Cold Light [Kindle Edition]

Ser um assassino não era algo que Lexington Campbell imaginava para si mesmo, mas depois de passar oito anos como um, el

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Portuguese Pages 148 [150] Year 2019

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Cold Light [Kindle Edition]

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COLD LIGHT Criminal Delights #14 MICHELLE FROST

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SINOPSE Ser um assassino não era algo que Lexington Campbell imaginava para si mesmo, mas depois de passar oito anos como um, ele está além preparado para ocupar seu lugar como membro do Clube de Motoqueiros de seu pai, o The Iron Heretics. Arden passa as noites dançando no palco do Spritz, uma das boates mais badaladas de St. Louis, e esperando Lex passar pela cidade. Depois de ficar órfão jovem, ele teme se apegar demais ao distante e barbudo Lex, mesmo depois de três anos tendo o homem esquentando a sua cama. Quando Lex percebe que tem um contrato com uma recompensa pela cabeça dele, ele inconscientemente puxa Arden para a escuridão consigo. Quando as coisas não são o que parecem, e os inimigos são inúmeros, eles continuarão juntos na luz fria do dia? Este livro faz parte da série CRIMINAl DELIGHTS. Cada romance pode ser lido como um livro único de romance Dark M/M. Aviso: Estes livros destinam-se a leitores adultos que gostam de histórias em que as linhas entre o certo e o errado ficam desfocadas. Sexy, distorcido e tentador, não são livros para corações fracos.

ÍNDICE CAPÍTULO 01 CAPÍTULO 02 CAPÍTULO 03 CAPÍTULO 04 CAPÍTULO 05 CAPÍTULO 06 CAPÍTULO 07 CAPÍTULO 08 CAPÍTULO 09 CAPÍTULO 10 CAPÍTULO 11 CAPÍTULO 12 CAPÍTULO 13 CAPÍTULO 14 CAPÍTULO 15 CAPÍTULO 16 CAPÍTULO 17 CAPÍTULO 18 CAPÍTULO 19 CAPÍTULO 20

CAPÍTULO 21 EPÍLOGO

CAPÍTULO 01

A luz do sol da manhã refletia no vidro traseiro à prova de balas do carro de Harry Low. Seu motorista pararia o carro exatamente às oito e meia na frente da sede da Low International, e exatamente trinta segundos depois, os seguranças armados se aproximariam do carro antes de escoltar o Sr. Low para dentro. Dez segundos - essa é o tempo que Lex tinha. Cinco segundos seriam o percurso da bala até chegar lá. Ele encontrou um lugar a mais de um quilômetro de distância e ficava deitado lá todas as manhãs por uma semana. Calculando o vento, a distância, como a bala cairia. A coronha de seu rifle estava encostada em seu ombro, com o resto do corpo estendido atrás dele, coberto por uma lona. De milhões de maneiras de matar um homem, essa era o sua favorita. Aprendeu a atirar ainda jovem. Ele não sabia se isso era típico para crianças com pais em um MC, mas era típico para o filho do presidente do Iron Heretics de Sand Lake. Seu pai era grosso e direto, e sempre fazendo Lex melhorar as habilidades que um dia o tornariam um trunfo para o clube. Mesmo depois de seu pai ter descoberto que era gay. Ainda assim, as habilidades que ele aprendera se revelaram úteis. Quando o clube se endividou com um homem que trabalhava com matadores de aluguel, as habilidades de Lex foram a salvação. Um contrato de oito anos para matar em nome de Rick Morgan, dividindo o salário meio a meio. Rick ficava com a metade e Lex com a outra metade enquanto ainda pagava suas dívidas para o clube. Todos estavam felizes.

Havia apenas algumas pessoas no mundo que poderiam dar o tiro que ele estava prestes a dar com a certeza de acertarem o alvo. Ele não apenas tinha certeza, mas ele estava apostando nisso. Esse tiro era o mais precioso. O último em seu contrato. Depois desse tiro, seu contrato com Rick terminara e ele teria a chance de viver uma vida que não incluía tanto sangue em suas mãos. Não que ele se importasse com o sangue. Ele lavava como qualquer outra coisa. Mas ele esteve longe do clube por muito tempo e ansiava por dirigir em uma estrada larga e um colete nas costas. Quando completou dezoito anos, ele não fez a tatuagem de membro oficial do clube, então se ele fosse capturado, os laços que tinha com clube permaneceriam desconhecidos. Ninguém além de Rick sabia quem ele realmente era. Nem mesmo Arden. O pensamento de seu amante enviou uma onda de desejo através dele. Fazia muito tempo desde que ele viu seu garotinho; que sentiu o suave toque de sua pele ou agarrou as mechas de seu cabelo loiro. Os pensamentos de seu próximo encontro o despedaçaram ao pensar que agora poderia manter Arden e o MC consigo. Voltar para casa seria uma bênção e uma maldição. O movimento pela visão do cano de sua arma o trouxe de volta à tarefa em mãos. Dois guardas, bem na hora, caminharam até a porta do passageiro traseiro do sedã escuro estacionado. Um deles assumiu a posição de proteção, ficando de costas na direção Lex, bloqueando a visão da porta do carro enquanto o outro homem tentava abri-la. Um pé. depois outro encostaram na calçada e o Sr. Low saiu do carro, entre seus guardas gigantescos. É isso. Ele inspirou e expirou, lento e tranquilo, o dedo movendo-se de sua posição inativa para repousar contra o corpo do rifle e pousou levemente no gatilho. Lex lambeu os lábios e pouco antes de chegarem no prédio, quando um dos guardas se inclinou para abrir a porta, ele apertou. O rifle descarregou como a máquina bem lubrificada que era, balançando de volta contra o ombro de Lex. Um. Dois. Três.

Quatro. A bala atingiu o Mr. Low logo acima da orelha e a metade superior de sua cabeça explodiu em uma chuva de sangue, matéria cerebral e osso. Tirando seu olho do escopo, Lex ejetou o casco da bala. Ela atingiu a lona com um ruído, o cheiro de pólvora forte no ar. Metodicamente, ele desmontou sua arma, desmontando peça por peça com facilidade. Depois que as peças foram arrumadas no estojo, ele cuidadosamente dobrou a arma, garantindo que seu latão fosse recolhido e guardado em sua mochila antes de deslizar as alças por seus braços e começar sua rota pré-planejada para fora das colinas. Eles poderiam encontrar aquele local, mas não encontrariam nenhum traço de Lex. Ele era um espírito, uma aparição, um fantasma, e sumiria antes que o sangue de Mr. Low secasse no concreto.

