Da Proficiência e o Avanço do Conhecimento Divino e Humano

317 122 9MB

Portuguese Pages [56] Year 2006

Report DMCA / Copyright

DOWNLOAD FILE

Polecaj historie

Da Proficiência e o Avanço do Conhecimento Divino e Humano

Citation preview

9rtánels *ã1*íï'{**'"í";

PublicadooriginaÌmenteem inglês sob o títvlo TheAdvancementof Learning Direitos de traduçãoparatodos os paisesde língua poÍtuguesa. @ 2006, Madrm Editora Ltda. Editor: Wagner Veneziani Costa Produção e Capa: Equipe Técnica Madras Tradução: Julia Vidili

t

* ê I .t I i t

Revìsão: Vera Lúcia Quintanilha Neuza Aparecida Rosa Alves Sérgio Scuotode Souza DeniseR. Camargo

Ìntrodução

CIP-BRÁSIL CATALOGAÇAGNÀ-FONIT, SINDICÁTO NACIONALDOS EDITORESDE LIVROS. RJ.

7

OPrimeiroLiwo Ao Rei

8123f Bacon,Francis,1561-1626 FrancisBacon: Da Proficiênciae o Avanço do ConhecìmentoHumano traduçãoJuliaVidìli.- SãoPaulo:Madras,2006 Traduçãode: The advancementof learning

. . . . . . .... . - . . . . .I.1 15

II IIL IV

zv

27 35 44 50 56 69

ISBN85-37M11G4 I . Teoriado conhecimento.2. Ciência - Metodologia- Obrasanterioresa 1800.3 Lógica - Obrasanterioresa 1800. 4. Utopias - Obrasanterioresa i 800. i. Títuio II. Título: Da proficiência e o avançodo conhecimentohumano 0Ç2221. cDD 121 21.06.M

28.06.06

VI] VIII.

cDUi65 015053

Os direitos de tradução desta obra peÍencem à Ìr{adrasEditora, assim como a sua adaptaçãoe coordenação.Fica, portanto, proibida a reproduçãototal ou parcial desta obra, de quaÌquerforma ou por qualquermeio gletrônico,mecânico,inclusive por meio de processosxerográficos,incluindo ainda o uso da internet,sem a permissãoexpÍessa da MadrasEditora, na pessoade seu editor (Lei n" 9 610, de l9 2.98). Todos os direitos destâedição, em línguâ portuguesa,reservadospela

NTADRASEDTTORALTDA. RuaPauloGonçalves,88 - Santana ,â\ CEP:02403-020- SãoPaulo/SP i@b CaixaPostal:122gg CEP:02013-970 SP - Fax:(11)6959-3090 >W., Tel.:(11)62Er-555516959-1r27 www.madras.com.br 65€e

.r

INTRODUCAO

oft{Õ',::;":::"',::;:,:i::':i::;.::';y{::;*":" presso por Henrie Tomes, a ser vendido em sua loja em Graies Inne Gate, em Holbome. 1605." Esse era o título original da obra que o leitor tem agora nas mãos - uma publicação viva que abriu o caminho para um novo mundo de pensamento. Foi o iivro em que Bacon, no início do reinado de Jaime I, preparou a trilha para uma plena apresentação de sett Novum Organum- ou insü:umento de conhecimento. O Organon de Aristóteles era um conjunto de tratados no qual o filósofo explicava a doutrina das proposições. O esiudo desses tratados era uma das principais ocupações dos jovens qrle passavam da escola para a faculCade e evoluiam da Gramáiica para a Lógic4 a segunda das Sete Ciências. Francis Bacon, aos 16 anos, estudava no Tiinity College, em Cambridge, e percebia a improdutividade desse método de busca pela verdade. Era filho de srr Nicholas Bacon, Lord Guardião do Selo da Rainha Etizabettu e nascera na York House, na rua Strand, a 22 de janeiro de 156 1. Sua mãe era a segunda esposa do Lorde Guardião e tinha uma irmã casada com sir Witliam Cecil, mais tarde Lord e Burleigh. Srr Nicholas Bacon tinha seis filhos de seu casamento anterior e, com a segunda esposa, teve dois menincs, Antony e Francis, sendo Aatony dois anos mais velho. A casa da farníiia ficava em York Place e em Gorhambury próximo a St. Albans, cidade de cujos nomes antigo e moderno Bacon mais tarde emprestou seus títulos de Verulam e St. Albans. Antony e Francis Bacon entraram juntos para o Trinity College, em Cambridge, quando Antony tinha 14 anos e Francis 12. Francis peÍrnaneceu &7&

