu ve te so prêtica das cidades. Is
e E , ol ic er ed Fr ra nt co da ar com as lutas da Liga Lomb ' on em to fa l Ta . 83 11 em s da concessêes foram ratifica s e S E P 2s ug an as r ra contribuiu para restau 8 ae , ra er at gl In na mo mas do Sul, onde, tal co Et ss s e nd pe de in a iv et ef aa governo real abafav onal sé ri nt te Se ia al Tt da e nt re fe di des. A evoluc&o
ta seja a natureza constitucional do contraste entre a teoria do direito e o poder do costume, a vitêria das ci-
dades indica gue talvez jê dispusessem de apoio militar, diplomêtico e politico adeguado, além de recursos econOmicos. As cidades pretendiam ter o direito de nomear seus proprios magistrados. Nao tinham nenhum plano politico de governo da Itélia setentrional nem esperanca de perpetuar suas aliancas do tempo de guerra. Ouando o imperador Frederico II apareceu, no sêculo seguinte, prometendo um governo mais coerente para o norte da talia, a disputa reavivou. Dessa vez, e embora o imperador nao tenha tido xito a longo prazo, muitas cidades sucumbiram ao dominio de capitaes militares gue assumiram os poderes de déspotas locais. Algumas cidades preservaram a sua independência, mas perderam as liberdades republicanas. Esses déspotas também
gueriam ampliar seus dominios e tornar seus cargos hereditarios. Uma a uma, as cidades independentes menores foram sendo absorvidas em cidades-estados. SO as cidades maiores conseguiram manter certo controle
piblico sobre agueles homens. Assim, no espaco de apenas algumas gerac6es, a maioria das repuablicas urbanas da Itêlia setentrional tinha se tornado patrimênio de muitasfamilias “principescas”, capazes e desejosas de casar com membros das familias nobres do norte da Euro-
pa, € nao menos aristocrêticas. Essas cidades deixaram
de ser fonte de um estilo caracteristico de vida urbana.
No sêculo XVI, sua Cultura renascentista foi facilmente
absorvida pelos europeus do Norte, de tradicoes culturais bastante diferentes. Novas cidades na regiëo do Reno Nao sendo uma resposta planejada as necessidades de um governo central, a distribuicao das cidades medievais por toda a Europa reflete, necessariamente, a sobreposic&o de muitas e novas pressoes, sobretudo de ordem econêmica, sobre a estrutura eclesiêstica. A concentra-
cAo de cidades na regiao do antigo Reino Mêédio mostra basicamente gue os carolingios podiam garantir a seguranca de todo o trafego proveniente do Mediterraneo.
Este vinha pelo caminho mais curto, diretamente do Norte da It4lia, atravessando os Alpes, seguindo o curso
do Sena e, sobretudo, atravessando a Renênia, gue, de-
pois de Carlos Magno, deixou de ser uma fronteira para passar a corredor gue abria, para leste e para oeste, as TH cas regi6es dos alemêes cristaos e outros. No Impêrio Romano, ao contrêrio, as rotas para norte segulam por
mar até a Provenca e de lê subiam o Rédano. No extre-
mo italiano dessas rotas praticamente nao era necessa123
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na elaboracao de legislac 40 prêépr ia
dor, e nao as cidades, gue guebrou a tradicio. Nem todas as cidades se mostraram irrevogavelmente hostis ao 'mperador. O medo da agressiva Milo fez com gue as suas rivals passassem para o lado imperial. Nio havia lutas de classes entre os principes e os mercadores. Se a POSiCA0 germanica na It4lia tivesse sido mais segura, Frederico 1 talvez tivesse conseguido um apoio ainda maior € proporcionado uma protecio global do tipo daguela oferecida pelos reis da Inglaterra e da Sicilia seus contemporaneos. Embora o principal interesse desta dispu-
O CRESCIMENTO
DAS CIDADES
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rio fundar novas cidades, pois j existiam muitas, tendo sobrevivido bastante bem aos periodos de invasbes. Nessa regiao, os imperadores otonianos haviam utilizado os bispos como funcionêrios reais € as administracoes episcopais tinham sido infiltradas por cidadaos capazes de
abrir caminho para o poder. Os imperadores do Oriente mantiveram também a suserania sobre varias cidades maritimas, incluindo Veneza, a mais famosa de todas as cidades italianas da Idade Média. O seu isolamento
numa lagoa, gue garantiu a sua precoce independência,
smbolizava também o Carter excepcional da atividade
comercial com o Mediterrineo Oriental em um mundo predominantemente ristico. Ao norte, ao longo do 124
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Reno, as grandes cidades eram sedes de bispados insta-
ladas em povoacêes romanas. No delta do Reno, contu-
do, a velha organizac&o romana tinha sido engoli da pelas povoac6es frisias e francas. S6 durante o periodo carolingio cssa reglao se converteu ao cristiani smo, o
gue nao se deveu tanto aos esforcos de rotina dos bispos ali estabelecidos guanto aos dos missiOnari0s — mon AsCOS Ingleses, irlandeses e da Aguitênia —, obrigadosa criar uma lgreja a partir do nada. Perante est as condicOes de inseguranca,
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Estas politicos e militares. oduzidas.
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O GRESCIMENTO
DAS CIDADES
SEpararam Em 1146. Da mesma forma, a dioces e de Arras [oi transferida para Cambrai, sê tendo sido restabele-
Cida em 1093. A diocese de Bolonha foi estabelecida em hérouanne. Assim, o passado romano néo tev e uma Contribuic A0 importante seguer para a organizacio eclesiastica dos Paises Baixos. As cidades mais famosa s desta regiao, Bruges, Gand e Ypres, nio deveram sua imDortancia a nenhuma origem romana. O seu precoce desenvolvimento ocorreu durante os sêculos IX e X, ÊPO-
ca em gue os registros sao escassos. O nome “Bruges” é de origem norueguesae, por volta do ano 1000, essa cidade transformara-se em Porlus, centro comercial, sede do poder do conde de Flandres.
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Enguanto o Reno marcou a fronteira da civilizacêo, o desenvolvimento de toda esta regiao foi atrasado. Somente sob os carolingios o povoamento e conversio da Alemanha setentrional passou a proporcionar uma oportunidade para o delta do Reno gozar da sua situa-
cao geografica como ponto terminal do maior curso de
agua da Europa Ocidental. A partir de Flandres, a multiplicacao dos centros urbanos estendeu-se a Brabante, Holandace Zutphen. A partir das bases no mar do Norte,
to1 avancando ao longo das costas até ao Baltico. A organIzacao da Liga Hanseëtica, no sêculo Xim, demonstrou gue, embora as cidades mercantis do Norte prezassem sua mmndependência, também percebiam os beneficios da assoc1acao. Das muitas cidades dessa regiao setentrio-
nal, Bruges tornou-se o entreposto central do coméêrcio
e das financas. Desde o inicio do sêculo XIV, Veneza e
GEnova, os principais portos do comêrcio do Levante,
enviavam frotas regulares via Gibraltar e golfo de Biscaia
para fazer negocios em Flandres. Nessa época, os ho-
mens ricos das cidades do Norte tinham, eles préprios, abandonado as viagens maritimas. Recebiam mercadores estrangeiros nas suas préprias cidades e colocaram em funcionamento manufaturas ambiciosas, sobretudo
têxteis. Foi provavelmente nesses lugares gue as caracteristicas peculiares das cidades medievais atingiram seu mais completo florescimento.
A Liga Hanseatica e o Baltico
Mais para o norte, os vikings tinham, desde o sêculo X,
estabelecido seus prêéprios postos de coméêrcio fortificados e promovido um coméêrcio ativo, mas é dificil descobrir alguma continuidade dessa fase iniclal de desenvolvimento do Norte até ao sêculo Xm. Nessa época o coméêrcio no Norte estava nas maos de varias cidades germênicas. Havia poucas bases escandinavas envolvidas, exceto como entrepostos. Visby, gue tinha sido o
ponto central do coméêrcio de Novgorod, entrara em declinio. As disputas comerciais foram transferidas para os
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tribunais de Libeck, gue assumiram, na segunda metade do século xu, a lideranca da liga de cidades designada por Hansa. Hansa é o vocêbulo da lingua alema da época gue significa associacao, utilizado como termo para designar associacées ou guildas, em particular de mercadores em portos estrangeiros. Por volta de 13800, a lei de Libeck era cumprida em cerca de 19 cidades aut@nomas, ligadas umas as outras. A prêpria cidade de
Liibeck tinha sido fundada em 1143 e recebera um privilégio imperial em 1996. Nao aspirava dominar politicamente as outras cidades, mas a adoc4do das suas leis na antiga Hamburgo em 19282 assegurou a ela uma posicao
de primazia. Neste periodo, o movimento de
penetra-
A caAo germanica na Europa Oriental ganhou impeto.
Ordem dos Cavaleiros Teutênicos instalou-se em Mazovia eo cédigo de Libeck chegou as cidades de Livênia cr (1954) e Riga (1270). Os mercadores das principais comedades do Baltico, bem como os de outras cidades, 125
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DAS CIDADES
cé de diferentes autoridades politicas, e as costas dos
Dinamarca tivesse continuado com êxito, a Hansa nao
de varios peguenos principes. Cidades como Hamburgo e Lubeck conseguiram se sustentar e os mercadores descobriram gue elas tinham recursos adeguados ao patruIhamento das suas prêéprias aguas costeiras. Deste
rei da Polênia havia recuperado, das maos dos cavalei-
der de iechar o Baldco ou de filtrar a vontade o comércio para o mar do Norte. Para os comerciantes do Balti-
co, como Libeck, o faAcil acesso aos portos de Flandres era indispensavel ao éxito das suas atividades. Apesar
das vantagens Obvias de uma sucessao dinastica regular
para a continuidade das politicas, os reis da Dinamarca
poucos progressos alcancaram no gue diz respeito a conter a autoconfianca das orgulhosas cidades da Liga
Hanseëtica. Érico VI (rei, 1986-1819) dominou todas as cidades vênedas, a excecao de Stralsund; Valdemar IV
(rei, 1840-75) apoderou-se da Escênia e sagueou Visby.
Esta agressao levou a Hansa a fazer uma alianca com OS suecos. Os aliados conseguiram impor a Valdemar a humilhante paz de Stralsund (1367), gue atribuiu 4 Hansa
o monopëélio da industria de arengue da Escania, bem como a liberdade de confederacao dos mercadores de
Colênia, e poderes de interferência politica sobre a propria Dinamarca. Para negociar com a Hansa os dinamargueses tiveram de conseguir o apoio dos suecos. A filha de Valdemar, Margarida, foi guem arguitetou um plano
para unir as coroas escandinavase, assim, colocar a Han-
sa perante um inimigo mais temivel. No século XI, os povos @scandinavos nêo constituiam um grupo naturalmente coerente. Na Suécia, os poderosos nobres gue governavam o pais eram atraidos por
caminhos diferentes, de acordo com interesses reglo-
nais. A maior atracao era a possibilidade de expansao para a Finlêindia ocidental. A fronteira com a Ruissia permaneceu fluida até 1828, guando os suecos € os noruegueses eram jê governados conjuntamente por Magnus Ericson (rei, 1819-55), pois os noruegueses ficaram presosê Escandinavia depois de terem cedido as Hêébridese ailha de Mann aos escoceses em 1266. Do seu antigo é vasto dominio maritimo, os noruegueses mantiveram apenas a Groenlêndia. A monarguia unificada de Magnus funcionou tao bem gue mostrou o caminho a seguir, mas sê em 1397 Erik da Pomerênia conseguiu realmente unir os três reinos escandinavos sob um me€smo
leisea cetro. Cada um deles manteve as suas préprias 126
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pério retardaram o aparecimento de alguns Estados poderosos. Nos Paises Baixos, as aspiracêes de Bruges e Gand ao status de cidadesrepablica foram abafadas pela inveja de muitos vizinhos menores, pela natureza bastante urbanizada daguela regiao (gue praticamente nao lhes deixava nenhum territêrio interior potencial) e pela determinacao dos condes de Flandres e dos dugues da Borgonha em retomar o dominio politico sobre os burgueses. Sê na Itêlia algumas cidades — Mil&o, Veneza, Florenca e algumas outras menores — conseguiram criar Estados viaveis a partir de nicleos urbanos. De igual modo, ao norte, Berna constituiu um Estado magnifico, enguanto Zurigue via frustradas sua ambic&o de
fazer o mesmo. O ducado de Mil&o absorveu muitas cida-
des menores, gue se tornaram “provinciais” sem necessariamente perder muito do seu orgulho civico. Esta nova organiza€ao politica nêo implicou o colapso da vida ur-
bana como tal, mas esta teve de alterar o seu carater,
adaptando-se as circunstências do século xv, como havia feito nos sêculos X e xm. Este novo estado de coisas impli-
cou semprea Instalagao de governos com sedes fixas, em cidades Capitals, Cujas caracteristicas, como o cOrporativismo do governo, a alfabetizac&o ou estilos culturais de
protocolo e disputas religiosas, eram em grande parte as das cidades menores. A partir desse momento, as cidades passaram realmente a marcar o ritmo da transformacao dos valores €uropeus. Tinham deixado de se manter psicologicamen te afastadas do campo, e os seus cidad3os addguiriram propriedades rurais e comecaram a transforma-las em pomares, jardinse pargues.
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préprios territêrios e populacoes rurais, alterando o carater do governo urbano para iazer face as novas responsabilidades “imperiais”. Na Alemanha muitas cidades livres imperiais conseguiram sobreviver em peguenos territorios porgue numerosos peguenos senhores do Im-
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tram gue, mais cedo ou mais tarde, as unidades econOomicas e sociais com autonomia legal seriam obrigadas a suportar o custo militar da sua independência. Em uma sociedade predominantemente rural, as cidades eram dependentes em recursos e tinham uma populacao muito inferior, sê conseguindo preservar a sua independência transformando-se em peguenos Estados com os seus
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A influência urbana no final da Idade Mêdia O envolvimento politico e as iniciativas da Hansa mos-
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O principal opositor da Liga foi o rei da Dinamarca, pois ele representava a melhor hipêétese de proporcionar uma forma de governo alternativa para esta regiao. A Dinamarca continuara, desde o periodo dos vikings, a ter mteresses predominantemente maritimos. A sua autoridade era afirmada na Escênia (agora parte da Suëcia meridional) e, assim, dispunha potencialmente do po-
ros germanicos e das suas cidades, o controle do litoral polonês, enguanto o dugue da Borgonha favorecia, nos Pafses Baixos, a empresa maritima holandesa até o ponto de os holandeses se sentirem suficientemente encorajados a desafiar a Hansa no B4ltico, onde haviam conseguido obter, como é 6bvio, o apoio dos dinamargueses. A época &urea da Liga Hanseëtica chegara ao fim.
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modo, os membros da Liga Hanseëtica lancaram-se em atividades politicas conjuntas sem paralelo em outras regies da Europa.
conseguiu recuperar a sua antiga posicao. Entretanto, o
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se encontravam sob jurisdicao
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mares do Norte também
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tos das regioes interiores, gue seguiam ao longo dos rios orientals até aos portos do Baltico, podiam estar 4 mer-
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beram de bom grado o auxilio do Ocidente. Os produ-
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gue os territorios da Europa do Leste se abriam 4 colonizZacao ou a exploracao. Os principes cristaos poloneses amda estavam em luta com os prussianos pagios e rece-
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4 medida
C&o politica. Chegou-se a um acordo sobre novos regulamentos gue atribuiram um papel mais claro a Lubeck (1418). A Hansetage, assembléia suprema gue reunia em Libeck sempre gue necessario, representava guase cem membros da Liga. Esta nova organizacao permitiu as cidades bloguear Erik na Dinamarca em 1426. As regiëes mineiras da Suécia foram particularmente atingidas, o gue incentivou um movimento a favor da independência da Suécia. Embora o blogueio contra a
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aumentando.
sociacëo, no sentido de fortalecer e coordenar a sua rea-
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estavam
unificacao politica alarmou de tal modo as cidades da Hansa, gue provocou a reorganizacao da sua propria as-
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As trocas comerciais
1412. No entanto, a ameaca de
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as leis pudessem ser promulgadas. Apés a morte de Frederico 11 (1250), o mperadorj& nao podia ser invocado.
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tra a pirataria e outros inimigos do coméêrcio. Uma das razoes para esta cooperacao politica foi a ausência, nessa regiao, de gualguer governante efetivo em cujo nome
rainha Margarida,
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de direito comercial comuns, numa acao conjunta con-
unidade revelou-se precaria, sobretudo apos a morte da
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Fstas alteracoes na vida urbana medieval refletem as
intimeras alteracoes diferentes em varias regioes do continente. As cidades inicialmente haviam crescido rapida-
mente, indo buscar em uma sociedade rural vigorosa os
seus Espiritos mais aventureiros. No final do sêculo XI, esse processo de expansao estava se reduzindo, por razZ6es gue nao sao faceis de definir. A Europa provavelmente atingira seu ponto de saturacao, tendo um nmero suficiente de cidades para suas necessidades econêmicas. Ouando deixou de haver uma demanda
insatisfeita de manufaturas e de matêrias-primas fornecidas pelos mercadores, as cidades comecaram concorrer umas com as outras, com crescente desespero, para conservar seus préprios mercados. A estas dificuldades é preciso acrescentar as consegiëncias de epidemias de peste, gue atingiram as cidades com particular violéncia, jê gue estas constituiam um ambiente mais favoravel ao aparecimento de infeccêes. As populacoes urbacertamente
foram
reduzidas,
mas
se
decerto
recuperaram logo gue a populacao rural voltou a crescer, pois as cidades tentavam desesperadamente atrair imigrantes, sobretudo homens com determinadas capacidades. É mesmo possivel gue, apés este chogue, tenha surgido uma ordem econêmica mais estavel, na
gual as cidades como um todo melhoraram sua posicao
em relacao as zonas rurais. E evidente gue o gue se vert
1énivel3 g foi de modo algum compardvel ficou nao as consegiiéncias das migracées bêrbaras de mil anos antes, o gue te-
ria impedido a recuperacio urbana. Neste aspecto, o
exagero 128
de alguns historiadores recentes guanto aos | si. ad"
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efeitos da peste sobre a vida urbana pode ser muito en-
Asiguasnêrdicas
ganador. Os prêéprios governos das cidades consideraram o problema da populacao apenas como mais uma das suas dificuldades, e foi a obsessao moderna pelos nmeros gue fez com gue este aspecto parecesse de importêancia primordial. O aspecto das cidades medievais é mais dificil de descrever do gue se poderia supor. $ao poucos os prédios anterlores ao século XI preservados: sobretudo igrejas, gue foram elas prêprias ampliadas e reconstruidas desde entao e gue agora sêo fregiientemente preservadas como “sitios histéêricos” — jsoladas para salvê-las do vandalismo moderno. E dificil lembrarmos gue nem meEsmo essas igrejas teriam constituido, na Idade Média, caracteristicas “géticas” entre edificios mais moder-
A regiao do norte da Europa representada neste mapa é
adosamente construidos de uma cidad entanto, dominado um ambiente uas Gee ie mente homogéneo no gue se refere a arguitetura. Ape-
conseguiam intimidar. No cenU9 dessa regiëo, os reis da Dinamarcd,
ae
Embora fossem, sem divida, os edificios mais Cui-
nas no final do sêculo XV os artistas comecaram a dese-
nhar cidades de modo a dar uma Impressêo do seu aspecto fisico. $6 com imaginacêo podemos tentar cap-
tar o modo de vida urbano e, mesmo assim, é necessdrio recordar a forma como essas cidades jam constante-
mente se modificando nas suas épocas Aureas. As preocupacoes do sêculo Xx eram diferentes das do século XV, assim como Florenca era diferente da Inglaterra. Sob o microscépio histêrico, o ponto gue no mapa sgnitica “cidcidaade” transforma-se em uma m assa palpitante de individuos em mudanca.
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realmente muito vasta, embora seja
na sua maior parte ocupada por mar € a rea emersa seja pouco povoada. O povoamento junloës Costas € rios proporcionava acess0
as principais rotas comerclals, 0 dué
era essencial para a prosperidade local. Nenhuma potência poliuca conseguiu, por si sê, estender asua autoridade por toda esta rega0,
mas aimportincia do mar par
todas as populacêes permitu as
cidades da Liga Hanseauca goZaf de
especial consideracio em toda parte. Os seus entrepostos
comerciais, desde Novgoroda Londres e de Dorumund a Bergen, .
fizeram delas intermediarios
indispensdveis gue seguer os TED Oos gue sentiam maior
ressentimento, arguitetaram UIT plano para a unido dos reinos Escandindvia gue se tornoU. realidade em 1897. Mesmo ass” , isso criou mais problemas do du resolveu. Mas o lento dei?
Liga Hanseëtica, due realme
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empreendedor dos meé rcadoré
holandeses gue pescavam NS
da Liga gue ao préprio pot andinavo, Nessa época #
Gee de Baldco Pl oham tormado parte normal do Mun marinha mercanté europ
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OS FRUTOS DA CIVILIZACAO
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SOCIEDADE URBANA Mesmo guando ComeEcaram como fundacées int encionais, as cidades gue
prosperaram logo comecaram
a se
adaptar as condicoes de vida, em gue era raro gue um conselho municipal exercesse um controle planejado sobre o desenvolvimento. Dentro do es pac lim DE
itado o da cidade, cada parcela de terreno tinha um valor potencial elevado e, guanto mais perto se encontrasse do
centro de comércio, mais desejavel se tornava. Em vez de demolir as muralhas, eram feitos todos os esforcos
possiveis para utilizar ao maximo os terrenos dentro da cidade. Uma cidade sê pensava em construir novas muralhas guandoj& tinha esgotado todas as outras possibilidades e guando jê havia desenvolvido subtêrbios cons-
truidos ao longo das ruas principais, fora das portas. Sê
guando se atingia este ponto as autoridades municipais, conscientes da necessidade de ampliar a sua area
de protecao, concordavam em constituir um novo perimetro, suftcientemente vasto para permitir a continua-
cao do crescimento. Dentro dessas novas muralhas, a
previsao de espacos abertos, novos conventos, merca-
torca dos lacos sociais gue ali eram comuns: senhorio, parente, trabalho agricola cooperativo de acordo com as estacoes. As cidades abrigavam mercadores e
artifices, ricos e pobres, vivendo em estreita proximidade, rivais ou até inimigos potenciais. Para manter a
paz social, os esforcos especiais do clero — diretamente nas paréguias ou nos mosteiros, indiretamente por intermédio das confrarias ou corporacoes — pareciam constituir a tinica esperanca de harmonia civica. Ao contrario das zonas rurais, as cidades nao podiam controlar as atividades dos estranhos. O seu comércio e indistria tornavam desejavel atrair mercadores itinerantes, clientes e homens habeis. As popu-
lac6es das cidades eram, por natureza, multifacetadas
e dificeis de governar. Sendo de ordem social e econêmica os principais problemas das cidades, nesse periodo eram articulados em termos mais religiosos gue politicos. Em algumas cidades os bispos residentes tiveram de suportar a violência das criticas 4 instituicao eclesiëstica. A partir do
dos, hortas para fins comerciais e pomares refletia o de-
século XIT, os tecelêes pobres passaram a ser considera-
comodidades. Algumas das cidades mais conhecidas
xas. No
sejo de uma cidade florescente de se eguipar com novas
parecem mesmo ter excedido esses limites e sido obrigadas, no século Xu, a fixar uma segunda linha de muralhas. Florenca comecou a construir novas muralhas
por volta de 1990, construcao esta gue sê foi concluida em 1834. Pouco depois, uma sêrie de adversidades parece ter reduzido drasticamente a populacdo ou pelo menos impedido gue crescesse até atingir os niveis esperados guando as muralhas tinham sido planejadas. Sé em meados do século XIX o crescimento de Florenca
ultrapassou aguelas muralhas. Assim, a Florenca renascentista era um espaco muito mais aberto e vasto do gue o seu aspecto atual parece sugerir a primeira vista, Além disso, agueles gue sêo agora os seus prédios histêricos eram ent&o as grandes novidades: o novo palacio comunicipal, agressivo e imponente, a nova catedral, Oualroada pelo triunfo da engenharia mais moderna. de de a mo li ca o imp lic rua ava s nov as de tra cado guer
obras anteriores e a guebra de antigos padroes. Os ediffcios mais notaveis das cidades,
tanto
Civis
Proguanto eclesiësticos, exprimiam a individualidade um
a espiritual de tra a dic ao era e loc al, cad a de vocante por alguns dos afe to de Hpo gu al gu nao er e cidade, Por esta hab ita nte S€Uu s. S os ins pir ava gue seus edificios,
de gov ern o gua lgu de er pr eo cu pa ca o razêo, a principal proprios seu s dos con 9 tro le ass egu era rar cid ade uma punao cid ade da com 9 êrc io gu€ a assuntos, de modo era a verdaest a est ran por hos : pr ej ud ser ic ad o desse de certo deira encarnacao do orgulho civico. Era, embora a autoPol s, po mp os a, apa rên cia modo, uma
proclamassem cid ade da mu ra as lh € as ur ba na nomia cidade nas ma Comunidade auto-suficiente, nenhuma As pro sl pri a a. bas tar pod ia épo ca da gu el a condicêes muralhas da cidade encerravam uma populacao e deixavam
Campos, de fora OS rusticos nos seus
mas tam
passiveis de ims ola vel s pr ob le ma s tor nar bém tentavam incompativels. mu nd os doi s se pa ra va nao m solucao;
No interior, a populacao da cidade constantemente negava a mas ca mp os dos , vin dos absorvia imigrantes
dos potenciais fomentadores de opiniées nao ortodosêculo
XI,
os pregadores
dominicanos,
os
franciscanos e outros frades aglomeravam-se em todas as cidades importantes da Europa para combater a heresia e confraternizar com os pobres, adotando eles mesmos a pobreza. Muitas cidades eram divididas em vêrias parbguias eclesidsticas e a complexidade da vida religiosa urbana impês a modificacêo do padrao de sacerdêécio rural da Igreja. Era necessêrio, pelo menos, complementar os rituais sacramentais com instrucao, exortacao, reuniao para oracao, devocoes em comum
e com a multiplicacao de palavras, faladas e escritas. As cidades fomentavam exaltac6es religiosas gue podiam
se les do tal
transformar em distirbios, tendo o mais famoso deacontecido na Florenca renascentista, sob a direcao frade Savonarola (executado em 1498). A razao de agitacao foi, certamente, de ordem social: a vida em
espaco fechado de homens de diferentes posicoes, posses, tempo de residência, ocupacées e capacidades, com o respectivo nimero de desempregados, nao empregêveis e parasitas. As paixêes rebeldes dos homens
da cidade, tao diferentes da burguesia da teoria social,
impressionaram os cronistas medievais gue prestaram
atencaio nos citadinos. Tais escritores, como observado-
res externos, nao podiam oferecer grande simpatia ou compreensao pela situacao urbana, € $6 no sêculo XI
os cronistas urbanos comecam a apresentar o desen-
volvimento das cidades visto do seu interior. Éstes tendiam a confirmar a mesguinhez da visao e do sentido de lealdade das cidades. Fora das portas, as cidades enfrentavam problemas
sobre os guais os respectivos governos necessariamente tinham ainda menos controle e de cujas conseguêëncias as muralhas da cidade n&o podiam proteger. A principio, o €rescimento da populac&o urbana dependia da fixacêo de novos imigrantes, vindos de cidades menorese, sobretudo, das fêrteis zonas rurais. Ouando
as cidades pararam de crescer, a estabilidade da populacao passou a exigir um reforco regular vindo de fora. Mas as cidades gue atingiam certa dimensêo ideal tor151
SOCIEDADE URBANA
cCAampo e, por outro lado, fomentar as cidades como mercado para suas mercadorias. A gente do campo
gue tinha a tentacao de escapar da servidao rural necessitava, porém, ter certeza de gue os privilêgios gue a cidade concedia aos imigrantes seriam respeitados pelos principes locais. E possivel gue fosse necessêrio convencer os principes a reconhecer o direito das cidades de receber servos fugitivos. No entanto, nio havia imncompatibilidade inerente nem contradicio entre cidades e senhores. As cidades proporcionavam mercados para os excedentes dos principados, € convidavam
os principes a gastar seus lucros nas muitas mercadorias gue expunham. Gomunicacoes, transporte e comércio As cidades gue eram convenientemente distanciadas
podiam confiar em recursos certos. As cidades medie-
vals dos Paises Baixos, de modo especial, tinham se de-
senvolvido a certa proximidade, sobretudo porgue sua
localizacao tornava razoëvel confiar em fornecimentos
procedentes de longa distincia. A medida gue prospe-
ravam as cidades, cada vez mais era preciso buscar mais
longe os recursos. Ouanto mais longe se encontravam os recursos, menor era o poder da cidade para assegu-
cCOmo OS viajantes € missionarios pudessem ir da Criméia 4 China, viagem feita freguentemente até meados do século XIv, no gual a dinastia mongol foi su-
plantada pelos Mings (em 1308). Parece gue até o final do sêculo XI o comé@rcio internacional da Europa Ocidental se concentrou nas
grandes feiras de Champagne,
até as guais se desloca-
vam os mercadores italianos através dos Alpes para encontrar comerciantes procedentes do Norte. Deixando de lado os riscos de assaltos, as caravanas de animais de carga usadas nos Alpes limitavam o volume das mercadorias gue podiam ser enviadas ao mercado. A medida gue as cidades das costas setentrionais comecaram a unir-se em ligas gue protegiam os deslocamentos, tornou-se mais evidente a necessidade de pêr em contato o trafego do Mediterrêineo com o Norte. Nem seguer Veneza, a cidade italiana geograficamente mais bem localizada para tratar com as terras do Norte através dos Alpes orientais e depois pelas a4guas do Reno e do Dantibio, hesitou um sê momento guanto a isso, apesar de, em comparacao com Génova, a vlagem por mar ser para ela muito mais longa. O maior risco da longa
viagem era o mar aberto, gue se estendia para além do canal da Mancha. Todavia, a pirataria naguelas aguas foi atenuada, a partir do século XI, pelo imteresse gue tinha o rei da Inglaterra em seus portos para ter acesso
a Franca ao longo da costa de Biscaia. A alianca entre o
dugue da Gasconha e o rei de Gastela propiciou nova estabilidade aguela regiao, da gual puderam benefi-
Clar-se os comerciantes italianos. Ouando o transporte por bestas de carga era nor-
mal, os mercadores concentravam-se,
inevitavelmen-
te, no comêrcio de objetos peguenos e valiosos. No sêCulo XIV, o coméêrcio por mar permitiu gue se pensasse em mercadorias de volume maior, como o trigo ou a la, gue podiam percorrer grandes distêincias. As popu-
ra-los. Como no Impêério Romano, nao havia uma ordem politica unica gue protegesse o transporte das mercadorias. Os préprios mercadores das cidades tinham de adguirir o necessêrio e trazé-lo de muito lon- lacoes das cidades contaram ent&o com um envio rege, o gue fazia com gue o desenvolvimento de muitas gular. No ano da fome (1815-1816), Flandres nao deicidades numa Area restrita pressupusesse a existência xou de receber trigo, gue Ihe chegava da Sicilia gracas a atividade de certos mercadores florentinos. O vinho prévia de uma rede comercial e de reservas adjacentes também era mandado de regiëes especializadas, como de terras produtivas, gue eram exploradas em benefiBordelais, e seguia para a Inglaterra ou Flandres. Os cio das cidades. Na It4lia, a grande planicie do PO era a ingleses deixaram completamente de fazer vinho, a tinica drea cultivêvel capaz de alimentar grande nimero de bocas urbanas, enguanto no Norte as cidades fla- partir do momento em gue tiveram assegurado o fornecimento da regiao do Reno e da Gasconha. Outros mengas dependiam dos silos do Leste da Europa. O principal motor do comércio medieval era o trafe- alimentos essenciais gue percorreram distincias Congo mediterrêneo, gue as cidades italianas foram as pri- sideraveis foram o sal, gue partia da bafa de Biscaia, € o peixe salgado do mar do Norte. Com respeito aos meiras a explorar. No periodo das Cruzadas, os cristaos tinham desafiado os muculmanos e obtido grande par- produtos manufaturados, as cidades em via de crescimento precisavam iImportar matêrias-primas e enconticipacêo no comércio. As duas cidades italianas gue dominaram no Oriente foram Veneza e Génova, e am- trar mercados ou clientes para eles. A concorrência para abaixar o$ precos fez com gue alguns centros se bas se beneficiaram da usurpacêo latina do Impêrio em Constantinopla em 1204. Um guarto do Impêrio especializassem, uma vez gue as mercadorias de gualidade mantiveram seu valor. A indistria de tecidos foi reservado imediatamente a Veneza. As ilhas proporde la estabelecera-se em Flandres desde época muito cionaram a Veneza portos, marinheirose producao duanrante sêculos. A grande ilha de Creta continuou a ser Uga, € no sêculo XII a indi@stria do pais precisou de 1a inglesa para poder funcionara pleno vapor. No sêculo uma “colênia” veneziana até 1669. Os genoveses nao conseguiram tanto nem têo rapidamente, mas, gracas se ges importadas de Castela grandes guantidades - Nem todos os tecidos gue vinham do Norte 3 oferta de seus servicos navais aos gregos, puderam estabelecer-se no Egeu. Através de uma sêrie de guerras com os venezianos no sêculo XIv, demonstraram due joe Ge a de boa gualidade gue P MbDEIEZavam nas oficinas das suas préprias cieram formidaveis provocadores. Para uns e outros, o Ps gENOVESES EXPOrtavam tecidos controle do coméêrcio através de Constantinopla eo flamengos prosda base ra o Oriente. acesso ao comércio do mar Negro eram a
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podiam fomentar a imigracao oferecendo condic6es favoravels ao assentamento, particularmente a emancipacao dos deveres servis. O campo, onde a produtividade dependia das obrigacoes servis, podia sofrer, portanto, excessivas defeccêes. Podia suceder gue os proprietarios se vissem diante do dilema entre, por um lado, guerer conservar a adeguada mao-de-obra no
Negro no século Xm foi garantida pela seguranca oferecida ao comé@êrcio pelo poder politico do impêrio mongol. Esse fato permitiu gue tanto os mercadores
comércio, fosse com o Norte da
Africa, o Egitoe o mar N
(osse entre si. A ocupagag cat
dos Estados Cruzados, e depoisda
llha de Chipree de outrasr ies do impêério grego, deu aos mercadores uma valiosa sees de seguranca, perturbada untcamente pelo avanco dos €xErcItOS Otomanos no séculg xy
Essas vias fluviais e maritimas
permitiram gue se trasladassem.
de ambos os extremos da Europa
e em direc6es opostas,
mercadorias preciosas, coma
finalidade de satisfazer a ayidez
dos compradores numa épocaem
gue eram abandonadasas antigss
rotas através da Ruissia. Seria
dificil assinalar as rotas por ter seguidas pelos mercadores desse periodo. As feiras tinham grande
importência para eles, mas talveza tivesse ainda mais a especializaig das regi6es em determinados produtos, tais como o sal, 0 vinho
e metais preciosos. As pessoas
passaram a depender do comêrdo com lugares distantes. Ainda mas notavel é a especializacaoda indistria, particularmentea.
indéistria têxtil: nela osmeraidas nao eram conguistados. naturalmente, massimpela
gestao, competênciae
se
especializacao em mercadorias gualidade superior.
Pagina anterior: a cidade de Cordes |
(Taro) foi fundada em 1922 pele
conde Raimundo de Toulousé
para contribuirparaa elas
arruin
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recuperacao Ee
albigenses.
guerras
num CUmE, oa ales anéis de muralhas defenstvas , l populacao cresceu e prospeEE
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baixa, no lado leste. Para
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navam-se muito mais vulneraveis pela falta de mantimentos € matérias-primas, sem os guais as suas populac6es, relativamente grandes, nao podiam funcionar. Assim, os governos deviam contemplar do interior das muralhas as suas relacoes com o exterior. As cidades
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sses. ere int de de da xi le mp co e ent end pre sur a um dia
€ os , nar cio fun nêo iam pod gue sas coi as tas mui Eram
uns emprenego6cio s COntinuavam a ser arriscados. Alg s mercantis mais sarios fizeram fortuna. As companhia uma sucessao de fafortes podiam s€ r arruinadas por se prede mas for am rir cob des s Jéncias. Os mercadore A assoclacao co. cos ris tes des s ore pli Os tra caver con . As empresas pos tem dos al sin um é sa Han mercial de ndo inlui inc s, ade ied soc de s mai m italianas dependia
atividade continua de certo tipo, mais do gue a persistência de interesses familiares particulares, o gue levou toda a Europa a entrar no aAmbito da atividade comercial. Nunca anteriormente, e com certeza nunca no Im-
pério Romano, tinha havido coméêrcio em tal escala,
coméêrcio gue simultaneamente fomentava a especiali-
zacao da producao e do produto e obrigava constantemente a manutencao do nivel de gualidade exigido no
mercado internacional. Neste aspecto, todas as regioëes estavam expostas a sofrer as consegiëncias de aconte-
. Emprestaios têr ori maj ios s6c por tos fei os vestiment sede as uem €Sd m ara ent Inv os. dit vam e obtinham cré
cimentos sucedidos em lugares remotos sobre os guais nao tinham nenhuma influência, ou podiam benefi-
gue tinham Os . das ina ord sub as &rm rigida de muitas pec dvas fares as e am, tav sen apo S€ es
serviam de um sistema gue sê eles entendiam e gue,
, muitas vezes, era os oci neg dos ao cac ifi ers guro.A div uma fiscalizacao gia exi mas da, rta ace uma precaucao éxito muitas vez
atingir € ais rur des eda pri pro milias podiam adguirir ade. E outros cid da a for o vad ele s mai ial um status soc urbanas s cia cra sto ari As ar. lug homens tomavam o SCH Foia po. cam no gue do is êve est tendiam a ser me€nOS
ciar-se deles. Os produtos gue de lugares distantes do Leste chegavam ao Ocidente encontravam seu caminho gracas 4 atividade de muitos mercadores gue se politicamente, nao podiam proteger. A manutencao deste sistema é muito favoravel 34 imagem gue pode-
mos fazer da gente dessa época: ela soube valorizar o espirito empreendedor dos seus mercadores. 185
al
Ah
SOCIEDADE
URBANA
| |
Abaixo:a ponte de pedra de
Regensburg, com mais de 300 metrosde comprimento, foi
construida em 1155-46 para
substituir as anteriores pontes
2 Rotemburgo'
|
Dinkelsbuni
*
Ratisbonne f
de barcas. O fato de ser facil construir pontes nessa regiao do Danubio explica a importancia cedo adguirida por essa cidade. A catedral,
cuja construcao comecoU EM 1975, é um raro exemplo do gotico bavaro.
seguramente defendida por esta
Abaixo. centro:a vista aërea de
torre da igreja. As grandces casas
ma encosta, mostra até gue
com
cidade é afetada pelas limhas de contorno e como a cidade era tag
rigueza eo gosto da Alemanha do final da Idade Media.
Rotemburgo. gue se estende por ponto a linha da mu ralha da
dispOSICA0 natural.
[im baixo: Rotemburgo vista da
da cidade, em primeiro plano,
arestas stmples € em degraus,
mdicam
simi 1 AI EAMIENIE
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Abaixo: To
Rosenth Este forma alE, OPlerschloss, per ie deRg em (E af asta
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Rotemburgo Parte dessa cidade foi arrasada por um terremoto em 1356. No sêculo XIV, a sua prosperidade permitiu uma total e simultinea reconstrucio, tendo, deste modo,
sido possivel criar uma impressio uniforme e harmoniosa gue ioi conservada. O castelo da época Staufen, em ruinas, mostra gue a importincia desse local foi apreciada desde tempos remotos. A cidade cresceu, desde o sêculo X, em um planalto sobre o vale escarpado do Tauber, proporcionando um centro de mercado para a rica zona agricola gue a cercava. No século XvIT, as muralhas COM
Abaixo: esta porta de entradan muralhas do século xv de Dinkelsbuhl tem uma galeria
e torres do sêculo xiv foram embelezadas
NOVvaAs portas.
superior gue oculta os sers
defensores e tambémé protegid: por agua. Maas abaixo: esta vista de
oegringergasse, Dinkelsbubl, com; Fstalagem dos Trés Negros, mos a rua larga e os telhados indinads de uma cidade bem planejada.
MAR
WE.
DR RE
Regensburg Éssa grande cidade deve sua importancia a localizacao em gue se encontra, junto ao Danabio, como ponto mais setentrional onde este rio pode ser facilmente transposto. O seu bispado foi fundado em 789 por Sao
n
Bonifacio; foi, até o século Xam, o local de residéncia preferido dos soberanos bêvaros, guando seu status como
cidade imperial encorajou os cidadaos a resistir as pressoes dos bispos e dos nobres. Os seus mercadores comerciavam por toda a Europa e as suas famosas igrejas e mosteiros ajudaram a criar uma cidade de carater excepcional gue no século XIV ampliou seu perimetro construindo novas muralhas.
Dinkelsbuhl A prosperidade desta cidade, situada ju nto ao rio WêrIG, teve por base o patrocinio dos soberanos Staufen gue a tundaram por volta de 1180. Tornou-se Capital 'mperial em 1278 e continuou a expa ndir-se durante o século seguinte, guando COMECOU a reconstrucao das Suas muralhas. Nessa época estava bem localizada do ponto de vista do comêrcio, embo ra principalmente COMO merc ado local. Ali havia industrias , tanto têxteis
guanto de fabricac&o de ferramenta s, como foices. Apenas em 1887 os artesêo $ CONSEFuijram
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La Couvertoirade Esta aldeia fortificada foi construida sobre uma rocha no vale do Dourbie e era dominada por um castelo si-
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tuado no cume do St. Guiral (1.849 metros). Ouando os Templarios a conguistaram, em 11892, construiram ali
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um Castelo no inicio do século XI; apês a dissolucao
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desta ordem em 1819, a aldeia passou para as maos dos Hospitalêrios. A fortaleza atual foi construida em 1489
para constituir um recinto onde os viajantes e os seus
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pela sua deterioracao.
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Lavenham
Abaixo:a Shambles é a mais famosa das velhas ruas de York, com suas casas de madeira cujas partes superiores salientes guase
Pigina seguinte: La Couvertoirade ficava situada na estrada para Compostela, entre Millau e
eliminou simultaneamente o movimento e o esguecimento e
Além da sua importência para os peregrinos, este local era apreciado pelas ordens militares
se tocam. A restauracdo moderna
Lavenham é uma cidade mercantil situada junto a um afluente do Stour, no Suffolk Ocidental. A sua importên-
cia entre muitas outras cidades desta regiao se deveu a
sua parte no comêrcio da 1a, tendo atingido o auge da prosperidade no final do sêculo Xv, guando a sua igreja foi reconstruida. Enguanto outras cidades comparaveisa esta perderam, desde entao, o seu aspecto medieval, Lavenham manteve o seu carêter anterior, em part€ como consegiëncia do seu préprio declinio e, mais recente-
fez dela um recanto pitoresco para turistas.
Lodéve, na Causse de Larzac, e ë
citada pela primeira vez em 1142.
devido aos pastos vizinhos, onde
eram criados cavalos para a guerra.
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S cipio deu a ela maloT segura tornou-se mais uma v€z uma 1mk Yor pine as r. As suas muralhas, com ras rec omecaram acao milita base de ruidas t s n o c e r m a r o f , o r t e m i r e s de p gPuoat ro Gulêmetro dral, na época em
sculo xv, juntamente Com a cate no sê . a r e p s é r p s i a m se fa atingiu 2 SU? e d a d i c a e j d
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animais podiam estar protegidos dos bandos de mercenarios gue rondavam pelos Causses. As novas muralhas
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parte das cidades medievais da Toscana, no alto de montes,
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deliberado, e San Gimignano nao
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grande castelo, com os camposa
volta sob a sua protecao.
san GL1mignano san LImignano perdeu a sua autonomia para Florenca em 15954. O declinio posterior explica a razao pela gual os seus edificios medievais foram mais bem conservados
Porta de San lacopa
Porta de San Mateo
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de
Palazzo Tinacci
rem uma histêria interna violenta, mas no século XIT es-
sas disputas nao impediram a cidade de proclamar a sua autonomia € dominar o vale d Elsa. A sua importancia
Porta das fontes
Palazzo della Cancelleria
Econbmica especial se deveu ao cultivo de acafrao, fonte
valiosa de drogas e tintas. Foi também uma regiao privi-
legiada pela sua producao de cereais e vinho.
Coleglata
Direita: o Palazzo del Popolo de San Gimignano foi comecado em
DO] Palazzo del Popolo
1280 e ampliado em 1828, como residência do Podesta, primeiropodia construir na cidade nada
mais alto gue a torre deste palacio, da gual nao so se avistava
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Palazzo Tortoll
magistrado da cidade. Segundo uma antiga ordenacao, nao se
Porta de
Palazzo Pratellesi
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Ouercecchio
Oo patio dele, mas também o campo circundante.
100 m 300 pês
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Esta planta mostra gue San
Abaixo: do nivel da rua, a altura das torres nao costuma ser to
angustiante como agui. A
estreiteza do prédio e as entradas
Porta de San Juan
dele se harmonizam muito bem
com as reconstrucoes posteriores.
Gimignanojé havia do uma histêria complicada antes de as muralhas do sêculo XI imporem uma espêcie de unidade ao incorporarem os dois anteriores subtirbios de San Matteo e San Giovanni.
Florenca Florenca é incomum entre as cidades medievais da 'Tos-
cana por ter sido construida em uma planicie. A fama de gue gozou posteriormente ocultou as suas origens,
ainda na Idade Mêédia. Até o sêculo XI, sua histêria nao
toi de modo algum excepcional. Nessa época, a importancia econbmica da cidade levou-a a cunhar suas préprias moedas de prata e ouro, e a reputac&o gue tinha de manter o seu valor garantiu-lhe importincia financeira durante todo esse periodo. Ligada por estrada ê Franca, onde tinha importantes mercados, Florenca nao dispunha de porto de mar e sua prosperidade se de-
veu mais as suas indistrias gue ao comêrcio. Os seus
mercadores e fabricantes de tecidos, bem como outros membros de corporacêes, tomaram o controle do go-
verno a partir de 1282 e preservaram a sua constituicio 'republicana” mesmo depois de o verdadeiro poder ter passado para as mos de uma oligarguia e, posteriormente, para as da familia Médici (1484). Os florentinos gostavam de debater a natureza da vida poljtica e as suas tendências intelectuais foram incentivadas pelas muitas escolas da cidade. A educac&o em vern&culo deu origem a um nivel excepcional de alfabetizac&o ea gualidade da literatura da Toscana desde a época de Dante fez com due os florentinos esperassem muito dos seus CONcidadaos. Estes feitos intelectuais foram mais do gue 'gualados pelos artifices, pintores, ourives, escultorese arduitetos gue realcaram a beleza fisica da cidade. 188
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gue os de muitas cidades italianas, embora apenas 15 das
72 torres conhecidas tenham sobrevivido. As torres suge-
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SOCIEDADE URBANA
Abaixo:a Porta Soprana, em
GEnova. Esta grande porta
macica, com as suas duas torres.
gue Hustra com elogiëncia a ngueza da GEnova medieval, fazia
parte do sistema de defesa da Cidade guando as muralhas foram ampliadas pela primeira vez, em meados do século XI
(sENOva As vantagens naturais do porto de Génova fizeram com gue este local fosse habitado desde tempos remotos, mas a Epoca aurea da histêria independente da cidade comeCou Com o xito da Primeira Cruzada, gue levou os genoveses até ao Levante. A cidade floresceu como porto mediterraneo mais préximo do comércio do noroeste da
Europa, derrotando consecutivamente a sua rival mais préxima, Pisa (1284), e conseguindo manter a sua postcao frente a Veneza. A expansdo inicial da cidade, ultra-
passando seus limites do sêculo X, teve lugar com as no-
vas muralhas construidas em 1155, mas no século XIv ja se tornara necessêria a construcdo de um novo perimetro. Ao contrario de Veneza, Génova nao havia desenvolvido formas constitucionais fortes, e a rivalidade entre as familias nobres continuou a ser uma fonte de fragueza,
mesmo depois de, em 1839, ter sido introduzido o sistema de doges. Apesar da sua importência atual, Génova conserva muitos edificios do seu passado medieval.
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Extrema esguerda: Ponte Vecchio, Florenca. Neste local, onde o
Arno é mais estreito, existiu uma E
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ponte desde o final do século X.A ponte atual, construida em 1345,
substituiu uma gue foi levada nas
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devastadoras inundacoes de 1333.
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A construcdo de lojas ao longo de ambos os lados preservou o
carater comercial das ruas nesta passagem obrigatêria para o outro lado do rio.
Esguerda: a altura impressionante do campanërio, da cipula e de toda a catedral, erguendo-se acima do nivel eguilibrado dos edificios da cidade medieval, deu a Florenca, desde meados do século xv, uma nova imagem.
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SOCIEDADE
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URBANA
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Alguézar, ag arTada jisCldade roe
vistvelmente dominad, : Castelo do sé c u l o x e ar set dsp ecto medieval
Avila é uma antiga cidade de tradicoes cristas, anterior a
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Constantino, e gue se tornou sede de um bispado apêsa reconguista do territêrio aos mouros. A situacao da cidade, dominando o rio Adaja, 1.181 metros acima do nivel do mar, faz com gue seja muito fria no inverno, mas, para Castela, agradavelmente fresca no verao; foi, por 1sso, local popular de residência dos reis castelhanos na sua Jjuventude e al existiram também numerosas residências de nobres. Estas ligac6es levaram rapidamente para Avila o novo estilo de construcao francês, o gético,
ea cidade continuou a ser importante até o século XVvIl. O seu posterior declinio preservou o aspecto medieval das conseguëncias habituais da prosperidade.
Alguézar Gidade encravada nas montanhas
gue cercam Oo rio
Vero, foi inicialmente fundada pelos muculmanos em
um ponto estratégico da regiao de Sobrarbe, nos Pirineus. A fortaleza foi a primeira por eles construida. Foi conguistada em
1067 pelo rei Sancho Ramirez, gue a
utilizou como base para as posteriores campanhas nos
Abaixo: as muralhas de Avila foram
vales do Cinca e do Alcanadre. A importancia dessa cidade para as campanhas militares do final do sêculo XI e inicio do século XII explica os esforcos especiais empreendidos para recrutar colonos cristaos e construir muralhas e uma igreja notêvel junto ao castelo. A igreja atual, construida no século xv, tem um claustro com @€s-
culturas gue datam do seu primeiro repovoamento €ristao. Mas com a consolidacao das conguistas aragonesas a cidade perdeu os atrativos especiais gue tinha para os reis, o gue explica a conservacêo do seu aspecto anterior, apesar das reconstrucoes subseguentes.
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construidas por Casandroe Fo, de Pituenga depois dea cidadetg sido conguistada aos mouros ng final do sêculo XI. Têm 12 metros
de altura e três de espessura, Da% em 20 metros, existem torres
redondas e hê oito portas A
catedral, no alto da cidade, es
ligada as muralhas pela abside N; sua construcao foram utilizados materials romanos e tem sido fregientemente restaurada, mas
continua a ser um dos mais belos
exemplos de fortuficacao urbana
medieval, emboraja no século n, pelo menos, as muralhas tenham deixado de conter a cidade.
0 governo das cidades IV assistiu ao apogeu dos muUnicdpios EUTrOfieus. OS palacios municipais construidos a partir do
O século
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do século XTL robustos e semelhantes a castelos, EF vorres de vigla € ameias, afirmam a independência
o eidade eo seu estado de alerta para se precaver de esranhos. O apelo florentino a `iberdade parece confuoe enganador aos gu€ leram J.J. Rousseau. A independéncia da cidade nunca iImplicou a emancipacao de odos os cidadaos, o gue nao provocava, necessariamenie. descontentamento. As pressoes vindas de fora das fileiras dos candidatos a cargos publicos raramente tive-
am éxito duradouro. Os governos eram geridos por
guem tinha tempo, ambicao, ligacoes e, sobretudo, uma parte suficiente do patrimênio da cidade para mostrar
no mercado, sendo todas elas formas relativament e f#ceis de arrecadar receita. A vida urbana medieval nio era mais ideal ou mais avancada do gue a das zonas ru-
rals. Embora com uma base mais ampla do gue as feudas, as instituicées urbanas mostraram nao ser mais populares nem mais duradouras do gue aguelas Cidades como Veneza, gue sobreviveram e se transformaram em
Capitais de Estados, jê eram aristocréticas. De modo geral, no século XV as grandes cidades como Bruges ou Barcelona j& tinham conseguido chegar a um entendimento com os principes, pois as condicées j4 nao eram propicias a independéncia municipal.
guando provocados. As financas da cidade dependiam
| de empréstimos feitos por cidadaos ricosa taxas de juro
extraida do livro de registros em gue ele tomava nota dos costumes locais, mostra a tomada de posse do novo presidente,
provavelmente o seu patrono, a 39 de setembro de 1479, na sede do municiplo. O antigo presidente
apresenta um livro sobre o gual se deve prestar juramento, na presenca dos funcionarios vestidos de uniformes multicoloridos, dos vereadorese
numa parede da sala do conselho em frente 4 janela e é, por isso, a peca central do esguema decorativo. A direita, vé-se um
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deve ter prestado servico durante guase 30 anos. Esta ilustracao,
proveniente do Paldcio Municipal de Siena. Esta alegoria foi pintada
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dee podiam, por isso, fazer demonstracoes
cimara de Bristol em 1479, onde
Ambrogio Lorenzetti (1858-40),
| palidade. Agu, a liberdade de toda a cidade exigia ne-
autoridades municipais sê afirmara a sua independénca pela supressio de grupos dissidentes e nenhuma ci| dade foi poupada de distirbios internos. Os cidadaos | no emancipados prestavam servico na milicia da cida-
Ricart tornou-se secretdrio da
Abaixo:a Alegoria do bom governo, de
| ticalocal procuravam um lugar dominante na munici-
responsabilidades dessa independência. A maioria das
presidente da camara, Robert
dos cidadaos. O chapéu e a espada do presidente da camara, Os objetos gue se encontram em cima da mesa e as armas da cidade so dignos de nota.
| interesse pelo seu bem-estar. A maioria dos habitantes tinha ocupac6es particulares préprias gue exigiam a sua | atencio. Os apelos insistentes da familia, do trabalho, | dacorporacao, da confraria, da parbguia ou do bairro ja | davam ao cidadao trabalho mais do gue suficiente naguilo em gue eram capazes de se ocupar. 56 agueles gue | atingiam uma posicao de influência nesta obscura poligociacoes politicas com grandes senhores, reis e até | papase, portanto, grande experiëncia politica, paciën| ciaerigueza. Poucos eram os individuos, ou mesmo as | cidades, gue podiam suportar durante muito tempo as
Fsguerda: por instêincias do
grupo de burgueses, dominado por uma figura vestida de preto e branco simbolizando a comuna de Siena, protegida por três virtudes teolégicas e servida pelas guatro virtudes cardeais, com Magnanimidade e Paz. A esguerda, a justica esta sentada
abaixo da Sabedoria, distribuindo,
por um lado, casugos € recompensas e, por outro,
responsabilidade e caridade, de
acordo com os ensinamentos de Aristoteles. Abaixo da justica esta sentada a Concérdia, de onde parte lateralmente uma corda gue passa pelas maos dos cidadaos,
gue estao voltados para a comuna.
Esta corda liga ambas as partes do guadro e completa a alegoria.
(OMETrCIO
RS vais dev,em sua -importên Adie cid: des medi cia ao pa oo evai Muitjtasas cida
Direitazo estabelecimento de
e nao as suas indistrias. Ficavam em locais protegidos,
Xuamedidague asvantagens das
pel gue desempenhavam com
acesso
como entrepostos comerciais, si
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facil as rotas maritimas
da Europa:
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Veneza,
Génova, Bristol, Londres, Bruges, Libeck. O seu papel EE a es ` arEi comercial toi orreduzindo a anterior mportanc1 como grandes feiras internacionais, ja gue se tornou possivel
transportar mercadorias em maiores guantidades. Poë ; . FR T rem maisse para o éinterior as feiras continuaram a atralr O comeércio local. Em
um
terceiro nivel, a realizacao de
s se s LE s local do governo com autorizacao semanais mercados
elevou certo nimero de povoacêes privilegiadas ao nivel
modesto de cidades mercantis. Em um pais como a In!
glaterra, onde os mercados eram cuidadosamente $eparados uns dos outros, esse sistema talvez fizesse com gue
os aldeaos tivessem de empreender uma viagem de ape-
costumes Corporativos tornou-se
muito comuma partir do sêculo
organizacoes corporativas sobre a empresa individual jam sendo
defimidas.O controlesobrea a era e a venda compr te importante €a particularmen montagem de balcéesou lojas em
determinadaruapermita due todos os mercadores vigiassem nsaosoutros. Esta cena de rua dguerepresenta galsers Ene
de
tecidos é dominada pelo sacrario,
no topo. De cada lado da rua, podem-severosbalcoese
Ppratcleirasonde os produtos sao
examinados, enguanto as
mercadorias€stao penduradas em cordaspresasasbarracas.
nas um dia para se deslocar ao mercado, o gue Ihes posstbilitava desfazerem-se com grande facilidade dos seus ex-
cedentes de producao. A partir, pelo menos, do sêculo
XI, as visitas as cidades passaram a assegurar a difusao da
'niormacao através do pais, o gue promoveu o sentido de uma comunidade mais vasta do gue a povoacao de
base. Em outras regi6es da Europa sistemas semelhantes
funcionavam mais no nivel de regi6es do gue de reinos.
O estabelecimento de mercados, a protecao das estradas d
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Abaixo: Génova foi uma das
e acesso, o policiamento do mercado e a fiscaliza€A0 dos pesos e medidas dos mercadores implicavam a inter. vencao de autoridades capazes de tazer CUmPrir. regras alêm dos préprios limites territoriais do mercado. Estas condicêes foram alcancadas em épocas diferentes nas diea N versas regiées da Europa, mas sob as mesmas pressOes. Por um lado, o comércio internacional alimentava-se dos
primeirascidadesda Europaaser conhecida pelosseus cambistas, ou bangueiros, cujas atividades io apresentades em atas notarjais doséculoxm Nesta cena os contabilistasestao contando as moedas antes de fazer um Dagamentoësviëvase filhos dagueles cujosinteresseso texto
para o mar e levavam os outros de regresso as lojas; por
de jesus, recomenda gue se tenha
fluxos internos gue filtravam os produtos mais valiosos outro lado, a protecao de peguenos postos de comêrcjo : ë N no interior contava com a boa vontade, ou até mesmO
com
o incentivo, de mosteiros, bispados ou outros se. .
nhores gue compreendiam as vantagens, financeiras ë outras, do estabelecimento de mercados.
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Em consideracao. A grande arca parece conter o tesouro. A principio, os servicos bancirios
estavam ligadosao problema da troca de moedas de vêrias origens, es
ten anbia nhadas ners em toda a Europa.
COMERCIO Isguerda: os cais apinhados de
gente dos grandes portos
CUropeus nao sao regientemente
representados pelos pintores, e mesmo
neste guadro, em gue se
pode ver o porto de Hamburgo, as profissoes das liguras em primeiro
plano ficam diminuidas pelos
grandes navios, barcos de pesca de tes mastros, do século Xv. A sua
descarga implica a utilizacio de barcagase de um grande
guindaste montado no cais. No
meio, os funcionarios aguardam a entrega das mercadorias. A direita, os mercadores ou
investidores discutem o éxito do
cmpreendimento, vestidos com as
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suas melhores roupas e chapéus de pele russos. Dentro do EScrit6rio, as autoridades
portuarias ou os armadores estao sentados com a maior calma.
Assim, este guadro concentra-se d " id]
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em uma imagem das muitas
atividades caracteristicas dos POortos.
Esguerda:a bêncao da feira de
Lendit (junho) em Saint-Denis.A
bêncao religiosa lancada sobre o
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de uma segiiëncia de atos litirgicos, é notavel pelo grande nimero de estalagens nela representadas, com as suas
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tabuletas, numa das guaisja esta
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comércio era vital para a realizacao desta famosa feira, gue abria com o antincio de uma festa religiosa. Esta ilustracao, gue vem
sendo servida uma refeicao. Um
pastor também levou o seu
rebanho para o mercado, poisa
feira acontecia em toda a planicie de Saint-Denis.
Industria
As mais antigas corporac6es medievais foram as dos mercadores nas cidades, mas jê no século XI comecaram a aparecer assoclacoes especificas de artifices, lado a lado com as corporacoes de médicos e advogados. Ouando Luis IX da Franca ordenou a compilacao de um livro com os costumes dos diferentes oficios, a pesguisa revelou gue os regulamentos,
anteriormente
nao
escritos,
dependiam
da
transmissao oral por intermédio de comerciantes respeitados. Osregulamentos das corporacêes, escritos nas cidades
Abaixo: muitos mercadores gue pagavam os vitrais das igrejas
dedicavam painéis as seus SaN(OS
patronos. Em Semur, em 1465, os comerciantes de tecidos optaram,
surpreendentemente, por ver
representados os processos de
acabamento de tecidos para prestar homenagem 4 sua profissao. As cenas agui apresentadas incluem a
selecao, a cardagem, olevantar e cortar do pélo; algumas das ferramentas deste oficio sao claramente visiveis. Foram omitidas
vrias fases do processo, mas 0 nuamero
de oficios ligados 4 manulatura de tecidos é 6bvio e a sua importancia para onegécio dos comerciantes de tecidos nao podia ter sido representada de forma mais eficaz.
Durante o periodo inicial, as principais alteracoes tiveram lugar na agricultura: os moinhos de agua sao citados em leis b&rbaras a partir do sêculo vm. No sêculo Xi1 os ar-
reios para cavalos jê haviam sujeitado esses nobres animaisa #
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cipais ao lado de bangueiros e armadores internacionals. Grande parte da atividade dos artifices tinha lugar em peguenas oficinas, sob a orientacao de mestres gue conheciam pessoalmente os trabalhadores, alguns dos guais iriam, em cCircunstêincias favor&veis, montar o séu préprio negécio. Este sistema no garantia gue cada trabalhador diério (jornaleiro) se tornaria mestre. Os trabalhadores dos oficios nao organizados estavam dispersos por €mpresas demais para gue a organizacao pudesse apresentar as suas gueixas é proporcionar uma melhoria substancial das condicêes. A induistria têxtil foi provavelmente aguela em gue os muitos oficios diferentes nela envolvidos eram mais suscetiveis a condicêes de tipo fAbrica, embora a uilizacao da energia hidr&ulica no processo de mecanizacao dessa indiistria eventualmente a obrigasse a se deslocar para o campo, fora do alcance dos regulamentos das corporacêes. O interesse da Idade Média pelos engenhos mecanicos foi fruto da grande falta de mao-de-obra em todos os niveis, em uma sociedade gue nao fazia escravos na guerra e tinha de complementar o trabalho humano sempre gue o engenho encontrasse uma forma de fazé-lo.
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tes) e os seus membros tinham assento nos conselhos muni-
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truidos” como os dos advogados ou estudantes. Tambêm os artifices tinham as suas organizac6es poderosas (universita-
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Enfase nos deveres religiosos dos seus membros, os guais deviam assistir aos servicos religiosos coletivos ou buscar assegurar o bem-estar das familias dos membros falecidos, bem como em guestoes mais diretamente relacionadas 4 profissao. As obrigacoes religiosas davam um aval divino 4 ASSOC1ACAO, na gual os membros sentiam mais rapidamente as paixoes da rivalidade competitiva do gue afraternidade. Mas as corporacêes também definiam guestoes como a da eguidade em relacao ao aprendizado, eram um tribunal para julgar disputas e insistiam na gualidade da producao. As corporac6es desempenhavam um papel importante na cidade. Em cada uma delas eram diferentes os offcios gue formavam corporac6es, os gue se tornavam membros subsidiarios de corporacoes dirigidas por oficios com mais poder ou agueles a guem era negado o direito a gualguer organizacao de grupo. Em Florenca, ser membro de certas corporac6es era condicao necessaria para ser eleito a cargos publicos. Em Londres, as tentativas de substituir os guardas (divisao territorial) como unidades locais de governo por formas de representacao através das corporacoes nao deram nenhum resultado. Contudo, em todas as cidades a organizacao de corporacoes indicava gue o significado das classes profissionais nao se restringia a grupos `ms-
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do sêculo Xam, colocavam, como seria de esperar, grande
INDUSTRIA
Esguerda: neste guadro, gue
decorativo do manuscrito possa
orientando a construcao de um
uma de guatro ilustrac6es de
representa o arguiteto
prédio, podem ser vistos virios
pagina inteira do “Livro do
ferramentas, bem comoa
pretende representar Noë
do inicio do século x.O aspecto
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embora o cardter excessivamente
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trabalhadores com diferentes
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construindo uma arca, com Os
recolhidos por detras do local da
ser dirigidos pelo lavrador. A utilizacao da energia hidrêulica para fins cada vez mais engenhosos, para fazer funcionar serras, para o pisoamento, para a fabricacao de papel, mostra gue suas possibilidades estavam sendo constantemente exploradas. Foi preciso muito mais tempo para gue se passasse a utilizar a energia eëlica de formas semelhantes. Os moinhos de vento surgem no século Xam, sendo erguidos sobre uma base e podendo ser transportados de um lado para outro. No séêculo xv, nos Paises Baixos, eles eram utilizados
da metade do sêculo XI, teve, obviamente, um novo im-
pacto. Os fundidores de canh6es persistiram nos seus esforcos para tornar essas armas mais perigosas para o inimigo do gue para eles mesmos. Os metalargicos aper-
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feicoaram, de forma mais consistente, as armaduras defensivas dos cavaleiros, embora os avancos na fabricacao
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pêélvora, mencionada com fregiëncia a partir da segun-
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bém um incentivo constante 4 inovacao. A invencao da
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no século Xv os dispositivos mecênicos se tornaram parte comum da experiëncia humana. Além da utilizacao de relégios para medir o tempo, os macacos para elevar cargas pesadas pelo uso de manivelas e bielas ou guindastes giratorios se tornaram comuns, pelo menos nas cidades. O desejo de conseguir a superioridade militar foi tam-
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em operac6es de drenagem sistematica. Os holandeses construiram moinhos de vento para a Frisia ea Renênia. So
de aco nao sejam mencionados pelos escritores. O grande progresso da indiistria mineira na Alemanha do sêculo Xv sê foi descrito em 1556, guando Bauer publicou o seu livro sobre metalurgia. Cada indtistria reagia a outras pressêes guando introduzia nova maguinaria. A mecanizacaAo do pisoamento na indistria têxtil indica, talvez, gue nao era fAcil encontrar homens gue realizassem esse trabalho. Mas o desejo de acelerar os processos tambêém contribuiu para Isso. A invencêo da cardagem, no sêculo XIV, seguiu-se rapidamente a mecanizacao. A roca suplantou o fuso. A fabricacao de velas foi aperfeicoada pela substituic&o das gorduras animals pela cera. A destilacao era uma indiistria nova, baseada no
saber drabe e conhecida pela primeira vez em Salerno no sêculo XI, e no é necessêrio seguer realcar a sua importancia para os marinheiros. A navegacao também estava sendo
aperfeicoada com a utilizacao do compasso antes de 1200,a
introducao do leme de popa, dos astrolabios e das cartas,
para nao falar das inovacoes constantes na construcao de
navios. Assim como os relêgios, os bculos foram uma invenc&Ao medieval tornada possivel pelo saber da #poca. No final do periodo medieval, especialistas de reconhecido mêrito na nova tecnologia nêo hesitaram em oferecer seus servicos aos governantes mais importantes. Leonardo da Vinci nêo foi, de modo algum, o primeiro. Mariano di Jacopo, 11 Taccola, originêrio de Siena, deixou uma descricao ilustrada das suas realizacêes em três belos volumes. Era no-
trio e tesoureiro de um albergue de estudantes e simultanEamente desenhista, escultor em madeira e pintor de mi niaturas. Projetou pontes e instalacées portuêrlas e€ ofereceu-se para tratar da manutencio do sistema hidraulico do imperador Sigismundo. A Alemanha também produ-
zu muitos homens deste tipo. As suas atividades se desenvolveram a partir do trabalho dos seus antecessores € nao foram inspiradas por nenhum espirito de renascimento.
145
Vida cotidiana
Os apoios laterais nas cadeiras das igrejas permitiam gue os membros do clero, cansados, pudessem se apoiar enguanto aparentemente estavam de pé, cantando o officio divino. Como tal, sao prova da decadência, ou da
compaixao, da Igreja do final do periodo medieval, datando os mais antigos do século Xm. A principio muito
simples, passaram mais tarde a ser fregientemente decorados com €sculturas elaboradas. Meio escondidos e
despercebidos, como aderecos podiam inspirar um humor malicioso. As cenas biblicas so raras e os temas representados sao, em grande parte, cenas da vida cotidia-
na, por vezes grosseiras, muitas vezes com humor, sobretudo a custa das mulheres. Agui podemos ver alguns exemplos incomuns desse género.
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Esvaziando um sapato.
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Catando piolhos do cabelo de una jovem.
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O marido espancado.
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VIDA COTIDIANA
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A lareira.
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Jovem vestindo-se.
147
Viagens
Abaixo, esguerda: este guadro
proa, afasta o barco dos arcos da
representando as comemoracocs do Dia de Maio na estrada é no ro, mostra gue, embora os individuos montados pudessem viajar mais depressa, por via fluvial podiam
imperturbaveis.
lamengo do inicio do século XV,
viajar mais individuos juntos. Um homem, na popa, rema; outro, na
Apesar das condicoes de trabalho gue prendiam os homens
as suas proprias localidades, eles talvez tenham se mostrado, €m certos aspectos, vlajantes mais resistentes do gue seria de supor, pois era menos doloroso deixar para tras todos os sus bens. Esse periodo comecou com migracées em massa de uma terra para outra e termimou com os europeus preparando-se para colonizar as Amêricas. Entretanto, os soberanos medievais viajavam constantemente nas suas propriedades, ou para se encontrar com outros ë visitar os lugares santos. Peregrinos cristêos de todas as camadas sociais dirigiam-sea Terra Santa, a Compostela ou a Roma. Embora se mostrassem menos persistentes do gue os muculmanos no dever da peregrinacao, talvez a empreendessem com mais paixao, certamente a mais lugares diferentes por vêrios motivos. O certo é gue viajavam. As dificuldades comecam guando tentamos visualizar as condicées de deslocamento. Grande parte da Europa Ocidental era atravessada pelas estradas romanas, mas os barbaros certamente tinham sido capazes de se deslocar em grande nimero em regiëes onde nao haviam sido construidas guaisguer estradas.JA nao havia governo imperial para manter as estradas em boas condicêes, mas elas poderiam ter sobrevivido durante séculos 4 caminhada penosa de muitos pés e ao tropel dos cavalos movendo-se devagar. Foio desgaste provocado pelos veiculos de rodas gue acabou por fazer desaparecer as estradas. Ouando eram feitas obras de manutencao isso acontecia em Ambito local, onde as no-
vas estradas — guando existiam —, pontes e passagens de
rios certamente mereciam muita atencao. A construcao de
ponte, e os MUSsICOS permanecem
Abaixo, cenitro: OS MUSICOS mascarados, com 0 seu aspecto brincalhao € sua exuberancia
ruidosa, estavam eles pr6prios
entre os mais constantes viajantes
desta Cpoca, divertind
“OMPanheiro
sde ee anlitriëes SEmp re EnContrar alojameng eee SEgu ia,
na Mlsic HASUgados
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estradas nessa @poca ainda nao foi cuidadosamente estudada. As pontes eram pagas por benfeitores locals € o pedagio
ajudava a aliviar os encargos. Sempre gue possivel os viajan-
tes seguiam de barco, fregiientemente utilizando os grandes rios, mas de preferência evitando o mar. Os mercadores
transportaram mercadorias em caravanas de mulas e por via fluvial ou maritima. Os distirbios politicos podiam, € dlaro, interromper mais facilmente o fluxo por terra, mas mesmo em épocas de maior conflito o movimento de uma regiao da Europa para outra nunca foi interrompido. Muitas viagens eram, de certo modo, involuntarias, pois até mesmo as peregrinac6es podiam ser impostas como castigo e os viajantes nunca poderiam esperar o contorto ou as comodidades dos turistas atuais. Durante todo esse periodo, pressupêssse gue haveria uma obrigaco regular de proporcionar hospitalidade em um grau imprevisivel e, como é natural, coube aos mosteiros dar mostras de caridade.
Nao existiam, portanto, estalagens localizadas a intervalos regulares ao longo do caminho. Os gue viajavam a pê refugiavam-se, guando chegava a noite, em gualguer casa gue encontrassem. ÉE nao havia um sistema de correios ou de carruagens para encorajar os estalajadeiros. Este estado de coisas provavelmente foi sendo alterado a medida gue, em certas rotas, foi sendo possivel prever o trafego de acordo com as estacoes. Mas os grandes grupos de peregrinos,
COmo, por exemplo, os cruzados, nao podiam esperar encontrar comida e alojamento guando gueriam; tinham de estar preparados para se cuidar de si mesmos.
Esguerda:a flotilha gue Guilhem
da Normandia utilizou para. conguistar a Inglaterra, 1”. ilustrada na tapecaria de Bay '%
Es cavalos mostra gu€ No” Ia.
Idade Média pouco proff”
havia sido feito no dué GE s
respeito a conforto € rap! pe
mesmo guando ovelculoe” solidamente construido € elegantemente decorado:
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nele descritas.
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dugue de Borgonha. NO MICIG do século XV.
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A educacao escolar é o Gnico tipo de formacao de jovens gue se conhece com pormenores durante este periodo. O seu ambito restringia-se ao ensino da leitura e
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Este retrato de St. Alb na sua cate adeguado dral e ind; ca de
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como os mos teiros e ainda a vanguardad
seculo XI
da escrita e, inicialmente, apenas em latim, Como era
exigido aos jovens destinados 4 vida religiosa. Pode-se inierir sua impopularidade junto dos alunos pelo fato de gue se considerava necessêrio agredidlos para conseguir gue os jovens prestassem atencao e aprendessem.
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Esguerda: Nicolau de Lyra (197 1349), um f ranciscano da
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(oi 4 MaIor autoridade em guests biblicas do final da ldad e MEd Esta iluminura do século xv o
Embora os adultos da Idade Média tivessem, talvez, me-
apresenta formalment e ensinand do alto da sua citedra NUma ay s
nos indulgéncia para com as criancas peguenas do gue hoje seria considerado adeguado, é provêvel gue a principal razao dessa severidade fosse o fato de as criancas nao terem nenhuma nocao do prazer e das vantagens de gue gozariam mais tarde por dominar uma lingua estrangeira. Ésses rapazes vinham de familias nao muito alfabetizadas e nao seguiam o exemplo de nenhum
da universidade.
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adulto respeitado. Os seus irmaos, pelo contrêrio, eram
educados na imitacao dos seus parentes mais velhos, aprendendo rapidamente o modo de atingir a igualdade. Aprender a montar a cavalo ou a trabalhar a terra certamente pareceria mais interessante do gue aprender gramatica. O ensino na Italia e no Sul da Franca deu aos leigos acesso a certas profissoes apreciadas, como o direito ea medicina, mas em todas as outras regi6es da Europa me-
dieval cabia aos bispos e monges manter escolas, sobretu-
do para fornecer recrutas para os seus estabelecimentos. So no final do sêculo Xi os estudos eclesiêsticos tiveram
de aspirar a algo mais do gue o dominio do saber antigo. A discussao de pontos controversos do direito canonico forcou o clero a estudar o direito formal do Império Romano;
descobriram
também
gue uma formacao
em légica formal e argumentacao tinha vantagens stmultaneamente acadêmicas e praticas. Estes estudos ajudaram a formar as mentes jovens e as encorajaram a acreditar no poder das palavras para resolver problemas. Comecaram a surgir alguns grandes centros desses estudos avancados. Os professores de Paris e os estudan-
tes (mais velhos) de Bolonha organizaram sociedades para proteger os seus interesses (universitates em latim)
gue se tornaram modelos para instituicées comparaveis em toda a Europa. Contudo, ao norte dos Alpes, foi especialmente o estimulo ao saber por parte dos religiosos gue levou 4 fundacao de escolas. O clero estimulava também o desejo de alfabetizacaAo bêsica fornecendo livros religiosos adeguados nas linguas vernaculas gue praticamente nao tinham literatura escrita gue valesse a pena ser lida. A medida gue foi surgindo um pêblico alfabetizado para obras em vernaculo, o ambiente Cultural foi favorecendo a criacao de obras notaveis. sem esse desenvolvimento a Divina comédia de Dante, escrita na
Toscana de principios do sêculo XIV, ou a poesia de Chaucer na Inglaterra, no final do mesmo sêculo, nao teriam conseguido atencao. Direita: o diretor, membros €
estudantes do Winchester College,
extraido da Breuis Chronita, escrita
em 14638 no New College, em Oxford. Este desenho representa
odiretor e os membros da escola,
com os edificios ao fundo,
150
incluindo o campandario original,
demolido em 1474. Enguanto todos estao reunidos, dois alunos praticam a arte da justa no patdo, simbolizando a formada parada de respeito e, por três, o irreprimivel espirito desportivo.