"E não há como te convencer do contrário?" Rick Morgan perguntou pela segunda vez desde que Lex se sentou em frente à mesa de seu chefe bem, logo seria seu ex-chefe - elegante de mogno escuro. Como sempre, o escritório de Rick era um espaço impecável, cheio de móveis e acessórios caros à espera de alguém para se deliciar com a presença deles. Lex nunca tinha entendido a necessidade de Rick de chamar atenção para si mesmo do jeito que ele costumava fazer, tanto com seus pertences indulgentes quanto com roupas chamativas. Naquela noite ele estava vestido com um terno marrom e tinha seu cabelo loiro desgrenhado em um coque artístico. Emparelhado com seu sorriso ofuscante, unhas bem cuidadas e sobrancelhas precisamente depiladas, Lex imaginava que ele devia atrair a atenção de muitos olhos, e com os negócios que eles estavam metidos, isso nunca era uma coisa boa. Ele preferia ser confundido com uma sombras ao invés de se destacar na multidão, o que poderia ser o motivo pelo qual cada peça de roupa que ele possuía eram de tons profundamente natural, como o suéter preto e jeans escuros nos quais ele estava atualmente vestido. Ele mantinha seus cabelos escuros e barba aparados, seu corpo na melhor forma possível, e a extensão de pelos negros em seu peito nunca tinha visto uma gota de cera. Ele preferia

assim. "Eu já me decidi", Lex disse, ainda segurando o copo de cristal, com dois dedos de uísque, Rick insistiu que ele bebesse consigo. Era algo que ele nunca foi capaz de fazer Rick entender, Lex não bebia. Nunca. Não havia margem para erros em sua vida. Não há margens para decisões ruins ou reação tardia. A maioria dos homens com quem ele trabalhava nunca conseguia entender a decisão dele não beber, não usar drogas ou ter mulheres... Claro, se eles soubessem o motivo do último item, talvez eles não teriam o chamando para se juntar a eles em uma festa depois dos poucos trabalhos que ele completou como parte de uma equipe. Felizmente, havia conhecido poucas pessoas assim e elas eram distantes entre si. Rick riu para si mesmo. "Você sempre foi um homem de poucas palavras." Olhou pensativo para Lex por um momento antes de levantar seu próprio copo em saudação. “Para você meu amigo e o melhor especialista em trabalhos 'vermelhos' que eu já tive o privilégio de conhecer. Que você aproveite sua aposentadoria por um tempo até ficar entediado e decidir matar pessoas por dinheiro porque é mais divertido." Rick riu novamente quando virou o copo e bebeu seu drinque. Lex ergueu seu próprio copo, em seguida, colocou-o firmemente na borda da mesa enquanto se levantava da cadeira. Com um breve aceno para Rick, ele se virou e saiu da sala fechando a porta atrás dele. A decisão foi tomada e não haveria como mudar de ideia. Ele tinha planos próprios e um show para assistir. Com passos determinados, ele foi até o elevador no final do corredor do escritório de Rick. Ele teria preferido as escadas, mas vinte andares era muito para descer, e ele não queria ficar todo suado quando seus pés tocasse de volta em terra firme. Ele tinha planos de ficar suado antes do final da noite, mas eles envolviam um outro tipo de atividade física. Apenas o pensamento do corpo febril de Arden sob o seu fez seu pênis empurrar o tecido de sua roupa íntima. Fazia muito tempo. A descida de elevador foi rápida e ele saiu para a garagem no térreo, onde deixara o carro alugado. Não foi alugado sob seu nome verdadeiro, é claro. Não que ele usasse seu nome verdadeiro para qualquer outra

coisa. As identidades que ele construiu ao longo dos anos de sua carreira eram como camadas de pele - tire uma e outra estava esperando para tomar o seu lugar. Ele tinha sido apenas Lex há tanto tempo que mesmo que já tivesse decidido, pequenas dúvidas rastejavam em torno dos limites de seus pensamentos. Ele poderia fazer outra coisa senão ser um assassino? Atravessou a ponte quando chegou a ela. Por enquanto, ele estava satisfeito em ser um agente livre. Já teve sua cota de tempo trabalhando para pessoas como Rick, já chega. Deslizando ao volante do pequeno utilitário esportivo que a empresa de aluguel lhe dera, ele colocou em marcha ré e saiu da garagem indo para as ruas escuras de St. Louis. A primavera estava tentando se transformar em verão e o ar de maio continha apenas uma borda de umidade. Às dez horas, a vida noturna estava apenas começando e ele encontrou uma vaga de estacionamento na rua do seu local de destino. Spritz era um dos clubes mais populares da cidade. Os dançarinos eram todos de primeira linha, já que a dona, Vivian Sinclair, não queria nada menos que isso. Este clube foi onde conheceu Arden, e levou um tempo para admitir, mas também era o lugar onde seus objetivos começaram a mudar. Os pensamentos que ele tinha sobre o que ele queria para o seu futuro. “Lex! Venha se juntar a mim.” A voz de Vivian o chamou apenas momentos depois de ter atravessado as portas de metal pesado. Spritz era elegante e moderno por dentro. Cortinas de correntes em diferentes tons de prata, ouro e bronze cobriam a entrada e penduravam-se como divisórias de esconde-esconde em vários lugares ao redor do clube, inclusive ao longo das costas de várias plataformas elevadas que revestiam as paredes. Homens, nesses palcos, moviam seus corpos em movimentos sinuosos ao ritmo da música que fluía sobre a pista de dança. O palco principal, projetando-se da parede dos fundos como uma explosão de estrelas, estava vazio. Bom. Chegou a tempo. "Ei, Viv", ele chamou, a voz já estava um pouco rouca enquanto seus olhos permaneciam no palco. Caminhou até a fila de mesas em frente ao bar e sentou-se na almofada oposta onde Vivian estava sentada. "Como anda os negócios?"

