Treinamento Rede de Cinemas [1 ed.]

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Treinamento Rede de Cinemas [1 ed.]

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Treinamento Treinamento Rede de Rede de Cinemas

Cinemas Sindolfo Miranda Filho Osvaldo Emery

Treinamento Rede de Cinemas – Roteiro de atividade

Treinamento Rede de Cinemas – Sessão1

Treinamento Treinamento Rede de Rede de Cinemas

Cinemas

Sindolfo Miranda Filho Osvaldo Emery

Rio de Janeiro Escola Superior de Redes 2015

Treinamento Rede de Cinemas – Roteiro de atividade

Copyright © 2015 – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa – RNP Rua Lauro Müller, 116 sala 1103 22290-906 Rio de Janeiro, RJ Diretor Geral Nelson Simões Diretor de Serviços e Soluções José Luiz Ribeiro Filho

Escola Superior de Redes Coordenação Luiz Coelho Edição Pedro Sangirardi Revisão Técnica Graciela Martins e Thiago Ignácio Coordenação Acadêmica de Projetos Especiais Renato Duarte Equipe ESR (em ordem alfabética) Celia Maciel, Cristiane Oliveira, Derlinéa Miranda, Edson Kowask, Elimária Barbosa, Lourdes Soncin, Luciana Batista, Luiz Carlos Lobato, Sergio Ricardo Alves de Souza e Yve Abel Marcial. Capa, projeto visual e diagramação Tecnodesign Versão 1.0.0 Este material didático foi elaborado com fins educacionais. Solicitamos que qualquer erro encontrado ou dúvida com relação ao material ou seu uso seja enviado para a equipe de elaboração de conteúdo da Escola Superior de Redes, no e-mail [email protected]. A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e os autores não assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas, a pessoas ou bens, originados do uso deste material. As marcas registradas mencionadas neste material pertencem aos respectivos titulares. Distribuição Escola Superior de Redes Rua Lauro Müller, 116 – sala 1103 22290-906 Rio de Janeiro, RJ http://esr.rnp.br [email protected]

Treinamento Rede de Cinemas

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Sumário Escola Superior de Redes ................................................................................................................................................... iv A metodologia da ESR..................................................................................................................................................... iv Sobre o curso ....................................................................................................................................................................... v A quem se destina ............................................................................................................................................................. vi Convenções utilizadas .................................................................................................................................................... vi Permissões de uso ............................................................................................................................................................ vi Comentários e perguntas .............................................................................................................................................vii Sobre os autores ...............................................................................................................................................................vii 1....................................................................................................................................................................................................... 1 O Projeto Rede de Cinemas ................................................................................................................................................ 1 Contextualização e Benefícios ................................................................................................................................ 1 Objetivos ........................................................................................................................................................................... 2 Expectativas .................................................................................................................................................................... 2 Visão geral ........................................................................................................................................................................ 3 Arquitetura da solução............................................................................................................................................... 4 Componentes do sistema ............................................................................................................................................... 6 Controlador de Cinema .............................................................................................................................................. 7 Exibidores......................................................................................................................................................................... 7 Configuração de rede e protocolos utilizados...................................................................................................... 9 Outros materiais para consulta................................................................................................................................ 10 2.................................................................................................................................................................................................... 11 A qualidade da projeção ................................................................................................................................................... 11 Princípios básicos ........................................................................................................................................................... 11 A importância das salas de projeção ................................................................................................................ 11 O cinema digital .......................................................................................................................................................... 11 Os tipos de projeção ................................................................................................................................................. 12 A importância da qualidade técnica ................................................................................................................. 13 Os componentes da qualidade da técnica da projeção ............................................................................ 15 Recomendação Técnica para Salas de Exibição Cinematográfica ........................................................... 18 Qualidade da imagem projetada......................................................................................................................... 19 ii

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Qualidade da imagem percebida ........................................................................................................................ 21 Conforto do espectador .......................................................................................................................................... 28 3.................................................................................................................................................................................................... 33 Treinamento – Rede de Cinemas.................................................................................................................................. 33 O Sistema ICD ................................................................................................................................................................... 33 Introdução ..................................................................................................................................................................... 33 Administração de usuários ........................................................................................................................................ 34 Espaços virtuais (EVs) .................................................................................................................................................. 37 Tipo de compartilhamento.................................................................................................................................... 40 Conteúdos........................................................................................................................................................................... 41 Gerando playlists ............................................................................................................................................................ 51 4.................................................................................................................................................................................................... 61 Treinamento – Rede de Cinemas.................................................................................................................................. 61 Utilizando o Controlador de Cinema ..................................................................................................................... 61 Configurações .............................................................................................................................................................. 62 Visão de playlist .......................................................................................................................................................... 63 Calendário ..................................................................................................................................................................... 64 Visão de Conteúdos................................................................................................................................................... 65 Visão das Salas de Cinema ..................................................................................................................................... 66 Atividades Práticas ........................................................................................................................................................ 70 Atividades Práticas – Cenário 1 .......................................................................................................................... 71 Atividades Práticas – Cenário 2 .......................................................................................................................... 71 Atividades Práticas – Cenário 2 – Passos para o Cinema B ................................................................... 72 Atividades Práticas – Cenário 2 – Passo Final para o Cinema A .......................................................... 72

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Escola Superior de Redes A Escola Superior de Redes (ESR) é a unidade da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) responsável pela disseminação do conhecimento em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A ESR nasce com a proposta de ser a formadora e disseminadora de competências em TIC para o corpo técnico-administrativo das universidades federais, escolas técnicas e unidades federais de pesquisa. Sua missão fundamental é realizar a capacitação técnica do corpo funcional das organizações usuárias da RNP, para o exercício de competências aplicáveis ao uso eficaz e eficiente das TIC. A ESR oferece dezenas de cursos distribuídos nas áreas temáticas: Administração e Projeto de Redes, Administração de Sistemas, Segurança, Mídias de Suporte à Colaboração Digital e Governança de TI. A ESR também participa de diversos projetos de interesse público, como a elaboração e execução de planos de capacitação para formação de multiplicadores para projetos educacionais como: formação no uso da conferência web para a Universidade Aberta do Brasil (UAB), formação do suporte técnico de laboratórios do Proinfo e criação de um conjunto de cartilhas sobre redes sem fio para o programa Um Computador por Aluno (UCA).

A metodologia da ESR A filosofia pedagógica e a metodologia que orientam os cursos da ESR são baseadas na aprendizagem como construção do conhecimento por meio da resolução de problemas típicos da realidade do profissional em formação. Os resultados obtidos nos cursos de natureza teórico-prática são otimizados, pois o instrutor, auxiliado pelo material didático, atua não apenas como expositor de conceitos e informações, mas principalmente como orientador do aluno na execução de atividades contextualizadas nas situações do cotidiano profissional. A aprendizagem é entendida como a resposta do aluno ao desafio de situações-problema semelhantes às encontradas na prática profissional, que são superadas por meio de análise, síntese, julgamento, pensamento crítico e construção de hipóteses para a resolução do problema, em abordagem orientada ao desenvolvimento de competências. Dessa forma, o instrutor tem participação ativa e dialógica como orientador do aluno para as atividades em laboratório. Até mesmo a apresentação da teoria no início da sessão de aprendizagem não é considerada uma simples exposição de conceitos e informações. O instrutor busca incentivar a participação dos alunos continuamente. As sessões de aprendizagem onde se dão a apresentação dos conteúdos e a realização das atividades práticas têm formato presencial e essencialmente prático, utilizando técnicas de estudo dirigido individual, trabalho em equipe e práticas orientadas para o contexto de atuação do futuro especialista que se pretende formar. As sessões de aprendizagem desenvolvem-se em três etapas, com predominância de tempo para as atividades práticas, conforme descrição a seguir: Primeira etapa: apresentação da teoria e esclarecimento de dúvidas (de 60 a 90 minutos). O instrutor apresenta, de maneira sintética, os conceitos teóricos correspondentes ao tema iv

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da sessão de aprendizagem, com auxílio de slides em formato PowerPoint. O instrutor levanta questões sobre o conteúdo dos slides em vez de apenas apresentá-los, convidando a turma à reflexão e participação. Isso evita que as apresentações sejam monótonas e que o aluno se coloque em posição de passividade, o que reduziria a aprendizagem. Segunda etapa: atividades práticas de aprendizagem (de 120 a 150 minutos). Esta etapa é a essência dos cursos da ESR. A maioria das atividades dos cursos é assíncrona e realizada em duplas de alunos, que acompanham o ritmo do roteiro de atividades proposto no livro de apoio. Instrutor e monitor circulam entre as duplas para solucionar dúvidas e oferecer explicações complementares. Terceira etapa: discussão das atividades realizadas (30 minutos). O instrutor comenta cada atividade, apresentando uma das soluções possíveis para resolvêla, devendo ater-se àquelas que geram maior dificuldade e polêmica. Os alunos são convidados a comentar as soluções encontradas e o instrutor retoma tópicos que tenham gerado dúvidas, estimulando a participação dos alunos. O instrutor sempre estimula os alunos a encontrarem soluções alternativas às sugeridas por ele e pelos colegas e, caso existam, a comentá-las.

Sobre o curso O treinamento está organizado em quatro sessões. Na primeira sessão, apresentamos a visão geral e a arquitetura do projeto e entenderemos como os cinemas participantes do projeto estão organizados e interligados pela Rede de Cinemas. Esta primeira sessão engloba os tópicos “O Projeto Rede de Cinemas” e “A Rede de Cinemas”. A segunda sessão discorre sobre a exibição cinematográfica ressaltando a importância da qualidade técnica como forma de valorizar tanto os esforços dos realizadores de filmes como também a experiência sensorial dos espectadores. Serão apresentados conceitos básicos relacionados à projeção e discutidos aspectos relevantes à obtenção de projeções com boa qualidade, compatíveis com as tecnologias contemporâneas e os objetivos do projeto da Rede de Cinemas. Esta sessão foi produzida por Osvaldo Emery, arquiteto da Cinemateca Brasileira ([email protected] e [email protected]). A terceira sessão apresenta o sistema de gerenciamento de conteúdos ICD, o qual é responsável por permitir o armazenamento e compartilhamento de mídias entre os cinemas participantes da rede. Nesta sessão, aprenderemos a gerenciar os usuários do ICD e seus papéis dentro do sistema, gerenciar e compartilhar conteúdos e gerar playlists para as salas de cinema. Esta terceira sessão contempla o tópico “Utilizando o Sistema ICD”. Por fim, a sessão quatro apresenta o tópico “Utilizando o Controlador de Cinema”. Neste tópico, iremos aprender a operar a sala de cinema utilizando o software controlador de cinema desenvolvido no projeto. Este Controlador é capaz de baixar a playlist montada no ICD e então reproduzir as respectivas sessões de cinema conforme especificado na playlist.

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A quem se destina O público-alvo é composto por profissionais operadores de salas da Rede de Cinemas.

Convenções utilizadas As seguintes convenções tipográficas são usadas neste livro: Itálico Indica nomes de arquivos e referências bibliográficas relacionadas ao longo do texto. Largura constante Indica comandos e suas opções, variáveis e atributos, conteúdo de arquivos e resultado da saída de comandos. Comandos que serão digitados pelo usuário são grifados em negrito e possuem o prefixo do ambiente em uso (no Linux é normalmente # ou $, enquanto no Windows é C:\). Símbolo Indica referência complementar disponível em site ou página na internet. Símbolo  Indica um documento como referência complementar. Símbolo  Indica um vídeo como referência complementar.  Símbolo Indica um arquivo de áudio como referência complementar.  Símbolo Indica um aviso ou precaução a ser considerada.  Símbolo Indica questionamentos que estimulam a reflexão ou apresenta conteúdo de apoio ao entendimento do tema em questão.  Símbolo Indica notas e informações complementares como dicas, sugestões de leitura adicional ou mesmo uma observação.

Permissões de uso Todos os direitos reservados à RNP. Agradecemos sempre citar esta fonte quando incluir parte deste livro em outra obra. Exemplo de citação: MIRANDA FILHO, Sindolfo et al. Treinamento Rede de Cinemas. Rio de Janeiro: Escola Superior de Redes, RNP, 2015.

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Treinamento Rede de Cinemas IX

Comentários e perguntas Para enviar comentários e perguntas sobre esta publicação: Escola Superior de Redes RNP Endereço: Av. Lauro Müller 116 sala 1103 – Botafogo Rio de Janeiro – RJ – 22290-906 E-mail: [email protected]

Sobre os autores Sindolfo Miranda Filho possui mestrado em informática pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e doutorando do programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica e de Computação - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atualmente é gerente de projetos. Osvaldo Emery é arquiteto, com mestrado em Conforto Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, com especialização em arquitetura acústica e audiovisual. Trabalha na Cinemateca Brasileira, atuando em atividades voltadas ao desenvolvimento da exibição audiovisual.

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1 O Projeto Rede de Cinemas Nesta sessão veremos: A visão geral do Projeto Rede de Cinemas. A visão geral da arquitetura da solução. Os componentes de software/hardware que compõem a solução. Nesta sessão apresentamos o projeto Rede de Cinemas, sua arquitetura e os componentes de software e hardware utilizados na solução.

Contextualização e Benefícios Contextualização Cooperação entre o Ministério da Cultura e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Benefícios Catalogação e compartilhamento de conteúdo entre cinemas associados. Criação de uma comunidade usuária da Rede de Cinemas proposta. Desenvolvimento de players e tecnologia nacional para cinema digital.