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EDUCACAO
Mestres medievais
O mundo instruido da Idade Mêédia reconhecia formalmente guatro
doutores da Igreja romana:
Santo Ambrésio, Sao Jerbnimo,
Santo Agostinho eo papa Gregêrio 1. Destes, Santo Agostinho (acama),
bispo de Hippo Régios (Hipona), tinha, de longe, a maior e mais
critica inteligéncia. A vastidao do seu conhecimento de todos os ramos do saber em latim, tanto
religiosos guanto profanos, bem como a racionalidade do seu pensamento ea elogiëncia da sua escrita, garantiu a ele o respeito e gratidio de todo o Ocidente. A profundidade da sua meditacao sobre arevelacao crista a luz do
saber mais sofisticado do mundo antigo deu inicio a uma nova era intelectual. O entusiasmo medieval pelos seus ensinamentos nao
resultou do declinio dos padroes
intelectuais, mas da continuacao
modesta da aprovacio gue ele havia obtido durante a sua prêpria vida. Nenhuma outra pessoa da Antiguidade escreveu com maior
vivacidade sobre a condicao
humana; a prêpria “personalidade”
nao tinha sido um motivo de grande
interesse para nenhum escritor
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anterior; nenhum professor medieval podia esperar igualê-lo.
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Contudo, com a renovacao do
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no mundo antigo sua reputacao fora constantemente ofuscada pela de Platao. Ao contrario de Santo Agostinho, Aristoteles nao obteve guaisguer discipulos gracas a sua perspicacia religiosa, vencendo pelo puro génio intelectual. O fascinio
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de uma descoberta nova, dado gue
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Aristételes (parte superior. TIratava-se
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consciëncia do grande intelecto de
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interesse pela légica veioa
gue Aristoteles comegou entao a
exercer sobre as mentes ocidentais nunca diminuiu desde o sêculo X. A maior parte das suas obras nao era seguer de fdcil acesso, pois tiveram de ser procuradas e traduzidas do grego ou do 4rabe, em conjunto
com os comentdrios drabes, sem OS guais teria parecido ininteligivel. A dificuldade de assimilar suas estranhas idéias, vindas de uma fonte to contaminada guanto o Islê, deve reforcar o nosso espanto de gue Aristêteles, nio sê como l6gico, mas também como cientista
e metafisico, tenha se transformado
no mestre dos gue sabem.
151
|
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(iëncia €e medicina
O conhecimento cientifico e médico do mundo antigo
fo1 preservado em Constantinopla e outras cidades do
Oriente, de onde foi transmitido aos muculmanos.
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Islê estendia-se da Espanha até a India e a ciëncia muCulmana era apoiada nas cortes dos grandes soberanos e cultivada nas cidades entre Sevilha e Khwarizm. O conhecimento matem&tico da India foi posto em contato com a Cultura do Mediterrineo e a diversidade dos territorios do Isla desempenhou um papel de certa importancia no estimulo 4 pesguisa. Ao contrêrio do império grego, o Isla nao teve, em geral, uma capital Cultural dominante. O fato de terem existido homens de saber em muitas cidades foi importante para a sua
vitalidade cultural. A contribuicao
dos muculmanos
para o avanco do conhecimento cientifico aperfeicoou
de forma notavel os pormenores da observacaoe, tipi-
Camente, concentrou-se mais na aguisicao de informacao completa, ou até enciclopédica, do gue na teoria. Ap6s a primeira grande fase de assimilacao de conhecimento nao-islamico, sob os califas abaissidas no sêculo
IX, os muculmanos devotos logo se viram inevitavelmente envolvidos na exploracao das implicacées filo-
sOficas de toda esta informacao estranha a sua religiao.
Isso por um lado encorajou uma restauracao religiosa
e, por outro,
uma
nova atitude filosofica, nao tendo
nenhuma delas ajudado a fomentar um pensamento cientifico original. Assim como seus contemporaneos
no mundo
cristao, os muculmanos
encontravam
res-
postas para as suas perguntas mais pertinentes nos li-
vros sagrados ou nas hipoteses dos sabios; nao acredita-
vam gue investigar mais a fundo as curiosidades da natureza produzisse algo mais do gue histêrias agrada-
veis, mas sem significado.
O mundo antigo atingira um conhecimento do mun-
do natural suficiente para dirigir a sua vida cotidiana
com realizac6es técnicas suficientes, e as suas principais preocupacées haviam se tornado politicas e espirituais. O conhecimento técnico estava depositado em algumas grandes bibliotecas, como a de Alexandria, e em algumas “escolas” especiais, mas nunca fez parte do programa normal das escolas. Apês a gueda do Impêrio Romano esse conhecimento foi transmitido as geracoes posteriores por intermédio de manuais como os gue foram escritos por Boëcio e das escolas gue sobreviveram, como as dos mosteiros. O desmoronamento da organizZacao politica romana no Ocidente simplificou enormemente o processo de administracêo, de modo gue a educacio formal dos homens em posicées dominantes se tornou uma necessidade. $é os membros do clero se preocupavam com o conhecimento exato da medicao em astronomia, nao para fins cientificos, mas para saber guando deviam ser celebradas as festividades litargicas no momento certo. Com o passar dos séculos, impÊs-se um novo padrao educacional e passou a ser dificil altera-lo. No Ocidente, alguns eruditos isolados,
figuras gue adguiriram a reputacao de magicos, como Gerbet, deram-se ao trabalho de estudar assuntos havia muito desprezados. No sêculo XII, um maior contato
com os muculmanos,
sobretudo
lia, permitiu a um maior naimero de eruditos empreen-
dedores ir lê para aprender, e por vezes traduzir, o gue
encontravam. Sé no sêculo XI o Ocidente comecoua
perceber cdlaramente os efeitos gue todo aguele conhe-
cimento poderia exercer sobre as verdades tradicionalmente aceitas. Ésse novo interesse pelo mundo natural provavelmente trouxe consigo certas vantagens praticas — 0 uso da bassola para a navegacao, a invencao dos 6culos a partir dos novos conhecimentos de éptica —,
mas, na sua maior parte, o novo saber parece ter sido principalmente um desafio as verdades estabelecidas
Este livro, o Tacuinum Sanitatis,
gue apresenta tabelas de satide, foi legado por Abul Hasan al-
Mukhur ibn-Butan, fisico cristao
de Bagda morto em 1063, cujo
nome foi latinizado sob a de Elluchasem Elimithar. sêculo xiv foram feitas na varias versoes deste livro,
forma No Itlia em um
momento em gue a ocorréncia
periëdica da peste reacendera o
interesse pela medicina
preventiva. Este resumo do
conhecimento médico do séêculo
XI parece ter fornecido
informacao precisa, sistematica,
confiavel e inteligivel aos leigos preocupados com a satide. O
método deste manual pode ser avaliado pelas suas rubricas sobre a abébora (esguerda): "A sua
natureza é fria e Amida; é melhor guando est fresca e verde; é boa
para matar a sede; a desvantagem é gue age como forte purgante; isto pode ser contrabalancado
pela aplicacao de agua salgada e mostarda; assim, constitui um
refresco moderadamente frio,
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particularmente apropriado para
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temperamentos colêricos, para os jovens, no verao, em todas as regioes, sobretudo no sui".
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na Espanha e na Sici-
Direita: 0S astrolabios sag
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observacêes dos corpos celest para medir distincias ou alg oo
de edificios, para
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descrito por um grego do sêculoo1Vr, mas o conhecimento necessirig Provei provavelmente da astronomig ë babilênica, Os eruditos n
muculmanos tinham acessg 2
todo o saber do Oriente e os majs
antigos astrolabios preservados
foram feitos no Islê, no sêculo X. Os muculmanos fizeram
nstrumentos maiores e melhores
do gue anteriormente, mas nio realizaram verdadeiros Progressos
nos métodos de observacao Ga,da
instrumento tinha de ser desenhado para ser uilizado latitude de um determinado supondo-se gue o eguinécio primavera tem lugar em uma
na loc] 1 da daa
determinada. Esses instrumentos
eram utilizados para fins
s
astron6micos (e astrolêgicos e )sê
foram aplicados 4 navegacinoo
final do sêculo xv. Este astrolabio
foi feito em Toledo em 1068.
CIENCIA E MEDICINA
da Revelacao. As tentativas de concilië-las, especialmentea de Santo Tomas de Aguino, nao mereciam respeito, nem, menos ainda, aceitacao. De certo modo foram aperteicoadas as observacoes, e alguns individuos persistiram nestes novos estudos. Contudo, e de modo geral, nio eram aceitos e a “revolucao cientifica” sê teve lugar no século XvIL
O interesse dos antigos pela astronomia constituiu a base para a compreensêo da natureza da Terra e do seu lugar no universo, mas em um nivel menos te6rico teve vantagens prticas para os marinheiros e agricultores gue nao tinham educacao formal. Esse conhecimento (oi transmitido a outras geracoes nao-instruidas, mes-
mo entre os povos bêrbaros do Norte, gue eram me€ENOS favorecidos do gue os do Mediterraneo no gue se refere 3 observacêo do firmamento. Misturada a essa iNfOT-
macao era transmitida uma boa dose de saber popular, nao sujeito ao minucioso exame intelectual dos professores, mas aceito, como outras supersticoes, por varla-
dissimas raz6es, boas e més. Os antigos aceitavam também o falso saber como parte da sua ciëncia natural, € os homens da Idade Mêédia nao eram menos capazes do gue os das gerac6es anteriores de levar a cabo ocupacêes vulgares. Podiam, por exemplo, atravessar o mar do Norte e colonizar novos territêrios sem educacao
formal, sem ser atrapalhados por supersticoes. A simpli-
cidade das suas condicêes de vida nao nos deve, no én-
tanto, fazer pensar gue se tratavam de poVvos primitivos circunscritos apenas ao habitat gue conheciam € no gual sabiam viver. O folcore da Idade Média é um tema enganador, ja gue os principais testemunhos sobre ele nos vém de livros gue foram necessariamente escritos por agueles gue tinham pelo menos os rudimentos de uma educac&o com bases completamente diferentes. Assim, o sa-
As ilustracées do Tacuinum
Sanitatis por vezes podem ter tido como objetivo— de modo semelhante aos herbarios —
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cEmbora sejam, na sua maior parte, popular, tanto cientifico guanto
artistico, continuam a ser
preciosas, apesar dos seus
defeitos. As mon6tonas cenas domésticas, como a gue ilustra
(exlrema esguerda) as propriedades
da &gua guente, é as personific ac6es convencionais,
por exemplo a do vento oeste (a
esguerda), mostwam du€ os arlistas
trabalhavam a partir de modelos, sem entusiasmo gue os fizesse acrescentar togues pessoais. OD talho (é direita), gue Hustra as
virtudes da vitela, parece um
guadro de teatro. Éstas cenas saO jlustrativas do estilo de pintura medieval e, por ISSO, contribuem
para a nossa percepcao da vida
guotidiana na Idade Média.
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CIËNCIA E MEDICINA Abaixo:a clinica do cirurgiao,
clinicos gerais. O medico ë
Chauliac Chirurgia. Guv foi um
doentes com diversas ulceras:
século XIV, € esta versao da sua obra indica gue cla estava sendo editada para ser mais tl aos
pernas. Os pacientes apontam para as suas [eridas € Esperam receber alimvmo.
representado com seu livro 4 (rente, tratando de uma fila de
extraida de um texto ilustrado do século XV, da obra de Guy de
no braco, no olho, entre as
dos mais famosos cirurgioes do
ber medicinal dos ingleses antes da conguista, tal como
se €ncontra nos manuscritos, compreende
nao sê recei-
tas de ervas, com base em um conhecimento das plantas mediterraneas encontradas nos jardins dos mosteiros,
mas também em feiucos gue eram uma mistura de refe-
réncias a divindades de diferentes religi6es. Esta teia de
disparates tormma, como se pode ver, a medicina do inicio
da Idade Média mais estranha ao nosso modo de pensar do gue a pura ignorência. É necessêrio compreender gue a prépria medicina era, entao, um tipo de arte diferente, e nao comparar a guimica e o barulho das sanguessugas aos seus Eguivalentes modernos. Gomo é Obvio, também é possivel gue as doencas gue ex1glam os servicos das sanguessugas fossem diferentes, pois as pressées exercidas sobre a forca fisica dos homens podiam ser maiores do gue as das sociedades modernas, e os esforcos dos “atletas” morais € psiguicos da Idade Mêédia teriam dado origem a pressupostos gerais sobre a saade fisica € mental muito diferentes dos nossos. O fato de a maioria da populacao viver no campo,
de as cidades serem peguenas e as comunicacoes entre elas muito reduzidas implicava gue houvesse muito menos possibilidade de difusao epidêmica de doencas contagiosas, como a gue se abateu, em 542, sobre Constantinopla e sobre os lugares gue com ela tinham contato. Mesmo nas zonas rurais os homens podiam ser vitimas de doencas
ou de acidentes e, com
a sua dieta
frugal, talvez sofressem de deficiëncias nutritivas. Nao
EL TIETE TES
del] so
se sabe como esses distuirbios eram curados, mas ha ra-
zZ6es para acreditar gue os males mais comuns eram aliviados com um êxito toleravel e gue os restantes eram suportados. A mortalidade infantil sem divida era elevada, mas nao necessariamente tao alta guanto a gue se verificou mais tarde nas populac6es industriais. As calamidades, guando ocorriam, ram
aceitas como Castigos
divinos. Assim, como nao se podia esperar uma cura por meio de sanguessugas, nêo havia razao para gue alguém estudasse as doencas, observasse os sintomas ou descrevesse a doenca em detalhes. A linguagem mprecisa utilizada pelos cronistas medievais ao se referirem a males mostra gue nao se dava uma atencao especial a descricao médica e torna dificil para os escritores a precis3o guanto 4 natureza dos problemas. A medicina popular ainda utiliza o termo influenza, derivado de
uma
época em gue as influências do ambiente podiam ser consideradasa causa de infeccêes, e a histêria da medi-
cina ainda se contenta muitas vezes em falar da peste negra em termos guase apocalipticos, em vez de avalia, la cientificamente. A peste chegou & Europa, vinda da Asia, no outono de 1847 e se espalhou por todo o continente, tendo se disseminado mais rapidamente, ao gue parece, por contatos feitos por navios. Clinicamente, sabe-se gue esta peste é transmitida ao homem por pulgas gue sao parasitas normais da ratazana preta, animal cujos ni nhos normalmente sio encontrados nos telhados das
casas de madeira. Estes fatos, hoje conhecidos, nao fo-
ram observados pelos homens do sêculo xIv, gue nao faziam nenhuma idéia de como se espalha uma doenca ou de como poderia ser evitada. Mas a partir do gue
eles registraram hoje é possivel fazer um relato da epi154
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demia. A sua origem na Asia, onde era endêmica, mostra gue em 1347 havia muitos contatos entre a Europa Ocidental e a Asia. Um sêculo antes, nenhum europeu
do Ocidente tinha ido alêm do Crescente Fêrtil mucul-
mano e, 50 anos antes, Marco Polo mal havia regressado a Veneza, vindo da fabulosa Catai. Em segundo lu-
gar, essa doenca — presumivelmente
transmitida por
ratazanas intectadas viajando nas galeras genovesas vin-
das da Criméla — so podia ter sido espalhada pelas pulgas gue infectaram as ratazanas da frota costeira da Europa e, por meio destas, as das cidades e das chatas e carrocas gue seguiam para o campo, onde, pouco a pouco, seus efeitos se dissiparam. Por volta de 13847-50,
poucas eram as regiées da Europa gue nio estavam de algum modo ligadas 4 rede comercial das cidades ea navegacao. Um século antes, nenhuma epidemia desse tipo poderia ter se espalhado deste modo. Tambêém é verdade gue um século antes nio teria existido o conhecimento médico suficiente para descrever com exatidao a doenca. Os especialistas nada
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examina doentes gue mostram Os seus males. Estes parecem ser
distarbios intestinais, problemas da
coxa, da vinilha, do joelho, dos pés e da perna.
Desenhos como estes
provavelmente
€ram copiados de
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funcao prauca era limitada,
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CIENCIA E MEDICINA
proporcdonando uma grosseira
mdicacao do tema dolivro.e da do gue nao tem legendas é necessir ig
explica-los fazendo referência ao
teXto. O seu maior interesse historico é o testemunho ague dao da crescente autoridade dos
medicos como sendo dignos de
respeito pelo seu saber em todos OS aspectos da sande.
podiam
fazer para curar ou explicar a peste, mas po-
diam observa-la, e tentaram apresentar teorias sobre ela, e, acima de tudo, as autoridades oficiais procuraram, pelo menos em alguns lugares, tratê-la como uma
guestao de ordem puiblica. É a primeira prova de gue dispomos de uma nova consciéncia piblica da doenca. A elevada taxa de mortalidade e o modo aparentemente indiscriminado como dizimava ricos e pobres, veIhos e novos,
bons € maus,
também
abalou
de certo
modo a confianca dos homens na teoria de gue se tratava de um flagelo divino. Assim, de muitas formas, a peste de meados do século XIV iniciou um novo periodo. Até o sêculo XI o estudo da medicina na Europa Ocidental estivera restrito as escolas de Salerno. Depois comecou a se estabelecer nas cidades com universidades e, a partir dai, os graduados (doutores) foram contratados como conselheiros pessoais dos governantes em matéria de satide, tal como os seus eguivalentes no Islê serviam os seus patronos. Outros comecaram a criar corporacoes para a sua arte. Independentemente da medicina, os hospitais para tratamento dos doentes também tinham se multiplicado na Europa desde o século XIL Antes disso, os mosteiros
mantinham enfermarias para os seus irmaos. Sê no sêculo Xx as cidades parecem ter atingido uma dimensao suficiente para ter necessidade de hospitais especlais
para tratamento dos doentes, embora a fundacao de ca-
sas de leprosos date jê de muito antes. Ouando, em 1996, o rei Luis VIN da Franca promulgou regulamentos para os hospitais de leprosos, calculava-se gue @X1sGam cerca de dois mil em todo o reino. Contudo, dadaa
ignorência guanto 4 natureza dessa doenca ea impreci-
sao guanto as observacêes e até guanto as definicoes, ë
provivel gue os contemporêneos inconscientemente utilizassem a lepra para encobrir males muito varlados. Parece ter sido um flagelo consideravel durante varios séculos € ter desaparecido misteriosamente no sêculo XIV. Mas os hospitais para fins especificos nao desapare-
ceram. Luis IX da Franca, por exemplo, fundou um hos-
pital para cegos, e em 1826 foi fundado outro para 6r(&os. Outro provêvel avanco na higiene pablica fo1 o proporcionado pela criacêo de banhos pablicos, populares a partir do sêculo xi. Também havia termas famosas, e foi a prêtica desinibida dos prazeres dos banhos mistos € seus associados gue acabou por levar as autori-
dades afechar essas instituicoes. Em um tom mais horripilante, deve-se, talvez, real-
car também o fato de gue o novo interesse académico pela medicina € anatomia levou a pratica da vivissecco humana, talvez inicialmente encorajada pelo interesse demonstrado pelos advogados em autêpsias € o seu incentivo por parte dos seus colegas das universidades. Embora essa pritica se mantivesse a partir do século XIV, nêo é de modo algum evidente gue dai tenham automaticamente advindo grandes avancos no conhecimento da anatomia, j& gue o dissector nada mais fazia do gue identificar partes descritas nos livros de medicina. No houve nenhuma tentativa sistematlca de compilar informacao com 9 objetivo de proporcionar explicacées alternativas as apresentadas pelas autoridades oficiais. 155
SOGCIEDADE RURAL
geral indireta € muitas vezes administrada com indul-
gência; (38) a falta de um comêrcio internacional em
bens essenciais antes do sêculo Xm, de modo gue cada
localidade precisava ser capaz de se bastar. Algumas regi6es mais favorecidas viviam bem; outras mantinham uma existência precêria. Nessas condicées, a economla rural tinha de suportar apenas as catdstrofes naturals Ou a desordem causada por invasores. NaAo havia elevados padrêes de produtividade estabelecidos pelo governo ou por proprietêrios amantes do luxo. Durante sêculos, 3 economia rural foi invadindo as terras nao cultivadas da Europa, as florestas, os pantanos € as montanhas, preparando-as para o cultivo e desenvolvendo especialitornou v€Z, sua por gueé, o produtos, de zacbesregionais basicos produtos de coméêrcio do retomada a possivel
Muitos historiacomo ovinho,al&, o sal e até os cereais. problemas demografidores modernos, alertados pelos
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du€ econdmica depress&o de periodo do-se um excessivamenser par€ce teoria Essa sêculo. mais de um nas poucas encontradas dificuldades As te pessimista. de explicadas ser podem regiëes mas urbanizadas presem impacto um de termos modo mais plausivel em do COrenascumento do surgido cedentes e imprevisivel, A rurais. regioes nas guanto méêrcio, tanto nas cidades condicoes, novas a adaptar sé de tinha economia rural
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no seu préprio interesse. Pouco se sabe
vidao na Idade Média, exceto o fato de nao ser compardvel 3 escravatura da Antiguidade. Em algumas regioes da Europa, principalmente onde os solos eram mais po-
bres, a terra era cercada e cultivada individualmente por vêrias familias. Contudo, a agricultura exigia em grande medida a cooperac&o de uma grande forca de trabalho para gue as melhores terras fossem aradas. Isto abrangia vêrias aldeias, campos abertos cultivados em faixas regularmente atribuidas pelas comunidades de aldeias; estas também tinham de proteger os campos e os animais dos
ladrêes, dos assaltantes e dos malfeitores. Essas CoOmMUNI-
dades nio eram formadas por pessoas da mesma condico social. Inicialmente muitas vezes faziam parte delas os senhores, incluindo igrejas, em cujo nome funciona-
vam Os respectivos tribunais. Mas até gue ponto os sénhores ou seus administradores realmente podiam gerir a economia da aldeia? O mais provêvel é ter prevalecido a gestao local. Os senhores nêo dispunham de recursos ou de conhecimentos técnicos superiores e nao estavam preparados para investir mais capital ou para criar novas saidas para os produtos, como mais tarde os reformadores agrêrios conseguiram fazer. Ouando muito, os senhores tinham esperanca de conseguir melhorar a sua posic&Ao mediante uma contabilidade mais aperfeicoada ou uma imposicAo mais rigorosa do pagamento em trabalho. Estes esguemas apareceram tarde e nao foram eficazes nem duradouros. O exemplo da Inglaterra encontra-se entre os melhores da Europa e demonstra gue no século XIV muitos senhores desistiram da gestao direta, preferindo arrendar a terra aos lavradores. As reais
condicêes de trabalho na agricultura e da vida nas aldeias davam aos agricultores um grande poder de iniciativa. Os seus contratos de arrendamento eram protegidos pelo costume e nao era facil expulsê-los. Despedir um rendeiro para substitui-lo nos mesmos termos por outro nio adiantava nada. Alguns lavradores eram pagos diariamente, mas como estes homens sem terra podiam procurar melhores condicoes nas cidades se nao estivessem satisfeitos, o pagamento em dinheiro veio apenas provar gue o pais estava enveredando pelo cami-
nho da economia monetêria. Um fato crucial foio de, esdurante toda a Idade Média, sempre ter havido uma cassez crénica de mao-de-obra.
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acontecia com o dizimo da Igreja), era apenas local, em
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— a carga fiscal, guando eventualmente existia (como
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cêes do trabalho agricola diferiam largamente de uma regiao para outra e havia considerêveis diferencas sociais dentro de cada localidade. Nao havia nenhuma uniformidade no modo forma como era exercida a ser-
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te tém a dimensao de nacoes; (2) o fato de a economia rural nao estar sobrecarregada por um sistema fiscal
gue fosse uma unidade isolada. As condicées e defini-
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um sistema monetario Gnico, nao apenas em Ambito Continental, mas também nos territêrios gue atualmen-
em outros lugares. Até gue distincia os imigrantes viajavam é impossfvel dizer, mas nio houve nenhuma regiao
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politica capaz de impor politicas econêmicas ou mesmo
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periode: (1) a ausência absoluta de uma autoridade
Oo Cultivo de novas terras tomadas aos mouros ou, na Éuropa do Leste, pela oferta de condicoes favoraveis; como era inevitavel, essa situacio teve conseguëncias
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conhecimentos técnicos da época, em termos gerais tratasse de uma histêria de sucesso no dominio do meio ambiente. A importência primordial de cada unidade de povoamento ao conseguir este resultado foi acentuada por três fatores gue funcionaram durante guase todo
Ham. Ouanto mais nos aproximamos dos verdadeiros problemas do cultivo da terra, menos registros aparecem. Em vez de salientar as responsabilidades descritas em textos do sêculo Xm, é preferivel lembrar gue em muitas regiëes da Europa os colonos eram atraidos para
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guanto os recursos locais o permitiam com o nivel de
balho no Campo, exceto em termos das suas obrigacoes legais para com os respectivos senhores, guando @xis-
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AE de mil anos diz respeito a exploracao de cada localidade por uma populacao sedentêria. Dado gue esta teve um crescimento generalizado, pelo menos tio bem
muitos peéguenos senhores ou sobre as condicoes de tra-
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A histêria rural em toda a extensêo da Europa duran-
A estrutura social
Abaixo: este extraordinario manuscrito Hustra os magnificos
registra-las. A CX IDicao d era suiicienteme n
XV por ocasiao de tomeios
Este guadro Permite-ng
espetaculos montados no sêculo realizados para divertimento do
bon roi René, um dos grandes patronos franceses de meados do
século XV. Os artistas eram
para atrair até a e “SPetacular atencag f,
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das modas da Cpoca BE ? so tajes civis OU antg nos mili ie Os oficia
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empregados simultancamente
para encenar as cerimonias € para
vestem roupas dignas Ee ligeiramente fora , de moda
Até o século XI o guadro politico da Europa medieval aimda era o derivado do Impêrio Romano. O poder efetivo era exercido, nos extremos do continente, por reis de acordo com a tradic&o barbara € em todas as regioes, em
cada localidade, pelos maiores proprietarios de terras, gue dispunham de toda a forca militar disponivel. Alguns deles eram monges e bispos com privilégios: outros eram leigos. Se pertencessem ao cdlero, adguiriam, pela sua cducacao formal e pelo zelo profissional, outros valores alm dagueles das aristocracjas militares em gue tinham
nascido, mas todos eles partilhavam de certas caracteristicas em virtude das suas familias. Os nobres laicos nio recebiam nenhuma educacao convencional, por isso deviam ao seu meio € 4 forma como eram criados na iniancia o desenvolvimento da sua visio bisica. A indiferenca gue tinham para com os livros torna dificil o estudo deste tOpico, impalpêvel, mas importante. No sêculo XI,
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guando surgiu uma literatura aristocratica em vern4culo, ela mfluenciou a educacao, estimulando a adoc&o de um
NROVO COMPortamento cortês. Contudo, fora disso provavelmente também perpetuou outros valores tradicionais gue escapam a investigacao histêrica na sua fase inicial.
A sociedade barbara parece ter se dividido, desde o iniCIO, em varias categorias sociais, atribuindo diferentes valores a cada homem em cada categoria, presumivelmente
condicao social de um homem em combate prova a importancia da arte da guerra nessas sociedades primitivas. Durante o periodo medieval deram-se alteracoes rapidas
e radicais nas formas de luta, primeiramente na disposi-
cao de forcas de cavalaria em formacao de combate e
mais tarde, no final da Idade Média, explorando as possi-
bilidades da artilharia e dos soldados lanceiros. Foram
feitos alguns ajustes na ordem social, mas a crenca na importência da prépria dlasse nao foi abalada. Os nobres eram obrigados a viver no campo, nas suas propriedades ou nas pertencentes as pessoas das suas relac6es. Por heranca, casamento ou patrocinio, essas pro-
priedades iam aumentando e entao eles se deslocavam de uma para outra através das terras dos seus vizinhos, para se encontrar com os subordinados, consumir os produtos das suas terras ou usufruir das suas comodidades. Os contatos gue tinham com os seus pares favoreciam Oos casamentos. Detinham terras de muitos e diversos suseranos
e, com desagrado, viam restricoes aos seus direitos nas li-
gacbes exclusivas da realeza e do nacionalismo. No sêculo XI os nobres da Europa j tinham precisado aprender como exercer sua autoridade mais do gue apenas em &mbito local. Precisavam saber lidar com os ideais clericais, gue exigiam a autonomia do clero. As cidades procuravam obter a sua independência legal. Os reis eram ensinados, por funcionarios instruidos, a conhecer os seus direitos e deveres. A nobreza era forcada a formular o seu
préprio cédigo de cavalaria de uma maneira idealista. Passaram a ter grande orgulho em ostentar as suas nobres linhagens por meio de insignias heraldicas. Com os eruditos, aprenderam
a formular as suas crencas em
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ples homem livre. Os escravos, gue nao podiam andar armados, tinham ainda menos valor. O significado da
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coniorme a sua importência estimada na guerra. Um homem nobre tinha muitas vezes mais valor do gue um sim-
A ESTRUTURA
Nestes pameé€is nao esta implicita
nenhuma distincao social e a alta
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travagantes e fazer doacêes a capelas onde os padres rezavam missas pelo repouso das suas nobres almas. A sociedade industrial moderna tornou guase impossivel imaginar até gue ponto a escala social parecia natural antigamente e, na verdade, indispensêvel a ordem social. Naguele tem-
po, a sociedade nao sofria tanto das distincoes sociais
guanto do intenso provincianismo da vida. Nesse contexto, o poder dos senhores nio era alvo de ressentimento, pois representava a preservacêo da ordem decente nos assuntos dos homens, um meio eficiente de garantir o pa-
trocinio e o apoio para gualguer espêcie de empreendimento local, desde as decoracêes das igrejas até a educacio de um jovem da aldeia com aptidbes. Estar a servico do senhor dava vantagens gue eram desconhecidas no comércio € na indistria modernos. Agueles gue duvidavam do papel do senhor nao eram admirados como lutadores pela liberdade, mas sim rejeitados como parias. 159
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roupas gue marcavam a sua superioridade soclal. Ouando muito, a educac&o e a multiplicacio dos seus bens mveis acentuava a distincao de classe. Havia individuos gue talvez subissem na escala social, mas o respeito devido a nobreza nunca esmoreceu. O clero insistia no fato de o valor moral dever contar mais do gue a ascendência nobre, mas nao teve grande éxito em destruir a conviccao de gue ha homens gue sêo superiores a outros. A énfase com gue o clero afirmava a igualdade entre todos os homens como pecadores tambêém deve ter tido certas implicacoes sobre
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desenhos nao é prova de uma
consciëncia cientifica, e sim da
variedade dos temas de gue os desenhistas tinham necessidade, sobretudo para bordados e
esculturas em madeira, no final da Idade Mêdia.
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muitos temas (embora nao de
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Esguerda: aves, do livro de esbocos de Pepys, c. 18580-90. Este manuscrito é o Ginico livro de moldes preservado, proveniente do altelier de um artista inglês medieval. Nele se encontram
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estava me€nao xe pei O . es ld mi hu dos as lh di ma ar nas ou nto. No nos 3 mercé das populacoes sempre €m crescime arenmar, os mercadores faziam fortunas com a pEs€a do Perto . do ma fu de € o gad sal xe pei do ao ac ar ep pr a e gue de es pel er obt a par m va ca ca s ro ei nh ri ma os , ico do Art erior do foca ou marfim de elefantes-marinhos. No int os €spais, o peixe era pescado nos rios e criado em viveir pecialmente instalados em grandes propriedades. Gra
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reservadas e a protecao de animais selvagens valiosos da
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A restricao do acesso a caca, com a demarcacao de areas
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Gaston Fébus, conde de Foix
(1843-91), comecou o seu Livre de
la chasse em 13887, escrevendo-o
em francés para o seu amigo Felipe, dugue da Borgonha. É o melhor e mais técnico tratado sobre a caca escrito na Idade
Média, uma época em gue o prazer dos aristocratas nos reguintes da caca atingia o seu apogeu. O texto revelaa organizacao sistematica da
experiëncia de vida do autor no
gue se refere 4 caca e ao
tratamento dos diferentes caes de caca. As suas preferidas eram a caca ao veado e ao javali (acima e
exlrema esguerda) (vestes verde, e
cinzentas, respectivamente), mas condescendia em utilizar tambêém armadilhase em cacar lebres e
raposas (esguerda). A guestao do repasto também nao fol esguecida (centro esguerda), Mas OS Glumos
prazeres do dia eram lavarse e
deitar-se numa cama confortêvel.
161
162
Até o Renascimento italiano nao se fazia nenhuma distin-
ao entre belas-artes e artes aplicadas, entre artes € ofl-
CI0S, Ou €ntre artes e ciëncias. As capacidades necessarias a fabricacao de sapatos, ao trabalho em madeira ou a construcao de igrejas eram todas elas adguiridas por homens “habilidosos”, sem referência a nenhum saber livresco: assim, os homens
“instruidos” limitavam-se
as
guestêes intelectuais e guase nao se referiam por escrito
aos artefatos gue os rodeavam. Os objetos ateis e orna-
mentais gue faziam parte da sua vida e realcavam o prazer visual mudavam de acordo com a moda e nao eram guardados com cuidado em museus ou colecêes pelo seu valor intrinseco. Ainda em 1508, Jalio N retirou todos os
guadros recentemente pintados nas stanze do Vaticano para gue Rafael as decorasse de novo. Depois dessa €poca a obra de Rafael foi religiosamente preservada como arte. Fazer justica 3 arte medieval nao deveria significar criar um museu imagindrio para guardar objetos valiosos, mas
sim imagin4-los de volta ao seu habitatapropriado — estamas em nichos de catedrais, tripticos nos seus altares, reltcarios nos respectivos sacrêrios — para ser observados, isto é, de modo algum como objeto de arte. Agueles gue os fizeram trabalharam por encomenda e, gue se saiba,
nenhum deles estava disposto a viver na pobreza por amora arte. A arte nio tinha nenhum fascinio e o artista procurava agradar, trabalhando pela maior guantia possivel e para os mais nobres patronos gue €ncontrass€. Os critérios de pericia e habilidade estavam claramente defnidos e os patronos nao eram, portanto, enganados por charlatëes. Em uma época em gue as condicées de vida eram, de modo geral, restritivas, o talento dos artistas so podia proporcionar a eles fama local, masjê no sêculo XI arguitetos, escultores e até mesmo pintores certament€ viajavam a negécios por distanclas consideraveis.
Por mais engenhoso gue fosse o artista, devia o seu $a-
voir faireaos gue he haviam ensinado o officio, € guanto
mais artistico fosse, mais cauteloso se mostrava em reser-
var Os seus segredos para os membros da corporacao. Os artistas nao eram solitêrios, mas sim gente de grupos. sea fama de um homem Ihe proporcionava encomendas, es peravasse gue os maiores projetos dessem trabalho a todos os membros da sua oficina, guer se tratasse da construcao
de uma catedral, guer da pintura do seu interior. O mestre pedreiro tinha de ser simultaneamente empreiteiro € arguiteto. Para os especialistas modernos pode parecer natural considerar pinturas, esculturas e edificios como formas de arte independentes. Na Idade Média, a obra de
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arte distinta era a prêépria igreja, enriguecida pelas três formas de arte, e, para a maior parte dos homens a igreja era, por sua vez, o Ginico “museu de arte' gue jamais vlam. No Comparavam uma pintura com outra, mas lam cada uma delas em relacêao com os outros objetos de culto, nao as avaliando como produtos da habilidade humana, mas sim como representacêes visiveis dos sagrados mistErios gue eles prêprios nêo consegulam imaginar. A Maestd, pintada por Duccio para
sua restauracio. Ambos os lados
2 Catedral de Sicna em 1308-10,
do retibulo eram pintados. Entre
cidadaos gue a instalaram e, neste
Ressurreicio, na gue agui se vé
fo recebida com entusiasmo pelos século, tem sido cada vez mals
apreciada, sobretudo depois da
as cenasrelacionadas coma Cristo mostra-se a Maria no
jardim.
168
Arguitetura
Ouando Constantino revitalizou o Impêrio, dotou-o, de modo tpico na Antiguidade, de uma nova capital, Constantinopla, construida com o objetivo de superar o brilho de Roma. Durante mais de mil anos essa cidade demonstrou gloriosamente o significado da civilizacao romana. Nenhuma cidade do Ocidente chegou seguer perto de rivalizar com ela. Assim, mesmo guando utilizavam as cidades romanas, os soberanos bêrbaros nunca planejaram Ou Construiram em grande escala. Os novosfortes e fortalezas eram muitas vezes postos avancados nos limites do seu dominio, erguidos com a finalidade de defender pedacos de territ6rio e nao com a de irradiar esplendor. De-
pois de desistirem das migracoes e se “fixarem”, os soberanos e grandes homens das tribos bêrbaras continuaram
a ser peripatêticos, deslocando-se pelos seus territêrios,
de uma propriedade para outra, e raramente residindo durante muito tempo em um mesmo local. Os mais empreendedores passavam o verao em campanhas e conhecam as suas tendas melhor gue os seus palêcios. Henrigue II foi o primeiro rei da Inglaterra, ao gue se sabe, gue se preocupou com o conforto e a decoracao dos castelos; mas seus sucessores continuaram a se mostrar mais atuantes no campo de batalha e, por isso, menos preocupados em adguirir belas residéncias fixas. No outro extre-
mo da escala social havia igual indiferenca guanto a cons-
trucao de habitacoes duraveis. Construindo em madeira
ou, 0 gue era ainda mais barato, estruturas de madeira com paredes de taipa, os aldeëes medievais, vivendo muito préximo uns dos outros, devem ter freguentemente sentido a forca destruidora do fogo. Oualguer gue fosse o
trabalho dos profissionais, a reconstrucao certamente implicava a colaboracao dos vizinhos. A habitacao tinha de ser simples e facil de construir. Era mais do gue uma casa; tinha de dar protecao contra os salteadores, armazenar os valores do dono da casa, incluindo as suas reservas de cereais e comida, e abrigar os animais no inverno. Segundo
modo, erigidas sobre os timulos dos santos ou em “lugares sagrados”. Algumas delas permaneceram peguenas, enguanto outras tiveram de ser ampliadas guando o respectivo culto se tomou famoso. Se tais igrejas se tormnavam sedes de bispados ou ordens religiosas, o culto litargico regular exigia mais do prédio. As igrejas de Roma e da Terra Santa foram muitas vezes adotadas como modelos para as igrejas ocidentais gue procuravam precedentes de prestigio. Os bêrbaros do Norte, sem capacidades préprias no gue dizia respeito a construc&o em pedra, tiveram, a principio, de
procurar artistas no Sul, jêé gue a arte da construcao de edi-
ficios monumentais havia sido perdida no Norte. Com o renascimento carolingio, pode ter sido feito um
grande esforco para se construir de novo em escala imperial nas igrejas mais ricas do Impêrio. Construidas segun-
do o modelo daguelas de Roma, passaram mais tarde a ser
chamadas de “romênicas”. O principal problema técnico consistia na preparacêo da pedra. As suas estruturas macicas revelam a ansiedade dos pedreiros em construir com seguranca; a sensacao de peso era atenuada por frisos e capitéis decorados. A medida gue foram ganhando conftanca, os pedreiros comecaram a modificar a construcao, com o objetivo de pêr de pé edificios mais altos e leves, mantendo, no entanto, um apoio suficiente nos pilares para suportar o peso das abébadas de pedra. No Norte, as igrejas precisavam de janelas maiores para deixar passar mais luz para o interior, € um novo estilo arguitetênico, o
gético, surgiu para responder a essas exigéncias. Os pedreiros gue conseguiram resolver os problemas técnicos gue este estilo implicava levaram-no da sua patria de ori-
gem, a Franca, para outros locais da cristandade latina,
onde adguiriu caracteristicas “nacionais” locais.
os padrêes modernos a habitacao comum deve ter sido, durante sêculos, rudimentar e o termo “arguitetura” nao
parece apropriado nesse contexto. Ouando, no sêculo XI, foram Construidos grandes castelos de pedra na Éuropa Ocidental, os engenheiros militares passaram a ser responsêveis pela terraplanagem do local e pelo planejamento da construcao desses acampamentos permanentes. Do mesmo modo, a engenharia tinha sido a habilidade exigida por Justiniano para a construcêo da sua Igreja
da Santa Sabedoria, em Constantinopla, o mais belo edi-
ficio de toda a Idade Mêédia. Construir para durar foi mais propriamente a reacao ao encontro do humano com a eternidade. Os edificios cristos da Idade Média serviam pelo menos três objetivos religiosos. Antes de Constantino, as necessidades do Culto eram satisfeitas pelas comunidades, recorrendo a recursos préprios e nao se adaptando, assim, ao modelo. Com
a
conversêo do imperador, as autoridades oficiais passaram a oferecer basilicas magnificas para as reuniées e cerimnlas apropriadas. A Basilica de Latrao, em Roma, tinha capacrdade para milhares de cristaos. Essas igrejas nao podiam deixar de influenciar as geracêes posteriores guando se tratou de construir igrejas congregacionais de menores dimensêes. Mas também foram construidas igrejas cujo objeGivo no era serem utilizadas regularmente do mesmo
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gue se erguia no mesmo loca
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localizadas da estrutura, as vigas € arcobotantes gue consti-
tuiam o esgueleto. O resultado foi uma arguitetura dinamicamente estavel, cujas construc6es podiam atingir alturas
sem precedentes, dando, no entanto, uma maravilhosa im-
pressao de elegência e laminosidade. Os artistas gue conheclam os segredos da construcao eram muito procurados.
Durante cerca de um século, comecando no coracêo do rei-
no da Franca, os pedreiros exploraram as possibilidades da sua descoberta e deslocaram-se de lugar em lugar conforme o Entusiasmo por este novo “estilo” ja conguistando a imaginacao. Depois, essas (écnicas tornaram-se suficientemente conhecidas e suscetiveis de ser ensinadas para gue todos os lugares da cristandade latina pudessem ter os seus pedreiros
para os pedreiros. Os trabalhadores locais eram utilizados
nas tarefas mais pesadas, incluindo o transporte. A arga-
massa, gue levava muito tempo para endurecer, acabou por
impor uma interrupcao necessria da construcao, sobretu-
do nos arcos e abébadas, antes de ser possivel remover os suportes e colocar novos pesos. Nesse momento, o pedreiro podia levar a sua eguipe para outro lugar. As circunstancias técnicas peculiares €e os momentos economicamente favoraveis devem ter tido consegiëncias sociais perturbadoras nesses locais de construcdo, alternadamente movi-
mentados e desertos. A excitacao gue geravam deve ter sido partilhada pelas geracées posteriores, mas a devocao dos historiadores a estes maravilhosos edificios deixou muitos mistérios por resolver.
residentes. Mas até esse momento o avanco da construcao
Acima:a preocupacao do estilo romanico com a estabilidade
as Uusavam para extrair a pedra das pedreiras e para dar forma a elas de acordo com os padroes do escantlhao fornecido pelo mestre
macicas, com o interior cheio de
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ilustracao mostra os cortes
intrincados necessêrios para gue as pedras pudessem suportar todas as tensées tal como eram transmitidas as colunas da nave.
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construidos com pedras cortadas
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cascalho. No estilo gOtco, o peso do edificio nao se ap6la nas paredes, mas nas pilastras e arcobotantes. Estes tinham de ser
construtor, adguirindo uma
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conhecidas. Os artfices medievais
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Dureita: as ferramentas do pedreiro agui representadas ainda sao bem
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de gualguer edificio parece ter estado nas maos de trabalhadores itinerantes. Um mestre pedreiro com cerca de 80 trabalhadores experientes assumia a responsabilidade por uma temporada de construcao guando os fundos necessdrios estavam disponiveis. O mestre desenhava os moldes
Acma: embora de onigem anuga,
as marcas do pedreiro, gue
ter sido feitas em relacao ao
pagamento de trabalho por peca; as pedras mais habilmente preparadas, cortadas por pedreiros com contratos regulares, raramente as tém.
des blocos de Abaixo: OS pedra, guando cortados, uinham de ser transportados e depois icados até a sua posicao correta. Sem o uso de maguinaria isso teria sido impossivel, mesmo para grupos de escravos gue, de gualguer modo, nao estavam
disponiveis. Esta maguinaria, cujas duas pecas mais importantes eram o guincho e a roda de degraus, parece ter sido uma novidade no sêculo xi e é
fregientemente representada em manuscritos ilustrados.
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indicavam guem tinha cortado as pedras, aparecem com fregiéncia no final da Idade Média. Parecem
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Esguerda: os arcobotantes. surgiram pela primeira VEZ Paris e em Reims, por vol 1175, e a Catedral de GDar! o primeiro prédio totalmen o desenhado depois diss(l
gue pêde aproveitar todo9 potencial, Se fossem UBI * para suportar o peso daa
as galerias podiam ser 6 as naves laterais podtam s** cobertas logo acima das abébadas e podiam SET grandes janelas em clerest
um nivel inferior, paradu
edificio fosse inundado 6 Tendo sido o peso trans alvenaria para os arco%” externos, o interior He se, assim, em uma Casa. o éH Juminosa, e todo
assemelhava a ma Do! (tabernaculum) ficmeme pregadaaosolo.
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Abaixo: este desenho em corte fo; teito para dar uma idéia do esguema estrutural de uma
grande igreja gética. Homens de varlos graus e tipos de especializacao estavam envolvidos nUM Empreëndimento comum
gue colocava os mestres pedreiros € Carpmteiros a frente das maiores
empreitadas industriais entio conhecidas.
Abaixo:a conjugacao dos talentos do carpinteiro e do pedreiro era necessaria para a operacio de
€strutura onde se colocavam as pedras de suporte. Estas eram fixadas no seu lugar pela chave da
contribuicao do carpinteiro, ao ser desmantelada, deixe todaa gloria apenas ao pedreiro, A abobada, tal como se vé de baixo,
estava completamente seca, os suportes podiam ser removidos €
por uma estrutura de madeira chamada cimbre, gue constituiaa
admirada por todas as pessoas, de baixo.
CONStrucao da abébada, emboraa
estava em construcao, escondida
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Abaixo: guando a nova Catedral de Chartres foi planejada, foram desenhadas torres nos portais do transepto, ladeando o coro e por cima do cruzamento, para complementar as duas gue foram preservadas no extremo oeste. [sto teria feito com gue a catedral tivesse nove torres ao todo,
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Esguerda: ao longo de cerca de
cem anos foram instaladas cerca
de 90 rosêceas em catedrais
francesas e, assim, sê alguns
mestres pedreiros tiveram o
privilêgio de desenha-las. Nenhuma era igual a outra, embora alguns dos elementos de gue se compunham fossem
intercambiaveis. Uma vez cortada
de acordo com o plano do
arguiteto, a pedra podia até ser colocada por outros pedreiros. As
janelas eram provavelmente envidracadas pouco depois de terminadas. As rosêceas da Catedral de Chartreg ém cada uma cerca de 300 m*
de vidro.
Calcula-se gue fosse necessêria uma eguipe de seis vidraceiros durante dois ou três anos para completar cada rosacea.
nitmero mistico gue se sabe ter sido importante em Chartres.
Mais de um guarto de século mais
tarde o plano foi sendo, passo a passo, abandonado. O resultado é a forma teatral gue hoje se conhece.
abobada, gue era colocada por cIma, exatamente no ponto mais alto do arco. Ouando a argamassa
a abobada surgia para ser
AROUITTETURA
Direita: a vista externa mostra duc
a catedral foi construida de acordo com os planos gue podem ser vistos nos desenhos originais, com excecao dos transeptos, gu€ parecem forcados. Os espetaculares contrastes de cor € ritmo exprimem o Entuslasmo
provocado na ltdlia, na €poca da
Orvieto
sta construcao, tanto na arle
guanto na poliuca.
turas da parte inferior da fachada oeste. A construcao
do coro data também desse periodo. Mais tarde foram construidos os transeptos, prolongando-os para fora da forma retangular inicialmente proposta, de modo a conseguir uma planta cruciforme. A concepcao do edificio implicava a combinacao e reconciliacao de idéias contraditérias, mais evidente na utilizacao de trabalho
em basalto e travertino em todo ele. A fachada é particu-
semelhantes em cima, tracados na
prépria parede.
Enguadramento direito: este detalhe nos d4 uma idéia da varicdade de
decoracao aplicadaê fachada dos
lados dos portais, dos diferentes upos de materiais uulizados e das capacidades necessarias para se criar um efeito brilhante. As colunas retorcidas, de tipo Cosmati, sao derivadas de técnicas romanas,
agui combinadas com o estlo francés, mais novo, da porta oeste.
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larmente complexa, com as suas guatro faixas horizontais, as portas em arco, os espigoes pontiagudos, as esCulturas, os mosaicos e a rosacea.
ogivais da nave com os arcos
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foi ele guem esteve encarregado da decoracao das escul-
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e, durante os 20 anos seguintes,
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da a primeira trave do teto. Recorreu-se ao arguiteto de
caracteristicas diferentes, aparentemente colocadas em contraste. Os grandes pilares, de dois metros de diëmetro, tém o seu aspecto contrastante nas absides cêncavas das naves laterais. Os frisos horizontais sao contrabalancados pelas janelas
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traordinario, por volta de 13809 havia alguma ansiedade guanto ao destino desta construcao guando foi coloca-
eguilibrio entre certo nimero de
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val. No entanto, ainda gue se tivesse tido um cuidado ex-
Enguadramento esguerdo: a impressêo de harmonia criada pelo interior é consegiéncia do
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A decisao de construir uma nova catedral em Orvieto foi tomada em 1284 e as obras comecaram em 1290. Foram preservados dois grandes desenhos gue mostram os planos preliminares, fato sem precedentes na Italia medie-
Abaixo: esta criacao de Eva, da
parte inferior da fachada ocidental, é atribuida a Maitan1.
A analise revelou gue estas
esculturas foram esbocadas e
trabalhadas em fases. Apenas alguns pormenores foram totalmente acabados. E possivel gue diferentes escultores tenham estado envolvidos no trabalho de acabamento da folhagem ou do cabelo das figuras. Duas figuras de anjo foram acabadas com perfeicao
e revelam o gue as capacidades
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Escultura em pedra No sua dos Csta
mundo antigo, a escultura de tiguras encontrou principal inspiracao na religiëo antropomérfica gregos. Os barbaros do Ocidente vislumbraram tradicao por meio de dispensa cristê. Os testemu-
nhos da arte bêrbara de gue dispomos indicam gue iniclalmente nao tinham nenhum interesse em representar a figura humana, guer em bloco guer em relevo.
Guando depararam com o cristianismo, as esculturas
da Antiguidade estavam j4 restritas as efigies publicas dos imperadores. Conhecem-se representacêes de
Gristo e dos seus santos em mosaico e em entalhe, bem
como em marfim, mas nao em escultura figurativa. A preteréncia dos romanos pela construcio em tijolo em vez de mêrmore também restringiu o campo dos escultores como decoradores de edificios, embora os magnificos alisares de porta provem gue, pelo menos na Italia, a arte de talhar a pedra nêo desapareceu com as invasoes dos bêrbaros. Se estes j4 conheciam a técnica de esculpir a madeira, nao transferiram rapidamente a sua atencao para a pedra, e a diminuicêo da procura de pedras talhadas para fins de construcëo certamente Provocou um sério declinio desta arte. O reacender, pelas dinastias de Carlos Magno e Oto, do interesse pela cultura romana antiga acabou por provocar uma renovacao do interesse pela escultura em pedra. Nesse momento guem parece ter tido a iniclativa foram os metalirgicos, para guem os modelos em cera eram uma fase necessêria das operac6es. Em certas regioes da Itélia e do sul da Franca, os escultores medievais estudaram os numerosos exemplos de escultura antiga espalhados ao redor das suas cidades de modo a melhorarem as suas técnicas. O principal estimulo para os pedreiros foi, contudo, o vasto programa de construcao de igrejas gue, no século XI, comecou pela primeira vez desde a Antiguidade a criar locais de culto dignos e a proporcionar aos pedreiros
Acima, esguerda: augustos romanos
do sêculo m. Cada figura estê vestindo uniforme militar,
trazendo um globo em uma das maos e abracando o seu parceiro
um trabalho seguro, apreciado e lucrativo. A organiza-
com a outra. Estas estranhas
cao deste oficio, gue atribuia ao mestre pedreiro a direcao das construcêes, implicava a formacao de jovens nos mistérios da loja. A crescente especializacao encorajou os mais habilidosos a fazer mais do gue cortar pedras e pilares. No periodo romênico eles ja talhavam arcadas, misulas, frisos e capitêis e, em algumas igrejas, executavam complicados timpanos gue se tornaram pecas centrais dos grandes portais do Ociden-
criaturas semelhantes a andes nio dao nenhuma impressao de majestade, mas a forca do desenho transmite uma
mensagem de poder partilhadoe d
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te. As igrejas macicas inicialmente se beneficiaram, do ponto de vista decorativo, das esculturas em relevo, e,
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partir do sêculo XI os escultores nunca tiveram falta de inspiracao nem de encomendas. 170
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Diabo, mas voltando o rosto pard
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na antiga, como demonstraa obra da familia Pisano.A
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trabalhos decorativos de pedra, erguendo nichos onde as esculturas em tamanho natural eram uma @xigência. O estilo gético, pontualmente exportado para Ttélia, provocou ali um estudo renovado da arte roma-
uma anterior gue se encontra nd
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nal. A sua volta, no exterior, os pedreiros colocavam
porta sul da igreja da Abadia de Moissac, c. 1115. Esta figura de So Pedro pode ser comparadaa
claustro de Moissac e gue proYa como a escultura se tornara Cap
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guando os escultores jA eram capazes de decorar intel-
ramente as fachadas oeste das igrejas, os pedreiros tnham encontrado formas alternativas de construir gue as tornavam mais leves e grandiosas. A escultura deixou de ser um ornamento e o edificio em si transformou-se em uma enorme construcao tridimensio-
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a parte inferior cenas da histêria da morte e ressurreicao de (Cristo. Os artistas basearam-se em sarcofagos clissicos & em desenhos
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Acima:a fachada ocidental da Catedral de Ruen. O esplendor
desta fachada, embora compêsita e inacabada, [oi danificado pela Gltima guerra. Mesmo assim, a
concEprAD & a ExECUFAO SAO extraordinarias. O tracado
flamejante nao pode ser datado com precisao, mas provavelmente pertence ao periodo em gue Carlos VIN e Luis XI de Franca estiveram lutando na Jtalia. Esguerda:a nova Catedral de
Reims [oi desenhada em 1210.
Estas figuras, pertencentes a porta interior do meio, representam Melguisedegue, prefigurando Cristo, oferecendo a hêstia a Abraao, vestido como um
guerreiro do sêculo xi, tal como
acontece no Livro de salmosde Sao
Luis. A gualidade da escultura, a magnifica presenca de
Melguisedegue e a traducio de cenas biblicas para vestes da época sao mouvos de espanto é admiracao.
Trabalho em madeira
porta do século v, de Santa Sabina,
em Roma, foi provavelmente obra de artifices sirios gue ilustraram
cenas do Velho e do Novo Testamentos. Agui, Pedro c apanhado CANILAT
do
traindo o seu Senhor galo.
A exerUAD
grosseira, mas 0 €stlo classico € ainda inconfundive.
Os artifices medievais executavam trabalhos no material do seu oficio: metal, pedra ou madeira. Nao aspiravam a realizar nenhuma idéia artistica nem tentavam provocar uma apreciacao estética por parte do patrono. O talento
do trabalhador em metal podia ser demonstrado de va-
rias maneiras diferentes, mas nao Ihe proporcionava
ne-
nhuma vantagem na escultura em pedra. O desenho de liguras surgia como parte do trabalho de fazer pias batismais ou retabulos e nao como “escultura”. Inicialmente.
os barbaros nao trabalhavam aa pedra, mas sim o metal ou
a madeira. Os artefatos em madeira tém se mostrado mais vulneraveis aos efeitos do tempo, e a natureza deste material nao fez dele um objeto de estudo popular. A disponibilidade da madeira, pelo menos até o sêculo XI, significava gue muitos prédios eram mais f&cil e menos dispendiosamente construidos nesse material. Os inCéndios tornavam necessêrias reconstrucoes freguentese
os edificios devem ter sido planejados como estruturas de curta duracao. Os edificios bêrbaros mais antigos provam gue era possivel construir enormes salas cobertas para os grandes senhores. Até o sêculo XIT os castelos continuaram a ser construidos com palicadas de madeira montadas sobre grandes montes de terra. A nova arguitetura em pedra nao privou o carpinteiro do seu emprego. As primeiras igrejas em pedra em geral tinham telhados de madeira, e guando os pedreiros géticos aprenderam a
construir abébadas de pedra os servicos dos carpinteiros nao se tormaram meEnos essenciais na montagem da estru-
tura € dos andaimes necessarlos, alêm do préprio telha-
do. Os grandes trabalhos em madeira aimda podem ser
admirados em muitas catedrais, do outro lado da abéba-
da. Alguns exemplos de estruturas construidas para grandes edificios e publicamente expostas produzem uma tre-
menda impressao com a sua seguranca € mestria.
As esculturas mais facilmente belos, os apoios ram @xecutados
em madeira do periodo medieval sao esguecidas. Alguns dos exemplos mais laterais em cadeiras de igreja, seguer fopara exposicao. Sê uma fracao dos traba-
hos decorados gue em tempos constituiam o mobiliario das igrejas e prédios foi conservada para mostrar até gue ponto eram importantes. Contudo, os mais antigos exemplos preservados de talha em madeira sao comparaveis as esculturas de gualguer época e mostram gue os artifices j& tinham adguirido um grande poder expressivo. BE
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Abaixo: Virgem de madeira,
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proveniente da Igreja de Griske,
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da
nova reacao emocional 4 vida humana €e ao sofrimento de Cristo.
Borgund. I
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igrejas s0). Todas ds ord! Noruega l
cConNsegUIr malor resisténcia as condicoes atmosfericas. A baixo, esguerda: a armacao de
telhado desta igreja rural, situada em Garwav, Herefordshire (tirantes
madeira mais COmplica dose trabalhados dos
dependiam
Mmaliores prédios
da EXIstEncja de
artufices com long Ad EXperiën cia e eleva do profissionalismo em
tOoda aldade Média, embora ap enas
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parte das suas obras tenha
de tesoura, barrotes e duas filasde
sido preservada.
trevo). mostra a habilidade dos artesaos locais. Os telhados de
ADaixo: Esta atraente ligura de um operario gue coloca cobert uras de
grampos pontiagudos em forma de
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madeira ao longo dos séculos para
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FRABALHO Colmo em telhados com o SE
ancinho forma a extremidade de um banco da lgreja de Ixworth Thor pe, SuiTolk,
prestado por um artifice a outo. Apesar da falta de graca
da €xecucdo, o rosto ea igura CXDI CSSIVOS
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Abaixo, direita: anjo de madeira de
limoeiro, esculpido por Tilman Riemenschneider (1460-1531).
Este escultor turingio &, dos
Inglaterra, €e é um tribute
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EM MADEIRA
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ligeiramente desenvolta faz
lembraro operario no telhado.
muitos artufices alemaes gue
trabalhavam em madeira na sua Cpoca, o mais admirado c aguele sobre o gual ha mais informacoes, OS varios € magnificos retdbulos
preserados
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pProva
do
poder
da delicadeza da sua técni€a.
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HistOrias em vitrais
Os vitrais das igrejas provocam em nés as mais fortes sensacoes da Idade Média. Emmanuel Violletle-Duc (1814-79) escreveu, a propêsito de uma experiëncia de
infancia na Notre-Dame de Paris, gue guando o sol brilIhava através da rosacea do transepto sul e o 6rgao comecava a tocar ele se convencia de gue a rosdcea estava cantando. Contudo, 700 anos antes, o abade Suger de Samt-Denis tinha chamado a atencao para o fato de te-
rem sido instalados vitrais no seu mosteiro apenas para mostrar as pessoas simples, incapazes de ler a Biblia, no gue deveriam acreditar. Por mais gue os vitrais possam tocar nossa sensibilidade, na sua época eles foram execCutados com a intencao de ser também informativos ee, cOomo os modernos
cartazes, chamavam
a atencao com
um objetivo. As 1grejas do inicio da Idade Média certamente tinham janelas com vitrais, mas pelos fragmentos preser-
vados nao é possivel falar de modo convincente sobre a natureza ou tamanho da sua decoracao. Foi preservada uma cabeca de Cristo proveniente de Wissemburgo,
na
|
Alsacia, da segunda metade do século XI, gue apesar da sua perfeicao técnica nao indica gue os artistas tivessem chegado muito longe na arte de apresentar cenas narrativas em vitral. Mas no inicio do século Xn os artifices tinham desenvolvido suas capacidades a tal ponto gue Suger pêde pedir a eles para ilustrar cenas biblicas e alegbricas em seis janelas, das guais apenas 16 painéis, todos restaurados, foram preservados. Suger escolheu os temas e inspirou-se no saber biblico de Rupert de Deut (c. 1075-1129/80), o gue provavelmente significa gue nao existiam figuras gue pudessem ser copiadas pelos trabalhadores. Um dos vitrais, uma “Arvore de Jessé”, tema gue se sabe foi pintado em manuscritos an-
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teriores, mas nio em vidro, foi guase de imediato copia-
do na Catedral de Chartres. Em Chartres conservam-se igualmente três outros vitrais do mesmo periodo. Em outros locais do norte da Franca, especialmente em Le
Mans e Poitiers, vitrais ilustrando cenas biblicas e ocu-
pando uma janela inteira (em Poitiers, uma cena da crucificacao tem mais de oito metros de altura) mos-
tram gue, embora sê recentemente tivesse sido desenvolvida, a arte da pintura sobre vidro ja atingira a perfeicao da forma.
Do século XI até ao sêculo XVi essa arte floresceu em todo o norte da Europa simultaneamente com o uso de técnicas géticas de construcao. Os arguitetos do goHco empreenderam deliberadamente a construcao de igrejas altas, inundadas de luz em honra das casas de Deus, e talvez possa parecer gue as grandes janelas com vidro simples (como nas primeiras igrejas cistercienses) ou com simples desenhos teriam servido melhor os objetivos dos arguitetos. Embora o vidro de cor deixasse passar menos luz, tinha, no entanto, outras vantagens. O
efeito cintilante de muiltiplas cores, semelhante ao das pedras preciosas num relicêrio de metal, talvez provocasse, de fato, o efeito emocional de inculcar no crente
a impressao de mistêrio divino, mas a combinacao de pecas de vidro colorido para contar historias da Biblia e
da vida dos santos, por mais dificil gue fosse lê-las em certas partes do edificio, mostra gu€ os patronos pretendiam trasladar as figuras dos livros, tal como podiam an-
174
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Acima: Suger, abade de Saint-
por assim dizer, manter a
seu mosteiro. Neste relato da sua
Janelas foram, contudo,
Denis (112929-51), era dedicado ao
administracio ele descreve o cuidado ague teve na reconstrucao
e embelezamento da igreja e
chama a atencao para a pintura de muitas novas janelas. Faz comentarios sobre o poder da
pintura para elevacao do espirito acima da matéria e cita versos gue talvez tenham inspirado sua
prépria escolha de temas. O
abade Suger também tinha consciëncia do valor das janelas, dada a habilidade exigida na sua
realizacao € o custo dos materiais,
e nomeou um mestre oficial para protegé-las e repard-las. Ao representar a si prêprio ele podia,
posteridade sob vigilência. As suas
cruelmente destruidas em 1793 e, assim, a disposicao atual do vidro
é resultado de uma restauracao de meados do século XIxX, feita por
Emmanuel Violletle-Duc. Apesar
da sua admiracao pelos vitrais, a
restauracao por ele efetuada
parece muito desajeitada.
Direita: esta cabeca de Cristo do
século XI, proveniente da abadia de Wissemburgo (Als&cia), da
uma idéia do maravilhoso poder expressivo rapidamente atingido no vitral, mesmo gue a arte de contar histérias ainda nao tivesse sido aperfeicoada.
dd:
HISTORIAS EM VITRAIS Abaixo: “Moisése 0 Bezerro de Ouro”, um dos 16 painéis
preservados do conjunto de
historias de Suger, Capaz de ser
representado em um suporte
de gue toi o primeiro expoente sigmidicativo. Esta composicao
ce notavel dada a aparente ausénria de guaisguer
Cxemplos anteriores.
teriormente ser encontradas nas paredes das igrejas,
para outro suporte. Como
consegiiëncia disto, desen-
volveram-se novas técnicas e as janelas transiormaram-se em uma das partes mais cuidadosamente estudadas da construcao de estilo gético. Os pintores do vidro, tal como
os pedreiros, recebiam encomendas
e desloca-
vam-se de lugar em lugar logo gue determinadas secoes dos edificios eram concluidas. Em 1194, apês um desastroso incëndio em Chartres, tornou-se necessério reconstruir a catedral e foi na nova igreja gue os pintores do vidro realizaram o primeiro esguema bastante completo gue se conhece e pode ser visto. Entre 1200 e 19285, mais de cem janelas foram envidracadas,
cobrindo
uma
area
de
9.000
m2.
Muitos
pintores de vitrais colaboraram no local e a obra foi paga por um grande nimero de doadores, desde o rei, Luis IX, e sua mae, Branca de Castela, até o conde da Britênia € muitos comerciantes, pedreiros, mercadores,
artifices e até mesmo aguadeiros gue desejavam ser homenageados no vidro erguido em honra do principal santuêrio francês da Virgem. O desejo de incluirem seus préprios santos patronos neste mostruêrio também pode explicar arazêo pela gual o programa de cenas em Chartres apresenta janelas especiais dedicadas a muitos
santos diferentes: Nicolau de Mira, Tomas Becket, e ao santo local, o bispo Lubin, enguanto mais tarde, em
Bourges e Reims, embora os esguemas se inspirassem no exemplo de Chartres, as autoridades obtiveram re-
presentacêes sistemêticas mais coerentes. As grandes catedrais construidas nesta época basearam-se na €Xp€riëncia das suas vizinhas, mas sem nunca se tornarem
s meras imitacoes. f dificil, nessa fase, identificar mestre
ou seguir o rumo dos seus deslocamentos; assim COmo
os pedreiros, tambêém eles deviam ir sempre do com as préprias experiënclas. O auge da arte dos pintores fo atingido Chapelle de Luis IX, em Paris — construida gar as religuias da Coroa de Espinhos € um
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da escala da construcao no sêculo xiv provavelmente in-
centivaram o aparecimento de oficinas locals para se encarregarem das necessidades de menor escala das novas capelas e das restaurac6es. Os pintores de vitrais continuaram a aperfeicoar a sua técnica, a adaptar os estilos as inovac6es nas outras artes e a explorar as possibilidades desse meio até o sêculo XvI. Mas as mudancas de gosto ea restauracao dos estilos classicos fizeram com gue
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até os paises cat6licos rejeitassem os vitrais, enguanto
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nos paises de religiëo reformada estes foram destruidos to facilmente guanto as esculturas de madeira e pedra. As técnicas dos pintores de vitrais foram descritas pela primeira vez no inicio do século XI no manual de Te6flo Sobre as virias artes. Primeiramente era preciso fabricar o vidro. Inicialmente, o vidro mais simples era opaco e de uma cor esverdeada. Para colori-dlo era necessêrio adicionar éxidos de ferro e cobre em pé aos materials utilizados na fabricacao de vidro incolor. Os ingleses nao fabricavam vidro de cor, importando-no da Alemanha ou da Franca, provavelmente porgue o cobalto, fonte dos 6xidos de metal, sê podia ser encontrado na Boëmia ou na Saxênia. Isto parece também indicar gue guando esse tipo de pintura sobre vidro foi introduzido em Inglaterra, provavelmente em Cantuêria depois de 1174, a profissao j& estava bem estabelecida no continente. Os aperfeicoamentos na preparacêo do vidro e dos pigmentos continuaram, sobretudo com a descoberta, no século XIv, de uma técnica para pintar vidro liso com um liguido contendo prata gue adguiria varios tons de amarelo guando cozido num forno guente. Os pintores gue desenhavam e executavam os vitrals das janelas nêo fabricavam o seu prêéprio vidro. Inspiravam-se na habilidade do desenhista — utilizando provavelmente ilustracêes de manuscritos para as suas imagens — € talvez tambêém nas técnicas do esmalte cloasonado. Acredita-se gue essas técnicas foram intro-
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Tambêém agui as tiras de esmalte tinham de ser moldadas ce soldadas na superficie de um desenho e depois preenchidas com vidros de diferentes cores, sendo aguecidas num forno. Como em outros oficios altamente considerados da época, a especializacao logo se tornou necessaria para responder as necessidades do novo tipo de arguitetura, pois os vitrais pertencem ao estilo gotico e LOrnaram-se parte integrante do seu esguema estético.
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te tocada e apreciada, de tal modo gue j&A nao é um interesse esotërico reservado aos eruditos. Mas, de certa forma, isto complica o problema de compreender este tOpico: nada esta tao longe de ser adeguado a muasica medieval guanto ser tocada em uma sala de concertos ou em disco, pois os éxécutantes originarios nao espe-
base, gue levou, em devido tempo,
4 Composicao
de
obras polifênicas inteiramente originais. A misica sacra se beneficiou, naturalmente, do conhecimento gué o clero tinha dos antigos escritos teëricos sobre miasica, como os de Santo Agostinho e Boëcio, onde a liga-
c&o da miisica 4 matematica e as musas era compreendida. Mas ser4 gue esse saber musical afetou também a miisica laica? Sabemos, por outro lado, gue certas can-
cêes do sêculo XI eram t&o populares gue os franciscanos tinham de compor letras mais apropriadas para adaptar as suas melodias. Sê podemos ter conhecimento da myisica laica como tal através do gue foi escrito e, uma vez gue a miisica sê era necessarla para obras escritas em vêrias partes, as simples linhas melédicas das baladas ou das dancas sao guase totalmente desconhez 178
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cidas. Na execucao, o virtuosismo do cantor ou do ins-
trumentista tinha toda a liberdade: era isso gue estabelecia a sua fama. Nao sabemos se o eguivalente medieval do violinista irlandés se encontrava por toda a parte ou se era raro, € tampouco sabemos se o canto coral
em unissono era mais popular do gue o canto solo. Sera gue as comunidades esperavam encontrar artistas
profissionais nas redondezas ou eles eram visitantes ocasionais? Sera gue as comunidades
1Improvisavam
msica ou passavam sem ela a maior parte do tempo? O canto provavelmente era mais utilizado do gue a
misica instrumental. As mulheres cantavam enguanto fiavam e os tecelêes enguanto teciam;: os semeadores deviam assobiar para os seus bois e os ceifeiros cantavam nos campos. É os vikings Também cantavam en-
guanto remavam? Sabemos pelo menos gue nas batahas os menestréis cantavam para instigar os soldadosa imitar os antigos herêis e gue os tocadores de tambore OS flautistas tocavam para despertar paixêes marciais, se nao para abafar os gritos e assustar o inimigo. De to-
das as artes medievais, a muisica é a gue mais escapa 4
nossa cOMPpreensao.
Acima: tocador de trombeta,
proveniente do Livro de salmasde
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Luttrell. Este Livro de salmosfoi
escrito por volta de 1540 para s1 || Geoffrey Luttrell delmham; Lincolnshire, e em geral é
considerado indicio de gue0.
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elevado nivel de decoraao dos. manuscritos ingleses ja na9 poda ser mantido. A inexpressividade. das figuras ea mistura de corés! significam gue a principal atradad da decoracao é o testemunh 'GA
vida guotidiana ea mistura
grotesca de figuras humanas&l Re AALKIAIE. Oos Acima, esguerda: desenD uma harpa, proveniented: WA antologia de poesiaanglo” va saxênica, €. 1000. FT
ravam uma reacao controlada por parte do seu pablico. Além da exasperante guestao de saber como produzir edicêes executaveis de musica antiga, o principal problema histérico é o de avaliar o papel da musica naguelas sociedades, pois sem isso é dificil estabelecer um contexto para a guantidade muito limitada de musica anotada gue chegou até ns. No caso da musica sacra, sabemos o suficiente para compreender gue o cantochao dos monges, tal como foi codificado no tempo do papa Gregêrio 1, sê foi harmonicamente enriguecido no sêculo X1. Foi o desenvolvimento da harmonia pela composicêo de linhas melêdicas adicionais para serem cantadas por outras vozes, enguanto o “tenor” continuava a entoar a melodia de
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cas $O podem ter sido cultivadas pelo cdlero, gue, como Sao Jeronimo, tinha tendência a sentir-se constrangido
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por apreciar os poetas pagaos como Virgilio. A medida
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elberg, Me ede de Heid aborado Germ. 848), el Bo 300, éa
gueé o proprio paganismo clêssico foi deixando de parecer um desafio ao cristianismo, esta atitude mudou. O clero mais culto das grandes escolas, sobretudo no sécu-
dop ra, obrade 140 poetas,
prosa e verso em latim. O seu interesse pela literatura antiga teve uma influência decisiva no desenvolvimento
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prosa francéës Lancelot du Lac. Este supostamente foi traduzido da versao latina atribuida a Walter Map, cortesao de Henrigue TT, talvez por volta de 1230. O romance era popular na Inglaterra entre a nobreza gue falava francéës, mas a profusa ilustracao do texto
data apenas do século XI.
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do século XIv, do romance em
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de uma nova Jiteratura francesa e alema, destinada aos
Nesta entando os autores. nta 0 apalxon ado te
circulos da corte e mais a ser ouvida do gue lida. Algumas linguas bêrbaras da Europa ja eram utilizadas ante-
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anto caca gitrair sua dama engu
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riormente na escrita, sobretudo em traducoes das escri-
turas. Na Inglaterra havia uma tradicao de longa data na utilizacao da lingua inglesa na poesia € no registro de leis, tendo, jê no século X, atingido um elevado grau de perfeicao. No Pais de Gales e na Irlanda foi stmilar a precocidade. É provivel gue por toda a Europa bêrbara as linguas vernaculas tivessem sido utilizadas para entreter as pessoas nao latinizadas com poesia herdica € con-
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conservadas, exceto o Beowulf, poema inglês gue nos da
até certa ponto a vis&o de mundo desses povos. A poesia her6ica, elogiando as capacidades e€ gualidades dos
Roguerreiros, é mais bem exemplificada pela Cancao de
lando, poema francês gue relata a histéria de um episo-
em 778. dio da intervencao carolingia na Espanha, mais de mais antigo manuscrito desse poema foi escrito uma Persiste acontecimento. do depois três séculos
poema foi este gue em época 3 guanto polêmica grande
teve UR UnIco se até ou moderno sentido No COMPOSto de
sinais tao ébvios mostra poema O (anênimo). autor
idéias cristas acerca da luta contra os muculmanose de
1dé1as feudais sobre senhorios, gue nao pode ser considerado como representativo dos tempos “heréicos”. A
redacao de todas as composicées em vernaculo é indis-
Cutivelmente crista, ja gue os barbaros nao cristaos nao davam valor 4 @scrita. Se tinham literatura, nao é possi-
vel conhecé-la em sua forma pré-crista, A literatura medieval nas vêrias linguas vernaculas da Europa desenvolveu-se a partir dos romances em gue as histérias em latim do passado clssico e celta eram recontadas por poetas cultos. Estes adaptavam os artificios literdrios das suas fontes em beneficio dos gue nao sabiam ler os originais. As suas histêrias em verso sobre Carlos Magno, os cavaleiros do rei Artur, com as suas
aventuras € amores, encontraram caminho para as for mas mais acessiveis de prosa. O interesse romantico peJas emoc6es do amor, as obrigacêes do dever e Os confli-
tos dai resultantes tinha um efeito estimulante nos
talentos liricos dos escritores, sobretudo na Provenca,
na Itélia e na Alemanha. Tal poesia era mais freguentemente recitada em voz alta do gue lida em silêncio em livros, mas o piblico gue assistia aos recitais era provavelmente mais restrito, do ponto de vista social, do gue acontecera com os poemas herbicos declamados em festivais piblicos. Cada vez mais a literatura passou a ser reservada a pessoas reguintadas; defendia valores corteses, encorajava a responsabilidade e a decisao pessoal. Outros poemas, cancêes e historias para gostos ma1s rudes, fAbulas de animais, cComo as histêrias da astuta rapo-
sa Renard, € numerosas historietas de humor mostram
fabem a variedade das literaturas medievais, para nao abunar dos sermêes, obras educativas e devotas due
dam em todas as linguas da Europa.