Ela riu, a sombra brilhante dourada de seus olhos brilhou na luz fraca enquanto ela jogava a cabeça para trás. Ela era uma mulher linda, alta e magra, com cabelos ruivos e volumosos e uma boca carnuda. Ela também era astuta e ferozmente protetora daqueles que ela considerava seus. "De vento em popa.", disse ela e encontrou seus olhos. "Agora me pergunte o que você realmente quer saber." Lex bufou e balançou a cabeça. “Como ele está? Seu rosto suavizou. "Ele está bem. Sentindo sua falta, eu acho. Nós não vemos você há um tempo.” "Eu estava em uma viagem de negócios." Ela cantarolou. “Bem, ele ficará feliz por você estar aqui agora. Você teve uma boa viagem?" Ele nunca contou a Vivian o que fazia para viver, mas de alguma forma suspeitava que ela soubesse de qualquer maneira. Havia algo no modo como ela o observava, da maneira como hesitou em lhe dar acesso exclusivo a Arden, independentemente do dinheiro. Dançar e beber não eram a única coisa que Vivian estava vendendo no Spritz. Madame Vivian era a melhor escolha na cidade se quisesse ter uma companhia de alta qualidade. Foi aqui há três anos que ele colocou os olhos em Arden pela primeira vez, e depois de dois anos de idas e vindas dizendo a si mesmo que ele não estava lá especificamente para colocar os olhos e as mãos em um corpo em particular, ele finalmente negociou um acordo com Vivian. Eles se estabeleceram em uma quantia que deixava Arden dançar no clube, mas mantinha-o exclusivo para Lex em todas as outras atividades. Foi um acordo no ano passado que se mostrou agradável a todos. "Foi um sucesso", ele disse e acenou para o garçom que colocou um copo de água gelada na frente dele. Vivian ergueu uma sobrancelha para o copo dele. “Não suponho que você gostaria de uma taça de champanhe para comemorar?” "Água está bom." "Lex, alguém já lhe disse que é mais fácil conversar com uma caixa de papelão do que te fazer falar mais de uma frase?"

"A maioria das pessoas só recebe uma palavra." Ou uma bala, mas ele deixou essa parte pra lá. As luzes do clube diminuíram ainda mais antes de um holofote acender acima deles iluminando o palco e fazendo seu pulso saltar. Aquela mesa tinha uma visão perfeita do centro do palco, e ele olhou para a cortina que logo se abriria para revelar o único vício que ele se permitia ter.

CAPÍTULO 02

Lex estava lá. Arden não sabia como sabia daquilo, mas ele sabia. Foi como uma mudança de pressão no ar ao seu redor. Lex estava em algum lugar no prédio, e mesmo em pé atrás da grossa cortina do camarim, Arden jurava que podia sentir os olhos escuros como chocolate que ele conhecia tão bem, queimando ao longo de seu corpo. Ele não tinha visto Lex fazia dois meses, foi o período mais longo que ele passou sem o 'bear' em sua cama nos últimos dois anos. "Sonhando acordado, amor?" Pax, o melhor amigo de Arden perguntou ao lado de seu ouvido. Ao contrário de Arden, que era esbelto e pálido, Pax tinha os músculos compactos de um viciado em academia, com a pele bronzeada num tom de oliva e um sorriso de garoto propaganda. Ele e Arden haviam divido um apartamento quando Arden chegou ao Spritz, mas agora ele tinha seu próprio loft. Era algo que ele nunca imaginou ter quando era um adolescente sem teto - seu próprio espaço. Estar seguro e quente com muita comida e pessoas que se preocupavam com ele. Ele não era idiota. Sabia o que era - um prostituto -, mas preferia ser um prostituto aqui do que passar mais uma noite assustado e sozinho, com nada além das sombras de um beco para protegê-lo. "Terra para Arden?" Balançou a cabeça e parou de espiar através da fenda na cortina para dentro do clube e olhar para o amigo. "Eu acho que o Lex está aqui esta noite."

"Oh", Pax sorriu indulgentemente. "Um de seus sexto-sentidos?" Arden deu-lhe um pequeno empurrão. Era verdade que ele era... Sensível... Intuitivo. Pax gostava de provocá-lo, e isso o machucou quando ele abriu a boca para contar ao amigo sobre o quão profundamente sentia as coisas. Então ele percebeu que a provocação era a maneira de Pax aceitar ele e todas as suas peculiaridades. Agora, ele provocava seu amigo de volta por sua incapacidade de arrumar uma cama ou cozinhar outra coisa senão pizza congelada. “Sim, um dos meus sexto-sentidos. Parece que ele está perto.” "Alguém vai tirar o atraso hoje à noite!" Pax cantou enquanto movia seus quadris no ritmo da música. As bochechas de Arden ficaram quentes, o que era ridículo considerando seu trabalho, tanto no palco quanto fora dele. "Pare com isso." Ele riu quando Pax agarrou seus quadris e se esfregou contra ele. "Você é ridículo." "Ai, machucou." Pax zombou, pressionando a mão contra seu próprio peito. "Mas, na verdade, você não o vê há algum tempo. Espero que você esteja se mantendo... Pronto.” "Eu me arrependo de todas as escolhas da minha vida por ter te contado meus segredos." Arden balançou a cabeça, tirou o robe de seda dos ombros e pendurou-o em um dos ganchos ao lado da cortina. Já estava quase na hora de subir ao palco. "Esse é um grande segredo para guardar para si mesmo." Pax riu e cutucou seu ombro contra o de Arden. Um pequeno sorriso se formou na boca de Arden. Ele não conseguia evitar. "Você é terrível." "Mas você me ama." Pax piscou os cílios. "Verdade. Céus me ajude,” ele brincou e então voltou para o palco enquanto via os holofotes ganhando vida. Quando as luzes da casa diminuíram novamente, a música foi cortada e a batida espessa e sensual de sua música começou a pulsar no ar.

"Arrase.", disse Pax com um pequeno tapa na bunda de Arden. Arden assoprou-lhe um beijo, depois abriu a cortina e entrou na luz clara.

As luzes se apagaram e Lex tremeu em antecipação. Manteve os olhos no palco quando a música começou. Assim que a batida começou a se intensificar, a cortina foi jogada para trás e Arden entrou no palco. A extensão pálida de sua pele era acentuada pelo brilho sutil de uma loção cintilante corporal que Lex sabia que cheirava a frutas cítricas e o faria encontrar glitter nos pelos do peito por semanas. Balançando os quadris, Arden passou a perna no poste no meio do palco e girou em torno dele, dando uma piscada atrevida para todas as pessoas que se reuniram perto do palco. Uma rodada de assobios e gemidos encheu o ar quando ele se agachou, o minúsculo short prateado que ele usava naquela noite torneava as curvas deliciosas de sua bunda, e era baixo o suficiente para mostrar as duas covinhas perfeitas na parte baixa de suas costas. Céus, ele era a perfeição em pessoa. O loiro platinado de seu cabelo fino brilhava sob os holofotes enquanto seu corpo ágil se envolvia em torno do poste e se movia ao ritmo de sua música escolhida. Esta era uma coreografia nova, Lex percebeu, enquanto observava os movimentos graciosos de seu garotinho atrair todos os homens do prédio. "Ele é perfeito, não é?" A voz de Vivian era suave. Lex assentiu. Ele não queria afastar os olhos de Arden por um segundo. “E quanto tempo você planeja deixá-lo aqui? Vindo uma vez por mês?” Olhou para ela então. Ela tinha as chaves do reino, mas não era da sua conta o que acontecia entre ele e Arden. "Ele está feliz aqui." Olhou para o palco novamente. Arden estava brincando com os botões ao lado shortinho - provocando a platéia e provavelmente trazendo muitas gorjetas para ele e Vivian. "Por que você quer que eu o leve embora?" Olhou para ela. "Ele é seu ganso de ouro." Ela franziu os lábios carnudos, os olhos indo para o palco. “É verdade,