O Projeto Rede de Cinemas é parte do plano de trabalho acordado entre o Ministério da Cultura (MinC) e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). No MinC a Secretaria de Políticas Culturais (SPC) é a responsável pela iniciativa e indicou a Cinemateca como ponto focal do projeto e nó principal da rede. Já do lado do MCTI, a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) é a responsável pela gestão e execução do projeto. Uma cooperação entre o Ministério da Cultura e a RNP para permitir a catalogação de acervos e o compartilhamento de conteúdo entre os cinemas participantes da rede. Além disso, o projeto utiliza e desenvolve players e tecnologia nacional na área de cinema digital. A RNP foi a primeira rede de acesso à Internet no Brasil, integrando mais de 800 instituições de ensino e pesquisa no país, beneficiando a mais de um milhão de usuários. Em 2005, o então Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) lançou a Nova RNP. O objetivo foi de melhorar a infraestrutura de redes em níveis nacional, metropolitano e local (redes de campus); atender, com aplicações e serviços inovadores, as demandas de comunidades específicas (telemedicina, biodiversidade, astronomia etc.); e promover a capacitação de recursos humanos em tecnologias da informação e comunicação. vii

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Capítulo 1 - O Projeto Rede de Cinemas

A cooperação entre o Ministério da Cultura e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação é motivada pela importância de poder contar no país com soluções para distribuição de conteúdos audiovisuais por meio de redes ópticas.

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A Cinemateca Brasileira é a instituição responsável pela constituição e preservação da memória audiovisual do Brasil, desenvolvendo para isso atividades de difusão e de restauração de seu acervo – um dos maiores da América Latina. São cerca de 40 mil títulos, entre curtas, médias e longas metragens, distribuídos por mais de 200 mil rolos de filmes.

Objetivos Constituir uma rede de distribuição de conteúdos audiovisuais entre a Cinemateca Brasileira e os cinemas e salas de exibição das instituições conectadas à rede (backbone) operada pela RNP. Estruturar um circuito de salas compartilhadas para a exibição de conteúdos audiovisuais de caráter cultural/alternativo, com projeções de boa qualidade técnica. Disponibilizar um espaço para experimentação da comunidade que vem trabalhando com problemas relativos à distribuição de conteúdos audiovisuais em rede. Em 2012 iniciou-se a ativação da Rede de Cinemas que conta com instituições usuárias da RNP como membros.

Expectativas Em relação aos participantes desse treinamento Que sejam membros ativos da comunidade usuária da Rede de Cinemas. Que sejam capazes de suportar em 1º. Nível problemas que possam ocorrer na solução e que sejam os contatos responsáveis por interagir com o suporte de 2º. Nível. Que sejam disseminadores e incentivadores do bom uso da Rede de Cinemas. Na fase atual da Rede de Cinemas, o suporte de 2º. Nível será provido pela própria equipe da Dynavideo (desenvolvedores da solução). Em um segundo momento, a expectativa é de que esse suporte de 2º. Nível passe a ser operado pelo Service Desk da RNP, e a Dynavideo passe a ser um suporte de 3º. Nível.

Em relação ao uso da rede no curto e médio prazo Sessões regulares, com periodicidade mensal, em princípio, podendo ser alterada Treinamento Rede de Cinemas

progressivamente para quinzenal, semanal etc. Além das sessões regulares, há espaço para a realização de eventos extraordinários – mostras, ciclos, festivais etc. – a serem agendados de comum acordo entre as partes.

Em relação aos participantes da rede Alocar a sala para utilização em eventos e programações do projeto (definir periodicidade mínima);

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Sugerir formas de utilização das salas participantes – filmes, mostras, eventos etc.; Buscar a qualidade técnica – som, imagem, conforto, acessibilidade etc. – e de programação.

Em relação ao circuito de salas compartilhadas Compromisso com qualidade técnica e de projeção. Janelas de exibição de conteúdo Full HD e 2K. Sugerir formas de utilização das salas da rede: conteúdos, eventos etc.

Equipamentos distribuídos às instituições participantes do projeto: 01 Exibidor (Player Full HD e 2k). 01 Desktop preparado para Controlador de Sessões. 01 Monitor LED Full HD 01 Servidor do Sistema Intercâmbio de Conteúdo Digital (ICD). Há necessidade de contrapartida da instituição participante: Conectividade Gigabit ethernet; Infraestrutura de rede física e lógica disponível no espaço (sala de exibição) que os equipamentos serão instalados e ativados.

Visão geral

Figura 1: Visão geral da Rede de Cinemas A visão geral da Rede de Cinemas pode ser vista nesta figura. Cada cinema é uma unidade autônoma com seus próprios conteúdos e sessões de cinema. Para gerenciar seus conteúdos, o cinema utiliza o seu nó ICD local. Através deste ICD local, pode-se também gerar a playlist que especifica as sessões do cinema. Sendo assim, o Cinema 1 armazena seus conteúdos no ICD local e gera sua própria playlist com o conteúdo local armazenado, o cinema 2 armazena seus próprios conteúdos e gera sua própria playlist e assim sucessivamente para cada cinema integrante da rede. Treinamento Rede de Cinemas

Capítulo 1 - O Projeto Rede de Cinemas

Sistema ICD permite compartilhamento de conteúdo entre os cinemas associados.

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Normalmente, os conteúdos inseridos no ICD de cada cinema podem permanecer privados para cada um deles. Porém, além deste funcionamento interno, existe também a possibilidade de compartilhamento de conteúdo entre os cinemas. Por exemplo, o Cinema 1 pode compartilhar um determinado filme com todos os demais cinemas, indicando ao ICD que o conteúdo em questão é público. Neste caso, o cinema 2, por exemplo, poderá montar sua playlist incluindo o vídeo compartilhado pelo cinema 1. Um exemplo de utilização deste mecanismo de compartilhamento seria em um festival de cinema em âmbito nacional, organizado pelos cinemas participantes da rede, neste cenário, um dos cinemas pode compartilhar um conteúdo que poderá ser reproduzido nas diferentes salas em diferentes locais do Brasil. Outro cenário possível consiste na situação em que um cinema controla a reprodução da sala de outro cinema. Neste caso, pode-se iniciar a reprodução de uma sala remota. Garante-se, desta forma, que uma sessão será iniciada remotamente por uma instituição. Por exemplo, caso a Cinemateca deseje realizar uma sessão em diversos pontos da rede em um horário específico, ela poderá iniciar a reprodução nas salas remotas desejadas.

Arquitetura da solução Compartilhamento de conteúdo entre cinemas. Controle de salas de cinema através do controlador. Dois papéis bem definidos: Gerente de conteúdo. Operador do cinema. A arquitetura do projeto permite o gerenciamento de conteúdo e o controle das salas de cinema através de dois papéis bem definidos: Gerente de conteúdo: este gerente é responsável pela manutenção do conteúdo no sistema ICD do cinema, bem como da geração da playlist, definindo assim as sessões do cinema.

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Operador do cinema: este operador é responsável por utilizar o software Controlador do Cinema para recuperar as playlists e reproduzir o conteúdo durante as sessões de cinema.

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Gerente de Conteúdo

Operador do cinema Figura 2: Visão de um cinema participante da Rede Uma visão completa dos dois papéis pode ser vista nesta Figura 2. O Gerente de Conteúdo utiliza o ICD para gerenciamento de conteúdo e geração de playlist e o Operador de Cinema recupera a playlist e conteúdos e exibe estes conteúdos nas diferentes sessões especificadas pela playlist. Pode-se observar na figura que o Controlador está controlando N salas de cinema. Este cenário é possível, de forma que a playlist criada pelo Gerente de Conteúdo pode especificar os filmes que serão reproduzidos em cada sala individualmente. Como exemplo, considere um cinema que possua duas salas de reprodução. Neste caso, o Gerente de Conteúdo pode especificar as sessões para cada sala específica. Por exemplo: A Sala 1 terá duas sessões do filme A, uma às 14hs e uma às 18hs.

Em um cenário mais simples, com apenas uma sala de reprodução, podemos ter a seguinte situação: A Sala 1 terá duas sessões do filme A, uma às 14hs e uma às 18hs. Ou ainda, pode-se ter a seguinte configuração: A Sala 1 terá uma sessão do filme A às 14hs, uma sessão do filme B às 17hs e uma sessão do filme A às 20hs. Note que as possibilidades de definição de sessões são inúmeras.

Capítulo 1 - O Projeto Rede de Cinemas

A Sala 2 terá três sessões do filme B, uma às 16hs, uma às 19hs e uma às 22hs.

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É responsabilidade do Gerente de Conteúdo: Utilizar o ICD para armazenar os vídeos do Cinema. Definir a política de compartilhamento destes vídeos com os demais cinemas participantes da rede. Definir as sessões do seu cinema através da geração de uma playlist do ICD. Por usa vez, é responsabilidade do Operador do Cinema: Recuperar a playlist do ICD. Iniciar e monitorar a exibição das sessões conforme descrito na playlist.

Componentes do sistema ICD Sistema de gerenciamento de conteúdo. Cadastramento de conteúdos. Compartilhamento de conteúdo entre os cinemas participantes. Geração de playlists.

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Download de conteúdo.

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Figura 3: Tela de playlist do ICD A Figura 3 ilustra a tela de construção de playlist. Agora que já entendemos os conceitos, a arquitetura geral da solução e os papéis envolvidos na rede de cinemas, apresentaremos uma introdução aos softwares e hardwares disponibilizados para cada cinema participante da rede. O ICD consiste em um sistema com interface web, portanto pode ser acessado via navegador de internet. Os detalhes de operação do ICD serão abordados posteriormente durante o treinamento. Treinamento Rede de Cinemas

Controlador de Cinema Ler as playlists do ICD. Gerencia os downloads de conteúdo. Controla os exibidores das salas de cinema.

Figura 4: Controlador de Cinema

O Controlador executa em uma máquina desktop comum rodando o sistema operacional Linux Ubuntu 12.04. Os requisitos de operação para o Controlador de Cinema são simplesmente a conexão com a rede local do cinema em questão, para que ele possa se comunicar com o ICD, a fim de recuperar playlists e conteúdos, além de controlar os exibidores de cinema.

Exibidores Exibidores FullHD, 2K. Recebe comandos remotos do controlador para reprodução (PLAY, PAUSE, STOP, FORWARD, REWIND). Cada sala de cinema precisa ter uma máquina exibidora. O controlador se conecta ao exibidor de cinema através da rede local do cinema para enviar comandos de reprodução, por exemplo, “play”, “pause”, “stop” etc.

Capítulo 1 - O Projeto Rede de Cinemas

O Controlador de Cinema é um software com interface desktop. Na Figura 4 ilustra-se a tela de visualização das salas de cinema. Através desta tela pode-se controlar a exibição das diferentes sessões especificadas na playlist. Vale ressaltar que o detalhamento da operação do Controlador será abordado posteriormente em nosso curso.

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A Figura 5 ilustra o exibidor reproduzindo um vídeo na janela e o controlador executando em outra janela.

Figura 5: Reprodução de um vídeo pelo exibidor de cinema Os Exibidores consistem em máquinas Dell Precision T5810. Estas máquinas estão equipadas com configuração de hardware (processador, memória, placa de vídeo) capaz de reproduzir vídeos de alta resolução FullHD e 2K e, futuramente, 4K.

Conexão com o projetor

Treinamento Rede de Cinemas

O exibidor é a máquina que se conecta ao projetor do cinema. O exibidor apresenta uma saída de vídeo DVI, conforme ilustra a Figura 6. Certifique-se de que o exibidor será instalado em um local onde é possível a ligação de vídeo com o projetor ou receiver utilizado na sala. Normalmente, a entrada de vídeo mais comum na sala de projeção é a entrada HDMI. Se este for o caso, é necessário utilizar um cabo HDMI-DVI. Verifique qual tipo de conexão é utilizada na sua sala de projeção e utilize o cabo adequado.

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Treinamento Rede de Cinemas

Figura 6: Saída de vídeo da máquina exibidora São requisitos para a operação do exibidor: 1. Estar fisicamente próxima ao projetor do cinema de forma que se possa ligar a saída de vídeo à entrada correspondente do projetor. Assim como é necessário também, conectar a saída da placa de áudio do exibidor na entrada do sistema de som do cinema. 2. Possuir acesso à rede para que o player possa se conectar e receber comandos do Controlador do Cinema. O detalhamento sobre como realizar a instalação inicial dos equipamentos da Rede de Cinemas pode ser encontrado no documento intitulado “Manual de Instalação da Rede de Cinemas – Rede de Cinemas RNP 2015

Capítulo 1 - O Projeto Rede de Cinemas

Configuração de rede e protocolos utilizados

Figura 7: Visão de um cinema participante e suas conexões de Rede 9

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O esquema de funcionamento da Rede de Cinemas pode ser visto na Figura 7. Note que para permitir o compartilhamento de conteúdo entre diferentes cinemas, o ICD precisa de conexão com a internet, o que permite que ele acesse o nó ICD de outro cinema participante da rede. Isto permite que o ICD local possa enviar vídeos compartilhados e receber vídeos compartilhados por outros cinemas e os disponibilize para o cinema local.

Outros materiais para consulta Página web: http://factory.dynavideo.com.br:83/redmine/projects/rede-de-cinemas Wiki Documentos: Manuais de instalação. Manuais de utilização. FAQ. Guia Rápido de Consulta. Além deste material de treinamento, o projeto disponibiliza uma página web onde estão concentradas as principais informações e documentos. É importante que o usuário da rede utilize a página web para recuperar informações e documentação a respeito do projeto. Na página da Rede de Cinemas pode-se encontrar: Wiki: descreve em linhas gerais os objetivos e a arquitetura geral da solução adotada pela Rede de Cinemas. Manuais de instalação: descrevem como instalar os sistemas operacionais do servidor ICD, do Controlador e dos exibidores. Estes manuais são disponibilizados para casos em que haja algum problema mais grave em alguma máquina após a ativação e operação das salas. A instalação e ativação inicial da sala são realizadas pela equipe técnica da Dynavideo. Manuais de utilização: descrevem de forma detalhada a operação dos softwares adotados na rede de cinemas. Estes manuais servem como fonte adicional de informações, complementando este treinamento.

