Elementos de álgebra

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ELEMENTOS O

texto:

DE

ÁLGEBRA

“Elementos de Álgebra” é um livro claro e sistemático, contendo todo o programa de Álgebra que deve ser ensinado no Bacharelado ou na Licenciatura em Matemática, salvo a Álgebra Linear. Pacientemente, o autor desenvolve os fatos básicos sôbre conjuntos, a teoria dos

do

em

números

naturais

seguida,

um

ponto de vista geral

e

estudo

dos

números

das

noções

inteiros,

das estruturas

dentro

algébricas.

de

anel

e

Faz,

corpo

e as particulariza para estudar os anéis dos inteiros, o corpo dos números reais e o corpo dos complexos. Desenvolve, a seguir, o estudo dos polinômios de uma ou de diversas variáveis e trata a divisibilidade dentro do âmbito geral da teoria dos anéis fatoriais. O livro conclui com um capítulo sôbre grupos, onde são demonstrados os resultados básicos mais importantes dessa teoria, como os teoremas de Sylow e o teorema de estrutura dos grupos abelianos finitos. O texto é fartamente ilustrado com exemplos e os exercícios, variados

e interessantes,

ultrapassam

O

estudante

professor,

aficionado, livro.

O

autor:

o

muito

lucrarão

a 1.000. de

Matemática,

com

o

e

mesmo

aparecimento

o

dêste

O Professor Luiz Henrique Jacy Monteiro é licenciado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, tendo ali também obtido seu doutoramento, em 1950, sob orientação do Professor Oscar Zariski, da Universidade de Harvard. O Professor

Jacy Monteiro, desde sua licenciatura, exerce suas atividades didáticas na Universidade de São Paulo. É especialista em Álgebra, assunto sôbre o qual escreveu vários livros que o tornaram bastante conhecido em todo o Brasil.

Composto S.P., sob

na Gráfica A. OSHIRO — PUBLICAÇÕES, orientação e revisão do autor.

rua

Impresso

por

Ltda.,

Rio —

GB

SEDEGRA

Sociedade

Editôra

e Gráfica

Oratório,

Rua

2.695 /S.

Matipó,

PAULO,

101/1115



ELEMENTOS

DE

ÁLGEBRA

CONSELHO impa

FE)

NACIONAL

DE PESQUISAS

INSTITUTO DE MATEMÁTICA

E APLICADA COLEÇÃO O

DE

MATEMÁTICA

DE

ÁLGEBRA,

DE

TOPOLOGIA

POR

LUIZ

HENRIQUE

MONTEIRO ELEMENTOS

LAGES O

ELEMENTOS

ELEMENTOS

JACY O

/

PURA

LIMA,

OUTROS

EM

GERAL,

IMPRESSÃO

TÍTULOS

EM

PREPARAÇÃO

POR

ELON

Obra publicada com

a colaboração

UNIVERSIDADE

Reitor:

Prof.

Vice-Reitor Editôra

da

Comissão Presidente Letras). e Letras), Reale

Dr. em

Luís

Antônio

Exercício:

Universidade

da

Prof. de

DE SÃO

Gama

Dr.

São

da

e

Alfredo

PAULO

Silva Buzaid

Paulo

Editorial: —.

Prof.

Membros: Prof.

(Faculdade

Dr. de

Dr.

Mário

Prof.

Dr.

Carlos Direito)

da

Guimarães A.

Brito

Ferri

da

Silva

Lacaz

e Prof.

Dr.

(Faculdade

Cunha

(Faculdade Pérsio

de

(Faculdade de

de Souza

Filosofia, de

Medicina), Santos

Ciências

Filosofia, Prof.

(Escola

Dr.

e

Ciências Miguel

Politécnica).

ELEMENTOS ÁLG

DE

- B RA

ÃO

LIVRO

L. H. Jacy Monteiro

TÉCNICO

S.A.

RIO DE JANEIRO / GUANABARA 1969

COPYRIGHT

(€)

1969,

by LUIZ

DIREITOS

RESERVADOS,

IMPRESSO

NO

ÃO

Rio

por

BRASIL / PRINTED

CAPA / ALDEMAR

Av.

HENRIQUE

1969,

LIVRO

Branco,

A.

IN

AO

JACY

MONTEIRO

LIVRO

TÉCNICO

S.A.,

RIO

DE

JANEIRO

BRAZIL

PEREIRA

TÉCNICO

81/12.º andar

S.A. «e

ZC-21

«+

C.P. 3655

/ RIO

- GB

APRESENTAÇÃO

Nos dias atuais, ninguém desconhece a importância das ciências sem as quais não se pode obter uma tecnologia independente nem os problemas fundamentais com vistas ao bem-estar humano. Muito se ignora que o cultivo dessas ciências e o estímulo às vocações se faz através da difusão adequada das idéias avançadas. A

criação

de

uma

literatura

tarefa de primeira importância.

científica

brasileira

é,

básicas, resolver menos jovens

portanto,

uma

O Instituto de Matemática Pura e Aplicada, ao iniciar a presente coleção, procura cumprir com entusiasmo a parte que lhe compete nessa tarefa. Estas publicações do Ensino Superior aos esforços do meu de Curvalho Dias, e ao TECNICO

S.A.”,

são possíveis graças ao apoio recebido da Divisão do M.E.C., do Conselho Nacional de Pesquisas, antecessor na direção do LM.P.A., Dr. Lindolpho espírito empreendedor dos diretores de “ÃO LIVRO

a quem são devidos agradecimentos especiais. ELON

LAGES

Diretor

do

LIMA IM.P.A.

PREFÁCIO

O livro que ora apresentamos tem por objetivo a uniformização do ensino da Álgebra nas Faculdades de Filosofia através de uma unificação da linguagem e de uma sistematização dos conceitos que usualmente são desenvolvidos no estudo da Álgebra Moderna. Foi planejado para atender às exigências de um curso de dois anos de duração; caberá ao professor a tarefa de escolher as partes mais importantes de cada capítulo de acórdo com o tempo que terá para ministrar a parte de Álgebra. No de

vista

Capítulo

I

expomos

a teoria

dos

conjuntos

sob

um

ponto

intuitivo.

No Capítulo II construímos o conjunto dos números naturais de maneira axiomática. E recomendável, num primeiro curso de Álgebra, que se admitam conhecidos o conjunto dos números naturais e as propriedades

mais

importantes

dêstes

números,

como,

por

exemplo,

o

princípio de indução finita; neste caso convém citar explicitamente tôdas as propriedades enunciadas no parágrafo 2.4 e desenvolver o princípio de definição por recorrência e as diversas formas de demonstração por indução finita. No Capítulo III construímos o conjunto dos números a partir do conjunto dos números naturais, e desenvolvemos elementar da Teoria dos Números. No

Capítulo

IV

antroduzimos

as

inteiros, a parte

estruturas

de

anel

e

corpo;

do

dos

números

reais,

destacamos a construção do corpo de frações de um anel de integridade (S 2) e em particular do corpo dos números racionais. Terminamos êste capítulo com o estudo dos anéis e corpos ordenados. O

Capítulo

V

expõe

a

construção

por intermédio das sucessões fundamentais de construção do corpo dos números complexos.

corpo

números

racionais,

e a

XIV Estudamos

terminada, número

No parágrafo

no

as

finito

de

Capítulo 5

Capítulo

funções

o

VI

os

polinomiais

anéis

de

polinômios

com

uma

e os anéis de polinômios

inde-

com

um

iniciamos

no

indeterminadas.

VII

estudo

estudamos da

teoria

os dos

anéis

fatoriais

números

e

algébricos,

expondo

as

propriedades mais importantes dos corpos quadráticos e dos anéis quadráticos; no Apêndice dêste Capítulo apresentamos uma demonstração do Teorema Fundamental da Álgebra. No Capítulo VIII elementar dos grupos.

desenvolvemos

de

modo

sistemático

a

teoria

Os agradecimentos que se seguem não são de praxe, são o profundo e sincero reconhecimento pela colaboração obtida: à Professóra Elza Furtado Gomide, por ter lido os originais e ter apresentado diversas sugestões que foram por nós utilizadas; ao Instituto de Matemática Pura e Aplicada do Conselho Nacional de Pesquisas, órgão que tornou possível a publicação dêste livro; a Ao Livro Técnico S.A. pelo trabalho de impressão e divulgação. fo meu amigo Antonio Oshiro, prematuramente falecido, a cuja aedicação devo a composição tipográfica desta obra, o meu preito de saudade e a minha sentida homenagem. Agôsto de 1969

L.H.J.M.

INDICE

Capítulo

TEÓRIA

ELEMENTAR

DOS

CONJUNTOS

1

Conjuntos

Capítulo

Capítulo

1

Relações

13

Aplicações

29

NÚMEROS

NATURAIS

Monóides

e Grupos

49

Números

Naturais

72

NÚMEROS

INTEIROS

O Anel Z dos Números Noções

Capítulo

48

Sôbre

ANÉIS

a Teoria

102

Inteiros dos

102

Inteiros

121

E CORPOS

166

Anéis

Capítulo

166

Corpo

de Frações

Anéis

e Corpos

de

Anel

dos

Anel Anéis

de

198

E CORPO

DOS

233 234

Reais

256

Complexos

268

DE POLINÔMIOS

279

de Polinômios

Funções

REAIS

Completos

Numerais

Corpo dos Números

ANÉIS

Integridade

214

CORPO DOS NÚMEROS NÚMEROS COMPLEXOS Corpo

de

Ordenados

Corpos Ordenados

Capítulo

um

com

uma

Indeterminada

Polinomiais Polinômios

280 295

com

Diversas

Indeterminadas

314

XVI

Capítulo 7

ANÉIS FATORIAIS

341

Introdução

341

1

Propriedades

2

Anéis

3

Anel

4

Ideais

5

Anéis

APÊNDICE

DO

Capítulo 8

Gerais

dos

Anéis

Fatoriais

Euclidianos de

342 359

Polinômios

Sôbre

um

Anel

Fatorial

380 391

Quadráticos

CAPÍTULO

412

VII

435

GRUPOS

444

Introdução

444

1

Propriedades Gerais dos Grupos

2

Grupos

3

Teoremas

Cíclicos

e Grupos

de Sylow

4

Seguências

5

Produtos

6

Grupos

de

ÍNDICE ALFABÉTICO

Permutações

445 477 498

Composição

de Grupos Abelianos

de

Finitos

510

521 529

539

CAPÍTULO TEORIA

ELEMENTAR

DOS

1 CONJUNTOS

Estudaremos, neste capítulo, diversas noções da teoria dos conjuntos sob um ponto de vista intuitivo; exporemos, simplesmente, o que se pode chamar de «teoria ingênua dos conjuntos». Na parte relativa aos exemplos e exercícios adotaremos um ponto de vista informal pois utilizaremos diversos conceitos e conjuntos que serão definidos precisamente em outros capitulos dêste livro. As noções de conjunto finito ou infinito, assim como a noção de número de elementos de um conjunto finito, não serão definidas rigorosamente; no entanto, êstes conceitos serão utilizados frequentemente no desenvolvimento déste capítulo. No 41 daremos os principais conceitos primitivos e alguns dos axiomas desta teoria; introduziremos também a noção de subconjunto e as operações de intersecção, reunião e complementação. Após introduzir as noções de par ordenado e de produto cartesiano (82) veremos as propriedades mais importantes das relações de equivalência e de ordem. Finalmente, no 83, consideraremos o conceito fundamental de aplicação.

$1 -. CONJUNTOS 1.1 - RELAÇÃO

DE

PERTINÊNCIA

As seguintes noções serão admitidas mitivos e, portanto, não serão definidas: relação de igualdade elemento (ou objeto) conjunto relação de pertinência.

como

conceitos

pri-

Procuremos, no entanto, explicar em têrmos intuitivos o significado destas noções. Se dois simbolos a e b representam

o mesmo

elemento,

escrevemos

a=b

e dizemos «a é igual a b»; o símbolo = é denominado de igualdade. A negação de a=b será indicada por (leia-se:

a

é

diferente

de

b); com

isto

queremos

dizer

sinal ab que

os

simbolos a e b não representam o mesmo elemento. Admitiremos que a relação de igualdade seja reflexiva, simétrica e

transitiva, isto é, quaisquer que sejam os simbolos

1 2)

a=a (propriedade reflexiva); se a=b, então b=a (propriedade

3)

sea=b

ese

b=c,

então

a=c

a, be c, temos

simétrica);

(propriedade transitiva).

Intuitivamente imagina-se um conjunto como sendo formado ou constituído por diversos elementos ou seja como uma coleção de elementos; aqui não estamos pretendendo definir o conceito de conjunto pois substituímos, simplesmente, a palavra «conjunto» pelo sinônimo «coleção» Em geral, quando se considera um objeto matemático como sendo um conjunto, êle é representado por uma letra latina maiúscula e seus elementos por letras latinas minusculas; evidentemente, esta regra não deve ser aceita num sentido rigido. Para indicar que um elemento junto X usaremos a notação

x

faz

parte

de

um

con-

rEX,

que deverá ser lida «x é elemento do conjunto X» ou «x pertence a X». A negação de xeX será representada por xg&X

(leia-se: x não é elemento do conjunto X ou x não pertencea X). Admitiremos que dois conjuntos 4 e B são iguais se, e somente se, todo elemento de 4 pertence a B e todo elemento de B pertence a 4. Podemos dizer, abreviadamente, que 4=B se, e somente se, as relações são

equivalentes.

zeA

e

xzEeB

Éstes enunciados nos mostram que um conjunto fica determinado pelos seus elementos e ao mesmo tempo nos dão uma regra sôbre o uso do simbolo Ee. É evidente que a relação de igualdade entre conjuntos é reflexiva, simétrica e transitiva.

1.2 - SUBCONJUNTOS DEFINIÇÃO 1 - Sejam 4 e B dois conjuntos; diz-se que é subconjunto de B se, e sômente se, todo elemento de também é elemento de B.

A A

Usaremos a notação ACB para indicar que 4 é subconjunto de B; neste caso também diremos que 4 é uma parte de B, ou, que 4 está contido em B, ou ainda, que B contém A. Se ACB também escre-

veremos

BOA

nominado

A

(leia-se:

B

sinal de inclusão.

é um

subconjunto

contém

Se

próprio

4).

ACB

de

B,

O

e se

ou,

símbolo

AzB,

que

4

c

diremos

é

uma

é deque

parte

própria de B, ou ainda, que A está contido própriamente em B. Notemos que 4 é uma parte própria de B se, e sômente se, todo elemento de A é elemento de B e existe um elemento

de

B

que

não pertence

a

4.

Uma vez introduzido o sinal de inclusão c, a noção igualdade entre conjuntos pode ser posta sob a forma A=B se, e somente se, 4CB e BCA.

de

É fácil verificar que a relação de inclusão é reflexiva e transitiva, isto é, quaisquer que sejam os conjuntos 4, Be (, tem-se

1) 2)

ACA

(propriedade

seACBese

A negação

de

BCC,

ACB

reflexiva); então, ACC

será indicada

(propriedade transitiva).

por

AFB

(leia-se:

A

não está contido em B, ou, 4 não é subconjunto de B, ou ainda, A não é parte de B). Notemos que AGFB significa que existe um elemento a tal que ac4 e ag&B. Portanto, as relações ACB e B&%A significam que 4 é parte própria de B. ExempLo 1 - Indiquemos por N o conjunto de todos os números naturais 0,1,2,-.+,n,--: e por Z o conjunto de todos os números inteiros ..,-3,-2,-1,0,1,2,3,-0.. Temos NCZ, o que traduz a afirmação: todo número natural é um número inteiro. Observemos que N+Z, pois, por exemplo, -leZ e -l1&N; portanto, N é uma parte própria de Z. ExempLo 2 - Indiquemos por Q o conjunto de todos os números racionais, isto é, o conjunto de todos os números da forma b' com a e b inteiros e b+0. Temos ZCQ, pois, todo ,

número

.

.

inteiro

a

pode

ser

representado

sob

a

forma

q

+.

Além :€Q

disso, e

Z

é

5€Z.

Em

parte

própria

outras

de

palavras

Q,

pois,

podemos

por dizer

exemplo, que

todo

número inteiro é um número racional e que existem números racionais que não são números inteiros; isto traduz, simplesmente, a afirmação: Z é parte própria de Q. No exemplo anterior tínhamos observado que NCZ e como ZCQ teremos, conforme a propriedade transitiva da inclusão, NCQ e isto significa que todo número natural também é um número racional. ExempLo 3 - Indiquemos por R o conjunto de todos os números reais; já é do conhecimento do leitor que QCR, isto é, todo número racional é um número real. Além disso, Q+R, ou seja, Q é uma parte própria de R; para chegar a êste resultado demonstra-se, por exemplo, que o número real 1/2 não é racional (ver capítulo III, exercício 117). De acôrdo com o que vimos acima temos as seguintes inclusões próprias NCZcQCR. Um conjunto é frequentemente formado por todos os elementos que propriedade P; assim, a notação

tx | x

satisfaz

definido como sendo satisfazem uma dada

P)

indica o conjunto de todos os elementos x que satisfazem a propriedade P. No caso particular em que todos os elementos x pertençam a um dado conjunto E, indicaremos o subconjunto de E formado por todos os elementos que satisfazem a pro-

priedade

P

Em

caso

cada

por

ÍxeE

a barra

| x satisfaz

vertical

| deve

PJ.

ser

lida

«tal

que».

ExempLo 4 - O conjunto de todos os números naturais que satisfazem a propriedade «n é divisível por 2», ou seja, O conjunto dé todos os números naturais pares é indicado por

ou

tneN

|n é divisível por qneN |In é par).

ExempLo O - Consideremos o conjunto e a propriedade um subconjunto

«xreR A de

R dos números reais

e x não é racional». Obtém-se R que pode ser indicado por

A=txeR

diz-se, neste caso, que

2)

A

| x

assim

é irracional);

é o conjunto dos números irracionais.

1.3 - COMPLEMENTAR Seja A uma parte de um conjunto E e seja 4' o subconjunto, de E, formado por todos os elementos x taisque xg&A:

A'=ÍxeE

| xg& A).

O conjunto 4º é denominado complementar de complemento de A em E e será indicado por

A

em

E

ou

CGA.

Quando o conjunto E está fixado diremos, simplesmente, que C.A é o complementar de A ou o complemento de A e, neste caso, simplifica-se a notação escrevendo-se CA. ExempLo 6 - Indicando-se por 4 o conjunto de todos números naturais pares (exemplo 4), seu complementar em é o conjunto dos números naturais ímpares

os N

[y4 =(txeN | x é ímpar).

ExempLo 7 - Com as notações do exemplo 5, o conjunto dos números irracionais é o complementar em R do conjunto Q dos números racionais. um

TEOREMA 1 - Se 4 conjunto É, temos a) se ACB, então,

b) CCA)=4A.

e

B

são

duas

partes

quaisquer

de

CBclA;

DEMONSTRAÇÃO

a) Seja x um elemento qualquer de E e suponhamos que xelB; conforme a definição de complementar, temos r&B. Ora, por hipótese, ACB e como x&B também temos x&A, logo, reb e rxg&4A,

de onde vem

xelA4

e portanto CBCCA.

b) Para simplificar as notações coloquemos (CA=A'. Seja x um elemento qualquer de E e suponhamos que xelA4'; temos LEE e t&A (1). Ora, 4º é o complementar de A, portanto, de (1) resulta que xek e xEÁ, logo,

CA'cA

(2).

Por outro lado, seja x um elemento qualquer de

que

xEe4;

e como

como

xÉeE,

4'

teremos

é o complementar

xelA';

portanto,

ACCA'

de

E

4,

e suponhamos

temos

xg&A' (3).

6

As inclusões

(2) e (3) nos mostram

CCA)- A.

Já sabemos próprio conjunto

que

(4'=4,

ou seja

E

que uma das partes de um conjunto E é o E, portanto, também está definido o comple-

mentar de E em E, que será indicado fabeto norueguês). Temos assim

por

À

(letra O do al-

D=L,E =(xeE | x&E)

(4).

Notemos que a definição acima nos mostra que o conjunto À não possui nenhum elemento e por causa disso êle é denominado conjunto vazio. Podemos ver que a definição (4) não depende do conjunto E e que

Dx

para todo conjunto X. Esta última propriedade caracteriza o conjunto vazio, pois, se um conjunto 4 é tal que ACX pa-

ra todo conjunto

X, tem-se, em particular, AC(Q

e como DCA,

teremos A=(QÚ. Em resumo, existe um único conjunto vazio e êle está contido em qualquer outro conjunto. O conjunto vazio também pode ser definido. por qualquer

propriedade

contraditória;

por exemplo,

D=(xeE | xzx).

ma

Observemos 1, temos

E;

o subconjunto

Seja

E

ainda

um

que

conjunto

em virtude CD = E. não

vazio

(xeE | x=a)

da

parte

a) do teore-

e seja a um

elemento

de

é indicado por fa) e é denominado conjunto unitário determinado pelo elemento a ou simplesmente conjunto unitário. Note-

mos

que

fx;cE

para todo elemento

1.4 - CONJUNTO Para

todo

DAS

conjunto

x

PARTES

E

de

DE

admitiremos

E.

UM que

CONJUNTO exista

conjunto, denotado por (E), cujos elementos de E. Em outros têrmos, dizer que Xe (E)

um

outro

são as partes é equivalente.

a dizer XCE. Diremos que DE) é o conjunto das partes de E. Por exemplo, se E=QÔ, então, P(E) é um conjunto uni-

tário

cujo único

Notemos

conjunto

que

também

outro conjunto

no

$1.1

elemento

não

é o conjunto

vazio,

DD) = (0).

Ec (E)

pode

ser

para

isto

todo conjunto

considerado

como

E,

é,

logo, todo

elemento

de um

e isto nos mostra que a regra de notação dada

podia

ser

mesmo

tomada

num

sentido

rígido.

1.5 - INTERSECÇÃO Neste

derados

número

sejam

E REUNIÃO

suporemos

partes

que

todos

de um mesmo

os

conjuntos

conjunto

U,

consi-

denominado

conjunto-universo. DEFINIÇÃO 2 - Chama-se intersecção e B ao conjunto de todos os elementos xeA e xEB. Indicaremos

a intersecção

de

4

de dois conjuntos 4 x, de U, tais que

e B por

AMB, símbolo êste que deve ser lido «A viadamente, «4 inter B»; portanto,

ANB=ixeU ExempLo

A=txeN B=ixeN

Observando-se

de

3 se,

| xeA4

8 - Tomemos

e

que

e sômente

um

U=N

B»,

ou,

abre-

e xeB). e sejam

| x é múltiplo de 23 | x é múltiplo de 35. número

natural

se, x é múltiplo

ANB=ixeN É imediato

intersecção

de

x

| x é múltiplo

que ANBCA

e

é múltiplo

6, temos

de 2 e

de 6.

ANBCB,

quaisquer que sejam as partes 4 e B de U. Reciprocamente, se X éumapartede U ese XCA e XCB,então, XCAMNB.

Por

causa disso se diz que

está

simultâneamente

Se mentos

AMB

U

que

ANB=Q, isto é, se os conjuntos 4 e B não têm comuns, diremos que 4 e B são disjuntos.

ele-

contida

em

é a maior

4

e

em

parte de

B.

ExempLo 9 - Paratôda parte 4 de U, 4 e CA são disjuntos. ExempLo

e é imediato

10 -

Tomemos

U=N

e sejam

A=txeN | x é primo) B=(xeN | x é quadrado perfeito); que

4

e

B

são

disjuntos.

DEFINIÇÃO 3 - Chama-se reunião de dois conjuntos 4 e B ao conjunto de todos os elementos x, de U, tais que xeA ou TEB.

Indicaremos

a reunião

de

4

e

lido

«A

reunião

AUB

símbolo êste que deve ser mente, «A uB»; portanto,

B

AUB=fxeU|xeA4 Convém

que

observar

comum,

AUB

ou xeB). na propriedade

acontecer

a

que

um

A eagB.

elemento

x de

que

que contém

Se

abreviada-

ACAUB e BCAUB que sejam as partes 4 e B de U. Reciprocamené uma parte de U e se ACX e BCX, então Por causa disso se diz que AUB é a menor parte

quaisquer te, Se X AUBCX.

U

pode

simultâneamente

É imediato

de

ou,

não tem o sentido de exclusão usado na linpois

pertença

B»,

que a palavra ou empregada

define AUB

guagem

por

simultâneamente

A,,4,,::*,A,

o conjunto

de

todos

4

e

B.

(n>2) são partes de U, indicaremos por AUA,U..UA, os elementos x, de U, que pertencem a

pelo menos um dos conjuntos 4, (lsisn) e diremos que êste conjunto é a reunião das partes 4,,4,,:::,A,. No caso parti-

cular em que cada 4; é um indicaremos sua reunião

conjunto

unitário fa;;, com

a;eU,

(PUTA PU Uta,

por

(01, 09,ºº",0n)

e diremos que esta parte é formada pelos elementos a,,a,,::,4,Notemos que êstes elementos não são necessáriamente distintos dois a dois. Se os elementos a,,a,,::-,a, são distintos dois a dois, diremos que a parte A=f(a,,a,,:::,a,+ tem n elementos ou que n é o número de elementos de 4 e usaremos a

notação com

n=|Al.

b;eU Sejam

é

Observemos, portanto, que se B=(b,,b,,:*,bm),

para 4

denominado

A-B

(leia-se:

logo,

se

BCA,

i=1,2,--.,m, e B

A

então,

IBln, Mostrar

que

pF

de

E,

Fem

tais que

conforme

o mesmo

existam

(13) seja verdadeira;

em virtude do teorema 9, que

f

teorema,

bijeção (13).

e as fórmulas (12) nos mostram que que

as

E tais que

foh=Ip,

f é uma bijeção de

suponhamos

é uma

g:F>Eeh:F—

g=h=f!