mas ele não pode ficar nesta vida para sempre e eu não quero que ele fique. Ele pagou mais do que sua dívida comigo e, quando estiver pronto” - ela lhe lançou um olhar aguçado -, “espero que ele encontre um bom homem. Um relacionamento. Espero isso para todos eles.” Ele zombou. "Eu não sou um bom homem." “Você vai deixá-lo ir então? Ficar com outras pessoas? Se você fizer isso, alguém certamente o levaria embora.” Isso lhe rendeu um rosnado e um olhar irritado. Ela sorriu. "Isso foi o que eu pensei." Inclinando-se sobre a mesa, ela o olhou nos olhos. "Faça-o seu além do vínculo cliente e prostituto." Inclinando-se, ela aplaudiu junto com todos os outros quando Arden 1 finalmente rasgou aqueles shorts brilhantes e revelou uma jockstrap igualmente brilhante e nadegas perfeitas para a multidão. "Aproveite a sua noite, Lexington." Vivian deu-lhe um beijo e levantou-se da mesa, caminhando até o bar para falar com alguns dos fregueses de lá. Os homens que serviam como sua segurança pessoal passaram pela multidão, observando cada movimento que ela fazia e de todos aqueles ao seu redor. Ela tinha uma boa equipe. Ele conseguia encontrar os outros seguranças do clube - alguns dispersos entre a multidão e outros visivelmente parados nas laterais do local. Um deles estava olhando para si tão atentamente, Lex arqueou uma sobrancelha na direção do homem. Ele era alto, com cabelos negros e uma tatuagem com linhas grossa no lado do pescoço, que Lex não conseguia enxergar direito o design. O homem manteve o olhar por mais um momento, depois desviou os olhos para o palco. Esse cara deve ser novo, Lex pensou. Lex deixou seus olhos deslizarem pelo local e viu os homens com os olhares fixados no palco, mantidos em cativeiro pela sensualidade e habilidade de Arden. Se eles soubessem o quão lindamente ele choramingava, como a pele pálida dele se tornava rosada com o mais leve dos tapas ou a menor gota de cera. Arden fora seu há tanto tempo que não gostava de pensar em compartilhá-lo. Ele não se importava com o show - Arden no palco era intocável - mas Vivian estava certa. Quanto tempo antes de Arden perceber que ele não era mais aquela pequena e assustada criança que Vivian tinha tomado sob sua asa? Não combinava

mais com ele, e ele se perguntou se Arden havia dito alguma coisa para ela. Em seu tempo juntos, ele sempre parecia satisfeito com o arranjo. No palco, Arden aterrissou com um pulo que desafiaviou gravidade em torno do poste em perfeita sincronia com a última batida da música, e a sala explodiu em aplausos e gritos de aprovação. Arden levantou-se graciosamente e curvou-se, pegando o short descartado antes de mandar uma série de beijos para a plateia e então desaparecer por trás da cortina. Essa foi a deixa de Lex e ele saiu de trás de sua mesa manobrando através das pessoas para encontrar seu garotinho.

Ainda sem fôlego, Arden sorriu e cumprimentou vários de seus colegas dançarinos enquanto voltava para o vestiário. Era difícil enxergar além das luzes do palco enquanto ele dançava, mas tinha certeza de que ele vira Lex sentado em frente a Vivian em sua mesa preferida. Borboletas explodiram em seu estômago enquanto ele corria até seu camarim para pegar suas coisas para que pudesse tirar o brilho do corpo e o considerável suor que ele tinha adquirido. Dançando era uma das únicas vezes em que ele sentia verdadeiramente como ele mesmo. Seria eternamente grato a Vivian por acolhê-lo e mostrar-lhe o quanto poderia ser gracioso. Poderoso. Que enquanto ele usava seu corpo para pagar o suas dívidas, aquilo também podia ser bonito, e foi naqueles momentos em que ele ganhou vida dentro do ritmo da música. O único outro lugar que ele sentia tão seguro, tão vibrante, estava nos braços de Lex. Quando os olhos escuros da cor de chocolate o observavam como se ele fosse a coisa mais bonita do mundo, ele se sentia poderoso também. Mas, como a música, esse sentimento de certeza era fugaz. Durando apenas até a última batida, ou até Lex sair pela porta novamente. Ele tentou não murchar tristemente e deu o melhor que pôde para nunca mostrar a Lex, mas seu coração ansiava por mais. Ser um homem reivindicado era um sonho tornado realidade para alguém como ele, especialmente quando seu guardião era atencioso e gentil, e transava com ele como ninguém mais. Ele não desejava estar com mais ninguém, mas também desejava que ele e Lex pudessem transcender o que eram e se tornar algo real - algo que poderia durar.

Balançando a cabeça para si mesmo, ele rapidamente puxou a jockstrap para baixo de suas pernas e chutou para o lado na sala externa do chuveiro comunal no vestiário dos dançarinos. Na maioria das noites, ele apenas se limpava e tomava um banho de verdade em seu apartamento no andar de cima, mas com Lex aqui, ele queria estar pronto. O homem era quase sempre insaciável quando se reuniam na primeira vez depois de muito tempo. Arden estremeceu só de pensar na ferocidade de alguns de suas noites anteriores. Mas, mais tarde, depois que a fome inicial tivesse sido saciada, Lex faria amor devagar e tão carinhosamente que tinha certeza que havia algo mais ali - algo real. A luz fria da manhã geralmente tinha outra história para contar. Olhou para as mãos ensaboadas e esfregou-as com mais força sobre o corpo, trabalhando para tirar todo o brilho. Ele queria estar perfeito para Lex. Para ser exatamente o que ele queria. Talvez um dia fosse o suficiente. "Esqueceu de limpar uma parte", a voz de Lex rompeu seus pensamentos, evaporando a melancolia de seu coração como se nunca estivesse ficado triste. Os olhos de Arden se levantaram para encontrar Lex em pé com o ombro apoiado contra a parede na abertura do chuveiro. Ele parecia delicioso em um suéter cinza e jeans escuro com seus grandes braços cruzados sobre o peito fazendo a definição de seus ombros se destacarem. “Esqueci? Onde?" Arden abaixou as pálpebras e se virou, dando a Lex uma visão ampla de seu traseiro antes de olhar por cima do ombro com um sorriso maroto. O calor nos olhos de Lex fez a corrente de água parecer fria e Arden estremeceu. Levantando uma toalha e mantendo-a aberta, Lex o chamou e ele não pôde fazer nada a não ser obedecer.