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FAQ: este documento apresenta uma série de dúvidas e problemas comuns, constituindo uma boa fonte para consulta rápida de resolução de dúvidas e problemas.

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Guia Rápido de Consulta: assim como o documento de FAQ, o Guia Rápido de Consulta consiste em um documento onde o usuário consegue obter informação da forma mais rápida possível. O Guia Rápido contém passos importantes necessários para a execução de procedimentos do dia a dia de operação de um cinema parceiro da Rede de Cinemas.

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2 A qualidade da projeção Princípios básicos A importância das salas de projeção Não é por acaso que se utiliza a mesma palavra – cinema – para designar tanto a mídia quanto o local de seu culto. Apesar dessa estreita ligação entre ambos, a obsolescência e o fim das salas de cinema vêm sendo profetizadas desde o surgimento da televisão, voltando à tona a cada nova forma de transmissão de imagens em movimento: TV em cores, videocassete, TV por assinatura, DVD, Blu-ray, Internet etc. É inegável que as tecnologias audiovisuais roubaram da sala de cinema a posição de local exclusivo para a fruição de imagens em movimento, um monopólio que foi delas por décadas. Ainda assim, mesmo cercada por imagens em movimento por todos os lados, a sala de cinema ainda guarda uma posição privilegiada entre as diversas formas de assistir um filme desde que dela seja aproveitado todo o potencial. A sala de exibição é um ambiente especializado no qual tudo converge para um único objetivo: aproveitar ao máximo as potencialidades da mídia cinematográfica. Nela é possível assistir imagens em movimento e sons com qualidade, escala e dignidade dificilmente reproduzíveis em outros ambientes.

O Circuito Ipê busca investir na valorização da sala de cinema como espaço privilegiado para a exibição de filmes e, em um sentido mais amplo, de conteúdos audiovisuais. Espera-se que as salas de exibição participantes do Circuito, além de pontos para a exibição de filmes, também contribuam para o desenvolvimento do cinema a partir da promoção da diversidade de conteúdos e do convívio entre pessoas unidas pelo prazer associado à Sétima Arte.

O cinema digital Desde seu nascimento, há mais de um século, o cinema utilizou a mesmo princípio para o registro e reprodução de imagens em movimento: a projeção sequencial e cadenciada de imagens estáticas registradas em uma película fotográfica perfurada, que é posicionada

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Capítulo 2 - A qualidade da projeção

Por outro lado, a sala de cinema permite fazer do ato de assistir a um filme uma experiência coletiva única e compartilhada, na qual o filme não é apenas uma obra audiovisual, mas também o elo entre pessoas. Essa experiência se manifesta tanto no compartilhamento do filme durante a sua exibição como também na discussão sobre ele, ou sobre as mensagens a ele associadas, após a sessão.

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em intervalos regulares em frente a uma fonte luminosa para a criação de um fluxo de imagens que parecem se mover em uma superfície refletora. Esse tipo de projeção, ainda presente em boa parte das salas comerciais, tem seus dias contados por conta da decisão dos grandes estúdios de interromper a distribuição de filmes em suporte fotoquímico 35mm a partir de 2014. Quando isso acontecer, se perderá a economia de escala que viabiliza a produção e a distribuição de filmes em película, obrigando todo o mercado exibidor a migrar para a projeção digital. Em breve, os filmes em película só poderão ser exibidos nas poucas salas ainda equipadas com projetores mecânicos, utilizando cópias fornecidas por cinematecas e arquivos de filme, responsáveis pela preservação de uma das mídias mais importantes já utilizadas pela humanidade para o registro de imagens em movimento. A partir dessa mudança de suporte, as salas que desejarem exibir filmes produzidos e distribuídos pelos grandes estúdios deverão adotar, obrigatoriamente, a tecnologia regulamentada pelo Digital Cinema Initiative (DCI), um consórcio formado por esses estúdios comerciais. Como essa tecnologia, ao menos nesse momento, implica na utilização de equipamentos de projeção relativamente caros e complexos, nem todos os exibidores poderão arcar com os investimentos necessários à conversão para a projeção digital, correndo o risco de serem alijados do mercado. Por conta isso, ironicamente, a tecnologia na qual se apostava como ferramenta para a democratização da difusão de filmes – por possibilitar a distribuição de conteúdos sem depender do envio de rolos de filmes para todas as salas – poderá ser responsável, ao menos em um primeiro momento, pela concentração ainda maior do mercado exibidor de cinema. Neste contexto, o Circuito Ipê tem entre seus objetivos a busca de uma alternativa viável em termos de tecnologia de distribuição e projeção utilizando soluções menos onerosas e complexas do que as associadas ao consórcio DCI. É importante que se deixe claro que não se pretende substituir o padrão DCI, mas apenas criar mais uma alternativa de distribuição e exibição de conteúdos audiovisuais que possa ser desenvolvida e gerenciada localmente por seus usuários.

Os tipos de projeção

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Como o Circuito Ipê trabalha com a projeção de conteúdos distribuídos eletronicamente, é importante diferenciar os tipos de projeção a ele associados: projeção eletrônica e projeção digital.

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Por definição, a projeção eletrônica é aquela na qual as imagens são resultantes de um sinal elétrico ou óptico, analógico ou digital, sendo que, neste caso, o termo “óptico” deve ser entendido como sinal transmitido através de fibra óptica. Já a projeção digital é a projeção eletrônica utilizando um sinal do tipo digital, que atenda aos critérios mínimos de qualidade definidos pelo consórcio DCI através do documento Digital Cinema System Specification, que pode ser baixado no site www.dcimovies.com. Na projeção eletrônica do Circuito Ipê a definição mínima da imagem é, preferencialmente, do tipo Full HD, na qual a imagem é produzida a partir de uma matriz

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com 1920 x 1080 pixels, ao passo que na projeção digital a matriz tem 2048 x 1080 pixels na opção 2k. Em termos de quantidade de pixels, a diferença entre ambos os tipos de projeção não é muito representativa: são 2.073.600 na imagem Full HD tradicional e 2.211.840 na imagem em 2k. Além disso, tanto uma quanto a outra podem oferecer bons resultados em termos de qualidade da imagem, desde que sejam tomados os devidos cuidados na produção do conteúdo a ser exibido e na escolha, instalação, operação e manutenção dos equipamentos de projeção. Em termos de qualidade sonora, os dois tipos de projeção podem oferecer a mesma qualidade no formato multicanal 5.1. A decisão de se definir a projeção em Full HD como resolução mínima para a projeção deve-se à preocupação em garantir a qualidade das imagens projetadas em tela grande visando valorizar a experiência cinematográfica. Isso não impede, no entanto, que sejam exibidas obras com definição inferior a Full HD, desde que a qualidade de seu conteúdo o que realmente importa - compense a menor qualidade técnica.

A importância da qualidade técnica A projeção cinematográfica deve ser considerada como a última etapa na cadeia de realização de um filme. De certa forma, ela é uma das etapas mais importantes, por ser aquela na qual o produto filme é finalmente oferecido ao desfrute e à avaliação de seus consumidores, os espectadores. Não há exagero em afirmar que uma má projeção pode destruir, no intervalo da exibição do filme, todos os esforços, recursos, tempo e talentos envolvidos na sua realização. Além disso, se analisada sob uma visão mais comercial, a projeção cinematográfica não escapa da lógica da venda e prestação de serviços associada a outras formas de prestação de serviço:

Pelo lado do fornecedor, o realizador, o seu interesse em disponibilizar seu produto, o filme, para exibição em uma sala cinema é diretamente proporcional à qualidade com que ele será exibido. Quanto maior a confiança do realizador na qualidade com que seu filme será projetado em uma determinada sala, ou circuito de salas, respeitando-se integralmente suas opções estéticas em termos de imagens e sons, maiores as chances de que ele se interesse em disponibilizá-lo para projeção nessa sala ou circuito.

Capítulo 2 - A qualidade da projeção

Pelo lado do cliente, o espectador, é necessário oferecer a ele um produto com uma qualidade que o motive a sair de sua residência e dispender seu tempo e dinheiro para assistir ao filme em uma sala de cinema. Na medida em que as tecnologias domésticas se sofisticam e o acesso às obras audiovisuais se dissemina, só é possível atrair o espectador para a sala de cinema se a ele for oferecida uma experiência com qualidade superior à que ele pode obter em sua casa.

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Figura 8: O processo cinematográfico.

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Neste contexto, o Circuito Ipê considera essencial a qualidade da projeção tanto como forma de assegurar aos espectadores o máximo de fidelidade às obras que lhes serão oferecidas, como também para garantir aos realizadores o respeito aos seus direitos de criação. A qualidade da projeção – associada, obviamente à qualidade do conteúdo a ser exibido – será determinante na capacidade de atração de público para as salas do Circuito e na facilitação da captação de mais conteúdos a serem nelas exibidos. A preocupação com a qualidade técnica é reforçada pelo perfil das salas participantes do Circuito, cuja importância transcende a simples exibição de filmes. No caso da Cinemateca Brasileira, além de local de ponto de exibição, a sala de cinema é também um instrumento de medição, no qual são avaliados os trabalhos de restauro de som e imagem realizados por seus profissionais. Nas salas vinculadas a cursos de cinema, a qualidade da projeção é essencial para garantir que os alunos desenvolvam a sensibilidade que utilizarão profissionalmente para a criação de imagens em movimento e sons. Treinamento Rede de Cinemas

Nessas salas, assim como naquelas vinculadas a instituições com presença marcante no panorama cinematográfico local, a projeção com qualidade é tanto um instrumento de formação dos profissionais locais e também da plateia, que muitas vezes não tem a possibilidade de ver os filmes com o cuidado que lhes é devido. Cabe a a essas salas, portanto, a missão de oferecer ao público o espetáculo cinematográfico em sua verdadeira grandeza.

Os componentes da qualidade da técnica da projeção A qualidade da projeção cinematográfica é resultante do somatório de quatro aspectos: o conteúdo, os equipamentos, o ambiente e a mão de obra.

O conteúdo – O QUE se projeta Um filme só terá boa qualidade técnica se suas imagens e sons tiverem sido realizados com boa qualidade e se a mídia ou suporte no qual estão registrados também tenha boa qualidade. A qualidade do conteúdo é determinada na finalização do filme e na preparação da mídia que será enviada às salas. No caso da projeção digital, o filme é enviado para projeção através de um conjunto de arquivos associados à projeção digital, chamado de Pacote de Cinema Digital (DCP – da nomenclatura em inglês), produzido a partir de especificações da DCI. No caso da projeção eletrônica, são utilizados diversos formatos de arquivos e mídias sem que exista um documento oficial que garanta sua padronização. No Circuito Ipê, os conteúdos serão disponibilizados através da rede da RNP, dispensando a utilização de mídias físicas. Com isso, o cuidado principal em relação ao conteúdo refere-se à qualidade da conexão, principalmente no caso de projeções compartilhadas ou em streaming. Ainda em relação aos conteúdos, é importante garantir seu acesso a todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiências visuais e auditivas, recorrendo-se, sempre que possível, a tecnologias de acessibilidade tais como legendagem e audiodescrição.

Para que as imagens e os sons registrados no suporte do filme sejam reproduzidos corretamente, tal como registradas pelo realizador, é necessária a utilização de equipamentos de qualidade, corretamente dimensionados, instalados, operados e em bom estado de funcionamento. Uma das relações mais estreitas para garantia da qualidade da projeção é aquela existente entre o suporte do conteúdo do filme e os equipamentos utilizados para sua reprodução. É necessário que os equipamentos sejam compatíveis com o tipo de conteúdo que se deseja exibir para que seja possível extrair do suporte do filme todas as informações nele registradas e reproduzi-las integralmente. Em um caso extremo, se os equipamentos não puderem “ler” a informação do filme, a projeção simplesmente não acontece.

Capítulo 2 - A qualidade da projeção

Os equipamentos – COM O QUE se projeta

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O cuidado em relação aos equipamentos começa no momento da definição da configuração mais adequada a uma determinada sala de exibição, considerando seu perfil de utilização e suas características físicas. O projetor, por exemplo, deve ter lente e luminosidade adequadas às dimensões da imagem que se deseja exibir e o sistema de som deve ter uma potência suficiente para fazer chegar o som com igual qualidade e intensidade a todos os espectadores. É importante utilizar sempre marcas e modelos de qualidade tanto no que tange à boa reprodução da imagem e do som como também em relação à durabilidade, confiabilidade e facilidade de operação e manutenção. Como boa parte dos equipamentos é importada, deve ser assegurado o compromisso do fornecedor e/ou instalador em garantir sua manutenção preventiva e corretiva assim como o acesso rápido e fácil a peças e componentes de manutenção. As características desejáveis para os equipamentos utilizados na projeção digital são definidas pelo documento da DCI citado acima que define não apenas a forma como ler as informações registradas digitalmente no DCP, mas também a quantidade e a temperatura de luz da projeção, a distribuição dos canais sonoros etc. Já a projeção eletrônica não conta com um documento semelhante para a definição da qualidade da imagem projetada, o que torna sua avaliação mais subjetiva. Isso não impede, no entanto, a obtenção de imagens de boa qualidade neste tipo de projeção, desde que haja sejam tomados o devidos cuidados na avaliação na escolha, instalação e operação do projetor a ser utilizado. Para tanto, pode-se contar com informações disponibilizadas por várias fontes e a utilização do melhor instrumento de medição da qualidade da imagem: o olhar sensível e calibrado, resultante da prática de uma observação atenta e da utilização de imagens de referência.

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Em termos da qualidade sonora, não há diferenças significativas entre a projeção digital e a eletrônica para reprodução no formato 5.1, que se firmou como padrão sonoro do cinema. Em ambos os casos, a distribuição dos canais segue os mesmo parâmetros, e são esperadas as características em termos de potência e qualidade sonoras. Também no caso do som, a avaliação mais importante continua sendo a audição crítica por parte de um ouvinte bem treinado utilizando um material sonoro de referência.