Reciprocamente,

e somente

fofi=Iç

aplicação

gof=Ip g=h=f1.

caso, tem-se

se,

as igualdades acima caracterizam precisamente, temos o seguinte

se, e somente se, existem aplicações

Neste

fty=

E em F, tomamos

gof=Ipefoh=Ip.

aplicações

g

e

h,

de

gof=I,

resulta,

é injetorae de

foh=I,

resulta,

que

f é sobrejetora, portanto,

f

é bijetora. Falta demonstrar que as relações (13) implicam g=h=f!. Seja y um elemento qualquer de F e ponhamos

f'ap=x,

logo,

f(x)=y;

Fap=

temos

=p) =(gefia) = g(fa) = guy;

portanto, f!=g. Por outro lado, sabemos que golp=g e Içoh=h,

logo, em

virtude

de (13) e do teorema

6, teremos

g=gelr=gefeh)=(gefoh=Igoh=h

e portanto

g=h=f”.

Aplicando-se

o

teorema

acima

às

É

fórmulas

(12)

temos

o seguinte

COROLÁRIO

- Se

f

é uma

bijeção

de

E em

F,

então

sua inversa f! é uma bijeção de F em E e, além disso, (f')!=f. Vejamos composta

de

agora duas

TEOREMA

11

como

- Se

as

fPE>F são

bijetoras,

então

é que

aplicações

sua

se determina

a inversa

da

bijetoras:

aplicações e

composta

g:iF>G gojf

(gof)! =ftog”

é bijetora

e

(14).

40

DEemonstTRAÇÃO - À primeira parte déste teorema consequência imediata dos teoremas 7 e 8. De acôrdo teorema 6, temos

é uma com o

(gef)(F' og!) =[(gof)of Jog! =

= [go(fof Jog! =(golpJogl=gog!= Ig portanto,

em

(Fog No(gof) = [(F'ogoglof= =[f'o(glog)of=(f'olp)of=f of=Ip;

virtude

do teorema

10, concluímos

que

vale

(14).]

A primeira parte do teorema acima pode ser enunciada sob a forma abreviada: a composta de duas aplicações bijetoras também é bijetora. Em particular, a composta de duas permutações de um conjunto E é uma permutação de É.

Seja

E

um conjunto

e indiquemos

por

S(E)

o conjunto

de tôdas as permutações de E. Resumiremos as propriedades mais importantes da composição de permutações nos seguintes enunciados:

GO: quaisquer que sejam fe g em S(E), tem-se foges(E); Gl: quaisquer que sejam f, g e h em S(E), tem-se

fogoh=fogoh);

G2: folz=f=I,of, para todo elemento f de S(E); G3: fof!=Is=f'of, para todo fesS(E).

Conforme

veremos

é o grupo

das

uma

estrutura

no

de grupo

Capítulo

sôbre

permutações

do

II estas

SCE);

propriedades

definem

diremos, então, que

conjunto

S(E)

E.

EXERCÍCIOS 59. Consideremos

as aplicações f,ge foy=x+1 gx

h, de

R

em

R, definidas

por

=X?

hay =xl+x+l. Determinar

as

hog,

(fog)oh,

hoh,

seguintes

compostas:

hosfog),

(gof)oh,

fof,

60. Determinar quais das seguintes sobrejetoras, injetoras ou bijetoras: a)

faov=2x+l;

b) o)

fx=senx; fxm=rxitrx+l;

d)

femy=r3-rx;

e)

fxy=ax+b

(a

e

b

números

fog,

hol(gof),

gof,

aplicações

reais

foh,

(fohjog

dados;

f,

hof,

g0g,

99h,

e go(foh). de

a 4 0).

R

em

R,

são

41 61. Mostrar tos

fi,

jo,

Í3,

que

fa,

f;

o conjunto e

fg.

S(E), onde

Determinar

E =(1,2,3)

tôdas

as

tem

6

compostas

1,)= 1,2,3,4,5,6. Construir a táboa de composição 40 (ver o exemplo 24, Capítulo IJ).

elemen-

fi;ofj,

62. Determinar o número de injeções de um conjunto finito conjunto

finito

si

em

de bijeções

o número

65. Mostrar

tôda

mesmo si

é

uma

que

de um

que

tôda

é uma

de permutações

aplicação

permutação

Mostrar mesmo

num

conjunto

finito

E num

F

64. Determinar

66. E

finito

E

F.

63. Determinar o número conjunto

para

análoga a dg exemplo

de

DE

de

de um conjunto finito um

conjunto

finito

E

E. em

E.

aplicação

permutação

3.3 - FAMÍLIAS

injetora

sobrejetora de

de

um

conjunto

finito

E.

ELEMENTOS

Seja x uma aplicação de um conjunto I num conjunto E; em lugar de indicar a imagem de um elemento i de I por c(i) também se usa a notação indexada x,, isto é, põe-se x,= =x(i). Neste caso a aplicação x é indicada por (X,Jie; (leia-se:

xZ;, i percorrendo

1) e é chamada

família

de

elementos

de

E

tendo I para conjunto de indices ou familia de elementos de E indexada pelo conjunto I. Cada elemento x, passa a ser denominado têrmo ou componente de indice à da família (LjierQuando o conjunto de índices I está fixado usa-se a notação mais simples (x,) para indicar a família de elementos (Xjje:Note-se, portanto, que a noção de familia de elementos de E tendo I para conjunto de indices coincide com a noção de aplicação de I em E, o que varia simplesmente é a notação. O conjunto de tôdas as familias de elementos de E tendo 1

para da

conjunto

de índices

é, então, indicado

por E!.

Chama-se conjunto dos têrmos da família (x;);e; à imagem aplicação x que, neste caso, será indicada por tx,, iel) ou

Lite Em

e (X;)jes i em

virtude

do

São iguais

teorema

5 temos que

se, e somente

se,

I=J

duas famílias

e x;=y;,

para

(X;);e;

todo

I.

No caso particular em que 1=t1,2,--.,n), tôda família de elementos de E indexada pelo conjunto 1 é denominada n-upla de elementos de E e também será indicada por (L;)jcien (leia-se: xZ;, 1 menor do que i menor do que n) ou (%,,%,,::,Xn) (leia-

se: n-upla

X,,X,,::*.X,);

a

notação

E! é

substituída

por

E”

42

Portanto, E” indica o conjunto de tôdas as n-uplas mentos de E. Observemos que o conjunto dos têrmos n-upla não tem, necessariamente, n elementos. to

N

de elede uma

Quando o conjunto de índices I é uma parte do conjundos números naturais, diz-se que a família (x;);e; é uma

sucessão ou segiiência.

Se I=N

esta sucessão também

é indica-

por (X,);o OU (Xg,X,,X5,º**,Xn,**o). Diz-se que uma sucessão (X,) é finita ou infinita conforme o conjunto de índices I é, respectivamente, finito ou infinito. Notemos que o conjunto dos têrmos de uma sucessão infinita pode ser finito. Chama-se intersecção de uma família não vazia (Xi, de partes de um conjunto E, ao conjunto de todos os elementos x, de E, que possuem a propriedade: xeX,, para todo iel. A intersecção desta família será indicada por

(x,

simbolo êste que deve correndo 1. A notação

(15)

ser lido: intersecção dos X; acima é substituida por

para

i per-

(x, 1

quando o conjunto I está fixado. Se À é uma parte não vazia de XE), pode-se aplicar a definição anterior à família (4),ea definida pela aplicação canônica de A em (E); neste caso, a intersecção de todos os elementos da parte q será indicada por

Chama-se

reunião

de

Aeq

uma

família

(X,)ey;, de

partes

de

um conjunto E, ao conjunto de todos os elementos x, de E, que possuem a propriedade: existe um índice iel tal que re X,. À reunião desta família será indicada por

Ux,

(16)

tel

simbolo êste que deve ser lido: reunião dos X, rendo I. A notação acima é substituída por

para

i percor-

Ux, 2

quando

o conjunto

I está

fixado.

JA

Anâálogamente,

define-se

AEed

onde dy) é uma parte do conjunto (E). No caso particular em que 1I=t1,2,3,:.:,nt, as notações (15) e (16) serão, respectivamente, substituídas por

43 n

(x, n

(x, i=1

DEFINIÇÃO

ou

XKNXN NX,

ou

XUXU-UX,.

16 - Seja

E um

conjunto não vazio e seja jd

uma parte não vazia de (E); diz-se que À é uma partição do conjunto E se. e somente se. as seguintes condições estiverem verificadas:

a) As para todo 4 em d; b) quaisquer que sejam 4 e Bem ANB=-Q;

fá, se

A+zB,

então

o AER Ua-e.

A condição condição b) nos duas

a) poderia ser dada sob a mostra que as partes em

a duas.

Tôda relação de equivalência conforme veremos no seguinte

TEOREMA

12 - Se R é uma

bre um conjunto não vazio é uma partição de E. DEemonsTRAÇÃO

82.3; assim um um

a) Em

a),

-

de

E.

E,

relação

virtude da propriedade

para todo TEEIR.

c) De

TCE

resulta

notações

é indicado

definição

b) Vimos na demonstração de equivalência são disjuntas.

de

para

reflexiva,

TEE/R

TCE

partição

equivalência

sô-

queciente

E/R

introduzidas

por

Z,

simplesmente,

16,

do teorema

que U)

uma

o conjunto

as

de E/R

Precisamos,

b) e c) da

determina

então

Usaremos

elemento

elemento

condições

z+W

forma Dgjd e a jd são disjuntas

x é

verificar

o conjunto temos 4 que

e como

no

onde

xEzZ, duas

todo

as

EIR. logo, classes

elemento

x, de E, pertence à classe de equivalência X também é verdadeira a inclusão em sentido contrário e portanto É = U) T. TEE/R

DEFINIÇÃO

17 - Seja À

uma

partição

de

um

conjunto

não vazio E. À relação S sôbre E, definida por xSy se, e somente se, existe 4€ej tal que xe4 e yEeÃA, é denominada re-

lação associada

à partição jd.

44

TEOREMA 13 - A relação S associada a uma partição de um conjunto não vazio E, é uma relação de equivalência. E2

DEmonsrtTRAÇÃO - Precisamos e E3 da definição 6.

verificar

as

condições

El,

El: Se x é um elemento qualquer de E existe, conforme a condição a) da definição portanto, temos rScx. E2:

Sejam

nhamos

que

15,

x e y dois

xSy,

parte

elementos

logo, existe

portanto, também E3: Sejam

uma

tal que

quaisquer

4eyl

vale ySx.

4eYW

de

tal que

x, y e z três elementos

xe4

quaisquer

rEA;

E e supo-

e yet;

de E e supo-

nhamos que xSy e ySz; de xSy resulta que exisfe uma parte Aey tal que xe4 e yeA e de ySz resulta que existe Ber

tal que yEeB mento y em

ou seja, xSz.

e zeB. comum,

TEOREMA sôbre

um

As partes 4 e B têm, portanto, o elelogo, 4=B, de onde vem, xEe4 e ze4ÀÁ,

E

14 - a) Se R é

conjunto

não

vazio

uma E,

relação

então

a

de

equivalência

relação

de

equiva-

lência associada à partição E/R é a própria R. b) Se q é uma partição

f,

de

E

e se S é a relação

então a partição

E/S

de

equivalência

é a própria

associada

7.

a

DEMONSTRAÇÃO EIR.

então

a) Seja S a relação de equivalência associada Se x e y são dois elementos quaisquer de E

x e y

e portanto

quaisquer

pertencem

RCS.

Por

de E e se

à classe de equivalênca

outro

xSy,

lado,

se

então

à partição e se xRy,

Z, logo, xSy

x e y são dois elementos

existe

uma

única

classe

de

equivalência dE E/R tal que xeã e yeãi; daqui resulta xRa e yRa, portanto, xRy e concluímos assim que SCR. As inclusões estabelecidas acima nos mostram que S=R.

b) Seja 4 um elemento qualquer existe

um

elemento

x de

E

tal

de fd; temos

que

xEe4A.

definição de S resulta imediatamente

De

A+,

acôrdo

que A=T=(yEeE

logo, com

| ySx)

a

e fica assim demonstrado que MC E/S. Por outro lado, seja X um elemento qualquer de E/S; conforme a condição c) da de-

finição

15, existe

conclui-se que

sões acima

nos

4€ej

T=A;

tal que

portanto,

mostram

xe4A

ZE

que E/S =].

e pela

ouseja

definição

EÍISCÃH.

de

S

As inclu-

ê

45

EXERCÍCIOS 67. Determinar

tôdas

as partições

do conjunto

E=(1,2,3,4).

68. Determinar a intersecção de todos os quadrados inscritos num circulo de raio dado. 69. Seja (Apier uma família de partes de um conjunto E e seja A sua reunião. Mostrar que uma parte X, de E, contém 4, se, e somente

se, XDA,

menor to

E

para todo iel. Portanto, a reunião

parte

de E que

70. Seja

e seja

contida

em

A

(Apier

A

sua

se,

contém

uma

todos

família

intersecção.

e sômente

não

vazia

Mostrar

se,

4

os A;.

XCA,

de partes

que

para

da família

uma todo

(Adie;

de um conjun-

parte X,

iel.

é à

de

E, está

Portanto,

a inter-

secção 4 da família (4;)jie: é a maior parte de E que está contida em todos os A;. 71. Seja (Ajie; uma família de partes de um conjunto E e seja

Uppe

p

uma

familia

de

partes

de

I tal

[di 72. Seja (Ajlie; E e seja (Ip)Jpep uma

que

I= Ldlo.

Mostrar

que

o (ig Ad)

uma família nê não vazia de partes de um conjunto família não vazia de partes de I tais que Ip+QO

para todo peP e I=| Ji.

Mostrar que

peP

Mai=MUMa). pEeP ielp

tel

73. Se to

E,

(Adie;

é uma

família

não

vazia

de partes

de um

conjun-

então

Ca(DA,) = LHtr4) Ce(tJA,)

= ( Mtg4o

EXERCÍCIOS 74. Se as aplicações jetora, então f é injetora.

R

SÓBRE

O 83

f:E->F

e

g:F-E

são

tais

que

gof é in-

75. Se as aplicações f:E->F brejetora, então g é sobrejetora.

e

g:F-E

são

tais

que

fog

76.

que F

em

Seja

f uma

a relação E

se,

relação

recíproca

e sômente

77. Consideremos e as

se,

de um

(ver

que

conjunto

o

E num

exercício

43)

conjunto

é

uma

so-

F; mostrar

aplicação

de

f é bijetora.

as aplicações

f:E->F,

compostas

a) Mostrar

j!

é

hogof,

se

duas

g:F->G

gofoh

destas

e

e

h:G->-E

fohog.

compostas

terceira é injetora, então f, g e h são bijeções.

b) Mostrar que se duas destas compostas ceira é sobrejetora, então f, g e h são bijeções.

são são

sobrejetoras injetoras

e

e

a

a ter-

46 78.

Seja

Mostrar

que

g:F—>E

f

f

tal

uma

é

que

aplicação

injetora

de

se,

e

Nota: cada

um g

que

conjuntos

existem

da

seja

x

nos

a

um

E

tais

num

conjunto

uma

F.

aplicação

teoria

dos

do

que

de modo a

mostra-se

que

VII).

f:N—N

não

definida

g:N —N

a aplicação

g do

que

exige, foram

por

tais

esta real-

especi-

fm=n+l.

que

exercício

o

em

79

fog=Iy. não

é, em

único.)

aplicação

aplicações

exercício

e

Ey

fixa-se

demonstração

conjuntos

por

fxwo=y;

gy

Esta

aplicações

indica-se

que

elemento

aplicação

mostra

infinitas g

E

existe

sobrejetora,

de

fog = Ir.

infinitas

Consideremos

existem

a aplicação

E,

a condição

determinada 81.

que

f

capítulo (ver o 84.2 do Capítulo

exemplo

geral,

que

Consideremos

Mostrar

se,

de um conjunto E num conjunto F. e sômente se, existe uma aplicação

elementos

resultados

neste

80.

os

satisfaz

outros

ficados

(Este

todos

dêstes

aplicação mente,

Supondo-se

de

conjunto

gof=Ip.

79. Seja f uma aplicação Mostrar que f é sobrejetora se, g:F—>E tal que fog=Ipr. conjunto

um

somente

79

f

definida

g:N—»N não

é,

no

tais

em

exemplo

que

geral,

44.

gof=Iy.

Mostrar

(Portanto,

determinada

de

modo

único.) 82.

Seja

f

uma

aplicação

de

um

conjunto

E

num

conjunto

F

e

seja X uma parte de E; chama-se imagem de X por f à imagem da restrição fx de f à parte X. Indica-se a imagem de X por f pela notação f(X) (apesar de que esta notação é incorreta, pois só podemos escrever f(X) quando XEE); portanto, f(X)=Im(fx) e em particular f(E) = Im(f). Verificar as seguintes

propriedades, onde X

a) b) o) dO eo)

se XCY, então HX)Cjf(Y); X+Q se, e somente se, HX) + QD; FHXUY) = HOUICT); HXNDEeICONKTY); HX-PMDBO-fCY).

83.

Com

a)

f é injetora

as

notações

do

exercício

e Y são partes quaisquer

anterior,

verificar

as

de E:

proprie-

dades: que

sejam

b)

parte

X

as

partes

f é

de

se, e sômente X

e

sobrejetora

Y

de

se,

E;

se, e somente

KHXNY) = fXNFIY),

se,

fCpX)=Crf(X)

quaisquer

para

tôda

E;

84. Seja f uma aplicação de um conjunto E uma parte qualquer de F; chama-se imagem

seja

X

f ao

conjunto

de

todos

os

elementos

x

de

E tais

que

num conjunto F e recíproca de X por fxweX.

Indica-se

a imagem recíproca de X por f pela notação f/(X). a) Mastrar que f(f(X)CX para tôda parte X de F. b) Mostrar que fHHADDA para tôda parte 4 de E. Verificar de

F:

as

seguintes

propriedades,

onde

X

e

Y

são

partes

quaisquer

47

c)

ad) eo) £g eg)

se XY,

então

fi()crI(Y);

fixuy=sroyurioy); ftixnyD=riconthky); 1HCrx)=Cefi(m): SFH) =xNIm(g.

85. Com as notações do exercício anterior, mostrar que se E é não vazio, então f é sobrejetora se, e somente se, f 30) 40 para tôda parte X de E.

86. Estender de

subconjuntos

de

subconjuntos

as

de

87. Estender 88.

Seja

as

de R

partes

c) e d) do

exercício

82

para

uma

família

partes

d) e e) do

exercício

84

para

uma

família

E. F.

uma

relação

de

equivalência

sôbre

um

vazio E, seja q a aplicação canônica de E em E/R e conjunto. a) Mostrar que existe uma aplicação g, de E em se,

e somente

sejam

x

e y

se, em

a E,

b)

Supondo

c)

Nas

seguinte se,

que

condição

x=y(mod.R),

exista

g:E

-+-F

F

F, tal

estiver

verificada:

então,

f(x) = fy).

tal que

conjunto

seja

goq=f,

um que

não outro

goq=f

quaisquer

mostrar

que

que

g

é

única. se,

e

tea

sômente

condições se,

d) Mostrar fo=fy. 89.

Seja

f

da

parte

anterior,

f é sobrejetora.

que uma

g é

injetora

aplicação

de

mostrar

que

g

se, e sômente

se, xRy

um

E

conjunto

num

é

sobrejetora

é equivalenconjunto

F

e

consideremos a relação R,, sôbre E, definida por: 9R,y se, e sômente se, fxoy=fy. Mostrar que R, é uma relação de equivalência sôbre E (que é denominada relação de equivalência associada à aplicação ff). Supondo-se que f seja sobrejetora demonstrar que existe uma única bi-

jeção

E em

g:EIR, -F

EIR,.

tal

que

goq=f,

onde

q é a aplicação

canônica

de

CAPÍTULO NÚMEROS

II

NATURAIS

No 841 déêste capitulo estudaremos diversos conceitos fundamentais da Álgebra Moderna entre os quais podemos destacar os seguintes: a noção de operação e as estruturas de se-

mi-grupo e monóide (81.1), a noção de elemento simetrizável e de elemento regular (81.2), a estrutura de grupo (81.3). Na

seção 1.4 consideraremos um conjunto sôbre o qual está definida uma estrutura de semi-grupo comutativo e outra de ordem total, sendo que estas estruturas são compatíveis no sentido do axioma OA; obteremos assim as noções de semi-grupo ordenado, monóide ordenado e grupo ordenado, que terão aplicações imediatas no estudo dos números naturais. No 82 estudaremos os números naturais; admitiremos a existência de um conjunto N que satisfaz o axioma N1, supondo-se que sóbre N esteja definida uma estrutura de semi-grupo comutativo totalmente ordenado de modo que os axiomas NZ2, N3, e Ná sejam ver-

dadeiros.

É

recomendável, num primeiro curso de Álgebra, que

se admita conhecido o conjunto N dos números naturais e as propriedades mais importantes dêstes números como, por exemplo, o teorema 17 (princípio de indução finita); neste caso, convém citar explicitamente tódas as propriedades enunciadas no 82.4 e desenvolver completamente o princípio de definição por

recorrência (teorema 18) e as diversas formas de demonstração por indução finita (82.7). O 82.5 sôbre potências de elementos

de um monóide tem importância para o desenvolvimento de outros capítulos dêste livro e êle será completado no capítulo seguinte com a introdução de potências com expoentes negativos. No $2.6 estudaremos a noção de composto de uma família de elementos e explicaremos os teoremas gerais de associatividade e de comutatividade (ver os exercícios 79 e 80).

49

em

Na parte relativa aos exemplos e exercicios continuaremos,

geral, a adotar

um

ponto

de vista informal, pois utilizare-

mos diversos conjuntos e conceitos outros capítulos dêste livro.

81 - MONÓIDES

que

serão

definidos

em

E GRUPOS

1.1 - MONÓIDES DEFINIÇÃO a tôda

junto

1 - Chama-se

aplicação

Portantó,

E

de

para

EXE

em

operação

sóbre um

determinar

uma

operação

basta definir uma aplicação

«a e

b

faz-se

corresponder

ab. Notemos desde já aplicações, enquanto que deve-se, portanto, fazer ma, ou, multiplicação e

Seja um

par

elemento Capítulo

f

uma

ordenado

sôbre

sua

sôbre

elementos

c de E tal que

1) elemento

um

con-

soma

a+b

produto cartedizemos que j sóbre E. A deusual de adição o conjunto Z números intei-

e seu

produto

que a multiplicação ou a adição são as a soma ou o produto são os resultados; distinção entre os têrmos adição e soproduto.

operação de

E

f: EXE — E. Notemos que

a operação f está realmente definida sôbre o siano EXE mas, para simplificar a linguagem, está definida sôbre E ou que f é uma operação finição acima é uma generalização do conceito ou multiplicação definidas, por exemplo, sôbre dos números inteiros: a cada par ordenado de

ros

conjunto

E.

êste

um de

E;

conjunto E existe,

e seja

então,

(a,b)

um

único

c=f((a,b));

diz-se

(ta,b), c)ef (parte a) da definição que é indicado

por

11,

que c é o valor da operação f no par ordenado (a,b) ou que c é o resultado da operação jf aplicada aos elementos a e b (nesta ordem). A ainda, por afb com a relação f,

notação c=f((a,b)) é substituída por c=f(a,b), ou c=afb; neste último caso não há perigo de confundir notação ultilizada para significar que a e b estão na pois aqui f é uma aplicação de EXE em E.