179
uminuras em manuscritos
Abaixo: Codex Augusteus, Biblioteca do Vaticano Ms. Lat. 5236. Este
nao foram alvo de nenhum
das Geëreicas de Virgilio esta
Abaixo: Livro de salmos de SaintOmer, British Library, Londres,
tratamento decorativo especial.
manuscrito italiano do século N
EsCrito em maitsculas nitidas e€ regulares, sem pontuacao, mas com margens largas e capitulares com ormamentacao colorida — um manuscrito de luxo do final
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nhos formais e esbocos marginais nas suas histêrias. Algumas obras, como os herbarios, necessitavam de ilus-
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restrito, os livros ilustrados e decorados eram de muitos ti-
pos diferentes. Os gue eram colocados no altar para a liturgia religiosa podiam ser solene e magnificamente decorados como se fossem destinados aos olhos de Deus. Os livros de oracoes individuais, como, por exemplo, os livros de horas destinados a ser utilizados pela nobreza do final da Idade Média, podiam tentar misturar figuras elevadas com cenas cOmicas gue sê podiam encorajar o devaneio. Ouando os estudantes universitêrios e os cristaos devotos se tornaram suficientemente numerosos para garantir um mercado para os livros, os artistas profissionais, sobretudo em Paris, comecaram a trabalhar de forma organizada, comecando como aprendizes de mestres acreditados e produzindo livros de grande gualidade para atender 4 procura. Mas em periodos anteriores, guando os livros tinham uma Circulacao muito mais restrita, é mais provavel gue fossem escritos e decorados na mesma igreja ou mosteiro, embora os copistas e pintores nem sempre fossem a mesma pessoa. Alguns textos eram ilustrados pelos seus auto-
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Ms. Yates Thompson 14. Este manuscrito, pintado em Fast Anglia por volta de 1330, indica os eXtremos a gue o tratamento decorativo da letra inicial podiam
do império. Agui as capitulares
Os manuscritos ilustrados sao mais facilmente destruidos e danificados do gue outros objetos de arte, mas, apesar das perdas, muitos milhares se encontram preservados em bibliotecas piblicas e privadas, nos dando uma idéia bem completa desse género de arte. Em consegiëncia disso, podemos talvez ter uma melhor compreensêo desse gêénero gue de gualguer outra atividade artistica medieval. Ao contrario da arguitetura e da escultura, os livros ilustrados nao foram expostos publicamente no seu tempo e, mesmo hoje sê os estudiosos com acesso privilegiado a colecOes de manuscritos tém a oportunidade de examinar esses livros com calma. Embora destinados a um piblico
ser levados pelos ar ts tas mgl eses no au
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das capitulares. Glorifica as letras
gregas gui € 10, uuilizadas para escrever o nome de Cristo, de um modo relacionado com a arte da Oourmvesaria.
Abaixo, esguerda: Evangelhos, Pierpont Morgan Library, Nova York. Este é um belo exemplo da clareza procurada e atingida pelos restauradores do saber e das letras no sêculo IX. As letras sao claramente tracadas de acordo com modelos de inscricêes
imperiais antigas ea decoracio nao compromete a legibilidade Mt
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da escrita.
Abaixo, centro: uma Biblia beneditina de c. 1070, HEER
Bibliothégue Nationale, Paris, Ms. Lar. 254. A clareza de escrita
atingida no periodo carolingio nao se perdeu nos séculos seguintes,
mas as capitulares muitas vezes
atraiam a atencao dos decoradores.
tracbes para ser Gteis aos leitores. Os tratados de medicina
Abaixo, direita: a Histéria natural de
copiosas ilustracêes da Biblia desafiaram os artistas com
divide a ilustracao em três cenas, em gue o pintor toma como
e astronomia em geral tinham ilustrac6es para elucidar o significado dos textos. Desde o inicio da Idade Mêédia as uma enorme variedade de temas.
Plinio, copiada em Siena por vol de 1460. A forma nitida das letras
exemplo o tema do texto, metalsé minerais, incluindo o prêprio material do pintor.
OUARTA PARTE
MIN
CONSOLIDACAO DO TERRITORIO
IDENTIDADES SEPARADAS O caldeirao dos Estados europeus Os objetivos dos governantes do século Xim e a busca dos seus préprios interesses tinham produzido, no final do
sêculo, dificuldades imprevistas. O papado era um cargo dificil de preencher, € um antigo eremita, Gelestimo V, teve de ser substituido, ap6s a sua abdicacao excepcional, por um nobre e advogado canênico romano, Bonifacio VIII. Os problemas gue este enfrentou com seus cardeais e com os reis da Franca e da Inglaterra precipitaram uma segtiëncia de acontecimentos gue levou o papado a procurar, no século XIV, o refagio de Avignon, na Provenca, dando a ele a reputacao de subserviëncia a influéncia francesa. Mas o rei da Franca apreciou todo o apoio moral gue o papado Ihe pudesse proporcionar, ja gue as politicas arbitrarias de Felipe IV haviam provocado uma dura reacao em Flandres, tendo o seu exêrcito
sido derrotado por burgueses na batalha de Courtrai (1802). A linhagem de Felipe, a guem sucederam filhos gue morreram apês breves reinados deixando apenas fiIhas, parece ter pagado o preco exigido por Deus por insultar o seu vigêrio, o papa. A nova dinastia de reis da
Franca, os Valois, lutou durante mais de cem anos para
fazer valer os seus direitos ao trono contra pretendentes como o rei da Inglaterra. Na Espanha, as grandes campanhas do século Xm contra os muculmanos termina-
ram € os cristaos passaram a lutar uns contra os outros,
até em guerras civis. Na prêpria Inglaterra, o rei Eduardo 1 enfrentou os escoceses, nao tendo conseguido domin4-los nem por meio de vitêrias nem de conguista, e dois dos seus sucessores foram depostos e assassinados. Assim, nio admira gue o século xiv tenha fama de desordem, desastre e desanimo.
Embora o rei da Franca tenha considerado uma afron-
ta a Oposic&o gue encontrou em Flandres por parte de meros burgueses, e o rei da Inglaterra tenha tido igual
reac&o ante os rebeldes escoceses, os historiadores de-
vem ter o cuidado de nao reproduzir os desapontamentos reais, procurando levar em conta os grupos gue haviam, até entio, forcado a opiniao piblica a dar-lhes importência. Ouando os escoceses demonstraram gue, meEsmo sem terem o seu préprio rei, nio deixavam de se considerar membros de um reino, gue os reis serliam encontrados em algum lugar € gue o préprio reino sobreviveria, mostram gue uma preocupac&o histêrica com os reis € Os seus arguivos pode distorcer tristemente a realidade. Os reis nao conseguiram levar a sua avante nem na Escécia nem em Flandres. Em Flandres, as cidades `irancesas” de Bruges e Gand, das guais Felipe IV tomara pos-
se como soberano do pas, sempre fugiram ao controle de Paris pela resistência gue opuseram a sua suserania. Nem todas as tentativas de independência do sêculo xv foram igualmente justificadas pelo tempo. O Estado
da Ordem dos Cavaleiros Teutênicos, no litoral baltico,
gozou de soberania pratica durante um sêculo e meio antes de ser novamente absorvido pelo reino da Pol6nia-Lituênia. No final do sêculo xv, os principados independentes dos cristaos romanos no Levante sucumbiram perante os otomanos. O ducado aut@nomo da Britênia voltou ao seio da monarguia francesa tambêém no final do século XV. Contudo, durante esse periodo os grandes monarcas nao conseguiram dominar os aconte182
cimentos do mesmo modo gue haviam tentado fazé-lo no sêculo Xm. O controle politico tornara-se em toda a parte mais moderado e mais localizado, o gue significava gue havia mais comunidades politicas capazes de obter o reconhecimento da sua independéência. É o império, em particular, se beneficiou desse estado de coisas
gue permitiu gue as grandes cidades italianas e alemas se tornassem autênomas. A monarguia francesa teve de aceitar o aparecimento de instituicbes legais provinciais independentes.
Na Espanha,
a forca avassaladora de
Castela teve a sua contrapartida em instituicoes politicas mais firmes nos reinos vizinhos de Aragao, Navarra, Por-
tugal e Granada, bem como nas dissensoes entre os seus préprios aristocratas. A descricêo de todas as entidades
politicas dessa #poca ocuparia demasiado espaco e sê se pode dar conta das complicacêes das complexas relacêes entre elas por intermédio de uma descricao pormenorizada. A explicacao de alteracées particulares em termos de fatores gerais falsearia a realidade da sua diversidade e consideraria certas hipêteses demais. O periodo anterior conseguira assumir para a €ristandade uma estrutura relativamente simples gue os acontecimentos muito cdlaramente demonstraram ser injustificada. De inicio, existira apenas, por assim dizer, um Império Romano, firmemente estabelecido em Constan-
tinopla, um papa em Roma e um Impêrio do Ocidente restaurado sob o controle de Carlos Magno e dos seus sucessores germanicos. A tentativa de restabelecer a idéia de ordem representada por Roma proclamara o poder papal, mas reduzira os alemaes a sua verdadeira dimensao0. Outros reinos haviam se afirmado e o nimero de reis na cristandade ocidental tendia a aumentar. Em 1278 o pontifice ja havia reconhecido gue poderiam ser criados um reino germênico e um italiano fora do impéêrio, embora Dante ainda pensasse, em 181 1-12, numa monarguia universal. Havia, portanto, certa relutancia em aceitar o carater dividido da cristandade: o velho molde do Impêrio nao servia para a Europa, mas nao era facilmente substituivel por outro. A monarguia, de origem barbara, foi facilmente assumida por ditadores ou
arrivistas, mas até gue ponto iria se mostrar duradoura em todos os lugares? O modelo do Impêrio devia mais ao exemplo de Constantinopla do gue a gualguer teoria politica, e foi a desintegracao do sistema em Constantinopla gue provavelmente mais contribuiu para mergulhar
a cristandade ocidental bem fundo no caldeirao. No Ocidente, os homens tornaram-se mais conscientes da sua prépria forca em comparacao com os do Oriente, de
modo gue acabaram descobrindo a forma de controlar as verdadeiras fontes dessa forca em formas politicas originais; para isso era necessario desfazerem-se dos vestigios de respeito pelo Impêrio Romano. O envolvimento dos latinos (ou ocidentais) nos assuntos do Impêrio do Oriente durante as Cruzadas atingiu o climax com a conguista, em 1204, de Constantinopla, onde se estabeleceu um imperador latino. De fato, o impêrio latino nao reforcou a posic&o de Constantinopla, polis os conceitos ocidentais de poder nao eram imperiais e sim principescos e pressupunham a virtude de dividir o territorio entre os aliados latinos. O prêprio iperador latino foi expulso em 1261 por Miguel Paleëlogo,
Acma, direila: o palêcio papal de Avignon comecou a ser
construido pelo papa excisterciense Bento XII (133349) em estilo de fortaleza
defender a corte da Igreja contra
a$ COMpanhias militares (soldados era Foi ampliado em um estilo mais suntuoso
Clemente VI e oopclui EE Inocéncio VI (1859-69).0
conjun to dos edificios constituiu g
cenario para a mais ilustre corte da Europa do sêculo XIv, mas sê com o fim da sua ocupa€io militar
(1791-1906) seus méritos artisticos
surgiram, apos vrios séculos de ignorante menosprezo. Abaixo, direita: o Castelo de
Karitaina, no centro da Grécia
Meridional, foi construido pelos francos em 1254. A ponte, gue.
atravessa orio Alpheiosa jusante
da cidade, data provavelmentda e mesma época. Segundo uma inscricao, a ponte foi restaurada
em 1489 por um turco a servico.
dos paleëlogos em Mistra. No. espaco de dois sêculos, a Grêcia
deveu muito a povos de varias.. ga racas diferentes.
IDENTIDADES SEPARADAS
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de imperial. Assim, no Final jo se os Ee lmpério do Ocidente uant ; do eie deeg nasenas nominalmente: SR eeo ea ET Die; om aml an Dosd os. Estados poder era Ë ma guestao de forca local, mas os préprios car-
SOS cOntInuaram a ter prestigio e€ a atrair pretendentes,
mesmo agueles gue realmente tinham algtum poder. Assim, Estévao Dushan, governante da Sérvia, aspirou ao cargo de iImperador e, derrotado em Gonstantinopla,
consolou-se com a Coroacao como imperador dos sêrVIOS em Skopje (1346). Da mesma forma, o fracasso dos imperadores Staufen na Alemanha nao intimidou homens de familias menos importantes, e o cargo de imperador passou de uma familia para outra antes de a dinastia de Luxemburgo e os seus herdeiros, os Habsburgo, conseguirem fazer dele uma propriedade de familia. E enguanto esses impêrios prosseguiam nos seus jogos de
sombras, entre eles, a sudoeste e a nordeste, e alêm deles, na Franca, os principes locais procuravam recom-
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pensas mais substanciais, lutando sem receio de intervencao por parte dos seus poderosos vizinhos. Ja nao havia prefeitos e os rapazinhos brincavam de guerra sem medo.
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O enfraguecimento do Impêério do Oriente Os gregos no seu auge e, mais tarde, os otomanos mantlveram impêrios duradouros nao permitindo guaisguer dissensêes no seu interior, exceto na prépria corte imperial, € mantendo exêrcitos permanentes e frotas para sua defesa. Mas entre os sêculos Xim e XV nenhuma poténcia Conseguiu reunir os exêrcitos necessêrios, & muito menos combinar forca militar com forca naval, para o estabelecimento de um impêrio unificado. As razoes para isso devem ser complexas € continuam controversas. Os sinais de gue os gregos estavam perdendo o controle do Impêrio j& eram claros no final do sêculo XI A dinastia dos Comnenos, gue devolvera ao impêrio certa nocao de objetivo politico, nao fora capaz de desalojar os turcos (gue haviam se estabelecido na Anatoélia em
1071, apêés a batalha de Manzikert) e aceitara o fato de
gue a sua forca estava no mar, por meio do controle do litoral. Mas jê ent&o havia sinais do poder crescente das forcas maritimas italianas, sobretudo pelo movimento das Cruzadas. Depois da morte de Manuel Comneno
(1180), as familias rivais lutaram pela sucessao do IMPpÊ-
rio € os cruzados ocidentais viram-se inevitavelmente en-
volvidos
nestes conflitos,
tanto
em
1191
guanto
em
1904. A ocupacêo de Constantinopla pelos ocidentais, gue desmembrou o impêrio em beneficio destes, obviamente nao fez nada para unir os gregos, tendo estes, pelo contrêrio, lutado entre si pela glêria nominal do impêrio. Os imperadores gregos, restaurados depois de 1961, depararam-se com os territêrios do impêrio divididos entre numerosos potentados gregos, latinos e eslavos, pois também estes Gltimos haviam tirado partido da desagregacao do governo imperial para construir novOS principados. Nao é necessêrlo pressupor gue esses MOVImentos eram protonacionalistas. Na ausência da fonte de governo normal, era preciso improvisar um tipo gualguer de autoridade. Até certo ponto esses estados “nativos” deixaram uma heranca valiosa para as geracOeEs posteriores, mas todos, sem excecao, mostraram
nao estar & altura das responsabilidades de governo guando estas surgiram. O Impêrio do Oriente nao era comparével a um Éstado nacional moderno e nao tinha cariter homogêneo,
exceto o gue era conferido a ele pela religiao. A infiltra188
IDENTIDADES SEPARADAS
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7— — Mindma etens&o do Impirio bagam 1242
Nota [—] 'opêdero
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mpério Otomano, OS Estados
cao dos latinos revelou as diferen ca$ Entre as suas prêticas religiosas € as dos gregos. Livre do firme controle do
imperador grego, a Igreja Ortodoxa Exacerbou esse Pe ema. permitindo o surgimento de metropolitas inependentes, cComo; j ;
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discipli'Nna religiosa se tornava mais le OcCa liede, Eém lizada. tamb e
ependéncia efëmera,
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OS heréticos, cCOmo os bogomis da BOSnia, puderam com mais facilidade desafiar a autoridade . A histêria dessa
A vindos emuld um. pre ode forme aventureiros ED ede longe, bem Como a
regiao desafia, durante mais de dois sêculos. gu alguer
1acao de pol€n€ids COMO Veneza, c- sopbmicas adiu oregular men
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tentativa de realcar um vetor entre Outr os. Sendo im-
portantes nos seus principados, as guestêes locais nao cConstituiram nenhum padrao por forca dos efeitos magnéUcos de principio ou chefe. Os historiadores podem
de Estados locais.
o oo lmpêrio Otoman
IMpPETIO purante duatro séculos, oa
OLOMAaNK estabeleceu um nos estabilidade de upo romano territorios due tinham
sujeitos as anteriormente estado .
icoes crista € muculmana
uma @uando desmoronou, mals
ei tiveram lugar var1acoe€s de um
ipodiferente- Fste mapa, em , contraste com o da pagl na anterior
centrar a sua atencao nos destinos da dinastia otom ana
gue €stava mstalada na Bitinia em 1899 e utilizoua guerra Civil grega entre Joao Ve Joëo VI Cantacuzene para se 'nsmuar no seio da politica grega e j& dominava a Sérvia em 1389. Os contemporëneos nao parecem, no entan-
to, ter percebido o perigo otomano, esperando, aparentemente, gue os otomanos se mostrassem tao efëmeros COMO OuUtras potências militares, como os cataldes insta-
sao nosdê, portanto, uma IMpres
os desimplicidade a medida gue otomanos lam expandindo o seu
lados em Atenas (181 1-88) ou os navarrenses no Pelopo-
impérioaparur de uma base
neso. Sendo muculmanos,
segura no mar de Mêrmara. |
——
j! mad
rn De Le OAR Or
os otomanos eram provavel-
IDENTIDADES SEPARADAS
nente menos conhecidos ou compreendidos do gue os s€us eguivalentes cristaos, & 0 seu papel na Asia Menor
toi bastante surpreendente. Mas a realidade do poder
otomano na década de 1380 (cujos efeitos sobre Constantmopla sê se fizeram sentir com toda a sua forca em
1453 pelo revês perfeitamente fortuito causado pela sua derrota frente a Tamerlio, em 1409) significa gue, na pratica, sê houve cerca de um século em gue as habi-
tuais incertezas desta regiao foram completamente pos-
tas de lado. Os cristaos dispuseram igualmente de um periodo de graca extraordinariamente longo para preparar a salvacao do impêrio cristao. Alguns governantes tiveram até consciëncia de guanto a acdo vliolenta era
necessêria. O verdadeiro problema residia em nao ha-
ver nenhum governante cristao capaz de fazer rente aos Otomanos ou de se eguiparar a eles em forca, deter-
minacao ou mesmo aceitabilidade. Para os diversos povos Cristaos desta regiao, os otomanos muculmanos pelo menos davam as conhecidas vantagens da tolerancia guando ameacados pela tirania de uma tradicao crista imposta. As potências latinas gue se afirmaram no Egeu dependiam basicamente da sua forca naval, faltandoIhes a capacidade de recrutar € manter grandes exércitos capazes de fazer frente aos otomanos. Por diversas
JertGdos olomanos, 1807 [——] tertires genoveses, 6. 1460
` teritbrios venezianos, €. 1460 | territ6dos dos Cavaleros de S. Jo
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IDENTIDADES
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c6es anteriores, conguistado as ilhas Baleares e toda a costa até Valência. Mas fora especialmente a partir de Barcelona gue havia efetivamente sido constituido e mantido um impêério maritimo, com o apoio do re, apesar da hostilidade dos barêes do reino de Aragao. Estes, como seus pares de Napoles, estavam mais preocupados com as suas propriedades do gu€ com o cCOMÊFrcIo ou com a €xpansêo imperial. Os reis de Aragêo consegul
razoes, os Estados dos Balcas — a Sérvia e a Hungria — eram incapazes de pêr em campo tropas suficientes e, de gualguer modo, Constantimopla era, para eles, muito mais dificil de socorrer por terra. Conseguiram retardar o avanco dos otomanos na Europa Central, mas nao
obriga-los a voltar para a Asia Menor. Os otomanos eram uma dinastia de soldados atuando em uma reglao entregue ao governo de intimeros principezinhos sonhando com o impêrio. Os interesses poli-
ram. no entanto, manter a Sicilia, tendo igualmente ten-
ticos mais firmes € consistentes eram, provavelmente, os
demonstrados por grupos como os Hospitalêrios em Rodes — gue estavam empenhados numa perpêtua cruzada, mas gue nao conseguiam imaginar politicamente COmo conseguir a derrota dos otomanos — ou pelos venezlanos, cuja principal preocupacao era o coméêrcio e nao o Impêrio. Durante todo o sêculo XIV, os principais imimigos dos venezianos foram os genoveses, seus rivais no comércio. Para ambos, os imnteresses do Egeu eram
meras colonias a explorar para obter lucros internos.
Apesar do papel desempenhado nas lutas posteriores contra os otomanos, nenhuma destas cidades-estados taljanas conseguiu suceder Constantinopla. O seu empenho politico era, desse ponto de vista, morno. Ao desviar os lucros do comé@rcio e da industria de Constantinopla — gue gozara anteriormente do monopllio — para a Italia — gue enrigueceu extraordinariamente — os interesses latinos agiram, de fato, como sanguessugas €, Como era inevitêvel, o seu dominio foi efëmero.
Grande parte dos governantes ocidentais com recursos eguivalentes as responsabilidades imperiais estava
demasiado longe de Constantinopla para aspirar a sucessao. No periodo de crise gue se seguiu a batalha de
Manzikert (1071), os normandos da Itélia meridional tnham, pelo menos, mostrado interesse em estender o
seu poderio até os Balcas e, no século Xm, Carlos de Anjou, tendo conguistado o reino normando (década de 19260), mostrou-se disposto a dar continuidade aos anteriores interesses normandos no velho impêrio grego. Estas ambicées levaram a4 criac&o dos dominios angevinos na Grécia, até a costa da Dalmacia e a Hungria, € a uma
espêcie de impêério maritimo angevino gue rivalizava com o dos venezianos, embora seus objetivos fossem mais politicos do gue comerciais. O seu avanco em direcêo a Constantinopla foi, contudo, desviado pelo imperador Miguel VIN Paleëlogo (imperador, 1261-82), gue se aliou aos inimigos internos de Carlos, o gue teve como consegiëncia a passagem da Sicilia para as maos do rei de Aragao e a divisao do poderoso reino de Frederico II em duas partes. Os reinos de Nêpoles e da Sicila foram se enfraguecendo mutuamente devido as guerras constantes e a uma separacao gueé durou dois sêculos — antes de os espanhéis finalmente conguistarem Napoles (1499) —, mas extrairam alguma forca dos no-
vos impêrios a gue pertenciam. Os domin1os angeEvinos abarcavam o Adri&tico, mas a sua capital italiana, NApo-
les, estava geograficamente mal situada para tirar vantagem da sua situacao costeira. Ao con trêrio dos seus antecessores normandos, os prêéprios soberanos angevInos parecem nao ter percebido verdadeiramente as pOSSIDH lidades do poderio maritimo. Para fins comerciais, tanto Gênova guanto Veneza tinham melhor situacao geografica. sobretudo no gue se refere ao abastecimento dos avidos mercados do Norte. No préprio reino de Napoles, as guestêes financeiras vieram a ser geridas pelos | aliados dos angevinos, os Guelfos da Toscana. Os espanhêéis tiraram mator vantagem da sua condulisra da Sicilia em 1989. Os reis de Aragao, gue€ também
da longo ao possessoes com Barcelona de condes eram em geracosta mediterrênea até Montpelier, tinham,
186
#
tado anexar as outras ilhas, a Cérsega e a Sardenha. Os mercadores de Barcelona acabaram se aventurando a entrar no Egeu, e€ uma companhia de soldados mercenarios apossou-se do ducado de Atenas € o mantev€ como feudo do rei de Aragao durante grande parte do século XIV. Tais atividades sio indicio de guao fluida continuou a ser a situacio no Mediterraneo enguanto nao existiu uma mAao forte em Constantinopla, mas também demonstram gue a partir do Ocidente nao havia nenhuma possibilidade de estabelecer uma presenga mais do gue superficial por via maritima. Os europeus ocidentais podiam sempre encontrar reftigio nas suas préprias terras, além do mar; mas nao podiam manter grandes massas de territério com os meios de gue dispunham. A tradicaAo do Impêrio gue se prolongara no Oriente durante tanto tempo perdera a sua forca e ja nao havia cristaos gue assumissem as suas responsabilidades. A conguista otomana, gue restabeleceu as realidades politicas, pertencia, no entanto, a uma tradicao cultural muculmana,
nêo romana. O Impêério Romano
estava na sua fase terminal.
O dominio da Boëmia sobre o Império Germanico O Impêrio do Ocidente nao tinha uma base logica e uma tradicao comparêvel 4 do Oriente, mas o valor deste conceito nio perdeu rapidamente o seu atrativo. Na prêtica, o impêrio deixou de ter gualguer impacto real sobre a It4lia apês a morte de Frederico II, em 1250, e sê os alemaes continuavam a manter viva essa nOCao, MoOS-
trando muito la ou em um romanos era va o titulo de caAo do papa;
pouco interesse em projetos para adaptaobjetivo nacional mais limitado. O rei dos eleito por principes do impêrio e sê tomaimperador apês a coroacao, com a aprovaa partir de 1338 passou a ser formalmente
considerado soberano desde o momento da sua eleicao.
Di I reita: esta fortaleza ve nezian
situada em Frangocastello , RE ; sul de Creta, CONStruida em so le mbra gue estas praias calm
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uveram, durante sêculos
necessidade de vigilêin cia militar numa época em due muitas potenc - ias rivalizavam pelo CO
do Egeu.
Abaixo, direita: territérios
da de Aragao Os territorios da coroa de
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COroa
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unham sido muito ampliados pelos
soberanos da Casa de Barcelona,
Cujos mteresses se estendiam ag longo da costa noroeste do Mediterraneo, desde Provenca até MuGrcia, e as ilhas— Baleares, Sicilia e Sardenha — e mesmo mais além.
A nobreza aragonesa permaneceu indiferente a estes
empreendimentos mais longinguos
mas era mais agrad4vel paraos catalaes e valencianos. Os
angevinas, gue tomaram conta da Provenca (1246-1482) e de Napoles
(1266-1435) passaram a ser os normais inimigos e rivais dos Catalaes. Este conflito pressagiava as
guerras posteriores entre os reis da
Franca e da Espanha, numa época
em gue a ltalia era o prêmio em disputa. Na Idade Mêédia, as disputas chegaram até 4 Grécja. O iAmbito das preocupacoes do rei de
Aragao no sêculo XIv era, assim,
excepcionalmente vasto. O seu envolvimento na Espanha fez de Barcelona uma cidade de
importancia simultaneamente
politica e comercial.
Abaixo:o castelo dos Cavaleirosde
Sao Jodo, em Rodes, 1810-1522.
Durante mais de dois séculos, os Cavaleiros de Sao Joao, expulsos de Acre, delfenderam a ocupagao de Rodes contra a oposicao muculmana. O controle deste
porto, tio préximo do continente, apoiado na fertilidade natural da
ilha, foi reforcado pelas fortes muralhas construidas por mao-de-
obra local ao longo de vêrios anos.
Os prédios compreendem o palêdo do grao-mestre, a catedral e as hospedarias de sete (mais tarde oito) nacoes da ordem.
Surpreendentemente, a influéncia
da arguitetura militar francesa € espanhola nao prevaleceu.
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IDENTIDADES SEPARADAS Boeëmia
Os tchecos foram os primeiros
eslavos a ser atraidos pelas guestoes da Europa Ocidental catolica. No século XV o rei da Boëmiaja se
tomara a figura politica mais importante da Europa Central, com um papel crucial a
desempenhar nos assuntos do
Império. Nessa €poca os reis da
Boeëmia tinham deixado de ser principes tchecos. A proeminéncia da Boëmia era fruto nao so da sua POSiCao estrategica e da sua rigueza
Este envolvimento nas grandes
dos govermantes em mostrar a sua
intelectual. A primeira universidade do Império foi
mineral, mas tambem da ambicao
forca. Em varios momentos
procuraram expandir a sua soberania ate Austria, Silesra, Polênia, Hungria e Brandeburgo.
diretrizes firmes da Igreja € do
guestoes da Europa teve como conseghéncia um estimulo das
atvidades econémicas da Boëmia, bem como da sua consciëncia
revela no seu CENIrO 3s ASSOCia es
Estado, durante o cisma e depois
de cidadese Camponeses
herëticas, Isto levou, infelizmente,
N seculo anterior 4 relorma ler OSSE hercges leva ram Mmedoa Ni
de 1878, degenerou em atividades 30 isolamento da Boëmia como
territ6rio de hereges. No sêculo Xv,
Os sets vizinhos a tatavam comoa
um leproso no seu seio. Este mapa, gue idustra o alcance do
fundada em Praga em 1348. entusiasmo religioso tambem
envolvimento politico da Boëmia,
despertou, € na ausência de
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mplicadas Nas gU EITAs hussitas
OES
Oo resto da cristandad e. Revela,
grandes diversidades de op vma serie de praticas re iniëes ligiosas numa tema onde as trad icëes
catolica e ortodoxa se CNCONtravam relno da Boëmia
ET] tertêrios da casa de Luemburgo
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fronteira dos territrios boëmios didade da alianga de Praga c. 1421 cidade taborita, c. 1421
cidade hussita fora da Boëmia diocesa
Clsterciensea
lugar com recursos minerals lugar a data da batalha importante 1:2 780 000
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IDENTIDADES SEPARADAS
Os eleitores eram o rei da Boëmia € seis principes germa-
nICOS, trés ecdlesiësticos e três laicos, gue eram considera dos representantes de todos os principes do Embora o colégio eleitoral nao pudesse ser consiside Ek rado
los principes, mas também pelos burgueses e aldebes.
gue demonstrava gue o Império compre endia interesSES € POVOS muito divergentes, consentindo, no entanto todos eles em uma participacao permanente no Reich (gue em alemao significa mais governo do gue reino ou Império em particular). Para descrever os devere s espe-
brincando € camponeses bebendo e festejando. As som-
representando a vida popular certamente indicam um confor to e bem-estar sem precedentes,
, Mas OS principes acabaram
percebendo gue €sse cargo so devia ser ocupado por homens de verdadeiro caréter. Em meados do século XIV,
“Prhas DS membros das familias germanicas mais distintas podiam ser reconhecidos, e a preponderência gue
dnham, por exemplo no cargo de rei da Boëmia, refor-
Cou a sua posicao como reis dos romanos. Esta cristalizacao da estrutura do Impêrio Germênico, contudo, fez com due os outros territorios do velho Impêrio, gue haviam deixado de participar na nova estrutura, tendes-
sem a se afastar e a assumir lealdades politicas alternati-
vas: como a Italia, gue recebeu as esporadicas visitas de
alguns imperadores, mas gue aprendeu a ajustar-se sozinha, sem referência aos poderes nominais dagueles. Nos Paises Baixos, o Brabante e a Holanda obtiveram,
de fato, autorizacao imperial para agir como Estados soberanos; outros agiram de modo semelhante, mesmo sem autorizacao. A oeste, alguns fragmentos do império fizeram os seus préprios acordos com os reis da Franca. Apenas a leste a restaurag&o do poder polonés desencorajou a fragmentacêo. Os principes do Leste atribuiam demasiado valor ao fato de serem membros do impêrio para buscar a independência. O fato de o Impêrio no ter conseguido desenvolver-se dié our segundo linhas centralistas — como sé p€nsava haviam tros Estados europeus, especialmente a Franca, muito tempo durante desencorajou — época nessa feito gue continua periodo, deste favorëvel histêrico o estudo tanto pedesprezado € negligenciado a ser relativamente de literatura. Empelos guanto histéria de Jos estudantes algumas e aristoeradcas familias grandes bora algumas
nunca CONSe6" cidades uvessem chamado a atencao, fazer justica serla a sua época, é, pard Ihes
ram dominar dezenas de pegueas consideracêo em levar necessêrio cidades, nos Estados, principados, bispados, mosteiros, todos diretacavaleiros, de senhorios € propriedades sobee Eeefetivamente oi do imperador P mente dependentes ss eram da Ttala e da soberanos Estados os SO ranos.
n2 mas, império; do inter" no tal como reconhecidos os Estados germênicos, fregiaentemente peguestra
endendo mesmo, por VEZES, fragmentos dispersos, nao eram meENOS importanEd despertaram a nio ideais seus e ses eed da OS f1zeram o como europeus, ek as id
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imaginacao ea dade Média ou do Renascimento, mas ressêo igualmente duradoura da vitatAlia do fina! da nomes sedeixaram UIT” Ek época. Apenas listar seus um mapa pode induzir a erro. A lidade local an
ria fatil, e mesm” 0 continuou a ser um microcosmo de a égide de autoridades locais desinteseu modo, ?
termos medieem civilizacAo, da sti daa bur sêressadas, 0% oe. a disposicao das comunidades dos
vais, foram POS.
pe s a n e p a o ê n , a d a v i r p a d i v ? n o d i g n i t a l e v i n o d a v ele
culos xiv e XV. aa
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tefatos dessa época dêo testemunho
cipalmente no impêério gue esses testemunhos sio abun-
dantes. Os peguenos principados parecem ter satisfeito as necessidades politicas do povo. A caracteristica mais marcante do Impêrio Germanico desse periodo foi, contudo, a posicao dominante de gue nele gozavam os reis da Boëmia. JA no sêculo XIM, o rei Ottokar II da Boëmia ambicionara a coroa imperial,
mas fora derrotado em batalha pelo rei Rudolfo de Habsburgo (1276). Mas o filho da neta de Ottokar, Carlos IV de Luxemburgo, utilizZou a mesma base de poder na Boëmia para organizar os assuntos do Impêério no interesse da sua familia e, talvez por nao ser totalmente
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miscelêanea de poderes, nenhum dos guais particula rmente mpressionante, mas o cargo no era merament e decorativo ou honorifico. Para se oporem a famili a Ee oe ees XIM tinham incentivado a
clero para restabelecer o sentido de proporcao. E é prin-
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cificos do governante seria necessêrio listar toda le
brias lembrancas da morte, da doenca e da pobreza nao surgem do povo, mas sim dos esforcos deliberados do
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ao papel da Boëmia. É interessante considerar o modo
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como a Europa Central poderia ter se desenvolvido se estes principios auspiciosos tivessem perdurado. Infelizmente, no inicio do sêculo xv a Boëmia foi agitada por dissensêes religiosas gue no sê isolaram aguele reino do resto do Impêrio como tambêém o privaram do seu centro efetivo. O impêrio caiu nas maos dos Habsburgo da Austria, o gue teve consegiiëncias decisivas. Durante mais de um século a Boëmia foi, no entanto,
um dos Estados mais dinêmicos e présperos do Império. Nas minas das suas montanhas extraia-se o ouro ea prata gue proporcionavam & Europa grande parte do seu abastecimento bêsico de metais preciosos. As suas cidades mineiras desenvolveram-se rapidamente nesse periodo, estando situadas ao longo da importante rede
de estradas gue ligavaa Ttalia ao Baltico. Praga, a princi-
pal cidade da Boëmia, no era um mero local de resldência, mas um centro urbano poderoso por direito préprio e a sua populac&o parecia aumentar. Ouando
Carlos decidiu fundar uma universidade no Impêrio, o
fez em Praga, em 1848. As devocêes religiosas do povo
eram intensas e sectêrias, mas havia uma hostilidade la-
tente entre tchecos e alemaes, facilmente provocada. O desenvolvimento de idéias religiosas divergentes provavelmente foi intensificado pelo inicio do grande cisma da Igreja (15878) e pela conjuntura politica gue levou ao afastamento do rei da Boëmia, Venceslau IV, do préprio Impêrio (1400). Mas, de certo modo, o tremendo entusiasmo demonstrado em toda a Boëmia por estas idéias religiosas, sobretudo depois de terem sido condenadas por estranhos, como aconteceu no Concilio de
Constanca (1414-18), foi apenas a conclusao adeguada
do grande periodo de ressurgimento da Boëmia. Se o rei Carlos IV tivesse planejado a hegemonia Boëmia no impêrio, os prêprios Tchecos teriam orientado esse movimento para objetivos considerados mais apropriados pelos seus prêéprios lideres espirituais. O curso dos acontecimentos seguiu uma |égica prépria, independentemente das intencêées do rei ou dos reformadores.
Ouando o imperador Sigismundo morreu, em 1437, nao foi apenas a dinastia de Luxemburgo gue chegou ao fim: um plano de Impêrio e as expectativas da Europa Central tinham desmoronado completamente. Os préprios Boëmios, gue haviam repelido exêrcitos estrangeiros, perceberam gue era dificil manter a sua prépria disciplina eclesiëstica e a monargula independente. Estes acontecimentos em nada tinham contribuido para fomentar reformas no impêrio €m geral, 189
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tendo as propostas para tais reformas caido ominosamente nas maos dos tericos. Entretanto, o préprio impêrio comecara a se contrair, com a béncao imperial. Os
suicos haviam comecado a mostrar como podiam esta-
belecer a sua prêépria autonomia, utilizando o imperador contra os seus suseranos Habsburgo; o governante de Milao tinha abertamente comprado do imperador o ttulo nominal de dugue do Impêrio e tornara-se o mais poderoso governante de toda a Italia. Ap6sa morte de Ottokar II, os reis da Boëmia, exclui-
dos do impêrio pelos Habsburgo, tinham procurado, durante algum tempo, estender seus interesses até a Po-
lênia; a tentativa de se instalarem ali cComo reis
meio de coroacao em Gracvia, fora um dos Fi les
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haviam induzido os poloneses a trabalhar em pel di
unificacao do fragmentado reino dos Piast (ver aba ixo) O rei da Boëmia continuou a ser um INimigo persistente da nova monarguia dos reis Piaste Conseguiu me smo
obter para o seu préprio reino os principados da Sil ésia mas acabou nao conseguindo frustrar as tentat ivas de reunificacio dos territêrios Piast empreendidas por ou-
tros principes. Depois de século e meio de EE a Poicê -Fo1a primeira das vêrias ressur re1coes Vr pais. histêricas desse F ,
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O estabelecimento da Polênia A Polênia (do eslavo bole, “CamMPo” ou “planicie”) surg e iniclalmente COMO UMma cC omunidade politica na regi ao do Baltico, entre os rios Oder € Vist ula, sob Mieszko 1 (263-92) ' due pagava tributo ao rei germanico Oto pelos territorios gue detinha a oe ste do Oder (Stettin, Pomerani
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ca data do estabelecimento, por Oto II, no ano 1000 €MO, cOm bispados em Kolberg, Wroclaw e Cracêvia, Embora o bispad o de Poman, fundado anteriormente. COntinuasse a depender de Magdeburgo. Os monarcas da dinastia polonesa Piast tinham, contudo, menos interesse em consolida r o seu
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Proprio dominio do gue em expandir a sua influência, s€mpre gue podiam obrigar os vizinhos a recuar. Na aus€ncla de fronteiras daramente definiveis, Caracter istica
desta parte da Europa do Leste, ambos foram, em époCas diferentes, atraidos para o interior da prépria Ale-
manha ou, mais arriscadamente, para leste, em direcio
a Rutênia. No entanto, Casimir 1 (1088-58) estabeleceu
jspos cat6licos da
lesem
a sua Capital em Cracévia, tendo seu filho, Boleslav TT,
nharam um
sido coroado rei (1076) apês ter chegado a Kiev (1061).
A pressao dos governantes germênicos sobre os territêrios poloneses ocidentais foi sendo cada vez mais persistente, sobretudo depois de meados do séêculo XI, de tal modo gue os soberanos Piast comecaram a se concen-
trar mais no Leste. Apês a morte de Boleslav IN (rei, 1107-388), os seus territérios foram divididos entre os fi-
Ihos e, durante guase dois sêculos, os poloneses desenvolveram-se dentro de vêrios territêrios ducais distintos; o proprio titulo de rei foi abandonado até 1294. O periodo de divisao teve conseguëncias permanentes para os poloneses. Os principes da Silêsia, gue no final desse periodo gueriam restabelecer a monarguia em seu favor, preferiam, no entanto, aceitar fazer parte de um reino boëmio sob os reis da dinastia do Luxemburgo em vez de reconhecer gualguer outro monarca Piast como rei da Polênia. As ambicêes dos boëmios sobre Cracêvia
nao tiveram êxito, pois esta cidade continuou a envolver-se nas guestêes da Rutênia. As preocupacoes da. “peguena” Polênia pouco interessavam aoS pOVOS do interior polonês, gue depararam, no final do século XI, com o aparecimento renovado da pressao germanica. A chegada de colonos alemaes, as ambicoes de Brandeburgo, o estabelecimento da Ordem Teutênica, tudo
poloneisto serviu para separar a Pomerania dos outros ses e para dividir aguele ducado em duas partes,a ocIOUdental e a oriental. Na regiao dos lagos de Maz6v1a,
imnteresses, to ducado polonês, com os seus proprios
ades em tendia a concentrar-se em suas proprias dificuldutil a
relac&o aos prussianos pagaos, a9 norte, ë a
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gue a uniao com a Lituinia permitiu aos poloneses derrotar a Ordem Teutênica e recuperar o controle da Pomerinia, obtendo o acesso aos portos do Baltico e as vantagens das povoacées urbanas fomentadas por aguela ordem, no seu auge, na Prissia. A extensao temporaria
da influência dos Jagelêes 4 Hungria e 4 Boëmia pês fim as pressoes anteriormente exercidas por estas regioes sobre os poloneses, embora a Silésia nao tivesse sido recuperada. A uni&o com a Lituênia também ajudou a definir os limites orientais da influência polonesa, pois os litua-
nos continuaram a ser ortodoxos € os poloneses tiveram de abandonar a sua infiltracao para leste. O inicio da rivalidade com os soberanos de Moscou foi considerado um problema mais especificamente lituano. As preocupacées da dinastia de Jagelao com os seus vastos interesses territoriais e a guerra gue empreendeu contra os turcos certamente desviaram sua atencao dos
problemas especificamente poloneses ou das preocupacOes relativas ao desenvolvimento do aparelho politico da monarguia. De fato, Luis da Hungria tinha conseguido o reconhecimento da sua monarguia na Polênia por intermédio da concessao de privilêgios aos grandes proprietêrios gue poderiam ter causado problemas. Estes, pelo seu controle sobre os impostos e pela crescente capacidade de desenvolver os seus dominios como abastecedores dos mercados de cereais a partir dos portos do Baltico, passaram a ser o verdadeiro poder naguela regiao, preocupando-se mais com as suas propriedades do gue com o reino em geral, deixando esta nebulosa res-
ponsabilidade ao cuidado dos seus governantes. A vida cultural dos poloneses passou a ser uma especial preocupacao do clero romano, gue se manteve hostil aos lituanos ortodoxos e de certo modo desconfiado dos reis da dinastia de Jagelao devido as suas origens. A universi dade fundada em Cracvia, em 13864, comecou a desem-
penhar seu papel na educacêo do clero e no fortalecimento das suas ligacées com a Igreja do Ocidente, sobretudo da Itélia. A partir do mesmo periodo, os mercadores italianos também comecaram a se estabelecer
na Polênia. O culto dos santos poloneses, como Sao Es tanislau, promoveu, em conjunto com o estudo da histéria polonesa em latim e com a literatura religiosa popular em vernêculo, um forte sentimento de identidade
191
IDENTIDADES SEPARADAS
a Igreja do
polonesa, mais através da lealdade para com
guando as anteriores fronteiras flutuantes do reino foram estabilizadas pelos Jageloes, o alargamento do seu manto dinastico na Europa do Leste tornou uma definiCao secular ainda mais dificil.
conseguiu duplicar a eRtensie
A sua posterior extensêo as cidades situadas ao longo do
Oder silesiano €e do Vistula sêo indicio de como os cen-
tros urbanos estavam se desenvolvendo nessa época.
Embora dirigido por acontecimentos politicos, o desenvolvimento dos poloneses durante esses cinco séculos nao se restringiu 4 politica. O processo de enum
diu-se nas zonas rurais € sobreps-se, portanto, a chega-
da dos frades, sobretudo dos dominicanos. As suas instituicbes mais antigas situavam-se, COmMO seria de esperar, nas cidades estabelecidas, Gdansk, Wroclaw e Gracêvia.
uma regido gue, de outro modo, parecia indefinida;
em
Hungria
natais. No sêculo XI, a influência cisterciense expan-
gue em relacao ao rei. A prêpria chancelaria papal utlizou de forma consistente o termo “Polênia” para defimir
raizamento
guns artifices urbanos, com os privilégios das suas terras
A Hungria e as dinastias européias
A restauracao da Polênia no sêculo XIv foi uma das reali-
espaco definido, de aceitacao da
zac6es mais duradouras deste periodo e, nesse aspecto,
cConversao ao Cristianismo e de abertura de novas terras para cultivo exigia a cooperacao de muitos grupos. A penetracao de colonos germênicos ao longo do litoral bal-
pode ser favoravelmente comparada com a posicao da sua vizinha Hungria, com guem partilhou um monarca,
Luis, o Grande (1870-89), durante um breve periodo. Contudo, por volta dessa época, a Hungria ja se tornara parte dos grandes dominios angevinos gue havlam se de-
tico nem sempre foi contestada pelos poloneses. Os colonos, gue eram atraidos pelas condicées favorêveis,
estabeleceram-se em novas cidades, ou pelo menos al-
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Depois de 1301, muitos dos sels reis passaram a ser €Strangeiros,
com interesses internacionais gue exigiam
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AS OES basicas para isso também sao identificadas: a auséncla de ironteiras claramente definidas ou, em ter-
MOS COntEmporaneos, a falta de efetiva resistência por parte dos vizinhos em relac&o a €xpansao huingara, mes-
MO sob o comando da dinastia autéctone de Arpad. Até os magiares terem aceitado o Cristianismo, e com
ele um modo de vida sedentêrio, nao existira nenhum upo de Povoamento organizado nesta regiëo, onde nê-
mades € mEursores vagueavam a vontade. A aceitacao do Cristianismo vindo do Ocidente e a coroa real para Estévao (rei, 1000-38), atribuida pelo papa, estenderam o Cristlanismo romano ao ponto de entrar em zonas de influ€ncia ortodoxa e conferiu ao Estado hingaro uma caracteristica catélica duradoura. No Oriente, a Transilvania foi conguistada pelo prêéprio Estêvao e, mais tarde, a Groëacia e Ragusa foram incluidas no reino (11891204). O zelo religioso inspirou campanhas para extinguir a heresia bogomil na Bésnia e Herzegovina
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(1287-84), gue foram igualmente anexadas. Uma alian-
Ca matrimonial Com uma princesa francesa, no final do
século XIL, estabeleceu relacoes politicas gue foram reforcadas, um século mais tarde, guando os angevinos se tornaram reis de Napoles. Tendo visto as suas ambicoes pela posse de Constantinopla frustradas pelas Vésperas Sicilianas (1989), os angevinos voltaram-se para a Hungria, aonde
chegaram
com
facilidade atravessando o
Adriëtico. Carlos Roberto foi coroado rei da Hungria em Zagreb (1990) e aceito em todo o reino apos a morte de André III (1801), Gltimo representante da dinastia autéctone de Arpad. O Império angevino, gue abarcava todo o Adriëtico, fez, como é natural, de Veneza o seu
principal opositor, e Luis, o Grande, no final de um reida nado de intervencê&o ativa visando controlar a costa venecia Dalma a 1881 em cessao por e obtev cia, Dalma até ao a govin Herze a erado recup m també tendo ziana, disputas as 1582, em Luis, de morte a Ap6s rio Neretva.
dos bOso rmaca reafi a tiram permi sao suces a guanto de uma nios € dos venezianos, despojando a Hungria
Luis, Maria, Casoude filha A ima. marit base importante
era imirmao cujo , burgo Luxem de se com Sigismundo envolviesteve ia Hungr a véz, ira prime pela perador, é, da
mais
de
perto
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assuntos
da
Alemanha.
bastante clara das a iënci consc uma inha Sigismundo o contra
crista nante gover como es lidad nsabi suas respo grandes esos otomanos dos Balcas. Foram depositadas
a cm Nicéderrot sua e 1896, de nha campa na perancas proprio SigisO . hante humil foi ano polis nesse mESmOY nos
nte envolvido ndame profu viu S€ logo mundo me se da ol ,a irmao seu de assuntos do reino e Nos wy s herege dos ema probl Ao Igreja romana, COMO tos do reino da Alemanha aposa sua eleicao
suportou o ia Hungr a êvel, inevit €ra Como 1411. mae rel, em ie RED otomano a partir da dêcada de 1450, nho nte apos o fracasso da cruzada do sobri adé Ladislau II, em 1444, em Varria. A prin-
AE E spe.
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dos hingaros foia defesa de Belgrado, em
Corvino, Sus Mateu filho, cujo di, Hunya Joao EK TE 6 sido o seu altendo 90), (1450Gee da Hungria si .
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om a Hungria estava longe de ser
terri-
ar até e povos s muito (rio unificado. Compreendia um numero sign
como mo bialgaros ortodoxos, bem
cativo de hereges bogomis gue o zeloso clero cat6lico nao conseguira reprimir. O longo periodo de governantes estrangeiros gue levou a Hungria ao primeiro plano da cena politica internacional nao assistiu a nenhum de-
senvolvimento institucional da monarduia. As propriedades da coroa e os monopélios mineiros faziam com
gue fosse suficientemente rica para nao obrigar os seus
stiditos a partilhar dos seus planos, com os grandes proprietêrios de terras podendo gerir os seus prêprios interesses sem interferência por parte do rei. Os mercadores estrangeiros, sobretudo italianos, e o clero nao desempenharam nenhum papel na constituicao de classes cultas ou empreendedoras. O avanco otomano a partir do Sul significava gue o reino jê estava restrito a uma dimensêo modesta antes da gueda de Belgrado, em 1591; a derrota de Mohacs pês fim 4 sua precêria independência, apesar de metade do reino ter sobrevivido nas maos dos Habsburgo. Como reinos catélicos, tanto a Polênia guanto a Hungria se viram irremediavelmente comprometidas com OS povos ortodoxos vizinhos, gue nesse periodo se encon193
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travam na defensiva. O colapso do impêério grego (1204)
Isguerdasa cidade
ortodoxia perdera os seus protetores laicos tradicionais, sem nenhuma esperanca de encontrar outros. Nao é de admirar gue a autoridade do patriarca de Constantinopla fosse guestionada pelo aparecimento de vêrios arceDispos auténomos ou gue os cristaos piedosos tivessem
mterior do kremlin (Cidadelz ” reconstruida em 1999; 56 e. ei partes mais baixas SObrevive - . deva
OR de Suzdal
(oi redefinida em meadosd século IT, € a atual catedral..
eo dominio mongol na Russia (12387) implicavam gue a
stagoes PYovocadas
pel Si 'NVasao mongol de 19 38, de cidade se recuperou lentame Ee As ci
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se voltado para uma restauracao da tradicao mondastica ou fiomentado as devocoes dos hesicastas misticos. Na
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acrescentadas no fina l do XIV € 0 edificio atual fo; Sêculg C onc luid
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em 1598.
repablica monastica do monte Atos, homens ortodoxos de toda a Europa Oriental comecaram a cultivar rituais tradicionais gue inspirariam o mundo ortodoxo a sobreviver aos séculos de eclipse politico. Esses homens nio tiveram dificuldade em aceitar o dominio nominal dos muculmanos € o préprio monte Atos facilmente feza paz com os otomanos.
Direita: Rissia
A Russia moderna desenvolveuse diretamente a partir dos
principados gue viveram 3 sombra da presenca mongol depois de meados do século xm. Os
A transformacao da Ruissia
Durante este periodo — e guase sem conhecimento dos latinos — os russos também estavam envolvidos na reorganizacao simultanea da sua vida eclesiëstica e secular apos o grande chogue das invasêes mongêis. A mais anUga organizacao dos russos como grupo politico distinto data do século Xx, guando as cidades ligadas a Kieve convertidas ao cristianismo pelos ortodoxos eram governadas pelos descendentes dos mercadores-soldados escandinavos. Nessa @poca, a colonizacao das florestas ad-
jacentes mal comecara e, como em outras regioes da Europa Oriental, a vastidao do territério e a pobreza dos colonos fizeram com gue o avanco fosse lento e em grande parte, nao registrado. Durante o sêculo XI, os distarbios politicos das cidades de Kiev encorajaram Os emigrantesa se deslocar para as florestas e estabelecer novas povoac6es. Nio havia ainda procura de cereais para exportacao e assim a colonizacao representava, no maximo, a expansao demografica ou a insatisfacao politica. Os camponeses deslocavam-se livremente e nao era necessêrio tenta-los ou coagidos a trabalhar a terra. Durante sêculos, foram donos do seu préprio destino e geriram as novas povoac6es com suas prêprias organizacoes. Nao se pode calcular até gue ponto essas povoacêes j& tinham se desenvolvido guando, em 1287, os mongéis invadiram a Ruissia. A reacao inicial foi, evr dentemente, a de dispersar as populacées urbanas restantes pela floresta. O dominio mongol nas estepes do Sul e no Volga manteve os russos sob pressao, tendo as populacêes continuado a ser predominantemente rurais durante mais de dois sêculos. A consegiëncia mais duradoura do dominio mongol nao foi tanto o peso dos tributos em dinheiro, mas sim a
divisao dos préprios povos russos. Kiev, simultaneamente capital e sede religiosa do metropolita ortodoxo, passou a ter um governante gue, apês as incursoes mong6is, obteve o apoio do papa do Ocidente. Apos a sua morte, o territério foi ocupado pelos mongêis e o metropolita ortodoxo sentiu-se de tal modo incomodado gue partiu para Moscou em 13808. Os peguenos russos, ou ucranianos, Continuaram a ser ortodoxos, mas de-
pois de os mongéis terem comecado a ceder terreno a poloneses e lituanos a Ucrênia ficou, durante sêculos,
em estreito contato com o Ocidente. Sob a lideranca lt-
tuana, tentaram recuperar o seu papel dominante nos assuntos da Rissia, mas j& nio conseguiram superar os grandes russos do Norte. Os russos brancos (bielo-russos), ao longo do Dniepr, também estavam sofrendo a pressao dos lituanos e tambêm eles constituiram, nessa ' mesma época, um grupo distinto. Os grandes russos, gue surgiram Como lideres da Ris-
sja nos séculos XI e XIv,j& estavam se tornando mais nu-
ENG
mongois em geral se contentavam
em impor tributos por intermédig dos principes, mas nao hesitavam
em intervir diretamente em certas ocasioes, A velha metrépole russa de Kiev deixou de desempenhar um papel ativo nos assuntos
russos. O arcebispo metropolitang
merosos e fortes muito antes das invasoes mongois, mas o préprio governo mongol ajudou-os na ascensao ao po-
der, tanto por terem esmagado a Rissia kieviana guanto
porgue estavam, até certo ponto, salvaguardados das in-
vasoes mongéis pelas florestas dos seus territêrios setentrionais. Novgorod foi a Ginica cidade kieviana importante gue sobreviveu ao atague mongol, mas nao se transformou no centro do renascimento da Grande Ruassia. Como convinha a uma comunidade baseada mais na agricultura do gue no coméêrcio, a nova Russia era dirigida por principes, dos guais o gue mais cedo atingiu uma posicao importante foi Alexandre Yaroslavski, principe de Vladimir (1246-658), gue foi o grande her6i Nevski. Deveu seu nome a derrota gue infligiu a Novgorod junto ao rio Neva (1240), a gual se seguiu a vitéria sobre os cavaleiros teutênicos no lago Peipus (1242). Novgorod sê perdeu completamente a sua independência no final do sêculo Xv, mas aceitou o dominio dos principes de Vladi-
mir, gue a partir de entao passaram a marcar o ritmo na Russia. O préprio Nevski adotou uma estratégia muito
cautelosa em relacao aos seus vizinhos mongêis e, pelo fato de nao chamar a atencao destes e de nio suscitar re-
ceios, permitiu gue seus sucessores criassem a reputacao da sua familia entre os povoS russos. Na época da sua morte, os filhos dividiram entre si os
territêrios, ficando o mais novo com Moscou, prova de gue esta cidade ainda nao atingira um nivel elevado entre eles. Mas meio sculo mais tarde o metropolita russo se estabelecera em Moscou, fazendo da cidade o centro
religioso de todos os russos. Isto foi importante, mas a
natureza das dificuldades russas no sêculo XIV certamente contribuiu para uma intensificacio do sentimento religioso russo nessa altura, e o fato de Moscou tomar a lideranca em guestoes religiosas teve, como era inevit4vel, conseguëncias importantes. O desenvolvimento da vida monastica na Russia, para o gual contribuiu em
particular Sao Sérgio de Radonezh, foi particularmente importante pela sua contribuic&o para a cultura russa, pelas suas ligacoes com os mosteiros ortodoxos do monte Atos e pela recente consciëncia do movimento mistico ortodoxo hesicasta. Os monges também conseguiram favores dos suseranos têrtaros, tais como o privilêgio de nao pagar tributo pelas suas propriedades. Os monges apolavam a atitude submissa e respeitadora em relacio aos tartaros, o gue ajudou os soberanos daguela dinastia
ortodoxo mudou-se para o nortee acabou por se estabelecer em
Moscou, numa regiëo onde o
idealismo religioso era
contagiante. Mas os russos
estavam entao isolados dos outros
povos e dos outros cristios e até mesmo divididos entre si. Neste periodo, a fronteira linguistica
entre a Grande e a peguena Russia era indicio da experiëncia politica diferente da Ucrdnia.
Olhando para tris, este periodo parece ter se centrado na inexordvel ascensao de Moscou como principal potência da Grande Ruassia. Nessa #pocaa
interminavel rivalidade com
outros principados do Norte
demonstrou a persistente
vitalidade das tradicoeslocaisea indiferenca russa guanto4
manutencio de uma unidade
politica contra os mongois. A
resistência dos russos dependia dagueles gue estavam avancando pelas florestas para ampliar as zonas de povoamento humano, entre os guais se contavam
monges, cujas comunidades s€
tornaram mais numerosas nesta época. Deste modo,a Riissia
de medieval, antigo territério repiblicas mercantis associadas, passou para as maos dos homens do campo, cuja principal preocupacêo era o cultivo da terra. Os bispos eram menos
importantes do gue os monges. SO em meados do sêculo Xv comet4? se delinear o futuro regime
czarista, sob o grao-dugue de
Moscou eo metropolita russo. OS russos repudiaram a uniao €nu€
cat6licos e ortodoxos, acordada
em Florenca em 1489, e depois de
1453 passaram a considerarse 0
verdadeiros herdeiros do Império Bizantino.
Abaixo, direita:stcone do séceulo representandoa pavermida divina, da escola de Novg
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representaco anopombrfess dos BAlcas. A cidade mer
Novgorod proporcionou 4”
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medieval uma janela para? EE Ocidente.
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A guerra anglo-francesa
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Ouando eclodiu novam ente guer
ra entre os reis da Inglater,
e da Franca em 1994,
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de paz, houve dificuldal e resolver esta disputa, de tal
gue o conflito, SUSpenso
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vezes por tréguas, voltoua OCOT
sUcCESSIvameEnte até meados do século XV, As virias tentativas de
encontrar um caminho paraa
paz, por intermédio da
redefinicao das relacêes entre o
rei de Inglaterrae o dugue da Aguitinia, ou até a tentativa mais radical de unificar os dois rEinos
sob Henrigue VI, no
conseguiram resolver a duestig.
Ambas as partes procuraram Apolos externos. A imparcialidade
do papado de Avignon foi
contestada, e com o Grande
Cisma (13878) esta ragueza da
Igreja foi explorada por ambos os
lados. Assim, a guerra
desempenhou o seu papel,
criando dificuldades paraa
religiao, contendo os esforcos de
cruzada e permitindo gue as
heresias florescessem. O reino da Franca, como principal campo de
batalha, sofreu com a presenca de
soldados profissionais, tanto
[ ] outos teudos detdos peto rei de Franca [temas detdas por Carlos de Navara
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rota segaida por Fduardo H. 1346-47 X
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guando eram utilizados pelas
partes em contenda durante as
hostilidades como também apdésa
proclamacao da paz, guando estes tiveram de cuidar d e si mesmos.
Os grandes principes franceses estavam divididos pelas dividas guanto as pretensoes da dinastia de Valois ao trono, guanto 2a competência de determinados reis e guanto a politicas alternativas. A implacavel hostilidade entre principese nobres fez deste periodo o mais dificil da histêria francesa medieval.
IDENTIDADES SEPARADAS
enirentar o desafio do papa Bonifdcio VIII, gue estava
conseguiram criar problemas
para Moscou até tomar a cidade, em 1585. Em 1445, os tartaros chegaram mesmo a aprisionar o préprio Basilio
II, embora este fosse reconhecidamente um soberano fraco. Os principes de Moscou também tiveram de enfrentar a concorrência pela lideranca da Rissia, por exemplo a de Tver, gue sê foi eliminada em 1484. Tiveram de lutar com os lituanos, contra cuja campanha de 1868 foram pela primeira vez erguidas em Moscou as muralhas de uma cidadela de pedra — o Kremlin —,
com Tugtamish, general vassalo de Tamerlao (1582), e contra os boiardos do principado, gue depuseram Basilio II três vezes. Mas este sobreviveu ao reinado mais turbulento da sua familia e autodenominou-se soberano de todo o territêrio russo. Foi na sua época gue se estabeleceu o primeiro bispo metropolitano independente, aguando os russos se recusarama reconhecer a uniao formal entre a Igreja ortodoxa e a cat6lica, acordada no Concilio de Florenca de 1488. Ouando Constantinopla disposto a foi conguistada pelos otomanos, Tva II estava ea imitar Roma de iado apropr o herdeir o erar consid se Sofia Pamulher, sua de familia da os politic os os exempl czarista — o Rissia da nto olvime desenv o Mas laeologi. — PET” poder dos senhorese a servidao dos campon€sts
do sêculo final No Rissia. da or posteri tence 3 histêria do gue futuros males NOS meENOS am XV, OS russos pensav nas misêrias passadas. Nos dois séculos de dominio mais e, tament comple e rmara-s mongol, a Rissia transfo mono ni mi do lo pe € gu do o sa em resposta Aguela pres s chido e rt so a o id fr so am vi ha gol direto. Os russos nêo as de fuiv ct pe rs pe as su As o. od ri neses nesse meEsm o pe cidas, e h n o c s e d e t n e m a t e l p om turo eram, contudo, c nte. e d i c O o n ! e u d e t n e i guer no Or j s o n A m e C s o d a r r e u is e a G a t n e d i c o s a i t s a n i d s ferenA i d s do s ia or st hi s da a concret o t i u m a i c n ê t r o p m i ecente A r a € o d o i r e p e s s e n riental O a p o r u E da s e S p O V O P n a d tes é at , m a c i d aA0 in g1 rE sa es a d o t de a i O oe s, la importanc n e P p A embora , s a v d i s o p s e o c a z sobre as é1 id tO, as reali s a v o n m o c idente c O ao o d n a t l o V até ez ele xrv. lv ta s o m e d o p , s e b
nac e s e d a d i c s e r b o n , , e os reis r t n e di! nastas a r r e u g e d n r a gra zes de considera ei 2a
capa nicos o r c a n a s o n e m s o m ranca €mM ter F a d e a r r e t a l g ibr IN le ce A . os ad iz il ut M geral, sido
gue tém, €
nca a r F da s o n a i t e p a c reis s o m i H l “ s o l e p Ee sim da sorte s dad ma a, rc fo ra ei ad rd ve a su da ndeu s te a en in nt co do s no ra be so s ro el do os prim DEE apoio indo or sp di a e l na io uc it st :n D E E di ER os
atingir 2 di
do papa- Felipe IV (rei, 1285-1814), o mais
de o, ud nt co , ve te , os an ti pe ca rcas oe re Ee demes mona ag
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do com as circunstincias, e os objetivos varlavam entre a afirmacêo, por parte do rei da Inglaterra, de ter mais direito ao trono da Franca do gue o seu detentor Valois e
as exigências, mais moderadas, mas igualmente inaceltêveis, de reconhecimento do seu status soberano nos
feudos gue detinha. Em ambos os casos o gue estava em
jogo era o Estado unitêrio gue se desenvolvera, incontestado, até ao reinado de Felipe IV, o gue se mostrava
cansativo, nêo sê para o dugue de Aguitênia, mas de modo ainda mais opressivo para o conde de Flandres, a principio, e mais tarde para outros, como os dugues da Britênia e da Borgonha. Os grandes principes da Franca, incluindo o flamengo e o inglês, eram, na realidade, todos parentes uns dos outros. O éxito do sistema de
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do por volta de 1445)
glaterra de recomecar a guerra se baseava na busca de aliados voluntêrios para as suas intervenc6es no interior do reino da Franca. A frente militar se alterava de acor-
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do gue decisiva. A partir do canato de Cazê (estabeleci-
beligerantes, se nêo em acao, pelo menos em pensamento. Os recursos de gue dispunham os dois reis eram bastante desiguais, de modo gue o poder do rei da In-
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GEE sg maises derrota em Kulik Bulikovo Pole, Ed em 1880, foi ca simbêli
te muito tempo e as épocas de calma continuaram a ser
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reis verificaram gue era impossivel manter a paz duran-
apanêgio na Franca tinha, durante a primeira geracao,
sido vantajoso para o rei, mas com o passar do tempo, €
como era inevitavel, deu lugar a ramos distintos da casa
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oriundos do sul da Francae ed t ee Ee porcionaram aos reis da Fran ca, dur R O d o conant s,e e década forto de uma relac&o ainda mais intima. A paz estava precariamente estabelecida entre Felipe e Eduardo, por 'ntermédio do préprio papa, mas os sucessores dos dois
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. s dos têrtalência a benevo a guando o impêrio têrta-
preender Felipe. A inimizade do papado toi, no entanto, de curta duracao e RE Ee
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apenas seis soberanos. j posica A ea EA oe eg si ese ee
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CxXasperado por descobrir gue para defender o dl O Clero era ES obrigado are
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AT IMPOStos dos cri taos, desse modo utilizando o dominio t&rtaro COmMeO meio de conseguir influência so bre todo . d s os russos.s. TyIva 3 passou a sua autoridade para o flho. £ prov avelmente oper ak para a continuidade da histêria da Rissia o ato de em cCada geracao sempre ter havido flhose de os governantes de Moscou terem tido, cada um deles e suCESSIYameEnte, uma vida longa: entre 1859 e 1584 houve
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real. Eram mais as rivalidades do gue as diversidades gue provocavam conflitos, nao tanto com a intencao de desmembrar o reino guanto com a de conferir aos prin-
cipes liberdade de ac&o maior do gue a gue os crescen-
tes batalhêes de servidores do rei estavam dispostos a permitir. Os reis da Inglaterra, gue tornaram a guerra contra a Franca popular junto a seus siditos, continuaram até ao fim profundamente empenhados no gue eles consideravam ser o seu papel dentro do reino da Franca e da casa real francesa. Para eles a guerra nunca se poderia transformar na causa nacional gue por vezes os seus siditos julgavam ser e em gue a lenda a transformou. A prêpria Inglaterra sê sofreu as consegiiências diretas da guerra na medida em gue as suas zonas costel-
ras e as regiëes fronteiricas, sempre conturbadas, foram
alvo de incursêes e pilhagens. A guerra desenrolou-se na Franca e sobre ela escreveram os franceses — dos
guais o mais eminente, Jean Froissart, era originario do Hainault. Nos escritos deste famoso autor de poesla e romance, a histêria da guerra transformou-se numa elegia nostalgica da cavalaria. O longo periodo durante o gual sucessivas geracoes de reis ingleses retomaram a guerra indica gue é provavel gue ela tenha tido consegtiëncias profundas no desenvolvimento social e politico da Inglaterra, mas é difrcil isolar consegiiëncias precisas da guerra sobre os acontecimentos em um momento em gue tantos outros fatores também exerceram sua influência. A consegiëncia mas importante foio fato de o rei da Inglaterra ter acabado perdendo todos os seus territorios na Franca, 4 excecao de Calais (tomada pela Inglaterra em 1847), o gue, para o rei da Franca, representou, portanto, uma vitêria. Este expulsara o seu vassalo mais truculento e anexara UIT
guerra, o vasto territêrio ao seu Estado. Na fase final da
monarca gaulês também tinha conseguido meios de co197
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e no século XvI, guando este
desenho foi feito, era o nico
territério gue restava aos ingleses
na Franca. Esta imagem da uma
boa idéia do aspecto da cidade na Idade Mêédia, com suas
fortificag6es, o porto e a entrada
estreita para o canal do porto.
Esguerda: esta cépia do texto latno
do Julgamento de Joana apresentaa prova legal da sua vida e carreira gue, apesar dos seus claros
preconceitos, constitui o grosso da inica informacao confisvel ainda
3 disposicao dos historiadores A capitular ilustrada nao é mais do gue uma representacio simbdlica
acima de tudo, perdido sua posicao de lideranca na Eu-
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Acima: Calais esteve durante mais de 200 anos nas maos dos ingleses,
cessivas invasêes, pilhagens, sagues e devastacoes, tendo,
lealdade dos franceses para com aguela dinastia renasceu. A fé em gue Deus providenciaria um sucessor varao para a coroa garantiu, a partir de entao, a sobrevivéndia do reino. Nao foi a nacao francesa gue foi criada pela guerra; o proprio principio dinastico fo1 consagrado.
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1895 a 1400.
controle real. Por Gltimo, a Franca tambêém sofrera su-
segurar da coroacao de Carlos VII em Reims (1429) a
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os da guerra anglo-francesa, de
portanto, uma mera restauracio do estilo de governo de Felipe IV.E embora o rei da Inglaterra tivesse sido expulso do reino, a provincia de Flandres, gue o prêprio Felipe IV suara sangue para conguistar, ainda escapava ao
como garantia de continuidarepresentantes gue €stiveram respectivas responsabilidades, enviar Joana d'Arc para se as-
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Europa Ocidental, em particular
narguia triunfante de Carlos VII (rei, 14929-61) nao fo1,
apenas a dinastia de Valois de. Poucos foram os seus pessoalmente 4 altura das mas guando Deus pareceu
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gue cobrem os acontecimentos na
nos com corporacdes de advogados, detentores de cargose comandantes do exêrcito. Os principes apanagistas foram acalmados ou absorvidos pela monarguia no momento da conveniente extincao das suas linhagens, mas os privilégios das provincias foram generosamente confirmados pelos reis para obter apoio nas regioes. A mo-
da desordem, da derrota e do desmembramento deixou
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ilustracao das crênicas de Froissart
dos seus poderes, se nao com vassalos feudais, pelo me-
cristandade do gue o dos seus aliados laicose, com a chegada do papado renascentista, os monarcas franceses nêo gozavam de nenhuma espêcie de favor especlal. As décadas de guerra tiveram, portanto, consegiiéncias profundas para o reino da Franca. A experiëncia da guerra,
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frente is muralhas de Paris,
dos seus dominios tornara mais complicada a tarefa de governar a todos. A monarguia teve de partilhar alguns
Franca durante o Grande Cisma um auxilio maior na
dae
Acima, esguerda: a nobreza feudal
monarguia de Sao Luis transformara-se num Éstado preparado para a guerra, mas a extensao amda mais vasta
ropa. A alianca com o papa, gue fora tao favoravel aos reis da Franca do sêculo Xm, nêo proporcionou ao rei da
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brar impostos no seu reino e manter um exêrcito permanente, o gue Ihe conferiu um poder sem precedentes. A
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dos acontecimentos é na0 pretende ser considerada um
retrato fiel, embora os registros
Na Inglaterra, a outra consegiëncia importante da
guerra com a Franca foi a sobrevivência do reino inde-
pendente da Escocia. Na segunda metade do seu reinado, Eduardo 1 da Inglaterra (rei, 1979-1807) tinha vêrias vezes organizado o governo da Escécia de acordo com a
sua propria vontade, mas apesar do seu aparente xito em impor suas prêprias solucêes, o seu poder mostrou ser ilusério. Seu neto, Eduardo IN (rei, 18927-77), tambêém tentou por um breve periodo tornar-se senhor da EscéCia, mas as intencoes dos ingleses guanto 3 Escêcia foram frustradas pela determinagêo dos escoceses de gerir os
seus préprios assuntos. Neste aspecto, os escoceses deram
mostras de um espirito semelhante ao demonstrado por outras “nac6es” menores da Europa gue resistiram a todas as tentativas de incorporacêo por impêrios dindsticos. Em 1800, os escoceses nêo eram, contudo, uma nacio
bem desenvolvida. $6 na gerac&Ao anterior seu rei obtive-
fossem copiados por cronistas du€ estiveram com ela no tribunal durante muitos dias.
IDENTIDADES SEPARADAS
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Inglaterra e Pais de Gales
A geografia histêrica da Inglaterra medieval esteve,
durante mais de guatro sêculos, ligada a da Franca, mas a partir
do sêculo XIT Os seus aspectos especiais foram sendo definidos. A prépria lingua inglesa
comeEcouU 4 reaparecer na escrita e amda antes de Caxton
introduzir a imprensa ja havia
sido desenvolvida uma lingua
literria padrao. Do ponto de
Vista institucional, a realizacao
mais sofisticada da nova Inglaterra medieval foi o parlamento real, onde o rei convocava os grandes homens individualmente ou como porta-
vozes de condados e cidades,
comunidades j4 bem
estabelecidas por si mesmas. O Pais de Gales medieval era um
territério muito mas
diversificado do gue o
principado atual. Antes do século XO, nenhum dos
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principados galeses tinha conseguido a hegemonia sobre
os outros e guando os principes
de Gwyneth pretenderam fazé-lo a maior parte do atual Pais de Gales foi dividida entre muitos senhores, tanto galeses guanto
ingleses (ou anglo-normandos).