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A instalação dos equipamentos deve ser feita com cuidado e critério para garantir tanto a qualidade da reprodução da imagem e do som como também a integridade dos equipamentos e a segurança das pessoas. A alimentação elétrica deve ser compatível com a potência dos equipamentos a serem instalados de modo a eliminar o risco de acidentes resultantes de sobrecargas. No caso dos equipamentos mais sensíveis, como projetores, servidores, computadores etc., é recomendável a utilização de estabilizadores e mesmo nobreaks. Os fios, cabos e conexões devem ser de boa qualidade e adequados às características dos equipamentos. É recomendável contar sempre com o serviço de profissionais de confiança para o projeto e a execução das ligações e conexões.

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O ambiente – ONDE se projeta O local no qual se dá a projeção determina a qualidade com a qual os sons e imagens serão percebidos pelos espectadores. Além disso, o ambiente da projeção deve assegurar condições de acessibilidade, segurança e conforto para todos os espectadores. As características que garantem um ambiente adequado a projeções com boa qualidade são definidas principalmente pela Recomendação Técnica “Arquitetura de Salas de Projeção Cinematográfica”, elaborada pela Associação Brasileira de Cinematografia, ABC, junto com a Cinemateca Brasileira. Esse documento relaciona os atributos necessários para projeções “com boa qualidade técnica e conforto do espectador de acordo com as características da mídia cinematográfica contemporânea e da fisiologia humana”. A Recomendação Técnica da ABC determina, por exemplo, as dimensões da tela de projeção em função das dimensões do auditório, as distâncias máxima e mínima entre os espectadores e a tela de projeção, os ângulos de implantação do projetor e de visão dos espectadores, as propriedades acústicas da sala, o espaçamento entre as poltronas etc. Além disso, ela faz referência a outras normas para aspectos como conforto térmico e acessibilidade para todos, inclusive pessoas com deficiência física e com dificuldade de locomoção. Esse documento deve ser usado como referência para quaisquer projetos de reforma e/ou construção de salas de projeção e mesmo para avaliação de salas existentes, visando determinar sua adequação aos ditames da boa projeção em termos de qualidade da imagem, qualidade do som e conforto do espectador. Vale lembrar ainda que Recomendação da ABC não esgota o leque de requisitos necessários para adequação arquitetônica de salas de cinema, sendo necessário considerar as legislações e posturas estaduais e municipais aplicáveis aos locais de reunião de público. Além dos aspectos funcionais, a arquitetura da sala também deve ser um ambiente agradável e estimulante que contribua para a fruição prazerosa do espetáculo cinematográfico.

Mão de obra – QUEM projeta

Ainda que cada sala costume utilizar uma divisão particular das atribuições de seus profissionais, é importante garantir o compromisso com a realização das tarefas envolvidas na obtenção da qualidade. No caso específico do Circuito Ipê, o sucesso da projeção baseia-se em pelo menos três áreas de conhecimento: Informática: o sistema de projeção utilizado pelo Circuito requer conhecimentos na área de TI, tanto para sua operação como para eventuais intervenções no caso de problemas de funcionamento, atualização etc. Embora seja previsto um suporte geral aos participantes do Circuito, a existência de profissionais locais com conhecimentos na área

Capítulo 2 - A qualidade da projeção

A atuação dos profissionais responsáveis pela projeção é essencial para assegurar a qualidade da guarda, da manutenção e da operação dos suportes, dos equipamentos e do ambiente onde ela acontece. São esses profissionais que irão garantir o sucesso da projeção e satisfação do público e, em última análise, o sucesso do Circuito Ipê.

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certamente facilitará a operação diária do sistema e reduzirá a ocorrência de problemas e o tempo necessário para sua eventual solução. Operação: o desempenho dos equipamentos de projeção da imagem e de reprodução do som é resultado direto da qualidade da mão de obra dos profissionais responsáveis por sua operação. Quanto mais gabaritados forem os profissionais envolvidos na projeção, e quanto maior sua familiaridade com os suportes, equipamentos e ambientes, maior a probabilidade de que a projeção aconteça sem problemas. Programação: obviamente, o objetivo principal do Circuito é promover a projeção de conteúdos de qualidade nas salas. Para tanto, espera-se que cada participante contribua com a disponibilização de conteúdos para o Circuito e também com a sugestão de formas de utilização criativa desses conteúdos através de mostras, festivais, debates, cursos etc.

Recomendação Técnica para Salas de Exibição Cinematográfica A Recomendação Técnica “Arquitetura de Salas de Projeção Cinematográfica” é uma iniciativa conjunta da Associação Brasileira Cinematografia, ABC, que congrega os profissionais das áreas técnica e criativa do cinema, e da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, através do Centro Técnico Audiovisual, CTAv, e da Cinemateca Brasileira. Ela foi elaborada em 2009, levando em consideração as características arquitetônicas básicas para projeções com boa qualidade técnica e conforto do espectador de acordo com as características da mídia cinematográfica contemporânea e da fisiologia humana. O ponto de partida para a elaboração desta Recomendação é a norma técnica NBR12237 “Projetos e instalações de salas de projeção cinematográfica”, elaborada por iniciativa do CTAv e publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em 1988. Os parâmetros desta norma foram revistos para a Recomendação da ABC visando incorporar as melhorias resultantes do desenvolvimento da tecnologia cinematográfica ocorridades desde então além de acrescentar outros aspectos não abordados anteriormente, de acordo com parâmetros definidos por normas e recomendações técnicas nacionais e internacionais.

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Dessas fontes, foi dada preferência às normas e recomendações técnicas estrangeiras e internacionais já que elas representam o consenso de diferentes atores envolvidos no setor de exibição - laboratórios, produtores, exibidores, técnicos etc. - o que nem sempre acontece em trabalhos de cunho mais teórico e/ou acadêmico.

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Os parâmetros definidos pela Recomendação ABC aplicam-se, preferencialmente, a projeções utilizando processos fotoquímicos 35mm ou digital (resolução de 2k ou superior), devendo ser utilizados também para projetos de salas de projeção eletrônica (abaixo de 2k), posto que os aspectos nela abordados, em sua maioria, relacionam-se à fisiologia humana e, obviamente, são os mesmos para qualquer tipo de projeção. Além disso, deve-se considerar que a tendência de melhoria da tecnologia de projeção digital, associada à sua popularização, permite antever que, em futuro não muito distante, ela venha a substituir tecnologias com menor qualidade.

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A Recomendação da ABC não trata de aspectos relacionados ao funcionamento e desempenho de equipamentos de projeção, que são objeto de normas e/ou recomendações técnicas específicas. Tampouco são abordados aspectos que garantam a segurança e a qualidade do ambiente como um todo, nem aspectos definidos por legislações e posturas federais, municipais e estaduais. Para melhor entendimento dos parâmetros adotados pela Recomendação, eles foram agrupados em categorias afins, a saber: 1) Qualidade da imagem projetada; 2) Qualidade da imagem percebida; 3) Qualidade acústica e 4) Conforto do espectador. Esta ordem não é a mesma constante no texto da Recomendação, na qual os parâmetros foram agrupados de uma forma mais fácil de serem aplicados na elaboração de projetos de reforma ou construção de salas. A Recomendação Técnica da ABC pode ser acessada a partir do site da ABC: www.abcine.org.br.

Qualidade da imagem projetada Os itens abaixo visam garantir que a imagem seja projetada na tela em sua totalidade e com qualidade.

Altura mínima do feixe de projeção É essencial que toda a imagem do filme seja projetada na tela, evitando-se quaisquer obstáculos que venham a obstruir o feixe de projeção, sejam eles elementos arquitetônicos (pilares, colunas, vigas etc.) ou os próprios espectadores.

Capítulo 2 - A qualidade da projeção

Para isso, a altura da borda inferior do feixe de projeção em relação ao piso do auditório deve ser igual ou, preferencialmente, superior a 1,90m, em todas as áreas ocupadas ou transitadas pelos espectadores durante a sessão do filme. Isso implica em um posicionamento adequado do projetor e da tela de projeção, e também um cuidado especial com quaisquer acessórios ou equipamentos que venham a ser instalados na sala de projeção: luminárias, refletores de luz, projetores auxiliares presos ao teto, elementos decorativos etc.

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Figura 9: Altura mínima do feixe de projeção.

Curvatura mínima da tela de projeção Vale lembrar que tanto a película fotoquímica como também o chip que produz a imagem na projeção eletrônica e digital são planos e, portanto, produzem uma imagem igualmente plana. Por conta disso, idealmente, a tela de projeção deve ser plana, de modo a evitar que a imagem projetada se deforme acompanhando a curvatura da superfície da tela. Por vezes, buscando tornar a imagem do filme do filme mais “envolvente”, ou melhorar a distribuição da luz de projeção na superfície da tela, adota-se a solução de instalar uma tela de projeção curva. Nestes casos, a curvatura deve ser limitada a um raio mínimo igual a duas vezes a distância entre a tela de projeção e o espectador mais afastado dela.

Distorção trapezoidal

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A principal fonte de distorção da imagem decorre do mau posicionamento do projetor em relação à tela de projeção que pode levar ao defeito chamado “distorção trapezoidal”.

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A distorção trapezoidal leva este nome por fazer com que a imagem do filme, originalmente com formato retangular (Figura 10a), assuma uma configuração trapezoidal, deformando as imagens nele contidas. Ela é resultante de um posicionamento inadequado do projetor em relação à tela de projeção, provocando uma inclinação excessiva do feixe de projeção em relação à tela. Este problema pode ocorrer devido a um excesso de inclinação vertical (projetor muito inclinado para baixo, Figura 10b), horizontal (projetor muito inclinado para o lado, Figura 18c) ou vertical e horizontal simultaneamente (Figura 10d).

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Figura 10: Distorção trapezoidal da imagem projetada: a) imagem sem distorção; b) distorção vertical; c) distorção horizontal, e d) distorção horizontal e vertical. Os projetores eletrônicos costumam contar com recursos para correção eletrônica da distorção trapezoidal através da função “keystone correction”. Ainda assim, como esse recurso tem limitações, é aconselhável instalar o projetor dentro dos limites de correção do projetor a ser instalado. A Recomendação ABC define, como regra geral, que os limites de implantação do projetor eletrônico sejam as bordas da tela de projeção, buscando posicioná-lo o mais próximo possível do seu eixo.

Qualidade da imagem percebida Estes parâmetros têm por objetivo garantir que todos os espectadores vejam toda a imagem projetada na tela, com o mínimo de distorções provocadas pelo posicionamento dos espectadores em relação à tela de projeção.

Capítulo 2 - A qualidade da projeção

Já os projetores digitais, por exigência da DCI, não contam com esse tipo de função, o que torna especialmente crítico o posicionamento do projetor em relação à tela de projeção para evitar deformações da imagem. Esse problema se complica quando se utiliza em uma mesma cabine tanto o projetor digital quanto o projetor, ou projetores para película fotoquímica (geralmente 35mm ou 16mm) que também dependem do correto posicionamento do equipamento para evitar deformações na imagem. Nesses casos, fazse necessária uma avaliação muito cuidadosa do posicionamento dos projetores na cabine.

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Escalonamento visual A preocupação básica em relação à qualidade da percepção da imagem pelo espectador é garantir que todos possam ver toda a imagem projetada na tela. Isto é feito evitando-se obstáculos que obstruam a linha de visão do espectador à tela decorrentes de um mau dimensionamento de vigas, colunas, guarda-corpos e luminárias etc., ou então, mais comumente, quando os espectadores têm a visão da tela obstruída pelos espectadores sentados à sua frente. A obstrução da tela de projeção acontece principalmente em parte inferior da imagem projetada, justamente a área na qual é registrada a maioria das informações escritas dos filmes, sejam elas as legendas em português de filmes de língua estrangeira, legendas para pessoas com deficiência auditiva ou mesmo informações relevantes no caso de documentários.

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Para evitar este problema, faz-se necessário um estudo de visibilidade que garanta uma linha de visão desimpedida à borda inferior da tela para todos os espectadores. Além disso, é sempre conveniente considerar a possibilidade de instalação de uma tela auxiliar abaixo da borda inferior da tela de projeção para eventualidade da utilização de legendagem eletrônica dos filmes. Nesse procedimento, as legendas do filme são projetadas a partir de um projetor auxiliar em uma tela estreita com, aproximadamente, 0,30m de altura.

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Figura 11: Escalonamento visual. O estudo de visibilidade, via de regra, aponta para a necessidade de se elevar a borda inferior da tela de projeção até o limite que não comprometa o ângulo de visão vertical confortável do espectador, associado à elevação do nível do piso da sala de projeção nas fileiras mais afastadas da tela.

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Ângulos de visão lateral e vertical Como o cinema utiliza imagens bidimensionais, se observadas a partir de um ângulo excessivo, elas parecerão deformadas, a ponto de, em casos extremos, tornarem-se imperceptíveis. Como exemplo, basta observar este texto muito de lado para observar como ele se deforma até o ponto em que se torna irreconhecível. Idealmente, o espectador deve observar a imagem do filme a partir de uma posição que garanta que seu ângulo de visão coincida com uma reta normal ao centro geométrico da imagem. No entanto, esta solução raramente é possível na prática, devido tanto a limitações da arquitetura da sala, bem como à necessidade de acomodação do maior número possível de pessoas na sala de exibição. A Recomendação ABC determina que o espectador deva estar posicionado dentro dos limites definidos por planos que façam 106 graus a partir das extremidades da tela de projeção, tanto as laterais quanto as extremidades superior e inferior.

