Comedias burlescas del Siglo de Oro, Tomo IV: Las mocedades del Cid; El castigo en la arrogancia; El desdén con el desdén; El premio de la hermosura 9783865279293

Edición crítica, acompañada de un profundo análisis textual de estas cuatro comedias del Siglo de Oro.

315 85 12MB

Spanish; Castilian Pages 398 [400] Year 2003

Report DMCA / Copyright

DOWNLOAD FILE

Polecaj historie

Comedias burlescas del Siglo de Oro, Tomo IV: Las mocedades del Cid; El castigo en la arrogancia; El desdén con el desdén; El premio de la hermosura
 9783865279293

Table of contents :
ÍNDICE
NOTA PRELIMINAR
BREVE NOTA SOBRE LA COMEDIA BURLESCA
BIBLIOGRAFÍA
LAS MOCEDADES DEL CID
EL CASTIGO EN LA ARROGANCIA
EL DESDÉN, CON EL DESDÉN
EL PREMIO DE LA HERMOSURA
ÍNDICE DE NOTAS

Citation preview

BIBLIOTECA ÁUREA HISPÁNICA U n i v e r s i d a d de N a v a r r a Editorial Iberoamericana

D i r e c c i ó n de Ignacio A r e l l a n o , c o n la c o l a b o r a c i ó n de C h r i s t o p h Strosetzki y M a r c V i t s e

B i b l i o t e c a Á u r e a H i s p á n i c a , 19

COMEDIAS BURLESCAS DEL SIGLO D E ORO, T O M O IV Las mocedades del Cid, El castigo en la arrogancia, El desdén, con el desdén, El premio de la hermosura

E D I C I Ó N

D E A L B E R T O

R O D R Í G U E Z

U n i v e r s i d a d de N a v a r r a • I b e r o a m e r i c a n a « V e r v u e r t • 2 0 0 3

Bibliographie information published by Die Deutsche Bibliothek Die Deutsche Bibliothek lists this publication in the Deutsche Nationalbibliografie; detailed bibliographic data is available on the Internet at http://dnb.ddb.de

Agradecemos a la Fundación Universitaria de Navarra su ayuda en los proyectos de investigación del G R I S O a los cuales pertenece esta publicación. Agradecemos al Banco Santander Central Hispano la colaboración para la edición de este libro.

Reservados todos los derechos © Iberoamericana, 2003 Amor de Dios, 1 - E-28014 Madrid Tel.: +34 91 429 35 22 Fax: +34 91 429 53 97 [email protected] www.ibero-americana.net © Vervuert, 2003 Wielandstr. 40 - D-60318 Frankfurt am Main Tel.: +49 69 597 46 17 Fax: +49 69 597 87 43 [email protected] www. ibero-americana, net ISBN 84-8489-071-6 (Iberoamericana) ISBN 3-89354-417-8 (Vervuert) Depósito Legal: M-01006-2003 Cubierta: Cruz Larrañeta Impreso en España por Publidisa Este libro está impreso íntegramente en papel ecológico sin cloro.

mis padres

ÍNDICE

NOTA PRELIMINAR

9

BREVE NOTA SOBRE LA COMEDIA BURLESCA

11

BIBLIOGRAFÍA Y A B R E V I A T U R A S

13

1. Ediciones modernas de comedias burlescas

13

2. Bibliografía general y abreviaturas

14

LAS MOCEDADES Introducción

DEL CID

Í . J e r ó n i m o de C á n c e r 2. Las mocedades del Cid: versión paródica y modelo serio.... 2.1. Resumen de la comedia burlesca Las mocedades del Cid 2.2. C o m p a r a c i ó n estructural de la comedia burlesca Las mocedades del Cid de C á n c e r con el Cantar del Mió Cid y Las mocedades del Cid de Guillen de Castro 3. Procedimientos cómicos de Las mocedades del Cid de Cáncer N o t a textual Sinopsis métrica Texto de la comedia EL CASTIGO EN LA ARROGANCIA Introducción

29 31 31 32 33

33 36 43 55 57 125 127

1. Datos externos, texto y autoría

127

2. La versión paródica y su modelo serio

127

2.1. Resumen de la comedia burlesca El castigo en la arrogancia

128

3. Procedimientos cómicos de El castigo en la arrogancia N o t a textual

129 133

8

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV) Sinopsis métrica Texto de la comedia

EL DESDÉN, CON EL DESDÉN Introducción 1. Datos externos, texto y autoría 2. La versión paródica y su modelo serio

135 139 215 217 217 217

2.1. Resumen de la comedia palatina de Moreto El desdén, con el desdén (1653-1654)

218

2.2. Resumen de la comedia burlesca El desdén con el desdén (1744) 2.3. C o m p a r a c i ó n estructural entre ambas comedias homónimas 3. Procedimientos cómicos de El desdén, con el desdén (burlesca)

219 220

N o t a textual

223 229

Sinopsis métrica Texto de la comedia

231 233

EL PREMIO DE LA HERMOSURA Introducción 1. Datos externos, texto y autoría 2. La versión paródica y su modelo 2.1. Resumen de la comedia burlesca El premio de la hermosura 3. Procedimientos cómicos de El premio de la hermosura N o t a textual Sinopsis métrica Texto de la comedia ÍNDICE D E NOTAS

363 365 365 365 366 366 369 371 373 387

NOTA

PRELIMINAR

U n o de los proyectos d e l G R I S O ( G r u p o de I n v e s t i g a c i ó n Siglo de O r o de la U n i v e r s i d a d de Navarra) es el de la p u b l i c a c i ó n en la « B i b l i o t e c a Á u r e a H i s p á n i c a » ( B A H ) de las comedias burlescas c o m pletas d e l S i g l o de O r o , en ediciones d e l m a y o r valor c r í t i c o que nos sea posible, y c o n las anotaciones necesarias para su cabal e n t e n d i m i e n t o y placentera lectura actual. V e n i m o s o c u p á n d o n o s desde hace a l g ú n t i e m p o de este g é n e r o que consideramos d i g n o de m a y o r c o n o c i m i e n t o . E n distintas c o l e c c i o n e s y v o l ú m e n e s h e m o s p u b l i c a d o ya unas cuantas ediciones sueltas o d i vulgativas, avances d e l p r o y e c t o g l o b a l que saldrá a la l u z en esta « B i b l i o t e c a Á u r e a H i s p á n i c a » , en la que h a n aparecido ya El rey don Alfonso, el de la mano horadada (vol. 3 de la B Á H , t o m o I de comedias burlescas del S i g l o de O r o ) , y los t o m o s II (que i n c l u í a Los amantes de Teruel, Amor, ingenio y mujer, La ventura sin buscarla, Angélica y III ( c o n El cerco de Tagarete, Durandarte

y Medoro)

y Belerma, La renegada de

Valladolid y Castigar por defender). A ñ a d i m o s ahora las cuatro presentes cuya p r i m e r a f o r m a c o n s t i t u y ó la tesis d o c t o r a l de A l b e r t o R o d r í g u e z , d i r i g i d a p o r el D r . M i g u e l Z u g a s t i , de m a n e r a que en este caso todas las obras editadas se d e b e n a u n m i s m o responsable. L a tesis de A l b e r t o R o d r í g u e z ha sido m u y r e d u c i d a y adaptada al m a r c o de la presente c o l e c c i ó n , d o n d e n o eran oportunas ciertas reiteraciones o demoras en aspectos que nos desviaban de la u n i f i c a c i ó n general e x i g i d a p o r una tarea de e q u i p o . L l e g a m o s así a las trece comedias, que esperamos aumentar p r o n t o c o n los v o l ú m e n e s siguientes hasta dar fin a nuestra labor.

10

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

L o s c r i t e r i o s de e d i c i ó n c o r r e s p o n d e n a los establecidos p o r el G R I S O , s e g ú n se hace constar en los v o l ú m e n e s anteriores. • • •

Parte de este trabajo y de la c o o r d i n a c i ó n d e l presente t o m o se h a n b e n e f i c i a d o de la c o l a b o r a c i ó n d e l e q u i p o d i r i g i d o p o r el P r o f . J u a n M . E s c u d e r o que desarrolla el proyecto P B 9 8 - 0 2 1 9 ( « E d i c i ó n d e l c o r p u s c o m p l e t o de comedias burlescas d e l siglo xvn») c o n la ayuda del M i n i s t e r i o de E d u c a c i ó n y C u l t u r a . Ignacio A r e l l a n o M u t i l v a Alta, primavera del 2002

BREVE NOTA SOBRE LA COMEDIA BURLESCA

1

L a c o m e d i a burlesca d e l S i g l o de O r o está siendo e n estos ú l t i m o s a ñ o s objeto de diferentes investigaciones que v i e n e n a s o l u c i o n a r el a b a n d o n o que h a b í a sufrido el g é n e r o hasta hace p o c o . E n el m a r c o de las investigaciones d e l G R I S O aparecen ahora El desdén,

con el desdén

a n ó n i m a , El castigo en la arrogancia a n ó n i m a , Las

mocedades del Cid, de J e r ó n i m o de C á n c e r y El premio de la hermosura, atribuida a Q u e v e d o . L a c o m e d i a burlesca t u v o su é p o c a de m a y o r esplendor e n el s i glo X V I I , bajo el reinado de Felipe I V . Las representaciones t e n í a n l u 2

gar e n l o s t e a t r o s p a l a c i e g o s , g e n e r a l m e n t e

c o n m o t i v o de las

celebraciones de C a r n a v a l o San J u a n Bautista. Sus fuentes

temáticas

abarcan t o d o t i p o de asuntos que p u e d a n ser parodiados, historias c o n c o n t e n i d o m i t o l ó g i c o , el Romancero t r a d i c i o n a l y las c o m e d i a s «serias» fundamentalmente. S u e x t e n s i ó n es variable, a u n q u e siempre es m e n o r que la de la c o m e d i a p a r o d i a d a . N o s e n c o n t r a m o s desde los 971 3

Remito para una introducción al género a estudios de solvencia como las presentaciones preliminares a las ediciones que cito en la bibliografía, en especial las de García Valdés a El caballero de Olmedo, y Arellano a La ventura sin buscarla (adaptada por Mata en su edición de El rey don Alfonso, el de la mano horadada). Cfr. Serralta, 1980a (contiene un primer catálogo con las comedias burlescas conocidas y su localización). Ver también Crespo Matellán, Faliu-Lacourt, García Lorenzo y Holgueras Pecharromán y para una presentación de conjunto el capítulo que dedica Arellano al género en su Historia del teatro español del siglo XVII (Arellano, 1995). Ver García Valdés, edición de El caballero de Olmedo (pp. 33-41) para interesantes observaciones sobre las conexiones de la comedia de disparates con otras modalidades burlescas y su evolución. Todos estos aspectos se estudian en los prólogos a los tomos anteriores; recupero aquí algunas reiteraciones para insertar mis comentarios a las comedias que edito. E l lector sabrá disculparlas. 1

2

3

12

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

versos de La ventura sin buscarla hasta los 2.667 de El desdén, con el desdén . 4

L o s rasgos d e f i n i t o r i o s d e l g é n e r o h a n sido m u y b i e n estudiados p o r Serralta, G a r c í a L o r e n z o , G a r c í a Valdés y A r e l l a n o . Serralta, en u n o de los trabajos p i o n e r o s , l o definía ya c o m o «el t r i u n f o de la i n c o h e rencia t o t a P » . F u n c i ó n p a r ó d i c a , c o n la c o r r e s p o n d i e n t e i n v e r s i ó n de los valores serios y la r u p t u r a d e l d e c o r o , burla d e l a m o r y d e l h o n o r , etc. s o n los resortes fundamentales de la risa. L o s recursos verbales c o n finalidad c ó m i c a son los m á s numerosos en el g é n e r o burlesco. L o s refranes trastocados i n t e n c i o n a d a m e n t e , los cuentecillos, las dilogías, las antanaclasis, las agudezas... e n g r a n d e c e n y dificultan la c o m p r e n s i ó n « c o m p l e t a » de la obra burlesca, siendo n e cesaria en la m a y o r parte de las ocasiones una exhaustiva a n o t a c i ó n .

U n caso singular es el de El premio de la hermosura que con sus 201 versos, se sitúa en un caso límite. E n el manuscrito leemos: «El premio de la hermosura (satírica), en un acto. / Se cree de don Francisco Quevedo y Villegas». Serralta, 1980a, p. 101. 4

5

BIBLIOGRAFÍA

1. E D I C I O N E S

MODERNAS DE COMEDIAS

6

BURLESCAS

A N Ó N I M O , El comendador de Ocaña, ed. M . Artigas, Boletín de la Biblioteca de M e n é n d e z y Pelayo, 7, 1926, pp. 59-83. —

La ventura sin buscarla. Comedia burlesca parodia de Lope de Vega, ed. del G R I S O dirigida por I. Arellano, Pamplona, Eunsa, 1994.



El rey don Alfonso, el de la mano horadada, ed. C . Mata, Madrid, Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 1998.



Una fiesta burlesca del Siglo de Oro: Las bodas de Orlando, ed. J . Huerta Calvo, Lucca, M a u r o Baroni, col. Agua y peña, 1998.



El Hamete de Toledo, en Comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano, C . C . García Valdés, C . Mata y M . C . Pimllos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999.

C A L D E R Ó N DE LA B A R C A , P , Céfalo y Pocris, ed. A . Navarro, Salamanca, Almar, 1979. —

Céfalo y Pocris, en Comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano, C . C . García Valdés, C . Mata y M . C . Pinillos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999.

C Á N C E R Y V E L A S C O , J . de, Las mocedades del Cid, en Cuadernos para Investigación de la Literatura Hispánica, ed. J . Huerta Calvo et alii, 23, 1998, pp. 243-97. —

La muerte de Baldovinos, ed. F. C . Sainz de Robles, en El teatro español. Historia y antología, vol. IV, M a d r i d , Aguilar, 1943, pp. 825-70.



La muerte de Baldovinos, en Cuadernos para Investigación

de la Literatura

Hispánica, ed. J . Huerta Calvo et alii, 23, 1998, pp. 243-97. LANINI, P , Darlo todo y no dar nada, en Comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano, C . C . García Valdés, C . Mata y M . C . Pmillos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999.

Algunas entradas se repiten en varias formas (autor, abreviatura, etc.), para facilitar su localización. 6

14

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

M A T O S FRAGOSO, J . de, D I A M A N T E , J . B . y V É L E Z DE G U E V A R A , J., El hidalgo de

la Mancha, ed. M . García M a r t í n , Salamanca, Universidad, 1982. M O N T E S E R , F. A . de, El caballero de Olmedo, en C . C . García Valdés, De la tragicomedia a la comedia burlesca: El caballero de Olmedo, Pamplona, Eunsa, 1991, pp. 183-262. —

El caballero de Olmedo, en Comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano,



SOLÍS, A . de y SILVA, D . de, La renegada de Valladolid, en F. Serralta, La re-

C . C . García Valdés, C . Mata y M . C . Pmillos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999. negada de Valladolid. Une tradition littéraire: «La renegada de Valladolid». Étu¬ de et édition critique de la comedie burlesque de Monteser, Solís et Silva, tesis de tercer ciclo presentada en Toulouse, 1968. QUIRÓS, F. B . de, El cerco de Tagarete, ed. C . C . García Valdés, Criticón, 37, 1987, pp. 77-115. —

El hermano de su hermana, en Obras de Bernardo de Quirós y aventuras de don Fruela, ed. C . C . García Valdés, M a d r i d , Instituto de Estudios M a d r i l e ñ o s , 1984, pp. 324-84.

VARIOS, Comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano, C . C . García Valdés, C . Mata y M . C . Pimllos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999. —

Dos comedias burlescas del siglo de Oro. El comendador de Ocaña, anónima, y El hermano de su hermana de Francisco Bernardo de Quirós, ed. I. Arellano y C . Mata, Kassel, Reichenberger, 2000.



Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo I, ed. dirigida por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2000.



Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo II, ed. dirigida por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2001.



Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo III, ed. dirigida por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2002.

2. B I B L I O G R A F Í A G E N E R A L Y

A L E M Á N , M . , Guzmán

ABREVIATURAS

de Alfarache, ed. F. R i c o , Barcelona, Planeta, 1983.

A L O N S O , D , La lengua poética de Góngora, M a d r i d , C S I C , 1961. A L O N S O H E R N Á N D E Z , J . L . , Léxico del marginalismo del Siglo de Oro, Salamanca, Universidad, 1977. A L Z I E U , P , JAMMES, R . , y LISSORGUES, Y . , Poesía erótica del Siglo de Oro, Barcelona, Crítica, 1984. Amantes, Suárez de D e z a , V , Los amantes de Teruel, ed. E . Borrego, en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo II, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2001, pp. 24-160. Amor, ingenio y mujer, Suárez de D e z a , V , Amor, ingenio y mujer en la discreta venganza, ed. E . Borrego, en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo II,

15

BIBLIOGRAFÍA Y A B R E V I A T U R A S

M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2001, pp. 161¬ 297. Angélica, Suárez de D e z a , V , Angélica y Medoro, ed. I. Arellano y C . Mata, en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo II, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2001, pp. 399-496. A N Ó N I M O , El Abencerraje, ed. F. López Estrada, M a d r i d , Cátedra, 1980. — Angélica y Medoro, Madrid, Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, [en prensa]. —

Cantar del Mío Cid, ed. A . Montaner, Barcelona, Crítica, 1993.



El castigo en la arrogancia, ed. A . R o d r í g u e z R í p o d a s , en este volumen.



El comendador de Ocaña, en Dos comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano y C . Mata, Kassel, Reichenberger, 2000.



Los condes de Cardón, ed. C . Cabanillas, en prensa.



El desdén, con el desdén, ed. A . R o d r í g u e z R í p o d a s , en este volumen.



El Hamete de Toledo, en Comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano,



El Lazarillo de Tonnes, ed. A . Blecua, M a d r i d , Castalia, 1972.



El rey don Alfonso, el de la mano horadada, ed. C . Mata, Madrid, Iberoamericana,



El robo de Elena y destrucción de Troya, ed. F. J. García Cabrera, en prensa.



La ventura sin buscarla. Comedia burlesca parodia de Lope de Vega, ed. del G R I -

C . C . García Valdés, C . Mata y M . C . Pimllos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999.

col. Biblioteca Áurea Hispánica, 1998.

S O dirigida por I. Arellano, Pamplona, Eunsa, 1994. A R C O Y G A R A Y , R . , La sociedad española en las obras dramáticas de Lope de Vega, M a d r i d , Escelicer, 1941. A R E L L A N O , I., «Sobre Quevedo: cuatro pasajes satíricos», Revista de Literatura, 86, 1981, pp. 165-79. —

Poesía satírico burlesca de Quevedo, Pamplona, Eunsa, 1984.

— «La comicidad escénica en Calderón», Bulletin Hispanique, Burdeos, E d i tions Bière, 1986, pp. 47-92. —

et al. (eds.), I n t r o d u c c i ó n a la comedia a n ó n i m a La ventura sin buscarla. Comedia burlesca parodia de Lope de Vega, ed. del G R I S O dirigida por I. Arellano, Pamplona, Eunsa, 1994.

— «La comedia burlesca», en Historia del teatro español del siglo xvu,

Madrid,

Cátedra, 1995, pp. 641-59. —

Historia del teatro español del siglo xvu, M a d r i d , Cátedra, 1995.

— «Aspectos cómicos en los autos de Tirso de M o l i n a : Los hermanos parecidos, El colmenero divino y No le arriendo la ganancia», en El ingenio cómico de Tirso de Molina (Actas del Congreso Internacional, Pamplona, Universidad de Navarra, 27-29 de abril de 1998), ed. I. Arellano, B . Oteiza y M . Zugasti, Madrid-Pamplona, Instituto de Estudios Tirsianos, 1998a, pp. 11-24. — «El teatro cortesano en el reinado de Felipe III», Cuadernos de teatro clásico, 10, 1998b, pp. 55-73.

16 —

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV) et al. (eds.), I n t r o d u c c i ó n a Comedias burlescas del Siglo de Oro, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999, pp. 9-36.

— y C A Ñ E D O , J., «Observaciones provisionales sobre la edición y a n o t a c i ó n de textos del Siglo de Oro», Edición y anotación de textos del Siglo de Oro, ed. I. Are llano y J. C a ñ e d o , Pamplona, Eunsa, 1987, pp. 339-55. — y C A Ñ E D O , J., «Edición crítica y a n o t a c i ó n

filológica

en textos del Siglo

de Oro. Notas muy sueltas», Crítica textual y anotación filológica en obras del Siglo de Oro, ed. I. Arellano y J. C a ñ e d o , M a d r i d , Castalia, 1991, pp. 563¬ 86. ARGUIJO, J. de, Obra poética, ed. S.Vranich, M a d r i d , Castalia, 1971. ARISTÓTELES, Metafísica, M a d r i d , Gredos, 1994. ASENSIO, E . , Itinerario del entremés, M a d r i d , Gredos, 1965 (2

a

ed. de 1971).

Aut, R e a l Academia Española, Diccionario de Autoridades, ed. facsímil, M a d r i d , Gredos, 1990. A V A L L E - A R C E , J. B . de, Enciclopedia Cervantina, M a d r i d , Centro de Estudios Cervantinos, 1997. BAJTÍN, M . , La cultura popular en la Edad Media y en el Renacimiento: el contexto de François Rabelais, Barcelona, Barrai, 1974. Baldovinos, C á n c e r y Velasco, J., La muerte de Baldovinos, en Cuadernos para Investigación de la Literatura Hispánica, ed. J. Huerta Calvo et alii, 23, 1998, pp. 243-97. BANCES C A N D A M O , F. A . , Teatro de los teatros, ed. D. M o i r , L o n d o n , Tamesis, 1970. B E R G M A N , H , «El Romancero en Q u i ñ o n e s de Benavente», Nueva Revista de Filología Hispánica, 15, 1961, pp. 229-46. —

Luis Quiñones de Benavente y sus entremeses, M a d r i d , Castalia, 1965.

B L Ü H E R , K . A . , Séneca en España, M a d r i d , Gredos, 1983. B N M , Biblioteca Nacional

(Madrid).

BORJA, J. de, Empresas morales, M a d r i d , F u n d a c i ó n Universitaria

Española,

1981. B O R R E G O GUTIÉRREZ, E . y BERMÚDEZ G Ó M E Z , J., «La comedia burlesca o el enredo verbal», en La comedia de enredo. Actas de las XX fornadas de teatro clásico (í997),

Almagro, 8, 9 y 10 de julio, ed. F. B . Pedraza J i m é n e z y R .

González Cañal, Almagro, Universidad de Castilla-La Mancha-Festival

de

Almagro, 1998, pp. 285-304. BRAUDEL, F , El Mediterráneo y el mundo mediterráneo en la época de Felipe II, M é x i c o , Fondo de Cultura E c o n ó m i c a , 1953. Buscón, Quevedo, F. de, La vida del Buscón, ed. F. Cabo Aseguinolaza, Barcelona, Crítica, 1993. C A L D E R Ó N DE LA B A R C A , P., y LOPE DE V E G A , El alcalde de Zalamea. Edición crítica de las dos versiones, ed. J. M . Escudero, M a d r i d , Iberoamericana, Biblioteca Áurea Hispánica, 1998.

17

BIBLIOGRAFÍA Y A B R E V I A T U R A S

C A L D E R Ó N DE LA B A R C A , R, LOS cabellos de Absalón, ed. E . R o d r í g u e z Cuadros, M a d r i d , Espasa Calpe, 1989. — —

El castillo de Lindabridis, ed.V. Torres, Pamplona, Eunsa,1987. Céfalo y Pocris, en Comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano, C . C . García Valdés, C . Mata y M . C . Pinillos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999.



El médico de su honra, ed. D . Cruickshank, M a d r i d , Castalia, 1981.



No hay burlas con el amor, ed. I. Arellano, Pamplona, Eunsa, 1981.



Obras completas. I, II y III, ed. Á.Valbuena Prat, M a d r i d , Aguilar, 1956-87.



Teatro cómico breve, ed. M . L . Lobato, Kassel, Reichenberger, 1989.



La vida es sueño, ed. J. M . R u a n o , M a d r i d , Castalia, 1994.

C Á N C E R Y VELASCO, J. de, Las mocedades del Cid, ed. A . R o d r í g u e z R í p o d a s , en este volumen. —

La muerte de Baldovinos, ed. F. C . Sáinz de Robles, en El teatro español. Historia y antología, vol. IV, M a d r i d , Aguilar, 1943, pp. 825-70.



La muerte de Baldovinos, en Cuadernos para Investigación

de la Literatura

Hispánica, ed. J. Huerta Calvo et alii, 23, 1998, pp. 243-97. — y VÉLEZ DE GUEVARA, J., Los siete infantes de Lara, en El mejor de los mejores libros que han salido de Comedias Nuevas, M a d r i d , María de Q u i ñ o n e s para M a n u e l López, 1653. Camón, A n ó n i m o , Los condes de Carrión, ed. C . Cabanillas, en prensa. Castigar, Herrera, R . de, Castigar por defender, ed. A . R o d r í g u e z R í p o d a s , en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo III, dirigido por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2002. Castigo, A n ó n i m o , El castigo en la arrogancia, ed. A . R o d r í g u e z R í p o d a s , M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, en este volumen. CASTILLO SOLÓRZANO, A . , Aventuras del Bachiller Trapaza, ed.J. Joset, M a d r i d , Cátedra, 1986. —

El mayorazgo figura, ed. I. Arellano, Barcelona, P P U , 1989.

CASTILLO, H . del, Cancionero General (Í5ÍÍ),

M a d r i d , R e a l Academia Española,

1958. —

Suplemento al Cancionero General, M a d r i d , Castalia, 1959.

CASTRO Y C A L V O , E , Las naos españolas en la carrera de Indias. Armadas y flotas en la segunda mitad del siglo x\ i, M a d r i d , Voluntad, 1927. CASTRO, G . de, Las mocedades del Cid, ed. L . García Lorenzo, Madrid, Cátedra, 1978. —

Las mocedades del Cid, ed. S. Arata, Barcelona, Crítica, 1996.



Los mal casados de Valencia, ed. L . García Lorenzo, M a d r i d , Castalia, 1976.

Céfalo, C a l d e r ó n de la Barca, P , Céfalo y Pocris, en Comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano, C . C . García Valdés, C . Mata y M . C . Pinillos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999. CERVANTES, M . de, Entremeses, ed. E . Asensio, M a d r i d , Castalia, 1970. —

Don Quijote de la Mancha, ed. dirigida por F. R i c o , Barcelona, Crítica, 1998.

18 —

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV) Obras Completas, en C o l e c c i ó n Biblioteca Castro, M a d r i d , Turner Libros, 1993, 4 vols.



Rinconete y Cortadillo y Coloquio de los perros, Salamanca, Anaya, 1970.



Los trabajos de Persiles y Sigismunda, ed. F. Sevilla y A . R e y Hazas, M a d r i d , Alianza, 1999.



Viaje del Parnaso, ed.V. Gaos, M a d r i d , Castalia, 1973.

CÉSPEDES, G . de, Historias peregrinas y ejemplares, ed. Y. Fonquerne, M a d r i d , Castalia, 1970. CHEVALIER, M . , Cuentecillos tradicionales en la España del Siglo de Oro, M a d r i d , Gredos, 1975. —

Folklore y literatura, el cuento oral en el Siglo de Oro, Barcelona, Crítica, 1978.



Tipos cómicos y folklore. Siglos xvi-xvu, M a d r i d , E D I , 1982.

Comendador, A n ó n i m o , El comendador de Ocaña, en Dos comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano y C . Mata, Kassel, Reichenberger, 2000. Constante, Maldonado, J., La D u e ñ a , D , Cifuentes, J . de, La más constante mujer, ed. A . R o d r í g u e z R í p o d a s , en prensa. COROMINAS, J . , y PASCUAL, J . A . , Diccionario critico etimológico de la lengua castellana, M a d r i d , Gredos, 1980-91, 6 vols. C O R R E A S , G . , Vocabulario de refranes y frases proverbiales..., ed. digital R . Zafra, Pamplona-Kassel, Reichenberger, 2000. CORTÉS DE TOLOSA, J . , Lazarillo

de Manzanares, ed. M . Zugasti, Barcelona,

P P U , 1990. C O T A R E L O , E . , Colección de entremeses, loas, bailes, jácaras y mojigangas, M a d r i d , Bailly-Bailliére, 1911, 2 vols. C o v . , Covarrubias Orozco, S. de, Tesoro de la lengua castellana o española, ed. F. C . R . Maldonado revisada por M . Camarero, M a d r i d , Castalia, 1994. COVARRUBIAS O R O Z C O , S. de, Tesoro de la lengua castellana o española, ed. F. C . R . Maldonado revisada por M . Camarero, M a d r i d , Castalia, 1994. CRESPO MATELLÁN, S., La parodia dramática en la literatura española, Salamanca, Universidad, 1979. Darlo todo, Lanini, P , Darlo todo y no dar nada, en Comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano, C . C . García Valdés, C . Mata y M . C . Pinillos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999. DELEITO Y PIÑUELA, J., También se divierte el pueblo, M a d r i d , Espasa Calpe, 1954. D E L G A D O CASADO, J., Diccionario de impresores españoles (siglos xv-xvn), M a d r i d , A r c o Libros, 1996. DELICADO, F., La Lozana andaluza, ed. C . Allaigre, M a d r i d , Cátedra, 1994. Desdén, A n ó n i m o , El desdén, con el desdén, ed. A . R o d r í g u e z R í p o d a s , M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, en este volumen. Diccionario

de Autoridades, R e a l Academia

Española, ed. facsímil, M a d r i d ,

Gredos, 1990. Diccionario de la lengua española, M a d r i d , R e a l Academia Española, 2001.

19

BIBLIOGRAFÍA Y A B R E V I A T U R A S

D I E Z B O R Q U E , J. M . , «Aproximación semiológica a la escena del teatro del Siglo de O r o español», en Semiología del teatro, ed. J. M . D i e z Borque y L . García Lorenzo, Barcelona, Planeta, 1975, pp. 49-92. DRAE,

Diccionario de la lengua española, M a d r i d , R e a l Academia

Española,

1984. D U Q U E DE ESTRADA, D , Comentarios del desengañado

de sí mismo, ed. H .

Ettinghausen, M a d r i d , Castalia, 1982. DURÁN

D U R Á N , A . , Romancero general, M a d r i d , Atlas (Biblioteca de Autores

Españoles, 10 y 16), 1945, 2 vols. D U R Á N , A . , Romancero general, M a d r i d , Atlas (Biblioteca de Autores Españoles, 10 y 16), 1945, 2 vols. Durandarte, G u i l l e n Pierres, M . , Durandarte y Belerma o El amor más verdadero, ed. A . Cortijo y A . Cortijo, en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo III, dirigido por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2002. EGIDO, A . , «Variaciones sobre la v i d y el olmo en la poesía de Quevedo: A m o r constante más allá de la m u e r t e » , en Homenaje a Quevedo, Salamanca, Universidad

de Salamanca, Academia Literaria Renacentista, 1982, pp.

213-32. El hermano, Q u i r ó s , F. B . de, El hermano de su hermana, en Dos comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano y C . Mata, Kassel, Reichenberger, 2000. El rey don Alfonso, A n ó n i m o , El rey don Alfonso, el de la mano horadada, ed. C . Mata, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 1998. El rey Perico, Velázquez del Puerto, D , El rey Perico y la dama tuerta, ed. M . J. Casado, en prensa. El robo de Elena, A n ó n i m o , El robo de Elena y destrucción de Troya, ed. F. J. García Cabrera, en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo III, dirigido por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2002. ENCINA, J. del, Poesía lírica y cancionero musical, ed. R . O. Jones y C . R . Lee, M a d r i d , Castalia, 1975. ERCILLA, A . de, La Araucana, ed. M . M o r í n i g o , M a d r i d , Castalia, 1983, 2 vols. E R D M A N , E . G . , «Arboreal figures i n the Golden Age sonnet», Publications in Modem Language Association, 84, 1969, pp. 587-95. Escarramán, A n ó n i m o , Escarramán, ed. E . di Pinto, en preparación. ESPINEL, V , Vida del escudero Marcos de Obregón, ed. S. Carrasco, M a d r i d , Castalia, 1972, 2 vols. Estebanillo, Estebanillo González, La vida y hechos de Estebanillo González,

ed.

A . Carreira y J. A . C i d , M a d r i d , Cátedra, 1990, 2 vols. ESTEBANILLO GONZÁLEZ, La vida y hechos de Estebanillo González, y J. A . C i d , M a d r i d , Cátedra, 1990, 2 vols.

ed. A . Carreira

20

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

F A L I U - L A C O U R T , C h . , « U n precursor de la comedia burlesca: G u i l l e n de Castro», Diálogos Hispánicos de Amsterdam, 8/II, 1989, pp. 453-66. FERNÁNDEZ DE AVELLANEDA, A . , El ingenioso hidalgo Don Quijote de la Mancha, ed. F. Salinero, M a d r i d , Castalia, 1971. FERNÁNDEZ G Ó M E Z , F., Vocabulario completo de Lope de Vega, M a d r i d , R e a l Academia Española, 1971, 3 vols. FERNÁNDEZ M O S Q U E R A , S., La poesía amorosa de Quevedo, M a d r i d , Gredos, 1999. FERNÁNDEZ, L . , Farsas y églogas, ed. M . J. Canellada, M a d r i d , Castalia, F E R R E R , T., Nobleza y espectáculo teatral, Madrid-Sevilla-Valencia,

1976.

UNED-

Universidad de Sevilla-Universidad de Valencia, 1993. FRADEJAS, J., Geografía literaria de la provincia de Madrid, M a d r i d , C S I C , 1992. F R E N K , M . , Corpus de la antigua lírica popular hispánica, M a d r i d , Castalia, 1987. G A L L A R D O , B . J . , Ensayo de una biblioteca española de libros raros y curiosos, M a d r i d , Gredos, 1863-1889, 4 vols. G A R C Í A L O R E N Z O , L . , «La comedia burlesca en el siglo xvn. Las mocedades del Cid de J e r ó n i m o de Cáncer», Segismundo, 25-26, 1977, pp. 131-46. —

«El hermano de su hermana de Bernardo de Q u i r ó s , y la comedia burlesca



«De la tragedia a la parodia: El caballero de Olmedo», en El castigo sin ven-

del siglo xvn», Revista de Literatura, 44, 87, 1982, pp. 5-23. ganza y el teatro de Lope de Vega, M a d r i d , Cátedra, 1987, pp. 123-40. —

«Procedimientos cómicos en la comedia burlesca», en Del horror a la risa. Los géneros dramáticos clásicos. Homenaje a Christiane Faliu-Lacourt, ed. I. Arellano, V. García R u i z y M.Vitse, Kassel, Reichenberger, 1994, pp. 89-113.

G A R C Í A VALDÉS, C . C . (ed.), «Introducción a Bernardo de Quirós», en Obras de..., M a d r i d , Instituto de Estudios M a d r i l e ñ o s , 1984, pp. X L I X - L I I I . —

«El cerco de Tagarete, una comedia burlesca de F. Bernardo de Quirós»,



I n t r o d u c c i ó n a De la tragicomedia a la comedia burlesca: El caballero de Olmedo,

Criticón, 37, 1987, pp. 77-115. Pamplona, Eunsa, 1991, pp. 9-56. —

«El caballero de Olmedo: tragedia y parodia», en Del horror a la risa. Los géneros dramáticos clásicos. Homenaje a Christiane Faliu-Lacourt, ed. I. Arellano V. García R u i z y M . V i t s e , Kassel, Reichenberger, 1994, pp. 137-60.



«Técnicas escénicas y verbales en Céfalo y Pocris», en Calderón: sistema dramático y técnicas escénicas. Actas de las XXIII Jornadas de Teatro Clásico, ed. F. B . Pedraza, R . González Cañal, y E . Marcello, Almagro, Universidad

de

Castilla-La Mancha, 2001, pp. 253-69. GLASER, E . , «Referencias antisemitas en la literatura peninsular de la Edad de Oro», Nueva Revista de Filología Hispánica, 8, 1954, pp. 39-62. G Ó N G O R A , L . de, Fábula de Polifemo y Galatea, ed. A . Parker, M a d r i d , Cátedra, 1983. —

Romances, ed. A . Carreira, Barcelona, Cuadernos Crema, 1998, 4 vols.

BIBLIOGRAFÍA Y A B R E V I A T U R A S



Soledades, ed. R . Jammes, M a d r i d , Castalia, 1994.



Sonetos Completos, ed. B . Ciplijauskaité, M a d r i d , Castalia, 1969.

21

GONZÁLEZ, E . , «Carnival on the Stage: Céfalo y Pocris, comedia burlesca», Bulletin of the Comediantes, 30, 1978, pp. 3-12. GRACIÁN, B . , El Criticón, ed. M . R o m e r a Navarro, Philadelphia, University o f Philadelphia, 1938-1940, 3 vols. —

El Criticón, ed. S.Alonso, M a d r i d , Cátedra, 1980.

GUEVARA, A . de, Menosprecio de corte y alabanza de aldea, Zaragoza, Ebro, 1969. Guzmán,

Alemán, M . , Guzmán

de Alfarache, ed. F. R i c o , Barcelona, Planeta,

1983. Píamete, A n ó n i m o , El Píamete de Toledo, en Comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano, C . C . García Valdés, C . Mata y M . C . Pmillos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999. H A R I N G , C . H . , Trade and navigation between Spain and the índies in the time of the Hapsburgs, Cambridge, Harvard University Press, 1918. Hermosura, A n ó n i m o , El premio de la hermosura, ed. A . R o d r í g u e z R í p o d a s , en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo ÍV, en este volumen. H E R R E R A , F. de, Poesías, ed.V. R o n c e r o López, M a d r i d , Castalia, 1992. H E R R E R A , R . de, Castigar por defender, ed. A . R o d r í g u e z R í p o d a s , en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo III, d i r i g i d o por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2002. H E R R E R O , M . , Madrid en el teatro, M a d r i d , C S I C , 1963. —

Ideas de los españoles del siglo xvu, M a d r i d , Gredos, 1966.



Oficios populares en la sociedad de Lope de Vega, M a d r i d , Castalia, 1977.

HOLGUERAS PECHARROMÁN, L . , «La comedia burlesca: estado actual de la i n vestigación», Diálogos Hispánicos de Amsterdam, 8/II, 1989, pp. 467-80. H O R O Z C O Y COVARRUBIAS, J. de, Emblemas morales (1589), Segovia,Juan de la Cuesta, 1591. HUERTA C A L V O , J., «Anatomía de una fiesta teatral burlesca del siglo xvu. Reyes como bufones», en Teatro y fiesta en el Barroco. España e Iberoamérica, ed. J. M . D i e z Borque, Barcelona, Ediciones del Serbal, 1986, pp. 115-36. —

Formas carnavalescas en el arte y la literatura, Barcelona, Serbal, 1989.

— «Reyes de Carnaval (sobre el personaje del rey en la comedia burlesca)», Cuadernos de Teatro Clásico, 10, 1998a pp. 269-95. —

et alii, I n t r o d u c c i ó n a la edición de J. de C á n c e r y Velasco, Las mocedades del Cid, en Cuadernos para Investigación de la Literatura Hispánica, 23, 1998b, pp. 243-60.



Una fiesta burlesca del Siglo de Oro: «Las bodas de Orlando» (comedia, loa y entremeses), Lucca, Mauro Baroni Editor, 1998c.

— «Espejos de la burla. Raíces de la comedia burlesca», en Tiempo de burlas, ed. J. Huerta Calvo, E . Peral y J. Ponce, M a d r i d , Verbum, 2001, pp. 161¬ 176.

22

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

H U G O CASULLO, E , Diccionario de voces lunfardas y vulgares, Buenos Aires, ed. Plus Ultra, 1976. H U R T A D O DE M E N D O Z A , D . , Guerra de Granada, ed. B . B l a n c o - G o n z á l e z , M a d r i d , Castalia, 1970. Infantes de Lara, Cáncer, J. y Vélez de Guevara, J., Los siete infantes de Lara en El mejor de los mejores libros que han salido de Comedias Nuevas, M a d r i d , María de Q u i ñ o n e s para M a n u e l López, 1653. IÑIGUEZ B A R R E N A , E , La parodia dramática.

Naturaleza

y técnica, Sevilla,

Secretariado de Publicaciones de la Universidad de Sevilla, 1995. KLEISER, M a r t í n e z Kleiser, L . , Refranero general ideológico español, M a d r i d , R e a l Academia Española, 1953. LANINI, P , Darlo todo y no dar nada, en Comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano, C . C . García Valdés, C . Mata y M . C . Pinillos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1999. L É O N A R D , L A . , Viajeros por la América latina colonial, M é x i c o , Fondo de Cultura E c o n ó m i c a , 1992. Léxico, Alonso H e r n á n d e z , J. L . , Léxico Salamanca, Universidad,

del marginalismo del Siglo de

Oro,

1977.

Lírica española de tipo popular, ed. M . Frenk Alatorre, M a d r i d , Cátedra, 1978. LÓPEZ DE U B E D A , E , La picara Justina, M a d r i d , Editora Nacional, 1977. Luis DE L E Ó N , Fray, La perfecta casada, ed. L . Galiana, Imprenta de Collado, M a d r i d , 1819. MALDONADO, J., L A DUEÑA, D , CIFUENTES, J. de, La más constante mujer, ed. A . R o d r í g u e z Rípodas, Madrid, Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, en prensa. M A Ñ E R O SOROLLA, M . P , Imágenes petrarquistas en la lírica española del renacimiento. Repertorio, Barcelona, P P U , 1990. M A R Q U É S DE SANTILLANA, Poesías Completas I y II, ed. M . Á. Pérez Priego, M a d r i d , Alhambra, 1983 y 1991, 2 vols. —

Poesías Completas I y II, ed. M . D u r á n , M a d r i d , Castalia, 1975 y 1980, 2 vols.

M A R T Í N E Z A R A N C Ó N , A . , La batalla en torno a Góngora, Barcelona, Bosch, 1978. M A R T Í N E Z KLEISER, L . , Refranero general ideológico español, M a d r i d , R e a l Academia Española, 1953. M A S , A . , Les Turcs dans la littérature espagnole du siècle d'or, Recherches sur l'évolution d'un

thème littéraire, Paris, Institut d'Etudes Hispaniques, 1967, 2

vols. M A T A INDURÁIN, C , «La comedia burlesca del Siglo de O r o : La mayor hazaña de Carlos VI, de M a n u e l de Pina», Revista Signos, X X X I V , n ú m s . 49¬ 50, 2001, pp. 67-87. — (éd.), I n t r o d u c c i ó n a la comedia a n ó n i m a El rey don Alfonso, el de la mano horadada, M a d r i d , Iberoamericana, 1998a, pp. 9-83.

BIBLIOGRAFÍA Y A B R E V I A T U R A S

23

— «El gobernante ridículo: la figura paródica del poderoso en la comedia burlesca a n ó n i m a de El comendador de Ocaña», en Teatro y poder, VI y VII Jornadas de Teatro, coord. A . R u i z Sola, Burgos, Servicio de Publicaciones de la Universidad de Burgos, 1998b, pp. 253-66. M A U R A , D u q u e de, Supersticiones de los siglos xvi y xvn, M a d r i d , Saturnino Calleja, s. a. M E N A , J. de, La Coronación, ed. M . A . C o r r a l Checha, C ó r d o b a , Servicio de a

Publicaciones, Universidad de C ó r d o b a , 1994. M E N D O , A . , Príncipe perfecto y ministros ajustados, documentos políticos y morales, L e ó n de Francia, H . Boissat y G . Remeus, 1662. M E N É N D E Z PIDAL, R . , Flor nueva de romances viejos, M a d r i d , Espasa Calpe, 1980. M E X Í A , P , Silva de varia lección, ed. A . Castro, M a d r i d , Cátedra, 1989 y 1990, 2 vols. Mocedades, C á n c e r y Velasco, J. de, Las mocedades del Cid, ed. A . R o d r í g u e z R í p o d a s , en este volumen. M O L L , J., Catálogo de comedias sueltas conservadas en la Biblioteca de la Real Academia Española, M a d r i d , R e a l Academia Española, 1966. M O N T E S E R , F., SOLÍS, A . de, y SILVA, D de, La renegada de Valladolid, ed. F. Serralta, en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo III, dirigido por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Aurea Hispánica, 2002. M O R A L E S , G . de, De las virtudes y propiedades maravillosas de las piedras preciosas, ed. J. C . R u i z Sierra, M a d r i d , Editora Nacional, 1977. M O R E L L M O N T A D O , C , «La comedia burlesca del siglo xvn: la otra cara de la comedia nueva», Caligrama (Palma de Mallorca), 3, 1987, pp. 53-71. M O R E T O , A . , El desdén, con el desdén, ed. E . D i Pastena, Barcelona, Crítica, 1999. —

El desdén, con el desdén, ed. F. R i c o , M a d r i d , Castalia, 1978.



De fuera vendrá, M a d r i d , Atlas (Biblioteca de Autores Españoles, 39), 1922.



El licenciado Vidriera, M a d r i d , Atlas (Biblioteca de Autores Españoles, 39), 1922.

M O U N E , R . , «El caballero de Olmedo de F. A . de Monteser, comedia burlesca y parodia», en Risa y sociedad en el teatro español del Siglo de Oro, Toulouse, C N R S , 1980, pp. 83-92. N A V A R R O , A . (ed.), I n t r o d u c c i ó n a C a l d e r ó n , Céfalo y Pocris, Salamanca, Almar, 1979, pp. X I - L I V . N O L T I N G - H A U F F , I., Visión, sátira y agudeza en los Sueños de Quevedo, M a d r i d , Gredos, 1974. Olmedo, Monteser, F. A . de, El caballero de Olmedo, en C . C . García Valdés, De la tragicomedia a la comedia burlesca: El caballero de Olmedo, Pamplona, Eunsa, 1991, pp. 183-262. Orlando, Huerta Calvo, J., Una fiesta burlesca del Siglo de Oro: «Las bodas de Orlando»

(comedia, loa y entremeses), Lucca, M a u r o Baroni Editor,

1998.

PALOMO, M . del P , Estudios Tirsistas, Málaga, Universidad de Málaga, 1999.

2.4

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

PASCUAL BONIS, M . T., «Puesta en escena y recepción de la comedia burlesca: El caballero de Olmedo de F. A . de Monteser», en Actas del IV Congreso Internacional Siglo de Oro (AISO), ed. M . C . García de Enterría y A . C o r d ó n Mesa, Alcalá, Servicio de Publicaciones de la Universidad de Alcalá de Henares, 1998, tomo II, pp. 1145-57. PAZ Y MÉLIA, A . , Catálogo de las piezas de teatro que se conservan en el departamento de manuscritos de la Biblioteca Nacional, M a d r i d , Blass, S. A.Tipográfica, 1934 y 1935, 2 vols. PÉREZ C U E N C A , I., Catálogo de manuscritos de Francisco de Quevedo en la Biblioteca Nacional, M a d r i d , Ollero y Ramos, 1997. PÉREZ DE M O Y A , J., Filosofía secreta, ed. C . Clavería, M a d r i d , Cátedra, 1995. PERIÑÁN, B . , Poeta ludens. Disparate, perqué y chiste en los siglos x\i y xvu, Pisa, Giardim, 1979. PO, Quevedo, F. de, Poesía Original, ed. J. M . Blecua, Barcelona, Planeta, 1981. Poesía erótica, A l z i e u , P.,Jammes, R . , y Lissorgues, I., Poesía erótica del Siglo de Oro, Barcelona, Crítica, 1984. PSB, Arellano, I., Poesía satírico burlesca de Quevedo, Pamplona, Eunsa, 1984. Q U E V E D O , F. de, El chitan de las tarabillas, ed. M . U r í , M a d r i d , Castalia,

1998.



Un Heráclito cristiano, Canta sola a Lisi y otros poemas, ed. I. Arellano y L .



La Hora de todos, ed. L . López Grigera, M a d r i d , Castalia, 1975.

Schwarz, Barcelona, Crítica, 1998. —

La Hora de todos y la Fortuna con seso, ed. J. Bourg, P. D u p o n t y P. Geneste, M a d r i d , Cátedra, 1987.



Poesía Original, ed. J. M . Blecua, Barcelona, Planeta, 1981.



Prosa festiva completa, ed. O C . García Valdés, M a d r i d , Cátedra, 1993.



Los Sueños, ed. I. Arellano, M a d r i d , Cátedra, 1991.



La vida del Buscón, ed. F. Cabo Aseguinolaza, Barcelona, Crítica, 1993.

Quijote, Cervantes, M . de, Don Quijote de la Mancha, ed. dirigida por F. R i c o , Barcelona, Crítica, 1998. QUIÑONES DE BENAVENTE, L . , Entremeses, ed. C h . Andrés, M a d r i d , Cátedra, 1991. —

Nuevos entremeses atribuidos a Luis Quiñones de Benavente, ed. A . M a d r o ñ a l , Kassel, Reichenberger, 1996.

Q U I R Ó S , F. B . de, El cerco de Tagarete, ed. C . C . García Valdés, Criticón, 37, 1987, pp. 77-115. —

El hermano de su hermana, en Dos comedias burlescas del Siglo de Oro, ed. I. Arellano y C . Mata, Kassel, Reichenberger, 2000.



Obras de... y aventuras de don Frítela, ed. C . C . García Valdés, Madrid, Instituto de Estudios Madrileños, 1984.

Ramillete de entremeses y bailes, ed. H . Bergman, M a d r i d , Castalia, 1980. Renegada, Monteser, F., Solís, A . de, y Silva, D. de, La renegada de Valladolid, ed. F. Serralta, en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo III, dirigido por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Aurea Hispánica, 2002.

BIBLIOGRAFÍA Y A B R E V I A T U R A S

25

RODIEK, C , La recepción internacional del Cid, M a d r i d , Gredos, 1990. R O D R Í G U E Z M A R Í N , F., Más de 2Í.000

refranes castellanos, M a d r i d , T i p . de la

Revista de Archivos, Bibliotecas y Museos, 1926. ROJAS V I L L A N D R A N D O , A . de, El viaje entretenido, ed. J. R Ressot, M a d r i d , Castalia, 1972. ROJAS Z O R R I L L A , F. de, Abre el ojo, M a d r i d , Atlas (Biblioteca de Autores Españoles, 54), 1918. —

Del Rey abajo, ninguno, ed. J. Testas, M a d r i d , Castalia, 1971.



Progne y Filomena, M a d r i d , Atlas, (Biblioteca de Autores Españoles, 54), 1918.

ROJAS, F. de, La Celestina, ed. F. R i c o , Barcelona, Crítica, 2001. SAAVEDRA FAJARDO, D . , Empresas políticas, ed. Q . Aldea Vaquero, M a d r i d , Editora Nacional, 1976, 2 vols. SAINZ DE ROBLES, F. C , El teatro español. Historia y antología, vol. IV, M a d r i d , Aguilar, 1943. SALAS BARBADILLO, A . J. de, La peregrinación sabia; y El sagaz Estado, marido examinado, M a d r i d , Espasa Calpe (Clásicos Castellanos, 57), 1958. SANTA C R U Z , M . de, Floresta española, ed. M . Chevalier, Barcelona, Crítica, 1997. SANTOS, F. de los, Día y noche de Madrid, M a d r i d , Atlas (Biblioteca de Autores Españoles, 33), 1933. SERRALTA, F., «La renegada de Valladolid, comedia burlesca de Monteser, Solís y Silva», en La renegada de Valladolid, trayectoria dramática de un tema popular, Toulouse, France I b é r i e - R e c h e r c h e , 1970, pp. 59-72. — «Comedia de disparates», Cuadernos Hispanoamericanos, 311, 1976, pp. 450-61. — «La comedia burlesca: datos y orientaciones», en Risa y sociedad en el teatro español del Siglo de Oro, Toulouse, C N R S , 1980a, pp. 99-114. — «La religión en la comedia burlesca del siglo xvn», Criticón, 12, 1980b, pp. 55-75. — «Juan R a n a homosexual», Criticón, 50, 1990, pp. 81-92. SPITZER, L . , «Soy quien soy», Nueva Revista de Filología Hispánica, I, 1947, pp. 113-27. SUÁREZ DE D E Z A , V , LOS amantes de Teruel, ed. E . Borrego, en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo II, dirigido por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2001, pp. 24-160. —

Amor, ingenio y mujer en la discreta venganza, ed. E . Borrego, en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo II, d i r i g i d o por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2001, pp. 161-297.

— Angélica y Medoro, ed. I. Arellano y C . Mata, en Comedias burlescas del Siglo de Oro. Tomo II, dirigido por I. Arellano, M a d r i d , Iberoamericana, col. Biblioteca Áurea Hispánica, 2001, pp. 399-496. SUÁREZ DE FIGUEROA, C , El pasajero, ed. M . I. López Bascuñana, Barcelona, a

P P U , 1988, 2 vols.

26

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

Sueños, Quevedo, F. de, Los Sueños, ed. I. Arellano, M a d r i d , Cátedra, 1991. Tagarete, Q u i r ó s , F. B . de, El cerco de Tagarete, ed. C . C . García Valdés, Criticón, 37, 1987, pp. 77-115. Teatro breve de los siglos xvi y xvn, ed. J. Huerta Calvo, M a d r i d , Taurus, 1985. TEMPLIN, E . H , «The exculpation of yerros por amores in the Spanish Comedia», Publications of The University of California at Los Angeles in Languages and Literature, 1, 1933, pp. 1-50. T E R R Ó N GONZÁLEZ, J., Léxico de cosméticos y afeites del Siglo de Oro, Cáceres, Universidad de Extremadura, 1990. T I R S O DE M O L I N A , Amazonas

en las Indias, ed. M . Z u g a s t i , K a s s e l ,

Reichenberger, 1993. —

El amor médico, ed. B . Oteiza, Madrid-Pamplona, Instituto de Estudios



El bandolero, ed. A . N o u g u é , M a d r i d , Castalia, 1979.



El burlador de Sevilla, ed. I. Arellano, M a d r i d , Espasa Calpe, 1997.

Tirsianos, 1997.



Celos con celos se curan, ed. B . Oteiza, Kassel, Reichenberger, 1996.



La celosa de sí misma, ed. S. Maurel, Poitiers, Université de Poitiers, 1981.



La lealtad contra la envidia, ed. M . Zugasti, Kassel, Reichenberger, 1993.



Marta la piadosa y Don Gil de las calzas verdes, ed. I. Arellano, Barcelona, P P U , 1988.



Obras completas. Cuarta parte de comedias I, ed. del I E T dirigida por I. Arellano, M a d r i d , Instituto de Estudios Tirsianos, 1999.



Santo y sastre, en Obras dramáticas completas, ed. B . de los R í o s , M a d r i d , Aguilar, 1958, vol. III.



Todo es dar en una cosa, ed. M . Zugasti, Kassel, Reichenberger, 1993.



La villana de Vallecas, ed. S. Eiroa, Pamplona, IET, 2001.

TORQUEMADA, A . , Jardín de flores curiosas, ed. G . Allegra, M a d r i d , Castalia, 1982. T O R R E S N A H A R R O , B . de, Comedias, ed. D . W. McPheeters, M a d r i d , Castalia, 1973. Un Herádito, Quevedo, F. de, Un Heráclito cristiano, Canta sola a Lisi y otros poemas, ed. I. Arellano y L . Schwarz, Barcelona, Crítica, 1998. VALBUENA BRIONES, A . , «La caída del caballo», en Perspectiva crítica de los dramas de Calderón, M a d r i d , Rialp, 1965, pp. 35-53. V E G A , GARCILASO de la, Poesía castellana completa, ed. C . B u r e l l , M a d r i d , Cátedra, 1980. V E G A , LOPE de, El acero de Madrid, ed. S. Arata, M a d r i d , Castalia, 2000. —

El amante agradecido, M a d r i d , T u r n e r Libros (Colección Biblioteca Castro), 1994, vol. V I I I .

— Angélica en el Catay, M a d r i d , T u r n e r Libros (Colección Biblioteca Castro), 1994, vol. X . —

El anzuelo de Fenisa, M a d r i d , T u r n e r Libros (Colección Biblioteca Castro), 1998, vol. X V .

BIBLIOGRAFÍA Y A B R E V I A T U R A S

27



La Arcadia, ed. E . S. Morby, M a d r i d , Castalia, 1975.



Las Batuecas del duque de Alba, Madrid,Turner Libros ( C o l e c c i ó n Biblioteca



Los Benavides, M a d r i d , T u r n e r Libros ( C o l e c c i ó n Biblioteca Castro), 1993,

Castro), 1994, vol. I X . vol.VI. —

El caballero de Olmedo, ed. I. Arellano y J. M . Escudero, M a d r i d , Espasa



La Dorotea, ed. E . S. Morby, M a d r i d , Castalia, 1980.

Calpe, 1998. —

Fuenteovejuna, ed. D . McGrady, Barcelona, Crítica, 1993.



La Gatomaquia, ed. C . Sabor de Cortázar, M a d r i d , Castalia, 1982.



La mayor desgracia de Carlos V, M a d r i d , Atlas, (Biblioteca de Autores Españoles, 224)

1969.



El peregrino en su patria, ed. J. B . Avalle-Arce, M a d r i d , Castalia, 1973.



Peribánez y el comendador de Ocaña, ed. D . McGrady, Barcelona, Crítica,



El perro del hortelano y El castigo sin venganza, ed. D . KossofF, M a d r i d ,

1997. Castalia, 1970. —

Rimas, ed. F. B . Pedraza, Madrid, Universidad Castilla-La Mancha, 1994,2 vols.



San Isidro labrador, M a d r i d , Turner Libros ( C o l e c c i ó n Biblioteca Castro),



Servir a señor discreto, ed. E Weber, M a d r i d , Castalia, 1975.



El testigo contra sí, M a d r i d , Turner Libros (Colección Biblioteca Castro),



El villano en su rincón y Las bizarrías de Belisa, ed. A . Zamora Vicente,

1998, vol. X I V .

1998, vol. X I V . M a d r i d , Espasa Calpe (Clásicos Castellanos, 157), 1963. — y Tres ingenios, Peribáñez y el comendador de Ocaña. La mujer de Peribáñez, ed. F. B . Pedraza, Barcelona, P P U , 1988. VELÁZQUEZ DEL PUERTO, D . , El rey Perico y la dama tuerta, ed. M . J. Casado, en prensa. VÉLEZ DE GUEVARA, L . , El diablo cojuelo, ed. A . R . F e r n á n d e z e I. Arellano, M a d r i d , Castalia, 1988. —

La Serrana de la Vera, ed. E . R o d r í g u e z Cepeda, M a d r i d , Cátedra, 1982.



Reinar después de morir, ed. M . M u ñ o z C o r t é s , M a d r i d , Espasa Calpe (Clásicos Castellanos), 1976.

Ventura, A n ó n i m o , La ventura sin buscarla. Comedia burlesca parodia de Lope de Vega, ed. del G R I S O dirigida por I. Arellano, Pamplona, Eunsa, 1994. VILLAMEDIANA, C o n d e de, Poesía inédita completa, ed. J. F. R u i z Casanova, M a d r i d , Cátedra, 1999. VIRGILIO, Églogas, ed. A . Tovar, M a d r i d , Centro de Estudios Históricos, 1936. VIRGILIO, Eneida, M a d r i d , Gredos, 1992. Virón, Maldonado, J., El mariscal de Virón, ed. C . M a t a y M . Hurtado, en prensa.

28

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

Voc. Lope, Fernández G ó m e z , E , Vocabulario completo de Lope de Vega, M a d r i d , R e a l Academia Española, 1971, 3 vols. W I L S O N , E . , «Bigoteras and the date o f Lopes El cuerdo en su casa», Bulletin of the Comediantes, 7, 1955, pp. 29-31. —

y SAGE, J., Poesías líricas en las obras dramáticas de Calderón, L o n d o n , Tamesis Books, 1964.

ZABALETA, J. de, El día de fiesta por la mañana y por la tarde, ed. C . Cuevas, M a d r i d , Castalia, 1983. Z A R R A G A , F. de, Séneca, juez de sí mismo, impugnado, defendido y ilustrado, Burgos, Juan de Viar, 1684.

LAS

MOCEDADES

DEL

CID

C o m e d i a burlesca de D . J e r ó n i m o de C á n c e r

yVelasco

INTRODUCCIÓN

1. J E R Ó N I M O

DE

CÁNCER

J e r ó n i m o de C á n c e r y V e l a s c o nace e n Barbastro hacia 1582. D e d i c a su v i d a a la literatura. Se m u d ó a M a d r i d y allí se casó c o n M a r i a n a de O r m a z a , de la que t u v o u n a hija. D u r a n t e a l g ú n t i e m p o fue c o n tador d e l c o n d e de L u n a , pero su a f i c i ó n al teatro le l l e v ó a pasar p e nurias. Asistente h a b i t u a l de los mentideros, se r e l a c i o n ó c o n l o m á s florido

de la dramaturgia aurisecular: L o p e , C a l d e r ó n , M o r e t o , etc.

F a l l e c i ó en M a d r i d en 1655 y fue enterrado de l i m o s n a . E s c r i b e c o medias de santos c o m o La adúltera penitente, El mejor representante, San Ginés, y otras comedias de enredo c o m o Dineros son calidad, Hacer remedio el dolor, La verdad en el engaño, La razón

hace dichosos. S u espe-

cialidad es el teatro breve y las comedias burlescas: destacan piezas c o m o los entremeses de Candil y garabato, El francés, Rana

El gigante, Juan

mujer, La visita de cárcel, y tres comedias burlescas tituladas Los

siete infantes de Lara (en c o l a b o r a c i ó n c o n V é l e z de Guevara), La muerte de Baldovinos y Las mocedades del Cid. B u e n a parte de sus obras las escribe e n c o l a b o r a c i ó n

c o n M o r e t o , M a t o s Fragoso, R ó s e t e , etc.

D e s t a c a r é t a m b i é n las Obras varias de don Jerónimo

de Cáncer y Velasco,

impresas en M a d r i d en 1651 y dedicadas a d o n A l o n s o P é r e z

de

Guzmán. L a c o m e d i a de Las mocedades del Cid fue impresa p o r p r i m e r a vez en 1673 en Parte treinta y nueve de comedias nuevas de los mejores ingenios de España,

de la que se conservan tres ejemplares, todos ellos e n

la B i b l i o t e c a N a c i o n a l

de M a d r i d c o n signaturas R

2 2 6 9 2 , T - i 16

( X X X I X ) y T - i 119 ( X X X I X ) . L a c o m e d i a «seria», c o m p u e s t a p o r G u i l l é n de C a s t r o entre 1605 y 1615 se i m p r i m e en 1618. H a y u n p r o b l e m a de a u t o r í a que se plantea c o n u n a a t r i b u c i ó n a M o r e t o , c o n el t í t u l o de Las travesuras del Cid y que creo que responde a la a f i c i ó n

32

LAS MOCEDADES

DEL CID

de C á n c e r a c o m p a r t i r a u t o r í a de comedias. Esto hace que c u a n d o se r e c o g e n d o c e comedias en c o l e c c i o n e s de autor (hecho que

ocurre

c o n escritores de cierto relieve c o m o M o r e t o ) , el c o l e c t o r tienda a a t r i b u i r u n a d e t e r m i n a d a c o m e d i a a M o r e t o en solitario, l o que s u cede c o n Dejar un reino por otro y mártires

de Madrid, que tanto e n la

e d i c i ó n de M u r c i a c o m o en la de Sevilla se tilda de « C o m e d i a f a m o sa de D o n A g u s t í n M o r e t o » , mientras que en la e d i c i ó n de 1678, la m á s fiable en m i o p i n i ó n , se atribuye a C á n c e r , S e b a s t i á n de V i l l a v i c i o s a y Moreto . 7

2. « L A S M O C E D A D E S D E L C I D » : V E R S I Ó N

PARÓDICA Y MODELO

SERIO

S e ñ a l a H u e r t a C a l v o que « C á n c e r n o establece u n a parodia estricta, casi escena p o r escena, de la obra seria [...], sino que su p a r o d i a estriba sobre t o d o en dos aspectos b á s i c o s cuales son el contraste e n tre i d e a l i s m o y m a t e r i a l i s m o , esto es, el rebajamiento

carnavalesco de

l o alto p o r l o bajo; y t a m b i é n la b u r l a de t o d o t i p o de c o n v e n c i o n e s literarias ». 8

U n aspecto m u y clarificador es la e x t e n s i ó n ; la c o m e d i a «seria» t i e ne 3.004 versos y la burlesca 1.255, r e d u c c i ó n típica del g é n e r o . E n c u a n t o al n ú m e r o de los personajes, hay en la «seria v e i n t i c u a t r o y en la parodia once, ya que la mujer d e l rey C o s m e n o i n t e r v i e n e e n el d i á l o g o . L a m é t r i c a es m á s simple en la parodia que e n su m o d e l o , ya que G u i l l é n de Castro usa siete formas (romance, redondillas, q u i n t i llas, tercetos, d é c i m a s y u n a c a n c i ó n ) , mientras que en su parodia se e m p l e a n c i n c o (romance, redondillas, octavas reales, u n a cuarteta y c u a tro versos sueltos).Todos son f e n ó m e n o s b i e n c o n o c i d o s que h a n sido ya puestos de relieve p o r los editores de los v o l ú m e n e s anteriores

en

esta serie.

La signatura correspondiente a Dejar un reino por otro y mártires de Madrid, que se integra en la Parte cuarenta y cuatro de Comedias nuevas, nunca impresas, escogidas de los mejores ingenios de España, en la edición de Madrid de 1678 en la Biblioteca Nacional de Madrid es R 22697, pp. 72-109; las sueltas atribuidas a Moreto, de Murcia y Sevilla tienen las signaturas T 7579 y T 27116. Huerta Calvo, 1998b, p. 246. 7

8

INTRODUCCIÓN

33

2. 1. R e s u m e n de la c o m e d i a burlesca Las mocedades del Cid Se abre la c o m e d i a c o n el tema d e l e n a m o r a m i e n t o de R o d r i g o y J i m e n a ante la o p o s i c i ó n d e l c o n d e , padre de la dama, ya que su c a n didato es su s o b r i n o Sancho. E l c o n d e d e c i d e dar m u e r t e a su p r o p i a hija a u n q u e

S a n c h o se l o i m p i d e . S i g u e la d i s c u s i ó n d e l c o n d e y

S a n c h o c o n R o d r i g o e n la que ellos d e f i e n d e n su h o n o r c o m o padre y pretendiente. E n u n a a u d i e n c i a c o n el R e y , el c o n d e le p i d e r e m e d i o para la s i t u a c i ó n de J i m e n a ; este le aconseja meterla m o n j a y el c o n d e decide finalmente

envenenarla en la segunda j o r n a d a . Se intercalan u n a serie

de escenas c ó m i c a s de las audiencias d e l r e y E n la j o r n a d a segunda el c o n d e envenena a J i m e n a , y al ver que el v e n e n o n o surte efecto, saca u n a daga para matarla, h i r i é n d o s e a sí m i s m o . J i m e n a le da u n a cinta para cortar la h e m o r r a g i a y el c o n d e , i n t e r p r e t á n d o l o c o m o favor amoroso, c a m b i a de o p i n i ó n y decide c a sarse c o n su hija. E l c o n d e habla entonces c o n L a í n e z para que castigue a R o d r i g o p o r galantear a J i m e n a ; este se niega y el c o n d e le da u n a bofetada. Es preciso vengar la i n j u r i a , l o que se ofrece a hacer R o d r i g o s i e m pre que su padre le pague en d i n e r o contante el n e g o c i o . M i e n t r a s el R e y anda de caza p o r el m o n t e , R o d r i g o mata al c o n d e . E l R e y da su visto b u e n o a l o s u c e d i d o y accede a la p e t i c i ó n de R o d r i g o de servirle contra los m o r o s . E n la tercera j o r n a d a el C i d reconquista V a l e n c i a . A p a r e c e u n m o r o que discute c o n el C i d ya que este quiere que le entreguen la c i u dad, a l o que accede el m o r o sin excesivos reparos. J i m e n a p i d e al R e y que castigue a R o d r i g o p o r matar al c o n d e , pero el C i d p i d e la m a n o de su amada en r e c o m p e n s a p o r haber s o m e t i d o a los m o r o s , y acaba t o d o c o n la b o d a .

2. 2. C o m p a r a c i ó n estructural de la c o m e d i a burlesca Las mocedades del Cid de C á n c e r c o n el Cantar del Mió Cid y Las mocedades del Cid de G u i l l é n de Castro Las mocedades del Cid de C á n c e r tiene su m o d e l o e n la o b r a h o m ó n i m a c o m p u e s t a p o r G u i l l é n de Castro, a u n q u e n o es fácil determ i n a r el o r i g e n i n s p i r a d o r de la burlesca, pues el tema c i d i a n o está

34

LAS MOCEDADES

DEL CID

m u y e x t e n d i d o . R o d i e k relaciona la parodia c o n G u i l l e n de Castro apuntando

q u e sigue ciertas i n n o v a c i o n e s d e l t e m a presentes e n

Castro: su innovación más importante consiste sobre todo en el enriquecimiento del complejo motivista de las 'mocedades' con el motivo del amor: en la pieza de Castro, R o d r i g o y X i m e n a simpatizan ya antes del conflicto de honor. Si bien tampoco en el R o m a n c e r o se plantea la boda de ambos ú n i c a m e n t e como acuerdo j u r í d i c o sino t a m b i é n como v i n culación amorosa, sin embargo se alude a ello de forma totalmente ocasional . 9

L a i n c l u s i ó n e n la obra de C á n c e r de la reconquista de V a l e n c i a es, p o r su lado, e p i s o d i o t o m a d o d e l Cantar del Mió

Cid.

E v i d e n t e m e n t e , C á n c e r ha j u g a d o c o n su c o n o c i m i e n t o de la o b r a de G u i l l é n de Castro, d e l Cantar

del Mió

Cid y de la t r a d i c i ó n r o -

m a n c e r i l , para desarrollar u n a c o m e d i a burlesca en la que e m p l e a los pasajes m á s significativos para su a c c i ó n . Las dos primeras jornadas de la c o m e d i a burlesca se p o d r í a n equiparar en cuanto a c o n t e n i d o a la p r i m e r a de la «seria», ya que ambas acciones c o n c l u y e n c o n la m u e r te d e l c o n d e L o z a n o a manos de R o d r i g o . E n la tercera j o r n a d a a m bas tratan el enlace m a t r i m o n i a l entre R o d r i g o y J i m e n a a u n q u e se llegue a él de diferentes m o d o s . E l desarrollo de las dos c o m e d i a s d i s ta m u c h o entre sí, distanciamiento p r o v o c a d o f u n d a m e n t a l m e n t e

por

el c a r á c t e r j o c o s o - d i s p a r a t a d o d e l g é n e r o burlesco en el que el t ó p i c o d e l « m u n d o al revés» p r o d u c e situaciones c o m o en la que el c o n de L o z a n o se e n a m o r a e intenta casarse c o n su p r o p i a hija. E n la c o m e d i a de C á n c e r se prescinde de personajes

como doña

U r r a c a , l o que c o n l l e v a la e l i m i n a c i ó n de la a c c i ó n secundaria de la r i v a l i d a d amorosa de d o ñ a U r r a c a y J i m e n a p o r R o d r i g o . Se o m i t e n escenas c o m o la i n v e s t i d u r a de R o d r i g o ; S a n c h o , c o n v e r t i d o

por

C á n c e r en s o b r i n o d e l c o n d e L o z a n o (realmente, parece hacer referencia al p r í n c i p e d o n Sancho, h i j o d e l rey d o n F e r n a n d o ) , carece de i m p o r t a n c i a a r g u m e n t a l d e b i d o a la p r o p i a c o n f i g u r a c i ó n grotesca d e l personaje, l o cual hace s u p r i m i r varios pasajes entre los que destaca la secuencia final en la que S a n c h o se enfurece al saber la d e c i s i ó n testamentaria de su padre. Consejeros d e l R e y c o m o A r i a s G o n z a l o o

9

Rodiek, 1990, p. 135.

INTRODUCCIÓN

35

Peransules n o aparecen, l o que c o n d u c e a la d e s a p a r i c i ó n de s e c u e n cias e n las que el R e y p i d e consejo tanto para la d e c i s i ó n de q u i é n t o m a r á el cargo de ayo de S a n c h o c o m o d e l castigo d e l c o n d e L o z a n o y d e l C i d . L a escena de la m u e r t e d e l c o n d e L o z a n o a manos de R o d r i g o , que e n la c o m e d i a de Castro es de gran d r a m a t i c i d a d y e x t e n s i ó n (vv. 5 8 6 - 8 6 5 ) , c o n la que cierra la p r i m e r a j o r n a d a , queda red u c i d a a u n pasaje (vv. 7 6 9 - 8 2 8 ) en el que se desafían y en dos versos posteriores e n los que el v e n c e d o r confiesa ante el R e y : « N o hay que admiraros: y o soy, / que el c o n d e L o z a n o he m u e r t o » ; las tres q u e r e llas que hace J i m e n a al R e y q u e d a n simplificadas en una; la escena d e l gafo y R o d r i g o t a m b i é n se s u p r i m e . P o r ú l t i m o llama la a t e n c i ó n que en Las mocedades del Cid de Castro se detallan las razones p o r las que se le c o m e n z a r á a l l a m a r paulatinamente el C i d (vv. 1 7 0 1 - 1 2 ) , m i e n tras que e n la c o m e d i a burlesca este pasaje se pierde, a u n q u e el i n t e r l o c u t o r v a r í e de R o d r i g o a C i d en la ú l t i m a j o r n a d a . E n la tercera j o r n a d a de la o b r a de C á n c e r se presenta la t o m a de Valencia, p r o c e d e n t e d e l Cantar. E l t i e m p o y la estratagema empleada v a r í a n s e g ú n las diferentes fuentes; s e g ú n el Cantar «en ganar aquellas villas m i ó C i d d u r ó tres años» (v. 1169), a u n q u e los especialistas o p i n a n que, en realidad, R o d r i g o e m p l e ó unos seis a ñ o s en d o m i n a r la costa levantina. E n la c o m e d i a burlesca t o d o se resuelve f á c i l m e n t e : los m o r o s d e v u e l v e n Valencia c o r t é s m e n t e en cuanto el C i d se l o pide. L o s desenlaces tanto e n la o b r a de C á n c e r c o m o e n la de C a s t r o son estructuralmente similares: R o d r i g o ha t e n i d o que o b t e n e r u n a v i c t o r i a i m p o r t a n t e para su R e y . E n la c o m e d i a burlesca la c o n q u i s ta de V a l e n c i a le sirve al C i d para o b t e n e r la m a n o de J i m e n a ; e n su m o d e l o serio, R o d r i g o , u n a vez que h a b í a v e n c i d o al arrogante M a r t í n G o n z á l e z , para c o n s e g u i r la m a n o de J i m e n a , p o n e a d i s p o s i c i ó n de ella su cabeza para desagraviarla p o r la m u e r t e de su padre. P o r otro lado la b o d a se p r o d u c e , s e g ú n la t r a d i c i ó n r o m a n c e r i l , u n a vez v e n cidos los c i n c o reyes m o r o s ( D u r á n , n ú m . 738). C á n c e r , a g u d a m e n te, ha puesto e n c o n t a c t o p o r u n lado u n texto a n t i g u o y c o n o c i d o p o r t o d o el m u n d o a través d e l esquema a r g u m e n t a l de Las mocedades del Cid de G u i l l é n de Castro, que, a la postre, le ha s e r v i d o c o m o m o d e l o durante t o d a la o b r a , para i n v e r t i r todos aquellos valores y secuencias q u e c o n u n a Castro.

finalidad

«seria» o d r a m á t i c a

desarrollaba

36

LAS MOCEDADES

3. P R O C E D I M I E N T O S C Ó M I C O S D E LAS

DEL CID

MOCEDADES

DEL CID D E C Á N C E R

L o s p r o c e d i m i e n t o s c ó m i c o s r e c o r r e n los t e r r i t o r i o s de la a c c i ó n , la palabra y la e s c e n i f i c a c i ó n , que r e p a s a r é s o m e r a m e n t e e n las p á g i nas s i g u i e n t e s . 10

A b u n d a n las parodias de situaciones y m o t i v o s habituales e n las obras c o n v e n c i o n a l e s . U n a de las m á s llamativas es la parodia de los favores amorosos que las damas c o n c e d e n a sus galanes, m o t i v o a p l i cado incestuosamente al c o n d e y J i m e n a , c u a n d o J i m e n a le ofrece a su padre u n a cinta para cortar la h e m o r r a g i a de u n a h e r i d a y este le responde: « Ó y e m e , hija y s e ñ o r a , / esta c i n t a en q u i e n m e enredo, / p r e g u n t o : ¿es favor?» (vv. 6 2 1 - 2 3 ) . E l m a t r i m o n i o concertado p o r el c o n d e L o z a n o a espaldas de J i m e n a y que la obliga a casarse c o n Sancho, c u a n d o a ella le gusta R o d r i g o , es habitual e n la c o m e d i a nueva y c o m o tal se parodia en La ventura sin buscarla. R e c o r d e m o s que, al igual que o c u r r e en Las mocedades del Cid de C á n c e r , esta s i t u a c i ó n amorosa p r o v o c a gran cantidad de enredos y peripecias y la consiguiente r e b e l i ó n de la o p r i m i d a (vv. 4 5 - 5 2 ) : JIMENA

Q u i é r e m e casar m i padre, ¡ah, tirano injusto!, cuando yo he puesto m i gusto en R o d r i g o de Vivar, y este amor fiero y cruel me lo estorba con violencia, y así, si me dais licencia, quiero escribirle un papel.

O t r o m o t i v o que p r e o c u p a b a a los padres y galanes de la é p o c a era la c o n d i c i ó n de d o n c e l l a de la dama; e n la c o m e d i a burlesca es c h i s te h a b i t u a l el a t r i b u i r la d o n c e l l e z a u n sabiendo que n o la m e r e c e : « C O N D E : A q u í para entre los dos, / s á b e t e que eres d o n c e l l a . / J I M E N A : A m u c h o , s e ñ o r , te atreves. / ¡ C o n f u s a de o í l l o estoy! / ¿ D o n c e l l a d i ces que soy?» (vv. 1 2 7 - 3 1 ) . E l d i á l o g o a m o r o s o se parodia, e n esta o c a s i ó n , a t r a v é s de su h a b i t u a l estructura c o m p a r a t i v a c o n la presencia de e n u m e r a c i o n e s d i s paratadas y t é r m i n o s j o c o s o s c o n sufijos despectivos (vv. 2 2 7 - 3 8 ) :

10

Ver para esta comedia García Lorenzo, 1977.

INTRODUCCIÓN

37

¿no has visto salir el sol antes del amanecer y que empezando a llover se recata su arrebol?, ¿no has visto un manso arroyuelo preso entre grillos de plata?, ¿y no has visto entre una mata un tímido conejuelo?, ¿no has visto una vidriera?, ¿no has visto una mariposa?, ¿no has visto cualquiera cosa? Pues tú eres de esa manera. O t r o m o t i v o t ó p i c o y relacionado c o n el a n t e r i o r es la escena de galanteo que tiene lugar en el j a r d í n , escena que c u l m i n a en u n disparate de marca mayor, al p e d i r la dama al g a l á n que se retire para p o der ser asesinada p o r su padre (vv. 5 0 3 - 5 0 4 ) : «Vete ahora, que m i padre / m e quiere matar u n p o c o » . M i e n t r a s R o d r i g o y J i m e n a dialogan, él apaga las luces para evitar que S a n c h o les descubra, c o n l o que estamos ante otra escena t í p i c a de la c o m e d i a nueva, aquella que tiene lugar a oscuras, l o que p r o v o ca a d e m á s c o m e n t a r i o s m e t a d r a m á t i c o s j o c o s o s que se b u r l a n de la c o n v e n c i ó n : « P u e s que se v a n atentando / sin duda a obscuras están» (vv. 2 5 3 - 5 4 ) , «¡Ah, cielos, que y o los vea / c u a n d o n o los p u e d o ver» (w. 261-62)... O t r o m o t i v o recurrente en la c o m e d i a burlesca es la e n u m e r a c i ó n r i d i c u l a de regalos que se p r o d u c e en los vv. 3 9 1 - 9 6 y que responde exactamente a la t é c n i c a d e l disparate: Tráigote treinta camellos porque son muy importantes; tráigote cuatro elefantes y doce búfalos bellos, con diez tigres por remate y un bravísimo halcón. E l h o n o r es grotescamente r e m e d a d o en el g é n e r o que nos o c u pa; t o d o parte de la afrenta que sufre D i e g o L a í n e z , el cual p i d e a R o d r i g o que rehaga su h o n o r , y este, c o m o si de u n v a l e n t ó n se tratara, le ofrece u n a s o l u c i ó n totalmente disparatada (vv. 6 8 6 - 8 7 ) :

38

LAS MOCEDADES LAÍNEZ

DEL CID

Y O estoy sin honra.

RODRIGO

Pues, padre, para eso son los conventos.

Para d e f o r m a r a ú n m á s la c a r a c t e r i z a c i ó n de R o d r i g o e n c o n t r a m o s la r i d i c u l a s i t u a c i ó n de p e d i r l e u n a r e c o m p e n s a a su padre p o r deshacer el agravio c o m e t i d o p o r el c o n d e L o z a n o (vv. 7 2 4 - 3 3 ) : RODRIGO

¿ Y c u á n t o me habéis de dar

LAÍNEZ

por matar al que os afrenta? Mátale y fía de m í , que muy buen p o r q u é te espera.

RODRIGO

Señor, entre padres y hijos parece muy bien la cuenta.

RODRIGO

Pues pide por esa boca. Docientos escudos vengan.

LAÍNEZ

Hijo, ciento bastan.

LAÍNEZ

¿Ciento?

RODRIGO

U n extraño me los diera. L a h a b i t u a l presencia de alusiones obscenas o e s c a t o l ó g i c a s n o se p r o d u c e , c u r i o s a m e n t e , e n esta c o m e d i a de C á n c e r . N o hallamos t a m p o c o alusiones sobre c o m i d a o b e b i d a carnavalesca. O t r o s f e n ó m e n o s c o n o c i d o s e n las comedias burlescas y que e n Las mocedades del Cid n o t i e n e n n i n g u n a r e p e r c u s i ó n son la a n i m a l i z a c i ó n y c o s i f i c a c i ó n . E l « l e n g u a j e de la plaza p ú b l i c a »

11

se e n c u e n t r a algo m á s e j e m p l i f i c a d o

p o r m e d i o de insultos d e l t i p o «animal» (v. 30), «Picaros» (v. 863), « c o b a r d e » (v. 938) y «grosero» (v. 1061) o los j u r a m e n t o s y m a l d i c i o n e s expresados e n situaciones r i d i c u l a s : «fuego de J e s u c r i s t o » (v. 4), « p o r v i d a m í a » (el c o n d e quiere matar a J i m e n a , v. 104), « p o r D i o s » (vv. 126 y 256) y « J e s ú s m i l veces!» (v. 329). E l alcance y o p e r a t i v i d a d de las alusiones s a t í r i c a s

12

es d i s c u t i d o p o r

la crítica. M i e n t r a s que para Serralta la sátira se hace sobre « u n t ó p i co d r a m á t i c o m u y d e s g a s t a d o » , para G a r c í a L o r e n z o opera sobre la i n s t i t u c i ó n social que representan los personajes: reyes, nobles. A r e l l a n o p r o p o n e u n a p o s i c i ó n i n t e r m e d i a , i n c l i n á n d o s e m á s b i e n a la p o c a

11

12

Ver Bajtín, 1974. Remito para lo satírico a Arellano, 1984.

INTRODUCCIÓN

39

trascendencia i d e o l ó g i c a : «el m o m e n t o de C a r n a v a l les presta esa d i m e n s i ó n a m b i g u a de crítica p e r m i t i d a dentro de unos l í m i t e s m u y d e finidos,

y en g r a n parte bastante c o n v e n c i o n a l e s . E n m i e s t i m a c i ó n ,

m á s que verdadera crítica social, p o l í t i c a o i d e o l ó g i c a , destaca el dist a n c i a m i e n t o burlesco respecto de los m e c a n i s m o s literarios y teatrales de los g é n e r o s s e r i o s » . E n esta c o m e d i a h a l l a m o s sátiras 1 3

de

diferentes oficios y estados. Las monjas se satirizan e n dos ocasiones; en el v. 60 se presentan c o m o analfabetas y, en los vv. 3 1 5 - 1 6 , c o m o damas de c o m p a ñ í a de los frailes; los escribanos en el v. 3 5 0 aparecen caracterizados c o m o ladrones; los cazadores en el v. 868 c o m o m e n tirosos; en el v. 888 se alude al p o d e r m o r t í f e r o d e l m é d i c o que mata igual que c i e n guerreros de u n b a t a l l ó n ; y, p o r ú l t i m o , los c o c i n e r o s , de los que resalta su gula y suciedad en el v. 1055. En

la d i m e n s i ó n e s c é n i c a hallamos m o v i m i e n t o s y accesorios que

p r o v o c a n la risa en el p ú b l i c o . E n la a c o t a c i ó n al v. 16 se i n d i c a u n gesto risible c u a n d o F l o r a le da «con el pañuelo

en la cara» a J i m e n a ; las

continuas y ostentosas quejas de J i m e n a (vv. 3 7 - 3 8 , 4 6 , 8 1 - 8 2 , 203) resultan ridiculas y el R e y en la a c o t a c i ó n al v. 1036 se describe «sentado a comer

ridiculamente» . 14

E l ú n i c o e l e m e n t o i n t e r t e x t u a l que he r e c o g i d o se halla e n los vv. 4 5 9 - 6 0 que e v o c a n j o c o s a m e n t e u n famoso « r o m a n c e de c i e g o » : « ¿ N o te alegran los rosales, / gente r i c a y p r i n c i p a l ? » . R e s p e c t o a la m ú s i c a los versos 1-4 y 4 8 5 - 8 8 aparecen c o n la a c o t a c i ó n de «Cantan». «(Suena

música.)

E n vv. 4 7 7 - 8 2 se alude a u n p r e l u d i o m u s i c a l :

M a s , ¿ q u é m ú s i c a b i z a r r a / embaraza el vago v i e n t o ?

/ F L O R A : S e ñ o r a , es u n i n s t r u m e n t o . / J I M E N A : Jurara que era guitarra. / F L O R A : R o d r i g o es, que a t r o c h i m o c h e / u n a m ú s i c a te envía». Variados r u i d o s se d e b e n a las cajas ('tambores') que se u t i l i z a n para alertar de la i n m i n e n t e presencia d e l R e y o d e l C i d , y al c l a r í n , e m pleado h a b i t u a l m e n t e c o n la m i s m a Un

finalidad.

aspecto interesante es el de la metateatralidad ínsita en a q u e -

llos g u i ñ o s o alusiones que, m e d i a n t e la c o m p l i c i d a d r o m p e n la f i c c i ó n de la obra que se representaba c o n ca. E n t r e otros e j e m p l o s e n c o n t r a m o s

d e l espectador, finalidad

cómi-

e n los vv. 8 3 - 8 4 : « C O N D E :

Ver Garcia Lorenzo, 1982, pp. 8-9, Serralta, 1980a, p. 106 y Arellano, 1995, p. 646. Ver sobre el vestido ridiculo Arellano, 1986. 13

14

LAS MOCEDADES

40

DEL CID

Infame, suelta el papel. / J I M E N A : ¿ P u e s tan m a l le r e p r e s e n t o ? » , d o n de se j u e g a c o n el t é r m i n o d i l ó g i c o papel; en los vv. 3 2 1 - 2 2 : « P u e s y o la d a r é u n v e n e n o / en la segunda j o r n a d a » ; en los v v 4 8 7 - 8 8 : « p o r que esto de a m o r se usaba / en el t i e m p o de J i m e n a » a d e m á s e n este caso existe u n a n a c r o n i s m o ; y, p o r ú l t i m o , en el v 1035: « P u e s c o r r e d esa c o r t i n a » , a l u d i e n d o a la cortina que o c u l t a el escenario antes de la o b r a y que se cierra para

concluirla.

L a c o m e d i a burlesca t a m b i é n r e c i b í a el n o m b r e de « c o m e d i a

de

disparates», y de h e c h o la base p r i n c i p a l de las comedias de este g é nero s o n los disparates . E j e m p l o s de estos disparates son: « q u e el c r i s 13

tal / es cosa que da de sí» (vv. 3 1 - 3 2 ) , «¿Y p o r el m a r hace seco?» (v. 358), «te remite el de A r g e l / seis m e m b r i l l o s de T o l e d o » (vv. 401¬ 402), «te pide, p o r i n t e r é s , / que pues n o sabes q u i é n es, / que le e n v í e s la cabeza» (vv. 4 1 8 - 2 0 ) , « P o r q u e h a r é i s u n casamiento / c o n el suegro de sí m i s m o » (vv. 6 5 8 - 5 9 ) , etc. E n c o n t r a m o s en el g é n e r o burlesco gran cantidad de j u e g o s v e r b a les; la m a y o r parte de los disparates se p r o d u c e n gracias a u n a agudeza verbal entre las que destacan las paronomasias, las dilogías y la r u p t u r a de frases hechas. E l j u e g o verbal m á s u t i l i z a d o p o r C á n c e r es la d i l o gía: servirme 'atender' y 'cortejar' (v. 19), papel 'carta' y 'papel que dese m p e ñ a u n actor o actriz' (v. 83), entre algodones ' e n sentido literal' y ' s i t u a c i ó n de c o m o d i d a d ' (v. 96), no te puedo ver'en sentido literal' y 'tener o d i o a u n a persona' (v. 114), presente ' t i e m p o actual' y 'regalo' (vv. 3 7 4 y 431), plantas 'parte baja de los pies' y 'flores' (v. 9 5 3 ) . . . O t r o recurso es el h i p é r b a t o n burlesco: «Le lleva, ¡ o h , R o d r i g o fiel!, /

pues,

este, F l o r a , al m o m e n t o » (vv. 8 1 - 8 2 ) , « q u e estéis o f e n d i d o m u y » (v. 298). L a d e g r a d a c i ó n p a r ó d i c a afecta p r i n c i p a l m e n t e a los personajes. L a i m a g e n d e l g o b e r n a n t e r i d í c u l o resulta c o m ú n en gran cantidad de c o m e d i a s burlescas . E l R e y aparece c a r i c a t u r i z a d o desde el n o m b r e 16

de «rey C o s m e » ; sus audiencias son grotescas p o r el d i á l o g o y p o r su a c t u a c i ó n ; se dedica a la caza p o r u n absurdo v o t o r e l i g i o s o ; es u n g l o t ó n , n u l o e n el g o b i e r n o de la corte y r i d i c u l a m e n t e sensible al s u f r i m i e n t o de J i m e n a : «Ya y o n o p u e d o sufrir / el llanto que se asoma / al d e s v á n de la n a r i z » .

15

Sobre los disparates y tautologías remito al excelente estudio de Periñán,

1979. 16

Ver Mata, 1998b, y Huerta Calvo, 1986 y 1998a.

INTRODUCCIÓN

41

P o r otro lado el C i d es la i m a g e n de u n r u f i á n , v a l e n t ó n que accede a restituir el h o n o r de su padre a c a m b i o de u n a

recompensa

e c o n ó m i c a (vv. 7 2 4 - 2 5 ) ; conquista Valencia de u n m o d o m u y a r r o gante (vv. 9 4 4 - 4 6 ) y en su n a r r a c i ó n adopta u n t o n o chulesco (v. 1225). Todas estas características c o n s t i t u y e n u n a parodia perfecta d e l personaje d e l C i d .

NOTA

TEXTUAL

L a e d i c i ó n p r í n c i p e pertenece a la P A R T E T R E I N T A Y / DE COMEDIAS NVEVAS / DE LOS MEIORES

NVEVE

INGENIOS

D E / E S P A Ñ A / editada en M a d r i d p o r J o s e p h F e r n á n d e z de B u e n d í a en 1673 y dedicada a D . J o s e p h de M e n d i e t a ; o c u p a las p á g i n a s 276¬ 92; el texto se e n c u e n t r a en buenas c o n d i c i o n e s . H e manejado el e j e m plar de la B N M R 2 2 6 9 2 . L a n o m b r a r é en adelante c o n la abreviatura PR. E l texto de esta e d i c i ó n es b u e n o ; hallamos escasas erratas que

en-

m i e n d o en m i texto (por ejemplo, en el v. 373 lee «dezidle» c u a n d o la r i m a c o n «tilde» exige la f o r m a «decilde»; v. 481 todos los editores i n c l u i d o P R ofrecen « t r o c h i m o c h i » e n lugar de « t r o c h i m o c h e »

que

resulta la lectura adecuada p o r su r i m a c o n « n o c h e » ) . En

1681

fue

p u b l i c a d a c o n a t r i b u c i ó n a A g u s t í n M o r e t o en

su

Tercera parte de Comedias, en M a d r i d p o r A n t o n i o de Zafra, c o n el t í t u l o de Las travesuras del Cid, burlesca, en las p á g i n a s 2 6 0 - 7 8 ; se halla en la B N M c o n signaturas T 9107 y T 1 4 9 7 3 . L a c i t a r é p o r T. T d e p e n d e de P R (en v. 313 l e e n ambas « r e m e d i o os q u i e r o » m i e n tras que S E , U

1

7

l e e n « r e m e d i o q u i e r o » ; e n el v. 342 P R y T dan « c o n -

tra b o n o s m o r o s » ; S E , U

«en c o n t r a los m o r o s » ; en el v. 355 P R y T

l e e n «el e s p a c i o » d o n d e S E , U ofrecen « e s p a c i o s o » . . . ) . Presenta una serie de diferencias respecto a P R que n o h a n t e n i do c o n t i n u a c i ó n en las ediciones posteriores, que

remontan a P R .

A l g u n o s ejemplos: en los vv. 7 y 8 lee el i n c o m p r e n s i b l e « C a n t ó s e la n a v i d a d / en M a s t i n e s » en lugar de « C a n t ó s e la n a v i d a d / en

maiti-

nes»; o m i t e el v. 21 que sí aparece en los d e m á s testimonios; sustituye en el v. 59 « d e s c u i d o » de P R p o r « c u i d a d o » ; en el v. 2 2 0

17

Ver infra para estas otras ediciones.