CAPÍTULO 03

Lex observou as gotas de água deslizarem pelo corpo de Arden a cada passo que ele dava. Ele era uma criatura delicada - suave e flexível, com os músculos magros se movendo sob a pele pálida enquanto cada movimento o aproximava dos braços de Lex. Percebendo o quão lento ele estava se movendo, Lex estreitou os olhos para seu amante e rosnou baixo. As bochechas de Arden ficaram vermelhas e ele riu, um som musical que ecoou nas paredes de azulejos escuros do chuveiro e fechou a distância entre eles, jogando os braços úmidos ao redor do pescoço de Lex. Lex soltou as pontas da toalha entre os dois e deslizou os braços pelos lados de Arden e o envolveu com força. "Eu senti sua falta", Arden respirou contra seu pescoço, o doce calor de sua respiração enviando um arrepio através de Lex. Ele puxou Arden para mais perto, enterrando o nariz nos fios molhados de seu cabelo platinado e beijando sua têmpora. "Também senti sua falta." Quando Arden apenas se agarrou a ele com mais força, Lex sorriu contra sua pele. "Vamos, olhe para mim, baby." Arden fungou, mas fez o que ele pediu, afastando-se o suficiente para que Lex pudesse dar uma boa olhada em seu rosto. Ele não gostou da umidade na borda dos cílios de Arden que não tinha nada a ver com o chuveiro. "O que foi?" Ele passou o polegar sob o canto do olho cinza

pálido e uma única lágrima se derramou. "Nada." Arden fungou novamente, enxugando o rosto. "Estou feliz por você estar aqui." Se inclinou, levantando o rosto e puxando a parte de trás do pescoço de Lex. Mesmo nas pontas dos pés, Arden era muito pequeno para alcançar os lábios de Lex e ele sorriu gentilmente, o polegar ainda roçando numa bochecha rosada antes de se inclinar alguns centímetros e unir seus lábios. O beijo foi puro até que Arden choramingou contra ele, o pequeno e doce som atiçando seu peito e seu membro, ele abriu a boca para pressionar a língua no calor aveludado de Arden. Suas línguas se tocaram e se emaranharam, o sabor dele era familiar e excitantemente fresco em igual medida. Lex se afastou, sugando o exuberante lábio inferior de Arden em sua boca enquanto ele se afastava, antes de soltá-lo com um "pop". Ele respirou fundo e encostou sua testa na dele. "Vamos te vestir e subir para que eu possa arrancar suas roupas e te ter nos meus braços." Arden assentiu com a cabeça, um sorriso curvando seus lábios. As lágrimas estavam todas secas agora e um rubor agradável subiu em seu peito. Lex inclinou-se para pressionar outro beijo rápido em seus lábios quando alguém limpou a garganta atrás deles. Levantando a cabeça, Lex esperava ver um dos outros dançarinos, talvez o tal do Pax a quem Arden parecia ser tão amigo. O que ele encontrou foi o homem de cabelos escuros com a tatuagem no pescoço, uma teia de aranha, em pé na porta que separava o banheiro do vestiário. Lex virou o rosto para Arden e levantou as bordas da toalha, envolvendo-as nas costas de Arden. Arden pegou as pontas de suas mãos e deu um passo atrás para que ele pudesse envolver a toalha em volta da cintura. "Sem sexo aqui," Spider rosnou, olhos vagando de Lex para Arden de uma forma que fez Lex ter vontade de colocar uma lâmina entre os olhos do idiota. Lex abriu a boca para responder, mas Arden se aproximou ao lado dele, com a toalha firmemente presa, e pegou a mão dele. “Desculpe, Bruno. Nós estávamos apenas indo para o meu apartamento.” Lex fixou nos olhos do homem, deixando Arden levá-lo ao até o botão do

interruptor, ainda ocupando metade da porta. Eles eram quase do mesmo tamanho e Lex deixou seu ombro se conectar ao de Bruno quando ele passou, sorrindo maroto. Eles podem ter o mesmo tamanho, mas o tamanho de Bruno não era a massa sólida de músculos que Lex vinha cultivando há anos. "Quem era aquele idiota?" Lex perguntou, mesmo sabendo que o tal idiota ainda ouviria. Arden balançou a cabeça enquanto colocava uma calça com listras laterais por baixo da toalha e vestiu um par de chinelos cor-de-rosa. Quando vários outros dançarinos entraram no vestiário, todos visivelmente cobertos de suor, conversando e rindo, Arden se aproximou de Lex. “Ele é o novo segurança. Ninguém gosta muito dele. Ele nos olha muito.” "Ele já incomodou você?" Arden sacudiu a cabeça. "Não, nada disso." Lex observou Bruno se acomodar na parede oposta, os olhos vazios varrendo os dançarinos que acabavam de entrar. "Vem", a voz de Arden era suave. Olhou para baixo e encontrou olhos cinzentos cheios de promessa olhando para ele. "Mostre o caminho."

Quanto mais perto eles chegavam de seu apartamento, mais suadas as palmas das mãos de Arden ficavam. Estar com Lex era sempre intenso, mas havia algo sobre ele esta noite. Uma tensão que ele não conseguia explicar. Ele não achava que Lex iria machucá-lo. Ele nunca pensara isso, mas se perguntava o que tinha o deixado tão tenso. Certamente, não foi por causa daquele babaca do Bruno. Indo até as escadas do porão, arrepios subiram em seus braços descobertos. Se vestiu rapidamente em seu camarim enquanto Lex atirava adagas com os olhos em direção ao mais novo segurança, então ele só colocou em uma regata pegou sua bolsa de maquiagem - era