Distância mínima da tela É aconselhável que o espectador observe a imagem projetada na tela partir de uma distância suficiente para que sua visão possa integrar visualmente os pixels que formam a imagem na projeção eletrônica ou digital sem que sejam percebidos individualmente. Por conta disso, a Recomendação ABC estipula que distância mínima entre a tela de projeção e a poltrona mais próxima a ela deve ser igual ou, preferencialmente, superior a 60% da largura (L) da tela no formato 1:2,35. Outro aspecto importante, mas não coberto pela norma, é garantir que as perfurações da tela de projeção não sejam perceptíveis, sendo recomendada a utilização de tela microperfurada, principalmente quando a distância entre ela e o espectador posicionado na primeira fileira for inferior a 6,00m.

O espectador deve ser capaz de perceber todos os detalhes da imagem projetada na tela. Além disso, ela deve ocupar uma porção mínima de seu campo visual para que ele possa ter um maior envolvimento com as imagens, e consequentemente, com o filme. De forma geral, quanto maior a imagem, maior o envolvimento do público com o filme e essa diferença de escala entre nossas dimensões físicas e as dimensões da imagem projetada é um dos grandes diferenciais entre a exibição profissional e a exibição doméstica. Telas com grandes dimensões também contribuem para a qualidade da imagem. Elas permitem um maior distanciamento entre três caixas acústicas dos canais frontais – esquerda, centro e direita – facilitando a localização espacial do som reproduzido por cada uma delas. Se, ao contrário, essas três caixas estiverem muito próximas, essa localização ficará muito difícil, pois todos os sons parecerão estar sendo reproduzidos no mesmo ponto.

Capítulo 2 - A qualidade da projeção

Distância máxima da tela

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De acordo com a Recomendação ABC, o espectador mais afastado da tela de projeção não deve posicionado além de uma distância igual ao dobro da largura da tela no formato Cinemascope, sendo admissível uma distância de até 2,9 vezes esta largura.

Figura 12: Área de implantação das poltronas.

A determinação de ângulos de visão laterais máximos associados às distâncias mínima e máxima em relação à tela de projeção define, na prática, uma área na qual os espectadores poderão assistir as imagens projetadas na tela com qualidade e conforto.

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Luminosidade da imagem

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A luminosidade da imagem projetada que chega aos olhos do espectador é resultante da potência luminosa produzida pelo projetor, da refletividade da tela de projeção e do nível de luminosidade existente na sala de projeção. Por isso, o cálculo da luminosidade necessária do projetor deve levar em consideração o índice de refletividade da superfície da tela a ser utilizada, partindo-se do princípio que serão eliminados do auditório quaisquer fontes de luminosidade diferentes do feixe de luz da projeção. O interior da sala de cinema deve ser revestido com cor escura e fosca, não necessariamente preto, para evitar que as superfícies reflitam de volta para a tela a luz da projeção, reduzindo o contraste da imagem projetada.

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Além disso, o escurecimento das superfícies internas, incluindo as poltronas, serve para “neutralizar” o interior da sala de projeção, de modo a garantir a primazia das imagens projetadas na tela. Pelo mesmo motivo, deve ser evitada a colocação de faixas, pôsteres e quaisquer outros elementos no campo visual do espectador. A única exceção à regra da eliminação de luzes parasitas refere-se à instalação de luzes de segurança nas circulações e nas saídas de emergência, tal como recomendado por normas técnicas e especificações do corpo de bombeiros.

Qualidade acústica A preocupação fundamental em termos de qualidade sonora de uma sala de exibição é fazer com que o som nela reproduzido seja idêntico ao som finalizado em uma sala de mixagem, na presença do diretor e do designer sonoro do filme. Para que isso aconteça, as características acústicas da sala de projeção deve ser idêntica às do estúdio de mixagem – ou vice-versa. Os aspectos mais relevantes para a qualidade acústica da sala de exibição são o nível de ruídos de fundo e o tempo de reverberação.

Nível de ruídos de fundo Assim como se remove da sala de exibição as informações visuais que não fazem parte do filme para valorizar as imagens projetadas na tela é necessário eliminar também todas e quaisquer informações sonoras que não façam parte da trilha do filme. Neste contexto, mesmo os momentos de silêncio na trilha sonora do filme devem ser considerados como elementos narrativos utilizados pelo diretor para atingir seus objetivos e, por conta disso, devem ser preservados durante a exibição.

O nível de ruídos de fundo refere-se ao somatório das fontes sonoras de caráter ‘constante’, sem grandes variações em relação ao tempo em que acontecem como é o caso, por exemplo, do ruído produzido pelos sistemas de ar condicionado. Esse nível é determinado através de curvas NC (do inglês “Noise Criteria”) através das quais os níveis sonoros são medidos em oito faixas de oitavas e registrados em um gráfico que simula a sensibilidade da audição humana. A Recomendação Técnica da ABC estipula que o nível de ruídos de fundo máximo no interior das salas de projeção deve se situar entre os valores correspondentes às curvas NC25, sendo admissível um valor da ordem de NC30. Níveis de ruídos acima desses

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A principal preocupação para se garantir um baixo nível de ruídos de fundo e isolar o auditório da sala de projeção dos demais ambientes, sejam eles externos ou internos. O isolamento do auditório em relação aos demais ambientes resulta na eliminação da troca de ar com o exterior o que implica na necessidade de se instalar um sistema de ventilação mecânica, geralmente associado a um sistema de ar condicionado, para garantir a salubridade do ambiente e o conforto dos seus ocupantes. É essencial que esses sistemas sejam projetados e executados por profissionais qualificados para evitar que o nível de ruído produzido por eles eleve o nível de ruídos de fundo do auditório ao ponto de prejudicar a percepção da trilha sonora dos filmes.

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valores fazem com que se percam os detalhes da trilha sonora e, em casos extremos, podem comprometer sua inteligibilidade. A recomendação da ABC também determina que o nível de ruídos não deva ser inferior a NC20 já que, abaixo disso, ruídos intrusivos intermitentes podem se tornar audíveis e irritantes. É recomendável utilizar certo nível de ruídos de fundo para mascarar as fontes de ruídos intrusivos que, contudo, não devem superar os valores da curva NC 35.

Figura 13: Níveis de ruído de fundo, curvas NC.

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Tempo de reverberação

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A utilização de trilha sonora do tipo multicanal implica em maior preocupação com a preservação da “imagem estéreo”, ou seja, a capacidade do espectador de localizar espacialmente a fonte a partir da qual está sendo reproduzido cada canal sonoro. Essa capacidade de localização espacial é essencial para que o espectador possa fazer a conexão entre o som e a imagem a ele associada e assim garantir a verossimilhança daquilo que assiste. Em filmes com som do tipo 5.1, que se tornou, na prática, o padrão sonoro para cinema, a trilha sonora do filme é constituída por três canais frontais (frente, centro e direita) reproduzidos por caixas acústicas posicionadas atrás da tela de projeção, e dois canais Treinamento Rede de Cinemas

Figura 14: Sistema de som multicanal 5.1. Os principais requisitos para garantir que o espectador possa localizar a partir de onde está sendo reproduzido cada um desses canais são um espaçamento adequado entre as caixas acústicas e a redução do tempo de reverberação no interior do auditório. Se as caixas acústicas dos canais frontais estiverem muito próximas entre si e/ou se o tempo de reverberação for muito alto, a localização das fontes sonoras fica comprometida e a associação entre som e imagem se perde.

Capítulo 2 - A qualidade da projeção

“ambiente” (surround) (esquerda e direita), reproduzidos por caixas posicionadas nas paredes laterais e do fundo da sala. Além desses cinco canais, existe também o canal dos subgraves (subwoofer), o “ponto um” do sistema, utilizado para reprodução das frequências sonoras muito baixas.

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O tempo de reverberação é o tempo no qual o som permanece em um ambiente após ser emitido. Ele é medido em segundos e os valores recomendados variam em função da utilização que se deseja ao ambiente e seu volume. Via de regra, no caso de ambientes nos quais se deseja valorizar a inteligibilidade dos diálogos e a localização de múltiplas fontes sonoras, é dada preferência a tempos de reverberação mais reduzidos.

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Figura 15: Tempo de reverberação, 500Hz.

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A Recomendação Técnica da ABC estipula os valores adequados do tempo de reverberação para salas de projeção através de gráficos com valores máximos e mínimos, bem como sua variação em função da frequência sonora. O tempo de reverberação é obtido através de projeto especial que visa obter o valor desejado através da utilização criteriosa de materiais que reflitam ou absorvam o som neles incidido.

Conforto do espectador Além das questões de saúde e bem-estar, as condições de conforto na sala de projeção são essenciais para a perfeita fruição do espetáculo cinematográfico. Lembrando que o objetivo de uma boa projeção é fazer com que o espectador se esqueça de seu corpo físico e mergulhe totalmente na experiência sensorial que lhe é oferecida na sala, devem ser evitadas quaisquer condições de desconforto durante a duração da sessão.

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Ângulos de visão verticais Ângulos de linha de visão vertical excessivos provocam desconforto no espectador por obrigá-lo a manter a cabeça desconfortavelmente inclinada para cima durante a projeção. Este problema acontece com mais frequência e intensidade nas fileiras de poltronas mais próximas à tela de projeção. A Recomendação Técnica da ABC determina que os ângulos de visão verticais do espectador devem ser de 30 graus até o centro da altura da tela de projeção e de 40 graus até sua borda superior. Esses limites consideram os valores confortáveis para inclinação dos olhos, do pescoço e do corpo, combinados.

Ângulo de visão horizontal Idealmente, o espectador deveria estar localizado no eixo da largura da tela de projeção. No entanto, isso não é possível devido à necessidade de se acomodar a maior quantidade possível de espectadores na sala de projeção. A Recomendação ABC determina que o ângulo de visão lateral até o centro da largura da tela de projeção não deve ser superior a 15 graus, de modo a evitar que seja necessário

Capítulo 2 - A qualidade da projeção

Figura 16: Ângulos de visão verticais.

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virar o pescoço e/ou o torso excessivamente para o lado para que possam visualizar as imagens projetadas na tela. Atender a este parâmetro implica inclinar as poltronas mais afastadas do eixo longitudinal da sala de exibição em direção ao centro da tela, até situá-las no limite aceitável. Geralmente, a solução mais adequada é a utilização de fileiras de poltronas dispostas em arcos concêntricos.

Figura 17: Ângulo de visão lateral e espaçamento entre poltronas.

Espaçamento entre poltronas

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Este aspecto visa garantir um espaçamento confortável para acomodação das pernas dos espectadores e facilitar o acesso às poltronas mais afastadas das circulações.

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A Recomendação ABC estipula que o espaçamento entre as poltronas, medido da face anterior de um determinado encosto até a face anterior do encosto imediatamente à frente (ou atrás), seja igual ou, preferencialmente, superior a 1,00m. Este valor mínimo pressupõe a utilização de poltronas convencionais de cinema, de boa qualidade, porém sem dimensões exageradas; no caso disso acontecer, deverão ser feitas modificações para que seja oferecida uma distância livre entre poltronas.

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Conforto térmico O conforto térmico refere-se às condições de temperatura e umidade relativa do ar. Seus parâmetros são definidos pela norma NBR 6401, “Instalações centrais de ar-condicionado para conforto – Parâmetros básicos de projeto”, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Acessibilidade

Capítulo 2 - A qualidade da projeção

A preocupação com o acesso às obras cinematográficas deve ser estendida a todas as pessoas, inclusive aquelas com dificuldade de locomoção e cadeirantes. Para isso, devem ser atendidos os parâmetros definidos pela norma NBR 9050 da ABNT: “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”.

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Treinamento Rede de Cinemas 31

Treinamento Rede de Cinemas

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Treinamento Rede de Cinemas

3 Treinamento – Rede de Cinemas Nesta sessão veremos: O Sistema ICD Como gerenciar usuários. Como organizar o armazenamento e compartilhar conteúdo. Como gerar a playlist da sala de cinema. Nesta Sessão 3 trabalharemos detalhadamente os aspectos de operação do ICD, incluindo o gerenciamento de usuários, conteúdos e a geração de playlists.

O Sistema ICD Roteiro Introdução e conceitos. Administração de usuários. Espaços virtuais. Conteúdos. Compartilhamento. Geração de playlists. O roteiro que iremos seguir consiste em: 1. Introdução ao ICD. 2. Administração de usuários.

4. Geração de playlists do cinema.

Introdução Plataforma de intercâmbio de Conteúdos Digitais: Armazenamento e compartilhamento entre diferentes participantes (colaboração). O ICD é uma plataforma de intercâmbio de conteúdos digitais multimídia (áudio, vídeo, imagens, etc). O sistema ICD estabelece uma rede de distribuição e compartilhamento entre as entidades participantes da rede. No caso do projeto Rede de Cinemas, os participantes da rede são os diferentes cinemas.

Treinamento Rede de Cinemas

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

3. Gerenciamento de conteúdo (espaços virtuais, conteúdos, previsualização e download de conteúdos locais e remotos etc).

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Administração de usuários Listando usuários

Figura 18: Tela de administração de usuários A primeira área básica relevante para a operação do ICD é o gerenciamento de usuários. Para listar usuários basta acessar o item “Gerenciar Usuários” no menu “Usuários”. A lista com todos os usuários cadastrados no ICD será exibida. Pode-se utilizar o campo de busca para listar um conjunto específico de usuários. Além disso, através dos botões do lado direito de cada usuário é possível remover ou editar as respectivas informações.

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Adicionando novo usuário

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Figura 19: Tela de adição de usuários A opção de adicionar usuário encontra-se destacada na Figura 19. Ao se acessar esta opção, a tela para adição de usuário é carregada. Esta tela permite definir, entre outras informações, o login do usuário, os papéis que este usuário assumirá no sistema e o idioma preferido. Basta preenchar o formulário e selecionar o botão “Adicionar”.