«orbe

LAS MOCEDADES

44

DEL CID

p r e g o n a » pasa a ser e n T « o r b e t o d o p r e g o n a » ; en el v. 2 5 2 «El p r i m o ha e n t r a d o » se c o n v i e r t e en T en «El p r i m e r o e n t r ó » ; e n el v. 678 T escribe «solo» en vez de « n o b l e » . C o n t i e n e , a d e m á s , numerosas erratas m e c á n i c a s : v. 321 «Pnes» («Pues»), v. 9 1 0 «agnardas» («aguardas»), v. 1009 « m u n d » ( « m u n d o » ) , etc. Y a en el p r i n c i p i o d e l siglo x v m v u e l v e a ser editada en u n a s u e l ta c o n el t í t u l o de Las mocedades del Cid, burlesca, de D . J e r ó n i m o de C á n c e r y Velasco; es el n ú m e r o 21 de las de F r a n c i s c o de Leefdael en Sevilla, sin a ñ o , y consta de veinte p á g i n a s ; he manejado los e j e m 1 8

plares que llevan la signatura T 5 6 8 6 y T 1 4 7 8 5 - 1 7 , ambas de la B N M ; la n o m b r a r é S E . E n t r e los dos ejemplares solo se detecta u n a v a r i a n te que tiene lugar e n el v. 231 « a r r o y u e o l » en T 1 4 7 8 5 - 1 7 p o r « a r r o y u e l o » e n T 5 6 8 6 . Esta e d i c i ó n d e p e n d e directamente de P R . P r ó x i m a a S E es otra suelta sin datos de i m p r e s i ó n que se c o n s e r va e n la B N M , c o n la signatura U 9 3 5 2 . Presenta u n aspecto algo d e t e r i o r a d o . Hasta la p. 9 el texto se d i s p o n e en dos c o l u m n a s , a partir de la n o v e n a aparece en tres c o l u m n a s . L a ú l t i m a p á g i n a (p. 12) v u e l ve a la d i s p o s i c i ó n en dos c o l u m n a s . Lecturas c o m u n e s e n S E y U que n o aparecen en las anteriores son: v. 53 «Ya que á esso te d i s p o nes» en lugar de la lectura de P R y T « P u e s ya que a eso te d i s p o nes»; e n el v. 2 3 9 « a l e g a t o r i a » p o r «alegoría» de P R ; e n el v. 4 5 5 « a l m o z a r » frente a « a l m o r z a r » de P R y T ; en el v. 528 «zahar» en l u gar de «azahar» de P R y T, etc. E n U faltan los versos 2 7 1 - 7 6 que sí se e n c u e n t r a n en S E p o r l o que p u e d e deducirse que U es p o s t e r i o r a SE

1 9

a la que p r o b a b l e m e n t e t o m a de m o d e l o , i n t r o d u c i e n d o a l g u -

nas nuevas alteraciones: v. 432 «yo e m b i a r é » en lugar de «yo le e n v i a ré» de las restantes ediciones, en el v. 506 «nada» frente a «nadie», en el v. 5 7 0 «hallé» p o r «halló», en el v. 9 9 3 «alma» e n vez de «al a r m a » , etc. Hasta ahora tenemos, p o r tanto, la p r í n c i p e c o m o m o d e l o final de todas las ediciones antiguas, de las cuales U parece c o p i a r a S E .

Francisco Van Leefdael fue un impresor cuya fecha de actividad editorial se desarrolló entre los años 1700-1717 (ver Delgado Casado, 1996) en Sevilla. Hasta 1706 estuvo instalado en la calle de Vallestilla, de donde marchará a otros lugares. Huerta Calvo considera también que U (en su estudio la llama D) es «posiblemente posterior» a la de Sevilla, fechada, según él, en 1717. 18

19

NOTA TEXTUAL

45

M o d e r n a m e n t e contamos c o n la e d i c i ó n c o o r d i n a d a p o r H u e r t a C a l v o p u b l i c a d a e n Cuadernos para Investigación

de la Literatura

Hispánica,

n ú m . 2 3 , 1998, pp. 2 4 3 - 9 7 . C o n s t a de estudio i n t r o d u c t o r , aparato de variantes, b i b l i o g r a f í a y u n a sucinta a n o t a c i ó n al texto. L a l l a m a r é S. T o m a c o m o base S E , que m e parece p e o r que P R (por e j e m p l o en 2 0

los vv. 6 5 8 - 5 9 S E , U y S l e e n « P o r q u e h a r é i s u n casamiento / c o n el fuego de sí m i s m o » en lugar de « P o r q u e h a r é i s u n casamiento / c o n el suegro de sí m i s m o » de P R , e l i m i n a n d o el chiste absurdo en a l u s i ó n a su parentesco; en el v 1063 S E , U y S c o p i a n « b a r b e r o » p o r « b o r d a d o r » de P R , lectura correcta, en r i m a c o n « r i g o r » . . . ) . S recoge en ocasiones lecturas procedentes de otros testimonios distintos de S E , c o m o o c u r r e en la a c o t a c i ó n i n i c i a l , c o p i a d a de T : «Sale Jimena tiéndose con acompañamiento a P R «Salen Jimena

vis-

y músicos» d o n d e el resto de editores siguen

vistiéndose,

músicos y criados con los guantes y el pa-

ñuelo y un espejo». A d e m á s , S c o p i a de U en el v. 335 «infiel» d o n d e los d e m á s l e e n c o n diéresis «fiel» que hace m e j o r sentido; e n el v. 1170 «está a» frente a «estará» d e l resto de ediciones; en el v. 1216 « p o d e roso» p o r « p e n o r o s o » , etc. P o r ú l t i m o , S recupera de P R lecturas correctas c o m o e n v. 216 (S c o r r i g e «saber» de S E y U c o n «favor» de P R y T p o r q u e r i m a c o n « a m o r » ; pero e n el v. 2 3 9 S E y U d a n «alegatoria» e n lugar d e l c o rrecto «alegoría» para facilitar la r i m a c o n «astrología»). D e t o d o ello d e d u z c o el siguiente estema, que c o i n c i d e en l o general c o n el de S, salvo que este plantea la existencia de a l g ú n testim o n i o i n t e r m e d i o y d e s c o n o c i d o m o d e l o de U , que n o m e

parece

necesario, dado que n o existen variantes sustanciales que l o requieran: PR

S Huerta Calvo, 1998b, p. 260.

46

LAS MOCEDADES

DEL CID

LISTA D E VARIANTES

PR

C O M E D I A FAMOSA. / LASM O C E D A D E S D E L CID, / B V R L E S C A . / Fiesta que se representó Martes

de /

Carne\tolendas.

/

DE

a \us

DON

Mage\taáes GERONIMO

/ PERSONAS Q V E H A B L A N E N ELLA. /

CANCER.

[Las dramatis personae dispuestas e n c i n c o c o l u m n a s . E n la primera:] Ximena.,

El Cid.,

da:] Diego Lainez.,

Embaxador.,

Conde Lozano.; Flora.;

[en la s e g u n -

[en la tercera:] Rey

Cojme., Su Muger., I. Mugen; [en la cuarta:] 2. Muger., Sancho.; [y en la quinta:] Moros., Acompañamiento. IORNADA PRIMERA. T

COMEDIA

Mu\ica.

y

/

/

FAMOSA. /

LASTRAVESVRAS DEL

C I D , B V R L E S C A . / DE DONAGVSTIN

MORETO.

/

PERSONAS Q V E H A B L A N E N ELLA. Ximena.

Vn Embaxador.

El Cid.

Florín.

Músicos.

El Conde Lozano.

El Rey.

Criados.

Diego SE

Sancho.

Lainez.

LAS MOCEDADES

D E L CID, / BVRLESCA. / C O -

M E D I A / F A M O S A , / Fie\ta que \e reprejentó a \us des / Martes de Carne\tolandas. CANCER.

/ DE DON

Mage\ta-

GERONYMO

/ H a b l a n en ella las Perf onas Jieuientes. /

[Las dramatis personae dispuestas en c i n c o columnas. E n la p r i mera:] Ximena., Diego Lainez.,

El Cid.,

[en la segunda:]

Conde Lozano.;

Embaxador., Flora.; [en la tercera:] Rey

Su Muger., I. Muger.; [en la cuarta:] 2. Muger., Mujica., [y en la quinta:] Moros., Acompañamiento. JORNADA U

Coime., Sancho.;

/

PRIMERA

LAS MOCEDADES

D E L CID. / C O M E D I A

/

BUR-

L E S C A / FIESTA Q V E SE R E P R E S E N T Ó A SVSM A ¬ GESTADES, GERONYMO Jiguientes. /

/ M a r t e s de C a r n e j t o l e n d a s . / CANCER.

DE

DON

/ H a b l a n e n ella las perjonas

NOTA TEXTUAL

47

[Las dramatis personae dispuestas e n c i n c o c o l u m n a s . E n la primera:] Ximena., da:] Diego Lainez.,

El Cid.,

Conde Lozano.;

[en la s e g u n -

Embaxador., Flora.; [en la tercera:]

Rey., Su Muger., I. Muger.; [en la cuarta:] 2. Muger., Sancho.; [y e n la quinta:] Moros., Acompañamiento. JORNADA S

Mujica., /

PRIMERA

LAS MOCEDADES MEDIA

Co\me,

D E L CID, / B U R L E S C A . / C O -

/ F A M O S A . / Fiesta que se r e p r e s e n t ó a sus

M a j e s t a d e s / M a r t e s de C a r n e s t o l e n d a s . /

DE D O N

J E R Ó N I M O D E C Á N C E R . / Hablan en ella las personas siguientes: Jimena.

S u mujer.

El Cid.

1 Mujer.

C o n d e Lozano.

2 Mujer.

Diego Laínez.

Música.

Embajador.

Sancho.

Flora.

Moros.

R e y Cosme.

Acompañamiento.

A c o t . i n i c i a l Salen Jimena el pañuelo ñamiento I atrib.

vistiéndose,

músicos y criados con los guantes y

y un espejo] Sale Ximena

vistiéndose,

con acompa-

y Músicos T, S

M ú s i c o s ] falta l o c u t o r en P R , T , S E , U , S

3

consiente] consientes T

8

maitines] M a s t i n e s T

I I atrib.

I

12

Dadme] Dame T

1 3 atrib.

2 M U J E R ] 2 P R , S E , U , S; Criad. T

A

M U J E R ] 1 P R , S E , U , S; Criad. T

A

15

este] esse S E , U

1 6 acot.

Dale con el pañuelo

en la cara.] Tírale el pañuelo,

y dale en los

ojos. T 16

e] l o S E , U , S

1 8 atrib.

I

18

la]leT

A

M U J E R ] 1 P R , S E , U , S; Criad. T

20

literal] natural T

21

2 M U J E R : E n t o d o la satisfaces] verso o m i t i d o en T ; a t r i A

b u i d o a 2 en P R , S E , U , S

48

LAS MOCEDADES

24

Esa] E s o S E , U , S

26

Flora] o m i t i d o en T

27

ese] este T

29

muy] m n i U

33 atrib.

I

37

resiste] resisto T

38

que] qne S E

a

MUJER]

DEL CID

1 P R , S E , U , S; Criad.

T

43 acot.

queda] quede T

47

cuando] quanto P R , S E , T

52

escribirle] escrevirle S E

53

Pues ya que a eso te dispones] Y a que á esso te dispones

59

descuido] c u i d a d o T

62 acot.

Jimena y sale] Jimena.

S E , U ; Y a que a esto te dispones S Salen S

quedase S E , U

62 acot.

quédame]

62 acot.

paño] paño

69

penetra] penetras P R , T, S E , U , S

73

Y a he escrito] Yá escrito P R , T, S E ,

T

78

satisfecha] satisfechas T

79

fechas] fecha S E , U ; la fecha S

80

que] de S E , U , S

Carta

en P R , T, S E , U a ñ a d e n « C o n d e » c o m o f i r m a de la carta

93

conmigo] commigo U

94

A d o n d e ] A d nde T

95

tenías] t e n í a i s S E , U

102

q u e r é i s ] quieres S E , U

110

traidora] traidor U

116

menos] m e n n o s U

121

fe] fee T

130

oíllo] o í r l o S E , U

133

eso] esto S E , U

149

R O D R I G O : A hablar] H a b l a r P R ; H a hablar T, U

157

esa] esta T

170

quistión] question S E , U , S

196 acot.

Vanse los dos.] Vans. U

206

conmigo] commigo U

211

hallen] hallan P R , T , S E , U , S

216

favor] saber S E , U

220

orbe pregona] orbe t o d o p r e g o n a T

NOTA TEXTUAL

239

a l e g o r í a ] alegatoria S E , U

2 4 6 acot.

a tiento, y sale] tiento. Sale S

252

E l p r i m o ha entrado] el p r i m e r o e n t r ó T

253

obscuras] oscuras S

2 6 3 acot.

sale] salen S

271-276

Faltan e n U

297

fe] fee T

313

r e m e d i o os quiero] r e m e d i o q u i e r o S E , U , S

316

la] le S E , U

321

Pues] P n e s T

321

y o la] ya le S E , U , S

3 2 6 atrib.

MUJER]

326

fatiga] f tiga T

330

casa] cas P R

l:

332

atrib.

MUJER]

I U

334

atrib.

MUJER]

I U

49

Ap.U

335

fiel] i n f i e l U , S

338

váyase] vay se T

339

guardalle] guardarle S E , U

342

c o n t r a b o n o s moros] e n c o n t r a los M o r o s S E , U , S

3 4 3 acot.

Sale un moro] Sale el moro U ; aparece desplazado al v. 3 4 5

3 4 5 atrib. M O R O ] S i n i n t e r l o c u t o r U 349

así] assii T

355

el espacio] espacioso S E , U , S

369

conmigo] commigo U

373

decilde] d e z i d l e P R , T , S E , U , S

383

gamas] gamos T

394

b ú f a l o s ] B u f los T

425

decir] d i z i r S E

432

y o le e n v i a r é ] y o e m b i a r é U

438

le] l o S E , U

4 4 1 acot.

Vanse.] N o aparece e n S E , U

4 4 9 atrib. J I M E N A ] V I M . S E 450

fe] fee T, S E , U

455

almorzar] a l m o z a r S E , U

463

defeto] defecto P R , T , S E , U , S

471

Quitado] Quítate SE, U , S

481

t r o c h i m o c h e ] t r o c h i m o c h i P R , T, S E , U , S

4 8 5 atrib.

M ú s i c o s ] falta l o c u t o r e n P R , T , S E , U , S

50

LAS MOCEDADES

DEL CID

496

p o r esta reja u n amigo] p o r esta v n rexa v n a m i g o P R ; p o r

506

nadie] nada U

esta rexa de u n a m i g o U ; p o r esta reja a u n a m i g o S 509

considera] considerar S E , U , S

521

le] l o S

525

Lleva lindo] Lleva v n lindo S E , U , S

528

azahar] zahar S E , U

534

promptitud] prontitud S

536

Jimena] X i m e u a

538 acot.

Bébele] Bebe T, U

U

557

no] u o T

564

a andar] andar P R , T, S E , U

570

halló] hallé U

575

baptizasteis] bautizasteis S

593

quieres] q u e r é i s U

604

m e he h e r i d o ] m e h e r i d o P R , T

608

eso] esto S

620

heredalla] heredalle S E , U , S

626

escucha] e s c ú c h a m e

627

vení] venid S E , U , S

635

A l g ú n ] A l S E , S; E l U

6 3 9 acot.

Sale Diego Laínez.]

U

Sale Lai. U

6 3 9 atrib. L A Í N E Z ] N O aparece U 642

fe] fee T

651

conmigo] commigo U

654

b o d a ha ajustado] b o d a ajustado

659

suegro] fuego S E , U , S

663

conmigo] commigo U

PR

664

Castigalde] Castigadle S E , U , S

677

y de deshonra] y deshonra S

678

noble] solo T

699

Esta] Es U , S

707

propia] p r o p r i a S E , U

709

le d é muerte] le d é la m u e r t e P R , T, S E , U

727

que m u y b u e n p o r q u é te espera] la promessa que te espera U

728

y]

738

obscuro] oscuro S

747

famosa mezcla] famosa la m e z c l a S E , U , S

e U

NOTA TEXTUAL 761

conmigo] commigo U

767

enterrarme] e n t é r r a m e U

7 6 9 acot.

Vase] Vanse P R

796

el] e n S E , U , S

803

donde] d nde T

812

aquesta] aquessa S E , U

815

R O D R I G O ] R é p l i c a a t r i b u i d a al c o n d e P R y T

817

CONDE]

821 atrib.

C A Z A D O R 1] falta l o c u t o r e n P R , T , S E , U , S

SANCHO S

822 atrib.

C A Z A D O R 2] falta l o c u t o r e n P R , T , S E , U , S

822

maleza] m leza T

825

lese] Jese U

829 atrib.

C A Z A D O R 1] 1 P R , T , S E , U , S

831 atrib.

C A Z A D O R 2] 1 P R , T , S E , U , S

833 atrib.

C A Z A D O R 2] 2 P R , T , S E , U , S

835 atrib.

C A Z A D O R 2] 2 P R , T , S E , U , S

837 atrib.

C A Z A D O R 1] 1 P R , T , S E , U , S

8 4 0 atrib.

C A Z A D O R 2] 2 P R , T , S E , U , S

841 atrib.

C A Z A D O R 1] 1 P R , T , S E , U , S

843 atrib.

C A Z A D O R 2] 2 P R , T , S E , U , S

845 atrib.

C A Z A D O R 1] 1 P R , T , S E , U , S

846 atrib.

C A Z A D O R 2] 2 P R , T , S E , U , S

849 atrib.

C A Z A D O R 2] 2 P R , T , S E , U , S

849

miralda] m i r a d l a S E , S

849-50

m i r a l d a , / se está fuerte] n o aparece en U

853 atrib.

C A Z A D O R 1] 1 P R , T , S E , U , S

855 atrib.

C A Z A D O R 2] 2 P R , T, S E , U , S

857 acot.

desnuda, su padre] desnuda y su padre S E , U , S

862

venisteis] vinisteis S

867 atrib.

C A Z A D O R 2] 2 P R , T , S E , U , S

889

Pues] P es U

895

decilde] dezidle S E , U , S

896

que se ponga] que p o n g a S E , U , S

899

cojo las manos] cojo a las manos S E , U , S

905 atrib.

S O L D A D O 1] 1 P R , T , S E , U , S

905

s e ñ o r ] senot S E

908 atrib.

S O L D A D O 2] 2 P R , T , S E , U , S

910

aguardas] agnardas T

911 atrib.

S O L D A D O 1] 1 P R , T , S E , U , S

51

52

LAS MOCEDADES

913 atnb.

SOLDADO

915

te] se S

1]

1 PR,T,

DEL CID

SE, U , S

9 2 0 atrib. S O L D A D O 1] 1 P R , T , S E , U , S 921

esas] estas T, U

9 2 2 atrib. S O L D A D O 2] 2 P R , T , S E , U , S 9 2 4 atrib.

SOLDADO

1]

1 PR,T,

SE, U , S

9 2 8 atrib. S O L D A D O 1] 1 P R , T , S E , U , S 929

Q u i é n c o n tal] Q u i e n tal S E , U

931 atrib. S O L D A D O 2] 2 P R , T, S E , U , S 931

E l C i d es, que n o es nada] E l C i d es, ai que n o es nada T ;

932

Entregádmela] Antregadmela S E , U

E l C i d , que n o es nada S 936

y el sustento] y sustento S E , U , S

938

asedio] essedio U

9 5 8 atrib. S O L D A D O 1] 1 P R , T , S E , U , S 9 6 0 atrib. S O L D A D O 2] 2 P R , T, S E , U , S 972

eso] esto T

974

Y a he e n t e n d i d o ] Y a e n t e n d i d o P R , T , S E , U ; Y a e n t i e n d o

977

pena] penas P R , T, S E , U , S

988

Cid] C i U

9 9 2 atrib.

SOLDADO

992

y la caja] y caxa S E

993

al arma] alma U

1]

1 PR,T,

SE, U , S

9 9 4 atrib. S O L D A D O 1] 1 P R , T , S E , U , S 1002

quedan] q u e d a d

U

1004 atrib. S O L D A D O 2] 2 P R , T , S E , U , S 1004

se] le S

1009 atrib. S O L D A D O 1] 1 P R , T , S E , S; 2 U 1009

mundo] m u n d T

1009

su] tu S

1013

seta] Secta U , S

1019

competente]

competenre

U

1020 atrib. S O L D A D O 1] 1 P R , T , S E , U , S 1022 atrib. S O L D A D O 2] 2 P R , T , S E , U , S 1027

que] q e T

1034

sentado] assentado S E , U

1063

bordador] barbero S E , U , S

1064

¿ q u é es esto?] que esto S

NOTA TEXTUAL

53

1067 a t n b . L o s 2 C R I A D O S ] L O S 2 P R , T , S E , U , S

1069

aceitunas] azeytuna T

1073

cataplasmas] cataplasmar S E , U

1085

decí] decid S

1094

p o r mal] p o r m i m a l U

1099

desde] d sde T

1117

chapín] chepin U

1121

u dé] hunde S

1123

menos] m e n o r T, S E

1127

propio] proprio S E , U

1138

í r é m e a aquel] Ireme aquel P R , S E , U , S

1142

Yo, invicto R e y ] Invicto R e y S E , U

1164

linda] landa S E , U

1167

tu] su S

1170

estará] está a U , S

1175

atendedme] atended S E , U

1176

los dos campos] los campos S E , U

1177

represento] reprento S E , U

1179

adredemente] ad e d e m e n t e U

1187

tropas le acometo] m i s tropas a c o m e t o S E , U , S

1188

turbóse] torbóse SE, U

1189

desta] de esta S

1202

fuerte] fuert S

1205

tan alto] tanto U

1207

le] se T, S E , U

1216

penoroso] p o d e r o s o U , S

1222

y a fin] y al fin T, S E , U

1226

fe] fee T

1227

moro] M o z o S E , U

1248

ansí] assi U , S

1249

Grande] G r a n T

1251

sea lugar] sea el lugar S E , U , S

1252

c e ñ i d ] C é n i t T, S E , U , S

1255

mocedades] Travesuras T

Colofón

E n P R , SE y U

figura

la palabra « F I N » y en T y S n o .

SINOPSIS

MÉTRICA

Jornada I Versos

Forma métrica

Núm.

de versos

1-4

versos sueltos

5-80

redondillas

4 76

81-84

cuarteta

4

85-148

redondillas

64

149-202

romance - ó

54

203-440

redondillas

238

Total

440

J o r n a d a II Versos

Forma métrica

441-484

redondillas

Núm.

44

485-488

romance é-a

4

489-548

redondillas

60

549-600

romance - ó

52

601-703

redondillas

103

704-828

romance é-a

125

829-904

redondillas

76

Total

de versos

464

J o r n a d a III Versos

Forma métrica

905-963

r o m a n c e á-a

Núm.

de versos

964-1091

redondillas

128

1092-1135

romance -í

44

1136-1175

redondillas

40

59

1176-1223

octavas reales

48

1224-1255

redondillas

32

Total

35í

56

LAS MOCEDADES Forma

Jörn.

I

DEL CID

Jörn.

II Jörn.

III

Total

métrica Romance

54

181

103

Redondillas

378

283

200

861

48

48

Octavas reales

338

Cuarteta

4

4

Versos sueltos

4

4

Porcentajes

Jörn.

I

Jörn.

II Jörn.

III

Total

Romance

12,27

39,01

29,35

Redondillas

85,90

60,99

56,98

68,61

13,67

3,82

Octavas reales

26,93

Cuarteta

0,90

0,32

Versos sueltos

0,90

0,32

COMEDIA LAS

FAMOSA

MOCEDADES

DEL

CID,

BURLESCA. FIESTA Q U E SE R E P R E S E N T Ó A S U S M A J E S T A D E S MARTES DE CARNESTOLENDAS. DE D O NJERÓNIMO

CÁNCER.

Personas que hablan en ella: Jimena. El

Cid.

Conde

Lozano.

Diego

Laínez.

Embajador. Flora. Rey

Cosme.

Su mujer. I mujer. a

2 mujer. a

Música. Sancho. Moros. Acompañamiento. JORNADA

PRIMERA

Salen Jimena vistiéndose, y el pañuelo Músicos

músicos, y criados con los guantes

y un espejo.

{Cantan.) Tres días ha c o n hoy, s e ñ o r a ,

v. 1 Músicos: en P R estos versos no aparecen atribuidos a ningún interlocutor.

58

LAS MOCEDADES

DEL CID

que n o te he visto; t ú mientes, c o r a z ó n que tal consiente. ¡ O h , fuego de Jesucristo! JIMENA

N o es m u y mala la letrilla; p r i m o r tiene y suavidad.

FLORA

C a n t ó s e la N a v i d a d en maitines.

JIMENA

L a golilla.

FLORA

P ú s o s e l a u n p o c o antes t u padre, h a b r á m á s de u n h o r a .

I

a

MUJER

¿ Q u i e r e s lavarte, s e ñ o r a ?

JIMENA

D a d m e p r i m e r o los guantes.

2

E l pañuelo.

a

10

MUJER

JIMENA

Y a te m i r o ; que está arrugado recelo. T í r a m e t ú este p a ñ u e l o . Dale con el pañuelo

15

en la cara.

v. A fuego de Jesucristo: fuego de Dios o de Cristo: «Especie de interjecciones con que se exclama la magnitud, abundancia o extrañeza de alguna cosa» (Aut); cfr. Darlo todo, v. 936: «¡Fuego de Dios, cómo encajas!»; Desdén, v. 2397: «¡Fuego de Dios en tu lengua!». v. 5 letrilla: «Tómase c o m ú n m e n t e por la composición poética de versos pequeños, que suele ponerse música» (Aut); cfr. Angélica, vv. 1920-24: « D O N CUAL: N o es la letrilla ordinaria, / pardiez. D O N FULANO: A fe que no es / su composición bastarda, / sino legítima, pues / tan bien suena a la venganza». v. 8 en maitines: «Hora nocturna de las que canta la Iglesia católica, regularmente de las doce de la noche abajo» (Aut). Es obvio que esa letrilla no es pertinente para maitines algunos. v. 8 golilla: «Cierto adorno hecho de cartón, aforrado en tafetán u otra tela, que circunda y rodea el cuello» (Aut); cfr. Comendador, vv. 45-48: «Ea, dame la golilla / HERNANDILLO: Baja, que ponella quiero. / COMENDADOR: ¿Hay más bravo majadero? / Ponía aquí, en la pantorrilla». v. 10 un hora: la forma apocopada de una es habitual en el periodo que nos ocupa; cfr. Olmedo, vv. 1101-1102: «Dejad que me dé la muerte, / aunque sea por un hora». vv. 11-13 I M U J E R . . . 2 MUJER: en P R , SE, U y S «I» y «2»; regularizo, como en los siguientes versos en los que aparezcan dichos interlocutores. A

a

TEXTO DE LA COMEDIA

FLORA

Y a , s e ñ o r a , te le tiro.

JIMENA

N o he visto p r i m o r igual.

I

A

MUJER

JIMENA

B i e n merece que la alabes. T ú sola s e r v i r m e sabes e n sentido literal.

2

a

MUJER

JIMENA

59

20

E n t o d o la satisfaces. Espejo. Y a te le doy.

FLORA JIMENA

J e s ú s , q u é h e r m o s a que estoy!

FLORA

Esa es m e r c e d que nos haces.

JIMENA

D a r t e algo p o r el cortejo

25

quiero, F l o r a . Es escogido

FLORA

favor. JIMENA

P o n t e ese vestido que va dentro de ese espejo.

FLORA

Vendrame, según yo v i , m u y corto.

JIMENA

Pues, a n i m a l ,

30

tírale t ú , que el cristal es cosa que da de sí. I

A

MUJER

E n F l o r a , p o r varios m o d o s , carga el favor que y o p i e r d o .

JIMENA

Pero ahora que m e acuerdo,

35

v. 16 te le tiro: caso de leísmo muy habitual en la época; no lo anotaré. v. 25 Darte algo por el cortejo: parodia del tópico de los favores, el regalo de galas habitual en la literatura amorosa. vv. 27-28 Ponte ese vestido / que va dentro de ese espejo: en el género burlesco es frecuente encontrar la entrega de regalos ridículos a los criados; en esta ocasión Jimena le regala a Flora el reflejo de un vestido en un espejo, es decir, nada. v. 29 Vendrame: venir «Vale asimismo ajustarse o acomodarse o conformarse una cosa a otra, o una cosa con otra» (Aui). vv. 31-32 que el cristal / es cosa que da de si: disparate porque el cristal es un elemento rígido en absoluto flexible o maleable.

60

LAS MOCEDADES

DEL CID

idos y dejadme todos. ¡Loca estoy! ¡ Q u é m a l resiste el p e c h o el d o l o r que llora! FLORA

Pues, d i , ¿ q u é tienes, s e ñ o r a ?

JIMENA

B u r l a b u r l a n d o , estoy triste.

40

Idos o h a r é i s que m e ahorque; y tú, Flora, q u e d a t é . Vanse y queda Flora. FLORA

Pues d i m e ahora p o r q u é estas triste. Sé... , porque...

JIMENA FLORA JIMENA

Dilo. Q u i é r e m e casar

45

m i padre, ¡ah, tirano injusto!, c u a n d o y o he puesto m i gusto en R o d r i g o de V i v a r , y este a m o r fiero y c r u e l m e l o estorba c o n v i o l e n c i a ,

50

y así, si m e dais l i c e n c i a , q u i e r o escribirle u n papel. FLORA

Pues ya que a eso te dispones, d i m e , p o r tu v i d a , ahora, ¿sabes escribir?

JIMENA

N o , Flora,

55

pero estos son seis renglones.

v. 40 burla burlando: «Modo de hablar con que se significa el disimulo artificioso con que uno procede cuando emprende algún intento arduo o malicioso, que parece lo toma como cosa de burlas y se encamina a las veras» (Aut). E n Correas, n ú m . 4031: «Burla burlando, vase el lobo al asno»; y explica que «Burla burlando es muy usada frase para decir en modo de burla, y en día de juego con disimulación, y como sin echarlo de ver». v. 42 quedaté: licencia métrica muy usual. v. 47 cuando: en la príncipe «cuanto». v. 51 si me dais licencia: el tópico del mundo al revés en esta ocasión se manifiesta cuando la señora pide licencia a la criada.

T E X T O DE LA COMEDIA

FLORA JlMENA

61

¿ N i leer? Fuera lisonja: n i leer t a m p o c o sé.

FLORA JIMENA

¿ C ó m o ese d e s c u i d o fue? C r i á r o n m e para m o n j a .

60

M i a m o r escribir pretendo. Pónese a escribir Jimena

y sale el conde Lozano, su padre,

y don Sancho; y quédame CONDE

al paño.

E n t r a , s o b r i n o , tras m í , pero detente, que allí está J i m e n a e s c r i b i e n d o .

SANCHO

E l c o r a z ó n n o reposa.

65

¿ A q u e s t a es la recatada?, ¿si acaso está enamorada? CONDE

Sí h a r á , que es m u y laborosa.

SANCHO

T o d o el p e c h o m e penetra. ¡ Q u e esto haya llegado a ver!

CONDE

70

¿ P u e s veis?, n o p u e d o creer que ella escriba de su letra.

JIMENA

Y a he escrito l o que c o n v i e n e , ahora la fecha p o n g a m o s : ¿sabes a c u á n t o s estamos?

FLORA JIMENA

75

A cuatro d e l mes que v i e n e . Esa es m e n t i r a i n h u m a n a y así p o n d r é satisfecha, p o r q u e sepa el d í a y fecha, u n d í a antes que m a ñ a n a .

80

Acot. v. 62 al paño: escondidos tras la cortina que cubría la fachada del escenario; recurso convencional muy frecuente. v. 68 laborosa: 'laboriosa'; la rima asegura la forma que imprimo; no hace falta subrayar lo absurdo del diálogo. v. 69 penetra: en P R y en el resto de los testimonios se lee «penetras» pero la rima con letra exige la enmienda, que es además necesaria para el buen sentido. v. 73 Ya he escrito: en P R y T «Ya escrito»; S enmienda. v. 80 un día antes que mañana: perogrullada típica.

62

LAS MOCEDADES

DEL CID

L e lleva, ¡ o h , R o d r i g o

fiel!,

pues, este, F l o r a , al m o m e n t o . CONDE

Infame, suelta el papel.

JlMENA

¿ P u e s tan m a l le represento? C i e r t o que desde p e q u e ñ o ,

85

padre, h a b é i s sido m a l d i t o . O y e , p o r D i o s , que está escrito;

CONDE

ahora es m a y o r el e m p e ñ o . D i c e así: Lee. « R o d r i g o de V i v a r , d u e ñ o m í o , sácale a este papel p o r buenas palabras l o que te escribo en él, y sabrás el a h o go en que estoy M i padre m e casa y, habiendo h e c h o diligencias, he sabido que es c o n u n h o m b r e . H o l g a r e m e que sea c o n otra persona p o r l o que l o has de sentir. D i o s te g u a r d e » . V i l , infame, ¿a m i e n e m i g o le hablas tan tiernamente? ¿ T ú papel, hija

90

prudente?

vv. 81-82 Hipérbaton jocoso, común en la comedia burlesca como burla de los cultistas y para conseguir la rima que se busca; este se refiere al papel que ha escrito; cfr. Castigar, v. 1215: «por esas del jardín rejas». De todas maneras es sospechoso que estos dos versos rompan con la tirada de redondillas, formando una cuarteta junto con los dos siguientes; si enmendásemos el texto quizá quedaría más legible y quizá nos acercáramos más a la lectura verdadera: «Pues este, Flora, al momento / le lleva. ¡Oh, Rodrigo fiel!». Pero no me consta con total seguridad. Elija el lector. vv. 83-84 papel: chiste dilógico en el que por un lado significa 'carta, escrito' y por otro 'la función que desempeña la actriz en la obra'. Este tipo de guiños metateatrales que rompen con la ficción propia de la comedia son muy abundantes en este género; ver los casos de El hermano, vv. 532-33: «A comer letuario / pues se acabó la jornada», o los que encontramos en Castigar, vv. 1232-33: «El lance es de comedia en lo apretado, / plegué a Dios que el coplero no haya errado», y vv. 2271-72: «¡Válgame Dios! En qué calma / está agora la comedia». La carta aparece en la edición príncipe firmada por el conde, lo cual no puede ser ya que el texto ha sido escrito por Jimena. vv. 90-91 Huerta Calvo cree en una posible elipsis de la preposición en, ya que lee 'a mi enemigo le hablas tan tiernamente [en] tu papel', pero prefiero la

T E X T O DE LA C O M E D I A

63

¡ Q u e esto e n g e n d r é y o c o n m i g o ! V e n e n o son sus razones. ¿A d ó n d e , m u j e r errada, d i m e , t e n í a s guardada

95

esta tinta? JlMENA CONDE

E n t r e algodones. H i j a aleve, este segundo pesar m e has q u e r i d o dar; h o y a q u í he de derramar tu sangre p o r t o d o el m u n d o .

SANCHO

¡ T e n e o s , c o n d e ! ¿ H a y tal porfía?

JlMENA

E n fin, ¿ m e q u e r é i s matar?

CONDE

L a m u e r t e a q u í te he de dar.

JlMENA

N o hagáis tal, p o r v i d a m í a .

CONDE

A q u e s t a espada t e ñ i d a

100

105

en tu sangre ha de v e n g a r m e . JlMENA

¿ A ú n porfías en m a t a r m e , s e ñ o r , j u r a d a m i vida?

CONDE

H o y probarás m i rigor, pues te he e n c o n t r a d o traidora.

SANCHO

110

N o la m a t é i s , t í o , ahora, que q u i z á n o está de amor.

CONDE

Sus libertades c o n d e n o , y ya n o te p u e d o ver; v e n acá, infame mujer,

115

¿ n o eres m i hija?

interpretación que propongo, que hace buen sentido y no requiere ninguna enmienda ni elipsis supuestas no justificadas. Basta puntuar y acentuar como indico. v. 96 Entre algodones: juego dilógico con la expresión tener o estar entre algodones: «Son modos de hablar para significar el regalo y delicadeza con que está criado y con que se le trata o quieren tratarle» (Aut) y la referencia a los algodones que se ponían en los tinteros para absorber la tinta excesiva tomada por la pluma e impedir que cayera un borrón. v. 116 menos: rima imperfecta porque la redondilla exige el final en -éno.

64

JlMENA CONDE

LAS MOCEDADES

DEL CID

Por lo menos. Pues, d i m e ahora, ¿ c ó m o , osada, c u a n d o te q u i e r o casar c o n t u p r i m o , a m i pesar t ú m e replicas e n nada?

120

A fe que si t ú supieras l o que eres, t ú callaras y a m i gusto te allanaras, y c o n m á s honras vivieras; pero m i l a b i o l o sella. JlMENA

D i m e l o que soy, p o r D i o s .

CONDE

A q u í para entre los dos,

125

s á b e t e que eres d o n c e l l a . JlMENA

A m u c h o , s e ñ o r , te atreves. ¡ C o n f u s a de o í l l o estoy!

130

¿ D o n c e l l a dices que soy? CONDE

A h í v e r á s l o que m e debes; en esto n o hay que dudar.

JlMENA

M u c h o el h á b i t o te estimo.

v. 121 A fe: «Modo adverbial para afirmar alguna cosa con ahínco o eficacia, que no llega a ser juramento, y equivale a por mi fe» (Aut); cfr. El rey don Alfonso, vv. 228-29: «Darasle un buey y un cabrón / (que a fe que no hay falta dellos)». v. 125 mi labio lo sella: alusión a la frase hecha cerrar los labios «que además del sentido recto explica callar, enmudecer y hacer callar» (Aut). v. 127 Aquí para entre los dos: expresión utilizada para encarecer el secreto de una conversación; cfr. Castigar, vv. 1885-86: «Pues con eso, ¿qué queréis, / aquí para entre los dos?»; Hamete, vv. 1639-40: «Aquí, para entre los dos, / no hay burlarse con señores». vv. 128-31 Chiste habitual en el género burlesco que consiste en que el padre le atribuye la condición de doncella sabiendo ella que no la merece; algunos ejemplos: Olmedo, vv. 1421-24: «REY: ¿Qué estado tiene la hermosa? / D O N PEDRO: Doncella, porque así os cuadre. / DOÑA ELVIRA: Ciégale el amor de padre, / que no porque en mí hay tal cosa»; Desdén, vv. 1602-1607: «DIANA: ¿Qué soy, padre? CONDE: ¿Qué? Doncella / de todos cuatro costados. / POLILLA: ESO sí. ¡Pléguete Cristo! / LAURA: Jesús, y qué honor tan alto! / CINTIA: Diana, ¿doncella eres / y estabas así callando?». v. 134 hábito: parece alusión jocosa al hábito de nobleza de las órdenes m i l i tares, como si el conde le hubiera nombrado «caballera la orden de la doncellez».

T E X T O DE LA COMEDIA CONDE

Q u e d o , n o l o o i g a tu p r i m o ,

65 135

que n o se q u e r r á casar. T u p r i m o Sancho, e n r i g o r , para tu m a r i d o elijo; esto i m p o r t a p o r q u e es h i j o de h e r m a n o m í o mayor. Mi

140

cabeza es y e m p i e z a

en él de n u e v o m i a u m e n t o . JIMENA

Pues, s e ñ o r , el casamiento se os quite de la cabeza.

CONDE

T U cabeza es, y pecas

145

e n n o seguir su i n t e r é s . JIMENA

Pues si m i cabeza es, t o m e a cargo mis jaquecas. Sale Rodrigo.

RODRIGO

A hablar a J i m e n a v e n g o , pero esta es fuerte

ocasión.

150

Allí está su padre. SANCHO

U n hombre entraba y se r e p a r ó .

CONDE RODRIGO

A q u í es menester p r u d e n c i a . ( A q u í es menester valor. ¡ Q u é i m p o r t a que sea su padre!

155

A hablalla resuelto estoy) Caballeros, si esa dama

vv. 141-47 Antanaclasis del término cabeza repetido en cuatro ocasiones y con diferente significado en todas ellas. E n el v. 141 cabeza quiere decir «Por extensión se llama el principio de alguna cosa» (Aut), en el v. 144 'mente', en el v. 145 «Se toma por el sujeto, individuo y persona de un hombre o mujer» (Aut) y por último en el v. 147 alude a 'la parte superior del cuerpo humano'. v. 150 ocasión: «Significa también peligro u riesgo» (Aut); cfr. Castigar, vv. 1792¬ 96: «Amor, / ¿no hiciste como el demonio, / metiéndole en la ocasión, / solamente porque en ella / pereciste?». v. 152 reparó: reparar «Significa también suspenderse u detenerse por razón de algún inconveniente o embarazo» (Aut).

66

LAS MOCEDADES

DEL CID

c o n q u i e n hablando los dos estáis n o os i m p o r t a m u c h o . . . CONDE RODRIGO

¿ Q u é es l o que escuchando estoy?

160

. . . y o v e n g o a hablarla y quisiera que os f u é r a d e s vos y vos y m e dejarais c o n ella, que esto es ya r e p u t a c i ó n .

CONDE

¿ Q u é r e p u t a c i ó n os va

165

c u a n d o y o su padre soy y ella sin d u d a es m i hija a falta de hijo v a r ó n ? RODRIGO

¿Su padre? ¿ Q u i é n os l o dijo?

CONDE

N o es para a q u í esa q u i s t i ó n ;

170

al R e y se l o preguntad, que él p o r hija m e la d i o . RODRIGO

F u e gran m e r c e d , pero ahora h a c e d m e de iros favor.

CONDE

A m í n o m e i m p o r t a nada

175

p o r q u e a u n q u e su padre soy n o estoy m u y e n a m o r a d o . RODRIGO

Pues, si c o m o d e c í s vos, n o es hija de m u c h o e m p e ñ o , ya que tan resuelto estoy,

180

os p o d é i s i r vos y S a n c h o . CONDE

L o que es p o r m í , ya m e v o y .

v. 170 quistión: forma habitual en la época; cfr. Lope, Fuenteovejuna, vv. 437-38: «Con la quistión / podéis ir al sacristán». vv. 171-72 La duda acerca de la paternidad se utiliza como elemento gracioso y ridículo en la comedia burlesca; en la edición de Huerta Calvo se sugiere la posibilidad de que aluda mediante una hipérbole al poder real, capaz de decidir sobre la paternidad de los hijos, que me parece no hace al caso. v. 174 hacedme de iros favor: hipérbaton jocoso. v. 179 empeño: «Significa asimismo deseo o amor eficaz de alguna cosa o persona y frecuentemente se toma por el objeto mismo del deseo o amor» (Aut).

TEXTO DE LA COMEDIA SANCHO

67

Y por m í , porque no quiero v e r m e en alguna o c a s i ó n .

CONDE

¿Pero m i honor?

SANCHO

¿ P e r o m i honra?

CONDE

V i v i r á atento desde hoy.

SANCHO

V i v i r á desde h o y atenta.

CONDE

P o r si e n c u e n t r o el agresor

185

de m i sospecha. SANCHO

Y si hallo el e s c r ú p u l o m e n o r ,

190

n o m e he de casar c o n ella. CONDE

¿ O y e s , Sancho? M i e n t r a s v o y a quejarme al R e y , ten cuenta c o n la hija y m i o p i n i ó n .

SANCHO

Seré u n Argos vigilante.

195

Adiós, Rodrigo. Vanse los dos. RODRIGO

Id c o n Dios. Hermosísima Jimena...

JIMENA

Baja, R o d r i g o , la v o z , n o sea que v u e l v a m i padre, que t e m o su c o n d i c i ó n .

RODRIGO JIMENA

200

L u e g o ha de entrar e n sospecha. ¿ Q u é sabes t ú si te v i o ahora? ¡Ay, hado e n e m i g o ! Y si te v i o , ha de volver.

v. 184 ocasión: ver la nota al v. 150. v. 190 escrúpulo: «vale duda que se tiene de alguna cosa, si es así o no es así, la cual trae a uno inquieto y desasosegado hasta que se satisface y entera de lo que es. Dícese particularmente en materias de conciencia» (Aut). v. 195 Argos: personaje mitológico que cien ojos, de los cuales cincuenta siempre estaban abiertos. Cfr. Cervantes, Entremeses, p. 204: «yo le pondré al galán en su aposento de vuestra merced y le sacaré, si bien tuviese el viejo más ojos que Argos, y viese más que un zahori». v. 201 Luego: «Al instante, sin dilación, prontamente» (Aut).

68

RODRIGO

LAS MOCEDADES

DEL CID

¿ V e r m e ? , ¿ c ó m o p u d o ser

205

si estuvo h a b l a n d o c o n m i g o ? Y d i m e (pierdo el sentido de verte tan asustada), ¿es de fiar esta criada? JlMENA

RODRIGO

JIMENA

RODRIGO

Sí, y h o y la he dado u n vestido.

210

E n t i tus criadas h a l l e n siempre franqueza tan brava. U n a m u j e r se hace esclava en t e n i e n d o que la callen. Y a m i ventura es sin tasa,

215

pues g o z o de tu favor.

JIMENA

Y d i m e , ¿ t i e n e s amor?

RODRIGO

P e r p e t u o y fino e n m i casa.

JIMENA

¿ Y es m i belleza m u y rara?

RODRIGO

E l orbe p r e g o n a

220

tu gran b e l d a d , y p e r d o n a el d e c í r t e l o e n la cara. E x t r a ñ a es tu p e r f e c c i ó n ; q u i e n la alaba es u n grosero, pero d e c í r t e l a q u i e r o

225

en u n a c o m p a r a c i ó n : ; n o has visto salir el sol

v. 210 la he dado un vestido: caso de laísmo, habitual en la época, v. 211 hallen: en P R y en el resto de los testimonios «hallan»; enmiendo apoyado en la rima. v. 214 Interpreto:'en teniendo algo que darle para que sea discreta, una m u jer se hace esclava de los deseos de quien le da algo'. v. 220 El orbe pregona: verso corto; probablemente falta «todo» («El orbe todo pregona»). vv. 227-38 Parodia la estructura típica de los monólogos amorosos con enumeraciones disparatadas e inconexas. Comp. Castigar, vv. 966-77: «¿No has visto cuando ladran las chicharras / por el mes de diciembre en estos cerros / encogerse las flores de los berros / y ensancharse las hojas de las parras? / ¿No has visto que no es ya tiempo de marras, / pues se casan los gatos con los perros, / que por yerro en Bilbao se hacen los yerros / y en Aragón los barros por las ba-

69

TEXTO DE LA COMEDIA

antes d e l amanecer y que e m p e z a n d o a l l o v e r se recata su arrebol?,

230

¿ n o has visto u n m a n s o a r r o y u e l o preso entre g r i l l o s de plata?, ¿y n o has visto entre u n a mata u n t í m i d o conejuelo?, ¿ n o has visto u n a v i d r i e r a ? ,

235

¿ n o has visto u n a mariposa?, ¿ n o has visto c u a l q u i e r a cosa? Pues t ú eres de esa m a n e r a . JlMENA

E s t i m o la a l e g o r í a . B i e n sabes encarecer

240

la b e l d a d de u n a mujer. RODRIGO

FLORA

E s t o es t o d o a s t r o l o g í a . ¡ A h , s e ñ o r , que siento pasos y es S a n c h o , p o r estas cruces! Pues si él es, m a t o estas luces.

RODRIGO

Aunque

245

no hay luces, hace que las mata y andan todos a

tiento, y sale don Sancho. ¡ A h , traidor! ¿Las luces matas? SANCHO

Y a n o has dejado u n r e s q u i c i o .

rras? / ¿ N o has visto cuando hilvana los hijares / con agujas de plata el dios Calixto / al atún de la hijada en esos mares? / D i si lo has visto ya». v. 244 por estas cruces: hace referencia a la acción de hacer la cruz con los dedos; parece ser que esta forma se origina abreviando una construcción típica para los juramentos como era: ¡Juro a Dios y a esta cruz!; cfr. Céfalo, vv. 794-97: «En cuanto a que busco / dama más hermosa, / es, por esta cruz, / mentira tan gorda». Acot. v. 246 La escena a oscuras es tópica en las comedias del Siglo de Oro, en este pasaje incluso ni existen luces que apagar. Parodia de las «comedias serias» de enredo donde se «mata» la luz cuando llega alguien; cfr. Castigar, vv. 1594¬ 96: «¿Qué es lo que escucho? ¡Soldados / de la guarda! La bujía / con el temor he matado. (Mata el candil sin querer.)»; Olmedo, vv. 486-90: « D O N ALONSO: Pues si estáis resuelto, / a buena luz la mirad, / porque aquesta luz no quiero. (Apaga la luz de un soplo.) D O N RODRIGO: ¿Qué has hecho, traidor? D O N ALONSO: Matarla / con valor y cuerpo a cuerpo». v. 246 matas: rima imperfecta porque la redondilla exige el final en -ásos.

70

LAS

MOCEDADES

DEL CID

FLORA

Traza fue de b u e n testuz.

SANCHO

E s t o de matar la l u z , n o h a b i é n d o l a , es bravo i n d i c i o .

RODRIGO

V e atentando.

FLORA

¡San M i l l á n ! E l p r i m o ha entrado rabiando.

SANCHO

Pues que se v a n atentando sin

250

d u d a a obscuras e s t á n .

RODRIGO

Y a n o nos p u e d e encontrar.

JIMENA

F a m o s a traza, p o r D i o s .

SANCHO

Y O b i e n los veo a los dos,

255

pero ello es fuerza atentar. RODRIGO

¿Hallas la puerta, mujer?

JIMENA

E S O m i t e m o r desea.

SANCHO

260

¡ A h , cielos, que y o los vea c u a n d o n o los p u e d o ver! Entrame tentando las paredes y sale el conde Lozano, Laínez

CRIADO

Diego

y un criado.

A esta pieza, caballeros, sale el R e y a dar a u d i e n c i a .

CONDE

H o y d e l R e y en la presencia,

265

L a í n e z , los desafueros d i r é de vuestro R o d r i g o . LAÍNEZ

¿ P u e s hay cosa que os aflija?

v. 248 testuz: sinónimo jocoso de cabeza, lugar donde se producen las ideas. v. 251 atentando: atentar quiere decir «Tocar alguna cosa con las manos, percibiendo por el sentido del tacto lo que es, como hacen los ciegos y los que andan por lugares obscuros y sin luz. Modernamente se dice tentar» (Aut); cfr. Cervantes, Quijote, I, 18: «Pero dame acá la mano, y atiéntame con el dedo, y mira bien cuántos dientes y muelas me faltan». v. 262 no los puedo ver: dilogía fácil con el sentido de 'odiar a alguien' y 'no poderlos ver por la oscuridad' (pero como no hay oscuridad los ve de todas formas).

TEXTO DE LA COMEDIA

CONDE

E n a m ó r a m e a m i hija.

LAÍNEZ

¿ Y eso

es c i e r t o ?

CONDE

LAÍNEZ

71

L O que

os d i g o .

270

¿ P u e s e n q u é os llega a ofender? ¿ P o r q u é vuestra v o z l o calla?

CONDE

P u d i e r a n o requebralla siquiera p o r ser mujer. 275

E l m e la pesca, y darse las m a n o s q u i e r e n m u y presto. LAÍNEZ

E l m u c h a c h o es m u y c o m p u e s t o ; n o será para casarse.

CONDE

Pues a l g ú n d í a v e r e m o s q u i é n es él y q u i é n soy y o .

LAÍNEZ

Quejaos dél por

sí o p o r

280

no;

pero el R e y sale, callemos. Sale el Rey y CRIADO

¡Plaza, plaza!

REY CRIADO

acompañamiento.

¿ H a y tal r u m o r ? ¡Plaza, plaza, n o r a m a z a ; plaza, plaza!

v. 275 pesca: pescar «Metafóricamente vale lograr u conseguir lo que se pretendía u lo que se anhelaba» (Aut); cfr. Lope, Servir a señor discreto, vv. 1081-84: «Valdría seis mil ducados. / ¿Hay aquí cien mil sobrados? / ¡Ventura fuera la mía / si con seis pescara ciento!»; es una expresión coloquial que quiere decir 'arrebatar, quitar'. v. 280 quién es él y quién soy yo: en la príncipe «quién es e»; tópico del «Soy quien soy», por el que el pertenecer a la nobleza llevaba consigo una serie de cualidades morales elevadas y un decoroso modo de comportamiento; cfr. El rey don Alfonso, vv. 787-88: «Ello una mano me cuesta, / mas yo mostraré quién soy»; Castigar, v. 1875: «porque siempre soy quien soy»; para más información sobre este tema ver el interesante artículo de Spitzer, 1947. v. 283 Plaza, plaza: «Voz repetida de que usan los guardias cuando sale el rey, u en otras ocasiones de gran concurso, que vale tanto como lugar, lugar; esto es: despejen, para que quede el camino libre» (Aut); cfr. Céfalo, v. 862: «CAPITÁN (Dentro.): ¡Plaza, plaza! R E Y : ¿Qué es aquello?».

72

REY

LAS MOCEDADES

DEL CID

«Plaza, plaza»;

285

este quiere ser o i d o r . LAÍNEZ

¡ Q u é airado está y q u é severo! M i e d o p o n e su presencia.

REY

E a , l l e g u e n a la a u d i e n c i a .

CRIADO

¿Quién empezará?

REY CONDE

E l primero.

290

Y o , s e ñ o r , a vuestros pies m e l l e g o ahora a quejar de R o d r i g o de V i v a r .

REY

Justa vuestra queja es.

CONDE

E l agravio es m e d e g ü y

295

y m u y o f e n d i d o estoy REY

P é s a m e , a fe de q u i e n soy, que estéis o f e n d i d o m u y .

CONDE

¿Yo afrenta, que tantas veces m e h a n visto vuestras banderas

300

a las moriscas fronteras dar u n p a n c o m o unas nueces?

v. 284 noramaza: enmiendo el «noramala» de los testimonios porque ha de r i mar con «plaza» y la forma «noramaza» está bien documentada. v. 285 plaza: rima imperfecta porque la redondilla exige el final en -ala. v. 286 este quiere ser oidor: «Se llama también cualquiera de los ministros togados, destinados en los consejos, cnancillerías y audiencias, para oír en justicia a las partes y decidir según lo que unas y otras alegan» (Aut); este verso es un chiste dilógico ya que el R e y interpreta que le pide una plaza, es decir, 'un cargo, un puesto', como por ejemplo el de oidor. v. 290 ¿Quién...?: en P R «¿Qnien...?». v. 291 vuestros: en P R «vnestros». v. 295 medeguy: neologismo burlesco. N o apuro el sentido, v. 297 a fe de quien soy: a fe: ver la nota al v. 121; quien soy: ver la nota al v. 280. v. 298 que estéis ofendido muy: hipérbaton burlesco. v. 302 dar un pan como unas nueces: «Frase vulgar que vale lo mismo que reprehender a alguno con aspereza y rigor, castigándole y dándole golpes» (Aut); Quevedo, Prosa festiva, p. 401: «Allí fue ello, que el compañero, viendo que andaban a pescuezo, le dio un pan como unas nueces».

T E X T O DE LA COMEDIA

73

¿A m í , que a la fama d o y asiento n o b a l a d í ? ¿A m í desacato? ¿A m í ,

305

que el c o n d e L o z a n o soy y he sacado, gran s e ñ o r , m á s sangre c o n esta m a n o que otros? Y a y o sé, L o z a n o ,

REY

que sois bravo sangrador. CONDE

310

E n fin, m e quejo ante vos de m i hija y de V i v a r .

REY

Y o u n r e m e d i o os q u i e r o dar.

CONDE

Decidle, señor, por Dios.

REY

Q u e a J i m e n a , a u n q u e m á s baile,

315

m o n j a la p o d é i s meter. CONDE REY

¿Monja? ¿ P u e s q u é se ha de hacer si n o sabe para fraile?

LAÍNEZ

Vuestra hija es m u y h o n r a d a ; a vuestra queja c o n d e n o .

320

v. 307 señor, en la príncipe «s ñor». v. 310 bravo sangrador, en la príncipe «brano»; sangrador, además del sentido l i teral del término, hace alusión al oficio de barbero, que era quien se ocupaba de las sangrías curativas. v. 318 no sabe parafraile:incluso se llega al absurdo dentro del propio tópico del mundo al revés; el Rey decide que ya que Jimena no puede meterse fraile, que se haga monja; acerca de este disparate ver el caso de Amantes, vv. 316-21: «y si nada desto quieres, / méteme en algún convento / pues hay tantos en Teruel / adonde ser fraile puedo / y métete monja tú / adonde quisieres luego» (la que habla es doña Isabel). v. 319 honrada: tomado a mala parte significa 'prostituta' o en el género masculino 'cornudo'; cfr. Castigar, vv. 916-18: «No perdáis de temor vuestro juicio, / que el mandarle prender en mí no es vicio; / y creedme que soy mujer honrada».

74

CONDE

LAS MOCEDADES

DEL CID

Pues y o la d a r é u n v e n e n o en la segunda j o r n a d a .

REY

H o l a , la a u d i e n c i a prosiga, que para todos h a b r á .

CRIADO

Esta m u j e r llega a h o r á .

MUJER

D i r e l e al R e y m i fatiga.

325

S e ñ o r , u n a v i u d a escasa llega a vuestros pies ahora. REY

J e s ú s m i l veces! ¿ S e ñ o r a , n o fuera y o a vuestra casa?

LAÍNEZ

E a , d e c i d vuestro m a l .

MUJER

Y o v e n g o triste y penosa.

REY

¿A q u é ?

MUJER

330

A m a l d i t a la cosa.

REY

Pues dejad el m e m o r i a l .

LAÍNEZ

U n embajador fiel

335

de A r g e l te espera allí enfrente y te trae u n gran presente. REY

D é j e l e y váyase a A r g e l .

CONDE

N o guardalle los decoros n o se ha de hacer, a m i ver.

340

vv. 321-22 la daré un veneno / en la segunda jornada: alusión metateatral que rompe con el juego ficcional de la obra de teatro. v. 325 ahorá: exige la métrica la rima oxítona en -á; licencia acentual, v. 330 casa: en la príncipe «cas». v. 334 memorial: «Se llama también el papel o escrito en que se pide alguna merced o gracia, alegando los méritos o motivos en que funda su razón» (Aut). v. 335 fiel: en S optan por «infiel». Los editores aducen el sentido del pasaje y la exigencia métrica, sin embargo, «fiel» cobra sentido tomándolo al revés, al igual que sucede en el v. 400. v. 336 Argel: era cuasi-sinónimo de 'cautiverio, desgracia', etc.; cfr. Hamete, vv. 120-23: «Si tantas honras me hacéis, / siendo de todos indigno, / no es mucho que desde Argel / venga dos veces cautivo»; Tirso, Privar contra su gusto, en Obras Completas, vv. 1250-53: «Mi privanza es un Argel / donde, en cautiverio largo, / cadenas de tanto cargo / me dan tormento cruel».

TEXTO DE LA COMEDIA REY

¿ P u e s p o r q u é n o se ha de hacer?

CONDE

P o r q u e es c o n t r a b o n o s m o r o s .

75

Sale un moro. LAÍNEZ

Llegad, y c o n cortesía hablad al R e y , p o r q u e es ley.

MORO

Y p r e g u n t o aquesto, ¿al rey

345

se le debe s e ñ o r í a ? G r a n R e y , j u s t o y soberano, postrado estoy ante t i . REY

Levantaos, n o estéis así ante m í el d i c h o escribano.

MORO

350

M i rey, que es fuerte en la guerra, desde A r g e l d e t e r m i n a d o a que os hable m e ha enviado.

REY

¿ Y h a b é i s v e n i d o p o r tierra?

MORO

D e l m a r el espacio h u e c o

355

m e fue forzoso pasar y he v e n i d o p o r el mar. REY

¿ Y p o r el m a r hace seco?

MORO

E n esos mares de Flandes

v. 342 contra bonos moros: juego paronomástico, por alusión a la expresión latina con la que solían los escritores protestar de que en su escrito no querían decir nada en contra de la Iglesia católica ni de las buenas costumbres. Calderón, por ejemplo, en el autógrafo de La humildad coronada, escribe al final: «Si quid dictum contra fidem et bonos mores quasi non dictum et omnia sub correctione santae matris eclesiae...». SE, U y S en su seguimiento imprimen una mala lectura que borra el chiste. v. 344 porque: en P R «porqne». vv. 345-46 ¿al rey / se le debe señoría?: disparate; «señoría» (tratamiento para título de nobleza y cargos de cierto rango) es muy poco para el rey, que se trata de Alteza o Majestad. v. 350 escribano:floreoverbal; en las fórmulas notariales se solían poner «Ante mí, Fulano de tal, escribano... declaran...»; como el rey ha dicho «ante mí» (como si fuera un escribano), continúa con la tontería de «el dicho escribano». Huerta Calvo anota que tienen fama de no ser cristianos viejos, pero esto no hace al caso.

76

LAS MOCEDADES

DEL CID

hay, para m a y o r quebranto,

360

muchos lodos. N o m e espanto,

REY

que h a n sido las lluvias grandes. MORO

M a s n o hay riesgo que m e i n q u i e t e c u a n d o a vuestros pies m e h u m i l l o .

CONDE

D o c t o parece el m o r i l l o .

REY

Es g r a n d í s i m o bonete.

MORO

E n fin, m i rey c o n f i r m a r

365

quiere las paces c o n t i g o y así te e n v í a c o n m i g o u n presente singular;

370

y si t ú m e l o consientes, sin que le falte u n a tilde te l o d i r é . REY

Ea, decilde p o r palabras de presente.

MORO

O c h e n t a caballos dados

375

te e n v í a c o n gran c o n t e n t o . REY

¿ Y p o r q u é n o e n v í a ciento?

MORO

N o h a b í a m á s acabados,

v. 366 grandísimo bonete: gran bonete «Se suele decir por ironía del tonto o idiota» (Aut); además el bonete era una prenda típica de los moros. v. 372 tilde: «Se toma también por cosa mínima» (Aut); es decir se lo va a contar todo 'con pelos y señales'. v. 373 decilde: en P R «decidle» pero la métrica exige la forma que imprimo. v. 374 por palabras de presente: rima imperfecta; alude mediante una dilogía a las que se dan recíprocamente los esposos en el acto del matrimonio (evidentemente disparatado en el contexto del pasaje) y también de presente hace referencia al adverbio 'ahora, en ese momento en el que se está tratando'; sin omitir el sentido de presente como 'regalo'; cfr. Olmedo, vv. 624-26: «Perdonadme, amigo mío; / que este ha de ser desafío / por palabras de presente»; Darlo todo, vv. 2467¬ 69: «Yo lo sé, y te has de casar / con ella de zanga y manga / por palabras de presente». vv. 378-85 Alusión a los caballos de Argel; de Argel es un «Epíteto que se da a algunos caballos que por lo regular son poco leales, los cuales tienen ciertas se-

TEXTO DE LA COMEDIA

77

tan feroces que se c o m e n los h o m b r e s que v a n c o n ellos.

380

N o hay, s e ñ o r , c o m o tenellos, n i hay espuelas que los d o m e n , b r i n c a n m á s que treinta gamas y es el querer sujetallos imposible. REY

Estos caballos

385

se d e n a los guardadamas. MORO

Jinetes m u y excesivos d e b e n de ser.

REY

¡Pesia tal!, c u a n d o salen a hacer m a l van m u y sobre los estribos.

MORO

390

T r á i g o t e treinta camellos p o r q u e son m u y importantes; t r á i g o t e cuatro elefantes y d o c e b ú f a l o s bellos, c o n d i e z tigres p o r remate

395

y un bravísimo halcón.

ñales como encontradas en que son conocidos, como el pie derecho solamente blanco y todo lo demás de otro color o que tiene en el pie derecho más blanco que en el izquierdo» (Aut); cfr. «Caballo Argel, ni en él, ni a par dél» (Correas, núm. 4088). w . 386 guardadamas: «Empleo honorífico en la Casa Real, cuyo ministerio es ir a caballo al estribo del coche de las damas cuando salen fuera, para que nadie pueda llegar a hablarlas» (Aut); cfr. Céfalo, w . 331-34: «Idos deste monte, idos, / porque en este inmenso alcázar / soy guardadamas tan fiero / como cualquier guardadamas». v. 388 ¡Pesia tal!: especie de juramento o maldición; cfr. Tirso, La lealtad contra la envidia, vv. 1931-33: «No llores más, ¡pesia tal!, / que en cada ojete o ojal / pasa mi amor un pantano». v. 389 hacer mal: hacer mal a los caballos es salir a ejercitarse y adiestrarlos. v. 390 van muy sobre los estribos: juego con la expresión estar o andar muy sobre los estribos, ya que además de referirse al oficio de guardadamas, significa «estar uno muy sobre sí en lo que dice o hace, andar y obrar con vigilancia, cuidado y prevención» (Aut). vv. 391-96 Enumeración grotesca de regalos, recurso común a varias comedias burlescas; ver los casos de El rey don Alfonso (vv. 1566-93) y de El hermano (vv. 1160-71) a modo de ejemplo.

78

REY

LAS MOCEDADES

DEL CID

E n fin, todas esas son cosas d e l escaparate.

MORO

Y l o que alabarte

puedo

es que c o n m a n o fiel

400

te remite el rey de A r g e l seis m e m b r i l l o s de T o l e d o . REY MORO

¿Seis m e m b r i l l o s ? T o d o s vivos y dulces c o m o u n a m i e l .

REY MORO

¿ Y q u é h a c í a n en A r g e l ?

405

S e ñ o r , p o r varios c a m i n o s h a n d i c h o los a d i v i n o s — q u e es gente de m u c h a cuentaque en tu r e i n o c o n decoro, sin que él l o llegue a saber,

410

hay u n h o m b r e que ha de ser azote d e l t u r c o y m o r o . Este el C i d se l l a m a r á para que el m u n d o se asombre y de su brazo y su n o m b r e

415

la m o r i s m a t e m b l a r á . Y así m i c o n presteza te pide, p o r i n t e r é s , que pues n o sabes q u i é n es, que le e n v í e s la cabeza. REY

E m b a j a d o r , n o m e place.

LAÍNEZ

E l R e y está e m b r a v e c i d o .

420

v. 398 escaparate: observación disparatada ya que dichos regalos no son propios de un escaparate o vitrina donde se guardan cosillas de poco peso; cfr. El robo de Elena, vv. 1055-56: «Saco de mi escaparate / un pomo de filigrana». vv. 505-406 Faltan dos versos para completar las dos redondillas, uno con final en -ívos, y el otro en —énta. v. 408 gente de mucha cuenta: «Es lo mismo que gente o sujeto de distinción, suposición, grado o autoridad» (Aut); cfr. Fernández de Avellaneda, Quijote, p. 63: «se fueron los alcaldes, el cura, don Quijote y toda la demás gente de cuenta del lugar a la plaza».

TEXTO DE LA COMEDIA MORO

¿ D e q u é os h a b é i s ofendido?

REY

N u n c a falta q u i e n b i e n hace.

MORO

¿ P u e s q u é a m i rey d e c i r p u e d o ?

REY

79

425

Q u e y o n o d o y mis vasallos p o r tigres n i p o r caballos n i m e m b r i l l o s de T o l e d o .

MORO

Obedecerte

CONDE

¡ Q u é resuelto!

LAÍNEZ REY

procuro.

¡ Q u é prudente!

430

Q u e si él m e e n v i ó u n presente, que y o le e n v i a r é u n futuro.

MORO

Pues advierte en tanto g o z o que m e q u i e r o cristianar.

REY

P o r ahora n o ha lugar.

MORO

¿Por qué?

REY

435

P o r q u e sois m u y m o z o . Vase.

MORO

¡ N O v i R e y m á s ajustado!

CONDE

S i e m p r e entero le hallarás.

LAÍNEZ

N O pudiera decir m á s un Séneca

comentado.

440

Varis e. v. 424 Nanea falta quien bien hace: refrán popular que recoge Correas en su Vocabulario, n ú m . 17105: «Nunca falta quien bien haga». v. 431 presente: dilogía con los significados de 'regalo' y 'tiempo verbal', que luego se asocia con el tiempo verbal futuro. v. 434 que me quiero cristianar: es habitual en la comedia burlesca este tipo de disparates con la religión; cfr. Ventura, v. 473: «tan cristiano que fue turco»; Amantes, v. 514: «Cristiano viejo soy, aunque soy moro»; cristianar vale «bautizar, hacer a alguno cristiano, dándole el sacramento del bautismo» (Cov). v. 440 ///; Séneca comentado: los humanistas europeos más destacados publicaron ediciones críticas de los libros de Séneca añadiendo comentarios filosóficos; así hallamos varias ediciones comentadas como las de Muret (Roma, 1585), Lefevre (París, 1587), Godefroy (Basilea, 1590) y Lipsio (Amberes, 1605); para más información sobre este último punto ver Blüher, 1983, pp. 418-26.

JORNADA

SEGUNDA

Salen Jimena y Flora. JlMENA

F l o r a , pues tanto m e asistes y tu fineza se esponja, d i m e aquesto sin lisonja, ¿ p a r é c e t e que estoy triste?

FLORA

E s o d u d a n o consiente;

445

m u y triste estás, n o hay que hablar. JlMENA

L u e g o , ¿ b i e n p o d r é llorar?

FLORA

Sí, b a s t a n t í s i m a m e n t e .

JlMENA

C o n eso el d o l o r m e tasas.

FLORA

S i e m p r e te sirvo c o n fe.

JlMENA

¿ Y c u á n t o llorar p o d r é ?

FLORA

D o s escudillas escasas.

JlMENA

450

S i e n t o en m í grande e x t r a ñ e z a , y en m e d i o de m i pesar tengo gana de almorzar.

FLORA

455

T o d o , s e ñ o r a , es tristeza. M i r a este j a r d í n igual,

v. 442 se esponja: esponjarse «Metafóricamente vale engreírse, hincharse, ensoberbecerse» (Aut). v. 444 triste: rima imperfecta. v. 452 escudillas: «Vaso redondo y cóncavo que comúnmente se usa para servir en ella el caldo y las sopas» (Aut); cfr. El hermano, vv. 786-87: «Pues poneos una escudilla, / con pez negra en la rodilla». vv. 453-55 Es frecuente en los personajes de las comedias burlescas que olviden con facilidad sus penas ante la perspectiva de una buena comida. vv. 456-60 Parodia del tópico del locus amoenus habitual en el género burlesco que se desarrollará también en los versos siguientes; alude jocosamente a un

82

LAS MOCEDADES

DEL CID

sus flores y sus frutales. ¿ N o te alegran los rosales, gente rica y p r i n c i p a l ?

460

E s c u c h a c ó m o penetra aquel r u i s e ñ o r discreto el aire. JIMENA FLORA JIMENA FLORA

T i e n e u n defeto. ¿Qué? N o declara la letra. ¿ N a d a te alegra?

JIMENA

E S en v a n o

465

c o n s e g u i r l o que pretendes. M a s , d i m e , ¿acaso t ú entiendes de las rayas de la m a n o ? FLORA

N i n g u n a hay que m e adelante.

JIMENA

Pues la m a n o te prevengo.

FLORA

Q u i t a d o el guante.

JIMENA

470

N O tengo gana de q u i t a r m e el guante. Dale la mano con el guante.

FLORA

Pues verelo p o r defuera. Larga v i d a te asegura.

JIMENA FLORA

¿ Q u i é n , Flora? A q u e s t a costura.

475

famoso «romance de ciego» «¿Conoces a los Rosales, / gente rica y principal? / Dijo: ya doblas mis males; / esos son mis tíos carnales / y no saben de mi mal». Ver Serralta, 1970, pp. 13-22. v. 463 defeto: en la príncipe «defecto», pero la métrica exige la enmienda, aunque en todo caso sería un cultismo gráfico sin trascedencia fonética. v. 464 letra: «Se llama asimismo la composición métrica que se hace para cantar» (Aut); cfr. Calderón, El alcalde de Zalamea, vv. 332-34: «¡Vaya a Isabel una letra! / Para que despierte, tira / a su ventana una piedra». vv. 467-76 Parodia de las adivinaciones, que al igual que la astrología fueron motivo de muchas sátiras. E n este caso alude a la quiromancia.

TEXTO DE LA COMEDIA JIMENA

83

E S a m i g a la guantera. Suena

música.

M a s , ¿qué m ú s i c a bizarra embaraza el vago v i e n t o ? FLORA

S e ñ o r a , es u n i n s t r u m e n t o .

JlMENA

Jurara que era guitarra.

FLORA

480

R o d r i g o es, que a t r o c h i m o c h e u n a m ú s i c a te e n v í a , s e ñ o r a , en m i t a d d e l d í a .

JIMENA MÚSICOS

Vaya, p e o r fuera de n o c h e . (Cantan

dentro.) R o d r i g o está e n a m o r a d o

485

de J i m e n a c o n gran fuerza, p o r q u e esto de a m o r se usaba e n el t i e m p o de J i m e n a . Va saliendo, mientras cantan, su padre con un vaso en la mano. CONDE

E s t o r e m e d i o n o tiene.

FLORA

T U padre.

JIMENA CONDE JIMENA

G r a n mal concierta.

490

Q u i e r o cerrar esta puerta. S e ñ o r , ¿ q u é es l o que p r e v i e n e tu enojo?

CONDE

D a r t e castigo: matarte p o r n o m e n t i r .

v. 481 a trochimoche: «Frase adverbial. Corresponde a disparatada e inconsideradamente, sin reparo ni consideración alguna» (Aut); cfr. Comendador, v. 771: «Reñid aquí a troche y moche» (también rimando con «noche»); Céfalo, vv. 2043¬ 44: «Nunca en tal me vi; mas vaya: / direlos a troche y moche». E n la príncipe «trochimochi», pero la rima exige la enmienda. v. 485 Añado la indicación de locutor. v. 488 en el tiempo de Jimena: anacronismo metateatral ya que el emisor se sitúa en el mismo tiempo del espectador y adopta el punto de vista de ellos.

84 JlMENA

LAS MOCEDADES

DEL CID

Pues d é j a m e despedir

495

p o r esta reja u n a m i g o . ¿Rodrigo? Y a tu v o z sigo.

RODRIGO JlMENA

¿Rodrigo? ¿ Q u é es l o que m a n d a

RODRIGO

tu cielo? CONDE

N o está m u y blanda ella, pues dice R o d r i g o .

JIMENA RODRIGO

500

Advierte. Y a el cielo t o c o ; el dejarme entrar te cuadre.

JIMENA

Vete ahora, que m i padre m e quiere matar u n p o c o .

RODRIGO

¿ Y en fin, c o n s e n t i r l o quieres?

JIMENA

P o r q u e de m í nadie hable.

RODRIGO

¿ M o r i r quieres? ¡ A h , mudable!,

505

que tales sois las mujeres. JIMENA

¿ Q u é i m p o r t a , considera, el que m e llegue a matar?

RODRIGO

¿ P u e s q u é te p u e d e i m p o r t a r ?

JIMENA

E l quedar p o r su heredera.

510

vv. 495-96 Escena tópica de cortejo, en este caso disparatada porque Jimena le pide permiso a su padre para despedir a su galán; cfr. Castigar, vv. 1364-67: «Esta noche, ¡oh, conde Claros!, / la tal dama quiere hablaros / por las rejas del jardín / de palacio». Modifico el texto de la príncipe «por esta vn rexa vn amigo» que repite por error el artículo; despedir / [...] un amigo: construcción gramatical com ú n en el Siglo de Oro por la que el objeto directo de persona no requiere preposición. v. 499 blanda: «Metafóricamente significa lo mismo que lisonjero, halagüeño, suave, agradable» (Aut). v. 502 cuadre: cuadrar «Significa asimismo agradar u convenir una cosa con el intento u deseo» (Aut); cfr. Constante, vv. 1418-19: «Cuadre o no cuadre, / esto ha de ser».

TEXTO DE LA COMEDIA

RODRIGO

E s o , J i m e n a , está b i e n .

JlMENA

Y nos c o n v i e n e a los dos.

RODRIGO

Pues, a d i ó s . Vete c o n D i o s ,

JIMENA

85

515

que t o d o se ha de hacer b i e n . CONDE

Pues, hija, ya que t u i n t e n t o n o le he p o d i d o estorbar, p o r m i gusto te he de dar este v e n e n o v i o l e n t o ;

520

y así, al p u n t o se le b e b a t u l a b i o sin excusallo. JIMENA

S e ñ o r , y o n o he de t o m a l l o hasta saber l o que lleva.

CONDE

L l e v a l i n d o rejalgar,

525

lleva a r s é n i c o escogido, lleva diamante m o l i d o , s o l i m á n y agua de azahar. Con

él, hija v i l y

flaca,

a que mueras te c o n d e n o . JIMENA

530

¿ Y m e aseguras que es b u e n o ?

v. 525 rejalgar: lo mismo que 'arsénico': «Especie de mineral o veneno que com ú n m e n t e se llama rejalgar de que hay tres especies que se diferencian en el color, lo que resulta de estar más o menos cocido en la mina» (Aut); cfr. Moreto, Las galeras de la honra, en El desdén con el desdén, vv. 31-34: «échala en el chocolate / dos onzas de rejalgar, / mas no se le dé muy frío, / porque le puede hacer mal». vv. 526-28 arsénico... / ... diamante molido, / solimán: arsénico «dicho c o m ú n mente rejalgar» (Cov.); sobre el diamante molido explica Morales, De las virtudes y propiedades maravillosas de las piedras preciosas, p. 284: «hase de advertir aquí, que de ir entero o hecho polvo, hay mucha diferencia, porque entero, pues en un gran fuego no recibe daño, con ser tan vehemente y prompto, como ya queda referido, tampoco el calor del estómago puede disponerle para hacer daño, como se infiere del polvo, que por estar sutil y ser venenoso como lo es, con mayor facilidad penetrando, se distribuirá por todo el cuerpo, y así será nocivo»; el solimán es un 'sublimado corrosivo, especie de mercurio' muy utilizado en los cosméticos de las mujeres y también venenoso; cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 171, vv. 9-11: «¿Quién pensó, por si ansí tu espanto abones, / que coman solimán, que atenta guardas / el que en tu cara juntas a montones?».

LAS MOCEDADES

86

CONDE

DEL CID

E S m e j o r que de Goajaca. Tómale con promptitud pues al cabo l o has de hacer.

JIMENA

¿En

fin,

que

l o he

de

beber?

CONDE

Sí, J i m e n a , a m i salud.

JIMENA

Y a le t o m o , ¡ah, v i l fortuna!,

535

Bébete. a u n q u e eche a m i m u e r t e el sello. CONDE

¿ A c a b a s t e de b e b e l l o ?

JIMENA

SÍ.

Dale una aceituna. CONDE

Pues t o m a esta aceituna;

540

c ó m e l a ; ¿ d e q u é te atascas? JIMENA

Y a , señor, pruebo a comella.

CONDE

M á s c a l a b i e n , que c o n ella se te q u i t a r á n las bascas.

JIMENA

B i e n m i pecho disimula,

545

a u n q u e entre m i l ansias p e n o . S e ñ o r , dame m á s v e n e n o . CONDE

N O q u i e r o , que aqueso es gula.

JIMENA

Pues, padre, ya que m i v i d a al postrer p u n t o l l e g ó

550

v. 532 Goajaca: lugar de producción del chocolate en Méjico; destaca por su calidad y fama; cfr. Tirso, Amazonas en las Indias, vv. 2752-57: «en cajas de chocolate; / que para que desesperen / los Piramos en vellón, / conforme de allá me advierten, / el diablo inventó a Guajaca, / Guatemalas y Campeches». v. 538 eche a mi muerte el sello: echar el sello significa «afianzar y perficionar lo empezado, asegurando su más cabal cumplimiento» (Aut); cfr. Tirso, Celos con celos se curan, vv. 805-807: «y, sobre todo, —¿direlo?— / de la marquesa bien visto, / con que a mi dicha eche el sello». v. 540 aceituna: se tomaban de postre y servían además de incitativo de la sed; cfr. Castigar, vv. 417-19: «y tanta cruda aceituna / pues con solo comer una / lámparas de vino atiza»; Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 290, vv. 353-54: «Echaban las conteras al banquete / los platos de aceitunas y los quesos».

TEXTO DE LA COMEDIA

87

y sois vos q u i e n m e h a b é i s m u e r t o , a q u í para entre los dos q u i e r o esta v e z referiros l o que he sido y l o que soy, p o r q u e sepa t o d o el m u n d o

555

q u é m e mata y sin r a z ó n : hija soy vuestra, n o hay d u d a , y l o soy j u r a d o a D i o s desde la p r i m e r a h o r a que m i padre m e e n g e n d r ó ;

560

c r í e m e desde c h i q u i t a en vuestra casa, s e ñ o r , y vos m e traíais m i s m o a andar p o r el andador; c o m í a m o s a la mesa

565

manjares de gran s a z ó n , y vos m e llamabais hija m i l veces, p o r sí o p o r n o ; vos m e llevabais a misa y e n vuestros brazos m e h a l l ó

570

tal vez el s u e ñ o apacible, roncando c o n tierna voz; vos m e e n s e ñ a s t e i s adrede a rezar c o n gran p r i m o r ; y e n fin, vos m e baptizasteis

575

con mucha reputación. Vos hacíais t o d o esto y a h o r a . . . Pero el d o l o r n o m e deja proseguir. CONDE

N a d a desto sabia yo.

580

v. 564 a andar, en P R y T «andar»; sigo lectura de S; andador. «Una faja que se ciñe al niño por la cintura, a la que están asidos dos cordones o cintas, por los cuales le lleva alguna persona para que no caiga y aprenda a andar» (Aut); n ó t e se la derivación de los términos andar y andador. v. 571 tal vez: 'alguna vez'. v. 580 Nada desto sabia yo: sinéresis en sabia para acomodarlo a la métrica del pasaje.

88

LAS MOCEDADES

JIMENA

DEL CID

Pues, padre, ya que el v e n e n o va c o r r i e n d o al c o r a z ó n , y ya que e n mortales ansias envuelta, s e ñ o r , estoy, ya que el a l m a se m e a r r a n c a . . .

CONDE

Acaba, di tu i n t e n c i ó n .

JIMENA

Y O no me pienso m o r i r hasta que l o q u i e r a D i o s .

CONDE

¿ESO d e c í s , hija i n f a m e , h a b i é n d o t e dado y o el v e n e n o ?

JIMENA

E s t o ha de ser; a v i v i r resuelta estoy.

CONDE

¿ V i v i r quieres?

JIMENA

V i v i r quiero.

CONDE

Esa es d e s e s p e r a c i ó n .

JIMENA

E s t o es h o n o r .

CONDE JIMENA CONDE

ES infamia. E S crueldad. ES sinrazón; y e n fin, ¿ q u é piensas hacer en tan grande

JIMENA

confusión?

N O m o r i r m e del veneno, que n o soy esclava y o .

CONDE

Pues este acero atrevido para que m e satisfaga... Al sacar la daga se hiere. Pero al desnudar la d a g a . . .

JIMENA CONDE

¿ Q u é es eso, padre? . . . m e he h e r i d o ;

v. 604 me he herido: en P R y T «me herido».

T E X T O DE LA COMEDIA

quisiera h a b e r m e el acero

89

605

cortado aquí p o r costumbre. JlMENA

N o os d é , padre, pesadumbre, que eso será a l g ú n a g ü e r o .

CONDE

¿Agüero? D e alguna e x t r a ñ a

JlMENA

desdicha s o n pregoneros. CONDE

Pues d i , ¿ q u i é n son los a g ü e r o s ?

JlMENA

H i d a l g o s de la m o n t a ñ a .

610

¿ Q u i e r e s que te ate u n p a ñ u e l o ? CONDE

M u c h o sientes mis heridas.

JlMENA

S o y t u hija p o r dos vidas.

CONDE

Pues dame p o r m i c o n s u e l o

615

u n a cinta. Hacerlo quiero;

JlMENA

toma. CONDE JlMENA

M i l favores gano. Y e n sanando de la m a n o p u e d e heredalla el sombrero.

CONDE

620

O y e m e , hija y s e ñ o r a , esta cinta e n q u i e n m e enredo, p r e g u n t o : ¿es favor?

JlMENA

No

puedo

decirte m á s p o r ahora.

vv. 611-12 Paronomasia de agüeros que conlleva la confusión con agüelos; esto provoca que Jimena, para expresar su limpieza de sangre, le deje clara la hidalguía de sus ancestros. Hidalgos de la montaña: era tópica la hidalguía de los oriundos de las montañas de Asturias y Cantabria. v. 615 por dos vidas: un tipo de concesiones que hacía la corona, por duración de «dos vidas» (la heredaba el hijo del primer agraciado). v. 620 sombrero: 'cuando haya sanado la mano y ya no necesite llevar la cinta, puede ponérsela en el sombrero a modo de adorno'. v. 623 ¿es favor?: parodia del amor cortés; uno de los favores o muestras de agrado de la dama consistía en dar una cinta al galán.

LAS MOCEDADES

90

CONDE

DEL CID

N o hay que hablar, m i d i c h a es cierta,

625

hija, escucha a t r o c h i m o c h e . FLORA

Secreto, y v e n í esta n o c h e , que y o os a b r i r é la puerta.

CONDE

¿ P u e d e u n a hija d o n c e l l a hablar m á s claro a su padre?

630

L o que se holgara su madre de v e r m e casar c o n ella; mas c o n m i hija n o fuera cosa que al h o n o r responde. ¿Pero, q u é dudo? A l g ú n conde

635

se casara si p u d i e r a ; pero allí v i e n e e n v e r d a d m i e n e m i g o sin m á s ver. Sale Diego LAÍNEZ

Laínez.

A este h o m b r e , a m i parecer, n o le t e n g o v o l u n t a d .

CONDE

H á b l o l e porque

640

corrija

a R o d r i g o e n b u e n a fe y t a m b i é n le c o n t a r é que m e caso c o n m i hija. ¿Diego Laínez? LAÍNEZ

¿Lozano?

CONDE

H a b l a r o s a q u í m e toca.

LAÍNEZ

¿Hablarme?

CONDE

645

S Í , y c o n la b o c a , p o r q u e n o es m á s e n m i m a n o .

LAÍNEZ CONDE

Pues d e c i d . Deciros quiero que c o r r i j á i s a R o d r i g o , p o r q u e se casa c o n m i g o

v. 626 a trochimoche: ver la nota al v. 481. v. 627 vení: forma habitual del imperativo con caída de la —d final.

650

TEXTO DE LA COMEDIA

91

m i hija, y e n el s o m b r e r o ha puesto dos estandartes. LAÍNEZ

¿ Y q u i é n la b o d a ha ajustado?

CONDE

L o s deudos de entrambas

LAÍNEZ

¿ N o será g r a n barbarismo?

CONDE

¿Pues p o r q u é aprobáis m i intento?

LAÍNEZ

partes.

655

P o r q u e h a r é i s u n casamiento c o n el suegro de sí m i s m o .

CONDE

Pues, L a í n e z , a R o d r i g o

660

le d i r é i s p o r m a n o ajena que n o e n a m o r e a J i m e n a p o r q u e la caso c o n m i g o . Castigalde, os aconsejo. LAÍNEZ

C a s t i g ú e l e su pecado.

CONDE

Y a estáis m u y desvergonzado.

LAÍNEZ

¿ Q u é q u e r é i s ? E s t o y m u y viejo.

CONDE

Y e n fin, ¿ q u é es l o que decís?

LAÍNEZ

Q u e p o r vos n o he de hacer nada.

CONDE

Pues t o m á esta bofetada.

LAÍNEZ

¿A m í m e n t í s ?

665

670

v. 653 dos estandartes: seguramente aludirán a través de un juego conceptista a los 'cuernos'. v. 654 ha ajustado: en P R «ajustado»; sigo lectura de T y S. Falta un verso para completar la redondilla, pero el sentido está bien. v. 655 deudos: «Lo mismo que pariente. Llámase así por la especial obligación que tienen los parientes de amarse y favorecerse recíprocamente» (Aut). v. 656 barbarismo: «Vale también por analogía desorden, brutalidad y barbaridad en el modo de obrar y proceder» (Aut); cfr. Castigo, vv. 931-32: «Venga N e r ó n y plántese a mi estribo, / pero hablar de N e r ó n es barbarismo». v. 659 con el suegro de sí mismo: S opta por la lectura «con el fuego de sí mismo»; es mucho mejor lectura la de P R : si el conde se casa con su hija será suegro y yerno de sí mismo. v. 670 tomá: ver la nota al v. 627. v. 671 mentís: «Voz con que se da a entender a alguno que se engaña o miente en lo que dice o afirma. Es palabra injuriosa y denigrativa. [...] se usa como

92

LAS MOCEDADES

DEL CID

D e aquesta afrenta

infinita

dar parte a m i h i j o elijo. CONDE

N o h a g á i s tal, que a vuestro h i j o y o le d a r é otra cosita.

LAÍNEZ

675

¡Ay, h o n r a m í a ! ¡Ay, a b i s m o de desdicha y de deshonra! ¡ Q u e le pusiesen la h o n r a a u n h o m b r e n o b l e e n sí m i s m o ! H i j o , R o d r i g o , t ú solo

680

satisfacerme p o d r á s . H i j o , escucha, ¿ a d o n d e estás? RODRIGO

A q u í estoy de p o l o a p o l o .

LAÍNEZ

¿Rodrigo? Sale el Cid. D e tus i n t e n t o s . . .

RODRIGO LAÍNEZ RODRIGO LAÍNEZ RODRIGO

¿Hijo? E l h a b l a r m e te cuadre.

685

Y o estoy sin h o n r a . Pues, padre, para eso s o n los c o n v e n t o s .

substantivo» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 290, vv. 303-304: «el paladín que es gloria de las lises / se estaba rezumando de mentases». Verso corto. v. 675 Antanaclasis de dar, el primero (v. 673) dar parte, que es 'hacer partícipe', y el segundo dar otra cosita, que quiere decir 'golpear, pegar' (sin descartar un gesto obsceno en este momento); la utilización del diminutivo, además de la propia ironía, denota en este tipo de diálogos elementos de bastante importancia, ver a modo de ejemplo el caso de El hermano, vv. 240-44: «SANCHO: ¿Qué tienes tú con mi hermana? / C I D : Alguna cosilla tengo. / SANCHO: ¿Qué te importa? C I D : Soy su esposo. / SANCHO: ¿Cómo, esposo? ¡Santos cielos! / ¿Y Jimena?». v. 683 de polo a polo: «Frase adverbial con que se pondera la distancia grande que hay de una parte a otra» (Aut); disparate; cfr. Lope, San Isidro labrador, p. 944: «Convídase Dios aquí, / príncipe de polo a polo». v. 687 para eso son los conventos: los casos de pérdida de honra o de elección de la vida religiosa por parte de la dama son habitualmente parodiados en el g é nero que nos ocupa; cfr. Olmedo, vv. 196-98: «—Entrala monja, y después / cásala con mil. —Eso es, / con Dios y con todo el mundo».

TEXTO DE LA COMEDIA LAÍNEZ

E l c o n d e , n o sé c o n q u é f u r i a . . .

RODRIGO

D i ; el alma t e n g o helada.

LAÍNEZ

. . . u n a grande bofetada

93

690

m e d i o c o n su b o c a sucia sin d e c i r b u e n o n i m a l o , pardiez, que m e la p e g ó . RODRIGO

¿ Q u é es l o que dices que os dio?

LAÍNEZ

Una

RODRIGO LAÍNEZ

bofetada. ¡Palo!

695

Y d i o m e esto c o n a h í n c o ; pues t ú eres h o m b r e tan sabio, ¿la bofetada es agravio?

RODRIGO LAÍNEZ

Es palabra de las c i n c o . ¿ Y c o n q u i é n (¡esto es peor!)

700

consultar en tal m u d a n z a p o d e m o s nuestra

venganza?

RODRIGO

¿ C o n q u i é n ? C o n el confesor.

LAÍNEZ

D i c e s b i e n ; pero p r i m e r o has de dalle a b u e n a

cuenta

705

la m u e r t e , pues que m i h o n r a es la tuya p r o p i a m e s m a .

v. 688 Verso largo. v. 691 R i m a imperfecta; Cáncer juega en todo este pasaje con los términos mano y boca (vv. 207-208, 221); ambas partes del cuerpo son origen de agravios, la boca por las injurias e insultos y la mano por la bofetada. v. 692 sin decir bueno ni malo: «no contestar» (DRAE); expresión sinónima a 'sin decir oxte ni moxte' o 'sin decir ni mu'. v. 695 ¡Palo!: «Usado como interjección, sirve para expresar la disonancia que causa algún dicho menos decente» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 1456-58: «ALEJANDRO: De Campaspe ha de ser. APELES: Palo. / ALEJANDRO: ¿Qué dices? APELES: Que será malo, / porque gasta mucho negro». v. 699 E n P R «Esta palabra de las cinco»; enmiendo el verso largo. Hay un juego alusivo ingenioso a los cinco dedos de la mano, y a las cinco palabras i n juriosas que se recogen en las leyes antiguas, es decir los cinco insultos mayores reprimidos por ley, que eran cornudo, traidor, hereje, gafo y puto. Agradezco esta nota a I. Arellano, que me ha proporcionado unas cuantas más.

94

RODRIGO

LAS MOCEDADES

DEL CID

¿ D e suerte que vos q u e r é i s que y o le d é muerte?

LAÍNEZ

Es fuerza, p o r q u e se a t r e v i ó a m i rostro.

RODRIGO

710

E l c o r a z ó n m e revienta p o r salir y p o r vengaros. ¡ C ó m o se v e n que e s t á n llenas mis venas de vuestra sangre! Y si aquesta p r i m a v e r a

715

m e ha de sangrar, si D i o s quiera, algo la l í n e a paterna. LAÍNEZ

¡Ay, h i j o d e l a l m a m í a , q u é de cuidados m e cuestas y e n q u é de lances m e pones

720

p o r t u c o n d i c i ó n resuelta! RODRIGO

E a , que el h o n o r m e llama.

LAÍNEZ

E a , que el h o n o r m e lleva.

RODRIGO

¿ Y c u á n t o m e h a b é i s de dar p o r matar al que os afrenta?

LAÍNEZ

725

M á t a l e y fía de m í , que m u y b u e n p o r q u é te espera.

RODRIGO

S e ñ o r , entre padres y hijos parece m u y b i e n la cuenta.

LAÍNEZ

Pues p i d e p o r esa b o c a .

RODRIGO

D o c i e n t o s escudos v e n g a n .

LAÍNEZ

H i j o , c i e n t o bastan.

RODRIGO

730

¿Ciento? U n e x t r a ñ o m e los diera.

LAÍNEZ

Y d i , ¿para q u é los quieres?

v. 709 E n la príncipe «que yo le dé la muerte», verso largo; enmiendo. v. 727 porqué: «Se toma también por cantidad o porción que se da a alguno para su manutención u otro fin» (Aut); en este caso por vengarse del conde; cjr. Quijote, I, 13: «Y si algunos subieron a ser emperadores por el valor de su brazo, a fe que les costó buen porqué de su sangre y de su sudor».

TEXTO DE LA COMEDIA

RODRIGO

Para sacarle a J i m e n a ,

95

735

l u e g o que mate a su padre, ropa y b a s q u i ñ a de tela. LAÍNEZ

¿Y q u é j u b ó n ? N e g r o obscuro.

RODRIGO LAÍNEZ

S a l d r á que estará de perlas; ¿y h a de llevar g u a r n i c i ó n ?

RODRIGO LAÍNEZ

740

Sí, padre. Pues p o r m i cuenta é c h a l e u n b u e n pasamano de Santa Isabel de seda.

RODRIGO LAÍNEZ

¿ D e Santa Isabel? Sí, hijo, y de otra santa c u a l q u i e r a

745

a q u i e n tenga d e v o c i ó n . RODRIGO

D i g o que es famosa m e z c l a .

LAÍNEZ

E l g u a r n e c e r los vestidos se alcanza c o n la e x p e r i e n c i a .

v. 737 basquiña: «Ropa o saya que traen las mujeres desde la cintura al suelo, con sus pliegues, que hechos en la parte superior forman la cintura y por la parte inferior tiene mucho vuelo» (Aut); cfr. Lope, Fuenteovejuna, vv. 1783-85: «y que mañana os adornen / nuestras tocas y basquiñas, / solimanes y colores». v. 739 de perlas: «Modo adverbial con que se demuestra la propiedad con que se dice o hace alguna cosa o se acomoda a otra» (Aut); llama la atención el contraste de los términos perlas y negro obscuro. v. 740 guarnición: «Adorno que para mayor gala y mejor parecer se pone en las extremidades o medios de los vestidos, ropas, colgaduras y otras cosas semejantes» (Aut). v. 742 pasamano: «Se llama también un género de galón o trencilla de oro, plata, seda o lana que se hace y sirve para guarnecer y adornar los vestidos, y otras cosas por el borde o canto» (Aut); cfr. Lope, El castigo sin venganza, vv. 13-16: «y para dar luz alguna / las estrellas que dilata / son pasamanos de plata, / y una encomienda la luna». v. 743 Santa Isabel: alusión a Santa Isabel de Hungría. Casada con Luis IV, langrave de Turingia; cuando este falleció en 1227 ella repartió la mayor parte de sus bienes entre los pobres y se retiró a un monasterio. N o veo el chiste. v. 749 Falta un verso para la serie de rimas.