realmente uma grande e velha nécessaire antiquada com uma alça de metal no topo, mas era a única coisa que ele tinha de sua mãe. Ele nunca ia a lugar algum sem isso. Na base da escada, eles encontraram outro guarda que olhou para Lex antes de digitar um código na porta atrás dele e manteve-a aberta para eles passarem. Se o clube acima era o lado legítimo do Spritz, o porão era onde as coisas se tornavam pervertidas. A luz fraca acentuou mais as mesmas cortinas de elos de corrente de metal que no andar de cima, só que desta vez elas escondiam portas escuras, mas não fazia nada para ofuscar os sons de sexo no ar. Uma das paredes da sala era dominada por um grande bar de mogno, e os garçons serviam bebidas a pessoas que descansavam nos sofás. Antigamente, Arden estaria entre eles, deixando algum estranho comprar seu tempo por algumas horas ou uma noite antes de mergulhar em um dos quartos e fazer uso da cadeira ou banco lá de dentro. Um ano atrás, tudo havia mudado. Ele pertencia apenas a Lex agora. Seu apartamento, como a maioria dos outros dançarinos, estava no prédio atrás do clube. Havia um túnel no porão que ligava os dois prédios. Era limpo, quente e bem iluminado, mas sempre dava arrepios. Colocando seu código no teclado, a porta do prédio se abriu, e ele entrou em um corredor com portas que davam para a sala das caldeiras, as escadas em cada extremidade e dois elevadores diretamente em frente a eles. O prédio em si era antigo, mas Vivian fez muitas atualizações nos últimos anos. Apertou o botão do elevador e se virou para olhar para Lex. "Você está bem?" Ele perguntou quando a quietude do salão se tornou demais. Lex se moveu para ficar atrás dele, puxando as costas de Arden para descansar em seu peito antes de deixar cair um beijo em seu cabelo ainda úmido. "Sim." Quando ele não disse mais nada, Arden lambeu os lábios e observou a pequena luz acima das portas do elevador. Acendeu um momento depois e as portas de metal se abriram. Dois dançarinos que ele conhecia saíram de dentro do elevador, olhando para ele e Lex apreciativamente enquanto seguiam. Entrando no elevador, ele apertou o botão do quinto

andar e engasgou quando Lex segurou firme seus quadris e o empurrou contra a parede do elevador. Sentiu a quente ereção de Lex contra sua bunda. Gemeu e empurrou sua bunda para trás enquanto Lex esfregava seus quadris como se ele estivesse transando com ele através de suas roupas. “Veja o que você faz comigo? Estou duro desde o momento em que você entrou no palco.” A respiração de Arden ficou mais ofegante, embaçando a parede espelhada. “Você quer esse pau, não é? Quer enterrado tão fundo que você vai me sentir por dias. Sentiu falta disso enquanto estava fora, não é?” "Sim", ele sussurrou e Lex diminuiu o movimento de seus quadris, inclinando-se para a frente, todo o seu peso prendendo Arden na parede. Ele amava isso. Amava a sensação de Lex pressionado contra ele, tão pesado e quente. Ansiava por isso, ansiava por Lex tanto que doía. "Senti sua falta." Ele engoliu em seco, não querendo diminuir a tensão entre eles, ficando emotivo. Afinal, isso não fazia parte do seu trabalho. Ele estava lá para agradar Lex. A vergonha quase o fez desabar em lágrimas, mas Lex não parecia se importar. Lábios suaves pressionavam abaixo de sua orelha. "Eu estou esperando que você me mostre o quanto." Ele assentiu fervorosamente. Ele podia fazer isso. Faria isso. O elevador parou e no momento em que as portas se abriram, Lex deu um passo para trás e pegou a mão dele para puxá-lo pelo corredor. Ele tirou as chaves de sua bolsa de maquiagem e abriu a porta, pegando a mão de Lex. Entrando, ele nem se incomodou com a luz. Assim que os dois entraram, ele fechou a porta, deixou a bolsa cair no chão e colocou as duas mãos no peito de Lex, empurrando-o até que suas costas se conectassem com a porta. Então ele caiu de joelhos. A luz prateada da lua que entrava pelas três grandes janelas projetavam sombras na sala, deixando tudo meio escondido na escuridão. Metade do rosto de Lex estava coberto de sombras, mas o olho que ele podia ver o

queimava como um inferno negro de luxúria. Inclinando-se, ele esfregou a ponta do nariz até o zíper de sua calça, inalando profundamente o cheiro de jeans e homem. O almíscar de Lex. Correu as mãos até as coxas firmes enquanto ele mordia o tecido sobre a protuberância que podia sentir cada vez maior. "Porra", Lex respirou acima dele e uma mão segurou seu comprido cabelo loiro. Não o puxou ainda, mas manteve-o preso. Não que ele quisesse estar em outro lugar. Abaixando o zíper, ele não perdeu tempo em puxar o jeans e as roupas íntimas de Lex para baixo, deixando seu membro se soltar. Lex era o maior homem com quem já esteve - seu membro era bonito, longo e grosso - e quando eles começaram a dormir juntos, ele achou que nunca iria se acostumar a estar tão cheio, seja sua boca ou sua bunda, mas agora... Agora ele não podia imaginar diferente. Abaixando-se, ele pressionou a sua língua contra a grande veia na parte de baixo e percorreu até a ponta antes de sugá-lo em sua boca e dar o mais simples arranhar de dentes inferiores sob a glande. A parte de trás da cabeça de Lex bateu na porta. Agarrou as coxas nuas de Lex, os pelos que faziam cócegas em suas palmas, e pressionou seus dedos em puro músculo, enterrando as unhas nele. Abrindo a boca e relaxando a garganta, ele engoliu Lex até a base, quase engasgando por ficar lá por muito tempo, e recuou rapidamente raspando os dentes em toda a sua extensão. Lex soltou um suspiro e segurou a cabeça de Arden com as duas mãos. Arden se inclinou e pressionou um pequeno beijo na glande esponjosa, em seguida, abriu a boca e olhou para cima, esperando Lex lhe foder.

Não havia nada parecido. Vendo o garoto de joelhos, pronto para chupar seu pau. Lex gemeu com o calor exuberante que o envolvia enquanto dava a Arden algumas estocadas lentas e rasas. Arden aceitou-as e acompanhou os movimentos, como se não pudesse esperar mais. Lex apertou a mão em seus cabelos, deixando Arden saber quem estava comandando o ritmo agora e se deleitando com o pequeno gemido que ele ganhou.