FrancisBacon-

Da Proficiênciae o Avançodo ConhecimentoDivino e Humano

em Cambridge apenas até os 16 anos; o Dr. Rawley, que foi seu confessor mais larde, relata que "enquanto ele era interno na Universidade, por volta dos l6 anos (á que Sua Excelência teve a bondade de comunicá-lo a mim), começou a desgostar da Filosofia de Aristóteles; não por falta cle valor do autor,a quem imputava os mais altos atributos, mas pela inutilidade do modo, por ser uma Filosofia (como Sua Excelência coshrmava dizer) foúe apenas para disputas e contendas, mas estéril na prodr.rção de trabalhos para o beneficio da vida do homem, mentalidade que manteve até o dia de sua morte". Bacon, aos 16 anos, foi enviado a Paris com o embaixador slr Amyas Paulett para iniciar seu treinamento para o serviço público; mas a morte de seu pai, em fevereiro de 1579, antes de completar as disposições que fazia para seu filho mais novo, obrigou-o a voltâr a Londres e, aos 18 anos, a estabeiecer-serra'Hospeda'ìa Gra-ypara esfüdar Direito. Fci adrnitido como advogado em junho de 1582 e, nessamesma época,aos 2i anos, escreveuum esboço de sua concepção de um Novo Organon que guiaria o homem-a um conhecimento mais frutífero, em um pequeno hatado em latim intitulado "Temporis Paúrs Maximus" (O Maior Fruto do Tempo). Em novembro de 1584,Bacon assumiu seu lugar na Câmara dos Comrìns como membro por Melcombe Regis, em Dorsetshire. Em outubro de 1586 representaria Tauton. Mais tarde, foi membro por Liverpool; foi um dos que solicitaram a imediata execução de Mary, rainha dos escoceses. Em outubro de 1589 obteve a devolução da função de Escievente do Conselho da corte Star Chamber, com um saiário de 1.600 ou 2.000 libras por ano; mas para a sucessãoa esse cargo teve de esperar até 1608. Ainda não o obtivera quando escreveu seus Dois Livros sobre o Ávanço do C.onhecimento.No Parlarnento que se reuniu em fevereiro de 1593, Bacon representava Middlesex. Ressaltou as ciificuidades de procedimento para a concessão de um triplo subsídio, porjusta objeção à união dos Lordes com os Comuns em Ìrma concessão monetária, e um desejo de estender o prazo permitido para pagÍìmento de três para seis anos; de fato, foi estendido para quatro anos. A raiúa fora afrontada. Franci,s Bacon e seu irmão Antony havian se ligado ao jovem Conde de Essex, que era seu amigo e protetor. O cargo de advogado-geral ficou vago. Essex pediu à Rainha que nomeasse Francis Eacon. A rainha deu o cargo a sjr Edward Coke, quejá era advogado-geral assistentee, por nove anos, ftli superior de

Introdução

Bacon. Assim, o cargo de advogado-geral assistenteficou disponível e foi solicitado para Francis Bacon. Araiúa, após delongas e hesitações, o concedeu, em novembro de 1595, ao advogado sênior Fleming. o conde de Essex consolou seu amigo lhe dando "um pedaço de terra', - Twickenham Park-, que mais tarde Bacon vendeu por 1.g00 libras, _ o equivalente, digamos,a 12 mil libras no poder aquisitivo de hoje. Em 1597 ,Bacon retornou ao Parlamento por lpswich e, nesse ano, esperava casar-se com a rica viúva de slr william Hatton, com a ajuda de Essex; mas a dama desposou, no ano seguinte, slr Edward coke. Em 1597, Bacon publicou a primeira edição de seus Ezsaros. Era um liwinho que continha apenas dez ensaios em inglês, com L2 "Meditationes sacrae", que eram ensaios em latim sobre temas religiosos. De 1597 até o fim de sua vida, os Ensaios de Bacon foram objeto de contínuas adições e re.,'isões.A seg.md.aedição do autcr, em que o número cie ensaios foi aumentaciorie ciezpara 3g, não foi iançacia até novembro ou dezembro de 1612, sete anos depois dos dois livros sobre o "avanço do conhecimento"; e a edição final dos Ensaios, em que o nú_ mero foi aumentado de 38 para 58, ficou pronta em 1525; Bacon mo.,eu a 9 de abril de 1626 A edição dos Ensalos pubiicada em i597, sob Etizabeth, marcava apenas o início de uma corrente de pensamento que mais tarde formou um só curso junto com seus ensinamentos de Filosofia. Em fevereiro de 1601 houve a reberião de Essex. Francis Bacon se separarade seu protetor depois de lhe dar conselhos que foram ignorados. Bacon, agora conselheiro da raiúa, nao apenas se ergueu contra seu antigo Írmrgo mas, com excesso de zelo, com o qual esp erava, talvez, cair nova_ mente nas boas graças da rainha, por duas vezes emitiu violentos ataques contra Essex, mesmo sena ter sido chamado a dar declarações sobre o assunto. Em 25 de fevereiro de 160r, Essex foi decapitado. A seguir, o gênio de Bacon foi empregado em justif,rcar esse ato com "uma Declaração das Práticas e Traições tentadas e cometidas por Robert, falecido conCe de Essex, e seus Cúmplices',. Mas Jaime da Escócia, em cujo favor Essex intervier4 subiu ao trono após a morte de Elizabeth, em 24 de março de 1603. Bacon eitava entre os muitos homens armados cavaleiros de Jaime I e teve dejustificar-se sob essa nova ordem escrevendo ..slr Francis Bacon: suasjustificativas para ceÍtas knputações relativas ao fâlecido conde de Essex". Ele retornou no primeiro parlamento de Jaime I, por Ipswich e

I0

Divinoe Humano Bacon- Da Proficiência e o Avançodo Conhecimento Francis

St. Albans, e foi confirmado em seu cargo de conselheiro do rei em agosto de 1604; mas não foi indicado ao posto de advogado-geraÌ quando o cargo j:: ' ,: ii ficou vago, nessemesmo ano, Essa era a posição de Francis Bacon em 1605, quando publicou este trabalho, no qual, no Primeíro Livro, apontava o descrédito lançado sobre o coúecimento pelas deficiências humanas dos eruditos e a nulidade de muitos dos estudos escolhidos ou do modo de lidar com eÌes. Isso ocorria, segundo ele, especialmente por uma visão errônea ou deslocada a respeito da última

PRn'ffiIRohvno

finalidade do conhecimento, como se nele fosse buscado "um divã para descansar um espírito curioso e incansável; ou um terraço em que uma mente vagante e volúvel possa passear, gozando de uma bela vista; ou uma torre sobranceira para que uma mente orgulhosa se eleve; ou um forte

Ao REI

ou ci