96

LAS MOCEDADES

DEL CID

¡ A h , si t ú dalle supieras

750

la z a m b u l l i d a ! ¿Por qué?

RODRIGO LAÍNEZ

P o r q u e es brava treta para esto de bofetada.

RODRIGO

Y o , y o llevo e n la cabeza el pegalle la tentada.

LAÍNEZ

Con

755

eso a perder m e echas,

que esa es b u e n a para palos. RODRIGO

Pues c o n z a m b u l l i d a sea.

LAÍNEZ

M a s , hijo, a q u í v i e n e el c o n d e .

RODRIGO

M a s , padre, a q u í n o te vea,

760

p o r q u e si te ve c o n m i g o p u e d e c o n f i r m a r t u afrenta.

v. 751 zambullida: «Treta de la destreza vulgar que se forma cargando la espada contraria por la parte de afuera, y dando un compás con el pie derecho por la línea del diámetro, o muy junto a ella, apartándola con la suya a la rectitud derecha y dejándola en ella libre y en potencia de obrar, volver la suya por el camino que anduvo, y dando otro compás con el mismo pie o con el izquierdo, herir de estocada en los pechos más o menos alto» (Aut); es término de esgrima; cfr. Dado todo, v. 559: «Pues muera a la zambullida», y vv. 2217-18: «Nado bien, porque en el Tajo / zambullida he aprendido» (aquí jugando con Tajo / tajo). vv. 752-53 treta / ... de bofetada: treta es «Término de la esgrima. E l concepto o pensamiento que forma cualquiera de los batalladores para la defensa pro¬ pria u ofensa de su contrario» (Aut), y posee otro significado: «Metafóricamente vale artificio sutil o ingenioso para conseguir algún intento» (Aut); cfr. Quevedo, Sueños, p. 112: «pidiéronle no sé qué cosas y respondió que no sabía tretas contra los enemigos della»; Arellano, aporta varios pasajes de treta como término de la esgrima en la nota correspondiente. Además existe un juego de palabras a través de una analogía semántica (bofetada-manotada) que alude a la treta de la manotada, que «En la esgrima es una herida, que consta de tres movimientos del brazo y dos de la espada. Es treta muy falsa porque al irla a ejecutar queda expuesto el lado izquierdo» (Aut). v. 755 tentada: alusión a la treta del tentado, «que consiste en tocar el diestro con la flaqueza de su espada el tercio medio de la del contrario para que este acuda a herir, confiado en la posición dominante de su acero» (Aut); este t é r m i no, como los anteriores ya anotados, forma parte del lenguaje propio del arte de la esgrima.

T E X T O DE LA C O M E D I A

LAÍNEZ

97

Pues, hijo, dale la m u e r t e y m i r a que sea sangrienta.

RODRIGO LAÍNEZ

Y o b i e n sé c ó m o ha de ser.

765

¡ O h , q u i é n ya c u e r d o te viera! Este m o z o ha de e n t e r r a r m e p o r q u e siempre anda e n pendencias. Vase Diego Laínez;

CONDE

y salen Sancho y el conde

Lozano.

¿ S a n c h o ? R o d r i g o está a q u í . Hablarele porque entienda

770

c u á n t e r r i b l e h o m b r e es su padre. SANCHO CONDE

H á b l a l e y dale tu queja. C i e r t o , R o d r i g o , que vos, y p e r d o n a esta l i c e n c i a , siendo u n h o m b r e tan p r u d e n t e

775

y tan insigne e n las letras, que h a b é i s c r i a d o m u y m a l a vuestro padre, y p u d i e r a , pues es padre de tal hijo, portarse c o n m á s m o d e s t i a . RODRIGO

780

A q u e s o l o hace el ser m o z o ; dejad vos que m i edad tenga m i padre, que el t i e m p o m i s m o le irá e n s e ñ a n d o p r u d e n c i a .

CONDE

A h o r a a q u í le p e g u é

785

una bofetada recia y n o d e s p e g ó su b o c a ; y aquesta es m u c h a soberbia. RODRIGO

¿ Y c o n q u é m a n o le disteis?

CONDE

C o n la zurda.

RODRIGO

Pues ya es fuerza

790

Acot. a v. 769 Vase: en P R «Vanse»; sigo lectura de T y S. vv. 773-78 Diálogo propio del tópico del «mundo al revés» en el que el hijo debe educar al padre; se desarrollará también en los siguientes versos. v. 790 Con la zurda: el golpe o la herida que provenía por un zurdo significaba 'muy malo, muy grave'. Correas recoge en su Vocabulario, n ú m . 9071 el re-

98

LAS MOCEDADES

DEL CID

el que y o os mate, p o r q u e es r a z ó n . ¿ T a n t o hicieras a u n h o m b r e c o m o m i padre en dalle c o n la derecha? CONDE

L a m u c h a r a z ó n q u e tuve

795

p i d i ó el dalle c o n la i z q u i e r d a . RODRIGO

¡ O h , s e ñ o r ! , que eso es querer que los linajes se p i e r d a n .

CONDE

Pues, ¿ q u é q u e r é i s ? Q u e en el c a m p o

RODRIGO

se ajuste aquesta m a t e r i a . CONDE RODRIGO

800

Pues g u i a d . Entraos aquí en aquesta verde selva, d o n d e c o n su o l o r las flores y las fuentes c o n sus perlas y las aves c o n su canto

805

d u l c e m e n t e nos d i v i e r t a n .

frán «Enojo de rubio y lanzada de zurdo. Son crueles» (p. 197). Para la mala fama de los zurdos ver Quevedo, Sueños, pp. 213-14: «Hablando con perdón, los zurdos, gente que no puede hacer cosa a derechas, quejándose de que no están con los otros condenados; y acá dudamos si son hombres o otra cosa, que en el mundo ellos no sirven sino de enfados y de mal agüero, pues si uno va en negocios y topa zurdos se vuelve como si topara un cuervo o oyera una lechuza. [...] y no queráis más que queriendo el otro echar una maldición muy grande, fea y afrentosa, dijo: "Lanzada de moro izquierdo / te atraviese el corazón", y en el día del Juicio todos los condenados, en señal de serlo, estarán a la mano izquierda. A l fin, es gente hecha al revés y que se duda si son gente». v. 791 Verso corto. Quizá falte una pregunta del conde, algo así como «¿Por qué?». v. 799 campo: en el léxico del desafío quiere decir 'campo del honor o de la verdad, el escenario del duelo'; cfr. El rey don Alfonso, vv. 1532-35: «con solo que me acompañes / y en el campo me apadrines / haré que tus escarpines / en su ingrata sangre bañes». v. 804 perlas: metáfora lexicalizada por el 'agua'. vv. 801-806 Parodia del locus amoenus; no tiene sentido el que el lugar del desafío sea bucólico.

TEXTO DE LA COMEDIA

CONDE

99

M u c h o para u n desafío ayuda u n a estancia a m e n a .

RODRIGO

E n fin, le suspende a u n h o m b r e t o d o el t i e m p o que pelea.

CONDE

810

Pues v e d que el R e y anda a caza p o r aquesa parte m e s m a a d o n d e h a b é i s de r e ñ i r , y es fuerza que el R e y l o sienta.

RODRIGO

¿Por qué?

SANCHO RODRIGO

P o r q u e eso es vedado.

815

Basta que nos d e n l i c e n c i a las guardas.

CONDE

Pues al valor, que ya la m ú s i c a suena de las aves y las flores.

RODRIGO

¡ O h , c ó m o la v o z m e alienta!

CAZADOR 1

(Dentro.) Ataja, ataja.

SANCHO

820

Este es el R e y .

CAZADOR 2

(Dentro.)

OTRO

A l monte.

OTRO

C r u z a la maleza.

A l valle.

v. 809 suspende: suspender «Significa también arrebatar el ánimo y detenerlo con la admiración de lo extraño o lo inopinado de algún objeto o suceso» (Aut). v. 815 RODRIGO: la príncipe atribuye todo el verso al conde, pero el sentido dicta que es Rodrigo quien formula la pregunta. v. 815 vedado: dilogía en la que por un lado significa «el campo u sitio acotado u cerrado por ley u ordenanza» (Aut) y por otro hace referencia a que el duelo 'se encuentra prohibido'. v. 821 CAZADOR I: en P R , T y S no aparece interlocutor; esto servirá para las posteriores intervenciones de este interlocutor. v. 821 Ataja, ataja: en términos de caza atajar a algún animal que huye o camina «Es alcanzarle, ganándole la delantera por el atajo y cortándole el paso» (Aut). v. 822 CAZADOR 2: en P R , T y S no aparece interlocutor; esto servirá para las posteriores intervenciones de este interlocutor.

100

LAS MOCEDADES

DEL CID A l o llano.

OTRO

(Dentro.) N i n g ú n c o n e j o se m u e v a

REY

so p e n a de c r i m e n lese. RODRIGO

S u v o z p o n e reverencia.

SANCHO

Pues apartaos y r e ñ i d

825

q u e d i t o p o r q u e n o os sienta. Vanse y sale el Rey y cazadores. CAZADOR 1

A q u í tienes t u c u a d r i l l a , pero de caza n o hay traza.

CAZADOR 2

S e ñ o r , n o se e n c u e n t r a caza.

REY

Pues que se busque beatilla.

CAZADOR

2

830

¡ N o se v i o tal sequedad!

REY

P o r eso a b o r r e z c o el soto.

CAZADOR 2

¿ P u e s p o r q u é cazáis?

v. 825 so pena de crimen lese: crimen lese alude a la construcción léxica crimen de lesa majestad, que es el delito que se comete en contra de la persona del rey; cfr. Céspedes, Historias peregrinas y ejemplares, p. 160: «en la cual, por principal actor y delincuente condenaban no menos que a don Pedro su hermano, que sin temor del cielo ni aun del real amparo que le obligaba a un crimen lesse». Continúa la degradación del Rey, que encuentra un motivo de delito en que los conejos se muevan. v. 828 quedito: 'silenciosamente'. vv. 829-31 CAZADOR I [...] CAZADOR 2: en P R , T, SE, U y S encontramos como interlocutores «I» y «2» respectivamente; esta indicación servirá para las siguientes intervenciones. v. 830 de caza no hay traza: rima jocosa interna. v. 832 beatilla: «Cierta tela de lino delgada y clara de que suelen hacer tocas las beatas y mujeres recoletas» (Aut); el R e y ha entendido caza como «Lienzo muy delgado que se teje de algodón, sutilmente hilado» (Aut), diferente acepción a la que se referían los cazadores en el v. 831. v. 833 sequedad: dilogía ya que puede aludir tanto a 'la falta de lluvia y h u medad del terreno' como a «Metafóricamente vale aspereza en el trato u falta de cariño» (Aut) que se refiere en este caso a la brusca contestación del Rey; cfr. Renegada, vv. 843-46: «CAPITÁN: ¿Si habla conmigo? / ÁGUEDA: ¿Quién tal sequedad creyera? / CAPITÁN: ¿ESO llamas sequedad? / ¡Bien entiendes la etiqueta!».

T E X T O DE LA COMEDIA REY

ES voto que h i c e e n u n a

CAZADOR 1

101

835

enfermedad.

N i u n c o n e j o e n c i e r r a el g l o b o , n i u n a p e r d i z se desata.

REY

O y e que entre aquella mata hay...

CAZADOR 2

¿Qué?

REY

. . . ternera e n adobo.

CAZADOR 1

Pues tírala recatado.

REY

Picaro, no hagáis ruido.

CAZADOR 2

P i e n s o que ya te ha sentido.

REY

¡ A h , que m e la has

CAZADOR 1

E l l a s i n t i ó tus talones.

CAZADOR 2

I n v i c t o R e y , p o r allí

840

espantado! 845

se ha asomado u n j a b a l í . REY

Pues é c h e n l e s los hurones.

CAZADOR 2

E n esa falda, m i r a l d a , se está fuerte y i n v e n c i b l e muy

850

sin t e m o r .

REY

¿ E S posible que n o haya perros de falda?

CAZADOR 1

S e ñ o r , allí se está terco.

REY

D e c i d l e que venga a q u í .

CAZADOR 2

N o quiere.

v. 848 hurones: este tipo de animal, muy similar a la comadreja, se utilizaba fundamentalmente para cazar conejos, debido a su habilidad para meterse en las madrigueras y hacer salir a sus presas; esta respuesta del R e y es disparate; no se emplean para cazar jabalíes. v. 849 falda, miralda: rima interna jocosa. v. 852 Antanaclasis del término falda aludiendo primeramente a 'la parte baja de una montaña' y posteriormente a los perros de falda que es «El perrillo pequeño y regalado, a quien se da este nombre porque las mujeres los quieren tanto que los tienen regularmente encima de sus faldas porque no se lastimen» (Aut).

102

LAS MOCEDADES

DEL CID

Ese j a b a l í

REY

855

debe de ser u n g r a n p u e r c o . Sale el Cid con la espada desnuda, su padre y don Sancho. RODRIGO

H a l l e a vuestras plantas p u e r t o m i culpa. ¡ C o n f u s o estoy!

REY

N o hay que admiraros: y o soy, RODRIGO

que el c o n d e L o z a n o he m u e r t o .

860

¿Aquí? REY

N o os he de e n g a ñ a r : a q u í d o n d e vos venisteis.

RODRIGO

Picaros, ¿ n o m e dijisteis que a q u í n o h a b í a q u é matar?

REY

A q u í le m a t ó , embaidores,

865

a q u í m i s m o , ¿ q u é os admira? CAZADOR 2

Q u i z á , s e ñ o r , es m e n t i r a ; n o creáis a cazadores.

LAÍNEZ

Señor, m i hijo me v e n g ó c o n su b r a z o y c o n su espada

870

de u n a grande bofetada que el c o n d e m e s a c u d i ó ; y aunque yo q u e d é

afrentado

la t o m é , si l o notasteis.

v. 856 puerco: alude a dos significados diferentes, por un lado «En la montería significa lo mismo que jabalí» (Aut) lo cual es una redundancia absurda y al mismo tiempo «Translaticiamente vale grosero, sin policía, cortesía ni crianza» (Aut). v. 862 venisteis: vacilación en el timbre de las vocales átonas que es habitual en el Siglo de Oro. v. 865 embaidores: «El que engaña y embeleca, persuadiendo lo que no es con mentiras y razones aparentes» (Aut); cfr. Guillén de Castro, Los mal casados de Valencia, vv. 219-22: «Fuerza en las palabras tienes; / ¡ay, embaidor, hechicero! / Muerto y engañado me han, / porque hasta el alma se entraron». v. 868 no creáis a cazadores: la tradición popular acusa de mentirosos a los cazadores; ver a modo de ejemplo estos refranes recogidos en Kleiser, núms. 10384, 10393 y 10395: «El mejor cazador miente más que caza», «Las mentiras mayores, en boca de los cazadores», «Reunión de cazadores, reunión de embusteros».

TEXTO DE LA COMEDIA

REY

Y a e n t i e n d o ; vos la tomasteis

103

875

p o r q u e estáis m u y e m p e ñ a d o . LAÍNEZ REY

Sí, s e ñ o r . F u e justa ley; ¿y vos q u é d e t e r m i n á i s ?

RODRIGO

Si vos l i c e n c i a m e dais, q u i e r o i r m e a servir al R e y ;

880

a v e n c e r voy, sin a r d i d , los m o r o s de allende el mar. REY

Este m o z o e n el andar se parece m u c h o al C i d .

LAÍNEZ

Tres e n e m i g o s mayores

885

va a matar p o r si te adula. REY LAÍNEZ REY RODRIGO

REY

¿ Q u é lleva? C i e n t o de a m u í a . N o va m a l si s o n doctores. Pues n o hay que deciros m á s . Y o h a r é l o que os o f r e c í .

890

Pues n o m e v o l v á i s a q u í sin cuatro reyes y u n as.

v. 876 empeñado: dilogía, por un lado 'decidido a hacer una cosa' y por otro lado 'con sus bienes empeñados, porque es pobre y, por lo tanto, está dispuesto a tomar cualquier cosa, incluso una bofetada'. v. 887 Ciento de a muía: hubiese sido más decoroso decir «ciento de a caballo»; muía aparece aquí por atracción de doctores del siguiente verso. v. 888 No va mal si son doctores: la muía era cabalgadura habitual de los médicos; cfr. PSB, n ú m . 524, vv. 5-7: «Tú, que sin muía vas, de virtud lleno, / a la nariz del pobre que te aplica, / que no orinal ni pulso te platica»; Quevedo, Prosa festiva, p. 431: «Si quieres ser famoso médico, lo primero linda muía [...] Oficio docto que su ciencia consiste en la muía»; el poder mortífero del médico es otro motivo satírico que hallamos, ya que se dice que 'matará a muchos si su compañía son cien doctores'. v. 892 sin cuatro reyes y un as: parece ser una alusión al juego del hombre o a una variación llamada pedir rey que consiste en un «Juego de naipes, especie del que llaman del hombre, y se dispone de la misma manera a excepción de que en este pueden jugar cinco. E l que entra a la polla pide un rey de otro palo que el que

104

SANCHO

LAS MOCEDADES

DEL CID

M u e r t o m i tío, no cobro de su m u e r t e n i u n a tilde.

REY

A vuestro t í o d e c i l d e ,

895

S a n c h o , que se p o n g a e n c o b r o . SANCHO

Pues, ¿ p o r q u é ?

REY SANCHO REY

P o r su m a l i c i a . ¿ H a y sucesos m á s e x t r a ñ o s ? Q u e si le c o j o las m a n o s , será fuerza hacer j u s t i c i a

900

y decidle... SANCHO REY SANCHO REY

¡ E x t r a ñ o afán! . . . que s i e n t o . . . ¡ F u e r t e amenaza! . . . que c u a n d o y o n o hallo caza, se ande él d a n d o b o f e t á n .

es el triunfo» (Aut). E n ambos juegos el rey es el triunfo; cfr. Darlo todo, vv. 977¬ 79: «ALEJANDRO: A l rey serví embajador. / EFESTIÓN: ¿Al rey un emperador? / ALEJANDRO: ESO fue jugando al hombre»; Olmedo, vv. 1511-12: «DOÑA ELVIRA: Irá / a pedir al rey el hombre», que hace referencia al juego antes citado. v. 896 se ponga en cobro: Ponerse uno en cobro «asegurarse y resguardarse» (Aut); cfr. Espinel, Vida del escudero Marcos de Obregón, II, pp. 33-34: «Huya y póngase en cobro, que viene matando a cuantos encuentra». v. 899 le cojo las manos: parece ser una reducción de la expresión coger las manos en la masa: «Frase vulgar con que se da a entender que a alguno se le halló en la acción de ejecutar alguna cosa» (Aut); además la rima de este verso es i m perfecta. v. 904 dando bofetán: retoma el juego verbal del v. 832 en el que empleaba el término caza dilógicamente, al igual que ahora, con el significado de 'tela' y n o m braba otro tipo de tejido como la beatilla; ahora juega con bofetán ('una tela muy delgada y tiesa'); además, en la mente del espectador dando bofetán remite a bofetadas.

JORNADA

TERCERA

Tocan cajas y salen el Cid y soldados. SOLDADO 1

Esta, s e ñ o r , es V a l e n c i a ;

905

ya miras sus torres altas y sus soberbias almenas. SOLDADO 2

H a g a n alto sus escuadras; asalta sus fuertes m u r o s ; ea, r í n d e l a , ¿ q u é aguardas?

SOLDADO 1

V a l e n c i a es, s e ñ o r , sin d u d a .

CID

¿Estás b i e n e n que es Valencia?

SOLDADO 1

E s l o , n o hay que hablar palabra.

CID

Y o p i e n s o que es m á s abajo y que la vista te e n g a ñ a ,

910

915

p o r q u e ella es u n a c i u d a d c o n u n p o r t a l a la entrada y ha de tener p o r m á s señas u n h o m b r e j u n t o a la plaza. SOLDADO 1

¿Y d ó n d e , s e ñ o r , has visto

920

esas señas? CID

E n el mapa.

Acot. a v. 905 cajas: «Se llama también el tambor, especialmente entre los soldados» (Aut); cfr. Hamctc, vv. 88-91: «¿Pero qué cajas son estas / cuyos ecos repetidos / aturdiendo los sentidos / son al oído molestas?». vv. 905-908 SOLDADO I [...] SOLDADO 2: en P R , T, SE, U y S hallamos «I» y «2»; esta observación servirá para las siguientes intervenciones. v. 911 Falta un verso que debería rimar en á-a; el sentido no queda afectado. v. 917 portal: «Se llama en Aragón y Valencia la puerta de la ciudad» (Aut). Cáncer estaba familiarizado con esta expresión dado su origen aragonés; este tipo de portales (puertas de las murallas) se utilizaban durante la Edad Media como medida de seguridad, sin embargo ya en el Siglo de Oro se perdió dicho uso.

LAS

106

MOCEDADES

DEL CID

SOLDADO 2

E s o n o p u e d e faltar.

CID

Pues para n o errallo, l l a m a a las puertas.

SOLDADO 1

Dices bien ¿ Q u i é n está acá? N o hay u n alma, fuerte C i d , que nos responda.

CID

N O d e b e n de estar e n casa.

SOLDADO 1

V u e l v o a llamar; ¡ah d e l m u r o ! Sale un moro arriba.

MORO

¿ Q u i é n c o n tal arrogancia l l a m a al m u r o de Valencia?

SOLDADO 2

E l C i d es, que n o es nada.

CID

Entregádmela, morillos, pues os la tengo sitiada h a b r á dos a ñ o s y m á s , y n o t e n é i s esperanza de s o c o r r o , y el sustento ya p o r instantes os falta.

MORO

¡ A h , cobarde! ¿ P o r asedio nos rindes? ¿Esa es h a z a ñ a ?

CID

A q u e s t e es a r d i d de guerra.

MORO

A l z a el sitio, y c o n la espada v e n c e c o m o valeroso.

CID

Este es esfuerzo.

MORO

E S infamia.

CID

A la h a m b r e n o hay defensa. E a , pues, m o r i l l o , baja y e n t r é g a m e la c i u d a d .

MORO

Y a v o y m u r i e n d o de rabia. Quítase

v. 929 Verso corto.

del muro.

TEXTO DE LA COMEDIA CID

107

E a , que la i n d u s t r i a p u e d e l o que n o p u e d e n las armas. H o y , V a l e n c i a , m i s banderas

950

p o n d r é sobre tus murallas y tus rebeldes j a z m i n e s he de p o n e r a m i s plantas. M i v a l o r p u b l i q u e el m u n d o , pues c o n fuerza m á s que h u m a n a

955

h a m b r e les h i c e tener solo c o n v e r m e la cara. SOLDADO 1 CID

Es i n g e n i o . A lo menos es saber j u g a r la espada.

SOLDADO 2

Pues ya c o n p o m p a y c o n t r i u n f o ,

960

c o m o d i c e n , b o c a e n bala, a entregarte la c i u d a d sale la fuerza africana.

v. 948 industria: «Se toma también por ingenio y sutileza, maña u artificio» (Aut); cfr. Ventura, vv. 440-43: «Valiente industria es aquesta, / que, si con este se casa, / no será m i dicha escasa, / cuando un rigor me molesta». v. 952 rebeldes jazmines: juega con la palabra como si fuera nombre de moro, lo que le permite en el verso siguiente el juego con plantas 'vegetales'. v. 953 plantas: juego dilógico del término plantas como 'flores' y 'parte inferior de los pies' (sinécdoque por 'pie'), ya que en el verso anterior el C i d ha citado la flor del jazmín que era muy conocida en la época; Cfr. Darlo todo, vv. 1857-58: «Aquí está, dame a besar / las plantas de regadío»; Orlando, vv. 707-10: «Guárdate de mi enemigo, / que presto a mis plantas puestas / he de ver muchas banastas / de repollo y berenjenas»; Renegada, vv. 137-40: «Salió del coche a tomar / posesión el pie del suelo / y donde sembró la planta / el cordobán fue creciendo». v. 959 jugar la espada: construcción dilógica, por un lado significa 'manejar con habilidad y destreza dicha arma' y por otro es necesario recordar que la espada es 'uno de los cuatro palos de la baraja'; un juego similar lo hallamos en Castigar, vv. 1699-1700: «y así robarme engañoso / con la espadilla intentó» (con la misma alusión al lenguaje del juego). v. 960 triunfo: dilogía con los significados 'victoria militar' y 'en el juego de naipes se le llama a la carta de un palo elegido o que ha salido y que vence a cualquiera de los otros palos'. v. 961 boca en bala: inversión ridicula; cuando una ciudad se rendía se obligaba a veces a salir a los rendidos con las balas en la boca; aquí se trabucan los términos.

LAS MOCEDADES

108

DEL CID

Salen moros, y uno con las llaves en una fuente y otro con recado de escribir. MORO

I n v i c t o C i d , ya V a l e n c i a 965

se te entrega t r i b u t a r i a p o r q u e a la f o r t u n a varia n o hay h u m a n a resistencia. Aquestas sus llaves son; recíbelas, noble C i d . ¿ Y de q u i é n son, m e d e c i d ,

CID

970

estas llaves? MORO

De

Simón.

N o d i g o eso, m o r i l l o ,

CID

sino de q u é p u e r t o s o n . MORO

Y a he e n t e n d i d o t u i n t e n c i ó n ; 975

esta es d e l fuerte castillo y esta c o n guardas m á s fijas cierra la c i u d a d sin pena. ¿ Y aquesta?

CID MORO

Es de u n a alacena para m e t e r baratijas. 980

Y d i , ya que m e la das

CID

para tan grande i n t e r é s , ¿es m u y grande el reino?

MORO

Es c o m o dos veces y m á s ;

v. 971 Simón: alusión a Simón Pedro que en la iconografía aparece siempre con las llaves del cielo en la mano; cfr. Quevedo, P O , n ú m . 849, vv. 33-36: «Su amiga la Coscolina / se acogió con Cañamar, / aquel que, sin ser san Pedro, / tiene llave universal». v. 973 puerto: «Se llaman asimismo aquellos lugares que están el confín del reino y no son puertos de mar, donde están establecidas las aduanas para cobrar los derechos de los géneros que entran de fuera» (Aut). v. 974 Ya he entendido: en P R , SE, U y T «Ya entendido». v. 977 pena: en P R y en los demás testimonios «penas»; enmiendo por ajustar la rima.

T E X T O DE LA COMEDIA

109

viviréis acomodados en él. ¿ Q u é d u d a os asalta? CID

985

¿Veis este reino? A ú n le falta v i v i e n d a para criados.

MORO

Pues que se labre, g r a n C i d .

CID

Pues, m o r o s , a fabricalla.

MORO

¡Q

CID

E a , marchad a M a d r i d .

SOLDADO 1

S u e n e el c l a r í n y la caja;

u e

n

o

s

venciese e n batalla!

990

toca al a r m a c o n estruendo. CID SOLDADO 1

¿ C u á n t o s reyes llevo? Cinco.

CID

N O está b u e n a la baraja.

MORO

N a d a a m í m e da c u i d a d o p o r q u e al fin canas n o p e i n o .

CID

995

E a , a marchar, y este r e i n o le dejad m u y b i e n cerrado, y a d v e r t i d , m o r o s villanos,

1000

que las moras m á s honradas desde h o y q u e d a n obligadas a p a r i r siempre cristianos. SOLDADO 2

Tus virtudes se prefieren.

v. 988 labre: labrar «Se toma también por mandar construir algún edificio, fábrica u otra cosa» (Aut). v. 994 ¿Cuántos reyes llevo? Cinco: alusión a los cinco reyes moros que prendió el C i d , episodio recogido en el Romancero general de Durán, n ú m . 737; en Las mocedades del Cid de Guillén de Castro se amplifica dicho romance en los vv. 1437-1516; verso con rima imperfecta; debería terminar en -éndo. v. 995 Verso que da respuesta al anterior en el que se alude mediante el término dilógico reyes a 'la carta más alta de la baraja' y al 'título de soberano'. v. 997 canas no peino: «Frase que explica ser alguno aún mozo, y que no se le hace injuria en negarle lo que pretende y puede conseguir con el tiempo» (Aut); cfr. Céfalo, vv. 1027-29: «¿Qué padre que honor sustenta / y tiene sangre en el ojo, / pelo en pecho y canas peina».

110

MORO

LAS MOCEDADES

DEL CID

¿ Y q u é h a r á n e n tus querellas

1005

las doncellas? CID

¿Las doncellas?, que paran l o que q u i s i e r e n .

MORO

E l obedecerte es ley.

SOLDADO 1

A l m u n d o su c e l o espante.

CID

Y n i n g u n a l o quebrante,

1010

pena de traidora al rey. MORO

Pues advierte, C i d eterno, que e n nuestra seta traidora todos, s e ñ o r , hasta ahora nos h e m o s i d o al i n f i e r n o ,

1015

y ha de ser m u y diferente c o n los que cristianos salen desde hoy. CID

Y O h a r é q u e os s e ñ a l e n purgatorio

SOLDADO 1

competente.

Ea, a M a l a g ó n marchemos,

1020

que h o y h e m o s de c o m b a t i r l a . CID

¿ Y q u é es M a l a g ó n ?

SOLDADO 2 CID

Es villa. Pues presto la r e n d i r e m o s . Éntrame

SANCHO

y salen Sancho y dos criados del Rey.

H o y a pesar de la parca

v. 1013 seta: «Por opinión u doctrina particular, lo mismo que secta, que es como se dice más comúnmente» (Aut); cfr. Tirso, Amazonas en las Indias, vv. 88¬ 89: «Vuesa merced predique / esa seta en Marruecos o en Mastrique»; El rey don Alfonso, vv. 1720-23: «Mas con condición que deje / Celimo la falsa seta / del fementido Mahoma / y a la santa fe se vuelva». v. 1020 Malagón: municipio de la provincia de Ciudad Real; Correas, n ú m . 8804: «En Malagón, en cada casa un ladrón, y en la del alcalde, hijo y padre; o en Malagón, en cada casa hay un ladrón, y en cas del alcalde, el hijo y el padre». v. 1024 parca: «Voz que significa la muerte, especialmente en la poesía, por alusión a la fábula de las tres hermanas Cloto, Lachesis y Átropos, a cuyo cuidado

T E X T O DE LA C O M E D I A

el R e y c o m e r á u n g r a n rato

111

1025

c o n el m a y o r aparato que t u v o n i n g ú n m o n a r c a . E n público come hoy con p o m p a y autoridad. CRIADO 1

N o se v i o tal majestad.

CRIADO 2

P a s m a d o de vella estoy

SANCHO

S U o p u l e n c i a es p e r e g r i n a .

CRIADO 1

S o b e r b i o es su proceder.

CRIADO 2

Y a está sentado a c o m e r .

SANCHO

Pues c o r r e d esa c o r t i n a . Descúbrese

REY

1030

1035

el Rey sentado a comer ridiculamente.

Vasallos, c u y o c u i d a d o excede al m a y o r desvelo, hoy, p o r q u e veáis m i celo, quiero comer u n bocado. Aquestos juicios son

1040

del c i e l o y p o d é i s creer que c u a n d o llego a c o m e r p r o c u r o tener r a z ó n .

fingieron los antiguos gentiles estar la vida del hombre hilando el estambre de ella la primera, devanándole la segunda y cortándole la tercera» (Aut); cfr. Céfalo, vv. 1738-40: «FILIS: R a z ó n tenéis. / POCRIS: H o y tengo de ser tu parca. / FILIS: Veámoslo»; puede, además, aludir mediante una dilogía a «sobrio, templado y moderado en la comida u bebida» (Aut). v. 1032 peregrina: «Por extensión se toma algunas veces por extraño, raro, especial en su línea o pocas veces visto» (Aut); alude a la glotonería ridicula del Rey, rasgo importante en la caracterización de esta figura; cfr. Quevedo, Sueños, p. 172: «Ved cuál es de peregrino nuestro deseo, que no halló paz en nada desto». v. 1035 corred esa cortina: alusión metateatral a la cortina que cubre la fachada del teatro. Acot. v. 1036 ridiculamente: la comicidad escénica contribuye de una manera especial a provocar la risa del público en las comedias burlescas; cfr. Castigo, acot. inicial: «Salen el Emperador, Bretón, Montesinos, Reinaldos, Oliveros y Malgesí, todos con trajes ridiculos»; Desdén, acot. inicial: «Salen Carlos y Polilla con traje ridículo». v. 1043 razón: dilogía que alude tanto al 'raciocinio, cordura' como al 'argumento que se da en alguna proposición'; aunque hacer la razón era también «co-

LAS MOCEDADES

112

CRIADO 1

DEL CID

E n t u mesa desperdicia la gula su aplauso entero.

SANCHO

¿ Q u é plato e n t r a r á p r i m e r o ?

REY

E l que tenga m á s j u s t i c i a .

SANCHO

Este barro de agua helada

1045

te sirve nuestro i n t e r é s . REY

Y p r e g u n t o , ¿esta agua es

1050

cocida? N o es sino asada.

SANCHO REY

S i es asada n o la q u i e r o ; ¿hay más? M á s p u d i e r a haber,

SANCHO

pero cuanto hay que c o m e r l o ha guisado el c o c i n e r o . REY

1055

¿El c o c i n e r o m e guisa en u n d í a tan l u c i d o ?

SANCHO

G r a n s e ñ o r , d e s c u i d o ha sido.

REY

Pues a d v e r t i d que os avisa mi

SANCHO REY

enojo. ¡Grave rigor!

1060

Q u e e n tales días, grosero, n o m e guise el c o c i n e r o .

rresponder en los banquetes, comidas u ocasiones en que se bebe vino, al brindis o salud que otro hace, con igual brindis» (Aut). v. 1045 aplauso: «Contento y complacencia general, manifestada con palabras, júbilos y otras demonstraciones exteriores de saltos y palmadas» (Aut). v. 1047 justicia: se toma como sinónimo de 'razón' y de esa forma se pone en contacto con los vv. 1042-43, es decir, el R e y ha comentado la intención de que cuando come procura tener razón de ahí que el primer plato sea el de más razón (justicia); otro rasgo de la glotonería del gobernante. v. 1048 barro de agua helada: comida absolutamente grotesca pero que podría contener una agudeza de contrariedad en agua helada con el aguardiente que es una bebida alcohólica; no es necesario citar la afición de los personajes de este género a emborracharse.

T E X T O DE LA C O M E D I A

113

¿Pues quién?

SANCHO

¿ Q u i é n ? E l bordador

REY

si n o hay m á s ; ¿ q u é es esto?, ¿ q u é hacemos? M á s hay, y l o h a b é i s de ver.

SANCHO

1065

D é m o s l e al R e y de c o m e r p o r el a, b, c. Los 2

CRIADOS

Sí haremos. Y o en el a le d o y albahaca,

SANCHO

aceitunas y azahar. CRIADO 1

Y o en la b le q u i e r o dar

1070

berzas, bretones y baca. CRIADO

2

Y o e n la c le d o y camuesas, cataplasmas y candor.

REY

N o v i c o n v i t e mejor. ¡ H o l a , h a c e d quitar la mesa!

1075

v. 1063 bordador: «La persona que tiene por oficio el labrar sobre las telas con aguja, sedas, plata, etc.» (Aut); disparate absurdo ya que el bordador no es el más indicado para cocinar. v. 1064 Verso largo. v. 1067 a, b, c: «El orden de las letras con que en las cartillas comienzan los niños a conocerlas y tomarlas de memoria» (Aut). v. 1067 Los 2 CRIADOS: en P R , T y S hallamos «Los 2». v. 1071 bretones y baca: bretón se refiere a «El renuevo de la berza, el retoño que vuelve a echar» (Aut); baca alude a la «La frutilla pequeña como manzanillas o cuentas que crían algunos árboles y plantas como el laurel, el cerezo silvestre, el mirto, la hiedra y otros» (Aut). v. 1072-73 camuesas, / cataplasmas y candor: camuesa: «Especie de manzana algo pálida. [...] Es muy sabrosa, suave al gusto, olorosa, sin agrio alguno y muy medicinal» (Aut); cfr. El robo de Elena, vv. 402-405: «¡Venus divina!, ya es tiempo / de pagarme aquella deuda, / que si te llamas pizarro / perdí manzana y camuesas»; cataplasma: «Empasto que se pone en alguna parte del cuerpo dañada» (Aut); candor: «Metafóricamente se toma por la sinceridad, pureza y candidez del ánimo que no tiene mezcla de malicia, ni pasión que perturbe su sosiego y tranquilidad» (Aut); como se puede apreciar la enumeración de alimentos ha derivado en un disparate absurdo; llama la atención que la comida que se menciona esté compuesta por vegetales, puede deberse a otro elemento de degradación del grotesco R e y debido a que la dieta expuesta la tomaban los conversos (recordemos que los judíos no podían comer cerdo).

114

CRIADO 1

LAS MOCEDADES

DEL CID

J i m e n a , s e ñ o r , u n rato te quiere hablar sin r u i d o .

REY

S i antes h u b i e r a v e n i d o , se h u b i e r a llevado u n plato. Salen Jimena

JIMENA

y criados.

A vuestros pies excelentes

1080

está m i pena i n m o r t a l . REY JIMENA

¿ Q u i é n sois? J i m e n a de tal.

REY

S i n d u d a somos parientes.

JIMENA

¿Eso q u i é n p u d o

REY

impedillo?

¿ Y q u é os obliga, d e c í ,

1085

a que os l l a m é i s vos así? JIMENA

Señor, u n mayorazguillo; ¿mas c ó m o a m i pena extraña tanta s u s p e n s i ó n le d o y c u a n d o yo, s e ñ o r , estoy

1090

cuartana a q u í y e n c a m p a ñ a ? Justicia os p i d o , b u e n R e y , j u s t i c i a os v e n g o a p e d i r c o n t r a aquel que p o r m a l n o m b r e

v. 1075 R i m a imperfecta. v. 1082 de tal: «Se usa asimismo para demonstrar un sujeto no conocido» (Aut); en la comedia burlesca de El hermano hay un personaje que se llama Fulano de tal. Recojo el acertado comentario de Arellano en PSB, p. 153: «Un signo despectivo radica ya en la misma indeterminación de "don Tal" connotadora de cierto desprecio y vulgaridad». v. 1091 cuartana: «Especie de calentura que entra con frío de cuatro en cuatro días de donde parece que tomó el nombre»; cfr. Lope, El caballero de Olmedo, vv. 907-10: «Mas bien se ve que es león / amor; su fuerza, tirana; / pues que con esta cuartana / se amansa mi corazón». v. 1092 Justicia os pido, buen Rey: verso muy similar al que encontramos en el Romancero de Duran, n ú m . 732: «Justicia buen R e y te pido y venganza de traidores». vv. 1094-95 Este pasaje tiene dos lecturas posibles; la primera considerando el significado de C i d en árabe, que era un título honorífico que vendría a signifi-

TEXTO DE LA COMEDIA

los m o r o s le l l a m a n C i d .

115

1095

Ese m e m a t ó a m i padre, y el p o b r e viejo, ¡ay de m í ! , anda c o m o avergonzado desde a q u e l d í a infeliz p o r q u e a su padre le d i o

1100

u n b o f e t ó n por abril, c u e r p o a c u e r p o e n la c a m p a ñ a le m a t ó c o m o r u i n . D i j é r o n m e su t r a i c i ó n y y o que m u e r t o le v i ,

1105

m e fui al p r a d o de r e b o z o sin q u e r e r m e descubrir. D e s d e entonces traigo l u t o , y si c o m o u n a p e r d i z , arrojo siempre las patas

1110

p o r su c o l o r c a r m e s í . Fuese el traidor alevoso a la g u e r r a p o r c u m p l i r , y para d a r m e m á s p e n a d i c e n trata de v e n i r ;

1115

y y o le h u b i e r a ya dado, gran señor, c o n u n c h a p í n ,

car 'señor', y otra teniendo en cuenta las connotaciones que el héroe del C i d poseía, que incluso llegó a convertirse en paradigma de la valentía. Ambas son razones por las que los moros le llaman por mal nombre. v. 1102 cuerpo a cuerpo: «Frase adverbial que expresa el modo de pelear unos con otros, con igualdad, sin reparo u defensa particular» (Aut); cfr. Olmedo, vv. 489¬ 90: «DON RODRIGO: ¿Qué has hecho, traidor? D O N ALONSO: Matarla / con valor y cuerpo a cuerpo». v. 1106 al prado de rebozo: de rebozo se da cuando una persona se cubre el rostro para que no se le reconozca; cfr. Ventura, acot. a v. 574: «Sale la Infanta de rebozo, como de noche, con un envoltorio debajo del brazo, y en el envuelto una ratonera»; quizá haga referencia al Prado pero no es posible saberlo. vv. 1109-10 Alusión a las patas de perdiz: «Apodo que se da al que trae medias coloradas, especialmente si es mujer» (Aut); Jimena rehuye las medias coloradas porque va de luto. v. 1117 chapín: «Calzado propio de mujeres, sobrepuesto al zapato para levantar el cuerpo del suelo [...] el asiento es de corcho» (Cov.), se utilizaba para ele-

116

LAS MOCEDADES

DEL CID

a n o m i r a r que u n a d a m a n o ha de ser e s p a d a c h í n . Ea, gran R e y , a vengarme,

1120

u d é sin ojos a q u í , c u a n d o n o p u e d o llorar, al m e n o s p o d r é reír, cuando no pueda llorar... REY

C a l l a ya, d o ñ a B e a t r i z .

JIMENA

N o es así, s e ñ o r , m i n o m b r e .

REY

1125

S Í es, que l o p r o p i o es d e c i r B e a t r i z que J i m e n a G ó m e z en estilo p a s t o r i l .

SANCHO

E l R e y está e n t e r n e c i d o .

REY

Y a y o n o p u e d o sufrir

1130

el l l a n t o que se m e asoma al d e s v á n de la n a r i z . Tocan cajas. SANCHO

Estas cajas dan i n d i c i o , s e ñ o r , de que v i e n e el C i d .

REY

1135

E s c o n d e o s vos.

var en algunos centímetros la altura de las mujeres; cfr. Castigar, vv. 1016-17: «Miente tu chapín ingrato / por la gola y por la frente». v. 1119 espadachín: «El preciado de guapo y valentón, alborotador y amigo de ruidos» (Auf); cfr. Quijote, II, 19: «y tal al que vio pasar por la calle, a su parecer bizarro y entonado, aunque fuese un desbaratado espadachín». v. 1125 doña Beatriz: disparate por el que confunde a Jimena con otro n o m bre. v. 1128 Jimena Gómez: nombre y apellido de la dama del C i d que aparece en el Romancero de Duran, n ú m . 746: «La noble Jimena Gómez, / hija del conde Lozano». v. 1133 desván de la nariz: metáfora ridicula para referirse a 'ojos'; desván alude a 'la parte más alta de una casa', en este caso sería la parte más alta de la nariz que, sin duda, hace referencia a los ojos. v. 1134 cajas: ver nota a la acot. al v. 905. vv. 1136-37 Versos dilógicos: por un lado se puede entender como si fuese una perra herida, tomando, claro está, sentimiento como 'dolor o pena'; por otro

T E X T O DE LA COMEDIA

SANCHO

117

U n a perra h e c h a está de s e n t i m i e n t o .

JlMENA

Ireme a aquel aposento a n d a n d o de tierra e n tierra.

CRIADO 1

G r a n R e y , ya el C i d C a m p e a d o r

1140

entra a hablaros. REY

L l e g u e pues. Entra el Cid y soldados.

CID

Y o , i n v i c t o R e y , a esos pies l l e g o ahora v e n c e d o r ; ya el m o r o , sin resistir, se ha r e n d i d o a m i v i o l e n c i a

1145

y sujetado a V a l e n c i a a maneras de decir. T o d o lo vencí en u n día, pero el caso, si n o os harta, os l o d i r á aquesta carta. REY

¿ Y c ú y a es la carta? Mía.

CID REY

1150

¿Vuestra? ¡ E x t r a ñ a

confusión!

¿ P u e s p o r q u é m e la escribisteis si vos a v e r m e venisteis? CID

P o r n o perder o c a s i ó n .

1155

Y a los m o r i s c o s fronteros son tuyos c o m o l o ves. Y hoy, s e ñ o r , p o n g o a tus pies

lado perra es un insulto muy habitual dado a los judíos, moros y negros, y una persona judía de sentimiento se considera como judía en el alma o de alma judía'. v. 1138 Ireme a aquel: en P R y S «Ireme aquel»; sigo la lectura de T. v. 1147 a maneras de decir: equivale a 'por decirlo de algún modo'; Correas, n ú m . 603 cita dicha y señala: «Dícese diciendo algo no muy ajustado». v. 1151 cúya:'de quién'. v. 1156 moriscos fronteros: eran los moros que ocupaban el territorio situado en la misma frontera.

118

LAS MOCEDADES

DEL CID

estas ganadas banderas c o n que m i n o m b r e e t e r n i z o . REY

1160

Y estas banderas q u e os dan, ¿ d e q u é son?

CID

D e tafetán.

REY

M e j o r e s fueran de r i z o .

CID

E s a es l i n d a n e c e d a d c u a n d o tal t r i u n f o he ganado.

REY

A n d a d , que os h a n e n g a ñ a d o .

LAÍNEZ

A d v i e r t a t u majestad

1165

que eso n o es m o d o n i es nada c o n q u i e n tanta g l o r i a os da. REY

D e t a f e t á n ya estará la v i t o r i a

CID

1170

acatarrada.

Pues p o r q u e sepáis que es m u c h o el t r i u n f o que os a d q u i r í , os d i r é c ó m o v e n c í ; atendedme.

REY

Y a os escucho.

1175

v. 1159 Verso con rima imperfecta; debería concluir el verso en -éros. v. 1162 tafetán: «Tela de seda muy unida que cruje y hace ruido ludiendo con ella» (Aut); cfr. Calderón, La casa de los linajes, en Teatro cómico breve de Calderón, vv. 10-12: «a Juanilla pasé de mantellina / a manto: a tafetán de bocacíes: / de tú a don, de ramplón a ponlevíes»; disparate ya que el R e y no pregunta de qué están fabricadas las banderas sino a qué reyes o ciudades corresponden dichas enseñas. v. 1163 rizo: «Se llama también cierta especie de terciopelo que por no cortarle en el telar, queda áspero al tacto y forma una especie de cordoncillo» (Aut); cfr. Lope, Servir a señor discreto, vv. 1371-75: «Descoge por vida mía / de los ojos el gabán, / que en corte llaman capote, / de ese rizo o chamelote / en que tus cejas están». vv. 1170-71 tafetán... acatarrada: tafetán posee otra acepción distinta a la anotada en el v. 1162, que es: «díjose así del ruido que hace el que va vestido della, sonando el tif taf» (Cov.); de ahí el chiste con el término acatarrada, ya que el sonido de esa tela es muy similar al de una persona con catarro.

T E X T O DE LA COMEDIA CID

119

V i é r o n s e los dos campos m a n o a m a n o , pero y o represento c o n m i gente al m o r o la batalla, y el pagano u n p o c o se d e t u v o

adredemente.

P a r e c i ó l e que a ú n era m u y t e m p r a n o

1180

para darnos batalla tan ardiente, y m á s de m e d i a h o r a b u e n a o m a l a m i e j é r c i t o d e t u v o en la antesala. V i e n d o y o su t a m a ñ a g r o s e r í a y que m i gente estaba e n tal aprieto,

1185

p o r estrenar en él la v a l e n t í a furioso c o n mis tropas le a c o m e t o ; e n c a p o t ó s e el sol, t u r b ó s e el día, y estando t o d o desta suerte q u i e t o e s t o r n u d ó u n m o r i l l o de repente,

1190

y al g o l p e se a s u s t ó toda m i gente. Y al trabarse la l i d , en u n a alfana, ancha de orejas, que la flema aborta, larga de cuello, de cabeza vana, alta de brazos y de piernas corta,

1195

de ancas chupada, cola rabicana,

v. 1176 campos: «Se llama asimismo el ejército formado que está en descubierto» (Aut); en este verso comienza la descripción ridicula de la batalla, un ejemplo de esto mismo encontramos en Hamete, vv. 170-307. v. 1179 adredemente: 'adrede'; cfr. Olmedo, vv. 899-902: «Esa razón misteriosa / mi afecto no la consiente; / que a ser dama adredemente / he nacido tan hermosa». v. 1182 hora buena o mala: alusión a la construcción léxica en buena hora que es «Frase con que se concede alguna cosa que se pide o se da por sentado algo para proseguir por otro medio el discurso que se está haciendo sobre un negocio, queja o enfado» (Aut); claro está aquí se toma el sentido literal de tiempo. v. 1192 trabarse la lid, en una alfana: trabar significa 'reñir, batallar'; lid: «La batalla o contienda en que lidian o pelean dos o más personas» (Aut); alfana es «Caballo corpulento, fuerte y brioso» (Aut); cfr. Quijote, l, 18: «el otro, que carga y oprime los lomos de aquella poderosa alfana». v. 1193 flema: «Pereza, lentitud, demasiada tardanza en las operaciones» (Aut); cfr. Dado todo, vv. 600-601: «¿Cuando aquí hay un hombre muerto / os estáis con esa flema?». v. 1196 rabicana: «Adjetivo que se aplica al caballo que tiene algunas cerdas blancas en la cola» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 290, vv. 678-80: «le dio

120

LAS MOCEDADES

DEL CID

tan feroz que p o r m á s que se reporta, c o n los pies el arena s a c u d í a y c o n las manos n o sé q u é se h a c í a ; descubro u n m o r o en u n overo p r i e t o

1200

de b u e n c o l o r y g u a r n i c i ó n al canto; dile u n g o l p e b l a n d i e n d o el fuerte

abeto;

c a y ó s e l e el bonete, que de espanto se q u e d ó b o c a a r r i b a y, c o n respeto, tan alto de la silla le levanto

1205

que e n tierra de cabeza d i o el j i n e t e y le m e t i ó otra vez e n su bonete; paso adelante y c o n el m o r o M u z a encuentra m i v a l o r y m i esperanza; v i o m e el alarbe y t o d o se espeluza,

1210

y fuerte e m p u ñ a la robusta lanza; t r a b ó s e entre los dos la escaramuza, mas y o u n g o l p e le d i c o n tal pujanza

el mejor caballo que tenía, / llamado Rabicán, no por el brío, / mas por ser de un rabí perro judío». v. 1998 el arena: alomorfo del artículo femenino procedente del Mam latino, con caída de la parte final ante vocal, en especial la a. v. 1200 overo prieto: términos disparatados que aluden al color del caballo; overo significa «Lo que es de color de huevo. Aplícase regularmente al caballo» (Aut); y prieto es 'color muy oscuro, casi negro'. v. 1201 guarnición: «Se llama también los arreos y paramentos que se ponen a las muías o caballos para su adorno, gala o autoridad del que los monta» (Aut). v. 1202 fuerte abeto: metonimia por 'lanza'. v. 1207 bonete: antanaclasis, en el v. 1203 alude a «todo abrigo que se pone en la cabeza aunque no sea con picos» (Aut) y en el v. 1207 a «En términos de fortificación se llama una defensa exterior en las plazas o castillos; la cual es una tenaza doble, a cola de golondrina; y porque en su figura imita con sus tres puntas al bonete de los clérigos» (Aut), así se logra una hipérbole disparatada. v. 1208 moro Muza: se considera uno de los más célebres lugartenientes de Tarik que invadió España; se toma por antonomasia como 'moro'. v. 1210 alarbe y todo se espeluza: alarbe es término sincopado de alárabe que además de 'árabe' alude a «hombre bárbaro, rudo, áspero, bestial o sumamente i g norante» (Aut); cfr. El rey don Alfonso, vv. 820-22: « yo voy seguro y contento / de que ni alarbe ni moro / no me echará de mi asiento»; espeluzar «erizar los cabellos algún pavor o miedo repentino» (Aut); cfr. Quevedo, PO, núm. 572, vv. 12¬ 14: «El pedir a los ricos me espeluza, / pues saben mi mendrugo y mi arrapiezo, / y darme saben solo en caperuza».

T E X T O DE LA C O M E D I A

121

que al m o r i l l o , que apenas se sujeta, le p e n e t r é u n almilla de bayeta;

1215

m u e r e el m o r o arrogante y p e n o r o s o ; tuve el dalle m u e r t e p o r a g ü e r o y a u n q u e d i s i m u l a b a generoso, que siempre d i z que fue supersticiero; h u y ó p o r varios climas presuroso

1220

v i é n d o l e m u e r t o ya su c a m p o entero, y a fin v e n c i m o s de tuto en tito. P e r d o n a d si hay c o n q u é ; acabosito. LAÍNEZ

V i t o r i a fue c o n exceso.

CID

Cuatro m i l moros m a t é .

REY

¿ C u a t r o mil?

CID

S Í , en b u e n a fe.

REY

¡Este m o r o es m u y travieso!

CID

Y ahora, s e ñ o r y d u e ñ o ,

1225

en paga de a c c i ó n tan b u e n a os p i d o solo a J i m e n a . REY

1230

¿ A Jimena? ¡Grave e m p e ñ o ! V e d que es m u j e r y se siembra gran d u d a si c o n vos casa.

v. 1215 almilla de bayeta: almilla alude a «una especie de j u b ó n con mangas ajustado al cuerpo. Es traje interior» (Aut); y bayeta a una «tela de lana muy floja y rala [...] que sirve para vestidos largos eclesiásticos, mantillas de mujeres y otros usos» (Aut). v. 1216 penoroso: parece un neologismo contaminado por un cruce léxico de las voces pesaroso y penoso. v. 1219 diz que: 'dicen que', tiene ciertas connotaciones de vulgarismo. v. 1222 de tuto en tito: expresión cacofónica, italianizada por el término tuto (tutto) que quiere decir 'todo'; tito parece ser un ripio (por motivos métricos) que evocaría al mismo vocablo tuto; la expresión, que no he podido documentar, vendría a significar 'del todo, completamente'. E l verso es duro al oído, corto, aunque puede hacerse hiato. v. 1223 acabosito: diminutivo burlesco de acabóse. E n la príncipe, en una serie de perfectas octavas reales, aparecían los ocho versos 1216-23 en un orden con rima particular A - A - B - B - B - A - C - C . Parece ser un error, ya que sintácticamente cobra más sentido el texto ordenado en forma de octava real como lo transcribo en esta edición.

122

CID

LAS MOCEDADES

DEL CID

S e ñ o r , todos e n m i casa h e m o s casado c o n h e m b r a .

REY

1235

N o d e b o m á s que avisaros; d e s p u é s n o os q u e j é i s de m í . J i m e n a , salid a q u í .

JIMENA

A q u í e s t á n mis ojos claros.

CID

B e l l a está c o m o m i l rosas.

REY

A t e n d e d a l o que os d i g o .

1240

D e c i d , ¿queréis c o n R o d r i g o casaros entre otras cosas? JIMENA

D i g o que el cura de A s t o r g a venga a casarnos a q u í .

1245

D i g o que sí y que resí. REY

B i e n está, q u i e n calla otorga, y ansí b i e n le p o d é i s dar la m a n o .

CID REY

¡ G r a n d e placer! Y a sois m a r i d o y m u j e r

1250

los dos, salvo sea lugar.

v. 1246 Digo que sí y que resí: afirmación reiterativa que resulta jocosa; cfr. Castigar, vv. 1008-11: «Castigarle toca a mí, / que soy tu hermana menor, / si no en años, en valor, / digo que sí, y que resí». v. 1247 quien calla otorga: «Refrán que da a entender que el que no contradice en la ocasión conveniente, da indicios claros de que o es cómplice en lo que le imputan, o que concede y otorga lo que no tiene voluntad de hacer» (Aut); cfr. Desdén, vv. 1342-44: «DIANA: ¡Mas ahora estoy dudando! / ¿Pues c ó m o estabais callando? / CARLOS: Porque aquel que calla, otorga». v. 1251 salvo sea lugar: expresión familiar que se utiliza para evitar mencionar directamente la parte del cuerpo en la cual aconteció lo que se refiere; este verso debe ir acompañado de un rico lenguaje gestual para comprender el lugar referido (normalmente el trasero); cfr. Hamete, vv. 1206-1209: «CRIADO: La herida de par en par / te dejó abierta el tacaño. / ¿Dónde tienes el araño? / D O N MARCOS: Aquí, salvo sea el lugar»; Desdén, vv. 681-82: «Fox: A mí me toca p r i mero. / CARLOS: Y a mí, salvo sea el lugar». v. 1251 ceñid: 'cénit'.

T E X T O DE LA COMEDIA

LAÍNEZ

123

T U n o m b r e al otro c e ñ i d llegue, pues t o d o te alaba.

CID

Y a q u í , senado, se acaba las mocedades del Cid.

FIN

1255

EL

CASTIGO

EN

LA

ARROGANCIA

C o m e d i a burlesca a n ó n i m a

INTRODUCCIÓN

1. D A T O S E X T E R N O S , T E X T O Y A U T O R Í A

Sobre la c o m e d i a burlesca titulada El castigo en la arrogancia n o d i s p o n e m o s de datos de m a y o r i m p o r t a n c i a . E n la p o r t a d a d e l m a n u s c r i t o c o n s e r v a d o se lee «El castigo e n la a r r o g a n c i a /

burlesca

/

C o m e d i a e n 3 j o r n a d a s » y « C o m e d i a famosa d e l castigo e n / la a r r o gancia de u n i n g e n i o / b u r l e s c a » ; ambos e p í g r a f e s escritos p o r diferentes m a n o s . N o c o n o c e m o s la fecha de escritura n i el autor; Paz y M é l i a considera la letra d e l siglo x v n . 1

A l t é r m i n o de la c o m e d i a hay u n a letrilla que s i r v i ó de enlace para el e n t r e m é s ( « M i e n t r a s sale el e n t r e m é s / quiero cantar m i letrilla / que es la quinta maravilla. / C o m p u e s t a p o r Pedro A n d r é s / a p r o b ó l a u n calabrés»); y, d e s p u é s u n a «Loa para la c o m e d i a burlesca / del castigo e n la a r r o g a n c i a » en la que aparecen todos los personajes de la c o m e d i a y en la que gran parte de los versos son cantados, s e g ú n las acotaciones.

2. L A V E R S I Ó N PARÓDICA Y S U M O D E L O

SERIO

El castigo en la arrogancia n o tiene u n m o d e l o c o n c r e t o de c o m e dia seria; b e b e de la t r a d i c i ó n r o m a n c e r i l y posee c i e r t o p a r e c i d o c o n el r o m a n c e n ú m . 3 7 3 d e l Romancero de D u r á n e n el que se relata la h i s t o r i a d e l m o r o C a l a í n o s , e n a m o r a d o de la infanta Sevilla, hija de su r e y E l l a le p i d e las cabezas de O l i v e r o s , R o l d a n y R e i n a l d o s , así que el m o r o d e c i d e atacar París para c o n s e g u i r el a m o r que persigue; cae

Paz y Mélia, 1934, p. 84. Dicha información la recoge también Crespo Matellán, 1979, p. 33. 1

EL CASTIGO

128

EN LA

ARROGANCIA

derrotado y R o l d á n le corta la cabeza. C o n s i d e r o que el autor ha u t i l i z a d o ese legado oral para m e z c l a r los personajes d e l r o m a n c e r o m o risco o f r o n t e r i z o y los d e l c i c l o c a r o l i n g i o . H a y t a m b i é n influencias del tema de O r l a n d o . E n c o n t r a m o s varias c o n c o m i t a n c i a s entre las comedias burlescas El castigo en la arrogancia y Angélica

y Medoro. A m b a s se s i t ú a n en la corte parisina de C a r l o m a g n o

y los doce Pares, y se p r o d u c e una i n v a s i ó n m o r a , elementos

funda-

mentales en las dos comedias, aunque en El castigo en la arrogancia se prescinda de la historia de a m o r entre A n g é l i c a y M e d o r o . S e ñ a l a r é otros detalles a n á l o g o s que m e llevan a pensar en una posible i n f l u e n cia entre ellas: en Angélica

y Medoro, R u g e r o en los vv. 4 5 6 - 5 9 , narra

la llegada de los m o r o s en caballos de c a ñ a , e l e m e n t o que en El castigo en la arrogancia se da en los vv. 5 9 6 - 6 5 0 ; otro pasaje similar es el d i á l o g o amoroso r i d í c u l o que se p r o d u c e entre A n g é l i c a y M e d o r o (vv. 7 4 0 - 8 2 1 en Angélica

y Medoro) y entre Z a i d a y M o n t e s i n o s (vv. 657¬

702 en El castigo en la arrogancia)', p o r ú l t i m o , en ambas comedias el e m perador mantiene relaciones c o n la dama m o r a ( A n g é l i c a o Z a i d a , s e g ú n la c o m e d i a ) : en Angélica

y Medoro, C a r l o m a g n o d e t e r m i n a que g o z a r á n

M e d o r o y él, una semana cada u n o , de los servicios de A n g é l i c a ; m i e n tras que en la obra que nos o c u p a el e m p e r a d o r e x p o n e en los vv. 1 3 2 0 - 2 2 : «os entrego a vuestra n o v i a / q u e d á n d o m e p o r b l a s ó n / que a mis pies tuve u n a t r o n g a » .

2. 1. R e s u m e n de El castigo en la arrogancia L a obra c o m i e n z a c o n el r e c i b i m i e n t o del e m p e r a d o r a B r e t ó n , M o n t e s i n o s , R e i n a l d o s , Oliveros y M a l g e s í . Les hace saber a través de u n breve m o n ó l o g o ( w . 17-44) que u n m o r o llamado A l a z á n pretende d o m i n a r París; cada u n o de los Pares que se encuentran en la corte acepta luchar contra él y al ú l t i m o de ellos, que es M a l g e s í , le hacen consultar los astros para saber c ó m o les irá en la batalla. Llega A l a z á n d e t e r m i n a d o a luchar; relata su vida en u n m o n ó l o g o , incita a M o n t e s i n o s a que pelee contra él y, p o r ú l t i m o , le hace saber sus pretensiones a C a r l o m a g n o . E l emperador y sus caballeros se marchan desafiando al m o r o . A c o n t i n u a c i ó n se c o l o c a el secuestro de Z a i d a a manos de M o n t e s i n o s y Reinaldos. E n la j o r n a d a segunda M a l g e s í y O l i v e r o s tratan de encontrar u n m o d o de prender al m o r o arrogante, mientras A l a z á n y Alí preparan

INTRODUCCIÓN

129

disparatadamente los caballos (de c a ñ a ) para acometer París. M o n t e s i n o s intenta e n a m o r a r a Z a i d a , q u i e n responde c o n la n a r r a c i ó n de su v i d a y p o n d e r a su a m o r p o r A l a z á n . Se r e ú n e n C a r l o m a g n o y B r e t ó n c o n M o n t e s i n o s , R e i n a l d o s y Z a i d a e n el m o n t e , y el emperador, encantad o c o n la belleza de la m o r a , ordena a B r e t ó n que la lleven a París. Pasamos a la j o r n a d a tercera e n la que A l a z á n e m p r e n d e el ataque a P a r í s , f u r i o s o p o r la c a u t i v i d a d de Z a i d a , que h u y e de la corte. M o n t e s i n o s y R e i n a l d o s tratan de e n c o n t r a r a Z a i d a c u a n d o llegan A l a z á n y A l í , y se p r o d u c e u n a pelea entre los cuatro, que c o n c l u y e c o n la derrota d e l b a t a l l ó n m o r o . C a r l o m a g n o , v a n a g l o r i á n d o s e de la v i c t o r i a o b t e n i d a ante A l a z á n , le castiga j o c o s a m e n t e a n o c o m e r n u n ca alcachofas; sin e m b a r g o le d e v u e l v e a su amada, Z a i d a .

3. P R O C E D I M I E N T O S

Una

C Ó M I C O S D E EL

CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

de las burlas reiteradas en esta c o m e d i a es la de las supersti-

ciones. E n la p r i m e r a j o r n a d a (vv. 122-28) aparece la sátira de las s u persticiones o a g ü e r o s : MALGESÍ

C o n la empresa tengo agüero; consultarela primero a u n n i ñ o de la dotrina (pero no es, no, de valientes, para casos semejantes, consultar ni aun a los dientes; mal dije, ni aun a los guantes).

E n la segunda j o r n a d a (vv. 5 7 5 - 8 0 ) , se r e t o m a j o c o s a m e n t e el tema de las supersticiones sobre la i n f l u e n c i a de los astros: ALAZÁN ALÍ ALAZÁN ALÍ

¿ Q u é planeta reina? Marte. Pues traime el caballo bayo. E S recio de c o n d i c i ó n y me ha de poner hocico.

ALAZÁN

Si lo hace, traime un borrico, que tendrás más atención.

Varios recursos t ó p i c o s de las c o m e d i a s se p a r o d i a n e n esta p i e z a : la m u j e r c o n disfraz v a r o n i l en los vv. 5 8 9 - 9 1 : « Z a i d a se vestirá de

130

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

h o m b r e / y h a r é c o l o c a r su n o m b r e / en el c u e r n o de la l u n a » . E n otro pasaje (vv. 6 0 0 - 2 5 ) se hace referencia al m o t i v o d e l caballo desb o c a d o frecuente en los dramas. E l retrato grotesco de la d a m a se da 2

3

e n los vv. 6 6 4 - 7 5 . O t r a f o r m a de parodia literaria es la d e l estilo g o n g o r i n o , que e n esta c o m e d i a se advierte e n varias ocasiones a t r a v é s de t é r m i n o s e i m á g e n e s cultistas c o m o e n los vv. 3 1 4 - 1 5 : «de m a r en blancas torres / de espuma fugitiva» o h i p é r b a t o s c o m o el d e l v. 4 2 9 : « P o r la que m e a l u m b r a luz». D e n t r o d e l c o n c e p t o de c o m i c i d a d c o m o turpitudo

et

deformitas,

a b u n d a n las alusiones e s c a t o l ó g i c a s y obscenas, en la m a y o r í a de los casos sustentadas e n j u e g o s de palabras: « C o n ella estuve /

que el v i e j o c a p ó n quedaba

entretanto

/ c o n la n i ñ a setentona /

dándose

m u y de las astas» (vv. 1 0 1 4 - 1 7 ) ; «os entrego a vuestra n o v i a /

que-

d á n d o m e p o r b l a s ó n / que a mis pies tuve una t r o n g a » (vv. 1320¬ 23), etc. . 4

Destaca en la c o m e d i a la gran cantidad de t é r m i n o s e s c a t o l ó g i c o s y referidos a operaciones fisiológicas o vulgares: «Estoy en c a l m a / v i e n d o cazar a estos piojos» (vv. 7 8 4 - 8 5 ) , « e s p u l g u e las l i e n d r e s » (v. 1146); « p r o m e t e / gran cosecha de a l m o r r a n a s » (vv. 9 0 2 - 9 0 3 ) ; «¿En m i presencia te rascas?» (v. 76); «el n o haber v o m i t a d o » (v. 500); «de m i e d o m e cisco» (v. 1100) . D

Las alusiones carnavalescas a la c o m i d a o a la b e b i d a c o n f o r m a n otro de los apartados relevantes en el g é n e r o burlesco y s o n f r e c u e n tes e n esta obra: r e m i t o a los vv. 2 6 7 , 3 2 3 , 484, etc., para u n a b u e n a cosecha de longanizas, morcillas, pepitorias, manos y panzas o a l m o n diguillas, a c o m p a ñ a d a s de v i n o y aguardiente. L a d e g r a d a c i ó n de los personajes

está o r i g i n a d a , en m u l t i t u d de

ocasiones, p o r el uso de t é r m i n o s que los a n i m a l i z a n o cosifican. E l m i s m o n o m b r e d e l m o r o A l a z á n alude a u n a capa caballar; otros e j e m plos de estos procesos son: « t e n d i d o c o m o a t ú n » (v. 19), «a los perros y m a r r a n o s » (v. 228), « j u m e n t o » (v. 701), «milanos» (v. 925), y « l o m -

Motivo utilizado también en Céfalo, vv. 42-45 y 900-904. Ver Valbuena Briones, 1965. Fenómeno habitual en las comedias burlescas es la parodia de la descriptio puellae. Ejemplos de esto los hallamos en Ventura, vv. 360-65, Amor, ingenio y mujer, vv. 109-36 y El rey Perico, vv. 504-55. Otros ejemplos en los vv. 93-94, 796-97, 904-906 y 1195-96. Hallamos más ejemplos en los vv. 242-43, 570-71, 1197-98 y 1298. 2

3

4

5

INTRODUCCIÓN

131

b r i c e s » (v. 1 2 8 1 ) . S ú m e n s e los motes e invectivas, insultos, m a l d i c i o 6

nes y j u r a m e n t o s : « m a j a d e r o » (v. 38), «necio» (v. 65), «chisgarabís» (v. 92), « b e l l a c o g o l o s o » (v. 248), «bestia» (v. 461), «vinagres» (v. 463), « m e n t e c a t o » (v. 9 6 2 ) . . . O t r o e l e m e n t o interesante es el lenguaje c o l o q u i a l , frases hechas, refranes, expresiones que c o n f o r m a n la base de la p a r o d i a en esta c o m e d i a burlesca; así destaco los siguientes ejemplos: « h a c e r m e la salva» (v. 33), « C o m o ahora l l u e v e n b u ñ u e l o s » (v. 141), «estoy h e c h o u n cesto» (v. 169), «yo n o d u e r m o en las pajas» (v. 172), « t o m o y, ¿ q u é h a g o ? » (v. 448), « N o , sino g ü e v o s asados» (v. 480), etc. F i n a l m e n t e , en El castigo en la arrogancia se encuentra una g r a n c a n tidad de m o t i v o s s a t í r i c o s y f o l c l ó r i c o s , s e g ú n es h a b i t u a l e n el g é 7

nero: s u b r a y a r é las sátiras y burlas de los pasteleros (v. 54), d u e ñ a s (vv. 69 y 1135), alguaciles (v. 189), calabreses (v. 197), gallegos (v. 243), i t a lianos (v. 474), b o t i c a r i o s (v. 498), gitanos (v. 504), tudescos (vv. 550 y 717), bermejos (v. 743), cocheros (v. 773), m o z o s de silla (v. 827), z u r dos (v. 910), viejas desdentadas (v. 1007), a f i c i ó n a los coches (v. 1136), sastres (v. 1 2 5 6 ) . . . E n c u a n t o a la m ú s i c a , la obra que nos o c u p a carece de versos c a n tados, presentes en otras comedias d e l g é n e r o ; la ú n i c a o c a s i ó n en la que aparece u n a i n d i c a c i ó n de u n pasaje cantado tiene lugar e n los vv. 7 2 6 - 3 1 y resulta disparatada: «Para m a y o r regocijo / a dar m ú s i c a v i n i e r o n / seis elefantes, diez b ú f a n o s / cantando e n sonoros ecos: / " Y a es turbante G u a d a r r a m a / de la cabeza de u n t u e r t o " » . A d e m á s de las cajas, i n s t r u m e n t o citado e n el v. 170 y e n las acots. a los vv. 175 y 182, s i e m p r e c o i n c i d i e n d o c o n la presencia d e l e m p e r a d o r C a r l o m a g n o . P o r otro lado, nos e n c o n t r a m o s c o n varios i n s t r u m e n t o s p r o p i o s d e l carnaval c o m o e n las acots. a los v v 170 y 1099 en los que suenan los « c e n c e r r o s » , en los vv. 1 7 0 - 7 4 e n los que se ofrece u n a m e z c l a de i n s t r u m e n t o s tanto serios c o m o j o c o s o s : « T o q u e n t r o m p e tas y cajas, / t a ñ a n gaitas, tamboriles, / que y o n o d u e r m o en las p a jas, / y los d e m á s ministriles, / capadores y sonajas»; e n el v. 1098 se alude a otro i n s t r u m e n t o : « E s c u c h a , ¿ n o oyes el p í f a n o ? » , referencia burlesca c u a n d o l o que se e s c u c h a r á a c o n t i n u a c i ó n será u n « c e n c e -

Ver para pasajes similares los vv. 30, 80, 117, 190-93, 284, 294, 324, 367, 390, 414, 630, 661, 671, 702, 928, 982 y 1243. Ver Chevalier, 1978 y 1982, y Arellano, 1984. 6

7

EL CASTIGO

132

EN LA

ARROGANCIA

r r o » ; y, p o r ú l t i m o , en los vv. 1 1 7 3 - 7 4 se hace a l u s i ó n a la m ú s i c a m e diante u n disparate: « B r e t o n , ¿ q u é r u i d o es aquel / de tan sonora arm o n í a ? » , es evidente que el r u i d o n o es u n s o n i d o a r m o n i o s o . N o merece la p e n a ejemplificar los abundantes disparates que f o r 8

m a n el tejido m i s m o de la c o m e d i a y que se anotan c u a n d o parece pertinente.

8

Ver otra vez Periñán, 1979.

NOTA

TEXTUAL

E l ú n i c o t e s t i m o n i o que se c o n o c e es el m a n u s c r i t o m e n c i o n a d o , que es necesariamente la ú n i c a base de m i texto. Se conserva en la B i b l i o t e c a N a c i o n a l de M a d r i d , m a n u s c r i t o 1 6 7 3 3 , y l o edito a q u í c o n las enmiendas y c o r r e c c i o n e s que s e ñ a l o en su caso e n las notas de pie de p á g i n a .

SINOPSIS M É T R I C A

Jornada I Versos

Forma métrica

Núm.

de versos

1-12

redondillas

12

13-44

pareado de endec.

32

45-174

quintillas

130

175-176

pareado de endec.

2

177-181

quintilla

5

182-285

romance í-a

104

286-315

romancillo í-a

30

316-371

redondillas

56 5

372-376

quintilla

377-392

redondillas

16

393

verso suelto

1

394-420

romance é-a

27

Total

420

J o r n a d a II Versos

Forma métrica

421-436

redondillas

Núm.

de versos 16

437-506

romance á-o

70

507-546

décimas

40

547-566

redondillas

20

567-596

quintillas

30

597-644

redondillas

48

645-654

quintillas

10

655-658

redondillas

4

659-703

quintillas

45

704-777

romance é - o

74

136

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

778-839

redondillas

62

840-923

r o m a n c e á-a

84

Total

503

J o r n a d a III Versos

Forma métrica

924-937

soneto

Núm.

de versos 14

938-946

m é t r i c a irregular

9

947-1024

r o m a n c e á-a

78

1025-1029

quintilla

5

1030-1053

redondillas

24

1054-1058

quintilla

5

1059-1070

redondillas

12

1071-1118

romance í-o

48

1119-1172

romance é-e

54

1173-1177

quintilla

5

1178-1181

redondilla

4

1182-1186

quintilla

5

1187-1190

redondilla

4

1191-1192

pareado o c t o s í l a b o

2

1193-1232

r o m a n c e á-a

40

1233-1244

redondillas

12

1245-1278

romance á-e

34

1279-1298

redondillas

20

1299-1350

romance ó-a

52

Total Forma

427 Jörn.

I

Jörn.

II Jörn.

III

Total

métrica Romance

131

228

306

665

Redondillas

84

150

76

310

Quintillas

140

85

20

245

Pareado de endec.

34

Pareado de octos. Soneto

30

30

M é t r i c a irregular Versos sueltos

40

40

Décimas Romancillo

34

9

9

2

2 1

1 14

14

SINOPSIS M É T R I C A Porcentajes

Jom. I

Romance

31,19

45,32

71,66

49,26

Redondillas

20

29,82

17,79

22,96

Quintillas

33,33

16,89

4,68

Pareado de endec.

8,09

Décimas Romancillo

Total

18,14 2,51 2,96

7,14

Pareado de octos. Soneto

II Jorn. III

7,95

M é t r i c a irregular Versos sueltos

Jom.

137

2,22 2,11

0,66

0,46

0,15

0,23

0,07 3,27

1,03

C O M E D I A EN

FAMOSA D E L

CASTIGO

D E U N INGENIO

LA ARROGANCIA,

B U R L E S C A

H a b l a n e n ella las personas siguientes: El emperador

Carlomagno.

Montesinos. Reinaldos. Oliveros. Malgesí. Bretón. Alazán, Alí,

moro.

moro.

Zaida,

mora.

P R I M E R A

J O R N A D A

Salen el emperador, Bretón, Montesinos, Reinaldos, y Malgesí, EMPERADOR

C i e r r a esas puertas, B r e t ó n .

BRETÓN

S e ñ o r , harelo al m o m e n t o .

EMPERADOR

Oliveros

todos con trajes ridículos.

S i v i e n e el r i c o avariento le darás u n b o f e t ó n .

Acot. inicial trajes ridículos: son muy frecuentes las acotaciones «vestido ridiculamente», «a lo gracioso» u otras similares en las comedias burlescas, que explotan de manera muy intensa la comicidad visual; cfr. Darlo todo, acot. a v. 19: «Sale Diógenes vestido ridiculamente»; Ventura, acot. inicial: «Sale el Rey y el Duque, su privado, entrambos vestidos redículamente, el Rey con su tusón, que será un gatillo pequeño por remate de él»; Desdén, acot. inicial: «Salen Carlos y Polilla con traje ridículo». v. 3 rico avariento: alusión al pasaje bíblico (Lucas, 16 19-31) en el que se narra la parábola de Epulón y Lázaro; cfr. Estebanillo, I, p. 139: «representando con-

140 BRETÓN

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

C a r l o m a g n o , m u y b i e n dices.

5

T u o r d e n he de guardar. EMPERADOR

Pues n o m e dejes entrar h o m b r e que tenga narices. C u i d a d o c o n l o que d i g o , B r e t ó n , n o te m e alborotes,

10

que te h a r é dar cuatro azotes. BRETÓN EMPERADOR

M i r e n q u é plato de h o r m i g o . ¡ O h m i s pares! Seáis m á s b i e n v e n i d o s que escaleras estrechas a tullidos.

MONTESINOS

Y vos, e m p e r a d o r , e n h o r a b u e n a ,

15

seáis c o m o el r a t ó n e n la alacena. EMPERADOR

Vuestra entrada, que tanto deseaba, m e d i j e r o n e n t i e m p o que roncaba en la c a m a t e n d i d o c o m o a t ú n . D u r m i e n d o estaba p o r el b i e n c o m ú n ,

20

pero a tal c o n f u s i ó n , a penas tantas, la cabeza e c h é fuera de mantas. V e i s m e a q u í ya vestido y ya calzado, peinados los bigotes y atacado,

migo el auto de Lázaro y del rico avariento, y sacando la lengua como jugador de rentoy». v. 8 hombre que tenga narices: quizá haya que ver aquí alusión antisemita, por referencia a las largas narices atribuidas a los judíos; puede ser simplemente una tontería. v. 12 hormigo: «Cierto guisado compuesto de avellanas machacadas, pan rallado y miel. E n algunas partes le llaman hormiguillo» (Aut); cfr. Rojas Villandrando, El viaje entretenido, p. 436: «y a la noche un pastel o un guisadillo, / un bizcocho, unos huevos, un hormigo, / y tras todo se arroja un jarro de agua». v. 14 tullidos: 'impedidos a causa de algún accidente o enfermedad'; si las escaleras son estrechas los tullidos tienen más dificultad para pasar por de ellas; es una expresión disparatada. v. 18 roncaba: primer rasgo grotesco de Carlomagno, frecuente en los personajes de más alta alcurnia de este género burlesco; cfr. Hermosura, vv. 50-52: «Deteneos, que este caso / requiere un juez muy despierto, / y está Júpiter roncando». v. 24 atacado: 'con los calzones puestos y sujetados'; cfr. Avellaneda, Quijote, p. 357: «no duerma con los ojos abiertos, ni beba con los dientes cerrados, ni traiga el sayo bajo la camisa, ni haga mis necesidades atacado».

T E X T O DE LA COMEDIA y pues de F r a n c i a sois los d o c e pares,

141 25

c o n pies, cabezas, m a n o s y cuajares, y en la frente t e n é i s el p e n s a m i e n t o , q u i e r o que m e asistáis varios al cuento. C i e r t o A l a z á n , u n m o r o , que e n la guerra si se engalga mejor, m e j o r se e m p e r r a ,

30

h o m b r e a p l a u d i d o d e l m o n t é s raposo, de mis glorias y triunfos e n v i d i o s o , sin h a c e r m e la salva n i b r i n d a r m e , v i e n e resuelto a desafiarme c o n desinio de ganar a F r a n c i a .

35

¡El C i d m e le castigue su arrogancia! A esto os he l l a m a d o , y l o que q u i e r o es v e n g a r m e de aqueste majadero p o r vuestras manos y p o r este brazo, que e n tales ocasiones es p e l m a z o .

40

N o hay sino prevenirse, y vamos l u e g o

v. 26 cuajares: «La parte donde los animales reciben el alimento para hacer la primera cocción, que corresponde al estómago en el hombre o el buche en el ave» (Aut); cfr. Céfalo, vv. 2269-72: «Coches, albardas, pollinos, / con todo vivo animal; / pavos, perdices, gallinas, / morcillas, manos, cuajar»; Castigar, vv. 977-78: «Por Jesucristo, / que sin mondongo he visto mil cuajares». v. 29 Alazán: nombre ridículo; es un tipo de caballo de color rojizo; cfr. Ventura, vv. 704-705: «Callen todos los caballos / con este hermoso alazán». v. 30 engalga... emperra: engalgar es un neologismo creado basándose en la imagen del perro, usada como insulto a los moros (los moros la usaban conta los cristianos); cfr. Hamete, vv. 144-45: «Virotes de amor, haced / que esta se emperré conmigo» (con el juego de 'aficionar' y la referencia a su condición de morisco). v. 31 raposo: «Lo mismo que zorra» (Aut). v. 33 hacerme la salva: «Frase que, además del sentido recto, significa brindar y mover al gusto y alegría» (Aut). v. 36 ¡El Cid me le castigue su arrogancia!: anacronismo jocoso ya que el C i d es posterior a Carlomagno. vv. 38-40 majadero... manos... pelmazo: términos que se encuentran en contacto ya que además de los propios insultos que indican, majadero hace referencia a «El instrumento con que se maja o machaca alguna cosa» (Aut), es decir la mano de almirez; y pelmazo: «Llamamos una cosa pesada y aplastada porque parece cosa aplastada con el pie» (Cov.). v. 41 luego: «Al instante, sin dilación, prontamente» (Aut).

142

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

a capar a este m o r o a sangre y fuego, y pues ya m i consejo está a q u í j u n t o , n o se vaya el c o n e j o . V u e l v o al p u n t o . MONTESINOS

M o n t e s i n o s soy

EMPERADOR

N O dudo

45

que vos v e n g a r é i s m i agravio. MONTESINOS

¿Qué

e

s

vengar? S i u n

estornudo

c o n fuerza arroja m i l a b i o haré del m o r o u n menudo. D i g o que s e r é el p r i m e r o

50

a t u l a d o e n la c a m p a ñ a c o n este i n d o m a b l e acero que m e ha e n v i a d o u n caballero que es pastelero e n O c a ñ a . EMPERADOR

T U r e s o l u c i ó n estimo

55

y la p o n g o e n la cabeza. BRETÓN

¿ P u d i e r a hacer m á s u n p r i m o ?

v. 42 a sangre y fuego: «Por translación significa alguna cosa en que se ponen extraños y violentos medios para lograrla, y cuesta mucha oposición el conseguirla» (Aut). vv. 43-44 mi consejo está aquí junto, / no se vaya el conejo: alusión a los refranes «Más quiero el conejo que el consejo» y «Quien me da el consejo, déme también el conejo» (Kleiser, núms. 12912-13; conejo en esas expresiones significa ' r i queza, beneficio') o a «Después de ido el conejo, tomamos el consejo», que «nota la ignorancia y torpeza de los que acuden al remedio de las cosas, después de pasada la ocasión y conyuntura» (Aut). v. 47 estornudo: en el manuscrito «estarnudo» que enmiendo. v. 49 menudo: «Se llama también el vientre, manos y sangre de las reses que se matan» (Aut). vv. 53-54 un caballero / que es pastelero en Ocaña: alusión indirecta al refrán «Ocaña la vana, de torres y dones y pesquisidores; unas cuchilladitas y un mayorazgo de mil olivitas» (Kleiser, n ú m . 27519); es impensable que un pastelero llegara a convertirse en caballero. v. 56 pongo en la cabeza: poner alguna cosa sobre la cabeza «Además del sentido literal, es estimarla y recibirla con la mayor veneración y aprecio» (Aut); cfr. El hermano, vv. 1001-1002: «Pongo sobre mi cabeza / el papel, y le obedezco». v. 57 primo: término dilógico; además de referirse a un tratamiento («en estilo familiar llaman a los Grandes de España, por ser el título con que los trata el rey», Aut), significa 'tonto, necio'.

T E X T O

D E L A

C O M E D I A

MONTESINOS

M á s h a r é p o r vuestra alteza.

EMPERADOR

¿Qué?

MONTESINOS EMPERADOR

143

Desnudar u n racimo. Y a sé que sois M o n t e s i n o s

60

para c u a l q u i e r a o c a s i ó n . BRETÓN

Traslado a los C a p u c h i n o s que e n la g ü e r t a , a l o m o s c ó n , entra a hartarse de p e p i n o s .

MONTESINOS

¡Este n e c i o m e d e s p e ñ a

65

q u i r i e n d o tanto alabarme! EMPERADOR

T U valentía lo enseña.

MONTESINOS

N u n c a p o d r é acobardarme.

EMPERADOR

¿Hablara m á s una d u e ñ a ? ¿Vos, R e i n a l d o s , sois bizarro?

REINALDOS

70

N O l o d u d e vuestra alteza. H o m b r e soy, y c o n desgarro a levantar c o n destreza...

v. 6 2 los Capuchinos: alusión al Monasterio de los Capuchinos que se encontraba situado debajo de la calle del Prado o al Convento de los Capuchinos de la Paciencia hoy derruido. Ambos se denominan en los textos literarios como «los Capuchinos». v. 6 3 moscón: significa en gemianía «Gorrón» (Léxico). v. 6 4 pepinos: tenían fama de indigestos y de causar destemplanzas y calenturas; cfr. Quevedo, Un Heráclito, núm. 2 8 4 , vv. 4 1 - 4 4 : «Con sosquines y antuviones / vine a campar de valiente / y a los pepinos y a mí / nos achacaban las muertes». v. 6 6 quiriendo: vacilación en el timbre de las vocales átonas. v. 6 9 dueña: las dueñas eran damas de edad que servían de acompañamiento a las jóvenes en las casas de posición; su sátira es tópica: se las acusa de charlatanas, feas, viejas, alcahuetas, mentirosas, lujuriosas, etc.; cfr. Quevedo, Sueños, p. 2 0 3 : «Así supe c ó m o las dueñas de acá son ranas del infierno, que eternamente como ranas están hablando sin ton y sin son»; y nota de Arellano a ese pasaje. vv. 7 2 - 7 3 con desgarro / a levantar con destreza: desgarro «se usa también por ademán de braveza, fiero, fanfarronada, afectación de valentía» (Aut); destreza «se llama por antonomasia el arte del juego de armas u de esgrima» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 5 6 6 - 6 8 : «SOLDADO 2 : Muere tú a aqueste revés. / CAMPASPE: E n eso tendréis destreza. / SOLDADO l : V a este tajo a la cabeza».

144

EMPERADOR REINALDOS

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

¿La espada? N o , sino el j a r r o . ¡ V á l g a t e Judas la c h i n c h e !

EMPERADOR

¿ E n m i presencia te rascas?

REINALDOS

¿ N o ves que m i sangre se h i n c h e ?

EMPERADOR

Echarasla h a c i e n d o bascas

75

en u n j u e g o de b o l i c h e . REINALDOS

M a s si quieres a ese

fiero

80

ver u n c i d o , esto se ordene; y es el r e m e d i o postrero que A l a z á n , pues c i e g o v i e n e , le l l e v e n al m e n t i d e r o . M u c h o m á s de l o que he d i c h o

85

m i brazo sustentará, si b i e n t e m o u n e n t r e d i c h o . v. 77 sangre: dilogía que alude a 'la sangre de las venas' y al 'linaje o parentesco'; cfr. Castigar, vv. 213-18: «ese Lisardo / es mi primo y mi consorcio, / después que cierta fregona / en el lugar de los Cobos, / con la sangre de los dos / hizo en un cubo un mondongo». v. 79 un juego de boliche: «Juego que se hace en una mesa cóncava que tiene unos cañoncillos que salen como un palmo hacia la circunferencia, en la cual se juega echando con la mano tantas bolas como hay cañoncillos, y según las bolas, que por saberlas con destreza tirar, entran por los cañoncillos; así se gana lo apostado o parado» (Aut); cfr. Calderón, El alcalde de Zalamea, vv. 621-24: «Hágaseme merced de que, por vía / de ayudilla de costa, aqueste día / el alférez me d é . . . CAPITÁN: Diga: ¿qué intenta? / REBOLLEDO: ...el juego de boliche por mi cuenta». R i m a imperfecta ya que la quintilla exige rimar en -ítiche. vv. 83-84 pues ciego viene, / le lleven al mentidero: ciego alude dilógicamente tanto a 'ciego de cólera' como al que 'carece del sentido de la vista'; mentidero es «El sitio o lugar donde se junta la gente ociosa a conversación. Llamóse así porque regularmente se cuentan en él fábulas y mentiras» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 227, vv. 9-11: «Yo trocaré mentiras a dineros, / que las mentiras ya quebrantan peñas, / y pidiendo andaré en los mentideros»; entre los mentideros más famosos se encontraban las Gradas de San Felipe, las losas de Palacio, las riberas del Manzanares, etc.; ver para más información Deleito y Piñuela, 1954, pp. 208¬ 44. Probablemente los ciegos rondarían los mentideros ya que gran parte de ellos se ganaban la vida a través de la venta de coplas, almanaques, etc. v. 87 entredicho: «Generalmente tomado, significa prohibición y mandato para no hacer ni decir tal o tal cosa» (Aut); cfr. Cervantes, El Quijote, I, 25: «tú mueres porque te alce el entredicho que te tengo puesto en la lengua».

T E X T O DE LA C O M E D I A EMPERADOR

145

N O temas, que n o le h a b r á . A n d a , sigue tu c a p r i c h o . Oliveros, ¿qué decís

90

de aquesta gente adsoluta? OLIVEROS

S o n unos c h i s g a r a b í s . Y o espero h a r t a r m e de fruta de su derrota e n París, y aqueste estoque que ves

95

brillante, c u e r d o y severo, p o s t r a r á al m o r o a tus pies; y e n la o c a s i ó n v e r á s que es c u c h i l l o de cabestrero. EMPERADOR

Sois valiente y c o n aceros...

OLIVEROS

L o s e r é a pesar de m o r o s .

EMPERADOR

U n a m e r c e d q u i e r o haceros.

OLIVEROS

V e e d o r de los cedaceros.

EMPERADOR

C a m a r e r o de mis toros;

100

v. 91 adsoluta: posible latinajo cuyo significado no alcanzo a averiguar; podría referirse a solutus-a-um, que quiere decir 'libre, descuidado'. v. 92 chisgarabís: «El entremetido, bullicioso, que pronta e inconsideradamente se mete en cosas que no entiende, sin fondo y sin comprensión para ellas» (Aut); cfr. Quevedo, Sueños, p. 363: «¿No has caído en quién puede ser? Este es Chisgarabís. —Ducientos mil destos andáis por Madrid —dije yo—, y no hay otra cosa sino Chisgarabises». v. 96 cuerdo y severo: ridicula personificación del estoque. v. 99 cabestrero: «El que hace o vende cuerdas de cáñamo. Formóse esta voz del nombre cabestro, que es la cuerda de cáñamo» (Aut); cfr. Castigar, vv. 1541¬ 44: «Demos otro paso, amor, / con lindo desembarazo, / como picaro cangrejo, / como cabestrero honrado»; en el manuscrito aparece «cabestreros» pero la rima exige la enmienda. v. 100 aceros: «Metafóricamente significa esfuerzo, ardimiento, valor y denuedo; y así mostrar o tener buenos aceros es tener valor y fuerzas» (Aut), y juega, además, con el estoque que esgrime. v. 103 Veedor de los cedaceros: cargo ridículo que consistiría en ser el jefe principal de los cedaceros que se encargan de hacer o vender cedazos. También se dan cargos burlescos en El hermano, vv. 501-503: «Yo os doy título también / de maestre de Santiago / y sacristán de Jaén». v. 104 Camarero de mis toros: de nuevo otro cargo ridículo. Por la alusión a la mujer que viene después hay una evocación chistosa a los cuernos.

146

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

y al p u n t o de aqueste o f i c i o

105

te hago gracia y te has de ver libre de amargo s u p l i c i o . OLIVEROS

¿Si n o gusta m i mujer?

EMPERADOR

Y O la d a r é u n b e n e f i c i o .

OLIVEROS

¡ O h amparo de las mujeres,

110

g o z a d u n mes el m o s t a c h o ! EMPERADOR

VOS l o g r a d dos m i l placeres. A c u d i d p o r el despacho a la e m p r e n t a real de A m b e r e s .

OLIVEROS

N o t a b l e suerte es la m í a .

EMPERADOR

Pues m a y o r la l o g r a r á s .

OLIVEROS

115

¡ O h , e m p e r a d o r de a l b o r n í a , t ú eres m i amparo y m i g u í a !

EMPERADOR

T U v i d a guarde Gaifás. Y a que has q u e d a d o el postrero,

120

tú, Malgesí, determina. MALGESÍ

C o n la empresa tengo a g ü e r o ; consultarela p r i m e r o a u n n i ñ o de la d o t r i n a

v. 109 daré un beneficio: dilogía; por un lado significa 'el bien que hace uno a otro gratuitamente' y por otro «Se halla en lo antiguo usado por encargo, empleo y ocupación» (Aut); la primera de las acepciones puede incluir un sentido sexual. E n gemianía significa también 'cuchillada en la cara' (Léxico). v. 114 emprenta real de Amberes: en Amberes se imprimían muchos libros españoles; en el manuscrito «emplenta». v. 117 albornía: «Escudilla tosca y grande de barro» (Cov.); se utilizaba para comer y beber. v. 119 Gaifás: lo mismo que 'Caifás' (personaje con connotaciones negativas). Se dice «Vete a cenar con Caifás», que significa 'Vete al diablo'. Caifás y Gaifás significan 'diablo' por ese contacto metafórico; cfr. Ventura, vv. 770-74: «INFANTA: A u n no podrás un lechón. / ¿A qué hora volverás? / CARLOS: A la misma que volviere. / INFANTA: Judas tu vida prospere. / CARLOS: La tuya guarde Gaifás». v. 124 niño de la dotrina: «Son los muchachos huérfanos que se recogen en algún colegio con el fin de enseñarlos y criarlos hasta que están en edad de ponerlos a oficio; y en este tiempo ayudan a la casa asistiendo a los entierros y procesiones públicas» (Aut); cfr. Quevedo, Prosa festiva, p. 294: «Vuesa merced dé

T E X T O DE LA COMEDÍA

(pero n o es, n o , de valientes,

147 125

para casos semejantes, consultar n i a u n a los dientes; m a l dije, n i a u n a los guantes). O c a s i o n e s tan urgentes, C a r l o m a g n o , y o d o y fin

130

c o n d e c i r que p e l e a r é hasta que p i e r d a l a d í n . EMPERADOR

G r a n d e entre grandes te h a r é .