A Igreja galesa estava firmemente subordinada a
jurisdicao dorei e do arcebispo
de Cantu4ria e o dominio direto de Eduardo | sobre o Paisde
Gales a partir de 1284 sê alterou 2a situagao nos antigos territorios
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SEPARADAS
IDENTIDADES
um territério atraente para os barbes ingleses em busca da recompensa das aventuras militares; as guerras com a Franca despertaram muito mais interesse. A Escocia, gue se manteve fiel a alianca com a Franca, conseguiu continuar a luta, apesar da sua prépria tragueza. Sob a nova dinastia Stewart (1871). com os seus préprios arce-
ra dos noruegueses o dominio das Terras Altas e das ilhas. A forca da monarguia tinha a sua base na planicie
costeira, na estreita faixa de terra entre Clyde e Forth, se
estendendo ao norte até Perthshire e ao sul até aos vales
No inicio do sêculo XI este territ6rio se
dos Borders.
transformara em uma monarguia feudal e seu soberano mais poderoso, David I (rei da Escécia, 1124-58), havia
bispados, Saint Andrews (1479), Glasgow (1492), as suas
préprias universidades (Saint Andrews, fundada em
ampliado temporariamente a fronteira sul até incluir
1495), e apesar
1410, Glasgow, em 1451, Aberdeen, em
Norttimbria, Cimbria e Lancashire até ao Ribble. Essas intrusoes provocaram, como Ë 6bvio, retaliac6es por
de continuar pobre, mostrou-se desejosa é capaz de resistir ao dominio inglês. $6 se uniu a Inglaterra guando o seu préprio rei protestante, Jaime VI, herdou a coroa inglesa em 1603. Em consegiëncia de todas estas atividades na Europa, durante o sêculo Xiv e inicio do século XV, ficou claro gue havia uma capacidade generalizada das peguenas nacêes de resistir aos reis mais poderosos da época, de modo gue, em vez de surgirem apenas alguns grandes impêrios continentais na Europa, como aconteceu no século Xv, as unidades politicas permaneceram, em geral, peguenas e numerosas. Alguns desses Estados nio passavam de cidades gue, em geral devido a sua st tuac&o costeira, se mostraram suficientemente grandes para preservar a sua independência em virtude da forca suplementar gue o comércio Ihes proporcionava. Masa maior parte dos Estados necessitava de um vasto territorio gue fornecesse os recursos necessêrios as suas populac6ese da homogeneidade gue advinha de instituicoes
parte do rei. As vitêrias obtidas por Henrigue IT e Joao tinham tido como consegiéncia a submissao formal do rei da Escécia ao monarca inglês, o gue constituiu a base da pretensao de Eduardo I ao dominio da Escécia. Os bispados escoceses precisavam de uma relacao espe-
cial com Roma gue os salvasse das tentativas do arcebispo de York de incorporê-los a sua provincia. Muitos baroes ingleses deram-se as maos no sul da Esccia. Se Eduardo | nao estivesse tao desejoso de definir e afirmar o seu papel, as perspectivas de fusao dos dois reinos te-
riam sido boas, mas o tom peremptêrio gue utilizou em
relacao aos escoceses provocou ressentimentos. Ouan-
do Robert Bruce (rei entre 1306 e 1329) ofereceu aos escoceses uma lideranca efetiva, estes acolheram com
agrado a oportunidade de expulsar os ingleses e consolidar uma tradicao independente. A Escêcia estava demasiadamente longe das bases do rei da Inglaterra, no sul; era demasiado pobre para ser
Abaixo:o Castelo de Eileen
Donan, construido por Alexandre
em 1220 no local de uma
fortificacaoja existente, afirmava a presenca real nas montanhas em um ponto critico, em frente de Skye, onde trés bracos de mar se encontravam.
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da ortodo to an du o sm ci li to ca do o so tant oracao e as a ra pa as ul êc rn ve va o uso das linguas s coua ng li as ss ne ra tu ra te li a devocêes, tendo, assim, mo grucO os ond ni fi de S, VO PO mecadoa fortalecer os pelo cleda mi su as e nt na mi do pos culturais. A posicao i, no fo os nh ba re us se s do nte ro cat6lico Como dirige posta em
nte me el av it ev in o, mp te do entanto, € no devi igos. le as ls ve si es ac o p o tr causa por devocêes de ou o numerosos ta do si am vi ha a nc nu Os reis e os nobres ra chama-
mas, pa o, od ri pe € ss ne to an ou pitorescos gu outros nao os er um In m co m ia et rem a atencao, comp
a due oc ép a um a Er . os it fe us S€ s menos orgulhosos do s gue tamma s, al cl so s ia gu ar er hi A* va ainda respeita
toda a hude l ra ge de da li na ve da bém sê vangloriava
manidade, aceitando gue os papas € os imperadores podiam ser tio maus guanto os outros homens. Existiu, pois, nessa época um elemento de realismo gue fez com gue o poder efetivo fosse mais importante gu€ OS ideais nominais. Poucos foram os Estados desse periodo gue se preocuparam com a legalidade da sua posicêo0. Na Itélia, por exemplo, as cidades-estados expandiram Os seus territêrios como puderam e sê adguiriram ttulos, guando os adguiriram, mais tarde. Durante o Grande Cisma, a cristandade no dispês de um arbitro e mediador universalmente aceito. O gue n4o podia ser resolvido pelas armas tinha de ser, pois, discutido e negociado. Em consegiiência disso, o bem-estar da cristandade caiu nas maos de muitos e no pêde ser mantido pelas poucas autoridades tradicionais. A Europa transformara-se numa sociedade politicamente complexa e intrincada. 201
IDENTIDADES SEPARADAS
Abaixo: Irlanda
As conguistas gue permiuram a
Henriguec N reivindicar a
suserania sobre a Irlanda, em 1162, nunca foram suficientemente
exploradas para dar aos ingleses o controle de todo o territêrio. Depois de Joao, sê outro rei inglês medieval, Ricardo II, para la se
deslocou. Muitos descendentes
dos primeiros colonos anglonormandos também perderam o interesse, sendo a suserania inglesa sobre os irlandeses de lingua gaélica mais nominal do
gue real. Nas regiëes menos
acessiveis, no Norte e no Oeste,a [rlanda gaélica manteve a sua
identidade e foi gradualmente se expandindo pelas regiées inglesas. A guerra era endémica, assim COMO OS Casamentos entre
contudo, as mais dignas de
ingleses se limitava
govermadoresgerais do senhorio,
A geografia eclesi dor de Dublin. mais precisa, em AStIca é pourg
confianca prestaram servico como Com uma administracao com base
em Dublin, mas em grande parte itinerante. Os parlamentos
irlandeses gaélicos e as familias anglo-normandas aut6ctones, cuja lealdade, mesmo enguanto
irlandeses também se reuniam em
varios locais. Em 1485, a regiao
familia, estava muitas vezes dividida. Posteriormente,
efetivamente controlada pelos
a chamada
a no séculg XI tenham sido bor formalment
estabelecidas guatro provinci excecdo do bispo de Tuam s dos bispos eram ingleses ou an Fi
irlandeses, mais do du e gaélicos d
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laicos a desistir de dividir as suas
herancas. Gradualmente, as terras da familia foram sendo
reunificadas e comecarama surgir Estados diversos, O mosaico de
Estados alemaes neste period, contudo, se devia sobretudo ags muitos dominios eclesidsticos de Dispos e mosteiros e as terras
compactas das muitas cidades imperiais. No sêculo xiv, a fragmentacao dos dominios de familia proporcionava aos individuos, mesmo aos das familias mais distintas, poderes
muito restritos para intimidar os outros. Deve notarse gue neste
periodo os suicos conseguiram infligir muitas e pesadas derrotas aos seus inimigos Habsburgo. Na mesma época, o Impêrio perdeu os diferentes Estados dos Paises Baixos, gue passaram para as
maos dos dugues franceses da
Borgonha. A desintegracao do
antigo reino da Borgonha, a oeste, gue beneficiou sobretudo o rei da Franca, teve posteriormente um
paralelo no nordeste, coma afirmacio da soberania da
Polênia sobre as terras da Ordem
Teutênica. A erosio na periferia
nao pressagiava, contudo,a desintegracao do prêprio Império
Germanico. Nesse periodoa vitalidade da cultura germanica,
bem como da economia e da
religiao, sugere gue a estrutura
politica flexivel foi efeuvamente
boa para os alemaes.
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Petrarca: o primeiro humanista
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Petrarca ficou célebre no seu tempo como poeta e homem de letras. NaAo exerceu nenhum cargo piblico importante, embora fosse muito solicitado por virias p€ssoas Importantes na politica e atuasse cComo seu conselheiro, negociador ou porta-voz. Mas a sua importancia histérica deriva do fato de ter sido o primeiro homem a absorver-se tao completamente no estudo do seu préprio carêter e no problema de como conduZir a sua vida de forma
toria de Altichierg. Petrarcaé ?
um dos primeiros homens ' medievais gue se sabe tere m sido pintados em vida para satisf azer g desejo de ser representado, ogue €, €M si, Um tributo 4 sua fama.
Pouco depois da morte do poeta Altichiero pintou um retrat o em
afresco para Francesco de Carrar a due esta muito deteriorado.
a sentir-se satisfeito, gue dei-
Abaixo:ilustracao do Virgilio de Petrarca, de Simone Martini. Os
xou uma abundência de escritos a partir dos guais se pode reconstituir a sua vida pessoal em detalhes nunca antes conseguidos. O estilo dessa vida foi tao excep-
principais interesses intelectuais
de Petrarca centravam-se nas
antiguidades romanas, mas também apreciava a arte contemporanea e sobretudo o
cional naguela época, gue os seus contemporaneos fi-
caram impressionados, e desde entao o seu exemplo tem exercido forte atracao na cultura europêia. Até entao a vida social humana era organizada de tal torma gue todos os homens eram obrigados a cooperar na sua vida de trabalho. Todos os homens pertenciam e apegavam-se as comunidades em gue nasciam ou em gue voluntariamente entravam. As Ginicas exce-
cOes eram os eremitas, gue, deliberadamente,
trabalho de Martini, gue pintou este Irontispicio do seu Virgilio
por volta de 1838, segundo
'nstrucoes pormenorizadas do proprio Petrarca. Este texto tinha sido antes de seu pai e Petrarca anotou-o livremente.
davam
as costas 4 sociedade organizada para viver distantes.
Petrarca apreciava a vida no campo e a solidao, mas
nao era eremita. Precisava de livros para ler e de amigos Com guem conversar; gostava de escrever e de receber cartas, defendia o valor da literatura e do estudo
do passado e servia-se da sua influência pessoal e dos seus talentos para ser atil aos amigos e as pessoas com as guais vivia. Dava muito valor a sua independência, mas nunca pensou em romper voluntariamente com o mundo. A possibilidade gue tinha de viver a sua vida com independência nao se devia 4 posse de fortuna pessoal, pois a heranca do pai apenas Ihe permitiu completar lentamente seus estudos. O pai de Petrarca fora um not4rio de Florenca, obrigado a exilar-se em 1809, ao mesmo tempo em gue Dante, pela faccao vitoriosa dos Guelfos Negros, de forma gue o préprio Petrarca cresceu considerando-se banido da sua propria terra. Esta foi a influência decisiva gue o privou das naturais filiacées de carater social e politico de gue gozava a maior parte dos seus contemporaneos. | PUB Tendo ganhado experiëncia como advogado nas mais W famosas universidades do seu tempo (Montpelier e
Bolonha), preferiu dedicar-se 3 literatura e, guando
precisou ganhar a vida, tornou-se copista de manuscritos em Avignon. Aceitou o patrocinio do grande cardeal romano Giovanni Coloriria, de cuja familia veio a ser capelao em 1830, e a partir de entao seus rendlmentos passaram a provir de sinecuras nas catedrais de Lombez, Pisa, Parma e Padua. Éstes cargos eram comumente exercidos por homens a servico de grandes prelados e n&o implicavam guaisguer responsabllidades pastorais. O gue foi excepcional em Fetrarca
foi o fato de, alguns anos mais tarde, ter passado a viver longe do seu protetor em Avignon e ter se dedicado principalmente aos seus interesses literarios, com o beneplêcito dos superiores eclesiasticos. Assim, a possibilidade aue teve de viver de forma independente efetivamente se deveu em grande parte ao desenvolvimento da nova cidade italiana gue havia exilado a sua familia, 4 instalacaAo da corte papal em Avignon e ao 204
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Os seus movimentos
ano, com base na sua nao
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A
apacidade gue unha de viver em
Virios locais diferentes durante
longos periodos reflete as condicoes da vida medieval, gue ncorajavam a mobilidade entre
0$ profissionais, bem como entre
Osaristocratas. No caso de Petrarca, ela foi compensada por ma forte tendência a adguirir asa prépria, onde podia abrigar a sua biblioteca e watar do jardim. s d
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A dedicacê&o de Petrarca ao estudo era total. Este se concentrava nos grandes escritores latinos, Cicero € Tito Livio, e implicava vlagens em busca de manuscri
tos, de correspondência com outros eruditos e a préfoi paracao de edicêes criticas. Em tudo isso Petrarca um pioneiro da posterior Cultura do Renascimento. ado loNo seu tempo, as universidades tinham sé torn de direito, cais de aprendizado de assuntos técnicos, sendo a litera, ogla teol de ou ca lêgi de , cina medi de subsiada ider cons nté sme ple sim ou tura desdenhada neam tinh nao onos patr seus os e didria. Petrarca da literatura acao ilit reab 2 para ma gra pro nhum justificar as ave cur pro nem ita, erud como disciplina icacoes
sejam as expl due€ uer isg Oua es. idad suas ativ descoberta do a su ia fo , mo as si tu en sobre o seu 6bvio e levou ougu s do tu es s do do ra ti re grande beneficio uar seu trabain nt co € o nh mi ca O M S tros a seguir o mE €sp€u ro st mo ca ar tr Pe s, ho Iho. Alêm de seus trabal . Ele ma Ro de ia êr st hi da tudo cial interesse pelo es s e um
famoso ns me ho de as fi ra og bi préprio escrevEu romano i r6 he o e br so m ti Ja em o grande po€ma épic ido ec nh co is ma ez lv ta € ca Cipiëo, o Africano. Petrar gunse os it cr es o, ul êc rn ve €m hoje pelos s€uS poemas e cultie nt Da de a id ec nh co m do uma tradicaAo ambé da s no ia al it s lo pe o nt ta rio vada como gÊnero literê €ais com guem se
s proven lo pe to an gu ! pa pa corte baca ar tr Pe de a et po de a fama mesclavam. Contudo, ele a a id bu ri at l fo , so is r po €, seava-se no seu African0, de 1841 l ri ab de 8 em a ic ët po em Roma uma Ccor0 s. e l o p a N e d i re , o t Rober sado de s a p o d a z e d n a r g trarca pela e P e d E E Pg restauracao de
da or ns fe de so lo ze m U o Roma tornou ima e s pa pa a ou ic pl Su . o mp Roma no séu préprio te diu Cola di u a l p , a de da ci a m se is peradores gue servl é, pelos seus ; ga ti an a m o R da ta as si tu en o Rienzo, outr preco pelo a o r e d n e c a e r m € e escritos, empenhou-s ia rescente, du-
c nificara. Com fregiënc a Itala, considerando-a ou lt vo , 40 18 ' de rante a década campo em de sa ca a o d su a a x i e o d d n e t sua terra natal,
da ain o nd ha al ab Tr 3. 189 em vez ima 6lt a pel se clu Vau
ria o intejve re zo pra go lon a gue o , rio erê lit o mp ca no
, ina lat a rac da as sad pas s ria glê as pel nos lia ita dos se res a foi ao mesmo tempo muitas vezes solicitado, devido sua fama pessoal, para ajudar a resolver desavencas enémtre os italianos do seu tempo. Ao envelhecer o séu penho religioso tornou-se ainda mais profundo, mas rejeitou gualguer tentacao de seguir o irmao no ingrEesso na Ordem dos Cartuxos. Fiel ao seu ponto de vista de acao, gue a vida devla ser vivida de modo a sentir satisf
opês-se as exigências exclusivas dos reformadores religiosos. A sua prépria nocao da grandeza do passado (pag&o) de Roma impeliu-o a salientar mais o traco humano comum gue o ligava, por exemplo, a Cicero do gue as diferencas entre ambos em termos de fé religiosa. A Enfase era posta nas virtudes morais da religiao e da flosofia, como se pode ver na sua Gltima e maior obra, De Remedius Uiriusgue Fortunae, na gual trabalhou mais de 12 anos (1854-66).
Petrarca estava sempre ocupado em escrever € estudar. mas nêo era homem de completar uma obra e saltar para outra. Estava constantemente revendo e aperfeicoando, e algumas das suas obras nunca ficaram acabadas. Mas sua vida foi bem preenchida e satisfatêria, para deleite e instrucao dos seus muitos amigos, e ele préprio sempre encontrou felicidade e ensinamen-
to na natureza e nos livros, afastando-se outra vez da ci-
dade para uma casa de campo em Ardua, onde morreu em 1874. Durante mais de 40 anos a inspiracao da sua poesia lirica foi Laura, gue ele conhecera em Avignon em 1897, uma visio & gual constantemente regressava. Mas apesar das ligacêes gue lhe deram dois filhos, o es-
Glo de vida de Petrarca forcosamente fez dele uma fia, na0 gura solitêria. Nêo tinha fortes lacos de famili
pertencia a nenhuma comunidade e nio teve nenhum verdadeiro discipulo gue continuasse a sua obra. Viveu a de acordo com certos ideais e, pela sua dedicaco luêneles, tornou-os reais para outros. Além da sua inf a cia sobre a cultura posterior, é importante salientar sivel maneira Como o seu estilo de vida foi tornado pos pelas novas condicbes do seu préprio tempo. 205.
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O EIXO DA EUROPA OCIDENTAL Tradicao e crescimento no sêculo XV jê& estabelecidos no século A multiplicidade de reinos XIV deu maior variedade institucional a Europa, mas complicou as relac6es internacionais. Assim, a guerra
entre a Inglaterra e a Franca servira nao sê para salvar a Escécia e fortalecer as aspiraco6es provinciais na Franca — tal como em Flandres ou na Bretanha —, como se estendera tambêém a Espanha, onde Pedro I acolheu com agrado o apoio da Inglaterra contra seu meio-irmao, Henrigue de Trastamara, € onde os franceses, chama-
dos por Henrigue, acabaram por colocê-lo no trono. No devido tempo, a superioridade dos castelhanos provocou a resistência portuguesa e esta, por sua vez, obteve apoio dos ingleses. A leste, a Alemanha nao conseguiu evitar as repercussêes da guerra, embora as suas divisoes tornassem menos importante para cada uma das partes cultivar amizades al. Durante a guerra, o apoio moral dos papas de Avignon servira satisfatoriamente aos interesses franceses € assim, guando se deu o Grande Cisma da Igreja (1878), este foi explorado de forma bastante desprovida de escrapulos pelas duas partes em guerra para dividir a cristandade segundo paraAmetros conhecidos e para justificar mais campanhas com o pretexto de combater os cismaticos. Essas desculpas nunca pareceram muito convincentese desde o inicio foram feitos esforcos para eliminar o Cisma, mas verificou-se gue isso era muito dificil. Problemas verdadeiramente eclesiësticos tinham surgido e muitos membros do clero tornaram-se relutantes em restabelecer a unidade do papado antes de tirarem partido das suas dificuldades para garantir gue serlam feitas reformas. Resolver o cisma entre dois papas seguros da sua autoridade incontestavel exigiria inovacao e criatividade. A Igreja tinha confiado durante tanto tempo no papado para tomar as decisoes realmente importantes gue vacilou guando o prêprio papado se mostrou incapaz, como neste caso, de decidir. Na Boëmia, o colapso da autoridade papal coincidiu com as fraguezas do rei Venceslau, gue permitiu gu€ opinioes religiosas dissidentes lancassem o pênico entre o clero. Em outras regiëes, a heresia nêo triunfou com tanta faclidade e o cisma acabou sanado guando o escêndalo da divisêo envergonhou a cristandade a ponto de fazêJa restabelecer a unidade sem exigir muitos acordos guanto a reformas: a unidade formal da cristandade tinha grande importência. Na prêtica, as variacoes regionais das igrejas eram mais bem protegidas pelos soberanos gue negociavam acordos com o papado guando consideravam necessario. Do ponto de vista histêrico, o século XV parece estar revestido de uma capa enganadora de espetêculo, com seus grandes aristocratas, suas devocoes extravagantes, sua Igreja internacional, sua tradicional restauragao da velha ordem. Sob as aparências, os historiadores detecam a vitalidade brutal das novas monarguias em formacAo, os primeiros sinais de ensinamentos religiosos radicais, uma guerra de canhêes e de lanceiros mais do gue de cavalaria cortés, uma realidade econêmica de dinheiro, comêrcio e indistria mais do gue de proos histoprietêrios aristocratas. Durante muito tempo de periodo um XVI sêculo o m considerara riadores
crescimento renovado. Assim, o século XV, gue parece vacilar 3 beira da inovacêo, é alvo de criticas dada sua recusa em acelerar o momento,
como
sé a pan6plia
do governo aristocratico fosse uma fraude ofensiva. Desse ponto de vista, o dugue da Borgonha, vivendo
numa exibicao cortês medieval, € OS florentinos, tentando escrever, pensar e viver como o$ romanos da Re-
piblica, indicam ambos guao incapazes ou relutantes
se mostravam os homens em fazer face as suas proêprias realidades.
Na sua maioria, os europeus do sêculo XIV tinham SO-
frido desordens tio prolongadas e dolorosas gue mulitos deles nio acolheram de bom grado o restabelecimento de uma ordem
legitima e familiar, como
a do
papado (1417) para a Igreja universal, ou a COroacao
de Carlos VII em Reims, em
14929, para a Franca. No
préprio Impêrio, prevaleceu mais a legitimidade do gue a eleicao guando a sucessao passou de Sigismundo de Luxemburgo (imperador, 1411-87) para o seu genro, Alberto IT, da familia dos Habsburgo (imperador, 1488-39), e a partir de entao para a dinastia dos Habsburgo durante séculos (1459-1806). No Leste, os Jagelêes deram um novo poder 4 Polênia-Lituênia e ofereceram o potencial de uniëo dinastica com a Hungria ea Boëmia. A restauracao do poderio otomano nos Balcas, sob Murad TT (sultëo, 1421-51), nao despertou imedia-
tamente em Constantinopla o medo das conseguências, e guando a cidade caiu perante o sultao Mehmet N em 1453 isso nao impediu os europeus de continuar com as suas prêéprias preocupacêes.JA estavam fartos de problemas e tentavam desesperadamente encontrar o caminho de voltaa uma nova ordem. Nos edificios, pin-
turas e esculturas pode ser avaliado o grau de sucesso. Do ponto de vista politico, importavam-se menos com os programas reformistas dos intelectuais, como os for-
mulados, por exemplo, no Concilio de Basilêia (1431-
49), do gue com a f@rmula de governo aristocratico em gue um suserano podia reunir em um Gnico Éstado
muitos territêrios rivais. Ouando, aps as guerras anglo-francesas, o rei da Franca assinou a paz no seu prêéprio reino, os mercenarios naturalmente buscaram em-
prego em outro lugar. Para sua prêépria seguranca, outros Estados tambêém tiveram de se disciplinar. De-
pois de 1494 tiveram inicio guerras internacionais na
ItAlia, demonstrando os perigos potenciais para o resto
da Europa do fato de reis ambiciosos conseguirem im-
por a paz no seu pais. Mas é provavelmente verdade
gue, por mais horriveis gue se tornassem as guerras posteriores entre monarcas, havia menos chacinas indiscriminadas, maior possibilidade de controlar a guerra e até de utilizar a diplomacia para acabar com ela. As cidades eram protegidas por novas muralhas e fortale-
zas macicas, construidas para suportar tiros de canhio — sê no sêculo XIX essas muralhas foram demolidas
para permitir a expansao urbana. Os dias dos soldados salteadores tinham acabado e o custo da guerra deu mais vantagem a defesa gue ao opressor. Pouco a pou-
co, a experiëncia dessa verdade no sêculo xv provavel-
mente encorajou os homens a colocar as suas esperancas no governo de principes e ser mais otimistas em relacao ao futuro dos seus povos,
Jan van Eyck (es 1903%
famoso pintor, amIge conselheiro do dugue Bruges Bom, viveu em
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para o éxito dos seus empreendimentos, mas a inspirase .
re n Cao e a mestria tecnica gue adguiriram nao teve absolutamente nada a ganhar com a politica, exceto pelo fato de gue a interacao das cortes e dos artistas parecia essencial ao trabalho destes. A situacao politica criara sociedades capazes de aproveitar esses talentos. Nio por acaSO a Imprensa se desenvolveu nas cidades alemas da Renania ou gue foi em Florenca, € nio em Siena ou Milao, gue a arguitetura, a escultura e€ o retrato foram “renovados” no inicio do século Xv. O éxito da imprensa sublinha também gue nesse campo os principes contavam muito pouco. Foi a procura macica de livros impressos, paniletos e retratos gue teve importência, e por ISSO a imprensa respondeu a uma necessidade nos lugares onde as massas letradas eram numerosas. Inversa.
mente, nessas sociedades os marinheiros e visiondrios
nao encontraram apoio. Nem os genoveses nem os ingleses poderiam ter tirado partido das descobertas de Golombo, mesmo gue estas tivessem sido empreendidas em nome de gualguer deles. Um dos pontos fortes da Europa desse periodo era o fato de as suas unidades politicas, embora comparaveis, terem uma composicao consideravelmente diferente. A diversidade da cultura européia tem continuado a ser uma das suas forcas, € também um dos seus aspectos mais exasperantes.
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Uma nova presenca na Europa Ocidental: a Borgonha Nao se deve, no entanto, permitir gue o apelo, aparentemente tradicional nesse periodo, ao governo aristocratico obscureca o grau de inovacao politica demonstrado no sêculo xv. Os mais espetaculares soberanos
europeus de meados do século xv foram, sem duvida, os
dugues da Borgonha. No entanto, a Borgonha nao era realmente a base do seu poder, e o titulo ducal, dentro do reino da Franca, deturpa o seu carater soberano. Eram verdadeiros aristocratas, descendentes da casa real francesa e casados em Cada geracao com princesas da aristocracia, mas tambêém eram, por outro lado, con-
por ele desempenhado no reino e, como seria de espe-
rar, o irmao de Carlos VI, Luis de Orleans, pos em causa as suas pretensêes. A lealdade poliuca dos dugues da Borgonha e dos Armagnacs (partido real liderado pelo nsegaênco €m e, no rei o u idi div ) ac gn ma Ar de e nd co 208
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prio reino da Franca irustraram, apesar de tudo, as ale mas esperancas de Carlos V em relacao aos Paises Bai-
xos. Em vez de serem absorvidos sem esforco, ao longo de geracêes, como modo de continuar a politdca de Felr pe IV por outros meios, os Paises Baixos foram efetivamente unidos pelo filho de Felipe, Joao (Sem-Medo), e transformaram-se em um poderoso Estado independente.A incapacidade do rei Carlos VI de governar o seu reino dera a Felipe da Borgonha uma responsabilidade adicional gue ele assumiu com dignidade, mas apos sua morte o filho, Jo&o, esperava suceder a seu pai no papel
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sideraveis inovadores. Os seus destinos foram inicialmente tracados por Carlos VI da Franca, gue obteve a mAao da herdeira de Flandres para seu irmao mais novo, Felipe da Borgonha, sobretudo para evitar gue a herdeira se Casasse com um inimigo do seu reino (1869). Felipe da Borgonha (o Audaz) desempenhou seu papel com bastante lealdade, mas os acontecimentos no pro-
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O EIXO DA EUROPA OCIDENTAL
tar a resistencia aristocratica local, apoiada por Sigismundo, imperador da dinastia de Luxemburgo. Sê sob
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Felipe, sucessor de Joao, o dugue adguiriu os direitos hereditêrios de Elizabeth de Gorlitz e, mais uma vez, recebeu a submissao dos luxemburgueses (1451). O bispado de Liëge também sentiu o peso da influência de Borgonha a partir do tempo de Joao Sem-Medo, mas o neto deste, Carlos, o Temerdario, ainda foi obrigado a tratar sem contemplac6es os habitantes de Liëge (esta cidade (oi sagueada em 1468) e a sua herdeira renunciou aos
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direitos Aguele principado-bispado em 1477. O estatuto desse principado salvou a sua independência nominal, embora, na pratica, os bispos posteriores tenham colaborado com os soberanos dos Paises Baixos. Felipe, o Bom (dugue, 1419-67), fez o possivel para consolidar os Paises Baixos, nao tanto por heranca, mas
por conguistas diretas e intimidacao. Em 1420 obteve de sua tia a reversêo da Alsêcia, em 1421-29 comprou Namur, reivindicou suas pretensêes 4 Holanda e a Halnault (bem como 4 Frieslêindia e 3 Zelêndia) em 1483 e
sucedeu ao Brabante-Limburgo em 1480. Pelo fato de assinar a paz com o rei da Franca e desistir da vinganca
pela morte de seu pai, recuperou algumas das terras de seu avê e as cidades do Somme,
Adima:o assassinato de Joao Sem-
Medo, em 1419, na ponte de Montereau, agui ilustrado em um manuscrito de meados do século
wyda Cronica de Enguerrand de
N
Manstrelet, foi uma vinganca pelo
assassinato do dugue Luis de
Orleans em 1407. A sua
consegaéncia imediata foia alianca da Borgonha com Henrigue V de Inglaterra, gue bru caminho para o controle do
norte da Franca pelos ingleses.
N
Esguerda: os Paises Baixos sob os dugues da Borgonha Antes de meados do sêculo XV Os dugues da Borgonha conseguiram unir sob o seu controle os muito divididos Paises Baixos. Desse modo, fmustraram as €sperancas
3 N
gue virias outras grandes familias européias, designadamente os Wittelsbach e os Luxemburgo,
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tinham de fazer o mesmo e, o gue éainda mais importante, privaram
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osreisdaFranca da posse de
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Flandres, feudo real. Além de
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recuperar as cidades do Somme
em 1477, Luis XI nao pêde, subsegientemente, fazer nada
para impedir os Paises Baixos
unidosde passar para as maos dos —Habsburgo. Os guatro dugues da Borgonha gue assim Tansformaram a geografia poliuca dos territérios do estuario do Reno agiram inicialmente na em estabelecida tradicao familiar
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dos condes de Flandres, de uudlizar
9 Casamento
constituir
herangas, O préprio apanégio do ducado da Borgonha, dado pelo rei Carlos V da Franca a seu irmao
Felipe, era adjacente ao condado de Nevers, herdado de sua avé Pelamulher de Felipe. Lancar
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ma rede tio longe, de modoa 'ndAuir simultaneamente a rgonha e os Paises BaixoS,
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daBorgonha. Embora privados,
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cia disso, o dugue da Borgonha tornou-se uma figura al-
tamente controversa e foi levado a adotar uma posicao muito mais independente, retirando-se de Paris para estabelecer a sua prépria base de poder nos Paises Baixos. Assassinado pelo partido Armagnac em 1419, Joëo fo1 vingado por seu filho Filipe (o Bom), gue, ao estabelecer uma alianca com Henrigue V da Inglaterra, fez com gue este pudesse impor condicoesa Carlos VI. A alianca anglo-borgonhesa durou até 1439, tendo sido alvo de amargos ressentimentos na parte da Franca gue escaaguepou ao controle inglés. Entretanto, Felipe utilizou
sobre os les anos para consolidar o seu dominio politico Paises Baixos. potência A origem de um movimento para criar uma
ao bientanto, no , remonta Baxos Paises soberana nos Male, gue demonstrou de Luis Bom, o Felipe, de savê a autoridade suficiente ado recuper tinha s Flandre gue
os ajudou SO nao Luis s. burguese s€US para lidar com OS movime€ntOS populares os contra cidades nas patricios a enfraguecer o rurais as induistri as como incentivou ao esta-
de tudo, Acima cidades. das ico poder econêm , ofe9) 36 (1 ao ac el ap de al un ib belecer um suprémo tr ge s ca ti li po s de da ri to au as s da de to eceu as vanta gens r
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os isdicao sobre os Paises Baix duca(o a c n a r F em a nh ti s du€ de io or it rr te S AO r. ce es cr uxerre € A , n o c ê M de s o d a d n o do da Borgonha, OS c tou Nevers, n e c s e r c a , z a d u A o , Bar-sur-Seine), Felipe rta em o m ( o av da m i f n e a herdar ne sua mulher de , ca la incluia os territérios de Artois
ixos. Ba es is Pa s no s o i n i m o d E ie aumentavam OS S ndado do Charolais.
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gerais dentro is ga le s a m r o n de o cumprimento efetiv gues du os s, ro ei rd he S us s€ e e os dos seus territêrios. El indede es cê ca di in iv re as eravam da Borgonha, consid seus proprios m o c s el iv at mp co in pendência municipal ueciag fr en o V, XI lo cu sê do final objetuvos polidcos. No
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dos particularismos
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com Ponthieu e Bou-
logne-sur-Mer (1485). Demonstrou com êxito suas pretensêes a Luxemburgo. Seu filho, Carlos, o Temerario,
conseguiu até obter a Alsêcia, em troca de ajuda militar a Sigismundo de Habsburgo e, em 1478-75, interessouse pela Lorena. Em 1472 tomou Guelders e Zutphen pela forca. O dugue também nomeou os bispos de Utrecht, Cambrai, Tournai e Thêrouanne.
Assim, os dugues reuniram, de forma deliberada e sis-
tematica, os vêrios territêrios dos Paises Baixos sob um mesmo senhor. Anteriormente fragmentados e desordenados, estavam entêo unidos sob o governo dos dugues. Embora nao se fizesse nenhuma tentativa de eliminar as tradicêes locais, a resistência direta das cidades de Bru-
ges (1486-87) e Gand (1450-53) de nada serviu. As possibilidades comerciais de Antuêrpia foram fomentadas a partir de 1449; nada podia impedir o declinio de Bru-
ges, provocado basicamente pelo assoreameEnto do porto. A prosperidade generalizada dessa reglao permitiu gue os dugues melhorassem a sua prépria situacao f1nanceira. Calcula-se gue em 1455 sua renda fosse de 900.000 ducados por ano, aproximadamente o mesmo de Veneza, mas o dobro do papado ou dos dugues de Mil&o, seus mais préximos rivais. Além das ambicoes politicas, os dugues foram protetores generosos € reguintados da mésica e da pintura. Embora o poder de Borgonha acabasse por nao criar um Estado auténomo
duradouro, o nticleo de poder dos Paises Baixos herda-
do pelos Habsburgo proporcionou ao imperador Carlos
V, nascido em Gand, os recursos para, no seu augeé, dominar a Europa (imperador, 1519-56). E a posicêo de Ii-
deranca dos Pafses Baixos foi apenas comprometida, € nao desfeita, pelas posteriores guerras religiosas. Uma nova forca na Europa Ocidental: os suicos
Carlos, o Temerario, de Borgonha, foi detido nos seus feitos militares pelos suicos, gue naguela época ja tinham demonstrado gue, apesar do seu pegueno nimero, eram uma forca a ser levada em consideracao. se as
glêrias do século Xv devem muito aos burgtindios, os suicos também
uma das suas A Suica é o ropa e surgiu XV. Em 1991,
devem
considerar o sêculo XV Como
épocas aureas. Estado politico mais extraordindrio da Euinesperadamente durante os sêculos XIV € a comuna de Schwyz, a comunidade do
en criaram, ald erw Unt de es hes tan mon os e Uri do vale
209
O EIXO
DA EUROPA
OGIDENTAL
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Ironteira de cantao e Eetado alihado
Subdivisao de cantip e Fstado afiado cantao fiorestal (Waldstatte) 1291
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rantao e ridade-estadn (Orte alé 1513 dependências de cantio e Cidade-estado regtao de sujeito comum regiap ahada
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lerritoros das Habsburgo c. 1350 data de adesdo a Contederatao Helvéhca
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mosteiro
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sob juramento, uma associacao de acordo com a gual
prometiam ajuda e socorro muatuos e concordavam em recusar a jurisdicao de guaisguer juizes de cortes senhoriais gue tivessem comprado os seus cargos. Duzentos anos depois tinham criado, a partir deste comeco mo-
desto, uma comunidade politica de dez cantoes imterli-
gados reconhecida como virtualmente independente do Impêrio Germaênico. Como isso acontecera?
Desde 10387, todo o territério da atual Suica estava si-
tuado dentro dos limites do Impêrio Germênico e os destinos do Impêrio foram, portanto, afetados pelo seu desenvolvimento. Nem os bispados estabelecidos na regiao nem seus mosteiros haviam se tornado verdadeiramente independentes e o destino do territério parecia depender mais da energia de algumas ambiciosas fami-
lias nobres. No século XIN, como
acontecia em outras
regiëes do Impêrio, j& estavam aproveitando as oportunidades gue surgiam para consolidar os seus dominios e constituir Estados duradouros, promovendo também o Crescimento das cidades. Durante o século XI o numero de cidades suicas aumentou de 16 para 80. Embora este nimero acabasse se mostrando excessivo, a vida econêmica do pais se desenvolveu rapidamente neste periodo; em especial, as estradas entre o Reno € o norte da Italia, atravessando o desfiladeiro de Sao Gotardo,
abriram pela primeira vez a Suica central. Isso chamou a atencao para a passagem pelo desfiladeiro de Statt, através dos vales do Aare e de Reuss e do lago de Lucerna (Vierwaldstattersee), com as suas povoacoes rurais, Schwyz, Uri ee Unterwalden, onde a Suica, Die Schweiz, teve inicio. No extremo norte, o membro mais notavel da familia Habsburgo, o conde Rudolfo IV, j&4 Hnha
siconsolidado o seu dominio territorial sobre a regiao,
210
ma
multaneamente 4 sua eleicao como rei dos omanos em
1278. Embora isto abrisse caminho para o subseguente prestigio da sua familia com a aguisicao da Austria (1282), desviou-o das suas ambicoes iniciais na Suica,
dando assim aos suicos sua oportunidade. O fato de os Habsburgo nao terem conseguido conservar a coroa de Rudolfo tambêém permitiu aos suicos procurar apoio contra eles obtendo a confirmacao dos seus privilêgios por parte de outros reis. No entanto, durante um longo periodo a situacao da familia Habsburgo no impêrio deu a ela vantagem na negociacao com os suicos e a confederacao foi crescendo de forma lenta e insegura. Em 192581, a comunidade do vale do Uri obtivera de
Frederico I um privilêgio de acordo com o gual ficava diretamente sujeita ao Impêrio, provavelmente em reconhecimento da importancia da passagem para o $io Gotardo. Na prêtica, isso significou gue, pelo menos apsa morte de Frederico II, a comunidade nomeava
seus préprios juizes. Por um privilêgio atribuido a
Schwyz em 1240, Frederico tambêm retirava a jurisdico da familia Habsburgo e colocava aguela comunidade diretamente na dependência do Impêrio. Os Habs-
burgo nao reconheceram esse decreto real por ter sido
promulgado apdsa guerela de Frederico com o papa-
do. Na prêtica, nao conseguiram evitar gue aguela comunidade gerisse também as suas guestêes legais, até gue a eleicao de Rudolfo IV restabeleceu a possibilida-
de de interferência em virtude dos seus poderes reais, O gue nao é claro é de gue modo o governo de Rudolfo oprimiu €stes cantêes. Antes de morrer, em 1991, Rudolfo prometeu nao nomear nenhum homem de origem servil para julgar os homens livres de Schwyz e, alguns meses apês a sua morte, os três estados da floresta
terras acima dos 2000 m
S6 um mapa em escala muito
grande pode fazer justica complexidade da paisagem suica, com os seus vales povoados e as comunicaces atravês das
montanhas. Acrescentar a tais
pormenores uma indicacio do
seu desenvolvimento histêrico constitui uma pressao sobre os recursos da arte do cartégrafo.A estrutura politica impede a apresentacdo do seu crescimento
a partir de um centro. Os nicleos
da confederacao foram os cantoes
florestais ao redor do lago de Lucerna. Aos cantoes rurais
juntaram-se os das cidades livres, sobretudo Berna e Zurigue,
embora Berna tenha constituido o seu prêprio territério e Zurigué nao conseguisse fazé-lo. As autoridades mais antigas,
mOonasticas, episcopais e nobres,
nio tinham recursos para atrapalhar os suicos, cujos principais inimigos passaram a $éT os Habsburgo, inicialmente como u. Depois de condes de
1276, a maior importincia dos interesses dos Habsburgo na
Austria ajudou a enfraguecer, € nao a fortalecer, a sua oposiKa0
em relac&o aos suicos. No final Idade Média, estesj haviam obtido o reconhecimento da sua
independência efetiva, mas ainda nao tinham expandido suas
fronteiras até olimite final. Continuaram a falar Ë predominantemente alemao€ . mantiveram-se dentro do império: cujas formas politicas toleravam 9
de crescimento independente
vêrjas das suas diversas reglo€$.
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A si Ee das comunidades do vale nos seus direitos
tradicionals 4 justica como homens livres e o Carter
constitucional dos seus privilégios imperiais levou-as, naturalmente, a procurar novas confirmacées reais des-
sa s1tuacao por parte dos rivais dos Habsburgo, Adolfo de Nassau (1297), Henrigue de Luxemburgo (1809),
sendo Unterwalden considerada em conjunto com as outras e todas elas entao designadas coletivamente por
Waldstatte (“cantoes da floresta”). Embora os Habsburgo nao pudessem resistir a esta evolucio, certamente nao desistiram das suas ambicoes na regiao e nao podiam prever gue a Waldstatte tinha um verdadeiro futuro politico. Os Habsburgo tinham comprado o senho-
rio de Friburgo (1277), a cidade de Lucerna (1264-99)
e Zug. A oportunidade de um confronto com a confe-
deracao surgiu em 1315, em um momento em gue Frederico de Habsburgo estava envolvido numa luta con-
tra Luis da Baviera pela posse da coroa germênica. O irmao de Frederico, Leopoldo, planejou e cheftou uma campanha contra $chwyz para punir aguela comuna por um atague ao Mosteiro de Einsiedeln (de gue os Habsburgo eram protetores), provocado por uma disputa de longa data sobre os direitos de pastoreio nas montanhas. O exêrcito de Leopoldo foi completamente derrotado pela infantaria de Schwyz e Uri em Morgarteu. Isto deu aos suicos grande reputacao internacional e os incentivou a elaborar uma nova declaracao
perda sua confederac&o em alemdo, na gual a alianca pétua negava, pela primeira vez, os direitos senhoriais Esta mdidos Habsburgo ao territêrio da confederacao. da cao demonstra ea prop@sitos seus dos cacao clara exércisua capacidade militar de derrotar um poderoso aos sobreviver cao confedera d to nobre permitiram huHabsburgo, Os seguiram. se gue anos de incerteza temer nao precisavam , resignados nao mas milhados, gue compreenderam suicos, aos ativo real apoio um Para
mteresses. proprios seus pelos zelar de tinham gue a confederacao para gue ela
isso precisavam ampliar e o Sao Gotardo. Lucerna entre sufocada ficasse nao0 evidentemente, garantir a ade-
O primeiro passo foi,
1882 se tOrnou um em dUu€ Lucerna, s30 da prêépria € foi nessa época due ao, confederac da aliado perpêtuo em-
com Vierwaldstatter, vez primeira pela se CONJUSOU de ser uma possessao dos
bora Lucerna nao deixasse
de modo leis proprias suas as mudasse Habsburgo nem Os ao. confederac da justica da a entrar na comunidade da pacto estranho €ss€ Habsburgo nao guestionaram declaraIn1mIgoS seus os com pertencia cidade gue lhes Habsburgo dos cidade ser a continuou dos, e Lucerna assim, due pomostrou, rural ao confederac A até 1585. Um aliado urba€ncontrar ao forga sua a dia aumentar formal no e gue podia fazé-lo sem ter de incorporar
tinha caido imperial cidade Essa aguisicao. mente essa vita-
nas maos de Rudolfo Brun, nomeado burgomestre OS com guerrê uma para o Empurrad 1856. icio em cidadaos alguns de esforcos pelos 13850 em Habsburgo confederaexilados, Rudolfo Brun fez um pacto com a co, na gualidade de inimigo declarado dos Habsbure go. Na guerra gue sé seguiu, os territêrios de Glarus aos Zug, pertencentes Agueles, juntaram-s€ também
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ral com a altanca de conveniëncia de Zurigue, conseguira, no entanto, sobreviver até he ser atribuido, com
reticéndia, o reconhecimento por parte do seu inimigo
inicial. No mesmo periodo, em 1858, a cidade-estado de Berna, gue estava se expandindo para oeste, considerou vantajoso assinar um pacto perpétuo, de modo a
impedir os suicos de ajudar os camponeses dos vales de Lutschine e Bodeli, sujeitos a Berna. Nem Zurigue nem Berna, gue tinham suas préprias tradicoes de mdependêéncia urbana, consideravam o seu papel na confederaCAO como mais do gue oportunista € estavam longe de ver nos Habsburgo seus prêéprios inimigos inveterados.
Contudo, em 1889, Berna pediu auxilio militar & conie-
deracao na guerra gue travou contra Rudolfo II de Keburg-Burgdorf, um parente dos Habsburgo. Em consegaência disto, Berna verificou gue os seus territrios estavam agora adjacentes aos dos Habsburgo ao norte. Ouando Lucerna, por sua vez, tirou partido da situacao em 1885 para constituir o seu préprio territorio apossando-se de terras dos Habsburgo e negando suas pretensêes sobre aguela cidade-estado, Leopoldo IN decidiu gue o momento de intervencao decisiva tinha chegado, Caso nêo guisesse ver o seu dominio completamente destruido. Os guatro cantêes florestais derrotaram o seu exêrcito €e mataram o prêéprio Leopoldo na batalha de Sempach, em julho de 1886. Um exército vingador chefiado por Alberto II de Austria, irmao de Leopoldo, foi tambêém derrotado pelos camponeses de
Glarus em Nafels (1888). Berna tirou partido desta si-
tuac&o para se apossar dos senhorios pertencentes aos Habsburgo. Uma em 1889 foi prolongada até 1415. A nara-se entao uma forca poderosa e
de Buren e Nidau, trégua negociada confederacao torcompreendia oito
Orte (“territérios”): Schwyz, Uri, Unterwalden, Lucerna, Zurigue, Berna, Glarus e Zug.
A confederacio nêo dispunha ainda de instituicoes
comuns e essa deficiëncia no fora remediada, mas ad-
guirira um sentido de realizacêo e compromisso gue a conduziria durante os cem anos seguintes, 4 medida gue a confederac&io ia passando de uma posicao defensiva para uma mais agressiva. Assim, os camponeses de Appenzell foram aceitos como aliados depois de terem obtido a independência do abade de Sao Galo (1411).
Ouatro anos mais tarde, Berna tomou a dianteira, sujeltando o territêrio Habsburgo de Aargau ao controle suico. Este territêrio nao foi dividido entre os mem-
bros, mas sim administrado em conjunto. Apesar desse cOmpromisso
Comum,
OS membros
da confederacao
nio tinham razées suficientes para firmar grandes acordos sobre politica: os interesses das cidades, em especial, eram opostos aos dos vales. Assim, em meados do século xv, as ambicêes de Zurigue de construir uma cidade-estado de importência comparêvel a de Berna, a oeste, desapareceram perante a resistência de Schwyz € Glarus. A guerra chamou a atencao do rei da Franca
para as gualidades militares dos suicos, o gu€ fez com gue estes passassem a ter um papel nas guest6es internacionais. Tomaram consciëncia da sua prêpria forca e nao tiveram escripulos em utilizé-la. Thurgau foi ocupada em 1460, e em 1466 Berna concordou em assinar uma alianca defensiva com a cidade imperial de Mulhausen (Mulhouse), gue receava pela sua independência face ao dugue Sigismundo da Austria. Desse modo, € Habs burg OS o, com novo de envo lver am-s e os suicos 211
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pareceu ter ganhado pouco do ponto de vista territo-
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Juiz du€ comprasse o seu cargo ou gue nao fosse originario do vale ser1a reconhecido. Esse pacto nao é explicitamente dirigido contra os Habsburgo e talvez seja renovacao de um anterior, mas esse acordo é geralmente considerado como o primeiro passo para a formacao da coniederacao suica (Eidgenossenschaf).
n N EER
nente de auxilio mituo contra todos os sEUus 'NIMIgOS Acrescentaram uma clausula declarando gue nenhum
aliados contra o seu suserano. Na época da paz de Regensburg, em 1855, embora esses territêrios tivessem voltado ao dominio dos Habsburgo, estes tiveram de reconhecer a existência da confederacao. Se esta Gltima
maer mr eed Es Bam MEE EE EE
(Schwyz, Uri e Unterwalden) Juraram um pacto per ma-
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O EIXO DA EUROPA OCIDENTAL
O EIXO
DA
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OGCIDENTAL
l sguerda: mapa da Suic a. d
Konrad Turst, c. 1497 .0 mi doeste fica no alto, com o lago C
A Esauerda. Cada Ci dade CONStanga de senhada com un 1a tentativade
realismo.
. DE FLORENO/ J. ve
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A Ttalia no sêculo xv Na época da morte de Frederico II,
em 1250, o colapso efetivo da autoridade imperial permitiu gue
muitas cidades italianas passassem a exercer uma independência pratica. Poucos dos muitos locais assim sujeitos a soberania
conseguiram preservar as suas
liberdades até o sêculo xv. Nessa
época a Italia era dominada por vêrias dinastias poderosas, das guais a mais bem sucedida eraa
dos Visconti, de Milao, cujo ducado passou para os Sforza em 1450. O Estado com maiores
reservas e potencial, contudo, parecia ser Veneza, gue depois de 1402? adicionara um territério na Ttdlia ao seu impêrio colonialja
existente. Veneza era uma
republica com um doge
aristocrdtico eleito como governante vitalicio. O Estado m— ma EXENSA0 dos territ sobéri 0 domin osio dos Visc deon Mo ti 1402
papal tinha tambêm um dirigente
eleito. Na republica de Florenca
as comissbes de governo eleitas depois de 14$4 mal consegulam esconder o verdadeiro poder exercido pelos Médici. No decorrer desse sêculo, as fronteiras destes Estados podiam
ser contestadas, mas os proprios Estados tinham adguirido wma
forma durd4vel e um eguilibrio de
poder gue estava destinadoa
preservar o status guoe a mant€l
os estrangeiros afastados. @uando
este plano desmoronou, em 1496,
os Estadositalianos, grandese peguenos, com excecdo de
Veneza, sentiram a amargura do
dominio estrangeiro.
len 40S SUICOS 2 Independência politica em ee de ES nome (1499). Imediatamentea seguir, Ba siléia e Schafe hausen juntaram-se & confederacao (1501) e Appenzell tornou-se membro
soberano em 1518. A re
pacif"ismo dos “UICOS NOS tempos modernosEr , embora apolada no duro servico militar gue ainda é exigido dos cidadaos helvêéticos, torna dificil lembrar a fama dos
montanheses suicos do século XV. Se, nessa fase, estives-
sem mas unidos entre si, poderiam ter se arriscado a usar a forca militar para constituir o seu préprio impér10, como fizeram os suecos no sêculo xv. Em vez disSO, o Carater local do governo cantonal manteve as suas ambic6es dentro de certos limites e deu 4 Europa um exemplo diferente. Confrontada com as condicées instaveis da época, respondeu insistindo na sua prépria independência e, ao fazé-lo, uniu a sua prépria e indispensavel voz as harmonias complicadas da Europa. Estados rivais da peninsula da Ttalia
Em contraste com a Borgonha e a Suica, altalia do sêculo xv parece apresentar Estados politicos estabelecidos
de acordo com um modelo muito mais tradicional, mas as aparências podem ser enganadoras. Por exemplo, o
maior dos Estados italianos, o reino de Napoles, datava
de 1180, mas estava longe de apresentar o retrato de a Sicilia se1282, de Depois . estivel de nuida Conti ma parou-se do continente € foi governada pelos principes
de Aragao. Depois de 1543, e durante guas€ um século, PriNA&poles nao conheceu nenhum governo estêvel. maridos meiro foia vez de Joana 1 e de uma sucessao de Ladislau TN o guand S6 . dentes preten de e, depois deles,
continuidade alguma houve o govern do conta tomou um
di a
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mais como s rtoucompo au Ladisl mas a, politic na ureiros mer(avent ier condott de chefe contemporaneo poS1€49 tornou-se sua a € rei, como gue do cen&rios) naguela , papado do o upaca preoc a mais dificil dada Ci$ma ia o com acabar de época, com a necessidade , 14 ém e repent de u morre Igreja. Ouando Ladislau I! sucesslvos mariseus dos e TT, Joana foiavez de sua irma, deste parte malof a e Durant dos governarem Naêpoles. Aragao, de V Afonso rei o Sicilia, tempo o sob erano da
' ia antigo seu do duas partes aspirava reunificar as prin ae s€u o s, Nêpole gue conseguiu em 1449. oS domint dos el Geden parte as uma Pe apenas to. ap pal, era, no entanto, rran Medite o todo por gue se estendiam errante do bastar filho s€U Ouando Afonso V morreu, IT, goverJoao irmao, S€V Napoles, enguanto Assim, de
r€Ioseu do s Estado outros sictla os hee EE mals e malor o oe, oreino de Nêpoles, ADS AadRE EYE 9 século , sujeito ficou Ttélia, é, por da Nao o. govern de esdlo . riasalteracoes de o mas ser outros AS ae admirar gue parecess€ ar reivindias século, do final diep de cuidados. No ca € da Espanha & sucessao n noais dos reis da Fra a r t s e o i n i m o d e d o period o a o i c i n i m a r e d m relae Ferrante s o n a i l a t i s o d s e eocupaco r p s A . ia êl Tt a n ge e s eram, afinal, infundadas. “DO Nêpoles e nominalde o inh viz ado Fst e e ee
astico, as si le ec o ad ip nc ri P erano. Como S SU u se mente
papa foi afastado da politica italtana pelo
Grande Cisma. Ap6s a sua resolucio em 1417, um papa pertencente a poderosa familia Coloriria (Marinho V, 1417-31) fez face aos problemas politicos do Estado de
uma maneira pratica, caracteristica das familias aristoCraticas romanas. abade da Ordem bem situado para gue foi obrigado
O seu sucessor veneziano, um antigo de Cister, Eugênio IV, nao estava tao continuar tal politica, sobretudo pora tratar com o novo Concilio de Basi-
lêia, gue se mostrou incémodo. O papa foi expulso da prépria cidade de Roma, para onde sê conseguiu regressar em 1444. O cendrio estava pronto para o famoso Gltimo ato da Igreja medieval, o papado do Renasci-
mento: dez pontificados controversos, na sua maioria Curtos, durante os guais as considerac6es politicas e in-
teresses mundanos pareceram muitas vezes apagar guaisguer outras consideracées, até gue Martinho Lutero entrou em cena. Os papas no necessariamente agradavam seguer aos outros Estados italianos da época, mas davam sinais de estar 4 altura das responsabilidades do seu cargo, €, na época, a reputacio pessoal de cada um nao prejudicou o respeito por Roma no exterior. Essa preocupac&o com o prêprio Estado papal naturalmente pareceu, na Itélia, estar de acordo com um dever legitimo do papado e os passos dados para restaurar a cidade de Roma por meio de construc6es foram inspirados nos mais novos entusiasmos dos italianos do sêculo XV. Os papas do final do sêculo XV, gue come€caram a procurar dominar a politica italiana de modo a restabelecer o respeito pela posicio da Igreja, Hveram de en-
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Egeu; sê no sêculo XV os venezianos se aventuraram a adguirir um vasto dominio na prépria Itêlia. A sua anterior rivalidade no mar com Gênova deixara-a tao entraguecida gue guando a paz foi finalmente assinada em 1880 n&o desempenhou, durante a década seguinte, nenhum papel efetivo na tentativa de limitar as ambicêes de Milao. Contudo, o perigo representado por essa cidade era tio 6bvio gue, guando
surgiu
a sua
oportunidade, na época da morte do dugue Gian Galeazzo, em 1409, os venezianos se apoderaram imediatamente de P&dua e Verona, territérios da antiga familia Carrara. Tendo dado o salto, os venezianos empenharam-se em mais conguistas e estenderam as suas fronteiras contra Milêo até atingir Acida, por volta de 1499. A Veneza do sêculo XV, portanto, realmente era uma nova potência italiana, emergindo do seu ex6tico passado bizantino como um fato da vida polidca italiana, desconhecido, nêo experimentado e receado. Muitos venezianos sentiam-se tambêém inguietos como esse novo empenho em interesses terrestres e nao mariHimos, mas, como destacou o doge Foscari, j& nao tnham Como sair da Itélia. A sua antiga seguranca dependera das divisêes do continente e da incapacidade de gualguer potência de formar uma frente unida para cortar as artêrias comerciais venezianas através do vale do Pê ou dos desfiladeiros dos Alpes. O #xito da expan30 milanesa no final do século XIV ameacou por a pros peridade veneziana a sua mercé. Os venezianos tiveram de optar entre restabelecer o status duo ante ou resigna218
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cidades era, em toda parte, influenciado pelos grandes
centros metropolitanos”, gue, com efeito, criaram vêr1iOos Estados reglonais, de modo gue, neste aspecto, Veneza nao estava sozinha ao ter de enfrentar novos problemas. A independência comunal tal como fora no século Xi, obtida através de lutas, j& nao servia. Uma
duzia de cidades, no maximo, tornou-se capitais de pe-
guenos Estados de varios tamanhos, normalmente sob uma dinastia governante. A dinastia mais poderosa foia
da familia Visconti, de Milao, gue deixou para tras a sua
rival, a familia 'Torriani, na corrida pelo dominio da maior cidade do territério continental da Italia. Milao fora capital imperial no século v e o seu arcebispo era o prelado italiano mais poderoso a norte de Roma: a sua posicAo vantajosa para o comêrcio italiano em direc&o ao norte garantira seu xito. Os reis germanicos tnham visto em Milêo o principal inimigo na Lombardia, mas a completa destruicao da cidade mostrou nao
ser mais do gue um efémero ato de vinganca. Com a familia Visconti firmemente instalada no poder, Milao parecia estar certa de conseguir unificar pelo menos Estado. todo o norte da It4lia em um Ginico grande do dototalidade a obteve gue Visconti, Gian Galeazzo
sua SOrapidamente expandiu 1885, em minio Viscont pertenPadua, € Verona de Estado o tomar berania ao
de suserania a igualmente obtevé e cente aos Carrara, ( ambas em Pisa e Siena Como 'Toscana cidades da composicao, esta abertamente 1899). Para coniirmar
Milao. de dugue de titulo o prou do rei germAaênico 1402 o em subitamente morr€U No entanto, guando tempo. pouco por — desmoronoU seu impêrio idade para conoportun sua da partido Veneza tirara antes
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O EIXO DA EUROPA OGIDENTAL
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se guerla man ter defensiva paraa receado, empurrado Maria a sua posicao preponderante. Ouando Filippo
Estado dese do parte restabeleceu (duague, 1419-47) flhos, bg
tendo ai, OS seus vizinhos o vigiaram, Nao relacao ao futuo acabou por $€ tornar indiferente em
os italianos levou Milao de posica9o da légica a ee Mas e, governo regional um adotar novamente do nortea apêsa morte de Filippo Maria, o seu genro, Francesco territérios dominaOS forcou condottiere, Sforza, grande tornouobediëncia. Esta nova dinastia (1450-99) dos ar. ul ns ni pe ca ti li po na ra do va er ns se uma forca co
Nessa jogada para manter o poder no Estado de Mi-
lao, Sforza foi afudado por Cosimo de Médici, o mais velho dos politicos de Florenca, gue abandonou a velha politica lorentina de hostilidade para com Milao, reconhecendo gue os tempos haviam mudado e gue Milo Ja nao constituia uma ameaca para a independência de
Florenca. Um perigo maior para a seguranca da Itélia em geral teria sido o desmembramento do Estado de Milao. A prépria Florenca também tinha mudado. Em 1450, Gosimo gozava de um lugar proeminente na vida politica gue nada devia a nenhum cargo oficial. No tempo de Gian Galeazzo, Florenca fora governada por
comissêes regularmente eleitas por prazos de alguns meses, entre os mais importantes membros das corporac6es, de modo a evitar gue gualguer individuo adguirisse poderes excessivos. A “tirania” de Cosimo nao foi imo-
portuna nem opressiva, mas o seu autêntico poder foi
reconhecido em Florenca, embora o complicado apareIho de comissoes eleitoras fosse mantido para conservar uma ficcêo republicana. As razées para essa mudanca institucional em Florenca sao complexas e controversas, mas entre elas estao as novas responsabilidades da cida-
de-estado em relacio a certo niimero de cidades vizinhas até entao independentes, como Arezo (obtida em 1884) ou Pisa (1406), aguisic6es gue melhoraram a po-
sicao defensiva de Florenca nas guerras e seu bem-estar econêmico, sobretudo ao garantir o abastecimento de Florenca de alimentos e matêrias-primas. Talvez mais conhecido gue gualguer destes acontecimentos na Florenca do inicio do sêculo xv, foi uma notêvel explosao de energia criativa, demonstrada pelo audacioso plano de Filippo Brunelleschi para completar a catedral com uma grande cipula, bem como pela obra contempordnea dos escultores Donatello e Lorenzo Ghiberti e do jovem pintor Masaccio, para nao falar das inovacoes eruditas dos chanceleres humanistas de Florenca, Goluccio
Ja nessa Salutati, Leonardo Bruni e Poggio Bracciolini. época Florenca comecou a atrair artistas e eruditos de
toda a Itêlia, desejosos de aprender novas têcnicas e de explorar uma nova dimensao da consciëncia humana. É a posteriori os brilhantes feitos de Florenca tém levado as pessoasa desprezar as contribuicoes dadas a arte e ao saber por outros italianos daguela época. A Catedral de Milao, por exemplo, planejada por Gian Galeazzo Viscontie centro de um debate internacional sobre os problemas técnicos por ela levantados, foi um impressionante prédio do séêculo xv gue poderia ter tido uma profunda influência sobre outros italianos. Mas os desti-
nos de Milêo tinham desmoronado e Florenca aumentou sua vantagem sobre outros centros culturais italia-
nos ao usurpar o lugar do papado como patrono das
artes durante os dias mais negros do cisma e do movl-
mento conciliatêrio. Mas todas as capitais dos Estados italianos se transformaram em centros de arte e de cultura. Enriguecidas pelo seu préprio status nas respecti-
vas regi6es e embelezadas em honra a seus governantes,
essas novas cidades serviam também para impressionar ou intimidar siditos de lealdade duvidosa. Os novos monarcas gue tiraram partido das circunstências favoravels para fazer fortuna rapidamente logo descobriram as possibilidades dos seus papêis, e a cultura das suas cortes 215
O EIXO DA EUROPA OCIDENTAL
ea reconstrucao das suas principais cidades se tornaram prioridades. Todas as capitais italianas conservam as marcas dessa politica, mas foi a prêépria cidade de Roma a mais afetada por ela. Embora fosse a Gltima cidade a se
beneficiar desse movimento, guando os pontifices se tornaram patronos da construcao, conseguiu importar
OS seus artistas e arguitetos de centros estabelecidos, so-
bretudo de Florenca, homens gue estavam entao no auge da sua capacidade criativa.
Os principais reinos da Europa na sombra A surpreendente natureza dos acontecimentos gue tiveram lugar na regiao do antigo Reino Médio, na Borgonha e na Italia no século Xv, dé uma impressao um tanto enganadora do futuro dessa regiao. No século xvi ela seria politicamente eclipsada, se nao completamente aniguilada, pelas grandes potências exteriores — a Espa-
nha, os Habsburgo e a Franca. No final do século Xv, as
grandes potências j& estavam prontas para entrar em cena, mas durante grande parte do sêculo limitaram-se a produzir ruidos de fundo e deram poucos sinais de ter potencial para fazer mais do gue isso. A posterior forca da Espanha, por exemplo, baseou-se na monarguia unificada de Castela e Aragao, consegiëncia de um Ccasamento
(1479), e nas riguezas da América, ainda insus-
peitadas, mesmo apls a descoberta do Novo Mundo em 1492. A Europa nao estava de modo algum preparada para a proeminência da Espanha. Sê os reis da Inglaterra tinham, em passado recente — e devido aos seus mte-
resses na Gasconha —, tido o cuidado constante de cultivar boas relac6es com os soberanos espanhêis. É verdade gue desde as Vésperas Sicilianas (1282) a Itala
tivera a experiëncia da intervencao aragonesa, gue era, em certo sentido, apenas parte do papel geral da Catalunha na politica mediterrêinea. Mas no gue dizia respeito 3 Itélia isso era apenas um breve aviso. A Sicilra, separada de Napoles, guase nao constituia perigo para o resto da peninsula. Aléêm disso, durante o sêculo xiv a Sicilia teve seus préprios governantes, originêrios da casa relnante de Aragao, mas soberanos, embora, guando a linhagem siciliana se esgotou (1409), o rei de Aragao t-
vesse passado a governar diretamente a Sicilia. A nova dinastia aragonesa de Castela, gue governou a partir de 1418, também se mostrou (& exceco de Afonso V) mais interessada nas guestêes da Peninsula Ibérica do gue em dar continuidade as velhas politicas catalas no Medi1terrêineo. O irmêo de Afonso, Joëo II, foi obrigado a re-
solver o problema dos sér1os distirbios na Catalunha,
sobretudo em Barcelona. Antes da conguista de Granada (1499), os assuntos da Espanha eram demasiadamente complexos para gue os monarcas espanhois pudessem se dedicar inteiramente as guestoes internacionais, como o rei Fernando mostrou ser capaz de fazer nos 20 Gltimos anos da sua extraordinaria vida. Da mesma forma, a Alemanha do século Xv voltou-se
para dentro de si mesma. Entre o periodo em gue o movimento conciliatério despertou grandes esperancas
de renovacao eclesiëstica e o de extraordinario entu-
siasmo provocado por Martinho Lutero, a vida religiosa germênica foi provavelmente menos volatil, mas ainda
suficientemente intensa para reagir amargamente ao fracasso dos principes do reino na obtencdo do apolo papal para o atague aos abusos eclesisticos. Parte do idealismo germênico dessa época foi canalizada para vias seculares, para familias principescas especificas € para o prêprio estado do impêrio. As fraguezas militares do imperador Sigismundo ao lidar com os turcos muculmanos e com os hereges hussitas tornaram-se uma guestêo de vergonha para os alemêes respeitêveis, mas os projetos de reforma nao levaram a nada, sobre-
tudo porgue o imperador Frederico III de Habsburgo, cuja vida foi longa, concentrou suas energias na reunifi-
cacê&o dos territêrios disseminados da sua casa real. En-
tre as contribuicées dadas pelos principes para o desenvolvimento da Alemanha dessa época foi notavel a fundacio de muitas universidades, desde Viena (1865) e Heidelberg (1885) até Tubingen e Mogtincia (1475). Assim, todos os principados germênicos mais importantes passaram a contar com sua prépria universidade, o gue teve consegiëncias tanto imediatas guanto a longo prazo para os alemaes. Embora a natureza dos estudos naguelas universidades nao fosse radicalmente nova e os formados se destinassem ao servico dos seus principes e prelados locais, o aumento do nimero de pessoas instruidas em todo o pais e o novo tipo de corporaces criadas em varlas cldades importantes ajudaram a preparar um florescimento cultural germênico tinico. A imprensa reunia eruditos e artifices capazes gue apreciavam a multiplicacao dos livros e gue trabalhavam para preparar as edicées. Nuremberg tornou-se, neste periodo, o maior centro comercial ao norte dos Alpes e a leste do Reno, berco e escola de Albrecht Direr (1471-1528), o Ginico artista do norte comparêvel a Leonardo da Vinci. Ali
também podiam ser encontrados os grandes cartografos e cosmêgrafos, nao porgue estivessem eles mesmos no centro das descobertas, mas porgue podiam reunir
livros de todo o mundo conhecido e processar a infor-
macao neles contida 4 medida gue eram editados. No final do sêculo XV, o poder da Franca foi demonstrado de forma notêvel pelo avanco triunfal de Carlos VIII através da Tt4lia, em 1494. Contudo, até esse mo-
mento os reis da Franca do sêculo xv tinham estado ocupados com os problemas de manter o controle sobre seus parentese vassalos, dos dguais os mais impor-
tantes, os dugues da Borgonha e da Aguitênia, eram principes independentes exteriores ao reino. As falhas fisicas e psicolêgicas de Carlos VI (rei, 1880-1422) permitiram gue a desordem se instalasse nos seus Gltimos
anos de vida. Ainda antes da sua morte, o rei da Inglaterra invadiu a Franca (1415) e depois disso uma guer-
ra aberta entre os partidêrios de seu filho, Carlos VIL e de seu neto, Henrigue VI da Inglaterra, prolongoua agonia. Carlos VII recuperou a pouco e pouco a sua posicao, por intermédio de atagues consecutivos aos dominios ingleses na Franca e aumentando a gualidade
Esguerda: Cristo em A entrga das chaves (c. 1480), de Donato di
Nicolê (Donatello) (1886-1466)
As muitas esculturas de figuras
em bronze e mêrmore executadas por Donatello tiveram uma
profunda influência na pintura florentina do sêculo xv. Nesté o baixo-relevo, o préprio Donatel conseguiu obter um efeito de pintura em marmore. A maior parte das suas obras destinavase
a patronos eclesiasucos, Apesar
das influências clissicas, ao existe uma réstia de pagamsmo naguele gue foio maior escultor
da sua época.
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cipes nao podia ser controlado. O fim da guerra com a
Inglaterra
(58) coincidiu com as continuas disputas in-
, ternas. O sucessor de Carlos VIT, Luis XI (ret, 1461-83) tornou-se senhor do reino ém etapas demoradas. O seu
principal inimigo, Carlos, o Temerario, de Borgonha,
mas sim a sua , Luis de to dire ue atag ao iu umb suc nêo oe OS sui prépria temeridade ao envolver-se com
ja se am, ria prop sua da os ram os vaArl , Luis mente para me o gue de ado, rein S€U o é ant dur extinguiram en , “oroa a m era ert rev ios nag apa vos ecti resp
VI seu herdeiro, o doentio Carlos
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capa7 estava longe de ser o soberano mals
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dinheiro recursos do rei em homens,
oal. ss pe e ad id al gu er gu al gu vam mais do gue
Nao se deve permitir gue, depois de 1494, o poder
das grandes nacées obscureca as importantes contribuicbes dadas pelos povos do Reino Médio — aristocratas, camponeses e cidadaos, ocupando os territêrios de toda a cristandade desde o mar do Norte até o Mediterraneo —, gue constituiram o eixo da Europa no século XV. A partir desses territêrios, os seus feitos passaram para os vizinhos de ambos os lados, 4 excecao do
sudeste, onde os otomanos haviam estabelecido a sua
fronteira. Estes povos no formavam uma unidade politica Gnica nem tinham vastos poderes politicos, mas tinham ajudado a Europa a transformar-se naguilo gue era; continuaram o trabalho dos seus antecessores, proporcionando uma base para gue outros mais tarde
também
dessem continuidade. No
é importante se,
por convencao, os seus feitos devem ser chamados medievais ou se pela andlise gue fazemos deles deverjam ser chamados modernos. Eles apenas provam due no final da Idade Mêédia nao havia falta de inspiracao nem de talento.
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A imvencao da imprensa
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No final do sêculo Xiv, dada a disponibilidade de papel,
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tornou-se possivel reproduzir imagens religiosas em grandes guantidades usando blocos de madeira, alguns com letras gravadas. Este éxito estimulou os artificesa encontrar um modo de multiplicar cépias de textos escritos. As fases iniciais das experiëncias, gue nao podem ser estudadas detalhadamente, ensinaram como fundir
letras uma a uma em um molde idéntico e gual o tipo de metal a ser utilizado, bem
como o modo de fazer o
po. A combinacao de talentos envolvidos obrigou os artificesa colaborar e o carater especulativo desse trabalho certamente levou a desavencas. O nome de Gu-
tenberg, o provavel mventor dos tipos mêveis para a imprensa, apareceu em uma delas. O mais antigo livro impresso gue é possivel datar é o Livro de salmos de Moguncia, de 1457. Estrasburgo e Bamberg foram as duas tnicas outras cidades onde a imprensa se desenvolveu antes de 1460; na década seguinte, essa técnica surgiu em mais algumas cidades alemas, e alguns empreendedores artifices alemaes introduziram o oficio no exterior, como Veneza, Roma e Paris. Por volta de 1500 havia mais de 250 cidades européias com prensas, mas o invento conheceu maior sucesso nas cidades com grande atividade comercial, como Veneza ou Nuremberg, onde obviamente a experiëncia dos mercadores era mais arte do gue a habilidade dos artifices. O rapido desenvolvimento da imprensa mostra a dimensao da demanda por material impresso. Das 15 cidades européias onde mais de mil incuna-
bulos foram editados, oito eram alemas, cinco italianas
e duas francesas, pelo gue os alemaes mantiveram a dianteira por uma estreita margem. A concentracao da imprensa em grandes centros como Veneza, com 190 prensas, ou Paris, com 50, sublinha aimportência da distribuicao, mais gue a da prépria manufatura, para o sucesso comercial. A idéia da imprensa logo foi difundida, especialmente pela utilizacao de ilustracoes com gravu-
tateie
o Edelstein, produzido em Bamberg, em 1464. A estampa
busp
ras de madeira. tendo sido o mais antigo livro ilustrado, ambém
era utilizada, €e em vêrios centros alemaes e em
Veneza foram publicados mapas impressos. Os livros mais especializados, como os de autores anugos ou biblas em latim ou em vern4culo, gue necessitavam de uma assistência acadêmica na sua producao, destinavam-se a compradores mais exigentes. As tradicoes eruditas da It4lia do século xv explicam a raz&o pela gual os impressores, em algumas cidades itallianas, usavam dpos gregos para os livros. A impressao de textos hebraicos em cidades italianas € espanholas, algumas delas sem guaisguer outras prensas, tambêém reflete um mercado local bastante especializado. O grande nimero de edicées holandesas de textos classicos e outros livrosacadêAcima, direita: esta ilustracao de
Direita: Sao CristOvao, 1423. Trata-se
Jodocus Badius de Assche como
suas utilizacoes primitvas mas
uma prensa, datada de 1520, fo utilizada pelo impressor parisiense
populares: a multiplicacao de retratosde santos mpressos em
ver três artifices, com o impressor
a procura de imagens devotas
ocupados no seu oficio.
Buxheim, na Baviera.
ao meio, atarefadamente
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da segunda mais antga xilogravura @gue se conhece eilusta uma das
sua marca. Derivou de um desenho satiricofeito em 1511 por Darer, no gual podiam ser vistos
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papel vendidos para corresponder
baratas. Foi produzida em
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A INVENCAO DA IMPRENSA
Eesguerda: o Monumentum, de Celso
Matffei (1495-1508), impresso em
Veneza em 1478. Os bordos em Xilogravura, desenhados por
Bernhard de Augsburgo, adaptam Oo estilo decorativo dos manuscritos com ilaminurasa
'mprensa. O tipo de letra deriva de ma escrita manual italiana, gue por sua vez tnha como modelo a
escrita carolingia (ver pdg. 56).
Abaixo: estas cartas de jogar
impressas por Jean de Dale de Bresse em Lyon por volta de 1470 provém de um conjunto de 56 outas gue formam uma das mais
importantes colecoes de cartas do
século Xv preservadas. Aguia imprensa fomece produtos
(rivolos, em contraste com os seus
produtos devotos originais.
sa erendiflime patet & domine
# imus guia peccatum non bar
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tu per buiufmodi contelltonis nilfinoftro teconciliari meteamur n dfoinimicitiam conttaxeramus.
fur precepto necuos gui eccle idbiainfigniti eltisi exemir. Cu sim excellentiori fulgent digni dlbnfeientia nitere:Ceteaif. es gut
pifusnon (ola beneuiuendi pre” ae exempla monftrare. Tuo
z io al og ll nu no ac pu & juflu li gel n co ua ig al o ol ri to ta ra fc Bu
micos teve origem na importancia das reformas na educacao ali iniciadas.
O éxito dos impressores se deveu principalmente a sua capacidade de atender a uma demanda aparentemente insatisfeita por obras de carater religioso, desde
biblias completas até as gravuras de uma unica pagina de temas religiosos. Surpreendente é talvez o grande nimero de biblias em vernaculo gue apareceram no sêculo xv,
18 edicées na Alemanha,
16 na Italia, bem
COMmO versoes em Cataldo, tcheco e holandéês. Contudo,a
maior procura de biblias fo1a de versoes da Vulgata Latsna (13838 edicoes, das guais 7] eram em alemao), sendo OS textos corretos e os precos tentadores. Muito menos
importantes do ponto de vista comercial eram os livros em vernêculo apreciados pela dlientela alfabetizada nio estudiosa. Enguanto a procura de textos em latim é normal, os textos em vernaculo editados pelos impressores atraem mais atencao hoje, pelas indicacoes gue dao guanto a
natureza da cultura popular da época. Em geral, os ro-
mances em prosa, contos italianizados dos franceses, tinham mais éxito. No entanto, na Italia, os três grandes escritores toscanos, Dante, Petrarca e Bocaccio, vende-
ram bem (embora nio tanto guanto Cicero). Outros titulos normalmente procurados eram do género enciclo-
pédico popular, como o Tesoro, de Brunetto Latim, ou o
poema épico alegêrico mais recente de Federico Frazzi, atualmente esguecido. Na Espanha os titulos em vernaculo excediam até em numero os titulos em latim, com
os textos em castelhano três vezes mais comuns do gue os textos em catalao. As obras religiosas em verndculo chegavam a um guarto do total. O mercado de textos em francês era abastecido nao sê por Paris, Lyon e outros centros franceses, mas também por Genebra e Bruges. Havia prensas gue produziam livros sobre jurisprudência dos costumes ou sobre a vida de santos locais.