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Os principais papéis do sistema ICD utilizados na Rede de Cinemas são: Administrador de Controle de Acesso: permite gerenciar os usuários cadastrados no ICD (por exemplo, adicionar e remover usuários). Gerente de Armazenamento: permite gerenciar as “pastas” onde os conteúdos serão armazenados. Gerente de Conteúdo: permite adicionar conteúdos ao ICD. Gerente de Compartilhamento: permite a definição das permissões de compartilhamento para os conteúdos. Pesquisador privilegiado: permite visualizar e efetuar buscas na base de conteúdos do ICD. Gerente de playlist: permite montar a playlist do cinema.

Editando um usuário

A figura mostra o botão de edição do usuário. Ao se selecionar este botão, uma tela semelhante à tela de adição de novos usuários é exibida permitindo a alteração de informações de contato, os papéis do usuário e o idioma preferido.

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

Figura 20: Edição de usuários

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Removendo usuários

Figura 21: Remoção de usuário Pode-se observar em destaque o botão que permite a remoção de um usuário do sistema.

Pré-cadastros

Figura 22: Pré-cadastro de usuários

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O ICD também permite que usuários que não tenham cadastro no sistema possam efetuar o seu próprio pré-cadastro. Na tela de login, pode-se acessar a opção “Novo usuário? Cadastre-se aqui”. Ao acessar esta opção, o usuário será direcionado para uma tela semelhante à de adição de novo usuário, vista pelo administrador do sistema.

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Os dados inseridos ficarão disponíveis para que o administrador do ICD possa avaliar posteriormente. Após a avaliação, o administrador pode ou não decidir por aprovar o pedido de cadastro.

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Pré-cadastros

Figura 23: Visualização de usuários pré-cadastrados A lista de pré-cadastros pode ser acessada através do item “Pré-cadastros” do menu “Usuários”. Pode-se observar a lista de usuários que cadastraram alguma informação e então pode-se aprovar ou não aprovar o cadastro através dos botões exibidos do lado direito de cada cadastro.

Espaços virtuais (EVs) Os usuários que tiverem o papel de Gerente de Armazenamento poderão gerenciar espaços virtuais. Criação de espaços virtuais. Tipos de espaços virtuais: Privado. Compartilhado. Os conteúdos armazenados no ICD são organizados em Espaços Virtuais, que nada mais são do que agrupamentos lógicos de conteúdos, de forma semelhante às pastas do sistema de arquivos de um computador. Vale lembrar que o papel de Gerente de Armazenamento do ICD é o papel que possui permissão para gerenciar os espaços virtuais (criar, apagar etc). A seguir veremos as operações possíveis sobre os espaços virtuais, bem como seus tipos.

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

Público.

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Treinamento Rede de Cinemas 37

Listagem de espaços virtuais

Figura 24: Lista de espaços virtuais Para listar os espaços virtuais armazenados no ICD do cinema local, basta acessar no menu “Espaços Virtuais”o item “Espaços Virtuais Locais”. A tela representada na figura seguinte é então exibida, listando os espaços virtuais em forma de uma árvore de diretórios.

Criação de novo espaço virtual

Figura 25: Criação de um novo espaço virtual Na tela de listagem é possível criar um novo espaço virtual através do botão “Novo Espaço”. A tela de criação de espaços virtuais possui três abas principais: Descrição: Treinamento Rede de Cinemas

Nome e descrição do Espaço Virtual. Opção para ativar transferência imediata. Opção para ativar divulgação na web (Feeds). Permissões: Gerencia as permissões do espaço virtual. Ações: Permite que determinados grupos de usuários sejam notificados quando alguma ação é realizada no EV. 3838

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Para criar um espaço virtual, deve-se informar três tipos básicos de informação: (I) sua descrição textual, (II) suas permissões e (III) suas configurações de notificação.

Figura 26: Tela de criação de espaço virtual A tela de criação possui três abas conforme pode ser observado na figura (aba Descrição, Permissões e Ações). Na Figura 26 temos representada a tela de Descrição. Nela pode-se informar o nome do espaço virtual a ser criado e uma descrição, que consiste em texto livre que pode descrever, dentre outras coisas, o propósito do espaço virtual.

Figura 27: Tipos de compartilhamento

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

Existem ainda dois botões de marcação para funcionalidades avançadas: “Transferência Imediata” e “Divulgar conteúdo deste espaço na web”, que não serão abordadas neste treinamento e devem ser deixadas com seus valores padrão.

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Treinamento Rede de Cinemas 39

A aba Permissões permite escolher o tipo de compartilhamento (permissão) que estará associado ao espaço virtual. Para cada tipo escolhido, pode-se verificar na própria interface uma breve descrição que auxilia no entendimento das características da permissão.

Tipo de compartilhamento O tipo de compartilhamento de um espaço virtual pode ser: Espaço privado: apenas a associada local pode visualizar e adicionar conteúdos (opção padrão). Espaço público: outras associadas podem visualizar o conteúdo. Espaço compartilhado: outras associadas podem visualizar e adicionar conteúdo. Espaço customizado: Compartilhamento definido de acordo com preferências do usuário previamente estabelecidas nas configurações do ICD. Os quatro tipos possíveis para compartilhamento são os seguintes: Espaço privado: neste tipo de compartilhamento, apenas o cinema local pode visualizar e adicionar conteúdos ao espaço virtual. Os vídeos colocados em um espaço virtual deste tipo não ficam acessíveis para os demais cinemas da rede. Vale ressaltar que esta é a opção padrão aplicada a um espaço virtual que está sendo criado. Espaço público: neste tipo de compartilhamento, os demais cinemas poderão visualizar os conteúdos inseridos neste espaço virtual. Este tipo de compartilhamento é útil quando um cinema deseja disponibilizar conteúdos para os demais cinemas da Rede, mas não deseja que os outros cinemas modifiquem e adicionem conteúdo ao espaço virtual. Espaço compartilhado: este tipo de compartilhamento é o mais permissivo. Um espaço virtual compartilhado permite que tanto o cinema local quanto os demais cinemas da rede possam adicionar e visualizar conteúdos. Este tipo de espaço é útil quando um cinema deseja enviar conteúdo para outro cinema, de forma a poder controlar a exibição neste cinema remoto.

Treinamento Rede de Cinemas

Espaço customizado: nesta opção, a política de permissão será definida de acordo com preferências previamente estabelecidas pelo usuário na configuração do ICD. Não recomendamos este tipo de compartilhamento na Rede de Cinemas, portanto não vamos abordá-lo em nosso treinamento.

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Treinamento Rede de Cinemas

Conteúdos Listando conteúdos.

Figura 28: Conteúdos de um espaço virtual

Na tela de listagem de conteúdo, pode-se observar o botão “Atualizar”, que serve para atualizar o conteúdo listado. Este botão é útil caso algum conteúdo tenha sido adicionado depois do carregamento da página de listagem. Na mesma barra onde fica o botão de “Atualizar” também pode ser encontrada a caixa de texto de busca, que permite buscar por determinados conteúdos. Note que o espaço virtual mostrado na figura está vazio.

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

Uma vez listados os espaços virtuais, pode-se listar o conteúdo clicando no espaço virtual desejado. A Figura 28 mostra uma segunda forma de visualização dos espaços virtuais através da abstração de pastas. De fato, tratamos os dois conceitos como sinônimos, sendo o nome utilizado uma opção da interface. Neste curso, sempre utilizaremos o termo espaço virtual.

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Adicionando conteúdo.

Figura 29: Adição de conteúdos

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Para adicionar novos conteúdos, utiliza-se o botão com o ícone verde “+” destacado na figura.

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Figura 30: Seleção de arquivo para upload

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A tela para seleção do conteúdo é exibida. Temos basicamente duas importantes opções de upload: O botão para selecionar arquivos do seu computador permite que você navegue no seu sistema de arquivos e escolha um conteúdo desejado. O botão para selecionar arquivos do servidor permite que você navegue no sistema de arquivos do servidor. Esta opção é importante caso você deseje adicionar conteúdos que já estão disponíveis na máquina do ICD, mas não estão cadastrados no sistema ICD. Por exemplo, pode-se utilizar um HD externo, conectá-lo ao servidor ICD e então cadastrar os conteúdos deste HD acessando o ICD por outra máquina na rede. Isto permite uma maior velocidade na alimentação do sistema uma vez que os arquivos estão disponíveis localmente no servidor, portanto não será necessária a transmissão do arquivo do computador local para o servidor via rede.

A tela de adição de conteúdo apresenta uma série de abas para entrada de informações sobre o conteúdo. Algumas delas correspondem a funcionalidades avançadas que não entraremos em detalhes em nosso treinamento por não serem relevantes para a Rede de Cinemas, sendo suficiente ao usuário deixá-las com seus valores padrão. As principais informações que devem ser preenchidas ao se adicionar um novo conteúdo são o tipo de conteúdo, título, descrição, palavras-chave (utilizadas para busca), classificação indicativa etc., todas acessadas na primeira aba da tela de adição de conteúdo. O ICD também permite a escolha da licença de utilização do arquivo que está sendo adicionado. Pode-se indicar, por exemplo, uma licença própria, licença livre, licença Creative Commons etc.

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Figura 31: Upload de arquivo e preenchimento de metadados

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Treinamento Rede de Cinemas 43

Nesta tela também é possível visualizar o progresso do upload. Após preencher as informações e finalizar o upload do arquivo, deve-se clicar no botão “Salvar”. Formatos de vídeo suportados pelo ICD: MPG, MPEG, MPE, MP1, MP2, MP4, DAT, VOB, AVI, ASF, WMV, QT, MOV, VIVO, VIV, FLI, RM, NUV, YUV, FIL, FILM, ROQ, OGG, OGM, SDP, PVA, GIF, 3GP, FLV, DV, WMV e TS. Formatos mais utilizados: MP1, MP2, MP4, AVI, WMV, MOV, VOB, FLV e TS. Vídeos com upload finalizado passam por processo de transcodificação: Transcodificação para TS H.264 e áudio AAC. Diferentes resoluções: Baixa resolução para preview. FullHD para cinemas Full HD. Resolução 2K para salas 2K. Quando o upload de um conteúdo é finalizado, o sistema ICD transcodifica o conteúdo para o formato padrão do sistema. O formato padrão é um arquivo Transport Stream (TS) com codificação de vídeo H.264 e áudio AAC. Todas as transcodificações ativas no sistema podem ser observadas no item “Transcodificações”, disponível no menu “Conteúdos”. No contexto da Rede de Cinemas, o ICD está configurado para fazer a transcodificação do conteúdo enviado para três formatos diferentes. Um formato de baixa resolução para preview do conteúdo na própria página do ICD, um formato FullHD para utilização em salas FullHD e um formato 2K para utilização em salas 2K. Sendo assim, ao se fazer um upload de um único conteúdo, pode-se observar que no menu de transcodificação teremos três transcodificações para o mesmo conteúdo, cada uma correspondendo a uma das três resoluções possíveis.

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Listagem de conteúdos

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Figura 32: Listagem de conteúdos

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Para listar os conteúdos de um espaço virtual, basta clicar sobre o nome do espaço virtual desejado, por exemplo, na figura são apresentados os conteúdos do espaço virtual chamado de “Base Local”. A lista de conteúdos será exibida. Para cada conteúdo uma imagem de preview será apresentada juntamente com uma série de informações à direita da imagem.

Alterando metadados de um conteúdo

Figura 33: Edição de conteúdos

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

Para editar as informações do conteúdo, basta acessar o menu de opções conforme ilustrado na Figura 33. Será aberta uma tela semelhante à tela mostrada para a adição de novos conteúdos.

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Treinamento Rede de Cinemas 45

Alterando permissões de um conteúdo

Figura 34: Permissão de conteúdos Como pode ser visto na figura, temos as mesmas abas disponíveis durante a adição de um novo conteúdo. Isto permite que o usuário atualize qualquer dado informado durante a adição do conteúdo. Aqui é ilustrada a edição de permissões do conteúdo. É possível definir detalhadamente as operações que cada papel pode realizar sobre o conteúdo. Na figura anterior, a coluna “Associada” corresponde ao cinema componente da Rede. Alguns exemplos de permissões: O Produtor de Conteúdo da associada UFPR pode visualizar o conteúdo; O pesquisador da UFPR pode visualizar o conteúdo;

Treinamento Rede de Cinemas

O Gerente de Conteúdo da UFPR pode editar o conteúdo.

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Treinamento Rede de Cinemas

Copiando conteúdos entre espaços virtuais

Figura 35: Movendo conteúdos entre espaços virtuais Os conteúdos também podem ser copiados ou movidos de um espaço virtual para outro. Para isso basta acessar o menu de opções disponível na barra de ferramentas ou na parte inferior direita do preview de cada conteúdo. Este recurso é muito importante para a operação da Rede de Cinemas, pois permite o controle do compartilhamento de conteúdos. Por exemplo, um determinado conteúdo pode ser copiado para um espaço virtual público durante um período no qual ficará disponível para os demais cinemas da Rede, e depois deste período esta cópia pode ser removida do espaço público, o que fará com que ela não fique mais disponível para os demais cinemas. O conteúdo será imediatamente indisponibilizado para os demais cinemas. De fato este mecanismo permite o compartilhamento de conteúdo e a realização de festivais de cinema distribuídos, onde determinados conteúdos estão disponíveis para os cinemas da Rede durante o período do festival.

Pré-visualização: basta clicar na imagem do vídeo. Download: basta clicar no ícone de download.

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

Recuperando conteúdo

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Treinamento Rede de Cinemas 47

Figura 36: Visualização de conteúdo Existem duas formas básicas de recuperação de conteúdo: A primeira forma é através da pré-visualização de conteúdo; através do download do conteúdo. A primeira forma permite a visualização da versão de baixa resolução diretamente através do navegador web; para isso, basta clicar na imagem do conteúdo. Uma nova janela será aberta, de onde o vídeo poderá ser visualizado (conforme lado direito da figura). A segunda forma de acessar o conteúdo é baixá-lo através do botão de download. Este botão fica na parte inferior esquerda da imagem de preview do conteúdo, sendo representado por uma seta para baixo na cor verde (lado esquerdo da figura anterior).