BRETÓN

E s o m i s m o hace u n c h a p í n .

MALGESÍ

L o g r a , E m p e r a d o r , tus trazas

135

c o n paz, sin fraudes n i d o l o s . EMPERADOR

L O S m o r o s s o n unas mazas. A s i e n t e y o nueve bazas y v e r é i s c u á l d o y tres b o l o s . L o que has d i c h o c u m p l i r á s .

140

con el muchacho en la piedra, que allí se le criará un capellán, que en los niños de la dotrina sirve de criar con las calaveras». v. 132 ladín: neologismo originado por razones métricas del término ladino; con él se denominaban a los 'moriscos o extranjeros que hablaban el castellano'; y por extensión a la gente astuta; no apuro el sentido. v. 133 Grande entre grandes: juego ingenioso; alude a la dignidad de grande, alto noble, y luego al tamaño, ayudado por los chapines. v. 134 Eso mismo hace un chapín: «Calzado propio de mujeres, sobrepuesto al zapato para levantar el cuerpo del suelo [...] el asiento es de corcho» (Cov.), se utilizaba para dar mayor altura (hacer más grandes a las mujeres). v. 136 dolos: «Vale engaño» (Cov.); cfr. Quevedo, El Buscón, p. 194: «—Dolo al diablo —dije yo—; ¿y no ahorcaron ese ganapán?». v. 137 Los moros son unas mazas: maza es «el palo, hueso u otra cosa, que por entretenimiento se suele poner en las Carnestolendas atado a la cola de los perros» (Aut). Correas, n ú m . 13718: «En algunas partes ponen a los perros calabazas por mazas por el Antruejo, y a veces llenas de tascos con fuego y agujereadas, para que ardan los tascos y corran por las calles los perros». v. 139 doy tres bolos: dar bolo significa «En el juego de las cargadas [...] hacer uno todas las bazas» (Aut); puede operar un juego con el verso anterior ya que existe la frase sentada la baza, «que significa lo mismo que sentado el principio o que es cierto lo que se ha dicho» (Aut); estos dos versos se utilizan por el léxico del juego, habitual en el género que nos ocupa.

148 MALGESÍ

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

C o m o ahora l l u e v e n b u ñ u e l o s . Y p o r q u e te alientes m á s llevo sedales y anzuelos.

EMPERADOR

Pues c o n eso p e s c a r á s . ¿ D o n Galalón, don R o l d á n ,

145

d o n Gaifás y d o n Gaiferos, y los d e m á s d ó n d e e s t á n ? BRETÓN

D i c i e n d o « b o n v i n » , «vin», v a n b e b i e n d o c o m o u n o s cueros.

MONTESINOS

M u c h o estimo la d e c e n c i a

150

c o n que h a b l á i s de m i s parientes. EMPERADOR

E l habla e n vuestra presencia, que y o n o le d o y l i c e n c i a de que alabe a los ausentes.

REINALDOS

S e ñ o r , los que echastis m e n o s

155

se fueron a cazar tordos.

v. 141 Como ahora llueven buñuelos: frase hecha similar a la que recoge Correas, n ú m . 5055: «Como ahora llueven albardas. Para contradecir de imposible»; cfr. Darlo todo, vv. 2123-25: «CAMPASPE: ES verdad, dueño del alma. / ALEJANDRO: C o m o ahora llueven pepinos; / mas venga un abrazo». v. 148 «bon vin», «vin»: en las comedias burlescas que tratan el tema carolingio, los doce pares de Francia aparecen frecuentemente borrachos; cfr. Angélica, vv. 1260-65: «ANGÉLICA: Siempre temí, Medoro, aquestas gorras, / mejor fuera haber ido a los pajares. / Aquí habernos venido a cazar zorras. / ROLDÁN: R u é g o t e que con esa nos ampares / bota de vino con que tú te aforras, / que quita los cuidados y pesares». v. 149 cueros: «Por translación festiva se llama así al borracho o gran bebedor» (Aut) ya que aludía también al cuero donde se guardaba el vino; cfr. Quevedo, El Buscón, p. 222: « D e c í a : " — N o hay tal maestro como el bien acuchillado"; y tenía razón, porque la cara era una cuera, y él un cuero». v. 150 decencia: en el manuscrito aparece «desencia» (quizá sea una muestra de seseo), y corregido por la misma mano «decencia». v. 155 echastis menos: echastis es una forma habitual en el Siglo de Oro; cfr. Olmedo, v. 1537: «¿Cómo al toro no matastis?»; y vv. 1707-1708: «¿Vos mismo (aqueste es demonio) / le matastis?»; echar menos «Significa también reparar y notar la falta de alguna cosa, o por haberse perdido u desaparecido» (Aut); cfr. Estebanillo, I, p. 217: «Y considerando el daño que me podía venir en echando menos el manteo, me salí de aquella ciudad».

T E X T O DE LA COMEDIA

EMPERADOR

149

¿ Y e s t á n c o n salud?

REINALDOS

M u y buenos; cojos unos y otros sordos.

EMPERADOR

G u a r d a o s vos de los serenos. D a d m e , p r í n c i p e s , los brazos,

160

q u e para m í estrechos lazos s e r á n siempre sin desastre. BRETÓN

N u n c a v i c a j ó n de sastre c o n tal suma de embarazos. Llegan abrazar al emperador.

MONTESINOS

F i r m e soy e n l o propuesto.

REINALDOS

Y O t a m b i é n e n l o que he hablado.

MONTESINOS

A la e j e c u c i ó n v o y presto.

MALGESÍ

Y O t u m á s aficionado.

EMPERADOR

D e g o z o estoy h e c h o u n cesto.

165

Suenan cencerros. T o q u e n trompetas y cajas,

170

v. 159 serenos: «Comúnmente llamamos sereno el aire alterado de la prima noche con algún vapor que se ha levantado de la tierra» (Cov.); alude a la humedad nocturna, que se consideraba peligrosa para la salud; cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 261, vv. 45-48: «ha mandado a los serenos / que os han de dar estas tardes, / al afeite y al cartón, / que os enfermen y que os maten». v. 163 cajón de sastre: «metafóricamente se dice del hombre que tiene en su imaginación grande variedad de especies muy confusas y mal colocadas» (Aut); expresión vigente en el habla de hoy en día. v. 168 Yo tu más aficionado: 'tu mayor partidario'. v. 169 estoy hecho un cesto: «Frase familiar con que se explica estar alguna persona embriagada o durmiéndose» (Aut); cfr. Lope, El primer Fajardo: «Yo digo aquesto, / que no estoy de rodillas a un retablo, / sino jugando agora hecho un cesto» (Voc. Lope). Acot. a v. 170 cencerros: instrumento ridículo que forma parte de los utensilios empleados en carnaval para hacer ruido tal como explica Huerta Calvo, 1989, p. 43: «en ocasiones, estos movimientos son acompañados del sonido inarmónico de cencerros o cascabeles»; cfr. Darlo todo, vv. 20-23: «¡Qué diversa variedad / de músicos, o cencerros, / se escuchan tan bien templados / que suenan como panderos!».

150

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

t a ñ a n gaitas, t a m b o r i l e s , que y o n o d u e r m o e n las pajas, y los d e m á s m i n i s t r i l e s , capadores y sonajas. La caja. ¡Ea, infantes bizarros! ¡ G u e r r a , guerra!

175

¡Al a r m a , al a r m a , al arma! TODOS BRETÓN

¡ C i e r r a , cierra! S e ñ o r , p o r esas m o n t a ñ a s , feroz y c o n barba espesa, baja u n m o r o . . .

EMPERADOR BRETÓN EMPERADOR

¿ Y trae p e s t a ñ a s ? Sí, s e ñ o r . Pues denle aprisa

180

u n cuarto para c a s t a ñ a s . Todos se alborotan, y echan mano. Suena segunda vez la caja, y sale Alazán

ridiculamente armado.

v. 170 cajas: «Se llama también el tambor, especialmente entre los soldados» (Aut); cfr. El rey don Alfonso, vv. 1329-31: «Toca al arma, guerra, guerra; / tocad aquesas cajas y trompetas, / que se fue sin echarme unas soletas». v. 172 no duermo en las pajas: no dormirse en las pajas es «Frase que se entiende de los que son vigilantes y nada descuidados, que se aprovechan de la ocasión cuando la tienen a mano» (Aut); cfr. Céfalo, vv. 771-72: «que no a todas horas / me duermo en las pajas». vv. 173-74 ministriles, / capadores y sonajas: ministriles «se llaman los instrumentos músicos de boca como chirimías, bajones y otros semejantes, que se suelen tocar en algunas procesiones y otras fiestas públicas» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 180, vv. 1-4: «Ministril de las ronchas y picadas, / mosquito postillón, mosca barbero, / hecho me tienes el testuz harnero / y deshecha la cara a manotadas»; capadores alude al «silbato que traen los capadores, con que se dan a conocer tocándole» (Aut): cfr. Suárez de Figueroa, El pasajero, p. 218: «¡Ay de aquella cuyo aplauso nace de carracas, cencerros, ginebras, silbatos, campanillas, capadores, tablillas de San Lázaro, y sobre todo de voces y silbos incesantes...!»; sonaja hace referencia a «Un cerco de madera, que a trechos tiene rodajas de metal que se hieren unas con otras y hacen un gran ruido» (Cov). vv. 175-76 ¡Guerra, guerra! / ¡Al arma, al arma, al arma! ¡Cierra, cierra!: voces empleadas en muchas comedias para dar la señal de alerta o rebato; cfr. El rey don

T E X T O DE LA COMEDIA

ALAZÁN

151

Emperador Carlomagno, de F r a n c i a pares o tripas, de q u i e n los potrosos h u y e n y e n v i e n d o los gatos m í a n ;

185

m o r c i é g a l o s c o n antojos que e n o s c u r e c i e n d o el d í a , salís a caza de p o l l o s c o m o alguaciles de v i l l a .

Alfonso, v. 1329: «Toca al arma, guerra, guerra»; cerrar significa «cerrar con el enemigo, embestir con él» (Cov.); cfr. Estebanillo, I, p. 134: «cerró conmigo y diome poco más de cien bofetadas». v. 181 cuarto: 'moneda de cobre de escaso valor, cuatro maravedís'. Acot. a v. 182 echan mano... ridiculamente armado: echan mano hace referencia a sus espadas; para ridiculamente armado ver la nota a la acot. inicial. v. 183 pares: dilogía; 'título honorífico francés' y «Masa carnosa y esponjosa, que se forma y congela en el vientre de la mujer preñada, de donde nace la cuerda umbilical por la cual está unida y atada al feto. Divídese en dos pedazos iguales por cuyo motivo en el uso común de hablar se llaman pares» (Aui); fr. Delicado, La Lozana andaluza, p. 294: «Mirá, ¿qué hará de sus pares ella cuando parirá?». v. 184 los potrosos vien: potrosos son 'aquellos que padecen de potra o una especie de hernia'; la potra se define como «rotura interior que se causa por bajar las tripas a la bolsa de los testículos» (Aut); ahí conecta semánticamente con el verso anterior. v. 185 gatos mían: mían es una onomatopeya del maullido del gato convertida en verbo; mían o maúllan porque gustan de comer tripas. v. 186 morciégalos: es la forma habitual de la época; según Covarrubias «Es símbolo del malhechor que se anda escondiendo, o del que está cargado de deudas, que huye de no venir a poder de sus acreedores»; cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 185, vv. 3-4: «Vos os volvéis murciégalo sin duda, / pues vais de el Sol y de la luz huyendo»; antojos hace referencia a «Los espejuelos que se ponen delante de la vista para alargarla a los que la tienen corta» (Cov.), mur-ciélago etimológicamente significa 'ratoncillo ciego' de ahí su asociación con los antojos. v. 188 caza de pollos: cazar «Translaticiamente se toma por prender o cautivar la voluntad de alguno con artificios halagos o engaños» (Aut); pollo: «persona de pocos años; joven» (Léxico); cfr. Castigar, vv. 127-30: «Allí graznando finezas / y lambicando despojos, / un ganso pollo me avisa / que en mi vida fui más pollo»; Guzmán, p. 180: «Olvidósele el azotarme y quiere ofenderme con fuerza de armas, viéndome un simple y desarmado pollo»; salen a la noche en busca de i n cautos de los cuales aprovecharse. v. 189 alguaciles de villa: «Ministro de justicia con facultad de prender y traer vara alta de justicia [...] Alguacil mayor de una ciudad o villa» (Aut); oficio con

152

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

¡ Q u é valientes p o d é i s ser

190

c o n tan disformes barrigas m á s llenas que unos toneles! ¡ G u a y de los pobres gallinas! Y o soy A l a z á n , u n m o r o que p o r recta y a u n p o r l í n e a ,

195

d e c i e n d o de N a t a n c a l v o , u n c a l a b r é s de la C h i n a , cercano d e u d o de a q u e l que estando al pie de una e n c i n a desnudo m a t ó quinientos

200

en el c u e l l o de u n a a l m i l l a . Para m á s asombro vuestro, soy q u i e n m á s quiere y estima P e r i q u i l l o el de M a d r i d , aquel que c u a n d o acaricia

205

ya si tengo en m i cabeza y sobre mis h o m b r o s

fijan,

fama de 'ladrones'; cfr. El rey don Alfonso, vv. 1075-78: «Su padre fue buñolero / y su abuelo fue alguacil, / su bisabuelo corchete, / su tatarabuelo un vil»; es t ó pico satírico habitual, baste recordar El alguacil endemoniado, de Quevedo. v. 193 ¡Guay de los pobres gallinas!: Guay equivale a la interjección '¡Ay!'; cfr. Ventura, vv. 871-72: «¿No has oído, gua, gua, guay? / Pues es mucho gua, guay, ay, y»; gallina: «Por analogía se llama al que es cobarde, pusilánime y tímido. Díjose así aludiendo a la cobardía que tiene esta ave» (Aut). v. 196 Natancalvo: nombre burlesco basado en una primera parte en Natán, que es un nombre de profeta bíblico, lo cual imprime seriedad, y una segunda parte que es calvo, que termina resultando grotesco. v. 197 calabrés de la China: disparate; era tópica la mala fama de los calabreses; se decía que Judas fue calabrés; cfr. Constante, vv. 1813-14: «Más quisiera a un calabrés, / a un zurdo, a un calvo y a un tuerto»; Quevedo, Sueños, p. 224: «Y no me acuerdo bien de dónde me dijo que era, si de Calabria, si de otra parte»; ver la nota de Arellano a este pasaje. v. 201 almilla «Es cierta vestidura militar corta y cerrada por todas partes, escotada y con solas medias mangas» (Cov.). v. 204 Periquillo el de Madrid: nombre ridículo propio de la gemianía; cabe la posibilidad por la posterior alusión a la cabeza (v. 206) que haga referencia a perico como «Especie de tocado que se usaba antiguamente, que se hacía de pelo postizo y adornaba la parte delantera de la cabeza» (Aut). vv. 206-207 N o alcanzo el sentido.

T E X T O DE LA C O M E D I A

153

m á s reinos que alcanzar p u e d e a ver u n a gigantilla. Tocóse a m i nacimiento

210

la campana de M e l i l l a . Y o soy, pues, el que en la F r a n c i a c o m ú n vende a l c o m o n í a s . Te desafío a t i , C a r l o s , c o n aquestas baratijas.

215

Y ahora, p o r q u e te irrites, d i g o que a París la r i c a h a r é que c i e n ballesteros la batan, y tan batida que quede c o m o en s a r t é n

220

quedar suele una tortilla. A q u e s t o a u n q u e se m e o p o n g a la ley de T o r o y partida. Y a u n q u e m e hagas dos m i l fiestas

v. 209 gigantilla: «mujer muy gruesa y baja de cuerpo» (Aut). v. 211 la campana de Melilla: juego paronomástico que alude a la campana de Velilla, lugar situado en Aragón. Según creencia de la época tañía por sí sola en señal de que fallecería o había fallecido algún miembro de la familia real de Aragón; ver la nota de los editores en Quevedo, Un Heráclito, poema n ú m . 216, «Burla de las amenazas cuando se toca la campana de Velilla». v. 213 alcomonías: es frecuente encontrar ahórnenlas y hace referencia a «todo género de semillas que entre año se gastan para los guisados y otras cosas, como son anís, mostaza, alcaravea, cañamones, etc.» (Cov); cfr. Guzmán, pp. 289-90: «carbón y leña, sin perdonar las alcomenías ni otra cosa, desde lo más necesario hasta lo de menos importancia». vv. 214-15 Los desafíos ridículos son habituales en el género burlesco; ver a modo de ejemplo El rey don Alfonso, vv. 1607-13: «yo, el más agraviado, pido / batalla de cuerpo a cuerpo / y te reto y desafío. / R é t o t e el pan y la carne, / el aceite, el agua, el vino, / el repollo y berenjenas / con los nabos y el tocino». vv. 219 batida: dilogía, pues significa tanto «echar por tierra, asolar, arruinar» (Aut) como «Mover, agitar o revolver alguna cosa para que se una, condense o trabe, usando para ello de algún instrumento» (Aut). v. 223 ley de Toro y partida: alusión a las partidas, que «son las leyes de Castilla en romance, que el rey don Fernando el Santo encargó a personas principales y doctas el cuidado de hacer nuevas leyes» (Cov); cfr. Estebanillo, II, p. 45: «Y saliéndome de la villa tomé el camino de Namur, adonde llegué con harto temor por irme recelando en todo el viaje dar en las leyes de partida».

154

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

c o n otras tantas vigilias,

225

de p o c o te s e r v i r á M o n t e s i n o s , el que i n c i t a a los perros y marranos de andar en c o n t i n u a r i ñ a , Mesúrase

Montesinos.

h o m b r e que c u a n d o se encara

230

m i r a a todos c o n dos n i ñ a s c o m o si fuera H o l o f e r n e s y c o n e j o de la India, aquel, digo, que m e o y ó , aquel que m u c h o suspira,

235

aquel que el verle m e enfada, aquel que j u e g a a la chita, aquel que t o d o l o r i ñ e y t o d o l o desafía. M u y p o c o i m p o r t a que salgan

240

al c a m p o en su c o m p a ñ í a m á s pares que hayan echado c i e n gallegas de las tripas,

v. 228 perros y marranos: perro era un insulto para los moros; marrano «Es el recién convertido al cristianismo, y tenemos ruin concepto dél por haberse convertido fingidamente» (Cov.), aludía fundamentalmente a los judíos. v. 231 dos niñas: perogrullada que alude a las niñas de los ojos; cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 258, vv. 19-22: «Los ojos haces resquicios / y con una vista hurona, / acechan brujuleando / esas niñas o esas mozas». vv. 232-33 Holofernes / y conejo de la India: Holofernes murió decapitado a manos de Judith durante el sitio de Betulia; aquí funciona como imagen de rostro feroz; conejo de la India choca ridiculamente con la evocación anterior. v. 237 chita: taba; juego «en que se pone una chita derecha en sitio determinado, y se tira a ella y el que da más cerca, es el que gana la piedra o un tanto, y el que la pega u derriba gana dos» (Aut). vv. 240-41 salgan / al campo: en el léxico del desafío quiere decir 'salir al campo del honor o de la verdad, el escenario del duelo'; cfr. El hermano, vv. 619-21: «La barba no me he quitado, / y sin licencia de médico / yo no he de salir al campo». v. 242 pares: ver la nota al v. 183 en el que toma el significado de 'placenta', v. 243 gallegas: el tipo del gallego responde a uno de los tópicos satíricos: ver Herrero, 1966, pp. 202-25.

TEXTO DE LA COMEDIA

155

y a u n q u e e n su ayuda l l o v i e s e n leones n i lagartijas,

245

m e tengo de ver c o n él cara a cara y vista a vista, que es u n bellaco goloso, que b i e n l o d i c e n las mirlas, las urracas l o censuran,

250

los ojos l o certifican, n i los t í g u e r e s l o e n c u b r e n n i l o callan las ardillas, y estos y otros tantos cuantos autores hay, dan n o t i c i a

255

que, si tiene desafíos, él los r i ñ e e n la c o c i n a y a su dama la sustenta e n el c a m p o y n o en la v i l l a . Así, C a r l o m a g n o , ahora

260

míralo bien y imagina que p o c o teme elefantes el que se traga sardinas. P o r b i e n te p i d o a París: n o pretendas n i permitas

265

que se d e r r a m e m á s sangre que cabe en c i e n longanizas. T o m a consejo d e l caso, c o n s ú l t a l e a las vecinas

vv. 252 tígueres: 'tigres'; epéntesis de la -e- en favor del ajuste métrico; cfr. Darlo todo, vv. 450-53: «mas Estatira es quizás, / la infanta, que prisionera / está en aquesa leonera, / por ser tíguere no más». v. 259 en el campo y no en la villa: ruptura de la expresión en el campo y en la vüla para significar 'en todas partes, en cualquier lugar, aquí y donde sea'; sería un modo de reforzar lo que está diciendo. Por otro lado, puede aludir a que la vida en el campo resultaba más barata que en las ciudades, así los nobles que andaban mal de dinero se retiraban al campo para ahorrar. De esa forma, en este pasaje se destacaría la pobreza de Montesinos. N o hay que anotar el juego entre sustentar un desafío y sustentar o alimentar a la dama. vv. 262-63 que poco teme elefantes / el que se traga sardinas: inversión absurda. v. 267 longanizas: en el manuscrito «loganizas»; comida típicamente carnavalesca al igual que la morcilla, el mondongo, etc.

156

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

y advierte que he de t r i u n f a r

270

si m e da basto y m a l i l l a . Y e n el í n t e r i n m e v o y antes que aquesta fatiga en vez de salirse afuera se m e siente e n la r o d i l l a

275

a paladearme c o n m i e l , c o n berenjenas y chinas, manjares que de o r d i n a r i o m e p r e v i e n e m i familia; y para p o d e r pasarlos

280

m e dan, p o r q u e n o m e aflija, una cuchara aguileña, dos platos y u n a escudilla.

vv. 270-71 he de triunfar / si me da basto y malilla: léxico del juego de naipes; triunfar término dilógico que quiere decir tanto 'vencer a los enemigos' como «en el juego del hombre y otros, es jugar del palo, que se ha elegido por triunfo, para que los demás sirvan a él, sino fueren los triunfos reservados» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 243-46: «no solo del Asia, pero / triunfando de la espadilla, / ganaría al mundo entero / a tajadas»; basto es 'uno de los cuatro palos de los que se compone la baraja española'; malilla alude a un «Término del juego del hombre. La segunda carta del estuche, superior a todas menos a la espadilla que del palo de oros y copas es el siete y del de bastos y espadas el dos» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 1500¬ 1503: «ESTATIRA: L O noto / de que no tendréis caballo. / EFESTIÓN: ¿Si tengo el caballo de oros / guardado con la malilla?». v. 272 en el ínterin: 'entretanto'; cfr. El rey don Alfonso, vv. 688-89: «y no he tenido aviso si en el ínterin / ha habido novedad o algún escándalo». vv. 276-77 miel, / con berenjenas y chinas: la miel y las berenjenas al igual que los buñuelos, la pasa y el higo (estos dos elementos muchas veces citados unidos) connotaban 'morisco', por ser productos que cultivaban y de los que gustaban mucho; cfr. El hermano, vv. 739-40: «No te faltará a tus horas / calabaza y berenjenas»; El rey don Alfonso, vv. 724-28: «Dame tú que el enemigo / pusiese cerco cruel, / y talando vino y trigo / hiciese otro río de miel / y un muro de pasa y higo» y vv. 1716-19: «Y si en mi reino queréis / quedaros a poner tienda / de buñuelos, miel y pasas, / dareos señalada renta»; china hace referencia a «Planta o raíz que se trae de la China. Es muy semejante a la raíz del lirio y notablemente aguda y mordaz. Cocida en agua provoca a sudor y deshace gomas y otros tumores fríos o gálicos» (Aut).

TEXTO DE LA COMEDIA

157

Y esto h a b l ó c o m o u n j i l g u e r o A l a z á n c o n su camisa.

285

Vase. EMPERADOR

¡ A g u a r d a , perjuro! ¡Espera, chinchilla! ¡ M o r o , m a l cristiano, todos le sigan!

MONTESINOS

E s t o a m í m e toca.

290

Espera, m a l i l l a , y te m a t a r é , pues soy la espadilla. C o r r i ó c o m o u n camello u n a cuesta a r r i b a ,

295

en u n v e l o z j u m e n t o que espuma v e r t í a . T a l era el coraje d e l b r u t o y la prisa, que a fuerza de p e c h o s

300

q u e b r a n t ó las cinchas y va e n a l b a r d ó n

vv. 284-85 habló... / Alazán con su camisa: hablar alguien con su camisa significa 'hablar muy bajo, tan bajo que solo le oiría su camisa'. Esto rompe con el tono elevado y desafiante del parlamento anterior. v. 287 chinchilla: «Animalejo pequeño como ardilla que se cría en la sierra del Perú» (Aut); animalización del personaje. v. 291 malilla: ver la nota al v. 271. v. 293 espadilla: término dilógico, 'espada pequeña' y «Se llama también el as de espadas en la baraja de los naipes» (Aut); esta segunda acepción tiene sentido en este pasaje, que contiene alusiones al léxico del juego como el caso de malilla; cfr. Castigar, vv. 1697-1700: «Sin duda que quiso hacerse / hombre conmigo, el traidor, / y así robarme engañoso / con la espadilla intentó»; Darlo todo, vv. 739-40: «pero / triunfando de la espadilla, / ganaría al mundo entero / a tajadas, mejor que / Monroy el bodegonero». v. 297 espuma: «Se suele tomar por saliva, principalmente, cuando así los hombres, como los brutos están algo fogosos y calientes» (Aut). vv. 300-302 pechos / ... las cinchas / y va en albardón: pecho «Metafóricamente se toma por valor, esfuerzo, fortaleza y constancia» (Aut); cincha es una «Lista ancha de cáñamo, lana o esparto con que se aprieta y asegura la silla o albarda a la cabalgadura» (Aut); albardón es una «Especie de aparejo a manera de albarda, que

158

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

p o r m á s gallardía. E l fiero A l a z á n (que m e p a r e c í a

305

gigante c r i s t a l i n o que al c i e l o se o p o n í a ) caza le he de dar, pues tal o s a d í a m e r e c e castigo.

310

M i brazo me incita, t o m a r é venganza a u n q u e se m e

finja

de m a r e n blancas torres de espuma

fugitiva.

315

Vase. REINALDOS

¡ R a r o s b r í o s , g r a n valor, impensado atrevimiento! V o l a n d o i r é p o r el v i e n t o en busca deste traidor. Vase.

OLIVEROS

Y y o le v o y a seguir c o n la c o l o r

320

demudada,

que el acero de m i espada morcillas sabe freír.

se pone a las caballerías para montar en ellas, más hueco y alto que la albarda» (Aut); cfr. El rey don Alfonso, vv. 1270-72: «Paciencia, vuelvo a entablar. / Digo me pueden echar / un grande albardón». vv. 306-307 gigante cristalino / que al cielo se oponía: alusión mitológica a la historia de los gigantes que quisieron atacar al cielo y fueron fulminados por Júpiter; lo de cristalino alude a las nieves de las cumbres y a la comparación de los m o n tes con gigantes que amenazan al cielo, probablemente en evocación de la dedicatoria de las Soledades de Góngora, en que se llama a los montes «gigantes de cristal»; por lo demás este verso y el siguiente son de siete sílabas en la serie de romancillo de seis, como sucede en otros de este pasaje. vv. 314-15 de mar en blancas torres / de espuma fugitiva: no alcanzo a entender qué es lo que se fingiría en blancas torres. vv. 322-23 Rasgo grotesco de Oliveros, ya que en lugar de utilizar la espada para luchar, la emplea para asar morcillas, comida, por otra parte, eminentemente carnavalesca.

T E X T O DE LA C O M E D I A

159

Vase. MALGESÍ

H o l a , A l á , mis lebreles, partidos l u e g o y buscalde,

325

y si le halláis, azotalde a u n q u e os c o n v i d e a pasteles. Vase. EMPERADOR

D e haber visto a este b e l l a c o confuso y c o r r i d o estoy ¿Yo C a r l o m a g n o n o soy?

330

¿ S o y p o r ventura a l g ú n caco? S i n d u d a él piensa que u n B a c o h e c h o estoy, mas y o le j u r o que el v i n o he de b e b e r p u r o . BRETÓN

B é b e l o y t o m a tabaco,

335

que de t u valor p r e s u m o que c o n él te a n i m a r á s y la c ó l e r a e c h a r á s .

v. 324 Hola, Alá, mis lebreles: juego de paronomasia entre los términos Hola y Alá; lebrel alude a «Cierta especie de perro generoso» (Aut); y perro era insulto d i rigido a los moros. v. 325 partidos luego: 'os partid inmediatamente'. v. 327 pasteles: «Empanadilla hojaldrada que tiene dentro carne picada o pistada [...] Es refugio de los que no pueden hacer olla y socorre muchas necesidades» (Cov.); resulta grotesco que lo convide a ese tipo de alimento ya que se consideraba comida de muy baja calidad. Quevedo lo utiliza como motivo satírico en infinidad de composiciones; cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 249, vv. 116¬ 20: «Con poco temor de Dios / pecaba en pastel de a cuatro, / pues vendí en traje de carne / huesos, moscas, vaca y caldo». v. 329 corrido: 'avergonzado'; cfr. Ventura, vv. 297-300: «Vuelvo corrido a mi tierra / y con pesadumbre tanta / que estoy hambriento y no puedo / mascar guijarros». v. 331 caco: «El ladrón sutil» (Aut); cfr. Constante, v. 1930: «que huyeron como cacos de la muerte»; en la mitología existía un famoso ladrón llamado Caco que descendía deVulcano. v. 332 Baco: el dios del vino; por metonimia 'borracho'; en el original «sin duda que él piensa que un Baco» verso largo, que enmiendo. v 334 puro:'sin aguar'; cfr. El rey don Alfonso, vv. 1320-21: «Al fin era este hombre macho / y siempre lo bebía puro»; Estebanillo, I, p. 153: «me aguaban el vino, bebiéndolo ellas puro».

160

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

EMPERADOR

Sí h a r é , si el tabaco es de h u m o .

BRETÓN

Y pues m i afecto es de a resma,

340

advierte que e n ocasiones aprovechan los bretones. EMPERADOR

E s o será en la C u a r e s m a . V a m o s , y d a m e u n a lanza para azotar a este i n f a m e .

BRETÓN

345

V a m o s , y el m u n d o te l l a m e el e m p e r a d o r C a r r a n z a . Vanse. Sale

ZAIDA

Zaida.

A u n q u e veinte Preste Juanes m e v e n g a n a visitar y m e q u i e r a n galantear

350

cuatrocientos m i l truhanes, he de quedar sola u n p o c o para p o n e r m e la pasa,

v. 339 si el tabaco es de humo: el tabaco se tomaba de varias formas, en polvo, aspirándolo por la nariz, o ñamándolo; juega al mismo tiempo con el sentido de humos 'ínfulas, cóleras, irritaciones'. v. 340 resma: «El mazo de veinte manos de papel» (Aut). v. 342 bretones: término dilógico que alude al «renuevo de la berza» (Aut), que se puede comer en Cuaresma, cuando la carne está vedada, y a 'los nacidos en la Bretaña, Francia'; sin contar con el juego alusivo al nombre del personaje. v. 347 el emperador Carranza: alusión al famoso maestro de armas de la época Jerónimo Sánchez de Carranza, representante, con Luis Pacheco de Narváez, de la esgrima científica; cfr. Darlo todo, vv. 1284-86: «Entra dando, que es destreza, / porque a una estocada franca, / aun Carranza se rindiera»; Espinel, Marcos de Obregón, II, p. 147: «había valerosos hombres diestros y animosos, donde se hacía mucha mención de Carranza, aunque hubo quien daba la ventaja a don Luis Pacheco de Narváez». v. 348 Preste Juan: «Título que se da al Emperador de los abisinios. Es voz compuesta de Preste y Juan, que en su lengua vale rey» (Aut); Covarrubias lo define como «Emperador de Etiopía. Este nombre está corrompido de precioso Juan». E n la época era sinónimo de riqueza y poder; cfr. Ventura, vv. 706-708: «Este me dio el Preste Juan / por solo un plato de callos / que un sábado le guisé»; El rey don Alfonso, vv. 80-83: «Mas ¿para qué te doy cuenta / del Preste Juan de las Indias?, / pues puedes mal conocer / a quien no viste en tu vida». v. 353 pasa: «Significa también una especie de afeite que usaban las mujeres, llamado así porque se hacía con pasas» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 270,

T E X T O DE LA COMEDIA

161

que n o tengo t i e m p o e n casa n i a u n para s o n a r m e el m o c o .

355

Alazán bien divertido en sus empresas está, y y o sin resguardo acá n o m á s que el de este vestido. A q u í m e q u i e r o sentar Siéntase

360

y dan patadas dentro.

para descansar u n rato. ¿ M a s que es a l g ú n maragato que m e v i e n e a requebrar? Segunda vez ruido y ella se recoge. ¡ V á l g a m e A l á soberano! G e n t e siento, r u i d o suena.

365

¡ Q u é va que t r u e c o la cena! Entra Montesinos furioso y se le acerca. MONTESINOS

¡ A g u a r d a , m o n t é s o alano! ¿Eres, d i m e , A l a z á n t ú , q u i e n p o r senda fugitiva s u b i e n d o u n a cuesta a r r i b a

370

se le l l e v ó B e r c e b ú ?

vv. 83-86: «Más güevos gasta que un viernes / su cecial gesto en remojo, / y a puras pasas le acuesta / hecho almuerzo de buboso», v. 356 divertido: 'distraído'. v. 362 ¿Mas que es algún maragato: '¿A que resulta que el que llama es algún maragato?'; maragato: es el natural de la comarca leonesa de la Maragatería; posee connotaciones despectivas que hacen referencia a 'villano, rústico'; fr. Comendador, vv. 346-47: «BENITA: Espérate, que nos vio. / HERNANDILLO: ¿Dice el maragato a mí?». v. 366 trueco la cena: trocar «Vale también vomitar, arrojar por la boca lo que se ha comido» (Aut); cfr. Guzmán, p. 365: «Enseñóme a trocar a trascantón, con que hacía dos efectos: lastimaba, creyendo que estaba enfermo, y que, aunque envasase dos ollas de caldo, quedara lugar para más». v. 367 alano: «Especie de perros muy corpulentos, bravos y generosos que sirven en las fiestas de toros, para sujetarlos haciendo presa en sus orejas, y en la montería a los ciervos, jabalíes y otras fieras, como también para guardar las casas y huertas» (Aut); cfr. El rey don Alfonso, vv. 286-88: «que pueden con perejil, / quitándoles los tolanos, / dar sustento a mil alanos».

162

EL CASTIGO Sale Reinaldos

EN LA

ARROGANCIA

al encuentro.

REINALDOS

E s p e r a , espera, v i l l a n o .

MONTESINOS

¿ D ó n d e vas tan cejijunto?

REINALDOS

A dar la m u e r t e a u n tirano que n o sabe canto l l a n o

375

y quiere echar c o n t r a p u n t o . MONTESINOS

A l a z á n está e s c o n d i d o ; calla, que q u i e r o matarle.

REINALDOS

M e j o r será e m b o r r a c h a r l e para quitarle el vestido.

ZAIDA

380

¿ C ó m o cristianos a q u í ? ¡ H o l a , A l á ! ¡ A h , m i s vasallos! A c o r r e r fueron los gallos. ¡ C a u t i v a soy! ¡Ay de m í !

REINALDOS

A l o que y o alcanzo a ver

385

n o parece el b u l t o de h o m b r e . ZAIDA

S i n o q u e r é i s que os asombre, dejad de r e c o n o c e r . ¡ S o c ó r r o m e aquí, Alazán! Sale afuera tapada.

vv. 375-76 canto llano I ... contrapunto: canto llano «es aquel cuyas notas o puntos proceden con igual y uniforme figura y medida de tiempo. Llámase también música eclesiástica por ser la que c o m ú n m e n t e se usa en la iglesia» (Aut); contrapunto «es una concordancia armoniosa de voces contrapuestas: esto es, el debido uso (según este arte) de especies consonantes» (Aut); cfr. Cortés deTolosa, Lazarillo de Manzanares, p. 125: «de manera que conforme a lo que mis amos bebían, parecía que echaba él el contrapunto, porque ansí como los que le cantan por uno, que dicen los del canto llano, forman siete u ocho puntos estotros». v. 383 correr gallos: «Divertimento de Carnestolendas que se ejecuta ordinariamente enterrando un gallo, dejando solamente fuera la cabeza y pescuezo, y vendándole a uno los ojos, parte desde alguna distancia a buscarle con la espada en la mano, y el lance consiste en herirle o cortarle la cabeza con ella. Otros le corren continuamente hasta que le alcanzan o le cansan, hiriéndole del mismo modo» (Aut); cfr. Céfalo, vv. 1354-57: «por quitarlas de barajas / y meterlas en contiendas, / que le corran a carreras / como a gallo destas eras». v. 386 no parece: en el manuscrito se encuentra corregido, pudiera ser por la misma mano, pero no se acierta a leer la palabra emborronada.

T E X T O DE LA COMEDIA

REINALDOS ZAIDA

P e r r a de su f a c c i ó n eres.

163

390

Sí, que m e ha dado alfileres y m e e n s e ñ ó el « b e - a - n e » «ban».

MONTESINOS

B i e n se m e l u c i ó andar listo.

REINALDOS

E s t o es b u e n o , ¡vive C r i s t o ! , que ha c a í d o e n ratonera.

MONTESINOS REINALDOS

395

D i m e pues, ¿ q u é te parece? ¿ Q u é q u e r é i s que m e parezca? V a m o s c o n aquesta alhaja.

MONTESINOS

V a m o s pues y venga presa. Descúbrese.

ZAIDA

¡ N o m e m a l t r a t é i s , cristianos!

400

¡ A t e n d e d a m i nobleza! M i r a d que he sido a u n a esquina años cinco mondonguera. Vase. MONTESINOS

H o l a , p o n é a b u e n recado, soldados, aquesta reina.

405

Acot. a v. 390 tapada: cubierta por un manto, costumbre típica del Siglo de Oro. v. 390 Perra: insulto a los moros otra vez. v. 391 alfileres: a los perros se les daban zarazas o alfileres metidos en la carne para matarlos; Correas, n ú m . 6568: «Dar zarazas. A un perro con pan y alfileres para que muera». v. 392 «be-a-ne»: se entiende que también le había enseñado a leer, de ahí que divida en letras el término ban (van). v. 403 mondonguera: «La que dispone, guisa y vende los mondongos» (Aut); oficio muy poco decoroso; cfr. El rey don Alfonso, vv. 1524-29: «Y le daré muerte fiera / como palabra me des / de que querrás ser después / en la corte mondonguera, / que es oficio ganancioso / y al fin se gana dinero»; Avellaneda, Quijote, p. 231: «Su amo le preguntó si la conocía, y él respondió que sí, y que era mondonguera en la calle de los Bodegones de Alcalá, con fama de harto espesa», y p. 158: «una triste mondonguera, Bárbara en nombre y en cosas de policía». v. 404 a buen recado: «Modo adverbial que vale con todo cuidado y seguridad» (Aut); cfr. Constante, vv. 1248-51: «le aconsejó que fuese / y que en la trena al punto le metiese, / que de Isabel quedaba a su cuidado / el guardarla y ponerla a buen recado».

164

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

REINALDOS

S i n d u d a que reina es.

MONTESINOS

B i e n su p o r t e nos l o e n s e ñ a . Pardiez, que m e ha p a r e c i d o hermosa y linda. Y a m í bella...

REINALDOS MONTESINOS

Reinaldos...

REINALDOS

Montesinos... . . . brava e m p r e s a . . .

MONTESINOS REINALDOS

. . . la v i t o r i a . . . . . . esta p r i s i ó n . . .

MONTESINOS REINALDOS

410

. . . nos p r o m e t e . . . . . . nos asienta...

MONTESINOS REINALDOS MONTESINOS REINALDOS MONTESINOS REINALDOS MONTESINOS

... a Alazán... ... a perro m o r o . . . . . . ya n o d o y . . . . . . p o r tus orejas.

415

... u n c o m i n o . . . . . . y o u n a breva. Y e n u n parecer c o n f o r m e s . . .

REINALDOS AMBOS

. . . d i g a n a voces las fieras: ¡ Q u e v i v a el e m p e r a d o r y los d o c e pares b e b a n !

420

v. 4 1 0 Verso incompleto. v. 4 1 5 Después de este falta uno suelto en la serie del romance. v. 4 1 6 un comino... yo una breva: ambos términos connotan elementos sin i m portancia, insignificantes, de muy poco valor; encontramos frases hechas del estilo no dársele a alguien un comino, no importar una higa, etc. vv. 4 1 9 - 2 0 viva... / ... beban: chiste tópico basado en un juego paronomástico; cfr. Comendador, vv. 4 6 2 - 6 3 : «PERIBÁÑEZ: Pues ven acá, necio, / ¿tú vives? GILOTE: SÍ, y bebo a veces»; Céfalo, v. 1 1 8 7 : «UNOS: (Dentro) ¡Viva Pocris! OTROS: (Dentro) Pocris beba»; Ventura, vv. 9 6 4 - 6 5 : «¡Viva don Carlos y beba! / ¡Viva y beba!».

SEGUNDA

Sale el emperador, y BRETÓN

JORNADA

Bretón.

S e ñ o r , de llegar acabo. A París c i e n vueltas d i , solo h a l l é u n m a r a v e d í .

EMPERADOR

Eso no monta u n ochavo. ¿ H a l l a s t e otra cosa m á s ?

BRETÓN

425

S i m e acuerdo l o d i r é ; si n o , l o p r e g u n t a r é al s a c r i s t á n de San Blas.

EMPERADOR

P o r la que m e a l u m b r a l u z , que si m e eres s o c a r r ó n

430

que has de llevar u n g a b ó n . BRETÓN

V é n d e s e hacia Santa C r u z .

vv. 423-24 maravedí / ... ochavo: maravedí es una moneda convencional «y adviértase que maravedí no sinifica una moneda singular o particular, ni se ha batido en tiempos de atrás ninguna deste nombre, [...] y en realidad de verdad maravedí es una suma y cuantía que se hace y consta de monedas menores, sin que él tenga más ser por sí del que las cuentas le dan» (Cov); cfr. Céfalo, vv. 90¬ 93: «¿Van once maravedís / que a mis voces en un tris / gente hay arriba o abajo?»; ochavo: 'moneda que vale la mitad de un cuarto'. E n cualquier caso, tanto maravedí como ochavo son 'monedas de poco valor'. v. 428 San Blas: ermita madrileña edificada en 1588 en lo alto del camino de Nuestra Señora de Atocha. v. 429 Por la que me alumbra luz: hipérbaton jocoso. v. 431 gabón: supongo que se referirá a gabán que era un 'capote con mangas y capilla que usaba la gente del campo'; el término gabón no se encuentra documentado. Puede ser deformación disparatada, o quizá deforme el término capón 'golpe'. v. 432 Santa Cruz: alude a la plazuela de Santa Cruz, lugar en el que se disponía para la venta infinidad de artículos; ver Herrero, 1963, pp. 90-92.

166

EMPERADOR

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

¿Sabes en q u é he reparado? Q u e estás m u y g o r d o , B r e t ó n .

BRETÓN

E S que c o m o en b o d e g ó n .

EMPERADOR

A S Í estás tan c o l o r a d o . A c a b a , d i l o , ¿ q u é pasa?

BRETÓN

C o n t a r é t e l o de p l a n o . D i g o , C a r l o s , que

435

viniendo

c o n mis pies y mis zapatos

440

p o r ese c a m i n o a pata (porque n o v i n e a caballo), en la espesura de u n m o n t e , hacia l o m á s apartado d e l c a m i n o real, s e n t í

445

el r u i d o de u n ballestazo. V i é n d o m e absorto y confuso, r e v u e l v o , t o m o y, ¿ q u é hago?, trepar p o r u n g u i n d o a r r i b a de esos que l l a m á i s enanos,

450

y estando b i e n d i v e r t i d o c o n u n l o b o h a r t o marrajo v. 435 bodegón: «El sótano o soportal en que se hace y guisa de comer a la gente pobre y ordinaria» (Aut); Cfr. Quevedo, PO, núm. 564, vv. 9-12: «Si del aire vivieras, almorzaras / respuestas de ministros y señores / [...] fueran tu bodegón aduladores»; y n ú m . 595, v. 9: «¡Oh santo bodegón! ¡Oh picardía!». Sobre bodegones y bodegoneros ver Herrero, 1977, pp. 118-29; Arco y Garay, 1941, p. 425, señala que «Casas de gula, o bodegones, o bodegos eran lugares frecuentados por la rufianesca y por galanes perdidos». v. 445 camino real: «Se llama el más ancho, principal, fácil y cursado de los pasajeros, y el más público; y por eso tienen obligación las justicias de tenerle llano y compuesto y en partes empedrado. Llámase real porque es público o guía a parajes grandes y se camina por él con más conveniencia» (Aut). v. 448 tomo y, ¿qué hago?: muletilla muy habitual en la época; cfr. Castigar, vv. 722-25: «Por aquesta niñería, / Astolfo y Lisardo toman / las de Villadiego. Vanse, / y ¿qué hacen?»; Ventura, vv. 114-18: «quiso que en este hemisferio / fuese candil de las fuentes / cuya cocina es el cielo, / toma ¿y qué hace? Da un salto / y sube sobre un jumento»; Cortés de Tolosa, Lazarillo de Manzanares, p. 213: «Creilo como si me lo dijera un evangelista, y si vuesa merced no lo ha por enojo, ¿qué hice?, tomé y fuime tras ellos». v. 452 marrajo: «Cauto, astuto y difícil de engañar» (Aut); cfr. Quevedo, Prosa festiva, p. 395: «El padre, que era marrajo, iba y venía en estas cosas».

TEXTO DE LA COMEDIA

167

que e n aqueste y e r m o es el m á s severo e r m i t a ñ o , o í e n sonoros r e l i n c h o s

455

d e c i r : «¡Viva C a r l o m a g n o ! » , y así c o m o l o e n t i e n d o m e l l e g u é al r u i d o de u n salto. Allí t o p é a M o n t e s i n o s y a su pariente R e i n a l d o s ,

460

que el p r i m e r o es u n a bestia pero el segundo es u n asno. EMPERADOR

¿ Y q u é h a c í a n los vinagres?

BRETÓN

Estaban ambos cazando, las u ñ a s

ensangrentadas

465

de l o m u c h o que m a t a r o n . Con

ellos estaba u n a

desas que l l a m a m o s rabos, que referir su h e r m o s u r a es c o m p a r a r l a a u n m a r r a n o . EMPERADOR BRETÓN EMPERADOR BRETÓN EMPERADOR

470

¿Vístela t ú ? Y o la he visto. ¿ H a b l a s verdad? V e r d a d hablo. Pues, ¿ q u é piensas t ú , salvaje, que se le da a u n italiano?

v. 463 vinagre: «Metafóricamente se llama el sujeto de genio áspero y desapacible» (Aut), aunque encontramos, además, en Léxico una acepción para vinagre torcido que significa 'borracho' que podría tener sentido en nuestro pasaje; cfr. Zabaleta, El día de fiesta por la mañana y por la tarde, p. 359: «Vinagre torcido llaman a un borracho, porque el vino que lleva en el estómago está hecho vinagre, y él lleva el cuerpo torcido, como le falta el gobierno de la razón». vv. 464-66 La matanza a la que se refiere es de piojos ya que se mataban con las uñas; cfr. Céfalo, vv. 1208-11: «Pues ¿qué más rico que aquel / que tanta gente sustenta, / y el día que la despide / hace en la uña la cuenta?» (gente alude a 'piojos' y uña al 'modo de eliminarlos'). v. 468 rabos: parece aludir a rabosa que en el léxico de germanía significa «Prostituta quiza de baja categoría o que es sucia (tiene rabos)» (Léxico). v. 474 italiano: término en contacto con rabos (v. 468), y que alude a la fama de los italianos en el Siglo de Oro de ser homosexuales. Cfr. El hermano, vv. 134-

168

EL CASTIGO

E\' L4

ARROGANCIA

G u a r d a , n o digas m e n t i r a

475

que te l l e v a r á n los diablos. BRETÓN

N O h a r á n tal.

EMPERADOR

D i por qué.

BRETÓN

P o r q u e m e he desayunado.

EMPERADOR

A m i g o B r e t ó n , ¿ q u é dices?

BRETÓN

N O , sino g ü e v o s asados. No

480

hayas m i e d o que el a l m u e r z o

de h o y m e le l l e v e n los galgos. Y o solo m e c o m í u n a p e p i t o r i a de venado. Por

remate d e l a l m u e r z o

485

b e b í ( ¡ q u é gustoso paso!) un

v i n o m o r o ; m a l dije,

un

hereje, u n luterano,

que c o n llamarse M a r t í n n o tiene a c c i ó n de cristiano. EMPERADOR

490

¿ M a s que p o c o te acordaste de t u a m i g o C a r l o m a g n o ?

3 6 : «ALMANZOR: ¿ Y hate tocado una mano? / ZORAIOA: N O , señor, que es italiano. / ALMANZOR: Pues ya me espantaba yo». Ver Herrero, 1966, pp. 3 4 9 - 5 2 . v. 4 8 0 No sino güevos asados: frase hecha coloquial de burla o énfasis irónico que sirve como respuesta a preguntas inútiles; cfr. Hamete, vv. 3 1 4 - 1 5 : «DOÑA LORENZA: ¿ Y en la ensalada hay cebolla? . / MARINA: N O , sino huevos asados»; Desdén, vv. 2 4 1 9 - 2 1 : «POLILLA: T ú eres niño; / mas di, ¿la tienes cariño? / CARLOS: No, sino huevos asados». v. 4 8 4 pepitoria de venado: la pepitoria es «Un guisado que se hace de los pescuezos y alones del ave» (Cov); el que sea pepitoria de venado puede aludir a que en lugar de los despojos de las aves se utilice el venado para cocinarlo, algo disparatado. v. 4 8 7 vino moro: hace referencia a que los moros no se bautizaban, es decir, no se les echaba agua, como este vino que se encuentra sin aguar. v. 4 8 9 Martin: alusión a Martín Lutero y al celebérrimo vino de San Martín de Valdeiglesias, que es de gran calidad, y no es cristiano porque no está bautizado o aguado; cfr. Darlo todo, vv. 1 0 7 - 1 1 : «cuyo aliento, / bostezando a San Martín / y a Ribadavia escupiendo, / puede dar vida a un candil, / y apagarle con lo mesmo».

T E X T O DE LA C O M E D I A

BRETÓN

169

S e ñ o r , para vuestra alteza hay e n S o m o s i e r r a nabos, caracoles y p i m i e n t o s ,

495

que a c o m e r otros b o c a d o s anduviera jerigonza y n o holgara el b o t i c a r i o . EMPERADOR

D e o í r t e , B r e t ó n , ha sido m u c h o el n o haber v o m i t a d o ,

500

pero g ü é l g o m e saber l o que t e n í a i n o r a d o . V a m o s , y el c i e l o nos libre de tomates y gitanos, que son manjares que matan, c o m o afirma

505

Quintiliano.

Vase. Salen Oliveros y MALGESÍ

Malgesí.

A mis perros p r e g u n t é p o r ese galgo A l a z á n y r e s p o n d e n c o n afán:

v. 494 Somosierra nabos: eran famosos por su calidad; cfr. El hermano, vv. 1240¬ 44: «Reto el pan, reto la carne, / nabos, cebollas y berzas, / arroz con grasa, alcuzcuz, / los nabos de Somosierra, / los diamantes del Ceilán». v. 497 anduviera la jerigonza: en el texto base «anduviera la jerigonza», verso largo. La jerigonza parece aludir aquí al lenguaje ininteligible de los borrachos. v. 504 tomates y gitanos: existía la creencia de que las hortalizas causaban indigestiones y destemplanzas; cfr. El martiniilo (Segunda parte), en Q u i ñ o n e s de Benavente, Jocoseria, vv. 75-78: «MUNDO: Estas venden disparates. / AUTORA: YO tabardillo en tomates. / FRANCISCA: YO sarampión en majuelas. / ISABEL: YO en almendrucos viruelas»; puede aludir a la costumbre de tirar verduras después de la representación que no satisfacía; cfr. Tirso, Doña Beatriz de Silva, vv. 1947-51: «Sal a los recebimientos: / verás a Nicolao quinto / en medio de un laberinto / de tomates o pimientos, / pacíficos instrumentos»; los gitanos llevan malísima fama en el Siglo de Oro: ver Herrero, 1966, pp. 641-55. v. 506 Quintiliano: escritor nacido en Calahorra hacia el 35 d. C . y fallecido en R o m a hacia el 120. Nada escribió, naturalmente, sobre tomates y gitanos. La presentación de autoridades falsas es habitual en las comedias burlescas. vv. 507-508 perros... / ... galgo: galgo es 'una especie de perro', se mueve en el mismo campo semántico que perros; ver nota al v. 228.

170

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

« B ú s q u e l e vuesa m e r c e d » .

510

D i m e , Oliveros, ¿qué haré en e m p e ñ o OLIVEROS

semejante?

N o m u d e s , n o , de semblante, que e n tus perros está el yerro, supuesto que p e r r o a p e r r o

515

t o c a n la m a n o c o n guante. MALGESÍ

V e r d a d es l o que m e dices. T ú hablas c o m o e n t e n d i d o , que el y e r r o dellos ha sido.

OLIVEROS MALGESÍ

C o m o aquestas s o n narices.

520

S i fuera a cazar perdices s i g u i é r a n m e c o n valor, pero enviarles c o n r i g o r a que a z o t e n a u n h e r m a n o es m a n d a r m u y soberano:

525

h á g a l o el e m p e r a d o r . OLIVEROS

C a m a r e r o de sus toros, m e d i o p o r vengar su d u e l o , y porque c o n u n anzuelo le pesque y p r e n d a m i l m o r o s

530

y aquestos s o n desaforos que n o sufrirá u n capacho, tanto m á s c u a n t o el despacho m e le l i b r a allá e n A m b e r e s , pues p r e n d a c o n alfileres

535

el e m p e r a d o r gabacho. H a c e r su gusto n o p u e d o .

v. 531 desaforos: desafuero significa «Agravio, fuerza, violencia que se hace contra la ley o la razón» (Aut). v. 532 capacho: «llama el vulgo al religioso de San Juan de Dios, por el nombre a la religión capacha» (Aut); pero aquí puede ser simplemente 'cesto, capacha'. v. 534 Amberes: en el manuscrito «anheles»; ver v. 114. v. 535 alfileres: «Gemianía. Alguacil; en el sentido de que el alguacil prende de la misma manera que prende el alfiler» (Léxico). v. 536 gabacho: «Francés, con carácter despectivo; se decía sobre todo de los que trabajaban en España en oficios bajos o se dedicaban, so capa de peregrinos,

TEXTO DE LA COMEDIA MALGESÍ

171

Asistirle y o t a m p o c o , y si el m o r o v i e n e l o c o , que le lleven a T o l e d o :

540

darase que tiene m i e d o de C a r l o m a g n o y su espada. OLIVEROS

Pues v á m o n o s , camarada, a acostar sin hacer r u i d o , que ya habernos asistido

545

a la segunda j o r n a d a . Vanse. Salen Alí y

Alazán.

ALÍ

M u e s t r a t u e j é r c i t o ha dado.

ALAZÁN

¿ Q u é te ha p a r e c i d o , Alí?

ALÍ

Q u e , s e g ú n l o que y o v i , n i n g ú n tudesco ha faltado.

ALAZÁN

550

Y O h a r é que m a r c h e a París, y siendo gente de aceros n i n g u n o se p o n d r á e n cueros hasta ver la flor de lis.

a la m e n d i c i d a d » (Léxico); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 256, vv. 1-5: «Gobernando están el mundo / cogidos con queso añejo / en la trampa de lo caro / tres gabachos y un gallego». v. 540 Toledo: alusión a la Casa del Nuncio que se encontraba en Toledo; era el manicomio más famoso, fundado por el canónigo y nuncio apostólico don Francisco Ortiz; cfr. Quijote, II, 72: «Pero no sé qué me diga, que osaré yo jurar que le dejó metido en la casa del Nuncio en Toledo, para que le curen, y agora remanece aquí otro don Quijote, aunque bien diferente del mío». v. 541 darase que tiene miedo: 'sucederá que tendrá miedo'. v. 544 a acostar: en el manuscrito leemos «acostar» con la a embebida que desarrollo en mi edición. v. 546 a la segunda jornada: guiño metateatral que rompe con la ficción propia de la comedia. v. 550 tudesco: alemán; tenían fama de rudos y borrachos; cfr. PSB, n ú m . 531, vv. 1-4: «Tudescos moscos de los sorbos finos, / caspa de las azumbres más sabrosas, / que porque el fuego tiene mariposas, / queréis que el mosto tenga marivinos». v. 554 flor de lis: «Insignia con que se adorna el escudo de las armas de Francia que son tres lirios» (Aut).

172

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

H a z p r e v e n i r los caballos,

555

que a u n q u e a n i m o s o m e ves n o p u e d o andar c o n los pies p o r q u e m e aprietan los callos. ALÍ

¿Para curallos n o hay traza?

ALAZÁN

N o hay traza para curallos.

ALÍ

Y o sé de u n a .

560

¿ Y es?

ALAZÁN

Rascarlos

ALÍ

m u y bien c o n una almohaza. ALAZÁN

¡ A l m o h a z a e n mis pies! D e t e n t e , que eso n o es de m i grandeza.

ALÍ ALAZÁN

Pues p ó n t e l a e n la cabeza.

565

E s o será m á s decente. Y a el d o l o r se m e ha quitado, n o v i e n e m á s de u n a vez cada mes. ¿Y te ha faltado?

ALÍ ALAZÁN ALÍ

Jamás. B i e n se ve e n la tez

570

que n u n c a te h a r á s p r e ñ a d o . Trata, A l a z á n , de animarte. ALAZÁN

Y a l o estoy, chanzas aparte, que esta es c o m e d i a y n o ensayo.

v. 562 almohaza: «Instrumento de hierro con que se estriegan los caballos y muías para limpiarles la caspa que crían entre el pelo» (Aut). Cfr. El rey don Alfonso, vv. 11-12: «Son celos una almohaza / que lastima el corazón». vv. 568-69 una vez / cada mes: alusión al ciclo menstrual de las mujeres. v. 571 nunca te liarás preñado: si no le falta el ciclo menstrual, es evidente que no se encuentra preñado; la imagen del hombre embarazado forma parte del elenco de disparates habituales que hallamos en el género burlesco; cfr. Castigar, vv. 466-69: «Confieso, señor, que en ti / son los dolores muy grandes, / mas no es justo que malparas / sin consultar la comadre»; El hermano, vv. 1197-99: «Tengo siete hipocondrías, / y me siento aquestos días / con achaques de preñado». v. 574 esta es comedia y no ensayo: guiño metateatral.

TEXTO DE LA COMEDIA

173

¿ Q u é planeta reina? Marte.

ALÍ ALAZÁN

Pues traime el caballo bayo.

ALÍ

Es r e c i o de c o n d i c i ó n

575

y m e ha de p o n e r h o c i c o . ALAZÁN

Si l o hace, traime u n b o r r i c o , que t e n d r á s m á s a t e n c i ó n .

580

Vase Alí. ALÍ ALAZÁN

B e r c e b ú lleve tal p i c o . C o n tan b u e n sino y planeta m í a la v i t o r i a es. S i n d u d a que a l g ú n p o e t a v e n d r á a besarme los pies

585

en zapatos de vaqueta, y p o r q u e el m u n d o se asombre de m i p r ó s p e r a f o r t u n a , Z a i d a se vestirá de h o m b r e y h a r é c o l o c a r su n o m b r e

590

en el c u e r n o de la l u n a .

v. 575 Marte: dios de la guerra. v. 576 bayo: «Color dorado bajo que tira a blanco y es muy ordinario en los caballos» (Aut). v. 578 poner hocico: expresión figurada que se emplea como seña de enojo o enfado. v. 581 pico: «Por translación se llama la boca del hombre» (Aut); cfr. Castigar, vv. 2259-60: «¡Qué mal / encubre Lisardo el pico!»; este verso quiere decir que 'el diablo se lleve a semejante hablador'. v. 582 sino: 'signo astral'; cfr. Góngora, Sonetos completos, p. 91: «Generoso esplendor, sino luciente, / no solo es ya de cuanto el Duero baña / Toro, mas del Zodíaco de España, / y gloria vos de su murada frente»; sino y planeta alude a la superstición de la influencia de los astros en las acciones humanas. v. 586 vaqueta: cuero curtido. v.589 Zaida se vestirá de hombre: el disfraz varonil es un recurso muy empleado en las comedias «serias»; recordemos algunas obras como La vida es sueño de Calderón y Don Gil de las calzas verdes de Tirso de Molina. vv. 590-91 haré colocar su nombre / en el cuerno de la luna: subir a uno sobre el cuerno de la luna «es alabarle excesivamente» (Aut); cfr. Ercilla, La Araucana, I, p.

174

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

¡ O h , si tan d i c h o s o fuera que m i caballito bayo sin detener se v i n i e r a ! M a s n o v e n d r á sin su ayo.

595

Entra Alí con un caballo de caña del diestro. ALÍ ALAZÁN

¡ Q u í t e n s e de la carrera! Seas, A l í , b i e n llegado, y t u bayo b i e n v e n i d o .

ALÍ

M a r a v i l l a grande ha sido el n o h a b e r m e d e s p e ñ a d o ,

600

pero ya, a u n q u e a su pesar, te le traigo c o m o ves. ALAZÁN

¿ Y he de subir c o n los pies?

ALÍ

C o n pies, m a n o s y cuajar.

ALAZÁN

I n q u i e t o está y y o n o p u e d o

605

montar. B ú s c a m e una piedra. ALÍ

P o n l e u n a hoja de h i e d r a y v e r á s c u á l p i e r d e el m i e d o .

ALAZÁN

L a h i e d r a n o he menester supuesto que ya he m o n t a d o .

610

V í t o r m i l veces el p r a d o d o n d e c o m i s t e alcacer.

318: «¡Quién vio los españoles colocados / sobre el más alto cuerno de la luna / de sus famosos hechos rodeados, / sin punto y muestra de mudanza alguna». Acot. a v. 596 caballo de caña del diestro: frecuente en las comedias burlescas; cfr. Ventura, acot. a v. 838: «Salen los tres Grandes y roban la dama y salen en sus caballos de caña»; llevar del diestro: «llevar o guiar las bestias yendo a pie, delante u al lado de ellas y tirando de las riendas u del cabestro» (Aut). v. 601 a su pesar: en el manuscrito «su pesar»; enmiendo. v. 604 Con pies, manos y cuajar: ver v. 26. vv. 611-12 Vítor mil veces... / ... alcacer: Vítor hace referencia a la «Interjección de alegría con que se aplaude a algún sujeto y alguna acción» (Aut); alcacer: «Es la mies de todo género de grano, cuando está verde, y va creciendo, antes que acabe de secarse y granar; pero con más propiedad se dice de la cebada» (Aut).

TEXTO DE LA COMEDIA

ALÍ

175

M i r a , s e ñ o r , que se azora y t e m o te ha de vaciar.

ALAZÁN

Pues enviarele a pasear

615

a la vacada de L o r a . M i p o t r o , ¿ t ú te alborotas? ¿ S o y p o r v e n t u r a a l g ú n risco? Estate q u e d o , m o r i s c o . Cay del caballo. ¡ Q u e venga u n h o m b r e sin botas!

620

¡ T o d o u n a l b é i t a r m e valga! ¡Amigo Alí, yo me muero! ¡ O h , m a l haya el caballero que sin espuelas cabalga! ¡ M u e r t o soy, grave es m i m a l ! ALÍ ALAZÁN

625

Q u e r é l l a t e del rocín. Alí, c o r r e a A n t ó n

Martín

y traime a q u í u n o r i n a l . E n esto dan los traviesos.

v. 613 se azora: azorarse «Además del sentido literal de alborotarse y turbarse, vale también alterarse, enojarse, encolerizarse y encenderse en ira y furor» (Aut). v. 614 vaciar: en gemianía, matar. v. 616 Lora: pueblo en el camino de Sevilla a Madrid; cfr. Lope, Servir a señor discreto, vv. 1021-24: «si queréis de Sevilla ir a la corte / ya sabéis que ocho días son bastantes, / que habéis de entrar en Peñaflor y en Lora, / atravesar a Córdoba la llana». v. 619 cay: cae, forma usual. v. 621 albéitar: «El que cura las enfermedades de las bestias conforme a arte» (Aut); era un veterinario que también herraba a los animales. vv. 623-24 Eco de los famosos versos del Romancero del C i d que encontramos en Durán, n ú m . 779: «Maldito sea el caballero / que como yo ha cabalgado, / que si yo espuelas trujera, / no se me fuera malvado». v. 627 Antón Martín: era un hospital dedicado a enfermedades venéreas. Fue fundado por un discípulo de San Juan de Dios llamado Antón Martín el 3 de noviembre de 1552 y se encontraba situado en la calle Atocha, en la confluencia de las calles Magdalena y Amor de Dios. Ver los poemas dedicados por Quevedo a este hospital en Un Heráclito, núms. 253 y 254. E n el manuscrito «Alí, corre Antón Martín» que enmiendo. v. 629 travieso: «Se dice del que vive distraído en vicios, especialmente en el de la sensualidad» (Aut).

176

ALÍ

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

P a c i e n c i a , a m i g o , n o ladres,

630

que y o sé de dos comadres que saben curar diviesos. ALAZÁN

Buena m i reputación anda.

ALÍ

A l a z á n , n o te aflijas, que y o tengo dos botijas

635

de u n g ü e n t o b a s i l i c ó n . ALAZÁN

¿ C o n eso m e c u r a r á s ?

ALÍ

C u r a r e t e c o n destreza.

ALAZÁN

Pues llamarete cerveza.

ALÍ

Pues l l á m a l a h i p o c r á s .

640

Alí, ya m e siento b u e n o , ALAZÁN

ya m e sobra la salud. M u c h o p u e d e la v i r t u d . Así l o dijo G a l e n o .

ALÍ ALAZÁN

V a m o s a hacer u n alarde,

645

y aquese b r u t o cobarde entrégale a u n picador.

v. 630 ladres: por el insulto ya anotado, de perros. v. 632 diviesos: «Especie de carbunclo, tumor que crece en forma de piña, con dureza, inflamación y dolor ardiente» (Aut). Cfr. El rey don Alfonso, vv. 200-203: «No des ocasión que diga / el mundo, de envidia lleno, / que de puro enamorado / enfermaste de diviesos». v. 636 basilicón: «Ungüento que hacen los boticarios, que por ser precioso le llaman también regio» (Aut). v. 640 hipocrás: «bebida hecha con vino, azúcar, canela y otros ingredientes» (DRv4£); cfr. Ventura, vv. 202-204: «hay mondongo, hay pepitorias, / y hay tabernas de hipocrás / y trecientas cosas más»; Céfalo, vv. 1057-61: «No hayas miedo que te veas / en ese espejo, que solo / un poco de hipocrás era, / que yo para mi regalo / tomé ahora de una despensa». v. 644 Galeno: famoso médico romano que vivió entre 131-201 y cuyo n o m bre se ha tomado por antonomasia de 'médico'. v. 646 a hacer: en el manuscrito «hacer», con a embebida. v. 647 picador: «El que tiene el oficio de adestrar los caballos» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 240, vv. 8-11: «Que piquen con buen concierto / al caballo más altivo, / picadores, si está vivo, / pasteleros, si está muerto».

T E X T O DE LA COMEDIA

ALÍ

177

M e j o r será a u n z u r r a d o r que le z u r r e y enalbarde.

ALAZÁN

V e n g a el z a i n o y atrevido. Vase y lleva del diestro el caballo, y Alazán coces. Salen Zaida y

MONTESINOS

650 le va dando de

Montesinos.

R e i n a l d o s queda d o r m i d o , y pues que ya estamos solos j u g a r e m o s a los b o l o s .

ZAIDA

H o y he p e r d i d o el sentido. M i r e el francés que se e m p e ñ a

655

y que n o sabe c o n q u i é n . Acércase a ella y se le resiste. MONTESINOS

E a , que t ú eres m i b i e n .

ZAIDA

¡Ay, q u é p i c o de c i g ü e ñ a !

MONTESINOS

Pues, d i , ¿ q u i é n eres, mujer, que v e o en t u b e l l o rostro

660

u n m i c o , u n l e ó n , u n monstro? H e c h i z o de ver querer: gusto m e ha dado y placer la b l a n c u r a desa toca, y m i p a c i e n c i a se apoca,

665

v i e n d o que tienes dos cejas, el o í d o en las orejas y el paladar e n la b o c a . C a u t í v a m e el regalado m i r a r de tus ojos bellos,

670

que s o n c o m o dos camellos.

vv. 648-49 zurrador... enalbarde: zurrador se aplica a «El que curte los cueros y les quita el pelo» (Cov.); enalbardar: «Echar o poner albarda a las bestias» (Aut). v. 650 zaino: «Adjetivo que se aplica al caballo castaño oscuro que no tiene otro color. Suelen ser muy buenos y valientes, pero por lo regular suelen sacar algunos malos resabios» (Aut). v. 653 jugaremos a los bolos: en el manuscrito «juraremos», sin duda errata. v. 661 monstro: forma que alterna en la época con «monstruo». La quintilla exige la rima en —ostro; la grafía culta no responde en este caso a la pronunciación sin duda simplificada.

178

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

( B i e n está l o exagerado). Y o estoy de ti e n a m o r a d o , y m á s desas piernas bellas que parecen dos centellas

675

y en mirarlas m e estaría veinte meses y a u n u n día si n o m e enfadara dellas. ¿Ves u n a sierpe encohetada que al v i e n t o sus alas bate,

680

y huyendo del chocolate c a m i n a a la carraspada, y en s i n t i é n d o s e asomada se tiende a d o r m i r u n rato? L u e g o , si acecha a l g ú n gato,

685

el m a n t o se cubre honesta. Pues ¡ p o r m i v i d a y p o r esta que eres su p r o p i o retrato! Castañetada. Bastante para alabar tus partes tengo el asunto,

690

n o quieras v e r m e difunto,

v. 679 encohetada: «Cubierto o sobrepuesto de cohetes. Usase regularmente cuando por festejo público se corren toros, a quienes les ponen sobre el lomo unas como sartas de cohetes, para avivarlos y estimularlos pegándoles fuego» (Aut). v. 682 carraspada: «Cierto género de bebida que se hace por las Navidades, compuesta de vino tinto aguado u del pie de este vino con miel y especias» (Aut). v. 683 asomada: estar asomado alude al «principio de la borrachera» (Léxico); cfr. Cervantes, Entremeses, p. 154: «pero no de manera que de todo en todo pierda el juicio, puesto que se le turba; y, cuando está asomado, y aun casi todo el cuerpo fuera de la ventana, es cosa maravillosa su alegría y su liberalidad». v. 685 gato: en gemianía significa 'ladrón'. v. 687 y por esta: 'por esta cruz'; el actor, llegados a este verso, realizaría el gesto de besar la cruz hecha con los dedos, demostrando que es un juramento; cfr. Darlo todo, v. 1306: «Digo que vivo ¡por esta!». Acot. a v. 689 Castañetada: alude al sonido «que resulta de juntar fuertemente el dedo de en medio con el pulgar, fregando una hiema con otra» (Aut). v. 690 partes: «Usado en plural se llaman las prendas y dotes naturales que adornan a alguna persona» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 253, vv. 65-68:

T E X T O DE LA COMEDIA

179

que entonces n o p o d r é amar. Y o te q u i e r o galantear y e n servirte andar m u y listo, que tanta belleza he visto

695

c o n tal c o p i a de h e r m o s u r a , que p i e n s o que a t u

figura

se ha de hacer el A n t e c r i s t o . ZAIDA

E s o n o es a d u l a c i ó n .

MONTESINOS

E s t o es d e c i r l o que siento.

ZAIDA

D i g o que sois u n j u m e n t o .

MONTESINOS

J u m e n t o , mas n o c a p ó n .

ZAIDA

NO.

MONTESINOS

ZAIDA

700

NO.

Pues vaya de c u e n t o : en A r g e l , m i patria ilustre, c o m o a c l a m a n los batuecos,

705

a d o n d e los perros ladran en o y e n d o a l g ú n c e n c e r r o , y a d o n d e el g r a n m a h o m e t a n o ,

«Estas, pues, son de esta niña / las partes y calidad, / archivo de todo achaque / y albergue de todo mal». E n estos contextos resalta su valor de 'partes sexuales'. v. 694 servirte: servir en estos contextos «Vale también cortejar o festejar a alguna dama solicitando su favor» (Auf); cfr. El rey don Alfonso, vv. 133-35: «Todo es viejo, gran señor: / tiene el enfermo dolor, / sirve amores el mancebo». v. 696 copia: «Abundancia y muchedumbre de alguna cosa» (Auf); cfr. Ventura, vv. 506-509: «No pienso yo, conde Arnaldo, / ni pensó jamás el mundo / ver tanta copia de luces / o para entierros o triunfos». v. 699 Antecristo: «Hombre diabólico que, permitiéndolo Dios, ha de perseguir sus siervos y la Iglesia católica» (Cov.). v. 702 capón: «El que es castrado. Lo que se entiende así de los hombres como de los animales» (Auf); cfr. Castigar, vv. 317-19: «pues los capones, Princesa, / son buenos para la mesa, / pero no para la cama». v. 703 vaya de cuento: frase hecha recogida por Correas en su Vocabulario, n ú m . 9234: «Preámbulo para contar algo». Cfr. Ventura, v. 80: «Va de cuento»; Constante, v. 93: «CARLOS: ¿Va de cuento? ¿Estamos solos?». v. 705 batuecos: naturales de las Batuecas (valle situado en la provincia de Salamanca). Connotaciones de rusticidad.

180

EL CASTIGO EN LA

ARROGANCIA

que en su v i d a c o m i ó p u e r c o , si al c i e l o encara la vista

710

ve v o l a r grajos y cuervos (digo ese gran m o n a r c a de q u i e n escriben los griegos que l o m á s de su linaje está l l e n o de p o d e n c o s ) ,

715

allí m e p a r i ó m i madre c o m o si fuera u n tudesco. N a c í y llamáronme Zaida, que es allá el m e j o r p r o v e r b i o , p o r q u e en la l e n g u a latina

720

Z a i d a significa «cesto». H u b o fiesta y placeres, tales banquetes se h i c i e r o n , que n o q u e d ó en t o d o A r g e l u n a azufaifa n i u n berro.

725

Para m a y o r r e g o c i j o a dar m ú s i c a v i n i e r o n seis elefantes, d i e z b ú f a n o s cantando en sonoros ecos: «Ya es turbante G u a d a r r a m a

730

de la cabeza de u n t u e r t o » . C r í e m e al fin c o n mis padres, que ellos al fin hijos fueron de h o m b r e y mujer, y en verdad que n o fueron m u ñ e c o s ,

735

y advierte que soy parienta

v. 715 podencos: nuevamente el insulto de perro para los moros, v. 721 Zaida significa «cesto»: disparate. v. 725 azufaifa: «La fruta que lleva el árbol que comúnmente se llama azufaifo, cuya figura es muy semejante a la de la cereza» (Aut). v. 728 búfanos: 'búfalos'. v. 730-31 Cancioncilla que se parodia también en El hermano, vv. 22-25: «Un cautivo que te ama, / pues de puro sentimiento / ya es turbante Guadarrama / de la cabeza del viento» y en Moreto, De fuera vendrá, p. 59: «Iba con tanta pujanza / que en Guadarrama paró, / por ser tierra más alta, / y entonces dijeron todos: / "Ya es turbante Guadarrama"». Alude a la nieve que se encuentra en lo alto de la sierra de Guadarrama.

T E X T O DE LA COMEDIA

181

suya a u n q u e s o n mis abuelos. M i padre fue u n gran s e ñ o r , su o f i c i o era chapucero, y a u n q u e b o b o y nada sabio

740

t u v o m u y p o c o dinero. E r a g a l á n y galante, y entre m o r a d o y b e r m e j o , t o d o vestido de g o r d o y esparrado contra el suelo;

745

alto y bajo c o m o se u s a . . . mas para pintar de presto su talle y su d i s c r e c i ó n c o n grande confianza p u e d o arrojarme a d e c i r que era

750

p i n t i p a r a d o a u n pellejo, t o m á n d o s e p o r remate la taberna d e l i n f i e r n o . C u m p l í los dieciséis a ñ o s en aplausos y festejos,

755

regalada de mis tíos c o m o si fueran mis deudos, y u n d í a que, sosegada m i casa y c o n gran s i l e n c i o estaba y o en el pajar

760

a p i e r n a suelta d u r m i e n d o , oí, a c e c h é y m i r é

v. 739 chapucero: «El herrero que solo fabrica clavos y algunas otras cosas de poco arte y ninguna pulidez» (Aut); oficio al que se dedicaba la gente más baja. v. 743 bermejo: tenían muy mala fama; era común la creencia de que Judas fue pelirrojo. Correas recoge varios refranes que aluden a la connotación negativa del pelo rojo; n ú m . 18071: «Pelo bermejo, mala carne y peor pellejo». v. 745 esparrado: término que no aparece en ningún diccionario consultado; entiendo como 'despatarrado' o 'esparrancado'. v. 751 pellejo: «Se llama también el cuero adobado y dispuesto para conducir cosas líquidas como vino, vinagre, aceite» (Aut); el juego conceptista se da debido a la referencia anterior a su gordura, de esa forma se parece a un pellejo lleno, seguramente, de vino ya que luego se cita la taberna del infierno. v. 757 deudos: «Lo mismo que pariente. Llámase así por la especial obligación que tienen los parientes de amarse y favorecerse recíprocamente» (Aut).

182

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

que paseaba u n caballero tan de p ú r p u r a vestido que p i e n s o que estaba e n cueros.

765

V i o m e y acercóse a m í el grande A l a z á n , ¡ay, cielos! Gime. S i supiera a d o n d e estoy él m e enviara u n m o r t e r u e l o . B l a n c o s penachos le faltan.

770

¡ A i r o n e s los barrenderos, que estar las calles tan sucias es gala de los cocheros! M a s ¿ d ó n d e voy divertida, que ya m e falta el aliento?

775

¡ A l a z á n , espejo m í o ! Suspéndese. MONTESINOS

A q u í c e s ó ya m i e m p e ñ o . Entra

REINALDOS

Reinaldos.

P o r esta espesa m o n t a ñ a a M o n t e s i n o s buscando

v. 762 oí, aceché y miré: posible parodia de la celebérrima frase de César: «Veni, vi di, vici». v. 769 morteruelo: «Instrumento que usan los muchachos para diversión; y es una media esferilla hueca que ponen en la palma de la mano y hieren con un bolillo haciendo varios sones» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 176, vv. 5¬ 8: «Desenvainado el casco reverbera, / casco parece ya de morteruelo, / y, por cubrirle, a descortés apelo, / porque en sombrero perdurable muera». v. 771 Airones: «plumas negras de diferentes aves de que se formaba un penacho» (Aut). Término en contacto semántico con el verso anterior. Entiendo que quiere decir que prefiere que los barrenderos se queden como adorno (airones) y no l i m pien las calles, porque aun estando sucias son lo mejor que tienen los cocheros. vv. 772-73 calles tan sucias I es gala de los cocheros: las calles se encontraban tan sucias debido al barro que se formaba por la inexistencia de adoquinado y por la falta de higiene general. Los cocheros, que tenían fama de muy groseros, salpican al pasar con el lodo de las calles. v. 774 divertida: 'distraída'.

T E X T O DE LA COMEDIA

v e n g o los suelos pisando

183

780

c o n m á s pies que u n a a r a ñ a . MONTESINOS REINALDOS

¡ O h , R e i n a l d o s de m i s ojos! ¡ O h , M o n t e s i n o s d e l alma! ¿ Q u é haces a q u í ?

MONTESINOS

Estoy en calma v i e n d o cazar a estos p i o j o s .

REINALDOS

785

M i r a que el e m p e r a d o r al m o n t e s u b i ó a buscarnos, rabioso p o r e n c o n t r a r n o s .

MONTESINOS

E n v í a l l e u n saludador.

REINALDOS

É l está b i e n i n f o r m a d o

790

de c u a n t o nos ha pasado. MONTESINOS

A s í pues p u n t a a la historia; p o n g á m o n o s e n sagrado.

REINALDOS

L e dijo u n a urraca n e c i a entre otros m i l desatinos:

795

« D á n d o s e está M o n t e s i n o s de las astas c o n L u c r e c i a » .

v. 784 Estoy en caima: 'no poder hacer nada'; cfr. Lope, El castigo sin venganza, vv. 1240-43: «que cuando por mi consuelo / voy a hablar, me pone en calma / ver que de la lengua al alma / hay más que del suelo al cielo». v. 789 saludador: «Comúnmente se aplica al que por oficio saluda con ciertas preces, ceremonias y soplos para curar del mal de rabia» (Aut); cfr. Comendador, vv. 95-97: «Tráiganme un saludador / porque ya empiezo a rabiar / de celos»; Constante, vv. 243-44: «Y todos vienen rabiando / buscando un saludador». v. 791 de cuanto nos ha pasado: la rima debería ser en —ória; la intención del autor se encaminaría a hacer una redondilla, pero acabó construyendo cuatro versos octosílabos con rima a-a-b-a. v. 792 punta: 'final'. v. 793 sagrado: «Metafóricamente significa cualquiera recurso o sitio que asegura de algún peligro, aunque no sea lugar sagrado» (Aut); cfr. Espinel, Marcos de Obregón, II, p. 271: «Como aquellos bandoleros o vaqueros tenían aquella Sauceda por defensa y sagrado, vivían como gente que no había de morir, sujetos a todos los vicios del mundo». vv. 796-97 Dándose está Montesinos / de las astas con Lucrecia: en el manuscrito aparece «astan en lugrecia», tachado y corregido; estos versos evocan el ro-

184

MONTESINOS

EL CASTIGO

dentro.

A esconder, que v i e n e gente. Sale el emperador y

EMPERADOR

ARROGANCIA

M i n t i ó , m i n t i ó la isolente. Ruido

REINALDOS

EN LA

Bretón.

¡Afuera, monteses

gatos,

800

afuera, rayos d e l cielo, que n o he de dejar u n p e l o en las barbas de Pilatos! BRETÓN

¡Afuera, afuera, c o m i n o s y ensalada de borrajas,

805

que y o n o d u e r m o en las pajas! AMBOS

¿ Q u i é n eres, h o m b r e ? Longinos;

BRETÓN

s e ñ o r , a q u í e s t á n los tres de q u i e n n o t i c i a he dado. EMPERADOR

¿Tres dices? Haste e n g a ñ a d o

810

que solo hay dos y u n o . Pues

BRETÓN

salid afuera, b o r r a c h o s , ¿ n o veis al e m p e r a d o r ? MONTESINOS

Carlomagno.

manee que comienza «Dándose estaba Lucrecia / de las astas con Tarquino» (Durán, n ú m . 1717). Este romance fue bastante glosado, especialmente por Quiñones de Benavente. v. 798 isolente: 'insolente', puede tratarse de una errata; término que aparece corregido en el manuscrito; no acierto a leer la palabra tachada; faltan los dos versos siguientes para completar la redondilla; se pudiera tomar como un pareado. vv. 804-805 cominos / y ensalada de borrajas: los trabajos agrícolas eran actividades propias de los moriscos. v. 806 no duermo en las pajas: ver v. 172. v. 807 Longinos: nombre apócrifo del soldado romano que hirió en el costado a Cristo; cfr. Angélica, vv. 542-43: «Ya no es el tierno llanto de provecho, / ni se me da dos cuartos de Longinos»; Durandarte, vv. 61-65: «Valeroso Montesinos, / no hay quien entienda su mal, / porque a pesar de Longinos / dizque ha de ser provincial / de los frailes capuchinos».

T E X T O DE LA COMEDIA

REINALDOS

185

Gran señor, e m p e r a d o r de gabachos,

815

danos a besar tus pies. EMPERADOR

L o s pies n o los p u e d o dar, que los tengo para andar al d e r e c h o y al t r a v é s .

ZAIDA

A vuestra c l e m e n c i a apela

820

q u i e n o p r i m i d a se ve fatigada de h a m b r e y sed. EMPERADOR

D e n l a u n cuarto de mistela. Es b i z a r r a , es maravilla, y q u é p o c o se embaraza.

BRETÓN

825

M u j e r es que tiene traza de p a r i r m o z o s de silla. S e ñ o r , la m o r a es aquesta de q u i e n estás sabidor es abeja y sin pastor.

830

v. 810 Haste: en el manuscrito «hasta», lectura que enmiendo. vv. 816-17 danos a besar tus pies. / Los pies no los puedo dar: gesto de cortesía habitual en la comedia; damos... dar es un polípote dilógico ya que mientras el primero alude 'a que le deje los pies para besarlos' el segundo hace referencia a 'desprenderse de los pies'; el mismo chiste lo encontramos en Tagarete, vv. 548¬ 51: «[CAMARÓN]: Dame tus pies sin enojo. / R E Y : ¿El bobo no echa de ver / que yo los he menester / para no quedarme cojo?». v. 822 sed: rima imperfecta en la que la redondilla exige rimar en —é; léase con la —d final muda. v. 823 mistela: «Bebida que se hace con aguardiente, agua, azúcar y otros i n gredientes, como canela, hierbas aromáticas, etc.» (DRAE). v. 827 mozo de silla: es oficio de picaros en el Siglo de Oro; cfr. Quevedo, Un Hcráclito, n ú m . 282, vv. 109-12: «y si mozo de sillas / quiere tomar ejercicio, / hermánese con mi negro: / llevaranme blanco y tinto». vv. 829-30 estás sabidor I es abeja y sin pastor: sabidor: 'sabedor' es una vacilación de las vocales átonas muy frecuente en el Siglo de Oro; la abeja era símbolo de castidad y los desvelos del pastor por sus animales constituyen un motivo bíblico; el pastor trataba de cuidar y proteger a su rebaño de agentes externos; además hallamos un juego paronomástico de abeja y oveja que justifica la presencia de pastor que puede poseer contenido sexual en cuanto que signifique 'galán', como persona ocupada del cuidado de su dama; sirve como ejemplo de la relación de estos dos términos en otros géneros el pasaje del auto de Tirso El colme-

186

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

EMPERADOR

A l c o n c e j o de la M e s t a .

ZAIDA

¡Ay!

MONTESINOS

(Aparte.) E l e m p e r a d o r es, y c i e r t o que y o j u r a r a que n o es aquesta su cara.

REINALDOS

P a r e c i d o es p o r los pies.

BRETÓN

Y a n o se p u e d e sufrir

835

su a t r e v i m i e n t o . EMPERADOR

E S verdad, pero gran felicidad es ver salchichas freír. B r e t ó n , con todo

recato

840

te m a n d o lleves a Z a i d a , sin que l o sepa la tierra n i l o e n t i e n d a n las urracas, a París. BRETÓN EMPERADOR

H a r e l o al p u n t o . Entregarasla a m i guarda

845

y d i que m e la regalen c o n tostones y avellanas. ZAIDA

¿ Q u é son tostones, B r e t ó n ?

BRETÓN

E S l o m i s m o que patatas.

ñero divino, vv. 235-38: «Abeja mía, de la suerte misma / la enjambre de la Iglesia y su belleza / (señalada entre todos con mi crisma) / solo tendrá un pastor y una cabeza». Por otro lado, el Emperador en lugar de entender abeja que es lo que dice Bretón, reacciona como si hubiera escuchado oveja, de ahí su comentario al concejo de la Mesta. v. 831 Al concejo de la Mesta: «la junta que los pastores y dueños de ganados tienen anualmente, para tratar los negocios concernientes a sus ganados y gobierno económico de ellos [...] Esta junta tiene por título el Honrado Concejo de la Mesta» (Aut); cfr. Guzmán, 1. , III, 2, p. 365: «Díjome las obligaciones que los pobres tienen a guardarse el decoro, darse avisos, ayudarse, aunarse como hermanos de mesta, advirtiéndome de secretos curiosos y primores que no sabía». v. 847 tostones: 'garbanzos tostados'. a

EMPERADOR

T E X T O DE LA COMEDIA

187

B i e n p o d é i s i r m u y gustosa,

850

que allá n o os faltará nada, pues t o d o anda m u y sobrado: ratoneras, fuelles,

flautas...

y para m a y o r resguardo vuestro e s c r i b i r é u n a carta. ZAIDA

Escribilda, señor, luego.

EMPERADOR

L u e g o , e n pasando m a ñ a n a .

ZAIDA

(Aparte.)

855

(Por A l á , que ha s u c e d i d o

m e j o r de l o que pensaba. M i l i b e r t a d considera

860

en breve c o n u n a traza que he pensado, y la v e r á n en la tercera j o r n a d a . ) V a m o s desta, S o r B r e t ó n . BRETÓN

Vamos, señora d o ñ a Aya.

865

Vanse. EMPERADOR

Caballeros, y o he q u e r i d o t o m a r de los dos v e n g a n z a v i é n d o l e s tan d i v e r t i d o s y tan mudas a sus armas. P e r o ya c e s ó m i e n o j o

870

en ver que s o n rapazadas, que el t i e m p o da l o que es suyo c o m o el a l m e n d r o manzanas. D e c i d m e , y los otros dos c o m p a ñ e r o s , ¿ d ó n d e andan?

875

v. 853 ratoneras,fuelles,flautas...: cosas de poco valor que vendían los buhoneros gabachos en España; cfr. Darlo todo, vv. 1597-99: «APELES: ¿ C ó m o te has tardado tanto? / C H I C H Ó N : C o m o un ratoneras fuelles / iba vendiendo rastrillos». v. 857 Luego, en pasando mañana: disparate ya que luego quiere decir 'inmediatamente'. v. 862 que he pensado: en el manuscrito «que pensado»; enmiendo, vv. 862-63 la verán / en la tercera jornada: alusión metateatral. v. 864 Sor: «Voz familiar que vale señor, abreviada y sincopada esta voz» (Aut); cfr. Hamete, v. 1635: «Sor sacristán, ¿es mi maza?», v. 871 rapazadas: 'travesuras propias de los niños'.

188

REINALDOS

EL CASTIGO

EX LA

ARROGANCIA

Emperador, Oliveros y M a l g e s í de m a n g u a r d i a comenzaron a marchar c o n el o r d e n que llevaban y allá e n los m o n t e s de A r m e n i a

880

o y e r o n e n voces altas d e c i r : « ¿ N o hay q u i é n m e socorra?, ¿ h a y m u j e r tan d e s d i c h a d a ? » ; lamentados de la v o z llegaron a una cañada

885

y en l o m á s p r o f u n d o della hallaron m u y fatigada a u n a m u j e r que, de parto, ardientes suspiros daba (que s e g ú n sea d i c h o era

890

la c o m a d r e de G r a n a d a ) . P u s i é r o n s e a socorrella y h o y d i z que O l i v e r o s anda c o n ella y que M a l g e s í está o r d e ñ a n d o las cabras. EMPERADOR

895

¡ P o r v i d a de d o ñ a E s c o b a , p o r los cielos de las camas, que en v i é n d o l e s he de hacer

v. 877 de manguardia: o vanguardia, 'frente del ejército'; cfr. Estebanillo, I, pp. 163¬ 64: «huyó la gente de la carda, y yo en manguardia de todos», v. 893 diz que: 'dicen que'. v. 896 Por vida de doña Escoba: por vida «Usase también por aseveración y j u ramento» (Aut), juramento ridículo muy habitual en las comedias burlescas, que se logra mediante la personificación de escoba; cfr. Darlo todo, vv. 252-55: «Y así, por vida de tal, / que en esto que ahora te advierto / hagas tú lo que quisieres / y que tomes mi consejo», y Ventura, vv. 180-83: «Eso no, / por vida de mi m u jer, / doña Pascuala García, / que la ha de comer Vusía». v. 897 por los cielos de las camas: juramento grotesco compuesto como parodia de ¡Por los cielos!; cielo de cama es «la parte superior de la colgadura, hecha a medida de lo ancho y largo de la cama, que sirve como de techo para cubrirla y se pone sobre cuatro pilares o pendiente (si es imperial) de cuatro cordones o hierros que se aseguran en las vigas del techo de la pieza» (Aut); cfr. Ventura, vv. 273¬ 76: «Señora, perded el miedo, / segura vais en las alas / de mi favor, que hoy os suben / hasta el cielo de la cama».

T E X T O DE LA COMEDIA

189

echar abajo las bragas! P e r o dejando esto aparte,

900

d i g o que el tener a Z a i d a e n nuestro p o d e r

promete

g r a n cosecha de almorranas. ¡ Q u é i r r i t a d o estará el m o r o de ver a su prenda amada

905

debajo de mis soletas! MONTESINOS

V a m o s , s e ñ o r , ¿a q u é aguardas? M i r a que se va acercando la h o r a .

REINALDOS EMPERADOR

L a h o r a es dada. V a m o s , pues n o somos zurdos,

910

a rascarnos estas panzas, que c o n esta p r e v e n c i ó n y c o n m i espada e n v a i n a d a . . . MONTESINOS

Y O c o n u n dedo del p i e . . .

REINALDOS

Y y o c o n aquestas calzas...

915

v. 899 bragas: «Un género de calzones o zaragüelles ajustados que se ciñen por la cintura y bajan cubriendo el vientre y los muslos hasta por encima de la rodilla» (Aut). v. 903 almorranas: dolencia jocosa en un Emperador. Es habitual encontrarnos este tipo de enfermedades en personajes de alta alcurnia; ver el ejemplo del emperador en Angélica, vv. 417-22: «Mucho siento no haber participado / con mi presencia de la gran victoria / que han conseguido tantos paladines / contra los moros de Rábido y Galga / que al ocio no se dieran estas canas / a no tener jaqueca y almorranas». v. 906 soletas: «Pieza de lienzo u otra cosa que se pone y cose en las medias, por haberse roto los pies de ellas» (Aut). Cfr. Céfalo, vv. 934-35: «que anoche me vieron todos / remendar unas soletas». v. 910 zurdos: la consideración de los zurdos era muy negativa en la literatura aurisecular; cfr. El hermano, vv. 57-60: «La mano dio a don Alonso / la reina. ¡Ah, mora indigesta, / cántete el postrer responso / un zurdo que tenga cresta!»; El rey don Alfonso, vv. 1031-34: «Tampoco habrá que decirte / que no es deuda del sofí, / y que tuvo un primo zurdo / que nunca rezó a San Gil»; Constante, vv. 1813-14: «Más quisiera a un calabrés, / a un zurdo, a un calvo y a un tuerto». v. 911 rascarnos estas panzas: en el manuscrito «a rascarnos es tan panzas».

190

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

EMPERADOR

. . . se v e n g a r á n m i s injurias.

MONTESINOS

. . . se l o g r a r á m i esperanza.

REINALDOS

Y O c u m p l i r é mis deseos.

EMPERADOR

Verá el m u n d o . . .

MONTESINOS REINALDOS

Verá F r a n c i a . . . Verá G a l i c i a . . .

EMPERADOR MONTESINOS

... y Armenia... . . . y Fray G u a r í n . . .