Em Ruen, a preferência era a histêria da regiao. A rapi-
dez com gue os livros eram produzidos para o mercado torna-se mais evidente na atividade das prensas nos Paises Baixos, gue editavam livros em flamengo; francés, inglês e frisio. Na prépria Inglaterra, as prensas de Gaxton e seus sucessores produziram mais textos em vernaculo do gue gualguer outra regiao na Europa. 219
A cartografla medieval
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cao das matematicas, gue, na Italia do sêculo xv, naturalmente incluiam os artistas de Florenca. As têcnicas
dos artistas, dos desenhistas e eventualmente dos grava-
dores (para a impressao) eram intimamente ligadas; nessa época os artistas tinham um papel importante a na producao
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dos mapas,
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manda por mapas com o tempo fosse levar & criacao da profissao especializada de cartégrafo. Os primeiros mapas, desenhados para transmitir informacêes corretas guanto 4 distência e & direcao, surgiram no sêculo Xm para auxiliar a navegacao no mar, sendo guase certo gue estavam relacionados a utilizacaAo da bissola magnética. Fla ficara conhecida na Éuropa Ocidental pelo menos no final do sêculo Xm, guando foi pela primeira vez descrita pelos estudiosos. Em 1970, Luis IX da Franca, guando estava na baia de Gagliari, pediu com impaciëncia gue Ihe dissessem gual era a sua posic&o, gue foi indicada em um mapa. A mas antiga carta nêutica gue sobreviveu até nossos dias foi
feita em Pisa, por volta de 1275, mas a perfeicao do tra-
balho leva a crer gue a técnica de compilacao de uma carta néutica como essa j& tinha sido aperfeicoada muitos anos antes. Para a compilacêo, o cartégrafo precisava ter acesso a uma obra de referência gue listasse os portos do Mediterrêneo, indicando as posicoes reladvas entre um € outro, bem como as distêincias. Um livro desse tipo, com o titulo Lo compasso da navigare, fo1 escrito por volta de 1250. Por conseguinte, foi provavel-
mente em meados do sêculo Xim gue a moderna arte cartografica foi inventada por marinheiros gue precisavam determinar seu rumo. Desde tempos remotos eles tinham adguirido, dadas as condicêes previsiveis do Mediterraneo, o conheci-
mento dos ventos e das estrelas. Aparentemente, nao t-
nham cartas naguela época, e os marinheiros muculma220
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Acima: o Liber Floridus, de Lambert de Arcires, c. 1120. Segundo o autor a Europa constituia um
guarto da Terra, a Africa outro guarto ea Asia metade, donde o guadrante agui representado. Embora muito esguematica, a
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alguma relac&o com os fatos.
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todos italianos, publicados pela primeira vez em 1475 e com mapas em 1477. A profusao de edicêes italianas confirma a importancia do texto na prépria Itêlia, mas na Alemanha o mteresse é tambéêm demonstrado pela edicao de Ulim, de 1482, para a gual novos mapas especiais foram encomendados. A Cosmografia de Ptolomeu fo1 utilizada para ensinar a arte de fazer mapas através de melios matematicos, e os estudantes mostraram sua intencao de aplicar o gue haviam aprendido em beneficio dos seus contemporêneos, nao se limitando ao mero interesse de antiguarios. Acredita-se gue Ptolomeu foi analisado em circulos interessados na aplica-
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dos guase 50 manuscritos dessa traducao do século XV,
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Foi durante os séculos XIV €e XV gue surgiu a necessidade ea arte da cartografla; sem uma nocao da sua utilidade, a época dos descobrimentos gue comecou com Colombo é mconcebivel. Nao é dificil perceber a importência dessa transformacao na cultura européia e admirar as provas evidentes de aperfeicoamentos técnicos, sendo o renascer do interesse pela obra de Ptolomeu de Alexandria a prova mais notavel. A sua Geografia foi traduzZida do grego para latim por Jacopo d'Angelo, de Scar-
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“IDora os nomes estejam ira gueiasé tal armaOne de vir s riO to mapa var so *$$A “és. Dentro da area delimitada Possivel distinguir pontes, es AS, Cruzes era da estrada Erenos cercados, ea charneca Sécorada com flores
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aspecto de campo.
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da bissola magnética gue levou a invencao de uma carta precisa para ser usada juntamente com ela, completa
com eftcom uma indicacêo de escala. Para utiliz4-la heciciëncia, o timoneiro precisava, no €ntanto, ter con
culos cêl er faz a par a tic ema mat de es ent ici suf tos men sUIsimples e tinha de usar régua e COMPpasso. Nao êes fodic con s esta gue ia Itêl na sido ha ten gue e end pre ram muito mais cedo satisfeitas, mas os catalaes, espefama am uir seg con bém tam a, orc Mai de os nte lme cia stente, exi s atla igo ant s mai O os. raf tég car o com ida rêp Carlos rei o a par a orc Mai em o feit foi as, map ios vêr com de soV da Franca em 1875. A cêépia tinha mais chance lizadas uti ro nei car de es pel s ple sim as gue do er breviv , se nte lme ive sum pre até, o ane rrê ite Med do s oto pil os pel entanto, fazerem em pedacos com o uSo. Existem, no para des iga ant s mai tas car de es ent ici suf s are exempl aperfeicoadas e as tad men eri exp am for o com ar monstr Tanto em Vexmv. ulo séc o o tod de go lon ao as nic téc as
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sobre do problema da recondguista da Terra Santa aos muculmanos, mandou o seu livro ao papa juntamente com uma série de mapas apropriados, feitos por Pietro Visconte (por volta de 1820). Foi a consciëncia de guanto era preciso aprender sobre a feitura de mapas utilizando tabelas de coordenadas referentes a diversos lugares o gue levou os interessados de volta a Ptolomeu, pois ele enfrentara o mesmo problema. Pouco a pouco,
os desenhistas de mapas terrestres aprenderam como deviam proceder a partir da representacao de peguenas dreas suscetiveis de ser observadas até afeitura de mapas de regioes e de paises inteiros. Com Ptolomeu aprenderam também a fazer mapas-mindi e a medida gue as viagens de descobrimento durante o sêculo Xviam revelando novas terras, estas comecavam a aparecer nos mapas; as Candrias, por exemplo, estêo representadas no Portolano Laurenciano de 1851, e a costa ocidental da Africa
aparece no mapa feito pelo veneziano Andrea Bianco em Londres em 1448. Do mesmo modo, os navegadores tinham de aprender a registrar observacêes corretas dos locais visitados para gue os cartégrafos pudessem inserir suas descobertas nos mapas. 221
EPILOGO:
A EUROPA DESGOBRE O MUNDO Antes do fim do sêculo Xv alguns europeusj tinham encontrado um caminho maritimo para a india e para a América. Frente a frente com povos cujas culturas eram bastante diferentes, os europeus nem por isso abandona-
ram suas anteriores disputas e preocupacées para se concentrar na exploracao dessas descobertas, mas a histêria da Europa teria, de gualguer forma, de viver a partir de entao em uma nova dimensao. Se est convencionado gue a Idade Mêédia termina agui, nao se deve supor gue to1 porgue a era dos descobrimentos finalmente demonstrou o ridiculo do receio medieval de cair alêm da beirada da Terra. A era dos descobrimentos foi antes uma das consegiëncias do progresso das mais variadas técnicas humanas conhecidas na Idade Média através de todo o continente. As técnicas medievais nao tinham sido reservadas apenas para o impêrio universal nem para os senhores da elite. Elas punham no mercado os seus produtos e em tao varjados ambientes gue sempre havia boas oportunidades para projetos valorosos. Com os descobrimentos, o Mediterraneo perdeu, pelo menos simbolica-
mente, aimportência gue tivera ao longo de milênios. Os europeus ja nao procuravam na sua bacia maritima a inspiracao cultural. Tinham se tornado suficientemente arrojados para levantar ancora e sair definitivamente das suas costas. Durante mil anos, tinham se esforcado para adaptar a cultura clêssica para consumo do norte. Nenhuma conclusao mais apropriada sobre este periodo poderia ser encontrada do gue o foco da exploracao ter passado das maos de povos como genoveses, maiordguinos e catalaes para as de portugueses, espanhis, bretoes, ingleses €e holandeses. Os exploradores partiram dos portos do Atêntico para tocar todos os cantos da Terra. A primeira viagem de circunavegacao foi completada pela expedicao chefiada pelo portuguêës Fernêo de Magalhaes em 1519. O grande impêrio erigido pelos portuguesesa partr do século XV1 elevou um pegueno reino sem passado rele-
vante ao status de grande potência, o gue é em si um CO-
mentario sobre o Hpo de sociedade existente na Europa medieval. Apesar do seu perfil de peninsula mais a su-
doeste da Europa, a Peninsula Ibérica nao estê bem confi-
gurada geograficamente para ser uma unidade polidca. Além da sua experiëncia sob os romanos (guando constitufa cinco provincias), a Peninsula apenas gozou de um governo unitério durante 60 anos (1580-1 640). Na Idade Média normalmente
esteve dividida em vêrios reinos,
com povos falando e escrevendo muitas linguas diferentes € venerando as tradicêes de pelo menos três religioes: cristê, muculmana e judaica. Nenhum outro territêrio pertencente ao antigo Impêrio Romano suportou uma multiplicidade tao duradoura de culturas, capazes de se defrontar umas as outras sem gue o pais fosse alguma vez reduzido ao nivel institucional dos municipios, como
aconteceu na Itélia, e mantendo sempre um eguilibrio de interesses entre a cidade e o campo, entre a terra € o mar. Entre as grandes potências maritimas da Europa, Fortugal foi guase a Gltima a adguirir sua forma definitiva, assim como foi o Gltimo reino a aparecer na prêpria Espanha. Contudo, se Portugal teve de esperar até ao sêculo XI pelo seu primeiro rei (Afonso Henrigues,
1109-85),
existia um condado dentro do reino de Leon a partir do final do sêculo X ea origem do condado remonta aindaa -
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mais cem anos antes, guando os cristaos empreenderam pela primeira vez a reconguista do territorio aos mOouros. Sendo inicialmente uma regiao da Marca, nêo conseguiu consolidar a sua fronteira a sul do rio Douro antes do século XI. Nesse momento, o condado havia pertencido du-
rante vêrias gerac6es a uma tinica familia da Galicia com
pretensêes 4 benevolência dos reis de Leon. Apês a con-
guista da cidade de Coimbra (1064), o condado passou a ser muito mais vasto. Passou pelas maos de vêrios condes nomeados por reis, antes de Afonso VI tomar a decisao
de entregé-lo como dote de sua filha Teresa guando esta se Casou com o conde Henrigue da Borgonha, por volta de 1095. Desta uniëo descenderam os primeiros nove reis de Portugal. O reino foi se expandindo por intermédio das guerras contra os mouros. Em 1147, com a ajuda dos cruzados ingleses em viagem para a Terra Santa, Lisboa foi conguistada. $6 passado um sêculo, guando o reino foi ampliado ainda mais para sul até incluir a provincia do Algarve e alcancar a costa sul, a cerca de 160 guilême-
tros de distêancia, Lisboa emergiu como cidade principal do reino. Mesmo na sua maior extensao, Portugal permaneceu um pegueno reino (embora nao fosse o menor da
peninsula), encurralado entre Castela e o mar. Para investigar as possibilidades da sua situacaAo maritima, viu-se ob-
rigado a enfrentar o oceano Atlêantico, @nico Estado da Peninsula Ibêrica em tal situacao.
Até o final do sêculo XIv nao houve nenhum estimulo para superar uma antipatia secular pelos mares tempestuosos do ocidente. Nesse momento, os portugueses embarcaram em uma corrida para o rejuvenescimento nacional em consegiëncia dos esforcos desenvolvidos pela dinastia de Trastimara de Castela para absorver o reino portuguës guando da morte do Gltimo soberano legitimo da familia real de Borgonha. Como Castela tinha uma alianca com a Franca, os portugueses receberam ajuda da Inglaterra nas batalhas pela manutencao da sua independência, uma alianca gue durava havia pelo menos dois sêculos. O @xito gue resultou da guerra nao sê forcou Portugal a virar as costas ao restante da Peninsula, como a desarticulacao politica, social e econ6mica durante a geracao gue se seguiu 4 vitria de Aljubarrota (1886) levou ao poder, apds a dinastia de Avis, homens desejosos de consolidar a independência com armas e dinheiro e ansiosos por tirar partido de suas novas oportunidades. A primeira demonstracao desse novo espirito foia campanha para a conduista de Geuta (1415) e a posterior obtencao de territêrios no norte da Africa, onde o cultivo da cana-de-acicar podia ser desenvolvido. Ainda mais audacioso foi o fato de os portugueses terem comecado, alguns anos mais tarde, a colonizar Madeira (descoberta menos de cem anos antes), cultivando cana-deaciicar e cereais para reforcar os recursos da sua terra natal, entao cercada. Tambêém tinham falta de bracos. Alguns escravos foram primeiramente apanhados nas Canaêrias e depois conseguidos como resultado das guerras com Marrocos. O norte da Africa, contudo, também era
considerado uma importante fonte de ouro. Apesar de Oos portugueses, como cristaos, considerarem os mouros
de 14 seus principais inimigos e de nao terem escripulos em combater para obter o gue gueriam, tambêém estavam preparados para buscar a origem do ouro. Por essas
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razoes os portugueses comecaram a se interessar pela exploracao da costa do Atlantico, em busca do rio do Ouro (Senegal), de onde partia Oo ouro, através do Saara, em
direcao ao norte da Africa. Apês o fracasso da imponente expedicao militar do rei D. Duarte contra Tanger, em 1437, o mais importante vetor da expansao durante os
anos gue se seguiram foi, evidentemente, atingido mais com a colonizacao, o coméêrcio e as descobertas do gue
por meios militares. O mais famoso promotor da exploracao fo1 o infante D. Henrigue, o Navegador. De fato, ele estava profundamente empenhado no programa de CONguIstas militares em Marrocos e, como um dos impulsionadores da exploracêo entre 1415 e 1460, de fato de-
sempenhou um papel menos importante do gue o seu ir-
mao, o regente D. Pedro, ou até do gue os mercadores agindo por conta prépria ou de outros nobres. Os esforcos dos portugueses nessa direcao nêo dependeram,
portanto, da visao de um so homem. Houve uma compreensao largamente compartilhada das vantagens gue Portugal poderia legitimamente esperar. A sistematica exploracao da costa foi inicialmente feita em barcos bastante peguenos. Conseguiram dobrar o cabo Bojador por volta de 1481. Para isso, os marinheiros tiveram de aprender como regressar renunciando as correntes € aos ventos da costa; encontraram
seu cami-
nho penetrando no oceano para apanhar as correntes de regresso perto de Acores (redescobertos em 1427).
Ao longo de anos, os marinheiros portugueses aprenderam a fazer isto com confianca e precisao. Por volta de
1445, toda essa operacao se tornou muito mais faci] devi-
do a utilizacao da caravela, introduzida por volta de 1440. Esse navio podia ser manobrado facilmente por homens experientes e o seu conhecimento dos ventos € das correntes podia ser mais bem aproveitado.
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para o pais os primeiros escravos negros africanos, em consegiëncia da sua incursao no norte da Mauritania (a cerca de 90* N), embora o trêfico de escravos nao viesse
a ser realmente um grande negécio rem chegado ao golfo de Guiné, no 1460. Nessa época, o rei de Castela, se interessar por essas descobertas,
senao depois de teinicio da década de Joëo II, comecoua mas como o s€Uu Su-
desafio cessor Henrigue IV (1454-74) nao continuou tal
, a Portugal, sê no reinado de Isabel (rainha de Castela 1474-1504) os castelhanos e os portugueses comecaram se am acabar os conflit Estes Guiné. de golfo no a lutar reivinsuas nas cedido ueses portug os tendo resolvendo, contrapartida conem e as Canêri Ihas as sobre dicaces
do seu monopoento hecim recon o a Castel de seguido as terras ao sul todas com trafico é acao explor a lio para pelo papa em ado ratific o tratad um €m ilhas, daauelas em tOenvolvida 1481. A Igreja estava profundamente MOUrOS na AfriOS ssem guece enfra due dos os projetos
em breve acao explor esta gue de nca espera ca, e tinha juldue os, african s CrIstao aos permitiria um facil acesso harmoando Procur Joao. Preste o sob gava florescentes fa crisre ta sa es ar er el ac ra pa as ic ér nizar as diferencas ib dindo o ti. o
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n3o se dava conta de estar divi
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a enorme r a r t s o m 1) -8 88 14 , el (r V Enguanto Afonso rro-
Ma m e o nt ta s a h n a p m a c as sc re interesse por cavalhei , D. Joëo T oT ss ce su e o lh fi u se o a, cos guanto €m Castel dess da al re io in oc tr pa do ha il tr (1481-95), lancou-se n2
da ann i A . ca au em st si € a d a n i m r cobertas de forma dete desra pa s en ag vl a ar ej an pl , D N O tes da sua ascensao ao ra, OS tu al a ss Ne . ia As a ra pa o m i t cobrir o caminho mari sta de Africa co a e u o g t r e b o c s e d m a h n i t s exploradore jê uar para leste a n i t n o c de z ve m e l, su o se Curvava para res de D. Joao leo d a r o l p x e Os é. in Gu de o lf partir do go xando pai e d l, su o o ra d pa n a c n a v a os s an varam va#rio sinalar sua as ra pa os ic ég at tr es tos n po em drêes inscritos
passagem. Finalmente, em 1488, Bartolomeu Dias dobrou o cabo da Boa Esperanca. No mesmo ano ém dué Dias deixava Portugal, uma outra expedicéo real partHa para descobrir o caminho por terra até a Euépla. Péro da Covilha acabou por chegar até 1a, mas sê depois de ter escrito do Cairo ao rei descrevendo uma viagem nao menos incrivel, disfarcado de mercador, do Egito até Aden e dai até 3 fndia. Por volta de 1490, portanto, os portu-
gueses tinham engendrado uma forma de penetrar no oceano indico e, pelo seu trabalho de coleta de informacêes, tinham previsto como podiam utilizar a rede de navegac&o &rabe para alcancar seus objetivos. Dessa forma, a expedic&o comandada por Vasco da Gama em 1498 levou pilotos &rabes da costa leste da Africa no seu caminho até Calicute. Nessa época D. Joao IT havia muito rejeitara os esguemas fantêsticos de Colombo para chegar & India navegando rumo oeste, visto estar convencido de gue os planos dos portugueses para alcancar a India navegando em torno de Uica estavam prestes a dar frutos. Colombo levou suas idéias para Castela e, assim, a Amêrica foi descoberta e reivindicada pela Espanha. Antes de morrer, em 1495, D. Jo&o II obteve do papa da familia BOrgia Alexandre VI a bula sobre as respectivas reivindicacoes de Espanha e Portugal, de modo gue os espanhêis ficaram com as misteriosas terras a oeste do meridiano gue passa a 870 léguas além das ilhas de Cabo Verde e Portugal ficou com direitos sobre as ricas terras conhecidas do leste. Para os espanhêis isso provou ser um risco gue valeu a pena correr. Mas em 1494 os portugueses podiam se sentir completamente satisfeitos por seu rei ter conseguido com êxito proteger seus interesses € s€us anos de esforcos. Os portugueses tinham se eguipado com navios, mapas, instrumentos e técnicas para conhecer oresto do mundo. Tirando proveito dos recursos da Idade Mêédia, Portugal guiaraa Europa em direc&o 4 histéria moderna. 225
GLOSSARIO
GLOSSARIO
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gleses eram chamados a corte do rei sempre gue neces-
sarlo, mas durante o século XIva responsabilidade da
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Oo aos dos anti OS mosteiros be-
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alamanos -O povo de “todos os homens”, Co mo éra designados pelos outros, mas gue parecem ter pre ferido chamar a si prêprios de su4bios. Tentaram infiltrar se pela ironteira romana do Reno-Dantibio desde o inici do século um. Esta pressao colonizadora foi mantida d rante varios sêculos, mas a Oposicao, sobretudo por parte dos francos, fez com gue seus esforcos fossem Ge dos € se concentrassem
regiao da Alsêcia.
do
outro
lado
do
Reno.
|
na
alanos - Povo conhecido inicialmente no Turguestio, Cujo Império na regiao do mar Caspio foi destruido pelos hunos em 875. Os sobreviventes fugiram para oeste, onde varios grupos comandados por chefes diferentes
bo Pi - Me id - Do bulg j aro bogu-milL( (“bem-amado por Deus”),
,
gna os hereges dualistas urante o século X. Apesar pd de pelos Balcas as CONdAUIstas otomanas do
predominantes na Bulgiria da perseguicao eclesidstica, e sê desapareceram depois sêculo XI.
burgo - Fortaleza ou povoacêo fortificada como refëgio em tempo de guerra. burgindios (ou borgonheses) - Originario da Escandinavla, este povo estabelecera algumas ligacoes com o
Impêrio Romano por meio de uma longa estada na Germania antes de se juntar 4 forca invasora barbara de 406. Rapidamente se tornaram auxiliares romanos e sê obtiveram o seu préprio reino, entre Lyon e Genebra, no final do sêculo v. Esse reinado, contudo, sucumbiu em 538-534 ante os catélicos merovingios.
califa - Titulo atribuido aos gue sucediam (ou afirmavam suceder) Maomé como governante do Isla.
prestaram servico ao Impêério Romano ou se aliaram a outros barbaros, como, por exemplo, os vandalos na Es-
casiada - Desfiladeiro ou vale utilizado para passagem de gado ovino em transumência na Peninsula Ibérica.
v,a sua identidade.
cantêo - Termo geralmente utilizado para designar cada
panha (409). Em ambos os casos, perderam, no sêculo
albigenses - Hereges cêtaros do Sul da Franca, cujo nome deriva do de Albi, o mais antigo dos seus “bispados” (fundado em 1167). Os esforcos eclesiësticos para convertê-los acabaram provocando o assassinato do legado papal Pedro de Castelnau em 1208, o gue levou a pregacêo de uma cruzada contra eles. Estas guerras terminaram em 1999, mas a vitêria cat6lica nao foi completa. A Inguisicao foi estabelecida para perseguir os herefol ges, mas sê um século mais tarde esta heresia finalmente esmagada.
oriental de a st co na ”, el ng “A de ao gi re da vo Po anglos invadiram em gu m co , es x6 sa aos te an lh me se g, Schleswi em meaia in it Br da na ma ro a ci in ov pr na m e se fixara dos do século V.
orio it rr te , XM lo cu sê do ir rt pa a , te apanagio - Tnicialmen is noVo ma o ma ir um de o nt e€ st su o destinado a prover do rei da Franca.
- Heresia
arianismo
derivada
dos ensinamentos
de
no sêculo IV u ve vi e gu ia dr an ex Al Ario, um natural de bstanCristo nao era da mesma su
e gue afirmava du€ cia do Pal.
onal do ri nt te se ao gi re da êmade avaricenses - Povo n u refao r u c o r p , os rc tu s ue aos atag mar Caspio dué, face r uma ce le be ta es r i u g e s n o c por oa oeste. Acabaram dibio, con-
um dos Estados membros da Confederacao Suica.
cêtaros - Termo derivado do grego katharos (“puro” ou “perfeito”) e utilizado para designar OS heréticos dualistas, inspirados nos ensinamentos da heresia bogomil. Epcontravam-se em vêrias partes da Europa Ocidental
nos séculos XI € XI, sob vêrios nomes locais, como “al-
bigeois” no Sul da Franca e “patarini” no Norte da Ttalia.
catepan - Titulo usado para designar o governador de
um tema (ou provincia) do Impêrio Romano do Oriente até ao sêculo xr, guando designava apenas os subordinados do governador, entao chamados dux. cavaleiro - Termo gue inicialmente significava `servr dor”, passou a ter o sentido mais especifico de servidor do rei, homem de posto militar gue prestava servico
com cavalo e armamento superior; basicamente, servia
para descrever um homem de classe social elevada, um
cavalheiro nêo nobre gue fora “armado” cavaleiro anteriormente, guando atingira uma idade adeguada e dera provas das suas capacidades militares. Cingue Port - Inicialmente um dos cinco portos (Hastings, Dover, Sandwich, Romney e Hythe) gue gozavam de privilégios especiais em troca da prestacao de servicos navais aos reis da Inglaterra.
do Dan o i d é m o rs cu no s e s esbase de operaco do ta Es s do o a c a m r o f A Sirmium €m 589.
cisma-Ruptura da unidade visivel da Igreja, mas 6bvia entre a lgreja latina (catélica) e a oriental, mas também dentro da Igreja romana medieval, tal como aconteceu com a$ disputas guanto a sucessao legidma ao bispado de Roma.
viu impelido
comuna - Corporag&o municipal estabelecida por jura-
inha rest e u g n ba m u r o p rnada e v o g o a i g e R o t a s den a va b la es s e o i g e r as rt ce m e s e dades militar li sabi :doreino da Hungriapon
cruzada- As expedicêes militares pregadas no Ocidente s depois de 1095 para ir em auxillo dos cristaos orientali
idades, mas “|earo limitou suas ativ final do no , m a v a u n i t n o c feitas por eles Carlos Magno se
. distêrbios, gue
as incursoes sêculo vll, a
pendenté
VoS po os s do to a av gn si de e gu a eg gr a | Palavr barbaro pelos romanos com 9 significaa ad ot ad foi s nAO-BrEgo mano. “ teriores ao Impêrio Ro do de poVvos
mento, inicialmente no norte da Italia, a partir do sêcU lo XI.
. foram inicialmente chamadas de “peregrinacêes'
O
ar termo “cruzada” surgiu a partir do habito de costur — cruzes de pano nas roupas dos peregrinos militares ncês). esses homens eram “cruzados” (croisés, em fra
229
GLOSSARIO
demesne-O) proprio dominio do senhor, distinto das terras atribuidas a vassalos, das guais o senhor continuavaa ser o “proprietêrio” nominal.
surgiram guildas ou corporacoes de oficios como contrarias de atividades comerciais especificas.
diocese - Inicialmente uma divisao territorial do Império Romano normalmente intitulada provincia, o termo “diocese” passou a ser utilizado para designar territêrios muito menores governados eclesiasticamente por bispos, varios dos guais se encontravam numa mesma provincia imperial, gue era governada eclesiasticamente pelo metropolita ou arcebispo.
hunos -A derrota dos alanos e godos pelos hunos em 374-75 estabeleceu a reputacao destes povos das estepes,
eleitor - Por volta de 1278 a eleicao dos reis da Alemanha
pelos principes do Impêrio era formalmente gerida por alguns dos mais proeminentes. Em 1856 proclamou-se gue estes serlam os arcebispos de Colênia, Trêves e Moguncia, o rei da Boëmia, o conde palatino do Reno, o dugue da Saxênia e o margrave de Brandeburgo.
estrategus - Comandante militar do Impêrio Romano do Oriente. exarca - Governador de uma provincia do Impêrio do Oriente, e mais particularmente da Itêlia, a partir do sêCulo VI. feudo - Senhorio gue, segundo a lei feudal, se detinha em troca de servico militar.
francos - Povo germaênico da Rendania Média e Baixa, conhecido a partir do sêculo m, gue sê obteve renome especial no final do sêculo ve gue estabeleceu sua predominancia especial no mundo barbaro pela precoce
aceitacao do catolicismo.
frisios - Vizinhos ocidentais dos sax6es e dos anglos ao longo da costa meridional do mar do Norte gue desempenharam um papel ambiguo na colonizacao da GraBretanha, mas gue parecem ter preferido concentrar sua prépria expansao nos territêrios continentais deixados vagos pelos saxOes.
germanos - Termo utilizado pelos romanos para designar os vêrios povos bêrbaros encontrados na Renania, implicando uma unidade cultural ou lingiistica de gue eles préprios nao se davam conta até gue o termo Deutsche passou a ser utilizado no século vm para distinguir “germanos” de “romanos” no Impêrio carolingio. godos-O mais importante povo bêrbaro, cujo destino os
colocou em contato com o Impêrio Romano além do Dantbio até 876, guando exigiram se refugiar dos hunos no interior do impêrio. Os visigodos (godos do Oeste) conguistaram um importante poder politico no Impêrio
heresia - Opiniao teolégica oposta 4 doutrina “ortodoxa” ou “cat6lica”.
gue continuaram a ser temidos, sobretudo por outros barbaros, até a morte do seu chefe mais famoso, Atila, em 453.
hussitas -'Termo utilizado por estrangeiros para designar os boëmios gue se opuseram 4 autoridade da Igreja e do rei apês a execucao do teëlogo reformador John Hus pelo Concilio de Constanca em 1415. Esta oposicao
€stava, de fato, longe de ser unida no gue diz respeito a pontos de vista e 4 sua simpatia pelo préprio Hus.
iconoclasmo - Literalmente
“destruicio de imagens”,
designa principalmente o movimento para reprimir a veneracao de imagens sagradas na Igreja ortodoxa, ini-
ciado pelos imperadores Is&uricos e gue durou de 725 a 8492.
Jutos - Povo oriundo da Jutlêindia gue, segundo Beda, se estabeleceu em Kent, na ilha de Wight e em algumas regioes de Hampshire. Esse testemunho tem provocado muitos comentêrios, e os jutos continuam a ser, para os historiadores, um povo obscuro.
kontore- Entreposto comercial, armazém ou loja pertencente a mercadores germanicos no exterior ou fora da sua cidade natal, constituindo uma filial do seu negêcio
no exterior.
landegrave- O conde (Gral) de uma provincia (Land),
distinto do condado, gue gozava de uma jurisdicao mais ampla gue lhe conferia autoridade sobre outros condes. liberdade - Uma liberdade era eguivalente a gio. Os grandes senhores em geral gozavam isences, em virtude de concessêes reais, e sêculo Xn precisavam muitas vezes obter dos
um privilêde muitas a partir do reis confir-
macao das suas liberdades (no plural), nêo com vista a gualguer pretensao a direitos filoséficos, mas tendo em
vista privilêgios tradicionais.
lombardos - Gonstituiram o Gltimo grupo importante de bêrbaros gue penetraram no Impêrio Romano. Criaram Oo seu prêprio reino na Itlia (568), apés distarbios provocados pela reconduista imperial. O seu reino durou até ser conguistado por Carlos Magno, em 774.
do Ocidente no sêculo v; os ostrogodos (godos do Leste)
marca - Territêrio fronteirico muitas vezes atribuido a
solidacao dos seus Estados entre os siditos catolicos.
cao mista e a condicoes de inseguranca.
acabaram por obter um reino na Itlia (493-534), mas o arianismo de ambos estes povos bêrbaros impediu a con-
um vice-regente com responsabilidades militares especiais, onde prevaleciam as leis adeguadas a uma popula-
guelfo - Rétulo partidario usado especialmente na Teala para designar sentimentos politicos pré-papais e andim-
margraviato - Marca governada por um conde, comparêvel a um landegraviato, mas com a responsabilidade
principes germênicos gue fez dos dugues da familia Welf da Baviera os principais opositores dos imperadores Hohenstaufen a partir da segunda metade do sêculo Xm.
merovingios - Meroveu foi, segundo Gregorio de Tours,
guilda- Inicialmente sociedade de mercadores com o s cidade. Mais tarde monopêlio dos direitos mercantina
seu povo. Designa-se por merovingios a familia de monarcas de Clévis e, por acréscjmo, os povosfrancosdgue
periais. Derivou, no entanto, do antagonismo entre dois
280
adicional de defender a fronteira.
o pai de Ouilderico, pai de Clêvis, primeiro rei franco cat6lico, cuja carreira lancou a reputacdo histêrica do
GLOSSARIO
ES
Bi
RE
Bispo Com Jurisdicao sobre uma provincia 1ca; na Igreja ocidental era um arcebispo; na Breda orlental tnha uma Categoria su perior a de arceISPO, mas abaixo da de patriarca
; iropa
?
EE
* Crenca teolêgica segundo a gual Jesus
risto tinha 4pEnas uma natureza (divina) e no duas
“'game€Ente acelta nas Igrejas siria e copta do sé culo v. ostrogodos - Vergodos.
pale (limite) -'Termo utilizado para designar a divisao territorial com fronteiras acordadas, aplicando uma lei distinta — tal como acontecia com o governo inglês
em Calais e Dublin —, encontrado desde o final do sêCulo XV e utilizado, por conveniëncia, em relacioa periodos anteriores.
parlamento - O termo francês farlement era utilizado na Inglaterra para designar assemblêias onde as discussêes politicas — gue surgiam de processos legais —foram se tornando gradualmente mais importantes. Os tribunais de justica reais tinham se desenvolvido anteriormente, mas o parlamento nunca perdeu o seu status de tribunal supremo do reino. parlement - Lugar de conversa, discussao e decisao gue,
no reino da Franca, transformou-se no principal tribu-
nal real, Ginico em Paris até o século xv, guando surgiram também parlements provinciais.
patriarca -'Titulo dos bispos de AnHoguia, Alexandria e Roma, posteriormente atribuido tambêém aos de Cons-
tantinopla e Jerusalêm.
a Pentapole - Esta provincia imperial da Ttêlia foi ocupad ao papelos lombardos em 7 59 e oferecida por Pepino espondia pado depois da sua campanha na Itélia. Corr os cinco bismais ou menosa Flaminia € compreendia lia e Aniga Sen o, Fan , aro Pes i, tin Rin de ros pados costei
territorio mo co ta cri des es vez por ém mb ta cona, sendo ou-
assim, a, lui inc € io bb Gu a ini Rim de gue se estendia e, Cagl, on br om ss Fo , ino Urb or: eri snt do tros bispados e Numana. a isi Per , bio Gub mo, Osi Tesi,
frans do o ci lê pa do o m o d r o m prefeito do palêcio -O ngia, no final da dinastia merovi cos, gue de fato dirigia,
oreieoreimo.
relacao A jurisdicao em l ga le e ad id un Jm -V o privilêgi ou , to ri vo fa o sp bi um ou e br no gue gozava UI real de eguivalente.
ilizado no ut o m r e T s o n e c a r r a s designar, ra pa no ti la e t n e d i c O es do d a m ê n S O V O P os , s a d a Cruz es e todos ab &r OS , o m i c s é r c a r po
Império Romano e no s durante o periodo da deserto sirio-arabico e, os muculmanos.
Saa ix Ba na do ci le be ta es am se saxêes- OS saxOES tinh a Gras oe rs cu in as su as e século MI xOnIa EM meados do is a i r e s p m sa fe o a de c a de z i n a g r m o a a r i g i a x h e Bretan ecadoa m o m c re te s de te o an € it t n mu e m a t pis. Cer
es, os * P O vl, apês a conversêo dos ingles sp Ed onizar. No sêcul inspiraram a sua Saxênia velha 4 com aces sentimentais ae.
dl
RRHA SY
sede (de bispado ou arcebispado) - Local de residéncia de um bispo, diferente da diocese por ele administrada.
seigneur- Senhor feudal. suevos - Por volta de 406, momento em gue se uniram a outros bêrbaros para atravessar o Reno, os suevos eram
um povo fragmentado. O seu feito mais notêvel depois disso foi terem partilhado com os vAndalos a conguista da Espanha. Depois de estes altimos terem ido para o norte da Africa, os suevos expandiram o seu reino na Éspanha desde a sua base em Braga, mas nao conseguiram
evitar gue em 456 os visigodos estabelecessem um reino na Espanha. Mantiveram, contudo, o seu préprio reino independente na Galicia até os visigodos o anexarem (585).
suma - 'Tratado completo gue apresentava a totalidade dos conhecimentos sobre o assunto em guestao. taboritas - Grupo de dissidentes religiosos boëmios de crencas radicais entre os hussitas, cujo centro sê situava
no monte Tabor, ao sul de Praga.
taifa- Do &rabe tawa'if, gue significava “faccao” ou ` partido”. Termo utilizado para designar os peguenos reinos fundados na Espanha islêémica apês o colapso do califa-
do de Cérdoba em 10381: Almeria, Valência, Denia e as Baleares, Granada, Mêlaga, Algeciras, Carmona, Ronda, Moron, Huelva-Settes, Niebla, Silves, Santa Maria do Al garve, Albarracia, Sevilha, Badajoz, Toledo, saragoca, Miircia, Cérdoba.
tema - Segundo Herêclito, o governo provincial do Impêrio Romano do Oriente era administrado por intermédio de temas, cada um dos guais era responsêvel pelo recrutamento de contingentes militares. vêindalos - Estes povos transpuseram o Reno em 406 e,
tendo atravessado a Gélia, entraram na Espanha em 409 para evitar um contra-atague imperial. Depois de 20 anos de pilhagens, passaram para o norte da Africa, onde estabeleceram um reino gue durou até a chegada, em 533, de Belisêrio, gue restabeleceu a autoridade
imperial.
vassalo - Inicialmente servo ou dependente, passou a
significar servidor de um grande senhor, de guem geralmente recebia terras sob condicao de prestar servico digno.
Vésperas Sicilianas - Insurreicao gue teve inicio na segunda-feira de Pêscoa, 31 de marco de 1282, em Palermo, contra o governo francês de Carlos de Anjou. Esta insurreic&o pouco depois levou Pedro TIT, rei de Aragao, 3 Sicilia e produziu a divisao do anterior reino normando nos dois reinos independentes de Nipoles (angevino) e da Sicilia (aragonês).
visigodos - Vergodos.
xerife - Bailio de um condado, ou seja, funcionêrio da casa real gue geria os interesses do rei em cada condado e cumpria as ordens reais no seu territorio. 281
aa
-
EE -
metropolita
atividade missionaria no continente, de tal modo gue os €migrantes saxoes com certeza nao perderam completamente o contato com a sua terra natal.
n
ente um herêi epênimo do mito do gu € UM governante histêrico. '
me
eles Sogov vee rnavam. Mas o prépDPTrii o Merove u fo mais provavelm
%
TTTe
LISTA DE ILUSTRACOES
LISTA DE ILUSTRACOES
Abreviaturas: 4 - acima, ae - acima, es guerda, ad — acima, direita, c - centro, ab - abaixo etc
Todos os mapas sao da autoria de Lovell Johns, Oxford
39. Isidoro de Sevilha: Bibliothêgue Nationale, Paris Ms.
Lat. 183896 (foto Soma Halliday, Weston Turville).
41. Trono de Dagoberto: Cabinet des Mêéciailles, Paris (desenho de John Fuller, Cambridge).
Guardas: mapa do mundo, de Commentaire de DA de Béatus de Liébana, sêculo X1. Bibliothêgue Netion ie Paris Ms. Lar. 8878, ff. 45ve d6r
42. Placa do elmo de Agilulfo: Museo Nazionale, Florenca (foto Scala, Florenca).
pagma
44. Cipula do baptistério ariano, Ravena: Scala, Florenca.
2-0. Estatuetas de madeira do timulo de Isabel de Bourbon: Phaindon Press Archive, Oxford.
45a. Capa de livro de marfim representando Gregêrio Magno: Kunsthistorisches Museum, Viena.
3-9. Desenhos de John Fuller, Cambridge.
45ab. Igreja de Sao Pedro, Monkwearmouth: Andrew
#
"os
ar
14. Abadia de Byland, Yorkshire: Michael Dixon, Dover.
15. Objetos encontrados na sepultura do rei Ouilderico, da obra de Jean Jacgues Chifflet Anastasis Childerici I Francorum Regis, Antuêrpia, 1655. 16. Roda da fortuna: Biblioteca Nazionale, Florenca Ms. Cod. IY.IT.819, f. 86r (foto Dr. G. B. Pineider, Florenca).
17. Agosto, extraido de um Javro de Horas, da autoria do Mestre de Fastolf: Bodleian Library, Oxford Ms. Auct. D. inf. 9.11, 1. 8r.
91a. Ponte de Valentré, Cahors: Jennifer speake, Oxford. dres. 91ab. Cofre dos francos: British Museum, Lon
represen94e. Pormenor das tapecarias de Devonshire nbert Museum, Lo Al d an ia or ct Vi a: cac de s na ce o nd ta dres T. 909-1957.
garias de pe ta , so Ur ao € k va Ja ao ga Ca da 94d. Pormenor ia and or ct Vi : ca ca de s na ce o nd ta en es Devonshire repr 204-1 OB 7. T. s re nd Lo , m u e s u M Albert
a (desenho vi Pa a, os rt Ce a ll de o se Mu os. Atila, o huno:
: de John Fuller, Cambridge)
Lawson, Oxford.
A@ac. Oratêrio de Gallarus: Mark Fiennes, Londres.
46ad. Cela de colmeia, Slea Head, County Kerry: Mark Fiennes, Londres. 4d6ce. Igreja de Sao Kevin, Glendalough: Mark Fiennes, Londres.
46-4. Skellig Michael: Mark Fiennes, Londres. A6abe. Oratério de Sao Columbano, Meath: Mark Fiennes, Londres.
Kella, Gounty
4ae. Pormenor da cruz de Moone, County Kildare:
Mark Fiennes, Londres.
Aad. Cruz de Castledermot, County Kildare: Mark Fiennes, Londres.
49. Pagina da Histêria Eclesidsticade Beda: Biblioteca Publica de Leningrado, Ms. Lat. O.V.1.18.
51. Grande Mesguita, Damasco: Angelo Hornak, Londres.
B4e. 'Trono de Carlos Magno, Aix-la-Chapelle: Leonard
von Matt, Buochs.
54d. Bronze representando Carlos Magno: Louvre, Paris (foto Service de Documentation, Paris).
psala Up , de da si er iv Un da ca te 90. Codex Argenteus: Biblio f. Mr.
Lar. 1159, £. 3v.
30.
56ad. Pagina das atas do Concilio de Éfeso: Bibliothê-
desmuseum n a L : n e s u a h n r o H Estela funerêria de
Halle. , e t h c i h c s e g r o V r fu
h Museum, is it Br : d r o f t e h T de 83. Fivela do tesouro Londres. #
t
S4a. Dipuc
O
Preussischer 34dab
bliothek de Probiano, Tabingen: Staatsbi Kulturbesitz, Berlim, Ms. Teol. Lat. f. 823.
desenho de : na ve Ra em o ic or od Te Mausolêu de
John Fuller, Cambridge.
rHa rt be Ro a: ri Si , ta li ti Es o mê aa. Mosteiro de So Si
res. ding Associares, Lond
Paris. , re uv Lo : o a m i S o Sa de 36ab. Placa de ouTo siria iedo: Scala, Ov de o rt pe o, nc ra Na de a ri 28. Santa Ma Florenta-
55, Carlos, o Calvo: Bibliothêgue Nationale, Paris Ms.
gue Nationale, Paris Ms. Lat. 1572, £. 79.
56abe. Cruz em esmalte: Museu do Vaticano (foto Leonard von Matt, Buochs).
B6abc. Mosteiro em Corvey: Eguinox Picture Archive, Oxford.
BGabd. Cristo em toda a Sua Majestade, extraido do Godez Aureus: Bayerische Staatsbibliothek, Munigue Clm. 14000, £. 6v.
Ms.
57. Contracapa dos Evangelhos de Lindau: Pierpont Morgan Library, Nova York, Ms. 1.
olk Mu59a. Escavac&o de navio em Sutton Hoo: Norf seums Service. 285
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|
LISTA DE ILUSTRACOES
59ab. Fecho de ouro proveniente da escavacao de Sutton Hoo: British Museum, Londres.
60. Frontispicio do Codex Amiatinus: Biblioteca Medicea
Laurenziana, Florenca, Ms. Amiat. 1.c.5 (foto Dr. G. B. Pineider, Florenca).
6lae. Dinar de ouro de Offa: British Museum, Londres.
6lad. Figura de Cristo proveniente do Livro de Kells: The
Bdae. Escriba Eadwine escrevendo, miniatura extraida do Livro de Salmos de Cantuiria: Master and Fellows of
Trinity College, Cambridge, Ms. R. 17.1, f. 288v.
84-85. Plano do mosteiro de Beneditinos da Igreja de Cristo, Cantuaria: Master and Fellows of Trinity College, Cambridge, encadernado juntamente com M. S.R. 17.1.
Sdabe. Monge ceifando milho: Bibliothégue Municipale, Dijon, Ms. 170, £. 75v (foto Minirel Gréation, Gheno-
Board of Trinity College, Dublin Ms. A. 1.6, £. 82v.
ve).
6lab. Pedra pictica: proveniente de Rhynie, Aberdeen-
85ad. Guthlac recebe a regra mondstica na Abadia de Repton, proveniente do Registro de Guthlac: British Library, Londres, Harley Roll Y6.
shire: Michael Dixon, Dover.
64a. Navio Oseberg: Museu Universitario de Antiguidades Nacionais, Oslo.
64dab. Retrato esculpido em pedra proveniente de Alskog, Gotland: Werner Forman Archive, Londres.
65. Luta entre cruzados e sarracenos: segundo mosaico da Catedral de Vercelli (desenho de John Fuller, Gambridge). 67c. Basilio JI, ilustracao do seu Livro de Salmos: Biblioteca Marciana, Veneza, Ms. Cod. Gr. 17, f. 1 (foto Hirmer,
Munigue).
67ab. Ouestao iconoclasta: British Library, Londres,
Acid. Ms. 198592, f. 97v.
68. Cidadela, Alepo: Angelo Hornak, Londres.
71. Interior da Grande Mesguita, Cérdoba: Alan Hut-
chison Library, Londres.
79. Castelo de Loarre, Aragao: Soma Halliday, Weston Turville.
85cd. Guthlac morre: ibid. 85abd. Benfeitores da Abadia de Crowland: abad.
86. Crucifixo de bronze proveniente da Renênia: Museu
do Vaticano (foto Leonard vou Matt, Buochs).
89. Confirmacaêo da regra de Sao Francisco atribuida ao
mestre do cicdlo de Sao Francisco, Assis: Scala, Florenca.
91. Inicial “B” proveniente do primeiro salmo, Beatus
Vir, da Biblia de Winchester: Winchester Cathedral Library (foto Soma Halliday, Weston Turville).
99. Cerco de Antioguia: Bibliothêgue Nationale, Paris, MS. Fr. 9084, f. DAr.
95. Cenas da Weltchronik de Otto de Freising: Universitats-Bibliothek, lena Ms. Bos.g.6, £. 79r.
97e. Cristo coroando Rogério 11 da Sicilia, mosaico de Santa Maria del Ammiraglio, Palermo: Michael Dixon, Dover.
Ta Cogolla, Mosteiro de Yuso: Ampliaciones Reproduc-
97d. Pormenor de tapecaria de Bayeux: Musêe de Ia Reine Mathilde, Bayeux (foto Michael Holford, Lough-
ciones MAS, Barcelona.
ton).
77. Uitima Ceia, pintura mural proveniente de St. Ange-
99a. Domesday Book: Public Record Office, Londres.
74. Pormenor de relevo do santuêrio de San Millan de
lo, em Formis, Cipua: Scala, Florenca.
79. Ponte do Diabo, de Zurlauben, Tableaux topographigues de la Suisse: Bodleian Library, Oxford.
80. Cristo em toda a Sua Majestade recebendo um modelo da Catedral de Magdeburgo, marfim: Metropolitan Museum of Art, Nova York, oferta de George Blumenthal, 1941.
89-83. So
Domingos pregando, de Lorenzo Lotto:
Kunsthistorisches Museum, Viena (foto Meyer, Viena).
89ab. Papa Urbano VI recebendo as chaves das maos de
O9ab.
Castelo de Orford,
Loughton.
Holford,
Michael
Suffolk:
101a. Mapa de Roma da autoria de Paolo di Venezia: Biblioteca Apostêlica Vaticana, Ms. Vai. Lar. 1960, £. 270v. 101abe. Selo da bula de Luis da Baviera: Bayerisches
Hauptarchiv, Munigue (desenho de John Fuller, Cam-
bridge).
101abd. Desenho de estitua de Marco Aurélio: Firesto-
ne Library, Princeton, N.].
$30 Pedro: Museu do Vaticano (foto Leonard von Matt,
109. Santiago de Compostela: desenho de John Fuller, Cambridge.
83abe. Santo Hilêrio: de Jean Fouguet, extraido das Horas de Etienne Chevalier: Musêe Condé, Chantilly, Ms. 21,
108e. Relevo representando Cristo como peregrino,
Buochs).
f. 38 (foto Giraudon, Paris).
88abd. Mulher recebendo a eucaristia, pormenor de
uma tapecaria do sul da Alemanha: Victoria and Albert Museum, Londres (foto Michael Dixon, Dover).
Santo Domingo, Silos: Leonard von Matt, Buochs.
103d. Pêrtico da Glêria, Santiago de Compostela: Phar| don Press Picture Archive, Oxford.
104a. Aldeia de Ostebat: Andrew Lawson, Oxford... Ë
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d 104abe. Igreja colegiada, Sant1a i llana:2: G Graham Speake, Oxford. 104abd. Capitel de San Pedro
|
N
per, Durham.
de la Rua, Estella: Alan Pi-
105ae. Capitel dai greja da abadia, Moissac: Jennifer Speake, Oxford.
LISTA DE ILUSTRACOES
180. Cordes, Tarn: Dominigue Martinez, Estrasburgo. 184dac. Rotemburgo vista da torre da igreiea: D j as eN hold, Londres.
-
154ad. Toplerschlosselten im Rosenthal: Dorian Ger-
Buochs.
Conagues
1
L
conard von Matt,
105ab. Igreja de St Troph; EnDGD Poes phime, Arles: Service de Docu-
134c. Vista aérea de Rotemburgo: Dr. L. Beckel, Bad Ischl, Austria.
184cd. Portal, Dinkelsbuhl: Helga Schinicit-Glassner, Stuttgart.
106ae.Baard ReconstiMEROLE tuic&ao do Castelo de Abinger, Surrey: Diek
l154abe. Ponte de pedra, Regensburg: Zeta, Londres.
106ad. ie
Castelo de Bodiam, Sussex: Aerofilms, Boreham
1354abd. Segringergasse, Dinkelsbuhl: Helga SchinicitGlasser, Stuttgart.
106ab. Krak des Chevaliers, Siria AF. Kersting, Londres.
185a. Casa das Corporacêes, Lavenham, Suffolk: Natonal Monuments Record, Londres.
107ae. Planta do Castelo de Bodiam, Sussex: John Brennan, Oxford.
185c. Porta para a Casa Peguena, Lavenham, Suffolk: Nacional Monuments Record, Londres.
107ad. Curemonte, Brive la Gaillarde: Alan Hutchison Library, Londres.
185ab.A Shambles (rua), York: Edwin Smith, Saffron Walden.
108. O papa Inocëéncio III, pormenor de mosaico: Museu do Vaticano (desenho de John Fuller, Cambridge).
109. Catedral de Santa Cecilia, Albi: Jean Roubier, Paris.
186-87. La Couvertoirade: Dominigue Martinez, Estrasburgo. 188a. Planta de San GimignanosJohn Brennan, Oxford.
110ae. PGIpito exterior, San Stefano, Bolonha: Scala,
188c. Palazzo del Popolo, San Gimignano: Robert Harding Associates, Londres.
110ad. Palpito do Batistério de Pisa, de Nicolo Pisano:
138abe. Rua de San Gimignano: Edwin Smith, Saffron Walden.
Florenca.
Alinari, Florenca.
110ab. Ambonedecorado em Cosmati, San Lorenzo fuori le Mure, Roma: Scala, Florenca.
188-839. Vista de San Gimignano: Michael Dixon, Dover.
189cd. Porta Soprana, Génova: Leonard von Matt, Buochs.
1138ae. Mausoléu Oalawun, Cairo:A. F. Kersting, Londres.
159abe. Ponte Vecchio, Florenca: Michael Dixon, Dover.
118ad. Marco Polo partindo de Veneza: Bodleian LibraTY, Oxford, Ms. BodL 264, £. 21 8.
189abd. Vista sobre a catedral, Florenca: Michael Holford, Loughton. aedER
)
140ab. Muralhas de Avila: Michael Holford, Loughton.
24. Cerco de Chartres: Musée Municipal, Chartres io soma Halliday, Weston Turville). co, do ciclo O Mila: 197. Vittore Carpaccio, A Cura do LouAc cademia, Veneza gre da Religuia da Verdadeira Cruz: , Florenca).
NEE
PARE. BEE rF.
N
149d. Pormenor da capa dos estatutos da corporacao dos comerciantes de fazendas: Museo Civico Medievale. Bolonha, Ms. 98, £. 1 (foto Franco Ragazzi, Bolonha). hiv arc ats Sta : go ur mb Ha de to por do a ur at ni Mi a. 14%
Hamburg.
d es
(foto Scata
1438ab. Bêncao da feira de Lendit: Bibliothêgue Natio-
Oatedral de Autun: desenho de John Fuller, Cambridge.
ton Turville).
199. Três magos dormindo, proveniente de um capitel da
—
brary, Londres.
EA
Lorenio og br Am de o sc re af a rn vE Go m Be de 190. A Arte ca). en or Fl a, al Sc o ot (f a en Si , co li zetti Palazzo Pubb
149ab. Cena de atividade bancêria, Génova: British Li-
am Emm
as Paris. ris: Bulloz,
141ab. Alegoria do Bom Governo de Ambrogio Lorenzett: Palazzo Pubblico, Siena (foto Scala, Florenca).
oa
Marburg/ 117. Efigie de Luis da Franca, Abadia de Santt-Denis, Pa-
burg,
.
Marburg/Lahn.
ice. 141c. Posse do mayor, Bristol: City of Bristol Record Off
nale, Paris, Ms. Lar. 969, £. 264 (foto Soma Halliday, Wes-
237
EI
116.
Esculturas da Catedral de Namburgo: Foto Mar
REF
EE
stélica Vaticana, ico IT: Bibliotecla,a Aporen der Fre107 de , bus Aui 1, £. 79 (Foto Sca Flo ca). Ms Pal 1ar.
lle. 140a. Alguézar: Soma Halliday, Weston 'Turvi
milledk
e Venandi rum Art De de s, cêe fal de ino tre e o ad id Cu . 115
EER
Ë N
105ad. Igreja de St. Foy,
Ma
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hold, Londres.
LISTA DE ILUSTRACOES
144. Pormenores da janela dos comerciantes de fazendas, Semur: Soma Halliday, Weston Turville.
145. Noé construindo a arca, Horas de Bedford: British Library, Londres, Ms. 14293.
155abe. Vento do oeste, de Tacuinum Sanitatis: Osterreichische Nationalbibliothek, Viena, Ms. Cod. Ser. nov. 2044, £. 57v.
153abd. Vitela: abid.. £. 78%.
146-47. Desenhos de John Fuller, Cambridge, segundo esculturas em apoios laterais de cadeirais da igreja.
154a. Clinica de cirurgiëo, da obra de Guy de Chauliac
146a. Esvaziando um sapato, Flavigny-sur-Ozerain.
154ab. Segundo o herbério Pseudo-Dioscorides: British Library, Londres Ms. Harley, 1585, f. g v (desenho de John
146ce. O marido espancado, Fairford, Glos.
Brennan, Oxford).
146ab. Mulheres preparando uma ave, Fairford, Glos.
146-47. Catando piolhos do cabelo de uma jovem, Exe-
ter Museum.
147cd. Mulher e crianca, Sannt-Sauveur. Bruges.
158a. Tabuleiro de jogo borgonhês: Phaidon Press Picture Archive, Oxford. 158ab. Exibicao dos elmos, extraida dos Livres des tou1T-
147abd. Jovem vestindo-se, Santt-Cerniu. 148abe. Maio, do Jivro de Horas de Simao Bennick: Victoria and Albert Museum, Londres E. 4575-1910v.
148abc, Mascarados do Roman de Fauvel, de Gervais du Bus: Bibliothêgue Nationale, Paris, Ms. Fr. 146, f. 34
(foto Soma Halliday, Weston Turville).
148abd. Detalhe de tapecaria de Bayeux: Musée de la Reine Mathilde, Bayeux (foto Michael Holford, Loughton).
149a. Viajantes em Peguim, extraido do Livre de merveilBibliothêgue Nationale,
John Fuller, Gambridge.
156. Marco, extraido das Trés Riches Heures du duc de Ber-
Bv (foto Giroudon, Paris).
147ad. A lareira, La Trinité, Vendême.
149ab. Escultura em madeira de Amiens:
153. Jlustrac6es médicas: British Library, Londres Ms. Sloane 1977. 1), Pol de Limbourg: Musée Conde, Chantilly, Ms. 65, f.
147ae. Cervejeira, Ludlow, Salop.
les de Odoric de Pordenone: Paris, Ms. Fr. 2810, f. 110m.
Gharurgia: Bibliothégue Nationale, Paris, Ms. 896, f. 66.
nais du roi René: Bibliothêgue Nationale, Paris, Ms. 92698, f. 67v.e 68. 159ad. Esmalte da época dos Plantagenetas representando Godofredo de Anjou: Musée do Mans, Le Mans.
160e. Espécies de aves, do livro de desenhos da autoria de Pepys: com autorizacao de Master and Fellows of Magdalene College, Cambridge, f. 12. 160abd. Cenas do Livre de Ja chasse: Bibliothêgue Nationale, Paris, Ms. Fr. 616, f. 18. 161a. Ibid. £. 71.
161abe. Jbid,, £. 67. desenho de
150a. Tustracao da obra de Nicolau de Lyra Postillae in
Pentateuchum: Bibliothêégue Municipale, Troyes, Ms. 129, f. 82 (foto Michel Vuillemin, Troyes).
161abd. Jbid., £. B8v.
162. A Maesta de Duccio: Museo Dell Opera del Duomo,
Siena (foto Scala, Florenca).
150ab. Winchester College, de Breyis Chronica: Bodleian
164. Interior de Santa Sofia, Istambul: Elsevier Archives, Amsterda.
cêAo de Warden and Fellows of New College, Oxford.
166-67 Desenhos de Dick Barnard, Milverton.
151e. Hugo de Sao Vitor ensinando: Bodleian Library, Oxford Ms. Laud. Misc. 409, f. Bv.
168ce. Planta de Orvieto: John Brennan, Oxford.
Library, Oxford, Ms. New. Coll. 288, f. 3r, com autoriza-
151ad. Aristételes, de uma escultura da fachada oeste da
Catedral de Chartres: desenho de John Fuller, Cambridge.
151cd. Santo Agostinho, parte de um retAbulo gue se encontra na Pinacoteca de Munigue: desenho de John Fuller, Cambridge. 152abe. Do Tacuinum Sanitatis: Osterreichische Nationalbibliothek, Viena, Ms. Cod. Ser. nov. 9644, £. 29v. 152abd. Agua guente: ibid. f. 89r.
158a. Astrolêbio islêimico proveniente de Toledo: History of Science Museum, Oxford.
168abe. Orvieto, detalhe do relevo da Criacao: Alinari, Florenca.
168-69. Exterior da Catedral de Orvieto: Scala, Florenca. 169ac. Orvieto, interior: Zefa, Londres.
169ad. Orvieto, detalhe dos pilares: Robert Harding Associates, Londres.
170ae. Diocleciano e Maximiano: Biblioteca do Vaticano (Scala, Florenca).
170abe. Porta do
Paris.
j'
LISTA DE ILUSTRACOES
pri
prior, Catedral de Ely: Jean Roubier,
171e. Candelabros de San Paolo fuor; le M . Leonard von Matt, Buochs. ure, Roma: 171ad. Fachada Ocidental da
Roubier, Paris.
Fatedral de Rouen: Jean
171abd. Relevo da Catedral de Re
Marburg/Lahn. 179abe.
ms: Foto Marburg,
Detalhe da porta de Santa Sab Booeis abina, Roma: Leo s
1 7m9ce. Hustracêo de Die Manessische Handschrift: Universitatsbibliothek, Heidelberga, Ms. Cod. Pal. Germ. 848, £. 69r.
179abd. Tlustracio de Lancelot du lac: British Library, Londres, Acid. Ms. 10994.
180ac. Codex Augusteus: Biblioteca Apostêlica Vaticana, Ms. Lar. 8256. 180ad. Livro de Salmos de Saint-Omer: British Library, Londres, Ms. Yates Thompson 14.
nasdoon Mun
180c. Livro de Kells, Trinity College, Dublin, Ms. 58, f. 34: Phaidon Press Picture Archive, Oxford.
17 2d. Virgem proveniente de uma igreja de Giske: Historisk Museum, Bergen.
180abe. Evangelho de Sao Lucas: Pierpont Morgan Library, Nova York, Ms. 806, f. 96.
1/%ae. Igreja de Borgund, Sogne: Courtauld Institute,
180abc. Biblia de Sio Marcal de Limoges: Bibliothégue
Londres. 178ad.
Extremidade
Nationale, Paris, Ms. Lar. 254, f. 10.
de igreja de Ixworth
180abd. Histêria Naturalde Plinio, o Velho: Victoria and Albert Museum, Londres, A. L. 1504-1896.
178abe. Teto da Igreja de Garway, Herefordshire: Mi-
181. Cena de oficina de imprensa, pêgina de rosto de Hegesippus, impressa em 1511 por]. B. Ascensius: Mary Evans Picture Library, Londres.
de banco
Thorpe, Suffolk: ]. C. D. Smith, Bridgwater. chael Dixon, Dover.
178abd. Anjo em madeira de limoeiro, de Riemens-
chneider: Victoria and Albert Museum, Londres.
183a. Palécio dos papas, Avignon: Leonard von Matt, Buochs.
174e. Abade Suger, detalhe de uma janela de Saint-Denis, Paris: Soma Halliday, Weston Turville.
183ab. Ponte em Karitaina: Graham Speake, Oxford.
175c. Gabeca de Cristo, vitral da Abadia de Wissemburg: Museu de Estrasburgo (foto Sonia Halliday, Weston Turville).
ke Athenon, S.A., Atenas.
175ad. “Moisês e o Bezerro de Ouro”, painel de vitral de
SaintDenis, Paris: Soma Halliday, Weston Turville.
176. Histéria da Paixao, janela da Catedral de Chartres:
Soma Halliday, Weston Turville.
177ae. Janela da Ressurreicao, Catedral de Estrasburgo: Soma Halliday, Weston Turville.
186. Castelo dos Cavaleiros de Sao Joao, Rodes: Ekdot187. Frangocastello, Creta: Zefa, Londres. 191. Catedral de Cracévia: Giraudon, Paris. 1931. Por-
tal, Abadia de Jék: Michael Dixon, Dover.
198c. Cerco de Belgrado pelos otomanos, miniatura: Museu Topkapi, Istambul (foto Soma Halliday, Weston Turville). 194. Catedral em Suzdal: Robert Harding Associates, Londres.
Regensde al dr te Ca da la ne ja , na ri ta Ca a 177ad. Sant
195. jcone de Novgorod, a paternidade divina: Galeria Tretyakov, Moscou.
Hallima So is: Par de me Da etr No , sul a ce 177abd. Rosê
198ae. Vista de Paris, extraida das crénicas de Froissart:
burg: Soma Halliday, Weston Turville.
day, Weston Turville.
. Lat. Ms s, ri Pa e, al on ti Na ue êg th io 178ae. Bailarina: Bibl ille). rv Tu on st We , ay id ll Ha ma So o ot 1118 (f
sri Ch o ot (f i dr Ma , al ri co Es 178ad. Tocador de alaiide: topher Page, Oxford). n, Suffolk: to ng ni Ho de es ol -f de ait ga 178ce. Tocador de J.C. D. Smith, Bridgwater.
Bibliothêague Nationale, Paris, Ms. Fr. 2645, £. 321v.
198ad. Calais vista do mar: British Library, London Gotton, Ms. Aug. 1. ii. 70. 198c. Julgamento de Joana d'Arc: Bibliothêgue Natio-
nale, Paris, Ms. Lar. 5969, £. 1.
900. Castelo em Eileen Donan: Soma Halliday, Weston Turville.
9204da. Retrato de Petrarca: Bibliothêgue Nationale, Pa-
ford, Ms. Ox y, ar br Li an ei dl Bo a: rp ha de r do ca 178cd. To Tunius 11, p. 94.
ris, Ms. Lat. GO69 A v.
lmos de LutSa de o vr Li do ta be om tr de r do ca 178d. To 130, f. 59. 42 . Ms d. Ad s, re nd Lo y, ar br Li h is it Br trell:
mone Martini: Biblioteca Ambrosiana, Milao S. P. 10/27.
teca Aposio bl Bi : no ca ti Va do io il rg Vi do , do Di . 179abe 6lica Vaticana, Ms. Cod. Lar. 8225.
204ab. Frontispicio do Vrgiliode Petrarca, ilustrado por Si-
907. O Casamento de Arnolfini por Jan van Eyck: National Gallery, Londres.
289
LISTA DE ILUSTRACOES
9208. Desenho de helicéptero por Leonardo da Vinci: Institut de France, Paris, Ms. B, f. 88v.
219e. Pagina do Monumentum de Celsus Maffeus: British Library, Londres.
909. Assassinato de Joao Sem-Medo, dugue da Borgonha: Bibliothégue Nationale, Paris, Ms. 5084, £. 1.
919ad. Cartas de jogar assinadas por]. de Dale: Bibliothêgue Nationale, Paris.
9219. Mapa da Suica por Konrad 'Turst, extraido de De
9290a. Mapa da Europa do Liber Floridus de Lambert de
Situ Confoederatum Descriptio: Zentralbibliothek, Zurigue.
214. Palêcio do doge, Veneza: Scala, Florenca.
216. Cristo do guadro de Donatello Eatrega das Chaves:
Ardres: Biblioteca da Universidade, Gand, Ms. 92, £.
241r.
9290ab. Cépia de um mapa de Inglesmoor, Yorkshire
(atualmente Lincolnshire): Public Record Office, Lon-
Victoria and Albert Museum, Londres.
dres, M. P. C. 56.
217. Retrato do pai do artista (detalhe), de Albrecht Da-
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218a. Impressor com prensa fechada, extraido de um desenho de Direr: Mary Evans Picture Library, Londres.
995ae. Infante D. Henrigue, detalhe do triptico de Sao Vicente, de Nuno Goncalves: Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa (foto Giraudon, Paris).
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saad
di N
se
DM
INDICE TOPONIMICO
Uma entrada seguida de um asterisco indi-
Aksaray (Turguia), 88* 99'N 84*09'L, 185
um condado, um ducado, um earldom, um
Al-Andalus*, 70
ca uma unidade territorial (por exemplo,
palatinado, uma provincia, um sub-reino ou Uma regiao)
(Turguia), 86* 89' N 89* O2'L, 185 Alanya Alava", 70
Aarberg (Suica), 47* 05' N 7 17 L, 210 Aargau*, 210 Aarhus (Dinamarca), 56* 10' N 10" 1S'L, 68, 165 Abadia (Espanha), 40* 16' N 5* 58' O, 114 Abbeville (Franca), 50" 06' N 1* BYL, 165, 208
Albacete (Espanha), 39” 00' N 1% 529 O, 70 Albala (Espanha), 89” 15'N 6" 12'O, 114 Albarracin (Espanha), 40* 25' N 1” 26' 0,
Abbeydorney (Rep. da Irlanda), 52* 20 N 9” d0' O, 202
Abbeylara (Rep. da Irlanda), 59% 55' N 7 27 O, 09
R
Abbeyleix (Rep. da Irlanda), 52” 55' N 7"
os
2%) O, 202
'
Aberdaron, 52” d9' N 4” 48 O, 48 Aberdeen (RU), 58* 10' N 2* 04 O, 165,
901
oe
ae
Abington (Rep. da Irlanda), 52* S8'N 8” 25 O, 202
Acre (Israel), 82* 55' N 85* 04" L, 90, 111, 188
Adana (Turguia), 87” 00' N 85” 19' L, 90, 112, 185
Adare (Rep. da lrlanda), 52” 84' N 8” 48 O, 902 Ter OS'L, 45* Aden (Ilëmen do Sul), 12” 47 N 50, 69
36
jas
(Turguia), 87” 45' N 28* 50 L,
Agde (Franca),
118
8” 29' L, 40, 98,
48“ 19'N
Agen (Franca), 44” 12' N 0* $8' L, 40, 55, 98, 104, 118
As
Agenaist, 98, 118, 196
||
Aghaboe (Rep. da Irlanda), 52* SYN 7
|
50 28' N 2* 08'L, 190 Agmeourt (Franga),
28' O, 48, 202
Agrigento (Girgenu) (Itlia), s7 19 N
|
N
GE,yd 187
'
|
es
aI
ss de
|
18" SEL, 45, 96, 40”187 21' N 14* Ee59' Ly 45, Agropoli (Italia), ys
ML,
AiguesMortes (Franca), 45” 54 N4
|
Athleague (Rep. da Irlanda), 58” 34' N 8”
Ardagh (Rep. da Irlanda), 52* 28' N 9* 04'
Athlone (Rep. da lrlanda), 58% 25' N 7E 56'
Alc&cer do Sal (Portugal), 88" 22' N 8* 80”
Ampurias (Espanha), 42* 08'N 8” OS'L, 70, 114, 187 Amsterda (Holanda), B2* ?1' N 4? 54'L,
Ardee (Rep. da Irlanda), 58* 52' N 6* 88'
Alcacovas (Portugal), 58* 28' N 8* 09 O,
Anagni (Itilia), 41” 44'N 138" 10'L, 94, 96,
O, 202 Ardfert (Rep. da Irlanda, 52* 20' N 9” 47'
Athy (Rep. da Irlanda), 52* 59' N 6” 59' O, 98, 202 Atouguia (Portugal), 89” 20' N 97 20' O,
Ardfinnan (Rep. da Irlanda), 52* 19' N 7*
Attalia, vide Antilia
Alborg (Dinamarca), 57* 08' N 9* 56'L, 68, 128 O, 70,114, 228
928
Alcalé (Espanha), 40* 28' N 8* 22' O, 165
Alcantara (Espanha), 89” 44' N 6* 55' O,
70,114
8" 12: O,114
Alcobaca (Portugal), $9* 82' N 8” 59 O, 114, 165, 225
Alcoutim (Portugal), 57” 28' N 7* 28* O,
228 Alemanha*, 4), 52
Alenguer (Portugal), 89” 035' N 9* 00' 0,
Acerra (It4lia), 40% 56' N 14* 9' L, 45, 96
N
Arcos de Valdevez (Portugal), 41” 51'N 8*
Abrantes (Portugal), $9X 28' N 8* 12' 0, 228 Acerno (Itlia), 40” 44' N 15* 04' L, 96
ma
Amorgos (Ilha) (Grécia), 86* 49', N 25*
Albenga (Itlia), 44 08'N 8” 1S'L, 45 Albi (Franca), 48” 56' N 2* O8' L, 40, 75, 98, 118, 165, 187, 196
Alencon (Franca), 48” 25' N 0” 05' L, 75,
Abruzos, 96, 212 Arerenza (Idilia), 40" 48' N 15” 56'L, 96
4
j!
Fi
44” 18' N 0” 21 L1 Afguillon (Franca),
06
Aire (Franca), As 49'N 0” 15' O, 40, 98, 104
Ais (Alemanha), 50” 46' N 6* 06' L, 18, 52, 80,94, 908, 208 Ape(Eranca), 48* 81'N 5* 27 L, 40, 52, 80, : 104, 118, 165, 196 Afaccio (Franca), 41* 55' N 8* 48' L, 48,
jo sn
Astorga (Espanha), 42” 27' N 6” 28' O, 70, 114 Astirias*, 70
212
Athenry (Rep. da Irlanda), 53” 18' N 8” 45'
Abo (Finlindia), 60* 27 N 98* 15'L, 198 Aboyne (RU), 57” 04' N 2* 48' O, 201
67,184, 185 Amberes (Bégica), 51” 18'N 4* 95'L, 88, 75, 80, 128, 188, 165, 196, 205, 208
Aguino (Itilia), 41” 27' N 18” 49' L, 96, 109 Aguitinia*, 18, 40, 52, 75, 98, 196 Aragao*, 19, 70, 98, 114, 118, 189
28, 52, 80, 94, 203, 212
Arce (It&lia), 41” 85' N 18* 85'L, 109
70,114
Alcra (Espanha), 39” 10' NO 97 O, 114
199
od
Amastris (Turguia), 41” 44' N 82 94'L,
Asti (Ttdlia), d4* 54' N 8” 18'L, 43, BO, 94,
Arbon (Suica), 47* 31' N 9* 27'L, 210 Arbroath (RU), 56” 54'N 2 85' O, 201
Abernethy (RU), 56* 20' N 8” 19* O, 201
Abingdon (RU), 51” 41' N 1* 17' O, 48,
185
Aaguiléia (Itélia), d5* 47' N 18” 22'L, 18,
Atenas (Grêcia), 38” 00' N 23” 44'1, 12, 18, 19, 28, 85, 67, 112, 188, 184, 185, 187 Athbovy (Rep. da Irlanda), 53” 87' N 6” 55"
Alcazar de San Juan (Espanha), 39” 24' N
Aberstwyth (RU), 52” 25' N 4” 05" O, 98
OO
Alba (It&lia), 44” 49' N 8” 09' L, 48
Abergavenny", 199
Abergcle (RU), 55” 17 N 8" 84 O, 48
om
Alabano (Ilia), 41” 44'N 12% 40'L, 48
Amance (Franca), 47” 48'N 6” O4'L, 208 Amasia (Turguia), 40* 87 N 85* GO'L, 67,
196
225
Aleppo (Beroea) (Siria), 86* 14' N 877 10' L, 86, 50, 67, 69, 90, 111, 112, 188, 185
Alessandria (Itélia), 44” 55' N 8* 57' L, 78,
94, 212 Alexandria (Egito), 31” 13' N 29” 55'L, 18, 19, 86, 50, 69, 11, 112, 188
Al * 228 Nie (Espanha), 86* 08' N 5* 27" O, 70, 114
Alghero (Itlia), 40* 34'N 8* 19'L, 187 Alicante (Espanha), 88” 21' N 0* 29' O, 70,
114, 187 Alife (It&lia), 41” 20' N 14* 20' L, 96 Aljustrel (Portugal), 87" 52' N 8” 10' O,
58? 40' 40' NN9"9” 09'O sie ada (Po rrugal), ,S8*
ed EG
A0X 43C N 6* 55 O,
(Espanha), 86” 50' N 2” 26' O, 18,
70, 114, 188
Almodêvar (Espanha), 58* 4' N 4*10'0, 70
nwick (RU), 55* 25' N 1” 42' O, 199
she
(Alemanha), 48* 20' N 8” 25 a
.