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Removendo conteúdo

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Figura 37: Remoção de conteúdo A remoção de conteúdo pode ser efetuada também a partir da tela de listagem de conteúdos. Basta selecionar o conteúdo desejado e utilizar o botão “Remover”.

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Busca por conteúdo

Figura 38: Busca por conteúdo Por fim, a Figura 38 destaca o campo utilizado para buscar conteúdo. Basta digitar o texto que se deseja procurar. Acesso a conteúdos remotos: Espaços virtuais remotos podem ser visualizados através do menu “Espaços Virtuais Remotos”. A listagem e pré-visualização podem ser feitas da mesma forma já mostrada anteriormente. Para transferir um conteúdo de um cinema para o cinema local, é preciso executar os passos a seguir.

Neste momento estudaremos as operações possíveis em espaços virtuais remotos. Estes espaços virtuais estão armazenados em outros cinemas. Vale a pena destacar que o usuário do ICD só poderá visualizar os seus próprios espaços virtuais locais e os espaços virtuais remotos de outros cinemas, que foram definidos com o tipo de compartilhamento “público” ou “compartilhado”. Para acessar os espaços virtuais remotos, basta acessar o item “Espaços Virtuais Remotos” no menu “Conteúdos”. As operações que aprendemos para os espaços virtuais locais também são válidas para os espaços virtuais remotos. Porém, quando trabalhamos com espaços remotos, temos uma operação adicional bastante importante que consiste na transferência de um conteúdo de outro cinema para o cinema local, permitindo a sua exibição local.

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

Até o momento, nós trabalhamos com espaços virtuais (pastas) locais, ou seja, aqueles espaços que foram criados e estão armazenados no ICD local do cinema em questão.

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Transferência de conteúdo entre associadas

Figura 39: Transferência de conteúdo remoto Note que quando se acessa um espaço virtual remoto, os conteúdos daquele espaço não estão armazenados localmente, mas no ICD remoto do outro cinema. Sendo assim, os conteúdos não estão diretamente armazenados no ICD local do cinema. Por este motivo, ao se acessar um espaço remoto, o botão de download de conteúdo que vimos no caso de um espaço local se transforma em um botão de transferência de conteúdo. Ao se clicar neste botão uma nova tela será apresentada permitindo que o usuário escolha o espaço local para o qual deseja copiar o conteúdo.

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A parte direita da figura anterior apresenta a tela de seleção do espaço virtual. Basta escolher o espaço virtual local desejado e clicar no botão “Iniciar Transferência”.

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Figura 40: Tela de transferências entre ICDs Ao se iniciar a transferência, a seguinte caixa de diálogo é exibida. Para visualizar as transferências ativas no seu servidor ICD, basta clicar no botão “Visualizar transferência”, que leva à lista de transferências. Note que a lista de transferências também pode ser acessada pelo menu “Transferências” da tela principal do ICD. Apenas após completada a transferência, é que o conteúdo estará disponível em um espaço local do ICD. Vale ainda ressaltar que o conteúdo só poderá ser utilizado em uma

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sessão do cinema local, quando a transferência estiver sido concluída para o ICD local, pois só assim o exibidor será capaz de recuperar o conteúdo para exibição. Desta forma, é importante que os downloads dos conteúdos desejados sejam realizados com a devida antecedência com relação à sessão que se deseja realizar. Esta abordagem de recuperação prévia garante confiabilidade superior à solução, minimizando as consequências de possíveis problemas de rede durante a exibição da sessão, pois o download pode ser interrompido e recomeçado várias vezes antes do início de uma sessão.

Gerando playlists

Figura 41: O menu "Cinema" Agora que já aprendemos a gerenciar os usuários do ICD, organizar os espaços virtuais e gerenciar os conteúdos e compartilhamentos, abordaremos a geração de playlists de cinema a partir do conteúdo disponível. As funcionalidades específicas de cinema estão disponíveis no menu “Cinema” destacado na figura anterior.

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

Menu Cinema

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Criando nova playlist

Figura 42: Criando uma playlist Ao entrar no item do menu “Cinema” é exibida a seguinte tela. Para criar e iniciar a edição de uma nova playlist, basta utilizar o botão “Novo” conforme destacado na figura anterior.

Treinamento Rede de Cinemas

Criação de uma playlist

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Figura 43: Tela de nova playlist A tela de edição de playlist é então exibida. Primeiramente, deve-se editar o nome da playlist; por exemplo pode-se utilizar um nome que identifica o evento no qual a playlist será utilizada ou simplesmente pode-se optar por identificar a data de criação da playlist; por exemplo, playlist-30-06-2015. Treinamento Rede de Cinemas

Selecionando conteúdo Clique no botão atualizar (seta circular azul) para exibir os conteúdos disponíveis. Clique no botão “+”, ao lado do vídeo desejado para adicioná-lo à playlist. Alternativamente pode-se arrastar e soltar o vídeo desejado. Após escolhido o nome para a playlist, pode-se iniciar a seleção de conteúdo.

Figura 44: Botão de atualização de conteúdos

Figura 45: Adicionando conteúdos na playlist A tela de seleção de conteúdo para a playlist é dividida em duas áreas. A área do lado esquerdo da tela apresenta os conteúdos disponíveis para serem selecionados para a playlist. Já o campo do lado direito apresenta os conteúdos selecionados para a playlist em elaboração.

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

Primeiramente, devemos clicar no botão de atualizar (seta circular azul) conforme indicado na figura, para que os conteúdos disponíveis sejam listados.

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Treinamento Rede de Cinemas 53

Caso deseje adicionar um conteúdo à playlist, basta utilizar o botão “+”ou arrastar e soltar o conteúdo do lado esquerdo para o lado direito. Em seguida, seleciona-se o formato do conteúdo desejado (Full HD ou 2K). Pode-se ainda clicar no formato desejado diretamente; estes formatos estão disponíveis abaixo do nome do conteúdo. Para adicionar os conteúdos na coluna da direita, basta selecioná-los para fazerem parte de uma possível sessão de cinema. Em seguida, apresentaremos o processo de definição das sessões do cinema, que nada mais é que definir uma sala, uma data e uma hora para exibição.

Configurando Extras Extras são conteúdos que acompanham a atração principal, como trailers, anúncios e créditos. Clique na opção “Detalhes”, referente ao conteúdo que se deseja configurar. Selecione o tipo do conteúdo. Clique em “Fechar”. Repita para os conteúdos considerados “extras”. Os extras são conteúdos complementares a uma sessão de cinema. Denominamos de “extras” conteúdos como trailers, anúncios e créditos. Sendo assim, recomendamos adicionar primeiramente todos os extras desejados na playlist, ou pelo menos todos os extras que se deseja reproduzir em uma determinada sessão de cinema. Pode-se seguir os seguintes passos para definir o conteúdo com o tipo “extra”: Adicione o conteúdo na playlist utilizando o procedimento explicado. Clique na opção “Detalhes” do conteúdo que se deseja configurar. Selecione o tipo de conteúdo (neste caso, como estamos considerando que o conteúdo é um extra, pode-se escolher entre o tipo “Trailer”, “Anúncio” ou “Créditos”). Clique em “Fechar” para fechar a tela de detalhes.

Treinamento Rede de Cinemas

Precisamos então repetir os passos acima para configurar cada extra desejado.

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Treinamento Rede de Cinemas

Opção “Detalhes”

Figura 46: Editando os detalhes do conteúdo Esta figura destaca a posição do botão “Detalhes” do conteúdo da playlist.

Figura 47: Definindo o tipo de conteúdo (trailler) A tela de edição de detalhes e a caixa de selação do tipo de conteúdo estão ilustradas nesta figura. Após finalizar a configuração, basta clicar em “Fechar”.

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

Configuração de conteúdo do tipo trailer

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Configurando os filmes Um filme é o conteúdo principal. Clique em “Detalhes” no conteúdo que deseja configurar. Selecione o tipo “Filme”. Preencha os campos de idioma do áudio e da legenda. Clique no botão “+” para adicionar uma nova sessão. Uma sessão define um conjunto de conteúdos que serão reproduzidos em uma determinada sala, data e horário. Selecione a sala e o horário da exibição. Selecione conteúdo extra para a sessão. Repita para adicionar quantas sessões quiser. Agora que configuramos os conteúdos extras da playlist, podemos adicionar os filmes. Chamamos de filmes, o conteúdo principal de uma determinada sessão de cinema. Uma sessão define um conjunto de conteúdos que serão reproduzidos em uma determinada sala, data e horário. De fato, um filme define uma sessão. Note que pode-se ter uma sessão sem conteúdos extras associados, porém não se pode ter uma sessão sem um filme e cada sessão está associada a apenas um filme. Para adicionar um filme, devemos seguir os seguintes passos: 1.

Adicione o conteúdo.

2.

Clique em detalhes do conteúdo que deseja configurar como filme.

3.

Na tela de configuração, selecione o tipo “Filme”.

4.

Preencha os campos de idioma do áudio e da legenda.

5. Clique no botão “+” para criar uma sessão para este filme. Selecione a sala e a data/horário da sessão. Além disso, selecione também os extras desta sessão caso assim desejar.

Treinamento Rede de Cinemas

Note que as operações descritas no item 5 podem ser repetidas várias vezes para se criar várias sessões diferentes para o mesmo filme.

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Um ponto importante que deve ser destacado aqui é que a sala de cinema deve ser escolhida de forma a comportar a resolução do filme que se está escolhendo. Por exemplo, não faz sentido escolher na playlist um extra e um filme com resolução 2K, caso a sala que se alocará a sessão só possua um projetor Full HD.

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Configurando filmes e sessões

Figura 48: Botão de detalhes do conteúdos

Figura 49: Edição dos detalhes de um conteúdo do tipo "Filme" Ao se selecionar o tipo “Filme”, deve-se também definir o idioma do áudio e da legenda. Aqui, destaca-se o botão “+” utilizado para criar novas sessões para o filme que se está configurando. O primeiro campo, chamado de “Tela”, corresponde ao número da sala de cinema. Já a hora corresponde à data e hora na qual a sessão deverá ser exibida. Vale lembrar novamente que a sala a ser escolhida deve ser compatível com a resolução dos conteúdos escolhidos para a sessão. O link “Adicionar extra” permite a adição de extras à sessão correspondente. Note que ao se pressionar “Adicionar extra”, uma lista com todos os contéudos presentes na playlist e marcados como tipo “extra” é apresentada de forma que o usuário pode escolher os conteúdos desejados. Este é o motivo pelo qual

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

Na Figura 48 podemos verificar novamente o destaque para o link de “Detalhes”, que permite configurar o conteúdo da playlist.

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recomendamos primeiramente adicionar e configurar os extras da playlist, pois desta forma, quando formos adicionar os filmes, todos os extras já estarão disponível para seleção nesta tela. Ao término da configuração, basta selecionar a opção “Fechar”.

Salvando e finalizando edição da playlist

Figura 50: Botões "Salvar" e "Fechar" O botão de “Salvar”, destacado na figura salva as informações da playlist no servidor ICD. Você pode salvar a playlist várias vezes, sempre que achar necessário. Quando finalizar completamente a edição, utilize o botão “Fechar” para fechar a tela de edição da playlist.

Exportando playlist Após exportar uma playlist, ela ficará disponível para download por parte do Controlador de Cinema.

Treinamento Rede de Cinemas

Basta selecionar a playlist e clicar no botão “Enviar playlists selecionadas”.

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Quando você salva uma playlist, ela ficará salva no servidor ICD, porém ainda não estará disponível para o controlador do cinema. Para disponibilizar a playlist para o controlador do cinema, deve-se exportar a playlist. Esta abordagem permite que a playlist possa ser editada em momentos distintos no servidor ICD, sem que o controlador tome conhecimento dela. Quando a playlist estiver totalmente finalizada, basta selecioná-la e exportá-la através do botão “Enviar playlists selecionadas”.

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Figura 51: Botão para publicação da playlist

Capítulo 3 - Treinamento – Rede de Cinemas

A Figura 51 exibe o campo de seleção de uma playlist e um botão “Enviar playlists selecionadas”, utilizado para exportar a playlist de forma a disponibilizá-la para o controlador de cinema.

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Treinamento Rede de Cinemas

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Treinamento Rede de Cinemas

4 Treinamento – Rede de Cinemas Nesta sessão veremos: Como baixar uma playlist a partir do Controlador de Cinema. Como operar o Controlador de Cinema para exibição dos conteúdos Agora que já entendemos a arquitetura geral da Rede de Cinemas e sabemos como operar o ICD, podemos iniciar o estudo da operação dos softwares de cinema. Portanto, nesta sessão estamos interessados em aprender como utilizar o Controlador de Cinema para baixar a playlist gerada e exportada pelo ICD e como reproduzir os filmes durante as sessões especificadas na playlist.

Utilizando o Controlador de Cinema Interface dividida em três visões: Visão de playlist. Recuperação da playlist criada no ICD. Visualização da playlist. Filmes, horários das sessões etc. Visão de Conteúdos. Permite visualizar a disponibilidade dos conteúdos Visão das Salas de Cinema. Permite a criação e gerenciamento de salas de cinema. Permite o controle das sessões de cinema em cada sala criada. O controlador também possui um conjunto completo de páginas de ajuda no menu de

A interface do controlador é dividida em três visões diferentes. Estas visões oferecem informações para a operação adequada da sala de cinema. As três visões disponíveis são: 1. Visão de playlist: Esta visão permite visualizar em detalhes as informações presentes na playlist recuperada do ICD. Pode-se observar, por exemplo, um calendário com as sessões de cinema indicadas em seus respectivos dias. 2. Visão de contéudos: O Controlador permite que se tenha o status da disponibilidade dos conteúdos no ICD local para reprodução.