EMPERADOR MONTESINOS EMPERADOR

920

... y doña Alda... . . . el m a n t e n e d o r v e n c i d o . . . ...el

castigo en la arrogancia.

v. 921 Fray Guarín... / y doña Alda: Fray Guaría fue un ermitaño que hizo penitencia en los peñascales de Monserrat a finales del siglo ix; cfr. Arguijo, Obra poética, p. 217: «y al pie de la montaña, que la historia / acuerda de Guarín que en ella había / dejado eterna al mundo su memoria»; doña Alda alude a la esposa de don Roldán, protagonista en muchos romances del ciclo carolingio. v. 922 mantenedor: «Usase regularmente por el que mantiene alguna justa, torneo u otro juego público, y como tal es la persona más principal de la fiesta» (Aut); cfr. Fernández de Avellaneda, Quijote, p. 64: «vamos a la insigne ciudad de Zaragoza a unas justas que allí se hacen, que teniendo noticia que es su mantenedor un valiente caballero, nos hemos dispuesto a tomar este trabajo».

TERCERA

Sale ALAZÁN

JORNADA

Alazán.

D e furia v e n g o l o c o y pensativo. ¡ Z a i d a h e r m o s a e n p o d e r destos m i l a n o s !

925

Vengan a socorrerme veinte hermanos; ¡esto, amor, m e suceda estando v i v o ! ¿ H í z o s e esto e n el m u n d o c o n u n c h i v o ? ¿ E s t o , pues, c o n u n h o m b r e de mis manos? A b r a n esas cuevas y salgan los r o m a n o s ;

930

V e n g a N e r ó n y p l á n t e s e a m i estribo; pero hablar de N e r ó n es b a r b a r i s m o , ¿ q u é m á s ayuda que m i panza ardiente si n o m e da e n el lance u n parasismo, c o n solos cuatro cuartos de aguardiente?

935

A u n q u e venga de gatos u n abismo, a z o t a r é a cobardes c o n m i frente. Sale Alí.

v. 925 milanos: «Ave de rapiña [...] Es muy hambrienta, tragona y rapaz y persigue las aves caseras» (Aut); cfr. Castigar, vv. 360-62: «Es un milano ratero / que, cazando sin dinero, / a la garza se abalanza». v. 928 chivo: conlleva el sentido de 'cornudo'; cfr. El hermano, vv. 378-79: «y fuera grande mancilla / hacer a tu Alteza chivo». v. 930 Abran esas cuevas y salgan los romanos: verso largo. v. 932 barbarismo: «Vale también por analogía desorden, brutalidad y barbaridad en el modo de obrar y proceder» (Aut); cfr. Mocedades, vv. 654-56: « L A Í N E Z : ¿ Y quién la boda ha ajustado? / C O N D E : L O S deudos de entrambas partes. / L A Í N E Z : ¿No será gran barbarismo?». v. 934 parasismo: «Accidente peligroso o cuasi mortal, en que el paciente pierde el sentido y la acción por largo tiempo» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 281, vv. 81-84: «Aparécete al que muere, / que con gesto tan precito, / te pasarán por el diablo / los postreros parasismos».

192

ALÍ

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

D e m i afecto g u i a d o a t u vista llego.

ALAZÁN

N O pudiera u n ciego

940

andar m á s acertado. ¿ H a s l o registrado? ALÍ

ALAZÁN

SÍ.

¿ T r a i s m e buenas nuevas?

ALÍ

ALAZÁN

NO.

Pues, ¿ q u é es la causa? ¡Ay de m í ,

ALÍ

que azar he visto! ALAZÁN

¿Azar?

ALÍ

SÍ.

945

¿ Q u i e r e s que le diga? ALAZÁN

ALÍ

Di.

E s t a m e atento, s e ñ o r : d e s p u é s que sabidor fuiste de la p r i s i ó n de t u d a m a (de c u y o infeliz suceso

950

salió de madre Jarama), m e a p a r t í de ti y s e g u í el c a m i n o de las charcas cuya d i l i g e n c i a

debo

a una comadre Jácara,

955

vv. 938-41 Hallamos cuatro versos irregulares (dos heptasílabos y dos hexasílabos) con rima abrazada, 7a-6b-6b-7a. v. 945 Azar: «Caso que sobreviene sin pensar, que embaraza, desvía y estorba el buen éxito y felicidad que se esperaba y deseaba; y así corresponde a estorbo, impedimento, suerte contraria y suceso no esperado» (Aut). vv. 942-46 Encontramos en este pasaje cinco versos octosílabos, con rima oxítona, grotesca. v. 952 apartí: forma atípica por «aparté» que se explica por el juego cacofónico logrado a través de la acumulación de tres íes tónicas en el mismo verso. v. 953 charcas: equivale a charco, que hace referencia a los 'mares'. v. 955 Jácara: poema que cuenta la vida de los jaques o delincuentes; tenían lugar en el teatro; en este caso la comadrona posee connotaciones negativas; comadre significaba 'partera, comadrona' y 'alcahueta'.

193

T E X T O DE LA C O M E D I A

que en ella a t r a v e s é el m a r y sin h a b l a r m e palabra en m e n o s de u n cuarto de h o r a m e puso dentro de

Francia.

L l e g u é a p a r t i r m e gustoso

960

y hablé... ALAZÁN

¿ C o n q u i é n hablaste? Con

ALÍ

Zaida.

A c a b a ya, mentecato, ALAZÁN

de c o n t a r m e l o que pasa. A l azar que dije voy,

ALÍ

que en verdad es circunstancia

965

que p r o m e t e a g ü e r o estando tan p r ó x i m a la batalla; n o sé c ó m o l o refiera, p o r señas u de palabra. ALAZÁN

D i l o , n o tengas v e r g ü e n z a .

ALÍ

N u n c a la tuve en las barbas;

970

¿gustas de saberlo? ALAZÁN ALÍ

Sí. Pues vaya, vaya, pues vaya, digo, que en u n a r r o y u e l o que de ovas y e s p a d a ñ a s

975

está e n c u b i e r t o en la n o c h e

v. 961 y hablé... ¿Con quién hablaste? Con Zaida: lo he considerado como un verso largo ya que tenía la posibilidad de aducir la falta de un verso, pero el lógico discurrir del pasaje lo impide. Podría haber sido algo similar a «y hablé... ¿Con quién, di? Con Zaida». vv. 970-71 Dilo, no tengas vergüenza. / Nunca la tuve en las barbas: alusión al refrán A poca barba, poca vergüenza que «da a entender que la mocedad y los pocos años hacen a los hombres poco reparados y advertidos» (Aut). v. 975 ovas y espadañas: la ova es «Cierto género de hierba muy ligera, que se cría en la mar y en los ríos, que la misma agua arranca y por su liviandad anda nadando sobre ella» (Aut); espadaña: «Hierba bien conocida cuyo tallo no tiene nudo alguno, y es muy parecido al del junco [...] Nace con abundancia en las lagunas y orillas de los arroyos y en los sitios húmedos y pantanosos» (Aut).

194

EL CASTIGO

EX LA

ARROGANCIA

y e m b o z a d o en la m a ñ a n a , laguna c o n m á s servicios que v e i n t e cabos de escuadra, v i descalzo de p i e y p i e r n a

980

c o n u n a barba m u y larga u n c a p ó n , que e n c a l z o n c i l l o s estaba pescando ranas. ALAZÁN

(Pégale.)

ALÍ

¡Ay, que m e ha sacado el alma!

ALAZÁN

C a l l a y te d a r é u n a l m i l l a .

ALÍ

¿ Q u é has d i c h o , i n f a m e atrevido? 985

D i g o que n o ha sido nada. Y a te he d i c h o c u a n t o he visto, y l o d e m á s , t ú l o saca p o r rastro y p o r c o n s e c u e n c i a ,

990

y t a m b i é n p o r esta carta. Dale una carta, él la recibe alborozado. ALAZÁN

¿Para m í ?

ALÍ ALAZÁN

Para ti p r o p i o . A q u e s t a letra es de Z a i d a . C o n m i g o habla el sobreescrito. Lo

de dentro cosa es llana

995

vv. 976-77 Versos paralelísticos; tanto encubierto como embozado son sinónimos, así que quiere decir que tanto por la mañana como por la noche se encuentra escondido. v. 978 servicios: chiste habitual en el género burlesco que se basa en el significado dilógico de servicios 'actos de servicio como soldado', y 'vaso utilizado para los excrementos'. v. 982 un capón: uno de los rasgos de los capones es su m e n t ó n lampiño. vv. 985-86 alma / ... almilla: polípote dilógico; almilla alude a «una especie de j u b ó n con mangas ajustado al cuerpo. Es traje interior» (Aut); cfr. Mocedades, vv. 1213-15: «mas yo un golpe le di con tal pujanza / que al morillo, que apenas se sujeta, / le penetré un almilla de bayeta». v. 989 tú lo saca: 'sácalo tú'. v. 990 rastro: «Metafóricamente se toma por cualquier indicio o señal de alguna acción, por la cual se viene en conocimiento de ella» (Aut). v. 994 sobreescrito: «es la inscripción que se pone en la cubierta de la carta para dirigirla» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 164, vv. 1-3: «Si eres campana

TEXTO DE LA COMEDIA

195

que v i n i e n d o para m í n o v e n d r á para J u a n R a n a . A l í , ¿ c ó m o consiguiste d i c h a y ventura tan alta? ALÍ

E l pescador que te dije,

1000

el de la barba nevada, m e o f r e c i ó favor y ayuda; y o l o a c e t é y él c o n m a ñ a m e c o g i ó en brazos y puso sobre sus h o m b r o s mis plantas.

1005

E n esta o c a s i ó n salió una vieja

desdentada,

p ú s o m e en u n a l b a ñ a l cuya cristalina agua m e c o n d u j o hasta p o n e r m e

1010

a la vista de tu dama, a q u i e n v i que c o n donaire manos y panzas pelaba. C o n ella estuve entretanto que el viejo c a p ó n quedaba

1015

¿dónde está el badajo?; / si pirámide andante, vete a Egipto; / si peonza al revés, trae sobre escrito». v. 997 Juan Rana: nombre por el que se conocía al actor Cosme Pérez, el más famoso gracioso de la época. Ver para más datos Asensio, 1965, pp. 166-70, Bergman, 1965, p. 520 y Serralta, 1990, que añaden detalles importantes sobre Rana, como por ejemplo los relativos a su homosexualidad, comentada en multitud de textos. vv. 1008-1009 albañal / cuya cristalina agua: disparate, teniendo en cuenta que albañal es «El desaguadero, canal o conducto que hay en las casas, ciudades y pueblos para expeler y limpiar las inmundicias» (Aut); cfr. El rey don Alfonso, vv. 31¬ 33: « Z O R A I D A : ¿Reniegos? ¿Quién dice tal? / C E L I M O : Y O , que siento arder mi casa / desde el techo al albañal». v. 1013 manos y panzas pelaba: este tipo de comidas «groseras» (intestinos, derivados del cerdo, etc.) se repiten habitualmente en contextos festivos; cfr. Ventura, vv. 197-204: «panza y callos, bodegones, / requesones, / longanizas y melones, / achicorias, / azanorias, / hay mondongo, hay pepitorias, / y hay tabernas de h i pocrás / y trecientas cosas más». Ya en el v. 403 se aludía a su oficio de mondonguera. vv. 1015-17 capón... / ... niña setentona / dándose muy de las astas: darse de astas alude al acto sexual.

196

EL CASTIGO c o n la n i ñ a

EN LA

ARROGANCIA

setentona

d á n d o s e m u y de las astas. ALAZÁN

T U v a l o r ha sido m a y o r d e l que y o pensaba, y esta h a z a ñ a h a r é p o n e r

1020

en los anales de H o l a n d a . L a carta al fin q u i e r o ver, que n o es n i n g u n a fantasma; d i c e así: Abre la carta. (Carta.) « N o hay cosa que m á s dispierte

1025

que d o r m i r j u n t o a u n herrero. F e c h a e n la l u n a de enero, la que e n verte ve la m u e r t e . » «La que e n verte ve la m u e r t e . » ¿ H a y d u l z u r a semejante?

1030

¿ H a y tan a g u d o pensar? ALÍ

D i c e n que e n Galapagar hay l u c i d o s estudiantes.

ALAZÁN

T U i n j u r i a q u i e r o vengar, Z a i d a , a pena de ser v i l

1035

y n o tener u n c a l d i l

v. 1018 Tu valor ha sido: verso corto; podría haberse solucionado por ejemplo con «Tu valor, Alí, ha sido», v. 1024 dice así: verso corto. v. 1027 luna de enero: referencia proverbial, que aparece documentado en gran cantidad de refranes: «Luna de enero no tiene aparcero. Luna de enero no tiene compañero, sino la de agosto, que la da en rostro. Luna de enero no tiene par, sino la de agosto, que en rostro la da. Luna de enero y el amor primero» (Correas, núms. 12990-93); cfr. Amantes, vv. 372-73: «Sí hará, porque aquesta luna / aun pienso que es la de enero». v. 1032 Galapagar: municipio de España, provincia de Madrid, situado cerca de San Lorenzo del Escorial. v. 1033 estudiantes: rima imperfecta ya que la redondilla exige rimar en -ante. v. 1036 caldil: «candil»; no enmiendo por si refleja algún tipo de pronunciación afectada grotesca.

T E X T O

D E L A C O M E D I A

197

c u a n d o m e vaya acostar. ¿ Q u e e n efeto la has hablado? ALÍ

H a b l e l a m á s de m e d i a h o r a .

ALAZÁN

¿ Y q u é hace, g i m e o llora?

ALÍ

D i g o , pues, que m e ha c o n t a d o

1040

que estando u n d í a c o n gana de salirse a d i v e r t i r en vez d e l alba r e í r que d i z que es p o r la m a ñ a n a ,

1045

salió a ese prado gustosa y estando e n él descuidada R e i n a l d o s y u n camarada la pescaron sin ser cosa, y l u e g o al e m p e r a d o r

1050

d i e r o n cuenta y la llevaron, y que la d e p o s i t a r o n en casa de u n p i c a d o r , pero p o r n o ser decente la casa, m a n d ó severo

1055

C a r l o m a g n o a su t i n i e n t e la p o n g a

secretamente

en la de u n b o d e g o n e r o . A q u í está depositada

v. 1038 la has: en el manuscrito «las»; enmiendo. v. 1044 del alba reír: «Frase figurada. Amanecer o empezar a aparecer la luz del día» (DRAE); cfr. Comendador, vv. 1427-30: «Hoy ha de llorar el alba / sangre más de un celemín; / llore el alba, que no siempre / el alba se ha de reír». v. 1049 la pescaron sin ser cosa: pescar «Vale también coger a alguno en las palabras o en los hechos, cuando no lo esperaba o sin prevención» (Aut); sin ser cosa alude a la construcción léxica no es cosa, que «vale lo mismo que no conviene o no es bueno» {Aut); cfr. Céfalo, vv. 1712-14: «ella la duda concluya, / que para ser cosa tuya / es buena; mas yo... no es cosa»; Constante, vv. 1777-78: «ISABEL: Dejar de verle es forzoso. / C A R L O S : Dejar de hablarla no es cosa». v. 1053 picador: absurdo; las doncellas sacadas de su casa para eludir por ejemplo un matrimonio impuesto, se depositaban en casa del vicario. v. 1056 tiniente: 'teniente'; vacilación fonética que hemos visto otras veces. v. 1058 bodegonero: «La persona que cuida del bodegón y hace de comer en él» (Aut); como si esta casa fuera más digna.

198

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

y c o n e s t i m a c i ó n tal,

1060

que la p o n e n devantal para p i c a r la ensalada. G u i s a a las m i l maravillas y c o n solo

culantrillo

da s a z ó n al p i c a d i l l o

1065

c o m o a las a l m o n d i g u i l l a s ; e n este estado se halla la que fue tan m e l i n d r o s a . ALAZÁN

E l l a será u n a m o c o s a si se acuerda de cazalla.

1070

¿ T i e n e s m á s de q u é dar cuenta? ALÍ ALAZÁN ALÍ ALAZÁN ALÍ

L o que dije es c u a n t o he visto. D i m e , A l í , ¿tratas verdad? C o m o llover va b u ñ u e l o s . E n fin, ¿eso es l o que pasa?

1075

S i n que m e falte u n r e s q u i c i o de contar.

ALAZÁN

Alí, ¿y es cierto?

ALÍ

Muy

ALAZÁN

Míralo bien, no me engañes.

ALÍ

D i g o que es l o m i s m o y m i s m o .

ALAZÁN

Pues, ¿ q u é piensas, v i n a g r ó n ,

c i e r t o es c u a n t o te he

dicho.

1080

que se le da al arzobispo? v. 1061 devantal: «Lo mismo que avantal u delantal, aunque menos usado» (Aut); cfr. Rojas Villandrando, El viaje entretenido, p. 322: «los brazos arremangados, / dando martilladas siempre, / con un devantal de cuero / y en la cabeza un birrete». v. 1064 culantrillo: «Hierba semejante al helécho, aunque más pequeña [...] Llámase c o m ú n m e n t e culantrillo de pozo porque crece en los pozos y lugares húmedos» (Aut). v. 1074 como llover va buñuelos: en el manuscrito aparece «buñuelos», y la rima resulta imperfecta; ver v. 141. v. 1081 vinagrón: ver la nota al v. 463. v. 1082 que se le da al arzobispo: frase hecha que explica el poco cuidado que produce alguna cosa; cfr. Ventura, vv. 560-61: « C A R L O S : Pues ¿qué piensas? [...] / [ S E R Ó N ] : Que se le da al arzobispo».

TEXTO DE LA COMEDIA

199

P o r A l á , que he de i r p o r Z a i d a , p o r la posta en u n b o r r i c o tan furioso y rozagante

1085

que de m í canten los grillos, escollo a r m a d o de berzas, y o te c o n o c í p o l l i n o . ALÍ

C o n justa causa p o d r á n en sonoros alaridos

1090

cantar calandrias y zorras, lagartos, l o b o s y m i c o s , e j e m p l o de l o que acaba el c e l e m í n y el cuartillo. T u gente está p r e v e n i d a

1095

y ya la d e l e n e m i g o baja m a r c h a n d o a esas sierras. E s c u c h a , ¿ n o oyes el p í f a n o ?

v. 1084 por la posta en un borrico: disparate que consiste en la contradicción de los términos, ya que por la posta es «modo adverbial, con que además del sentido recto de ir corriendo la posta, traslaticiamente se explica la prisa, presteza y velocidad con que se ejecuta alguna cosa» (Aut) y burro connota 'lentitud'; un chiste similar lo hallamos en Amantes, vv. 1332-37: «Aceté el partido y luego, / puesto en una muía roma / este criado con yo, / muy despacio por la posta, / en pocos días no más / llegamos a Zaragoza». v. 1085 rozagante: «Metafóricamente vale vistoso, ufano y arrogante» (Aut). vv. 1087-88 escollo armado de berzas, / yo te conocí pollino: adaptación de unos versos de un romance famoso, al parecer de Luis Vélez (el título así lo indica), empleado por Calderón en las comedias El pintor de su deshonra y Hado y divisa de Leonido y Marfisa, por Pérez de Montalbán en Olimpa y Vireno y por A . Zamora en Amar es saber vencer, y el arte contra el poder; cfr. Darlo todo, vv. 2137-38: «Escollo armado de hiedra, / yo te conocí edificio»; El hermano, vv. 34-35: «Escollo armado de hiedra, / yo te conocí edificio»; ver Wilson y Sage, 1964, n ú m . 78, que aporta gran cantidad de testimonios. v. 1094 celemín y el cuartillo: celemín es «Medida de granos, semillas y otras cosas que hace la duodécima parte de una fanega, y se divide en cuatro cuartillos» (Aut). Cfr. Ventura, vv. 54-55: «no me dejes por ser ruin / de penas un celemín»; y vv. 730-31: «que un celemín de pasteles / pienso con todos gastar». v. 1098 pífano: «Instrumento militar bien conocido, que sirve en la infantería, acompañado con la caja. Es una pequeña flauta de muy sonora y aguda voz que se toca atravesada» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 12-15: «Hagan repetida salva / los m ú sicos, confundiendo / aquí los capones vanos / y allí los pífanos huecos».

200

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

Tocan cencerros. ALAZÁN

Y a le o i g o , ¡ v á l g a m e Alá!, t o d o de m i e d o m e cisco.

ALÍ

1100

Pues, s e ñ o r , ¿ u n general que supo matar cabritos ha de encogerse al o í r tocar u n c l a r í n n i u n silbo? ¿ D e l o que fuiste a l g ú n t i e m p o

1105

estás tan d e s c o n o c i d o ? ALAZÁN

D e s c o n o c i d o n o estoy p o r q u e a estar d e s c o n o c i d o n o m e mostrara valiente c o m o h o y el m u n d o m e ha visto.

1110

D e t i se p o d r á decir, si estás b o r r a c h o o d o r m i d o , que de ti m i s m o o l v i d a d o n o te acuerdas de ti m i s m o . Pero, ¿ q u é r u i d o es aqueste?

1115

Vamos, Alí, a prevenirnos. ALÍ

V a m o s , pues, c o n cuatrocientos m o s c o n e s , moscas, m o s q u i t o s . . . Sale el emperador a caballo y Bretón

EMPERADOR

a pie.

E n este r u c i o r o d a d o bien c o n o c i d o en mis güestes,

1120

así p o r su d i s c r e c i ó n c o m o p o r tener dos sienes,

v. 1100 de miedo me cisco: ciscarse significa «Laxarse, aflojarse, soltarse el vientre, con ocasión de algún susto o miedo repentino» (Aut); cfr. Angélica, vv. 57-58: «Yo también me estoy ciscando, / y vendo cera barata». v. 1119 rucio rodado: rucio «Lo que tiene o es de color pardo claro, blanquecino o canoso. Aplícase a las bestias caballares» (Aut); rodado: «Se aplica también al color del caballo blanco con algunas manchas negras, como listas redondas o en rueda» (Aut); cfr. el refrán en el Vocabulario de Correas, n ú m . 20422: «Rucio rodado, antes muerto que cansado». v. 1120 güestes: pronunciación vulgar de hueste que significa «Lo mismo que ejército. Es voz anticuada. Hoy se usa en plural para significar las tropas como regimientos, batallones» (Aut).

T E X T O

D E L A

C O M E D I A

201

p o t r o al fin de tales partes y salud tan excelente que n u n c a gasté e n curarle

1125

n i u n a purga, n i u n j u l e p e , para cantarle la gala repitan los almireces «entre los sueltos caballos de los vencidos jinetes».

1130

Pero entre aquestos favores el r e ñ i r l e es c o n v e n i e n t e . D i g a el potroso, hable claro: ¿ q u i é n le m a n d ó que saliese de casa sin u n a d u e ñ a ,

1135

c o c h e y lacayo, y mosquete? ¿ H a y modestia

semejante?

A u n q u e le p i c o , n o siente; c o n él hablo y n o responde. B R E T Ó N

S i n o responde es que d u e r m e ,

1140

o p o d r á ser que haya i d o al B a r q u i l l o a c o m e r leche.

v. 1126 julepe: «Bebida dulce compuesta de aguas destiladas o licores cocidos y clarificados y azúcar que suelen dar para refrescar y confortar los espíritus» (Aut). v. 1127 cantarle la gala: gala «Se llama también el particular aplauso, obsequio u honra que se hace a alguno, en atención a lo sobresaliente de su mérito, acciones o prendas, en competencia de otros; y así se dice, llevarse la gala, cantar la gala» (Aut). vv. 1129-30 Versos iniciales del conocido romance de Góngora (su verso se ve modificado «de los vencidos cenetes»), que Calderón reproduce también en El príncipe constante, Céfalo (vv. 161-62), Suárez de Deza en la Mojiganga de don Gaiferos... entre otros autores que lo emplean. Ver Wilson y Sage, 1964, pp. 52¬ 53. Más datos sobre la gran difusión del romance en Góngora, Romances, vol. I, pp. 315-34. v. 1133 potroso: ver v. 184. vv. 1135-36 dueña, / coche y lacayo y mosquete: para el motivo de las dueñas ver la nota al v. 69; los coches eran otra gran afición de los cortesanos; el mosquete es 'un arma de fuego similar a la escopeta', elementos todos ellos que pueden matar al enemigo. v. 1142 Barquillo: calle de Madrid; cfr. Rojas Zorrilla, Abre el ojo, p. 139: « C A R T I L L A : ¿Te han pedido en el Barquillo / algún almuerzo, señor?».

202 EMPERADOR

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

N u n c a en m i casa regalos le h a n faltado; t a m b i é n tiene q u i e n le calce y q u i e n le ataque

1145

y q u i e n le espulgue las liendres. Y pues l o g r a tantas dichas, diga, diga el insolente que por el campo buscaba entre lo rojo y lo verde.

1150

Parece que se ha enojado, pero es tan d ó c i l que v u e l v e c o m o el m a r z o a los pastores y c o m o enero a las reses. E n él t o m a r é venganza,

1155

en él i r é a cazar liebres, e n él c o r r e r é los gansos y e n él c e ñ i r á m i frente otra c o r o n a y v e r á el m u n d o que C a r l o s tiene

1160

un moro que ha cautivado capitán de cien jinetes. BRETÓN

Y O , que n o tengo caballo,

d i q u é h a r é para tenerle.

v. 1145 ataque: ver v. 24. v. 1146 espulgue las liendres: elemento grosero habitual en este tipo de obras que hemos visto ya antes. vv. 1149-50 Versos tomados del romance gongorino «Entre los sueltos caballos», vv. 3-4. v. 1153 como el marzo a los pastores: marzo es mes muy temido por los pastores, así leemos en Covarrubias: «Cuando marzo vuelve el rabo, ni deja cordero con cencerro ni pastor enzamarrado». v. 1156 cazar: en el manuscrito leemos «casar»; lo enmiendo. v. 1159 corona: metonimia por 'país, reino'; cfr. Quevedo, Un Hcráclito, n ú m . 276, vv. 25-28: «En extranjera corona / forastero peregrino / y aunque natural parezco / solo avencindado vivo». vv. 1161-62 Versos tomados del romance gongorino «Entre los sueltos caballos», vv. 12-13. vv. 1163-65 caballo... Puerta del Sol: caballo es termino dilógico que alude en un primer sentido al 'animal', pero al ponerse en contacto con la Puerta del Sol hace referencia al «tumor que producen en las ingles las enfermedades venéreas»

TEXTO DE LA COMEDIA

EMPERADOR

Vete a la P u e r t a d e l S o l ,

203

1165

c o g e r á s cuantos quisieres. BRETÓN

Para el c h o q u e y la refriega he p r e v e n i d o u n arenque q u e al embestir y v o l a r es m á s presto que u n cohete, por los relinchos,

1170

lozana,

y por las cernejas, fuerte. Tocan a marchar. EMPERADOR

B r e t ó n , ¿ q u é r u i d o es a q u e l de tan sonora a r m o n í a ?

BRETÓN

G e n t e que a C a r a m a n c h e l

1175

va e n devota r o m e r í a a p r o b a r el moscatel; p e r o m i e n t o , que allí asoma, s e g ú n l o que alcanzo a v e r . . . EMPERADOR

¿ Q u i é n viene? Llega al paño

BRETÓN

y reconoce. T o d o el p o d e r

1180

d e l z a n c a r r ó n de M a h o m a .

(Aut), ya que 'en la Puerta del Sol se encontraban prostitutas que contagiaban enfermedades como la sífilis'; cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 240, vv. 57-60: «Mujer hay en el lugar / que a mil coches, por gozallos, / echará cuatro caballos, / que los sabe bien echar»; la Puerta del Sol era un lugar muy frecuentado por los p i caros. v. 1168 arenque: «Sardina seca al sol con su cabeza e intestinos; suele también secarse al humo» (Aut); es un disparate absurdo la utilización de este animal para una contienda. vv. 1171-72 Versos tomados del romance gongorino «Entre los sueltos caballos», vv. 7-8. v. 1175 Caramanchel: pueblo del sur de Madrid; es la forma habitual aunque podemos encontrar también Carabanchel. v. 1181 zancarrón de Mahoma: «Llaman por irrisión los huesos de este falso profeta que van a visitar los moros a la mezquita de la Meca» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 214, vv. 5-6: «Arrebozas en ángel castellano, / el zancarrón que Meca despreciara»; id., PO, núms. 875, vv. 431-32: «que la dan por marido en cuerpo broma, / ánima zancarrón, por lo Mahoma».

204

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

¡ A h , Carrillos, m i r a ! E s c u c h a el r u i d o ; y o estoy c o r t a d o . Temblando. EMPERADOR

Pesadumbre m e da, y m u c h a , ver t u v a l o r e n parado

1185

c o m o si fuera u n a t r u c h a . Cuantos vengan serán pocos para m í ; caven c o n m i g o . BRETÓN

V o y a darles c o n u n h i g o .

EMPERADOR

Y o les quitara los m o c o s .

1190

Vamos, B r e t ó n , vamos luego. BRETÓN

V a m o s a t a ñ e r a fuego. Vanse. Sale Zaida

ZAIDA

alborozada.

N o hay lugar c o m o París, y n o hay París c o m o caja; della soy gallo, m a l dije,

1195

q u i e r o d e c i r : soy la Pava.

vv. 1183 estoy cortado: cortarse significa «Espantarse, turbarse o faltarle a uno palabras, por causa del aturdimiento» (Aut); cfr. Espinel, Marcos de Obregón, I, p. 194: «y con el hediente espantajo del árbol, si no hubiera luz me cayera muerto, cortado y sin fuerzas». v. 1188 caven: cavar «por translación vale pensar, discurrir, estar el pensamiento ocupado tenazmente en la consideración de algún hecho o suceso que le preocupa de tal suerte, que no le puede desechar con facilidad» (Aut); o, quizá, esté proponiendo cavar trincheras para defenderse. v. 1192 tañer: «Lo mismo que tocar. E n este sentido está anticuado, pero se usa frecuentemente por tocar acorde y armónicamente algún instrumento» (Aut). Se tañe a fuego con las campanas a rebato. v. 1194 no hay París como caja: «Germanía. Burdel, mancebía» (Léxico); cfr. Quevedo, P O , n ú m . 856, vv. 177-80: «A las hembras de la caja, / si con la expulsión fatal / la desventurada corte / no ha acabado de enviudar»; por extensión el pasaje hace referencia a que 'todo París es un burdel'. La sintaxis no me queda clara. v. 1196 Pava: nombre de prostituta; cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 232, vv. 5-8: «Podridas las Chillonas y amarillas, / se me antoja que escalan portugueses, / y que entra echando tajos y reveses, / la Pava, por la Puente, en angarillas»; Quevedo, P O , n ú m . 849, vv. 109-12: «A la Pava del cercado, / a la Chirinos, Guzmán, / a la Zoila y a la Rocha, / a la Luisa y la Cerdán».

TEXTO DE LA COMEDIA

205

G u i s o c o n aquestas manos, y c o n los pies alcaparras aderezo, y en ellas e c h o tanta cantidad de agallas

1200

que d i c e n mis p e r r o q u i a n o s les saben c o m o unas natas. N o hay infante n i aguador n i c o r i t o c o n abarcas que cada d í a n o v e n g a n

1205

todos a r e n d i r m e parias. C o n tanta felicidad y c o n grandeza tan alta, n o es dudable que t e n d r é toda la F r a n c i a a mis plantas.

1210

D e la corte m e he salido sin que l o sientan los guardas. Tengo amor c o m o mujer y esto m e trae desvelada. D e m i amante y de su gente

1215

o i g o r u i d o de que m a r c h a n . A q u í los q u i e r o aguardar. ¡Ay m i A l a z á n , si llegara! Sí h a r á , si trae en la m e m o r i a los requiebros de m i carta.

1220

P l e g u é A l á que y o te vea,

v. 1200 agallas: «Cierto vicio a manera de fruto que echan algunos árboles, como son los robles y cipreses» (Aut). vv. 1201-1202 perroquianos / les saben como unas natas: perroquiano o parroquiano «se llama también el que continúa o acostumbra comprar lo que necesita en alguna tienda» (Aut); natas pondera la exquisitez y finura del manjar. vv. 1203-1204 ni aguador / ni corito: muchos aguadores en el Siglo de Oro, al menos en Madrid, eran asturianos, llamados coritos: «Nombre que se daba antiguamente a los montañeses y vizcaínos [...] H o y se les da este nombre a los asturianos por zumba y chanza» (Aut); figuras ridiculas que se distinguían por su rusticidad; cfr. Ventura, vv. 753-56: «INFANTA: ¡Oh, mi Rey! C A R L O S : ¡Oh, mi l u cero! / I N F A N T A : ¡Oh, mi corito! C A R L O S : ¡Oh, gallega! / I N F A N T A : ¡Oh, tinaja de bodega! / C A R L O S : ¡Oh, caraza de mortero!». v. 1206 rendirme parias: «Frase metafórica con que se explica la subordinación de uno a otro» (Aut).

206

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

m i Z a i d o , nadar de espaldas en u n a c u b a de v i n o y que se diga en la F r a n c i a : «de c o n t e n t o se está el m o r o

1225

b a ñ a n d o e n agua rosada, y C a r l o m a g n o de e n v i d i a se mesa y pela las b a r b a s » . D i c h o s a soy, ya la siento, ya sube a Sierra N e v a d a

1230

a darse u n b a ñ o de piernas. Hay ruido dentro y se cubre la cara. ¡Los diablos l l e v e n su alma! Salen Montesinos MONTESINOS

y

Reinaldos.

P r a d o h e r m o s o , si p e r m i t e s que e n ti u n a m o r a

busquemos,

l u e g o te c o n v i d a r e m o s

1235

a dos cuartos de confites. ZAIDA

D e c i d , ¿ q u é m o r a buscáis?

MONTESINOS

A Z a i d a , que se ha salido de París c o m o u n B e l l i d o .

ZAIDA

¿ Y e n efeto n o la halláis?

REINALDOS

M u y b u e n a está la deshecha.

1240

¡ P o r D i o s , a m i g o , q u e es Z a i d a !

v. 1222 Zaido: nombre que le da Zaida a Alazán por analogía del suyo mismo. vv. 1225-28 Parece ser un intertexto del romancero o de alguna cancioncilla pero no lo he podido documentar. vv. 1233-34 Siempre que se mencione Prado puede aludir tanto al 'campo' como al 'Prado de Madrid'; esta indeterminación ocurre en otras muchas comedias burlescas; por otro lado, en el prado ('campo') se pueden buscar y encontrar moras ('fruta silvestre'). v. 1236 confites: «Cierta confección o composición que se hace de azúcar en forma de bolillas, de varios tamaños, lisos o con piquillos» (Aut); cfr. Constante, vv. 637-38: « C A R L O S : Sin ti no quiero confites. / ISABEL: Sin ti no quiero gragea». v. 1239 Bellido: alude a Bellido Dolfos, que mató a Sancho II el Fuerte durante el sitio de Zamora. Se toma por antonomasia como 'traidor'.

TEXTO DE LA COMEDIA

ZAIDA

A n d a que eres u n albarda.

MONTESINOS

Z a i d a parece e n la fecha.

REINALDOS

Las acciones suyas son.

MONTESINOS

207

1245

Q u e es ella, cosa es constante; su caballo t o d o es pelos y sus pies son dos zaguanes; l u e g o d e l copete a r r i b a 1250

t o d o l o d e m á s es aire. ZAIDA

A u n q u e he sido c o n o c i d a , y o e s c a p a r é destos lances. ¡ C a b a l l e r o s , y o n o soy Zaida!

REINALDOS ZAIDA

¿ P u e s , q u i é n eres? Soy Z a q u e .

REINALDOS

E n fin, que Z a i d a n o sois.

ZAIDA

P o r el v i e n t r e de m i sastre.

1255

v. 1241 deshecha: «Disimulo, fingimiento y arte con que se finge y disfraza alguna cosa» (Aut); cfr. Quevedo, Buscón, p. 171: «Yo conocí la deshecha, y respondile humilde» y p. 198: «yo, por hacer la deshecha, quédeme hablando desde la calle con don Diego». v. 1243 eres un albarda: «Frase vulgar con que se denota que algún sujeto es necio y pesado en su conversación o en sus acciones, para no decir expresamente que es un asno o un jumento» (Aut). Cfr. Ventura, vv. 239-40: «todos le notan de burro, / todos le aplican la albarda». R i m a imperfecta. v. 1244 fecha: «La data de la escritura, carta o papel» (Aut); evidentemente es un disparate. v. 1248 zaguanes: alude al gran tamaño de los pies. v. 1249 copete: «Cierta porción de pelo, que se levanta encima de la frente más alto que lo demás, de figura redonda o prolongada, que unas veces es natural y otras postizo» (Aut); chiste. v. 1254 Zaida! / ¿Pues, quién eres?/ Soy Zaque: verso largo; Zaque «Figuradamente llaman al borracho» (Aut); cfr. Lope, La Dorotea, p. 135: «Eso es cuando se brindan el amor y la fortuna, y hechos unos zaques, levantan caídos y derriban levantados». v. 1256 Por el vientre de mi sastre: juramento burlesco. vv. 1256-60 Referencia a la mala fama que tenían los sastres; son prototipos de habladores y embusteros; cfr. Quevedo, P O , n ú m . 579, vv. 1-4: «Mal oficio es mentir, pero abrigado: / eso tiene de sastre la mentira, / que viste al que la dice;

208

MONTESINOS

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

A u n q u e sé que sois la m i s m a , ese j u r a m e n t o os salve, que solo de haberle o í d o m e e s t á n t e m b l a n d o las carnes.

REINALDOS

1260

M u j e r , n u n c a j u r é i s tal, n i a u n en ocasiones grandes, p o r q u e se aventura m u c h o . M o n t e s i n o s , ya es m u y tarde y nuestro e m p e r a d o r m a r c h ó

1265

c o n m á s b r í o s que u n . . . Ruido

dentro.

ADENTRO

Vinagre.

MONTESINOS

E l s o c o r r e r l e es preciso.

REINALDOS

P r e c i s o es el ayudarle.

MONTESINOS

V a m o s ya, Z a i d a , l l e v e m o s . . .

REINALDOS

¿Estás l o c o , estás orate?

MONTESINOS

N e c i o , ¿ n o has visto que es Z a i d a

1270

que está en busca de su amante e m b o z a d a y rostituerta, p r o p i a cosa d e l diamante?

y aun si aspira / a puesto el mentiroso, es bien premiado»; id., Sueños, p. 366: «No trato de los pasteleros y sastres, ni de los roperos, que son sastres a Dios y a la ventura y ladrones a diablos y desgracia» (ver los numerosos pasajes de Sueños, con las notas de Arellano, que se señalan en el índice de notas). v. 1265 y nuestro emperador marchó: verso largo. v. 1266 Vinagre: ver v. 463. v. 1270 orate: «La persona desbaratada, sin asiento ni juicio» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 782-85: «y hallé junto a mí / aquel hombre, aquel orate, / que en flores ya me había dicho / muchísimas necedades»; Hermosura, w . 157-60: «Quien a las feas se i n clina / se califica de orate, / porque solamente un loco / puede apoyar fealdades». v. 1273 rostituerta: variante de rostrituerta, adjetivo que se aplica a aquella persona «que con el semblante o el rostro manifiesta enojo u enfado» (Aut); cfr. Cervantes, Los trabajos de Persiles y Sigismunda, p. 320: «Quedó Alonso despechado; Luisa, mi esposa, rostrituerta». v. 1274 diamante: «Metafóricamente significa dureza, constancia y resistencia, por ser estas propiedades del diamante» (Aut); esta piedra preciosa es símbolo t ó pico de la firmeza de ánimo.

209

T E X T O DE LA COMEDIA

M a s , ¡vive D i o s ! , que es h e r m o s a ,

1275

y h o y l o está c o n tal donaire, que parece se ha lavado c o n aceite de alacranes. Recógeme.

Entran los dos moros muy furiosos.

ALAZÁN

A q u í Z a i d a h e r m o s a está.

ALÍ

A l a z á n , ¿ q u é es l o que dices?

ALAZÁN

Q u e dos pares o l o m b r i c e s

1280

la a c o m p a ñ a n . B u e n o va.

ALÍ ZAIDA

¡Alazán, q u e r i d o m í o ! Alborótame

todos y meten mano.

ALAZÁN

¡ A h , Z a i d a , d é j a t e ver!

MONTESINOS

¡ A h , perros, y o he de saber

1285

c ó m o es el m o r i s c o b r í o ! ALAZÁN

L a dama m e he de llevar.

MONTESINOS

A n t e s el d i a b l o te lleve. Sacan las espadas y riñen Alazán

con Montesinos, Alí con

Reinaldos. REINALDOS

N u n c a y o beba c o n nieve si la dejare pasar.

1290

Pasa con los suyos y representa.

v. 1278 aceite de alacranes: era remedio contra la picadura del alacrán, pero aquí es mención ridicula. Acot. a v. 1284 meten mano: 'empuñan sus espadas', v. 1285 perros: ya se anotó este insulto tópico. v. 1289 beba con nieve: eran muy apreciadas las bebidas enfriadas con nieve; había unos famosos pozos de nieve que servían para almacenarla y venderla para refrigerar bebidas; este negocio lo explotó industrialmente el catalán Pablo Charquías; los pozos estaban situados al final de la calle de Fuencarral; cfr. El hermano, texto en prosa v. 570: «los calzones están junto a los pozos de la nieve, la ropilla a la puerta de Atocha, el j u b ó n a la puerta de Alcalá»; Darlo todo, vv. 1719¬ 22: «Es la fuente parlera, / pues dice siempre / que es muy fresco el verano / beber con nieve».

210

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

MONTESINOS

¡Vive D i o s que se ha escapado!

ALAZÁN

¡ Z a i d a , sigue e n c a m i n o !

REINALDOS

¡ S o c o r r o p i d o a u n teatino!

ALÍ

¡Ay, que estoy descalabrado!

ALAZÁN

S a q u e n aprisa u n farol. Retírame

los moros, sigílenlos

1295 los franceses hasta que

riñen-

do toman a salir. MONTESINOS

N o has de intentar escaparte.

ALAZÁN

Y o m e hallo h e r i d o .

MONTESINOS

¿ E n q u é parte?

ALAZÁN

A d o n d e n o m e da el sol.

ADENTRO

¡ V i v a n los franceses, v i v a n , que nos c o r t a n , que nos cortan! Ruido

ALAZÁN

1300

de espadas dentro.

M i gente está derrotada. ¡ O h pese, o h pese a M a h o m a ! Sale el emperador con la espada en la mano y Bretón Zaida.

EMPERADOR

con

Los demás cesan la riña y los moros se encogen.

V i t o r i o s a s s o n mis armas; ¡ah, perros! ¿ Q u é dije? A h , zorras,

v. 1293 teatino: religioso que acompañaba o asistía a los condenados; cfr. Quevedo, PO, n ú m . 670, vv. 23-28: «Mas que en tales desatinos / venga el pobre desdichado / de puro descaminado / a parar por los caminos; / que conozca los teatinos / por intercesión de un palo»; Tagarete, vv. 169-70: «Llamadme luego un Teatino / que me enseñe canto llano». v. 1298 Adonde no me da el sol: referencia jocosa a las posaderas; cfr. Comendador, vv. 404-408: «obligue el comendador, / que a Pilatos, a él, a todos, / al mundo, al diablo, a N e r ó n / les sabré decir me besen / adonde no me da el sol»; Tagarete, vv. 57-62: «y al momento / masculillo se me dio / tan grande, que me dejaron / las partes que no ve el sol / tan negras, que un azabache / no pudiera estar peor»; Lope de Vega, El caballero de Olmedo, vv. 2012-13: «¡Mas que te ha de dar el sol / adonde nunca te ha dado!». vv. 1299-1300 Versos octosílabos sueltos.

211

T E X T O DE LA COMEDIA

vosotros m e provocaistis,

1305

pues ya es m í a la v i t o r i a . Los campos quedan t e ñ i d o s de sangre de c i e n m i l moscas. MONTESINOS

D o y t e m i l enhorabuenas.

REINALDOS

Y y o beso t u m a n o p l a .

1310

Los dos pares agarran a los moros y les tienen asidos. ALAZÁN

¡ Q u é asombro, q u é c o n f u s i ó n !

ALÍ

¡ Q u é desdicha!

BRETÓN

¡ Q u é pelota! Bretón saca más afuera a la dama y ella se arrodilla al emperador.

ZAIDA

A tus pies estoy r e n d i d a .

EMPERADOR

M e p a r e c é i s u n a posta.

ALAZÁN

¿ Q é ha de d e c i r de m í el m u n d o ?

EMPERADOR

u

1315

Q u e vuestra arrogancia l o c a sea castigada c o n que n u n c a c o m á i s alcachofas, y así c o n este castigo os entrego a vuestra n o v i a

1320

q u e d á n d o m e por blasón que a mis pies tuve u n a tronga,

v. 1305 provocaistis: añade una «i» por influencia cacofónica de la última «i», de todos modos, provocastis es una forma verbal c o m ú n en el Siglo de Oro. v. 1312 pelota: «Vulgarmente se da este nombre a la mujer pública y de mal vivir» (Aut); cfr. Quevedo, P O , n ú m . 853, vv. 105-108: «Yo no lo puedo creer; / pero si alguna pelota / que agora tuerce soplillo, / convertida de buscona». v. 1314 posta: «Se llama en la milicia la centinela que se pone de noche fija en algún puesto u sitio para guardarle» (Aut); puede jugar con la acepción de 'bala pequeña de plomo' que se asociaría conceptualmente con pelota del v. 1313 y consiguientemente con su significado. v. 1322 tronga: en germanía es la «prostituta de poca importancia y calidad poco gananciosa» (Léxico); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 210, vv. 1-4: «Por más graciosa que mi tronga sea, / otra en ser otra tronga es más graciosa; / el mayor apetito es otra cosa, / aunque la más hermosa se posea».

212

EL CASTIGO

EN LA

ARROGANCIA

u n Alazán y u n Alí que l l e v a r o n e n la c h o l l a ; mas ellos se c u r a r á n

1325

si se l a m e n c o n la b o c a . Lámense. L o s MOROS

M u c h o el r e m e d i o estimamos.

EMPERADOR

A n d a d , andad e n b u e n h o r a y d e c i l d e a ese G r a n T u r c o que t o m e para escarolas.

MONTESINOS

M u c h o le d e c í s e n eso.

REINALDOS

M á s sabéis que u n a p a n d o r g a .

EMPERADOR

N O sé si m e he de lograr.

MONTESINOS

Y O lo temo.

REINALDOS

1330

¿ Q u i é n l o inora?

EMPERADOR

C o n t r a r i o s los dos estáis.

BRETÓN

N O m e espanto, que ya es h o r a

1335

de recoger. EMPERADOR MONTESINOS

V a m o s desta. G a l g o s , a d o r m i r la z o r r a , y e n otra o c a s i ó n y o h a r é que os e c h e n agua e n la b o t a .

1340

v. 1324 llevaron en la cholla: 'llevaron buenos coscorrones'. v. 1326 si se lamen con la boca: alusión al modo de curarse de los perros que consiste en lamerse poco a poco las heridas; de nuevo es una referencia al insulto ya repetido de perro. v. 1332 Más sabéis que una pandorga: puede ser una ruptura jocosa de otras frases hechas como sabe más que las culebras, que un pobre, que Merlín, que Séneca, que le enseñaron (Correas, n ú m . 20480); pandorga: «junta de instrumentos de que resulta consonancia de mucho ruido que produce música rumorosa» (Aut); cfr. Céfalo, vv. 840-42: «dando, (¡qué desdicha!), / con (¡qué carambola!) / un dardo (¡qué susto!), / en mí (¡qué pandorga!)». v. 1334 inora: 'ignora'. v. 1338 Galgos, a dormir la zorra: dormir la zorra significa 'dormir la borrachera'. Nótese la jocosa contraposición de los dos animales con valor dilógico. v. 1340 echar agua en la bota: hipérbole de la afición de los personajes a la bebida; en ellos lo excepcional es beber agua.

T E X T O DE LA COMEDIA

REINALDOS

Venga c o n m i g o B r e t ó n .

BRETÓN

Y lleve el d i a b l o a

L o s MOROS

¡Viva el e m p e r a d o r , viva!

TODOS

¡Viva!

EMPERADOR

213

Mahoma.

B e b e r é a m i costa. A q u í d i o fin el Castigo

1345

en la arrogancia c o n todas sus entradas y salidas, bosques, casas, casos, cosas, y el que n o dijere «vítor» de los que oyen, dirá «cola».

1350

FINE

v. 1344 ¡Viva! / Beberé: chiste paronomástico tópico; ver vv. 419-20. v. 1349 vítor... cola: para vítor ver vv. 611-12; cola es «Entre los antiguos estudiantes, voz de oprobio, en contraposición de la de aclamación o vítor» (DRAE); cfr. Tagarete, vv. 723-27: «y a las viejas y a las mozas / pido, aunque no lo merezco, / un vitorcillo sin cola, / para que con mucho gusto / os sirva el autor con otra».

EL

DESDÉN,

CON

EL

DESDÉN

C o m e d i a burlesca a n ó n i m a

INTRODUCCIÓN

1. D A T O S E X T E R N O S , T E X T O Y A U T O R Í A

L a c o m e d i a burlesca de El desdén,

con el desdén

se ha c o n s e r v a d o

e n u n a suelta d o n d e se lee: « V é n d e s e e n M a d r i d , e n la l i b r e r í a y l o n j a de c o m e d i a s de la P u e r t a d e l S o l , a la entrada de la calle de las Carretas; d o n d e a s i m i s m o se vende el P i s c a t o r C o m p l u t e n s e para el p r ó x i m o a ñ o de 1745 c o n u n a c o l e c c i ó n de noticias m u y e x t r a ñ a s y ú t i l e s para t o d o g é n e r o de p e r s o n a s » . Se i m p r i m i ó , pues, e n 1744. 1

M a n e j o el ejemplar de la B i b l i o t e c a N a c i o n a l de M a d r i d c o n la s i g natura T 6 3 6 1 . M o l í da n o t i c i a de otro de esta m i s m a suelta e n la B i b l i o t e c a de la R e a l A c a d e m i a E s p a ñ o l a , signatura 4 1 - I V - 4 9 ( 2 ) . E l 2

autor es a n ó n i m o c o m o sucede en bastantes comedias de este g é n e ro, y carecemos de datos suficientes para fundamentar u n a a t r i b u c i ó n .

2. L A VERSIÓN PARÓDICA Y S U M O D E L O

SERIO

Esta burlesca es p a r o d i a directa de la c o n o c i d a o b r a de M o r e t o . A l igual que o c u r r í a c o n la c o m e d i a a u t o p a r ó d i c a Castigar por defender de R o d r i g o de H e r r e r a , n o todos los efectos reduccionistas que se dan h a b i t u a l m e n t e e n otras comedias de este m i s m o g é n e r o f u n c i o n a n a q u í de la m i s m a f o r m a . L a e x t e n s i ó n , p o r ejemplo, es m u y parecida e n este caso: 2.927 versos e n la c o m e d i a « n o r m a l » y 2 . 6 6 7 e n la burlesca. C o n el n ú m e r o de personajes sucede algo semejante: o c h o m á s los m ú s i cos e n la n o r m a l ; y d i e z m á s dos criados, tres personajes de a c o m p a -

1

2

El desdén con el desdén, Comedia burlesca, T 6361 en B N M , p. 40. Molí, 1966.

218

EL DESDES]

CON EL

DESDÉN

ñ a m i e n t o y los m ú s i c o s en la burlesca. L a parodia supera en el n ú m e r o de personajes a la trama o r i g i n a l . L a v a r i e d a d m é t r i c a sí es m a y o r en la obra de M o r e t o que en su p a r o d i a (ocho formas m é t r i c a s frente a cuatro en la burlesca).

2. 1. R e s u m e n de la c o m e d i a palatina de M o r e t o El desdén, con el desdén ( 1 6 5 3 - 1 6 5 4 )

3

C o n ecos de El milagro del desprecio, De cosario a cosario, de L o p e , Celos con celos se curan de T i r s o y otras piezas, El desdén m o r e t i a n o es u n a c o m e d i a de fantasía que se centra en la l u c h a de C a r l o s , c o n d e de U r g e l p o r c o n s e g u i r el a m o r de la princesa D i a n a , esquiva y desd e ñ o s a , e n e m i g a de amores y casamientos, que se e n c i e n d e en ese a m o r que rechaza al e x p e r i m e n t a r el d e s d é n

fingido

—estrategia

de

c o n q u i s t a — de C a r l o s . J u e g o intelectual, c o m o la califica R i c o , que subraya el n i v e l de 4

a b s t r a c c i ó n estilizada de la pieza, se apoya en u n a red de c o n c e p t o s b i e n c o n o c i d o s en t o r n o al a m o r y al deseo. D i a n a , e j e m p l o de d a m a intelectual, n u t r i d a en la

filosofía

y las fábulas antiguas, considera al

a m o r c o m o fuente de todas las desgracias: Cuantas ruinas y destrozos, tragedias y desconciertos, han sucedido en el mundo entre ilustres o plebeyos todas nacieron de A m o r (vv. 837-41) Ignora, sin embargo, u n c o n c e p t o de m a y o r j e r a r q u í a : el d e l a m o r c o m o fuente de a r m o n í a y u n i ó n entre los seres; se o p o n e , p o r tanto contra el orden natural del A m o r , con quien fabrica el mundo a su duración alcázares en que viva (vv. 181-84) Parafaseo aquí la sintética y precisa presentación de Arellano (1995) de esta comedia moretiana. Para este sustrato de nociones sobre el amor y su función ver el prólogo de R i c o en su edición. 3

4

219

INTRODUCCIÓN

L a d i s c u s i ó n sobre el amor, su necesidad, su rechazo, sus c o n e x i o nes c o n la r a z ó n y la v o l u n t a d o c u p a b u e n a parte de la c o m e d i a e n f o r m a de controversias entre D i a n a y sus pretendientes, y entre ellos m i s m o s , c o n t o n o de academia literaria y filosófica, e n que destacan los sintagmas relativos a la estructura de la d i s c u s i ó n escolástica. L a r e n d i c i ó n v e n d r á a través del despecho de sentirse ignorada p o r Carlos: inventado el r e m e d i o p o r el galán, a p a r e c e r á el i n g e n i o d e l gracioso Polilla, c o n v e r t i d o en espía c o n su disfraz bufonesco de C a n i q u í . C o n hopalandas y m a c a r r ó n i c o latín de m é d i c o de a m o r — s a b i e n d o b i e n que el m a l de D i a n a cesará c o n la r e i n t e g r a c i ó n al o r d e n natural del a m o r — prescribe burlescamente a la condesa una serie de remedios grotescos (sanguijuelas, purgas). L a s i t u a c i ó n de este j u e g o de a m o r y desamor e n los carnavales, c o n las canciones, los saraos, las m á s c a r a s y las danzas, p e r m i t e nuevas d u p l i c a c i o n e s l ú d i c a s : en el sarao carnavalesco C a r l o s cede e n el m a n t e n i m i e n t o de su i n v e n c i ó n y declara ardientemente su a m o r a D i a n a , estando a p u n t o de perderla; sin e m b a r g o la e n m i e n d a se la p r o p o r c i o n a n las mismas circunstancias: en el baile de m á s c a r a s de las carnestolendas C a r l o s asegura haber j u g a d o al amor, y D i a n a persiste e n su proceso de c o n v e r s i ó n amorosa. L a s i m p l i c i d a d y el esquematismo c o n s t r u c t i v o p r o d u c e n e n El desdén u n a arquitectura de gran eficacia c ó m i c a . D i a n a admite al fin que ella quiere al h o m b r e que ha v e n c i d o el d e s d é n c o n el d e s d é n , es d e cir, a C a r l o s . F i n a l m e n t e , se c o n c i e r t a n las siguientes bodas: C a r l o s Diana, B e a r n e - C i n t i a y Polilla-Laura.

2. 2. R e s u m e n de la c o m e d i a burlesca El desdén, con el desdén

(1744)

L a b u r l e s c a sigue bastante de cerca los e p i s o d i o s d e l m o d e l o . C o m i e n z a c o n la i n d a g a c i ó n de P o l i l l a que trata de averiguar c u á l e s son los pesares que a t o r m e n t a n a su a m o C a r l o s , el c o n d e de U r g e l , en esencia u n a m o r n o c o r r e s p o n d i d o p o r D i a n a . P o l i l l a aconseja la estrategia d e l d e s d é n . D e j a n d o a u n lado episodios secundarios, e n la segunda j o r n a d a asistimos a la puesta en p r á c t i c a de esta i n d u s t r i a . P o l i l l a se muestra c o n v e n c i d o de que d a r á u n resultado positivo. D i a n a rechaza a u n a serie de pretendientes y desea e n a m o r a r a C a r l o s , que sigue h a c i é n d o s e el d e s d e ñ o s o . D i a n a confiesa a L a u r a y C i n t i a el d o l o r que siente p o r haber p e r d i d o a C a r l o s ; a d e m á s , se le o c u r r e la idea

220

EL DESDÉN] CON EL

DESDÉN

de escribirle u n a carta. L a u r a prepara t o d o para que D i a n a se p o n g a a e s c r i b i r y la dejan sola. E l c o n d e de B a r c e l o n a escucha c ó m o habla D i a n a c o n s i g o m i s m a sobre la carta. A l escuchar el i n i c i o «Aleve c o n de» este se enfurece y sale d e l p a ñ o c o n la i n t e n c i ó n de darle m u e r te. D i s c u t e n y el c o n d e p e r s i g u e a su hija p o r el e s c e n a r i o para c o n s e g u i r la carta. A n t e tal r e v u e l o salen C i n t i a y L a u r a para calmar la s i t u a c i ó n . M i e n t r a s , los condes de F o x y de B e a r n e d e c i d e n dar c e los a D i a n a para vengarse de su d e s d é n . E l c o n d e de B a r c e l o n a , desq u i c i a d o p o r la a c t i t u d de su hija, se lamenta profundamente. D i a n a discute c o n su padre sobre su e l e c c i ó n de m a r i d o , mientras llega el c o n d e de B e a r n e c o n C i n t i a y el de F o x c o n L a u r a , c o n el fin de darle celos. A l final C a r l o s accede a casarse c o n D i a n a ya que ella ha e l e g i d o al « q u e esté m á s a m a n o » (v. 2 6 5 1 ) . C o n c l u y e la c o m e d i a c o n las bodas de C a r l o s y D i a n a , el c o n d e de B e a r n e y C i n t i a , el c o n d e de F o x y L a u r a , y P o l i l l a y la criada.

2. 3. C o m p a r a c i ó n estructural entre ambas comedias h o m ó n i m a s E l i n i c i o es m u y similar en ambas comedias. Carlos i n f o r m a en u n m o n ó l o g o que esta enamorado de D i a n a , la hija del c o n d e de B a r c e l o n a . L a dependencia del texto parodiado es tal en la r e l a c i ó n de C a r l o s que incluso el a n ó n i m o autor utiliza estructuras semejantes c o n u n e v i d e n te fin r i d i c u l i z a d o r . V é a s e el siguiente ejemplo; en p r i m e r lugar r e p r o d u z c o el pasaje de M o r e t o , vv. 3 0 9 - 2 1 : ¿ Q u é es esto? ¿Amor? ¿Es acaso hermosa la tiranía? N o es posible, no, esto es falso; no es esto amor, ni hay quien diga que arrastrar pudo inhumana la que no m o v i ó divina. Pues ¿qué es esto? ¿Esto no es fuego? Sí, que m i ardor lo acredita; no, que el hielo no le causa; sí, que el pecho lo publica. N o puede ser, no es posible; no, que a la razón implica. Pues ¿qué será? Esto es deseo.

INTRODUCCIÓN

221

S u p a r o d i a se da en los vv. 3 9 2 - 4 1 4 : D i m e , deseo, ¿a q u é aspiras? ¿Esto es amor o es alforja? ¿Aquesto es albarda o silla? N o , que si uno u otro fuera era forzoso haber cincha. Sí, que al mozo muchas veces se le pasa o se le olvida. N o puede ser. ¿Esto es que yo estoy hecho una pocilga de cariño, y como hay parte de caballeriza tropezando en los granzones vengo a caer en la criba? Tampoco es esto; ¿pues, q u é es? ¿Haber mirado una tibia, desatenta como todas, horrible como ella misma, y estar de pura a m b i c i ó n el deseo echando chispas? Tampoco es esto. ¿Pues yo tengo el talento en cuclillas para ignorar a esta hora d ó n d e me aprieta la liga? E l siguiente pasaje d e l texto burlesco ( d i á l o g o entre P o l i l l a y Carlos) es de g r a n s i m i l i t u d c o n la palatina e n el c o n t e n i d o pero n o e n la f o r m a . E n ambas c o m e d i a s P o l i l l a u t i l i z a el m o t i v o de que el a m o r c i e ga la r a z ó n para aconsejar a su a m o que nadie sepa de su p a s i ó n p o r ella; en la c o m e d i a de M o r e t o en los vv. 4 3 1 - 3 3 : « C a l l a r t u p a s i ó n m u c h o es, / ¡vive D i o s ! ¿ P o r q u é imaginas / que l l a m a n c i e g o a q u i e n ama?» y en la burlesca, v. 474: « C A R L O S : D i , ¿ c ó m o ha de ser? P O L I L L A : C e g a n d o » . E n la r e u n i ó n de los condes para c o m e n t a r el d e s d é n de D i a n a , en la o b r a m o r e t i a n a , P o l i l l a aprovecha su p a p e l de gracioso para dar u n a s o l u c i ó n al p r o b l e m a , vv. 4 9 0 - 9 8 : «El m e d i o es, que r e n dirla n o dilata, / p o n e r en u n a torre a la P r i n c e s a , / sin c o m e r c u a tro días n i ver mesa; / y l u e g o h a n de pasar estos galanes / della, c o n v i d a n d o a escote / [...]

delante

/ y a m í m e lleve el diablo, si los

viere / y tras ellos c o r r i e n d o n o saliere»; sin e m b a r g o en su parodia P o l i l l a n o i n t e r v i e n e en la c o n v e r s a c i ó n .

222

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

E n el segundo b l o q u e hallamos en la c o m e d i a m o r e t i a n a el artific i o d e l disfraz de P o l i l l a , q u i e n se hace pasar p o r u n m é d i c o l l a m a d o C a n i q u í . H a b l a en u n l a t í n m a c a r r ó n i c o y c o n el ú n i c o fin de ganarse la confianza de D i a n a para p o d e r p o s t e r i o r m e n t e i n t e r c e d e r p o r el c o n d e de U r g e l . E n la c o m e d i a p a r ó d i c a P o l i l l a carece de sutileza a l guna, ya que n o e m p l e a el disfraz y le c o m e n t a directamente a la dama e n los vv. 5 5 9 - 6 0 : « D e l de U r g e l las amorosas / ansias os dirá m i a c e n to». A c o n t i n u a c i ó n entran en escena el c o n d e de B a r c e l o n a y los tres pretendientes: mientras en la c o m e d i a palatina tiene lugar u n a c o n v e r s a c i ó n entre los pretendientes, la dama y su padre, en la c o m e d i a burlesca los condes de F o x y de B e a r n e se enzarzan e n u n a pelea en la que supuestamente m u e r e el de B e a r n e ; n o hace falta recordar la gran a f i c i ó n d e l espectador aurisecular a este t i p o de alborotos. L a c o n c l u s i ó n de esta p r i m e r a j o r n a d a es similar en ambos textos, c o n u n d i á l o g o entre C a r l o s y D i a n a en el que ambos r e c í p r o c a m e n t e se m u e s tran d e s d e ñ o s o s . E l i n i c i o de la segunda j o r n a d a se p r o d u c e de la m i s m a m a n e r a , c o n u n a c o n v e r s a c i ó n entre C a r l o s y P o l i l l a sobre los resultados d e l a r d i d i n g e n i a d o p o r P o l i l l a y c o n la p o s t e r i o r a p a r i c i ó n de D i a n a , que i n t e n t a e n a m o r a r a C a r l o s . E n este p u n t o ambas comedias se desarrollan de diferente m o d o ; mientras que en la obra de M o r e t o tiene l u gar u n sarao que facilita que se emparejen los condes c o n otras damas y que D i a n a rechace el a m o r de C a r l o s durante el baile, en la c o m e dia a n ó n i m a se da u n a c o n v e r s a c i ó n entre P o l i l l a y D i a n a e n la que ella afirma estar e n a m o r a d a d e l c o n d e de U r g e l . M á s adelante e n la c o m e d i a « n o r m a l » se da la escena d e l j a r d í n e n la que C a r l o s debe mostrarse i m p a s i b l e ante la belleza de D i a n a y o b servar e x c l u s i v a m e n t e las flores y d e m á s excelencias d e l paraje, m i e n tras que en la burlesca tiene lugar la ficticia escena a oscuras en la que se dan situaciones hilarantes c o m o los besos d e l c o n d e de B e a r n e al de B a r c e l o n a y d e l de F o x a P o l i l l a . Para el i n i c i o de la tercera j o r n a d a la obra a n ó n i m a t o m a la escena antes referida d e l j a r d í n y la r e d a c c i ó n de la carta que p r o v o c a la d i s c u s i ó n y p e r s e c u c i ó n entre padre e hija. E n la burlesca se p r e s c i n de de las confesiones entre C a r l o s y D i a n a en las que ella afirma ten e r i n t e r é s p o r el c o n d e de B e a r n e y C a r l o s p o r C i n t i a , l o c u a l p r o v o c a r á el c l i m a x d e l enredo y su desenlace feliz. P o r otro lado, en la c o m e d i a a n ó n i m a se ofrece el cortejo burlesco de P o l i l l a a L a u r a

223

INTRODUCCIÓN

e n el que ella c o n f i r m a que le ama; t o d o este pasaje n o aparece e n el texto m o d e l o . 3

L l e g a m o s así al m o m e n t o d e l desenlace c o n u n a D i a n a e n la c o m e d i a palatina que confiesa a C i n t i a su a m o r p o r C a r l o s ; él e n la r e u nión

final

t a m b i é n l o h a c e p ú b l i c o ; e n la b u r l e s c a e l c o n d e

de

B a r c e l o n a lee la carta escrita p o r su hija y se da c u e n t a de que está e n a m o r a d a de C a r l o s ; se l o dice, pero este c o n t i n ú a c o n la m i s m a a c t i t u d d e s d e ñ o s a hasta la ú l t i m a escena, e n la que accede a casarse. E s necesario s e ñ a l a r que a u n q u e el desarrollo de ambas c o m e d i a s difiera e n algunos p u n t o s , la trama f u n d a m e n t a l es similar y el desenlace t a m b i é n . Las bodas m ú l t i p l e s que resultan s o n diferentes: e n la c o m e d i a de M o r e t o o b t e n e m o s los siguientes emparejamientos: C a r l o s - D i a n a , B e a r n e - C i n t i a y P o l i l l a - L a u r a ; e n la o b r a burlesca nos

encontramos

c o n u n a pareja m á s d e b i d o a la a p a r i c i ó n d e l c o n d e de F o x , u n i d o , e n esta v e r s i ó n , a L a u r a , y de la criada c o n P o l i l l a .

3 . P R O C E D I M I E N T O S C Ó M I C O S D E EL DESDÉN,

CON EL DESDÉN

(BUR-

LESCA)

Y a e n la e x p o s i c i ó n i n i c i a l hallamos u n a d e s c r i p c i ó n de D i a n a c o m pletamente grotesca que j u n t o c o n los lamentos sobre su d e s d é n c o n f o r m a n la p a r o d i a de m o t i v o s habituales e n la lírica amorosa; d e s t a c a r é la e x a l t a c i ó n de la « h e r m o s u r a » que hace el g a l á n de su dama: Era una belleza horrible con muchas partes de linda que andaban a puto el postre. Enriquece de engañifas el desvergonzado frontis de sus nevadas mejillas. N ó t e l a entre otros donaires de su c o n d i c i ó n inicua ser un tanto cuanto loca,

Puede formar parte de lo disparatado de la comedia burlesca o ser un error del autor en la composición de la trama ya que la comedia de Moreto concluye con la boda entre ambos, pero en la burlesca, a pesar de lo afirmado por Laura, ella se casa con Fox y Polilla con la criada. 3

224

EL DESDÉN, CON EL

DESDÉN

desatenta, vengativa, grosera, sucia, tirana, zurda, manca, coja y bizca, (vv. 149-60) D u r a n t e el m i s m o s o l i l o q u i o se alude al t ó p i c o de la dama

dor-

m i d a en escena; m o t i v o n o solo recurrente en las comedias «serias» sino t a m b i é n en varias burlescas ; t a m b i é n el hablar mientras se e n 6

cuentra d o r m i d a se considera c l i c h é c o n v e n c i o n a l en la c o m e d i a n u e va: « C o n la q u i e t u d y s i l e n c i o / que aquella bulla ofrecía /

quedó

d o r m i d a D i a n a / sobre la cama tendida, / cosa c o m ú n en c u a l q u i e r a / que sin m e r i e n d a c a m i n a » (vv. 2 3 3 - 3 8 ) . E l h o n o r se parodia a través de las continuas manifestaciones

acer-

ca de la dudosa p a t e r n i d a d d e l c o n d e de B a r c e l o n a , c o m o se d e d u c e de los siguientes pasajes (vv. 2 8 3 - 8 4 , 5 4 7 - 4 8 , 5 6 1 - 6 2 , 6 1 7 - 1 8 , 2238¬ 4 3 ) . . . O t r o m o t i v o recurrente en las comedias burlescas son las m u e r tes ridiculas de los personajes que l u e g o resucitan; de la m i s m a m a n e r a sucede en los vv. 7 4 9 - 8 0 , en los que i n c l u s o preparan q u i é n , c ó m o y c u á n d o va a m o r i r entre los participantes en la refriega (el c o n d e de F o x y el de B e a r n e ) : 7

CONDE BEARNE

CONDE

Fox

CONDE BEARNE

¿Morirá él con gusto? SÍ,

que es caballero y amigo, y viendo que se lo digo al punto lo hará por m í . ¿Será en eso amigo fiel? Atenciones son forzosas, que por fin en otras cosas le habré servido yo a él. Q u i z á podrá darle enfado. Yo serviros solicito. Matadme de aquí a un poquito, que estaré ya descuidado.

6

Castigar, vv. 173-83; Céfalo, vv. 628-67 y Darlo todo, vv. 772-74. Ver Palomo,

1999. Muertos resucitados y asesinatos concertados entre el asesino y su víctima son elementos habituales en las comedias burlescas: líamete, vv. 1136-43; Olmedo, vv. 1547-62; Amantes, vv. 1759-68, 1844-47 y 2059-64; Renegada, vv. 1500-1503 y Durandarte, vv. 538-42. 7

INTRODUCCIÓN

BEARNE

225

Advertid que me hallo muerto.

E l a m o r o r i g i n a u n a gran c a n t i d a d de t ó p i c o s que se r e c o g e n de u n a f o r m a d i s e m i n a d a a l o largo de esta c o m e d i a . E l tratamiento

que

se hace de estos m o t i v o s es j o c o s o e n todos los casos: a m o r c o m o p r i s i ó n aparece e n los vv. 8 6 3 - 6 6 ; el a m o r c o m o C u p i d o

n i ñ o e n vv.

9 1 5 , 1 3 5 9 - 6 0 , 1 4 0 1 - 1 4 0 3 . . . ; c o m p a r a c i ó n d e l a m o r c o n la e n f e r m e dad l o hallamos e n los vv. 1 7 0 1 - 1 7 0 4 ( « D I A N A : Y a m e v o y e n a m o r a n d o / p o r este lado derecho. / C I N T I A : ¿ A ver? ¿ Y te duele al lado? / D I A N A : M e duele que es u n c o n s u e l o » ) ; el m o t i v o clásico d e l amor igneus se desarrolla j o c o s a m e n t e e n los vv. 1 4 6 1 - 6 5 y

2378-79... N o

falta (vv. 7 8 8 - 9 0 ) el t ó p i c o d e l retrato , tan s o c o r r i d o e n la c o m e d i a 8

del S i g l o de O r o . N i otra disparatada p a r o d i a de la « e s c e n a a oscuras» e n los vv. 1 6 3 4 - 3 7 : Fox

Supongamos que es de noche y que en esta sala estamos sin sol, sin luz y sin moscas, como dice aquel adagio.

E n esta c o m e d i a la parodia de los pasajes b u c ó l i c o s se da a través de las actividades que se realizan en el j a r d í n y p o r las ridiculas plantas que se encuentran en él. E x t r a i g o a m o d o de ejemplo los w . 1844-47: Díjele que do el pensil os podría ver sentada discretamente empleada en regar el perejil. Y e n otro e j e m p l o posterior, e n los vv. 2 0 5 6 - 6 3 , que a l u d e n al j a r d í n e n el que tiene lugar la escena: CINTIA

A escardar vino el pensil porque más fértil se goce.

CARLOS

B i e n , señora, se conoce, porque hay mucho perejil.

8

Motivo que aparece en Castigar, vv. 43-45 y Olmedo, vv. 567-70.

226

EL DESDÉN,

CINTIA

CON EL

DESDÉN

Ved que podando repollos su alteza está. ¡Cosa extraña!

POLILLA CARLOS

SU

alteza tiene gran maña

para echar calzas a pollos. L a a t r i b u c i ó n p o r parte d e l padre de la d o n c e l l e z a la hija ante su sorpresa o disgusto es m o t i v o h a b i t u a l e n las comedias burlescas c o m o se p u e d e observar e n Las mocedades del Cid en la que se repite en v a rias ocasiones. D i a n a e n los vv. 1 6 0 2 - 1 6 0 9 se sorprende ante la m i s m a c o n d i c i ó n otorgada p o r su padre: DIANA

¿ Q u é soy, padre?

CONDE

CINTIA

¿ Q u é ? Doncella de todos cuatro costados. Eso sí. ¡Pléguete Cristo! Jesús, y q u é honor tan alto! Diana, ¿doncella eres

DIANA

y estabas así callando? S Í , prima, para que veas

POLILLA LAURA

en el riesgo que me hallo. L o s desmayos que sufren las damas

9

e n las comedias «serias» d e b i -

d o a la t e n s i ó n d e l enredo se subvierte en el g é n e r o b u r l e s c o d a n d o así escenas hilarantes para el espectador c o m o la que tiene lugar e n los vv. 2 0 9 6 - 9 9 : DIANA

Fuese (¡pero m a r c h ó (¡yo ¡Si ahora no me había de

esto es rabiar!), muero de tos!) mirara a Dios desmayar!

Las alusiones obscenas y la t e r m i n o l o g í a grosera f o r m a n e n esta c o m e d i a , al igual que o c u r r e c o n el g é n e r o , u n apartado d i g n o de m e n c i ó n c o n u n gran n ú m e r o de pasajes que ejemplifican a la p e r f e c c i ó n el á m b i t o en el que se maneja la c o m e d i a burlesca.

Recordemos algunas comedias burlescas en las que se dan desmayos de damas: Céfalo, vv. 720-29 y 1148-52; Durandarte, vv. 1030-33; Olmedo, vv. 969-1019; Renegada, vv. 921-36 y Angélica, vv. 1132-36. 9

INTRODUCCIÓN

227

E n c u a n t o a las referencias sexuales, el texto da m u c h o de sí d e b i d o , sobre t o d o , a la a b u n d a n c i a de pasajes d i l ó g i c o s que e n c i e r r a n u n significado e r ó t i c o . L o s e s c a t o l ó g i c o s t a m b i é n a b u n d a n : «antes que 1 0

a su a m o r m o v e r m e / a c o r r e n c i a c o n o c i d a » (vv. 3 7 9 - 8 0 ) , « N o ha de p o d e r dar m i i n g e n i o / en l o que este pujo estriba» (vv. 4 1 5 - 1 6 ) , etc. Valga c o m o e j e m p l o de escena grotesca la siguiente: CARLOS POLILLA CARLOS POLILLA

CARLOS

POLILLA

CARLOS

¿Es tu gusto que los diga? Sí. Pues m é t e m e los dedos. Grande asco te han de dar, que están sucios con exceso. ¡Mira q u é tacha! C o n eso me provoco yo a parlar. Pues meto este dedo así. Métele los dedos. Aprieta.

POLILLA

Espérate un poco, ¿provocas?

CARLOS

Sí, ya provoco. Echa un gargajo. ¿ Y q u é es de ello?

POLILLA CARLOS POLILLA

Velo aquí. Eso es gargajear con mengua. que nada tu mal declara, (vv. 15-26)

A n i m a l i z a c i o n e s y cosificaciones se reiteran, y l o m i s m o , c o m o en otras comedias, los insultos y alusiones satíricas, disfemismos, y en general todos los recursos d e l «bajo estilo» c a r a c t e r í s t i c o d e l g é n e r o , c o n sus frases hechas, refranes y expresiones que son de g r a n i m p o r t a n c i a en El desdén, con el desdén para observar el proceso d e g r a d a t o r i o de los personajes que, p e r t e n e c i e n d o a la n o b l e z a , u t i l i z a n en su discurso f o r mas propias d e l v u l g o o i n c l u s o e x t r a í d a s d e l á m b i t o de la d e l i n c u e n c i a ; así e n c o n t r a m o s : «sin saber c ó m o n i c u á n d o » (v. 64); « e n t r a r en la d a n z a » (v. 175); « e r r e que erre» (v. 355); «dar a unos y otros p a pilla» (v. 376); « m a n o s a la o b r a » (v. 826); « v u e l v o a mis trece» (v. 866); « a q u e l que calla, o t o r g a » (v. 1344); «vale m i a m o l o que pesa» (v. 1356);

1,1

Ver notas al texto.

EL DESDÉN,

228

CON EL

DESDÉN

« e s p u l g a r u n galgo» (vv. 1380 y 1767); «¡Andallo!» (v. 1398); « e c h a n do el bofe» (v. 1443); «a t o d o t r a p o » (v. 1661); « c o n la m ú s i c a a otra p a r t e » (v. 2007); «a ojo de b u e n c u b e r o » (v. 2043); « a g u a n t a r la m e cha» (v. 2 2 4 5 ) . . . E n esta c o m e d i a , al igual que en las d e m á s , son p o c o s los datos e x p l í c i t o s que se nos dan sobre la c o m i c i d a d e s c é n i c a , pero p o d e m o s apuntar a l g ú n detalle. A b u n d a n las expresiones « r i d í c u l o » o « r i d i c u l a m e n t e » para referirse a la vestimenta de los personajes: «Salen

Carlos y

Polilla

con traje ridículo» (acot. inicial) y « Vanse y salen con trajes ridículos

Diana,

Cintia,

Laura, acompañamiento

y música» (acot. a v. 603); m á s c o n -

creta es la referencia que se hace al c o n d e de B a r c e l o n a : « Vanse y sale el conde de Barcelona lloroso, en almilla y calzoncillos»

(acot. a v. 2 4 6 2 ) . Las

peleas, los golpes, las persecuciones y los m o v i m i e n t o s descompuestos son frecuentes: en los vv. 7 6 7 - 7 4 la pelea entre los condes de B e a r n e y de F o x llega a su m o m e n t o c u l m i n a n t e : BEARNE

Fox

TODOS BEARNE

DIANA CONDE

A toda priesa venid, que ya es ocasión; matadme luego a traición. ¿A traición? Pues t ó m a t e esa. Dale una cuchillada, cae dando voces, alborótame todos y salen Diana y Polilla. ¡Traición! ¡Ay, cielos divinos, que me ha muerto! ¿ Q u é hubo aquí? Dos príncipes que por ti se matan como cochinos.

E n cuanto al aspecto m u s i c a l , El desdén, con el desdén b u r l e s c o p o see varios pasajes cantados, y todos ellos sirven de respuesta j o c o s a a alguna a p r e c i a c i ó n de D i a n a . L a a b u n d a n c i a de disparates, c o n t r a d i c c i o n e s , t a u t o l o g í a s , p e r o g r u lladas y otro t i p o de rupturas de la l ó g i c a y de todas las c a t e g o r í a s de j u e g o s de palabras hace i n n e c e s a r i o ejemplificar a q u í este recurso b á sico d e l g é n e r o que constituye el c i m i e n t o de todas las piezas que estamos editando. D e todas formas r e m i t o a las notas al texto d o n d e se v a n c o m e n t a n d o los casos m á s relevantes.

NOTA

TEXTUAL

El desdén, con el desdén, burlesca, se e d i t ó en u n a suelta, p u b l i c a d a al parecer en 1744. H e manejado el ejemplar que se encuentra en la B i b l i o t e c a N a c i o n a l de M a d r i d c o n la signatura T 6 3 6 1 . Es el ú n i c o t e s t i m o n i o c o n o c i d o , l o que hace o b l i g a t o r i o t o m a r l o c o m o base de m i e d i c i ó n , a la que a p l i c o los criterios generales que r i g e n toda nuestra serie.

SINOPSIS

MÉTRICA

Jornada I Versos

Forma métrica

Núm. de versos

1-68

redondillas

68

69-430

romance í-a

362

431-674

redondillas

244

675-678

seguidilla

4

679-946

redondillas

268

Total

946

J o r n a d a II Versos

Forma métrica

Núm. de versos

947-1108

romance -á

162

1109-1404

redondillas

296

1405-1529

quintillas

125

1530-1707

romance á - o

178

1708-1711

seguidilla

4

1712-1791

redondillas

80

Total

845

J o r n a d a III Versos

Forma métrica

1792-2183

redondillas

392

2184-2413

romance é-a

230

2414-2517

redondillas

104

2518-2547

décimas

30

2548-2667

redondillas

120

Total

Núm. de versos

876

232

EL DESDÉN, CON EL Forma

Jörn.

I

DESDÉN

Jörn.

II Jörn.

III

Total

métrica Romance

362

340

230

Redondillas

580

376

616

1572

30

30

Décimas Quintillas Versos sueltos Porcentajes

4 Jörn.

I

932

125

125

4

8

Jörn.

II Jörn.

III

Total

Romance

38,26

40,23

26,25

34,94

Redondillas

61,31

44,45

70,31

58,94

Décimas

3,42

Quintillas Versos sueltos

0,42

1,12

14,79

4,68

0,42

0,29

EL CON

DESDÉN, EL

COMEDIA

DESDÉN BURLESCA

ESCRITA POR

U N INGENIO D E ESTA

CORTE.

H a b l a n e n ella: Carlos, conde de Urgel. El conde de Barcelona. El príncipe Diana, Cintia, Laura,

de Bearne.

princesa. dama. dama.

El conde de Fox. Polilla, gracioso. Dos embajadores. Música,

criados y

JORNADA

acompañamiento.

PRIMERA

Salen Carlos y Polilla con traje ridículo. POLILLA

N u n c a tan triste te v i , ¿ q u i é n te p u d o disgustar?

CARLOS POLILLA

U n pesar. ¿ Y ese pesar es m u y grande?

Acot. inicial con traje ridículo: la comicidad de situación, en esta ocasión el vestuario grotesco, contribuye de una manera especial a provocar la risa del público en las comedias burlescas, como ya hemos visto otras veces.

234

EL DESDEN,

CON EL

Así, así.

CARLOS POLILLA

DESDEN

Terribles m e l a n c o l í a s h a c e n pesados tus tratos. ¡ N o hay q u i e n te o i g a algunos ratos!

CARLOS

Las damas t e n e m o s días.

POLILLA

T ú estás m a l o . Sí, ¡ p o r C r i s t o !

CARLOS POLILLA

Pues n o desmaye t u aliento.

CARLOS

T e n g o entre m í u n s e n t i m i e n t o

10

de l o b u e n o que h a b r á s visto. POLILLA

D e c l á r a m e ya los m i e d o s de tan furiosa fatiga.

CARLOS

¿Es t u gusto que los diga?

POLILLA

Sí.

CARLOS POLILLA

15

Pues m é t e m e los dedos. G r a n d e asco te h a n de dar, que e s t á n sucios c o n exceso.

v. 8 Las damas tenemos días: disparate ya que Carlos no es una mujer y puede hacer referencia a los tan mentados cambios de humor provocados por el ciclo menstrual; tener días es una «Frase c o m ú n con que se explica la desigualdad del ánimo, en el trato, en el natural y comercio, mudándose de afable a seco, de gracioso a severo. Lo más c o m ú n es aplicarse a la hermosura» (Aut); cfr. Olmedo, vv. 1 1 3 1 - 3 4 : « D O N A L O N S O : ¿Cómo, si ayer me querías, / por un sueño mal dispuesto / hoy me olvidaste tan presto? / D O Ñ A E L V I R A : Las hermosas tienen días». v. 1 6 méteme los dedos: dilogía en la que por un lado es «Frase con que se explica la habilidad, industria y artificio de que alguna persona se valió para sacarle a otra lo que ocultaba en su pecho y deseaba saber» (Aut), y por otro al 'gesto que se realiza para provocar el vómito'; para la primera acepción cfr. Darlo todo, vv. 2 4 3 1 - 3 3 : « D I Ó G E N E S : Vaya, que meto los dedos. / ¿Tú a Campaspe no idolatras? / ¿No te ofende?»; para el significado vomitivo, Hermosura, acot. a v. 2 1 : «Métese los dedos y vomita». vv. 1 7 - 1 8 La suciedad de los dedos tanto de las manos como de los pies se considera un chiste escatológico tópico en el género burlesco; cfr. Castigar, vv. 9 3 0 - 3 1 : «Beso vuestros pies mil veces, / aunque estén sucios los dedos».

TEXTO DE LA COMEDIA CARLOS

¡ M i r a q u é tacha! C o n eso m e p r o v o c o y o a parlar.

POLILLA

POLILLA

20

Pues m e t o este d e d o así. Métele

CARLOS

235

los dedos.

Aprieta. Espérate u n poco, ¿provocas?

CARLOS

S Í , ya p r o v o c o . Echa un gargajo.

POLILLA CARLOS POLILLA

¿ Y q u é es de ello? Velo aquí. E s o es gargajear c o n m e n g u a ,

25

que nada t u m a l declara. CARLOS

¡ O h , P o l i l l a ! Y o te hablara si m e buscaras la l e n g u a .

POLILLA

C u a n d o e n B a r c e l o n a estás, c u a n d o confuso te irritas,

30

c u a n d o el sosiego m e quitas, c u a n d o a B e r c e b ú te das, c u a n d o pierdes t u a l e g r í a , ¿ n o m e dirás, si te place, de d ó n d e d e m o n i o s nace

35

t u grande m e l a n c o l í a ? Y o que te v i , g r a n s e ñ o r ,

v. 19 ¡Mira qué tacha!: «Frase con que por antífrasis se pondera la especial bondad o calidad de alguna cosa, que con singularidad conduce para su estimación o aprecio» (Aut); disparate grotesco por el que le produce cierto agrado ver los dedos de ese modo. v. 20 parlar. «Vale también revelar y decir lo que se debía callar o no hay necesidad de que se sepa» (Aut). v. 28 buscaras la lengua: hace referencia a la expresión literal 'músculo de la boca' ya que le ha metido los dedos en la boca, y también a la metafórica que «se toma también por lo mismo que se habla con ella» (Aut).

236

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

gozoso, i n v i c t o y h o n r a d o , ¿te he de m i r a r tan trocado? CARLOS POLILLA

A h í v e r á s l o que es a m o r .

40

¿ A m o r , t ú ? N a d a m e obliga la v o z que a tu l a b i o sale, y así n o te creo.

CARLOS

Dale, ¿ n o basta que y o l o diga?

POLILLA

P u d i e r a bastarme o í r l o

45

si t ú quisieras c o n t a r l o . CARLOS

¿Yo tal error? N o he de hablarlo.

POLILLA

¿ P u e s q u é has de hacer?

CARLOS

Referirlo. (Aparte.)

(Fuerza es que haya de saber

t o d o el caso p o r extenso;

50

n o decirle nada pienso.) E s c u c h a sin atender. POLILLA CARLOS

B i e n está. M i r a que m a n d o que n o apliques el o í d o .

POLILLA

Y o m e h a r é el d e s e n t e n d i d o

55

a c u a n t o fueses hablando. D i ya t u m a l . CARLOS

¡Ay, P o l i l l a ! Las ansias m e t i e n e n m u d o .

POLILLA

D i l o y te d a r é u n escudo de las armas de la v i l l a .

60

v. 39 trocado: trocarse significa «Mudar el genio, natural u costumbre, siguiendo distinto modo de vida que el que se llevaba» (Aut); y trocar es Vomitar'; hay dilogía. v. 43 Dale: dar en este contexto «se toma asimismo por empeñarse porfiadamente en ejecutar o no alguna cosa» (Aut). v. 59 escudo: dilogía con los significados de 'dinero' y 'emblema heráldico' cfr. El hermano, vv. 1426-28: «Dotáronla sus parientes, / y todo el dote me dieron / en escudos de linajes».

TEXTO DE LA COMEDIA

CARLOS

L a oferta m e va o b l i g a n d o . No

POLILLA

237

sé c ó m o entre a la idea.

D í m e l o t ú , y mas que sea sin saber c ó m o n i c u á n d o .

CARLOS POLILLA CARLOS POLILLA

¿ L o digo? ¿A q u é aguardas? Sí.

65

A t i e n d e al caso. Y a atiendo. D e s p a c i t o , y ve d i c i e n d o c o m o que sale de t i .

CARLOS

Y a sabes c ó m o e n Getafe, m e d i a legua de la C h i n a

70

p o r la parte o c c i d e n t a l , de T e t u á n cuatro millas, c i u d a d a d o n d e los h o m b r e s son a la m a n e r a m i s m a que la g r a n naturaleza

75

c o l m a d a de maravillas para a d m i r a c i ó n d e l m u n d o los h i z o e n Parla y O l í a s . . . M a s dejando estos portentos que m á s que sirven a d m i r a n ,

80

que ofuscan m á s que aprovechan

v. 63 mas que: 'aunque'. vv. 69-72 Tanto la mención de lugares cercanos y conocidos como la de lejanos y exóticos es un fenómeno habitual en el género burlesco. v. 78 en Parla y Olías: Parla es un pueblo situado en las cercanías de Madrid; cfr. Céfalo, vv. 441-44: «destas que, velando siempre, / duermen en Valdevelada, / y comiendo en Buenavista, / van a merendar a Parla»; Olías del Rey es villa de Toledo. Pueblo famoso en el folclore por su novia y por su perro. Calderón, Mañana será otro día: «Ser lo del perro de Olías, / que por hallarse en dos bodas, / fue a Cabañas con gran prisa, / y en llegando habían comido, / y volviéndose a su villa, / habían comido también»; «Creo vienes a ser / como la novia de Olías; / que como los que estuviesen / a la mesa de la boda / entre la comida toda / el arroz encareciesen, / respondió muy a deshora / con baja y humilde voz: "yo soy quien hizo el arroz, / aunque indina pecadora"», citados por Chevalier, 1978, pp. 69-70.

238

EL DESDÉN, CON EL

DESDÉN

tu oreja y m i narrativa, p r o s e g u i r é menos culto. Y a sabes que en esa v i l l a n a c í p r í n c i p e famoso

85

y de gente c o n o c i d a , p o r q u e a u n q u e c o n d e , a D i o s gracias, n o m e he m u e r t o y t o d a v í a p u e d e parecer delante de c u a l q u i e r a m i familia.

90

A n t e s , pues, que a B a r c e l o n a (pueblo d o n d e el m o s c o v i t a se deleita p o r las noches t o m a n d o el sol c o n sus hijas a cuatro pies ambos dos)

95

nos p a r t i é s e m o s c o n prisa, sabes ya c ó m o s u p i m o s que a D i a n a , h e r m o s a n i n f a de las riberas d e l Tajo, con todo e m p e ñ o servían

100

dos condes c o m o dos diablos c o n tan ardiente fatiga c o m o p u d i e r a n dos gatos atisbar u n a m o r c i l l a . Pretendientes declarados

105

v. 98 Diana, hermosa ninfa: la lectura de Diana debe hacerse con diéresis. E n lo sucesivo me limito a marcar la diéresis en el texto, sin anotación a pie de página; ninfa hace referencia a la «Prostituta tributaria de un rufián» (Léxico); cfr. Quevedo, P O , n ú m . 539, vv. 3-4: «la ninfa Dafne que se afufa y calla, / si la quieres gozar, paga y no alumbres»; además parece un eco de la tercera égloga de Garcilaso de la Vega, Poesía castellana completa, pp. 122-23, vv. 65-72: «Con tanta mansedumbre el cristalino / Tajo en aquella parte caminaba / ... / Peinando sus cabellos de oro fino, / una ninfa, del agua, do moraba, / la cabeza sacó, y el prado ameno, / vido de flores y de sombra lleno». v. 101 como dos diablos: «Locución adverbial figurada y familiar. Excesivamente, demasiado» (DRAE). vv. 103-104 como pudieran dos gatos / atisbar una morcilla: símil grotesco; la afición de los gatos por las morcillas aparece muy documentada en Correas, núms. 14482, 14588 y 14589: «Mío, dijo el gato a las morcillas», «Morcilla que el gato lleva, gandida va» y «Morcilla que lleva el gato, tarde vuelve al garabato».

TEXTO DE LA COMEDIA

239

de su fealdad d i v i n a se o c u p a n en sus obsequios, y h a c i e n d o sus hechos cifras de sus pasiones, se andan d a n d o p o r esas esquinas.

110

Y o , v i e n d o que aquestos h o m b r e s a su belleza se i n c l i n a n , que a b o r r e c e n su donaire, que adoran su p o r q u e r í a , que balan p o r sus pedazos,

115

que p o r sus migajas b r i n c a n y, testarudos de amor, solo p o r la g o l o s i n a de e n m a r i d a r la p e r s i g u e n , la a c o m e t e n y la sitian,

120

q u i s e . . . ( a q u í te he menester c o n a t e n c i ó n divertida, m á s discreto y m á s sutil para que nada concibas), quise te v u e l v o a d e c i r . . .

125

(¡oh, c o n q u é pesares l i d i a el h o m b r e que tiene h a m b r e y n o c o m e al m e d i o d í a ! ) , quise seguir sus aplausos. P e n s a r á s que fue c o d i c i a

130

de alcanzar su blanca m a n o p o r m i r a r l a esclarecida princesa de aqueste r e i n o y heredera de sus v i ñ a s . v. 110 dando por esas esquinas: dar contra una esquina «Además del sentido literal, por translación significa obrar contra razón» (Aut). v. 121 divertida: divertir quiere decir «Apartar, distraer la atención de alguna persona para que no discurra ni piense en aquellas cosas a que la tenía aplicada, o para que no prosiga la obra que traía entre manos» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 1383-86: «como vi sus malos tratos / y que hacían sinrazones, / fui por veinte mil ratones / para divertir los gatos»; Castigar, vv. 2039-40: «Pero dime, ¿qué decías? / Porque divertida estaba». v. 134 heredera: chiste dilógico en el que significa 'el que adquiere por testamento' y «Se llama también el cosechero de vino» (Aut); ambas acepciones cam-

240

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

¿ P e n s á o s l o ? : n o l o nieges

135

c u a n d o así l o verifica tu s u s p e n s i ó n . ¿ P e n s a r a s l o ? : pues tenlo p o r cosa fija. E n t r é , pues, en B a r c e l o n a ; vila haciendo u n vientre u n día,

140

p o r q u e t a m b i é n hacer vientres en B a r c e l o n a se estila. C o n c e d i ó m e esta f o r t u n a una rasgada c o r t i n a que, t r e m o l a d a d e l v i e n t o ,

145

u n resquicio c o n c e d í a , p o r d o n d e la v i en el soto tras u n j a b a l í p e r d i d a . E r a u n a belleza h o r r i b l e c o n muchas partes de l i n d a

150

que andaban a p u t o el postre. E n r i q u e c e de e n g a ñ i f a s el desvergonzado frontis de sus nevadas mejillas. N ó t e l a entre otros donaires de su c o n d i c i ó n

155

inicua

ser u n tanto c u a n t o l o c a ,

bian radicalmente el contenido del pasaje; en el género burlesco es frecuente encontrarnos con damas que desempeñen labores tan bajas como la de cosechera. Incluso puede aludir a su excesivo gusto por el vino por la referencia a las viñas. v. 140 haciendo un vientre: puede hacer referencia a 'preparar el vientre de un animal para ser cocinado posteriormente'; es una dama mondonguera, habituales en las comedias burlescas. Señalo, también, la posibilidad de que esté jugando con la expresión hacer de vientre. v. 141 porque: encontramos en el texto base «porqne». v. 151 a puto el postre: «Frase adverbial con que se explica la forma de huir con priesa, aceleradamente y con precipitación. Es modo de hablar vulgar» (Aut); cfr. Céfalo, vv. 1264-66: «Todos habéis de temblar / a puto el postre, que empieza / mi cólera a enfurecerse». v. 156 tanto cuanto: «Dícese por algo» (Correas, n ú m . 21.936); cfr. Comendador, vv. 911-12: « C O M E N D A D O R : ¿Qué tanto me quieres? / C A S I L D A : Mucho; / quiérate tanto más cuanto»; Angélica, vv. 1043-44: «¿Es muerto don Roldán? ¿Fuese a la mesta? / que me tiene confuso un tanto cuanto».