Alpuente (Espanha), 59* 58'N 1 01” O, L,
208
Ë
(Espanha), 42" 10' NO" OV L, 70 Fa Als&cia Superior*, 208 E Als&cia, 80
18' N 9” 17 L, 219 Al St John (Suica), 47” 55' N B” 56. L210
Aldorf (Suica), 46"
12” 27 Altenburg (Alemanha), 50" 59'N L, 94, 165, 208
Alumark*, 205
oe
Altstatten (Suica), A7” 22 N9 83 Amalf (It#lia), 40” 57'N 14” S6'L,
od
Amboise (Franca), 47” 25'N 1? O0'L, 75
Amida, vide Diyarbakir
Amiens (Franca), 49" 54' N 2” 18' 1, 40, 52, 75, 98, 118, 165, 196, “08
54'N, 184
12, 128, 208
109
Anatblia*, 185
Anazarbus (Turguia), 87” 09' N 85* 46'L,
86, 67
Ancara (Ancira, Angora) (Turguia), 39* 55' N 32” GO" L, 18, 19, 86, 67, 69, 111,
188, 184, 185 Ancira, vids Ancara Ancona (Itilia), 43* S7' N 18” ST L, 48,94, 109, 187, 212
Andermatt (Suica), 46” 88'N 8* 86'L, 78
Andravidha (Grécia), 37” 54' N 21" 16'L,
185
Andria (Itilia), 41” 14'N 16” 18'L, 96
Andrinépolis, vide Edime
Andros (Ilha) (Grécia), 87? 49' N 94* 54' L, 184
Andiijar (Espanha), 38” 02' N 4” 03' O, 114 Angers (Franca), 47" 29' N 0” 82' O, 40,
O, 202
Arc (Franca), 477 O?'N 5? d6'L, 196
Arcos (Espanha), 56” 45' N 5* 49' O, 70 25' O, 928
O, 48, 202
O, dB, 202
53' O, 8
Ardmore (Rep. da Irlanda), 51* 57' N 7* A5' O, da Arelate, vide Arles
Arezzo (Itélia), 48* ?8' N 11* 53'L, 109, 165, 204
Argel (Argélia), 86" 50' N 8* OO'L, 12, 19,
138 Argenteuil (Franca), 48* 57' N 2* 15'L, 75
Argos (Grécia), 37” 38'N 22% 48'L, 184, 185 Argyle*, 201
Argyll*, 201
Ariano Irpino (Itlia), 41” 09' N 15* O5'L, 96
Arklow (Rep. da Irlanda), 52* 48' N 6* 08"
O, 202
15' O, 202
O, 98, 202
9298
Atigny (Franca), 49* 28' N 4” #85'L, 52, 75
Auch (Elimberris) (Franca), 48” 40' N 0* 86'L, 18, 40, 98, 104, 118, 196
Augsburg (Alemanha), d8* 21' N 10* 54' L, 80, 94, 165, 203 Augst (Suica), 47X S2C N 7X 4ACL, 210
Augusta Treverorum, vide Trier
Auimay (Franca), 46” 01' N 0* 27 O, 104 Auldearn (RU), 57% 34'N 8* 48' O, 201 Aureliani, vide Orl£ans
Aurillac (Franca), 44” 56' N 2* 26' L, 104, 118 Austrasia*, 18, 40, 52
Autun (Franca), 46* 58' N 4* 18'L, 40, 52, 75, 118, 208
Arles (Franca), 48” 41' N 4” 38'L, 18, 28,
Auvérnia*, 40, 75, 98, 118, 196 Auxerre Franca), 47” 48' N 8” 35'L, 40, 52, 75, 104, 118, 165, 208
Anglesey (ha) (RU), 58” 17 N 4* 20' 0,
Armagh
Avellino (It&lia), 40” 49'N 14* 47 L, 96
Angmagssalik (Groenlêndia), 65” 85' N
Armagnac*, 98, 118, 196
52, 75,98, 118, 165, 196 199
38" 00 O, 63 Angora, vide Ancara
Angulema (Franca), 45% 40' N 0” 10' L, 40, 59, 75, 98, 118, 196
Anhalt*, 208 Aniane (Franca), 43” 41' N 3” BE" L, 5? Anjou*, 75, 98, 118, 196 Ankiam (Alemanha), 58* 52' N 1 42'L, 128 Annaba (Bêne) (Argélia), 8 55'N 77 A7'L, 18, 28, 69
Annaberg (Alemanha), 50” 85' N 18” 01"
L, 165 Annan (RU), 54” 59' N 8" 16' O, 201 Antdlia (Attalia) (Turguia), 36” 58' N 80” d9'L, 67,184, 185 Antioguia (Turguia), 86* 12' N 36* 10'L, 18, 86, 50, 67, 9%, 112, 188, 185 Anuvari, vide Bar Antrim (RU), 54” 45'N 6” 18' O, 48 Aosta (Itilia), 45” 43'N 77 19'L, 48, 78,94, 208, 212 Apaméia (Sfria), 85* S1' N 86* 28'L, 86 Appenzell (Suica), 47” 20' N 9* 25'L, 210 Appleby (RU), 54” 86'N 2* 20' O, 199 Apt (Franca), 48” 52'N 5* 28'L, 118 Aptlia*, 8, 9% Aguéia*, 184, 185 Aguila (It4lia), 42* 22' N 18” 24' L, 96, 212
36, 40, 52, 80,94, 118, 164, 187, 196 202
(RU), 54” 21' N 6” 89' O, 48, 98,
Armênia*, 19, 50, 90, 112 Arnhem (Holanda), 52* 00' N 5* GB' 128 Arpino (Itélia), 41” 38'N 18* #7L, 109 Araua (Itdlia), 45” 16' N 11” d4'L, 204 Arraiolos (Portugal), 58” d4' N 7” 59" 298 Arran (Ilha) (RU), 55” 85' N 5” 15' 201 Arras (Franca), 50" 17' N 2” 46'L, 40, 75, 118, 196, “08
L,
Avaricum, vide Bourges
Avenches (Suica), 46” 53'N 77 OS'L, 210 Aversa (1tilia), 40* 58'N 14* 18'L, 96, 109
Avignon (Franca), 438” 56' N 4” 4B'L, 75, 80, 94, 118, 165, 187, 196, 204
Avila (Espanha), 40" 89' N 4* 429" O, 70, 114, 165
O, O, 52,
Arronches (Portugal), 39” 08' N 7” 16' 0,
998 Arruda (Portugal), 88* 59' N 9” 04 O Arta (Grécia), 59* 10' N 20* 59'L, 184 Arth (Suica), 47” 08' N 8* #2'L, 210 Artois*, 75, 118, 196, 208 Arundel (RU), 50* 51' N 0* 84' O, 199 Arztia (Espanha), 42” 55' N 8” 10" O, 104
Aschaffenburg (Alemanha), 49” 58' N 9*
10'L, 208 Ascoli (Itlia), 42* 52" N 18 BE' L, 48, 96, 109 Askeaton (Rep. da !rlanda), 52* 86' N B" 58' O, 202 Assis (Itilia), 43* 04' N 12” SB7'L, 109, 165, 212 Assua (Egito), 24* 00' N 82* 58' L, 50, 69, 112
Avis (Portugal), 89* 08' N 7” 54' O, 228 Avranches (Franca), 48* 42' N 1* 21' O, 75,98, 118
Axminster (RU), 50” 47 N 8* 00" O, 48 Ayent (Suica), 46" 17' N 7* 25'L, 210 Ayr (RU), 55* 28' N 4* $8' O, 98, 201 A2z0v (Riissia), 47” 06' N 39" 26'L, 19, 63, 185, 195 Badajoz (Espanha), 88* 58' N 6* 58' O, 70, 114
Baden (Alemanha), 48% 45' N 8* 15'L, 205 Baden (Suica), 47* 28' N ê8* 19'L, 210
Baeza (Espanha), 88* 00' N 8* 28' O, 70, 114
Bagd3 (Irague), 88* 20' N 44* 26'L, 50, 69, 111
Baiona (Franca), 48* 50' N 1* 28' O, 70,
98, 118, 165, 196
Balla (Rep. da Irlanda), 538* 45'N 9" 10' 0,
d8
Ballymore (Rep. da Irlanda), B8* 99' N 7? 40'O, 202 Ballyteige (Rep. da Irlanda), 59" 19' N 6" 45' O, 202
INDICE TOPONIMICO Balmerino
(RU), 56” 26 N 83” 02' O, 201
Balunglass (Rep. da Trlanda), 527 57'N 6” 42'O, dB, 202
Bamberg (Alemanha), 49” 54' N 10” B4'L, 80, 94, 165, 208 Bamburgh (RU), 55” 86' N 1* 4?" O, 199 Banff (RU), 57” 46 N 2” 31 O, 201 Bangor (RU), 538” 15'N 4” 08' O, 48, 199 Bangor (RU), 24” 40' N 5” 40” O, 48
Banja Luka (Bésnia-Herzegovina), 44” 47 N17*1VL,
184
Banwell (RU), 51* 20' N 2* 52 O, 48
Bar (Antivari)
(Montenegro),
19* O6'L, 184, 203, 208
42” 05' N
Barbastro (Espanha), 42” 02' N 0“ O7'L,
70,114 Barcelona (Espanha), 41” 95' N 9“ 10'L,
12, 18, 19, 28, 52, 70, 114, 183, 165, 187, 224
Barcelos (Portugal), 41” 32'N 298
8* 57 O,
Bardney (RU), 58” 12' N 0* 91' O, 48, 199
Bardsey (RU), 59” 46'N 4* 48' O, 48
Barfleur (Franca), 49* 40'N 1” 16' O, 98,
196 Bari (Italia), 41” 07'N 16* 59' 1, 67, 96, 212 Barking (RU), 51” 88'N Y* O6G'L, 48 Bar-le-Duc (Franca), 48” 46' N 5* 10'L, 196
Barletta (Itlia), 41” 20' N 167 17 L, 96
Barnard Castle (RU), 54” 8%'N 1 55' O, 199 Barrow (RU), 58” 41'N 0” 28' O, 48 Bar-sur-Aube (Franca), 48” 14' N 4% 48'L, 75 Bar-sur-Seine (Franca), 48” 07 N 4” 98'L, 75, 208
Barukhan", 185 Basiléia (Suica), 47” 82'N 7" SG'L, 80,94,
165, 208, 208, 210 Basra (Irague), 30” 80' N 47” BO0'L, 50, 69, 111 Batalha (Portugal), $9* 40'N 8* 56' O 165, 923 Bath (RU), 51” 28' N 27 29' O, 48, 98, 118, 199 Battle (RU), 50* 55' N 0* 29'L, 199 Batum (Ruissia), 41” S7'N 41” S6'L, 112, 185
Baulmes (Suica), 46* 48' N 6” 32'L, 40
Bautzen (Alemanha) SIF 11'N 14” 29'L,
188 Baviera* 18, 40, 52, 80, 188, 208
Baveux (Franca) 49* 16' N 0* 42 O, 75, 9B,
118, 165
Baza (Espanha), 37” 30' N 2” 45 O, 70, 114
Bazas (Franca), 44” 26' N 0” 12' O, 40, 98,
118, 196 Béamn, 98, 118, 196 Beaucaire (Franca), 43” 48' N 4” S7 L, 118, 188 Beaulieu (Franca), 47” $8'N 2” 4B'L, 40 Beauly (RU), 57” 29' N 4* 59 O, 201 Beaumaris (RU), 58* 16' N 4” 05 O, 9B, 165, 199 Beaune (Franca), 47" 02'N 4” O5'L, 208 Beauvais (Franca), 49” 26' N 2” 05'L, 52, 75, 118, 165, 208
Bergerac (Franca), 44” 50'N 0" 29'L, 104, 196 Berkley (RU), 31" 42' N 27 27 O, 48 Berkshire*, 199
Berlim
(Alemanha), 52” 89' N 18” 95' L,
12, 128, 188 Berna (Suica), 46” 57' N 77 96'L, 12, 78, 94, 165, 208, 210 Bernau
188
(Alemanha), 52” 41'N
18” 36'L,
Beroea, vide Aleppo.
Beroun (Rep. Tcheca), 49” 58' N 14* OSL, 188
Berry", 75, 196 Berwick (RU), 55” 46' N 2* 00" O, 98, 199,
201
Besala (Espanha), 42” 12' N 9" 49' L, 70, 114
Besancon (Besontio) (Franca), 477 14' N
6” 02 L, 18, 40, 52, 80, 94, 118, 196, “08, 208 Besau*, 187
Besontio, vide Besancon Béthisv (Franca), 49” 17 N 2“ AL, 75
Béthune (Franca), 50” 32'N 2” S@'1L, 208
Beverlev (RU), 58* 5T`N 0” 26' O, 48, 165 Béze (Franca), 47” 28' N 5" 16'L, 40
Béziers (Franca), 48” 28'N 8” 18'L, 98, 116
Bialystok (Polênia), 58* 09' N 928" 10 L, 190
Biasca (Suica), 46* 22'N 8* 58'L, 210 Biberach (Alemanha), 48” 21'N 8“ O9'L, 205 Biel (Suica), 47” O9'N 7 16 L, 210 Bielefeld (Alemanha), 52” 02' N 8* $2'L, 128
Bigorra*, 98, 118, 196
Bijeljina (BOsnia-Herzegovina), 44” 46' N
19” 14'L, 184
Bilbao (Espanha), 48* 15'N 2* 56' O, 70
Birka (Suécia), 59” 25' N 17“ 56'L, 68 Burr (Rep. da Irlanda), 58” 05' N 7 54' 0, AR, 98, 202 Bisaccia (Itilia), 41* 02' N 15” 28'L, 96 Bisceglie (Itélia), 41” 14'N 16” ST L, 96 Bischofszell (Suica), 47” 80' N 9” 15' L, 210 Bishops Casde*, 199 Bishops Waltham (RU), 50* 58' N 1” 12' O,48 Bishopston (RU), 51” 35' N 4* 05' O, 48
Bisignano (Itdlia), 39” 81" N 16* 17 L, 48, 96 Bitetto (Itlia), 41* 02'N 16” 45'L, 96
Bitinia", 185
Bitola (Monastir) (Macedênia), 41” OT N
21* 2V L, 184, 185 Bitonto (It4lia), 41” 07 N 16” 4VL, 96 Black Castle (Rep. da Irlanda), 52* 58'N 6” 05' O, 02 Blackwater (Rep. da Irlanda), 52* 26' N 6* ' O, 202 Blaenliyfni*, 193 Blaye (Franca), 45” 08' N 0” 40' O, 104 Bledzew (Polênia), 52* 81' N 15” 28'L, 188, 190
Blekinge*, 68 Blenio*, 210
Bebenhausen (Alemanha), 48” 8$8' N 9”
Belgrado (Sérvia), 44” 50' N 20* SO'L, 12,
Blyth (RU), 55” 07' N 1* 80" O, 199 Bobbie (Itlia), 44* 46' N 9” ?28'L, 48, 52, 80, 94, 109, 212 Bochnia (Polênia). 49” 59' N 20* 25' L, 190 Bodmin (RU), 50” 29' N 4” 45' O, 48 Boëmia, 19, 52, 80, 94, 188, 190, 192, 205 Boiano (Itilia), 41” ?8' N 14” 20'L Boleslawiec (Polênia), 51 16'N 15” S4'L, 188, 190 Bolonha (Itlia), 44* 830'N 11* 20'L, 78, 94, 109, 188, 165, 208, 204 Bolzano (Itlia), 46* $0'N 11* 22'L, 48, 78 Bêéne, vide Annaba Bonn (Alemanha), 50* 44'N 7” O6'L, 12
18, 19, S6, 67, 188, 184, 185, 192 Belin (Franca), 44” 29' N 0” 47 O, 104 Belléme (Franca), 48” 22'N 0” 3#4#'L, 75 Belley (Franca), 45” 46' N 5" 4V'L, 118 Bellinzona (Suica), 46* 12'N 9” (2'L, 48, 78 Belluno (Itilia), 46” 08' N 12” 18'L, 208, 212 Belorado (Espanha), 42* 25' N 8* 11” O, 104 Benevento (Itélia), 41” 08'N 14* 46'L, 18, 19, 48, 52, 96, 109, 22 Benken (Suica), 47” 89' N 8* S9'L, 210 Berantevilla (Espanha), 42” 41' N 2* 50 O, 70 Berg", 205 Bérgamo (It4lia), 45” 42' N 9” 40' L, 48, 78, 80, 94, 204, 212 Bergen (Holanda), 51” 86' N 6” 02' L, 208 Bergen (Noruega), 60” 28' N 57 20'L, 19, 68, 128, 1858
Blonay (Suica), 46” 28' N 6” 54'L, 210
Bopfingen (Alemanha), 48* 52' N 10* 22 L, 205 Borba (Portugal), 58” 88' N 7” 28' O, 223 Borbonesado", 75, 118, 196
Bordéus (Burdigala) (Franca), 44” 50'N
0” 84" O, 18, 56, 40, 52, 9B, 104, 118, 138, 165, 187, 196 Borglum (Dinamarca), 57” 22' N 9 SV L, 68
Borgonha*, 18, 19, 40, 48, 52, 75, 80, 94, 98, 118, 196, 205, 208
Bosanska Krupa
Bovino (Jtalia), 41” 15' N 15*
LL. 96
Bovle (Rep. da Irlanda), 58" 58' N 8” 18' O, 165, 202
Brabante*, 80, 94, 98, 196, 203, 208
Brac (IIha) 184
(Crodëcia), 43”
N 16” 40'L,
Bradford (RU), 51* 22'N 27 15 O, 48
Bradwell (RU), 51
44' NO” 54'L, 48
Braga (Portugal), 41” 32' N 8* 26' O, 70, 104, 114, 228
Braganca (Portugal), 41” 47' N 6” 46' O, 70, 114, 228
Blois (Franca), 47” S6' N 1” 20" L, 75, 98, 118, 196
OE'L, 2058 Beckford (RU), 52* 01'N 2” 02 O, 48 Bective (Rep. da Irlanda), 58” 36' N 6* d2' O, 202 Bedford (RU), 52* 08' N 0” 29 O, 199 Beinwil (Suica), 47” 17 N 8" 12'L, 210 Beirute (Libano), 88* 52' N 85* S0'L, 12, 50, 90, 188 Beja (Portugal), $8* 01 N 7” 52' O, 70, 114, 2258 Bela Crkva (Macedênia), 44” 54' N 21” 25' L, 184 Belas (Portugal), 88* 46' N 9* 15' O, 223 Belém (Portugal), 88* 41`N 9* 12' O, 114, 165, 225
Bova (Italia), 38” 00' N 15% B6'L. 96
(Bésnia-Herzegovina),
44“ S'N 16” 10'L, 184
Bésnia-Herzegovina", 19, 52, 184, 185, 192
Boston (RU), 52” 59 N 0OX 01' O, 128, 199 Bosworth (RU), 52* 42' N 1” 28' O, 199 Boulogne (Franca), 50” 45' N 1* 87 L, 40, 592, 75, 98, 208 Bourges (Avaricum) (Franca), 47” 05'N ge 99'1,, 18, 40, 52, 75, 98, 104, 118, 165, 196
Brancepeth (RU), 54” 44'N 1” 39' O, 199
Brandenburgo (Alemanha), 52” 25' N 12”
34'L, 19, 80, 94, 128, 188, 190, 203 Braniewo (Braunsberg) (Polênia), 54* 24' N 19” 6O'L, 128, 190 Braslav (Russia), 55” 34` N 27” O6G'L, 190 Bratislava (Pressburg) (Esloviguia), 48” 10' N 17" 10'L, 94, 165, 188, 192 Brattahlid (Groenlindia), 61” 00' N 45" 25 O, 63
Braunsberg, vide Branicwo
Brechin (RU), 56” 44' N 2” 40' O, 201
Brecon (RU), 51* 57 N 8“ 24' O, 199
Bredon (RU), 52* 02' N 2“ 07 O, 48 Breffny*, 202 Bregenz (Austria), 47” S'N 9” 46'L, 78 Breisach (Alemanha), 48* 09 N 7* S6'L, 208 Breisgau", 208 Brema (Alemanha) 58” 05' N 8 48'L, 68, 80, 94, 128, 183, 208 Bremgarten (Suica), 47” 21'N 8“ 21'L, 210 Bréscia (Itilia), 45” 88'N 10” 18'L, 43, 78, 80, 94, 109, 212
Breslau
(Wroclaw)
(Polênia), 51” 05' N
17* OO" L, 198188, 165, 188, 208 Brest (Franca), 48” 238' N 4” $0' O, 196 Bretanha*, 40, 52, 98, 118, 196
Breteuil (Franca), 49* 88 N 9 I8'L, 75
Bretigny (Franca), 48” 37 N 2” 19'L, 106
Bréval (Franca), 48” 57 N1* S9'L, 75 Bridgnorth (RU), 52” 88' 25' O, 199 Bridgwater (RU), 51” 08' N $* 00 O, 199 Brienne (Franca), 48” 24' N 4* $2'L, 75 Brindisi (Itilia), 40* 87 N17* BT L, 48, 67, 96, 212 Bristol (RU), 51” 27'N 2* $5* O, 165, 199
Brive-la-Gaillarde (Franca), 45” 09' N 1”
39'L, 165 Brixen (Italia), 46” 43' N 11” 40' L, 80, 94, 208
Brixworth (RU), 52” 20' N 0” 54' O, da
Brno (Brinn) (Rep. Tcheca), 49* 18'N 16* 40'L, 188, 192, 208 Broc (Suica), 46* 87' N 77 07 L, 210 Brod (Croëcia), 45* 09' N 18* OO'L, 184 Bromfield e Yale*, 199 Bromvard (RU), 52” 11' N 2* 30" O, 48 Brugg (Suica), 47* 29'N 8 18'L, 210
Brujas (Bélgica), 51” 18' N 8” 14#'L, 75, 9%,
118, 128, 185, 165, 196, 205, 208 Brumath (Franca), 48” d4' N 7” 48'L, 52
Briinn, vide Bmo
Brunswick (Alemanha), 52* 15' N 10* 80" L, 80, 94, 128, 165, 203 Brusthem (Bélgica), 50” 48' N 5* 18' L, 208 Bruxelas (Bélgica), 50” 50' N 4* 2V'L, 12, 75, 158, 165, 208, 208 Brzeg (Polênia), 50* 52' N 17” 27' L, 180, 19* Bucara (Rissia), 89” 47' N 64* 26' L, 50, 69, 111 Bucareste (Romêënia), d4* 25' N 26” O7'L, 12, 185, 192
Buckingham", 199
Buda, vide Budapeste
Budapeste (Ofen) (Hungria), 47” 30' N
19” OS'L, 12, 19, 63, 94, 183, 165, 192 Budweis, vide Ceské Budêjovice Bugia (Argélia), 86” 49' N 5* 08' L, 69, 1585, 187 Builth (RU), 52” 09' N 8* 24' O, 98, 199 Bukowo (Polênia), 54” 20' N 16* 20' L, 190 Bulach (Suica), 47" $2'N 8* 82'L, 210 Bulle (Suica), 46* 87 N 7" 04'L, 210 Burdigala, vide Bordéus
Buren (Suica), 47” 08' N 7 28'L, 210
Burgas (Bulgiria), 42* S0'N 27” 29'1, 185 Burgau*, 205 Burgdorf (Suica), 47” 08' N 7* S8'L, 210 Bursa (Turguia), 40* 12' N 29 04'L, 155, 185
Bury StEdmunds (RU), 52* 15'N 0" 48'L,
AB, 98, 199 Busra (Siria), 82” 80' N 86” 29' L, 36, 50, 112 Butera (Itélia), 877 12' N 14* 12'L, 96
Buxtebude (Alemanha), 58* 29' N 9” 42'
L, 128 Bytom (Polênia), 5% 21' N 18* 51' L, 188, 190
Cabra (Espanha), 37” 28' N 4* 28' O, 70
Cacabelos (Fspanha), 42* 36' N 6* 44:0, 104
Caceres (Espanha), 39” 29 N 6* 23' O, 70
Gadis (Espanha), 36” 32'N 6* 18' O, 36,
Castela*, 19, 70, 98, 114, 187, 293, 994 Castellammare L, %6, 187
Dies (Iralia), 40” 38 N 16” 5TL,
70, 114, 188, 994
Caen (Franca), 49* 11' N 0" 92' O, 75, 98, 165, 196
Castellên (Espanha), 89* 59' N (0e 0s' E 70, 114
Caerleon*, 199 Caernarvon
(Itlia), 40” 47 N 14* 99
(RU), 53” 08' N 4 16' O, 98,
165, 199 Caerphilly (RU), 51* 85'N 8” 14: O, 199
CGaerwent (RU), 51” S7' N 2” 46' O, 48 Caesarodunum, mde Tours
Capli (Italia), 48” $3'N 12” S8'L, d8
Cagliari (Ttalia), 89” 18'N 97 OS'L, 48, 187,
212
Cahors (Franca), 44” 28'N 0” 26'L, 40, 75,
98, 104, 118, 133, 165, 196
CGaiazzo (Italia), 41” 10 N 14” 22'L, 9
Cairo (Fustat) (Egito), 30" 08'N 81” I5'L, 19, 50, 69, 111, 112, 185 Caistor (RU), 58” 30' N 0” 20" O, 48 Caldbria*, 48, 67, 96, 212 Calahorra (Espanha), 42* 19' N 1* 58 0,
70, 114
Calais (Franca), 50* 57 N 1* 59'L, 19, 196, 208 Calcedénia (Turguia), 40” 59' N 29* O2'L, 36, 184
Callinicum, vide Ragga
Castelo Branco
(Portugal), 39* 50 N Re
BSO'L, 114, 293 Castelo de Vide (Portugal), 89” 95' N 7e 27" O, 228 Castullon (Franca), 42* 55' N 1* OT'L, 196 Gastledermot (Rep. da Irlanda), 52? 55' N 6” 50” O, 48, 02
Castor (RU), 52” 85' N 0” 207 O, 48 Castres*, 118
Castro (Itlia), 40” 00 N 18” 96'L, 96 Castro Marim (Portugal), 87” 18' N 7e 96 OO. 223
Castrogeriz (Espanha), 42* 17 N 4” 09 0, 104
Catalayud (Espanha), 41* 21' N 1* 897 0,
70, 114 Catalunha*, 187 Catanhede (Portugal), 40* 20' N 8* s6' O, 993 Catania (Italia), 87” S1' N 15* 06'L, 43, 67, 96, 165, 187, 212 Cattaro (Montenegro), 42* 27' N 18” 46'
L, 185, 212
Calne, 51* 27' N 2* 00" O, 199 Caltabellotta (Ttalia), 37” 85'N 18” 15'L, 96 Caltagirone (Itilia), 37” 14' N 14” SV L, 96 Caltavuturo (Itdlia), 87” 49' N 18* 54'L, 96
Caus*, 199
75, 80, 94, 118, 203, 208 Cambridge (RU), 52* 12' N 0” 07' L, 165, 199
SO'L, 184 Cefalu (Itdlia), 39” 05'N 14* OS'L, 96 Celano (Itlia), 42” 06' N 18* S3'L, 96
Cambray (Franca), 50” 10' N 8” 14' L, 40,
Camerino (Itilia), 48” 08' N 18” 0O4' L, 48,
94, 109
Campania *, d8 Campos Cataldunicos (Franca), 48” 44' N
8” a0'L, 28 Canaldoli (Tt4lia), 43” 43' N 11” 46' L, 80, 94, 109 Candia (Grécia), 35” 20' N 25” O8'L, 1588, 184, 185 Canfranc (Espanha), 42” 42' N 0” S1'O, 104 Canosa (Itilia), 41” 13'N 16” 04'L, 43, 96 Canterbury (RU), 51% 17' N 1* O5'L, 48, 68, 98, 118, 165, 199 Cantref Bychan*, 199 Capaccio (Itilia), 40* 24' N 15” 05' L, 96 Capadêcia*, 36, 67 Capranica (Italia), 42” 15'N 12 1V L, 204 (Capri (Iha) (It&lia), 40* 84'N 14“ 15'L, 96 Capua (Itdlia), 41” 06'N 14* 13'L, 48, 96, 109 Caput Vada (Tunisia), 85” 10' N 11” O6'L, 36 Caracuel (Espanha), 38” 50' N d* 04' O, 70
Caransebes (Romênia), 45” ?28' N 29” 18'
L, 184 Carcassona (Franca), 48* 18' N 2“ 9T'L, 70,118, 165, 187 Cardiff (RU), 51* 80' N 83* 13' O, 199 Cardigan (RU), 52* 06' N 4” 40' O, 98, 199 Carinola (Italia), 41” 12' N 18* 59 L, 96 Carintua *, 18, 52, 80, 199, 2053 Carlisle (RU), 54* 54' N 2” 55' O, 48, 68, 98, 165, 199 Carlow (Rep. da Irlanda), 52” 50' N 6* 55' O, 202 Carmarthen (RU), 51* 52' N 4* 20' O, 199 Carmona (Espanha), 37* 28' N 5* 38' O, 70 Carniola*, 52, 80, 94, 203 EP ntras (Franca), 44” 05' N 5“ OS'L, Carrhae (Harran) (Turguia), 86* ge OT'L, 36 Carrick (Rep. da Irlanda), 54” 39' N O, 202 Carrickfergus (RU), 54* 48' N 5* 202 En (Espanha), 42” 20' N 4* 87
51 N 8" 88' 49' O, O, 70,
Gartagena (Cartago Nova) (Espanha), 87*
36' N 0” 59' O, 18, 86, 114 187 Cartago (Turguia), 86* 54' N 10“ 16'L, 18, 28, 86, 50
Nova, vide Cartagena
me
(Marrocos), $8* 89' N 7? 85'
1 Caserta (It4lia), 41” 04' N 14* 90'L, 96 Cashel (Rep. da Irlanda), 52* 81' N 7" 58' O, 48, 98, 165, 202 Caslav (Rep. Tcheca), 49” 56' N 15% 94 1L,
168 Caspe (Espanha), 41" 14 NO? 09 O, 114 Gesin Tonio (IMlia), 89% 47 N16*SO'L,
Cassel (Franca), 50 48' N 9? 29' 1, 75. Castel del Monte (ltlia), 41* 05% N 16 15 L, 165
Cavaillon (Franca), 438” 50' N 5* OZ'L, 40
Cavan (Rep. da Irlanda), 54* 00' N 7e 21' O, 202 Cazis (Suica), 46” d4'N 9* 26'L, 210 Cefalênia (Iha)
(Grécia), 88” 2
N 2%"
Cemais*, 199
Centuripe (It4lia), 87” 87' N 14 d4'L, 96 Cerami (It4lia), 37” 48'N 14* BUL, 96 Cerdanha*, 70, 187
Cerenzia (Itdlia), 89” 14'N 16* 47 L, 96 Ceri*, 199 Cerigo (Ilha) (Grécia), 86* 09'N 23” OO'L, 184, 185 Cerne (RU), 50* 40' N 2* 29" O, da Cervatos (Espanha), 42” 17' N 4* 45 O, 70 Cesaréia (Argélia), 86” 36' N 2* 11V'L, 86
Cesaréia (Israel), 32” S0' N 34* 54'L, 50,
67, 90
Cesaréia (Turguia), vide Kayseri Cesena (Itélia), d4* 09' N 12* 15' L, 48, 109, 212 Ceské
Budéjovice
(Budweis)
(Rep.
Tcheca), 48” 58' N 14” 29' L, 188, 203
Cesky Brod (Rep. Tcheca), 50” 05' N 14* G9'L, 188
Cetinje (Montenegro), 42* 25' N 18* 56'L,
184
Ceuta (Espanha), 85” 53' N 5* 19 O, 18,
50, 69, 114, 185, 294
Chalons-sur-Marne (Franca), 48” BB'N 4*
22' L, 40, 52, 75, 118, 208
Chalon-sur-Sadne (Franca), 46” 47' N 4”
SY L, 40, 75, 118, 196, 203, 208
Charenton (Franca), 46* d4' N 2” S8'L, 40
Charlieu (Franca), 46* 10' N 4” 10'L, 118 Charolais*, 208
Charolles (Franca), 46” 26' N 4* 17 L, 208 Charroux (Franca), 46* 09' N 0” 25' L, 75, 118 Chartres (Franca), 48* 27' N 1” 80" L, 40, 52,75, 104, 118, 165, 196 Chartreuse (Franca), 48* 15'N 6* 25'L, 88
Chateau d'Oex (Suica), 46* 29' N 77 08'L,
210 Chiteau Gaillard (Franca), 49* 15' N 1” 23'L, 98, 165 Chateaudun (Franca), 48* 04' N 1* 20'L, 75
Chêteaufort (Franca), 48* 45' N 2” O5'L, 75 Chateauroux*, 118 Chatelleraut (Franca), 46* 49' N 0” SS'L, 75 Chatillon (Franca), 46” 59 N 1e 1UL, 75
Chaumont (Franca), 47* 87 N1* 5#' L, 75 Chaves (Portugal), 41* 44' N 7” 28' 0, 298
Cheb, videEger
Chelles (Franca), 487 58' N 2" 85' L, 40, 52
Chelmno (Polênia), 58* 20' N 18” 25' L, 128, 165, 190
Chepstow (RU), 51* 89' N2* 41! O, 199
Cherbourg (Franga), 49” 88'N 1” 87" O, 98, 196
;
Chernigov (Rissia), B1* 80' N 81” 18'L 190, 195 , Chertsey (RU), 51% 23' NO” 3
OE 'O,d
Chester (RU), 58* 12' Na" 54" O, 98, 199
Chiavenna (Itélia), 46% 19'N 9 24'L, %, 718, 210
ik
es
%, Chi118 che,19 , ste9r (RU), 50” MESB0' NAND0" 480 rd i Chiemsee (Alemanha), 47” 58! Na27
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INDICE TOPONIMICO 'L, 45, 96, a9r 91' N 14” 10
Chiet! (Ttalia),
Connaught*, 98, 202 Connor (RU), 54 86'N 6" 15' O, 48. 2092 Conagues (Franca), 44” 36' N 9” 94' L, 98, 104 or (Franca), 43” 1V'N 1 1S'L, 9,
A7r41 10' NO" 15BL,L, 78 75, , a) nc MG ra (F on Chin . 126
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Chios (Tha) 184. 165
Chippenham
RIES EER EO 194 Chirk (RU), 52” 36 N3' 05 O, 199 ” 84'L, 48, 212 Chiusi (IUilia), 46” 58'N 11 , (Rep. Tcheca)
Chomutov
Conza (Itêlia), 40” 52' N 15“ 0'L, 96
, Chur (Suica), 46” 52' N 9” 32'L, 78, 80,94
Copenhague (Dinamarca), 55* 41' N 12"
Giesoyn (Polênia), 49” 45* N 18" BE' L,
Corbeil (Franca), 48* 87 N" 991, 75
Cookham (UR), 51* S4'N (” 48 O, 48 SA'L 128, 165
oos, 210
188, 190
Corbenvy (Franca), 49" 28' N 3* 501, 52
Cilgerran*, 199 Cirenceste
(RU),51* 44' N 1”
Corbie (Franca), 49" 55' N 9* 81' L, 40, 52, 75,118
Corbridge (RU), 54* 58'N 97 01'O, 48
B9' O, 199
Cirene (Libia), 82” d8'N 21” 54'L, 86
Corcelles (Suica), 46” 50 N 6” B8'L. 210
Corinto (Grécia), 87” 56' N 29” BE'L, 18,
Cortona (Itdlia), 48” 17' N 11* 59'L, 48, 109, 212
Corunha (Espanha), 48” 22' N 8” 24" O, 114
Corvey (Alemanha), 51* 47 N9* 24'L, 52, 80, 94, 208
Cés (ha)
Coucy (Franca), 49* 32' N 3* 20" L, 75, 118 Coulombs (Franca), 48” 40'N 1” #3'L, 75
Coupar (RU), 56” 85' N 8* 17” O, 201
Courland*, 190
Coutances (Franca), 49” 05' N 1” 28: O, 40, 118, 165
Coventry (RU), 59 25' N 1* 80' O, 98, 199
Covilha (Portugal), 40” 17' N 7* 30” O, 223
se (Rep. da Irlanda), 5a” 19"
19'O, 202
Criccieth (RU), 58* 55' N 4* 14* O, 199
78, 80, 94, 109, 212
Cricklade (RU), 51* 89' N 1* 51" O, 199 Criméia*, 19, 185, 195 Croëcia*, 19, 52, 80, 184, 192 Cromarty (RU), 57” 40'N 4 02' O, 201 Crotona (Irilia), 89” 05' N 17* 08'L, 96
Cloyne (Rep. da Irlanda), 51” 52 N 8* 07 O, 48, 202
Clun*, 189
88, Cluny (Franca), AG" 25' N 4” S9'L, 75, 118
Crowland (RU), 52" 41' N 0” 11" O, 48,
Clznach*, 210
199
S6'L, Coblenza (Alemanha), 50* 21 N 7e
Cuenca (Espanha), 40* 04' N 2* 07 O, 70,
Ee 98, 80, 208, 208 Coburg (Alemanha), 50e 15' N 107 58'L,
114, 165
Cullen (RU), 57” 41 N 2” 50' O, 201
208
Cullross (RU), 56% 03' N 8* 85 O, 201
Coca (Espanha), 41” 18' N 4 82'O, 165
Cumae (Itlia), 40" 47 N 14* 05' L, 96
7 10'L, Coesfeld (Alemanha), 51” 57 N
As 198 Coimbra (Portugal), 40" 12' N 8” 25 O, 70, 114, 165, 223 98,
Cumberland*,
COwmwd Deuddwr*, 199 ewain*, 199
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199 Coldingham (RU), 55* 58" N 2” 1510''O,O, 2020% 1
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nia Colonia Agrippina, vide Colo 42' N 127 MYL, Comacchio (Ilia), 44” 45, 80, 94, 109, 212
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18, 19, 40, nha), 50* 56'N 6% 57' L, 12, 208 59, 80, 94, 198, 188, 165, 205,
202 Comber (RU), 54* 88' N 455”” 0645'' NO, 0” 57 Comminges (Franca),
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Daicia*, 56 Dal", 128 Dalecavlia*, 178 , 212 Dalmacia*, 86, 48, 67, 184, 192 19' L, 18, Damasco (Siria), 58” 30* N 86* 188 19, 56, 50, 67, 69, o0, 111, 112, 8 17 L, 128 Damme (Bélgica), 51” 15'N O9'L, 65 Danilovka (Riissia), 60” 24'N 44* Danzig, vide Gdansk L, 86, 67 Dara Erurguia) 377 19'N 40” id 05' L, 208 Damey (Franca), AB" 05' N 6" O,9B, 118 Dax (Franca), 45” AS'N 1” 08' L, 184 Decani (Kosovo), 42” s0'N 20" 19'
202 7 21 L, 208, Colmar (Franca), 48” 05' N
(Colonia Agrippina)
98, Como 94,
L,
7 2V'L, 210 Delémont (Suica), 47: 22'N
118, 196 'L, 48, 78, (lt&lia), 45” 48* N 9% 05 908, 212 a9e 95' N 27 BOT L,
59, 75, 196, 208 45'N 12* 50 L, 45 ” 45 , a) li té (I a di br nc Co SO O, tugal), ag" 06'N 8” Condeixa (Por
nda), 55 GonEgs (Rep. da Irla
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(Turauia), 40” 28' N 27* 55' L, 6,
67,184
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208 Colênia
199
Cunco (Julia), 44” 24' N 7” 85 L, 78
54' L, Colchester (RU), 51* 54 N 0”
]
128 Domoch (RU), 57* 52''N 4* 02 O, 201
Dorpat (Rissia), 58* 20' N 26” 4#'L, 128,
185 Dorset*, 199 Dortmund (Alemanha), 51” 32' N 7” 27 L,94, 128, 2058, 208 Douai (Franca), 50” 22'N 8* O5'L, 75 Douglas (RU), 55” 83' N 8* 51' O, 201 Douzy (Franca), 49* 40' N 5* OS'L, 52 Dover (RU), 51” 08' N 1” 19'L, 48, 98, 196, 199 Downpatrick (RU), 54* 20' N 5* 45 O, 48, 202
is o*, 118, 196, 208, Ds 21" (Holanda), 52” OT N ae Ik oge A0' N 77 14'L, 1 ed N 18” OS'L, Demmin (Alemanha), 58" B5' 128 ht (RU), 58“ 11'N 8* 250, 199 aar 51 N 0" 07 L, 70, Deo eie 114 ranca), 46* 50'N 1” 41' L, 75 50, (Rissin), age 05' N 48" 18'L, De 69, 111
Echallens*, 210
Echternach (Luxemburgo), 49” 49'N 6* 26'L, 52
Ecija (Espanha), 37” 83'N 5* 04' O, 70 Edessa, vide Urfa
Edimburgo (RU), 55* 57 N 8* 1#' O, 98, 113, 165, 201
Edirne (Adrianépolis, Andrinépolis) (Turguia), 41” 40' N 26* 34'L, 18, 28, 86, 67,
184, 185
Éfeso (Turguia), 87” 55' N 97” 19'L, 86, 67
Eger (Hungria), 47” 58' N 20” 28' L, 94, 188, 1992, 208
Egremont (RU), 54* 29' N 3” 38' O, 199
Eichstait (Alemanha), 48* 54' N 11* 18'L, 80, 94, 203 Eilean Donan (RU), 57" 17' N 5* 36' O, 201 Einbeck (Alemanha), 51* 49' N 9* #S'L, 198
Einsicdeln (Suica), 47” 07 N 8” 45'L, 210 Elba (Tha) (Itilia), 42” 48'N 107 15'L, 43, 109 Elbasan (Albinia), 41” 07' N 20” 051, 184
Elbing, vide Elblag
Elblag (Elbing) (Polênia), 54” 10' N 197 25'L, 68, 128, 183, 190 Elburg (Holanda), 52* 27 N 5* BO'L, 128 88” 16' N 0* 41" O, 70 Elche (Espanha), Elfacl*, 199 Elgin (RU), 57* 89' N 8” 20' O, 201 Elimberris, vide Auch
Ellon (RU), 57” 22'N 2” 05' O, 201
Ellwangen (Alemanha), 47” 58' N 9? 59 L, 52, 208 Elne (Franca), 42* 36' N 2* 58'L, 70, 98, 118, 187
Elphin (Rep. da Irlanda), 58” 51 N 8” 11 O,d8, 202 Elvas (Portugal), 88* 53' N 7* 10' O, 70, 114, 223
Ely (RU), 52* 24' N 0” 16' L, 48, 98, 165, 199
Embrun (Franca), 44” 83' N 6” 30" L, 40,
80, 94, 196, 203
Emérita Augusta, vide Mêérida Emilia*, 4%, 94, 109, 212
Emly (Rep. da lrlanda), 59* 29' N 8? 26' 0, 48, 202 Emmerich (Alemanha), 51” 49' N 6? 16'L,
128
188, 205
Engelberg (Suica), 46* 49'N 8* 25' L, 210 Engem*, 80
118, 196
Ennis (Rep. da Irlanda), 52” 50 N R* 59"
Dresde (Alemanha), 51” 03' N 18* 45'L,
Crawford (RU), 55* 28' N 3* 40" O, 201
49' O, 202
Clontarf (Rep. da Irlanda), 58” 22' N 6”
Dordrecht (Holanda), 51” 48' N 4? 40'L,
Dromore (RU), 54* 25' N 6” 69' O, 48, 202
Crema (ItAlia), 45* 229' N 9* 4V'L, 109, 212 Cremona (Itlia), 45* 08' N 10* OV L, 48,
Clonmel (Rep. da Irlanda), 52* 21''N 7
Donestsk (Rissia), 48* 00' N 37” 50'L, 12 Doon (Rep. da Trlanda), 52* 36' N 8* 15'
Drogheda (Rep. da Irlanda), 58” 48' N 6”
Crediton (RU), 50” 47' N 8” 89' O, 48
N 8” 00 O, 48, 202
N EE
208
Crail (RU), 56* 16' N 2* 88' O, 201
Crécy (Franca), 49* 36' N 8* $5' L, 196
Clonmacnoi
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Dêle (Franca), 47 05' N 5* SO'L, 165, 208
Dreux (Franca), 48” 44' N 1* 98' L, 75,
Crato (Portugal), 89” 16' N 7” $9' O, 228
08 O, 48, 202
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OO'L,12
Cracévia (Polênia), 50” 03' N 187 BEL, 12,
19, 68, 128, 165, 192
Clonfert (Rep. da Irlanda), 58” 14' N 8”
ik
(Grécia), 86” 50' N 27” 15'L,
184, 185 Cosenza (Itilia), 89” 17' N 16* 16'L, 28, 4% 96
O, 48, 202
sd
40” 14'L, 18, 86 67, 112 Dnepropetrovsk (Rissia), 48” 49' N 85”
O,d48 Dorchester (RU), 1* S9' N 1" 10 O, 48
58' O, 48, 202 Clones (Rep. da Irlanda), 54” 11 N 7e 14'
AR
205, 210 Divarbakir (Amida) (Turguia), 87” 55'N
Cornuilia*, 199
AR, 98, 202
Clonard (Rep. da Irlanda), 58* 27' N 6”
ET
Disentis (Suica), 46* 43 N 8? BYL, 59, 94,
Civitavecchia (It4lia), 42” 05' N 11” 47 L,
Clogher (RU), 54” 25' N 77 10' O, 48, 202
FM
21 L, 165, 208 Dirleton (RU), 56” 08' N 2” 47 O, 201
Cividale (Itélia), 46” 06 N 18” 25' L, 48,
rrand (Franca), 45” 47' N &* Clermont-Fe O5'L, 40, 52, 75, 98, 104, 118, 164, 196 Cliffe (RU), 51” 28' N 0” 80" L, 48, 193 Clifford", 199 Clitheroe (RU), 53* 58' N 2* 25 0, 1943
Tr
Dinkelsbahl (Alemanha), 49” 04' N 10"
Domremy (Franca), 48* 26' N 5* 40'L, 196
118, 208
eg”
Dingwall (RU), 57” 85' N 4* 26' O, 201
28, 36, 67, 133, 184, 185, 187 Cork (Rep. da Irlanda), 51” 54'N 8” 28' O,
L, 67 Clermont (Franca), 49” 07' N 5* OS5' L,
FE
208
Dompaire (Franca), 48” 14' N 6” 14'L,
Claudiépolis (Turguia), 40” 45'N 81” 858'
Ft
Dinant (Bélgica), 50* 16' N 4* 55'L, 128,
114
O, 202 Claraval (Eranca), 48“ 09' N 4 AZ'L, 75, B8, 188 Clare (RU), 52* 24' N 6* 21" O, 202
dy ia
Dilligen (Alemanha), 48” 33' N 10* SO'L, 208
O, 70,114 , Ciudad Rodrigo (Espanha) 40” 86' N 6*
Coria (Espanha), 39” 59' N 6* 82' O, 70,
Clane (Rep. da Irlanda), 58” 18' N 6* 41"
d
118, 165, 106, 203, 208
Dobruja*, 185
43, 904, 2127 *, 201 Clackmannan"
,
Digne (Franca), 44” 05'N 6" 14'L, 80, 94 Dijon (Franca), 47” 90' N 5* OP" L, 40, 75,
185
(Espanha), 857” 538' N 4” 46' O,
18, 19, 50, 69, 70, 114, 188, 165 Corfu (Iha) (Grécia), 89” 38'N 19? BO'L,
59, 912
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|
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Giteaux (Franca), 47” 10' N 5* 05' L, 75, 88, 118, 165 Ciua di Castello (Itélia), 48” 27' N 12* 14 L,109
Ciudad Real (Espanha), 88” 59' N 8” 55”
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(RU), 58* 17' N 8* 50" O, 98, 165,
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Glicia*, 67r, 185
128, 183, 208
Die (Franca), 44* 45' N 5* 98'L, 40, 80, 94,
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Deventer (Holanda), 527 15'N 6 TOL,
Gonstantinopla (Turguia), 41” 09" N 98* 57 L, 19, 18, 19, 86, 50, 68, 67, 69, 1, Conversano (T4lia), 40” 58 N 17 OT'L, 96
g5'L, 188
Detmold (Alemanha), 51* 56' N 8? B@'L, 52,9%, 08
Devizes (RU), 51* 99'N 1* 59 O, 199
112, 188, 184, 185
50” 27' N 187
Derry (RU), 55” O0'N 77 19: O, 48, 202
Constanga (Suica), 47” S9' N 9" 10'L, 5e. 50, 94, 908, 210
(RU), 51” 98' N 2” 07' O,
Derby (RU), 52” 55'N 1* 80' O, 68, 199
21" O, 202
Dublin (Rep. da Irlanda), 58* 20' N 6” 15 O, 12,19, 63, 98, 165, 202
Dubrovnik (Ragusa) (Croëcia), 49* d0' N
Enna (Itilia), 87” 34'N 14* 16' L, 45
O, 202 Epinal (Franca), 47” 00' N 4* 81" L, 208 Epiro*, 36, 67, 184, 185 Erfurt (Alemanha), 50% 58' N 11 02' L, 165, 203
Erice (It4lia), 38” 08' N 12* 35'L, 96
Erlach (Suica), 47* 08' N 7” 07' L, 210
18% 07 L, 184, 192 Duisburg (Alemanha), 51” 26'N 6* 45 L, 94, 128, 205 Dumbarton (RU), 55% 57' N 4” 85' O, 201 Dumfries (RU), 55* 0£'N 3” 57 O, 98, 201
Ertena*, 185 Erzincan (Turguia), 59” 44' N 39” BO'L, 185
Dunblane (RU), 56* 12' N 8” 59" O, 165,
Eschental*, 210
Dunbar (RU), 56* 00' N 2* 81" O, 201 201
Dunboyne (Rep. da Irlanda), 58” 25' N 6”
29' O, 202 Dundalk (Rep. da Irlanda), 54” 01 N 6* 25' O, 48, 202 Dundee (RU), 56* 28' N 3” 00" O, 201 Dunfermlin (RU), 56* 04' N $* 39" O, 201 Dungarvan (Rep. da Irlanda), 52” O5' N 7? 87" O, 202 Dunkeld (RU), 56” 84' N 3* 36' O, 201
Dunlavin (Rep. da Irlanda), 58* 08' N 6? 41' O,4B
Dunguergue (Franca), 51% 02' N 2* 25'L, 208
Dunvegan (RU), 57” 26' N 6* 55" O, 201 Dunwich (RU), 52* 17' N 1” 87' L, 48, 199 Durazzo, vide Diures Daren (Alemanha), 50” 48' N 6” 80" L, 52
Durham (RU), 54” 47' N 1” 840, 63, 98, 199
Durocortorum, vide Reims
Darres (Dyrrachium, Durazzo) (Albênia),
41" 18' N 197 8'L, 18, 19, 56, 67, 184, 185 Durrow (Rep. da Irlanda), Bo B1'N 7* 98 O,48
Duvno (Bésnia-Herzegovina), 48” 42 N
177 1S'L, 184 Dvur Krilové (Rep. Tcheca), 50* 27 N 15” 50'L, 188
Dyffryn Clwyd"*, 199
Dyrrachium, vide Darres
East Anglia", 65 East Dercham (RU), East Riding*, 199 halia*, 52, 80 Eauze (Franca), 48* Ebchester (RU), 54* Eccles (RU), 55" 40'
52* 41' N 0* 56'L, 48 51' N 0” 06' L, 40 54' N 1* 50' O, 48 N 2” 2$'O, 201
Erzurum (Turauia), 89* 57' N 41” 17 L,
36, 50, 112
Eskisehir (Turguia), 39” 46' N 80” SO'L, 185 Esmirna (Turguia), 58” 25` N 27” 10'L, 18, 19, 50, 67, 184, 185 Essen (Alemanha), 51” 27' N 6” 57' L, 80, 9d, 208 Essex*, 199
Esslingen (Alemanha), 48” d5' N 97 19'L, 94, 205
Estavayer (Suica), 46” 52' N 6” 51' L, 210
Este (Itlia), 45% 18'N 11” 40'L, 212 Estiria*, 80, 94, 192, 205 Estocolmo (Suécia), 59” 20' N 18* 95' L, 12, 19, 128, 188, 165 Estonia*, 19
Estrasburgo (Franca), 48* 85'N 7* 45 L, 40, 52, BO, 94, 188, 165, 205, 208 Estremoz (Portugal), 58” 50' N 7* 85' 0, 293
Esztergom (Hungria), 47” 46' N 18” 42'L, 94, 192
Étampes (Franca), 48* 26' N 2* 10" L, 78,
196 Eu (Franca), 50* 08' N 1* 25' L, 75, 118, 196, 208 Euboëia (ha) (Grécia), 38* 40' N 238” 40'
L, 184, 185
Eyesham (RU), 52* 06' N 1” 56' O, 48, 98, 199
f#vora (Portugal), 88* 54' N 7” 54' O, 70,
114, 228 Evreux (Franca), 49" 08'N 1* 1Y'L, 52, 78, 98, 118, 165 Laas, 199 E Bier aE BO 48' N 8* 81" O, 48, 68,98, 118, 165, 199 Eye (RU), 527 86' N 0” 1Y' O, 199
Faenza (Idlia), d4* 17 N 11” 5S'L, 48, 212 Fahr (Sufca), 47” 24' N 8* 26' L, 210
Falaise (Franca), 48” 54' NO
Falkenstein*, 203
11'O, 75
Fall (Austria), 47” 38' N 14* 28' L, 208
Falle (Alemanha), 51” 28'N 11” 58'L, 128 Falsterbo (Suécia), 55” 23'N 12” 50'L, 128
Famagusta (Chipre), 35” 07' N 887 57 L, 112, 118
Fano (It4lia), 48” 51'N 18” OU L, 438, 9%, 109
Faremoutiers (Franca), 48* 47 N 3” OO0'L, 40, 75 Farfa (Itélia), 42” 13' N 12” 40'L, 438, B2, 94, 109 Fame
(IIha) (RU), 55” 38'N 1* 46' O, 48
Faro (Portugal), 87” 01 N 7* 56' O, 114, 998
Farvagny (Suica), 46 44' N 7* 05'L, 210 Fearn (RU), 57* 46' N 8” 58' O, 201
Fécamp (Franca), 49” 45' N 0” 23' L, 40,
75,118
Feldkirch (Austria), 47” 15'N 9* 38'L, 210
Fermo (Itdlia), 43” 09' N 18” 44'L, 43, 109, 212
Ferns (Rep. da Irlanda), 52* 35 N 6* 30”
O,48, 202 Ferrara (Idlia), 44” 50' N 11” 38' L, 43, 7B,
94, 109, 165, 204, 212 Ferrette (Franca), 47” 30' N 7 19'L, 208 Ferriëres (Franca), 48* 06' N 2* 48'L, 75
Fez (Marrocos), 54” 05' N 5” 00” O, 19, 50, 69 Fidenza (Itlia), 44” 52' N 10” O4#'L, 165 Fife*, 201 Filadélfia (Turguia), 88” 22' N 28* S'2L, 185
Filipépolis, vide Plovdiv
Finglas (Rep. da Irlanda), 53” 24' N 6” 18” O,d8
Fischingen (Suica), 47” 24 N 8” 58'L, 210
Fiskenacsset (Groenlindia), 638” 05' N 50” d0'L, 63 Fitero (Espanha), 42* 04' N 1* 52 O, 114, 165 Flaminia*, 43
Flandres*, 75, 94, 98, 118, 196, 203, 208 Flavigny (Franca), 47” 82' N 4” SV L, 75
Flensburg (Alemanha), 54* 47' N 9” 29'L,
128 Fleury (Franga), 47* 50' N 2* 56 L, 40, 59, 75, 118 Flint (RU), 538” 15' N 8” 07' O, 199 Florenca (Itélia), 48* 47' N 11? 15” L, 48, 80, 94, 109, 188, 165, 204, 212 Flaelen (Suica), 46* 54' N 8* 88'L, 210
Foca (Bésnia-Herzegovina), 438” 80' N 18” AR'L, 184
Focéia (Turguia), 38” 89' N 26* 46' L, 185 Foggia (Italia), 41” ?8' N 15” 38 L,
Foix*, 98, 118, 196 Folkestone (RU), 51“ 05'N T IV L, d8 Fondi (Itilia), 41* 22' N 18* 27 L, 96 109
Fontevrault (Franca), 47 11' N 0% OS'L,
98, 118
Forez*, 118, 196
Forfar (RU), 56* 88' N 2* 54' O, 201 Forli (Itélia), 44” 138' N 12* 02'L, 109, 212 Formigny (Franca), 49* 20' N 0* 54' O, 196 Forres (RU), 57” 37 N 8* a8' O, 201 Fountains Abbey (RU), 54” 07' N 1* 34:0, 165 Fournes (Franca), 50* 85' N 2* 56'L, 75 Framlingham (RU), 52* 18' N 1* 2V L, 199
Franckfurt (Alemanha), 52” 20' N 14* 82 L, 128, 188, 188
Francênia*, 52, 80 Franfort (Alemanha), 50* 06' N 8” 4VL,
12, 52, 80, 94, 205, 208 Frauenfeld (Suica), 47” 34' NB” 54'L, 210 Frederikshab (Groenlêndia), 62” 00' N 49” 80' O, 65 Freie Amter*, 210
Freising (Alemanha), 48* 24' N 11* 45'L, 80, %4, 208
Fréjus (Franca), 48” 26' N 6 44'L, 94
Fréteval (Franca), 47” B#'N 1? 1S'L, 75 Friburgo (Alemanha), 48” 56' N 9” 1IB'L, 78, 165, 208 Friburgo (Suica), 46” 50' N 7 10 L, 94, 165, 208, 210 Frigento (It4lia), 41” 10'N 15* O6'L, 96 Frigia*, 52 Frisia*, 80, 205 Fritzlar (Alemanha), 51” 08' N9* 16'L, 80 Friuli*, 45, 52 Frémista (Espanha), 42* 16' N 4” 25" O, 70, 104 Fulda (Alemanha), 50% 38' N 9* 41' O, 52, B0, 94, 208 Finikirchen, vidsPécs Fustat, vide Cairo Fyvie (RU), 67” 26 N 9e 94" O, 201
Gacko (Bésnia-Herzegovina). 48* 10' N 18* SS'L, 184 gaeta (Itélia), 41” 19' N 18* S6' L, 48, 96, 109, 187 Gêlata (Turguia), 41* OM'N 28* 57 L, 185
258
INDICE TOPONIMICO Gubbio
Galway (Rep. da Irlanda), 5%” 16' N 9” 03'
O, 202
Gandia (Espanha), 88” 59' N 0” 11 O, 70 Gante (Bélgica), 51” 02'N 3* d2'L, 52, 75 118, 128, 188, 165, 208, “OR
Gap (Franca), 44* 33' N 6* O5'L, 40
Gardelegen (Alemanha), 52” 83'N 11” %4' L, 126
Gasconha", 40, 52, 98, 118, 196
Gaster*, 210 Gateshead (RU), 54* B8'N 1* 85 O, 48 Gatinais*, 75, 98 Gdansk (Danzig) (Polênia), 54* 99' N 18"
4V'L, 198 183, 165, 190
Gelnhausen
L,9%4, 208
(Alemanha), 50” 12' N 9 18'
Gemert (Holanda), 51” 8%' N 5* 4V'L, 208 Genebra (Suica), 46” 18' N 6* O9' LL, 40,
45, A0, 94, 153, 165, 203, 212 GéEnova (Italia), 44* 24'N 8* 56'L, 19, 48, 78, BO, 94, 188, 165, 187, 908, 204, 212
Gerace (Jtlia), 38" 16' N 16 1S8'L, 96
Gerona (Espanha), 41” 59'N 2” 49' L, 70,
114, 118, 165 Gersau*, 210 Geseke (Alemanha), 51” 88' N 8” ST L, 128
Gevaudan*, 75, 118, 196 Gibraltar, 86” 09' N 5* 21" O, 70 Giengen (Alemanha), 48” 57' N 10” I5'L, 2058 Gijén (Espanha), 48” 32' N 5” 40' O, 70, 114 Giomico (Suira), 46” 24'N 8“ E8'L, 210
Giovinazzo (Itdlia), 41” IT N 16 40'L, 96
Girgenti, vide Agrigento Glamoc (Bésnia-Herzegovina), 44” 05' N 16* ST L, 184
Glamorgan"*, 199
Glarus (Suica), 47” 08'N 97 04' 1, 210 Glasgow (RU), 55* 53' N 4” 15' O, 18, 165, 01 Glastonbury (RU), 51” 09 N 27 48' O, 48, 199 Gloucester (RU), 51" 58' N 2* 14' O, 48, 98, 165, 199 Gniezno (Polênia), 52” 82'N 17” 82'L, 94, 165, 190, 208
Godthab (Groenlindia), 64” 15'N 51” 35
O, 68
Gorizia (Itdlia), 45” 57'N
18* S7'L, 208,
219 Gorki (Nizhnii Novgorod) (Ruissia), 56” 2) N 44* OO'L, 12 195 Gorlit (Alemanha), 51” 09' N 15” OO'L, 188, 208 Gortymn (Grécia), 85” 07 N 24” SAL, 67 Gorze (Franca), 49” 08'N 6* O0'L, 80, 208 Goschenen (Suica), 46” 40' N 8” S6'L, 78 Goslar (Alemanha), 51* 55' N 10* 25' L 80,94, 128, 165, 208 Gothia*, 75
Gotinga (Alemanha), 50* 52' N 8* 47' L
128 Gracanica (Kosovo), 44* 45'N 18” 18 L, 184 Grado (Itdlia), 45” 40' N 18” 28'L, 48, 94, 212 Granada (Espanha), $7* 10' N 8* 85* O, 198, 69, 70, 114, 158, 224 Granard (Rep. da Irlanda), 58” 47' N 7” MY O, 48, 98, 202 Grandson (Suica), 46” 49' N 6” $9' L, 208, 210 Grandval (Suica), 47” 16'N 7” 26'L, 210 Granges (Suica), 46” 16' N 7” 28' L, 210 Grangra (Turguia), 40” 85' N 88* 87'L, 67 Grasburg*, 210 Gratteri (Itdlia), 877 58' N 18” B8'L, 96 Gravina (Ttilia), 40” 48' N 16* 25'L, 96 Graz (Australia), 47* 05' N 15* 92' L, %4, 192
Greifenberg (Austria), 46* 46' N 18” 12'L,
128 Greisfswald (Alemanha), 54” 06 N 18” 24' L, 128, 165
Grenoble (Franca), 45” 11' N 5* 48' L
118, 165, 205 Grey Abbey (RU), 54* 32'N 5* 88' O, 202 Grimsby (RU), 58” 85' N 0” 05' O, 199 Grobina (Russia), 56” $1'N 21” 15 L, 68, 190 Grosseto (Jtilia), 42” 46' N 11” 07 L, 1093 Gruyëres (Suica), 46” 85'N 7” 05'L, 210 Guadalajara (Espanha), 40* 87' N 8* 19” O,70 Guadalupe (Espanha), $9* 27 N 5” 19 0, 114 Guadix (Espanha), 87” 19' N $* 08' O, 114 Guarda (Portugal), 40* 82' N 7” 17” 0, 114, 228
104
Guimaraes (Portugal), 41” 926'N 8" 19 O,
295
Guines (Franca), BO” 51' N 1* Be L, 75,
196 Guipazcoa*, 70 Guisa (Franca), 49” 54'N 3* S9'L, 196 Gurk (Austria), 46” 55' N 14" 18'L, 80, 208
Gastrow (Alemanha), 58” 48'N
205 Guvena*, 118, 196
19” IV L,
Gwerthrynion*, 199
Gwynliwg*, 199
Hackness (RU), 54” 17 NO” 81 O. 48 Haddington (RU), 55” 58' N 2” 47 O, “01 Hadleigh (RU), 51” 34'N 0” 86'L, 199
Hagenau
205
(Franca), 48” 49 N 77 47 L, 94.
Hamault*, 94, 98, 118, 196, 208, 208 Halberstadt (Alemanha), 51” 54'N 11 (4'
L, 80,94, 128, 165, 208
Halland*, 63
Hamar (Islandia), 65” 30' N 28* 20 O, 63
Hamburgo (Alemanha), 53% 88' N 10” 00" L, 12, 19, 68, 80, 94, 198, 188, 208 Hamelm (Alemanha), 52* 07' N 9* 9@'L 128 Hamid", 185
Hampshire*, 199
Hanover (Alemanha), 52” 98'N 9E 441,
128, 165, 208 Harfleur (Franca), 49" 81'N 0" 12'L, 196 Harlceh (RU), 52* 52'N 4“ 07 O, 165. 199
Haro (Espanha), 42” 84' N 2" 59 O, 70
Hartlepool (RU), 54” 4T' N 1" 18'O, 48
Hasselt (Holanda), 52" 86' N 6” O5'L, 198 Hasungs (RU), 50” 51' N 0” S6'L, 199
Hattula (Finlandia), 61” 06' N 24“ S0'L,
165
Hauterive (Franca), 46” 05'N 8” 26'1,, 210
Havelberg (Alemanha), 52” 50' N 12* 05'
L, 80,94, 128, 188, %S Haverford", 199 Haverfordwest
199
(RU), 51* 49' N 4* 58 O,
Hay", 199 Heidelberg (Alemanha), 49* 25' N 8” 49' L, 165
(RU), 51* 04' N 0” 21 O., 199
Hova (Alemanha), 52” 48'N 9” O8'L, 905
Hradec
Kralove
(Kênigingrau)
(Rep.
Tcheca), 50” 18'N 15” 5O0'L, 188, 203 Huelva (Espanha), 37” 15' N 6* 5B6' O. 70, 114 Huesca (Espanha), 42” 08' N 0” 25' O. 70, 104, 114, 165, 187
208
Kendal (RU), 54” 20' N 2” 45' O, 199 Kenilworth (RU), 52* 21'N 1” 34" O, 165,
05' N IF O5'L, 199
189
Kent*, 199 Kerman 111
Iglau, vide Jihlava
(Ira), 30” 18' N 57” O5`L, 50, 69,
THanz (Suica), 46” 47 N 4” 1S'L, 210
Kerryf, 202
les*, 208
Khurasan*, 50, 69 Kiel (Alemanha), 54” 20' N 10” 08'1L, 128, 205
Iliriat, 48
(Turguia), 40” 10' N 26* 00
Kiev (Russia), 50” 25' N 80” 50" L, 12, 19,
L,185 Imola (It&lia), 44” 29' N 11 4S'1L, 109, 204
63, 138, 190, 195 Kilcullen (Rep. da Irlanda), 58” 08* N 6” 45" O, 202
Imotski (Croëcia), 48* 97 NI1719'L, 184 Inchcolm (RU), 56* 02' N $* 18' O, 201 Incisa (Italia), 48* 40' N 11" 27'L, 204 Indija (Sérvia), 45” 05' N 0 OG'L, 184
Kildare (Rep. da Irlanda), 53” 10' N 6” 55
O, d8, 165, 202 Kilfenora (Rep. da Irlanda), 52” 59' N 9” 13" O, 48, 202 Kilkenny (Rep. da Irlanda), 52” $9' N 7” 15 O, 165 202
Ingelhiem (Alemanha), 49* 58 N 8? O4'L,
59
Ingolstadt (Alemanha), 48” 46' N 11* 27
L, 165 Inisbofin (Rep. da Irlanda), 58” 88' N 10”
Killala (Rep. da Irlanda), 54” 13' N 9” 18'
12'O, 48
O, 48, 202
Inishmurray (Rep. da Irlanda), 54” 26' N 8” 40” O, 48 Innsbruck (Austria), 47” 17 N 1 EL, 78,94, 188, 203
Killaloe (Rep. da Irlanda), 52” 48' N 8* 27 O, 48 202 Kilmacdoagh
(Rep. da Irlanda), 53” 04' N
8” 55' O, d8, 202 Kilmore (Rep. da Irlanda), 58” 55' N 7* 25” O, 48, 202 Kilnsea (RU), 53* 38'N 0” O7 L, 48 Bincardine (RU), 57” 51' N 47 21' O, 201 King's Lynn (RU), 52* 45' N 0” 24'L, 128 Kinghom (RU), 56” 04' N 8* 11" O, 201
Interlaken (Suica), 46” 42' N 7” 52'L, 210
Inverey (RU), 56” 59' N 8” 32 O, 201 Inverkeithing (RU), 56* 02' N 3* 95 O, 201 Inverness (RU), 57” 27' N 4” 25' O, #01 Inveruric (RU), 57* 17 N 2* 98: O, 201
lona (ha) (RU), 56* 19' N 6” 25' O, “01 Ipswich (RU), 527 04'N 1” 10' L, 128, 199 Irvine (RU), 55” 87 N 4” 40' O, 201 Ischia (IHha) (Italia), 40” 45' N 13” BT L, 4%, 96, 187 Isernia (Itdlia), 41” 85' N 14” I4'L, 96
Kingston upon Hull, vide Hull
Kinloss (RU), 57” 88' N 3* 33: 0, 201 Kinnitty (Rep. da Irlanda), 58” 06' N 7” 48" O,d48, 202 Kinross*, 201
Isny (Alemanha), 47” 42'N 10” 02'L, 208
Issoudun (Franca), 46* 57'N 1* 59'L, 75,
68
Knaresborough
L, 165
Jaca (Espanha), 42” 84' N 0” 38' O, 70,
Kolin (Rep. Tcheca), 50* 02' N* 15” TVL,
N 925* OO'L, 1, 128
Jaën (Espanha), 87” 46' N 8” 48' O, 70, 114 Jak (Hungria), 47” 09' N 16* 34'L, 192 Jarrow (RU), 54* 59' N 1* 29' O, 48 Jêtiva (Espanha), 39” 00' N 0* 32' O, 70 Jedburgh (RU), 55* 29' N 2* 834 O, 201 Jedda (Arabia Saudita), 21” 80' N 39” 10" L, 50, 69, 112 Jeiling (Dinamarca), 55” 46' N 9? 26' L, 63
Helsingland*, 128
Helsinger (Dinamarca), 56” 08' N 12” 88 Helsinki (Helsingfors) (Finlandia), 60” 08 Henneberg”*, 205
Heracléia (Turguia), 41” 02' N 27* 59'L, 86, 67, 184
Herat (Afganistio), 54” 20'N 62” 10' L, 50,
69, 111 Hereford (RU), 52” 04' N 2” 43' O, 48, 63, 98, 199 Herford
(Alemanha), 52” 07' N 8 40'L,
80, 94, 128, 208 Héricourt (Franca), 47” 26' N 1” 59 O, 208 Heristal (Bélgica), 50” 40' N 5* $68' L, 52 Herrenalb (Alemanha), 48” 48'N 8* 26'L, 208
Hersfeld (Alemanha), 50” 58' N 9” 45'L, 52, 80, 94, 205 Hertford (RU), 51” 48' N 0” 05' O, 199
Herzegovina*, 185
Herzogenbuchsee (Suica), 47” 19' N 7* 48'L, 210
Hesdin (Franca), 50* 22' N 2* 0S' L, 208
Hesse*, 80, 205 Hexham (RU), 54* 58' N 2” 06' O, 48, 199
Hieripolis (Turguia), 87” 57' N 28* BO'L,
86 Hijaz*, 50, 69, 112 Hildesheim (Alemanha), 52* 09' N 9* 58' L, 80,94, 128, 165, 208
Hirsau (Alemanha), 48” 44' N 87 44'L,
208 Hohenburg (Alemanha), 50" 06'N 12 14'
L, 205 Hohenlohe*, 208
Hohenstaufen (Alemanha), 48” 45' N 9*
48'L, 94
Konigingratz, vide Kradec Kralove Kênigsberg (Rissia), 54” 40' N 20” S0'L,
128, 1838, 190 Koniz (Suica), 46” 56' N 7* 25'L, 210 Konya (Iconium) (Turguia), 87” 51' N 82* 30'L, 18, 19, 67, 183, 184, 185
Korcula (Croëcia), 42* 57' N 17* O8'L, 184
Koslin (Polênia), 54” 10' N 16” 10'L, 128 Kotor (Montenegro), 42” 27' N 18” 46'L, 184 Kovin (Sérvia), 44* 44' N 20* 59'L, 184
1#'L, 18, 19, 36, 50, 69, 90, 118, 188
Jihlava (Iglau) (Rep. Tcheca), 49” 24' N
Kovno (Rtissia), 54” 52'N 28” G5'L, 128
15” $4'L, 188, 192 Joigny (Franca), 47* 59' N 8* 24' L, 75
Krak des Chevaliers (Siria), 34” 47' N 36* 18'L, 90 Kratovo (Macedênia), 42* 03' N 22” 10'L, 184
Joiville (Franca), 48* 27' N 5* 08'L, 208
Jouarre (Franca), 48* 55' N 3* 0B' L, 40 Jouet (Franca), 47” 03' N 2* 59' L, 40 Jalich (Alemanha), 50* 55' N 6* 2V' L, 208 Jumiëges (Franca), 49* 26' N 0* 50" L, 40, 75 Jura (ha) (RU), 56* 00' N 5* 50” O, 201 Jaterbog (Alemanha), 51* 59' N 18* OS'L, 185 Judandia*, 63
Krems (Austria), 48* 25' N 15* 86'L, 188, 192
Kresevo (Bésnia-Herzegovina), 48” 52'N
18” O#'L, 184 Krujë (Albania), 41” S'N 19* 35'L, 184 Krusevac (Sérvia), 43” 34' N 21* 20'L, 184 Kumanovo (Macedênia), 42” 07 N 21* 40' L, 184
Kutn4 Hora (Kuttenberg) (Rep. Tcheca),
Kairuan (Tunisia), 85” 42' N 10” OV L, 50, 69 Kaiserslautern (Alemanha), 49” 27' N 7” AT LL, 94, 203 Kalmar (Suécia), 56* 89' N 16* 20' L, 128, 165 kamien (Polênia), 58” 32' N 17” SO' L, 128, 190 Kammin", 208
d9*” 57' N 15* 15'L, 188, 205
Kuttenberg, vide Kutn4 Hora Kwidzyn (Marienwerder)
La Ferté-su-Grosne (Franca), 46” 43' N 4” A9'L, 88, 118 | La Feté (Franca), 47” 28' N 1” 56' O, 75 La Marche*, 75, 98, 118, 196 La Rochelle (Franca), 46* 10" N 17 10:0 98, 118,16. Tacednia(idli), 41% 08' N 15” 26! L, 96
11' N 85" 42'L, 90,
Karaman*, 185
Karitaina (Grécia), ST 29'N2SOP LISE 'Karlow*, 202
59 O, 202 Holyhead (RU), 53” 19' N 4* 38' O, 48
Es (iemaafa), SIE NSS
Karasis, 185
as, (RAssia), 61” 15 N80* 80 L, 68,
es
Karien (Alemanha), dB” 55” NB” SO.
es
MS
Dor
MY RT
AG ESE Ai wa
(Polênia), 58*
d4' N 18" 58' L, 190 Kyritz (Alemanha), 52” 57' N 12* 98' L, 128
Kampen (Holanda), 52” 38' N 5? BS'L,
Holar (Islindia), 65” 20' N 18” 21 O, 68 Holstein", 80, 208 Holsteinsborg (Groenlindia), 66” 55' N 58” 80" O, 68
Holycross (Rep. da Irlanda), 52* $8' N 7”
165, 188
Jerusalém (Israel/ Jordania), 31” 47' N 85”
128 Karak (Jordania), s1 112
(RU), 54* 00' N 1” 27 O,
199 Kolberg (Polênia), 54” 10' N 15* 85' L, 128, 190, 208
114, 187
ao
Er (RU).
34” 0S' N 9 48' O, 9,
Lanciano (Ilia), 427 18' N 14” 98 L,9% Landshut (Alemanha), 48* ST N 12: 10 L, 165, 203
N O*26L 75
Langeais (Franca), si
Langres (Franca),47* 58'N 5* 90'L, 40, 52, 75, 118, 16, sos
Languedoc*, 118, 196, 208
Laodicéia (Turguia), 87% 46' N 99? OPL,
36, 67, 184
Laon (Franca), 49” $4'N 8“ #7L, 40, 59.
75,88, 118, 165, 196, 208
Larino (Itlia), 41” 48'N 14? 5#'L,
9
Larissa (Grécia), 39” 38' N 997 95'L, 86, Lame (RU), 54” 51' N 5* 49' O, 202
Lastingham (RU), 54” 18'N (" 52 O, d8 Lasva (Bosnia-Herzegovina), 44” 08' N 17" SGL, 184
Lauenburg (Alemanha), 58” 28'N
1 IE
33"
L, 203 Laugharne*, 199
Lausanne (Suica), 46” 32'N 6* S9'L, 78. 80, 94, 165, 208
Lausitz*, 80, 94, 188, 208
Lavello (Itlia), 41” 03' N 15” 48'L, 96 Lazica*, 36
Le Mans (Franca), 48” 00 N 0” 12' L, 40, 59, 75,98, 118, 165, 196 Le Puy (Franca), 45” 03' N 3* 538'L, 40, 75, 98, 104, 118 Leao (Espaha), 42” 85' N 5* 84' O, 19, 70, 104, 114, 138, 165 Lebus (Polênia), 527 2'N 17* O9'L, 188. 208 Lecce (Italia), 40” 21 N 18” IT L, 9% Lechfeld (Alemanha), 48” 10' N 10? STIL,
80 Lectoure (Franca), 48” 56' N 0” S8'L, 118
Legnano (Italia), 45* 36'N 8” 54'L, 98 Legnica
(Liegnitz)
(Polênia), 51” 12' N
16” 10'L, 68, 188, 190, 208 Leicester (RU), 52” 38' N 1” 05' O, 48, 63, 98, 199 Leiden (Holanda), 52” 10' N 4” S0'L, 165,
208
Leipzig (Alemanha), 51* 20' N 12” #5'L, 12, 183, 165, 188, 208 Leira (Portugal), 39” 45' N 8* 49" O, 70, 114, 228
Ttélica (Espanha), 87* 27 N 6” 04' O, 70 Ivrea (Itdlia), 45” 28' N 77 5e'L, 438, BO, 94, 912
Helsingfors, vide Helsinki
Ee
Kirkcudbright (RU), 54* 50' N 4” 03 O, 201
Kirkjubaer (Islandia), 65” 82' N 14* 25' O,
fstria*, 4, 219
Lanark (RU),55* 41' N 8* 48'O. 901
Leighlin (Rep. da Irlanda), 52” 44' N 6*
Kirkintilloch (RU), 55* 57 N 4* 10' O,201
g8
Ee
114,223
Kinsale (Rep. da Irlanda), 51” 42' N 8” 82' O, 202
Kintore (RU), 57” 14' N 9: 91! O, 01
11
Lamego (Portugal), 41* 05'N 75 49 O. 70
67, 184, 185
Kermian*, 185
Islay (IIha) (RU), 55* 46'N 6* 10” O, 201
GS Helmstadt (Alemanha), 49” 19' N 8* 59'L, 128
Kempten (Alemanha), 47” 44'N 10” 19'L,
(Grécia), 877 55' N 26“ IO'L,
Imbros (ha)
(Russia), 55” 45' N 49” 10 L, 19, 63.