Treinamento Rede de Cinemas

Capítulo 4 - Treinamento – Rede de Cinemas

“Ajuda”.

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3. Visão das Salas de cinema: Esta visão permite configurar as salas de cinema disponíveis. Por exemplo, é a partir desta visão que se pode controlar o envio de comandos para o exibidor (play, pause, stop, etc). É importante ressaltar que o Controlador também possui um conjunto completo de páginas de ajuda que podem ser acessadas através do menu “Ajuda”. Estas páginas são uma importante fonte de informação sobre os elementos da interface organizada de forma a permitir a rápida consulta de informações.

Configurações

Treinamento Rede de Cinemas

Figura 52: Tela de configuração do Controlador

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Antes de realizar qualquer operação com o Controlador de Cinema, devemos configurá-lo para que ele possa se conectar ao servidor ICD. Para isso, utilizamos o menu “Ferramentas”. Neste menu pode-se ativar a tela de preferências, onde é possível informar o login e a senha do usuário SFTP da máquina do ICD. Além disso, IP e porta também devem ser introduzidos.

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Visão de playlist Baixando uma nova playlist criada no ICD

Figura 53: Botão de download de nova playlist Uma vez configurado, pode-se realizar a operação normal do Controlador. A primeira operação que se deve fazer é o download da playlist. Este download pode ser realizado através do menu “Arquivo->Atualizar Playlist”. Quando este menu é ativado, o Controlador conecta-se à máquina servidora do ICD do cinema para baixar uma nova playlist.

Figura 54: Visão de playlist A tela de visualização de playlist é exemplifica pela figura anterior. Os números detalham as áreas que apresentam informações relevantes e serão apresentadas a seguir.

Capítulo 4 - Treinamento – Rede de Cinemas

Visualizando detalhes da playlist

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Treinamento Rede de Cinemas 63

Calendário Permite uma forma rápida de ver a distribuição das sessões nos dias do mês. Na Figura 55, os dias 20 e 28 estão em destaque, indicando que nestes dias existem sessões agendadas.

Figura 55: Calendário de sessões Já o calendário da parte direita da visão de playlist permite visualizar as sessões ao longo do tempo de forma gráfica. Os dias que possuem alguma sessão agendada são mostrados em verde. Sendo assim, na figura, podemos concluir que os dias 20 e 28 possuem sessões agendadas.

Detalhes do dia Ao se clicar em um dia específico, mostra-se os detalhes deste dia, que consiste na listagem das sessões agendadas para o dia de interesse. Ao se clicar em um dia específico, mostra-se os detalhes do dia, que consiste na listagem das sessões agendadas para este dia. Por exemplo, ao se selecionar o dia 27, a listagem das sessões é mostrada na área assinalada como 2. Note que a interface faz uso de uma barra de rolagem para mostrar informações de todas as sessões agendadas no dia específico. Lista dos filmes da playlist. Detalhes do filme selecionado. Permite observar detalhes do filme selecionado. Treinamento Rede de Cinemas

Exemplo:

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As sessões nas quais ele está alocado. Os trailers programados para cada uma das sessões. Os horários das sessões. A área marcada como 3 mostra a lista dos filmes da playlist. Ao se clicar em um filme, a região “4” exibe detalhes do filme. Por exemplo, as sessões para as quais ele está alocado, os extras alocados para cada uma destas sessões, os horários das sessões etc.

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Visão de Conteúdos

Figura 56: Visão de Conteúdos A visão de playlist permite a visualização detalhada do agendamento das sessões e do conteúdo das sessões. Já a visão de conteúdos, permite que se faça uma checagem da disponibilidade dos conteúdos para reprodução. Esta visão é importante porque permite a identificação da indisponibilidade de algum conteúdo e consequentemente sejam buscadas medidas para a solução do problema.

OBS: Esta tela também permite que se efetue o download de conteúdos para a máquina do próprio Controlador. Porém esta opção está fora do escopo do nosso treinamento. Para a operação normal da Rede de Cinemas em sua versão atual, é suficiente utilizá-la apenas para checagem de disponibilidade de conteúdos no ICD local, conforme descrito no parágrafo anterior.

Capítulo 4 - Treinamento – Rede de Cinemas

Na Figura 56 podemos ver que todos os arquivos estão disponíveis no ICD local e consequentemente prontos para reprodução. Caso algum conteúdo não esteja disponível, é necessário acessar o ICD para identificar o problema. Normalmente basta efetuar a transferência do conteúdo para o ICD local e então carregar a playlist no Controlador novamente. Após este procedimento o conteúdo deve ser exibido como disponível.

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Visão das Salas de Cinema Criando uma sala de cinema Utilizar o botão de criação de nova sala. Informar o número da nova sala. Configurar a nova sala.

Figura 57: Botão de criação de conteúdos A visão das salas de cinema permite controlar os exibidores de cinema. Quando acessada pela primeira vez, a visão não apresentará nenhuma sala. Apenas o botão de criação de uma nova sala estará disponível permitindo que o usuário adicione uma sala.

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Ao pressionar o botão para adição de uma sala, o Controlador perguntará o número da sala que está sendo criada. Após informar este número, a tela de configuração de sala será exibida.

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Configurando uma sala de cinema

Figura 58: Tela de configuração de uma sala Dois grupos de configurações podem ser ativados. O primeiro deles, e também o mais importante, tem por objetivo configurar o IP e a porta de comunicação com o exibidor de cinema. Lembre-se da arquitetura geral de uma sala de cinema que o Controlador se conecta ao player para enviar comandos de reprodução como play e stop. Portanto, é necessário informar o IP do exibidor referente à sala que está sendo criada.

Note que mesmo no modo automático, é essencial a atenção do operador, caso algo saia errado, por exemplo com a conexão entre Controlador e player. O horário da máquina controladora também deve ser ajustado adequadamente. Na prática, acreditamos que é aconselhável utilizar o modo manual, pois nele o operador tem a liberdade de iniciar a sessão um pouco antes ou um pouco depois da hora programada, dependendo de situações do dia a dia, como o atraso na entrada dos espectadores do cinema, por exemplo. Desta forma, utilizar um esquema automático para início das sessões nem sempre é desejado.

Capítulo 4 - Treinamento – Rede de Cinemas

Podemos visualizar ainda uma caixa de marcação que indica se as sessões desta sala devem ser iniciadas automaticamente pelo Controlador. Caso esta opção esteja marcada, o Controlador irá iniciar a reprodução automaticamente assim que a hora agendada para a sessão for atingida. Caso contrário, o Controlador não enviará os comandos automaticamente, de forma que o usuário operador do cinema deve iniciar as sessões manualmente à medida que seus horários forem sendo atingidos.

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Figura 59: Visão de salas de cinema Figura 59 podemos observar uma sala de cinema configurada. Podemos ainda observar os botões de controle da reprodução. Ao se pressionar um destes botões, o Controlador envia para a máquina exibidora um comando indicando a operação selecionada pelo usuário. 1. Indica o número da sala. 2. Nome do próximo filme a ser reproduzido nesta sala. 3. Nome do arquivo atual a ser reproduzido. 4. Visão detalhada da sala. 5. Configuração da sala. 6. Botões de controle de reprodução. Inclui também barra de progresso da reprodução do arquivo corrente. 7. Barra de progresso da reprodução completa (incluindo trailers e filme principal). 8. Pré-visualização da sala.

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9. Remove a sala.

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10. Cria uma nova sala.

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Figura 60: Detalhes de uma sala Além da visão geral da sala, é possível verificar os detalhes de uma sala específica. Note que a área 4 apresenta a lista de sessões para a sala selecionada, indicando a hora inicial e a duração da sessão calculada pela soma da duração dos extras e do filme alocados para a sessão. A área 5 ilustra os conteúdos alocados para a sessão selecionada na área 4. Por exemplo, pode-se notar que na área 5 temos a indicação de que serão reproduzidos 3 conteúdos (dois extras e um filme) na sessão selecionada. Note que na primeira coluna da lista é exibido um ícone que indica o arquivo que está sendo ou será reproduzido no momento. 1. Sair da visão detalhada. 2. Indica a sessão corrente para a sala. 3. Identificação da sala selecionada. 4. Apresenta as sessões para esta sala.

6. Nome do arquivo corrente. 7. Pré-visualização da sala. 8. Botões de controle da reprodução e barra de progresso da reprodução do arquivo corrente. 9. Barra de progresso total da sessão corrente. Ordem de ligação dos equipamentos: Servidor ICD. Projetor e sistema de som (equipamentos de projeção da sala).

Capítulo 4 - Treinamento – Rede de Cinemas

5. Apresenta os arquivos que serão exibidos na sessão em questão.

Controlador e exibidor (em qualquer ordem). 69

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Aguardar até que o exibidor não exiba mais nenhuma mensagem na tela. Resumo de passos para operação do cinema. Upload e gerência de conteúdos do ICD. Geração de playlist. Download de playlist. Reprodução dos conteúdos. Com isso finalizamos o treinamento do projeto Rede de Cinemas. Dois aspectos operacionais importantes devem ser mencionados: o primeiro deles é a ordem de ligação dos equipamentos da sala. A seguinte ordem deve ser respeitada: 1.

Iniciar o servidor ICD. Vale destacar que normalmente o servidor ICD sempre deve estar ligado.

2.

O segundo passo é ligar os equipamentos de projeção da sala. Por exemplo projetor, processador de áudio etc.

3.

Ligar o Controlador e o exibidor em qualquer ordem.

4.

Quando o sistema do exibidor iniciar, será mostrada na tela de projeção duas mensagens, uma delas informando o status da rede do exibidor, e outra mostrando o status do sistema de arquivos remoto. Apenas quando estas duas mensagens desaparecerem da tela (a tela ficará preta) é que o exibidor estará pronto para exibição. Caso as mensagens do exibidor não desapareçam, verifique os documentos de consulta rápida disponíveis na página do projeto e caso não consiga resolver o problema, consulte o suporte técnico.

Os passos de operação necessários para a exibição de uma sessão de cinema do projeto estão listados a seguir: 1.

Upload e organização do conteúdo no ICD.

2.

Geração de playlist no ICD com base nos conteúdos disponíveis.

3.

Download da playlist.

4.

Reprodução dos conteúdos.

Atividades Práticas Treinamento Rede de Cinemas

Cenário 1: Exibição de conteúdo local

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Cenário 2: Exibição de conteúdo compartilhado As atividades práticas planejadas para este treinamento buscam exercitar o aluno em dois cenários de utilização da Rede de Cinemas: 1. Exibição de conteúdo local: Neste cenário básico, toda a operação é realizada no ICD e na sala local do cinema. Neste caso o usuário utiliza o próprio conteúdo disponível em seu ICD local e monta a playlist especificando sessões para a sua própria sala de exibição. Treinamento Rede de Cinemas

2. Exibição de conteúdo compartilhado: Neste cenário de utilização, um cinema pode definir uma playlist para a sua sala local utilizando tanto conteúdos próprios quanto conteúdos disponibilizados por outros cinemas. Este cenário promove um ambiente de experimentação com a troca de conteúdo, permitindo que um cinema distribua e divulgue seu conteúdo para os demais cinemas da rede. Sendo assim, pode-se ter vários cinemas reproduzindo conteúdos de vários outros cinemas em suas playlists, montando assim um poderoso cenário de distribuição/compartilhamento de conteúdo. Os cinemas também podem acordar horários sincronizados de exibição, permitindo que uma determinada sessão seja realizada no mesmo horário. Isto é desejado em algumas situações, por exemplo, em um festival de cinema distribuído onde se deseja combinar um horário de exibição comum para um determinado filme.

Atividades Práticas – Cenário 1 No ICD, acesse o menu Cinema -> Gerenciar Listas de Reprodução. Crie uma nova playlist. Adicione um filme de sua base local à playlist Clique em detalhes do filme para criar uma sessão. Crie uma sessão para o filme. Feche a janela de criação de sessões. Salve e feche a tela de playlist. Publique a playlist (botão “Enviar playlists selecionadas”). Acesse o Controlador do Cinema Baixe a playlist (menu Arquivo ->Atualizar playlist) Na Visão de Downloads, verifique a disponibilidade do conteúdo Na Visão de Salas de Cinema inicie a reprodução

Atividades Práticas – Cenário 2 Cinema “B” reproduz conteúdo compartilhado Passos para o Cinema A:

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Compartilhe um conteúdo de sua base local copiando este conteúdo para o Espaço Público

Para o cenário 2 consideramos que o Cinema A está compartilhando o conteúdo e o cinema B irá montar uma playlist com o conteúdo do cinema A. Neste caso, o primeiro passo a ser realizado é o compartilhamento do conteúdo por parte do cinema A.

Capítulo 4 - Treinamento – Rede de Cinemas

Cinema “A” compartilha conteúdo

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Atividades Práticas – Cenário 2 – Passos para o Cinema B Acesse o menu “Espaços Virtuais Remotos” Acesse o Espaço Público do Cinema A Copie o vídeo do espaço público para um espaço local (Ex: Base local). Aguarde a finalização da transferência. Crie uma nova playlist. Adicione o filme de sua base local copiado do Cinema A à playlist. Crie uma sessão para o filme. Salve e feche a tela de playlist. Publique a playlist (botão “Enviar playlists selecionadas”). Acesse o Controlador do Cinema Baixe a playlist (menu Arquivo ->Atualizar playlist) Na Visão de Downloads, verifique a disponibilidade do filme Na Visão de Salas de Cinema, inicie a reprodução

Atividades Práticas – Cenário 2 – Passo Final para o Cinema A Acesse o Espaço Público e remova o conteúdo do mesmo

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Para finalizar a atividade prática, o cinema A deve remover o conteúdo do Espaço Público. Isto fará com que o conteúdo não esteja mais disponível para o cinema B.

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