T E X T O DE LA COMEDIA

241

desatenta, vengativa, grosera, sucia, tirana, zurda, m a n c a , coja y bizca,

160

hermosura Mari-dengues, t a m b i é n hallada e n la i n d i g n a p o s e s i ó n de sus desdenes que en su g e n i o se a d v e r t í a n p o r d e t r á s y p o r delante,

165

p o r abajo y p o r arriba, las tibiezas a millares y a m o n t o n e s las desidias. L a o c a s i ó n de haber m i r a d o esta beldad, d o n d e estriba

170

u n n o sé q u é tan helado que m e tiene el alma frita, c u a n d o estos p r í n c i p e s fatuos p o r pillarla se descrisman,

vv. 157-60 Pasaje en el que se describe una dama completamente grotesca; zurda connotaba 'persona malvada', y era considerada de mal agüero; cfr. Darlo todo, vv. 843-53: «te pido por Dios que mandes / [...] / que me adore un zurdo, y que / por el vicario me saque, / que es la desdicha mayor / en mujeres de mis partes»; Constante, vv. 1812-14: «¡Que en eso des! / Más quisiera a un calabrés, / a un zurdo, a un calvo y a un tuerto»; manca, coja y bizca son figuras ridiculas en la época; cfr. Castigar, vv. 91-94: «¿Qué sirve, oh, muerte, que estires, / sin licencia, el arco corvo, / si castigas corcovados, / tullidos, mancos y cojos?». v. 161 Mari-dengues: nombre creado jocosamente al estilo de los personajillos folclóricos, para expresar que es una mujer con muchos dengues: «Melindre mujeril que consiste en afectar damerías, esguinces, delicadezas, males y a veces disgusto de los que más se suele gustar» (Ant). vv. 167-68 Construcción paralelística en forma de quiasmo; tibieza «Metafóricamente vale por fervor o actividad, descuido u negligencia» (Aut). v. 171 un no sé qué: la confusión que provoca todo lo concerniente a los sentimientos es tópica en la lírica seria; cfr. Quevedo, P O , n ú m . 854, vv. 53-54: «El no sé qué de su cara / me tiene a mí no sé cómo»;Vélez de Guevara, Serrana, vv. 2038-39: «del no sé qué que se dice / que se alcanza por ventura»; El hermano, vv. 322-24: «Chocolate no le como, / porque tiene un no sé qué, / que a mi sastre le hizo romo». v. 172 me tiene el alma frita: tener frito significa «Mortificar pesada e insistentemente» (DRAE); alude a la pesadumbre que le provoca el haberla visto; nótese la antítesis creada con los términos helado (v. 171) y frito. v. 174 descrismar: significa «perder la paciencia y la mesura» (DRAE).

242

EL DESDEN,

CON EL

DESDEN

m e e m p e ñ ó a entrar en la danza

175

p o r ver en l o que v e n í a a parar tanta tiesura, c o n la eficaz persuasiva de r e n d i m i e n t o s y aplausos que son de a m o r golosinas

180

c o n que p o r l o regular la m á s d e s d e ñ o s a h o c i c a . P o r fin en todas las fiestas que c o n raras inventivas de gansos, toros y c a ñ a s ,

185

m á s c a r a s y academias, el de F o x y el de B e a r n e la ofrecieron, se a d v e r t í a m i h a b i l i d a d ventajosa

v. 175 entrar en la danza: «Frase con que se explica que alguno se entremete en un negociado, es uno de los que entran en él» (Aut); cfr. Amor, ingenio y mujer, vv. 1713-17: «Pues basta / por agora, basta, hija, / que traes luto y no conviene / vestirte de matachina / hasta que entre otro en la danza»; con sentido dilógico 'bailar' y el aportado en nuestro pasaje. v. 177 tiesura: «Gravedad excesiva o con afectación» (DRAE). v. 182 hocica: hocicar «Translaticiamente vale tropezar o caer en algún yerro u disparate, por capricho y no querer tomar consejo» (Aut); es decir, que con los recursos que él utiliza, hasta la dama más desdeñosa se rinde a sus encantos. vv. 185-86 gansos, toros y cañas, / máscaras y academias: la fiesta de gansos era un juego que se practicaba en Carnestolendas, y lo hacían «atándole en una soga en medio de la calle; los que pasan corriendo procuran arrancarle el pescuezo, y como está bien trabado suele a veces arrancarlos él de la silla» (Cov); cfr. Espinel, Marcos de Obregán, I, p. 244: «Quisieron hacer al Marqués una fiesta de gansos, poniéndolos atados entre los dos maderos de la puerta de la pesquera»; toros alude al toreo de a caballo, en una especie de rejoneo, que practicaban los nobles; las cañas, por otra parte, era un torneo en cuadrillas de caballeros en las que utilizaban cañas en vez de lanzas. Ver para más detalles sobre estas fiestas Deleito y Piñuela, 1954, pp. 105-11. Cfr. El hermano, vv. 1104-107: «Córranse toros y cañas, / y dadme, por Dios, hermanos, / para ayuda de enterrar / este zamarro»; máscaras «Significa asimismo la invención que se saca en algún festín, regocijo o sarao de personas que se disfrazan con máscaras» (Aut) y también «Festejo de nobles a caballo, con invención de vestidos y libreas que se ejecuta de noche con hachas, corriendo parejas» (Aut); academia «Latamente se llaman así a las juntas literarias o certámenes que ordinariamente se hacen para celebrar alguna acción grande» (Cov); hay un desplazamiento acentual jocoso.

TEXTO DE LA COMEDIA hasta n o m á s , que esta d i c h a

243 190

la d e b í a el h a b e r m e hallado tan diestro e n la t e o l o g í a . Sonrojados de mis triunfos ( c o m o entre todos salían mis ardides m á s airosos,

195

mis acciones m á s jarifas), d i j e r o n : « ¡ C o n d e de U r g e l , d i c h o s o eres! ¡Vive C r i b a s , que merece t u arrogancia y tu discreción divina

200

c i e n docenas de patadas o e n su defecto u n a mitra!» « M u c h o m á s m e r e z c o » , dije, « q u e si el lance m e precisa a n o haber de hallar m á s p r e m i o s

205

que u n a tibieza, h a b r á d í a e n que salga el sol m á s claro y c o n o z c a esa e n e m i g a que soy q u i e n soy y que tengo u n c u ñ a d o y cuatro tías».

210

C o n esto, el p u e b l o alterado

v. 190 hasta no más: «Frase adverbial ponderativa con que se significa el exceso en comer o beber u otra cosa semejante» (Aut). v. 196 acciones más jarifas: alude a 'sus movimientos más vistosos, adornados'; cfr. Castigar, vv. 43-44: «Salid, ¿qué os detenéis? Salid, retrato, / del chulo más jarifo y más ingrato». v. 198 Vive Cribas: juramento germanesco; eufemismo por «Vive Cristo»; cfr. Quevedo, PO, n ú m . 768, vv. 1-2: «Vive cribas, que he de echar / aunque les pese, la loa»; y n ú m . 859, vv. 1-2: «Con mil honras, ¡vive cribas!, / me llaman M a r i Pizorra». v. 202 mitra: «Llaman vulgar, impropia e indignamente a la coroza que se pone a los hechiceros y otros delincuentes» (Aut); cfr. Castigar, vv. 1080-83: «Mi miedo sin fuego hierve, / hoy me empluman y hoy me enmielan, / y mañana me dan mitra / en la sala de hechiceras». v. 208 esa enemiga: expresión utilizada para designar a la amada desdeñosa que resulta tópica dentro del código del amor cortés y neoplatónico. v. 209 soy quien soy: tópico del «Soy quien soy», por el que el pertenecer a la nobleza llevaba consigo una serie de cualidades morales elevadas y un decoroso modo de comportamiento y que ya queda anotado.

244

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

v i c t o r i o s o m e apellida, la g l o r i a m e da la plebe, y hecha una carnecería la plazuela de Palacio,

215

era u n a cosa de risa. V i e n d o ya el t r i u n f o en m i m a n o , los que el valle d i s c u r r í a n de placer se descalabran, saltan, c o r r e n , b a i l a n , b r i n c a n ,

220

y solo D i a n a estuvo sin moverse de la silla, y esto c o n tan g r a n pereza que p a r e c i ó que se h a b í a n transformado en sus acciones

225

todas las esencias quintas, de las pandorgas, las simples, las poltronas y las tibias, que p o r l o c o m ú n son gente en cuyos labios habita

230

el « v e n g a l o que v i n i e r e »

vv. 214-15 hecha una carnecería / la plazuela de Palacio: la plazuela de Palacio era una de las plazas más limpias de Madrid; de ella da noticia Herrero, 1963, p. 408 aludiendo a un pasaje del Saínete de la calle de San Pedro: «La nariz que al semblante / perfeccionada, / plazuela de Palacio / por lo aseada» y a un texto de Zapata: «La Plaza Mayor fue después mucho más monumental, pero no más aseada que la de Palacio». v. 226 esencias quintas: quinta esencia «Se llama lo más puro y acrisolado de la cosa, y comúnmente se llaman así las substancias apuradas mediante el calor y el fuego: como quinta esencia del vino y de otros géneros y especies» (Aut); cfr. Quevedo, Prosa festiva, p. 435: «Y guárdate de quemar metales y sacar quintas esencias, que harás del oro estiércol y no del estiércol oro». vv. 227-28 de las pandorgas, las simples / las poltronas y las tibias: pandorga «En estilo festivo y familiar se llama la mujer muy gorda, pesada, dejada y floja en sus acciones» (Aut); poltrón se aplica al hombre «Flojo, perezoso, haragán y enemigo del trabajo» (Aut); tibia «Metafóricamente vale flojo, descuidado y poco fervoroso» (Aut). E l rasgo común a todos estos términos es la pereza o vagancia. v 231 «venga lo que viniere»: aquí más que «Frase con que se da a entender la resolución u determinación en que se está de emprender u ejecutar alguna cosa, sin recelo del peligro u riesgo del éxito próspero u adverso» (Aut) indica la indiferencia del poltrón, que se resigna a lo que le caiga. Lo mismo las otras muletillas.

T E X T O DE LA COMEDIA

245

el « q u é i m p o r t a » y el « n o i m p l i c a » . C o n la q u i e t u d y silencio que aquella b u l l a ofrecía q u e d ó dormida Diana

235

sobre la cama tendida, cosa c o m ú n en c u a l q u i e r a que sin m e r i e n d a c a m i n a . Pero a q u í entra de m i m a l la triste, infausta n o t i c i a :

240

apenas se v i o acostada, c o m o ya es c o s t u m b r e antigua el s o ñ a r cuanto se hace en el discurso d e l d í a entre las negras fantasmas de M o r f e o

245

denegridas,

e m p e z ó ( ¡ n o t a b l e espanto!) a d e c i r (¡grave fatiga!): « ¿ C ó m o p u e d o (¡ay de m í , triste!) tolerar (¡estrella i m p í a ! )

250

estos amores (¡yo muero!) si el h a d o ( ¡ f o r t u n a esquiva!) dispone ( ¡ t e r r i b l e ahogo!) que en aquella obscura m i n a que se advierte en el r i n c ó n

255

de aquel cofre (¡estoy sin vida!) se haya de depositar en verano el agua fría? P r i n c e s a n a c í , esto es cierto, y p o r eso m e precisa la suerte a m e t e r m e

260 fraile.

D i o s m e llama; esta es la l í n e a que d e b o seguir, y vayan

vv. 245-46 entre las negras fantasmas / de Morfeo denegridas: Morfeo es uno de los ministros del dios Sueño y se ocupa de la vigilancia de la habitación donde descansa dicho dios, para impedir que se produzca en sus cercanías el más leve ruido; denegridas significa 'oscurecidas o ennegrecidas'; el color negro se relaciona con el Sueño, ya que, según los poetas, dicho dios vivía en un palacio con un lecho de ébano (especie de madera negra y lisa) rodeado de cortinas negras.

246

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

los n o v i o s a tirar t r i p a » . E s t o c o n v o z lastimosa

265

allá entre s u e ñ o s d e c í a , c u a n d o al r u i d o i m p e n s a d o de u n a m o n t a ñ a v e c i n a que l i n d a b a c o n la c a m a d e s p e r t ó despavorida,

270

sin a c c i ó n el m o v i m i e n t o , sin uso o rueca la vista, q u e b r a d o el c o l o r y cuasi l o m á s de la faz h e n d i d a . Y o , entonces, que atento a t o d o

275

c u i d a d o s o estado h a b í a desde u n b a l c ó n rasgado que estaba e n u n a guardilla dentro de la m i s m a cueva, la dije: « C ó b r a t e ; m i r a ,

280

g r a n s e ñ o r a , que es d a ñ o s o beber m u c h a garapiña. T u padre es i n v i c t o c o n d e , t ú acaso serás su hija,

v. 264 tirar tripa: parece tener connotaciones obscenas. N o lo recojo en los repertorios de la época, pero con sentido obsceno se documenta hoy en regiones de Hispanoamérica. v. 272 uso: dilogía con el sentido 'huso' (que es un instrumento para hilar) de ahí la posterior utilización de rueca; cfr. Castigar, vv. 1044-49: « P R I N C E S A : Nada; / pero decidle que venga, / mas que en la trena no gusto / que entre con armas ni ruecas. / M A R I S C A L : ¿Entrará con husos? P R I N C E S A : S Í , / que andar al uso es prudencia». v. 278 guardilla: voz corrupta de buhardilla y que hace referencia a «la habitación que está contigua al tejado» (Aut). v. 282 garapiña: bebida helada consumida preferentemente en verano; cfr. El hermano, vv. 1602-603: «Es cosa muy regalada / garapiña con salsilla»; recordemos, además, que Calderón escribió un entremés titulado La garapiña. v. 284 tú acaso serás su hija: la duda acerca de la paternidad es empleada como elemento gracioso y ridículo en la comedia burlesca: Mocedades, vv. 165-72: « C O N D E : ¿Qué reputación os va / cuando yo su padre soy / y ella sin duda es mi hija / a falta de hijo varón? / R O D R I G O : ¿ S U padre? ¿Quién os lo dijo? / C O N D E : N O es para aquí esa quistión; / al R e y se lo preguntad, / que él por hija me la dio».

TEXTO DE LA COMEDIA y n o te cause e x t r a ñ e z a

247 285

o p i n i ó n tan exquisita, porque u n príncipe ocupado en materias de j u s t i c i a se aleja de h u m a n i d a d e s , pues m u c h o s ratos le q u i t a n

290

de la o c u p a c i ó n de padre dependencias m á s precisas.» R e s p o n d i ó m e : «Yo ya sé que soy hija de m i tía y q u e vos p o r vuestro padre

295

fuerais de m e j o r familia a n o haber sido varones vuestra h e r m a n a y vuestra p r i m a . M a s el decreto d e l h a d o n o es n i n g u n a c h i l i n d r i n a ,

300

n i y o m e p u e d o casar, a u n q u e i m p o r t a r a m i l vidas y trescientos m i l estados, sin coser esta m a n t i l l a . Idos, pues, que m e enfadáis.»

305

Y r e v o l v i e n d o la esquina me dejó hecho u n mameluco sin encontrar q u é decirla. D e este r i g o r , de esta i n j u r i a

v. 292 dependencias: término dilógico que significa tanto 'negocio, encargo' como «adherencia de parentesco por sanguinidad o afinidad» (Aut); para la segunda acepción cfr. Olmedo, vv. 627-30: «Por algunas dependencias / os suplico que os volváis, / y otra vez no me vengáis / con esas impertinencias»; este verso quiere decir que le quitan tiempo de su labor de padre otros 'hijos' u otras 'damas'. v. 300 chilindrina: «Cosa de poca entidad o ninguna substancia, fundada solo en apariencia o artificio» (Aut); cfr. Estebanillo, I, p. 273: «El padre, algo enojado de oírme decir chilindrinas en tiempo de tantas veras...». v. 304 mantilla: «La cobertura de bayeta grana y otra tela, con que las mujeres se cubren y abrigan: la cual desciende desde la cabeza hasta más abajo de la cintura» (Aut). v. 307 mameluco: «Necio, tonto, insensato y bobo. Es voz jocosa y de poco uso. Díjose así por alusión a los mamelucos de Egipto» (Aut).

248

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

tan ajena de m i altiva

310

c o n d i c i ó n (entre otras muchas venerables baratijas de m i autoridad) n a c i ó haber p r a c t i c a d o vivas diligencias de saber

315

si acaso es esto m o h í n a , a t o c i n a m i e n t o , rabia u otra c u a l q u i e r sabandija que c o n t r a m í se c o n j u r a para que a su a m o r m e r i n d a

320

o para que en su desprecio haga cosas n u n c a vistas; pero p o r u n e x p e d i e n t e que v i en su s e c r e t a r í a se m e i n f o r m ó p o r extenso

325

que está de a m o r tan ahita, tan m a l guisada, tan fuerte, que a todos los h o m b r e s m i r a c o n tal asco, que p r e s u m e echar de d e s d é n las tripas,

330

siendo tan genial en ella esta endiablada m o r r i ñ a , que n o ha sido n u n c a dable ver que hacia el favor se i n c l i n a , ya la solicite el d u q u e ,

335

v. 317 atocinamiento: atocinarse significa «Irritarse, enojarse con poca causa y porfiar tercamente con razón o sin ella. Es voz baja usada entre la gente vulgar, así en Castilla como en Aragón y otras partes» (Aut). v. 327 tan mal guisada: estar uno mal guisado «Vale estar desabrido y descontento» (Aut); cfr. Amor, ingenio y mujer, vv. 1835-37: «¡Tan mal guisado me tiene / esta hija el corazón, / y con tanta desazón...». v. 330 echar de desdén las tripas: echar las tripas «Es tener asco y de tal suerte que se le revuelva el estómago a uno y vomite» (Aut); cfr. Quevedo, PO, n ú m . 868, vv. 81-84: «tan aliñada de brodios / la vez que mondongoniza, / que lo que en las tripas echa / después hace echar las tripas». v. 332 morriña: «Vale también tristeza o melancolía; y así se dice, a fulano le entró la morriña» (Aut). v. 333 dable: «Fácil, hacedero, posible» (Aut).

249

T E X T O DE LA C O M E D I A ya el p o t e n t a d o la pida, ya la acometa el m a r q u é s o ya el v i z c o n d e la embista. M i r a n d o el viejo, su padre que es cosa suya esta hija

340

y que la tiene c a r i ñ o desde que era

chiquitica,

que los ruegos n o la v e n c e n , que las ansias n o la o b l i g a n , que los obsequios la apestan

345

y los servicios la oliscan, c o m o la c o r o n a advierte p o r su edad encanecida cerca de

descabezarse

y tan m a l segura y

fija

350

que c o m o a u n clavo c o l g a d o está de u n pelo p r e n d i d a , p o r ver seguro el estado que en tan m a l estado m i r a si D i a n a , erre que erre

355

en su d e s d é n , n o se aplica a el oficio de casada, los p r í n c i p e s llama y cita para que de n u e v o

emprendan

festejarla y aplaudirla

360

v. 346 servicios: chiste dilógico casi tópico en el género burlesco; se toma tanto por 'el acto de servir' como por 'orinal que sirve para los excrementos mayores', de ahí, la mención a oliscan; cfr. Darlo todo, vv. 743-45: «soldaditos o farsantes, / que representan servicios / que son necesidades»; Céfalo, vv. 1256-57: «¡Que / desprecie mis servicios / el rey de aquesta manera!»; Castigar, vv. 1269-70: «La mía daré yo por sumergida / en tu servicio». v. 347 corona: alude a la parte más alta de la cabeza, en este caso el pelo. v. 355 erre que erre: «Modo adverbial con que se explica el tesón, porfía y empeño que se tiene en alguna materia, y vale lo mismo que terca y porfiadamente» (Aut); cfr. El robo de Elena, vv. 642-46: «y cuando con bramidos / atronaba este monte y mis oídos / escarbando la tierra erre que erre, / como quien dice esta mujer me entierre, / empezamos los dos la escaramuza»; expresión todavía v i gente en el habla coloquial.

250

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

c o n t í t e r e s y saraos, mojigangas y visitas, p o r ver si acaso la v e n c e n las finezas repetidas, y ya que n o de o b l i g a d a

365

v i e n e a darse de m o l i d a , pues cansada de u n o s y otros a la p e r s u a s i ó n c o n t i n u a es cosa m u y regular que q u i e r a o se m a r c h e a Indias,

370

que c o m o allá es o t r o m u n d o p r o b a r á n b i e n las esquivas. E s t a n d o y o satisfecho de que es m a ñ a envejecida en esta i n f a m e m u j e r

375

dar a u n o s y otros papilla, p u d i e r a haberla e n v i a d o a el establo c o n las chinas, y antes que a su a m o r m o v e r m e

vv. 3 6 1 - 6 2 sarao: «Junta de personas de estimación y jerarquía, para festejarse con instrumentos y bailes cortesanos» (Aut); cfr. Quevedo, Sueños, p. 9 4 : «y los dados a vanidad y gula, con ser áspero el son, lo tuvieron por cosa de sarao o caza»; mojiganga: «Fiesta pública que se hace con varios disfraces ridículos, enmascarados los hombres, especialmente en figuras de animales» (Aut); cfr. Céfalo, v v 2 2 9 5 ¬ 2 3 9 7 : «y a su merecida muerte / sea pompa funeral / una grande mojiganga». v. 3 7 2 esquivas: «Desdeñoso, desapegado, zahareño y de genio retirado y poco agradable» (Aut); cfr. Renegada, v. 1 9 2 : «¡Ah, mujeres siempre esquivas!». v. 3 7 6 dar a unos y otros papilla: dar papilla significa «Metafóricamente vale cautela o astucia halagüeña para engañar a otro. Usase solo en la frase dar papilla» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 2 1 2 0 - 2 2 : «CAMPASPE:Y es mi amor... APELES: R e c i é n nacido. / CAMPASPE: Y te doy así... APELES: Papilla. / CAMPASPE: E S e n g a ñ o . ALEJANDRO: ES barbarismo»; Constante, vv. 1 9 0 9 - 1 2 : « Y apenas a las guardas doy un tiento / cuando los pasos siento / de esa tropa soez, ¡oh, gentecilla!, / que pretenden a Carlos dar papilla». v. 3 7 8 a el establo con las chinas: puede aludir a las prostitutas que frecuentaban los establos y caballerizas como lugar de encuentro con sus clientes; chinas significa «piedrecilla pequeña» (Aut); pero aquí tiene otro sentido (nótese la polisemia de china) poniéndolo en contacto con «Indias» (v. 3 7 0 ) ya que ambos hacen referencia a lugares exóticos, esto quiere decir, que 'ella quiere irse a las Indias y yo la envío con las chinas del establo'.

TEXTO DE LA COMEDIA a correncia conocida,

251 380

pero para que se vea que n o estoy e n m i camisa, la que antes m e pellizcaba h o y a u n n o m e hace cosquillas, y m e encanta c o m o fea

385

la que a b o r r e c í p o r l i n d a . ¡ O h , t e n t a c i ó n del demonio! ¡ O h , p a s i ó n ! ¡ Q u é m a l se fía e n amigos el que t e m e que le r o b e n o le p i d a n !

390

¿Yo p r i n g a d o de esta suerte? D i m e , deseo, ¿a q u é aspiras? ¿ E s t o es a m o r o es alforja? ¿ A q u e s t o es albarda o silla? N o , que si u n o u otro fuera

395

era forzoso haber c i n c h a . Sí, que al m o z o m u c h a s veces se le pasa o se le o l v i d a . N o p u e d e ser. ¿ E s t o es que y o estoy h e c h o u n a p o c i l g a

400

v. 380 correncia: «diarrea, flujo de vientre» (Aut); cfr. Quevedo, P O , n ú m . 737, vv. 57-60: «Pero el mísero Esguevilla / se corre y tiene vergüenza / de que conviertan las coplas / sus corrientes en correncias». v. 382 que no estoy en mi camisa: ¿Estás en tu camisa? es «frase que se usa siempre, preguntando como con alguna admiración, para reprehender o contener a alguno que va a hacer alguna cosa desatinada y fuera de propósito y equivale a lo mismo que decir: ¿estás en tu juicio?» (Aut). v. 391 pringado: pringar «Vale también tener parte en algún negocio u dependencia» (Aut); Carlos se lamenta por encontrarse en una situación nada deseable. v. 393 alforja: ¿Qué alforja? es expresión vulgar «con que se explica el hablar de alguna cosa con desprecio o enfado; por contarse la alforja entre las cosas vulgares o viles» (Aut). v. 394 albarda o silla: albarda alude al «aparejo que ponen a las bestias de carga para que puedan cómodamente llevarla y sin lastimarse el lomo» (Aut); silla hace referencia a 'la silla de montar'. Todas estas son imágenes animalizadoras. v. 396 cincha: «Lista ancha de cáñamo, lana o esparto con que se aprieta y asegura la silla o albarda a la cabalgadura» (Aut); cfr. Castigo, vv. 298-301: «Tal era el coraje / del bruto y la prisa, / que a fuerza de pechos / quebrantó las cinchas». v. 397 muchas: en el texto «muhas».

252

EL DESDÉN, CON EL

DESDÉN

de c a r i ñ o , y c o m o hay parte de caballeriza t r o p e z a n d o e n los granzones v e n g o a caer en la criba? T a m p o c o es esto; ¿ p u e s , q u é es?

405

¿ H a b e r m i r a d o u n a tibia, desatenta c o m o todas, h o r r i b l e c o m o ella m i s m a , y estar de pura a m b i c i ó n el deseo e c h a n d o chispas?

410

T a m p o c o es esto. ¿ P u e s y o tengo el talento e n cuclillas para i g n o r a r a esta h o r a d ó n d e m e aprieta la liga? ¿ N o ha de p o d e r dar m i i n g e n i o

415

en l o que este p u j o estriba? ¿Si e s t a r é l o c o este rato? P u e d e ser, n o es maravilla. Pero no, y o estoy e n m í si n o m e e n g a ñ a la vista.

420

C e r c a de a q u í m e o i g o hablar, pues m e tiento las rodillas. Sí, mas a u n q u e estoy en m í , tengo la c h u p a r o m p i d a .

v. 403 granzones: «El desecho de la paja que deja el ganado, ordinariamente en los pesebres, por ser lo más duro de ella» (Aut). v. 404 criba: «Lo mismo que cribo o harnero, y solo se diferencia en que tiene los agujeros mayores, y sirve para limpiar y acribar la paja y otras cosas» (Aut). v. 412 tengo el talento en cuclillas: expresión que significa figuradamente,'encogido, recogido'; cfr. Amor, ingenio y mujer, vv. 1607-12: «que yo fui a ver a mi padre / y a dejar fuiste la vida / en sus manos, por don Cual / el alma traigo en cuclillas, / sin saber cómo o por qué, / ni cuándo». v. 416 pujo: esfuerzo para defecar; cfr. Quevedo, Sueños, pp. 324-25: «gente que parece que lleva pujo de decir necedades, como si hubiera tomado alguna purga confecionada de hojas de Calepino». v. 424 chupa rompida: chupa es «Vestidura ajustada al cuerpo, larga hasta las cerca de las rodillas, que abraza las demás vestiduras interiores, encima de la cual no hay más ropa que la casaca» (Aut); cfr. Loa para la comedia de Orlando, vv. 86-89: «Mire qué calzón tan justo, / mire qué mangas, qué ropa / de levantar, qué j u -

T E X T O

D E L A

C O M E D I A

N o , que a u n q u e llegue a estar rota,

253

425

n o vale nada y m e abriga. E s t o es falso, esto es embuste, esto es r i g o r , esto es ira y esto es que la r e l a c i ó n se a c a b ó a q u í c o n la prisa. POLILLA

430

Hablaste c o n p r o p i e d a d , sentiste c o n b i z a r r í a , ¡ d i s c r e t o eres!, ¡a fe m í a , que es m u c h a tu necedad!

CARLOS POLILLA

Estas son mis confusiones. ¡Vive D i o s , que

435

descalabras!

L a r g o fuiste de palabras. CARLOS

F u i l o p o r muchas razones. D i a n a m i amor baldona, m i r a si es justa m i tos.

POLILLA

¡ M u j e r e x t r a ñ a es, p o r D i o s !

CARLOS

Es u n a gran p i c a r o n a ,

440

y a n o estar m i i n c l i n a c i ó n e n el m á s furioso aprieto la p e r d e r í a el respeto

445

sin ajar su e s t i m a c i ó n . POLILLA

Ella anduvo inadvertida.

CARLOS

¡ F i e r o fue su frenesí!

POLILLA

Y o n u n c a la c o n o c í .

CARLOS

Es u n a d e s c o n o c i d a

450

bón, / qué chupa»; rompida: una de las formas vulgares de los participios del verbo romper. v. 438 razones: dilogía chistosa sencilla con los significados 'causas' y 'frases'. v. 439 baldona: baldonar es «Afrentar, injuriar, denostar, menospreciar de palabra y decir oprobrios a otro en su cara» (Auf); cfr. Calderón, El alcalde de Zalamea, vv. 2226-30: «Bien pienso que bastará, / señor, para abono desto, / el ser rico, y no haber quien / me mormure; ser modesto, / y no haber quien me baldone». v. 450 desconocida: «Vale también ingrata u mal correspondiente» (Auf). Juego con el sentido literal.

254

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

y m e h a b r á de querer b i e n c u a n d o advierta su m a n í a c u á n t a costa tiene h o y día la etiqueta d e l d e s d é n . POLILLA

Esa es cosa m u y precisa.

CARLOS

Y caerá s e g ú n advierto.

POLILLA

E s o sí, c a e r á , tan c i e r t o

455

c o m o está el d e m o n i o en misa. CARLOS

¡ O h , si dura en su esquivez, que la r i n d a es m u y forzoso

460

el estado l a m e n t o s o de la triste d o n c e l l e z ! POLILLA

Muy

m a l h i z o su d o n a i r e

en hacerte disfavor. CARLOS

D i s f a v o r n o fue e n r i g o r .

POLILLA

¿ P u e s q u é v i n o a ser?

CARLOS POLILLA

465

Desaire. Anduvo

descomedida,

mas y o u n m e d i o te d a r é . CARLOS

¿Medio?

POLILLA

Sí.

CARLOS

¿ P u e s para q u é ?

POLILLA

Para n o verla en t u v i d a .

CARLOS

E l m o d o estoy esperando

470

de u n m e d i o tan i m p o r t a n t e . POLILLA

Voy

CARLOS

D i , ¿ c ó m o ha de ser?

POLILLA

a d e c i r l e al instante.

Cegando.

CARLOS

N o lo logrará m i ruego.

POLILLA

¿ N o m e dirás p o r q u é no?

475

v. 456 caerá: caer en este contexto significa 'rendirse, ceder en su voluntad'.

T E X T O DE LA COMEDIA

CARLOS

255

Porque nunca p o d r é yo c o n s e g u i r el v e r m e c i e g o .

POLILLA

F e l i z llegarás a ser si estar c i e g o consiguieras,

480

p o r q u e así, a u n q u e la quisieras, n u n c a la pudieras ver. CARLOS

Y a m e d a n de serlo antojos.

POLILLA

C o s a es ú t i l y discreta.

CARLOS

¿ N o h a b r á alguno que m e meta...

POLILLA

¿Qué?

485

. . . los dedos p o r los ojos?

CARLOS POLILLA

T r a t a r é de irle a buscar.

CARLOS

(Aparte.)

( ¡ G r a n cosa debe de ser!)

Y e n cegando, ¿ q u é he de hacer? POLILLA

A b r i r ojos y mirar.

490

M a s el c o n d e allí e n u n p o t r o c o n sus damas se entretiene. vv. 477-78 Porque nunca podré yo / conseguir el verme ciego: chiste sencillo que se basa en la expresión verse ciego; está claro que no se podrá ver ciego porque carece del sentido de la vista. v. 482 nunca la pudieras ver: dilogía en la que, además del sentido literal, se utiliza como frase hecha «con que se da a entender el odio y aversión que se tiene con alguna persona o cosa, que aun el verlo delante le disgusta» (Aut); cfr. Mocedades, vv. 114 y 262 en donde aparece el mismo chiste. v. 483 antojos: dilogía con los significados «Deseo, apetito y codicia de una cosa» (Aut) y «Los espejuelos que se ponen delante de la vista para alargarla a los que la tienen corta» (Cov.). E n multitud de ocasiones este utensilio provocaba los chistes y las burlas de los demás personajes; cfr. Comendador, vv. 1303-1306: «Ceguezuelo te pintan, / y no sé si lo aciertan: / yo te pusiera antojos, / veamos por quién queda». vv. 485-86 me meta... ¿Qué? ... los dedos por los ojos: meter los dedos por los ojos es «Frase vulgar con que se da a entender que alguna persona quiere engañar a otra, intentando hacerla creer, contra lo mismo que está viendo, lo que no es fácil de persuadir» (Aut). v. 491 potro: creo que puede aludir a «cierta máquina de madera, sobre la cual sientan y atormentan a los delincuentes que están negativos para hacerles que confiesen u declarasen la verdad de lo que se les pregunta» (Aut); cfr. Quevedo, Buscón, p. 59: «Muchas veces hubiera llorado en el asno, si hubiera cantado en el potro».

256

CARLOS

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

¿ V i e n e acá? C l a r o es que v i e n e

POLILLA

a caballo u n p i e tras de otro. CARLOS

D e tal e n c u e n t r o reniego.

POLILLA

E l de B e a r n e y de F o x

495

vienen también. ¡Vive D i o s ,

CARLOS

que quisiera ya estar c i e g o ! P o r q u e ya que sus arrojos c o n s i g u i e r a n declararme,

500

no lograran nunca darme c o n sus dichas en los ojos. POLILLA

C e r c a e s t á n d e l aposento a u n q u e n o llegas a o í r l o s .

CARLOS

Y a es forzoso r e c i b i r l o s

505

c o n algo de m i r a m i e n t o . Al paño

el conde de Barcelona, el de Fox y el de Bearne.

POLILLA

E l c o n d e a esta parte pasa.

CONDE

C a r l o s , ¿estáis p o r acá?

POLILLA

E n palacio m i a m o está.

CONDE

¿Sí?, pues D i o s sea e n esta casa.

510

v. 492 entretiene: además del sentido literal que ofrece el término, posiblemente posea connotaciones sexuales; cfr. Poesía erótica, n ú m . 36, vv. 37-40: «En aqueso se estaba entreteniendo, / toda elevada en aqueste ejercicio / y procurando bien hacer su oficio, / al osado señuelo respondiendo». vv. 501-502 darme / ... en los ojos: dar en los ojos «Vale también ejecutar alguna acción de propósito, con ánimo de enfadar u disgustar a otro» (Aut); cfr. Lope, El castigo sin venganza, vv. 1260-63: «la misma luz de sus ojos / era yo, pero ya soy / quien en los ojos le doy, / y mis ojos sus enojos». v. 506 miramiento: «Significa también el respeto, atención y circunspección, que se debe observar en la ejecución de alguna cosa» (Aut); se juega con la otra acepción de miramiento, que es 'la acción de mirar' y que contrasta con la intención de Carlos de quedarse ciego. v. 510 Dios sea en esta casa: «Expresión cristiana con que se suele avisar cuando alguno entra en casa ajena» (Aut); es ridículo ya que no se encuentra en una casa sino en palacio.

TEXTO DELA COMEDIA

257

Salen los tres. CARLOS

¿ Q u i é n anda e n esos postigos? P o l i l l a , ¿ n o m e respondes?

POLILLA

Y a he d i c h o que s o n los condes.

CARLOS

¿Los condes son? ¿ Q u é hay, amigos?

Fox

¿ Q u é hacéis, conde?

CARLOS CONDE

¿YO? R e z a n d o .

515

E S c i e r t o . Y O v i la v o z . ¿ Y c ó m o estáis?

CARLOS

A l g o atroz. Vos, ¿ c ó m o venís?

CONDE POLILLA

Andando. (Aparte.) T e m i e n d o estoy u n aprieto de esta gente enfurecida.

CARLOS

¿ Y a q u é es la b u e n a venida?

L o s TRES

A fiaros u n secreto.

CARLOS

(Aparte.)

CONDE

(Aparte.) Y a n o hay p e l i g r o e n hablar.

CARLOS

B i e n m e le p o d é i s fiar,

520

L o que p u e d a ser n o sé.

525

que presto le p a g a r é . CONDE CARLOS

E s c u c h a d , que ya l o i n t e n t o . Id, c o n d e , fiando, pues, que a t o d o e s t a r é c o r t é s .

CONDE

M á s v a l d r á que estéis atento,

530

que a u n q u e estáis en m i palacio y D i a n a os m u e v e a risa,

v. 525 fiar, dilogía que significa 'confiar' y 'comprar algo sin pagarlo en el momento'. v. 528 Id, conde: en el testimonio príncipe encontramos «Id incle» que enmiendo.

258

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

soy su padre, tengo prisa y m e h a b é i s de o í r despacio. Fox CARLOS

T o d o s h e m o s de escuchar.

535

¿ Y l o que i n t e n t á i s d e c i r l o vais ahora a escribir?

CONDE

N o , que l o v o y a contar. Y a visteis c o n c u á n t o exceso de esa hija la entereza d e s a i r ó vuestra

540

fineza.

CARLOS

¿ Y q u é tenemos c o n eso?

CONDE

Y o , al c o n t e m p l a r l a sin madre en l o m e j o r de su edad, entré movido a piedad

545

en la o c u p a c i ó n de padre; crióse m u y virtuosa desde que m i hija fue. ¡ P o r D i o s santo, que n o sé c ó m o se h i z o

desdeñosa!

550

E l riesgo la he declarado a que su e r r o r la d i s p o n e y c u á n t o el d e s d é n se o p o n e a toda r a z ó n de estado. Cumpliendo m i obligación

555

la i n s t r u í e n los r u d i m e n t o s de vuestros m e r e c i m i e n t o s . Fox

Vos, c o n d e , sois u n b r i b ó n .

BEARNE

D e escucharos m e destrizo, pues n o h a b l á i s r a z ó n que cuadre.

560

vv. 533-34 tengo prisa / y me habéis de oír despacio: disparate absurdo en el que, por un lado pide rapidez porque no dispone de tiempo y, por otro trata que se le escuche sin ningún tipo de precipitación, v. 553 opone: en la edición base la «n» aparece al revés. v. 559 me destrizo: destrizarse «Metafóricamente vale consumirse y deshacerse de enfado, por no poder hacer su gusto o lograr algún fin» (Aut). v. 560 cuadre: cuadrar «Significa asimismo agradar u convenir una cosa con el i n tento u deseo» (Aut): cfr- Constante, w . 1418-19: «Cuadre o no cuadre, / esto ha de ser».

TEXTO DE LA COMEDIA

CARLOS

259

Q u i e n a vos os h i z o padre n o supo l o que se h i z o .

CONDE

Príncipes, tenéis razón, mas y o e n vuestro a m o r la h a b l é .

BEARNE CONDE

¿Y q u é respondió? N o sé;

565

pero e n cuanto a la p a s i ó n que de vos la d i a entender m e r e s p o n d i ó sin hablar: « P o r ahora n o ha lugar.» Fox

T e n d r í a m u c h o que hacer.

CONDE

Insufrible es su d e s v í o .

BEARNE

Y o hacerle tratable e m p r e n d o .

Fox

Y o p o r mujer la pretendo.

CARLOS

Pues y o p o r m u j e r la e n v í o d o n d e fue el Padre Padilla,

570

575

que es a c c i ó n i n d e c o r o s a que se muestre d e s d e ñ o s a c o n m i g o una picarilla. CONDE

Y o p r o m p t o a d á r o s l a estoy. E l e g i d c u a l q u i e r a sesgo.

580

v. 569 no ha lugar. «Frase forense con que se da a entender que no se puede hacer lo que se pide» (Aut); cfr. Mocedades, vv. 433-35: «MORO: Pues advierte en tanto gozo / que me quiero cristianar. / REY: Por ahora no ha lugar»; Estebanülo, I, p. 213: «Unas veces los consultaba, y otras veces, por ver la detención de mi ama, los decretaba en esta forma: a los de los miserables o pobres, "no hay lugar"». v. 575 el Padre Padüla: alusión a Fray Pedro de Padilla que fue un poeta muy elogiado por sus contemporáneos; el lugar al que se refiere el pasaje es el 'convento de frailes'; meter a la dama o la hija fraile es un disparate habitual en la comedia burlesca; cfr. Quevedo, Buscón, p. 123: «que tenía en su casa un retrato del divino Figueroa, y que había comprado los greguescos que dejó Padilla cuando se metió fraile, y que hoy día los traía y malos». v. 579 prompto: «Vale también dispuesto y aparejado para la ejecución de alguna cosa» (Aut). v. 580 sesgo: aquí parece significar «corte o medio término que se toma en las dependencias o negocios dudosos» (Aut).

260

BEARNE

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

Pues de nuestra cuenta y riesgo la h e m o s de amar desde h o y

Fox

S u d e s d e ñ o s o desuello, amante p i e n s o vencer.

CONDE

D i f í c i l os ha de ser.

Fox

¿Difícil? ¡ T a n t o fuera ello!

CONDE

585

C o m o a l c a n c é i s su favor h a r é que m i afán d e c l i n e .

BEARNE

T o d o está en que ella se i n c l i n e al saborete de a m o r .

CARLOS

590

Y O la i n t e n t o c o n q u i s t a r c o n u n p o c o de d e s d é n , y hasta ver si salgo b i e n n o m e q u i e r o declarar.

BEARNE

S i l o calláis, es preciso

595

que c o n s i g á i s o que n o . Fox

Sí, p o r q u e aquel que c a l l ó , v e n c i ó e h i z o l o q u e quiso.

BEARNE

Y O v o y a buscar el m o d o de decirla m i sentir.

CARLOS

Y O t a m b i é n m e v o y a ir.

Fox

Pues y o t a m b i é n .

CONDE

600

Y yo y todo. Vanse y salen con trajes ridículos acompañamiento

y

Diana,

Cintia,

Laura,

música.

v. 583 desuello: «Metafóricamente vale desvergüenza, descaro, osadía y libertad» (Aut); cfr. Constante, vv. 1278-80: «tales moros metió y con tal desuello, / que j u r ó de tocar luego a degüello / sin más información que la pasada». w . 597-98 aquel que calló, / venció e hizo lo que quiso: parece alusión al refrán que aparece en Correas, núm. 7942 «El callar vence para negocios, y en todo en general». v. 602 y todo: 'también'; cfr. Constante, vv. 653-55: «FLORA: Si va a decir la verdad / yo voy de miedo cantando. / SERÓN: Yo y todo sin ser solfista»; Amor, ingenio y mujer, vv. 2099-2100: « D O N FULANO: YO lo prometo. D O N CUAL: Y yo y todo. / D O N TAL: Y yo aceto la palabra».

TEXTO DE LA COMEDIA

261

S i n haberla i d o a l l a m a r

DIANA

la n o c h e quiere v e n i r . H o l a , v é n g a n m e a vestir,

605

que m e q u i e r o desnudar, y si llega a l g ú n expreso p r e g u n t a n d o si he v e n i d o , d e c i d que m e he r e c o g i d o . T o d o se h a r á m e n o s eso.

ClNTIA

610

¿ Y q u é se ha de responder

LAURA

si q u i e r e n veros, s e ñ o r a ? Q u e estoy mala p o r ahora

DIANA

y m e h a n dado a c o m p o n e r . Mirad...

ClNTIA

H a c e d l o que os d i g o .

DIANA

615

Vuestro padre, p o r q u e cuadre,

LAURA

v e n i r puede. Pues m i padre,

DIANA

¿ q u é tiene que ver c o n m i g o ? ACOMP. I ACOMP. 2 ACOMP. 3

O

¡ Q u é discreta! ¡ Q u é obediente!

o

o

¡ Q u é casta! N i a u n él m e vea,

DIANA

620

p o r q u e a u n q u e m i padre sea, ¿ q u é sé y o si es m i pariente? Sale POLILLA

Polilla.

Si estáis e n casa quisiera saber para entrar, s e ñ o r a . . .

DIANA

C o m o cosa de u n a h o r a

625

h a b r á que m e hallo fuera. POLILLA

; V o l v e r é i s breve?

v. 607 expreso: «Usado como substantivo significa correo extraordinario, despachado con alguna noticia o aviso particular» (Aut).

262

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

Protesto,

DIANA

que n o p u e d o responder, p e r o y o h a r é p o r saber si he q u e d a d o e n v o l v e r presto. POLILLA

630

Sabedlo y dadme r a z ó n , porque vengo en cortesía a usar u n a d e m a s í a a t í t u l o de b u f ó n .

DIANA

¿ D e m a s í a h a b é i s de usar?

POLILLA

H a r e l o si n o os disgusta.

DIANA

635

A p r o p o s i c i ó n tan j u s t a y o n o m e p u e d o negar. ¡ Q u é honesta! ¡ Q u é recatada!

POLILLA

(Aparte.)

DIANA

E s t o es ley, pero p r e g u n t o :

640

¿es para vos este a s u m p t o de h e c h o y cosa pensada? POLILLA

Es dable que sí. E l recato

DIANA

n o os tenga m á s suspendido, p o r q u e ya de m í he sabido

645

que estoy e n casa este rato. POLILLA

A hablaros sobre u n a m o r solo v i n o m i lealtad.

DIANA

S i es sobre u n o solo, hablad, que ya os o i g o .

POLILLA

Vuestro h o n o r

650

r é m o r a es de m i s verdades.

v. 627 Protesto: protestar «Vale también asegurar con ahínco y eficacia» (Aut); cfr. Quijote, I, 49: «les protestaba que no podía dejar de fatigalles el olfato, si de allí no se desviaban». v. 634 a título: «vale con pretexto, motivo o causa» (Aut); cfr. El rey don Alfonso, vv. 1009-12: «¡Válgate el diablo la perra, / si de ti puedo apartarme! / ¿ N o es bueno que ha dado en darme, / a título de amor, guerra?». v. 641 asumpto: pese a la grafía culta la rima exige que se pronuncie «asunto».

TEXTO DE LA COMEDIA

DIANA

263

N O hay para él i n c o n v e n i e n t e en que vos, honestamente, m e digáis dos libertades. M a s c u a n d o l o embarazara

655

p o r m i r a r m e tan s e ñ o r a , ¿ q u e r í a i s vos que a esta h o r a sola c o n m i h o n o r m e hallara? POLILLA

D e l de U r g e l las amorosas ansias os d i r á m i acento.

DIANA

V e n i d , que e n ese

660

aposento

nos d i r e m o s cuatro cosas. ¿ Y los m ú s i c o s ? CINTIA

Allí t u j u s t o aplauso c o n c i e r t a n .

DIANA

D e c i d l o s que m e d i v i e r t a n

665

mientras que n o estoy a q u í . Éntrame LAURA

Polilla

y

Diana.

Está bien.

CINTIA

A S Í l o haremos.

LAURA

C a n t a d , m ú s i c o s , ahora, que l o m a n d a m i s e ñ o r a .

ACOMP. I LAURA

o

(Dentro.)

¿ Y sabéis vos si queremos?

N O l o sé, y he

670

sospechado

que, si l o q u i e r o saber, h a b r á de ser menester que m e l o digáis cantado.

v. 651 remora: «se toma por cualquiera cosa que detiene, embarga o suspende» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 1295-98: «Dulce imán de mis sentidos, / rémora de mis potencias, / que me llevas no sé como / y toda el alma me llevas»; Céspedes, Historias peregrinas y ejemplares, p. 395: «si al mismo punto que salió de su cuadra y llegó a mirarle no le hubiera asido de cada pie una rémora, y de la lengua y labios un candado». v. 654 libertades: en este pasaje cobra el sentido de 'insolencias'; cfr. Espinel, Marcos de Obregón, II, p. 273: «como la mayor parte dellos son hombres sin obligaciones, se arrojan a decir cualquiera libertad».

264

EL DESDÉN, Cantan

ACOMP. I , 2 , 3 o

o

o

CON EL

DESDÉN

dentro.

Pues cantado d e c i m o s

675

que n o gustamos, y si acaso l o h a c e m o s será rabiando. Salen Carlos, el conde de Barcelona, el de Fox y el de Bearne como enfadados. BEARNE

Q u e su m a n o he de l o g r a r de vuestra p r o m e s a espero.

Fox

A m í m e toca p r i m e r o .

CARLOS

Y a m í , salvo sea el lugar.

BEARNE

Y O la q u i e r o y n o hay descartes

680

p o r u n a parte que sé. Fox

Y o la q u i e r o y la q u e r r é

685

p o r esa y p o r todas partes. LAURA CONDE LAURA

¿Caballero? ¿ Q u é mandáis? D e c i r o s que p o r ahora hay o r d e n de m i s e ñ o r a para que n o la veáis.

CONDE

V e d que soy su padre. (Aparte.)

690 (¡Buenos

pretextos, a fe!)

v. 681 Fox: encontramos durante toda la primera jornada en el texto príncipe como interlocutor «Gast.»; lo modifico ya que en la dramatis personae no se alude a Gastón de Fox, sino al conde de Fox, personaje que aparece con el n o m bre completo en El desden con el desdén de Moreto. v. 682 salvo sea el lugar: expresión familiar que «se usa cuando uno señala en sí mismo la parte del cuerpo en la cual aconteció a otra persona lo que él refiere» (Aut); este verso debe ir acompañado de un rico lenguaje gestual que facilite la comprensión del lugar referido; cfr. Fíamete, vv. 1206-1209: «CRIADO: La herida de par en par / te dejó abierta el tacaño. / ¿Dónde tienes el araño? / D O N MARCOS: Aquí, salvo sea el lugar»; Renegada, vv. 1652-53: «FÁTIMA: A mí no me duele nada. / CAPITÁN: N i a mí, salvo sea el lugar»; Mocedades, vv. 1250-51: «Ya sois marido y mujer / los dos, salvo sea lugar». vv. 684-86 parte... partes: polípote dilógico en la que por una parte significa 'por un lado' y partes «en plural se llaman las prendas y dotes naturales que ador-

T E X T O DE LA COMEDIA

265

A u n q u e os cuadre,

ClNTIA

aqueso de ser su padre tiene su m á s y su m e n o s . CONDE

¿ Q u é decís? Q u e es i g n o r a n c i a

ClNTIA

695

el que estéis e n eso vos. CONDE

S u padre soy, ¡vive D i o s ! , a u n q u e parezca j a c t a n c i a .

BEARNE

C o m o tal le h e m o s t e n i d o desde que a D i a n a

Fox

amamos.

700

Y nosotros n o i n n o v a m o s sobre l o ya establecido.

CARLOS

E s l o , y n o haya m á s reparos en que ahora l o creáis.

ClNTIA

C u a n d o así l o a s e g u r á i s ,

705

o creeros o mataros. CONDE

Y pues ya estáis c o n v e n c i d a , escuchad c o n a t e n c i ó n , que sigue nuestra c u e s t i ó n .

BEARNE

¡Y p o r D i o s que es divertida!

ClNTIA

Y a os escucho.

Fox

710

Yo a Diana quiero boniquitamente.

CARLOS

Y o la a m o

estrechamente.

BEARNE

Pues y o la estimo de gana.

CONDE

B e a r n e tiene r a z ó n .

Fox

Y o soy el que la m e r e z c o .

BEARNE

¿ Q u é decís?

715

nan a alguna persona» (Aut); además significa 'partes sexuales'; cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 253, vv. 65-68: «Estas, pues, son de esta niña / las partes y calidad, / archivo de todo achaque / y albergue de todo mal». v. 694 su más y su menos: «Locución familiar. Dificultades, complicaciones o altercados a que da lugar un asunto» (DRAE); es expresión vigente.

266

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

Q u e y o os ofrezco

CONDE

a cada c u a l su p o r c i ó n . CARLOS

Y o pido a D i a n a en boda, h a c i e n d o de fino alarde.

CONDE

Y a , c o n d e , llegasteis tarde, que se ha despachado

BEARNE

720

toda.

¿ C ó m o a vos sin querer b i e n tal palabra se os s o l t ó ?

CARLOS

P o r q u e ahora q u i e r o y o

725

sin p e r j u i c i o d e l d e s d é n . CONDE

Es m u y j u s t o vuestro i n t e n t o .

CARLOS

M i l dichas m i afecto labra.

CONDE

A vos os d o y la palabra.

BEARNE

¿Y a mí? A vos el p e n s a m i e n t o .

CONDE

Fox CONDE

730

¿Y a m í ? ¡El veros m e z o z o b r a ! Pues tardasteis e n hablar os h a b r é i s de

contentar

solamente c o n la o b r a . Fox

¿ Y p u e d e quedarse así

735

u n p r í n c i p e c o m o yo? BEARNE

S i e n d o m í a , ¿ p o r q u é no?

Fox

O s daré muerte.

v. 722 se ha despachado toda: despachar «Significa también vender los géneros o mercaderías, deshaciéndose de ellas» (Aut); cfr. Estebanülo, II, p. 18: «Aquí despaché muy bien una nueva provisión que había hecho de agua ardiente»; cosificación de Diana ya que el conde pretende repartir a su hija en porciones (v. 718). vv. 729-34 doy la palabra... a vos el pensamiento... os habréis de contentar solamente con la obra: esta división del personaje de Diana parece aludir al «Yo, pecador» eucarístico, en el que se señalan «pensamiento, palabra y obra» como las tres maneras de pecar; además juega con la expresión dar palabra que significa «Prometer y ofrecer con palabras alguna cosa y asegurar con ellas su cumplimiento» (Aut).

TEXTO DE LA COMEDIA

267

¿ Q u é oí?

CONDE

¿ M u e r t e vos al de B e a r n e ? ¿ C ó m o así? Fox

E n r a z ó n me fundo

740

que se h a r á patente al m u n d o , al d e m o n i o y a u n la carne. CONDE

S i a m á n d o l a os atropella, el matarle es grave error, p o r q u e así a u m e n t á i s su a m o r

745

pues le h a c é i s m o r i r p o r ella. Fox

¿ P u e s c ó m o se c o m p o n d r á ?

CONDE

¿ C ó m o ? Por algún concierto.

Fox

D e u n a vez que él e s t é m u e r t o , a t o d o se c o n v e n d r á .

CONDE

750

¿ M o r i r á él c o n gusto? Sí,

BEARNE

q u e es caballero y a m i g o , y v i e n d o que se l o d i g o al p u n t o l o h a r á p o r m í . CONDE

¿Será e n eso a m i g o

fiel?

Fox

A t e n c i o n e s s o n forzosas,

755

que p o r fin e n otras cosas le h a b r é s e r v i d o y o a él. CONDE

Q u i z á p o d r á darle enfado.

BEARNE

Y o serviros solicito.

760

M a t a d m e de a q u í a u n p o q u i t o , que e s t a r é ya descuidado. Fox

U n gran servicio m e hacéis.

BEARNE

V e d que m e v o y d e s c u i d a n d o .

Fox

¿Sí?, pues avisadme c u a n d o

765

c o n m a y o r d e s c u i d o estéis.

vv. 741-42 hará patente al mundo, / al demonio y aun la carne: alusión a los tres enemigos del hombre.

268 BEARNE

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

¿Conde?

Fox

¿ Q u é hay?

BEARNE

A toda priesa v e n i d , que ya es o c a s i ó n ; matadme luego a traición.

Fox

; A t r a i c i ó n ? Pues t ó m a t e esa. Dale una cuchillada, cae dando voces, alborótame salen Diana

TODOS BEARNE

y

770 todos y

Polilla.

¡Traición! ¡Ay, cielos d i v i n o s , que m e ha m u e r t o !

DIANA CONDE

¿ Q u é hubo aquí? D o s p r í n c i p e s que p o r t i se m a t a n c o m o c o c h i n o s .

DIANA Fox DIANA

¡ G r a v e error! (Aparte.)

¡ N o t a b l e aprieto!

775

Pues, ¿ c ó m o así en m i presencia estáis c o n tanta decencia?

CARLOS

A h í v e r é i s vuestro respeto.

POLILLA

¡Es m u y grande p i c a r d í a !

BEARNE

A d v e r t i d que m e h a l l o m u e r t o .

DIANA

¿ M u e r t o vos? E s o es i n c i e r t o .

BEARNE

M u e r t o estoy, p o r v i d a m í a .

DIANA

¿ Q u i é n a tanto se a t r e v i ó ?

780

v. 769 luego: 'inmediatamente'. v. 770 tómate esa: «Expresión que se usa cuando a alguno se le da algún golpe o se hace con él otra acción que sienta, para dar a entender que lo merecía el que la recibe o el acierto del que la ejecuta» (Aut); cfr. Céfalo, vv. 1010-12: «ANTISTES:Y tú ¿en qué diste? / A U R A : E n amarle. ANTISTES: ¡Tómate esa! / A U R A : Hame dado una palabra»; Amor, ingenio y mujer, vv. 601-604: « D O N CUAL: ¡Qué valiente! D O N TAL: ¡Qué brioso! / D O N CUAL: ¡Tómate esa! D O N TAL: ¡Tómate esa! / D O N FULANO: Cierto que reñís de suerte / que me dais envidia...».

T E X T O DE LA COMEDIA

Fox

Y o al p r í n c i p e m u e r t e d i .

DIANA

(Aparte.)

( ¡ D e c ó l e r a estoy sin m í ! )

269

785

Y él, d e c i d m e , ¿la t o m ó ? Fox

T o m ó l a p o r ser tratada.

DIANA

Y a l o e n t i e n d o . B u e n o va. ¿ Y a d o n d e la m u e r t e está?

BEARNE

A q u í la tengo pintada.

790

Saca un retrato. DIANA

A d v e r t i d que fue i m p r u d e n c i a , y desde h o y c a s t i g a r é a c u a l q u i e r persona que se m u e r a sin m i l i c e n c i a .

BEARNE

Y o n o p u d e resistir

795

a su esfuerzo y furia rara. DIANA

D o y caso que él os matara. Vos, ¿ p o r q u é h a b í a i s de m o r i r ? D e s d e h o y p o r q u e se i m p i d a tanto error, que es j u s t o cese,

800

c u a l q u i e r a que se m u r i e s e tiene p e n a de la v i d a . CONDE

H i j a , c o r r i g e el r i g o r .

BEARNE

Señor, pedidla por m í .

CONDE

Y o n o soy de m i hija a q u í

805

m á s que u n administrador. BEARNE

S e ñ o r , h a c e d l o que os d i g o . P e d i d l a , así os guarde D i o s .

v. 786 ¿la tomó?: alude a la expresión dar muerte, la cual Diana no entiende y proporciona al verbo dar el significado literal de 'entregar algo material' y como consecuencia ella responde 'y ¿la cogió?'. Este chiste se desarrolla en los siguientes versos. v. 797 Doy caso: «Presupuesto para proceder a discurrir sobre alguna materia, y así vale lo mismo decir demos caso que supongamos tal o tal cosa, tal hecho o suceso, etc.» (Aut).

270

DIANA

EL DESDEN,

CON EL

DESDEN

¿ N o m e p o d é i s p e d i r vos si os q u e r é i s casar c o n m i g o ?

Fox

E s t a n d o yo, n o l o h a r á .

CARLOS

Q u e y o os adoro s a b é i s . . .

BEARNE

¿Como

DIANA

810

qué? N o os a l t e r é i s ,

que para todos h a b r á . CONDE

¡Eso q u i e r o , hija! E l favor

815

temple tu d e s d é n violento. DIANA

H a c i a este lado m e siento c o n u n p o q u i l l o de a m o r .

CONDE

¿ A m o r tienes, hija m í a ? ¡ A l b r i c i a s , cielos! Y o trato

DIANA

820

de ser q u e r i d a este rato. CONDE

(Aparte.)

(¡Llegó de m i d i c h a el día!

D e g o z o el alma zozobra.) Y a que b e n i g n o ha q u e r i d o mirar p o r tu h o n o r

Cupido,

825

hija, m a n o s a la o b r a . M i r a , e n t u presencia tienes

v. 817 Hacia este lado: se estaría señalando una parte del cuerpo; es de gran importancia en este género la comicidad gestual. v. 820 albricias: «las dádivas, regalo o dones que se hacen, pidiéndose o sin pedirse, por alguna buena nueva o feliz suceso a la persona que lleva o da la p r i mera noticia al interesado» (Aut); cfr. Renegada, vv. 315-16: «Pues le tomáis, / dadme las albricias vos»; Ventura, v. 729: «pídanme albricias crueles». v. 825 mirar por tu honor Cupido: es posible que exista un chiste entre los términos mirar y Cupido, debido a que el dios del A m o r era representado con los ojos vendados. v. 826 manos a la obra: «Frase con que se aliena y excita a uno a que emprenda alguna obra o a proseguir en el trabajo comenzado hasta concluirse» (Aut); cfr. Amor, ingenio y mujer, vv. 674-75: «Pues ¡ea!, / manos a la obra»; Loa para la comedia de Orlando, vv. 267-68: «Sí haré; manos a la obra, / pero tápate los ojos».

TEXTO DE LA COMEDIA

271

tres p r i n c i p e s generosos que te adoran obsequiosos c o n sus personas y bienes.

830

T o d o s tres te h a n m e r e c i d o p o r su singular valor, y p o r fin a u n d e l p e o r se ha de hacer u n g r a n m a r i d o . A q u í han querido venir

835

p o r q u e la r a z ó n los des; y esto es cosa fija, pues no me dejarán mentir. E a , bizarros campeones, ya ha llegado la o c a s i ó n

840

de que h a g á i s d e m o s t r a c i ó n de vuestros a m o r i c o n e s . P o n d e r a d c u á n grande ha sido la p a s i ó n que e n vos arguyo, que y o , i n d i g n o padre suyo,

845

os d o y m i p o d e r c u m p l i d o . Decidla... DIANA

Vuestra e x p r e s i ó n , padre injusto, sosegad, y pues m e o f e n d é i s , c e r r a d esa b o c a de e s c o r p i ó n .

850

v. 828 generosos: «Noble y de ilustre prosapia» (Aut); cfr. Góngora, Sonetos completos, p. 133: «Del color noble que a la piel vellosa / de aquel animal dio naturaleza, / que de corona ciñe su cabeza, / rey de las otras, fiera generosa». v. 836 la razón los des: caso de loísmo que no anotaré en lo sucesivo. v. 839 campeones: «El héroe famoso en armas o los hombres esforzados y más principales de algún ejército, que sobresalen en las acciones más señaladas de la guerra» (Aut); cfr. Angélica, vv. 421-24: «que al ocio no se dieran estas canas / a no tener jaqueca y almorranas / pero mis valerosos campeones / me dicen que lo han hecho como tales». v. 842 amoricones: «Señas y ademanes y otras acciones para manifestar el amor y afecto con que uno quiere a otro. Es voz baja y usada del vulgo» (Aut). v. 850 boca de escorpión: «Se llama la del maldiciente y murmurador porque no habla palabra que no sea mordiendo y envenenando a aquellos de quienes habla» (Aut); cfr. El talego-niño, en Quiñones de Benavente, Jocoseria, vv. 159-60: «REVESA: ¿Ves a Escorpión? GARROTE: Todo el año / le vemos acá en las lenguas»; El mur-

272

CONDE DIANA CONDE DIANA

EL DESDEN,

CON EL

DESDEN

Hija, y o . . . Sois u n m e n g u a d o . E n todo busco tu bien. Mientras viva m i d e s d é n y o n o he de t o m a r estado, y es en vos e r r o r bastante

855

q u e r e r m e casar sencillo c o n cualquiera principillo que se m e p o n e delante. BEARNE

(Aparte.) M u c h o e n m i p a s i ó n desmayo.

Fox

(Aparte.) S u entereza m e da m i e d o .

DIANA

Sabed, padre, que y o p u e d o

860

hacer de m i gusto u n sayo. Y a u n q u e p o c o ha parece que el a m o r m e a p r i s i o n ó , fue u n c a p r i c h o que m e d i o

865

y ya m e v u e l v o a m i s trece. CONDE

P r í n c i p e s , ya veis m i celo, y pues n o es dable vencella,

murador, en Quiñones de Benavente, Jocoseria, v. 86: «Pregunto, lengüecitas de escorpiones»; Quevedo, PO, n ú m . 696, vv. 21-22: «Diome el León su cuartana, / diome el Escorpión su lengua». v. 851 menguado: 'miserable, tonto, ruin'; insulto proferido de la hija al padre que muestra la ruptura del decoro; cfr. Amor, ingenio y mujer, vv. 948-49: «AQUEL: ¿Adonde ha de estar? Acá. / HOLA: ESO ya lo sé, menguado». v. 854 tomar estado: 'casarse'; ya se ha anotado. v. 862 hacer de mi gusto un sayo: adaptación del refrán «Cada uno puede hacer de su capa un sayo»: «Frase con que se da a entender que cada uno es dueño de su voluntad, y que de sus cosas puede disponer a su gusto» (Aut); cfr. Ccfalo, vv. 1155-57: «Pregunto yo, ¿es mi hija o vuestra? / Vos podéis de vuestra hija / hacer un sayo»; El robo de Elena, vv. 1780-83: «y, en fin, / más advertido reparo / en que cada uno puede / hacer de su hijo un sayo». v. 866 vuelvo a mis trece: estarse en sus trece es «Frase que vale mantenerse o persistir con pertinacia en una cosa, que se ha aprehendido u empezado a ejecutar» (Aut); cfr. Hamete, vv. 923-24: «me deja a mí con la espuerta / y él se está quedo en sus trece»; Comendador, vv. 1461-62: «Por Dios que es gentil partida; / yo me he de estar en mis trece».

T E X T O

D E L A

C O M E D I A

273

vos os a v e n d r é i s c o n ella. Servitor. Vase. ¡ G u á r d e o s el cielo!

L O S TRES ClNTIA

870

P r i m a , ¿es posible que así ha de ultrajar t u a r d i m i e n t o tanto amante r e n d i m i e n t o ?

DIANA

C i n t i a , es g e n i o . N o va en m í .

POLILLA

Y a os dije que os quiere b i e n

875

Carlos. DIANA

N a d i e m e hable nada, p o r q u e h o y m e tiene enojada la droga de m i d e s d é n .

BEARNE

S i es el d e s d é n solamente q u i e n os da tanta entereza, le v e n c e r á m i

DIANA BEARNE

880

fineza.

Pues p r e g u n t o : ¿es tan valiente? C u a n d o n o t é i s los extremos del a m o r que e n m í l o g r á i s , es preciso que os v e n z á i s .

DIANA

885

¿Sí? Pues allá l o veremos.

v. 870 Servitor. «Lo mismo que servidor. Úsase en el estilo familiar» (Aut); cfr. Rojas Zorrilla, Progne y Filomena, p. 58: «JUANETE: Esto está como ha de estar; / servitor, seor Chilindrón: / ¿Halló los diamantes finos?». v. 872 tu ardimiento: en la edición base «tn»; ardimiento significa «Animosidad, extremado valor, intrepidez y ánimo resuelto y denodado» (Aut). v. 874 No va en mí: 'no pertenece a mi dominio'; cfr. Darlo todo, vv. 924-26: «ALEJANDRO: ¿Que me quieres? CAMPASPE: ¿Hay tal flema? / ALEJANDRO: ¿Creerlo puedo? CAMPASPE: ESO va en ti. / ALEJANDRO: ¿Y te podré lograr? CAMPASPE: Sí». v. 878 droga: «metafóricamente vale embuste, mentira disfrazada y artificiosa, pretexto engañosamente fingido y compuesto» (Aut); cfr. Amor, ingenio y mujer, vv. 736-38: « D O N T A L : (Aparte.) ¿Qué droga, / cielos, es esta? ZUTANA: ¿De adonde / me conocéis?».

274

Fox

EL DESDEN,

CON EL

DESDEN

M i a m o r , s e ñ o r a , ha buscado en vuestro aprecio c o r t é s un moderado interés.

DIANA

Y d e c i d m e : ¿le ha e n c o n t r a d o ?

Fox

P u d i e r a e n c o n t r a r l e ahora

890

si de a m o r tuvierais gana. DIANA

Idos y h a b l a d m e m a ñ a n a en el caso.

Fox

Adiós, señora. Vase.

BEARNE

P o r fin, ¿ n o h a b é i s de querer?

DIANA

F i r m e estoy e n despreciar.

BEARNE

E l t i e m p o os h a r á m u d a r .

895

Vase. DIANA

A otra casa p o d r á ser. ¿ C ó m o ya vuestros acentos, C a r l o s , n o m e o b s e q u i a n hoy?

CARLOS

900

¿ Q u é pensáis, señora? Estoy h a c i é n d o m e mis m e m e n t o s .

DIANA

¿ E n m í h a b é i s llegado a ver alguna falta gravosa?

CARLOS

Y o n o , p o r q u e sois h e r m o s a ,

905

salvo m e j o r parecer.

v. 902 haciéndome mis mementos: «Frase que significa detenerse a discurrir con particular atención y estudio lo que a uno importa para algún fin» (Aut). v. 906 parecer: dilogía en la que parecer por un lado significa «Dictamen, voto o sentencia que se da o lleva en cualquier materia» (Aut) y también «Se llama asimismo el orden de las facciones del rostro y disposición del cuerpo» (Aut); el mismo juego verbal lo encontramos en Hermosura, vv. 161-64: «Decir que son entendidas / es decir un disparate, / porque en ellas ¿cómo puede / un buen parecer hallarse?»; Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 240, vv. 15-18: «Que por buscar pareceres / revuelvan muy desvelados / los Bártulos los letrados, / los abades sus mujeres».

T E X T O DE LA COMEDIA

DIANA

275

¿ T e n e i s m e amor? Es m u y l l a n o

CARLOS

que u n grande a m o r os t o m é , mas ahora m i s m o se m e q u i t ó c o m o p o r la m a n o . DIANA CARLOS

910

¿ L u e g o sin él os halláis? C l a r o es, y m e ha enfadado el ver que m e haya dejado.

DIANA

C o n r a z ó n os a c o r t á i s . ¡ O h , c r u e l ! ¡ O h , falso n i ñ o !

CARLOS

915

L o que y o siento este d í a es que c u a n t o a m o r t e n í a se m e ha trocado e n c a r i ñ o .

DIANA

¡ Q u é discreto!

POLILLA

Considera, s e ñ o r , que la has agradado.

DIANA

920

Este m o z o m e ha c h o c a d o ; es m u y dable que le q u i e r a .

LAURA

F u e r a grande

ClNTIA

T u g e n i o ese a m o r excuse,

liviandad.

n o sea el d i a b l o que use

925

contigo una libertad. DIANA

N o hayas m i e d o .

CARLOS

Pues y o escojo ofender vuestro donaire.

DIANA

¿Cómo?

v. 910 como por la mano: «Frase adverbial que vale con gran facilidad o ligereza» (Aut); cfr. Espinel, Marcos de Obregón, II, p. 233: «esa con leer en el Memorial de la vida cristiana de Fray Luis de Granada, se me quita como por la mano». v. 914 os acortáis: acortarse «Metafóricamente se toma por encogerse de ánimo, turbarse, suspenderse, embarazarse» (Aut). v. 915 niño: 'amor'; nótese que a Cupido, hijo de Venus y dios del amor, se le representaba como un niño desnudo y ciego armado con arco y flechas.

276

EL DESDEN,

CARLOS

CON EL

H a c i é n d o o s u n desaire, si n o l o h a b é i s p o r

DIANA

DESDEN

enojo.

930

¡ M u c h o (¡oh, amor!) resucitas mi muerta pasión!

CARLOS

¿ N O habláis?

DIANA

D i g o que así m e

CARLOS

E S O será de burlitas.

DIANA

¡ A h , falso! ¿ T ú el d e s d e ñ o s o te

CARLOS DIANA

obligáis.

935

finges? (Aparte.) D i o c o n la idea.

Y O he de quererte a u n q u e sea en cabeza de t i ñ o s o .

CARLOS

Y O he de aborrecerte altivo para h u m i l l a r t e m á s b i e n .

DIANA

940

Y O u s a r é de m i d e s d é n en grado superlativo.

CARLOS

H a l l a r á s en m í rigores.

DIANA

Y O estudiaré rendimientos.

CARLOS

Vanos s e r á n tus intentos.

945

Vase. DIANA

Está bien. A d i ó s , señores. Vanse.

v. 930 si no lo habéis por enojo: 'si no lo tomáis como agravio u ofensa'; cfr. Cortés de Tolosa, Lazarillo de Manzanares, p. 213: «Creilo como si me lo dijera un evangelista, y si vuesa merced no lo ha por enojo, ¿qué hice?, tomé y fuime tras ellos. — O j o al discreto: " t o m é " y "enojo" digo adrede». v. 938 en cabeza de tiñoso: reducción del refrán «Nunca lavé cabeza que no me saliese tiñosa» «que reprehende a los ingratos, que después de recibido el beneficio, se vuelven contra el bienhechor o se olvidan de él» (Aut); alude a que 'ella le querrá mucho aunque no reciba nada a cambio'.

JORNADA

Salen Carlos y POLILLA

SEGUNDA

Polilla.

M u c h o t e n d r e m o s que hacer si así los sucesos v a n .

CARLOS

C a s i m u e r t o estoy, P o l i l l a .

POLILLA

Pues c o m o te mueras m á s ,

950

das al traste c o n la v i d a . CARLOS

¿ Q u é dices? ¿ E s o es verdad?

POLILLA

C o m o tres y dos s o n siete.

CARLOS

Pues despacio v a m o s ya c o n las cosas, que n o q u i e r o

955

m o r i r c o n tal brevedad. POLILLA

E l despacho de las cosas, dime, ¿qué puede importar para m o r i r ?

CARLOS

¿ N O conoces que c u a n t o abrevie será

960

e c h a r m e a m o r i r m á s presto, pues antes he de acabar? POLILLA

A l contrario lo discurro, p o r q u e l o m á s usual

v. 957 despacho: «Expediente, resolución y determinación» (Aut), pero nótese que despachar «metafóricamente vale matar» (Aut), que por el contexto del pasaje parece ser una alusión chistosa; un chiste con un juego verbal similar lo hallamos en Darlo todo, vv. 187-89: «SACERDOTE: Yo siempre despacho presto. (Habla por mano.) ¿Habeisme entendido? ALEJANDRO: SÍ. / SACERDOTE: Pues no diréis que os he muerto».

278

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

es que l l a m e n m u e r t o al que

965

c o n m á s despacio se va. CARLOS

E l que se m u e r e despacio tiene m á s felicidad c o m o l o g r e la f o r t u n a de n o haber sentido afán,

970

p o r q u e es m u e r t e m á s gustosa c u a n d o hay m á s facilidad. POLILLA

¡ G r a n c o n t e n t o es el m o r i r c u a n d o se p u e d e l o g r a r estando e n sana salud

975

y e n su j u i c i o natural! CARLOS

¡Eso, a m i g o , es g r a n regalo!

POLILLA

¿Te murieras?

CARLOS POLILLA

¡Ojalá! Pues m o r i r t e puedes. Temo

CARLOS

que m e haga la m u e r t e m a l . POLILLA

980

C o m o n o bebas sobre ella n o la tienes que temblar. P e r o esto se q u e d e a q u í , que n o q u i e r o que q u i z á te aficiones p o r m i b o c a

985

y te haga n o v e d a d . CARLOS

M u ñ é n d o m e por Diana p o c o me puede d a ñ a r el dejar aquesta v i d a que h o l g a n d o e n m i c u e r p o está;

990

mas a u n siendo así, n o q u i e r o m o r i r m e ahora. v. 965 muerto: dilogía que alude a 'fallecido' y a «apagado, poco activo o marchito» (Aut). vv. 981-82 Como no bebas sobre ella / no la tienes que temblar, metáfora de comida; algunos alimentos pueden hacer daño, sobre todo si se bebe después de comerlos. Si se tiene cuidado de no beber nada después de morirse, no hay que temer que la muerte haga daño. Ese es el disparatado chiste.

TEXTO DE LA COMEDIA

279

T ú harás

POLILLA

cosa p o r d o n d e la m u e r t e te gane la v o l u n t a d , de f o r m a que venga el d í a

995

de que a m o r i r te e c h a r á s llevado de aquel deleite que se encuentra e n espirar. CARLOS

D e no m o r i r m e en m i vida te d o y palabra. ¿Y q u é das

POLILLA

1000

c o n d a r m e n i a u n m i l palabras, si entonces suelen faltar? CARLOS

A u n s e ñ o r n u n c a le faltan palabras.

POLILLA

L e faltarán c u a n d o le embargue la m u e r t e

1005

la r e s p i r a c i ó n vital. CARLOS

S i l o hace, será p o r q u e n o encuentre ya q u é embargar.

POLILLA

Luego, ¿ n o debo

CARLOS

Y o te d i g o la verdad, y p o r D i o s que has de c r e e r m e

creerte? 1010

a u n q u e m e sepa e m p e ñ a r .

vv. 1003-1004 A un señor nunca le faltan / palabras: faltar palabras es «Frase con que se pondera la excelencia o grandeza de alguna cosa y que no se puede explicar o alabar dignamente» (Aut), pero juega con otras expresiones como dar palabra y faltar a la palabra que alude, esta última, a 'no cumplir lo prometido' aunque en el sentido literal si uno ha fallecido le faltan las palabras ya que deja de hablar. vv. 1005-1008 embargue... embargar: polípote dilógico en el que el primer término significa «embarazar, impedir y detener» (Aut) y el segundo «Secuestrar, detener y retener alguna cosa en fuerza de mandamiento y orden de juez competente» (Aut); la misma dilogía la hallamos en Darlo todo, vv. 1176-79: «Mas ¿qué ruido es el que embarga, / hecho alguacil, estas quejas, / que me salen de acá dentro, / como si otra cosa fuera?». Sátira del hidalgo pobre, tópico repetido hasta la saciedad en la literatura satírico-burlesca. v. 1012 empeñar: dilogía por un lado 'decidirse a hacer una cosa' y por otro 'tener sus bienes empeñados por ser pobre'; cfr. Mocedades, vv. 869-76: «LAÍNEZ:

280

POLILLA

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

S o b r e t u palabra solo n o l o he de hacer, ¡vive tal!

CARLOS

¿ P u e s q u é h a r é p o r q u e m e creas

1015

en tan grave riesgo? Echar

POLILLA

algún juramento. CARLOS

¿ U n conde quieres que haga u n a m a l d a d c o m o jurar, c o m e t i e n d o u n gran pecado mortal?

POLILLA

1020

E l que c u m p l e l o que j u r a , n o peca.

CARLOS

¿ D á d o l e ha? Y a he d i c h o , ¡ v o t o a D i o s ! , que n o tengo de j u r a r .

POLILLA

Creerete bien a bien.

CARLOS

M a s que sea m a l a m a l ,

1025

que a q u e l a q u i e n dan n o escoge, c o m o dijo u n d o c t o abad

Señor, mi hijo me vengó / con su brazo y con su espada / de una grande bofetada / que el conde me sacudió; / y aunque yo quedé afrentado / la tomé si lo notasteis. / R E Y : Ya entiendo; vos la tomasteis / porque estáis muy empeñado»; Carrión, vv. 1346-47: «¿quieres que me empeñe aquí / si nunca viví empeñado?». vv. 1019-21 jurar... jura: polípote dilógico en el que el primer término quiere decir'echar juramentos' y el segundo «hacer profesión de alguna cosa o resolución de seguirla o ejercitarla» (Aut). vv. 1023-24 ¡Voto a Dios!, / que no tengo de jurar: humorísticamente hace un juramento (¡Voto a Dios!) para decir que no va a jurar más. v. 1025 bien a bien: «De buen grado, sin contradicción ni disgusto» (DRAE); cfr. Céfalo, vv. 1853-57: «si habiéndoslo suplicado / con las ternezas que oís, / de bien a bien no lo hacéis, / os lo tengo de pedir / de mal a mal». v. 1026 Mas que: 'aunque'; ver la nota al v. 63. v. 1027 a quien dan no escoge: «Refrán que advierte que el que recibe debe callar y tomar lo que le dan, o pasar por el sonrojo de ser ingrato y descomedido» (Aut); en Correas lo encontramos en los refranes núms. 835-36: «A quien da no escoge, y dábanle de palos» y «A quien da no escoge, y eran cuchilladas»; cfr. El hermano, vv. 957-58: «Vellido, a quien dan no escoge, / y el rey tiene privilegio»;

T E X T O DE LA COMEDIA

281

p r e d i c a n d o la P a s i ó n la m a ñ a n a de San J u a n . POLILLA

1030

E s o fue en el mes de agosto, v í s p e r a de

Navidad;

mas v o l v i e n d o a nuestro asumpto, s e ñ o r , los p r í n c i p e s v a n p o r la posta en los festejos

1035

sin d o r m i r n i sosegar. CARLOS

¿ P o r la posta? ¡Vive C r i s t o , que esa n o t i c i a m e da mala espina!

POLILLA CARLOS

Pues, ¿ p o r q u é ? P o r q u e la e n a m o r a r á

1040

mejor quien por m á s caminos la solicite agradar. POLILLA

A n t e s eso es dar i n d i c i o s de que m a l servida está, y que para darla gusto

1045

les falta m u c h o que andar. CARLOS

L o s que p o r la posta a m a n adelantan m u c h o m á s que aquel que sirve a p i e quedo,

ver la nota de Arellano y Mata en la que se recuerdan los orígenes folclóricos de la expresión y remiten a bibliografía. v. 1030 la mañana de San Juan: las fiestas de San Juan fueron muy populares; recordemos que las comedias burlescas se solían representar además de en los días de carnaval, el día 24 de junio, que era la fiesta de San Juan. E l tema de las mañanas de San Juan se encuentra muy difundido en la lírica española y en el refranero: «Mañana de San Juan, mozas, a mi casa todas» y «Mañana de San Juan, mozas, vámonos a coger rosas» (Correas, núms. 13473-74).Ver Arco y Garay, 1951, pp. 748-52 y 821-23. Además es disparate ya que la Pasión no cae en San Juan. v. 1035 por la posta: «Modo adverbial con que además del sentido recto de ir corriendo la posta, translaticiamente se explica la prisa, presteza y velocidad con que se ejecuta alguna cosa» (Aut). v. 1049 a pie quedo: «Frase adverbial que vale sin mover los pies o sin andar» (Aut); cfr. Comendador, vv. 724-26: «No hay tal, si algo corro es riesgo. / ¿ C ó m o he de correr peligro / si ves que estoy a pie quedo?».

282

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

p o r q u e es cosa regular

1050

que c o r r i e n d o b i e n c o n todos l o g r e n c o n facilidad c u a n d o para m e r e c e r puestos e n carrera e s t á n . POLILLA

F u e r z a m e hace t u r a z ó n .

CARLOS

¿ P u e s n o adviertes, incapaz,

1055

que c u a l q u i e r g a l á n andante c o m o p o r sus logros da m u c h o s pasos que le m u e l e n se r i n d e c o n p r o p i e d a d ? POLILLA

1060

D i c e s m u y b i e n , y de a h í saco que h o y d í a para l o g r a r n o hay cosa c o m o u n cansado.

CARLOS

Un

cansado, a u n q u e ame m a l ,

da e n el b l a n c o de la d i c h a

1065

c o m o e n ser m o l e s t o da.

v. 1055 Fuerza me hace tu razón: parodia de la frase hecha «La razón no quiere fuerza con que se advierte que en las dependencias debe obrar más la justicia que la violencia; y también se usa para darse por convencido de lo que le persuaden» (Aut); cfr. Olmedo, v. 1289: «La razón no quiere fuerza»; Renegada, v. 1236: «La razón no quiere fuerza». vv. 1056-57 incapaz, / que cualquier galán andante: incapaz se toma por 'loco, insensato' que forma parte del elenco de insultos habituales en las comedias burlescas; galán andante es calco burlesco de los términos caballero andante. v 1063 cansado: alusión a hidalgos cansados que es sinónimo de judíos ('cristianos nuevos'); cansado tiene su origen en la expresión «la ley cansada» que hace referencia a los judíos que esperaban y se cansaban de esperar la venida del Mesías; cfr. Lope, Peribáñez y el comendador de Ocaña, vv. 2450-55: «LEONARDO: Vayan marchando, soldados, / con el orden que decía. / INÉS: ¿Qué es esto? COSTANZA: La compañía / de los hidalgos cansados. / INÉS: Más lucidos han salido / nuestros fuertes labradores»; ver la nota complementaria de McGrady en la que aporta b i bliografía muy interesante tanto sobre el epíteto cansado como acerca de la l i m pieza de sangre. Nótese además el juego paronomástico jocoso de cansado / casado, juego que seguirá desarrollándose en los siguientes versos; cfr. Baldovinos, vv. 1652¬ 55: «SEVILLA: N O lo he de hacer; es cansaros. / EMPERADOR: Por Dios que habéis de casaros / aunque sea por un día. / Carloto, ¿quieres casarte?».

TEXTO DE LA COMEDIA

POLILLA

283

Pues c á n s a t e t ú y veremos si amas mejor. ¡Animal!

CARLOS

¿ N o adviertes que si m e canso l o q u e r r é l u e g o dejar? POLILLA

1070

D e j a r u n a m o r p o r otro que es de m e j o r

calidad

n o tiene nada de m a l o . CARLOS

¿ N o ? Pues haz cuenta que ya soy cansado.

POLILLA

¿Hallas a l i v i o

1075

en t u m i s m a v o l u n t a d , a vista d e l n u e v o estilo de pretender y obligar? CARLOS

Sí, y a u n h a l l o que D i a n a m e quiere u n p o c o .

POLILLA

Eficaz

1080

fuiste e n t u p r o p i o cansancio. CARLOS

C o m o m e h a l l é de vagar, m e c a n s é de l u e g o a l u e g o .

POLILLA

S i e n d o así, ¿ n o m e dirás si te ama m u c h o D i a n a ?

CARLOS

1085

T o d o c u a n t o a m o r está de parte de su desprecio d e b o a su celo especial.

POLILLA

M u c h o debe de quererte p o r las señas que m e das.

CARLOS

1090

P o r las señas, ¿eso es m u c h o ?

vv. 1071-73 Burla del tópico del amor eterno desarrollado en la lírica. v. 1083 de luego a luego: «Locución adverbial. C o n mucha prontitud, sin la menor dilación» (DRAE). v. 1087 desprecio: en la edición príncipe encontramos «despredio», término que enmiendo. v. 1091 mucho: en la príncipe hallamos «muho» que exige la enmienda.

284

EL DESDEN,

CON EL

DESDEN

POLILLA

Y sin las s e ñ a s , ¿ q u é tal?

CARLOS

¿ Q u e tal sin las s e ñ a s , dices?

POLILLA

Sí.

CARLOS

Pues e n b u e n a v e r d a d que es c o n ellas tal que b u e n o ,

1095

y sin ellas es tal cual. POLILLA

Y d e l d e s d é n que te asiste, ¿ q u é has de hacer?

CARLOS

L e he de e m p l e a r en hacerla m i l desaires, que acaso la s e r v i r á n

1100

para hacer a cuatro amantes u n a obra de c a r i d a d . POLILLA

C u a l q u i e r m u j e r quiere b i e n c u a n d o se la trata m a l , mas c u i d a d o , que es bellaca

1105

Dianilla. CARLOS

N o hay temblar.

POLILLA

¿ N o ? Pues oye u n a palabra.

CARLOS

Y a escucho.

POLILLA

Acércate más. Apártame

a un lado y hablan, y salen al paño por distin-

tas partes Diana, DIANA

Cintia

y

Laura.

¡ C i e l o s , q u é m i r o ! ¿Allí h a b l a n d o el c o n d e de U r g e l n o está?

1110

v. 1094 en buena verdad: 'verdaderamente'; cfr. Quijote, I, 31: «que a buena verdad que he oído decir que tiene más de veinte mil leguas de contorno». vv. 1103-1104 Cualquier mujer quiere bien / cuando se la trata mal: tópico de la mujer despreciada que reacciona favorablemente al maltrato; en Correas, n ú m . 5517, hallamos un refrán que hace referencia a dicho tema: «Condición es de m u jeres despreciar lo que las dieres y morir por lo que las niegues» y en Martínez Kleiser, n ú m . 43967: «Mujer despreciada, mujer enamorada».

T E X T O DE LA COMEDIA

285

¡Sin alma estoy! ¿ Q u i é n será el que le está requebrando? LAURA

¡ C i e l o s , q u é m i r o ! ¿ H a c i a allí n o está el i n g r a t o P o l i l l a h a b l a n d o a u n a mujercilla?

ClNTIA

1115

¿ E n aquel cerro n o v i al falso i n g r a t o que a m é , e n a m o r a n d o a u n a dama?

DIANA

¿ E s t o es h o n o r ? ¿ E s t o es fama?

LAURA ClNTIA

¿En q u é parará? ¿ Q u é haré?

DIANA ClNTIA

Y o salgo a estorbar m i i n j u r i a .

LAURA

M i ofensa saldré a estorbar.

DIANA

1120

I r é , si prosigue, a dar parte de ello a u n j u e z de i n c u r i a .

POLILLA

M u c h o te quiere su p r i m a .

CARLOS

V e n acá; ¿su p e r f e c c i ó n

1125

no merece m i pasión? DIANA ClNTIA LAURA DIANA ClNTIA

E l se acerca. E l l a se a r r i m a . C l a r a su i n f a m i a se ve. Si la embiste, m a l o va.

1130

Si le abraza, salgo allá. Si le besa, saltaré.

v. 1111 estoy: texto base «ostoy». v. 1124 juez de in curia: «Cualquiera de los seis protonotarios apostólicos españoles, a quienes el nuncio del Papa en España debe cometer el conocimiento de las causas que vienen en apelación a su tribunal; y esto por concordato entre la Santa Sede y estos reinos; de modo que solo puede conocer el nuncio por sí, en caso de que su sentencia haga ejecutoria. Llámanse jueces in curia porque deben residir en la Corte de España» (Aut). v. 1130 embiste: ver vv. 335-38.

286

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

CARLOS

D e esa suerte h a c e r l o i n t e n t o .

POLILLA

P e r o escucha, ¿ n o has n o t a d o que la p u e r t a h a n m e n e a d o ?

CARLOS

¿ Q u i é n anda e n ese aposento?

DIANA

Mal

ClNTIA

E l m e o y ó . ¡Ya estoy sin m í !

CARLOS

¿ A ú n callan? ¿ Q u i é n anda ahí?

1135

el lance se j u g ó .

DIANA

(Sale.) N o anda nadie, que soy y o .

CARLOS

¿ C ó m o a q u í ( ¡ f o r t u n a escasa!)

1140

os atrevisteis a e n t r a r . . . POLILLA CARLOS

¡Ciscaras! . . . sin preguntar si estoy o n o estoy e n casa?

DIANA

Para saberlo m á s presto

1145

hasta a q u í e n t r ó m i o s a d í a . CARLOS

¡Es u n a gran p i c a r d í a ! Idos, que estoy indispuesto.

DIANA CARLOS

¿ Q u é mal tenéis? Un

mal tibio

que es para m o r i r bastante

1150

y m e a t o r m e n t a incesante. DIANA

¿ Q u é se ha de hacer? ¿Ya es alivio?; y d e c i d m e , ¿estáis mejor?

CARLOS

P o r ahora n o l o sé; yo me lo p r e g u n t a r é

1155

c u a n d o m e sienta de h u m o r .

vv. 1134-35 ¿no has notado / que la puerta han meneado?: disparate absurdo ya que parece que se hallan en el campo a tenor de los términos cerro (v. 1116) y floresta (v. 1181). v. 1143 ¡Cascaras!: «Modo de admirarse que se usa cuando uno da sobre otro y le trae a mal traer ya sea en alguna riña o en alguna disputa. Es modo familiar y festivo» (Aut);cfr. Quevedo, P O , n ú m . 861, vv. 85-88: «"Cáscaras", dijo Andresillo, / y tiróle un hurgonazo / al barrio de los cuajares, / y otro a la calle del trago».

TEXTO DE LA COMEDIA

DIANA

287

¿ D i r é i s m e l o p o r escrito b o c a a boca? B i e n está.

CARLOS DIANA

¿ Y sabéis c u á n d o será?

CARLOS

E n p a s á n d o s e u n ratito.

DIANA

Esperar que pase trato

1160

siendo breve y c o m p e n d i o s o . CARLOS

E l será u n rato gustoso p o r q u e h a b r á de ser b u e n rato. (Aparte.)

POLILLA CARLOS

( ¡ B r a v a m e n t e hago el papel!)

1165

S e ñ o r , b u e n o va si dura. ¡A vista de su h e r m o s u r a n o he de p o d e r ser c r u e l !

DIANA

Con

ese d e s d é n alcanza

vuestro afán m i a m o r m á s b i e n . CARLOS

¿Veis t o d o aqueste

1170

desdén?

Pues n o es n i a u n su semejanza. DIANA

Vuestras ideas s o n graves para v e n c e r mis querellas.

CARLOS

¿ Y os o b l i g a r é c o n ellas?

1175

D e c i d l o ya. DIANA

E s o quizaves.

ClNTIA

¡Ya es esto m u c h o sufrir!

LAURA

¡Ya es esto m u c h o aguantar!

vv. 1157-58 por escrito / boca a boca: boca a boca significa «Verbalmente o de palabra» (DRAE); disparate que no necesita explicación. v. 1165 ¡Bravamente hago el papel!: el aparte busca la complicidad de los espectadores convirtiéndose así en un guiño metateatral que rompe con la ficción propia de la comedia; abundan en este género; ver los casos de Mocedades, vv. 83¬ 84: «CONDE: Infame, suelta el papel. / JIMENA: ¿Pues, tan mal le represento?»; El hermano, vv. 532-33: «A comer letuario / pues se acabó la jornada». v. 1176 quizaves: «lo mismo que quizás. Es voz bárbara y usada de gente rústica» (Aut); cfr. Baldovinos, vv. 905-906: «Quizaves serán enredos / de traidoras i n tenciones».

288

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

ClNTIA

Si dura, m e he de marchar.

LAURA

Si p r o s i g u e n , m e he de ir.

DIANA

Muy

CARLOS

A amores c o n v i d a hoy.

CINTIA

N o hay r e m e d i o . Y o m e voy.

LAURA

N o hay recurso. V a m o s desta.

DIANA

(Aparte.) E l m e quiere.

sola está la

CARLOS CINTIA DIANA

1180

floresta.

(Aparte.)

E l l a se i n c l i n a .

1185

C e l o s , vamos a m o r i r . C i n t i a acaba de salir de d e t r á s de esa c o r t i n a .