48, 202
Huttwil (Suica), 47" 07 N 7 5TL, 210
184
88” 49
195 Kells (Rep. da Irlanda), 53” 44' N 67” 53 O,
Huntingdon (RU), 52” 20 N 0" 12' O, 199
Ibéria*, 67 Icêria (ha)
(Turguia),
Kelso (RU), 55” 836' N 27 25" O, 98, “01
Heiligenkreuz (Austria), 47" O0' N 16* 16' Helgafell (Islêindia), 65” 02' N 22” 44' O,
Ed
Hum", 184
Hythe (RU), 51
(Cesareia)
)” 28" L, 36, 165
Hull (RU), 58* 45' N 07 20 O, 128, 199
Isfahan (Ira), 52” 41' N 51 41 L, 50, 69,
L, 165
Ee
Huete (Espanha), 40” 09' N 2 42 O, 70
Heilbronn (Alemanha), 49* 08' N 9" 14'L,
52, 94, 208
Kastamonu*, 185 Kaufbeuren (Alemanha), 47” 35' N 10” 87" L, 205
Au
48” B8'N 9? 4S'L, 75
81” 05'NB'40'O, Ma
59' O, 48, 98, 909
Leinster*, 98
Lemnos (IIha) (Grécia), 39* 50' N 25* (5'
L, 184, 185 Leno (Itilia), 45” 22' N 10” 1S'L, 43 Lentini (Jtilia), 37” 17' N 15* OO'L, 96 Leominster (RU), 52* 14' N 2” d5' O, 48, 199 Lepaia (Rissia), 56* 50' N 21” 00' L, 68, 190 Lepanto, vide Naupactus
Lerici (Italia), 44” 04'N 9 5B'L, 904 Lérida (Espanha), 41* 87' N 0” 88' L, 70, 114, 165, 187 Lesbos (IIha) (Grécia), 39” 00' N 26* 20' L, 184, 185 Lescar (Franca), 48” “0' N 0” 25' O, 98, 118 Lesina (It4lia), 41* 529 N 15” 22'L, 96
Lesmahagow (RU), 55* 89' N 8* 55' O, 201
Leuca (It£lia), 89” 47' N 18* 22'L, 96 Leutkirch (Alemanha), 47” 50' N 10* 02' L, 203 Levadhia (Grécia), 38” 26' N 22* #3'L, 164 Leventina*, 210 Liancourt (Franca), 49* 20' N 2* 28'L Licata (Itélia), 877 07' N 18* S7 L, 187
Lichfield (RU), 52” 42" N 1” 48" O, 48, 9, 165, 199
Liegnit z, videLegnica Lieja (Bélgica), 50" s8'
N 5* 85' L, 80, 94,
118, 188, 208, 208 Liestal (Suica), 47” ?29' N 7: 48'L, 210
Ligiria*, 48
Lille (Franca), 50" 89' N 8% 05' L, 12, 75, 208
Limburgo (Alemanha), 50% 28 N 8* 0#'L,
165, 196, 208,208. Limerick (Rep. da Irlanda), 52* 40' N B” 38 O, 98, 202
Limoges (Franca), 45" 50' N 1% 15' Ly 40, 52, 75,98, 104, 118,188, 165, 196. Limousin*, 118, 196 Lincoln (RU), 58 14' M 0”. s8” Oo, 3, %
Linden (Alemanha), 4: 5 N 9” am L, ed 208, , 210 indisfarne (RU), 55 AU 1” 480, 4 6 Lindores(RU), 56% 20'N$12'O, 201.
Linhos Ra
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EEri se sse L oe ER he)
Ee
Galloway”, 201
Guernica (Espanha), 48” 19' N 2” 40 O,
Horsham
'
Gallipoli: (Ttalia), 40* 03' N 17” 59'L, 48, 96 Gallipoli (Turguia), 40” 25' N 26” 4TL, 184, 185
(Ttalia), 48” *1'N 12* S5'L. 109
Le
Galatia*, 36 Galiza", 18, 70
Ar de
ee
si
INDICE TOPONIMICO 37 OD, 8, jLinlidhg ow (RU), 55” 59' N 5” , 48" 19'N 14” 18'L, 52, 94
Fe
ri (ek), 88" 27'N M* S6'L, 48,96
NE", 908
pi” D
(Alemanha),
51”
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L,
8” 20
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224 F 19. 69, 70, 114, 185, 165, 225, [isieuX (Franca), 49" 09' N 0” 14'L, 40,
|
75, 98, 118, 165
|skeared (RU).. 50* Ir28'landN a)4*, 28”52"O,08199N (Rep
Hismor iN
O, AB,
Liwania”,
19,
7”
da
190,
ivênia*, 128, 190 |vorno (ltêlsa), 43” 38 N 10” 18'L, 187
Ljubovija (Sérvia), 44”
11' N 19" 22' L,
164
Llanbadarn (RU), 52” 26' N 4” 04' O, 48, Ek (RU), 57” S0'N 3” 14" O, 48, 98, gm (RU), 52” 29' N 3 96' O, 48 EE
Llanstephan", 199
Llanwhaden*, 199 |oarre (Espanha), 42” 19' N 0” 87 O, 70
Locamno (Suica), 46* 10' N 8* 48'L, 910 Loches (Franca), 47” 08' N 1* OO'L, 75
Lochmaben (RU), 55* 08' N 8* 27 O, 201 Lodéve (Franca). 43” 44' N 8” 19'1L, 98, 118
Lodi (Iudlia), 45” 19' N 9* 30' L, 80, 94, 109, 212 Logroiio (Espanha), 42* 28' N 2" 26: 0, 70, 104
Lohja
165
(Finlandia), 60”
12' N
24”
1IO'L,
Lombardia*, 52, 109
Lombez (Franca), 48” 29' NO” 54d'1, 204 Londres (Londinium) (RU), 51” 80' N 0” 10' O, 12, 19, 28, da, 68, 98, 118, 198, 188, 193 Longiord (Rep. da Irlanda), 58” 44' N 7” 47 O,202 Longibardia*, 67 Longueville (Franca), d9* 48' N 1* O7 L, 118 Longwy (Franca), 49* 82' N 5* 46' L, 208 Lorca (Espanha), 37* 40' N 1” 41" O, 70
Loren Superior*, 80, 94 Lorena*, 20%, 208
Lorsch (Alemanha), d9* 89 N 8" S5'L, 52,80, 94, 203
Los Arcos (Espanha), 42* 84 N2* 11'O,
104 Lothian*, 201 Loudun (Franca), 47* 01' N 0” 05' L, 75,
98 Loughrea (Rep. da Irlanda), 53* 12' N B” s4' O, 202 Loule (Portugal), 87* 08' N 8* 02' O,228 Lourdes (Franca), 48” 06' N 0” 02' O, 118
Louth (Rep. da Irlanda), 58” 57' N 6* 88" O, 48, 202 Lovaina (Bélgica), 50* 58' N 4* 49' L, 165, 208
, Labbecke (Alemanha), 52* 19'N 8. S7L
ba
Labeck (Alemanha), 58* 52' N 10* 40'L,
80, 94, 128, 188, 165,208 Lublin (Polênia), 51” 18' N 22” SV L, 188, 190 Lucënia*, 48
Luca (Italia), 48* 50' N 10* 80' L, 4, 109. 919 0 Lucelle (Sutca), 47” 26' N 7* 16' L,L, 2148. 96,
Lucera (Itilia), 41” S0' N 15* 90" 165 8” 17 L, 78, Lucerna (Suica), 47” 08' N
210 O, 199 Ludlow (RU), 58” 22' N 2* 45 Lugdunum, vide Lyon
88 O, 7% Lugo (Espanha), 48* 00' N 7*
104, 114 10* 00" L, 45, BO, N `' 05 ” 44 , a) li t3 (I Tuna 94,
109
Lund (Suécia), 55” 42
'N 18e
10'L, 65
N 10” 4 Lancburg (Ale manha), 58” 15'
L, 80, 94, 128, Se
26'NO”82' OBN 6”LT10” Fe an (ranes 46" da ), Bas B
F 4
'
Lusk (Rep. da Irlan 1
ei
ca), 44” E6" N 0” 06'O, 196
Tatetia, vide Paris
Luxemburgo (Luxemburgo), OB'L, 12, 205, 208
Luxeuil (Franga), 4
Montecorvino (Ttalia), 40” 43' N 14* 57 L,
Meloeë (RU), 53” S6' N 2” 44' O, 48, 165,
Montemarno (Julia), 40” 54 N 14” 59'L,
27 O, 165, 202
Macedonia*, 36, 67, 184
Macon (Franga), 46” 18' N 4* SO L, 40. 75,118, 196, 208
201
Melun
Madri (Espanha), 40” 25'N 8” 4%' O, 19
Memel (Ruissia), 55” 48'N 91* OT L, 198, 190
Maelienvod*, 199
Mafra (Portugal), 38” 57' N 9” 19 O, 998 Magdeburgo (Alemanha), 52” 08' N 11 37' L, 80, 94, 198, 188, 165, 188, 208
Memmingen (Alemanha), 47” 59' N 10" IV L, 208
Mende (Franca), 44* 82'N 8” 30'L, 40, 75,
Maggia*, 210 Maghreb*, 50, 69
98, 118 Menteshe*, 185
Maguelone (Franca), 48” 80' N 8% 54'L, 98
Merano (It&lia), 46* 4V' N 1 IV L, 78 Mércia*, 18, 63
ag" 87 N 6*
7e 49 N 6* 24h40,
Mêrida (Emérita Augusta) (Fspanha), 38”
05
55' N 6” 20" O, 70, 114
Maine*, 75, 98, 118, 196
Merioneth*, 199
Makran*, 50
Merseburg (Alemanha), 51* 22' N 12* 00" L, 80, 94, 208
Malaga (Espanha), 86% 45' N 4* 95* O, 70, 114
Malatya (Meitene)
(Franca), 48” $9' N 9 40 L, 75.
196, 208
18, 19, 28, 40, 52, 80, 94, 198, 188, 165,
195
Liverpool (RU), 5$* 25' N 2” 65* O,199
F
Mellifont (Rep. da Irlanda), 58 44' N 6*
40, 52, 165, “08
Maguncia (Alemanha), 50” 00 N 8" 16'L,
202
9B,
(Holanda), 50” 5T'N 5* 49'L.
Macva*, 184
(Portugal). 88” 44 N 9. 08 O, 12,
Ê
Maastricht
Mêrtola (Portugal), 87” 38 N 7 40 O, 70, 225
(Turguia), 38” 92' N
88” 18' L, 86, 50, 67, 112, 185
Merv (Rissia), 87” 49' N 61” 54 L, 50, 69,
N 19” OU L, 165, 190
Mesopotamia*, 50, 67
Malbork (Marienburg) (Polênia), 54* 09'
111
Maldon (RU), 51” 45' N 0" 40'L, 199
Messina (Itilia), 58” 13' N 15” S#'L, 43,
Malestroit (Franca), 47” 49' N 2” 25 O,
96, 187
106
Meteora (Grécia), 39" 44" N 21” S8'L, 184 Metz (Franca), 49* 07' N 6* IV L, 18, 40, 52, 80, 94, 118, 183, 208, 208
Malinas (Bélgica), 51” 02' N 4” 99'L, 908 Malles (Itêlia), 46* 42'N 10% S9'L, 78
Mallow (Rep. da Irlanda), 52” 08' N 8” 89'
Meulan (Franca), 49” 00' N 1? 55'L, 75
O, 2
Middicham (RU), 54” 17 N 1” 49" O, 199 Midhurst (RU), 50” 59' N 0” 45' O, 199 Milao (Mediolanum) (Ttilia), 45” 28' N 9”
Malmedy (Bélgica), 50” 26' N 6” 02'L, 40, 80, 94, 205, 208
Malmesbury (RU), 51” 36' N 9 06' O, 48,
I2'L, 12,18, 19, 28, 86, 40, 43, 52, 78, 80,
94, 109, 183, 165, 208, 204, 212 Milazzo (Itilia), 88” 13' N 15“ T5'L, 96 Mileto (It4lia), 38” 86' N 16* O4'L, 96 Miletus (Turguia), 87” 80 N 27” I8'L, 184 Minden (Alemanha), 52” 18' N 8” 54 L,
199
Malmo (Suécia), 55* 85' N 18* OO L, 128, 183 Malton (RU), 54* 08' N 0” 48: O, 199 Manfredênia (Siponto) (Itilia), 41* 857 N
80,94, 128, 165, 208
15% BS'L, 48, 96, 187 Manglieu (Franca), 45" S7'N 8* 2V' L, 40
Minervino Murge (Itlia), 41* 06' N 16”
Mansilla (Espanha), 42” 09' N 2* 57 O,
104 Mantes (Franca), 48” 59' N 1” 43'L, 75
Mantua
78, 80, 94, 109, 208, 204, 212 Marburgo (Alemanha), 50” 49' N 8 S6'L, 165, 203
7”
Marcian6polis (Bulgêria), 48” 20' N
SG'L, 56
Margam (RU), 51” 84' N 8* 44" O, 48 Mark*, 205
Marlborough (RU), 51” 96' N 1* 48' O, 199
(Franca), 44” 50' N 0” 10'L,
Marmande
Marrakech (Marrocos), 51* 49' N 8* 00'
O, 69 Marsala (It&lia), 87” 48' N 12* 27' L, 28, 46 Marselha 19, 40, Mirsia*, Marsico
18” 14 L, 184 Moësia*, 18, 36
Martigny (Suica), 46* 07' N 7 05' L, 40,
Mogadouro (Portugal), 41” %0' N 6” 48 O,
228 Mohacs (Hungria), 46” 00' N 18” 40' 1,
210
Martigues (Franca), 43” 94'N 5* OS'L, 187
192 Moissac (Franca), 44” 07' N 1* 05' L, 40, 98, 104, 118
(Iulia), 89” 04' N 16* 14'L, 96
EER
Martirépolis, 58 09' N 41* 09'8* L,58'67 O, 70 Martos (Espanha), 57” 44'N
Mold (RU), 53* 10' N 8* 0B' O, 199
Mashhad (Ir3), 86” 16' N 59” 84' L, 50, 69
Mold4via*, 19, 185, 190, 192
Massa (Itilia), 44” 02' N 10” 09'L, 165
Matera (llia), 40” 40' N 16* 87 L, 9%
Mauritinia*, 56
Molfetta (Itélia), 41” 12'N 16* 36'L, 96 Molina (Espanha), 42* 21'N 1* 59' L, 70
EE
Molinaseca (Espanha), 42* 32'N 6” 81" 0,
Mayo (Rep. da Irlanda), 58* 86' N 9” 18 O, 48 202 Mazara Meath*,
Meaux
104
Mênaco (Mênaco), 43” 46' N 7” 28' L, 204, 212 Monasterboice (Rep. da Irlanda), 538” d7'
(Ttalia), 8, 48, 202 98,
;
202
(Franca),
AA” 58"
N
2
A0,
Rd L,
75, 118, 196
N 59” 49 Meca (Arabia Saudita), 21* 26'
L, 50, 60, 112, 224
N 6” 24' O, AB, 202
:
Monasteverin (Rep. da Irlanda), 53* 0B' N
7 08" O, 202 Monastir, vide Bitola
Oe
,
Mechelen (Bélgica), 51* 02' N 4* 29 L, 165
Mecklemburgo
(Alemanha), 58” 52'
f
Moncau (Portugal), 42* 04' N 8” 29" O, 225 Mondohedo (Espanha), 48” 26' N 7* 22
N
mad 11* 97 L, 94, 205 BR O, 5” 58'N 38” Mcdellin (Espanha),
Mcdina (Arêbia Saudita), 24* 80' N 89 E
70
gE'L, 50, 69,
112
O, 70,114
Monemvasia (Crécia), 36” 41'N 28” OS'L, 184
o
EE
.
5* 03" O, 188
N Medina del Campo (Espanha), 41” 18'
4" 55' O, 188, 165
SE
Mcdina Sidonia (Espanha), 86” 28'N 5
ES
d
Meel (Espanha), 41 10'N 2 26'O, 'O,70
70
Mediolanum, vide Milao
!
3
N 9” 17 Meersburg (Alemanha), 47” 42
12” T 210 eiringen (Suica), 46” 44' N 8” , 10 N 18* 28'L, ee (Alemanha)51”
80, 94, 188, 203 , N 15* 88'L, 96 a)00' Melfi (Itéli41” litene, vide Malatya
(Austria), 48” 14' N 15* 2V'L, 94
:
8” 41" O, 298
Montenegro*, 184, 185, 192
Monteverde (Idlia), 41” 00' N 15” 32'L, 96
Montfort (Franca), 4” 18'N 5% 55' L, 75,
118, 196
Montgomeryf, 199
Montier-en-Der (Franca), 48” 29' N 4” 46" L, 40, 75
Montpellier (Franca), 43* 36'N 3? 5S'L, 98, 104, 118, 133, 165, 187, 204
Montreuil (Franca), 48* 52' N 2* 98'L, 75 Montrose (RU), 56” 43' N 27 29" O, 201 Monvmusk (RU), 577 14'N 2” 32' O, 201
Monza (Ttdlia), 4” 85' N 9” 16'L, 43, 109
Monte Sant'Angelo (Itilia), 41* 45' N 15” G8'L, 96
New Ross (Rep. da Irlanda), 52” 24' N G*
56” O, 202
Newark (RU), 58” 05' N 0” 49' O, 199
Newburgh (RU), 57” 19 N 2 01 O, 201
Newcastle (Rep. da Irlanda), 38” 18' N 6”
0 O,
Newcastle
2
(RU), 54” 59' N 1* 35" O, 98,
199 Newcastle under Lyme (RU), 53” 00' N 2” 14' O, 199 Newry (RU), 54* 11' N 6” 20” O, 202 Nicastro (Itlia), 88” 59' N 16* 20 L, 96 Nicéia (Turguia), 40” 27' N 29” 48' L, 86, 67, 184
Nicomcdia (Turguia), 40” 47' N 29” 39 L, 36, 37, 184, 185
Nicépolis (Nikopol) (Bulgéria), 43” 41 N
Morëia*, 185
Nidaros, vide Trondheim
Morimond (Franca), 48” 02'N 5” 4V'L, 88
Nicbla (Espanha), 87” 22' N 6* 40' O, 70
Nicotera (Idlia), 38* 33'N 15* BO'L, 96
Morella (Espanha), 40” 37' N 0” 06' O, 70
Nidau (Suica), 47” 07' N 7” 15'L, 210
Mortagne (Franca), 48” 32' N 0” S5'L, 75 Mortain (Franca), 48” S9' N 0” 56' O, 75
Moscou (Riissia), 55” 45' N 37” 42 L, 12, 19, 63, 183, 195
Mostar (Bésnia-Herzegovina), 43” 20' N 177 50 L, 184
Mottola (Ttlia), 40” 38' N 17” O2'L, 96
Moudon (Suica), 46” 41'N 6” 48'L, 210
Moura (Portugal), S8” 08' N 7” 27: O, 223 Mourao (Portugal), 88* 22' N 7” 20' 0,
228 Moutier (Suica), 47” 18'N 77 9$'1, 210 Mt St Michel (Franca), 48” 38' N 1” 30 O, 98, 118, 165 d8
Mahlhausen
(Mulhouse)
(Alemanha),
49” 45' N 10” 47' L, 94, 205, 208, 210
Mullingar (Rep. da Irlanda), 53” 82' N 7” 2%
O, 202
Munigue (Alemanha), 48* 08' N 11 35'L,
12,94, 165, 208
Munster
(Alemanha),
51% 58' N 7" 37
L,80, 94, 98, 128, 183, 208, 208 Mtrcia (Espanha), 37” 59' N 1” 08' O, 70, 114 Muri (Suica), 47” 16' N 8* 2V'L, 210 Muro Lucano (Itlia), 40* 45' N 15” 29'L, 96
Murten (Morat) (Suica), 46” 56' N 7” 07' L, 208, 210
Muscat (Oma), 28” 87 N 58* #8' L, 50, 69
Myra (Turguia), 36% 17' N 99* B8' L, 67, 184
Naas (Rep. da lrlanda), 57* 18' N 6* 89' 0, dB
Naim (RU), 577 85'N 3” 58 O, 201 Naissus, vide Nissa
Najera (Espanha), 42* 25' N 2” 45' O, 70,
104
Namur (Bélgica), 50" 98' N 4* B9'L, 208,
208 Nancy (Franga), 48* 42' N 6” 12'L, 208 Nantes (Franca), 47” 14' N 1” 35' O, 40,
Nikopol, vide Nic6polis
Niksic (Montenegro), 42” 48' N 18 56'L, 184
Nimega (Holanda), 51” 50' N 5% 52” L, 40, 80, 94, 128, 203, 208 Nimes (Franca), 48” 50' N 4* S1'L, 40, 98, 104, 118
Niort (Franca), 46* 19'N 0” 27 0, 75
Nis (Naissus) (Sérvia), 43* 20' N 21” S4'L, 98, 36, 67, 188, 184, 185, 192
Nishapur (Ira), 48” 20' N 21” 54' L, 50, 69, II
Nisibis, vide Nusaibin Nitra (Esloviguia), 48* 19' N 18” 04 L,
188, 192 Nivelles (Bélgica), 50” 36' N 4” 20' L, 40, 208 Nivernais*, 98
Niza (Franca), 48* 49' N 7” 16' L, 80, 94, 187, 204
Nizhnii Novgorod, vide Gorki
Nobber (Rep. da Irlanda), 53” 49' N 6” 45" O, 202 Nocera (Itilia), 43” 06' N 12* 47' L, 43, 96
Nocosia (Chipre), 35” 09' N 88* 21' L, 12, 184
Nogentle-Roi (Franca), 48” 39' N 1” 32'L, 118
Nogentle-Rotrou (Franca), 48” 19' N 0” 50'L, 75
Noirmoutier (Franca), 47” 01'N 2* 15'O, 40 Nola (Itilia), 40" 55' N 14” 82'L, 96
Nonantola (Itilia), 44* 41' N 11” 05" L, 438, 80,94
Nordalbing*, 52
Nordgau*, 52, 80 Nordhausen (Alemanha), 51” S1' N 10”
4B'L, 203
Nordlingen (Alemanha),
L, 188,203
48” BY N 10” $1'
Norfolk*, 199 Noricum*, 43
Normandia*, 75, 98, 118, 196 North Berwick (RU), 56” 04' N 2" 44' O, 201
(RU), 52*
14' N 0” 54
59, 98, 118, 183, 165, 196
Northampton
15'L, 12, 18, 19, 86, 43, 96, 109, 138,
Northeim (Alemanha), 51” 43' N 9* 59 L,
Napoles (Neapolis) (Itlia), 40” 50' N 14” 165, 187, 204, 212, 224
O,199 128
Narberth*, 199
Northumberland*, 199
Narbona (Narbo) (Franca), 43” 11' N 87 OO'L, 18, 28, 36, 40, 50, 52, 70, 94, SB, 118, 188, 165, 187, 196
Norwich (RU), 52% 38'N 1” 18'L, 68, 98,
Narbo, vide Narbona
Narni (Julia), 42* 81' N 19” 8T' L, 45, 109, 204
Nasice (Croëcia), 45” 29'N 18” 04'L, 184
Nassau (Alemanha), 50" 18' N 7* 49'L,
Nortimbria*, 18, 68 165, 199
Nottingham (RU), 52” 58'N 1* 10" O, 63, 98, 199
Novae, vide Svishtov
Novara (Itilia), 45* 27' N 8* S7 L, 43, 78, 94, 212
205
Novgorod (Rissia), 58* 80' N 81” 20 L19,
L, 33, 80, 165, 208
Novon (Franca), 49* 85' N 3* 00' L, 40, 52,
91* SO'L, 67, 184, 185
Numedia*, 36
Naumburg (Alemanha), 51” 09' N 11* 48"
Nauplia (Grécia), 88* 28' N 21* 50' L, 185
Montauban (Franca), 44* 01'N 1” 20'L, 75 Monte Cassino (ltilia), 487 21' N 18” 26G'L, 49, 52, 96, 109
18” O7'L, 184
Moray*, 201
Monmouth (RU), 51” 50' N 2* 45' O, 199
70, 114
Nevesinje (Bésnia-Herzegovina), 43” 15'N
Mordvia*, 80, 188, 192, 205
Naupactus (Lepanto) (Grécia), 88* 28' N
Monopoli (Itlia), 40” 57 N 17” 18'L, 96 Monreal (Espanha), 42* 24' N 1” $1' O Monreale (Itélia), 38” 05' N 18” 17'L, 96 Mons (Bélgica), 50” 28' N 8” 58' L, 208 Monsaraz (Portugal), 38” 26' N 7* 22' 0, 228 Monselice (Jtlia), 45” 14' N 11* 46'L, 45 Montalbin (Espanha), 40* 50' N 0” 48' O,
94, 104, 118, 196, 208
94“ BE'L, 36, 67, 184, 185, 192 Nicosia (It4lia), 37” 45'N 14” 24'L, 96
Morat, vide Murten
Monforte (Portugal), 39” 45' N 7” 18' 0, 114, 228
Mcdina de Rioseco (Espanha), 41” 98 N
Montemor-o-Velho (Portugal), 40” 11 N
Mulhouse, vide Miahlhausen
Modrica (Bésnia-Herzegovina), 44” 56' N
:
L, 96
13' O, 928
70, 114, 928 Mirebeau (Franca), 46” 47' N 0” 12' L, 75, 96, 196 Mirepoix*, 118 Misilmeri (It4lia), 88” 08' N 18* 27 L, 96 Mistretta (It&lia), 87” 56' N 14” 22'L, 96 Mitchelstown (Rep. da Irlanda), 52” 16' N 8* 16" O, 48 Miulcne (Grécia), 89” 06' N 26” S4' L, 67, 184
(Portugal), 41” 30 N 6” 16 O,
Mittelmark*, 208 Mêédena (ltlia), 44* 39' N 10% 55'L, 48, 78, 94, 109, 203, 204, 212
(Franca), 43” 18' N 5* 22'L, 12, 59, 94, 118, 1338, 187, 204 96 Nuovo (Julia), 40” 25' N 15” 44'
Montemor-o-Navo (Portugal), 58” 38'N 8*
Much Wenlock (RU), 52” 36' N 2” 34: O,
Mitilene (Turguia), 89” 06' N 26” AL, 67 Mitrovica (Sirmium) (Sérvia), 44” 59' N 19* 89'L, 28, 86
118
li
05'L, 96 Minsk (Rissia), 58* 51' N 27” 80" L, 12, 190, 195
Miranda
(Itilia), 45” 10' N 10” 47 L, 48,
96
Neuveville*, 210 Nevers (Franca), 47” 00' N 8* (91, 40, 75,
Navarra*, 19, 70, 98, 118, 187, 196 Naxos (llha) (Crécia), 87” 05' N 25* SO'L, 184, 185
Neapolis, vide Nipoles
Neisse (Polênia), 50” $0' N 17* 20' L, 94, 188, 203 Nenagh (Rep. da Irlanda) 52* B2'N 8” 12” O, 202 Neocesaréia (Turguia), 40* $5' N 86* 59 L, 67 Nesle (Franca), 49” d5' N 2* 55'L, 75 Neuchêtel (Suica), 46” 59' N 6* S5'L, 210 Neumark*, 128, 188, 208 Neuss (Alemanha),51* 12'N 6* d42'L, 208 Neustria*, 18, 40, d8, 52
63, 128, 184, 195 75, 118, 165
Nuremberg (Alemanha), d9* 27'N 11* 05"
L,94, 183, 165, 208 Nusaibin (Nisibis) (Turguia), 87” 05' N 11“ 1V L, 86, 67, 112
Oberwesel (Alemanha), 50% 06' N 7” 4#4'L, 94
Obrovac (Sérvia), 44” 11 N 15" 4V L, 184 Ochrida (Macedênia), 41* 06' N 20” 49'L, 67, 184, 185
Odemira (Portugal), 87* 85' N 8* 38' O,
998 Odense (Dinamarca), 55* 24' N 10” 25' L, 68, 165 Oderzo (Itlia), 45* 47' N 12” 29' L, 48 Odessa (Riissia), 46% 80' N 80” 46'L, 12
255
INDICE TOPONIMICO Odiham (RU), 51” 15' N 0” 57 O, 199 Odivelas (Portugal), $8* 47 N 9” 11 O,
2258 Opgmore (RU), 51* 29 N 3* 87 O, 194 Old Killcullen (Rep. da Irlanda), 53” 07'N 6” 45 O, d8 Old Sarum (RU), 51” 06' N 1” 49 O, 199 Oldenburg (Alemanha), 58* 08' N 8” 18 L, BO, 94, 2053
Oléron, lled' (Franca), 45” 55'N 11160, 118
Olivenza
(Espanha), S8* 51' N 7” 06' O,
70, 223
Olmut, vide Olomouc
Olomouc (Olmutz) (Rep. Tcheca), 49” 58 N 17* 15' L, 838, 80, 188, 192 Oloron
(Franca), 48* 12' N 0* 8$5' O, %8,
118 Olten (Suica), 47” 22'N 7? BS'L, 210
Opava (Rep. Tcheca), 49* 58' N 17” BEL, 188, 190 Opole e Ratibor*, 94
Oppido Mamertna (Itdlia), 88” 17' N 15” GAL, 9 Opsikion*, 67 Optimaton*, 67
Oradéia (Nagyvarad) (Romënia), 47” 05' N 12* BE'L, 192 Oran (Noruega), 85” 45' N 0” 88 O, 185
Orange (Franca), 44” O8' N 4” 48' L, 40, 75,118, 165
Orense (Espanha), 42” ?20' N 77 52' O, 70, 114 Oricum, vide Vlêre Oriens*, 18 Orihuela (Espanha), 88” 05' N 0" 56” O,
70, 114 Oristano (Italia), 59” 54' N 8* 36' L, 187
Orléans (Aureliani) (Franca), 47” 54'N 1” 54'L, 18, 19, 28, 40, 52, 75, 98, 118, 124,
188, 165, 196, 208 Ormuz (Ira), 27” $1'N 54* GB6'L, 69, 111, 224
Orvieto (Idlia), 42” 43' N 12* 06'L, 109, 165
Osimo (Jtélia), 45” ?28' N 13” 29'L, 45, 104 Oslo (Noruega), 59” 56' N 10” 45'L, 12, 63, 198, 188 Osma (Espanha), 42* 52' N 8” 05' O, 70, 114 Osnabrick (Alemanha), 52” 17 N 8” 08'
L, 80, 94, 128, 165, 205, 208
Osterberg (Alemanha), 52” 48'N 11 45' L, 198 Ostuni (Itilia), 40” 44'N 17" $5'L, 96 Oswestry (RU), 52” 52'N 3” 04: O, 193
Otranto (Itélia), 40” 08' N 18” SO" L, 19, 48, 67, 96, 185, 187, 212 Oundle (RU), 52* 29' N 0” 29: O, 48 Ourigue (Portugal), 37” 38' N 8” 18 0,
114, 228
Ovicdo (Espanha), 48* 21' N 5 50 O, 18, 70, 104, 114
Oxford (RU), 51" 46' N 1* 15* O, 48, 98, 165, 199
Paderbon (Alemanha), 51” 4#' N 8” 44'L,
59, 80, 94, 128, 165, 208
Padrén (Espanha), 42” 44' N 8” 40' O, 70, 104 Padstow (RU), 50” 33' N 4” 56' O, 48
Padua (Itlia), 45* 24' N 11” 5S'L, 48, 78,
80, 94, 109, 165, 208, 204, 212 N 4* 9'6 O, 201 Paisley (RU), 55* 50' Palas de Rey (Espanha), 42* 51' N 7* 59' O, 104
Palatinado (Rhineland)*, 203
Palatinado Superior*, 188, 208 * Palência (Espanha), 41* 01' N 4* 82' O, 70, 104, 114, 165 Palermo (Itlia), 88” 08' N 18* 28' L, 12, 4%, 96, 188, 165, 187 Palestrina (Itëlia), 41” 50' N 12* 54'L, 204 Pallars*, 70, 187 Palma (Espanha), 39* 85' N 2* 89" L, 70,
114, 188, 165, 187 Palmela (Portugal), 58” S4' N 8” 5'4 O, 225
Pamplona (Espanha), 42* 49' N 1* $9'O
70, 104, 114, 165, 187 Panêniar, 18, 56 52 Paris (Franca), 48* 52' N 2* 20' L, 12, 18, 19, 28, 40, 52, 75, 88, 94, 98, 104, 118, 158, 165, 196, 208
Parium (Turguia), 40” 25' N27* O#'L, 184
Parma (Itélia), 44* 48' N 10* 19'L, 48, 78, 94, 109, 204, 212 Paros (IIha) (Grécia), 87” 04' N 25” O6'L, 184 Parthenay (Franca), 46* S9' NO” 14'O Pasman (Croëcia), 4%” 58'N 15” 20'L, va Passau (Alemanha), 48* 35' N 18* 28'L, 80, 94, 188, 203 Patay (Franga), 48” 08' N 1* 42' L, 196 Paterno (Itélia), 87* 84' N 14* 55' L, 96 Patris (Grécia), 88” 14' N 21* 44' L, 67, 184 Patti (It#lia), 58” 08' N 14* 58' L, 96
Pavia (Italia), 45” 12' N 9* 09 L, 28, 48, 52, 78, BO, 109, 165, 204, 212 Pavyerne (Suica), 46* d49' N 6” 57'L, 210
Pec (Kosovo), 42” 40' N 0
1A' 1, 184
Pechina (Espanha), 86” 55' N 27 25: O, 70
Pécs (Hungria), 46” 04'N 18” 15'L, 165, 192
Peebles (RU), 55” 39'N 8” 12' O, 201
Peloponecso*, 67
(RU), 51" 41' N 4” 55” O, 68,
Pembroke 98, 199
Penally (RU), 51” 40 N d* 44 O, 48 Penela (Portugal), 40” 02'N B* 281, 298
Penne (itilia), 42* 27 N 18” 56' L, 43, 96,
109
Poznan (Polênia), B2* 25' N 16* 5S'L, 19, 153, 165, 190, 203 Pozzuoli (Ttdlia), 40” 49' N 14” OT L, % 12, 19, 80, 94, 128, 165, 188, 192 Prato (Itilia), 48” 58' N 11”? O6'L, 109, 165
88, 118
Peguim (China), 89” 55' N 16* 25'L, 11 Perche*, 118
Perge (Turguia), 56* 59' N 30” 46'L, 86
Périgord*, 75, 98, 118, 196
(Franca), 49” 8%'N S“ 94'L,
Prenzlau (Alemanha), 53” 19' N 18” 59'L, Presburgo, wide Bratislava Preston (RU), 53* 46' N 2* 42 O, 199 Prestwick (RU), 55* 30' N 4” 37 O, 01
Rieti
Puente de la Reina (Espanha), 42” 40' N
Pershore (RU), 52” 07' N 2* 05'O, 48 Perth (RU), 56* 24' N 8$* ?28' O, 201 (Itêlia), 48” 07' N
109, 165, 204
12” 9$' L, 94,
Pésaro (Itlia), 45” 54 N 12” 54'L, 48, 109 Pescara (Itilia), 42” 27 N 14” 18'L, 48, 96,
109, 212
Pescina (1t4lia), 42” 02'N 18” 40'L, 96 Peste, wide Budapeste
Peterborough (RU), 52* 85' N 0” 15' 0, 48, 165, 199 Petra (Rissia), 41” 37'N 41" S6'L, 86 Peualia (Itlia), 57” 48' N 14” OT L, 9% Pfafers (Suica), 47” O1' N 9* SO'L, 210 Philippi (Grécia), 41” 05' N 24* 19" L, 67, 184 Piacenza (Mtélia), 45* 05'N 9” dT'L, 458, 78, 80, 94, 109, 165, 212 Picardia*, 196, 208 Picenum*, 4%
Pickering (RU), 54” 14' N 0” 46' O, 199 Picguigny (Franca), 49” 57' N 2* 09" L, 196 Pilos (Grécia), S6” 58' N 21” 42'L, 184 Piltown (Rep. da Irlanda), 52* 21' N 7” 25” O, 202 Pinhel (Portugal), 40* 47 N 7 0850, 114, 99% Piombino (Itilia), 42* 56' N 10* 82'L, 212
Pisa (Itélia), 438* 45' N 10” 24'L, 19, 48, 80, 94, 188, 165, 187, 204, 212 Pistéia (Itlia), 43* 56' N 10* 55' L, 109 Pithiviers (Franca), 48* 10' N“ 15'L, 75
Plaséncia (Espanha), 40* 02' N 6* 05 O, 114 Pljevlje (Montenegro), 45” 21' N 184 Plovdiv (Filipépolis) (Bulgêria), 24” 45'L, 28, 86, 67, 158, 184, Plymouth (RU), 50* 25' N 4* 10' Plympton (RU), 50* 23' N 4* 08
197 2V/'L, 42” 08' N 185 O, 199 O, 199
Poblet (Espanha), 38* 56'N 8* 59 O, 114,
165 Poissy (Franca), 48” 56' N 2* 02' L, 75, 196 Poitiers (Franca), 46” 85' N 0” 20' L, 18, 19, 40, 52, 75, 98, 104, 118, 183, 165, 196 Poitou*, 75, 98, 118, 196 Péla (Croëcia), 44” 52' N 18” 52'L, 48, 212 Policastro (Itlia), 40" 04' N 15* 87 L, 48, 96 Polignano (It4lia), 407 59'N 17” 18'L, 96 Polotsk (Riissia), 55” 80' N 28” 45" L, 68, 128, 190, 195 Poltava (Rissia), 49* 35' N 84* 85' L, 68, 190 Pomerênia*, 19, 94, 190, 208
Ponferrada (Espanha), 42” $8' N 6* 85 O 104
Pontecorvo (Itélia), 41” 27 N 18” 40'L,
2192 Pontefract (RU), 58* 42' N 1” 18' O, 98, 199 Ponthieu*, 118, 196, 208 Pontigny (Franca), 47” 55' N 8" 45'L, 88, 188 Pontevoy (Franca), 47” 24'N 1” 15' L, 75 Pontoise (Franca), 49* 05'N 8“ O5'L, 75 Pontvallain (Franca), 47” 45' N 0" 1U'L 196 Portalegre (Portugal), 39” 17 N 7" 25:0 114, 228 Portel (Portugal). 38” 18' N 7* 42' O, 2258 Porto (Portugal), 41* 09' N 8* 87 O, 12, 70, 114, 228 Portumna (Rep. da Irlanda), 58* 06' N 8” 18' O, 202 Porvoo (Finlindia), 60" 24' N 25” 40'L, 165 Potées*, 118
Potenza (lt4lia), 40* 88' N 15” 48'L, 96
1* 49" O, 104
Puertomarin
14” d2'1L, 96
San Sebastiin (Espanha), 48” 19' N 1” 59 O, 104, 114
San Severo (Itilia), 41* 41'N 15* 98'L. 96
Sancerre (Franca), 47” 20' N 2? 5O0'L, 75, 118
Risan (Montenegro), 42” 32' N 18” 42' L,
Sangtiesa (Espanha), 42* 34'N 1“ 17 O
Rocamadour (Franca), 44* 48' N 1* 36'L,
SantAgata de Got (Itdlia), 41” 05'N 14*
104
104
Sant Angelo dei Lombardi (Itdlia), 40” 55'
Rodes (Iha) (Grécia), 36” 15'N 28” 10'L, 19, 67, 185, 224 Rodez (Franca), 44” ?1' N 2* 85' L, 40, 75,
Santa Maria de la Huerta (Espanha), 41*
98, 118, 165
Rogaland*, 68
Roma (It4lia), 41” 53' N 12* 30" L, 12, 18, 19, 98, 86, 43, 59, 67, 94, 96, 109, 188, 165, 187, 205, 212 Roncesvalles (Espanha), 48* 00' N 1” 19" O, 52, 70, 104 Ronda (Espanha), 86” 45' N 5* 10' O, 70
Santiago de Compostela
68, 128, 165 Rosnay (Franca), 46” 42'N 1” 12'L, 75 Ross (RU), 51* 55' N 27 85' O, 48, 202 Rossano (Itilia), 39* 85' N 16* S8'L, 96 Rostock (Alemanha), 54” 06' N 12* O9'L, 128, 165, 208 Rêthenbach (Suica), 46” B2' N 7% 45'L 210 Rothenburg (Alemanha), 49* 28' N 10” 18'L, 165, 208 Rothesay (RU), 55” 51' N 5* 08' O, 201
Rotomagus, vide Rouen Rottweil (Alemanha), 48” 10' N 8* SB'L,
203 Roucy*, 118 Rouen (Rotomagus) (Franca), 49” 26' N 1* 05'L, 18, 40, 52, 75,98, 118, 1383, 196 Rouergue*, 75, 196
Rougemont (Franca), 47” 29' N 6” 21V/'L, 75 Roxburgh (RU), 55” 34' N 2” 80' O, 98, 201 Royat-Chamaliëres (Franca), 45” 45' N 8* 08" L, 40 Raeggisberg (Suica), 46” 49' N 7” 27 L, 210 Rumélia*, 19, 185 Rutherglen (RU), 55” 50' N 4* 12' O, 201 Ruthwell (RU), 55” 00' N 3* 26' O, 48 Rutland*, 199 Ruvo (Itëlia), 41” 07' N 16” 29'L, 96 Rye (RU), 50” 57 N 0” 4#'L, 199
L, 205 Reading (RU), 51” 28' N 0” 59' O, 199 Rebais (Franca), 48” 51' N 5* 15' L, 40 Recanati (Itilia), 48” 24' N 18” 32'L, 109 Recastle (RU), 57” 81' N 4” 22' O, 201 Reculver (RU), 51” 28 'N 1* 12' L, 48 Redesdale*, 199 Redondo (Portugal), 38” 38' N 7” 32' 0, 298 Regensberg (Suica), 47” 29' N 8” 26'L, 210 Reggio di Caldbria (Itélia), 56” 06' N 15” #9'L, 28, 43, 67, 96, 212 Reggio nell'Emilia (Itêlia), Ad” 49' N 10” 87 L,48, 78, 109, 165, 212 Rehme (Alemanha), 52* 18' N 8* 49'L, 52
Sablé (Franca), 47* 50' N 0” 90 O, 75
Sabugal (Portugal), 40* 20' N 7* 05' O, 223 Sacavem (Portugal), 38” 47' N 9* 06' O
298 Sahla*, 70 Saintes (Franca), 45” 44' N 0* 838' O, 40, 98, 104, 118
Saintonge*, 98, 118, 196 Salamanca (Espanha), 40* 58' N 5* 40* O,
L, 52, 80 Reims (Franca), 49” 15' N 4* O2'L, 18, 19, 40, 52, 75, 94, 98, 118, 188, 165, 196, 908, 208
70, 114, 183, 165
Salerno (It4lia), 109, 165 Salins (Franca), Salisbury (RU), 165, 199 Saluzzo (Itslia), 212
Remagen (Alemanha), 50* 34 N 7 14'L, OU
Remiremont (Franca), 48* 01'N 6” S5'L,
40, 52 Renfrew (RU), 55* 58' N 4* 24' O, 201 Rennes (Franca), 48” 06' N 1” 40' O, 52, 98, 118, 196 Repton (RU), 527 50'N 1*89'O, 48 Rethel (Franca), 49* 81" N 4* 22' L, 75, 118, 196, 208 Reutlingen (Alemanha), 48” 80' N 9" 16
Savnik (Montenegro), 42” 59' N 19* 05'L, 184
Savona (Itilia), 44” 18' N 87 28'L, 43, 187 Sax*, 210 Scalea (Itdlia), 89” d9' N 15” 47'L, 96 Scania*, 63, 128
Scarborough (RU), 54* 17' N 0” 24' O, 199
Schaffhausen (Suica), 47” 42' N 8” 38'L,
210 Schaumberg*, 205 Schleswig (Alemanha), 54” 82' N 9” 34'L, 80, 208
Schlettstadt (Franca), 48” 16' N 77 27 L, 208 Schêningen BAL, 52
(Alemanha), 58* 08' N 10”
Schêntal (Alemanha), d49* 20" N 9” SS'L,
203,210 Schwabisch Gmand (Alemanha), 48* d9' NY* 48'L, 165, 205
Schweinfurt (Alemanha), 50* 08' N 107 16'L, 208
Schwerin (Alemanha), 58* 88' N 11” 25'L, Schwerte (Alemanha), 51” 26' N 128
T SAL,
Schwyz (Suica), 47” 02' N 8* $#' 1, 210
Scodra, vide Scitari Scitari (Scodra) (Albinia), 42* 08' N 19” OV L, 86, 184, 185 Sebastéia, vide Sivas
Seckau (Austria), 47* 14' N 14* BO" L, 80, 94
Sées (Franca), d8* 36 NO 10'L, 118
44* 39' N 7 29' L, BO, 94,
Ee (Franca), 48" 16'N 7? 98'L, 52
Ly 185
is Sanooteis MANE ri "ad Tu MSde End ol Mead rd veld hed F
Sarno (Itdlia), 40” 48' N 14* 37 L, 9% Sassari (Itdlia), 40” 43'N 8” #4'L, 187 Satriano di Lucania (Ttélia), 40” 32'N 15” S38'L, 96 Saumur (Franca), 47” 16'N 0” 05' O, 75
Segévia (Espanha), 40% 57 N 4* OT" O, 70,
Samos (ba), 37 42! N 26 BO'L, 67, 186, (€ 185
F
Sargans*, 210
45” 12' N 2” 22'L, 208 51* 05' N 1” 48' O,98, 118,
itia*, 198, 190
)
18, 19, 52, G9, 70, 114, 138, 165, 187 Sarajevo (Verbosna) (Bésnia-Herzegovina), d3* 52' N 18* 26' L, 184, 185, 192 Sardes (Turguia), $8* 28' N 28* 02' L, 36, 67 Sardica (Séfia) (Bulgaria), 42” 40' N 28” 1B'L, 18, 19, 67
Segorbe (Espanha), 89" B1' N 0* $0' O,
BO, mi 185, 165, 205 Salzwedel (Rfissia), 89” 40' N 66* 57 L, 50, 69, 111 Samnjum*, 48.
Pa
49* 26' N 2” 57 O, 104
40" d0' N 14” 46'L, 48, 96,
N 18* 08 L, 52, Salzburgo (Ausria), 47 54'
N 24 Ag' b 128, :
06' O, 70, 104
80, 205
Sabina*, 109
Reichenau (Alemanha), 47” 41' N 9* 05'
Santillana del Mar (Espanha), 48” 24' N d*
Saragora (Espanha), 41” 39' N 0” 54: O,
Roskilde (Dinamarca), 55* 89' N 12? O7Z'L,
Ravensburg (Alemanha), 47” 47' N 9” 87'
52' N 8* 83 O, 70, 104, 114, 165
8” 11" O, 202 O,d48, 202
O, 48, 202 Ratzeburg (Alemanha), 53” 42' N 10” 46' L, 80, 94, 205 Ravello (Itélia), 40” 38' N 14* 86' L, 96 Ravena (It4lia), 44” 25' N 12* 12'L, 18, 28, 36, 40, 48, 52, 78, 80, 94, 109, 203, 212
(Espanha), 42*
Santo Domingo de la Calzada (Espanha),
Roscrea (Rep. da lrlanda), 52* 57' N 7” 47'
Ratoath (Rep. da lrlanda), 58* 31' N 6” 24
70, 114, 228
196
Roscommaon (Rep. da Irlanda), 53” 58'N
Ratiaria (Bulgéria), 48” 49' N 22* 55'L, 36 Ratisbona (Alemanha), 49” 01' N 12” 07 L, 18, 19, 52, 80, 94, 165, 188, 208
15'N 2” 10' O, 165 Santa Maria di Leuca (Itdlia), 39” 48'N 18* 98'L, 12 Santa Severina (Itdlia), $9” 08'N 16* 55'L, 67, 96 Santander (Espanha), 43” 28' N 3” 48: O, 70, 104, 114
Santarém (Portugal), 39” 14' N 8” 40 O
Rooscbeke (Bélgica), 50” 50 N 4” S1'L
41'O,d8
N 15? 1UL, 96
Bomanha*, 94, 109, 212
Romsey (RU), 59* 59' N 1* 30 O, d8
Rabanal (Espanha), 42* 28' N 6” 17: O, 104 Racibêérz (Polênia), 50” 05' N 18” 1O'L, 190, 192 Radicofani (Itilia), 42” 54' N 11” A6'L, 109 Radolfzell (Alemanha), 47” d4'N 8% 59'L, 210 Raeta*, 438, 52 Ragusa (Dubrovnik) (Croëcia), 42” 40'N 18* OT L, 48, 67, 96, 188, 184, 185, 187, 192 Ragusa (Itilia), 86* 55' N 14” d4'L, 96 Ramsey (RU), 52* 27 N 0” 07' O, 1993 Randers (Dinamarca), 56” 28'N 10” OS'L, 68 Raphoec (Rep. da lrlanda), 54* 52'N 7” 36” O, 48, 202 Rapolla (Itlia), 40% 58' N 15* 4V'L, 96 Rapperswil (Suica), 47” 14' N 8* 50' L, 210 Raska*, 184 Rathvilly (Rep. da Irlanda), 52* 53' N 6”
SO L, 9%
Rochester (RU), 51” 24 N 0” SO'L, 48, 8, 165, 199
(Espanha), 42” 48'N 7” 87
Reval (Riissia),. ser
Sandwich (RU), 51* 17 N 1? 20'L, 199
184
Ouedlinburg (Alemanha), 51” 48' N 11” 09' L, 80, 208 Ouerc*, 98 Ouimper (Franca), 48” 00 N 4* 06' O, 98, 118, 165
185
78, 210 San Marco Argentano (Itlia), 397 3%'N 16* 07 L, % San Marco d'Alunzio (Ttilia), 38" 09 N
Ripon (RU), 54” 08' N 1” 31 O, 48, 165
O, 104
L, 205
(Italia), d2* 24' N 12* 51 L, 43, 96,
Ripoll (Espanha), 42* 12' N 2” 12'L, 114,
80, 94, %3, 208
'
IT L,9 San Gotardo (Suica), 46” 34' N 8” 81' L,
118
Persarménia*, 36
114, 165
1
San Giuseppe lato (Iulia), 87” 58' N 18e
(RU), 54” 24' N 1” 44* O, 98,
L, 68
128
N 36" 29
San Gimignano (Itlia), 48” 98' N 11" ge L, 165
Ringsted (Dinamarca), 55” 28' N 11” 48”
Pristina (Kosovo), 42* 3% N 21* 10'L, 184 Pritzwalk (Alemanha), 58* (9' N 12% IV L,
17
San Clemente di Casauria (Italia), 49” 14 N 138” 55'L, 96
128, 188, 190 Rimini (Italia), 44” 08' N 12” 54 L, 80, 94, 104, 204
Prilep (Macedênia), 41” 20' N 21” 82'L 184
41*
BYL, 96
Riga (Ruissia), 56” 538' N 24” 08' L, 12, 19,
Pryepolje (Sêrvia), 43” 23 N 1%9 S9L, 184
(Turguia),
112, 185
109 Rievaulx (RU), 54” 15'N 1" 07 O, 165
Prijedor (Bésnia-Herzegovina), 45* 00 N
Perpignan (Franca), 42” 42 N 9? S4'L, 70,
(Franca), 49” 56' N 27 #7 L, 40,
208
Perusa
199
165, 188
Provenca*, 28, 40, 52, 94, 187, 196, 204, 212 Provins (Franca), 48” 34' N #“ I8'L, 75, 165 Prim (Alemanha), 50” 12' N 6* 25'L, 59,
Péronne
San Biagio Platani (Italia), 37* 8T' N 18e
Richmond
Prizren (Kosovo), 42" 12'N 20” 43'L, 184
Périgueux (Franca), 45” 12'N 0” 44'L, 52, OB, 104, 118
L, 184 Rhinetal*, 210 Rhuddlan (RU), 53” 18` N 8* 27'L, 98, 199
(Grécia), 35” 23' N 24* 98"
Ribagorca*, 70, 187 Ribe (Dinamarca), 55” %0' N 8” 47 L, 63 Ribémont (Franca), 49” 48 N 8* 28'L, 75
16” dT L, 184
Penrith (RU). 54” 40' N 27 44' O, 199 Pentapolis*, 45, 109 Penthiëvre”, 9%
Samsun
Rhethymmon
Praga (Rep. Tcheca), 50” 05' N 14* 25'L,
Prémontré
Rheinau (Suica), 47” 45'N 8” S7L, 210
-
'
lg
o k
El
DE T
died RA
r
dT
1]
dl #
114
114, 165 “os Oo, 199 Selby (RU), 58* 48' N 1 04
Selêucia, vide Silifke
Selkirk (RU), B5* 88'N 2" 50" O, 201
Selsey (RU), 50" da'N 0” dB" O,48 Semi * 190.
Sen eh Gus), 475 18 NB IE 1 210.
ea
Ed
(ItAlia), 48” d8'N 15” 18" 1,48
dd
E
18" N2* Ho, 76,8 '
ABSIEN s 'Ee 4; 52, .
se
INDICE TOPONIMICO EN
imania”, 40, 52
serpa (Portugal). 37
56' N 7E 86! O, 70,
EE 114, 223 20' N 97 20 eerra d'EI Rei (Portugal), 39
0.25
serrastretta (Iclia), 3
o
NI16' 251, 96
OT
N 9” 06' O, oesimbra (Portugal), 88” 26'
O, 19, os (Espanha), 37” 24' N 5* 59” 50, 69, 70, 114, 158, 165 Sheffield (RU), 58 238'N 1” 30' O, 199 sherborne (RU), 507 57' N 2 S1' O, d8, 199 shiraz (lra), 29” S8' N 52” 34' L, 50, 69, 111
shorcham (RU), 51” 20' N 0” 10'L, 199 shrewsbury (RU), 52” 48' N 2” 45: O, 98, 199 Shropshire”, 1 ga
sibenick (Croëcia), 48” 45' N 15” 55'L, 165, 184, 192 Side (Turguia), 87” 22' N 27” d2'L, 67
Siena (Itélia), 45” 19' N 11” 19'L, 48, 94,
109, 165, 187, 204, 212 Sierre (Suica), 46” 18'N 7* #S'L, 210 Sigtuna (Suécia), 59” 86' N 17” d4'L, 65
Sigiienza (Espanha). 41" 04' N 2" 88' O,
70, 114, 165, 187 Silcsia*, 94, 188, 190, 192, 208
Silifke (Turguia), 36” 22' N $8* 57 L, 56,
67, 185 Silistria (Bulgéria), 44* 06' N 27” 17 L, 56, 67, 185
Silvan (Turguia), $8* 08' N 41” 00'L, 86
Silves (Portugal), 87” 11 N B* 26' O, 114, 998 Simancas (Espanha), 41” 85' N 4* 50' O, 70
Sinope (Turguia), 42” 02' N 85” 09'L, 18, 50, 63, 119, 188, 184, 185 Sintra (Portugal), 38” 48' N 9* 22' O, 225 Sion (Sitten) (Suica), 46” 14' N 7" 22'L, 80, 94, 165, 208, 210
Siponto, vide Manfredonia Siracusa (It4lia), 87” 04 N 15" I8'L, 19, 56
48, 67, 96, 185, 165, 187,212 Sirmione (It4lia), 45” 29' N 10" 36'L, 48 Sirmium, vide Sremska Mitrovica Sisak (Croëcia), 45* S0' N 16* 22" L, 184 Sitia (Grécia), 85” 13' N 26” OG'L, 184 Sitten, vide Sion Sivas (Sebastéia) (Turguia), S9” d4' N 37” OV L, 18, 86 50, 67,111, 119, 188, 185 Skalholt (Irlanda), 64* 08' N 20* 81" O, 68 Skanêr (Suécia), 55 4' N 12” 50' L, 188 Skara (Suécia), 58” 28' N 18” 25'L, 68, 165 Skelling Michael (ha) (Rep. da Irlanda),
51” 47 N 10" 89 O, 48 Skipton (RU), 53” 58' N 2* 01" O, 199
Skiros (Ilha) (Grécia), 88” 55' N 24” SAL, 184, 185
N Skopje (Scupi, Uskub) (Kosovo), 42* 00' 91e 9e'1, 86, 188, 184, 185 28 L, Slageise (Dinamarca), 55e 94'N 11”
68
N 6” 3%” Slane (Rep. da Irlanda), 54” 45'
| O, 48, 202 L, 128 SJawno (Polênia), 54” 21''N 16* 40'
Slieve League (Rep. da lrlanda). 54” 89 N 8* 49' O, 48 28'O, Sligo (Rep. da lIrlanda), 54% 17 N 8"
80, 94. 133, 2053
L,18, 48, 67, 184, 199, 212
94, 06, 109, 219 Sponheim", 203
Sguillace (Italia), 88* 46' N 16* ST L, 48, 6
Srebrenica (Bésnia-Herzegovina), 44” 06* N 18” 20'L, 184
Sredec, vide Sofia Sremska Mitrovica
(Sirmium)
(Sêrvia),
184. 192 21' O, 48, 98,
27 48 O. 165. 26' O, 48, 98,
St Bertrand-de-Comminges (Franca), 48 02 NO” S4'L, 40, 118
St Bricuc (Franca),48* S1'N 2 45' O, 98,
118 St Calais (Franca), 47” 55' N 0” 45'L, 40 St Clair (Franca), 49“ 11'N 1" 0% O, 18 St Glears*, 199
S1 Cloud (Franca), 48* 5T'N 27 12'L, 75 St David's (RU), 51” 54'N 57 16' O, 48, 98, 118, 199
St Denis (Franca), 48” B6' N 2” 21 L, 40,
52, 75, 165 SLDié (Franca), 48” 17' N 6” 57 L, 40 St Emmeram*, 52
St Evroult (Franca), 48” 47' N 0” ?8'L, 118 St Gal] (Suica), 47” 25' N 9* 28' L, d0, 52, 78, 80, 94, 208, 210
St Germain-em-Laye (Franca), 48” 58' N 2”
O4L, 75 St Germans (RU), 50” 24' N 4” 18 O, 48
St Gilles (Franca), 438* 40' N 4” 26'L, 104
St Jean-d'Angély (Franca), 45 47 N 0* 8Y' O, 104
St Jean-de-Maurienne (Franca), 457 17' N L, 40
St Jean-Picd-de-Port (Franca), 48* 10' NT 14 O, 104 SLEew (RU), 50” 88' N StLonard-de-Noblat 1* 29'L, 104 StlLizier (Franca), 48” St Malo (Franca), 48*
4” 45' O, 48 (Franca), 45” 50''N O1'N 1* 07 L, 40 89' N 2* 00” O, 98,
118 St Maur des Fosses (Franca), 48” 48' N 2” 90'L, 40, 75
St Maurice (Suica), 46” 14' N 77 OV L, 210 St Mesmin (Franca), 48* 32' N 1” 5$8' L, 40
St Michael's Mount (RU), 50” 06' N 5” 29”
O,48 St Moritz (Suica), 46” 30' N 9” 51 L, 52, 80,94, 208 $t Omer (Franca), 50” 45' N 2” 15' L, 52, 75,118 St Paul (Franca), 44” *1' N 4* 46'L, 40
St
St St St
128, 165, 205
Stratford (RU), 52" 12' N 1 4T'O. 48
Straubing (Alemanha), 48* 5%' N 19” 85" L, 205 Strongoli (Milia), 8% 16'N 17 OS'L, 96
Strumica (Macedênia), 41” 96' N 29" 39'
L,184 sea
(Macecdénia), 43* 1 N 20” 85
Suabia*, 80, 94
Sudak (Rissia), 44 52'N 84* B7'L, 188
Suez (Egito), 29” 58'N 82” S$'L, 12
Suiffolk*, 199
44” 59' N 19* S9'L, 18, 67, St Albans (RU), 57” 46' N (" 199 St Andrews (RU), 56* “0' N 201 St ee (RU), 58” 16' N 8*
6” 1
Stobi (Macedênia), 41” 83'N 91” 59'L, 86 Ston (Croacia), 42” 50 N 17 49'L, 184 Stralsund (Alcmanha), 54“ I8'N 13“ O6'L.
Peterszell (Suica), 47 19' N 9? MYL, 210 Pierre le Moutier (Franca), 46” 48' N 3* OG'L, 118 Pol (Franca), BO* 28' N 2* 20' L, 73, 208 Pol de Léon (Franca), 48” 42' N 4” 00
O,98, 118
St Ouentin (Franca), 40, 52, 75, 165
Sulmona (Itdlia), 42” 08' N 18% BEL
Sundgau*, 205
109,212
Svendborg (Dinamarca), 55” 04' N 10” 38'
L, 128
Svishtov (Novae) (Bulgaria), 43” 36' N 257
22'L, 56 Swansea (RU), 51* 38' N $* 57' O, 199
Sween (RU), 55” 59' N 5* $8' 0, 201 Swidnica (Polênia), 50” B1' N 16* 29'L, 188, 190
Szczecin (Stettin) (Polênia), 53” 25' N 14”
165, 208
sefa (Sardica, Sredeo) de N 28”
18" L,
12,
18é,
1
Soissons (Franca), 49” 25
`N
Ed He
20' L, A0,
16 L, 40 o Ag N 1”EE
59. 3 75, de, 118, 165
*se
Solignac (Fran€a),
6” so"
E
45 85'N1 Solin (Croëcia),
so llentuna (Suécla). 59” 26 Solothurn (Suica)
84 L,1SEL
NIT
47 16'N 7 SEL, 9%,
,210 |. somma (e42”i4 eN ge)BE, Séria 114
Sorrento (Itêlia)' 109
A0”
s7
N
gas 58'N
14” 98” LL, 96,
1*29' L. %
Stablo (Stavelot) (Bélgica), 50” 28' N 5”
66'L, 40, 52, 80, 94, 208, 208 Stade (Alemanha), 58” 36'N 9” 9R'L, 128 Stafford (RU), 52" 48' N 2” 07 O, 199 Stamford (RU), 52* 89' N 0” 29' O, 68 Stans (Sufca), 46* 58'N 8* 22'L, 210 Stargard (Polênia), 58” 91' N 157 ON L, 128
Stavanger (Norucga), 58” 58' N 5 AB'L, 65
S-Benoitsur-Loire (Franca), 47 d8' N 2
18'L, 75 Steckborn (Suica). 47” 44' N 8* 60' L, 210 Stein (Sufca), 47* 88' N 7” 58' L, 210 Stendal (Alemanha), 52* 56' N 11” 52'L,
128 Stettin (Szczecin) (Polênia), 58 25' N 14 $9'L, 198, 188, 165, 190, 208 Sup (Macedênia), 41” 44' N 22* 12'L, 184 Surling (RU), 57 28' N 1* 48'O, 201
Thouars*, 75, 118 Thrace, wide Heracléia
07 O, 199
Thracesion*, 67 Threekingham (RU), 52” 55* N 0” 250, As
Thun (Suica), 46” 46' N 7” S8`L, 78, 210 Thurgau*, 210
Thurles (Rep. da Irlanda), 52” 41' N 7” 49
O, 2 Thykkvibaer (Islindia), 68” 44' N 20” 35 O, 68
Tiana (Turguia), 87” 48' N 84” 36' L, 56, 37
Timahoe (Rep. da Irlanda), 52” 58' N 7” 12: O, 48, 98
8” 46 O, 02
Tinchebrai (Franca), 48” 46' N 0” 44 O, 98
Tinco (Espanha), 43” 2
Trevico (tlia), 41* O5'N 15“ 14'L, 96
Treviso (Tdlia), 45” 40' N 12” 15'L. 48, 9%, 165, 212 Triacastela (Fspanha), 42” 45' N 77 14 O, 104 Trier (Augusta Treverorum)
N 6* 24' O, 70
Tintagel (RU), 50” 40' N 4” 45” O, 48 Tintermn (RU), 51” 48'N 27 4'1 O, 202 Tipperary (Rep. da Irlanda), 52” 29” N 8? 10'O, 202
Tirconnell*, 202
Tirol*, 208 Tisbury (RU), 51” 04' N 27 08' O, 48
Tabor (Rep. Tcheca), 49* 25' N 14* 40" L,
G9, 183 Todi (Itilia), 42" 47' N 12” 24' L, 43, 109,
29'1, 192
Tlemcen (Argélia), 84* 53' N 1* 21" O, 50,
(Alemanha),
49” 45' N G* 39'L, 18, 28, 40, 52, 80, 94, 188, 165, 208, 208 Trieste (Itilia), 45” 39 N 18” 47 L, 43, 193, 203, 212 Trim (Rep. da Irlanda), 53” 34' N 6” 47: 0, 48, 165, 212 Tripoli (Libano), 34* 27' N 85” 50" L, 91, HI Tripoli (libia), 32* 58'N 13* 12'L, 69, 183
Tripolitinia*, 36
Trivento (Itdlia), 41” 47' N 14* 33'L, 96 Tréia (Itdlia), 41” 82'N 15” 19'L, 96
Trondheim (Nidaros) (Noruega), 63” 36” N 10” 28'L, 68, 165
Tropéia (Grécia), 57” 48' N 21” 57' L, 9%,
187 Troves (Franca), 48* 18' N 4* 05' L, 40, 75, 94, 98, 118, 183, 165, 196, 208 Trub (Suica), 46” 57' N 77 54'L, 210 Trujillo (Espanha), 59” 28' N 5* 5% 0, 70 Truro (RU), 50" 16'N 5” 03' O, 199
Tuam (Rep. da Irlanda), 53” 31' N 8” 50
O, 48, 98, 202 Tubinga (Alemanha), 48” 32'N 9? O4'L, 165 Tudela (Espanha), 42” 04' N 1” 37 O,70, 114, 165 Tulle (Eranca), 45” 16'N 1” 46'L, 118 Tinez (Tunisia), 86” 50' N 10” 18'L, 12, 19, 50, 69, 138, 187
Turena (Franca), 45” 04' N 1” 84' L, 98,
'Taormina (Itlia), 37% 51' N 15” 17 L, 48,
Tonnerre (Franca), 47” 51'N 8* 59'L, 75 Tênsberg (Noruega), 59” 16' N 10” 25 L,
118 Turena*, 75, 98, 118 Turim (Itélia), 45” 04' N 77 40" L, 12, 48, 78, 80, 94, 165, 187, 208 Turingia*, 40, 52, 80, 94, 203 Turku (Finlindia), 60” 27 N 22” 15'L, 165 Turnovo (Bulgêria), 48” 04' N 95“ 89 L, 185 Turnu Severin (Romênia), 44” 86' N 22” 39'L, 184, 192 Tursi (Itlia), 40” 14'N 16* 29'L, 96 Tuscia*, d3 Tutbury (RU), 52* 52' N 1* 40' O, 199 Tiy (Espanha), 42* 08' N 8* 39' O, 70, 114
Tarazona (Espanha), 41” 54' N 11” 44: O,
Tordesilhas (Espanha), 41” 30' N 5* 00' 0, 70 'Toro (Espanha), 41” 81'N 5* 24' 0, 70
Tynemouth (RU), 55” 01 N 1*24' O, 48, 199 Tyre (Libano), 88” 16' N 85” 12'L, 67,91
188 Tabriz (Ira), 88” 05' N 46” 18' L, 50, 69, 111 Tafalla (Espanha), 42* $2' N 1” 41" O, 70 Tagliacozzo (Itélia), 42* 05' N 13* 15'L, 96, 109
Talavera (Espanha), 89” 57' N 4* 50 O, 70
Tamins (Suica), 46* 50 N 9* 25'L, 210 Tanger (Marrocos), 35* 48' N 5* 45" O, 18, 19, 36 50, 69, 70, 114, 158, 224
Tangermiande (Alemanha), 52* 84' N 11” BR'L, 128
67, 96 Tara (Rep. da Irlanda), 58” 85* N 6” 35* O, dB 114, 187
Tarbes (Franca), 48” 14' N 0” OE'L, 98, 118
Tardajos (Espanha), 42* 21” N 8” 49' O,
104 Tarentaise (Franca), 45* 35' N 6” 58'L, 80, 94, 205
Tarento (1t&lia), 40” 28' N 17* 15" L, 48, 96, 138
Taron*, 67 Tarraco, vide Tarragona
Tarragona (Espanha), 41” 07 N 1* IS" L, 18, 52, 70, 114, 165, 187
Tarso (Turguia), 36” 52' N 34* 52'L, 19, 936, 50, 67, 112, 183, 185
Tartu (Riissia), 58* 20' N 26” 44'1L, 195 Tassos (Iha) (Grécia), 40” 46' N 24” 42'L, 185
Tattershall (RU), 58* OT NO” 11" O, 199 Taus (Rep. Tcheca), 49” 28' N 18” OO'L, 188, 203 Tavira (Portugal), 57” 07' N 7* 39' O, 223 "Tebas (Grécia), 88” 19' N 28* 19'L, 67, 184
Temesvar (Romênia), 45* 45' N 21” 15'L,
GNGS 18
(RU), 52* 37 NO
Székesfehérvar (Hungria), 47” 11' N 18*
10 St Ursanne (Suica), 47” 23'N 7 0% L,? 40, St Valêry (Franca), BO 11 N 1? SBL,
75, 208 $ Wandrille (Franca), 49* 52'N 0” 45'L, s2
Thomev
'Tivoli (Itlia), 41* 58' N 12” 48' L, 43, 94, 96, 109
89'L, 198, 188, 165, 190, 208
Tekke*, 185
68, 183, 190, 195
208 Thomond*, 202
Timolcague (Rep. da Irlanda), 51” 38' N
St Sever (Franca), 48” 45'N 0” 84' O, 104
St Urban (Suica), 47 14' N 77 51' L, 210
(Franca), 49” 99' N 6” IV L,
Sussexf, 199 Sutri (Italia), 42” 14' N 12” 14'L, 48, 94,
Susa (Italia), 45” 08' N 77 09'L, 212
4 Ly 9, emolensk (Riissia), 54 49' N 52” Smaland*, 65, 128
St Savin (Franca), 45 09" N 0* 26' O, 98
Thionville
Tilbury (RU), 51” 28'N 0” 23' L, 48
St Riguier (Franca), 50” 09 N 1” 58' L, 40, 52, 75 St Sauver (Franca), 47” 57 N 8” 12'L, 75
Thiers (Franca), 45” 51'N 8* S3'L, 75
Surrey”, 199 Sursee (Suica), 47" 11'N 8“ O7L, 219
902 $luis (Holanda), 51” 18'28' N N 8*17785' 00L, H196198, Slupsk (Polênia), 54 190
|
Speier (Alemanha), 49* 18'N 8* 26'L, 59.
6, 109 %
'
Spalato, wide Split
Spoleto (Itlia), 42” 44' N 12” A4'L, 48, 59.