OBSERVAÇÕES

1.2) Uma operação f sôbre um conjunto E também é denominada lei de composição interna sôbre E, pois se pode definir uma outra espécie composição externa: sejam

mos

o produto

cartesiano

de «operação» denominada lei de E e K dois conjuntos e considere-

KXE;,

chama-se

lei de

composição

50

externa sôbre E, tendo K para conjunto de operadores ou escalares, a tôda aplicação f: KXE — E. Neste caso, os elementos de K são denominados escalares ou operadores e K é chamado domínio dos escalares ou operadores da lei de composição externa f. Observemos que a lei de composição externa

f está, realmente,

definida

mas,

o

para

realçar

esta definida

sôbre

sôbre

conjunto

E.

o

produto

fundamental

cartesiano

E,

dizemos

KXE

que

jf

2.2) Pode-se generalizar a definição 1 introduzindo-se o conceito de operação no sentido amplo: é tôda aplicação f de EXF em G, onde E, F e G são conjuntos dados. Diz-se, neste caso, que f está definida sôbre EXF e assume valores em G. Uma lei de composição externa é um caso particular de operação no sentido amplo. Por exemplo, a «operação» de divisão (a,b) — alb sôbre o conjunto Q dos números racionais não é uma lei de composição interna, pois o quociente a/b só está definido quando b%0; deve-se, portanto, considerar a divisão como uma operação no sentido amplo, ou seja, como a aplicação (a,br>alb de QXQ* em Q, onde Q* indica o conjunto de todos os números racionais não nulos. As seguintes notações serão frequentemente utilizadas para indicar uma operação f sôbre um conjunto E. 1) Notação aditiva: f=+. Neste caso, a operação + é denominada adição e o correspondente do par (a,b), por meio de +, é chamado soma de a e b e é indicado pela notação a+b

(leia-se: a mais

b); os

nados,

vez,

por

sua

elementos

têrmos

ou

2) Notação multiplicativa: denominada multiplicação e o meio de -, é chamado produto a-b (leia-se: a ponto b ou a os elementos a e b, por sua

fatôres do produto

ab.

a e b passam

parcelas

da

soma

a ser

denomi-

a+b.

f=-. Neste caso, a operação correspondente do par (a,b), de a por b e é indicado vêzes b) ou, simplesmente, vez, são denominados têrmos

- é por por ab; ou

3) Notação de composição: f=o. Neste caso, a operação o é denominada composição e o correspondente do par (a,b), por

meio de o, é cnamado

composto

de a e b e é indicado por

acb

(leia-se: a composto b ou a círculo b); os elementos a e b, por sua vez, são denominados têrmos do composto aob. À notação de composição será reservada para indicar a «composi-

51

ção

de

aplicações» como foi definida

alguns

casos

esta notação

no 83.2 do Capítulo

é substituída

pela notação

I. Em

multipli-

cativa. No caso geral usaremos a notação + (leia-se: estrêla ou asterístico) para indicar uma operação sóbre um conjunto E; se a e b são dois elementos de E, então, axb (leia-se: a es-

trêla

b) é denominado

composto

de

a

ção com o objetivo de que o leitor cação que uma dada operação tenha

e b. Usa-se

esta

nota-

não assuma sem justifias propriedades usuais da

adição ou da multiplicação sôbre o conjunto R dos números reais. DEFINIÇÃO 2 - Diz-se que uma operação +, sôbre um conjunto E, é associativa se, e sômente se, a seguinte condição estiver verificada: quaisquer que sejam x,y e z em E, tem-se

(MAU AZ =

HAY HZ)

(1).

Portanto, se a operação x é associativa, não há necessidade de usar os parêntesis indicados em (1) e escreveremos, simplesmente, x+xyxz em lugar de (x+1)4z ou x+(y+2). No entanto, os parêntesis serão usados para frizar que um dado composto parcial deve ser calculado em primeiro lugar; por exemplo, (axb)x(cxd) significa que devem ser determinados axb e

cxd

e a seguir o composto

dêstes compostos.

DEFINIÇÃO 3 - Seja * uma operação definida sôbre um conjunto

E

e sejam

x e y dois elementos

são permutáveis

de

ou que x e y comutam

THY=YAT

E.

Diz-se

que x e y

se, e sômente

se,

(2).

DEFINIÇÃO 4 - Diz-se quê uma operação x, sôbre um conjunto E, é comutativa se, e sômente se, dois elementos quaisquer de E são permutáveis, isto é, se TAY=VYAT, quaisquer

que

sejam

x

e

y

em

E.

Os números reais O e 1 têm propriedades análogas para a adição e a multiplicação: a+0=a e a-l=a, para todo número real a. Esta noção será generalizada pela seguinte junto

DEFINIÇÃO 5 - Seja * uma operação definida sôbre um conE; diz-se que um elemento e, de E, é elemento neutro

para

todo

para a operação * se, e sômente x

em

E.

se,

XHe=T=e4%

(3),

52

junto

TEOREMA 1 - Se uma operação +, definida sôbre um conE, tem elemento neutro, então êste elemento é único.

Com ração

pois

efeito, se

*, temos

e

e

ewe=e

e também

e' são elementos neutros para a opepois

é elemento

e

é

elemento

neutro

neutro; portanto,

e

e'=e.

exe=e”,

É

Portanto, quando existe um elemento neutro e para a operação *, podemos usar o artigo definido e dizer que «e é o elemento neutro para a operação +», ou, que «e é o elemento neutro da operação +». Se a operação + está fixada sôbre

o conjunto

E

simplesmente,

que

tanto,

e se existe o elemento neutro que

o

conjunto

E

à operação

+).

tem

elemento

e é o elemento neutro do conjunto a referência

q

a

e para * diremos, neutro

E (suprimindo-se,

e

ou

por-

A denominação do elemento neutro, assim como sua notação, variam conforme o símbolo usado para indicar a operação. Assim na notação aditiva, o elemento neutro (caso exista) é indicado por O e é denominado zero; temos x+0=xr=0+z,

para todo

x

em

tro (caso exista) unidade; temos para todo x em Seja

E. Na notação multiplicativa, o elemento neué indicado por 1 e vl=r=l.z, E.

E=(qa,,4,,º::,4,)

um

é

denominado

conjunto finito com

elemento

n

elemen-

tos e seja * uma operação definida sôbre E. É evidente que esta operação fica completamente determinada quando conhecemos os nº compostos a;xa; (i,j)=1,2,--.,n); é usual dispor êstes compostos

nominada

conforme

a tabela

táboa da operação a

+.

abaixo,

que

passa

a,

a,

e...

a;

...

A,

a

a, 44,

A, +,

...

axa;

ee

a, 4a,

a,

A*a,

4,

...

A*aj



A, *

a;

a;*a,

aA;*a,

...

a, +;

...

A,*a,

An | AnHA,

Aka,

cce

A Hd;

cc»

Aka,

a

ser

de-

53

À linha e a coluna que começam

logo após

o símbolo

+

são chamadas fundamentais; o número de ordem de uma linha ou coluna é estabelecido sem considerar a linha ou a coluna fundamental; assim, o composto de a, e a; se encontra na linha i-ésima com a coluna j-ésima.

com

Reciprocamente,

n

elementos

a

E=(a,,a,,::-,a,)

um

a seguinte

a,

A,

...

aj;

...

O

Go

ce

MG

ce

Gym

O, | do

Go

tt

do;

***

Gon

O, |

O

o

ce

Qi;

te

Cn

An |

Un

Gna

An;

*ºº

Ann

|

onde a;,;E É, para

seja

e consideremos

ct

conjunto

táboa

finito

l

2,j= 1,2,::.,n. Pondo-se a;xa,; = a;; obtém-se uma

operação * sôbre o conjunto E. Certas propriedades desta operação podem ser deduzidas por um simples exame da táboa acima: 1) a operação + é comutativa

simétrica

em

se, e somente

relação à diagonal principal

se, esta táboa é

(a,,,0,9,º**,Gnn);

2) a, é o elemento neutro para a operação + se, e sômente se, a linha i-ésima é igual à linha fundamental e a coluna i-ésima é igual

à coluna

fundamental;

3) o elemento a, comuta com todos os elementos de E se, e somente se, a linha i-ésima é igual à coluna i-ésima. sôbre

No entanto, a validade

simples

inspeção

convém observar que nada se pode concluir ou não da propriedade associativa por uma

desta

táboa.

Para

mostrar

que a operação

+

é associativa temos que calcular todos os produtos (a;xa;,)xa, e a;w(a;*a,) e verificar se êles são iguais; é necessário, portanto, calcular 2nº compostos de três têrmos cada um. DEFINIÇÃO

6 - Diz-se

que uma

operação

+, sôbre um con-

junto E, define uma estrutura de semi-grupo sôbre E ou que E é um semi-grupo em relação à operação x se, e sômente se, o seguinte axioma estiver verificado

54

G1 (propriedade associativa): quaisquer que sejam E, tem-se (CHDHZ = LAY HZ).

em

Para

indicar um

semi-grupo devemos

usar

x, ye

uma

z

notação

que destaque o conjunto E e a operação + considerada sôbre E, por exemplo, (E,x) e, neste caso, fica subentendido que o exioma Gl está satisfeito; portanto, devemos dizer «considere-

mos o semi-grupo (E,x)» ou «seja (E,*) um semi-grupo». Em geral, indica-se o semi-grupo com a mesma letra que indica o conjunto dado e diremos «seja E um semi-grupo em à operação +» ou «o conjunto E é um semi-grupo

relação para a

operação x». Quando a operação + está fixada sôbre o conjunto E

e

quando

simplesmente,

esta

operação

verifica

o

axioma

«o conjunto E é um semi-grupo»

Gl,

diremos,

(suprimindo-se,

portanto, a referência à operação « e o fato que Gl é verdadeiro). Se a operação fixada sôbre E fôr a multiplicação ou a adição diremos, respectivamente, que E é um semi-grupo mul-

tiplicativo ou aditivo. Se E é um semi-grupo em relação à operação * e se esta operação é comutativa, dizemos que E é um semi-grupo comutativo. As denominações semi-grupo multiplicativo necessitam O

que

dissemos

acima

de

monóide

e grupo

truturas

junto é um

DEFINIÇÃO monóide

G1 E, G2 mento

uma em

axiomas

relação

uma

operação

operação

verificados

x

associativa):

tem-se

(THAZ = XH(YAZ);

(existência

x

em

do elemento

E.

aplicado para

de monóide

(propriedade

e tal que

para todo

à

será

aditivo

não as

es-

que serão definidas mais adiante.

estrutura

estão

comutativo

também

7 - Diz-se que

E, define

seguintes

z em

comutativo e semi-grupo ser explicadas.

se, e

quaisquer

neutro):

+, sôbre um con-

sôbre E

ou que

somente

que sejam

existe

em

E

E

se,

os

x,y um

e

ele-

Xke=7=e*

Portanto, um monóide é um semi-grupo que possui elemento neutro. Se E é um monóide em relação à operação + e se esta operação é comutativa, dizemos que E é um monóide comutativo. As denominações «monóide multiplicativo», «monóide aditivo», «monóide multiplicativo comutativo» e «monóide aditivo comutativo» não necessitam ser explicadas.

55

Exempro

plicação

1 - Às

operações

sôbre o conjunto

usuais

de

adição

e

de

multi-

N dos números naturais são associa-

tivas, comutativas e têm elementos neutros que são, respectivamente, O e 1. Portanto, o conjunto N dos números naturais é um monóide comutativo tanto em relação à aaição como em relação à multiplicação. ExempLo 2 - O mesmo vale para o conjunto Z dos números inteiros ou o conjunto Q dos números racionais ou ainda o conjunto R dos números reais.

ExempLo

3 - Consideremos

sôbre

o conjunto

2Z

de to-

dos os inteiros pares a operação usual de multiplicação; notemos que, de fato, obtém-se uma operação pois o produto de dois números inteiros pares é par. Esta operação é associativa e comutativa mas não tem elemento neutro; portanto, só podemos afirmar que 2Z é um semi-grupo comutativo em relação à multiplicação. ExempLo 4 - Consideremos o conjunto N* de todos os números naturais não nulos e coloquemos, por definição, axb=a? para todo par ordenado (a,b) de elementos de N*. Fica-assim definida uma operação sôbre o conjunto N*, chamada potenciação e é fácil ver que ela não é associativa, não é comiutativa e não tem elemento neutro. ExempLo

5 - Seja

E

um

conjunto

e consideremos o con-

junto P(E) de tôdas as partes de E; a aplicação (X,Y) > XNY, de PE)XPE) em (E), é uma operação sôbre (E), deno-

minada intersecção. Conforme o teorema 2 do Capítulo I, esta operação é associativa, comutativa e tem elemento neutro, que

é a parte E, pois

mutativo

em

XNE=X;

relação

portanto, DE)

à operação

de

é um monóide co-

intersecção.

ExempLo 6 - O mesmo vale para a operação de reunião (X,N)» XUY definida sôbre P(E); neste caso, o elemento neutro é a parte vazia, pois XUD=X. Portanto, a operação de reunião define uma estrutura de monóide comutativo sôbre o

conjunto N,

(E).

ExempLo 7 onde mdc(a,b)

é uma ximo

operação

A aplicação (a,b-»mdc(a,b), de NXN em indica o máximo divisor comum de ã e b,

sôbre

divisor comum.

N

Esta

que

é denominada

operação

operação

é associativa,

pois

de má-

pode-se

56

demonstrar quaisquer

que

comutativa

para

que mdc(mdc(a,b), c) = mdc(a, mdc(b,o)), sejam

e como

os números

todo número natural

tro

desta

operação.

naturais

a, resulta que

Portanto,

a operação

comum define uma estrutura de monóide conjunto N dos números naturais.

ExempLo vo

em

relação

a, b

mdc(a,0)=a

8 - Análogamente,

N

é um

0

e c; também

é

é o elemento neu-

de

máximo

divisor

comutativo

monóide

à operação de minimo múltiplo (a,b)-> mme(a,b).

sôbre

o

comutati-

comum

ExempLo 9 - À aplicação (a,b)-» mdc(a,b), de ZXZ em Z, onde mdc(a,b) indica o máximo divisor comum positivo de aeb, é associativa e comutativa mas não tem elemento neutro;

portanto, tativo

só podemos

em

relação

afirmar

à operação

que

de

Z

é um semi-grupo comu-

máximo

divisor

comum.

ExempLo 10 - Seja E um conjunto e indiquemos por M=EF o conjunto de tôdas as aplicações de E em E; a composição de aplicações fp fog é uma operação sôbre M, que é associativa (teorema 6, Capítulo I) e tem elemento neutro (exemplo 41, Capítulo 1) que é a aplicação idêntica Ig; do conjunto E. Portanto, M é um monóide em relação à operação de composição. A táboa da operação de composição sôbre M no caso em que E=t(0,1) está dada no exemplo 41 do Capítulo I e já vimos que não é verdadeira a propriedade comutativa. Com base neste exemplo pode-se demonstrar que se E tem mais de um elemento,

então a operação ab, guinte

ExempLo

de composição

11

sôbre

- Consideremos

e definamos

uma

um

operação

M

não

conjunto

é

comutativa.

E=(ta,b),

x, sôbre E, por

meio

com

da se-

táboa “lab ala

ob

bib Verifica-se,

facilmente,

mutativa

e que

a

monóide

comutativo

que

esta

a operação

é seu elemento em

relação

é associativa,

neutro. Portanto,

a esta

operação.

E

é

co-

é um

57

DEFINIÇÃO 8 - Seja * uma operação sôbre um conjunto E e seja A um subconjunto de E. Diz-se que 4 é fechado em relação à operação + se, e sômente se, x+yEA quaisquer que sejam x ey em A. Se A é fechado em relação à operação +, então, a restrição de + à parte AXA4A de EXE é uma operação sôbre A, que é denominada operação induzida sôbre A pela operação

*. Em

geral, quando

chada em relação por * mesmo.

a parte

A

à operação

está fixada e quando

+, indica-se

4

é fe-

a- operação induzida

ExempLo 12 - O conjunto 4 de todos os múltiplos de um inteiro dado m é fechado em relação à adição e à multiplicação definidas sôbre o conjunto Z dos números inteiros. ExempLo 13 - O subconjunto de Z, formado por todos os inteiros impares é fechado em relação à multiplicação mas não é fechado em relação à adição. ExempLo 14 - Consideremos a plo 10 e seja E, uma parte de E; o mado por tódas as aplicações f:E-» x em E,, é fechado em relação à

ExempLo

operação definida no exemsubconjunto 4, de M, forE tais que jf(x)=x, para todo composição de aplicações.

15 - Seja * uma operação definida sôbre um con-

junto E; as partes E e Q são fechadas em relação à operação *. Se esta operação tem elemento neutro e, então a parte (e) também é fechada para a operação +.

EXERCÍCIOS 1. Mostrar que

a operação

usual

junto Z dos números inteiros, não tro e não é comutativa. 2. Mostrar

que

a

operação

de subtração,

é associativa, usual

de

divisão,

definida

não

tem

definida

sôbre

o con-

elemento neusôbre

o con-

junto Q* de todos os números racionais não nulos, não é associativa, não é comutativa e não tem elemento neutro. 3. Sejam a e b dois X+*y=ax+by, quaisquer que

inteiros dados e sejam x ey em

coloquemos por definição Z. Determinar condições

sôbre a e b para que esta operação satisfaça uma das seguintes condições: a) associativa; b) comutativa; c) associativa e comutativa; d) tenha elemento neutro; e) defina uma estrutura de monóide comutativo sôbre Z.

58 4. Verificar quais guintes

a)

operações

dos axiomas

definidas

xxy=2EVy+ALY;

b o) D)

Gl e G2 estão satisfeitos para as se-

sôbre

o conjunto

R

dos

números

reais:

anterior

são

comutativas?

xey=x+y-l; veyamar(x,Yy); xvey=min(ãr,y); 3

e)

Ly

O

=Vx3+93;

xuey=Vxl+y?;

g)

xwy=Izilyi.

5. Quais

das

6. Verificar

junto R, axioma

+

operações quais

de todos Gl

ou

G2

das

do

exercício

seguintes

os números

operações,

reais positivos

definidas

e não

sôbre

nulos,

o

con-

satisfazem

o

ou são comutativas:

b) TeU= po)

oO)

xey=2+2/x+y+2Vy+2Vxy;

d) rey=i El e) junto

xxy=Vx2+12.

7. Consideremos as operações «, É, P e 1, definidas sôbre o conjunZ dos números inteiros, por aab=a+b-ab,

ayb=2a+b,

ajb=a+b+ab,

alb=a+b?,

quaisquer que sejam a e b em Z. a) Verificar quais destas operações são associativas ou comutativas. b) Verificar quais destas operações têm elementos neutros. c) Mostrar que as operações a e f definem uma estrutura de monóide comutativo sóbre Z. 8. Consideremos

a operação

x,

definida

sôbre

zio E, por xxy=x, quaisquer que sejam x ey esta operação é associativa. b) Mostrar que esta se,

tem

e sômente

elemento

se,

E é um

neutro

conjunto

unitário.

se, e sômente

se, E

um

c) Mostrar

é um

conjunto

não

va-

em E. a) Mostrar que operação é comutativa que

conjunto

esta operação

unitário.

9. Estabelecer resultados análogos aos do exercício anterior para a operação x definida por xxy=Yy, quaisquer que sejam x e y em E. 10.

Seja

E=4a,b)

um

conjunto

com

dois

elementos

distintos

a

e

b. a) Determinar tôdas as operações sôbre E e construir as respectivas táboas. b) Determinar tôdas as operações associativas sôbre E. c) Determinar tôdas as operações comutativas sôbre E. d) Determinar tôdas as

operações

associativas

e

comutativas

sóbre

E.

e)

Determinar

tôdas

as estruturas de monóide sôbre E. f) Tôda estrutura de monóide sôbre E é comutativa? g) Tôda operação sôbre E que admite elemento neutro define um estrutura de semi-grupo sôbre o conjunto E?

59 11. Seja a) Determinar

E=te,a,b) um conjunto com três elementos distintos. as táboas de tôdas as operações sôbre E que admitem e

como

neutro,

elemento

dispondo

êstes elementos

na ordem

e, a, b. b)

De-

terminar tôdas as operações comutativas sôbre E que admitem e como elemento neutro. c) Quais destas operações definem uma estrutura de monóide sôbre E? 12. um

Determinar

conjunto

finito

o número e não

de operações

que

se podem

definir sôbre

vazio.

13. Determinar o número de operações comutativas definir sôbre um conjunto finito e não vazio.

que se podem

14. Supondo-se que a operação x, sôbre um conjunto E, seja associativa e comutativa, mostrar que (justificar tôdas as passagens e não omitir parêntesis): a) axbxo) = bx(a%0); b) axbro=bem+c; c) (asbxaccxd) = de(Cx(Dxa); onde a, b, c e d são elementos quaisquer de E. e seja

15.

Seja

4

o

=X+*(yx*2),

relação

x

16. Seja vazio

E;

se,

axx=xxa, elementos

operação

centrais

operação

associativa

+ uma

um

todo

x

de

E,

4

se,

(A XD quaisquer

que

sejam

a,

bc

1.2 - ELEMENTOS junto

tro

y e Z em

em

E.

um

E. Mostrar

induzida a, em

que

sôbre

definida

de

E,

Mostrar

é fechado

conjunto

x, de E, tais

associativa

elemento

é

que

não que

é fechado

A

é associativa. um se,

o conjunto

relação

E

4

sôbre

central

vazio

(L+Wx2=

à operação

em

conjunto e

4,

somente de

x

todos

e que

a

é comutativa.

operação elemento

e comutativa

sôbre

elementos

a operação

operação

sôbre

tenha

os

sejam

que

para

17. Seja esta

que

* uma

definida

todos

x e que

diz-se

induzida

operação de

quaisquer

à operação

não os

uma

conjunto

sôbre um conjunto neutro

e.

e sômente

E

Demonstrar

e suponhamos que

a operação

que x

é

se,

(Cd) =(dHCDHA), e

d

em

E.

SIMETRIZÁVEIS

DEFINIÇÃO 9 - Consideremos uma operação x sôbre um conE e suponhamos que esta operação tenha elemento neu-

e. Diz-se

que um

elemento

a

de

E

é simetrizável para a

operação x se, e sômente se, existe um elemento

axa =e=axa

a” de

E tal que

(4).

Se a operação + está fixada e se um elemento a, de E, é simetrizável para a operação * diremos, simplesmente, que a é simetrizável. Por exemplo. o elemento neutro e é simetrizável. Indicaremos por UE) o conjunto de todos os elementos simetrizáveis' para a operação x, notação esta que é

substituída por U(E) quando a operação + está fixada sôbre E.

60

TEOREMA 2 - Se a é um elemento simetrizável de um monóide (E,+), então existe um único elemento x em E tal que

aut=e=7xa

Com

(5).

efeito, de acôrdo com (5) e (4), temos A =04C=A HART)=(d AMET =EHT=T;

portanto, a =x. tão

E

Se a é um elemento simetrizável do monóide (E,+), eno único elemento a” de E tal que (4) seja verdadeira é

denominado

simétrico de

a

para a operação

w ou simétrico de

a em relação à operação x. Quando a operação + está fixada costuma-se suprimir a referência à operação e se diz que a é o simétrico de a. Se a operação + não é associativa, então

o teorema

2 não é, em

geral, verdadeiro

(ver o exercício

18).

Se E é um monóide multiplicativo, então um elemento simetrizável a, de E, é denominado elemento inversível e seu

simétrico

a” é chamado

inverso de a ou inverso multiplicativo

de a e é indicado por a! (leia-se: a a potência menos 1) e esta notação será justificada mais adiante quando introduzirmos

o conceito é, então,

Se E é um

de potência

escrita

sob

monóide

to simetrizável

com

a forma

expoente

negativo;

a fórmula

aq!=1=ala

(4)

(6).

aditivo, então o simétrico

a” de um elemen-

a é denominado oposto de a ou inverso aditivo

de a e é indicado por -a (leia-se: menos a ou oposto de a) e temos

a+(-0)=0=(-a)+a

TEOREMA

de um

monóide

3 - Sejam

a

(E,%). Temos:

e

(7).

b dois elementos simetrizáveis

1) se a é o simétrico de a, então a” é simetrizável e seu simétrico é o próprio a; 2) axb é simetrizável e seu simétrico é b'xa”, onde a e b' são, respectivamente, os simétricos de a e b. DEMONSTRAÇÃO 1) Por hipótese temos

axa '=e=a'wa,

logo, de acôrdo

com

a definição 9 aplicada ao elemento a”, resulta que a” é simetrizável e que o simétrico de a é o próprio a: (a) =a (8). 2) Por hipótese, temos axa '=e=a'xa e bwb'=e=b'xb, logo, de acôrdo com a propriedade associativa da operação x. temos

(asb)e(b wa) =((axbeb)xa =(axbeb))ea' =(arexa =axa'=e

61

e

(b xa) x(asb=((bea)xa)sb=(be(a +a)sb=bxg)ab=b'wb=e;

portanto, No

axb

é simetrizável

e seu

simétrico

é

(awb) =b'wa'

caso

da

mostra quese

a

são inversíveis

notação multiplicativa, e

b

são inversíveis,

e

b'xa”,

isto

é,

(9.5

o teorema anterior nos

então

a!

e

ab também

(ay! =a

(10),

(ab)! =b!al Na

notação

aditiva,

temos

e quaisquer

que

Se o monóide pode

ser

convém geral,

sejam

(-0)=q

(12),

«(4 +b) = (-b)+(-a)

(13),

elementos

E é multiplicativo

escrita

observar quando

os

sob

(11).

simetrizáveis

e comutativo,

a

e

b

de

E.

a fórmula (11)

a forma

que

(ab) =alb”

esta propriedade

a multiplicação

não

é verdadeira,

não é comutativa

24). Anãlogamente, se o monóide E é aditivo fórmula (13) pode ser escrita sob a forma

(14); em

(ver o exemplo

e comutativo,

«(a +b) = (-0)+(-b)

a

(15).

COROLÁRIO - Se E é um monóide em relação a uma operação * e se U(E) é o conjunto dos elementos simetrizáveis de E, temos

a) ecU(E); b) U(E) é fechado em relação à operação x; c) o simétrico de todo elemento de U(E) pertence a U(E). Portanto, a operação induzida por * sôbre U(E) define uma

estrutura

propriedade em

relação

de

monóide

c), ou seja, todo à

operação

sôbre

U(E)

elemento

induzida.

e

vale,

de U(E)

Conforme

estas condições caracterizam a estrutura de bém a parte final de 83.2 do Capítulo J).

além

disso,

a

é simetrizável

veremos

grupo

no

(ver

81.3

tam-

ExemrLo 16 - Todo elemento do conjunto Z dos números inteiros é simetrizável para a adição e vale a fórmula (15) quaisquer que sejam «a e b em Z. Os únicos elementos de Z que são simetrizáveis para a multiplicação são

temos U(Z)=Z

e U(Z)=(-1,1).