CINTIA

N o estoy a q u í .

CARLOS DIANA

R a r a idea. (Aparte.)

(¡Su v o z m i recelo abulta!)

1190

¿ P u e s d ó n d e estás? CINTIA

A q u í oculta, a d o n d e nadie m e vea.

POLILLA

¡ N o hay c o r a z ó n que resista u n susto que es m á s de dos!

DIANA

Pues sal de parte de D i o s

1195

sin ser o í d a n i vista. POLILLA

D i m e , ¡ o h , v o z canora y tierna

vv. 1188-89 Pasaje absurdo que parodia un recurso habitual de las «comedias serias», como era el esconderse en el escenario, y que facilitaba el desarrollo del enredo. Dicha situación se desarrolla también en los siguientes versos. v. 1191 Aquí: texto base «A aquí». v. 1194 que es más de dos: 'más del doble'; hipérbole para expresar la naturaleza del susto. v. 1196 sin ser oída ni vista: «Frase que expresa la gran velocidad y presteza en ejecutar alguna cosa» (Aut); cfr. Quijote, II, 31: «cogiendo a don Quijote en brazos, sin ser oído ni visto, le dijeron: "Vaya la vuestra grandeza a apear a mi señora la duquesa"». v. 1197 canora: «Sonoro, entonado y que tiene melodía en la voz y dulzura en el modo de articular y cantar» (Aut); cfr. Céfalo, vv. 2070-73: «Pues a la aurora que dora / estos campos su canora / música, sus celestiales / ecos van».

T E X T O DE LA C O M E D I A

289

que a d m i r a n d o a todos va!, ¿sabes d ó n d e L a u r a está? LAURA POLILLA

A q u í está e n esta caverna.

1200

¿ P u e s q u é h a c é i s embebecidas cada u n a de p o r sí?

DIANA

S a l i d ambas dos a q u í . Salen Cintia

y

Laura.

L A S DOS

Y a estamos ambas salidas.

DIANA

T Ú , ¿qué hacías...

POLILLA DIANA

¿ Q ¿ hacías t ú . . . u

1205

. . . e n la alcoba?

POLILLA

. . . e n el establo?

CINTIA

Allí estaba dada al diablo.

LAURA

D a d a estaba a B e r c e b ú .

DIANA

(Aparte.)

(Ya es su queja perceptible.)

Trata de desenojarte,

1210

y tú también. LAURA

P o r m i parte y o h a r é t o d o l o posible.

CINTIA

Y O e n l o m i s m o estoy pensando.

DIANA

T Ú siempre gusto m e das. C o n t e n t a y alegre estás.

CINTIA

1215

S Í , D i a n a , estoy rabiando.

v. 1201 embebecidas: embebecerse significa «Quedarse embelesado y pasmado m i rando alguna cosa, sin echar de ver lo que se le pone y ofrece delante de los ojos» (Aut); cfr. Quijote, I, 23: «Iba pensando en estas cosas, tan embebecido y transportado en ellas, que de ninguna otra se acordaba». v. 1204 salidas: dilogía en la que se puede entender 'estar afuera' y también «Se aplica a las hembras de algunos animales cuando tienen propensión al coito» (Aut); según el segundo significado se produciría además una animalización. v. 1207 estaba dada al diablo: «Irritarse con enfado grande y casi desesperación» (Aut); cfr. Quijote, I, 20: «Cuatro veces sosegó, y otras tantas volvió a su risa, con el mismo ímpetu que primero; de lo cual ya se daba al diablo don Quijote».

290

EL DESDÉN,

DIANA

CON EL

DESDÉN

D e nada m e m a r a v i l l o , pues c o m o m i p r i m a eres es m u c h o l o que m e quieres. ¿ D i g o bien?

ClNTIA DIANA

¡Eso a p o r r i l l o !

1220

Y a he c o n q u i s t a d o el favor d e l de U r g e l .

ClNTIA

M u c h o m e place, pero, d i m e : l o que él hace, ¿sabes t ú si es v e r b o amor?

DIANA

A ú n n o penetro su audacia,

1225

pero l o que él l l e g u e a hacer v e r b o a m o r h a b r á de ser.

ClNTIA DIANA ClNTIA

Q u i z á será v e r b o y gracia. Si es así, j u s t o es m e su esquivez tan

asombre

descompuesta.

1230

A eso, p r i m a , está dispuesta la que se e n a m o r a de h o m b r e . (Aparte.)

(Así m e v e n g o celosa

de sus amores sin m i e d o . ) CARLOS

D e c i d , s e ñ o r a , si os p u e d o

1235

servir e n alguna cosa. DIANA

Pues que os vais b i e n se demuestra que sois i n f i e l ( ¡ m u e r t a estoy!).

CARLOS

S e ñ o r a , yo aunque me voy q u e d o a la o b e d i e n c i a vuestra.

DIANA

Carlos, s e ñ o r . . . ¿ Q u é queréis?

CARLOS DIANA CARLOS

1240

Q u e me atendáis. Es error,

v. 1220 a porrillo: «En abundancia, copiosamente» (DRAE). v. 1228 verbo y gracia: floreo verbal con la expresión latina verbi gratia.

T E X T O DE LA COMEDIA

291

y pues vos t e n é i s m i a m o r c o n él os e n t e n d e r é i s . Vase. DIANA

¡ A h , falso! ¡ A h , i n g r a t o ! ¡ A h , i n c l e m e n t e ! (Aparte.)

POLILLA

1245

(¡Esto m e faltaba ahora!)

N o os d e s a z o n é i s , s e ñ o r a , p o r q u e él se va adredemente.

ClNTIA

Es u n g r a n grosero, p r i m a .

DIANA

M u c h o el irse m e ha i r r i t a d o .

POLILLA

¿ N o a d v e r t í s que se ha l l e v a d o

1250

de l o m u c h o que os estima? DIANA POLILLA

Q u e h a b l é i s e n su a m o r p r o c u r o . D i g o que os quiere i m p a c i e n t e p o r palabras de presente

1255

y p o r obras de futuro. E s t o asegura, esto ofrece hacer p o r r a z ó n de estado, y y o estoy m u y i n f o r m a d o de l o b i e n que os aborrece.

1260

Vuestra h e r m o s u r a sin par le alborota u n tanto cuanto. DIANA

E l es m o z o , n o m e espanto de que se q u i e r a alegrar.

v. 1248 adredemente: 'adrede'. vv. 1255-56 por palabras de presente / y por obras de futuro: palabras de presente alude mediante una dilogía a las que se dan recíprocamente los esposos en el acto del matrimonio y también al sentido literal de la expresión de presente que hace referencia al adverbio 'ahora, en ese momento en el que se está tratando' y que se ve acompañado de obras de futuro lo cual facilita la comprensión del juego d i lógico; cfr. Mocedades, vv. 373-74: «Ea, decilde / por palabras de presente»; Olmedo, vv. 624-26: «Perdonadme, amigo mío; / que este ha de ser desafío / por palabras de presente»; Darlo todo, vv. 2467-69: «Yo lo sé, y te has de casar / con ella de zanga y manga / por palabras de presente». 'En futuro evoca chistosamente futuere, mención obscena típica del género. v. 1258 por razón de estado: ver v. 554. v. 1262 un tanto cuanto: ver v. 156.

292

POLILLA

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

P o r tanto, y e n a t e n c i ó n

1265

a vuestro ser soberano, de vos espera u n a m a n o . DIANA

Y O le d a r é u n b u e n s e r m ó n .

POLILLA

Q u e le deis la m a n o espero p o r ser d i c h a la m á s alta.

DIANA

1270

A u n q u e m e hace m u c h a falta a h í t e n é i s la d e l m o r t e r o . Alárgale

POLILLA

una mano de mortero.

N O c o r r e s p o n d é i s leal, pues dais la q u e n o prevengo.

DIANA

D e cuantas m a n o s y o tengo,

1275

esa es la m á s especial. POLILLA

L a vuestra derecha acecha p o r ú n i c o l o g r o el c o n d e .

DIANA

Pues, ¿acaso sé y o d ó n d e tengo m i m a n o derecha?

1280

v. 1268 sermón: «Por extensión significa cualquiera reprehensión particularmente dada para la enmienda de alguna culpa u defecto» (Aut); cfr. Virón, vv. 1033¬ 35: «Ya yo le he hecho un sermón, / si es que quiere aprovecharse, / pues para todo hay remedio». v. 1269 dar la mano: dilogía con los significados de 'alargar la mano para saludar' y 'prometerse por esposo', incluso puede aludir literalmente a dar una mano; para la primera acepción cfr. Renegada, vv. 297-99: «CAPITÁN: [A Águeda.] Dale al rey la mano. ÁGUEDA: Aguarda: / se la daré como debo. (Hace tres reverencias.)»; y para la segunda cfr. Amor, ingenio y mujer, vv. 297-99: «Digo que aquesto ha de ser, / no tienes que replicarme: / don Cual te ha de dar la mano». v. 1272 mortero: mano de mortero «se llama también el majadero o instrumento de madera, hierro u otro metal que sirve para moler u desmenuzar alguna cosa» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 143-45: «Dar con el jarro en el suelo, / pues tengo para beber / esta mano de mortero»; incluso podríamos encontrar connotaciones sexuales (quizá sean operativas en los versos siguientes) ya que la mano del almirez era símbolo fálico en la literatura erótico-festiva; cfr. Poesía erótica, n ú m . 78, vv. 12¬ 15: «A fe que os tire otra vez / la spátula, don villano. / ¡Oh, quién os viese en la mano / la mano del almirez!». vv. 1279-80 sé yo dónde / tengo mi mano derecha: no saber cual es su mano derecha es «Frase con que se da a entender que alguno es tan necio e incapaz que i g -

T E X T O DE LA C O M E D I A

POLILLA DIANA

293

A h í está. Verla n o p u e d o .

POLILLA

P o r a h í suena j u n t o al talle.

DIANA

¿ M a s que q u e r é i s que la halle en d e r e c h o de m i dedo?

POLILLA

1285

T o r c e d ese b r a z o a ver si la e n c o n t r á i s . N i p o r esas.

DIANA POLILLA DIANA

Yo torceré. Las princesas n o dan su b r a z o a torcer.

POLILLA

P o r el brazo se ha de hallar sin que m á s d u d a os ofusque.

DIANA

1290

Pues a el c o n d e que la busque p o r t o d o el b r a z o seglar.

POLILLA

¿ N o veis que s o n embarazos estando en el vuestro? No,

DIANA

que en la corte tengo y o

1295

h o y e n d í a m u c h o s brazos. POLILLA

E n los dos de la c u a d r i l l a está la m a n o .

ñora aun las cosas más fáciles y notorias» (Aut); dicha expresión también aparece recogida en Correas, n ú m . 16670; cfr. Camón, vv. 500-502: «Agora es cuando aprovecha, / Sol y Elvira, saber cuál / es vuestra mano derecha», v. 1283 Mas que:'a. que'. v. 1292 brazo seglar: «La jurisdicción y potestad real o temporal que reside en los tribunales seculares» (Aut); cfr. Quijote, I, 6: «Pues no hay más que hacer —dijo el cura—, sino entregarlos al brazo seglar del ama». v. 1296 brazos: alusión a los estamentos que se encuentran en la corte como son los Consejos, Tribunales superiores, ministros y oficiales de la casa real que sirven a la persona del rey o el príncipe soberano. La polisemia del término brazo facilita un juego verbal muy rico en este pasaje. v. 1297 En los dos de la cuadrilla: al mismo tiempo de la declamación de este verso, le estará señalando a Diana sus brazos; cuadrilla hace referencia al 'conjunto

294

EL DESDÉN,

DIANA POLILLA

CON EL

DESDÉN

N O hay tal. S i la estoy y o v i e n d o .

DIANA

¿ E n cual?

POLILLA

E n a q u e l de hacia la o r i l l a .

DIANA

VOS t e n é i s r a z ó n , n o obstante,

1300

pues ya la m a n o he c o g i d o que h u y e n d o se h a b í a i d o . . . POLILLA

¿Dónde?

DIANA POLILLA

A esconder e n u n guante. ¿ Y se la daréis?

DIANA

E s llano.

POLILLA

Q u e h o y será feliz se infiere.

DIANA

Para c u a n t o

1305

pretendiere

ofrezco darle la m a n o . Y vos m e hablasteis discreto. POLILLA

E n serviros e s t u d i é .

DIANA

D e s d e h o y os a t e n d e r é

1310

c u a n d o m e h a b l é i s de secreto. CINTIA

(Aparte.)

DIANA

[Aparte.] Sabias s o n sus i m p e r i c i a s .

POLILLA

¿ N O m e dais algo e n albricias?

DIANA

T o m a d ese b o f e t ó n . Dale un

POLILLA DIANA

M o d e s t o estuvo el b u f ó n .

1315

bofetón.

¡Ay! M i r a d que fue j u g a n d o .

de brazos' señalados en el verso anterior, mientras que Polilla alude a los brazos, en esta ocasión, como 'extremidades superiores del cuerpo'. v. 1314 impericias: «Falta de ciencia o noticia práctica» (Aut); observación disparatada ya que la impericia no puede ser sabia porque supone una falta de conocimiento práctico. v. 1315 albricias: ver v. 820.

T E X T O DE LA COMEDIA

POLILLA

295

Y o de tal j u e g o reniego, a u n q u e e n él de l u e g o a l u e g o tanto j u e g o m e va d a n d o .

CINTIA

1320

F a v o r fue, si se repara, que agradecerla d e b é i s .

POLILLA

¿Favor? Sí.

DIANA

Pues n o m e deis

POLILLA

otra vez c o n él e n cara. DIANA

B i e n está; h a r é l o que dices.

1325

Y al c o n d e saber c o n v i e n e c ó m o desde h o y m e tiene pillada p o r las narices. Iré a decírselo.

Deja

POLILLA

que a m i gran c u i d a d o e s t é ,

1330

que y o se l o p a r l a r é dos deditos de la oreja; mas que a q u í llega c o m p r e n d o . Al paño

Carlos.

v. 1319 de luego a luego: ver v. 1083. v. 1320 juego me va dando: dar juego es «Frase figurada y familiar con que se denota que un asunto o suceso tendrá más efecto del que se cree» (Aut). Nótese la antanaclasis de juego en los vv. 1318 y 1320. vv. 1323-24 no me deis / ... en cara: dar en cara alude tanto al sentido literal (le ha dado una bofetada en la cara) como al metafórico que significa «reconvenir a uno con el beneficio que se le ha hecho, poniéndosele delante» (Aut); cfr. El rey Perico, vv. 450-51: «Ya sé mi defecto, prima, / no me lo des tanto en cara». vv. 1327-28 me tiene / pillada por las narices: tener uno a otro agarrado por las narices es «frase figurada y familiar. Dominarlo, tenerlo subordinado o sujeto a su voluntad» (Aut). vv. 1331-32 se lo parlaré / dos deditos de la oreja: decir algo dos dedos de la oreja es «Frase vulgar con que se explica que a alguna persona se le dirá o ha dicho tal claridad o libertad, que le pese, corra y avergüence mucho» (Aut); cfr. Baldovinos, vv. 1532-34: «He venido a desfogar, / y quizá os pienso matar / dos deditos del oído»; El robo de Elena, vv. 2047-50: «A Venus quiero decir / cuatro dedos del oído, / apelando de mi esposo / a su tribunal divino».

EL DESDEN,

196 CARLOS

CON EL

DESDEN

Y a , s e ñ o r a , os e s c u c h é y todo me lo diré,

1335

que, a D i o s gracias, y o m e e n t i e n d o . DIANA

¡ D o c t o e j e m p l o a todos dais!

CARLOS

Estoy en idiomas ducho.

DIANA

Y , v e n i d acá: ¿ha m u c h o que sabéis l o que os habláis?

1340

Sale. CARLOS DIANA

D e s d e que os v i tan p a n d o r g a . ¡ M a s ahora estoy d u d a n d o ! ¿ P u e s c ó m o estabais callando?

CARLOS

P o r q u e a q u e l que calla, o t o r g a .

DIANA

¡ V u e s t r o talento es d i v i n o !

POLILLA

T o d o está l l e n o de e m p a c h o ,

1345

que si n o es u n g r a n m u c h a c h o . DIANA

D e c í s b i e n , es u n p o l l i n o .

CINTIA

B i e n va t u a m o r de ese m o d o .

DIANA

¿ P o r q u é , C i n t i a ? D i , responde.

1350

v. 1336 yo me entiendo: dilogía en la que se juega con el significado de entender como 'comprender lo que dice' (este significado toma sentido en el v. 1337) y con la frase hecha yo me entiendo que significa 'ya sé lo que hago'; cfr. Comendador, vv. 570-72: «Ara, rapaz, yo me entiendo; / sabréis que quiero, Dieguito, / deciros el evangelio»; Olmedo, vv. 84-86: «Yo me entiendo: / porque, siendo toreador, / me será de gran provecho». v. 1341 pandorga: ver vv. 227-28. v. 1344 aquel que calla, otorga: alusión al refrán quien calla otorga «que da a entender que el que no contradice en la ocasión conveniente, da indicios claros de que o es cómplice en lo que le imputan, o que concede y otorga lo que no tiene voluntad de hacer» (Aut); recordemos que Tirso escribió una comedia con el mismo título; cfr. Mocedades, vv. 1247-49: «Bien está, quien calla otorga, / y ansí bien le podéis dar / la mano». v. 1346 empacho: «Vale también embarazo, impedimento y estorbo» (Aut); cfr. Hamete, vv. 837-40: «que como tus travesuras / amaba cuando muchacho / gustaré que sin empacho / andes siempre a tus anchuras».

T E X T O DE LA COMEDIA

ClNTIA

297

P o r q u e siendo u n asno el c o n d e se h a r á m á s cargo de t o d o .

DIANA

M u c h o e n su m a n o interesa m i gusto, p o r q u e es sufrido.

POLILLA

S e ñ o r a , para m a r i d o

1355

vale m i a m o l o que pesa. DIANA

Y o aprecio su b i z a r r í a .

POLILLA

M u c h o es su a m o r e n r i g o r .

DIANA

¿ Y q u é h a r á c o n tanto a m o r ?

POLILLA

H a r á alguna n i ñ e r í a .

DIANA

A tan altos pensamientos

1360

seré perpetua deudora. CARLOS

Y o d e b o mirar, s e ñ o r a , p o r todos vuestros aumentos, mas h a b r é i s de p e r d o n a r . . .

DIANA

1365

¿De qué? D e una impertinencia,

CARLOS

y es que c o n vuestra l i c e n c i a m e d e t e r m i n o enojar. DIANA

D e c i d m e la causa a m í , pues que así l o h a g á i s es b i e n .

CARLOS

1370

N o hay m á s causa que u n d e s d é n que se m e ha encajado a q u í . ¡Ay, ay!

vv. 1351-52 siendo un asno el conde / se hará más cargo: juega con la polisemia de asno como 'animal de carga' y 'tonto, necio', y de cargo como 'acto de cargar', que para eso sirve el asno como 'animal', y como parte de la expresión hacerse cargo de algo, que significa «tomarlo por su cuenta y encargarse de ello» (Aut). v. 1356 vale mi amo lo que pesa: «Frase familiar que encarece las excelentes cualidades de una persona o cosa» (DRAE). Expresión todavía vigente. v. 1360 niñería: 'travesura, tontería propia de niños', pero alusión a la 'fabricación de niños que podrá acometer con tanto amor el galán'. vv. 1366-68 Resulta ridículo que Carlos pida permiso para enojarse, en otros pasajes de otras comedias para desmayarse; ver a modo de ejemplo Amantes, vv. 1109-16.

298 POLILLA

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

Señor, considera que es de m u e r t e el d o l o r c i l l o .

DIANA

¿ Y d ó n d e está?

CARLOS

En

el t o b i l l o ,

1375

a r r i m a d o a la cadera. DIANA CARLOS

¿Y m i pasión? N a d a valgo c u a n d o siento tal r i g o r .

DIANA

Pues, ¿y m i a m o r ? Vuestro a m o r

CARLOS

v á y a s e a espulgar u n galgo. DIANA

1380

E s o es n o q u e r e r m e hoy. ¡ N u n c a de vos tal p e n s é !

CARLOS

N o hay cansaros, q u e n o h a r é m á s p o r el paso e n que estoy.

DIANA

M i v i d a se ve p e r d i d a

1385

c o n esa r e s o l u c i ó n . CARLOS

Y o os d a r é u n a o c u p a c i ó n para que b u s q u é i s la v i d a .

DIANA

¿ Q u e q u e r á i s , c u a n d o os adoro, tan c r u e l m e n t e enojaros?

CARLOS

1390

¿ N o veis que para obligaros t o d o este d e s d é n es oro?

v. 1380 váyase a espulgar un galgo: «Locución significativa de desprecio de alguno, con que se da a entender que no es hábil, o que no es del genio y gusto de otro» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 910-12: «ESTATIRA: ¿Sacarme de más a más?, / pues vete a espulgar un galgo, / pues no me quieres hablar»; Céfalo, vv. 244-48: «POCRIS (Dentro.): Pícara, idos de mi casa. / AURA (Dentro.): ¿ A dónde? POCRIS: A espulgar un galgo. / AURA: N o espulgo bien galgos. TODAS (Dentro.): Basta. / POCRIS: Si no espulgáis galgos bien, / id a buscar la gandaya». v. 1388 busquéis la vida: juego dilógico con buscar la vida que significa 'encontrar la vida' (otorgando a perdida, v. 1385, un valor dilógico) y también 'ganarse la vida'; un chiste similar lo hallamos en Comendador, vv. 1509-10: «Para buscarme, / porque desde hoy soy perdido».

TEXTO DE LA COMEDIA DIANA

299

¿Luego me queréis?

CARLOS

Es llano. ¿ C o n amor? D e c i d l o .

DIANA CARLOS

Pues.

DIANA

¿ Y de q u é g é n e r o es

1395

vuestro amor? CARLOS

A m o r mundano.

DIANA

¿ M u n d a n o ? D e s d e h o y refreno m i necia pasión.

POLILLA

¡Andallo!

CARLOS

L o p e o r es que n o m e h a l l o c o n otro, m a l o n i b u e n o .

DIANA

1400

Este ardor c o n que el dios n i ñ o , p r i m a mía, me enloquece, n o es amor, a u n q u e parece.

ClNTIA

¿ P u e s q u é p u e d e ser?

DIANA

Cariño... (Aparte.)

¿ P e r o q u é es l o que m e hablo?

1405

B o c a m í a , c i e r r a el p i c o . ClNTIA

¿ M a s q u é es esto? Suena ruido dentro y dicen.

DENTRO I DENTRO 2

¡ A h , d e l establo!

O

o

Quita, cuerno.

v. 1394 Pues: 'sí, efectivamente'. v. 1396 Amor mundano: puede aludir a que su amor es mundano debido a que ella es una mujer mundana que así se llama a «La ramera o mujer perdida, que se ha echado al mundo» (Aut), o que se trata de puro 'deseo sexual'. v. 1398 ¡Andallo!: ver Correas, n ú m . 2392: «Andallo, mi vida, andallo; que sois pollo y vais para gallo»; cfr. Comendador, vv. 1277-78: «CASILDA: Mucho que te asustes siento, / mas adiós. PERIBÁÑEZ: Andallo, pavas»; Amantes, vv. 5-6: «DOÑA ISABEL: N o hay cosa que no me asombre. / D O Ñ A ELENA: ¿ Q u é tienes? CAMACHO: ¡Andallo, padre!». v. 1401 dios niño: 'Cupido'.

300

EL DESDÉN,

CON EL

OTRO

DESDÉN

A p a r t a , diablo.

OTRO

A n d a , bestia.

OTRO

Arre, borrico.

DIANA

Pero a q u e l l o que ha sonado,

1410

¿ q u é diablos de b u l l a ha sido? Sale un criado. CRIADO I

O

Hasta a q u í , s e ñ o r a , ha entrado en u n b u r r o u n e n v i a d o .

DIANA

¿ Y sabéis a q u é ha v e n i d o ? Sale otro criado.

CRIADO 2

O

E n u n a haca langosta,

1415

se ha entrado hasta la antesala u n a posta que hace costa. DIANA

¿ Q u é decís? ¿ H a entrado posta? M u c h o p e o r fuera bala.

CRIADO 2

O

DIANA CRIADO I

DIANA

1420

Excusadme. o

DIANA CRIADO I

Veros p r e t e n d e n , s e ñ o r a .

¿Cómo? Hablando.

O

¿ N O veis que de a u d i e n c i a es hora? I d y decidles que ahora m e está el barbero afeitando.

v. 1415 haca langosta', haca «Es caballo pequeño, que de su natural no llega su estatura a los demás, y es como redrojo o enano» (Cov.); y esta se parece a una langosta. v. 1417 costa: «El gasto o expensas que se hacen en alguna cosa» (Aut). Nótese la rima interna jocosa entre posta y costa. v. 1418 posta: dilogía con los significados de «persona que corre y va por la posta a alguna diligencia» (Aut) y «Bala pequeña de plomo, algo mayor que los perdigones, que sirve de munición para cargar las armas de fuego» (Aut); un juego de palabras similar lo hallamos en Comendador, vv. 1145-48: «PERIBÁÑEZ: Las postas son las que matan / más, y las que más destrozan. / GILOTE: Según eso los dos vamos / a la muerte por la posta». v. 1424 me está el barbero afeitando: excusa disparatada acorde con el tópico del «mundo al revés» que opera sobre el género burlesco. Es habitual encontrarse en

T E X T O DE LA C O M E D I A

CRIADO 2

O

S e ñ o r a , m e j o r se o b l i g a n

301

1425

antes de afeitar. DIANA

S o n parvas razones que m e atosigan.

CRIADO 2

O

DIANA

Ved... ¿ Q u e r é i s vos que m e d i g a n su p r e t e n s i ó n e n las barbas?

CRIADO 2

O

¿ Q u é sé yo?

DIANA

¿ Y en q u é anduvieron

1430

esos hombres? CRIADO I

S i n susurros

O

en los burros que se v i e r o n . DIANA CRIADO I

¿ Y hasta a q u í a entrar se atrevieron? O

DIANA

E S cierto. ¡ Q u é n e c i o s burros! D e c i d l o s que su i n d e c e n c i a

1435

impide que... CRIADO 2

O

M a s notad que a q u í llegan. Salen cada uno por su lado, los dos embajadores con coletos, botas, espuelas y alforjas al hombro.

estas comedias con damas con barba o bigote, aunque puede aludir a que el barbero le esté maquillando; cfr. Comendador, vv. 251-54: «Y ruego a Dios que le dé / las hijas tantas y tales / que tengan antes de un año / más bigotes que su padre»; recuérdese el personaje de la Infanta barbada en La ventura sin buscarla. vv. 1428-29 me digan / su pretensión en las barbas: juego verbal con afeitar (v. 1426) y con la frase hecha decir a uno en sus barbas alguna cosa que «Es perderle el respeto quien debe tenérsele y reverenciarle, o por obligación o por atención, u decirle con claridad y sin rebozo lo que siente de su modo de obrar» (Aut); cfr. El robo de Elena, vv. 1018-20: «¡Esto solo me faltaba!, / hombre, ¿cómo dices eso / a una mujer en sus barbas?»; al igual que en el pasaje aducido, la expresión adquiere gran jocosidad al referirse a una mujer. Acot. a v. 1437 coletos: «Vestidura como casaca o j u b ó n , que se hace de piel de ante, búfalo o de otro cuero. Los largos como casacas tienen mangas y sirven a los soldados para adorno y defensa, y los que son de hechura de j u b ó n se usan

302

EL DESDÉN,

CON EL

DIANA EMBAJADOR I EMBAJADOR 2 EMBAJADOR I EMBAJADOR 2 EMBAJADOR I .EMBAJADOR 2 EMBAJADOR I EMBAJADOR 2 EMBAJADOR I EMBAJADOR 2

DESDÉN

Pues p a c i e n c i a . O

o

O

o

O

o

O

D i o s guarde a v u e s e m i n e n c i a . D i o s guarde a su c a r i d a d . Y o he v e n i d o . . . Y O he l l e g a d o . . . . p o r t o d o aquese c a m i n o . . . . . . p o r t o d o aquese s e m b r a d o . . . . . . e c h a n d o el b o f e . . . . . . cansado.

o

O

o

1440

. . . p o r la posta e n u n p o l l i n o . . . . e n u n a haca que igualaba

1445

al p l o m o c u a n d o c o r r í a , tal que c u a n d o m e

montaba

n i n g u n a vez c a m i n a b a a u n q u e todas m e p a r t í a . DIANA

¿SÍ? Pues denlos c h o c o l a t e

1450

c o n tortas y p a n e c i l l o s . EMBAJADOR I DIANA

O

S U e m i n e n c i a n o se mate. M i e n t r a s llega el azafate a r r i m e n unos banquillos.

también para la defensa y abrigo» (Aut); cfr. Amantes, vv. 392-93: «Pero escucha, señor, si traes coleto, / y la causa sabrás de aqueste efeto». v. 1443 echando el bofe: sin aliento, echando los pulmones; Angélica, w . 1321-23: «No me replique, que el orden / tengo dado a los lacayos / y te harán echar el bofe». v. 1446 plomo: «Por metonimia se toma por las balas» (Aut); cfr. Castigar, vv. 67-68: «Arcabuz tan suave, que enseñado / estás a vomitar el plomo helado». Juega con los términos posta y plomo (ambos significan 'bala'), que en este pasaje no funcionan como sinónimos. v. 1449 me partía: chiste dilógico que juega con partir como 'romper o deshacer' y partirse que es 'irse, salir de algún lugar'. v. 1450 chocolate: manjar al que eran muy aficionados en el Siglo de Oro; cfr. El hermano, vv. 319-21: «y como dijo Cintor, / el arte de canto llano, / con chocolate es mejor». v. 1453 azafate: «Un género de canastillo llano tejido de mimbres, levantados en la circunferencia en forma de enrejado cuatro dedos de la misma labor» (Aut);

303

T E X T O DE LA COMEDIA

N o los hay.

ClNTIA

¿ P u e s q u é hay?

DIANA

Sitiales.

CINTIA

1455

¡Sitiales es i n d e c e n c i a !

DIANA

¿Para esos dos animales

LAURA

n o son m e j o r dos dedales porque estén a conveniencia? EMBAJADOR

I

EMBAJADOR

2

EMBAJADOR

I

O

¡ Q u é cordura! ¡ Q u é gobierno!

o

O

1460

S i v i e r a tanto p r i m o r el que pretende ser y e r n o , fuera su a m o r u n i n f i e r n o . ¿ P u e s tan ardiente es su amor?

DIANA EMBAJADOR

I

O

E s o es cosa n u n c a vista

1465

n i j a m á s representada, sin saber en q u é consista, y puesto que nadie chista, escuchad nuestra

D e c i d l a c o n brevedad.

DIANA EMBAJADOR

embajada.

2

o

1470

M i a m o , el c o n d e de F o x , atento a vuestra b e l d a d os pretende.

cfr. Avellaneda, Quijote, X V I I , p. 238: «y a un paje suyo las curiosas flores de seda que pedía, compuesta en un azafate grande de vistosos mimbres». v. 1455 Sitiales: «El asiento o silla con un pequeño banco delante, cubierto de un tapete con una almohada o cojín encima y otra a los pies de la silla, de que usan los reyes, príncipes y prelados en la asistencia de las funciones públicas» (Aut) o quizá aluda a «un taburetillo [...] con que adornan el estrado de las señoras y sirven de asiento» (Aut); cfr. El hermano, vv. 654-57: «A esperar salgo a la infanta / en este frondoso prado, / verde estrado del abril, / fragante sitial de mayo». v. 1457 dedales: puede aludir a dedal como «vaso u copa muy pequeño para beber» (Aut) y de esa forma les tilde implícitamente de borrachos. v. 1468 chista: chistar significa «Querer empezar a hablar, quedarse sin hacerlo, formando solo aquel primer sonido» (Aut); cfr. Céfalo, vv. 1466-69: «escuchad todos atentos / con silencio y con quietud, / sin hablar y sin chistar / y sin decir tus ni mus».

304

EL DESDÉN,

DIANA EMBAJADOR 2 EMBAJADOR I

CON EL

DESDÉN

¿ D e verdad? o

o

S Í , p o r esta c r u z de D i o s . E l de B e a r n e , c o n acierto,

1475

p o r m í os p i d e , e n paz o e n guerra, para mujer. CARLOS

(Aparte.)

DIANA EMBAJADOR I

Y d e c i d m e , ¿ a q u e s o es cierto? o

DIANA EMBAJADOR 2

¡Yo estoy m u e r t o !

E s l o c o m o soy de tierra. Y O r e s p o n d o que está b i e n .

o

1480

P r e c i s o es llevar el sí de vos si d e c í s a q u i é n .

DIANA

Mientras viva m i d e s d é n , y o n o soy d u e ñ a de m í .

EMBAJADOR I

o

Pues p o r q u e e n t o d o r e d o n d a

1485

vaya la respuesta, d i g o que nada se nos esconda y vuestro d e s d é n responda. DIANA EMBAJADOR 2

N O le traigo ahora c o n m i g o . o

T a m b i é n q u i e r e n festejar

1490

vuestra belleza r e n d i d o s , si q u e r é i s . DIANA EMBAJADOR 2 DIANA

¿ Q u é hay que dudar? o

¿Pues vienen? Y a h a b í a n de estar v e n i d o s y revenidos y . . . ¿ q u é en la alforja traéis?

1495

v. 1474 por esta cruz de Dios: hace referencia a la acción de hacer la cruz con los dedos; esta forma es una variación de la construcción típica para los juramentos Juro a Dios y a esta cruz!; cfr. Ccfalo, vv. 794-97: «En cuanto a que busco / dama más hermosa, / es, por esta cruz, / mentira tan gorda». v. 1479 soy de tierra: pues según enseña la Biblia el hombre se hizo de tierra. v. 1494 revenidos: dilogía en la que se juega por un lado con re-venidos, con el prefijo re- enfatizando el interés por su llegada (construcción creada a modo de

T E X T O DE LA C O M E D I A

EMBAJADOR I

O

M u c h o s n o v i o s confitados. Justo es que a l g u n o m e deis.

DIANA EMBAJADOR I

305

O

E s o es fácil. A h í t e n é i s esos papeles cerrados. Dala cada uno un papel de la alforja. 1500

Así m e dan q u é sentir.

DIANA

¿ C e r r a d o s a m í ? ¡ M a l grave! EMBAJADOR 2

o

S e n t i r no, n i es de i n f e r i r ; vos b i e n los p o d é i s abrir. ¿ A b r i r l o s ? , pues, ¿y la llave?

DIANA EMBAJADOR I

O

A q u í creo que ha de estar;

1505

¿ m a s que v o l ó ? EMBAJADOR 2 EMBAJADOR I

¿Cómo

o

O

tardas?

Allá d e b i ó de quedar. Vayan al p u n t o a buscar

DIANA

aquesa llave dos guardas. Vayan c o r r i e n d o despacio.

1510

¿ C ó m o así?

ClNTIA

¡ R a r a s hablillas!

LAURA

N i n g u n o se esté reacio,

DIANA

y b ú s q u e n l a en m i palacio todos, hasta las guardillas. EMBAJADOR 2 DIANA

o

Y a nuestra gran prisa veis.

1515

¿ Y q u é p u e d o hacer?

si Y resí o no y reno) y por otro con revenirse que significa «Encogerse, consumirse una cosa poco a poco» (Aut). v. 1506 ¿mas que voló?:'¿a. que resulta que ha volado?'. v. 1514 guardillas: juego dilógico con los significados de 'diminutivo de guardas' y 'buhardillas (la ventana que se levanta por encima del tejado de alguna casa)'. v. 1518 Bearne y Fox: en el texto príncipe leemos Los dos y en el v. 1522 Bearne y Fox; escojo la opción de transcribir los dos nombres por parecerme más clara y así unifico el criterio para próximas ocasiones en las que aparezca Los dos como interlocutor.

306 EMBAJADOR I

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN Hacello

o

c o r r i e n d i t o si q u e r é i s . Dentro el de Fox y el de Bearne dicen los dos versos siguientes. BEARNE Y FOX

Embajadores, ¿ q u é hacéis que n o d e s p a c h á i s c o n ello?

EMBAJADOR 2

o

E s su alteza m u y marraja

1520

y n o os acaba de amar. BEARNE Y FOX

¡Vive D i o s , que es l i n d a alhaja! Los dos embajadores dicen.

EMBAJADORES

E s p e r a d u n a migaja, que esto n o p u e d e durar. Salen deprisa el de Fox y el de Bearne.

BEARNE

N O queremos.

Fox

N o gustamos.

DIANA

¿ A q u í estáis? ¡Triste de m í !

BEARNE

L o s dos, s e ñ o r a , l l e g a m o s .

DIANA

¿ Q u é habláis?

BEARNE

1525

D i g o que a q u í estamos.

v. 1520 marraja: «Cauto, astuto, difícil de engañar y que encubre dañada i n tención» (Léxico); como segunda acepción y a la que podría también hacer referencia encontramos «Se identifica con el rufián muy astuto y de malas artes que es a la vez valiente mostrando entereza y decisión» (Léxico); cfr. Escarramán, v. 317: «BRIANDA: ¡Ah socarrón! CHOQUE: ¡Ah marraja!»; Quevedo, Prosa festiva, p. 395: «El padre, que era marrajo, iba y venía en estas cosas». v. 1522 linda alhaja: alusión a buena alhaja que «se dice irónicamente de alguna persona que tiene crédito de embustero, enredador, tramposo o vicioso en otra cualquiera línea. Y este modo de hablar de desprecio solo se dice de gente baja» (Aut); cfr. El robo de Elena, vv. 2325-28: «CASIANA: Mujer soy, pero sabré / dar cuenta de mi persona. / ELENA: ¡Retírale!, buena alhaja. / CASIANA: Pues le vencí, ¡sígame!»; El rey Perico, vv. 1563-64: «¡Linda alhaja! / por ella estoy de esta suerte».

TEXTO DE LA COMEDIA

DIANA BEARNE

307

¿Cierto? C o m o estoy a q u í . Suena música y cantan dentro.

MÚSICA

Q u e r e d , señora, quered.

1530

Q u e r e d , no tengáis empacho, que e n las damas el d e s d é n es u n a cosa de a n t a ñ o . Q u e r e d , que los gatos q u i e r e n p o r enero, mes helado,

1535

y n o ha de ser m e n o s que ellos u n p r í n c i p e soberano. Dentro el conde de Barcelona. CONDE

A b r e , D i a n a , esta p u e r t a , que si n o he de echarla abajo.

DIANA

¡ C i e l o s ! , ¿ q u é es esto? ¡ M i padre!

1540

L a m ú s i c a fue u n m i l a g r o . Fox

M u c h o siento p o r ser m í a que os haya gustado tanto, p e r o atended, que repite.

CONDE

A b r i d a q u í c o n los diablos.

CINTIA

T u padre, D i a n a , es

1545

el que a la p u e r t a ha l l a m a d o . DIANA

¿ M i padre fue? Pues a b r i d l e , que es pariente m u y cercano. Abren y entra.

v. 1529 ¿Cierto? Como estoy aquí: alude, además, del significado literal al que hace referencia el verso anterior, a la expresión todavía hoy vigente tan cierto como que estoy aquí. vv. 1534-35 los gatos quieren / por enero, mes helado: alude a que enero es la época en la que los gatos andan en celo, de ahí que la música le incite al Príncipe de Bearne a que actúe como los gatos en enero; Correas, núms. 8602 y 2479: «En enero, el gato en celo» y «Andar en celos, como gatos en enero»; cfr. Cardón, vv. 1396-97: «el perro (si no está muerto) hace guao guao, / el gato por enero miao miao miao»; además, recuérdese el romance de Quevedo, PO, n ú m . 685 titulado «Habla con enero, mes de la brama de los gatos».

308

CONDE

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

¿ N o p u d i e r a n avisarme

1550

de que estabais o c u p a d o s en cosas que p e r t e n e c e n a m i h o n o r y a t u recato? BEARNE

A q u í tenemos, s e ñ o r , m i l n e g o c i o s entre m a n o s .

CONDE

1555

Pues e c h a d acá u n o s p o c o s para p o d e r despacharlos, que c o m o haya b u e n a venta h e m o s de acabar t e m p r a n o .

BEARNE

Pues el p r i n c i p a l n e g o c i o

1560

es el que a D i a n a traigo. CONDE BEARNE

Decidle. Escuchad, que quiero d e c í r s e l o a ella cantado. (Canta.) A c a b a d , s e ñ o r a m í a , de acabar de enamoraros,

1565

que vale caro el d e s d é n y tenemos m u c h o s gastos. D e s d e B e a r n e he v e n i d o en u n b o r r i c o a caballo y me están c o m i e n d o vivo

1570

los c o c h e r o s y lacayos. CONDE

T e n é i s r a z ó n ; hija i n f a m e , ¿ e n q u é piensas, que n o has dado u n a m a n o a cada u n o ?

DIANA

P i e n s o e n estarlo pensando,

1575

y n o q u i e r o n i requiero, p o r q u e de darle u n a m a n o a cada u n o resulta que q u e d e p o b r e el estado, pues n o p o d r é p o r m i s p u ñ o s ,

1580

c o m o hasta ahora, ganarlo.

v. 1580 por mis puños: «Frase adverbial que vale con su proprio trabajo personal» (Aut); cfr. Estebanillo, I, p. 67: «Pesábame estar ausente de m i padre y herma-

T E X T O DE LA C O M E D I A

CONDE

309

Pues dalos u n pie. Tampoco

DIANA

p u e d e ser, que u n a vez dado, la m a n o p o d r á n tomarse. CONDE

Pues si n o p u e d e ser, dalos

1585

siquiera u n cuajar. N o es dable

DIANA

que p u e d a n c o n s e g u i r tanto, p o r q u e ya m e l o g r a entera el que m e arranca de cuajo. CONDE

Pues, D i a n a , algo has de darles,

1590

que es d e b i d o y y o l o m a n d o . CARLOS DIANA

(Aparte.)

¡ N o t a b l e caso de h o n o r !

M i h o n e s t i d a d y recato, s e ñ o r , es antes que t o d o ; y así, sin m a n c h a r l e , paso

1595

a darles a cada u n o u n beso c o n u n abrazo. TODOS

¡ O h , insigne mujer!

ñas y en parte que no podían ver el hijo y hermano que tenían, y al oficio que había llegado en tan breve tiempo, ganado por mis puños»; aquí también alude al significado literal ya que si ella da una mano (v. 1577) a cada uno de ellos, ella se queda sin puños para realizar lo que quiera. v. 1584 tomarse la mano: alude al refrán «Al villano, dalde el pie y tomaros ha la mano» (Correas, n ú m . 1930). v. 1586 cuajar: «La parte donde los animales reciben el alimento para hacer la primera cocción, que corresponde al estómago en el hombre o el buche en el ave» (Aut); cuajares y manos eran comida vulgar; cfr. Castigo, vv. 25-28: «y pues de Francia sois los Doce Pares, / con pies, cabezas, manos y cuajares, / y en la frente tenéis el pensamiento, / quiero que me asistáis varios al cuento». v. 1589 de cuajo: «Se toma también por raíz o cimiento de alguna cosa, y el uso de este nombre en esta acepción es regularmente en la frase arrancar de cuajo, que es lo mismo que arrancar una cosa con toda su raíz o fundamento» (Aut); cfr. Quijote, II, 25: «y estoy maravillado como no le han acusado al Santo Oficio, y examinándole, y sacádole de cuajo en virtud de quién adivina». Juega con cuajar (v. 1586).

310

EL DESDÉN,

CON EL

CONDE

DESDÉN Aquesto

sí que es de pechos hidalgos. B i e n se c o n o c e q u e eres c o n u n p r o c e d e r tan DIANA

1600

casto...

¿ Q ¿ °y> padre? u

s

CONDE

¿Qué? Doncella de todos cuatro

costados.

POLILLA

E S O SÍ. ¡ P l é g u e t e C r i s t o !

LAURA

J e s ú s , y q u é h o n o r tan alto!

CINTIA

D i a n a , ¿ d o n c e l l a eres

1605

y estabas así callando? DIANA

Sí, p r i m a , para que veas e n el riesgo que m e hallo.

BEARNE

S e ñ o r , ya para el festín

1610

la m ú s i c a está l l a m a n d o . Suena Fox

música.

Y para besar t e n e m o s prevenidos ya los labios.

CONDE

¿SÍ? Pues vayan p o r su o r d e n todos l l e g a n d o y besando.

1615

(Aparte.) E s t o es c u m p l i r c o n m i p u n t o c o m o p r u d e n t e y cristiano. BEARNE Fox

Y O llego. N o , sino y o .

BEARNE

¡ M a s que si levanto u n p a l o . . .

Fox

¡ M a s que si t o m o u n a p o r r a . . .

BEARNE

. . . le r o m p o todos los cascos!

1620

vv. 1602-1603 Doncella / de todos cuatro costados: parodia de la expresión hidalgo de cuatro costados que «es aquel que sus cuatro abuelos fueron hidalgos de casa y solar conocido» (Aut). Comentario hiperbólico acerca de la virginidad de Diana. v. 1615 llegando y besando: evocación jocosa del refrán recogido en Correas, n ú m . 16159: «No hay más de llegar y besar».

T E X T O DE LA C O M E D I A

Fox

. . . u n a costilla le q u i e b r o !

CONDE

¿ Q u é es aqueso? R e p o r t a o s ,

311

que gracias a D i o s hay besos para todos mis vasallos. DIANA

1625

Es m u y c i e r t o ; y a u n d e s p u é s h a n de quedarse sobrados.

Fox

N o ha de llegar. N i él t a m p o c o .

BEARNE CONDE

Pues u n m e d i o d i s c u r r a m o s .

Fox

D i s c u r r a m o s , pues, u n m e d i o

1630

de besar sin enojarnos. BEARNE

Enhorabuena, no quiero pareceros t e m e r a r i o .

Fox

S u p o n g a m o s que es de n o c h e y que e n esta sala estamos

1635

sin sol, sin l u z y sin moscas, c o m o d i c e aquel adagio. BEARNE

Fox

Está bien. S i e n d o esto así, aunque intentemos mirarnos n o h e m o s de p o d e r n o s ver,

1640

so pena de ser hallados. BEARNE

Fox

Proseguid. Pues d e s p u é s de esto todos h e m o s de i r a n d a n d o hasta perder b i e n el t i n o en la o b s c u r i d a d d e l cuarto.

CONDE

1645

¡Lindamente!

v. 1636 adagio: «Sentencia breve c o m ú n m e n t e recibida, traída a algún p r o p ó sito por la mayor parte moral. E n castellano se llama más propriamente refrán» (Aut); no identifico el tal adagio, si es que lo hay. vv. 1642-55 La escena a oscuras (aunque realmente exista luz) es tópica en las comedias del Siglo de Oro.

312

EL DESDÉN,

Fox

CON EL

DESDÉN

E n este t i e m p o D i a n a c o n lentos pasos ha de andar c o n d i s i m u l o t o d o el s a l ó n de alto a bajo, y a q u e l a q u i e n m á s aprisa

1650

se le viniese a la m a n o sea el que p r i m e r o bese. CONDE

¡ N o b l e arbitrio! Vamos.

BEARNE

Vamos,

DIANA

que n o t e n g o i n c o n v e n i e n t e en n o ver p o r este rato. POLILLA

1655

S e ñ o r , el m o d o es d i v i n o para darte u n b u e n hartazgo de D i a n a .

CARLOS

(Aparte.)

(Yo a q u í d e b o

h a c e r m e d e l enojado, a u n q u e p i e r d a la o c a s i ó n

1660

de besar a t o d o trapo.) DIANA

(Aparte.)

( C o n esto al de U r g e l o b l i g o ,

pues al d e s c u i d o le agarro y allí es fuerza que m e bese c o m o n o esté desganado.)

1665

Vaya, s e ñ o r , que ya es h o r a . Fox

¿Sí?, pues

finjamos. Finjamos.

TODOS

Andan

todos a tientas por el tablado y Diana,

Cintia,

Laura

y Carlos se están quedos en sus lugares.

v. 1659 hacerme del enojado: «Junto con las partículas de o se, o con los artículos el, la, lo vale unas veces fingir lo que significan los nombres con quien se juntan como hacer del bobo» (Aut); cfr. Lope, Servir a señor discreto, vv. 1132-35: «Yo que, fanfarrón gallardo, / he hecho tan del señor, / yo que me muero de amor / y que consumirme aguardo». v. 1661 a todo trapo: «Modo adverbial que vale con eficacia y actividad, tomado de la celeridad con que caminan los navios cuando tienen todas las velas» (Aut).

T E X T O DE LA C O M E D I A Fox BEARNE

313

¡ Q u é obscura que está la n o c h e ! ¡El sol está e n c a p o t a d o y a u n sus reflejos n o dejan

1670

ver los dedos de las manos! CONDE

¡ N o t a b l e es la o b s c u r i d a d que hasta a q u í se nos ha entrado!

DIANA

¡ B o c a de l o b o parece la l u z de aqueste palacio!

POLILLA

L l e v e el d i a b l o l o que veo.

DIANA

Esperad; ¿y vos, d o n C a r l o s ,

1675

n o os a n o c h e c é i s siquiera p o r c u m p l i r c o n l o tratado? CARLOS

Y o p o r serviros l o h i c i e r a

1680

c o m o estuviera despacio, y c o m o el a m o r que os tengo fuera cosa de c u i d a d o . DIANA

Pues ¿ n o m e q u e r é i s ? Y o no.

CARLOS DIANA

Sois u n grande

mentecato.

CARLOS

V o s sois m u y grande habladora.

CONDE

B a s t e n ya requiebros tantos,

1685

D i a n a , y esas ternezas las guardad para otro caso. DIANA

T e n t a d c o m o los d e m á s

1690

p o r h a c e r m e a m í este aplauso,

v. 1674 Boca de lobo: «Expresión común y vulgar para significar la noche que es muy obscura como suelen ser las del invierno y cuando el cielo está cubierto de nubes muy espesas» (Aut); cfr. Baldovinos, vv. 675-76: «BALDOVINOS: ¿Para qué son las linternas? / ROLDAN: Para las bocas de lobos». v. 1676 Lleve el diablo lo que veo: llevarse el diablo alguna cosa es «Frase figurada y familiar. Suceder mal, o al contrario de lo que se esperaba» (DRAE); cfr. Angélica, vv. 309-12: «Muy necesitado estabas / cuando tan sucio brebaje / te brindó la sed al gusto: / ¡lleve el diablo quien tal hace!». v. 1678 os anochecéis: anochecerse «Vale también ocultarse o esconderse» (Aut).

314

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

que t i e m p o q u e d a d e s p u é s para p o d e r enojaros. CARLOS

(Aparte.) E s t á m u y b i e n . S i la c o j o la he de c o m e r a b o c a d o s .

DIANA

(Aparte.)

1695

D e u n a vez que y o le p i l l e

m e ha de besar, si es h o n r a d o . POLILLA

Y o he de tentar p o r si p u e d o pillar u n beso de paso.

CINTIA

Parece que vas q u e r i e n d o .

DIANA

Ya me voy enamorando

1700

p o r este lado d e r e c h o . CINTIA

¿A ver? ¿ Y te duele al lado?

DIANA

Me

BEARNE

¿ Q u é h a c e m o s a q u í parados?

Fox

V a m o s al n e g o c i o y suene

duele que es u n c o n s u e l o . 1705

la m ú s i c a mientras tanto. Andan

todos a tientas, unos entre otros y canta la música

dentro. MÚSICA

Para o b l i g a r a D i a n a lleguen c o n puntualidad los p r í n c i p e s , que esto es

1710

solo llegar y besar. BEARNE

E s t o a m i fineza toca.

v. 1695 comer a bocados: «Ponderación del furor y rabia con que uno se enoja y riñe con otro, hasta llegar a morderle y lastimarle con los dientes» (Aut); por otro lado, puede hacer referencia a las connotaciones sexuales del verbo comer al igual que ocurre en Poesía erótica, n ú m . 75, vv. 45-49: «Estas serán, damas bellas, / para que comáis con ellas / dulce leche; / plegué a Dios que os aproveche / como espero», y n ú m . 108, vv. 12-14: «No tengo carnes que selléis con besos, / y el no tenerlas hace que más valga, / pues en Cuaresma puedo ser comida». v. 1697 honrado: «Se llama también el hombre de bien que obra siempre conforme a sus obligaciones y cumple con su palabra» (Aut). vv. 1701-1704 La comparación del amor con la enfermedad es tópica en la literatura aurisecular. v. 1711 llegar y besar: ver la nota al v 1615.

TEXTO DE LA COMEDIA

Fox

¡ O h , si y o el d i c h o s o fuese!

DIANA

A n d a d y cada u n o bese l o que le venga a la b o c a .

BEARNE

Si la p i l l o . . .

BEARNE Y FOX

. . . la sacaré sin que d u e l a . . .

BEARNE

. . . de cada abrazo, u n a m u e l a .

CARLOS

. . . de cada beso, u n c o l m i l l o . ¿Polilla?

POLILLA

¿Qué?

CARLOS POLILLA CARLOS

1715

Si la a g a r r o . . .

Fox

Fox

315

¿Estás n u b l a d o ?

1720

Y a u n a n o c h e c i d o , a fe. ¿ Y q u é haces?

POLILLA

A n d o tras de hacer a l g ú n

atentado.

Coge Bearne al conde de Barcelona y hace que le besa. BEARNE

Cogite.

v. 1715 lo que le venga a la boca: expresión dilógica basada en el juego con el significado literal y el metafórico que «vale ofrecerse algunas especies y palabras para proferirlas, regularmente en ofensa de otro» (Aut). vv. 1720-21 nublado... anochecido: juego verbal basado en términos que se refieren a la privación total o parcial de la luz; la luz alude en este caso a 'la claridad de entendimiento para hacer frente a diferentes situaciones'. Se entiende que anochecido es un grado mayor de carencia de «luz» que nublado. v 1721 a fe: «Modo adverbial para afirmar alguna cosa con ahínco o eficacia, que no llega a ser juramento, y equivale a por mi fe» (Aut); cfr. Mocedades, vv. 121¬ 24: «A fe que si tú supieras / lo que eres tú callaras / y a mi gusto te allanaras, / y con más honras vivieras»; El rey don Alfonso, vv. 228-29: «Darasle un buey y un cabrón / (que a fe que no hay falta dellos)». v. 1723 atentado: «se llama por ampliación el acto y procedimiento que uno ejecuta, excediendo de lo que en razón puede y debe, y faltando u contraviniendo a la autoridad de su superior» (Aut). Nótese el juego entre atentado y tentar que es lo que hacen debido a que no pueden ver. v. 1724 Cogite:'te, pillé, te atrapé'.

316

EL DESDÉN,

CONDE

CON EL

¿ Q u é haces?

BEARNE Fox

¿ Q u é dices? ¿ D i s t e i s c o n ella?

BEARNE CONDE

DESDÉN

N o sé.

1725

Quita.

BEARNE

Deja.

CONDE

A p a r t a , que m e atenazas las narices. Coge el de Fox a Polilla

Fox POLILLA Fox POLILLA

y le besa.

M í a eres. (Aparte.) A q u í p i l l o . ¿ P o r q u é , d i , te m e escapabas? ¡Ay, ay, ay, ay, que m e clavas

1730

la barba p o r el c a r r i l l o ! CARLOS

(Aparte.) Y a que la ofrecí tentar, a m i pesar l o he de hacer.

DIANA

Con

la droga del n o ver

n o m e p u e d e tropezar.

1735

(Aparte.) ¡Sin alma sus labios sigo! M a s allí él q u e d o se advierte. ClNTIA

N o debe de a b o r r e c e r t e pues n o se e n c u e n t r a c o n t i g o .

DIANA

(Aparte.) A s í darle causa i n t e n t o . Llégase

Diana junto a Carlos y al quererle echar la mano

huye aceleradamente. CARLOS DIANA ClNTIA

1740

¡Ay de m í ! C a l l a d ; ¿sois l o c o ? ¿ N o la b e s a r é i s u n p o c o siquiera de c u m p l i m i e n t o ?

v. 1734 droga: ver la nota al v. 878.

TEXTO DELA COMEDIA

CARLOS

M i d e s d é n n o halla c o n v e n i o .

DIANA

Tal dureza es b i e n que cese.

CARLOS

¿ C ó m o q u e r é i s que y o os bese

317

1745

si n o m e l o lleva el genio? ClNTIA LAURA

DIANA

¡ R a r o intento! Y o n o acabo de c o m p r e h e n d e r su c a r i ñ o . (Aparte.)

(¡Yo he de besar a este n i ñ o

1750

a u n q u e m e cueste u n ochavo!) ¿ N o l o h a r é i s a u n de lisonja?

CARLOS

N o l o h a r é ; n o estéis molesta.

CINTIA

¿Se v i o m u j e r m á s honesta?

LAURA

¡ C u a n t o cabe es para m o n j a !

DIANA

D u é l e t e de m í . R e p a r a

1755

que de a m o r he de rabiar. CARLOS

Y o n o estoy para besar y os l o d i g o e n vuestra cara.

Fox

M a s ¿ q u é veo? ¿ T ú eres t ú ?

BEARNE

M a s ¿ q u é m i r o ? ¿Vos sois vos?

Fox

Id c o n el diablo.

POLILLA

Id c o n D i o s .

BEARNE

Apartaos c o n B e r c e b ú .

CONDE

¡Advertid!

BEARNE POLILLA Fox

1760

D e a q u í m e salgo. M i r a d que... Ireme al i n f i e r n o .

1765

v. 1751 aunque me cueste un ochavo: ruptura jocosa de la expresión aunque me cueste la vida que es «frase con que se pondera lo grave de algún sentimiento u suceso o la determinación resuelta a la ejecución de alguna cosa aunque sea con riesgo de la vida» (Aut); el ochavo valía «dos maravedís o la mitad de un cuarto» (Aut).

318

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

POLILLA

I d a la venta d e l c u e r n o .

CONDE

A n d a d a espulgar u n galgo.

DIANA

Vos, que sin m á s advertir c o m e t é i s tal i n d e c e n c i a , idos pues.

CARLOS DIANA CARLOS DIANA

Tened paciencia.

1770

Marchad. Y a m e v o y a ir. Y para c u a n d o os p r o v o q u e m i h e r m o s u r a , n o hay pensar en que m e h a b é i s de obligar. ¿ L o entendisteis?

CARLOS DIANA

A l g o , roque.

1775

Pues v u e l v o a ser d e s d e ñ o s a , padre, a u n q u e haya de pesaros.

CONDE

C o n d e de U r g e l , vamos claros: o besa o c u a l q u i e r a cosa.

DIANA CARLOS CONDE CARLOS

¿Me desdeñó? N o , por Dios.

1780

Pues besadla sin temer. Si la beso, n o ha de ser para u n d í a n i dos.

DIANA

M e conformo.

v. 1766 Id a la venta del cuerno: expresión similar a 'mandar al cuerno', aunque no la he podido documentar. v. 1767 Andad a espulgar un galgo: ver la nota al v. 1380. v. 1775 roque: parece chiste que juega con el significado de «Una pieza de las del juego de ajedrez que sinifica la fortaleza que se levanta y edifica en la frontera de los enemigos, y así están puestos los roques en las dos casas extremas que hacen esquinas» (Cov.) que se relaciona con dama (término elidido pero al cual inequívocamente se refiere) al ser esta 'la reina del juego del ajedrez'; un pasaje similar lo hallamos en Santa Cruz, Floresta española, p. 99: «Desposóse uno que se llamaba Roque con una doncella hermosa. Díjole uno: "Dichoso Roque, pues a tal dama dio mate"».

T E X T O DE LA C O M E D I A

POLILLA

319

A q u e s t o es h e c h o .

DIANA

L l e g a d sin e m p a c h o a m í .

CARLOS

P o r ahora n o traigo a q u í

1785

n i n g ú n beso de p r o v e c h o . DIANA

¡ E n t o d o soy desgraciada!

CONDE

E l su oferta c u m p l i r á .

CARLOS

Y O l o afirmo.

DIANA

E l l o dirá

1790

en la tercera j o r n a d a . Vanse.

vv. 1790-91 Ello dirá I en la tercera jornada: guiño metateatral que rompe con la ficción dramática. Ello dirá es «cuando uno pronostica lo que entiende que sucederá» (Correas, n ú m . 8344); cfr. Tirso, El pretendiente al revés, vv. 3605-3607: «CORBATO: ¿Mas que no tienes pensado / algo agora que cantar? / TIRSO: Si tengo o no, ello dirá».

JORNADA

Salen Diana,

Cintia

TERCERA

y

Laura.

LAURA

A q u í l o g r a r á s t u fin.

DIANA

R a b i a n d o estoy de coraje. C i n t i a , ¿ e s t a m o s ya e n paraje?

CINTIA

Y a estamos e n el j a r d í n .

DIANA

S U fragancia es m u y s ü a v e ; pero, ¿y las rosas?

CINTIA

1795

Guardadas e s t á n , y a u n t a m b i é n cerradas.

DIANA CINTIA

¿Dónde? D e b a j o de llave.

LAURA

Gustarte este cuadro suele.

DIANA

E S O sí; y e n especial

1800

las rosas de aquel rosal que n o está allí n i l o huele. CINTIA

Allí está y se p u e d e ver. ¿ N o das c r é d i t o a l o que hablo?

DIANA

¿ A q u e s t o es j a r d í n o establo?

CINTIA

J a r d í n p o r h o y ha de ser,

1805

y c u a n d o eres tan discreta

vv. 1796-99 Chiste basado en la polisemia de cerradas ya que aplicado a rosas se entiende que dicha flor no ha abierto sus hojas y se mantiene en su capullo; sin embargo se le aplica la expresión debajo de llave que «significa que alguna cosa está encerrada y guardada con ella» (Aut) y que no se aplica al campo semántico de las flores, resultando así sorprendente para el lector. v. 1800 cuadro: «Se llama en los jardines aquella parte de tierra labrada en cuadro y adornada con varias labores de flores y hierbas» (Aut).

322

EL DESDEN,

CON EL

DESDEN

en v a n o t u i n g e n i o gasta tantas dudas. DIANA

P r i m a , basta que l o dijese el poeta; y puesto que e n t o d o trance p o r su m a l c a p r i c h o o b r a m o s , este es el j a r d í n . V e a m o s a d o n d e va c o n el lance. Sale

POLILLA

Polilla.

H e r m o s í s i m a serrana de aquestos riscos amenos, ¿sabéis p o c o m á s o m e n o s si anda p o r a q u í

Diana,

p o r q u i e n el de U r g e l suspira? DIANA

Q u e soy D i a n a sabed.

POLILLA

¿ D e cierto?

DIANA

D e cierto.

POLILLA

Ved que acaso será m e n t i r a .

DIANA

¿ Q u é mandas?

POLILLA

Vengo a decir que C a r l o s a q u í e n t r a r á .

DIANA

Y decid, ¿ c u á n d o vendrá?

POLILLA

Un

DIANA

¿ Q u é decís?

p o c o antes de venir.

POLILLA DIANA

A q u e s t o pasa. (Aparte.)

( E n v a n o el placer l i m i t o . )

Yo me alegraré

infinito

de p o d e r m e hallar e n casa. ClNTIA

¿ Q u é m á s quieres?

DIANA

v. 1824 mandas: texto base «mandias»,

¡ D e a m o r salto!

TEXTO DE LA COMEDIA

ClNTIA

(Aparte.) ¿ Q u e así se llegue a cegar?

DIANA

¿Sabéis p o r d ó n d e ha de entrar?

POLILLA

¿ P o r d ó n d e ha de entrar?; p o r alto.

DIANA

P o r alto, sin ser preciso,

323

1835

m u y mal hará. Pues ¿ p o r q u é ?

POLILLA DIANA

P o r q u e si u n guarda le ve, le d a r á p o r d e c o m i s o .

POLILLA

Todas vuestras alharacas

1840

le p i n t é c o n e l o c u e n c i a , y la grande i n t e l i g e n c i a que t e n é i s e n espinacas. D í j e l e que d o el p e n s i l os p o d r í a ver sentada

1845

discretamente e m p l e a d a en regar el perejil. DIANA POLILLA

¿ Y q u é dijo? Q u e erais v i v a y que os ama fieramente p o r gallarda, p o r p r u d e n t e ,

1850

p o r discreta y p o r festiva.

v. 1839 decomiso: «Pena de perdimiento de la cosa, en que incurre el que comercia en géneros prohibidos» (Aut). v. 1840 alharacas: «Significa palabras y voces destempladas de una o más personas con motivo de enojo u mostrando admiración, escándalo, queja, alegría o ira» (Aut); cfr. Céspedes, Historias peregrinas y ejemplares, p. 377: «juntamente con alharacas y juramento afirmaban ser ellos los que llevaban la celada». v. 1844 pensil: «Rigurosamente significa el jardín que está como suspenso o colgado en el aire [...] H o y se extiende a significar cualquier jardín delicioso» (Aut); cfr. Céfalo, vv. 584-86: «Diviértate este pensil, / pues te ofrece a manos llenas / las flores de mil en mil». v. 1847 en regar el perejil: puede hacer referencia a una afición ridicula, o por otro lado a una práctica sexual ya que perejil posee el significado de 'vello púbico', como en Ventura, vv. 25-26: «goza su gracia y su sal, / su donaire y perejil»; el término regar también es empleado con connotaciones eróticas; cfr. Poesía erótica, n ú m . 137, vv. 41-44: «Y para que florezcáis / os iré yo regalando, / y os regaré algunas veces / con el agua de mi caño».

324

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

Q u e p o r veros tan h e r m o s a en su p a s i ó n os prefiere, y p o r fin dijo que os quiere n o sé y o para q u é cosa. DIANA

1855

¿ Q u i e r e hablarme?

POLILLA

C u a n t o toca al ardor que le d e r r i t e , salvo que haiga q u i e n le quite la palabra de la b o c a .

DIANA

(Aparte.)

(¡Ya p o r verle m e atormento!)

1860

¿ N o viene? ¡Yo estoy sin m í ! POLILLA

D i r e l e que estáis a q u í y v e n d r á en c o n o c i m i e n t o .

CINTIA

A l verte entre plantas tantas tu belleza a p r e c i a r á .

POLILLA

1865

E s c i e r t o ; y se h u m i l l a r á en e c h á n d o l e dos plantas, y así traerle c o n c i e r t o .

DIANA

I d p o r él.

POLILLA

V o y sin parar. Vase.

DIANA

V e d que le h a b é i s de entregar

1870

en t o d o hoy, v i v o o m u e r t o . Y t ú , p r i m a , es menester que si de él estás prendada tengas t u p a s i ó n guardada d o n d e n o la l l e g u e a ver,

1875

v. 1855 no sé yo para qué cosa: la ambigüedad de este verso nos ofrece la posibilidad de hacer una lectura con connotaciones sexuales. v. 1858 haiga: forma verbal vulgar y chistosa; cfr. Céfalo, vv. 1640-41: «REY: Para eso no hay / dispensación. CÉFALO: Que la haiga». vv. 1858-59 le quite / la palabra de la boca: «Frase figurada. Decir uno lo mismo que estaba a punto de expresar su interlocutor» (DRAE). vv. 1864-67 plantas [...] plantas: antanaclasis; el primer término alude a las 'flores' y la expresión echar plantas significa «Echar bravatas y amenazas» (DRAE).

T E X T O DE LA C O M E D I A

325

p o r q u e , si b i e n l o reparas, n o es nada seguro amar h o m b r e que suele llevar h e c h o el gusto a buenas caras. Y pues p o r todos c a m i n o s

1880

m í o y n o m á s ha de ser, n o le q u i e r o y o querer c o n ayuda de v e c i n o s . E s t o es l o que d i g o , y t o d o h o y m i s m o de h a c e r l o h a b r á s ,

1885

porque m a ñ a n a quizás l o m a n d a r é de otro m o d o . CINTIA

Y o , a u n q u e tan mala, l o h a r é .

LAURA

Y a u n y o a l o m i s m o m e atrevo.

DIANA

Y a sé l o m u c h o que os d e b o ;

1890

e n c o b r a n d o os p a g a r é . Y ahora p o r s e r v i c i o tal e n que fieles l o g r o hallaros, a h í t e n é i s para adornaros esa j o y a de m e t a l .

1895

Dalas una medalla. LAURA

Esta es m e d a l l a de cobre.

CINTIA

R a z ó n tienes, a fe m í a .

DIANA

A h í veréis m i bizarría.

CINTIA

D e aquesta vez quedas p o b r e .

DIANA

E S O SÍ; b i e n l o recelas

1900

si ves que va e n su fachada

v. 1883 con ayuda de vecinos: «Frase vulgar para expresar que otros concurren a lo que se hace, y así se dice que se hizo una cosa con ayuda de vecinos cuando otros concurren a su ejecución» (Aut); cfr. Camón, vv. 77-78: «Pues con ser Diego Moreno, / habrá ayuda de vecinos». v. 1889 atrevo: texto base «trevo». v. 1896 medalla de cobre: regalo ridículo de muy poco valor; recurso habitual en la comedia burlesca.

326

EL DESDÉN,

CON EL

Santa P o l o n i a

DESDÉN

estampada,

abogada de las muelas. LAURA

Si es c i e r t o n o hay que t e m e r d e l mascar la B a b i l o n i a .

ClNTIA

¿ Q u é dices? ¿ S a n t a P o l o n i a ?

LAURA

Sí, C i n t i a .

CINTIA

1905

V e a m o s ; a ver. E l l a es. N o hay que dudar, ¡grande reliquia consigo!

DIANA

A m i g a , l o que y o d i g o

1910

es cierto, c o m o volar. CINTIA

P e r o al c o n d e v i .

DIANA

D i , ¿dónde le viste?

CINTIA

Si no me e n g a ñ o , hacia allí descubre el p a ñ o u n a p e r s o n a que es c o n d e .

1915

¿ N o ves nada? DIANA CINTIA

¿ Q u é he de vello? A t i e n d e si n o te asombra.

v. 1902 Santa Polonia: vivió en Alejandría en tiempos de la persecución del emperador Decio y fue virgen y mártir. Su tortura consistió en arrancarle la dentadura; cfr. Quevedo, Sueños, p. 322: «Estos, con las muelas ajenas, y no ver diente que no quieran ver antes en su collar que en las quijadas, desconfían a las gentes de Santa Polonia, levantan testimonios a las encías y desempiedran las bocas». v. 1911 como volar: disparate absurdo similar al que hallamos en El robo de Elena, vv. 1199-1200: «Lo que me mandas ahora / yo lo haré como volar». v. 1915 es conde: calambur que ofrece dos lecturas diferentes: es conde o esconde ('del verbo esconder); un chiste similar lo hallamos en Carrión, vv. 621-24: «Es Conde y con qué se esconde / uno y otro no hace más / que no veo dónde estén, / pero güelo donde están». Parece tener su origen en un cuentecillo que hallamos en Santa Cruz, Floresta española, p. 74: «Un conde de este reino entraba a besar las manos el emperador. Y, porque era hombre que guardaba mucho, dijo don Francés: Este es-conde, este es-conde». v. 1917 te asombra: «aterrorizar, espantar» (Aut); cfr. Tirso, El amor médico, vv. 1402-1406: «Causaralo, / señor, el tiempo que es malo / y engendra melancolía; / dicen que la peste asombra / todo este reino».

327

T E X T O DE LA COMEDIA

DIANA

P o r allí e s c u c h é la s o m b r a .

LAURA

D e s d e a q u í v e o el resuello.

CINTIA

¿Le ves?

DIANA

N o . P o n d r e m e anteojos. (Pórtese.)

CINTIA

1920

N i a u n así, ¿ h a y tal d e s a z ó n ?

V e l e c o n el c o r a z ó n si n o puedes c o n los ojos. Sale Carlos embozado con una linterna. Polilla

le trae de

la mano. Dice al paño los versos siguientes y después se acerca pisando quedo hacia donde está POLILLA

Diana.

Q u e h e m o s llegado, repara, al j a r d í n . ¡ M i susto e m p i e z a !

CARLOS POLILLA

1925

¡ Q u é obscura que está esta p i e z a sin e m b a r g o de estar clara! ; Diana?

DIANA

¿ Q u é hay?

POLILLA

; Conocido me habéis?

DIANA CINTIA DIANA

No. ¡ T r a n c e feroz! C o m o hace obscuro, la v o z

1930

n o encuentra c o n el o í d o ; y así, v o z , seas de q u i e n fueres, a q u í para entre los dos d i m e , de parte de D i o s , ¿ q u é m e pides?, ¿ q u é m e quieres?

1935

D i l o ya. (Aparte.) ( ¡ O h , q u é m a l presagio!) POLILLA

U n favor quiero, sí, a fe.

v. 1933 aquí para entre los dos: expresión utilizada para encarecer el secreto de una conversación; cfr. Mocedades, vv. 127-28: «Aquí para entre los dos, / sábete que eres doncella»; Castigar, vv. 1885-86: «Pues con eso, ¿qué queréis, / aquí para entre los dos?». v. 1937 a fe: ver v. 1721.

328

DIANA

EL DESDÉN,

Eso

CON EL

DESDÉN

es fácil, y o os le h a r é

p o r q u e sirva de sufragio. ClNTIA

¿ P o r el eco n o c o n o c e s

1940

que es Polilla? DIANA

¡Vano i n t e n t o ! Pues, ¿es tan fácil al t i e n t o saber de q u i é n s o n las voces?

POLILLA

C a r l o s , si n o os desazona, v i e n e m á s g u a p o que u n C i d .

DIANA

¿Y e n q u é v i e n e ? , m e d e c i d .

POLILLA

C r e o que v i e n e en persona.

DIANA

¿ A d o n d e estaba?

POLILLA

En

1945

Orgaz,

desde d o n d e c o n esmeros v i n o e n a m o r a d o a veros con

1950

u n d o n o s o disfraz.

DIANA

¿ Q u é disfraz hay que disponga?

POLILLA

Una

l i n t e r n a es, que al verle

v. 1939 sufragio: «Significa también cualquier obra buena que se aplica por las almas de los difuntos, que están en el purgatorio, porque las ayudan y minoran las penas que merecen por sus culpas o las satisfacen» (Aut). v. 1941 es: texto base «esa». v. 1945 más guapo que un Cid: parodia de la expresión más valiente que un Cid ya que dicho personaje se tomaba como paradigma de valentía. v 1947 viene en persona: respuesta disparatada; Diana le ha preguntado por el medio de transporte que va a utilizar Carlos para llegar hasta ellos, y Polilla aprovecha para responder con una expresión lexicalizada incongruente a pesar de la utilización del mismo verbo (venir) empleado en la pregunta. Podría jocosamente aludir al sentido literal de venir en persona, que sería llegar al lugar subido encima de la espalda de otra persona. v. 1948 Orgaz: pueblo situado en la provincia de Toledo. Es obvia la referencia al conde de Orgaz, es decir al conde Lozano, por la mención en el v. 1945 del C i d (aunque tenga lugar en una frase hecha). La única ocasión según Arata (ver su edición a Guillén de Castro, Las mocedades del Cid, nota al v. 130) que se cita Orgaz en los romances se da en el titulado «Cuidando Diego Laínez» y en el testimonio de Flor de varios romances. Novena parte (1597); se cree una confusión por Gormaz.

T E X T O DE LA C O M E D I A

329

es incapaz c o n o c e r l e de u n a vez que se la p o n g a . DIANA

1955

¡Ya es forzoso m i t e m o r ! ¡ B i e n su r u i n a el alma llora! ¿ C o n l u z C a r l o s y a esta hora? ¡ E n p e l i g r o está m i h o n o r ! B i e n , c o n t r a i c i ó n , se ha v a l i d o

1960

del disfraz que a q u í le i n t e r n a , que amante que trae l i n t e r n a n o quiere darse a p a r t i d o . CARLOS

P o l i l l a , vamos andando.

POLILLA

Vamos, señor, s i g ú e m e .

CARLOS

; S i entraremos e n b u e n pier

DIANA

(Aparte.)

1965

¡ R a b i a n d o estoy!

POLILLA

Pisa b l a n d o . Van andando poco a poco.

CARLOS POLILLA

¿Por qué? P o r q u e si la enfadas c o n desdenes que previenes, basta que sufra desdenes

1970

sin que ahora sienta patadas. CARLOS

Si n o m e siente venir, ¿ q u é se gana?

v. 1953 linterna: referencia a los 'cuernos' debido a que las linternas, cabos de cuchillo y otros muchos enseres se hacían de cuerno; cfr. Quevedo, Sueños, p. 352: «Hay maridos linternas, muy compuestos, muy lucidos, muy bravos, que vistos de noche y a escuras parecen estrellas, y llegados cerca son candelilla, cuerno y hierro rata por cantidad»; ver la nota de Arellano en la que aporta más pasajes. v. 1962 amante que trae linterna: ver la nota al v. 1953. v. 1963 darse a partido: «Rendirse al enemigo con algunos pactos o condiciones favorables» (Aut); cfr. Olmedo, vv. 478-80: «Pues yo he de hacer lo que quiero, / porque si os dais a partido, / vos os rendís y yo venzo». v. 1965 sigúeme: exige la métrica la rima oxítona en —é.

330

EL DESDÉN]

CON EL

DESDÉN

¿ H a y tal quimera?

POLILLA

S e ñ o r , ¿ q u i e r e s q u e te q u i e r a c u a n d o la das que sentir? CARLOS

1975

Dices bien. (Aparte.)

(¡Esto es rendirse

a u n a m o r que m e

estremece!)

Allí u n naranjo se m e c e . POLILLA

D e b e de querer d o r m i r s e . Van atravesando el tablado muy poco a poco y Polilla hace señas. ¡ O h , angustia la m á s amarga!

DIANA

(Aparte.)

CARLOS

N o t a b l e es la p e r f e c c i ó n

1980

de aquella rosa e n b o t ó n . POLILLA

H o y se ha puesto de botarga.

CINTIA

¿Ves, D i a n a , los reflejos de la l u z cerca de a q u í ?

DIANA

1985

Sí, C i n t i a , ya v e o allí u n a l u z m u e r t a a l o lejos.

CINTIA

¿Ves a C a r l o s ? S e g ú n creo

DIANA

le alcanzo a ver, ¿ n o es aquel que danza j u n t o a u n clavel? CINTIA

1990

Sí.

v. 1973 quimera: «Ficción, engaño, agregado o conjunto de cosas opuestas» (Aut); cfr. Lope, El perro del hortelano, vv. 3016-17: «¡Qué de quimeras tan locas, / para casarte con Fabio!». v. 1982 botón: «En las flores es la misma flor antes de abrirse que está cerrada y cubierta de las hojas, que defienden las interiores y por la semejanza se dijo así» (Aut). v. 1983 botarga: «Vulgarmente se llama hoy un vestido ridículo que sirve de disfraz y es todo de una pieza, que se mete por las piernas y después entran los brazos y se abotona con unos botones gordos. Está hecho de varios colores casados en contrario para causar risa a los circunstantes» (Aut); por un lado aludiendo a Diana constituiría una imagen ridiculizadora, o, por otro lado, si hace referencia a la rosa sería un chiste en el que juega con la polisemia de botón del

TEXTO DE LA COMEDIA DIANA ClNTIA

DIANA

CARLOS

POLILLA

DIANA

POLILLA

Pues m i r a , n o le veo. V e r l e pudieras al paso c o m o e m b o z a d o n o fuera. C o m o él sin l u z v i n i e r a , el e m b o z o n o es d e l caso.

1995

A u n q u e a q u í andamos, n o chista. ¡Vive D i o s , que se m u d ó ! S e ñ o r , ella n o te o y ó , c o m o es tan c o r t a de vista. P o r si m i r a , e s c a r d a r é ;

2000

vos estaréis c o n c u i d a d o . V a m o s p o r aqueste lado.

CINTIA

C o m o él es sordo, n o ve.

DIANA

L o s m ú s i c o s , pues, c o n arte hagan a esta parte r u i d o .

CINTIA

331

2005

N o p o d r á n , p o r q u e se h a n i d o c o n la m ú s i c a a otra parte.

DIANA

¿Se v i o tal? ¡ R a b i o de risa!

LAURA

Y o , s e ñ o r a , i r los v i .

DIANA

Pues b i e n s a b í a n que a q u í

2010

la m ú s i c a era precisa. CINTIA

A la m e j o r o c a s i ó n faltaron.

LAURA DIANA

¡ F u e grave exceso! H a c e n b i e n , que para eso

verso anterior ya que la botarga dispone de botones; cfr. Quevedo, Un Herádito, n ú m . 256, vv. 45-48: «Andaba entonces el C i d / más galán que Girinaldos, / con botarga colorada / en figura de pimiento». v. 2000 escardaré: escardar significa «entresacar y arrancar los cardos y cardillos y otras hierbas de los sembrados» (Aut); actividad vulgar para un miembro de la nobleza, por otro lado habitual dentro del género en el que nos encontramos. v. 2007 con la música a otra parte: expresión dilógica que se puede tomar por el sentido literal y por el metafórico que se emplea como «Frase con que se despide y reprehende al que viene con chismes o cuentos» (Aut).

332

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

les pago y o su r a c i ó n . (Aparte.)

2015

( M a s así e n m e n d a r l o intento.)

T ú alguna guitarra agarra y toca. N i a u n hay guitarra.

ClNTIA

DIANA

Pues toca a l g ú n i n s t r u m e n t o .

ClNTIA

M i o b e d i e n c i a así l o intenta.

DIANA

(Aparte.)

ClNTIA

Pues v o y al p u n t o a traer

2020

N o tardes; esto ha de ser.

u n a escriptura de venta, u n a c e s i ó n , dos traslados... DIANA

¿ Q u é dices? Q u e h a r á n b u e n son,

ClNTIA

2025

p o r q u e aquestos, p r i m a , son instrumentos concordados. DIANA

Con

ellos t u v o z h o r r e n d a

a c o m p a ñ a , y luego di a C a r l o s que estoy a q u í . CINTIA

¿ Y eso he de hacer que l o entienda?

DIANA

H a z l o y nada m e respondas.

CINTIA

¿ M i pregunta te o f e n d i ó ?

2030

v. 2015 ración: «Se llama también la parte o porción que se da a los criados para su alimento diario. Propriamente se llama así la que se da en dinero por paga del servicio» (Aut); cfr. Castigar, vv. 75-78: «Agora os arrimad, como sirviente, / que después de estar viejo y muy doliente, / le echan sus amos, cual caballo en Soria, / sin ración y sin gajes a una noria». v. 2027 instrumentos concordados: concordar es una dilogía con los significados de «En la música es poner los instrumentos acordes en tono» (Aut) y también «convenir una cosa con otra; y así se dice en las escrituras y otros instrumentos de que dan copia los escribanos para autorizarlas, concuerda con su original» (Aut); del mismo modo en instrumentos hay otra dilogía, por un lado 'instrumento m u sical' y por otro «la escritura u otro papel que sirve para justificar alguna cosa o certificarla» (Aut). v. 2032 respondas: texto base «repondas».

T E X T O DE LA COMEDIA

DIANA

Sí, que n o r e s p o n d o y o a dificultades hondas.

ClNTIA

333

2035

E l saber deseo, e n suma, si ha de saberlo, s e ñ o r a .

DIANA

C l a r o está; mas p o r ahora b a s t a r á que l o p r e s u m a .

CARLOS

¡ Q u é l i n d a está! M á s la q u i e r o

2040

cada instante. ¿ T ú la ves?

POLILLA CARLOS

N o la veo, que esto es a ojo de b u e n cubero.

POLILLA CARLOS

¡ M u c h o la estimas, p o r D i o s !

¡Mi p a s i ó n es gar rafal!

2045

M a s ¿sabes q u é d i g o : a c u á l nos q u e r r á m á s de los dos? POLILLA

D i r a l o e n estando solos todos tres. D e s d e ahora creo

CARLOS

que ha de agradarla t u aseo. POLILLA

¿ Q u é piensas? ¡ D i a b l o s s o n bolos!

DIANA

; N o vas?

2050

v. 2043 a ojo de buen cubero: «Frase que significa el juicio prudencial que se hace de las cosas, según la común experiencia y conocimiento» (Aut); de nuevo utiliza una expresión lexicalizada para aplicarla también al ámbito literal. v. 2045 garrafal: «por extensión se dice de otras cosas que exceden de la medida regular de las demás de su especie» (Aut); cfr. Tagarete, vv. 599-601: «Por la boca / se me ha colado un mosquito / garrafal». v. 2051 ¡Diablos son bolos!: bolos son diablos es «Frase que se usa cuando sucede alguna cosa no esperada, y que sale felizmente o cuando alguno intenta algo, fiado de una casualidad dificultosa por si puede acontecer y dar éxito a lo que solicita» (Aut); Correas, n ú m . 3733: «Diablos son bolos. Díjolo uno jugándolos, esperando derribar unos con otros, y acomodóse a cosas que se juzgan por varios votos y a veces sale lo que no se pensó»; cfr. Tirso, Doña Beatriz de Silva, vv. 600-602: «Diablos son bolos, / birla y prueba, pero ven / si es que habernos de vestirnos».

334

EL DESDÉN,

CINTIA

CON EL

DESDÉN

Y a v o y de c a m i n o a decirlo. Llégase al conde.

DIANA

¿ H a y tal torpeza?

CINTIA

M i r a d que está a q u í su alteza.

CARLOS

¿ A q u í está? ¿ P u e s a q u é v i n o ?

CINTIA

A escardar v i n o el p e n s i l

2055

p o r q u e m á s fértil se goce. CARLOS

B i e n , s e ñ o r a , se c o n o c e , p o r q u e hay m u c h o perejil.

CINTIA

V e d que p o d a n d o repollos

2060

su alteza está. POLILLA CARLOS

¡Cosa extraña! S U alteza tiene g r a n m a ñ a para echar calzas a p o l l o s .

DIANA

¿ N O le encuentras?

LAURA

¿ N O le topas?

CINTIA

Q u e os vais m a n d a c o n presteza.

CARLOS

I d y d e c i d l a a su alteza

2065

que ya y o m e v o y de copas. LAURA

N a d a c o n él, C i n t i a , entabla.

DIANA

¿Ves t ú al c o n d e ?

v. 2059 perejü: ver la nota al v. 1847. v. 2063 echar calzas a pollos: otra actividad degradante para un noble que consistía en poner calzas a los pollos; eran una especie de manguitos que ponían a los pollos en las patas con el fin de que cada propietario no confundiera sus animales cuando estaban en libertad por las calles, esto sucedía en pueblos pequeños; puede jugar con la expresión echarle a uno calza que «Es notarle por perjudicial o molesto, para huir de él y no creerle ni fiarse de sus operaciones. Es metáfora tomada de las calzas coloradas, que se ponen a los pollos para distinguirlos de los otros» (Aut); cfr. Durandarte, vv. 41-45: «Rabio por desollar tollos, / riño con un penitente / y gusto de amasar bollos; / y muérome, finalmente, / por echar calzas a pollos»; El hermano, vv. 1442-45: «Era de raja de leña / la ropilla, y tras aquesto, / calzas de pollo atacadas / como plaza donde hay cerco».

T E X T O DE LA COMEDIA LAURA

335

Desde aquí n o es posible; pero allí

2070

se ve claro en claro la habla; ¿vesla t ú ? DIANA

M u y claramente la distingo j u n t o A m b r o z .

LAURA

E S que el m e t a l de la v o z b r i l l a , c o m o es reluciente.

CINTIA

2075

Idos pues, ¿ h a y tal m a n í a ? , y sed m á s c o r t é s c o n m i g o .

CARLOS

¿ M á s c o r t é s ? Pues ahora d i g o que n o quiero, en c o r t e s í a . Vuélvese

CINTIA

Cintia junto a

Diana.

D i l i g e n c i a ha sido ociosa,

2080

p r i m a , el avisarle y o . DIANA CINTIA

¿ P u e s q u é dijo? Respondió c o m o q u i e n n o hace la cosa; Vanse hacia el otro lado.

v. 2065 vais: 'vayáis', subjuntivo etimológico, del latín vadatis; cfr. Olmedo, vv. 639-40: «TELLO: Pues yo escapo como un potro. / D O N RODRIGO: N O quiero que os vais». v. 2067 me voy de copas: irse de copas «En frase jocosa vale ventosearse» (Aut). v. 2071 se ve claro en claro la habla: de claro en claro es «Modo adverbial que vale lo mismo que abierta y manifiestamente y con toda claridad» (Aut); cfr. Quevedo, PO, n ú m . 687, v v 133-36: «Que vivan de par en par, / que sirvan de claro en claro, / y que los rostros en cueros / parezcan a ser juzgados». v. 2073 Disparate absurdo porque Ambroz es un pueblo situado en la provincia de Granada. vv. 2074-75 metal de la voz / brilla: juega con la polisemia del término metal en referencia a 'objeto de metal' y 'el sonido de la voz'; cfr. Renegada, vv. 1120¬ 23: «del metal contralto son / las culebrinas mejores, / y apártense los tenores / para cuartos de cañón». v. 2083 como quien no hace la cosa: «Frase que significa ejecutar algo con disimulo de forma que no lo comprehendan los otros» (Aut).

336

EL DESDES]

CON EL

DESDÉN

pero c o n a l g ú n p r e t e x t o del j a r d í n se salen ya. DIANA

2085

¡Fiera suerte! S i él se va ha de apestar t o d o esto.

CARLOS

¡ E n t o d o es m i a m o r fatal!

DIANA

¡ G r a v e desprecio b a r r u n t o !

POLILLA

S e ñ o r , m a r c h e m o s al p u n t o ,

2090

p o r q u e a q u í ya o l e m o s m a l . DIANA

(Aparte.)

CARLOS

A d i ó s , p r i n c e s a embustera.

DIANA

¡El se va! Tras él m e salgo.

C o n d e , aguarda, escucha, espera, que te sigo.

CARLOS

E c h a m e u n galgo.

2095

Vanse. DIANA

Fuese ( ¡ p e r o esto es rabiar!), m a r c h ó (¡yo m u e r o de tos!) ¡Si ahora n o m i r a r a a D i o s m e h a b í a de desmayar!

CINTIA

N o l o hagas, que l l o r a r é .

LAURA

N O , s e ñ o r a , eso es m a t a r m e .

DIANA

¡ D e j a r m e , amigas, dejarme,

2100

que estoy h e c h a u n n o sé q u é ! CINTIA

Sosiega t u p e n a ansiosa.

LAURA

S e ñ o r a , t e m p l a el pesar.

2105

v. 2086 se va: irse «en frase vulgar vale ventosear o hacer sus necesidades sin sentir» (Aut); por eso apestará todo. v. 2095 Echame im galgo: echar galgos es «Frase ponderativa con se explica la d i ficultad de alcanzar a alguno. Tómase por analogía de lo que sucede en la caza de liebres, especialmente cuando para darlas alcance y cogerlas, se echan los galgos en seguimiento de ellas» (Aut). Es frase vigente en la actualidad. vv. 2098-99 La parodia de los desmayos en escena es habitual en el género burlesco. v. 2103 un no sé qué: ver v. 171.

T E X T O DE LA COMEDIA

DIANA

337

C i n t i a , y o n o p u e d o estar sin que m e d é alguna cosa.

CINTIA

D é t e u n p o c o de tristeza.

DIANA

E s o es querer disgustarme; l o m e n o s que p u e d e

darme

2110

es u n d o l o r de cabeza. CINTIA

H a r á s c o n él m u c h o s ascos.

DIANA

N o haré.

CINTIA DIANA

Y o d i g o que sí. D a l e : ¿ n o basta que a m í se m e haya puesto e n los cascos?

2115

Pero ya m e da de gana; el pesar m e ha de acabar. CINTIA

¿ D ó n d e tienes el pesar?

DIANA

¿ A d o n d e ? E n una romana. P o r t i , ¡ o h , v i l C a r l o s ! , p o r ti

2120

m e he de matar. CINTIA DIANA

P r i m a , quedo. Y o humanamente no puedo, C i n t i a m í a , estarme así; p o r q u e m i aflición se aquiete h o y he de escribirle a él.

2125

v. 2112 Harás con él muchos ascos: se puede interpretar de dos maneras diferentes el término ascos como 'la repugnancia que se tiene a alguna cosa que produce vómitos' y como parte de la expresión hacer ascos que es 'despreciar alguna cosa'. v. 2115 se me haya puesto en los cascos: alusión a la frase hecha ponerse en la cabeza que significa «ofrecerse alguna cosa a ella, manteniéndose con tenacidad» (Aut); y el dolor de cabeza, obviamente, se le pone en la cabeza. vv. 2118-19 ¿Dónde tienes el pesar? / ¿Adonde? En una romana: pesar hace referencia por medio de una dilogía a 'pena, dolor' y a 'acción de pesar algo con la báscula'; romana es una «Especie de peso de brazos desiguales» (Aut); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 163, vv. 1-4: «Ya los picaros saben en Castilla / cuál mujer es pesada y cuál liviana, / y los bergantes sirven de romana / al cuerpo que con más diamantes brilla».

338

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

ClNTIA

¿ Q u e has de escribirle u n papel?

DIANA

Papel no.

CINTIA

¿Pues qué?

DIANA

Un

CINTIA

D i r a s l e cosas graciosas.

DIANA

D i r e l e que i n g r a t o fue.

CINTIA

¿ N o m á s de eso?

DIANA

billete.

Y le d i r é

2130

que es u n falso, entre otras cosas. CINTIA

M u c h o esa b e l l a q u e r í a s e n t i r á , y es b i e n le asombre.

DIANA

Sí la s e n t i r á , que es h o m b r e que ha estudiado t e o l o g í a .

2135

Y a , L a u r a , el recado espero de escribir. LAURA

¡Válgate A p o l o ! V o y p o r él.

DIANA

T r á e m e ahora solo p l u m a , p a p e l y tintero.

LAURA

Está m u y bien. Vase.

DIANA

Y a el a m o r

2140

m e va causando u n placer que m e hace entristecer. CINTIA

T o d o eso, p r i m a , es calor.

DIANA

T ú tienes r a z ó n . N o n i e g o

vv. 2126-27 Disparate jocoso basado en que billete y papel se tratan como dos cosas diferentes cuando en realidad son sinónimos en este pasaje; chistes similares los hallamos en Olmedo, vv. 552-54 o Renegada, vv. 320-23: «CAPITÁN: Mirad, señor, que es billete. / SARGENTO: ¿Billete? CAPITÁN: N o hay que dudar. / SARGENTO: Yo le tuve por papel; / si es billete, perdonad». vv. 2136-39 Otro disparate jocoso porque el recado de escribir que estaba esperando Diana es precisamente lo que pide en el v. 2139: pluma, papel y tintero.

339

TEXTO DE LA COMEDIA

que es calor m i angustia helada.

2145

C i n t i a , y o estoy abrasada hasta los livianos. CINTIA

¡Fuego! Sale Laura con recado de escribir y le pone sobre una mesa.

LAURA

Y a está a q u í . T u p e n a apoca.

CINTIA

Saldrás de recelos hoy.

DIANA

S i eso es cierto, al p u n t o v o y

2150

a escribirle b o c a a b o c a . CINTIA

D i l e claro que penetra t u astucia su g e n i o atroz.

DIANA

Y O l e v a n t a r é la v o z para que entienda la letra. Siéntase

Diana

a escribir. Toma la pluma

2155 y hablan aparte

las dos. A q u í v e r á m i sentir. (¡Y a fe que se p u e d e ver!) P e r o ahora falta saber l o que tengo de escribir. ¿Cintia? CINTIA

¿Qué?

DIANA

¿Te h a b í a s d o r m i d o ?

CINTIA

N O , allí estaba c o n c u i d a d o .