Setdbal (Portugal), 38” 31'N 8” 54 O, 70,
'
Southwell (RU), 53* 05' N 0” 58 O. 165
ges
48 Sesto (Ttalra), AG” 49'N 12” 92'1,
AE
98, 196, 199
Split (Spalato) (Croëcia), 48* ST'N 18” 2@'
14' N 18” BEL, Gessa Aurunca (Ttilia), 41”
|.
soure (Portugal), 40” 4'N 8* 38' O, 228 Southampton (RU), 50” 55' N 1 95' O,
Tecklenburg (Alemanha), 52” 18 N 7” 49"
L, 203
Tegernsee (Alemanha), 47* 42'N 11” 46' L, 80, 9%
“Telese (Itilia), 41” 18'N 14” BUL, 96 192
"Tenao (Itélia), 41” 15' N 14” 05'L, 96, 109
'Tenby (RU), 51” 42' N 4* 48* O, 199
Tenedos (Ilha) (Turguia), 89” 49' N 26”
0% L, 185
Teodosiépolis, vide Erzurum
Teramo (1télia), 42" 40' N 18* 49" L, 96, 109 Termoli (Itlia), 42* 00' N 15* O0'L, 96
Termépilas (Grêcia), 88* 50' N 22* 38 L, 86
Terra di Lavoro*, 212
Terracina (Itilia), 41” 17' N 18” 15' L, 96, 109 Teruel (Espanha), 40" 21' N 1* 06' O, 70, 114, 187 Tessilins, 184, 185 Tessalênica (Grécia), 40" S8' N 227 BB'L, 18, 19, 28, 86, 67, 112, 188, 184, 185 Tetbury (RU), 51” 89' N 2” 10' O, 48 Tewkesbury (RU), 51* 59 N 2* 09 O, 48 Thelepte (Tuntsia), 85” 04' N 8" 88 L, 86 Therouanne (Franca), 50* 38'N 27 15'L, 5, 118, 208
204
Toggenburg*, 10
Toledo (Toletum) (Espanha), 39” 52' N 4” 02'O, 18, 19, 28, 36, 50, 69, 70, 114, 183, 165
Toletum, vide Toledo Tolosa (Espanha), 48* 08' N 2* 04: O, 18, 165
Tomar (Portugal), 89* 36' N 8” 25' O, 70, 114, 165, 223
Tongland (RU), 54% 52' N 4* 029 O, 201 128
Torre de Moncorvo (Portugal), 41” 10' N 7” 0%" O, 288
'Torres (Itlia), 40” 50' N 8* 28'L, 48
Torres Novas (Portugal), 89” 28' N 8* 82
Tynedale*, 199
Uberlingen (Alemanha), 47” 46' N 9” 10' L, 208 Uclês (Espanha), 39* 58' N 9e 59 O, 114
O, 2258
Uelzen (Alemanha), 52” 58' N 10” B4'L, 128 Uim (Alemanha), 48” 24' N 10” 00' L, 52,
212
Umbria*, 48, 212
70, 114, 165, 187
Uncastillo (Espanha), 42* 21' N 1” 08 O,
133, 165, 190
Unterseen (Suica), 46* 41' N 7” d6'L, 210
13' O, 48
Uppland*, 65, 128
O, 228
'Torres Vedras (Portugal), 39” 05' N 9” 15 Tortona (Itélia), 44” 54'N 8* B2'L, 48, 94,
Tortosa (Espanha), 40” 49' N 0” $1' L, 69, Torun (Polênia), 5B$* 01 N 18” 85' L, 28, Tory (Iha) (Rep. da Irlanda), 55* 16' N 8” Toscana*, 94, 109
'Toul (Franca), 48* 41' N 5* 54'L, 94, 118, 2058, 208 Toulon (Franca), 43” 07 N 5* BE" L, 94
Toulouse (Franca), 43” 38' N 1” 24' O, 18,
19, 28, 36, 40, 59, 70, 75, 98, 104, 118, 138, 165, 187, 196, 204 Tournai (Bélgica), 50” 36' N 3* 24' L, 40, 75, 98, 118, 165, 196, 208 Tournus (Franca), 46” 8' N 4? BEL, 75 "Tours (Caesarodunum) (Franca), 47” 28* N 0" 49'L, 18, 86, 40, 52, 75, 9B, 104,
118, 188, 165, 196
Train6polis (Grécia), 40* 57' N 25* S6'L, 36, 67
Tralee (Rep. da Irlanda), 52” 16' N 9” 42
| 80,94, 96, 165, 208
Umbridtico (flia), 89* 21' N 16* 65'L, 96 70
Unterwalden"*, 210
Uppsala (Suécia), 59” 55' N 17” 38' L, 68, 165
Urbino (Itlia), 48” 48' N 12* 58' L, 48, 109, 212
Urfa (Edessa) (Turguia), 87” 08' N 38” 45” L, 86, 67,90, 111
Urgel (Espanha), 42* 21' N 1” 28'L, 70,
114,118
Urgento (Itlia), 39” 55' N 18” 10'L, 96
Uri*, 210 Uriel*, 202 Urr (RU), 55” 09' N 8* 56' O, 201 Ursen*, 210
Usedom (Alemanha), 53* 58' N 18* SS L, 128 Usk (RU), 51* 43' N 2* 54' O, 199
O, 202 Trancoso (Portugal), 40* 46' N 7” 21' 0, 998 Trani (Itlia), 41* 17' N 16” 25'L, 96 Transilvinia*, 192 Trapani (Itélia), 88* 02' N 12” 82' L, 96, 187
Uskub, videSkopje
Travnik (Bésnia-Herzegovina), 44" 18' N 17” d0'L, 184
Vaduz (Liechtenstein), 47" 08' N 9* S2'L,
Traungau*, 80
Trebinje (Bésnia-Herzegovina), 42” dd'N
18* 20'L, 184
"Trebisonda (Trabzon, Trapisonda)
(Tur-
aguia), 41” 00' N 39” 48'L, 18, 19, 86, 50, 67,111, 112, 185 Tréguier (Franga), 48” AT N 8" 14' O, 98, 118 Trelleborg (Suécia), 55* 22'N 18” 10'L, 68 Trencin (Tchecosloviguia), 48* 53' N 18” OO'L, 188, 192 "Trento (Itlia), 46* 04" N 11* O8' L, 48, 80, 94, 208, 212
Utrecht (Holanda), 52” 06' N 5* 07 L, 52, 80, 94, 203, 208 Uzés (Franca), 44” 01' N 4” 25' L, 118, 198 Uzice (Sêrvia), 43” 51 N 19* BU L, 184 Vadstena (Suécia), 58” 26' N 14* 55'L, 68,
165
210
Vaison (Franca), 44* 14' N 5* 04' L, 40 Valais*, 210 Val&guia*, 185, 192
Valcarlos (Espanha), 48” 05* N 1* 18* O, 104 Valenca (Portugal), 49* 02' N 8* $8'O, 998
Valence (Franga), 44" 56' N 4* 54' L, 40,
Er 75, 80, 94, 118, 165, 196, 203 N 12, 0" 220, Valência (Espanha), 89* 28' 18, 19; 50, 69,70, 114,188, 165,187
22 NS? 82'L, Valenciennes (Franca), 50% 52,908
la
plas
INDICE TOPONIMICO Vestmanland"*, 12, 128
Valentinois*, 196 Valéria*, 48
Valladolid (Espanha), 41” 39' N 4” 45 O, 70, 114, 165
Vallentuna (Suëcia), 59” 82 N 18” OS'L, 68 Vallombrosa (Ttilia), 48” 44' N 11” SAL, 109
Valmaseda (Espanha), 48” 11'N 8" 11'O, 70
Valmiera
128
(Rissia), 57” 32' N 25” 99' L,
Valois*, 75, 118, 196
Vézelay (Franca), 47” 98 N 3” 45 L, 104,
118, 165, 208
Valonga (Portugal), 40* 87' N 8* 27 O,
Vila do Conde
Vaucluse (Franca), 48” 55' N 5” O8'L, 204
Vaucouleurs (Franca), 48” 36' N 5* 40'L, 196, 208
Velai*, 98
Vendême (Franca), 47” 48' N 1” O4'L, 75, 165 Veneza (Itilia), 45” 96' N 12” SO'L, 18, 19, 48, 78, BO, 94, 109, 111, 1838, 165, 187, 203, 204, 212 Venosa (Itilia), 40” 57' N 15” 49'L, 96 Ventimiglia (Itdlia), 48” 47' N 77 ST L, 48 Verberie (Franca), 49" 18' N 2” 45' L, 52 Vercelli (Italia), 45” 19' N 8* 26' L, 48, 78, 80, 94, 165, 212 Verden (Alemanha), 52” 56' N 9" 14'L, 59, 80, 94, 165, 208 Verdun (Franca), 49” 10' N 5* 28' L, 40, 59, 75, 80, 94, 118, 208, 108
Vermandois*, 75, 98, 118, 208
Verona (Itlia), 45” ?26' N 11” OO0' L, 28, 43, 78, 80, 94, 109, 188, 165, 208, 204, 912 Vestfold*, 65
Vigtland*, 208 45'L, 928
(Portugal), 41” 21' N 8”
Vila Nova da Cerveira (Portugal), 41* 57
N BA” d44' O, 228
Vila Nova da Rainha (Portugal), 59” 02'N
8” 56' O, 228 Vila Real (Portugal), 41* 17' N 7” 45* O, 295
Vila Vicosa (Portugal), 88* 46'N 7” 25” O,
225 Villafranca (Espanha), 42” 18' N 1” 45” O, 104 Villalên (Espanha), 42* 05' N 5” 08' O, 158
Villarrubia (Espanha), 897 18' N 8” $6' 0, 114
Villemaur (Franca), 48” 16' N 8* 45' L, 208 Vilna (Rissia), 54” 41' N 25” 19'L, 188, 190 Vis (IIha) (Croëcia), 45” 00' N 16 10'L, 184
Viseu (Portugal), 40” 40' N 7" 55" O, 70, 114, 925
Visoko (Bésnia-Herzegovina), 44* 00'N
18” 10'L, 184 Visp (Suica), 46” 18' N 7" 558 L, 210 Viterbo (Itlia), 42” 24' N 12* 06G' L, 48, 109, 212
Westminster (EU), 51” 80 N 0“ 09 O, 165,
Yarmouth (RU), 52* S7' N 1 44 L, 128, 199
Westfalia”, 52, 80, 203 199
L,96
Wexford
Vorarlberg*, 203
Viena (Austria), 48* 18* N 16* 92'L, 12,
Wirzburg (Alemanha), 49” 48' N ge BE t. 80, 94, 165, 203
212
Vich (Espanha), 41” 56' N 2” 16' L, 70, 187 Vidin (Bulgaria), 44* 00' N 22” 50 L, 184,
78,94, 109, 165, 208, 212
Wessex*, 18, 63 West Riding*, 199
Westmorland*, 149 Wetzlar (Alemanha), 50” 833' N 8* S0'L,
Volturara Appula (Italia), 41” 80 N 15” 04”
N 27” 57 L,
Vasteras (Suëcia), 59” 86' N 16* 32'L, 63
N 19* 28'L, 86
Vicenza (Italia), 45” 33' N 11” SEL, 43,
68, 128
12" 15'L, 128
N 21” OO0'L,
Vlêre (Oricum, Valona) (Albania), 40” 99"
Volterra (Tt&lia), 438” 24' N 10” Be L, 48,
63, BO, 94, 138, 165, 188, 192, 208 Vienne (Franca), 45” 82'N 4* 54'L, 18, 40, 52, 75, BO, 94, 118, 196, 208 Viennensis*, 18 Vieste (Itdlia), 41” 5$' LIG” IV L, 96
27 44' O, 52,
Viviers (Franca), 44” 20' N 4” 41'L, 75, 80, 98
Viborg (Dinamarca), 56* 28' N 9* 25' L,
185, 192
Valona, vide Vlêre
998 Vannes (Franca), 47” 40' N 98, 118 Varberg (Suécia), 57” 06' N Varmland*, 68, 128 Varna (Bulgêria), 48” 12' 185, 192 Varsévia (Polênia), 52” 15' 12, 190 Vaspurkan", 67
Vevey (Suica), 48” 28' N 6” ST'L, 210 Vexin*, 75
Vitêria (Espanha), 42” 51'N 2” 40' O, 70
Vouillé (Franca), 46” 38' N 0” 10'L, 40 Vrhbosna, vide Sarajevo
Vurgos (Espanha), 42* 21' N 8* 41" O, 70, 104, 114, 118, 165
Vyborg (Riissia), 60” 45' N 28” 4V'L, 198 Wakefield (RU), 58” 42'N 1* 29" O, 1a9 Waldeck (Alemanha), 51* 12' N 9” O4'L, 205 Waldenburg (Suica), 47” 28' N 7* 45'L, 210
Waldsassen (Alemanha), 50” 00' N 12* 19"
L, 205 Walentadt (Suica), 47” 08 N 9” 19'L, 210
Walkenried (Alemanha), 51” 86' N 10* 08'
L, 208 Wallingford (RU), 51” 37 N 1” 08'O, 199 Waltham (RU), 51* 42 N 0“ OU L, 199 Wangen (Alemanha), 47” 41' N 9” 50'L, 208, 210 Wareham (RU), 50” 41 N 2” 07' O, 48, 199 Warkworth (RU), 55* 21' N 1* $6' O, 199 Warmia*, 190 Warwick (RU), 52" 17' N 1” $4' O, 199
Waterford (Rep. da Irlanda), 52” 15' N 7” 06 O, 98, 202
Watton (RU), 52” 84' NO” 50 L, 48
Weesen (Suica), 47” 08 N 9” 06'L, 210 Weil (Alemanha), 47” 86 'N 77 89'L, 208 Weissenburg (Alemanha), 49* 02' N 11” OO'L, 80, %4, 208 Wells (Alemanha), 51” 18' N 2* 89' O, 48, 98, 118, 165, 199 Werden (Alemanha), 51* 28' N 7? OO'L, 80, 94 Werdenburg*, 210 Wesel (Alemanha), 51” 89 N 6” S7 L, 128, 208 Wessem (Holanda), 51” 09' N 5? B$'L, 208
208
(Rep. da Trlanda), 52” 20' N 6”
27 O, 63, 202 Whitby (RU), 54* 29' N 0” $7' O, 48, 199 Whithom (RU), 54” d4' N 4” 25 O, d8, 63, 201 Wicklow (Rep. da Irlanda), 52” 59' N 6” 08' O, 202 Wigtown (RU), 54* 52' N 4* 26 O, 201 Wildeshausen (Alemanha), 52” 54' N 8” G'L, 80, 94 Wilton (RU), 51” 05'N 1” 52 O, 48 Wiltshire*, 199 Wimborne Minster (RU), 50” 48' N 1” 59 O, 48 Winchcombe (RU), 51” 57 N 1” 58 O, 48, 199 Winchester (RU), 51* 04' N 1” 19' O, 48, 63, 98, 118, 165, 199 Windau (Riissia), 57” 94' N 21” 36'L, 128, 190 Windish (Suica), 47” 29' N 8” 14' L, 210 Windsheim (Alemanha), 49” 80' N 10” 27 L, 208 Windsor (RU), 51* 29' N 0” 38' O, 165, 199 Wisby (Suécia), 57” 38' N 18” 18* L, 68, 1298, 188, 165 Wismar (Alemanha), 58* 54' N 11” 28'L, 128, 165, 205
Wittenberg (Alemanha), 51* 58' N 12” 89
L, 185 Wolin (Polênia), 53* 51' N 14” 128 Worcester (RU), 52” 11' N 2” 18' 98, 165, 199 Worms (Alemanha), 49" 38' N 8” 86, 52, 80, 94, 165, 208 Wrexham (RU), 58* 08' N 3* 00"
38' L, 68, O, 48, 68, 23'L, 28, O, 199
Wroclaw (Polênia), 51 05' N 17” OO L, 68, 165, 188, 190 Wirttemberg*, 208
York (RU), 53” 58' N 1” 05" O, 48, 68, 98. 128, 183, 165, 199
Youghal (Rep. da Irlanda), 51* 57 N 7e 50
O, 2%? Ypres (Bélgica), 50” SIN 2 GS'L, 165 Ystad (Suira), 55” 95'N 18* BO'L, 165
Ystwyf*, 199
Zadar (Zara) (Polênia), 51” L, 188, 190 Zagreb (Croëcia), 45” 48' N 192 Zaits (Alemanha), 51* 058' N 94, 208 Zakinthos (Tha) (Grécia), B4'L, 184, 185
87 N 15* 20 15* 5#'L, 19, 12* OS'L, 80, 87” 47 N 90"
Zaltbommel (Holanda), 51” d9' N 5* 15'
L, 128
Zamora (Espanha), 41” 30' N 5* 45' OZara, vide Zadar
Zealand*, 208
Zeta*, 184 Zittau (Alemanha), 50” 55' N 14* SO'L, 188, 208
Zlata Koruna (Rep. Tcheca), 48” 52' N 14*
28'L, 165 Znaim (Rep. Tcheca), 48” 52' N 16* 02'L, 188, 192 Zofingen (Suica), 47” 18' N 8? 57 L, 210 Zug (Suica), 47” 10' N 8” 3V' L, 210 Zurigue (Suica), 47” 28' N 8* S3'L, 12, 52, 78, 94, 208, 210 Zurzach (Suica), 47” 35' N B* 17'L, 188, 210 Zutphen (Holanda), 52* 08' N 6* 12'L, 128, 208 Zvornik (Bésnia-Herzegovina), 44” 24'N 19* O7L, 184 Zwickau (Alemanha), 50* 48' N 12” SO'L, 208
Zwiefalten (Alemanha), 48” 14' N 9” 27 L, 208
Zwolle (Holanda), 52” S1' N 6* 06' L, 128, 208
INDICE ANALITICO
AE TESE mees.
an ke ae ME ad,
Adriano IV, a,9 Adriano, EE hade, 58 Afcio, 51, 53, 83 Afonso Henrigues, rei de Portugal, 222 Afonso V, rei de Aragao, 115, 218, 216 Afonso V, rei de Portugal, 225 Afonso VI, rei de Castela, 222
Ahmad ibn-Tulun, ry 6870
alamanos, 29 51, 51-52, 39 alanos, 51
oen Ds, : 77
principe
/D, romano, emaoë , 206
Alboino, reida Lombardia, 41
Alcorao, 51
:
Alcuino, 59
Aleixo 1 Comneno, imperador bizantino, 91, 96
Alemanha, 19 55, 78, 77-81, 80, 115, 116,; 202 191, 206, 216; império, %, 186-89, 115, 116, urbanizacao,
199, 126; imprensa, 218, 219
Alexandre III, papa, 95, 10%? 159 Alexandre Vr ape 928. 38, 49; biblioteca, Alexandria, 85, alfabetismo, 12-20, 24, 49, 52, 56
Alfrcdo, o Grande, rei de Wessex,
.
'
:
EO,
(genro de Maomé), 51 almordvida, 78
alMurtasim, califa, 69
58, 182; passagens 78-79, 75,
7 Hd 140, 140 s1, 76, 209
134-37; bizantina, 87, 164, 16%; carolinia, 56, 56 flamejante, 171; géuca, 11, Tos, 116, 128, 154, 140, 164, 165, 166, 166-67, 174-75, 177, 177. islamica, 21, 71, 112 romanica, 102, 104, 164, 163, 193; saxa, 45; veneziana, 213; vide am-
léus ificacoes; RE Er RE arte. 169: vide também pintura; escultura Et da Inglaterra, 179, 179
,
ja Menor. 26. 35, 86, 36, 57, 58, 51, 68, HT
Fi]
152
152 158
9 910
Si aonie. 104. 95
197
isto, César. 100: mausol£u, 101
imperador romano, 98 Aureliano, trisia, 59, 40-41, 41, 53, 55 ja.
BI 910. 210
Aut&rio, rei da |ombardia, 41, 42
Aumtn, 58
a1. 96,1
de Montecassino,
51
Go
Avignon, 182, 196, 197, 204; palêcio papal
06
Basra, d9 Batu, Ca mongol, 111-12 Baviera, 41, 45, 53, 54, 73, 76, 79, 80
Bayeux, 78; ape,
74, 97, 148
Beaucaire, 11 Becket, Thomas, 99, 175
Beda, 49, 58, 59; Histéria eclesidstica, 48, 49, 61 Bélpica, 26 Belgrado, 193-094, 193 Belisirio, 36 Benedetto, cénego de Sao Pedro, 100-01
Benedict Biscop, 45, 59
Beneditina, Ordem, 108 Benevento, 42, 42, 54, Bento de Aniano, Sao, Bento de Nirsia, Sio, Bento XII, pa, 182 Beowulf, 49,
13, 41, 47, 32, B7,
76, 77, 108 47 45, 48
1798
Berengirio 1 de Friuli, 76
Berengario II de Ivréia, 76 Berna, 126, 210, 211, 215
Bernardo de Augsburgo, 219
Bernardo de Claraval, So, 87-89 Bertha, rainha de Kent, 58 Bianco, Andréia, 221 Biblia, 15, 28, 67, 218, 219: manuscritos, 9], 180 bibliotecas, 18, 59, 152 Birka, 62 Biscop, Benedict; vide Benedict Biscop Bitinia, 185 Bizincio; vids Constantinopla
Boa Esperanca, Cabo da, 225
Bobbie, 42 Bocaccio, Giovanni, 219 Bodiam, castelo, 106-07 Boëcio, 34, 152, 178 Boëmia, 188, 189, 190, 191, 206 omilos, heresia dos, 66, 185, 195
Bojador, cabo, 224 Rolsaar II, rei da Polênia, 191 Boleslav II, rei da Polênia, 191
Bolonha: Sam Stefano, JIO universidade,
150, 204
Bonifacio IV,
Bordéus, 29
Atenas "185. 186 Ah elstan rei da lnglaterra, 60 39 $8
Basilio 1, imperador bizantino, 66, 68 Basilio IT, per ago bizantino, 68, 66, 66-67, 66,
Bonificio, Sao,
Atanisio, Santo, 28 Ataulfo, chefe visigodo, 29 29
Basilêia, 74, 79, 213; Concilio da, 206, 213 Ee (Vasili) TI, principe de Moscou,
papa, 100
Bonificio VI, papa, 182, 197
s8, 54, 85
Averr6is (ibn-Rashd), 73
Amalarico, rei visigodo. 58
Amberes, 209
9
na Siriag, 35 urbana, 128, 181, 184-85,
AG
Aldchiero,
Amatus
imperador germanico, 56, 76,
Arnoul, conde de Flandres, 74 ,dinasta, 198 uitetura, 11, 15, 145, 164-69, I164-6% oméstica, 164: eclesiëstica, 164, 165, 166-69, 166-69, 170; em Constantinopla, 57, 164, 164; na In laterra, 14, 45; na Franca, 105, 109, 167, na Hungria, 193: na Irlanda, 46; na Ttilia, 45, 110, 164, 168, 168-69 na Noruega, 173; na Riissia, 194 na Espanha, 38, 102, 104;
:
almorsvidas, dinastie, 118,114
Amalfi
Armênia, 35, 37, 58, 66, 68 Amoldo de Bréscia, 101 Arnolfo, dugue da Baviera, 79
| dinastia, 118, 114
alNasir, sultio, 118, Alnwick, castelo,
partido de, 208-09
Astirias, 36, 71, 79
69 al-Mamun, Almanzor, chefe da Espanha muculmana,
Pie MPIE d
io, 28
astronomia
alMahdi, califa, 68 alMahdi, ima, 70
Alpes,
iberto, rei da Lombardia, 42
aseolsbios
il, sultao do Egito, 108
a.
Arezzo, 215 arianismo, ?1, 28, 81, 88, %4, “6, 38, 42
bascos, 89, 74
16?
Avla, 140. 140
AVis, dinastia de, 999. 223
Asito, imperador romano, 85
54, 59, 184
Borgonha, 45, 47, 72, 74-16, 78-19, 196, 202, S08-09, 209, sob os merovingios, 89, 40, 41, 41; sob os carolingios, 55, 75;
parte do impêrio Staufen, ? relages com a Franca, 78, 74, 208-09, 209 alian-
ca com a Inglaterra, 209, 209
Borgund, 123
Bêris, rei da Bulgdria, 66
Bésnia, 195
Boso, rei da Provenca, 74, 76 ues, 26
Boulogne (-sur-mer), 125, 209
Boulonnais, 74
Brabante, 89, 125, 188, 209
Bracciolini, Poggio, 215
Braga,S1, 45
Branca de Castela, rainha da Franca, 119,
175
Brandenburgo,
BO, 191
Briulio de Saragoca, 74
Peuneplee, rainha franca, 41, d7 Brunelleschi, DEP 215
Bruni, Leonardo, 215 Bruno, Sao, arcebispo de Colênia, 74 Bulgaria, 64, 66, 81 bulgaros, 86, 62, 66, 66, 68, 185, 193 Baren, ?11 Burgos, catedral, 175 burgundios, 31, 32, 33, 38, 59 Buwayhias, dinastia dos, 66, 71 Buxheim, 218 Byland, abadia de, 14
caca, 24, 160, 161 Caedmon, d9
Caernarvon, 107 Caesarius, Sao, arcebispo de Arles, 57 Cahors, Pont de Valentré, 20 Cairo, 66, 112, 113 Caldbria, 42, 76 Calais, 198, 198 Calcedênia, 37: Concilio de, 33
Cambrai, 125, 209
Campania, 34, 77
camponeses, 17, 157, 157 Canarias, ilhas, 221, 222, 225 Cancie de Rolando, 179 Canterbury, catedral, 8% mis, 77 Carcassona, 119 Carintia, 81 Carloman, rei franco, 5d
Carlos (1) de Anjou, rei da Sicilia, 115, 119, 186 Carlos (IN), o Calvo, imperador alemio, 55. 5%, 61, 74, 76 Carlos (111), o Gerda, imperador alemdo, BE, 76, 77 Carlos (IT), o Simples, rei da Franca, 55, 61, 78, 74 Carlos IV, imperador alemaon, 189
17, 32, 54-55, 34, 36, 59,
78, 71: prestigio, 34, 66, B1; canonizacao, 94; como patrono, 39, 54; na literatura, 102, 179; na escultura, 34 Carlos Martel, 41, 58, 53-54 Carlos Roberto, rei da Hungria, 198 Carlos V, imperador alemao, 115, 209 Carlos V, rei da Franca, 208, 209, 221 Carlos VI, rei da Franca, 208, 209, 216
Carlos VII, rei da Franca, 198, 206, 21617 Carlos VII, rei da Franca, 216, 217 Carlos, o Ousado, duague de Borgonha,
209, 218, 217
Carolingio, Impêrio, 28, 32, 53-55, 1938,
189; renascimento cultural, 39, 54, 55,
56-57, 59: relac6es com o Papade, 54, pelos vikings, 61,
tegragio, 19,66, 78, 74, BT
62; desin-
accio, Vittorio, 125 Carpini, Giovanni, 112
Carraca, Francesco de, 204 Oo, 51
Carto
, 101, 212, 220-21, 220, 221
Casimiro, rei da Polênia, 191
Casimiro II, rei da Polênia, 191
Cassiodoro, 34, 60
Castela, 72, 78, 114, 114, 115, 182; relagêes com os mugulmanos, 78, 118, 114;
relagêes com Portugal, 206, 222, 223,
225; uniëo com Aragêo, 216; viagens
de descobrimento,
225
Gastelos; vide fortificacées
Castledermot, cruz de, 47
catalaes, 185, 221
Catalunha, 71, 78; videtambém Aragêo
Catarina, Santa, 177
cêtaros, B7
39, d1, 47, 53 Clotacar |, rei franco, 39, 40
Clotacar IT, rei franco, 40, 41 Clunry, 72, 82, 102 Codex Amialinus, 60
Codex Argenteus, 29 Codex Augusteus, 180
Codex Aureus, 26 Codex Theodosianus, 32 Coëne, Jacgues, 149 Coimbra, ?
Cola de Rienzo, 205 colheitas, 21, 22, 182 Colombo, Cristêvao, 208, 225, 225 Colonna, Giovanni, 204
Capua, 77, 95, 96; Santo Angelo in For-
76; atacado
Clodamiro, rei franco, 51, 53, 34, 36, 58,
Colênia, 31, 39
capeta, dinastia, 738, 75, 119, 119 197
Carlos Magno,
Citeaux, B2 Clemente VI, papa, 142 clima, 21, 22-23
Columba, Sao, 45 Columbano, Sao, 32, 42, 45, 47, da coméêrcio, 17, 120-21, 125, 182-188, 132, 142, 142-413, 144, 144, 157; Baltico, 125-
26, 128, 132; Mar Negro, 182; bizantino, 36-47: carolingie, 55, BY: mediterrineo, 182, 134 vikimg, 62, 62, 64 Comnenos, dinastia dos, 185 Compostela, 71, 102-108, 102-05 comunicac6es, 20, 132, 132 por terra, 7879, 79, 128, 148, 148; por agua, 128, 128, 182, 132, 148, I48
Conageus, igreja, 105 Conrado (]) da Francênia, rei da Alemanha, 74, 79
Conrado (IV), rei dos romanos, 116 Conrado II, imperador alemio, 76 Conrado, rei da Borgonha, 76
Constanca, 82: Concilio de, 189 Constanca, mulher do imperadar Henrigue VI, 95, 115 Constante II, imperador bizantino, 42
Constantino (1), o Grande, 26, 27
Constantino II, imperador bizantino, 29 ConstantinoV, imperador bizantino, 66 Constantinopla, 164; fundacio, 26; sede
do Impêério Romano do Oriente, 15, 34, 38, 66-OT 182, igreja em, 28, 58; relacêes com a Rissia, 62, 64: atacrada pelos barbaros, 29, 86; atacada pelos mu-
culmanos, 51, 58, 68, 112; tomada
pelos
otomanos, 118, 185, 186, 192, 206; to-
mada pelos latinos, 108, 182, 182, 186;
Concilio de, 85; Santa Sofia (Igreja da
Santa Sapiëncia), 57, 164, 164
Copto, 17
Corbie, 56 Cêrcega, 86, 186
Cordes, J32 Cérdoba, 71, 91, 118, 114; mesguita, 71
36 Corvey,
Cosmati; obra, II 168
Courtrai, 182
Courtraisis, 74
Covilha, Pero de, 225 Cracévia, 190,191, 192; catedral de,
Universidade de, 191-92
IF
GCremona,42
Creta, 68, 182, 186
Cristianismo e a sociedade romana tar-
dia, 18, 20, 21; e o paganismo, Ad 2
extensio do, 21-28, 28, 82, d5, 47, 49,
64, 66, 67, 80-81, 111, 198: heresias e
cismas,
28-29, 85,
6,
8,
218; vidr também lgreja
1%,
198, 206,
Ambro6sio, Santo,
IE,
|
60. 106
ota, 222, 223.
gl. 72
s
Arcidio 1, imperador romano, 34, 35
,
Al bigeois, 74
| '
ardbicos, 51, 78 Aragio, 78, 182, 216; nde d ee, 1 5, 186, , 114. participagao na Itélia,
ele
albigense, heresia, 109, 110, 419
Ali
Arabia, 26, 51, 71 arabica, 51; carolingia, 59; inglesa, 59, 60, 61, 128; merovingia, 59
Armagnac,
Alberto MI, dugue da Austria, 211 Alberto Magno, Santo, 110 Albi, catedral, 109
AN, califa
COMO pare das terras do rei da Inglaterra, 9 , 119, 196 irabes, 49, 68
Aristoteles, 110, 171 Arles, 34, 47, 74, 105
Alamania, 45, 58, 54
AK califa
, 54, 55, 56
aristocracia, 158-59, 198
Aida (Di
Algarve, 222
penzell, 211, 218
186,218, 216
icultura, 17, 17,90, ?1, 22, 26, 55, 14445, 157, 127 Ahmad ibn-Buwayh, 71
reis na Itélia, 1,
antguarios, vide histêria
4; como ducado independente, 74;
Aglabitas, dinastia, 70 Agostinho, Santo, 56, 151, 178
principe Alberto IT, impeEE
Antioguia, $5, 38, 68, 93
uitania, 47, sob os merovingios, 40, 4,
Agilulfo, rei da Lombardia, 42, 42
Alberico IT,
de Tralles, 164
i
Agilberto, 49
1,
Anthemius
Aguilëia, 82
X, 0 Sibio, reide Castela, 114, 115 provincia romana, 31, 58, 35, 86, murulmanos em, 49, 58; portuem, 222, 223
Alberico
Antémio, imperador romano, 54
Apulia, 42, 76, 95
Afonso VI, rei de Castela, 78
Alarico, 29, 85
anglo-saxênica, crénica, 61 animais, 24, 62, 160
Escécia: Pais de Gales Brujas, 74, 125, 126, 132, 141, 142, 182, 209, 219 Brun, Rudolf, 211
Celestino V, papa, 182 celtas, 58 Ceofrid, abade de Jarrow, 60 Cerdenha, 36, 186 Cesaréia, 68 Ceuta, 922 (Cicero, 205, 219 cidades: vide urbanizacao ciëncia e tecnologia, 144-45, 152, 152 Cirilo, Sao (“Apêstolo dos eslavos”), 67 Cirilo, Sao, patriarca de Alexandria, 85 Cisterciense, Ordem, #4, 89, 192
Ek
Adolfo % Nassau, sa 1
anglo-saxies, 29, 60-61
38, 58; vide também Inglaterra;
EE
Absidas, dinastia dos, 68, G8-69, 68, 70 Abu Beker, 49 Abul Hasan al-Mukhtar ibn-Butlan, 152 Arcre, 9% Acroinon, 68 Adalberto, bi de ,81 Adelaida, mulher de ton], 76
anglos, 58
20, 81,
Jê, *1, *6,
Catolicismo; vide Catolicismo romano Cavalaria, 124, 139 206
me gm.
Angevinos, 186, 186, 198
Abinger, arvoredao, 106
onso ica, 38, 49; guesa
Nicoloa', 171
Brindisi, 42 Bristol, 4], 142 Britinia, provincia romana,
lam
Andrinépolis, 2ë
Bretwalda, 58
AE
Angelo,
Abderrama II, 71, 72,81
Catolicismo romano, 11, 19 21-23, 36, 38, 41, d2, 42, 45, 191, 198; vide também eristandade; Igreja Crista Ortodoxa
6
dee
Abelardo, Pedro, 89 Aberdeen, 200
Badajoz, 78 Badius, Jodows, 218 Bagda, 15, 68, 71 Bar , sultao mameluco, J06, 112, 113 Balcas, 185 Balduino1, rei de Jerusalém, 9] Baleares, ilhas, 113, 115, 185, 225 balneërios, 155 Bamberg, 218 Barcelona, 71, 72, 78, 115, 198, 141, 186, 186, 216 Bari, 76, 77,95
Andalus, 71, 71
Abderramal], 7
passagem de, 79
Bretanha, Is2.
ure
Abderrama II, 7]
André IN, rei da Hungria, 198 Andrew de Longjumeau, 11
Abd al-Walid, 51, SI
Brennero,
Ayvubid, dinastia, 60
261
RE
Avito, Santo, 51
LLE
América, 216, 295 Amiens, 148
ET
u, 76, 211 al-Malik, 51
INDICE ANALITICO (Cristo, S5: na arte, %6, 61, 66, S0, 87, N, 96, 102, 142, 170, 171, 17d, T74, 177,216
Gristovao, Sao, ZI8 Croacia, D7, 1908 Crowland, abadia, 59, #4 Cruzadas, 18, R7, #% 90-92, 108, 119: Primeira Gruzada, 91, 9: Terceira Cruza-
da. 90 Ouarta Cruzada,
108; Ouinta
Gruzada, 108; contra os albigenses, 110; contra os otomanos nos Balcas, 193: Es-
tados cruzados, 9%, 91, 115 Ctesifonte, 49
cunhagem, 59 Curemonte,
16; visigodos na, 99, 30, 51, 33, 36, 38-
39, 70. muculmanos
78,
71, 91,
118-15,
na, 66, 68,
70. 71-
114; imprensa
na,
218, 219; e viagens de descobrimento,
295 Estanislau, Santo, 192 Estévao Dushan, rei da Sérvia, 183
Ghampagne, 182
Chariberto, 40 Charolais, 209 Chatres, 61, 124: catedral, /67, 174, 175. 177 Chaucer, Geoffrey, 150 Chelles, Jean de, 177
Chifflet, Jean-Jacgues, 15
Childeberto II, rei franco, 40
Childerico I, rei franco, 15, 39 Childerico 1, rei franco, 58 Childerico JI, rei franco, 54 Chilperico 1, rei franco, 40 China, 20, 87,111, 119, 112. 182, 196 Chindasvinto, rei gético, 59 Ghipre, 38, 51, 68, 9%, 185
exXÊrcItos, vide Eyck, Jan van, Ezra, 60
guerras 206
206, 209
Filipe Il, rei da Franca, 119
Filipe IV, rei da Franca, 182, 197, 198, 208
descobrimento, viagens de; vide navega-
Filippo Maria, dugue de Milao, 215 Fitznigel, Richard; Dialogue of the Exche-
Dinamarca, 126
Flandres, 78-74, 125, 182, 182, 198, 206, 209 Fleury, 28 Florenca, 196, 188, 139 208, 212, 215;
uikin
Dinkerlsbiahl, 184, 134
Diocleciano, ?%, 27
direito, 9). 1238, 150; ingles, 61: romano, 26, 85, 87: visigodo, $ Divarbakir, vide Amida Dniëster, 82 Dogoberto, rei franco, 40, 40, 41, 48, 58 Domesday, Book, 61, 99 Domingos, Sao, 83 Dominicanos, Ordem dos, RA, 109-10, 111, 181, 192 Donatello, 215, 216 Donato, bispo de Besancon, d7 Du Cange, Charles, 13
Duarte, rei de Portugal. 224
do palicio de Nêus-
Edessa (Uria), 68, 1 Edmundo, Santo, rei de East Anglia, 60
Eduardo l, rei da Inglaterra, 106-7, 128,
182, 197, 1989 200
Eduardo IN, rei da Inglaterra, 200
Eduardo, o Confessor, rei da Inglaterra, 97
Eduardo, o Velho, rei da Inglaterra, 60,
79
Éfeso, Concilio de, 85; Atas do, 56 Egbert, rei de Wessex, 58
Egito, 37, 58. 49, 70-71, 108, 115, 113, 119 Eileen Donan, 200
Einsiedeln, 211
Ely, 59; catedral, 170 Emilia, 82 Emmeran, Santo, 47
ensino, B9-91, 99-100, 150, 150-531; dassico, 20: em lingua vernaculo, 14-15; do clero, 20, 28, 109, 150: dos laicos, 25, 150: vide também universidades
Epiro, 20, 68
Eric da Pomerania, rei da Escandinavia, 126 Eric VI, rei da Dinamarca, 126 erudicao, 11, 18-15, 19, #9 110-11, 205; Arabe, 69, 78, 110, 145, 151; carolingia, 55, 56: vide também ciëncia e tecnoloa
vide Teodosiëpolis
Escania, 126 Escécia, 182, 200-01, 200 escravos, 20, 158, 225 p escribas, 45, 84 escrita, 56, 180, 919; mintisculas carolingias, 56, 219 cirilica, 67; uncial, 55
escultura, 168; em bronze, 54, $7. em gs
dra, 30, 47, 60, 64, 102, 104, 110, 116, 117, 168, 170, 170, 171, 216 em madel34, ra, 179, 172, 173, 178; carolingia, 170: gética, 87, 116, 17, 170, 170, 171; irlandesa, 47:
paga, 30, 64; ope
forca do vento, 145 fortuficacoes, 106-07, 106, 107, 164; pon-
tes, 20, burhs (cidades fortificadas), 60, 79, 106, 123; castelos dos cruzados, 106, 186; muralhas das cidades, 124, 181, 182, 154, 134, 185, 138, 189, 139, 140, 140, “06: castelos nas IIhas Britinicas, 99 106-07, 106, 107: em Creta, 186 na
Franca, 75, 107 na Grécia, 182 na Es-
panha, 72 fortuna, roda da, 16
Foscari, Francesco, dux de Veneza, 215
Fouguet, Jean, 83 Saint, 105
Guerra dos Cem Anos, 1%, 197-200, 916-17; alianca com Castela, 206, 222; alianca com a Escécia, 200, 100; im-
ecuUMÊNICS, movimento, 11
Es
Focas, imperador bizantno, 87, 100
Franca, 19, 119, JI9 182, 206, 216-17; governo dos Capetos, 78, 74, 75, 119, 19 administracao central, 119, 189, 198; a
East Anglia, 58, 59, 60 tria, d]
(Duao-
frades: vide ordens
Dyrrachium (Durrés), 68 mordomo
1%, 197; catedral
no), 181, 139, 215: Ponte Vecchio, 139 municipalidade, 181; muralhas, 151
Foy,
Dublin, 62, 62 Duccio di Buonin a, 163 Dufav, Guillaume, 208 Duns Scot, 110 Dunstable, John, 208 Direr, Albert, ?16, 217, 218 Durrês; vide chium
Ebroin,
guer, 99-100
Concilio de,
picto,
102, 104, 60: romana, 170 rominica, 170, 170 eslavo, 67 eslavos, 86, 58, 54, 64, 66, 66, 67, 68, 79, 79-81, 183, 188
Granada, 78. 113, 114, J14, 182, 216 Grande Sao Bernardo, gem do, 79
Grimm, irmaos, f Guelders, 209
Isla, 15, 18, 19, 66, 68: ascensao & Prop cao do, 88, 49-51, 51; divisoes no DI,
48. 78; Dialogos, 45
Gregério de Toursm Sao, 59
erra, 28, uilherme Guilherme Guilherme Guilherme nia, 102
Isidoro de Sevilha, Santo, 39
78; invadem o Império Romano, 29, 82; sob os merovingios, 59-41, 41; sob os ca-
rolingios, 53, 54; sob os Capetos, 55 sy
Frederico (1) Barba-Roxa, imperador alemao, 4, 95, 100, 119, 125 Frederico (IN) de Habsburgo, 211 Frederico II, imperador alemao, 95, 108, 108, 115-19, 115, 128, 210
Frederico III, imperador alemao, 216 Freducci d'Ancona, 22] Frezzi, Frederico, 219 Friburgo,?11, 218 Friesland, 209 Frisia, 47 isios, 558 Friuli, 41, 54, 76 Froissart, Jean, 197-98, 198
Fustat, 49
Gaeta, 77 Gales, Pais de, 199
Galia, 18, 36, 88, 60, 78; invadida pelos bêrbaros, 26, 29, 50, 51, 52, 88; cristianismo na, 45, 47, 48, 49; vide também Franca; francos Galiza, 45, 108 Galo, Sao, 47
gelos
oe
Gama, Vasco da, 225
Gante, 74, 125, 126, 182, 209 Garona, 74 Garway, 173 Gasconha, 72, 74, 99, 216 Gdansk, 192 Genebra, 31,219 Gêénova, 77, 125, 182, 189, 142, 142, 186, 2921; Porta Soprana, 139 Genserico, rei vandalo, 51, 82, 88
Geoffrey de Anjou, 159
épidas, 87
berto: vide Silvestre TI
71, 68 na Espanha, 58, 71-78, 113-
26, 32, “4, 158, 206 de Ockham, 110 de Rubruck, 112 de Tiro, 93 Fierabris, conde da Aguita-
115, 182, 999; na Sicilia, 76-77, 95; e as
Cruzadas, %) 91-93, 112-113; e os mon-
go. 111, 12; e os portugueses, 222-24,
23; e as viagens por mar, 225, 225; Iudlia, 11, 19 96, 3%-34, 86, 40, 41-49, 42, B8, hd, 78, 76-77, 91, MM, 205, 212, 218-
Guilhermel, rei da Inglaterra, 78, 97, 148 Guilherme, o Piedoso, dugue da Aguitd-
16; invasao goda, 29, 338; invasao dos
hunos, 82, 88: reconguista bizantina, 36: invasao lombarda, 37, 42 interven-
nia, 72
Gutenberg, Johann, 208, 218 Guthlac. Sa. dd Guy de Chauliac; Cirurgia, 154
cio franca, 54; reis alemaes, 11, 76, 80,
81, 93-95, 108, 119, 198, 186-89; terras
Habsburgo, familia, 183, 189, 202, 06. 210-22, 210, 218 Hainault, 209 Hamburgo, 80, 125, 126, 143 Hamdanid, dinastia, 68 Hanseauca, Liga, 125, 126, 128, Harun al-Rashud, califa abassida, Hebedy, 62 Hêébri 62, 126 Heidelberg, 216 Henridue 1) da Saxénia, rei dos 4, Ho dus de Borgonha, conde
gal, 999
apais, 108; cidades-Estados, 122, 128,
96, “09, “15-16: urbanizacao, 128, 189;
190, 194,
cartografia, 220, 221, 221
Islandia, 22,62, 63
Iva IN, Ivan
grela do Santo a,Pl1
$epulcro, 81; Ctipula da
jesuitas, 13-14
oana d'Arc, Santa, 198, J9%
oanal, rainha de Nipoles, 218
Henrigue IV, rei de Castela, 225
VI, imperador alemao, 95, 96,
oana II, rainha de Napoles, 218 oëo (I) Tzimisces, imperador bizantino,
Henrigue VI, rei da Inglaterra, 99, 19,
Joao (VI) Cantacuzeno, imperador bizan-
He orige 1
62, 66, 68, 77 tino, 185
216
Henrigue VII, imperador alemao, 115
oa Batista, Sio, 45 oao da Gapadêcia, 36
rei dosalemies e da Sicilia,
11
Henrigue, bispo
Henrigue, o
oao II, rei de Aragao, 2138, 216 oao II, rei de Castela, 225
de Winchester, 91
Navegador, principe de Por-
oëo II, rei de Portugal, 225
od4o sem Medo,
tugpal, 924, 225 Heraclêia, 68
149, 208-09, 209
Her&clio, imperador romano, 37-58, 49,
dugue de Borgonha,
oëo V, imperador bizantino, 185
68 herbirios, 153-54, 154
oëo VII, papa, 77 oao XII, papa, 76, 77
Herzegovina, 193
oao, rei da Inglaterra, 119, 200, 202
Hermenegildo,
principe visigodo, 38
O0a0, Cavaleiros de $ao; vide Hospitalêrios
hesicastas, 194, 197 Hildrio de Poitiers, Santo, 83 histêria, 11, 18-15 Hd, abadessa de Whitby, 59 Holanda, 125, 126, 189, 209 Holstein, 79
Hugo de
ustiniano, imperador romano , 33, 56, 36, 86-87, SB, 42, 164, 164 ustino I, imperador romano, 36
ustino II, imperador romano, 87 utos, B8
uzistao, 49 Kabul, 49 Kairuan, 51, 64, 70 Karitaina, 182
Hugo de Sao Vitor, 120
Hunerico,
principe vandalo, 82
Hunpgria, 66, B1, 186, 191, 192, 198-94, 20 hunos, 29, 50, 51, 82, 88, 85,36 Hunyadi, JAnos, 198 hussitas, J86, 198, 216
Kazan, 197
Kells, 46 Livro de, 61, 160 Kent, 58, 59 Eevin, Sao, 46 khusraul, rei persa, 86
Khusrau II, rei persa, 37
Ibêria; videtambêém Portugal; Espanha Ibn-Battuta, 118
Ibn-Khaldun, 118
iconoclastia, 58, 66, 66
Igreja, B2-88, 82-85; concilios, vide em pe ia ente; NiEane etc; leia
da,
8%: o
o
da,
2D,
24,
47, 59, B0, B9-d5. 108:e asociedade, 16, 17,98, 158: e o Estado, 28, 26, 54, 55, 74, 81, 191; e a vida urbana, 20, 121-22,
128, 124, 181; clero, 20, “1, 28, 24, B2,
158: missoes, 45, 111, 11,112, 124: vide
*2,
Kiew, 62, Kolberg, Erak des Kufa, 49, Kulikovo
62,64, 191, 194, 194 191 Chevaliers, 106 51 Pole, 197
La Couvertoirade, 185, 135 La Grade Frenet, 79
9 Vingua ecle
ie:
Le Mans, 174
Leandro, Sao, bispo de Sevilha, 89 Leao 1, mperador romano, 33, 35 Leaol, papa, 35
Leao ik imperador romano, 38, 66, 68 Leao II, papa, 54 Lech, 79, 81
de Autun, 47 Legnica, 111 Leonardo da Vinci, 145, 908, 208 Leonor da Aguitinia, 99 er, bis
Leopoldo de
Habsburgo, 211
Leopold II de Habsburgo, 211
Leovigildo, rei visigodo, 58, 74
Les tres riches heures du duc de Berry, 157 Liber Judiciorum, 89 Liber Sancti Jacobi, 102
Lieja, 124, 209 Liguria, 41, 42
Limburg, 209
Limb , irmaos, 139 Limerick, 62, 62
Lindau, Evangelhos, 56 Lindisfame, 59, 60
linguas, verndculas,
17, 2%, %4, 81, 51,
201; vide também latim; imprensa
Lisboa, 62, 292 literatura, 11, 15, 179, 218-19; carolingia,
54, 55; cldssica, 14, 15, 56, 179, 200: inglesa, 150, 179, 199 francesa, 161, 179;
alema, 17% islandesa, 63; italiana, 150: vernacula, 14-15, 24, 49, 138, 150, 158, 179, 201 Lituania, J9 182, 191, 19, 206
Liutardo, 33
Livio, 205 Livonia, 125 Lombardia, 76 lombardos, 87,41, d1-19, 42, 58, 54, 77, 95, 128 Londres, 128, 142
Lorena, 74, 76, 77, 79, 209 Lorenzetti, Ambrosio, 120, 14]
Lot, 20
Lotto, Lorenzo, 83
Lubin, Sao, bispo de Chartres, 175 Lubusz, 191 Lucerna, 211 Luis (PD), o Grande, rei da Hungria e da Polênia, 191, 198
Luis (1), o Piedoso, imperador alemdo, 17,47, Bd, 55, 78
Das (IM), o Cego, imperador alemao, 74,
6
Luis (IT), o Gago, rei da Franca, 55
Luis (IV) da Baviera, imperador alemao,
100,11 Luis (IV) de Ulitramar, rei da Franca, 78
Luis da Aguitinia: videLuis 1, o Piedoso Luis da Provenca; videl uis II, o Cego
Luis de Male, conde de Flandres, ?
Luis II, imperador aleman, 74, 76
Luis IX (Sao Luis), rei da Franca, 108, 11,112, 118, 117, 17,119, 19 144, 155, 176, 220 Luis V, rei da Franca, 78 Luis VII, rei da Franca, 99, 100 Luis VIN, rei da Franca, 119, 155 Luis XI, rei da Franca, 209, 216 Luis, dugue de Orleies, 208, 209
Luis, o Alemao, rei franco, 55, 77 Luis, o Menino, rei franco, 77
Lutero, Martinho, 2138, 216
Luttrell, Saltério de, 178
Luxemburgo, 209
Luxemburgo, familia de, 183, 189, 190, Lyon, 31, 47,219, 219
urasan, 49, 69
Provenca, 76
li
"5
.
Latini, Brunetto; Tzseuro de, 219 Lavenham, 185, 435
udaismo, 64; vide também judeus
Glio if pap 163 umiëges, abadia, 48
Hugo Capeto, 78
24, 26, 179: como
siëstica, 150
orge de Antioguia, 9%
udeus, 39, 49, 83: na Espanha, 78, 115 ulier, em, 79
Honério, imperador romano, 29, 31, 34 Hondêrio, Papa, 116 hospitais, 15 Hospitalérios, Ordem dos Cavaleiros, 9, 106, 185, 186, 186 Huesca, 72
air, ry as come meio le
191, 202, 209 Luxeuil, 45, 47
ovinus, 1
Homero, 15
23,
20, 88, 58; como lingua d
Libeck, 125, 126, 142
no de, 9 peregrinacao a, B1, 89, 102;
IV, imperador alemao, 98, 95,
,
sé Tolosa, 114
agellon, rei da Polênia, 191
erusalém, 37, 58, 51, 68, 91, 108, 117; rei-
Henrigue III, rei da Inglaterra, 119, 119
20,
Lotirio II, rei da Lorena, 74
arrow, 59 azars, 62, 64 erênimo, Sao, 151, 179
Henrigue III, imperador alemao, 93
atim,
acopo d'Angelo, 220
aime VI, rei da Escêcia, 200-01 ak, abadia de, 193 ames of St. George, 107
de Portu-
Lancelot du lac, 179
Lotdrio I, imperador alemao, 55, 78, 74
agellons, dinastia dos, 191, 191, 192, 206 amel, rei de Aragao, 115, 119
alemiaes,
200, 202
Honname
Kalita I, principe de Moscou, 197
adwiga, rainha da Polênia, 191
Henrigue de Luxem 211 Henrigue , rei da Inglaterra, 99 Henrigue IT] (conde de Trastiamara), rei de Castela, ?06 Henrigue II, rei da Inglaterra, 99, 99, 100,
106.
principe de Moscou, 197
Ixworth Thorpe, 173
132, 133 68, 69
Hoe
Fredegunda, rainha franca,
Inocëncio IV, papa, 111, 112
42, 151; missao na Inglaterra, 98, 45,
francos, S1, 88, 84, 56, 57, 58, 42, 47, 61,
Fraxinetum, 77
Inglemoor, 22] inglesa, lingua, 18, 199 Inocëncio II], papa, 108, 109 110, 116
Inocéncio VI, papa, 182 Inguisicao, 119 ona, 45, 46, 59, 61 Irlanda, 45, 49, 62, 202; arguitetura, #6; cruzes de pedra, 47 monges da, 48, 53 Isabel de Gorlitz, 209 Isabel, rainha de Castela, 225 Isidoro de Mileto, 164
Henrigue V, rei da Inglaterra, 209, 209
Francénia, 79, 80
Portugal, 206, 222; imprensa,
219
CO
prensa, 218, 219 Franciscana, Ordem, 82, 89, #9, 109-10, 111, 181, 178 Francisco de Assis, San, 89, 89 Franco Condado, 81
Frangocastello, 186
ca com
Griske, 172 Groenlindia, 22, 126
Filipe (IT), o Bom, dugue de Borgonha,
122%: a
alianca com Borgonha, 209, 20% alian-
Gregério IX, papa, 116, 117 Gregêrio VII, papa, 98, 95
74, 75, 97-09
19 49, 49 55-61, 62, 97-100,
Guerra dos Cem Anos, J9%, 187-928, 216-17: luta com os escoceses, 00-01:
Gregorio IN, papa, 58
Fernando V, rei de Aragao, 216
132, 188, 138, 144-45,
97. administracio centralizada,
regêério (I) Magno, papa, 89, 41, 42-45,
Fébus, Gaston; Live de l achasse, 161 Félix, Sao, 49 Fernando II, rei de Castela, 114
122, 132,
199 206, 216: conversio ao Cristianismo, 45, 49, 58, 58. 59: missiondirios na Europa, 58, 59, 78; governo anglo-saxao, BO-61; conguista normanda, 97,
ega, lingua, 17, 26, 58, 51
fatimitas, dinastia dos, 68, 70, 70-71, 76
ER,
Inglaterra,
Grecma, 26, 36, 182, 185, 186
161, 208, 209
dinamargueses, 60, 61, 75; vide também
CGustons of... England, 949-100
gotca, arguitetura; mde arguitetura, géti-
Filipe (1), o Ousado, dugue de Borgonha,
CAO Desidério, abade de Montecassino, 77 Diabo, ponte do, 79. 79 Dias, Bartolomeu, 225
indumentiria, ?%4, 24, 158
ae
Ladislau, o Breve, rei da Polênia, 191 Lambert de Ardres, Liber Flor Lana, 132 Aids, 2a ee SE
imprensa, ?0, 208, “16, 218-19, 218, 219
Golfo, corrente do, 292 Gondecbaudo, 54 Gothia, 78, 74
13, 18, 1% topografia,
feudalismo, 16, 98, Filiberto, Sao, 48
Damietta, G8 Danelaw, 60, 61 Dante, 115, 150, 182, 219 Danubio, 26, 80, 82, a1 Dara, 68 Davi 1, rei da Escécia, 200 Davi II, rei da Escécia, 17 Deméêtrias, 68
215, 215
bém ostrogodos, visigodos
Ferrante, rei de Napoles, 213
Damasco, 51, 69; mesguita, 5]
Ikhshidis, dinastia dos, 70 Iustracao, a, 14
godos, ?A, 29, 30, 32, 38, 39, 54; vide vtam-
Feroe, 62
67, 68, 186, 195
Gian Galeazzo Visconti, dugue de Milao,
sidstica
goda, lingual, 28, 29
Eugenie IV, papa, 213 Eugéënio, IN. papa. 9 Eurico, rei vistgodo, 58 Europa; evolucao,
também papado, peregrinacbes
Ghiberti, Lorenzo. 215
Glarus, 21 Glasgow, 200 (Gniezno, 81. 191
Ethelbald, rei de Mércia, 58 Ethelbert, rei de Kent, 58 Ethelthryth, princesa anglo-saxi, 5% Euopia, 37, 225
Cristianismo, difusio do: vide
igrejas (edificios); vide arguitetura, ecle-
Estlicao, 832 Estrasburgo, 218; catedral, 177 Estuardo, dinastia, 200
Estevao, rei da Hungria, Santo, R1, 1953
tambem
Ghaznawida, dinastia, 71
Estévao II, papa, 54
26; vide tambéEm paises individuais
Childeberto 1, rei franco, 89
ESE, povos, 14, 20, 28-38, 4, 58 shaznah, 71
Gibbon, Edward, 14, 15. 26 Gildas, 58 Glanvill, Ranulf: 7reatisr on the Laws and
Esztergom, 81
JO7
Daicia, ?6, 9% Dalmacia, 84,
Espanha, J% 45, 58, 62, 102-08, 182, 206,
La Rioja, 72 Ladislau IT, rei de Napoles, 213 Ladislau IT, rei da Hungria, 198
Lyon 1, provincia romana, 51, 83 ewellyn, principe de Gwyneth, 199
Maastricht, 124 Mabillon, Jean, 13 Macedênia, 68
Macedênia, dinastia, 66, 66
Madeira, 9292, 223 madeira, trabalhos em, 146, 146, 147, 167, 179, 172-73, 178 Maffei, Celso: Monumenlum, 219 des, Fernio, 222 Magdeburgo, 80-81, 40, 191 magiares, 26, 66, 74, 76, 79, 81, 193 Magnus Ericson, 126
magos, 20 Magtincia, 80, 216
cia, Saltério de, 218 Maimênides, 75
Maioriano, imperador romano, $1, sa Maitani, Lorenzo, 168, 168 Makran, d9 Malatia: vide Melitene mamelucos, 112, 118, I13 Man, ilha de, 62, 196
Mancha, canal da, 61 Manfredo, rei da Sicilia, 113
MEE
Manue
188
mneno, 18
ë
manuscritos, 18, 29, 48, 56-57, jlustrados,
17. 39, 55, 56, 56-57, 60, 61, 66, 84, 23,
95. 115, 149, 152, 153, 154, 1553, 160, 161, 178, 179, 180, 180, 198, 209
INDICE ANALITICO '*-
Maormt.
J TO
N ap, Walter
78 Marca Hispaniea. 71,
nordicos; vide normandos'
Norico, 34, 57, 41
ndinavia, 126 ca Es da ha in ra , Marida
vigs
fn
92-97, 1138; Histénia dos normandas, 96
Nortambria, 45, d9, 49 58. 59, 60. 200
Noruega, 62, 126
elha, 47 ski de Tours, Sao, 58
Martini, SImone, 204
noruegueses; vide vikmgs Novgorod, 62, 62, 64, 194, 19% Novon, 125
Massaccio, 212
Nuremberg, 216, 218
Martin V, papa. 218
Mateus, Mestre, 102
Matias1 Corvino, rel da Hungria, 195
Matlde, condessa da Toscana, 108 Mauricio, imperador romano, 42
Maximiliano !, imperador alemao, 215
Offa, rei da Mêrcia, 58, 59, 61 O@cdel, Ca mongol, 111
Médici, familia, 188, 212
medicina, 15%-55, 154, 155 Medina, 51, 70 Mehmet TH, sultio otomano, 206
Oleg, principe de Kiev, 62, 64 Ollyricum, 29, 54, 56, 58 Omar |, califa, 49, 51
Meissen, BO Melf, constituicoes de, 119 Melitene (Malatia), 68
Omeia, califado, 51, 68, 68, 69
Omer, bispo de Théronanne, 47
Mêrcia, 49, 58, 60
merovingios, dinastia dos, 31, 58, 39-11, dl, 52, 53, 54 Merscburg, 79 Merv, 71 Mesopotimia, 68
Miguel VII Paleëlogo, imperador bizan-
uno, 188, 186 Milao, 32, 41, 79, 123, 126, 218, 215; catedral, 215
Milan
ME
de la Cogolla,
Sao,
ig
89, 108, 197; vide também ordens mo-
nisticas
Mongke, Ca mongol, 112
-19. 111, 182,198, 194,
mongéis, 20, D4, 19%, 197
Monkwearmouth, 45, 59 monofisismo, 35, 38, 49 Mons Badonicus, 8 3
surgimento do, 98; e os imperadores, 93-05, 108, 116-119; e os normandos, 95; em Avignon, 182, J9%, 197, 198, 206 Paris, 40, 41, 55, 78, 122, 198, 918, 219; tratado de, 119: Notre-Dame, 174, 177,
Sainte Chapelle, 175-177; SL Genevie-
Morgarten,
Morris, William, 15
56, BY,
150 Muawiva, califa, 51 mU iis os; oidelsla
Muhammad ibn-Tughi, 70
Malhausen (Mulhouse), 213 ano, o, 206 a otoman sultao
N,
da EspaMUS conguistador muculmano nha, 51 misica, 148, 178, 178
vre, 48, Universidade, 108, 110, 150 Parma, 42 Assaros, 160 atricio, Sao, 48 trocinio (das artes), 163, 206, 209
Paulinus, bispo, 59 Pavia, 82, 41, 55
Peada, rei de Middle Anglia, 59
115, Pedro (1), o Cruel, rei de Castela, 206
Pedro,
Pedro, Pedro. Peipus, pel Penda, Pepino
ao, 115
rei de
o Venerëvel, 75 Sao, 83, 108, 170, 172 lago, 144 neso,68 rei de Mêércia, 59 (IM) de Heristal, 53
Pepino II, rei franco, 94 Pepino, rei lombardo, 4, 75
Nafels, 211 72
Namur, 209 Nantes, 61 ss
8 N aPolss %, 71, 9, 115, 186, 21 20,
32, 45, 81
06, 215; e os carolingios, 53, 54; res-
Moravia, Ve
mosteiros,
Paises Baixos: vide Holanda etc. Palatinado, 51 Palermo;: Santa Maria de VAmmiraglio, 96 Palestina, J8, 19 68, 108, 112 Palo di Venezia, 101
papado, 11, 41, 49, 77, 89, 83, 108, 198,
Morat, 2158
Gé 194 19%; Keemln,45,in, 46,197 49, sie,s, 194, Moscou moe 18, 14, 45,
Padua, 42, 218, 212
Panênia, 30,
Montreuil, Pierre de, 177 Monza, 4? Moore, cruz de, 47
54,
" 116
7a
114, 182, 185
Navara, Es” dié 62, 128, “1, 994-25, o, 145, 152, 152, 220 ca Z n de s io RE . me caravelas, 225,
navios, 5% 62, ss 1
” 148:
225, de carga, 1 peste Negra, Mosie vide
NeSiêrio-4 go, 41, 41,48, 58, 55
Neva, 19 909, 209 de Alexander Yarovi e; dr an ex Al NE
o, 66ntino, in nt za bi r do ra pe im , o1 or eD Ni ro II Focas, imperador biza
Peguim, 111, 149 inacoes, B1, 148; a Compostela, per TOE os, 102, 103, 104, 105 lingua, 51, 69 51,71 érsia, 26, 85, 36, 36, 87, 49 49,51, 128, 152, ie
hen
62, 64,
1, 101, 204-05, 204, 205, 219 PEER Piacenza, 42 Piastas, dinastia dos, 190, 191 Piceno, 34 ilpri ie
ure
Ragnachar, rei franco, 39 Ragusa, 198, Ratmundo, arcebispo de Toledao, 78 Raimundo, conde de Toulouse, 132 Ramiro 1, rei de Astirias, 38
i
e deP
'T. famen
Passau,
Bl
a, 206; italiana, 77,
83, 89, 120, 168, 163, russa, 194
Pipeus, 58, 58
Pisa, 110. 189, 215, 220
Pisano, Nicola, 110
Cassandro de, 140 Pitue EE DER Florim de, 140
Elnisgene
dinastia, 75, 98
Plinia, 180 poder maritimo, 145 Poitiers, 58, 174 Pélo, Marco, 111, 112, 154
Radonech, Sio, 197
Urbano II, papa, 1
nos na, B6, 68, 738, 76-77, 95; norman-
dos na, 95-96, 9, 113; Vésperas Sicilia-
19%, 216: reis Staufen
na, 118,
118-119; sob governo espanhol, 115,
Regensburg, 47, 184;
186, 918, 216
Siena, 915; catedral, 163; municipalidade,
ponte, 134, cate-
ral, 134, 177. mosteiro Santo Emme-
ran, 36 paz de, ?11
Reggio Calabria, 42
40, 125: catedral, 171, 175; escola,
120, HI Sigeberto, rei dos (rancos, AO
Sigismundo
de Habsburgo,
ustria, 209, 213
dugue da
Sigismundo, imperador alemio, 189, 193, 6, 209, 216 Silêsia, 191
Silvestre II, papa, 81, 152 Simao Estilita, Sao, 35
Simeao, caar da Bulgêria, 66, 68
1% vide tambem
14, 15, 16-17,
urbanizacao, ?, 120-28, 11-41, HI
32; tomada por Belisdrio, 86; mugulma-
Recesvinto, rei visigodo, 39 Redolfus, Mestre, /4 Reforma, 11, 18, 82
relicarios, 74
Uaba, 51
Shiraz, 71 Siigrio, 83, 39, 40, 4] Sicilia, 54, 1382; atacada pelos vandalos,
Recaredo, rei visigodo, BA
Cristandade; Igreja; Isla
Siracusa, 76 Siria, 35, 37, SR, 49, 51, 66, 68, 70, 71 Skelling Michael, 46
religiao, guerras de, 13
religuias (de santos), 48, 7%, 102 Renascimento, 11 Reno, 26, 30, 31, 128, 124, 125 Retia, 31, 34
Skopje, 182
Sobrarbe, 72 Soissons, 32, 29, 40 Solothurmn, 2158
Ribagorza, 72
Ricardo de Aversa, 45 Bicardoll, rei da Inglaterra, 40
Spoleto, 41, 41, 42, 54 Stans, acordo de, 218
Ricardo, Roberto, I4i Ricimer, 58, 84, 85 Riemenschneider, Tilman, 173
Staufen, dinastia, 94, 115, 116, 117, 119, 183, 189 Stettin, 191 Stralsund, 126
Statt, passagem, 210
Ricardo II, dugue da Normandia, 78 Ricardo II, rei da Inglaterra, 202
Su4bia, 76, 79
Riga, 125
Robert (D Bruce, rei da Escécia, 17, 200
Roberto Guiscardo, dugue da Apilia, 95 Roberto, rei de Nipoles, 205 Rédano, 33
Rodes, 38, 186 Rodes, 74 Rodolfo (1) de Habsburgo, rei dos romanos, 189, 210211
Rodolfo1, rei da Borgonha, 76 Rodolfo H de Keburg-Burgdorf, 211 Rodolfo I, rei da Borgonha, 76 Bodolfo II, rei da Borgonha, 76
ério 1, conde da Sicilia, 95 kopie IE, rei da Sicilia, 95, 96, 100
Rollo, dugue da Normandia, 61, 62, 78
Roma, 49, 55, 76, 77, 205, 218; no século
TV, 95; sagueada pelos visigodos, 29; tomada por Belisêrio, %6; ea Igreja Cris-
, 95, 38, 4% e os papas, 93,
213, 216; e
peregrinacêes, 102; vistas, 100-01,
as
ok Castel Sant'Angelo, 101; San Lo-
renzo fuori le Mura, 1106 Santa Maria Ara Coeli, 100, San Paolo fuori le Mura, 171 Santa Sabina, 172, Panteon, 100-01; estitua dos Diéscuros, 100; estatua de
Marco Aurélio, 100k, 101
Romano, Impéêrio, 11, 13, 18, 2%, 26, 29, 35, 51, 66 mstituicoes EE, 16, 26, 38, 93, 182; gue34: universalidade, 24,
da, 11,14, 15, 16, 18, 20, 26-85, 51,
Romantismo, 14, 15
186
Romanus (1) Lecapenus, imperador bizZantino, 68
Romualdo, dugue lombardo, 42 Roririo, rei lombardo, 42
Rothenburg, 134, 134 Rouen, 62, 219; catedral, 171 Rulfino, 32, 35 ruinas, 20
Ruperto de Deut, 174
Rurikovitch, familia, 64
Ruskin, John, 15
Rissia, 19 69-64, 194-97, 194 e Constan-
tnopla, 62-64, 66; e os mongois, 111,
111,112, 194 Rutënia, 191
Safdvida, dinastia, 69 GaintDenis, 40,48, 54, 117, 143, 174 Saladino, 90,91, 92, 108 Salerno, 77,95, 96, 145, 155, 153 Salia, dinastia, 9% Salutati, Coluccio, 315 Saminidas, dinastia dos, 69, 71 SAmnio, 54
Sam6sata (Samsat), 68 Samuel, czar da Bul
ia, 66-67
San Cimignano, 158, 138 San Gotardo, p
em, 79, 210
Sancho (II), o Velho, rei de Navarra, 72, 102
Sancho Ramirez, rei de Aragdo e Navarra, 72, 140
Su4bia, Liga da, 215 Suécia, 12 suecos, B?, 64; videtambêm vikings suevos, 51, 58, 45 Suger, abade de SL-Denis, 174, 174, 175
Suica, 82, 209-138, 210, 212
Suintila, rei visigodo, 89
Sutton Hoo, tesouro, 39 Suzdal, 1% Sviatoslav, 62 Székesfehérvar, 81
Taibuas reais, 122 Tacuinum Sanilalis, 152, 153 Tamerlao, o Coxo. 68, 111, 112, 185
Chirurgia, 152
Rogério de Salerno,
109, 110-11,
Unterwalden, 210,211
Shetland, 62
Recanati, 83
religiao,
Septimania, 39 Scptimer, passagem, 7]
nas,
Tudela, 72
Urcrania, 194, 19% Uldin, rei dos hunos, 32 Uifilas, 28, 29 universidades, $S9-01, 108, 165,216
Sheppey, 1ha de, 60
Rafael, 163
BE me
Sempach, ?11 Scmur, 44
Sérvia, 185, 186 sêrvios, 70-80, 183, 185 Sevilha, 62, 78, 114 Sforza, familia, 212,215 Sforza, Francesco, 215
Rigord, 119
Pandulfo, duaue de Benevento, 77
Montpellier, 204
Nicéfo
de Freising, %
Pamplona, 71, 72
m, 79 Mont Cenis, Mont St. Michel, N Montecassino, 45, 48
lavski
d
Oxus, 49
monasticismo, 18, 41, 45-49, 52, 82, 87-89,
Naumbu
on (D), o Grande, imperador alemao,
TH, rei da Boëmia, 189, 190 Ouokar Oviedo, 7], Cimara Santa, 38 Santa Maria de Naranco, 38
Moissac, 105
Narses, 56
cao de Constantinopla, 92, 185, 506; nos Balcas, 192, 198-04, 193
ton, bispo
Moisês, 172
Narbona,
otomanos, 112, 188, 185-186, 185%: ocupa-
ton II, imprador alemao, 81, 191 ton IV, imperador alemao, 116
Mohics, 194
j
ostrogodos, 29, 32, 34, 35, 36, 42
ton II, imperador alemio, 76, 77, B1
mineracao, 145, 189 Ming, dinastia, 182, 196 Miret, 119 misericérdias, 146, 146-47, 172 Moesia (Mêésia), 29, 32
Mur Mead
Orleaes, 40 Ortodoxa, Cristandade, 66, 66, 67-68, 1938, 194: na Lituania, 19 191: na Ris-
Oseberg, navio de, 56 Ostabat, 104
Middle Anglia, 58, 59 Mieszko 1, rei da Polênia, B1, 191
14
Orkney, 62
Orvieto, catedral, 168, 166-69
Metz, 41
oa,
Orestes, 34 Orford, castelo de, 99
na, 185
Met6dio, Sao, 67
Milton,
70, 71
100
Sérgio de
Tubinga, 216
Turingia, 41, 47 Tarst, Konrad, 212 Tzimisces; vide John (1) Tzimisces
seljaceidas, 66, 7] selos,
Trophime de Arles, Sio, 105
Tugtamish, 197 turcos; vide otomanos seljicidas
seda, 37
Probo, imperador romano, 27
Trastimara, dinastia, 222 Trento, Concilio de, 13
Tugril, Beg, 71
Schwyz, 210,211
Praga, 189; Universidade de, 188, 189
Bekend, 34, 36, 42, 42, 56, 76; batistêrio,
sia, 19, 194, 194; cisma com a Igreja lati-
trabalhos em, 35, 36, 39, 139
metal,
Poznan, 191
Ratislav, principe da Moravia, 67
Gptica, 145, 152
Melguisedec, 71
ortugal, 74, 114, 182, 206, 223; viagens de descobrimento, 929-25, 224, 22
Ouercy, 74
les, 149
Meca, 68, 70
SaxonIa, 79 Scott, Sir Walter, 15 Schaffhausen, 213
Oalawun, sultao, 112,118 Ouedlinburg, 79
Odan, duguec da Aguitinia. 53 Odon, rei iranco, 55, 78 Odorico de Pordenone, Liure des merveil-
mausolfus, 34, 101, 117
pulacao, 23, 131, 181-832
Oadisiva, 49
Odon, bispo de Baycux, 97
Maurinos, 18 Mauritania, 26
saxOes, 53, 54, 58, 59; vide também angloSAKOES
Ptolomeu, 221; Cosmagraphia, 920; Geography, 32, 220
Orcrida, 66 Oderzo, 42 Odoacro, 34, 35
ls, 148 Trasamundo, rei vindalo, 34
Savonarola, Girolamo, 131
Protestantismo, 11
Nusaybin; vide Nisibis
Matemdtica, 220, 221 Mateus Paris, 1 80
transporte por terra, 148, 148; por dgua,
Sanudo, Marine, 921
Procépio, 86 Proibiano, diptico, 34
Nuredin, 68, 92
Martirépolis, 68
Santiago de Compostela, 102, 102 Santillana, 404 EP Santo Omer, saltërio de, 180
onthicu, 209
100; na Tilia, 90, 95, 9%, 186: na Sicilia
Ma Marrakech, 7 2 os 68, 71, 78, 22
J91.
ontes, 20, 134, 139 148, 182
normandos, 23, 55; na Inglaterra, 61. 97-
filha de Luis, 14o 5Grande, 193 riano dsJacopo,
189. 180-09 190. 2,
omerania, 191 Pomorze, 191
wik;
dos
My
rel
182,
6lvora, 106, 145
DIe alolngis, 5d
Marceling, dor romano, ga. ra pe im e, an s arfim, trabalho em, 45, 74, 80
edai
Polên EERD ia,ER81, Pr 126,
Nishapur, 71 Nisibis (Nusaybin), 68 Nomenclaura. ?4
N
Urbano III, papa, 91 Urbano VI, papa, $3 Urfa: vide Edessa Uri, 210, 211 Uthman, califa, 49-51 Utrecht, 124, 209 Utrecht, saltério, &4
Valamer, chefe ostrogodo, 32 Valente, imperador romano, 29
Valentiniano II, imprador romano, 31, 32, 38
Valeriano, imperador romano, 26, 27
Valhalla, 64 Valois, dinastia, 182, 19%, 198 vandalos, 29, 29 31, 35, 34, 85, 36
Ad Vasari, or Vaspurkan, 68 Vassalletto, Pietro, 171 Vaticano II, Concilio, 11
Vegetius, 139
Venceslau |, rei da Boëmia, 81 Venceslau IV. rei da Boëmia, 189, 206 Veneza, 97, 77, 112, 124, 125, 126, 189,
141, 186, 198; como poténcia comer-
cial, 195, 189, 142; como repablica independente, 212, 218-15; imprensa em,
918, 219 cartografia em, 221
Verona, 218, 215 Viena, 216 Vienne, 31
vikings
(nêrdicos), 62-64, 62-63, 66, 124;
na Bretanha, 46, 49 60; colonizam a Irlanda, 69%: como comerciantes, 62%; como navegadores, 62-63; na Franca,
78, 106 vinho, ?1, 132
Violletle-Duc, Emmanuel, 15, 174, 174 Virgilio, 15, 179, 180: manuscrito de Petrarca, 204 manuscrito do Vaticano,
179
Visconte, Pietro, 221 Visconti, familia, 212, 2138, 215
visigodos, 29-30, 54, 35, $6; na Espanha,
26. 33, 88-89, 70, 71; e os arianos, 28,
88-39 vitrais, 84, 167, 174-717, 17-77 Vladimir, principe de Kie, 62
Voltaire, 5
Tanger, 224
Waas, 74 Wagner, Richard, 15 Waldemar IV, rei da Dinamarca, 126
Tarento, 42 Taron, GB
Warnacher, 41 Warwick, castelo de, 107 Wavland, o ferreiro, Z0
Taormina, 76 tapecarias, 24, 74, 83, 97, 148
tchecos, 80, 188
tecnologia; videciënciae tecnologia
Teluch, 68 Templirios, Ordem dos Cavaleiros, 90, 'E) Teodelinda, rainha lombarda, 41, 42 Teodorico, rei visigodo, 29 Teodorico II, rei visigodo, 83
Teodorico, o Grande, rei ostrogodo, 34, 34, 35, 56, 38, 41, 45 Teodoro de Cesaréia, 66 Teodoro de Tarso, 59 "Teodoro, o Estudita, 66
Teodêsio, imperador romano, 29 Teodosi6ëpolis Ep bed 68
Oton I, 77 Teëfano, esposa de Teofilacto, lamilia, 77
Teëfilo, Sobre as diferentes artes, 177
Teresa de Portugal, 222 Terra Santa, vide Palestina 'Tertry, batalha de, 41 Tessalênica, 08 Teudeberto, rei franco, 41 Teuderico IV, rei franco, 54
Teuderico, rei franco, 59, 40
Teutênicos, Ordem dos Cavaleiros, 125, 182, 191, 194
Therfard, tesouro de, 33 Th
Uu,
Waldo de Lyon, B9
Welfen, 94
tirtaros, 197
Habermas
Ee ME: EER
Ninive, 87
verl. 66, 71, 183 Manzike ”
ak, 209
Tobie, 39 Toledo, 38, 89, 71, 78, 102, 118 Aguino, Santo, 110, 152-1538 Tomd4s de Tongres, 12
Wessex, 58, 60, 61 Westminster, 122 Whitby, abadia, 49, 59; Sinodo de, 59 Wilfrid, Sao, 47, 59 Winchester, Biblia de, 91 Winchester, Universidade de, 150 Windsor, castelo de, 107
Wisby, 125, 126
Wissembourg, 174, 174 Wittelsbachs, 209 Wrochaw, 191, 192 xadrez, 139 Yarmuk, 49 Yarolavski, Alexander;
Yarolavski (Nevski)
Yazdigird
IN, rei
vide Alexander
persa, d9
York, 185, 135: reino dinamarguës de, 60; escola, 59; arcebispado, 200 r, 74 Yusuf ibn-Tashfin, 78
b, 195 Zelindia, 209 Zenio, perde Zenghi,9 Zoroastro, 49
romano, 24, 25
Zug, 211
Zuriaue, 76, 126, 210, *11
Zutphen, 125, 209
Zwentibold, rei da Lorena, 74
Toplrschlêsschen im Rosenthal, 134
Torriani, familia, 215
"Tortosa, 78
Toscana, %4 Toulouse, 29, 74 Toumai, 24, 82, 59, 125, 209 Tournaisis, 74 "Tricia, 26, 99, 82, 66, 68 "Transilvinia, 198 Transoxiana, 49
268.
Grandes civilizacêes do passado
N