-1

e 1. Portanto,

62

ExempLo

exemplo

17 - Considerando-se o monóide P(E)- definido no

5, temos

U,(P(E))=(E).

nido no exemplo

6, temos

Para o monóide

(E)

U(P(E))=t(D+>.

defi-

ExempLo 18 - Consideremos o monóide M definido exemplo 10. Conforme a definição 9, um elemento f de

no M,

ou seja, uma aplicação f:E-—- E, é simetrizável para a operação de composição o se, e somente se, existe uma aplicação

f:E-—E

tal que

fof'=Ig=f'of;

portanto, de acôrdo com o teorema 10 do Capítulo I, f é simetrizável se, e sômente se, f é uma permutação do conjunto E. Neste caso, o simétrico f' de f para a operação de com-

posição

o é

a

aplicação

recíproca

de

f: f'=f'.

Fica

assim

demonstrado que o conjunto dos elementos simetrizáveis do mo-

nóide (EE,o) coincide com o conjunto S(E) das permutações de E. TEOREMA

um

monóide

b

de

a

e

1) se

b

2) se

a

b;

b

são

4 - Sejam

(E,+w); temos:

a e b dois elementos

é simetrizável, e

b

são

permutáveis.

então

a

comuita

simetrizáveis,

então

permutáveis com

de

o simétrico

seus

simétricos

DEMONSTRAÇÃO

1) Temos a4b =(ex0)4b =((b'wb)xa)+b =(bw(bwa))xb' =(bw(axb)xb' = =bw(aw(bxb)=bw(axe)=bxa; portanto, a e b'” são permutáveis. 2) De acôrdo com permutáveis, logo,

são

a primeira parte temos aplicando-se novamente

que êste

a

e b mesmo

resultado para b e a, concluímos que a” e b' são permutáveis. Pode-se verificar a parte 2) do seguinte modo: a'xb =(bea) =(a4b)/ =b'xa'; portanto, a” e b” são permutáveis. de

TEOREMA 5 - Se a e b são dois elementos um monóide (E,x) e se b é simetrizável, então

único elemento yeb=a). onde

Por

x

(resp., y),

de

E,

DemonstrRAÇÃO - Considerando-se b' é o simétrico de b, temos xe

tal

o

que

e

quaisquer existe um

bxx=a

elemento

bex=be(b+ea)=(beb)xa=exa=a. outro lado, se x,eE é tal que bxx,=a, temos

(resp.,

x=b'xa,

,

63

cxi=exx=babar,=b'e(bex)=bxd=%; portanto x é único. Verificação completamente o caso de yxb=a; notemos, simplesmente, que

análoga para y-axb.

Se E é um monóide comutativo e se a e b são dois elementos quaisquer de E, com b simetrizável, então, existe um único elemento x, de E, tal que bxx=a=xxb e temos

c=b'sa=axb, onde b” é o simétrico de b. Este elemento x=b+a=axb recebe denominação especial conforme o símbolo usado para indicar a operação (comutativa) definida Assim, no caso da notação multiplicativa, o único

sôbre E. elemento

indicado

por defi-

x

tal que

por

nição

Em

brx=a

é denominado

a/b

particular,

(leia-se:

a sôbre

quaisquer

que

que

a

por

temos,

b

e é

temos

sejam

p=1

a

e

b

a divisão

é,

em

(a,br>alb,

notemos

b); portanto,

4 “abi.

b-p=b,

cação

quociente de

de EXU(E)

e

em

p=,

E,

com

em

E,

geral,

b inversível.

é denominada

uma

operação

amplo (ver a 2.2 observação do 81.1), pois, em geral,

no

A

apli-

divisão; sentido

U(E)zE.

No caso da notação aditiva, o único elemento x tal que b+x=a é denominado diferença entre a e b e é indicado por a-b (leia-se: « menos b); portanto, temos por definição a-b=a+(-b). Em particular

b+(a-b=a,

quaisquer

que

sejam

aplicação (a,b->»a-b,

ção notemos que sentido amplo.

a

a

b-b=0

e

b

em

de EXU(E) subtração

e

E,

em

é, em

0O-b=-b,

com

b

simetrizável.

E, é denominada geral,

uma

A

subtra-

operação

no

DEFINIÇÃO 10 - Diz-se que um elemento a de um semigrupo (E,x) é regular à esquerda (resp., à direita) para a operacão x se, e sômente se, está verificada a seguinte condição: quaisquer que sejam x eyem E, seaxx=axy (resp., x*xa=yxa), então x=y (resp. x=vy). Um elemento regular à esquerda e a direitaé chamado, simplesmente, elemento regular.

Conforme

veremos na parte de exercícios dêste parágrafo

um elemento pode ser regular à esquerda e não regular à direita ou regular à direita e não regular à esquerda (ver os exercícios 44 e 45).

64

TEOREMA

6 - Todo elemento simetrizável de um monóide

(E,*) é regular para a operação +.

Com efeito, seja a um elemento simetrizável e sejam x e y dois elementos quaisquer de E tais que axx=asy; temos

T=0HX=( ADELA RARO =A WARYy=(a 4M)4y=ery=Y

portanto,

a é regular

à esquerda.

Analogamente demonstra-se

que a é regular à direita. Um celável

elemento e

a

regular também

condição

dada

lei restrita do cancelamento ExempLo

dos

números

na

definição

à esquerda

19 - Consideremos

inteiros,

é chamado

o número

elemento

2,

10

can-

denominada

(resp., à direita).

o monóide

O

é

É

não

multiplicativo

é regular,

pois,

Z

por

exemplo, 1.0=2-0 e 142. Por outro lado, todo número inteiro não nulo é regular para a multiplicação. Este exemplo nos mostra que, em geral, existem elementos regulares que não

são simetrizáveis.

EXERCÍCIOS 18. Consideremos a operação + definida seguinte táboa (já obtida no exercício 11):

a)

e não

conclusão

não

Mostrar

que

é associativa. b) Mostrar que do

teorema

esta

o

operação

elemento

2 não

é, em

é comutativa,

a

tem

geral,

dois

sôbre

tem

E=te,a,b)

elemento

simétricos

verdadeira

para

pela

neutro

(portanto, uma

a

operação

associativa).

19. Consideremos a operação + definida seguinte táboa (já obtida no exercício 11):

sôbre

a a e a) Mostrar que esta operação éé comutativa, tem

e não

é associativa. b) Verificar que

único

simétrico.

todo

elemento

de

E

E=te,a,b)

elemento

é simetrizável

pela

neutro

e admite um

a)

c) Mostrar

que

a parte

2) do

uma

operação

teorema

3 não

é

verdadeira

para

esta operação. 20. Diz-se

Seja

que

*

um

elemento

(resp.,

à

(resp.,

xxe'=x)

*

tem

direita)

para

para

elemento

então,

e=e'.

* admite neutro

Nas

único

à direita.

esta

e)

sôbre

de

E

operação

x

em

e

neutro

Examinar

as

conjunto

se,

e

que

elemento

neutro

à

esquerda acima

e um

para

vazio

E.

à esquerda

se,

exx=x

a

operação

se

anterior, mostrar

noções

não

neutro

somente

a) Mostrar e

da parte

um

é elemento

+

E.

à esquerda

condições

elemento

c)

definida

(resp...

todo

neutro

b)

um

e

à direita

que

e”,

a operação

único

elemento

a operação

usual

de

subtração definida sôbre o conjunto Z dos números inteiros. d) Fazer o mesmo para a operação de potenciação (a,b) > a? definida sóbre o conjunto

N'*

ção

definida

.1,

direita

dos

e que 21.

números

no

não

admite

Determinar

para

as

operações

para

a operação

cício

6.

naturais

exercício

7

elemento

e

|)

nulos.

um

neutro

os elementos

a

não

admite

e)

no

que:a

elemento

opera-

neutro

à

à esquerda.

simetrizáveis

definidas

Mostrar

único

e os elementos

exercício

regulares

7.

22. Determinar os elementos simetrizáveise os elementos regulares 23.

Fazer

definida

na

o mesmo

parte

para

e) do

exercício

a operação

4.

definida

24. Mostrar que o conjunto dos elementos (E,+x) é fechado em relação à operação x.

na

parte

e)

do

exer-

regulares de um monóide

1.3 - GRUPOS

DEFINIÇÃO

conjunto

G,

somente

se, Os

G1 e

z em

11 - Diz-se

define

uma

seguintes

(propriedade G,

que

uma

operação

estão

verificados

estrutura

axiomas

associativa):

de

grupo

quaisquer

+ sôbre

sôbre

que

um

G

se,

e

sejam

x,

y

tem-se

(THYHZ = LAY AZ); G2 (existência do elemento e tal que para todo x em G;

G3: para x

+,

em

G

tal que

todo

elemento

neutro):

existe

em

G

um

Xke=T=e*%,

elemento

x

de

G

existe

um

elemento

XHX =e=% x.

Portanto, um grupo: é um monóide G que possui a propriedade: todo elemento de G é simetrizável. Se usarmos a notação multiplicativa ou aditiva para a operação de um grupo diremos, respectivamente, que o grupo é multiplicativo ou aditivo.

66

Se G4:

y em

a operação

* de

(propriedade

um

G, tem-se

diremos Em

que

é um só

grupo

usaremos

operação de um grupo ExempLo

G

satisfaz

quaisquer

o axioma: que

sejam

x

e

indicar

a

XHY=UAZ;

G

geral,

grupo

comutativa):

G

20 - A

comutativo a notação

ou

abeliano.

aditiva

para

quando esta operação fôr comutativa.

operação

usual

de

adição

estrutura de grupo comutativo sôbre o conjunto

inteiros. O mesmo Q ou R.

Z

define

uma

dos números

vale para a operação usual de adição sôbre

ExempLo 21 - A operação usual de multiplicação não define uma estrutura de grupo sóbre o conjunto Z dos números inteiros, pois somente 1 e -1 são inversíveis. Exempro 22 - A operação usual de multiplicação define uma estrutura de grupo comutativo sôbre o conjunto Q* dos números racionais não nulos. Obtém-se, analogamente, o gru-

po comutativo

(R*,.).

ExempLo 23 - Consideremos o conjunto U(E) dos elementos simetrizáveis de um monóide (E,x); conforme a parte b) do corolário do teorema 3, a operação * induz uma operação sôbre U(E), que é associativa, tem elemento neutro e satisfaz o axioma G3 (parte c) do mesmo corolário). Portanto, U(E) é

um grupo em relação à operação operação de E; o grupo (U(E),*)

induzida sôbre U(E) pela é denominado grupo dos

elementos

(E ,x).

simetrizáveis

do

monóide

ExempLo 24 - Consideremos o monóide (M,o) definido no exemplo 10, onde M=EF é o conjunto de tôdas as aplicações de um conjunto não vazio E em si mesmo; conforme

vimos no exemplo 18, o trizáveis de M coincide

conjunto U(M) dos elementos simecom o conjunto S(E) de tôdas as

permutações de E. O exemplo anterior nos mostra que (S(E),o) é um grupo, que é denominado grupo das permutações do conjunto E ou grupo simétrico do conjunto E. No caso particular em que E=t1,2,..,n) indica-se S(E) indicado por

pela

notação f=

S,

1

2

a;

A,

e um n ...

Cm

elemento ,

f

de

S,

é

67

onde é um

a;=J(i) para 1=1,2,:..,n. conjunto finito e tem n! No caso particular em

CNo rWN

(123. n=(4 3)=le» “a = (4 A táboa

3) 9)

do grupo

ainda

Ja

fs

E

hlh felfo

fo fa

fa ho

fa fo

fo fo

fe fa

fs

fi

Jo

fe

Ja

Ê

falta fofo felfe

fe fa fa

fo fa bo

ho h fh

que

f,

e

a

f,,

S,

são

de

é a seguinte

fa

Jaofs=);

S,

(128 1)efe-lo 1 3):

(S,,0)

S, não

que

(125 do=lg 4 o)

fo

o grupo

as permutações

elementos

fi

J

Observemos

os

123 b=Aa o

da operação

que

n=3,

123 bolo 3 9)

o|

Notemos

que

Pode-se demonstrar elementos.

fa to fe fh ht

é comutativo, e

foofa=fo.

fórmula

(14)

não

pois, por exemplo, é verdadeira

para

pois

(ao fg)! =) =, sofa)! = De

acôrdo

com

o teorema

> =J,6, todo elemento

de um

grupo

(G,*) é regular para a operação x, portanto, valem em G as leis do cancelamento à esquerda e à direita: quaisquer que sejama, Seja

que G,

vxeyem

G, se axx=axy

G

grupo

um

U(G)=G é agora uma

Analogamente, aplicação minada

resulta

multiplicativo sôbre

se

um

G

(a,b-r>a-b

é é

uma

G, grupo

então

e abeliano;

que a aplicação

operação

subtração.

ou Xxa=yxa,

x=Yy.

notando-se

(a,bb-» 7, de GXG

que

é denominada

aditivo

operação

sôbre

e

comutativo, G,

que

em

divisão. a

é deno-

68

EXERCÍCIOS 25. Mostrar 4, define

uma

26.

Seja

definida sôbre à operação

que

G

um

G,

por

28.

+,

grupo

multiplicativo

axb=ba.

então, as

táboas

Verificar

é o único

que

se

um

30.

estrutura

das

operações o

elemento

x

'de

que

se

G

de

R.

é um

Se

então

G

G

é um

e) do

exercício

a operação

x,

grupo em relação

tal que

é um

grupo

grupo

de

tem

no

sôbre

G

máximo é

quatro

comutativa.

grupos.

unidade

G

é abeliano.

G

grupo

dêstes

que

de

um

grupo

multiplicativo

xx=z. multiplicativo

elementos,

multiplicativo

1,4 - SEMI-GRUPOS vos

parte

G

conjunto

tôda

elemento

29. Mostrar

G,

na sôbre

e consideremos

Mostrar que

G é finito e com um número par mento a, de G, tal que a=qt.

em

definida

comutativo

x.

elementos,

G

de

grupo

27. Demonstrar Construir

a operação

estrutura

e

se

e

então

se

o

conjunto

existe

xx=1,

para

um

ele-

todo

x

ORDENADOS

Neste parágrafo só consideraremos semi-grupos: comutatie usaremos sempre a notação aditiva.

Em alguns casos estão definidas duas estruturas sôbre um mesmo conjunto e se impõe, então, alguma lei que relacione estas estruturas. Por exemplo, sóbre o conjunto Z dos números inteiros está definida uma relação de ordem < e uma estrutura de grupo dada pela operação usual de adição; estas estruturas são compatíveis no seguinte sentido: se x1),

demonstrou-se

composto

mostrou

um

os números

é composto;

Fermat

em

números

cada fator

que

eletrônicas.

de

inteiro,

primeiros

examinado

quinas

conjetura

demonstrou,

641;

clui-se dêste

que Euler

conhece-se

o

menor

não

se

dos

cinco

de

Fermat

um

número

conseguiu primeiros;

que

são

CAPÍTULO ANÉIS

tais: a

IV

E CORPOS

Neste Capítulo estudaremos duas estruturas fundamenanel e corpo. No 31.1 introduziremos, de um modo geral,

definição

terminado

to unidade.

de

anel

tipo

Não

mas,

desta

realmente,

estrutura:

teremos



anel

consideraremos

comutativo

com

um

de-

elemen-

ocasião de construir um anel não co-

mutativo como, por exemplo, o anel das matrizes quadradas de ordem n>1 sôbre um corpo. A noção de corpo só será definida para o que se pode chamar de «corpo comutativo»; não veremos nenhum exemplo de corpo não comutativo como o «corpo dos quatérnios» que foi construído por Hamilton

(1805-1865)

nos fins

do

século

passado.

Introduziremos tam-

bém o anel Z,, dos inteiros módulo m completando assim o estudo das congruências iniciado no 842.6 do Capítulo III. No 42 estudaremos o corpo de frações de um anel] de integridade e, em

particular,

construiremos

o corpo

Q

dos

números

racio-

nais. Terminaremos êste parágrafo com as importantes noções de característica de um anel e de corpos primos. Finalmente, no 43 estudaremos os anéis e corpos ordenados tendo em vista a construção do corpo R dos números reais que será feita no capítulo seguinte.

81 - ANÉIS 1.1

- DEFINIÇÃO

DEFINIÇÃO

1 - Seja

DE

ANEL

E EXEMPLOS

A um conjunto e suponhamos

tejam definidas, sôbre A, duasoperações

que es-

AXA—> Ae AXA DA

denominadas, respectivamente, adição e multiplicação. Diz-se que estas operações definem uma estrutura de anel sôbre o

167

conjunto A ou que o conjunto A é um anel em relação q estas operações se, e somente se, são válidos os seguintes axiomas A: a operação de adição define comutativo sôbre o conjunto A;

Ml: de

a

operação

semi-grupo

de

sôbre

D: quaisquer

muitiplicação

o conjunto

que

uma

sejam

estrutura

define

de

uma

grupo

estrutura

A;

a, be

c em 4, tem-se

(proprie-

dades distributivas da multiplicação em relação à adição) ab+roy=(ab+(ao

e

(bro=(bu-+(ca)

Para indicar um anel devemos usar taque o conjunto 4 e as operações + e A, por exemplo, (A ,+,º) e, neste caso, fica subentendido que os são verdadeiros, portanto, devemos dizer

(A,+,:)»

ou

«seja (A,+,-)

um

anel».

(1).

uma notação que des- consideradas sôbre axiomas A, Mle D «consideremos o anel

Como

as

operações

con-

sideradas sôbre o conjunto 4 serão, em geral, indicadas por + e - não há necessidade de indicá-las explicitamente e então diremos, simplesmente, «seja 4 um anel» ou «consideremos um anel 4»; neste caso, fica subentendido que estão fixadas duas operações + e - sôbre o conjunto À e que estas operações satisfazem os axiomas A, Ml e D. Para todo anel A indicaremos por 4* o conjunto dos elementos não nulos de 4, isto

é, A*= A(O).

As fórmulas

(1) serão

escritas

sob a forma

mais

a(b+c)=ab+rac e (b+roa=ba+ca, onde se faz a convenção usual de que os produtos efetuados em primeiro lugar e a seguir as somas. DEFINIÇÃO 2 - Diz-se que e somente se, estiver verificado M2:

quaisquer

(propriedade

que

comutativa

sejam

devem

ser

um anel 4 é comutativo o seguinte axioma

se,

a

e

b

em

4,

da multiplicação).

dade

DEFINIÇÃO 3 - Diz-se que um anel se, e somente se, estiver verificado

para

M3: existe um todo a em A

tiplicação).

simples

tem-se

ab=ba

4 tem elemento unio seguinte axioma

elemento 1 em 4 tal (existência do elemento

Finalmente, se um anel 4 satisfaz os diremos que A é um anel comutativo com

que a-l-=a-l-a, unidade da mulaxiomas M2 e M3 elemento unidade.

168

Se (4,+,:)

é um

anel, então

tivo

que

é denominado

finem

Repetiremos aqui, a noção de anel

grupo

(4,+)

é um

grupo

aditivo do anel A.

comuta-

Anãlogamen-

te, (4,.) é um semi-grupo (axioma M1) que é denominado semi-grupo multiplicativo do anel A. Se (4,+,-) é um anel com elemento unidade obtém-se, então, o monóide multiplicativo (A,-) do anel A.

dado

um

rações que

de

conjunto 4 e sôbre êste conjunto estão definidas opeadição

satisfazem

tos quaisquer Al: A2: AS: A4:

de modo sucinto, os axiomas que decomutativo com elemento unidade. É

e de multiplicação ab» a+b e (a,br>ab os seguintes axiomas (onde a, b e c são elemen-

de

4)

(a+b)+c= a+(b+c) a+b=b+a a+0=a a+(-0)=0 D:

M1: M2: M3:

(abjc = a(bc) ab=ba a-l=a

a(b+o)=ab+ac.

ExempLo 1 - Conforme vimos no 81.2 do Capítuto III, o conjunto Z dos números inteiros é um anel* comutativo com elemento unidade que passa a ser denominado anel dos números inteiros. É evidente que neste caso estamos considerando, sôbre o conjunto Z, as operações de adição e de mul-

tiplicação que

foram

definidas

no 81.1

do Capítulo

III.

ExempLo 2 - O conjunto 2Z dos números inteiros pares é fechado em relação às operações do anel (Z,+,-.) e é fácil verificar que as operações induzidas sôbre 2Z definem uma estrutura de anel comutativo; notemos que êste anel não tem elemento unidade. anel ções

ExempLo 3 - O conjunto Q dos números racionais é um comutativo com elemento unidade em relação às operausuais de adição e de multiplicação (ver o 82.2 dêste

Capítulo).

ExempLo 4 - O conjunto R dos números reais é um anel comutativo com elemento unidade em relação às operações

usuais

de adição

e de multiplicação

(ver o Capítulo

V).

ExempLo 5 - Seja A um conjunto unitário e indiquemos por O (zero) seu único elemento; é evidente que só existe uma única operação f sôbre A, definida por 0f0=0. Tomando-se

169

f=+=-, obtém-se uma estrutura de anel comutativo com mento unidade A=t(0:. Diz-se, neste caso, que A=t0!, estas operações, é um anel nulo.

Exempro

6 - Seja

(4,+)

elecom

um grupo comutativo e coloque-

mos, por definição, x-y=0 quaisquer que sejam x ey em A. É imediato que esta operação de multiplicação satisfaz os axio-

mas MI, M2 e D, portanto, (4,+,:) é um anel comutativo, que é chamado anel trivial. Notemos que vale o axioma M$ se, e sômente se, o conjunto 4 é unitário e, neste caso, 4 é um anel nulo. ExempLo 7 - Seja Z[/2] (esta notação será justificada no $1.6) o conjunto de todos os números reais da forma a+by2,

com

a e b inteiros. É imediato que

lação às operações de adição e de bre R e que êste conjunto é um mento unidade.

Z[V2]

é fechado em re-

multiplicação definidas sôanel comutativo com ele-

-ExempLo '8 - Consideremos o conjunto 4 de tôdas as funções reais e contínuas definidas sôbre o conjunto R dos números reais. Se f e g são dois elementos quaisquer de A definiremos f+g e f-g por

Ff+roo=fao+rgmo)

e

«(feno =fmwg(m),

para todo x em R. As funções jf+g e jg pertencem a A, pois, a soma e o produto de duas funções contínuas são funções contínuas e ficam assim definidas operações de adição e de multiplicação sôbre o conjunto 4. É fácil verificar que estão satisfeitos os axiomas Al-A4, M1I-M3 e D; portanto, estas operações definem uma estrutura de anel comutativo com elemento unidade sôbre o conjunto A. Notemos que o elemento zero de 4 é a função constante igual a zero e o elemento unidade de 4 é a função constante igual a 1. ExempLo

quatro

9 - Consideremos

elementos

multiplicação

pelas

e

definamos

seguintes

+10

a

be

010

a

b

ala

O

o conjunto

as

operações

A =t0,0,b,c:

de

adição

táboas O

a

b

c

0

c

010

0

0

cb»

ai0O

a

be

b|lb

cO0Oa

DIO

0

0

clc

baõo0

c|0

a

be

0

com

e de

170

Deixaremos

a cargo

do leitor a verificação

de que

estas

ope-

rações definem uma estrutura de anel sôbre o conjunto A; notemos que unidade.

êste

anel

não

é

comutativo

e

nem

tem

elemento

Exempro 10 - Seja X um conjunto não vazio e seja 4 um indiquemos por E= A* o conjunto de tôdas as aplicações

anel;

de X em A. Se f e g são definiremos f+g e fg por

fp)

dois

=foo+guo)

elementos

e

quaisquer

de

E,

fg) = frog),

para todo x em X. É imediato que f+rg e fg são elementos de E e ficam assim definidas operações de adição e de multiplicação sôbre o conjunto E. Verifica-se, facilmente, que E é um anel em relação a estas operações, que passa a ser denominado anel das aplicações (ou funções) do conjunto X no anei A. Pode-se demonstrar quê E é comutativo (resp., tem elemento unidade) se, e sômente se, 4 é comutativo (resp., tem elemento unidade).

EXERCÍCIOS |. Consideremos meros

inteiros,

quaisquer trar

que

que

sejam

(Z,8,0)

2.

Seja de

(ver

exercício

comutativo

um

as

dos

quer

de

ey anel

do

e

conjuntos

e

sôbre

o

conjunto

Z

dos

nú-

XOY=LXHYy—XY,

(ver o exercício com

consideremos intersecção

7 do

Capítulo

elemento sôbre

M

e

ID. Mostrar

o

de

que

IN). Mos-

unidade. conjunto

diferença

ZP(E)

das

simétrica

(P(E),A,M)

é

um

A

anel

unidade.

B

dois

anéis

4

e

se

B;

colocaremos,

e

consideremos

(a,b)

por

e

(c,d)

o

são

produto

dois

cartesiano

elementos

quais-

definição,

(a,b)+(c,)=(a+c,b+d) ta,b-(c,d) =(ac,bd).

Mostrar que

que

passa 4.

estas

a

ser

Com

as a)

e

B

mente

são se, 4

operações notações o

anel

comutativos; e

B

têm

5. Consideremos

3 3 a+by2+cy4,

definem

denominado

propriedades:

ma

Z

Capítulo

e

A

e o,

comutativo de

elemento 4

e e

em

conjunto

12

com

AXB

operações

operações

3. Sejam AXB

x

é um

E

partes o

E

as

definidas por xeyv=rx+y-l

onde

anel

do

exercício

AXB b)

o

é

AXB

e

de A

anéis

anterior, tem

se,

anel

verificar e

somente

elemento

sóbre

AXB,

e B. as

seguintes

se,

unidade

os se.

anéis e

so-

unidades.

o conjunto

b

estrutura dos

comutativo

anel

elementos

a,

uma

produto

4,

c

são

de

todos

os

números

números

reais

da

inteiros.