DIANA

¿ H a s visto salir m i enfado

2160

que ahora m i s m o se m e ha i d o ? CINTIA LAURA CINTIA

¿ Q u é has h e c h o ? ¡Fatal afrenta! Buscarele e n esos prados.

2165

v. 2147 livianos: pulmones; cfr. Constante, vv. 752-54: «No te dé, esposo, cuidado, / que algún amante será / que echa por mí los livianos», v. 2151 escribirle boca a boca: ver vv. 1157-58.

340

DIANA

EL DESDÉN,

CON EL

¡ N o hay para buscar

DESDÉN enfados

cosa c o m o u n a parienta! ClNTIA

Me

DIANA

Y o l o estimo; basta ya.

LAURA

h a r é , p o r hallarle, rajas.

Si os e n f a d ó , él v o l v e r á

2170

p o r q u í t a m e allá esas pajas. DIANA

Aun

de m í , C i n t i a , n o sé.

ClNTIA

A q u í estás, y o te he m i r a d o .

DIANA

A u n q u e m e ves, d e l enfado t a m b i é n llevar m e d e j é .

ClNTIA

2175

¿ C ó m o sin faltar de a q u í llevar te dejaste de él?

DIANA

P o r q u e desde el lance aquel estoy que n o estoy e n m í . Y a el billete e s c r i b i r p u e d o .

2180

D e j a d m e sola a m i gusto y cerrad, n o m e entre susto. ClNTIA

¿ E n t r a r susto? N o hayas m i e d o . Vanse las dos. Escribe Diana

y sale al paño

el conde de

Barcelona. CONDE

¡ V á l g a m e D i o s ! ¡ Q u é pesares y q u é desdichas m e cercan

2185

cuando a D i a n a escribiendo hallo sobre aquella mesa! Sola está. ¿ Q u i é n de su h o n o r tan grave arrojo creyera?

v. 2168 Me haré, por hallarle, rajas: hacerse rajas «Es darse mucha prisa a hacer alguna cosa o ejecutarla con eficacia y viveza» (Aut). v. 2171 por quítame allá esas pajas: «Frase adverbial que vale por cosa de poca importancia, sin fundamento o razón» (Aut). vv. 2175-77 Antanaclasis chistosa de dejarse llevar, en el v. 2175 significa «Deponer el dictamen proprio por seguir el ajeno ya sea por más válido o por ser el de los más» (Aut) y en el v. 2177 adquiere el sentido literal de 'dejarse llevar a algún lugar'.

T E X T O DE LA C O M E D I A

341

¡ Q u é trabajo tiene u n padre

2190

a q u i e n d i o el c i e l o hijas hembras! DIANA

¡Vive D i o s , que va la carta picante!, y a u n q u e la letra n o le habla c o n c l a r i d a d le dice m i l d e s v e r g ü e n z a s .

CONDE

2195

Disimulemos, honor, hasta apurar sus cautelas.

DIANA

Escribamos, pluma mía, hasta fenecer m i queja.

CONDE

¿Se v i o p e n a m á s cruel?

DIANA

¿Se v i o m á s aleve pena?

CONDE

C o n el papel está h a b l a n d o ;

2200

¿ h a b r á hija m á s resuelta? ¡Vive D i o s , que y o i m a g i n o que hay m á s m a l d e l que se piensa!

2205

L a p l u m a tiene agarrada; ¿se v i o desgracia m á s nueva? DIANA

L O que siento he de d e c i r l e a u n q u e le cueste v e r g ü e n z a .

CONDE

L O que c o n t i e n e el p a p e l

2210

he de ver a u n q u e m e pierda. DIANA

ESO intento.

CONDE DIANA

E s t o ha de ser. «Aleve c o n d e . » Escribiendo.

CONDE

H i j a perra, Sale del paño

con la espada

desnuda.

muere aquí, c o m o quien dice

v. 2193 picante: «Se toma asimismo por cierto género de acrimonia o mordacidad en el decir, que por tener en el modo alguna gracia se suele oír con gusto» (Aut).

342

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

si te tiene c o n v e n i e n c i a .

2215

¡Saca la espada, v i l l a n a , para p o n e r t e e n defensa! DIANA

¿ Q u i é n l o manda? ¿ Q u i é n ? T u padre,

CONDE

que darte m u e r t e desea. DIANA

¿ M i padre es? B i e n se c o n o c e , pues m e hace tal

CONDE

2220

fineza.

P o r ti solamente p u e d o a v e n t u r a r m e a esta empresa.

DIANA

¿ Y q u é os m u e v e a d a r m e muerte?

CONDE

S o l a m e n t e u n a sospecha.

DIANA

¿ Y esa sospecha e n q u é está?

CONDE

E n el p u n t o de u n a m e d i a .

DIANA

¿Y no más?

CONDE

2225

T a m b i é n me mueve el v e r que d e s p u é s de m u e r t a estarás escarmentada

2230

de amantes y de alcahuetas, que la v i d a de u n d i f u n t o es sosegada y honesta. DIANA

¿ Y a vos q u é p u e d e i m p o r t a r o s el que y o v i v a tan quieta?

CONDE

2235

S i e n d o vuestro padre, m u c h o , que ahora n o se m e acuerda.

v. 2225 Solamente una sospecha: parodia de los maridos o padres que mataban a sus hijas o esposas por creerse deshonrados solo por una sospecha. E n el género burlesco es habitual encontrarse con pruebas ridiculas de padres o esposos para demostrar su doncellez; ver a modo de ejemplo el pasaje de Baldovinos, vv. 485¬ 94. v. 2227 En el punto de una media: disparate jocoso ya que esperamos una respuesta del estilo «en el punto de honra»; punto de una media es «la pequeña rotura que se hace en las medias, porque consiste en soltarse aquellos de que están formadas» (Aut).

TEXTO DE LA COMEDIA

DIANA

343

¿ P u e s de q u é sabéis que sois m i padre?

CONDE

D e vuestra abuela, y t a m b i é n de que e n la corte

2240

l o d i c e n las malas lenguas. DIANA

Esas s o n voces d e l v u l g o .

CONDE

Y r e g u l a r m e n t e inciertas.

DIANA

S i h a n dado ya e n que l o sois, fuerza es aguantar la m e c h a .

CONDE

2245

S i n d u d a d e b o de serlo p o r l o que se e x p e r i m e n t a , sino que sea favor que allá t u madre m e h i c i e r a p o r q u e fue u n a bella hija.

DIANA

2250

M u c h o b i e n se d i c e de ella, y es p o r q u e e n la c o r t e se h i z o m u c h o lugar c o n c u a l q u i e r a .

CONDE

V e r d a d es. M u c h o la d e b o ; y m i fiel c o r r e s p o n d e n c i a ,

2255

p o r q u i e n soy y p o r q u i e n fue, pagar tal h o n o r quisiera. DIANA

Vos l o m e r e c é i s , s e ñ o r , p o r vuestras heroicas prendas, y a m í h a b r á n querido darme

2260

el t í t u l o de hija vuestra

v. 2245 aguantar la mecha: «Frase figurada y familiar. Sufrir o sobrellevar resignado una reprimenda, contrariedad o peligro» (Aut). vv. 2252-53 se hizo I mucho lugar: hacerse lugar es «Frase metafórica que significa hacerse estimar o atender entre otros» (Aut); una segunda lectura, claramente operativa en este pasaje, nos incita a pensar que puede aludir a la inclinación de la madre de Diana por hacer favores sexuales a los miembros de la corte, de ahí la estima otorgada por ellos. v. 2259 prendas: «Se llaman las buenas partes, cualidades o perfecciones, así del cuerpo como del alma, con que la naturaleza adorna algún sujeto» (Aut); cfr. Hamcte, vv. 1034-35: «Por moro de buenas prendas / le tuve a Hamete hasta aquí».

344

EL DESDÉN', CON EL

DESDÉN

para que h o n r e m i linaje c o n tan ilustre ascendencia. CONDE

Y o te estimo la lisonja a u n m á s que si la c o m i e r a ;

2265

pero d i m e , ¿ q u é e s c r i b í a s en ese papel? D o s letras.

DIANA CONDE

Si s o n dos letras n o m á s , n o i m p o r t a r á que las vea.

DIANA

P o r ahora n o ha lugar,

2270

y así, t e n i e n d o p a c i e n c i a , q u i z á las v e r é i s d e s p u é s que las eche e n la estafeta. CONDE DIANA

¿ P u e s para q u i é n es la carta? S e ñ o r , p o r q u e n o l o sepas

2275

n o q u i e r o a d e c i r q u e es para el de U r g e l . (Aparte.)

CONDE

( ¡ Q u é discreta!

C i e r t o que es d i s i m u l a d a ; n o creí que era tan necia.) L a carta m e da, que siendo

2280

tu padre es fuerza leerla. DIANA

D e j a d de ser padre ahora p o r q u e m i fama n o pierda, pues d e b o guardar secreto.

CONDE

(Aparte.)

( ¡ Q u é p r u d e n t e resistencia!

2285

M u j e r que a su padre m i s m o trata c o n tal aspereza b i e n p u e d e ser que sea mala, pero n o será m u y buena.)

v. 2273 estafeta: «El correo ordinario de un lugar a otro que va por la posta» (Aut); cfr. Castigar, vv. 1182-85: «Dame un polvo de tu nombre, / porque también las Princesas / por los polvos y los lodos / caminan como estafetas».

T E X T O DE LA C O M E D I A H i j a , dame aquesa carta

345

2290

y no andemos en quimeras. DIANA

Padre, y o n o q u i e r o darla, si os he de hablar c o n m o d e s t i a .

CONDE

¡Hija infame!

DIANA CONDE

¡ P a d r e injusto! Porque mires...

DIANA

P o r q u e veas...

CONDE

. . . que t o d o a u n padre es p o s i b l e . . .

DIANA

. . . que m e he de salir c o n e l l a . . .

CONDE

. . . he de quitarte el p a p e l . Anda

2295

tras ella por el tablado para quitarla el papel y ella

se resiste. DIANA

D a r é voces que m e fuerzan. Salen Cintia

y

Laura.

CINTIA

P r i m a , ¿ q u é es esto? ¿ Q u é tienes?

DIANA

¡Ay, es u n a friolera!

CINTIA

S e ñ o r , ¿ t ú así descompuesto?

CONDE

H o y m e he perder c o n ella.

CINTIA

¿Perderos queréis, señor?

CONDE

SÍ.

LAURA

Pues t o m a d u n a renta,

2300

2305

que en la c o r t e ese es el m e d i o para perderse c u a l q u i e r a . CONDE

¡ O h , L a u r a , para t e m p l a r m e m e hace esa r a z ó n g r a n fuerza!

CINTIA

S o n sus razones macizas

v. 2291 no andemos en quimeras:'no andemos con engaños', v. 2309 me hace esa razón gran fuerza: ver v. 1055.

2310

346

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

y así e n todos casos pesan. ¿ P e r o desta d e s a z ó n n o h a r é i s que la causa entienda? CONDE

S o b r e u n p a p e l fue la z a m b r a .

ClNTIA

¿ Q u é decís?

CONDE ClNTIA

P o r v i d a vuestra.

2315

J e s ú s ! ¿ Y sobre u n p a p e l disteis pisadas tan recias?

CONDE

Sí, C i n t i a . (¡Triste de m í ! )

ClNTIA

¿ Y q u é es de él?

DIANA

A ú n se conserva en m i m a n o t o d o entero.

ClNTIA

2320

E s o que es m u y d u r o p r u e b a , pues n o se r o m p i ó a u n q u e disteis sobre él tantas carreras.

LAURA

G r a n p i c a r o es el p a p e l .

DIANA

T i e n e , L a u r a , m u c h a letra.

CONDE

P o r fin, ¿ n o m e le e n s e ñ á i s ?

DIANA

2325

M u c h o de m i agrado fuera p o d e r daros ese gusto, p e r o n o es o c a s i ó n ésta; y así, si os hiciese al caso,

2330

v o l v e d c u a n d o n o le tenga y v e r é i s c u á l os le e n s e ñ o ,

v. 2311 pesan: dilogía jocosa; por un lado «Metafóricamente vale examinar con atención o considerar con prudencia las razones de alguna cosa» (Aut) y por otro 'examinar cuánto peso tiene alguna cosa', este último significado provocado por macizas, que suele emplearse fundamentalmente con materias sólidas y no en compañía de términos abstractos. v. 2314 zambra: «Significa también algazara, bulla y ruido de muchos» (Aut). v. 2325 Tiene, Laura, mucha letra: tener mucha letra es metafóricamente «Frase con que se da a entender que alguna persona es bastantemente sutil y astuta para su gobierno y que sabe más de lo regular» (Aut) aunque tome un sentido jocoso también en su significado literal, ya que es obvio que un papel está escrito con letras. Este verso a través de la acepción figurada entra en contacto con el verso anterior.

347

T E X T O DE LA COMEDIA a d v i r t i e n d o que n o h i c i e r a c o n vos fineza m a y o r

2335

a u n q u e m i pariente fuerais. CONDE

¡Vive D i o s , que eres galante!

LAURA

S i e m p r e fue de esta m a n e r a .

CINTIA

¡Es m u c h a su b i z a r r í a !

LAURA

¡Es m u y grande su m i s e r i a !

CONDE

N i ñ a , vete a los i n f i e r n o s .

DIANA

V i e j o , idos a galeras.

CONDE

¡ Q u e m e tocase tal hija!

2340

Vase. ¡ Q u e tal padre m e cupiera!

DIANA

Vase. ¡ Q u e esto sufra q u i e n b i e n quiere!

CINTIA

2345

¡ D e n m e los cielos p a c i e n c i a ! Vase. ¡ Q u e esto aguante u n a m u j e r

LAURA

que hace p a p e l de d o n c e l l a ! ¡Sin a l m a estoy! Y o m e escapo, ¡ay, D i o s , que sola m e dejan! A el irse a entrar Laura, sale Polilla

y la agarra de los bra-

zos. POLILLA

¡ D e t e n t e , d e i d a d , aguarda!

LAURA

N o es m i gusto.

POLILLA

2350

Pues espera y m i r a que está e n tus brazos u n a alma que p o r t i pena.

v. 2341 galeras: «En plural la pena de remar a que sale condenado el delincuente» (Aut); cfr. Durandarte, vv. 772-73: «Mas un hombre que ha enviudado / bien es que vaya a galeras». v. 2353 alma que por ti pena: hace referencia a alma en pena, que es expresión dilógica, por un lado «Se dice propriamente de la que está padeciendo las del purga-

348

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

LAURA

S i eres alma, ¿ q u é m e quieres?

POLILLA

Q u e de mis ansias te duelas.

LAURA

Y o p e d i r é a D i o s p o r ti

2355

siempre que vaya a la iglesia, y así, vete al o t r o m u n d o , que de m i c u i d a d o queda. POLILLA

M i r a que soy a l m a v i v a

2360

de las que acá se m e n e a n . LAURA

¿ A l m a viva? ¿ Y c ó m o

puedes

estar, siendo v i v a , muerta? POLILLA

P o r q u e m e mata t u a m o r c o n desdenes y cautelas.

LAURA

2365

M u c h o siento que m i a m o r haga unas cosas c o m o esas. Y o le d i r é que n o os mate o m a n d a r é que le p r e n d a n .

POLILLA

Q u e m e quieras solicito

2370

y no más. LAURA

Si solo es esa la p r e t e n s i ó n , m a l hiciste en desamparar las penas en que estabas descansando, pues desde acá te quisiera

2375

e n v i a n d o al p u r g a t o r i o p o r el patio la respuesta. POLILLA

Esa es, para q u i e n se abrasa de amor, demasiada

flema.

A q u í has de q u e r e r m e ahora. LAURA

N o hayas m i e d o que tal quiera.

POLILLA

¿Por qué?

2380

torio» (Aut) y por otro «Se llama también metafóricamente al que anda siempre solo, retirado, triste y meláncolico, como que alguna pena le tiene absorto» (Aut); la primera entrada facilita el chiste posterior basado en la confusión entre vivo y muerto. v. 2363 viva, muerta: chiste que viene provocado por el juego dilógico del v. 2353; viva es dilogía con los significados de 'aquello que goza de vida' y 'expresiva'.

T E X T O DE LA COMEDIA

349

P o r q u e ahora n o traigo

LAURA

c o n m i g o las herramientas. POLILLA

H e r r a m i e n t a de querer es el m i s m o n o traerlas.

LAURA

2385

¿Cómo? C o m o esta p a s i ó n

POLILLA

p o r l o regular se engendra e n los que desprevenidos llevar d e l m u n d o se dejan; c o n q u e siendo así sacamos

2390

p o r precisa c o n s e c u e n c i a que q u i e n m e n o s se p r e v i e n e es q u i e n quiere m á s apriesa. LAURA

C o m o eres á n i m a , tienes unas razones que q u e m a n .

POLILLA

Es que y o h a b l o e c h a n d o chispas.

LAURA

¡ F u e g o de D i o s e n t u lengua!

POLILLA

¿ Q u e te vas?

LAURA POLILLA LAURA POLILLA

T e n g o que hacer. ¿Volverás? Es c o n t i n g e n c i a . D e s d e ñ o s a estás.

LAURA POLILLA LAURA POLILLA

2395

Sí estoy.

2400

¿ Q u é l o causa? U n a jaqueca. Esa es m a l i c i a que a ti se te ha puesto e n la cabeza.

v. 2397 ¡Fuego de Dios...!: «Especie de interjección con que se exclama la magnitud, abundancia o extrañeza de alguna cosa» (Aut); cfr. Darlo todo, v. 936: «¡Fuego de Dios, cómo encajas!». v. 2403 se te lia puesto en la cabeza: ponérsele a uno una cosa en la cabeza es expresión dilógica; por un lado el sentido literal y por otro «Es concebir con tenacidad un dictamen, opinión o tema» (Aut).

350 LAURA

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

A d i ó s , alma.

POLILLA

C u e r p o , adiós.

LAURA

Y sabe p o r cosa c i e r t a . . .

POLILLA

¿ Q u é he de saber?

LAURA POLILLA

Q u e te q u i e r o . ¿Por qué?

LAURA POLILLA

2405

P o r q u e l o agradezcas. Pues y o te e s t i m o el a m o r c o m o si p o r m í l o hicieras; pero d i m e , ¿es cosa m u c h a ?

LAURA

Así, de b u e n a m a n e r a .

POLILLA

Adiós.

LAURA

2410

Y o te a t e n d e r é en las p r i m e r a s baquetas. Vase.

POLILLA

Y a se fue, q u e d a m o s b u e n o s . Sale

Carlos.

CARLOS

P o l i l l a , ¿estás a q u í hoy?

POLILLA

D i q u é quieres, que a q u í estoy

2415

sobre miaja m á s o m e n o s . CARLOS

M u e r t o m e traen m i s cuidados, ¡oh, Diana!

POLILLA

T ú eres n i ñ o ; mas d i , ¿la tienes c a r i ñ o ?

2420

v. 2413 baquetas: parece aludir a pasar la baqueta, que era «Castigo que se da a los soldados delincuentes en la milicia y se ejecuta poniéndose en dos alas el regimiento o gente que la ha de dar con unas varillas en las manos [...] y el reo, desnudo de medio cuerpo arriba, pasa corriendo por entre las dos alas y todos le van castigando [...] dándole golpes en las espaldas» (Aut); este verso significa Y o te atenderé en los primeros castigos o golpes que te den'. v. 2417 miaja: «Lo mismo que migaja, de quien es contracción y es muy usado en Aragón» (Aut).

TEXTO DE LA COMEDIA

CARLOS

N O , sino huevos asados.

POLILLA

¿ Y t u a m o r es verdadero?

CARLOS

¿ N O ha de serlo si m e abraso?

POLILLA

M í r a l o b i e n , n o sea caso que te creas de ligero.

CARLOS

351

2425

N O p u e d e ser. ¡Su h e r m o s u r a r o b ó las potencias m í a s !

POLILLA

S e ñ o r , esas s o n m a n í a s . ¡ N o hagas u n a travesura!

CARLOS

¿ C ó m o p u e d o , siendo h o n r a d o ,

2430

hacerla? POLILLA

S e ñ o r , ¿ n o ves que c u a l q u i e r amante es u n caballo desbocado?

CARLOS POLILLA

E l l a m e debe de amar. S U trato así l o p r e v i e n e ;

2435

¿y sabes t ú si ella tiene a l g ú n fin particular? CARLOS

Fines tiene esa b r i b o n a que n o he p o d i d o entender; a u n q u e su fin, a m i ver,

2440

es dar fin de m i persona. POLILLA

¡ D i s c u r s o s tienes fatales! Salen el de Fox y el de Bearne.

BEARNE

A tus pies h e m o s q u e r i d o llegar.

CARLOS

¿Luego habéis venido?

v. 2421 No, sino huevos asados: expresión coloquial e irónica, utilizada como contestación a una pregunta inútil; cfr. Fíamete, vv. 314-15: «DOÑA LORENZA: ¿ Y en la ensalada hay cebolla? / MARINA: N o , sino huevos asados»; Amantes, vv. 670¬ 72: « D O N PEDRO: Ved, don Diego, que quedamos / en que habéis de volver rico. / (Vanse los dos.) D O N DIEGO: N o , sino huevos asados». v. 2433 caballo desbocado: en texto base «cuballo».

352

Fox

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

C l a r o está.

CARLOS

Sois p u n t ü a l e s .

2445

¿ Y q u é traéis? BEARNE

U n m a l grueso causado de la p r i n c e s a , que está d e s d e ñ o s a y tiesa.

CARLOS

¿ Y q u é se m e da a m í de eso?

Fox

E n t r e los tres p u e d e ser

2450

que la o b l i g u e m o s mejor. ¿Se c o n s e g u i r á , s e ñ o r ? CARLOS

E s o sí, m u y a placer.

BEARNE

C e l o s la h e m o s de dar porque m á s bien lo logremos.

CARLOS

2455

¿Celos?

BEARNE

Pues.

CARLOS

¿ Y q u é sabemos si ella los q u e r r á tomar?

Fox

Así p o d r e m o s v e n c e l l a p o r m á s que sea i m p o r t u n a .

BEARNE

Pues vamos todos a u n a .

CARLOS

¡ P r í n c i p e s , a ella!

TODOS

2460

¡A ella! Vanse y sale el conde de Barcelona lloroso, en almilla

y cal-

zoncillos. CONDE

¡Cielos! ¿En q u é parará el d e s d é n de esta m u c h a c h a ? ¡ A h , infame! ¡ A h , v i l ! ¡ A h , b o r r a c h a !

v. 2456 Pues: ver v. 1394. Acot. a v. 2462 almilla y calzoncillos: la almilla es «una especie de j u b ó n con mangas ajustado al cuerpo. Es traje interior» (Aut); cfr. Mocedades, vv. 1214-16: «que al morillo, que apenas se sujeta, / le penetré un almilla de bayeta; / muere el moro arrogante y penoroso»; calzoncillos hace referencia a los 'calzones cortos'.

TEXTO DE LA COMEDIA

¿ E s t e pago se le da

353

2465

c o n proceder iracundo a t u padre c u a n d o ves que, a u n q u e sin causa, l o es a pesar de t o d o el m u n d o ? D e ti se siente agraviado

2470

m i sosiego e n estas selvas. Y o h a r é , infame, que m e vuelvas los s u e ñ o s que m e has quitado. Y p o r si entre tanta d u d a convenzo tu iniquidad,

2475

v e n g o así, que la v e r d a d d i c e n que ha de ser desnuda. E l papel me dio cuidado y t e m o u n desastre, pues a u n q u e sé para q u i é n es,

2480

n o sé a q u i é n le h a b r á enviado. Pero allí u n a dama veo. S i n d u d a que está

esperando

que d e l alba el r u i d o b l a n d o eche d e l m u n d o a M o r f e o .

2485

¡ O h , si y o su fin supiese! P e r o a q u í la e s p e r a r é y de su b o c a s a b r é t o d o c u a n t o m e dijese. Sale una criada con un papel. CRIADA

¿ H a y gente a q u í sospechosa que m e aceche? No.

CONDE

¡Ay de m í !

CRIADA CONDE

N o temáis, porque yo aquí estoy a fin de u n a cosa.

2485 Morfeo: ver vv. 245-46.

2490

354

CRIADA

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

N O m e deis c o n la d e l martes; ¿ p e r o q u é cosa es, s e ñ o r ?

CONDE

2495

U n a d r o g u i l l a de h o n o r es para n o n o m b r a r partes.

CRIADA

S i e n d o así, deciros p u e d o de D i a n a u n

CONDE

excesillo.

C o m o vos q u e r á i s d e c i l l o ,

2500

y o l o e s c u c h a r é a pie q u e d o . CRIADA

Pues, s e ñ o r , ese p a p e l le guarda. N a d a os asombre.

CONDE

¿Si h a b l a r á c o n a l g ú n h o m b r e ?

CRIADA

N O , s e ñ o r ; c o n el de U r g e l .

2505

Da el papel al conde. A q u í le t e n é i s . CONDE

Mirad que os p u e d e hacer falta hoy.

CRIADA

¿ Q u é i m p o r t a , si y o os le d o y c o n m u y buena voluntad?

CONDE

U n gran s e r v i c i o m e h a c é i s

2510

c o n el papel. (Aparte.) (¡Ansia CRIADA

Y O m e alegrara que

fiera!) fuera

c o m o vos le m e r e c é i s . CONDE

A q u í sabré c ó m o pinta tanto aplauso repetido,

2515

y t a m b i é n q u é hay de m a r i d o . v. 2494 No me deis con la del martes: dar con la del martes es «Frase vulgar que vale lo mismo que zaherir o burlar de alguno, echándole en la cara o publicando algún mal hecho» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 764-69: «pero como la mujer / del lado del hombre sale, / escurrí luego la bola / y díle con la del martes, / que no hay fiar en los hombres, / que da perro el más galante»; Virón, vv. 999-1002: «Mas, ¿qué es esto? E l Rey me escucha, / ¿dónde iré por disparates?; / pero aunque el caso es de veras / le he de dar con la del martes». v. 2496 droguilla: ver v. 778. v. 2501 a pie quedo: ver v. 1049.

355

T E X T O DE LA COMEDIA

CRIADA

E S O de m u y b u e n a tinta.

CONDE

(Lee.) D i c e así: « D e vuestros chascos ha e n f e r m a d o m i cabeza, y es que ha dado e n la

flaqueza

2520

de n o tener b u e n o s cascos, y así, c o n d e , n o h a g á i s ascos; v e n i d a v e r m e al m o m e n t o , que c o n tanto s e n t i m i e n t o se desmaya la p a s i ó n

2525

y se halla el c o r a z ó n afligido que es c o n t e n t o . M o t i v ó m i gran pesar el veros i r tan de r e c i o ; y a d v e r t i d que a q u e l desprecio

2530

m e p u d o desazonar. S i m e h a b é i s de galantear d a d m e la respuesta clara, sin que os tolere otra rara i n j u r i a de a m o r traviesa,

2535

que al fin, a u n q u e soy princesa, tengo v e r g ü e n z a e n la cara. A q u í estoy d a n d o de ojos de m i l fiestas aturdida, y a todas horas c o m i d a

2540

de condes, c o m o de p i o j o s . L i b r a d m e de estos enojos si m e q u e r é i s para esposa, l l e v a d m e a ser religiosa, encajadme e n el h o s p i c i o ,

2545

v. 2517 de muy buena tinta: «Modo adverbial que vale con eficacia, acrimonia, habilidad o viveza» (Aut); al mismo tiempo juega con la polisemia de tinta ya que es con lo que se escribe el papel. v. 2522 no hagáis ascos: ver v. 2112. v. 2538 dando de ojos: dar de ojos «significa tropezar en algún inconveniente o precipicio, al tiempo que se ponían con ansia los medios para conseguir algún fin» (Aut); en Correas, n ú m . 6452, aparece con la definición de «tropezar y caer»; cfr. Quevedo, Sueños, p. 379: «bajar trompicando y dando de ojos a donde en una silla entre andas y ataúd, la llevan los picaros arrastrando».

356

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

ponedme, señor, a oficio o h a c e d m e c u a l q u i e r a cosa». (Representa.)

¡ N o c r e í tal, p o r San Pablo!

CRIADA

(Aparte.)

CONDE

Esta m u c h a c h a está ya

¿Tal desgarro se verá? 2550

l o que va de D i o s al diablo. A l de U r g e l avisaré de tan favorable exceso. Sale CARLOS

Carlos.

N o os c a n s é i s , s e ñ o r , e n eso, que ya t o d o l o e s c u c h é .

CONDE

(Aparte.)

2555

( ¡ D e a l e g r í a estoy sin m í ! )

¿ L o oísteis, c o n d e q u e r i d o ? ¿ P u e s d ó n d e estabais m e t i d o ? CARLOS

Q u i n i e n t a s leguas de a q u í .

CONDE

En

este papel, t o m a l d e ,

os llama c o n a m o r CARLOS

2560

fiero.

Pues y o , s e ñ o r , n o la q u i e r o a u n q u e m e la deis de balde, que si a desdenes d e g ü e l l a 2565

a u n rendido, yo t a m b i é n q u i e r o e c h a r m e ahora u n d e s d é n para n o ser m e n o s que ella. (Aparte.)

( ¡ M u c h o m e arrojé!) ¿Constante

CONDE en esa tibieza os veis? CARLOS

Sí, a D i o s gracias. ;Y

CONDE

tenéis

mucho desdén? L o bastante.

CARLOS CONDE

Con

semejantes

ternuras

n o hiciera F o x tal exceso.

v. 2546 ponedme, señor, a oficio:'ponme a trabajar'.

2570

TEXTO DE LA COMEDIA

CARLOS

357

¿ Q u é pensáis, señor? Aqueso suele i r e n encarnaduras. Diana

DIANA

2575

al paño.

¿ Q u é o í , cielos?

CONDE

(Aparte.)

( ¡ C o s a es fiera!)

¿ Q u e n o la q u e r é i s , p o r D i o s ? Diana DIANA

sale.

Padre, ¿ q u é os i m p o r t a a vos que m e quiera o n o m e quiera?

CONDE

I m p ó r t a m e el darte esposo,

2580

y al c o n d e te q u i e r o dar. DIANA

S i él n o m e quiere tomar, ¿ n o es el porfiar o c i o s o ? (Aparte.)

CARLOS

( ¡ A h , falso!) (Aparte.)

¡ A h , infiel!

Suena ruido como de retozo y carreras y dicen dentro. BEARNE

N O embaraza el h o n o r c u a n d o hay tal priesa.

CINTIA

¡ P e r d i d a soy, que m e besa!

LAURA

¡ C i e l o s , p i e d a d , que m e abraza!

CINTIA

Estad quieto.

Fox LAURA BEARNE

2585

E s t o ha de ser. Q u i t a o s allá p o r ahora. Tengo m u c h o amor, señora,

2590

n o m e p u e d o contener. DIANA CONDE

¿ Q u é es esto? C o n los d e m o n i o s salgan acá fuera. V a m o s .

v. 2575 encarnaduras: «El temperamento y estado que actualmente tiene la carne en un cuerpo vivo» (Aut). Acot. a v. 2584 retozo: «Se llama también el juego descompuesto con acciones menos modestas» (Aut).

358

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

Salen corriendo el de Bearne agarrado de Cintia

y el de Fox

de Laura. ¿ Q u é algazara es esa? BEARNE

Estamos ensayando m a t r i m o n i o s .

Fox

M í a h a b é i s de ser p o r hoy.

BEARNE

P o r h o y h a b é i s de ser m í a .

CINTIA

¿ H a y tal pujo?

LAURA CARLOS DIANA

2595

¿ H a y tal m a n í a ? N O vale eso. (Aparte.)

¡ M u e r t a estoy!

CONDE

(Aparte.)

¡ H o n o r m í o , estamos buenos!

CARLOS

E a , esas damas dejarme,

2600

p o r q u e h o y d i s c u r r o casarme c o n dos de ellas a l o m e n o s . DIANA

¡ A h , infame! ¿ C e l o s m e das?

CARLOS

SÍ, p o r cierto.

DIANA BEARNE

¡Ay de m í , cielos!

(Aparte.)

2605

Pues t a m b i é n os damos celos nosotros dos.

DIANA Fox

¿Eso más? V e d q u é h a b é i s de responder a nuestros celos, s e ñ o r a .

DIANA

Q u e los g u a r d é i s , pues ahora

2610

n o los he de menester. BEARNE

S i a vos os los h e m o s dado, guardarlos ya es repugnante.

v. 2594 algazara: «Común y vulgarmente se toma hoy por ruido de muchas voces juntas, pero festivo y alegre, aunque también tal cual vez se usa para significar alboroto y tumulto» (Aut); cfr. Estebanillo, I, pp. 80-81: «Fuéronse todos haciendo grande algazara y dando muchas muestras de alegría»; Espinel, Marcos de Obregón, I, p. 216: «arrebató la sortija haciendo grandes algazaras con ella». v. 2598 pujo: ver v. 416.

TEXTO DE LA COMEDIA

DIANA

N O l o es, p o r ser constante que y o n o los he t o m a d o .

BEARNE

359

2615

¿ C ó m o aqueso p u e d e ser, si os los dimos?

CINTIA Fox

¡Buen capricho! V o s los t e n é i s .

DIANA

Y a os he d i c h o que n o e s t á n e n m i p o d e r .

Fox

Perdídose habrán.

BEARNE

Razón

2620

es, c o n d e , que los b u s q u e m o s y que se los a p l i q u e m o s p o r si h a c e n o p e r a c i ó n . Fox

¡ O h , celos m a l a d m i t i d o s !

BEARNE

¡ O h , q u i é n los pudiese hallar!

DIANA

2625

N O se t i e n e n que cansar; y o los d o y p o r r e c i b i d o s .

Fox

¿ Y h a n m o v i d o e n vuestro agrado a l g ú n amor?

DIANA

C o s a es llana.

CARLOS

Pues, ¿y mis celos, D i a n a ?

DIANA

¡Bravamente me han picado! Sale

POLILLA

2630

Polilla.

Y a que e n bodas ha de dar fin aquesta h i s t o r i a , a q u í h a l l a r m e q u i e r o p o r si m e toca el enmaridar.

CARLOS

(Aparte.)

2635

¡ O h , si m i p a s i ó n ansiosa

lograse su a c o g i m i e n t o !

v. 2631 picado: picar en este contexto «Significa también enojar y provocar a otro con palabras u acciones» (AHÍ); picado puede hacer referencia al enamoramiento: cfr. Alemán, Guzmán de Alfarache, p. 222: «Esto y quedar los galanes algo más picados que antes, encendidos en la mucha hermosura de Daraja».

360

DIANA

EL DESDÉN,

CON EL

DESDÉN

Padre m í o , y o m e siento u n tanto c u a n t o celosa.

CONDE

Hija, no me maravillo;

2640

¿celos llegaste a tener?, pues t ú v e n d r á s a querer. DIANA BEARNE

¡A p i q u e está de u n c o d i l l o ! Si h a b l á i s verdad, ya p o d e m o s ir c a s á n d o n o s . E n ti

CONDE

2645

consiste ya. Pues p o r m í ,

DIANA

¿ h a y m á s de que nos casemos? TODOS

N o más. Pues a eso m e allano.

DIANA

Fox

¿ Y n o p o d r e m o s saber c u á l os ha de merecer?

DIANA

¿ C u á l ? E l que e s t é m á s a m a n o .

CARLOS

¡Yo!

BEARNE

Fox DIANA

2650

¡Yo! ¡Yo! C e s e el a h í n c o de vuestros deseos, pues

v. 2643 ¡A pique está de un codillo!: a pique es «Modo adverbial que significa cerca, a riesgo o contingencia» (Aut); codillo «En el juego del hombre se llama así el perder la polla el que la ha entrado, ganándosela alguno de los compañeros, por haber hecho más bazas que cualquiera de los otros» (Aut); cfr. Quiñones de Benavente, Entremeses, p. 78, vv. 191-94: «QUITERIA: Eres un picarón, un novelero, / más inconstante que horma de sombrero. / ANTONIA: Más baladí que guante de polvillo. / JUANA: Más insufrible y triste que un codillo»; es término que pertenece al léxico del juego, muy empleado en las comedias burlescas. v. 2651 El que esté más a mano: esta misma razón que sirve como excusa para elegir pareja para el matrimonio es empleada también en Carrión, vv. 160-64: «El tiempo lo dirá, y ese cuidado / de preguntarlo el cura ha de tenerlo, / que yo quiero casarme sin saberlo; y porque todos vean que soy llano, / casarme con quien halle más a mano».

T E X T O DE LA C O M E D I A

solamente C a r l o s

361

es

el feliz. T o c a esos c i n c o . CARLOS

2655

¡ G r a n d e logro! Danse las manos Carlos y Diana; de Cintia,

el de Fox de Laura

el de Bearne

de la criada.

Tanta queja

CONDE

q u e d e así BEARNE

agárrame

y Polilla

finalizada.

D e esa suerte, vaya cada oveja c o n su pareja.

CRIADA

S i e n d o vuestra, he c o n s e g u i d o

2660

gran dicha. POLILLA

Y o estoy pasmado de ver q u é presto he l o g r a d o u n a plaza de m a r i d o .

CINTIA

¡Vuestra soy! ¡Feliz v i c t o r i a !

BEARNE LAURA

Fox

¡Yo vuestra! ¡ M u c h o consigo!

L A S TRES

V e n g a esa m a n o de a m i g o .

TODOS

Y a q u í paz y d e s p u é s g l o r i a .

2665

FIN

v. 2 6 5 5 esos cinco: «Frase figurada y familiar. La mano. Úsase principalmente con los verbos venir, dar, chocar y otros análogos» (Aut). vv. 2 6 5 8 - 5 9 vaya cada / oveja con su pareja: refrán recogido por el Vocabulario de Correas, núm. 4 2 2 6 ; cfr. Quijote, II, 19: «que cada uno case con su igual, ateniéndose al refrán que dicen "cada oveja con su pareja"»; y II, 5 3 : «Cada oveja con su pareja, y nadie tienda más la pierna de cuanto fuere larga la sábana». v. 2 6 6 7 aquí paz y después gloria: refrán que tiene su origen en «Aquí gracia y después gloria»; en Correas, núm. 2 8 5 4 , aparece como: «Aquí gracia, y después gloria; y luego la olla». Esta expresión significa: «Con beneplácito y permiso, o sin ofensa» (DRAE); cfr. Castigar, v. 8 7 1 : «Tendrán paz y después gloria»; Constante, vv. 2 0 1 6 - 1 8 : «SERÓN: Aquí paz y después gloria, / y a mí y a Flora, ¿a qué esperas / en premiar nuestros intentos?».

EL

PREMIO

DE

LA

HERMOSURA

C o m e d i a satírica e n u n acto, a t r i b u i d a a Francisco de Q u e v e d o y Villegas

INTRODUCCIÓN

1. D A T O S E X T E R N O S , T E X T O Y A U T O R Í A

El premio de la hermosura es u n a c o m e d i a burlesca

1

e n u n acto que

consta de 201 versos de la que n o poseemos n i n g ú n dato sobre su rep r e s e n t a c i ó n . D e b i d o a su m u y r e d u c i d a e x t e n s i ó n y a que resulta ser u n a p a r o d i a d e l fin de fiesta Fábula

de Juicio de Paris

2

(también cons-

t r u i d o en t o n o j o c o s o ) d e b e r í a m o s q u i z á l l a m a r a esta p i e z a e n t r e m é s burlesco ya que d e p e n d e r í a de u n a o b r a de m a y o r envergadura. El premio de la hermosura se conserva e n la B i b l i o t e c a N a c i o n a l de M a d r i d , manuscrito

15288.

2. L A V E R S I Ó N P A R Ó D I C A Y S U M O D E L O

El premio de la hermosura es parodia d e l fin de fiesta Juicio de Paris que a su vez es r e m e d o

c ó m i c o de la fábula m i t o l ó g i c a : « O i g a n el

" J u i c i o de P a r i s " / que e n chanza se representa / p o r q u e , siendo fabuloso, / sería i m p r o p i o de veras».

Es necesario señalar que nos encontramos ante una obra con un desarrollo coherente debido a la ausencia de disparates propios del género burlesco. N o obstante la consideraremos como burlesca tanto por la ausencia del decoro tradicional en la comedia nueva, como por lo grotesco y escatológico de los personajes y de su habla. 1

Fue una obra compuesta para la comedia de Calderón de la Barca El golfo de las sirenas que se halla en la Biblioteca Nacional de Madrid, manuscrito 4085. 2

366

EL PREMIO

DE LA

HERMOSURA

S o b r e este m i s m o m o t i v o existen otras obras basadas e n la m i s m a leyenda m i t o l ó g i c a c o m o el baile El juicio Z a m o r a , la m o j i g a n g a La manzana 3

Crespo Matellán

3

de Paris de J u a n

Antonio

a t r i b u i d a a L e ó n M e r c h a n t e , etc. 4

apunta a la p o s i b i l i d a d de que esté basada e n u n a

c o m e d i a h o m ó n i m a de L o p e de Vega, i n c l u i d a en la Décima

sexta par-

te de las Comedias de Lope de Vega, M a d r i d , 1 6 2 1 . A l analizar ambas solo h a l l o s i m i l i t u d e s en el t í t u l o , ya que los desarrollos de las acciones son por completo

diferentes.

E l f i n de fiesta tiene 3 4 4 versos, y su parodia 2 0 1 . E l n ú m e r o

de

personajes es similar a u n q u e El premio de la hermosura posea en lugar de L a D i s c o r d i a (que aparece en el Juicio de Paris) dos i n t e r l o c u t o r e s diferentes: J ú p i t e r y G a n í m e d e s . S e ñ a l a r é p o r ú l t i m o que la m é t r i c a e n ambas obras es sencilla, basada en su m a y o r parte e n el r o m a n c e .

2. 1. R e s u m e n de la c o m e d i a burlesca El premio de la hermosura Palas, J u n o y Venus d i s c u t e n p o r quedarse c o n la m a n z a n a , que seg ú n la m i t o l o g í a llevaba grabadas las palabras: «A la m á s h e r m o s a » . Las tres d e c i d e n que J ú p i t e r sea el j u e z y le despiertan de su s u e ñ o de b o r r a c h o . A l i n c o r p o r a r s e v o m i t a antes de aceptar ser el j u e z de las b e llas c o n la ayuda de Paris. Este d e c i d e n o d á r s e l a a n i n g u n a para hacerlas a las tres hermosas. V e n u s le exige que se d e c i d a y Paris les insta a que le m u e s t r e n sus v i r t u d e s : Venus canta a c o m p a ñ á n d o s e de u n i n s t r u mento

(vv. 1 5 3 - 6 8 ) , J u n o le responde c o n otra c a n c i ó n (vv. 169-84)

y Palas prefiere bailar u n fandango. H a b i e n d o observado a las tres o t o r ga la m a n z a n a a V e n u s .

3 . P R O C E D I M I E N T O S C Ó M I C O S D E EL

PREMIO

DE LA

HERMOSURA

Esta o b r a destaca p o r la gran c a n t i d a d de elementos p r o p i o s d e l carnaval (bebida, alusiones e s c a t o l ó g i c a s . . . ) . L o s personajes

aparecen

Se encuentra en la Biblioteca Nacional de Madrid en el manuscrito 14088. Impresa en la Floresta de entremeses, y rasgos de ocio, a diferentes asumptos, de bailes y mojigangas, Madrid, 1691 (Biblioteca Nacional de Madrid, T 11388). Crespo Matellán, 1979, p. 35. 3

4

5

INTRODUCCIÓN

367

caracterizados c o m o b o r r a c h o s a los que les gusta el vino, b e b i d a que se cita c o m o tal en los vv. 17, 2 1 , 48, 54, 59, 72 y 114, a u n q u e se haga referencia a él a través de otros t é r m i n o s : vinillo (v. 6), licor (vv. 7 y 25) y botas ' r e c i p i e n t e para guardar el v i n o ' (v. 191). O t r a b e b i d a similar en la que su c o m p o n e n t e p r i n c i p a l es el v i n o es el hipocrás (v. 2). L o e s c a t o l ó g i c o y repulsivo está presente de m a n e r a m u y especial en esta parodia p o r m e d i o de los v ó m i t o s de J ú p i t e r : «Métese mita» (acot. a v. 21), « v o m i t ó » (v. 21), «Vomita» en la fuente»

los dedos y vo-

(acot. a v. 25),

«Vomita

(acot. a v. 7 3 ) . . .

O t r o s elementos utilizados j o c o s a m e n t e son el vestuario, los accesorios, los gestos y los m o v i m i e n t o s descompuestos de algunos de los personajes. J ú p i t e r sale a escena «con corona de oliva y cetro con un águila, enchancletados los zapatos, las medias caídas, desabrochado el coleto, los calzones flojos»

y h a c i e n d o m o v i m i e n t o s de b o r r a c h o : «Hace que dobla el

cuerpo» (acot. a v. 5), «Enderézase

muy tieso» (acot. a v. 6), «Da traspieses»

(acot. a v. 9). A d e m á s , c u a n d o se queda d o r m i d o c o m i e n z a a roncar (vv. 3 1 - 3 2 y 5 0 - 5 2 ) . E l lenguaje c o l o q u i a l , frases hechas, refranes y expresiones i n t e n s i fican la d e g r a d a c i ó n de unos personajes que, siendo dioses de la m i t o l o g í a , e m p l e a n formas propias del lenguaje m á s vulgar. E n cuanto al e l e m e n t o m u s i c a l , El premio de la hermosura tiene de dos pasajes (vv. 1-33 y 153-84) que son cantados y que s u m a n 55 v e r sos (27,36% d e l total); su breve e x t e n s i ó n la hace m á s cercana a los entremeses o bailes que a la p r o p i a c o m e d i a . E l arpa es el ú n i c o i n s t r u m e n t o m u s i c a l que se hace e x p l í c i t o e n la o b r a a u n q u e ofrece la o p c i ó n al autor de comedias para realizar c u a l q u i e r v a r i a c i ó n : «Toca Venus un arpa u otro instrumento»

(acot. a v. 153); a d e m á s , e n la acot. al

v. 125 la a m b i g ü e d a d se hace m a y o r c u a n d o n i siquiera aconseja la u t i l i z a c i ó n de u n i n s t r u m e n t o en particular: «Tocan un instrumento, y sale París muy galán». P o r otro lado en el baile de Palas y Paris (acot. a v. 189) t a m b i é n sucede algo similar: «Hacen danzan el fandango o lo que

cortesía y Paris y Palas

quieran».

R e c u r s o s i n g e n i o s o s c o m o las paronomasias (botas / votos, vv. 191¬ 92), los p o l í p o t e s d i l ó g i c o s (tomad / tomando, vv. 1 2 7 - 2 8 ) , las dilogías o la r u p t u r a de frases hechas son u n a de las bases l i n g ü í s t i c a s de estas comedias y se e x p l i c a n los casos p r i n c i p a l e s e n las notas al texto.

NOTA

TEXTUAL

E l ú n i c o t e s t i m o n i o c o n o c i d o de El premio de la hermosura es el m a n u s c r i t o 15288 de la B i b l i o t e c a N a c i o n a l de M a d r i d . Sus características las describe P é r e z C u e n c a : «S. x v m . 7 ff., 215 x 150 m m . E n 6

b l a n c o el f. 7v. F o l i a c i ó n a lápiz. Encuademación

holandesa c o n puntas.

Tejuelo: " E l p r e m i o de la h e r m o s u r a " » . E n la p r i m e r a p á g i n a se p u e de leer « P r e m i o (el) de la H e r m o s u r a (satírica), en 1 acto. / Se cree de d o n F r a n c i s c o Q u e v e d o y Villegas»; y e n la segunda hoja que t a m b i é n f u n c i o n a c o m o portada « O v r a s de d o n F r a n c i s c o Q u e v e d o

/

N o c t á m b u l o s / F r a n c i s c o R a m o s / S o y de F r a n c i s c o R a m o s » . L a a t r i b u c i ó n a Q u e v e d o en las primeras líneas d e l m a n u s c r i t o es dudosa a u n q u e P é r e z C u e n c a la recoge en el Catálogo

de los Manuscritos

de

Francisco de Quevedo en la Biblioteca Nacional, c o m e n t a n d o a p r o p ó s i t o que Francisco R a m o s p r o b a b l e m e n t e fuese u n antiguo poseedor de la obra.

Pérez Cuenca, 1997, p. 241.

SINOPSIS

MÉTRICA

Versos

Forma métrica

Núm.

1-152

romance á - o

152

153-184

romance á-e

32

185-192

romance á-o

8

193-201

décima

9

Total Forma métrica

20 í Total

Romance

192

Décima

9

Porcentajes

Total

Romance

95,52

Décima

4,47

de versos

COMEDIA E N U N ACTO EL

PREMIO

DE LA

HERMOSURA

Personas Júpiter. Venus. Músicos. Ganímedes. Palas. Soldados. Paris. Juno.

Canta Júpiter,

un músico

las coplas que se siguen y va saliendo

con corona de oliva y cetro con una águila,

enchan-

cletados los zapatos, las medias caídas, desabrochado el coleto, los calzones Jlojos, y irá ejecutando con acciones lo que dice la letra; y Ganímedes, delante echándole MÚSICA

que será un mancebo galán, irá

aire con un lienzo mojado.

D e J ú p i t e r la grandeza b e b i ó el h i p o c r á s a u n j a r r o , y sin v e n i r a p o b r e z a fue cayendo de su estado. Hace que dobla el cuerpo.

v. 2 hipocrás: «bebida hecha con vino, azúcar, canela y otros ingredientes» (DRAE); cfr. Céfalo, vv. 1057-61: «No hayas miedo que te veas / en ese espejo, que solo / un poco de hipocrás era, / que yo para mi regalo / tomé ahora de una despensa».

374

EL PREMIO

DE LA

HERMOSURA

T e n é r s e l a s tiesas quiso Enderézase

5

muy tieso.

al v i n i l l o , y era en vano, p o r q u e el l i c o r le traía a m a l andar al c u i t a d o . Da trasvieses. G a n í m e d e s le refresca y no puede remediarlo;

10

¿ q u é m u c h o ? , si se le puso la b o r r a c h e r a en los cascos. T a n de v e n c i d a le lleva el z u m o de ojo de gallo, que c o n él, a u n q u e l o intenta,

15

n o se atrevía a hablar claro. Hace que quiere hablar.

v. 5 Tenérselas tiesas: «Frase del estilo familiar, que vale mantenerse firme contra alguno en contienda, disputa o instancia» (Aut); cfr. El rey don Alfonso, vv. 570¬ 73: «Túvolas Zamora tiesas, / que, a ser sus torres de engrudo, / según la furia del rey, / no podían durar mucho». vv. 7-8 le traía / a mal andar al cuitado: ruptura de la frase hecha traer a mal traer, «que vale maltratar alguno o molestarle demasiado en cualquier especie» (Aut); cfr. Lope, El peregrino en su patria, p. 293: «Ando flaco y sin contento, / que me trae a mal traer / este viejo Entendimiento»; en esta construcción se reemplaza el verbo traer por andar porque apenas Júpiter puede caminar ya que está muy borracho; cuitado: 'afligido, apesadumbrado, apenado'; cfr. El rey don Alfonso, vv. 1344-48: «Yante ella lo que más guste, / que yo, afligida y cuitada, / nacida en hora menguada, / la víspera de Santiuste, / he de arañarme». v. 12 cascos: casco es «El hueso cóncavo que cubre la cabeza y contiene dentro de sí los sesos y celebro» (Aut); cfr. Castigar, vv. 1484-88: «y también por no tomarlo / allá fuera, que me irrita / de tal manera los cascos / que al más pequeño estornudo / alboroto todo un barrio». vv. 13-14 tan de vencida le lleva / el zumo de ojo de gallo: vencida: «Lo mismo que victoria o vencimiento y así se dice: ir de vencida o llevar de vencida» (Aut); ojo de gallo: «Se llama el vino a quien se le da un color encendido, parecido al del ojo del gallo, de donde se tomó el nombre» (Aut); cfr. Quevedo, PO, n ú m . 857, vv. 33-36: «y vueltos ojos de gallo / los ojos amodorridos, / acostados en el sorbo, / ya ballesteros, ya bizcos». v. 16 a hablar claro: dilogía en la que además del sentido literal 'pronunciar con claridad' significa «Decir su sentir desnudamente y sin adulación y algunas veces

TEXTO DE LA COMEDIA

375

A cargos que le hace el v i n o , m e t i é n d o s e u n dos de bastos c o n facilidad h a l l ó salida para los cargos. Métese

20

los dedos y vomita.

V o m i t ó , y el v i n o

dijo:

«Cojan en m í desengaños: d o n d e tanta entrada tuve, ya sin cabida m e hallo.» Vomita. Y , amostazado el l i c o r ,

25

v i e n d o a J ú p i t e r ingrato, c u a n d o l o pensaba m e n o s v i n o a dejarle a r r i m a d o .

con desahogo» (Aut); Júpiter no se atreve a hablar claro porque está tan borracho que no puede ni decir una palabra. v. 17 cargos: cargar vale «Emborracharse, beber» (Léxico); se suele emplear habitualmente como cargar delantero, expresión que aparece en Quevedo, Buscón, p. 225: «El alguacil puso la justicia en sus pies y apeló por la calle arriba dando voces. N o lo pudimos seguir por haber cargado delantero». v. 18 metiéndose un dos de bastos: meterse dos dedos en la boca para forzar el vómito. vv. 23-24 donde tanta entrada tuve, / ya sin cabida me hallo: entrada: juego dilógico ya que hace referencia tanto al significado literal de entrar 'caber' como a «Metafóricamente significa cabida, familiaridad, conocimiento y trato familiar, amistad y favor con alguno» (Aut); cabida: nos encontramos con el mismo juego al señalado anteriormente, pues el sentido literal del término es 'capacidad' y «Por traslación es la entrada que alguno tiene en alguna casa de señor u de otro amigo, por comercio, amistad u otro motivo (que regularmente se entiende respecto del inferior al superior) para desfrutar su favor. Y también se amplía esta voz a tener entrada con todos, lo que denota estar bien visto y tener un natural benigno y agraciado» (Aut). v. 25 amostazado: «Enfadado, enojado y colérico» (Aut); cfr. Quevedo, Prosa festiva, p. 407: «y que no se ponga conmigo a tú por tú, y me crea que estoy muy amostazada de que se haga zorrocloco y nos venda bulas». v. 28 arrimado: «Vale también retirar, apartar y exonerar a alguno de algún empleo o puesto» (Aut).

376

EL PREMIO

DE LA

HERMOSUIU

Poco a poco se queda animado

a un bufete, sentado en un

banquillo y dormido. D u r m i ó s e , y al que p u d i e r a n c o n u n soplo d e r r i b a r l o

30

ya le v e r á n echar roncas sin p o d e r irse a la m a n o . Ronca. GANÍMEDES

P o r D i o s , que t a m b i é n m e d u e r m o , a u n q u e c o n m i e d o l o hago, d e s p u é s que he visto que tiene

35

sus z o r r e r í a s m i a m o . R u e g o a D i o s n o le haga falta el airecillo d e l trapo, que está tal, que l o de m e n o s será echar espumarajos. Duérmese

Ganímedes

sobre las tablas, y Júpiter

40 hace algu-

nas acciones de borracho, y dicen dentro a voces.

Acot. a v. 28 bufete: «Es una mesa de una tabla que no se coge, y tiene los pies clavados, y con sus bisagras, que para mudarlos de una parte a otra o para llevarlos de camino se embeben en el reverso de la mesma tabla» (Cov); cfr. Castigar, vv. 1409-10: «Encima de ese bufete / deja ahora la bujía». v. 31 echar roncas: aunque signifique 'amenazar o maldecir', aquí alude a 'roncar', al igual que en Darlo todo, vv. 1261-64: «Mas aquí una dama está / echando roncas soberbias; / a ella llego, que parece / que en eso no está despierta», en donde hace referencia a los ronquidos de una dama. v. 32 irse a la mano: ir a la mano quiere decir «Detener, embarazar e impedir que otro ejecute alguna acción» (Aut); cfr. El hermano, vv. 504-506: «Gran señor, vete a la mano, / que has andado manirroto, / y el infante es mal cristiano». v. 36 zorrerías: «Por alusión se toma por la astucia, cautela y modo de obrar caviloso del que busca su utilidad en lo que hace y va a lograr mañosamente su intento» (Aut); alude al mismo tiempo por similitud al significado más familiar de zorra 'borrachera'. v. 38 airecillo del trapo: hace referencia al movimiento que se suele hacer con cualquier prenda para dar aire a una persona cuando se siente indispuesta. v. 40 echar espumarajos: dilogía en la que echar espumarajos por la boca es «Frase metafórica con que se da a entender que uno está muy colérico y sentido» (Aut) y en sentido literal espumarajos significa «La saliva que arrojan los hombres y brutos cuando están encendidos y coléricos» (Aut); en esta ocasión no hace alusión a un enfado de Júpiter sino a las consecuencias de la borrachera que le hace vo-

T E X T O DE LA COMEDIA

V E N U S Y PALAS

L a m a n z a n a ha de ser m í a .

JUNO

J ú p i t e r , sal a vengarlo.

GANÍMEDES

C o m o nos c o g e n e n cueros,

377

para pendencias n o estamos. JUNO

(Dentro.) M i r a , Palas... (Dentro.) M i r a , J u n o . . .

PALAS L A S DOS

45

Mira,Venus...

(Dentro.)

Salgo al paso.

GANÍMEDES

Detiénelas

Ganímedes

y las tres porfían

sobre llevar una

fuente de plata con una manzana, pera o pepino de oro; y en el ínterin JÚPITER

dirá Júpiter

soñando.

Q u i e n hace u n cesto h a r á c i e n t o ; no m á s vino, n i mentarlo.

L A S TRES

(Dentro.) Sea J ú p i t e r el j u e z .

GANÍMEDES

D e t e n e o s , que este caso

50

requiere u n j u e z m u y despierto, y está J ú p i t e r r o n c a n d o . Ronca

Júpiter.

mitar y escupir; cfr. Quevedo, P O , n ú m . 763, vv. 145-48: «El Cambray echaba verbos / y la Holanda espumarajos; / cociéndose el Lienzo crudo / t o m ó el cielo con las manos». v. 43 en cueros: «Además del sentido literal, estar o quedarse desnudo, se dice de los borrachos que al emborracharse parecen cueros de vino» (Léxico); cfr. Ventura, vv. 149-52: «(no es casa aunque lo parece, / es un pajar harto viejo) / donde sin zorra y con hambre / pasaron la noche en cueros». E l pasaje alude a la imposibilidad de pelear si viene alguien porque además de estar desnudos se encuentran borrachos. Acot. a v. 46. E n el manuscrito «porfían sobre llevan», que no hace buen sentido; ínterin: 'entretanto, mientras'. v. 47 Quien hace un cesto hará ciento: «Refrán que advierte que de quien ha cometido una maldad se puede temer ejecute otras muchas de la misma calidad» (Aut); cfr. Comendador, v. 634: «Quien hace un cesto hará ciento». Este refrán también aparece recogido en Correas, n ú m . 19626: «Quien hace un cesto hará ciento, si tiene mimbres y tiempo». Este pasaje alude indirectamente, a través de la frase estar hecho un cesto ('encontrarse borracho'), al estado de embriaguez.

378

EL PREMIO

DE LA

HERMOSURA

M i r a d que duerme. L A S TRES JÚPITER

N O importa. Y a , v i n o , m e tienes harto, y de los dientes adentro no

L A S TRES

55

m e ha de entrar p o r e n g a ñ o .

(Recio.) D e s p i e r t a , basta de s u e ñ o . Entran. Despierta.

GANÍMEDES

B a j a d el garbo. Despierta Júpiter

JÚPITER

como confuso y sin verlas dice.

¿ Q u é ha pasado p o r m í ?

GANÍMEDES

Vino es t o d o l o que ha pasado.

JÚPITER

60

J u n o , Palas, V e n u s , ¿ p u e s qué

i n t e n t á i s así?

L A S TRES

Intentamos que la m á s l i n d a e n belleza, en e n t e n d i m i e n t o y garbo, aquesta pera de o r o

65

que e n v i ó p o r el aire vago la diosa de la D i s c o r d i a la des. JÚPITER L A S TRES JÚPITER

Q u i s i e r a excusarlo. ¿Por qué? P o r q u e ha de d e c i r q u i e n m e la vea e n la m a n o

70

y c o n v ó m i t o s que t o d o , peras y v i n o , l o trago. vv. 65-67 Alusión a la leyenda mitológica por la que la Discordia, al ser la única excluida de todos los dioses en el festín de las bodas de Tetis y Peleo, se transformó en nube y dejó caer sobre la mesa del banquete una manzana de oro que llevaba grabadas las palabras: «A la más hermosa», hecho que suscitó la envidia entre Juno, Palas (Minerva) y Venus; Paris fue el elegido para actuar como juez entre las tres diosas.

T E X T O DE LA COMEDIA

379

Vomita en la fuente. L A S TRES

¿ Q u é haces, s e ñ o r ? Evitar

JÚPITER

que n o diga a l g ú n b o r r a c h o que se m e hace agua la b o c a

75

al ver que os tengo e n m i cuarto. GANÍMEDES J U N O Y PALAS VENUS

Échense

suertes. B i e n dices.

P o r echar suertes n o paso, que soy la V e n u s h e r m o s a y está d i c i e n d o el adagio

80

«la ventura de la fea», c o n q u e la h e r m o s u r a es l l a n o que n o p u e d e tener suerte. J U N O Y PALAS

S e ñ o r a Venus, a espacio.

GANÍMEDES

Pase p o r chanza y elija.

JÚPITER

V o y p o r u n a ley de u n tranco,

85

que, siendo y o dios, c o n ella n o d i r á n : «Se ha sentenciado sin dios y sin ley el p l e i t o . » L A S TRES

A c a b a de despenarnos.

JÚPITER

R e p a s a d que sois las tres

90

diosas de m u y b u e n o s p a ñ o s ,

v. 75 se me hace agua la boca: hacérsele a alguien la boca agua significa «Deleitarse con la esperanza de conseguir alguna cosa agradable, o con su memoria» (DRAE); es frase del estilo familiar que permanece con toda vigencia en el lenguaje actual. v. 80 adagio: 'refrán'. v. 81 «la ventura de la fea»: una alusión al comienzo de dos refranes que se encuentran recogidos por Correas, núms. 23488 y 23489: «La ventura de las feas, ellas se la granjean» y «La ventura de las feas, la dicha». v. 90 despenarnos: despenar quiere decir «Sacar a alguno de pena» (Aut); aquí, más bien, 'sacar del estado de impaciencia'. vv. 92-94 de muy buenos paños / [...] a paños bajos: buenos paños aluden a la gran calidad de las vestiduras que llevan las diosas, sin embargo paños bajos puede hacer referencia a los paños menores ('ropa interior').

380

EL PREMIO

DE LA

HERMOSURA

y a v e n t u r á i s en que elija el bajar a p a ñ o s bajos. LAS TRES JÚPITER

¿Cómo? C o m o aquellas dos

95

que q u e d e n sin p r e m i o es llano que p o n d r á n tanto capote. VENUS

L a que n o es h e r m o s a , tanto c o m o y o p o d í a ser, pero c o m o y o soy p a s m o

100

de h e r m o s u r a , m a l p o d r é p o n e r m a l a cara. PALAS

Vamos, sora l i n d a , p o c o a p o c o , que su cara e n ese caso se p i c a r á m á s que todas

105

p o r q u e ha c o m i d o m á s ajo. VENUS

¿Ajo yo? M í r a m e b i e n .

PALAS

R e i n a mía, no molamos, q u e el carro de la h e r m o s u r a todas sabemos u n t a r l o .

GANÍMEDES

¿ Q u é es l o que dudas?

L A S TRES

¿ Q u é es l o que te tiene tardo?

110

v. 97 pondrán tanto capote: dilogía en la que por el contexto de los tejidos (aludidos anteriormente) y también «Metafóricamente significa el ceño que se pone en el semblante o en los ojos, con que se manifiesta severidad y enojo» (Aut) debido al disgusto de no haber sido ellas elegidas. v. 103 sora: forma sincopada de señora; lenguaje de gemianía. vv. 105-106 se picará [...] / porque ha comido más ajo: alusión a «Quien se pica ajos ha comido», «Refrán que reprehende al que se resiente y toma por suyo y como si a él y por él se dijese lo que en general y casualmente se ha dicho o hablado en alguna conversación» (Aut). v. 108 molamos: 'no nos muela, no nos fastidie'. vv. 109-110 el carro de la hermosura / todas sabemos untarlo: alude a la expresión untar el carro, que es una «Frase metafórica que vale ofrecer u dar dinero u otros dones, para facilitar la prosecución de algún negocio que estaba detenido u parado» (Aut). v. 111 Verso corto.

381

TEXTO DE LA COMEDIA GANÍMEDES

¿Estás e n dos aguas?

JÚPITER

NO,

en dos v i n o s sí, m u c h a c h o . Ganimedillos. GANÍMEDES

Señor.

JÚPITER

D i a Paris que y o le l l a m o .

GANÍMEDES

E s t á e n el m o n t e .

JÚPITER

115

Pues d i que le t o q u e n el r e c l a m o de u n i n s t r u m e n t o y v e n d r á .

GANÍMEDES L A S TRES

Harelo. ¿ Q u é has i n t e n t a d o

120

l l a m a n d o a Paris? JÚPITER

Q u e juntos e c h e m o s al p l e i t o e l fallo, que los que b e b e m o s m u c h o solemos a c o m p a ñ a r l o s . Tocan un instrumento, y sale Paris muy

PARÍS

A la v o z d e l i n s t r u m e n t o

galán. 125

Paris sale a t u m a n d a d o . JÚPITER

T o m a d asiento, que u n j u e z n o es m u c h o que entre t o m a n d o ; Paris, estas damas t i e n e n p r e t e n s i ó n a este d o r a d o

130

p o m o , cada u n a p o r l i n d a ;

v. 113 ¿Estás en dos aguas?: estar entre dos aguas es una expresión que alude a «El que está dudoso» (Correas, núm. 9885); cfr. Céspedes, Historias peregrinas y ejemplares, p. 386: «Con aquesto cesando y confiriendo cosas tan arduas en el ínterin que don Fadrique metido entre dos aguas y con desiguales efectos». v. 120 Harelo: el manuscrito «Herelo». vv. 127-28 Tomad asiento ... / entre tomando: polípote dilógico en el que el primer término tomar el asiento es «Frase que vale preferirse a otro en las acciones con que se demuestra autoridad o mayor dignidad» (Aut) y el segundo alude a la venalidad de los jueces, que toman dinero en forma de sobornos.

382

EL PREMIO

DE LA

HERMOSURA

h á c e n m e j u e z y he buscado p o r a c o m p a ñ a d o a vos. PARIS

Pues la m a n z a n a partamos entre los dos. Sed galán.

GANÍMEDES PARIS

135

Q u i s i e r a y o n o agraviaros, y n o d á n d o s e l a a alguna, hermosas a todas hago.

LAS TRES PARIS

¿ Y c ó m o p u e d e eso ser? C o m o suelen d e c i r c u a n d o pierde u n o l o que

140

pretende

« H e r m o s o ha q u e d a d o h u l a n o » , y así, n o d á n d o o s el p o m o , se d i r á que h a b é i s q u e d a d o muy VENUS

hermosas. S e ñ o r Paris,

145

aunque tenéis pocos años el c u m p l i r c o n tres mujeres n o es fácil; d e t e r m i n a r o s . PALAS Y J U N O

Tres somos, y el p r e m i o u n o .

PARIS

V e r vuestras gracias aguardo.

VENUS

Y o satirizo a las feas.

JUNO

Y o a las blancas d a r é trato.

150

vv. 134-35 E n el manuscrito «entre las dos»; enmiendo, pues son tres damas, no dos; Paris propone partir la manzana entre él y Júpiter. De ahí el reproche de Ganímedes: «Sed galán», es decir,'dádsela a alguna de las diosas'. v. 142 hulano: «Lo mismo que fulano, que es como se dice hoy» (Aut). v. 147 cumplir: dilogía entre 'ser cumplido, galante' y 'satisfacer sexualmente' a las tres diosas. v. 152 a las blancas daré trato: blancas constituye una dilogía ya que eran unas 'monedas menudas' que se manejaban entonces y también se puede referir a las 'damas de tez blanca'; dar trato hace referencia a la acción de 'comerciar, negociar'. Este verso puede hacer alusión a la labor de la celestina o de la dueña de mancebía que era la mujer que obtenía ciertas ganancias por acordar citas y encuentros entre un hombre y su dama; esta consideración se debe a la condición

T E X T O DE LA COMEDIA

383

Toca Venus un arpa u otro instrumento y canta. VENUS

(Canta.)

Para apetecer las feas,

hermosas h a n de juzgarse; m u c h o de p i l d o r a tiene

155

q u i e n ha menester disfraces. Q u i e n a las feas se i n c l i n a se califica de orate, p o r q u e solamente u n l o c o p u e d e apoyar fealdades.

160

D e c i r que son entendidas es d e c i r u n disparate, p o r q u e e n ellas ¿ c ó m o p u e d e u n b u e n parecer hallarse? Si a las feas l l a m a n fieras,

165

¿ q u i é n hay que tan m a l se trate?, pues será echarse a las fieras siempre c o n feas echarse.

de Juno, según la mitología, de no faltar jamás a los nacimientos y a los desposorios además de dar especial cuidado a las esposas que ella consideraba virtuosas, que queda totalmente invertido y degradado en la comedia burlesca. v. 155 pildora: «Pelotilla o bolilla del tamaño de un garbanzo o más pequeña, compuesta y confeccionada con medicamentos purgantes o confortantes, y cubierta por encima de una telilla dorada o plateada» (Aut); alude al hecho de que una dama fea quiera parecer hermosa al igual que las pildoras que por fuera son de plata o de oro y por dentro llevan medicinas cuyo sabor es amargo, en definitiva, parecer lo que no se es; cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 261, vv. 85-88: «Vieja pildora con oro / y cargada de diamantes, / quien la tratare la robe, / quien la heredare la mate». v. 158 orate: «La persona desbaratada, sin asiento ni juicio» (Aut); cfr. Darlo todo, vv. 782-85: «y hallé junto a mí / aquel hombre, aquel orate, / que en flores ya me había dicho / muchísimas necedades». v. 164 buen parecer: dilogía en la que parecer por un lado significa «Dictamen, voto o sentencia que se da o lleva en cualquier materia» (Aut) y también «Se llama asimismo el orden de las facciones del rostro y disposición del cuerpo» (Aut); el mismo juego encontramos en Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 240, vv. 15-18: «Que por buscar pareceres / revuelvan muy desvelados / los Bártulos los letrados, / los abades sus mujeres». v. 168 Aquí se repite «fieras», «siempre con fieras hecharse», pero el juego exige la enmienda: 'echarse con feas, acostarse con ellas, es como echarse uno mismo a las fieras'.

384 JUNO

EL PREMIO (Canta.)

DE LA

HERMOSURA

Las que p o r blancas se estiman,

tengan, tengan, n o se ensanchen,

170

que la m á s blanca los n i ñ o s saben que u n cuarto n o vale; c o m o las blancas s o n bobas j u z g a n favor el desaire, y a naturaleza estiman

175

el que en b l a n c o las dejase; el c o l o r las desvanece sin que n i n g u n a repare que n o j u z g a de colores A m o r , c o m o c i e g o nace. Y

180

para que n o se e n g r í e n

blancas y negras, ya saben que en el j u e g o de las damas c o r r e n parejas iguales. PALAS

Y O n o he de cantar, que c o m o

185

tengo b u e n p l e i t o n o trato de m e t e r l o a voces, pero d a n z a r é c o n Paris.

v. 172 cuarto: 'moneda de cobre de escaso valor, cuatro maravedís'. Continúa en el campo semántico del dinero, que era una de las acepciones de blanca, que valía en ciertas épocas la mitad de un maravedí. v. 176 en blanco las dejasen: la expresión dejar en blanco a uno «Metafóricamente se dice para significar que a alguno se le deja sin lo que pretendía u deseaba» (Aut). v. 180 Amor, como ciego nace: Cupido, dios del Amor, era representado con los ojos vendados. vv. 182-83 blancas y negras... ¡ ... juego de las damas: juego de las damas forma una construcción dilógica que por un lado hace referencia 'al juego que se lleva a cabo sobre un tablero y con doce piezas cada jugador' y por otro alude al 'galanteo que sufren ellas'; blancas y negras: dilogía derivada de la anterior que significa tanto 'piezas del juego' como 'damas de diferente color de piel'. v. 184 corren parejas: correr parejas «Además del sentido literal, por alusión vale ser de un mismo genio, condición y costumbres, iguales y conformes en sus operaciones. Y también explica la igualdad o correspondencia de una cosa con otra» (Aut); cfr. Espinel, Marcos de Obregón, I, pp. 256-57: «apasionado porque sin razón le ofendían las ausencias hombres que por ningún camino podían correr parejas con él». v. 187 meterlo a voces: cfr. Correas: «Quien mal pleito tiene, a voces lo mete; o a barato lo mete» (Correas, núm. 19675).

385

T E X T O DE LA C O M E D I A

Vamos.

PARÍS

Hacen cortesía y París y Palas danzan el fandango

o lo que

quieran, y en acabando hacen cortesía y se sientan. PARÍS

S e ñ o r , ¿ q u é os parece?

JÚPITER

Q u e vos p o d é i s sentenciarlo,

190

que yo, de estar para botas, para votos n o m e hallo. Levántase

París, hace cortesía a todas, toma la manzana,

la

besa y se la da a Venus. PARÍS

Pues t ú , V e n u s soberana, t o m a el p o m o , que es g r a n cosa tener contenta a u n a h e r m o s a

195

solo c o n u n a m a n z a n a . PARÍS Y V E N U S

Q u e Venus el p r e m i o gana la fama al m u n d o p u b l i q u e , y si h u b i e r e q u i e n se p i q u e . . .

TODOS

. . . para q u i e n tenga fatiga

200

u n a h i g a , una higa.

FINIS

Acot. a v. 188 fandango: «Baile introducido por los que han estado en los Reinos de las Indias, que se hace al son de un tañido muy alegre y festivo» (Aui). v. 189 Verso corto. vv. 191-92 para botas, / para votos: está borracho y no se halla para dar su voto. vv. 194-96 Paris se asombra de que con solo una manzana se pueda tener contenta a una hermosa, que suele ser dama pidona. v. 197 E n el manuscrito aparece «Palas» como locutora y corregido por encima «Paris». vv. 193-201 Faltaría un verso para completar una décima. v. 199 se pique: picarse «Significa asimismo ofenderse, enfadarse o enojarse, provocado de alguna palabra o acción ofensiva o indecorosa» (Aut). v. 201 higa: dar una higa «Es una manera de menosprecio que hacemos cerrando el puño y mostrando el dedo pulgar por entre el dedo índice y el medio» (Cov.); cfr. Quevedo, Un Heráclito, n ú m . 279, vv. 149-52: «que yo, vestido de un tiesto, / doy dos higas a la Parca, / pues tengo en él sepultura, / después que palacio y capa».

ÍNDICE D E NOTAS L a n u m e r a c i ó n remite a la p á g i n a d o n d e aparece la n o t a

a buen recado 163

agallas 205

a el establo con las chinas 250

aguador 205

a fe 64, 72, 315, 327

aguantar la mecha 343

a hacer 176

airecillo del trapo 376

a lo m o s c ó n 143

Airones 182

a maneras de decir 117

¡Al arma, al arma, al arma! ¡Cierra,

a ojo de buen cubero 333

cierra! 150

a pie quedo 281, 354

A l concejo de la Mesta 186

a pique 360

al p a ñ o 61

a porrillo 290

al prado de rebozo: de rebozo 115

a puto el postre 240

¿al rey se le debe señoría? 75

a quien dan no escoge 280

alano 161

a sangre y fuego 142

alarbe y todo se espeluza 120

a su pesar 174

Alazán 141

a título 262

albañal 195

a todo trapo 312

albarda o silla 207, 251

a trochimoche 83, 90

albéitar 175

a, b, c: 113

albornía 146

acabosito 121

albricias 270, 294

academias 242

alcacer 174

acciones más jarifas 243

alcomonías 153

aceite de alacranes 209

alfileres 163, 170

aceituna 86

alforja 251

aceros 145

algazara 358

acortarse 275

alguaciles de villa 151

adagio 311, 379

alhaja 306

adagio

alharacas 323

Adonde no me da el sol 210

alma... almilla 194

adredemente 119, 291

alma que por ti pena 347

adsoluta 145

almilla 121, 152, 352

388

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

almohaza 172 almorranas 189 A m b r o z 335 A m o r ciego 384 A m o r mundano 299 amoricones 271 amostazado 375 ¡Andallo! 299 andador 87 andar la jerigonza 169 anochecerse 313 Antecristo 179 antojos 255 A n t ó n M a r t í n 175 apartí 192 aplauso 112 aquel que calla, otorga 296

baca 113 Baco 159 baldona 253 baquetas 350 barbarismo 91, 191 Barquillo 201 barro de agua helada 112 basilicón 176 basquiña 95 batida 153 batuecos 179 bayeta 121 bayo 173 «be-a-ne» 163 beatilla 100 beba con nieve 209 beber puro 159

aquí para entre los dos 64, 327

Bellido 206

aquí paz y después gloria 361 ardimiento 273 arenque 203

bermejo 181 bien a bien 280 blancas 382

Argel 74 Argos 67 arrimado 375 arsénico 85 asno 297 asombra 326 asumpto 262 atacado 140 Ataja 99 ataque 202 atentado 70 atocinarse 248 Atribución de la condición de doncella 64, 310 aunque me cueste un ochavo 317 Aya 174 Ayuda de vecinos 325 azafate 302 Azar 192 azorarse 175 azufaifa 180

blancas y negras... juego de las damas 384 blanda 84 boca a boca 287, 339 boca de escorpión 271 Boca de lobo 313 boca en bala 107 b o d e g ó n 166 bodegonero 197 «bon vin» 148 bonete 120 bordador 113 botarga 330 botas... votos 385 b o t ó n 330 bragas 189 ¡Bravamente hago el papel! 287 bravo sangrador 73 brazo seglar 293 brazos 293 bretones 160

ÍNDICE D E N O T A S bretones y baca 113 buen parecer 383 búfanos 180 bufete 376 burla burlando 60 buscaras la lengua 235 busquéis la vida 298 caballero que es pastelero en Ocaña 142 caballo 202 caballo de caña del diestro 174 caballos de Argel 76 cabestrero 145 cabeza 65 cabida 375 caco 159 caer 254 cajas 105, 116 cajas 150 cajón de sastre 149 calabrés de la C h i n a 152 caldil 196 calles tan sucias es gala de los c o cheros 182 calzoncillos 352 Camarero de mis toros 145 camino real 166 campana de Melilla 153 campeones 271 campo 98, 119 camuesas, cataplasmas y candor 113 cañas 242 canas no peino 109 canora 288 cansado 282 cantarle la gala 201 canto llano . . . contrapunto: canto llano 162 capacho 170 capadores 150 capón 179, 194, 195

389

capote 380 Capuchinos 143 Caramanchel 203 cargos 375 carraspada 178 ¡Cascaras! 286 casco 374 cascos 337 Castañetada 178 cataplasmas 113 caven 204 cay 175 caza de pollos 151 cazadores 102 celemín y el cuartillo 199 cencerros 149 ceñid 122 ciego 144 chapín 115 chapucero 181 charcas 192 chilindrina 247 chinchilla 157 chisgarabís 145 chistar 303 chivo 191 chocolate 302 chupa 252 Ciento de a muía 103 cincha 251 ciscarse 200 Cogite 315 coletos 301 comer a bocados 314 cominos y ensalada de borrajas 184 C o m o ahora llueven b u ñ u e l o s 148 como el marzo a los pastores 202 como llover va buñuelos 198 como por la mano 275 como quien no hace la cosa 335 como volar 326 con ayuda de vecinos 325

390

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

con desgarro a levantar con destreza 143

C u p i d o 270 cúya 117

con el suegro de sí mismo 91

concejo de la Mesta 186

dable 248 Dale 236 dando bofetán 104

conejo de la India 154

D á n d o s e está... de las astas con

confites 206 contra bonos moros 75 contrapunto 162

Lucrecia 183 danos a besar tus pies. Los pies no los puedo dar 185 dar con la del martes 354 dar contra una esquina 239 dar de ojos 355 dar en cara 295 dar en los ojos 256 dar juego 295 dar la mano 292 dar papilla 250 dar trato 382

con la música a otra parte 331 C o n pies, manos y cuajar 174

copete 207 copia 179 corito 205 corona 202, 249 corred esa cortina 111 correr parejas 384 correncia 251 correr gallos 162 corrido 159 cortarse 204 cosas del escaparate 78 cosquillas 251 costa 300 criba 252 cuadrar 258 cuadre 84 cuadro 321 cuajar 309 cuajares 141 Cualquier mujer quiere bien cuando se la trata mal 284 ¿Cuántos reyes llevo? C i n c o 109 cuartana 114 cuartillo 199 cuarto 151 cuarto 384 cuerdo y severo 145 cueros 148 cuerpo a cuerpo 115 cuervos 180 culantrillo 198 cumplir 382

dar un pan como unas nueces 72 dar una higa 385 daré un beneficio 146 darse a partido 329 de caza no hay traza 100 de claro en claro 335 de cuajo 309 de luego a luego 283, 295 de muy buena tinta 355 de perlas 95 de polo a polo 92 de rebozo 115 de tal 114 de tuto en tito 121 decencia 148 decomiso 323 dedales 303 defeto 82 dejar en blanco a uno 384 dejarse llevar 340 del alba reír 197 demudada 158 denegridas 245

ÍNDICE D E N O T A S dependencias 247 desaforos 170 desconocida 253 descrismar 241 deshecha 207 despachar 266 despacho 277 despenar 379 destrizarse 258 desuello 260 desván de la nariz 116 deudos 91, 181 devantal 198 ¡Diablos son bolos! 333 diamante 208 D i g o que sí y que resí 122 dios n i ñ o 299

391

echar menos 148 echar roncas 376 el arena 120 ¡El C i d me le castigue su arrogancia! 141 Ello dirá en la tercera jornada 319 embaidores 102 embargue... embargar 279 embebecidas 289 embestir 285 empacho 296 e m p e ñ a r 103, 279 emperador Carranza 160 emperra 141 emprenta real de Amberes 146 en buena verdad 284 en cabeza de tiñoso 276 en cueros 377

Dios sea en esta casa 256 divertido 161 divertir 239

E n el punto de una media 342

diviesos 176 diz que 121, 188

en el tiempo de Jimena 83 E n los dos de la cuadrilla 293

dolos 147

en maitines 58 enalbardar 177

Doncella de todos cuatro costados 310 doña Alda 190 doña Beatriz 116 dormir la zorra 212 dos estandartes 91 dos niñas 154 D o y caso 269 doy tres bolos 147 droga 273, 316 dueña 143,201 echar echar echar echar echar echar echar

a m i muerte el sello 86 agua en la bota 212 calzas a pollos 334 espumarajos 376 galgos 336 las tripas 248 el bofe 302

en el campo y no en la villa 155

encarnaduras 357 enemiga 243 engalga 141 entrada 375 entrar en la danza 242 Entre algodones 63 entredicho 144 entretiene 256 erre que erre 249 es conde 326 ¿es favor? 89 escardar 331 Escena a oscuras acot. a 246 69,311 escollo armado de berzas, yo te c o n o c í pollino 199 escribano 75 escrúpulo 67 escudillas 81

392

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

escudo 236 esencias quintas 244 Eso mismo hace un chapín 147 esos cinco 361 espadachín 116 espadilla 157 esparrado 181 espeluzar 120 esponjarse 81 espulgar un galgo 298 espulgue las liendres 202 espuma 157 esquivas 250 esta es comedia y no ensayo 172 esta palabra de las cinco 89 estaba dada al diablo 289 estafeta 344 estar entre dos aguas 381 este quiere ser oidor 72 estoy en calma 183 estoy en m i camisa 251 estoy hecho un cesto 149 expreso 261 falda, miralda 101 faltar palabras 279 fandango 385 fecha 207 fiar 257 flema 119 flor de lis 171 ¡Fuego de D i o s . . . ! 349 fuego de Jesucristo 58

galgo 318 gallegas 154 gansos 242 garapiña 246 gargajo 246 garrafal 333 gato 178 gatos quieren / por enero, mes helado 307 generosos 271 gente de mucha cuenta 78 gigante cristalino que al cielo se oponía 158 gigantilla 153 gitanos 169 Goajaca 86 golilla 58 Grande entre grandes 147 grandísimo bonete 76 granzones 252 guardilla 246 guardillas 305 G u a r í n 190 guarnición 95, 120 ¡Guay de los pobres gallinas! 152 ¡Guerra, guerra! 150 güestes 200 hábito 64 hablar claro 374 h a b l ó . . . Alazán con su camisa 157 haca 300 hacer de m i gusto u n sayo 272

fuerte abeto 120 Fuerza me hace tu razón 282, 345

hacer mal 77 hacerme del enojado 312

gabacho 170 gabón 165 Gaifás 146 Galapagar 196 Galeno 176 galeras 347

hacerse cargo de algo 297

hacerme la salva 141 hacerse lugar 343 hacerse rajas 340 hacérsele a alguien la boca agua 379 haciendo un vientre 240 h a c i é n d o m e mis mementos 274

ÍNDICE D E N O T A S

393

haiga 324 Harás con él muchos ascos 337 hasta no más 243 hecha una carnecería 244 heredera 239 hijas 94 hipérbaton jocoso 62, 66, 72, 165, 287 hipocrás 176 hipocrás 373 hocica 242 H o l a , Alá, mis lebreles 159 Holofernes 154 hombre que tenga narices 140 honrado/a 73, 314 hora buena o mala 119 hormigo 140 hulano 382 hurones 101

laborosa 61 labre 109 ladín 147 ladres 176 langosta Las damas tenemos días 234 letra 82 letrilla 58 ley de Toro y partida 153 libertades 263

Id a la venta del cuerno 318 impericias 294 industria 107

Los moros son unas mazas 147 luego 141 Luego 67, 141, 187, 268 luna de enero 196

instrumentos concordados 332 ínterin 156, 377 ir a la mano 376 irse 336 irse de copas 335 isolente 184 italiano 167 Jácara 192 Jimena G ó m e z 116 Juan R a n a 195 juega a la chita 154 juego me va dando 295 juez de in curia 285 jugar la espada 107 julepe 201 jurar... jura 280 justicia 112 Justicia os pido, buen R e y 114

linterna 329 livianos 339 llámala Hipocrás 176 llegar y besar 310 llevar al diestro 174 llevaron en la cholla 212 Lleve el diablo lo que veo 313 lo que le venga a la boca 315 longanizas 155 Longinos 184

majadero 141 Malagón 110 mal guisado 248 malilla 157 mameluco 247 m a ñ a n a de San Juan 281 manguardia 188 manos 141 manos a la obra 270 manos y panzas pelaba 195 mantenedor 190 mantilla 247 maragato 161 maravedí . . . ochavo 165 Mari-dengues 241 marraja/o 166, 306 marrano 154

394

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

Marte 173 M a r t í n 168 más guapo que un C i d 328 mas que 237, 280, 293, 305 Más sabéis que una pandorga 212 máscaras 242 me está el barbero afeitando 300 me partía 302 medalla de cobre 325 medeguy 72 memorial 74 menguado 272 mentecato 313 mentidero 144 mentís 91 menudo 142

monstro 177 morciégalos 151 Morfeo 245, 353 moriscos fronteros 117 M u z a 120 m o r r i ñ a 248 mortero 292 morteruelo 182 mozo de silla 185 muerto 278 mundo... demonio... carne 267 nata 205 ninfa 238 niñería 297 n i ñ o 275

metal 335

n i ñ o de la dotrina 146

m é t e m e los dedos 234 meten mano 209 meten a voces 384 meter los dedos por los ojos 255

no duermo en las pajas 150, 184 no ha lugar 259

meter un dos de bastos 375 m i consejo está aquí junto, no se vaya el conejo 142 m i labio lo sella 64 m i padre me casa... con un h o m bre 62 miaja 350 m í a n 151 miel, con berenjenas y chinas 156 migaja 239 milanos 191 ministriles 150 ¡Mira q u é tacha! 235 miramiento 256 mistela 185 mitra 243 mojiganga 250 moler 380 mondonguera 163 M o n ó l o g o sobre los nacimientos ridículos 180, 238

no los puedo ver 70 no me deis... en cara 295 no sabe para fraile 73 no sé yo para q u é cosa 324 N o sino güevos asados 168, 351 N o va mal si son doctores 103 noramaza 72 nublado... anochecido 315 N u n c a falta quien bien hace 79 nunca te harás p r e ñ a d o 172

no hagáis ascos 355 no hay París como caja 204

obras de futuro 291 ocasión 65, 67 ochavo 164 oí, aceché y miré 182 ojo de gallo 374 Olías 237 orate 208, 383 Orgaz 328 ovas y espadañas 193 overo prieto 120

ÍNDICE D E N O T A S Padre Padilla 259 palabra... pensamiento... obra 266 palabras de presente 291 ¡Palo! 93 pandorga 244, 296 paños bajos 379 papel 62 p'ara eso son los conventos 92 parasismo 191 parca 110 parecer 274 pares 151, 154 Parla 237 parlar 235 parodia de las adivinaciones 82,146 parodia de los favores 59 parodia de los m o n ó l o g o s amorosos 68 parodia del locus amoenus 81, 184 partes 178, 264 pasa 160 pasamano 95 pasteles 159 patas de perdiz 115 paternidad dudosa 66, 246, 343, 353 Pava 204 pechos 157 pelarse las barbas 206 pellejo 181 pelmazo 141 pelota 211 penoroso 121 pensil 323 pepinos 143 pepitoria de venado 168 Perdonad si hay con q u é 121 peregrina 111 perejil 334 Periquillo el de M a d r i d 152 perlas 98 Perra/o 154,163, 209

395

perroquiano 205 pesar 346 pescar 71, 197 ¡Pesia tal! 77 picado 359 picador 176, 197 picante 341 picarse 385 pico 173 pida 249 pífano 199 pildora 383 pillar 241 pinta 183 plantas 107 plantas 324 plaza 72 plazuela de Palacio 244 plomo 302 podencos 180 poltronas 244 poner hocico 173 ponerse en los cascos 142, 337 ponérsele a uno una cosa en la cabeza 349 pónese a escribir 61 por dos vidas 89 Por el vientre de m i sastre 207 por esta 69, 178, 304 por la posta 199, 281 por los cielos de las camas 188 por mis p u ñ o s 308 por palabras de presente 76, 291 Por vida de doña Escoba 188 p o r q u é 94 porquería 239 portal 105 posta 211, 300 potro 255 potroso 201 Prado 206 prendas 343

396

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

presente 79 Preste Juan 160 p r i m o 142 pringar 251 prompto 259 protestar 262 provocaistis 211 pudieras ver puerco 102 Puerta del Sol 202 puerto 108 pues 299, 352 pujo 252, 358

razón 111, 253 razón de estado 291 rebeldes jazmines 107 regalos ridículos 59, 77 regar el perejil 323 rejalgar 85 remora 263 rendirme parias 205 reparó 65 resma 160 resuello 327 retozo 357 revenidos 304 reyes 109

que el cristal es cosa que da de sí 59

rico avariento 139

que me quiero cristianar 79

ridiculamente 111 rizo 118 rodado 200 romana 337

que poco teme elefantes el que se traga sardinas 155 que se le da al arzobispo 198 q u é d a t e 60 quedito 100 querer 177 quien calla otorga 122 Q u i e n hace un cesto hará ciento 377 quimera 330 quinientas leguas de aquí 356 Quintiliano 169 quiriendo 143 quistión 66 quítame allá estas pajas 340 Quite la palabra de la boca 324 quizaves 287

ridiculamente armado 150

R o m a n c e de G ó n g o r a 201, 202, 203 rompida 252 roncaba 140 roque 318 rostituerta 208 rozagante 199 sabandija 248 sabidor 185 sagrado 183 salgan al campo 154 salidas 289 salió de madre 192 saludador 183

rabicana 119

salvo sea lugar 122, 264

rabos 167

San Blas 165

ración 332

sangre 144

rapazadas 187

Santa C r u z 165

raposo 141

Santa Isabel 95

rastro 194

Santa Polonia 326

ratoneras, fuelles, flautas... 187

sarao 250

ÍNDICE D E N O T A S se hace esclava en teniendo que la callen 68 se lo parlaré dos deditos de la ore¬ ja 295 se ponga en cobro 104 sé d ó n d e tengo m i mano derecha 292 sequedad 100 serenos 149 s e r m ó n 292 servicios 194 servicios 249 servir 179 Servitor 273 sesgo 259 seta 110 si me dais licencia 60 si no lo habéis por enojo 276 sigúeme 329 Simón 108 simples 244 sin cuatro reyes y un as 103 sin decir bueno n i malo 93 sin ser cosa 197 sin ser oída ni vista 288 sino 173 sintiéndose asomada 178 Sitiales 303 so pena de crimen lese 100 sobreescrito 194 soletas 189 solimán 85 sombrero 89 Somosierra nabos 169 sonajas 150 Sor 187 sora 380 sospecha 342 soy de tierra 304 soy quien soy 243 su más y su menos 265 sufragio 328

397

suspende 99 tabaco 160 tafetán 118 tal vez 87 tanto cuanto 240, 291 tañer 204 tapada 163 te asombra 326 teatino 210 tener mucha letra 346 Tenérselas tiesas 374 tengo el talento en cuclillas 252 tentada 96 testuz 70 tibia 244 tibieza 241 tiene el alma frita 241 tiene pillada por las narices 295 tiesura 242 tígueres 155 tilde 76 tiniente 197 tirar tripa 246 todo trapo 312 Toledo 171 t o m á 91 tomad... tomando 64 tomar el sol por la noche 238 tomar estado 272 tomarse 309 t ó m a t e esa 268 tomates y gitanos 169 tomo y, ¿qué hago? 166 toros 242 tostones 186 trabarse la l i d , en una alfana 119 traer a mal andar 374 traje ridículo 233 travieso 175 treta . . . de bofetada 96 triunfo 107

398

C O M E D I A S B U R L E S C A S D E L SIGLO D E O R O (IV)

trocarse 236 tronga 211 trueco la cena 161 tudesco 171 tullidos 140 un c o m i n o . . . yo una breva 164 un día antes que m a ñ a n a 61 u n hora 58 u n juego de boliche 144 u n no sé q u é 241, 336 u n pie tras de otro 256 u n Séneca comentado 79 una vez cada mes 172 untar el carro 380 uso 246

verbo y gracia 290 viene en persona 328 vinagre 167, 208 v i n a g r ó n 198 vino moro 168 vítor 174, 213 v i v i r . . . beber 164, 213 viva, muerta 348 Vive Cribas 243 vuelvo a mis trece 272 y todo 260 yo me entiendo 296 Yo tu más aficionado 149

va en m í 274

zaguanes 207 Zaida significa cesto 180 Zaida se vestirá de hombre 173

vacada de Lora 175

Zaido 206

vais 335 vale m i amo lo que pesa 297 van m u y sobre los estribos 77 vaya de cuento 179 vedado 99 Veedor de los cedaceros 145 vencida 374 Vendrame 59 «venga lo que viniere» 244 vení 90 ventura de la fea 379

zaino 177 zambra 346 zambullida 96 zancarrón de M a h o m a 203 zapatos de baqueta 173 Zaque 207 zorra 210 zorrerías 376 zurdo/a 97, 189, 241 zurrador... enalbarde 177