"Abra a boca", ele exigiu, a voz áspera. "Me chupa, mas é bom que eu sinta seu dentes, entendido?" Arden assentiu com a boca já aberta e os olhos brilhando enquanto olhavam para ele. Como ele poderia desistir disso? Ele enfiou mais, saboreando a sucção e estremecendo quando Arden raspou os dentes do jeito que ele gostava quando retirava. Definindo um ritmo constante, ele segurou a cabeça de Arden e fodeu-o com força. Talvez ele devesse seguir o conselho de Vivian. Pedir a Arden para ir com ele. Era uma longa estrada de volta a Sand Lake, e ele não precisava ficar lá para sempre. Só precisava verificar seu pai e o clube. Então, talvez ele pudesse virar um nômade e finalmente passar algum tempo em sua cabana. Com seu garoto. Mas afastou o pensamento. Ele e Arden nunca tinham conversado sobre nada além do momento em que passavam juntos. Ele não tinha como saber se isso era algo que Arden iria querer ou não. Arden engasgou e ele voltou ao presente. Ele precisava se recompor. Ele era muito maior e mais forte que Arden e ele se recusava a machucá-lo. Indo para trás, ele se abaixou, deslizando as mãos pelas costas de Arden até que ele agarrou os pequenos globos firmes de sua bunda e o levantou. Arden deu um gritinho, mas envolveu seus braços e pernas em torno de Lex. O ar frio da sala parecia agradável em seu membro úmido quando ele os arrastou para a cama, as calças penduradas em torno de seus joelhos, ele deitou no colchão a única coisa que ele iria se concentrar pelo resto da noite.

CAPÍTULO 04

Arden se contorceu enquanto Lex fez o que prometeu e basicamente rasgou suas roupas. Uma vez que ele estava nu, Lex deu um passo para trás da cama e tirou suas próprias roupas. Ele era tão lindo. Não excessivamente musculoso, mas sólido. Resistente. Forte o suficiente para manejar os 65kg de Arden sem suar. Havia algo tão sexy nisso. A pele bronzeada de Lex flexionou, ombros se juntando quando ele colocou um joelho na cama e se arrastou pelo corpo de Arden. O marrom escuro de seus olhos estavam totalmente focado nele. Abrindo as pernas, ele as levantou e deixou seus pés descalços deslizarem no suave e arredondado músculo da bunda de Lex para os pelos nas costas de suas coxas. Sorriu quando eles fizeram cócegas em seus pés. Um lado da boca de Lex se curvou em resposta, então ele colocou seu peso em cima de Arden, encostando pele a pele. Seus olhos se fecharam diante da sensação, todos os músculos de Lex pressionados contra os dele, o corpo esculpido dele encaixando perfeitamente ao lado de Arden, e o calor suave que parecia penetrar nele, preenchendo os lugares vazios de sua alma. Ele não deveria ter se deixado ficar tão apegado. Sabia disso. Em sua linha de trabalho, esse era o pior tipo de erro. Uma coisa era compartilhar seu corpo, mas seu coração? Ele deveria ser mantido seguro atrás de suas costelas por um motivo. "No que está pensando?" A respiração de Lex se espalhou pelo rosto dele,

os pelos de sua barba fazendo cócegas no pescoço e no queixo de Arden. "Como você é gostoso", disse Arden, encontrando seus olhos e levantando os quadris, pressionando seu membro contra o de Lex e apreciando a sensação dos pelos do abdômen dele contra sua glande sensível. Ele era proporcionalmente dotado, um membro longo, sólido com uma largura decente. Lex gemeu contra ele e começou a mover, lentamente, apenas uma provocação, mas ele amava sentir todo aquele músculo contra ele. "Está sensível essa noite?" "Já faz um tempo", ele sussurrou, levantando a cabeça para beijar Lex. Lex assentiu. "E mais ninguém tocou o que é meu?" Arden sacudiu a cabeça. "Ninguém. Só você." Um grunhido possessivo saiu da garganta de Lex e ele bateu a boca juntos, empurrando a língua para dentro. Arden o acompanhou, prendeu seus tornozelos nos quadris de Lex e se entregou ao ataque em sua boca. Lex afastou-se de sua boca com um suspiro, deslizando para baixo para mordiscar a garganta de Arden e morder sua clavícula. “Não há tempo para brincar hoje à noite, amor. Preciso de você. Preciso foder você." "Sim, sim, sim", Arden cantarolou entre gemidos ofegantes enquanto Lex continuava descendo para o sul, deixando trilhas avermelhadas por onde sua barba passada, seus lábios e dentes marcavam a extensão pálida de seu peito. Arden arqueou, saboreando os pequenos pontos de dor enquanto eles se misturavam com prazer. Um prazer devastador que seu corpo tentava combater, fazendo-o se contorcer sob os toques de Lex. Com um último beliscão logo abaixo de seu umbigo, Lex pressionou o queixo ali, a barba prendendo nos pelos loiros e finos daquele caminho do pecado, e arrastou-o para baixo sobre sua glande delicada, fazendo-o gritar, as mãos segurando o lençol embaixo dele. "Isso mesmo, deixe-me ouvir você." Lex lambeu aquele local sensível antes de chupar a glande de Arden em sua boca. Um gemido baixo saiu de seu peito e ele levantou os quadris, apenas para Lex pressioná-los de

volta para baixo. Era tão bom. Lex subia e descia a cabeça em seu membro antes de escorregá-lo para fora de seus lábios com um estalo, apenas para empurrar as pernas de Arden contra seu peito e abocanhar suas bolas. "Camisinha", Lex ordenou, voz rouca quando ele se ajoelhou. Arden esticou o braço, torcendo o torso para pegar um pacote de papel alumínio e o lubrificante do criado mudo. No momento em que ele estava deitado de costas novamente, Lex praticamente o dobrou ao meio, empurrando suas coxas até o peito e levantando sua bunda do colchão. Então Lex mergulhou, o rosto pressionando contra sua virilha e língua cutucando sua entrada. Ofegou, tentando extrair ar suficiente de seus pulmões na posição compacta enquanto Lex atormentava-o com lambidas até que ele pudesse enfiar a lingua em seu interior. "Lex, por favor!" ele implorou e poderia explodir do prazer. Sua entrada estava piscando, adorava a língua de Lex e queria mais. Ele queria Lex. Queria tudo o que ele tinha para dar. Estava feliz por Lex não querer nada extra esta noite. Adorava quando brincavam com velas, mas não era isso que ele precisava agora. Precisava do corpo de Lex. Tão rápido e duro quanto ele poderia ser. Como se entendesse o desespero na voz de Arden, a boca de Lex desapareceu um momento depois e Arden se viu virado de bruços. Lex puxou-o de joelhos e enfiou dedos lubrificados com saliva para dentro dele sem piedade. "Sim", Arden gemeu, empurrando-se contra os dedos e deixando cair a testa no colchão. “Me coma, Lex. Eu preciso disso." O calor de Lex cobriu suas costas e uma mão ao redor de sua garganta o fez arquear as costas e apoiar as mãos no colchão. Virou a cabeça e encontrou a boca de Lex em um beijo desleixado e exigente até que Lex se afastou e rosnou em seu ouvido: "Eu sempre cuido de você, não é?" Ele afirmou sua declaração empurrando um terceiro dedo na bunda de Arden, fazendo-o manter os olhos fechados enquanto seu corpo aceitava aquela dor. "Sim." Assentiu.