Mostrar

for-

que

171

A

é um

anel

induzidas números

comutativo com elemento

pelas

operações

9 satisfazem 7. Se

trar

adição

detalhadamente os

axiomas

0,,4,,::*,4,,b

que

A,

são

n

n

que Ml

8. Se de

de

em relação

multiplicação

às operações do

anel

R

dos

um

i=1

t=1

é

Diga

(ddiiem anel

4,

mostrar

as

e

f

SãO

operações

definidas

no

exem-

e D.

elementos

(Dao=Pab tos

unidade e

reais.

6. Verificar plo

de

quaisquer n

n

t=1

i=1

de

um

anel

4,

mos-

WZa)= 2a, duas

famílias

quaisquer

de elemen-

que

(Si=1 XEj=1 bj) = i=l 5 (5 a;b;) = j=1 » (5 a;b;)9=i 1=1 1.2

- PROPRIEDADES

ELEMENTARES

DE

UM

ANEL

Nesta secção daremos diversas propriedades que são consequências imediatas da definição de anel. Podemos, evidentemente, aplicar os resultados estabelecidos no 81 do Capítulo Ii para os elementos do grupo aditivo (4,+) de um anel 4 e temos as seguintes propriedades: 1) o elemento zero para a operação de adição é único (diz-se também que O é o elemen-

to zero do anel 4); nico;

3) quaisquer

2) o oposto

que

-(-)=a

4) quaisquer

que

aeb

existe

x=y

sejam

sejam

e

em

4

um

y em

da adição);

único

elemento

4,

elemento

4,

de

4

é ú-

tem-se

«a+b=(-)+(-D)

a, xe

(lei do cancelamento

de cada

a e b em

(2);

se

a+x=a+y,

xeA

tal que

5) quaisquer

que

então,

sejam

b+x=a.

O único elemento x de 4 tal que b+x=a é denominado diferença entre a e b e é indicado por a-b, logo, a-b=a+(-bD) (3); notemos que valem as igualdades b+(a-b=a, O-a=-a e a-a=0 (4), quaisquer que sejam a e bem definida sôbre 4, é denominada ção

Como todo resulta que

número valem

(a,b)r>a-b,

elemento a de 4 é simeirizável para a está definido o múltiplo de a segundo

inteiro quaiquer

as

4. A operação subtração.

seguintes

1: (ver o 81.5 do

fórmulas n(-0)=n0) =(-na,

Capítulo

adium

II) e que

(5),

172

muna) = (mma = n(ma),

quaisquer que sejam inteiros m e n.

Observemos estrutura aditiva fato

que

4

e

os

(7), (8), números

que as propriedades acima só se referem à do anel 4 e são simples consequências do

é um

grupo

comutativo.

TEOREMA 1 (Propriedades distributivas da multiplicação relação à subtração) - Quaisquer que sejam os elementos

em a,

(4,+)

(6),

(m+ma=ma+na n(a+b) = na+nb os elementos a e b de

be

c de

um

anel

e o axioma

-

e

Temos,

(b-ca=(ba)-(ca) conforme

a

(9).

definição

de

dife-

D:

ab=alc+(b-c)]=ac+a(b-c),

portanto,

dade

tem-se

ab-c)=(ab)-(ac)

Demonstração

rença

4,

a(b-c)=(ab)-(ac).

A

demonstração

distributiva

é completamente

análoga

As

(9) serão

de

fórmulas

ab-c)=ab-ac

escritas

e

da

outra

a esta.

modo

mais

(b-coa=ba-ca

proprie-

simples

onde se faz a convenção usual de que os produtos devem efetuados em primeiro lugar e a seguir as diferenças. de

COROLÁRIO - Quaisquer um anel 4 tem-se

(-ab=-ab)=a(-b)

Demonstração fórmula (4), temos e

o que

termina

com

temos

a

- De

e

acôrdo

os

elementos

a

ser e b

(11)

(-ax-b=ab

com

(10),

(12).

o teorema

anterior

e a

a-0=a(0-0)=(a-0)-(a.0)=0 O.a=(0-0)a =(0-a)-(0.a)=0, a verificação de (11). Por outro lado, de acôr-

parte

anterior,

a

fórmula

(4)

e

o

teorema

acima,

cab =(0-a)b=(0-b)-(ab) = 0-(ab) = -(ab)

e

a(-b=a(0-b)=(a-0)-(ab) = O-(ab) = -(ab);

finalmente,

gras

sejam

a-0=0=0-a

e

do

que

É

(-aX-b)

As

propriedades

dos

sinais.

TEOREMA



(12)

-[a(-b)]

são

— -[-(ab)]

= ab

conhecidas

.

É

sob o nome

2 - Num anel 4, vale a seguinte (no)b = n(ab) = a(nb)

de re-

propriedade (13),

173

quaisquer

que

sejam

a e b em A e para todo número

Demonstração dadeira

para

n=0

- Observemos em

virtude

da

que

a fórmula

definição

inteiro n.

(13) é ver-

de múltiplo

de um

elemento segundo o número natural zero e da fórmula (11). Suponhamos que n>0 e que a fórmula (13) seja verdadeira

para

n-1;

temos

(na =[(n-1)a+alb = [(n- Dalb+ (ab) = (n-— 1Xab)+(ab) = n(ab) anb)=al(n-1)b+b]=al(n-Db]+cabb=(n-1Xab+(tab=n(ab),

portanto,

conforme

o

primeiro

princípio

de

indução

À

finita,

a

fórmula (13) é verdadeira para todo número natural n. Finalmente, se n0; de acórdo com a definição de múltiplo de um elemento segundo um número inteiro negativo, anterior, temos

de

acôrdo

com

a

regra

dos

sinais

e o caso

(nob = [(-pjalb =[-(pa)Jb = -[(pa)b] =-[p(ab)] = (-pyxab) = n(ab) amb) = al(-p)b] = al-çpb)] = -[açpb)] = -[ptab)] = 1) é re-

e sômente

se, a e m são primos

2 - Todo elemento regular do anel Z, (m>1) se

existem

vem,

não

restos

a multiplicação

COROLÁRIO Com

acima

classe

COROLÁRIO gular entre

tem

lI0, temos mim” e m'Im, logo, m'=+m, de onde vem,

m'=m,

pois m

e m' são positivos.

Precisamos

a) e b) podem

mostrar,

por

efetivamente

meio

de

aparecer.

exemplos,

que

os

casos

ExempLo 32 - Tomando-se A=Z, o homomorfismo f definido acima é a aplicação idêntica de Z e, portanto, seu

núcleo se reduz a (0). ExempLo

A=Z,m;

=n-l=7

neste

33

- Seja

caso,

m>1

um

inteiro

o homomorfismo

qualquer

f é definido

e é imediato que seu núcleo é Zm.

Baseados

no

que

vimos

acima

daremos

e tomemos

por f(n)=

a seguinte

DEFINIÇÃO 15 - Chama-se característica de um anel comutativo 4, com elemento unidade e+0, ao único número natural m tal que Zm seja o núcleo do homomorfismo

f:Z — A

definido por

f(m=ne.

209

se,

O

Portanto, o anel A tem característica zero se, e sômente é o único

número

inteiro

n tal que

ne=0;

por outro

lado, o anel A tem característica m>0 se, e somente se, m é o menor número natural não nulo tal que me=0. Os exemplos acima nos mostram que o anel Z dos números inteiros

tem

característica

zero

e o

anel Z,

(m>1)

dos

inteiros mó-

dulo m tem característica m, de onde concluímos, em particular que para todo número natural ml existe um anel que tem característica m. Destacaremos o caso a) no seguinie TEOREMA

to unidade sub-anel

27

e+0

unitário

- Se

4

é

um

ese

A

tem

de

4

é isomorfo

anel

comutativo

com

elemen-

característica zero, então, o menor ao

anel

Z

dos

números

in-

teiros.

Vejamos de que forma é o menor sub-anel unitário Ze de um anel comutativo 4 de característica m>0 e para isso consideremos a aplicação 9g:Z,, — Ze definida por g(n)=ne, onde ni indica a classe de restos módulo m determinada pelo inteiro n. É

fácil verificar que g está bem

definida,

ou seja, que

a defini-

ção de g(n) não depende do representante n da classe de restos n. Afirmamos que g é um isomorfismo de Z,, em Ze. Com efeito, é imediato que g é sobrejetora e se q e b são dois elementos quaisquer de Z,,, temos

g(ã ob) = g(a+b) = (a+bje = ae+be = g(m+g(D)

e

g(ã ob) = g(ab) = (abje = (aexbe) = g(Dg(b)

logo,

g(a=0,

g

é

um

temos

g é injetora acima.

epimorfismo;

ae=0,

e isto

mla

dêste

modo,

completa

Demonstramos,

finalmente,

logo,

e então

se

deZ,,

q==0,

é

tal

que

portanto,

a verificação da afirmação

feita

o seguinte

TEOREMA 28 - Seja 4 um anel comutativo com elemento unidade e+0 e suponhamos que a característica de 4 seja m>0. Nestas condições, temos: anel

a) Z,,

o menor sub-anel unitário dos inteiros módulo m;

b)

Ze=(0,e,2e,...,(m-1)e); inteiro

Ze,

de

qualquer

4,

é isomorfo

e se

ne=0,

ao

tão

c) sen é um número n é um múltiplo de m.

en-

um

À característica de um anel de integridade não pode ser número natural arbitrário conforme nos mostra o seguinte

210

TEOREMA 29 - A característica de um anel de integri4 ou é igual a zero ou é igual a um número natural

dade primo.

DemonstTRAÇÃO - Suponhamos que a característica de A p>0 e consideremos um divisor inteiro a>l de p, logo,

seja

p=ab, onde I0,

- a)

então

imediata do teorema Se

4

mx=0

é um

anel comutativo

de carac-

para todo x em 4. b)

um anel de integridade de característica quaisquer que sejam neZ* e ac4A*. DemonstTRAÇÃO - a) b) Temos na=ntea)=(neja,

anterior e dos

zero,

então

Se 4 é na+0

Temos mx=mtex)=(mox=0-r=0. com ne+0 e a+0, portanto, naz0,

pois 4 é um anel de integridade.

]

EXERCÍCIOS 91. Mostrar que o anel A=Z,XZ tem característica zero e que 2.(1,0)=(0,0), portanto, a hipótese feita na parte b) do teorema 28 é essencial. que

92. Seja A um anel comutativo com elemento unidade; mostrar a característica de todo sub-anel unitário de 4 é igual à caracterís-

tica

do

têm

anel

4.

Daqui

característica

nula.

93. Mostrar que tem característica zero A é infinito. 94.

Mostrar

que

resulta,

em

particular,

que

os

corpos

Q,

R

ou



um anel comutativo 4, com elemento unidade, se, e sômente se, o menor sub-anel unitário de um

anel

comutativo

tem característica m>0 se, e sómente A tem exatamente m elementos.

95. Determinar as b) ZXZ,,, O Zi, XZoa-

se,

características

o

dos

4,

com

menor

elemento sub-anel

seguintes

unidade,

unitário

anéis:

a)

de

ZXZ;

211

2.4 - CORPOS corpo

DEFINIÇÃO

16

é denominado

PRIMOS - Todo

corpo

corpo primo.

que

admite

um

único

sub-

Portanto, se P é um corpo primo, então P é o único subcorpo de P. Conforme os exercícios 34 e 35 o corpo Q dos números racionais e o corpo Zp dos inteiros módulo p são

corpos primos; êstes resultados podem tamente ou então são consegiiências desenvolveremos

ser demonstrados diredas considerações que

abaixo.

Seja K um corpo e indiquemos seu corpo primo por P (81.6); se M é um subcorpo de P, M também é um subcorpo de K, logo, PCM, pois, P é o menor subcorpo de K e portanto M=P e fica assim demonstrado que P é um corpo primo. Conforme o teorema 29, a característica de um corpo primo P ou é igual a zero ou é igual a um número natural primo p. Neste último caso, o corolário do teorema 29 nos mostra que P é isomorfo ao corpo Zp dos inteiros módulo p; por tanto, conclui-se em particular que Zp é um corpo primo. Suponhamos, então, que a característica de P seja igual a zero. Conforme vimos na secção anterior a aplicação f:Z— P, de-

finida por

jf(n)=ne,

onde

e indica o elemento unidade de P, é

um monomorfismo e, além disso, Im(f)=ZecP. Como o único subcorpo de P é o próprio P resulta que P é o corpo de frações de Ze em P; portanto, em virtude do teorema 25, o monomorfismo f pode ser prolongado, de um único modo, a um isomorfismo f de Q em P, de onde vem, Q=P. Portanto, todo corpo primo de característica zero é isomorfo ao corpo Q dos números racionais. Demonstrámos acima o seguinte TEOREMA corpo primo

31

- Para

todo

primo

P,

zero,

então

P

característica p>0,

então

p é um

a) Q

se P tem característica dos números racionais;

b)

se P tem e P

é isomorfo

ao

corpo

corpo

Zp, dos

inteiros

temos: é isomorfo

módulo

ao

número p.

Do teorema acima resulta, imediatamente, que o corpo primo P de um corpo K ou é isomorfo ao corpo Q dos números racionais ou é isomorfo ao corpo Zp dos inteiros módulo p, ,

212

sendo que

segundo

no

primeiro

é o número

TEOREMA é

o

32

- O

automorfismo

primo

caso

a característica

natural

primo

único

de

p.

automorfismo

K

O e 1; de M,

e no

de um corpo primo

idêntico.

Demonstração - Seja f um automorfismo P e consideremos o conjunto

É imediato

é nula

que

de

um

M=txeP| fw=x>. tem pelo menos dois elementos,

M

além disso, temos

se

x

e

y

são

dois

corpo

a saber,

elementos

quaisquer

feac+y) = fa)+Ig)=2+y, f(x) =-J(x) =-x

e

focy) = foofy)=xy,

portanto, xeM e

x+y, -x e xy são elementos de M. se x+0, temos fxb=(fw)l=x!,

Finalmente, se logo, x'emM.

Portanto,

em

subcorpo

virtude

do teorema

e como P é um corpo primo, temos ção idêntica de P.

10,

M

M=P

é um

de

P

e então f é a aplicaÉ

EXERCÍCIOS 96.

Se

a

e

b

são

dois

elementos

gridade A, de característica p>0, aplicar

a

fórmula

do

binômio

quaisquer

de

um

anel

mostrar que (a+b)P =a?+b?.

de

Newton

e

notar

que

de

inte-

Sugestão:

pl (1),

para

i=1,2,--.,p-l. 97.

Seja

P

um

aP=a, para todo a é um automorfismo teorema 32. 98. número

Seja

K

natural

morfismo

de

corpo em de

um

primo

corpo

primo

p.

finito;

100. trar que

e b são dois característica

número Se

que

p>0;

mostrar

que

mostra: que a aplicação am a? o exercício anterior) é aplicar o

logo,

Mostrar

a

a

característica

aplicação

elementos quaisquer p>0, mostrar que

(asbP” =a?" 4d?” todo

característica

de

K

é um

é

um

auto-

ara?

K.

99. Se a gridade A, de

para

de

P. Sugestão: P (utilizando

A

natural é um

a aplicação

um

anel

de

inte-

(a-b)P” = a?” pr”,

n.

anel

a >

e

de

a?”

de

integridade

(nEeN)

é

um

de

característica

monomorfismo

p>0, de

4

mosem

A.

213

EXERCÍCIOS 101. Seja junto

Z(p»

frações

alb

sub-anel

(a e b 4

e

A”

isomorfismo

f

de

um Seja

de

K;

M(S),

M

A (0),

seguintes

a)

Dar

mostrar

unitário

de

de

M

em

de

todos

A.

d)

em

um

de

verificadas:

1)

isto

de

corpo

os

A

multiplicativo 105.

seja

M

de

todo

é, M

de

Z):

que

ser

pro-

frações

de

A

de

se,

de

um

anel

de

em

m>1.

M

um

igual comu-

se, as

é

regular

relação

à mul-

no

Z

anel

b)

Se

dos

megz,

é um

unidade, então

é

uma

é

somente

| mdcela,m)=1) 4

S

K

e

elemento

tem elemento

regulares

e seja em

K. M,

é fechado

M=(aczZ

A

K

multiplicativos

é um anel de integridade,

em

Seja

um

Se

elementos

Se

de

pode

AÍ[S]

em

vazio

sistemas

o conjunto

c)

f

corpo

de

4

não

multiplicativo

2) MMCM,

Z.

as

é um

e suponhamos

do

frações

de frações

exemplos

que

multiplicativo

tôdas

Z(p)

frações

que

números inteiros e no anel Z,, dos inteiros módulo m>0,

o subcon-

por

que

de

Mostrar

isomorfismo

corpo

sistema

a multiplicação;

tiplicação.

um

o corpo

A”.

subconjunto

estão

Demonstrar

de integridade

em

a

o

um

é um

condições

anéis A

sub-anel que

que

p/b.

formado

A”,

é o corpo

Diz-se

que

dois

e consideremos

racionais,

e determinar

de

de

um

mostrar

onde

104.

tativo

A

Q

modo,

de frações

103. parte

único

tais

O 82

primo

números

inteiros)

102. Sejam

no corpo

natural

dos

corpo

um

para

número Q

do

longado,

a

um

corpo

unitário

exista

A

p

do

SÓBRE

sistema

o conjunto

sistema

multiplicativo

M=A*

é um

então

sistema

A. K

o

corpo

de

frações

de

um

anel

de

integridade

4

e

multiplicativo em A; mostrar que o conjunto Aym=talmek | a€4, meM) é um sub-anel de K que contém M (A, é denominado anel de frações de 4 em K relativo ao sistema multiplicativo M). 106.

sistema

Demonstrar

dos

números

tal

que

inteiros

A=Z,. Seja

A

quemos por S tanto, conforme Definiremos

se

então

Sugestão:

b, tais que

107.

que

racionais,

um

anel

relação

é

um

sub-anel

um

sistema

considerar

exista albeM,

o conjunto o exercício

uma

A existe

o

com

=(at+bs,st) e dependem dos cia

(a,s)

elemento

ções se,

e

(b,f).

definidas «És;

neste

subconjunto

em

corpo

M

M

de

Q

em

todos

Z os

com

elemento

unidade

e

indi-

de todos os elementos regulares de A; por104, c), S é um sistema multiplicativo em A. R

sôbre

E=AXS

do

seguinte

modo:

se

(a,s)

de E, então (a,s)R(a',s) se, R é uma relação de equiva-

Se (a,s) e (b,t) são dois elementos quaisquer do Aç=EIR colocaremos, por definição, (a,9)+(b,D)=

(a,s)-(b,t)= (ab,st); mostrar representantes (a,s) e (b,t)

unidade

do

mdc(a,b)=1.

comutativo

e (a',s) são dois elementos quaisquer e sômente se, as'=sa'. a) Mostrar que

lência sôbre E. b) conjunto quociente

unitário

multiplicativo

c)

Verificar

que

(=(1,D=(s,s),

b).

caso,

d)

Mostrar

O inverso

que das

As

é

com

s

em

que

(a,s)

de (a,s)

é

um S)

estas definições não classes de equivalênanel em

comutativo relação

é inversível (s,a).

se,

às

e

com opera-

somente

214

e)

Se

de

As

A'=((a,DeAç e que

identificar

que todo

a

4

| aeA),

aplicacão

com

A”

por

elemento

(a

dE As

4

por um

de um

elemento

acima

é

«e

denominado

verificar que

a-ta,s,, meio

anel

de

do

ao

de

S.

frações

do

todo elemento de S é inversível em Aç. h) com elemento unidade e suponhamos que de

A

em

B,

tal que

em

B;

demonstrar

um

monomorfismo

um

sistema

108.

onde

S

Seja

é o

um

elemento



um

anel

que contém ao

jf(s,,

em

isomorfismo, f)

Verificar

(determinado O

anel

anel

prolongado,

ser

um

A.

Aç g)

em

Aç)

construído

Mostrar

que

Seja B um anel comutativo exista um monomorfismo f,

elemento

com

s

em

S,

de

um

seja

inversível

único

modo,

a

B.

comutativo

A não

(Ay,

com

elemento

unidade

um

anel

nulo

de

então

rando-se o anel Seja

a

A

um

exercício

anterior,

é um

M).

comutativo A;

n=0.

a)

elemento ainda

Demonstrar

mostrar

anel

com

suponhamos

característica

A=Z,XZ

no

é denominado anel de frações de

multiplicativo

inteiro, implica

integridade, 110.

-

pode

considerado

A

sistema

109. Seja n

de

conjunto

As

com

f

é

anterior.

e seja

M

multiplicativo em A; mostrar que o conjunto Am=talmeAç|IacA, meM:,

de

relativo

A

todo

que

A”,

quociente

elemento de

em

isomorfismo

é igual

total

A' é um sub-anel unitário

A

de

que

comutativo

A

é

que

que

se

igual

a

A

unidade

sub-anel

em



e sejá

a

relação

A

é um

zero.

b)

a

na=o0,

anel

de

Conside-

a hipótese feita em a) é essencial. com

elemento

unidade

e

seja

a

um elemento não nulo de A; suponhamos ainda que exista um número inteiro n&0 tal que na=0 e seja m o menor número natural não nulo

tal que

ma =0.

mostrar

que

m

a) Demonstrar que

é a característica

de

a hipótese

4.

b)

se 4 é um anel

Considerando-se

feita em

o

de

anel

E CORPOS

então

A =Z,XZ,

a) é essencial.

111. Sejam 4 e B dois anéis comutativos com mostrar que a característica do anel produto AXB múltiplo comum das características de 4 e de B.

83 - ANÉIS

integridade,

produto

elementos unidades; é igual ao mínimo

ORDENADOS

O desenvolvimento dêste parágrafo é básico para o capítulo seguinte onde introduziremos o corpo dos números reais. Para facilitar a exposicão só consideraremos ordens totais e os anéis considerados serão, em geral, anéis de integridade. O 83.1 completa o estudo iniciado no Capitulo II sôbre grupos ordenados; nos parágrafos 3.2 e 3.3 veremos, respectivamente, a estrutura de anel ordenado e de corpo ordenado.

3.1 - GRUPOS

ORDENADOS

Repetiremos aqui, de modo sucinto, os axiomas que definem a estrutura de grupo aditivo totalmente ordenado (ver o 81.4

215

do Capítulo II). Considera-se um conjunto não vazio G e supõe-se que sôbre êste conjunto estejam definidas uma operação. de adição (a,b+r>a+b e uma relação < que satisfazem os seguintes axiomas

Al:

(a+b)+c=a+(b+c)

Ol: a

a1.

De

anel

de

integridade 4 sa-

satisfaz

fatorial

a

condição

satisfaz

(Milen

ideais

principais

axioma:

uma

o

das

axioma

cadeia

cadeias AF7.

crescente

Usando-se neste

uma

caso,

notação

temos

conveniente

M;,+10;

by >ô(b,)>--->A(b)> (bua)>--,

ô é a função

para

comprimento;

portanto,

existe

um

todo

índice

tal que ô(b;) = d(b,)' para todo i>n. Ora, de Ab, c Ab; vem e como &b,) = O(b;) concluímos que b;=b,, logo, Ab;= Ab,

todo i>n; portanto, a cadeia (M;) é estacionária. TEOREMA o axioma

de

do anel A; podemos, evidentemente, tal que M,*Mp, e daqui resulta

AbcAb,c-..cAbCAbinC-

resulta onde

que

um

o seguinte

P(A)

principais M,=Ab; que exista peN supor

que

cadeias crescentes para

AFY7

37 - Todo também

anel de satisfaz

integridade

a condição

A

AFI.

que

n

bilb,, para

]

satisfaz

406

DemonsrtTRAÇÃO - Consideremos o conjunto S de todos os elementos b, de A, tais que bEU(A)UTO: e b não é produto de

elementos

que S+Q;

irredutíveis

em

4

e

portanto, o conjunto

suponhamos,

por

absurdo,

S=(A-be P(A) |aesS) também

não é vazio. Ora, por hipótese, P(A) satisfaz a condição das cadeias crescentes, logo, em virtude do teorema 34, P(A) também satisfaz a condição maximal; portanto, existe bes tal que Ab, seja um elemento maximal de S. O elemento b, é, necessariamente, redutível, logo, existem b, e b, em 4 tais que

bo=b;b, e bg U(A)UO) (i=1,2); daqui resulta que Abc Ab; e Ab,* Ab; (i=1,2) e como Ab, é elemento maximal de S, temos Ab;igS, de onde vem, bi&S (i=1,2). Portanto, b, e b, são produtos de elementos irredutíveis em 4, logo, b,=b,b, também é um produto de elementos irredutíveis em 4, contra a defi-

nição do elemento bo. temos

Em virtude do o seguinte

TEOREMA e sômente

teorema acima, do lema 16 e do teorema 6,

38 - Um

se, 4

AF3”: o ideal

É

anel

satisfaz

de

para todo elemento

principal

Ap

integridade

a condição

4

é fatorial

se,

AFY7 e a seguinte condição

pe4A,

se p é irredutível, então

é primo.

Procuraremos, a seguir, exprimir os axiomas AF4, e AF6 por meio de condições sôbre ideais principais.

