Em costas negras- uma história do tráfico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro séculos XVIII e XIX

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V: % do valor. Fonte: Fragoso & Florentino (1990:91).

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P: 9c do número de pessoas.

TABELA 23 Concentração (7c) da riqueza na província do Rio de Janeiro, 1809-25

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contavam com a presença de 6% dos compradores, com um valor de apenas 25% do total negociado. Em suma, o ritmo desse mercado era determinado pela atuação das faixas mais abastadas, com o sobretrabalho por elas detido rea­ parecendo no mercado sob diversas formas. Sabendo-se, como foi mostrado, que o capital mercantil era hegemônico, pode-se afirmar que ele também era hegemônico no mercado. É o que demonstra a tabela 24, que reproduz as profissões dos cinco maiores com ­ pradores em cada ano, e suas participações nos valores negociados. Apesar de pouco mais de um terço destes compradores originaremse de profissões não definidas, mais da metade era constituída por negociantes, que movimentavam cerca de um quinto dos valores transacionados. Estes dados reafirmam a preponderância do capital mercantil no ritmo da vida econômica carioca. Mais ainda, tal preeminência se fazia de forma altamente concentrada, e a inversão do sobretrabalho por ele apropriado no mercado se dava de maneira fundamentalmente rentista. Mostrarei, daqui por diante, com o uma fração deste capital mercantil - aquela investida no tráfico atlântico — se movimentava no mercado carioca, caracterizado pelos traços antes indicados. Para tanto, montei a tabela 25, que mostra o padrão de atuação (por frequência dos agentes econôm icos e pelo valor das transações, am­ bas de acordo com o setor de mercado) dos traficantes antes, durante e depois de se haverem transformado em comerciantes de africanos. O percurso que levou à sua montagem teve por base o cruzamento dos registros de entradas de negreiros (de onde se capturou o nome do respectivo consignatário) com as escrituras de compra e venda. Para esboçar a origem do capital traficante acompanhei no mercado um total de 32 compradores antes de seu estabelecimento como comerciantes de africanos. Na verdade, busquei determinar o padrão de acumulação original somente para aqueles comerciantes de almas que iniciaram sua atuação depois de 1817 (inclusive), e que a estenderam até 1829. Optei por este marco cronológico para obter o maior grau possível de certeza de que as operações que os futuros traficantes realizaram ocorreram de fato antes de sua entrada no comércio de africanos. Natural mente, como cada um deles pode ter 199

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APÊNDICE 21 A rease portos de atuação (pelo número de viagens) dos 17 maiores traficantes de escravos africanos para o porto do Rio de Janeiro, 1811-30 Traficante

África Ocidental Atlântica Molembo

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Família Ferreira João Gomes Vale Família Rocha Família Gomes Barrozo Família Pinheiro Guimarães Família Ferreira dos Santos Miguel Ferreira Gomes Família Vieira Família Silva Porto Manoel Guedes Pinto Lourenço Antônio do Rego Família Pereira de Almeida Francisco José dos Santos Família Velho Manoel Gonçalves de Carvalho Antonio José Meirelles Família Teixeira de Macedo

Cabinda

6 7 18 34 5 4 9 18

I 10

Rio Zaire

Ambriz

Luanda

Benguela

Total

1 3 1 2 2 2 -

14 1 3 1 3 4 1 4 9 6

12 37 3

48 4 21

80 48 46 39 43 41 40

12 5

8 13 13

4

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34 27 19

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1 7 8 1

3 1 3

2 6

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4 1 14

1 1

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22 11

22 27 7 10

18 15 16 18

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