LEMA

19 - As

seguintes

condições,

anel

mdc;

de integridade A, são equivalentes AF4:

premo

A

AF4':

em

é um

dois

P(A).

ideais

com

principais

quaisquer

DemoNsTRAÇÃO - AF4=> AF4'. principais de aebe para

outro

lado,

Aac Ad

sôbre

Sejam

de

4a

AF5

um mesmo anel

4

admitem

e Ab

su-

dois ideais

4; por hipótese, existe de4 que é um mdc de êste elemento d temos 4acAd e Abc Ad. Por

se

Ad'

e Abc Ad,

é

um

elemento

temos d'la

qualquer

e d'lb, logo

de

P(A)

e

se

d'ld, de onde vem,

Adc Ad'; portanto, Ad é o mínimo, em P(A), dos majorantes de (4a, Ab;, ou seja, Ad=supítAa, Ab) (ver a definição 1, Capítulo V). AF4'— AF”. Sejam a e b dois elementos quaisquer de A; por hipótese, existe Ad=suptÃa,Ab: e, neste caso, temos

407

Aac Ad e AbCAd, logo dla e dlb. Por é um divisor comum de a e b, temos

logo, Ad=supt4a, AbLC Ad”, de onde um

mdc

de

LEMA

vem,

outro lado, se dEA 4ac Ad' e AbC Ad,

d'ld; portanto,

d

a e b.

É

20 - As 4,

é

seguintes

de

integridade

são

A

AF5: 4 é um anel AF5': a intersecção é um ideal principal.

condições,

sôbre

um

mesmo anel

equivalentes: com mmc; de dois ideais principais quaisquer

Demonstração - AF5 => AF5”.

Sejam

4a

e Ab

de

dois ideais

principais quaisquer de A; por hipótese, existe me4 que é um mmc de a e b e para êste elemento m temos AmcAa e Amc 4b, logo, AmcAam Ab. Por outro lado, se me AamMAb, temos m'eAa e m'E4b, logo, alm” e blm”, de onde vem, mim” e então me Am; portanto, AaNAb= Am. AF5=> AF5. Sejam a e b dois elementos quaisquer de A e consideremos os ideais principais 4a e Ab; por hipótese, Aa Ab é principal, logo, existe m em 4 tal que 4a Ab= Am. Neste caso, temos AmcÃa e Amc Ab, logo, alm e blm; por

outro lado, se mEA e

Am'cAb,

logo,

é tal que

AmcAaNAb=Am,

Portanto, m é um mmc

de a e b.

De acôrdo com os lemas e 37, temos o seguinte

TEOREMA e sômente

AF'6 um

se,

39 - Um 4

alm' e blm”, teremos

anel

18,

de

19

de e 20

onde

Am'c Aa

vem,

mim”.

e os teoremas

integridade

A

satisfaz os axiomas AF7 e AF4

E

8, 11

é fatorial

se,

ou AF7 e AF5.

LEMA 21 - Um anel de integridade 4 satisfaz a condição se, e sômente se, é válida a seguinte condição AF6': a soma de ideal principal.

dois

ideais

principais

quaisquer

de

4

é

Demonstração - AF6 => AF6'. Sejam Aa e Ab dois ideais principais de A; por hipótese, existe um elemento d em 4 que é um divisor comum de a e b, de onde vem, Aac Ad e Abc Ad, logo, Aa+Abc Ad. Além disso, para êste elemento d existem r e s em 4 tais que d=ra+sb, logo, de Aa+Ab e então Adc Aa+ Ab. A

AF6' => AF6. e consideremos

Sejam a e b dois elementos quaisquer de os ideais principais 4a e Ab; por hipótese,

408

existe d em

4

tal que

4a+Ab= Ad,

de onde vem, dla e dlb. que existem r e s em 4 O

teorema

TEOREMA condições AF7

16

pode

logo, AacAd

e Abc Ad,

Finalmente, de Aa+Ab=Ad tais que d=ra+sb. então

ser

enunciado

sob

40 - Se um anel de integridade e AF6, então 4 é fatorial.

resulta E

a forma

A

satisfaz

as

EXERCÍCIOS 124. inteiros ros

Mostrar

é um

125.

Mostrar

um

ideal

é

teorema

que

ideal

todo

maximal. que

todo

primo

ideal

primo

Sugestão: ideal

próprio.

próprio

do

exercício

maximal Sugestão:

do

anel

114

anel

Z

dos

e lema Z dos

exercício

114

números

16.

números e

intei-

corolário

do

36.

126.

Quais

A=QX,,X,], a)

são

dos

seguintes

primos

ou

ideais

M,

do

anel

de

polinômios

maximais?

M=AX,;

b)

M=AX,+4X,;

o) M=A(X;-4); dD) M=A(Xf-9); o) M=A(XJAD+A(X, +27). 4.4 - ANÉIS

PRINCIPAIS

DEFINIÇÃC 27 - Diz-se que um anel de integridade 4 um anel principal se, e somente se, todo ideal de 4 é principal.

TEOREMA

41 - Todo

anel principal

é

é fatorial.

DemonsTRAÇÃO - É imediato que o anel principal A satisfaz a condição AF6' e mostraremos abaixo que AF7 também é verdadeira em 4, logo, em virtude do teorema 40, A é fa-

torial. Seja (M;)ien sideremos

uma

o conjunto

que

existe

temos

MC M,,

temos

MacMi,

um

logo,

b em índice

M=M,;

Mi=M,,

4 n

é fácil

tal que tal

que

finalmente,

ou

seja,

de ideais de 4 e con-

verificar

que

M=4Ab. beM, para

e,

M

é um

Como

beM

neste

caso,

todo índice

a cadeia

i>n,

(M;)

é esta-

COROLÁRIO - Se à e b são elementos quaisquer anel principal A, então Aa+4Ab=Ad e AaNNAb= Am, é um mdc de à e bem é um mmc de q e b.

de um onde d

cionária.

logo,

crescente

M = U Mi;

ideal de 4, logo, existe resulta

cadeia

E

409

A,

TEOREMA 42 - Um ideal próprio M, de é primo se, e sômente se, M é um ideal

um anel.principal maximal de A.

DEeMmoNsTRAÇÃO - Por hipótese, existe p em 4 tal que M= Ap

e temos, mo,

maximal maximal A,

necessáriamente,

então,

virtude

dos

lemas

16

em

virtude

do

corolário

Se M

é um

ideal pri-

e 17, Ap

é um

elemento

do conjunto P(A)*=A)*; portanto, M é um ideal de 4. Reciprocamente, se M é um ideal maximal de

então,

ideal primo. primo

pg&U(A)UO).

em

Portanto, próprio

num anel principal e ideal maximal.

TEOREMA

43 - Todo

anel

DemonstTRAÇÃO - Seja

4

do não

teorema há

M

é um

Ê

distinção entre ideal

euclidiano

um

36,

é principal.

anel ô-euclidiano e seja

Mz10)

um ideal de 4; o conjunto tdgyeN |aeM e a+0) é não vazio, logo, êste conjunto tem mínimo dd), com deM e temos AdcM.

Se

x é um

elemento

elementos q er em A tais que notando-se

que

ou seja, MCAd.

r=x-gqdemM

COROLÁRIO - Os são

qualquer

x=qd+r, resulta

anéis

de

onde

que

Z e KI[X],

M,

então

existem

d(r) AFI.

TEOREMA

44 - Um

o axioma

da

no entanto,

escolha

anel de integridade

demonstração

A

e sômente se, existe uma aplicação 0: 4*-» N condições AEl, AE2 e a seguinte condição:

para

que

estabele-

é principal que

satisfaz

se, as

(*) quaisquer que sejam a e b em A*, se afb e se bia, então existe r em A* tal que d(r)0 e onde temos, necessariamente, bz0 e c>l. De acôrdo com a definição de inteiro quadrático, temos Tec) = 2 c

q

e

N(x)=-

2.

2

E Tiez.

Mostraremos, inicialmente, que mdcta,c)=1. Com caso contrário existe um número primo p tal que

efeito, no pla e plc,

logo, p*I(a?-mb?), de onde vem, p?|(mb?) e como m é livre de quadrados resulta que plb e então mdc(a,b,c)+1, contra a hipótese. De

Se mi que

m=1

2alceZ

(mod.

a e b são

(mod.

4).

e mdc(a,c)=1

4)

pares, logo,

xe Z[w],

Finalmente, suponhamos

v=a+bo),

onde

temos com

que

a2=mb? (mod. 4). resulta, fâcilmente, da

com (29), temos 4,,+Zlw]; feita acima, todo elemento ma

concluímes

c=2,

logo,

congruência

acima

contra a hipótese; portanto,

que m=1

(mod. 4), logo, de acôrdo

portanto, em virtude da discussão x de 4,, tal que x&Zlw)] é da for-

a e b são

inteiros

ímpares

e, neste caso,

r=D.v[l(1+0)], 2 2 (a-b)/2€EZ,

TEOREMA

logo,

xezizl +w)]

e então

Am = 251+0)].

51 - U(A,)=ixe A, IN(x) = +1>.

420

Demonstração

- Se

logo, x é inversível.

N(x)=+1,

temos

x7x=+1

ou

x(+7)=l1,

Reciprocamente, se xe U(A,,), então existe

y em A, tal que xy=1, de onde vem, N(xo)N(y)=1 e como N(x) e N(y) são números inteiros concluímos que N(x)=+1. | Utilizando-se o teorema acima determinam-se, facilmente,

os

Am

elementos e

inversíveis

temos

onde 0=U+iV) e 1

.

= —

para

todo

de

um

anel

quadrático

imaginário

U(A-D=t1,1,-i,i), UA

9)

m1

em

U(Am=ttn'eAmiseZ).

Consideremos agora a aplicação O: A,—N definida por dx) =IN(x)]. De acôrdo com o teorema 48, temos dx)>1 e

xy) = AX), quaisquer que sejam x e y em A,,; além disso, se vEU(AmUO), então dgp>1 (teorema 51), logo, a aplicação Ô satisfaz as condições AEl e AE2 (ver o 82.1) e, neste caso, o teorema 13 nos mostra que é válido o seguinte ção

TEOREMA

52

-

Todo

anel

quadrático

Observemos

que

nem

todo

anel

ExempLo

- No

anel

4,

temos

todo

elemento

xe4

tal que

condição

AF2

não

AFI.

e é fácil

28

verificar

que

satisfaz

quadrático

3.3=(2+iy52-i1/5)

a

condi-

é fatorial:

N(x)=9

é

irredutível; em particular 3, 2+iy/5 e 2-iy/5 são irredutíveis e é imediato que 3 não é associado a 2+iy/5 e nem a 2-iY/5, pois, U(A )=t-1,1).

em

A... Podemos, A)

Portanto, então,

a

propor

para que valores de m

o seguinte

é

verdadeira

problema:

o anel quadrático

A,,

é fatorial?

Esta questão ainda não está resolvida em Matemática; conhecem-se, simplesmente, condições necessárias sôbre m para que A, seja fatorial (algumas informações estão dadas nos exercícios 186-9). Para resolver o problema A) pode-se tentar a introdução de um algoritmo da divisão sôbre 4, e a apli-

421

cação

x->INçol,

que já satisfaz as condições AEl

e AE2, apa-

rece naturalmente como uma possível escolha; se esta aplicação satisfazer a condição AE3 diremos que 4, é N-euclidiano.

Coloca-se,

então, o seguinte

B) para N-euclidiano?

que

valores

problema:

de

m

o

anel

quadrático

Am

é

Esta questão está completamente resolvida e demonstra-se que os únicos valores de m que satisfazem B) são os seguintes: *11,-7,-3,-2,-1,2,3,5,6,7,11,13,17,19,21,29,33,37,41,97 e 73. Existem

satisfazem Pode-se,

outros

B);

os

então,

valores

dois

propor

de

primeiros

o seguinte

C) se Am é fatorial e se existe um algoritmo da divisão seja ô-euclidiano? Esta

questão



m

está

que

são

Demonstraremos necessitamos

para

seguintes:

14

e

e

não

19.

Am não é N-euclidiano, então ô sôbre Am de mcdo que Am

resolvida

abaixo

os

A)

problema:

imaginários (ver o teorema 54). N-euclidiano

satisfazem

que

o

para

anéis

anel

quadrático

m=-11,-7,-5,-3,-2,-1,2,3,5

do seguinte

quadráticos

e 13

Am

e para

é isso

LEMA 25 - O anel quadrático Am é N-euclidiano se, e sómente se, a seguinte condição estiver verificada: para todo « em Km, existe qe Am tal que IN(a-qg)lINcx)

satisfaça a condição AE3 e seja « um elemento qualquer de Km; podemos, evidentemente, supor que «g&A,.,, logo, êste elemento é da forma «=2/y, com 8 ey em Am,7+0€e vtÊ. Em

virtude de AE3 resulta que existe qe Am tal que IN(B-qyI0 para todo

CDg(o)=-g(xw)>0

É

para

raiz

portanto,

em

com a,:*»,X,)EB”,

n

| | 4 (X-x;)

o do

obter

É

distintos

(I f; ,

Consideremos z=a-+bi,

que

o

com

a

as aplicações

nar

os

núcleos

pos

quocientes

e as

e

isomorfismo

aditivo b

reais,

dêstes

45.

Demonstrar

46.

uma

Sejam

seja normal

N

em

a) NL

e L

um

é um

47. Se

grupo

(Ney

normais,

de

um

que grupo

49. Demonstrar não

em

é uma

normais

48. Mostrar

um

ponhamos

G em

H. complexos

e

&m=a

e

LIg=b.

de (C,+)

e determi-

Determinar

os

gru-

N

de

um

de

um

G

tem

é normal

grupo

G

grupo

e

um

em

G

único

G.

e

se sub-

Sugestão:

suponhamos

que

N

propriedades:

de G e NL=LN; G,

então

família

(n,

de G.

a reunião que

finito

então

as seguintes

iel

G,

subgrupo

grupo

m,

subgrupos

subgrupo

G, então

são subgrupos

se

ordem

G; verificar

b) se L é normal

de

números

e ClKer(d9).

que

dada

dos

endomorfismos.

44. Demonstrar que se N é um (G:N)=2, então N é normal em G. grupo N, de exercício 40.



& e 4 são endomorfismos

imagens

C/lKer(&R)

é um

grupo

é um

NL

não

e

também

vazia de

é normal

em

subgrupos

G.

normais de

[Un,] tel

de uma subgrupo

cadeia normal

crescente de

de

subgrupos

G.

Aut(Z) = (-1,1).

50. Demonstrar que se G não é abeliano, é abeliano. Sugestão: teorema 20.

então

Aut(G)

também

469

1.5 - TEOREMAS

DO

Demonstraremos, TEOREMA

ISOMORFISMO

inicialmente,

21 - Consideremos

o seguinte o seguinte

diagrama

a-— P1

o)

GUM, ed... +GálM, onde

cada

normal

G, é um

de

G,,

grupo

multiplicativo,

q; é o homomorfismo

M,

é um

canônico

de

subgrupo

G; em GilM;

e f é um homomorfismo de G, em G, tal que f(MD)CM,. tas, condições, a) existe

temos uma única

aplicação

j*:G,/M, —G.lM,

Nes-

tal

que

f*opi= Pref;

b) f* é um homomorfismo; c) se f é um epimorfismo, então

morfismo;

4

d) N=f (M,) Ker(fO)=NIM,.

é um

subgrupo

f*

também

normal

de

é um

G,,

epi-

MON

e

DEMONSTRAÇÃO

a) É imediato que se xM,=yM,, com x e y em G,, então f(x)M,=f(y)M,, pois, (MDCM,; portanto, xM,> feoM, é uma aplicação f* de GilM, em GálM, e é evidente que f*opi=W,ºf. Se g:GIM, -GalM, é tal que goqy,=qy,ºf e se xM,

é

um

logo, g = j*.

elemento

de

GilM,,

então

gaeMp = (Pu) =(geQÃO) = (Pao fx) = e yM,

são

dois

temos

f(xMy,

)= = fooMa = P(fa

b) se xM,

temos

qualquer

elementos quaisquer

de

GlMi,

f(xMyMp = fº(xyMD = fecyM.=

= [feofalM» = feoM» fapM.=f'(xMpDf*(yMp, logo, f* é um homomorfismo. c) Para todo x,M,eGa/M, existe, por hipótese, x)€eG, que f(xy=t>. logo, f

e então

jf'

d) As

na

secção

é um

primeiras

anterior;

Cr M)y)

= fexvMo

epimorfismo.

afirmações

vejamos

a

tal

= XaMs

desta última.

parte



Seja

xM,

foram (xeGy)

vistas um

470

elemento do conjunto quociente N/M,, logo, xeN, de onde vem, f(x)eM,; portanto, q(f(x))=f*(xM,) é o elemento unidade M, de GslM,, ou seja, «Me Ker(f*) e então Por outro lado, se xM;eKer(f*), temos

NIM; CKer(f*).

Mo = "(Mp = f*(pua)) = (F*opia) = = (Po o) = Pa(fiao)) = fooM», logo,

fxyeM,

monstrado O

ou

xeN;

portanto,

«MeNIM,

que Ker(f9)c NIM.

homomorfismo

f*,

definido

é denominado

na

- Seja N

subgrupo normal de um grupo G, seja canônico de G em G'=GIN, seja K' um

e ponhamos

Nestas

a) K K'=KIN;

homomorfismo

induzido

K = PK).

condições,

é um

É

teorema do isomorfismo)

um mo

de G

de-

do teore-

erima,

22 (primeiro

assim

demonstração

ma

TEOREMA

e fica

por f.

y o homomorfissubgrupo normal

temos:

subgrupo

normal

de

b) existe um único isomorfismo

G,

NCK,

q(K)=K'

q*: G/IK —G'IK'

e

tal que

p*og=qoy, onde q eq” são, respectivamente, os homomortfismos canônicos de G em G/IK e de G' em GIK. Os

podem

diversos

ser

homomorfismos

visualizados 4

G

pelo

considerados

seguinte

neste

teorema

diagrama

G'=GIN

q

q

,

Gk-—L

,

K = 0(K”) * º , Poq=-qoQç.

Ss GIK

DEMONSTRAÇÃO

a) Estas propriedades já foram consideradas na secção anterior. b) Temos q(K)CK' e K é um subgrupo normal de G, logo, em virtude do teorema anterior, o homomorfismo- induzido q*

é tal que

y*og=qoy:

de acôrdo

com a parte c) do mesmo

teo-

rema, q* é um epimorfismo e, em virtude de d), temos Ker(g *) = K/K = (13, logo, q* é um isomorfismo. A unicidade de

q* já foi vista na parte Observemos,

a) do teorema

21.

em particular, que GIK =GIK' =(GINKKIN);

E

471

além

disso,

o isomorfismo

para todo xKeGIK. canônicos,

GIK

o que

nos

qy*

é definido

por

p*(rK) = quoK, q* e q*! são denominados permite

dizer

que

os

e GIK' são canônicamente isomorfos. TEOREMA

23 (segundo

um subgrupo normal de qualquer de G; temos:

teorema

um

grupo

isomorfismos

grupos

do isomorfismo) G

e seja

a) SMN é um subgrupo normal subgrupo de G que contém N;

de

S

S

um

quocientes

- Seja N subgrupo

e SN=NS

é um

b) os grupos quocientes SI(SMNN) e (SN)|N são isomorfos. Demonstração - Consideremos

o

homomorfismo

canônico

y de G em G=GIN e seja ps a restrição de 'y ao subgrupo S; é imediato que ys é um epimorfismo de S em q(S) e que Ker(go = SMN, de onde resulta, em particular, que SMN é um subgrupo normal de S. De acôrdo com o corolário do teorema do homomorfismo, existe um único isomorfismo q'ç: SKSMN = q(S) tal que qgçog=Ys, onde q é o homomorfismo canônico de S em SI(SMN) (ver o diagrama abaixo). Por outro lado, temos

q(SN)=q(S) e Pg(S)=SN; desta última igualdade concluímos que SN é um subgrupo normal de G, que NCSN e, finalmente, temos SN=(SN)!=N1S!=NS. Indiquemos por q, a restrição de q a L=SN; é imediato que q, é um epimorfismo de L em q(S) e que Ker(g,p)=N, logo, de acôrdo com o corolário

do

teorema

abaixo).

Com

estas

do homomorfismo,

morfismo q,: (SN)IN — q(S) tal que momorfismo canônico de SN em

SKSNN) em (SNYN.

notações.

q

és

SKSMN) Observemos para todo nônicos.

x em

7=(g/)!op;

P XS) a=b; )asc=bec=>5a=b; 5) (ab)xb=a. Finalmente, mostrar que a operação é

associativa.

não

58.

Seja

vazio

G

* uma

operação

e suponhamos

associativa

que

exista

definida

uma

sôbre

aplicação

um

f:G

conjunto

-G tal

que

Ha) x(ab) = b = (ba) xj(a), quaisquer

(G,*) neutro

para 59.

mos

que

é um

que

sejam

grupo.

à

a operação

Seja sejam

I. existe

*

uma

b

em

G

G.

Nestas

mostrar

que

condições,

demonstrar

axwfla)=bxj(b)

é o

que

elemento

x.

operação

válidos e em

e

Sugestão:

definida

os

seguintes

tal

que

sóbre

um

conjunto

G

e suponha-

axiomas:

axb=e

se,

e sómente

se,

a =b;

476 II. (04x 0)x(bx0)=b.

Nestas condições, demonstrar que a operação define

uma

estrutura

de grupo

60. Com as notações x satisfaça o axioma

ração

II. Mostrar então

do

é

ab=ax(exb),

se

G

um

é não

grupo

onde

verificar que

exercício

IV.

por

G

vazio

abeliano

e=açxa,

é um

que

e se

a operação

em

relação

à

+

a ope-

satisfazo axioma

operação

-. definida

(a, é um elemento dado de G).

Seja

*

b e

grupo

onde

58,

suponhamos

que

II, por

Sugestão:

a operação

que

c em

abeliano

em

relação

à operação

. definida

1=axa.

uma

e suponhamos a,

suponhamos

57.

(ax c)x(axb) = bwc.

ab=ax(1xb),

sejam

exercício

[ax(axb)lxlax(axb)]=axa=bxb.

que

62. G

G. Sugestão:

anterior,

61. Com as notações do exercício * satisfaça o axioma II e o seguinte Mostrar

-, definida pór a-b = ax(exb),

o conjunto

ax(axb)=axb. que

G

sôbre

operação

definida

o seguinte

axioma

G,

sôbre esteja

um

conjunto

verificado:

não

vazio

quaisquer

que

tem-se

b=ax(ax )x(bxc)). Mostrar

por

que

G é um

ab=ax(1lxb),

exercício

grupo

onde

anterior;

comutativo

1=axa.

pondo-se

em

relação

Sugestão:

a'=axa

à operação

verificar

mostrar

que

o

- definida

axioma

a=ax(awc),

III

do

a=axa

e b=ax[l(a+xb)xb]; a seguir mostra-se que a operação + satisfaz o axioma I do

exercício 63.

mero

Se

59. A

inteiro,

é uma

parte

colocaremos

exemplo,

tem-se

a) AMD=

AD=A4

(AM,

b) Am Am = Ata Sugestão

para

a parte

64.

Seja

G

vazia

de

um

grupo

G

e se

e ACD=AT.

Verificar

as

propriedades:.

onde

b):

existem

um

grupo

que

G”

inteiros

e suponhamos

r e s tais que

que

(ab)”= a

e Gm,

São

subgrupos

de

b) Se G é finito, tem-se (G”) =(G:Gm). Sugestão: considerar morfismo. 65.

Sejam

4

a aplicação

e B

é um

nú-

d=mdce(m,n).

dois

x

x”

subgrupos

e utilizar de

um

rm+sn=d.

b , onde

nn

inteiro fixo e a e b são elementos quaisquer de G. a) Mostrar

n

AP =(0"EGl|acA) Am=teAla”=1).

e

Por

não

n é um

G.

o

grupo

teorema G;

do

homo-

demonstrar

que

para tôda classe lateral à direita (ANB)x existem elementos y e z em G tais que (ANB)x = (AyN(Bz2). Concluir daí que se 4 e B têm índices finitos

em

G,

então

66.

Se

4

e B

AMB são

também subgrupos

tem

índice

finitos

de

finito

em

um

grupo

o(AB) = o(A)o(B)jo(AMB)

G. G,

então temos

411 67. índices

Com

as

notações

finitos

em

G,

do

então

exercício

vaiem

as

65,

(G:ANB)0

de

(Z,+)

em

[a];

além

disso,

temos

Ker(f)=Zm,

(teorema 7), portanto, em virtude do corolário do

onde

teore-

ma do homomorfismo, temos Z/Zm=[a]. Observando-se que o grupo quociente Z/Zm é infinito se, e somente se, m=0

concluímos,

imediatamente,

que

a tem

ordem

mente se, f é injetora e é evidente, neste que termina a verificação da parte a).

b) As

primeiras

afirmações

infinita se, e só-

caso,

que

Z=[a],

o

desta parte já foram demons-

tradas acima; finalmente, é imedjato que m é o menor inteiro estritamente positivo tal que a”=1, pois, conforme a demonstração do teorema 7, m é o menor inteiro estritamente

positivo tal que tra

No caso que Z=G

ZiZm=G ordem

fismo, a tem

m;

me Ker(j).

]

particular em que G=[a] o teorema 25 nos mosse, e somente se, o grupo cíclico G é infinito e

se, e sômente se, o grupo ficam

todos

assim

determinados,

os grupos

cíclicos.

cíclico

a menos

G

é finito

de

um

e de

isomor-

COROLÁRIO 1 -Se a é um elemento de um grupo G e se ordem finita m, então a”=1 se, e sômente se, min. Basta

notar

que

neKer(f) = Zm.

a

condição

a”=1

é

equivalente

a

]

COROLÁRIO 2-Se G é um grupo finito de ordem n, então todo elemento a de G tem ordem finita e o(a)In; em particular, temos x” =1 para todo elemento x de G. Com efeito, é evidente que a tem ordem finita e o teorema de Lagrange nos mostra que o(a)=o([a]) é um divisor de n; finalmente, a última afirmação é uma consequência imedia-

ta do corolário anterior. COROLÁRIO

3-Se

então

]

G=[a]

é um

grupo

finito de ordem n,

G=tl,a,a”,.cc,arh.

COROLÁRIO 4 - Todo grupo finito,G cuja ordem é um número primo p é um grupo cíclico; além disso, todo elemento a de G tal que «1 é um gerador de G.

Com

efeito,

se

acG

logo, o(a)=p e então [a]=G.

e

se

azl,

temos

o(a)>1

e omlp,

]

480

n

LEMA 7 - Seja G=[a]) um grupo cíclico de ordem finita e seja a”, com 00 tal que ateH concluímos que aH tem ordem finita, logo, GIH é um grupo finito. Pondo-se (G:H)=d resulta que d é o menor inteiro estritamente positivo tal que (aH)º=a!H=H, logo, d é o menor inteiro estritamente positivo tal que a“cH e é fácil verificar que H=[aº). b) Conforme a parte anterior, temos H=[a?), com d>0 e é imediato que a? tem ordem infinita, logo, c) Em virtude do lema 7 o elemento

nimde(n,nim=ni(nim=m, dem m. o(H,))=m,

Seja logo,

logo,

H é infinito. a?!” tem ordem

o subgrupo

H, um subgrupo de min e podemos supor

H=[a”"!”)] tem

or-

G e suponhamos que que m>1; conforme a

parte a), temos H,=[a?), onde d=(G:H,), logo, din. Finalmente, de acôrdo com o lema 7, temos m=o(a?)=nimdc(n,d)=nid,

de onde vem, d=nim

e então

COROLÁRIO - Um

sômente então,

H,=H.

grupo abeliano Gx(l)

se, G é finito de ordem

DEmoNsTRAÇÃO - Se a ordem de acôórdo com o teorema

é simples

prima.

]

se, e

de G é um número primo, de Lagrange, os únicos sub-

grupos de G são G e (1), logo, G é simples.

Reciprocamente,

se G é abeliano e simples, então para todo aceG, a+1, tem-se G =[a] e o teorema acima nos mostra que o conjunto G é fi-

nito e o(G) é um número primo. ExempLo

35 - Já foram

É

definidos

dois

grupos de ordem 4:

o grupo aditivo Z/Z.4 dos inteiros módulo 4 e o grupo produto (Z/Z.2)X(ZIZ.2) (ver o exemplo 9) do grupo aditivo dos

inteiros módulo 2 por si mesmo. Notemos que êstes grupos não são isomortfos, pois, o primeiro tem um elemento de ordem 4 e o segundo não satisfaz esta condição. Vamos demonstrar neste exemplo, que êstes são, a menos de um isomorfismo, os únicos grupos de ordem 4. Consideremos, então, um grupo (G,-), de ordem 4, e indiquemos por e seu elemento unidade; conforme o corolário 2 do teorema 25, para todo elemento x de G, xe, temos o(x)l4, logo, x tem ordem 4 ou 2. Distinguiremos,

então,

os

mento

ordem

4; 2.º) para

de

seguintes

casos:

todo

1.º)

x+e,

existe

tem-se

em

G

um

o(x)=2.

ele-

482

1.º) Neste caso G=[a] é um grupo cíclico de ordem 4 e temos G=Z/Z-4 (teorema 25) e pode-se construir, tfácilmente. a tábua dêste grupo. 2.º) Sejam qu e b dois elementos de G tais que a ze, bye e azb; temos lado. notemos

a=a! e b=b!, logo. abze, pois, a+b. Por outro que aba (pois. bze) e ab+b (pois, ae). logo,

ab é o quarto elemento do grupo G. Finalmente, de (ba)? =e resulta ba=(ba)!=c'lb!=ab. Com êstes dados podemos construir a tábua do grupo (G.,.) e teremos e

a

bab

e

a

bãab

a

e

ab

b

b

ab

e

a

ab

b

e

b ab |

ae

É fácil verificar que êste grupo é isomorfo ao grupo produto do grupo aditivo dos inteiros módulo 2 por si mesmo. O grupo construído acima é denominado grupo de Klein e será indicado

por

V,.

ExempLo 36 - Já foram definidos dois grupos de ordem 6: o grupo aditivo dos inteiros módulo 6 e o grupo simétrico

S: do intervalo [1,3] (ver o exemplo 8 ou o exemplo 34 do Ca-

pítulo ID. Notemos que êstes grupos não são isomorfos. pois. o primeiro é abeliano e o segundo não o é. Vamos demonstrar neste

exemplo

que

êstes

grupos

são,

a menos

de

um

isomor-

fismo, os unicos grupos de ordem 6. Consideremos, então, um grupo (G.-) de ordem 6 e indiquemos por e seu elemento unidade; elemento

conforme o «x de G, com

corolário 2 do teorema 25. para todo x +e, temos o(x)]6. logo. x tem ordem 6,

3 ou 2. Distinguiremos, então, os em G um elemento a de ordem

seguintes casos: 1.º) existe 6; 2.º) para todo veG-tes

temos o(x)4, logo, o(b) =6 o que está em contradição com a hipótese feita neste segundo caso. Portanto, b?=e. Finalmente, determinaremos o produto ba. Notemos que baze. bata e baza”, pois, be[a]);

se ba=ab,

teriamos

(ab)? =a?b?=a?

e daqui

viria, como

na dis-

cussão anterior, que o(ab)=6, contra a hipótese. Portanto, ba =a*b. Com êstes dados podemos construir a tábua do grupo (G,:) e teremos e a aq bãab qb

e

e

a

aq

ab

ab

ab

a

a

a

e

ab

ab

b

a?

e

a

ab

b

ab

bi

b

ab

ab

e

a”

a

ab|

ab

b

ab

a

e

a

ab

b

a?

a

e

ob | ab É fácil verificar fo ao grupo simétrico Capitulo IJ).

que o grupo construído acima é isomorSs (comparar com a tábua do exemplo 24,

EXERCÍCIOS 76. plexas,

Determinar

de 77.

então. todo

ordem

Demonstrar

para

todo

subgrupo 78.

79.

os

um

que

se

H

é

um

tem-se

grupo que

p é

subgrupos

do

grupo

Seja se

G as

um

cíclico

um

subgrupo

fH)cH.

de

de

número

a tem

ordem

e

um

das

raizes

sejam

geradores

natural

a

grupo

(Por causa

é completumente

o número

grupo

seguintes

U,,

com-

unidade.

primo

isto é demonstrar que Hp”) =p” Hp-)1).

Verificar a)

de

p”!, onde

p”-Hp-1),

todos da

fe End(G),

Demonstrar

de ordem

G.

12.

e b dois

então

G, que

invariante).

de

um

e

grupo

m>1.,

elementos

propriedades: finita,

cíclico

disso, diz-se

o(a) = o(a!) = o(bab !):

é

cíclico

igual

quaisquer

à de

484 b) sea

e b têm

ordens

finitas, então

c) sea

e b têm

ordens

finitas

e

se

elemento

x

o(ab) = o(ba); a e b

são

permutáveis,

então

tal

que

então

o(ab) < mme(o(a), o(b)); d) se xec(G).

existe

um

único

80. Demonstrar são

(l;) e G,

então

que

G

é

se os únicos

um

grupo

de

G

subgrupos

cíclico

de

de

ordem

ox)=2,

um

grupo

G 4 fl)

(Ver

o exer-

prima.

cício 29). 81. Seja p um número demonstrar que aPl=1

p/a;

rolário

2 do

corpo

teorema

Z/Zp. 82.

(Ver

Seja

25

aplicado

também

nz1

natural primo e seja a um inteiro tal que (mod. 2) (teorema de Fermat). Sugestão: co-

um

ao

grupo

o 82.3 do número

dos

Capítulo

natural

elementos

inversíveis

do

VD.

e

seja

a

um

inteiro

tal

que

mdc(a,my= 1; demonstrar que a? =1 (mod. n) (teorema de Euler). Sugestão: corolário 2 do teorema 25 aplicado ao grupo dos elementos inver-

siveis

do anel

Z/Zn.

83. Para cada número de

(Q,+)

gerado

te crescente

G=[a]

Se

0 é um

b)

Se

n>1

indiquemos por H, o subgrupo

que

(H,)

é uma

cadeia

grupo

cíclico

de ordem

cce End(G) se,

e

aplicação

isomorfismo

portanto,

e

Seja

E

qa =a”,

0-»5S,

se,

G,

então

no

n>1.

Verificar

existe

0€,,

de

Sn

epimorfismo,

em

virtude

resulta,

das

em

o

fór-

parti-

par.

da fórmula

no

de

2).

grupo

logo, seu

(10)

é a

multiplicativo

núcleo

A,

evidentemente, o conjunto de tôdas as permutações um subgrupo normal de Sn; além disso, conforme o do teorema do homomorfismo, temos

que

é,

pares, é corolário

SnlAn=t1,1),

de onde sultados pares

vem, (Sa:4n)=2 no seguinte

TEOREMA

do

normal,

intervalo

de

O

29 - O

índice

grupo

de

e o(An)=n!/2.

conjunto

inteiro

2 e de

[1,n].

A,

ordem

permutações

onde

n!/2,

(4,,º)

ternado do intervalo inteiro [1,n]. TEOREMA ciclos

de

de

Reuniremos tôdas

n>1,

do

as

êstes

permutações

é um

grupo

re-

subgrupo

simétrico

é denominado

grupo

Sn. al-

30 - O grupo alternado A, (n>3) é gerado pelos

comprimento

3.

DEemonsTRAÇÃO - Já sabemos que todo 3-ciclo pertence a An. Por outro lado, seja o um elemento qualquer de A, logo, o é produto de um número par de transposições e basta, então, demonstrar que o produto de duas transposições distintas t e Tº é um produto de ciclos de comprimento 3. Temos dois casos para examinar: a) os conjuntos suportes das transposi-

ções rt e Tº têm um elemento comum e b) tr er' são disjuntas. a) Se r=(ab) e t=(ac), temos tr'=(a bla c)=(a cb). b) Se r=(ab) e t'=(c d), temos

tr'=(a bc d)=(a bla cXa cXc d)=(a c ba d c).

Podemos

ternado

simplificar

4, (n>3):

COROLÁRIO

o sistema

de

geradores

- 4n=[(123),(124),...,(12n)].

]

do grupo al-

493

Basta demonstrar que todo ciclo (abc) pode ser representado como um produto de ciclos acima de ou de inversos dêstes ciclos. Se dois dos elementos a, b ou c são iguais a 1 e 2 nada temos para demonstrar; suponhamos, então, que a=l, b>2 e c>2. De acôrdo com a fórmula (6), temos ASJdIDIOILZO!=(0bD=(12D), logo. Abo=I29)!12b120) (11). Finalmente,

logo, e êstes ciclos

tipo (12k)

que

a>2.

b>2

e

c>2;

temos

existe

com

11 - Se G é um

(12).

(abo)=Ibolllac(lbo) em virtude de (11), produtos

são,

ou (12k)!,

LEMA se

suponhamos

Ibclabcllbo!=(aclD=(lac)

ciclo

um

(abc)

de

ciclos

do

k>2.

]

subgrupo

em

G.

normal

então

de

A,

(n>3)

e

G= As.

Demonstração - Se a4l e bz1, então a fórmula (12) nos mostra que (la c)eG, logo, (12a)=(12cXlacXl2c)!l também é elemento de G; tomando-se A=(12Xak), teremos =(21k)EG, de onde vem, (12k)EG, portanto, em

corolário do teorema LEMA se

30. temos G = Ar.

12 - Se G é um

existe

uma

subgrupo

transposição

(ab)

em

DemonsrtRAÇÃO - Supondo-se

le 2. temos

portanto. e daqui

G=Sh.

para

resulta,

de

conforme

31 - O

11

comprimento

o(o)=m>l;

que

de

então

]

S,

(n>2)

a e b sejam

o

corolário

2

grupo

alternado

4,,

basta

distintos de

3.

Como

Gxafte)

fator

teorema

com

28,

n>2

e

que nz4,

primo

que

existe.

existe

positivo

em G. um ciclo

c€EG,

c%ze.

de m.

logo.

o elemento

o =0""P tem ordem p. logo. existe em G um elemento o ordem prima p. Em virtude do teorema 28 e do corolário lema

8. a permutação

O =TyT2:*-Ts,

Onde

o

pode

Ti,Ta,::*,Ts

Ê

supor n>4, pois, (4A;)=3, logo, subgrupo normal de 4,; con-

demonstrar

se p é um

do

e

G=Sa.

todo kell,n]. k+1 e kzb, temos (kb bl kb)! =(1k)eG

Demonstração - Podemos As é simples. Seja G+zte) um o lema

normal G,

(q 19%abXalZ1=-(1b)eG:

TEOREMA é simples.

forme

AM120)A!= virtude do

ser são

representada

ciclos

disjuntos

de do

sob

a forma

dois

a

dois

e

494

de mesmo elemento

AtÃtEG

comprimento qualquer

e AtAITIEG.

p. Observemos

de

A,

então,

Distinguiremos três casos, a) p=2; b) p=3 e c) p>3.

ainda que

para

todo

conforme

os

a) Temos, necessáriamente, s>1; tra=(cd) e A=(abc), teremos (lema 10) AoN!=(bela d)rs---ts,

logo,

se À é um

tTEG,

temos

valores

pondo-se

de

7:

r;=(ab),

Aox to = (bela d)rs---tstse--tala bc d) = =(bca da bXc d) =(a cb d)

é um

elemento o, de G.

ktc

e k&d

Pondo-se

AoA?!

logo,

é um

elêmento

que

de

G.

b) Se

s=1

pondo-se

10)

é um

elemento

= (c kb

onde

ksa,

temos

kzb,

d),

Modo! =(ckXb dXa cXb d) =(a kc)

s>1;

(lema

logo,

A=(ack),

(o que é possível, pois, n>4)

Isto

nada

completa a demonstração no caso a).

temos

para

ti=(abc),

demonstrar.

to=(def),

Suponhamos

A=(bcd),

teremos

AoX!=(acdXbfg)rs-e-ts,

Aolio!=(acdXbfgXacbldgf)=(adbcf) de

c) Pondo-se

G.

Reduzimos

assim

o caso

b) ao

caso

c).

tr;=(a; a2:--ap) e A=(az a; as), temos AoX!=(a; az aq as as**-Ap)ta:**Ts,

logo,

Aolo!

é um elemento de G.

=(a» as as)

COROLÁRIO - Os únicos n>2

e nz4,

são:

Sn,

An

subgrupos

Seja G+(e;

normais

um

evidentemente,

subgrupo

GN An, que do teorema

efeito,

que

ou GN An=An.

suponhamos,

por

Afirmamos

absurdo,

um elemento de G; como o? 02EG, teremos 0º=e, portanto, cões

surdo;

disjuntas

duas

Se s=1,

temos,

se

s>l,

a

a duas

(caso

que

de

Sn,

com

Sa

de

lado

(n>2

e

é um subgrupo anterior, temos

GN Antes.

GN An=fe)

e

seja

Com

0%e

é par, temos 0?E A, e como o é um produto de transposia) do

O =TToeTs. conforme o lema

demonstração

deixar

normal

n+4) e considerémos o subgrupo normal de Ar, logo, em virtude

GNAn=tes

de

e tel.

DEemonsTRAÇÃO - Podemos,

o caso n=2.

E

do

teorema

12, G=S,,

caso

a)

nos

anterior):

o que mostra

é abque

495

existe em G um ciclo de comprimento 3, logo, G=A, o que, novamente, é um absurdo. Isto termina a verificação da afirmação acima. Portanto, GM A,= An; daqui resulta que A,cGCS,

e como (S,:A,)=2 teremos G= A, ou G=Sa.

E

Daremos ainda alguns resultados parciais sôbre a estrutura do grupo simétrico Ss. Sabemos que o grupo alternado As é um subgrupo normal, de ordem 12, do grupo S4 (teorema 29). As

permutações

Ah=(12(34),

são

elementos

de

é um subgrupo normal

de

141324)

44, e temos

e

47 =e

Ag=(14/(23)

para

i=1,2,3,

Va=(e,A1,Ã>,As) de As. Vamos mostrar que

Sá, logo,

Vs também

é normal

logo,

V, é um subgrupo em

As.

Com

efeito,

se o é um elemento qualquer de S, temos 04,0! te e (oo

)=2,

logo, em virtude do teorema 28 e do lema 8, 0Ã;jo! é um produto de transposições disjuntas duas a duas, de onde vem, 0h,01E Vs; portanto, oVio lc Vs, ou seja, V; é normal em Ss.

Notemos que Vs. = (123 4)] é um subgrupo normal, de ordem 2, de

Va; portanto, o grupo

de

subgrupos

sendo

que

cada

S, admite

a seguinte

cadeia

tJCVocV;cÃOS,

um

déles

ainda que os grupos

têm,

simétrico

respectivamente,

é

quocientes ordens

normal

Valte),

iguais

no

a 2,

grupos cíclicos; esta propriedade exprime simétrico S4 é solúvel (ver 0 $4.3).

seguinte.

VaVo, 2,

3

AdVa

e

2,

o fato que

Notemos

e SilAs

logo,

são

o grupo

ExempLo 45 - Com as notações acima, notemos que V, é normal em V, e V, é normal em 4A,, no entanto, V, não é normal em 4,, pois, (12312963 9)13201=(1423) não pertence a Vs.

EXERCÍCIOS 85. Verificar que a relação «G é P-isomorfo ção 11) é reflexiva, simétrica e transitiva. 86. Demonstrar 87. a S,»

num

1 a)

Decompor produto

o corolário cada de

uma

ciclos

(123456789 (241365987):

das

do

lema

a. n=9;

dois



(ver

a defini-

8.

seguintes

disjuntos

de

permutações, a dois:

pertencentes

496

123456 78910

b)

(3421361097 12345678 (45612387)

c)

Determinar 88.

ordens

e as

Representar

as

cada

5)» n=10; o n=8.

assinaturas um

dos

destas

permutações.

seguintes

elementos

de

S,

sob

a

forma

(5): a) (12367(458); n=10; b) (246(135(789), n=9; co) (135(253(147(672), n=T7. Determinar os subgrupos gerados por estas permutações. 82. Demonstrar, diretamente, que se TES, (n>1) e se (abes,, tr'abr! =(t(a) T(b)). A partir desta propriedade dar uma outra de-

então

monstração

do

lema

8.

90. Determinar S,;

Separar

morfos

êstes

ou

todos

grupos

os subgrupos em

duas

de ordem

classes

2 do grupo simétrico

conforme

êles

91. Determinar o subgrupo G de S, gerado (12), (34) e (13/24) e determinar as G-órbitas.

EXERCÍCIOS ordem

92. Seja

P-iso-

H

um

subgrupo

G=[a]

cíclico

de

um

de

grupo

ordem

t;

pelas

permutações

t de um

grupo

cíclico G de

ordem

s e seja

SÓBRE ordem

n=ts; mostrar que H =G" =Gw

93. Seja grupo

sejam

não.

O 82

(ver o exercício 63).

cíclico

de

demonstrar

que

existe

um

G'=[b]

um

homomorfismo

0:G— G' tal que aa) = b* (com I], então 7,s

grupo

não

cíclico

de

ordem

2º (s>2),

2º!,

Sugestão:

cíclico de ordem

Aut(V)=S,.

não

102. Demonstrar que se G é um grupo não abeliano, então G/C(G) é cíclico. Sugestão: mostrar que para todo xEG o subgrupo gerado

não

é a reunião

por C(QWUlx) é abeliano. 103. Demonstrar no caso

de

contrário,

que

uma

existe

se G é um

cadeia

uma

grupo

crescente

cadeia

não abeliano, então

de

grupos

cíclicos.

C(G)CH,C--.-H,C--.

de

G/C(G)

Sugestão:

subgrupos

de G tal que H,/C(G) seja cíclico, logo, H, é abeliano (exercício 102); notando-se que G é a reunião da família (H,) concluir que G é abeliano. 104. Diz-se 0 é produto

de

a) Mostrar

que ciclos

que

uma

permutação

disjuntos

dois

se a ordem

a

0€&S, dois

de 0 é um

é regular e de

se, e sômente

mesmo

número

se,

comprimento.

primo,

então,

0

é

circular

é

regular.

b) Demonstrar uma

grupo

permutação

que

tôda

potência

de

uma

permutação

regular.

105. Demonstrar que o grupo alternado A, não contém um subde ordem 6 (portanto, a recíproca do teorema de Lagrange não é

498 em

geral,

verdadeira).

106.

veis

com

As

únicas

107. subgrupo

S,,

de

108.

as

de

ordem

Demonstrar

que

n>l.

109. Demonstrar 110. Mostrar

ordem

60,

do

que

se n>4

que

(G,.)

e

ya é um

que

exercício são

permutá-

desta a S1p

elas

44.

última, Que

são

formam

um

S,=[(12),02---n), se

n>3

é

impar

subgrupo

e

que

cíclico,

S,,.

SYLOW

OPERA

SÓBRE

UM

grupo

e

consideremos

elemento

de

S(G)

(S(G),o) do conjunto G; para todo a em querda

que

pertencentes

demonstrar

é par.

DE

QUE

um

e

potências

4, =[(123),(12..-n)]

simétrico

83 - TEOREMAS

Seja

a S,,

as

[(12345),(67 8),(10 11 12)] é um

grupo

3.1 - GRUPO

são

28

50.

Sa=[12),(23),-s(n-Inl]

se supõe

teorema

permutações

(12345X678910);

4,=[123),(23---n)] de

tôdas

36,

pertencentes

circular (12...n)

Determinar

com

exemplo

permutações,

a permutação

permutáveis

onde

Sugestão:

G

CONJUNTO o

grupo

simétrico

a translação

e já sabemos

que

à es-

a aplica-

ção y:G— S(G), definida por ya)=7Ya, é um monomorfismo de G em S(G) (teorema de Cayley). Éste resultado permite

considerar o grupo G como um grupo de permutações do próprio conjunto G. Procuraremos generalizar êste conceito impondo que a aplicação y seja um homomorfismo de G em S(E), onde E é um conjunto não vazio (não necessáriamente igual a G); obteremos, dêste modo, a noção geral de grupo que opera sôbre um conjunto e que será destacada pela seguinte DEFINIÇÃO 12 - Seja G um grupo multiplicativo, seja E um conjunto não vazio e suponhamos que esteja dado um homomorfismo y de G em (E); diz-se, neste caso, que o grupo G opera sôbre o conjunto E por intermédio do homomorfismo

Y e que

Gy é uma

monomorfismo,

to E e que

representação

diremos

py é uma

que

G

de G em

opera

representação

S(E). Quando q é um

fielmente sôbre o conjun-

fiel de G em

SCE).

OBSERVAÇÕES:

sôbre

1.2) Um mesmo grupo G pode operar de um conjunto E, pois, a definição acima

momorfismo

y de G em

2.2) Se G opera

S(E).

sôbre

E por

intermédio

diversos depende

modos do ho-

de um

homo-

499

morfismo q e se H é um subgrupo de G, então H também opera, de modo natural, sôbre E bastando para isso considerar a restrição de q ao subconjunto H.

3.2) Se G opera

sôbre

E por intermédio de um homomor-

fismo q, então, em virtude do teorema do homomorfismo, grupo quociente G/Ker(y) opera fielmente sôbre o conjunto por intermédio do monomorfismo induzido q*

4.2) Todo

grupo

simétrico

S(E) opera

sôbre

o E

o próprio con-

junto E por intermédio, por exemplo, do homomorfismo idêntico de S(E); portanto, conforme a segunda observação, todo

subgrupo

noção to do

G de S(E) também

opera

do 82.2 para definir G-órbita intervalo inteiro [1,n),

5.2) Quando

remos,

o homomorfismo

simplesmente,

ExempLo

que

o grupo

46 - Conforme

fielmente sôbre o próprio lações à esquerda.

vimos

sôbre

E. Já utilizamos esta

e o-órbita

q: G G

+ S(G)

opera

acima,

de um

elemen-

está fixado di-

sôbre

E.

o grupo (G,-) opera

conjunto G por intermédio das trans-

ExempLo 47 - Seja G um grupo e consideremos a aplicação q: G — S(G) definida por qta)=Ga, onde oq é o automorfismo interno, de G, determinado por a (teorema 19); de acôrdo com a demonstração do teorema 20. q é um homomorfismo, logo. o grupo G opera sôbre o conjunto G por intermédio dos automorfismos internos de G. Notemos que esta representação não

é, em geral, fiel, ter C(G) a ils.

pois,

Kcr(g)=C(G)

(teorema

20)

e

podemos

ExempLo 48 - Seja G um grupo e indiquemos por Q o conjunto de todos os subgrupos de G; para todo automorfismo interno ca, de G, consideremos a extensão 0a de Oq ao con-

junto G, isto é, ca(H)=aHa"! para todo H em que O é uma permutação do conjunto G e

8. É imediato que Oap=0a00%

quaisquer que sejam a e b em G; portanto, o grupo G opera sôbre o conjunto & de todos os seus subgrupos por intermédio do

homomorfismo

ar» Ga.

Observemos

que

ao

mesmo

tempo

fica demonstrado que oc +» Ga é um homomorfismo de AG) em S(G) portanto, o grupo 4(G) dos automorfismos internos de G também opera sôbre o conjunto GB. to E

ExempLo 49 - Seja G um grupo e consideremos o conjunde tôdas as partes do conjunto G que têm exatamente

500

m elementos (m>0); para todo a em G indiquemos por 7, a extensão da translação à esquerda y, ao conjunto E, isto é,

P(X0)=aX

permutação

para todo X em E. É fácil verificar de

E

e

é imediato

que 7, é uma

que 7,,=)7,ºyp quaisquer

que

sejam a e b em G; portanto, o grupo G opera sôbre E por intermédio do homomorfismo a» 7. Utilizaremos êste exemplo nas demonstrações dos teoremas de Sylow. ExempLo

sideremos

o

50 - Seja

conjunto

H

um

quociente

subgrupo

de um grupo G e con-

E=G/Rw

(exemplo

18);

para

todo a em G indiquemos por 7, a extensão da translação à esquerda y, ao conjunto E, isto é, Y(xH)=(axG. Verifica-se, facilmente, que 7, é uma permutação de E e que 7, =7,º7p

logo, o grupo

G opera

monomorftismo a-»7,. tração do teorema 37.

fielmente

sôbre

Utilizaremos

E

êste

por

intermédio

exemplo

na

do

demons-

Seja G um grupo que opera sôbre um conjunto E por intermédio de um homomorfismo q; para todo par ordenado (a,x)EeGXE colocaremos ax=(Pax).

Fica assim definida uma E; mostraremos que esta a) quaisquer

mento

que

b) para todo x em unidade de G. Com

efeito,

aplicação (a,x)-»a-x, de GXE aplicação satisfaz as condições:

sejam

a e bem

(ab).x=a-(b-x); E, tem-se

Ge

e-x =x,

x

em

E,

em

tem-se

onde e indica o ele-

temos

(ab). x = (g(ab))(x) = (q(a)o q(b))x) = = (qo) g(bxa) = (pla))b-x)=a-(b.x)

e-x=(p(e)x)=lg(x)=a. Reciprocamente, seja G um grupo e seja E um conjunto não vazio; suponhamos que esteja dada uma aplicação (a, x) a-x, de GXE em E, que satisfaça as condições a) e b) acima. Para todo a em G consideremos a aplicação qy,: E —- E definida por Qa(X)=a-x; vamos mostrar que y, é uma permutação do conjunto E. Com efeito, temos logo,

pla m=aalxy=(aah.x=e-x=z,

y, é sobrejetora;

por

outro

lado,

de

a-x=a-y

resulta

x=ex=(qlax=al(a-x)=al.(a-y=(ala-y=e-y=y, logo,

y, é injetora.

501

Fica assim definida uma aplicação q: G — S(E) e temos (P PO = PP) =Pylbex)=a-(b.x)=(ab).x =p), logo, Pap =P,ºPp» OU seja, P Em resumo, nas condições conjunto E por intermédio (Px) =a-x para todo par troduzir a noção de grupo

por intermédio

de uma

é um homomorfismo de G em S(E). acima, o grupo G opera sôbre o do homomorfismo q e, além disso, (a-x)eGXE. Portanto, pode-se inG que opera sôbre o conjunto E

aplicação

(a,w)-»a-x,

que satisfaz os axiomas a) e b). No esta definição que tem a vantagem

de GXE

em

E,

que se segue adotaremos de simplificar as notações.

OBseRvAçÃo - Quando E=G é essencial distinguir a lei de composição externa (a,x)r>a-x da multiplicação definida sôbre o conjunto G; no caso particular em que o grupo G opera sôbre o conjunto G por intermédio das translações à esquerda (ver o exemplo 46), temos a-x =ax quaisquer que sejam a e

x em

G.

Seja G um grupo que opera sôbre um conjunto É e consideremos a relação G, definida sôbre E, do seguinte modo: quaisquer que sejam x e y em E, tem-se xGy se, e somente se, existe a em G tal que y=a-x. Levando-se em conta que

G é um

grupo

e que

valem-os

axiomas

a) e b),

é fácil

veri-

ficar que a relação G é de equivalência. A classe de equivalência, módulo G, determinada por um elemento x de E será indicada por G-x, logo,

G-x=(a-reE

| aeG):

diremos também que G.x é a G-órbita do elemento x. O conjunto quociente E/G que é, então, o conjunto de tôdas as G-órbitas, é uma partição de E; daqui resulta, em particular, que

todo As

elemento

G-órbitas

de E pertence

também

são

a uma

e sômente

chamadas

uma G-órbita.

classes de intransitividade

e se existir uma única G-órbita diremos que o grupo G opera transitivamente sôbre o conjunto E. Por exemplo, o grupo simétrico

Sn

opera

ExempLo

simétrico

transitivamente

591 - Já

S, opera

sabemos

sôbre

ExempLo

todo

no 82.2. Se, as o-órbitas.

52 - Conforme internos

o intervalo

[1,n]; obtêm-se,

bitas que foram difinidas com o em Sa, obteremos automorfismos

que

sôbre

de

grupo

G

particular,

47, o grupo G,

do grupo

neste caso, as G-ór-

em

o exemplo um

subgrupo

[1,n).

opera

G=([o],

4(G)

sôbre

o

dos con-

502

junto

G; a 4G)-órbita de um elemento x de G é o conjunto MG) x=tarxaleG | aeG),

ou seja, é o conjunto de todos os conjugados Notemos que se xeC(G), então MG).x = (x).

do elemento

x.

ExempLo 53 - Conforme o exemplo 48, o grupo MG) também opera sôbre o conjunto & de todos os subgrupos de G; a 4G)-órbita de um subgrupo H de G é, então, o conjunto de

todos

os

subgrupos

Notemos que normal

de

de

G

que

são

MG).H=(aHalel

G.

4(G).H =tH;

conjugados

de

| aceG).

se, e somente

H:

se, H é um sub-grupo

DEFINIÇÃO 13 - Seja G um grupo que opera sôbre conjunto E e seja x um elemento de E; o subconjunto

Gr=taeG

é denominado

estabilizador

LEMA i3-a) Gy é um b) Gax=aGyal.

do

um

|a-x=7)

elemento

subgrupo

x.

de G.

DEMONSTRAÇÃO a) É imediato que Gy não é vazio, pois, e:-x = x; por outro lado, se a e b são dois elementos quaisquer de Gx, temos

(ab).x=atbex)=a-x=r 41 lax)=(a"'a)x=ex=x, 1

e

1 ax=a

logo, ab e a! são elementos

de Gr.

b) Temos

beGarzDb-(a-m=-arxo (alba). x=r

logo, Gax=aGya.

o

albaeGy; O

beaGyra!,

ã

A parte b) do lema acima nos mostra que o conjunto dos estabilizadores dos elementos de uma mesma G-órbita G-x coincide com o conjunto de todos os subgrupos de G que são conjugados de Gr.

Exempro

54 - O grupo

4G)

opera sôbre

o conjunto

todos os subgrupos de G (exemplo 48); se HeG,

lizador de H é o conjunto N(H)=(acG | a!Ha=H), de onde vem, HCN(H) e, além disso, H é um

mal de N(H). É fácil verificar que se K é um

mal

de

G

tal que

H seja

normal

em

K,

então

G de

então, o estabi-

subgrupo

subgrupo K

é

um

nor-

nor-

sub-

503

grupo

de N(H); portanto,

N(H)

é o maior

subgrupo

de

satisfaz esta condição. N(H) é denominado normalizador em

G.

um

conjunto

TEOREMA

de ou

32 - Seja G um finito

e não

vazio

grupo E;

linito

para

(G.x) = AG) (Gr).

que

todo

G que

de H

opera

x

em

sôbre

E, tem-se:

DemonsrTRrAçÃO - Sejam a-x e b-x dois elementos quaisquer G-órbita G-.x; temos a-x=b-x se, e sômente se, blaeGr, seja, aGx = bGx, logo, XG-x)=(G:Gx) e em virtude do teo-

rema

de Lagrange

Suponhamos

êste número

ainda

que

G

é igual

a (G)l(Go).

e E sejam

finitos

á

e considere-

mos uma G-órbita G-x; se axe b-x são dois elementos quaisquer desta G-órbita colocaremos, por definição, (a-x)S(b-x) se e somente

equivalência

se, Gax=Gox.

sôbre

G-x;

É imediato

indicaremos

que

por

S é uma

relação

r o número

de

de

ele-

mentos do conjunto quociente (G-x)lS e por U,,Us,,---,U, as classes de equivalência módulo S. Observemos que dois elementos de uma mesma classe de equivalência U, têm o mesmo estabilizador e que 7 é o numero de estabilizadores de G-órbita G-x, ou seja, 7 é o número de subgrupos de G que são conjugados do subgrupo Gx (parte b) do lema 13). Ora, temos

Ga-x = Gba > aGya! = bGyb! > (bla)Gx = = Grxlbla) > blae NG) > aN(Go) = bN(Go), logo, r=(G:N(Gx)). cia

Mostraremos, a seguir, que tôdas as classes de equivalênU,,Us,---.,U, têm o mesmo número s de elementos e que

s=(N(Go):Gx),

de onde

suponhamos que xeU, ax de U;,, temos

e

seja

que

o(G-x)=rs.

s=o(U:);

para

Com

todo

efeito,

elemento

azx=Gr€>aG;a!=GrosaGr=Gra > aÂeN(Go), U/=N(Gy)-x. Se a e b são dois elementos quaisquer

logo, N(Gx)

temos

Finalmente,

aG =bGx

se, e somente se. a.x=b-x, s=(U)=(N(Gy): Go).

se c.xeU,

acima,

mas

resultará

N(Gex)=cN(Gycl

(i>1) temos,

em

virtude

d(U,) = (N(Gex): Ge);

e Gex=cGxc!,

logo.

(N(Gex): Gex) = (N(G x): Ga),

de onde concluímos que s=o(U:) = o(Uj). Demonstramos

assim

o seguinte

de

logo,

da

(exercício

fórmula 38)

504

TEOREMA um

mos

conjunto

33 - Seja G um

grupo

finito e não vazio

E;

finito

que

para todo

opera

x em

sôbre

E considere-

a G-órbita G-x, o estabilizador Gx e o normalizador

Nestas

condições,

a) r=(G:N(Gsx)) mentos

de

G-x,

é o número

ou

são conjugados

N(G»).

temos: seja,

de

estabilizadores

é o número

do subgrupo

b) cada subgrupo Gax elementos de G-x;

de

Gy;

dos

subgrupos

é o estabilizador

de

de

ele-

G

que

s=(N(Gx):Gs)

c) (Gr) =rs=(G)/d(Go). EXERCÍCIOS 111. Seja que

a relação

que

y=a-x, 112.

G G

é

um

grupo

definida uma

relação

Demonstrar

que

por de

que

opera

xGy

se

equivalência H

113. Seja

e K

E=K[X,,X,,-:-,Xp]

grupo

simétrico

são

todo

O.f



o anel

Rego"

"o

E;

existe

a

verificar em

G

tal

E.

subgrupos

de

de N(H).

um

de polinômios

corpo K

par (0,)esS, XE,

TX

conjunto se,

sóbre

subgrupo

e com coeficientes num

S,. Para

um

e sômente

se H é normal em K, então K é um nadas X,,X,,º::,X,

sôbre

se,

grupo

G

e

nas. indetermi-

e consideremos

ponhamos

o

on)»

a) Mostrar que S, opera sôbre E. b) Descrever as S,-órbitas. c) Supondo-se zero,

determinar

os

que

n=4

e que

estabilizadores

a característica dos

seguintes

de

K

seja

igual

a

polinômios:

D X,-X,; 2) 2X,-X,; 3) XX, +X,X,; 9) X,+X,+X,+X4;

5) Xi+X2+X5+X5: 6) X,X,X,X,;

DX

d)

+X,-X- Xp.

Qual

é

o conjunto

bilizador? (Sugestão: Ryo Hook. e) Se n=7, KXK é igual

a 168.

dos

considerar

mostrar

KAKA

elementos

de

os polinômios

E

que

têm

S,

como

esta-

simétricos elementares em

que

a ordem

do estabilizador

AAA

+ AX,

4X, XX

de

XXX, + XXX,

505

3.2 - TEOREMAS

DE

SYLOW

Seja n>1 um numero natural e seja p um número natural primo; existe, então, um unico número inteiro m>0 tal que p”In e p”tl!|n e, neste caso, diremos que p” divide exatamente n. É evidente que p” divide exatamente n se, e sômente se, n=p”a, com pja. Na demonstração do primeiro teo-

rema

cientes

de Sylow

LEMA visível o

precisamos

binomiais

(onde

14 - Se um

por

p”

binomial

DEemonsTRAÇÃO

não

é

N=( nt)

- Temos

p

Falta,

então,

por

p'i(p”"a-i)

(com

p'i(p”a-i),

temos

s>1) s ba, é uma aplicação de G4 em 4 e como esta aplicação é, evidentemente, injetora, concluímos que

portanto,

em

virtude

(Ga)1

e

pelo menos um

TEOREMA 35 (segundo teorema de Sylow) - Se G é um grupo finito de ordem n>1 e se p é um fator primo de n, então todos entre mos

os p-subgrupos si.

de

Sylow

do

grupo

G

são

conjugados

DemonstTRAÇÃO - Ponhamos n=p”a, onde pfa e considereo conjunto E de tôdas as partes de G que têm exatamen-

te p” elementos;

conforme

vimos

na demonstração do teorema

anterior, existe uma G-órbita G-A tal que p(o(G-A) e o(Ga)=p”. Seja H um p-subgrupo de Sylow do grupo G; o grupo G ope-

ra sôbre

a G-órbita

G-A,

logo, o subgrupo

H

também

sôbre esta G-órbita (exemplo 49 e 2.2 observação); G-A é a reunião de um número finito de H-órbitas

duas

a duas

e como

com

o teorema

ta H.B, com B=bA

pj/o(G-A)

resulta que

e b em G, tal que

32, temos

opera

portanto, disjuntas

existe uma H-órbi-

pfo(H-B).

De

acôrdo

o(H-.B)-o(Hp) =(H)=p”, onde Hg é o estabilizador de Bem H; daqui resulta o(H-B)=1 e o(Hp)=p”, logo, He=H. Por outro lado, temos HsCGs e (Ge) = (Goa) = o(bGabDD) =(GAa)=p”,

logo, H=Gs.

Fica

assim

demonstrado

que

todo

p-subgrupo de

507

Sylow do grupo G é o estabilizador de um elemento de E, de onde vem, conforme a parte b) do lema 13, que os p-subgrupos de Sylow do grupo G são conjugados entre si. ã TEOREMA 36 (terceiro teorema de Sylow) - Seja G um grupo finito de ordem n>l1, seja p um fator primo den e ponhamos n=p”a, onde pfa; nestas condições, o número r de

p-subgrupos

de Sylow

do grupo

r=1

(mod.

G satisfaz as condições

p)

e

rla.

DEemoNsTRAÇÃO - Seja E o conjunto de tódas as partes de G que têm exatamente p” elementos; conforme vimos na demonstração do teorema 34 existe uma G-órbita G-A tal que

pilG-A) grupo

e o(Ga)=p”.

G; de

acôrdo

B em G.A

Seja

com

tal que H=Gs

H

um

p-subgrupo

de

Sylow

a demonstração do teorema

e, além disso, H.B=(Bb.

do

35, existe

Ora, o sub-

grupo H é o estabilizador de s=(N(H):H) elementos Bi,,B>,---,Bs de G-A (teorema 33) e para cada B, temos H.B,=(B;). Notemos ainda que se CceG.4 e se CzB, para :=1,2,-:-.,s, então Hc não é um p-subgrupo de Sylow e como

concluímos

que

(H-C)o(Ho) =o(H) =p” plo(H-C). Portanto, G.4 é a reunião

de

um

número finito de H-órbitas disjuntas duas a duas sendo que existem s H-órbitas formadas por um único elemento e tôdas as outras têm ordens divisíveis por p, logo,

o(G-A)=s (mod. p) e como pio(G-A) resulta que pts. Conforme o teorema 33 temos o(G-A)=rs, onde r=(G:N(H)) é o número de p-subgrupos de

Sylow

do

grupo

G,

(mod. p). Finalmente, de

logo,

rs=s (mod.

p), de onde vem,'r =1

(G-A)o(Ga)=o(G)

ou, rs=qa e então rla.

resulta

rsp”"=p"a,

ã

Os teoremas de Sylow simplificam a determinação das estruturas de grupo que podem ser definidas soóbre um conjunto finito. Por exemplo, se G é um grupo não abeliano de ordem 6, então existe em G um subgrupo H de ordem 3, logo. H é cíclico: H = [a]. Tomando-se beG, b&H e notando-se que (G:H)=2,

temos

G=HUHb=tfe.a.a?.b.ab.a*b):

daqui

se obtém

novamen-

te a tábua de G conforme foi construida no exemplo 36. Notemos ainda que. em virtude do teorema 36. o númer» rr de

subgrupos de ordem 3 satisfaz as condições logo,

r=1;

portanto,

H

é

um

subgrupo

rl2 e r=1 (mod. 3),

normal

de

G.

Aliás,

508

êste resultado

também

(ver o exercício ExempLo com

pode ser obtido diretamente de (G:H)=2

44).

57 - Seja G um

o teorema

35,

G

contém

grupo um

de ordem

subgrupo

H

42; de

de

acôrdo

ordem

7 eo

número r dêstes subgrupos é um divisor de 6 e r=1 (mod. 7), vgo, r=1 e então H é um subgrupo normal de G. O grupo quociente

G/H

tem

ordem

6, logo,

sendo

que

existe

neste

grupo um sub-

grupo normal HilH de ordem 3 e é imediato que H, é normal em G. Obtivemos assim uma cadeia pos

fetjcHcH,cG,

guinte

e os grupos

quocientes

pois, suas ordens são 7,3

todo grupo

de ordem

cada

um

dêles

Hite), H;/H

o(H;)=21 e de subgru-

é normal

e G/lH

são

no se-

cíclicos,

e 2; esta propriedade nos mostram

42 é solúvel

(ver o 84.3).

que

ExempLo 58 - Utilizando-se o primeiro teorema de Sylow, a demonstração do teorema 31 se reduz somente ao caso c).

Com efeito, de nz5

e (An)=n!/2

concluímos que

5lo(A,), logo,

existe em 4, um subgrupo H de ordem 5, ou seja, existe um elemento cc A, tal que o(0)=5 e êste elemento é um produto de ciclos disjuntos dois a dois e de comprimento 5.

TEOREMA 37 - Se G é um p-grupo de ordem p” (m>1), então todo subgrupo de G, de ordem p””!, é normal em G. Demonsrração - Observemos que. em virtude do primeiro teorema de Sylow, existe um subgrupo H de G tal que o(H)=p”"!, Conforme o exemplo 50 o grupo G opera sôbre o

conjunto quociente E =G/Rw

por meio do monomorfismo

a

7,,

logo, H também opera sôbre o conjunto E. Daqui resulta que E é a reunião de um número finito de H-órbitas W,,W.,ccc,W,

disjuntas O

duas

elemento

e duas e como o(E)=p, temos p=(Wy)+o(W9)+---+o(W;)

H pertence

a uma

HeW, e é imediato que virtude de (14), que 7>1. qualquer

a de

G

tal que

destas

H-órbitas,

(14). por

exemplo,

Wi=tH;, de onde concluímos, em Consideremos agora uin elemento

a&H;

de

aH+H

e aHEE

resulta que

existe uma H-órbita W, (i>1) tal que aHeW:;. É fácil verificar que o estabilizador K do elemento aH é HN(aHa"!); conforme o

teorema

32,

temos

logo. em virtude

(Wok) = (H) = pr, de (14), concluimos que o(W)=1.

Daqui

re-

509

sulta o(K) = o(H), logo, aHa!=H

e fica assim

demonstrado que

H é um subgrupo normal de G. É ExempLo 59 - Seja G um p-subgrupo de ordem p” (m>1); procedendo-se teorema

grupos

onde

por indução

anterior,

finita sôbre

conclui-se

de G

que

m,

existe

com

uma

o

auxilio

cadeia

de

Ho=ticHicH,C...cH,,cHa=G, cada H;-tem ordem p' e H; é um subgrupo

Him (it; demonstrar grupo G.

é um

então

te; é um

G (exemplo

então

se H

G,

Demonstrar

o” (n>1),

n>l

que

em

um

demonstrar

concluir

aK de

daí que

94. grupo

aditivo

ordem

p?

dos

inteiros

54 - SEQUÊNCIAS

DE COMPOSIÇÃO

4.1 - SEQUÊNCIAS

NORMAIS

é

abeliano módulo

e n).

Seja G um grupo e consideremos o conjunto &, ordenado por inclusão, de todos os subgrupos de G. No 84.2 do Capítulo Vil introduzimos os conceitos de cadeia crescente ou decrescente, a condição maxima! ou minimal, etc., num conjunto parcialmente

ordenado;

cadeias de elementos de pre a inclusão.

(com

aplicaremos

(

estas

noções

para

certas

onde a ordem considerada será sem-

DEFINIÇÃO 14 - Diz-se que uma cadeia decrescente (Giocies s>1), de subgrupos de G, é uma segiiência normal se, e

somente

se,

a) Go=G b) para

as

seguintes

condições

estiverem

verificadas:

e Gs=tI); todo

iel0,s-1],

Gi,

é um subgrupo normal de Gi.

511

Representaremos

a segiiência

normal

(Gi)oi«s por

Go=GDG/D-DGs1DGs=tl)

ou, simplesmente, por (G;). O número primento da segiência normal (Gibi

mada

segiiência

dos

fatôres

Gis Gis para i=0,1,-::,s-l é estritamente decrescente.

uma

Seja

da

(15)

s é denominado come (GilGisoiss-1 é cha-

sequência

normal

(G;).

diremos que a sequência normal (G;)

Go=GG1D-.->G>G=11)

outra seqiência normal do grupo G; se (15) é uma

sequência

(resp.,

Se

subsequência

própria)

de

(15)

diremos

(16)

sub-

que

a

sequência normal (G;) é mais fina (resp., estritamente mais fina) do que a seqiiência normal (G;) ou que (G;) é um refinamento (resp., refinamento próprio) de (Gj): A definição

14 pode

ser estendida

para

uma

cadeia

de-

crescente (Gi;jier de subgrupos de G, onde I é um conjunto finito totalmente ordenado e o(l)>2; notemos que, neste caso,

impõe-se

que

Ga=G

DEFINIÇÃO

e Gb=ftl1), onde

b) existe tal

para

e b=mazxl.

15 - Diz-se que a sequência normal (15) é equi-

valente à seqiência normal as seguintes condições: a) s=t;

a=minl

uma

(16)

permutação

que

21=0,1,--.,s-l.

se,

e sômente

o do

se, são

intervalo

válidas

inteiro [0,s-1]

GilGin = GanlGaa

Verifica-se, facilmente, que a reiação introduzida pela definição acima é de equivalência. Deixaremos a cargo do leitor a extensão da definição l5 para duas sequências normais

(Giier e (G;)jes, onde

1 e J

são

conjuntos

finitos

totalmente

tôda

sequência

ordenados. OBSERVAÇÕES:

1.2) Se o grupo

M

é comutativo,

então

decrescente (Gi)oci1) nem sempre é um subgrupo normal de Gia; portanto, nem tôda subsegiência (G;).

512

ExempLo

60 - Para

todo

grupo

G,

a segiiência

GDftl)

é

normal; se G é simples, então, esta é a única sequência normal estritamente decrescente de G.

ExempLo ordem

61 - Consideremos

6; conforme

o teorema

são: G, [a2), [a] e (lj. Portanto, sequências

normais

mento 2: pois, grupo

que

os

estas

grupo

cíclico

únicos

subgrupos

existem

estritamente

[aJ>0]>0)

Notemos

um

27,

em

sômente

decrescentes

e [J>[a1>().

sequências

[a)la?])=[0']t1y

G

e

normais

G=[a]

e

de

são

de

de

G

duas

compri-

equivalentes,

[02]/1)=[a)/la3].

ExempLo 62 - Conforme vimos na parte final do 82.2, simétrico S, admite a seguinte sequência normal

o

SDPA,DV,ODV,D(e (17), onde A, é o grupo alternado, V,=te,(1 2X3 4),(1 3)(2 4),(1 42 3)) e V,=fte,(1 2X3 4). Notemos é normal

em

de (17), não

4,

que

(exemplo

V, é normal

45), logo,

em

V, mas

não

a subseqiuência

SD AO VoDte,

é normal.

ExempLo 63 - De acôrdo com o teorema 31 e seu corolário, as únicas sequências normais estritamente decrescentes do grupo simétrico Sa, com n>9, são

SnDl(e) SnDAnDte)

e

O e

sua

principal teorema desta demonstração é baseada

secção é devido a O. Schreier no lema de Zassenhaus (91.5):

TEOREMA 38 (Schreier) - Duas mesmo grupo G, têm refinamentos

DemonsTRAÇÃO - Sejam

(15)

de

(i,j),

mais

G

e para

cada

nhamos

sequências normais, de um equivalentes.

e (16) com

duas

sequências

O