"Bom garoto", Lex disse, pressionando um beijo ao lado de sua cabeça. Ele saiu de cima de Arden e um momento depois, o som do plástico rasgando atingiu seus ouvidos. Lex tirou seus dedos e Arden caiu de volta sobre os antebraços, virando a cabeça para trás. Por cima de seu ombro, ele viu Lex desenrolar o preservativo em si, então pegou o lubrificante e escorreu um pouco em sua entrada. O frio do lubrificante o fez respirar fundo, e ele balançou os quadris para trás, tentando encorajar Lex a penetrá-lo. Lex levantou a mão e deixou cair com um "slap" em sua nádega esquerda. Arden gritou com a repentina ardência, mas só empurrou mais para trás, esperando que Lex fizesse isso de novo. "Você está insaciável esta noite." As mãos de Lex espalharam suas nádegas e ele pegou um pouco de lubrificante com o polegar antes de pressioná-lo em Arden. Arden fechou os olhos com um gemido e pressionou a testa na cama. Vários beijos rápidos o pegaram de surpresa e ele choramingou, amando a sensação de Lex provocando-o com o polegar enquanto a dor de suas palmadas irradiava fazendo suas bolas doerem. Ele já estava tão perto. "Vou foder com você agora", Lex rosnou, e ao mesmo tempo, tirou o polegar e deslizou o membro em Arden em uma longa e forte estocada. Arden ofegou com a sensação esmagadora de Lex o preenchendo A ardência era uma dor persistente, mas seu corpo se adaptou rapidamente, transformando a dor em prazer. Dedos grossos e ásperos agarraram suas nádegas e as separaram quando Lex se apoiou contra ele antes de se afastar e enfiar de novo. "Oh, porra!" Arden apoiou-se nos cotovelos, indo para trás contra Lex enquanto ele o fodia numa velocidade torturante, enfiando em Arden várias vezes, com força suficiente para que a cabeceira da cama batesse contra a parede. As mãos de Lex agarraram seus quadris para mantê-lo no lugar, mantendo-o firme e no lugar enquanto a glande grossa de seu membro massageava a próstata de Arden em cada estocada. “Oh Deus, Lex. Por favor", ele choramingou enquanto a dor cresceu e cresceu, tornando-se demais para ele conseguir conter. "Estou aqui, shh." A respiração de Lex encostou em seu ouvido enquanto

ele cobria Arden com seu corpo, deixando uma das mãos deslizar do quadril de Arden para seu membro. O aperto quente da mão de Lex em seu membro foi a gota d'água, a pressão crescente explodiu de dentro para fora como uma chuva de lava de sêmen. Gritou palavras incoerentes pelo prazer sem fim que parecia nunca terminar. Lex o acariciou através dos tremores pós orgasmo, então o deixou cair na cama, saindo de dentro de sua bunda. Escutou o som de borracha estalando um momento antes de carinho bruto tocar em sua pele. Então, Lex rugiu, os jatos quentes de seu orgasmo pintando as costas e o bumbum de Arden. Ambos estavam ofegando pesadamente. As mãos de Lex ficaram suaves em sua pele, esfregando e espalhando seu sêmen até que o bumbum de Arden estivesse coberto por uma camada dele. Apoiou as mãos em ambos os lados dele, e a cama afundou quando Lex lambeu do topo de sua bunda até sua coluna. Arden rolou para o lado e aceitou a oferta que Lex havia coletado para ele. Suas bocas se moveram juntas, o sabor de Lex explodindo entre elas e o fazendo querer mais. Chupou cada gota de sêmen da língua de Lex e deleitou-se com a sensação do peso de Lex se acomodando em cima dele. Com os cotovelos plantados no colchão e os antebraços emoldurando a cabeça de Arden, Lex recuou o suficiente para que seus olhos se encontrassem. O pequeno sorriso que surgiu nos lábios de Lex, Arden sabia era só para si. "Talvez eu deva deixar você por meses de vez em quando." A voz de Lex era suave, como se ele não quisesse perturbar a pacífica e satisfeita bolha em que eles estavam flutuando. "Não se atreva", Arden sussurrou, suas mãos subindo e descendo pelos lados de Lex. Os olhos de Lex se arregalaram um pouco quando seus olhares se encontraram. Com um pequeno aceno de cabeça, Lex encostou os lábios de volta nos de Arden. "OK."

O sono foi desconfortável naquela noite. Lex se moveu sob as cobertas, absorvendo a sensação da pele quente de Arden contra a sua. Seu amante

não se movia há horas, deixando Lex saber que ele tinha feito um bom trabalho na cama. Um lado de sua boca se curvou para cima lembrandose de como Arden lhe implorara. Quão maravilhosamente ele gozou e a forte sensação de que Lex não era o único a sentir algo mais. Arden não queria que ele sumisse por tanto tempo novamente. Pensamentos do futuro, de retornar à vida que ele tinha antes, filtraram sua mente. Finalmente, ao completar dezoito anos e ficar pronto para tomar seu lugar no clube, foi informado de que suas habilidades eram necessárias para um trabalho especial. Ele achou mesmo que seu pai mentira quando disse que lhe treinaria para ser um atirador de elite. Tinha sido apenas dois meses antes disso, quando seu velho o pegou nu e com o pau enterrado na bunda do barista do café local. Um barista bem masculino. Mas Jebidiah Campbell não tinha feito um grande alvoroço. Não, ele fez isso em particular. Uma boa surra e a ameaça de que se ele deixasse o resto do clube descobrir, ele tornaria sua vida um inferno. Então, do nada ele foi presenteado com essa "tarefa especial", ele assumiu o pior, mas acabou se revelando a melhor coisa que já havia acontecido com ele. Sempre foi um bom atirador - especialmente com um rifle. Chegando em St. Louis para treinar com Mace, um ex-atirador da Marinha e atual sargento da Arms no Iron Heretics MC de St. Louis, o fez abrir os olhos. Mace tinha sido um professor rígido, e ele aprendeu que havia muito mais do que apenas mirar e puxar o gatilho para atirar. Ele também aprendera outras coisas quando Mace o convidou para compartilhar sua cama. Os dois anos que passou lá, tanto como pupilo quanto como amante de Mace, o transformaram no assassino que seu clube precisava para que cumprisse sua obrigação com Rick e lhe desse a confiança para abraçar sua sexualidade. O primeiro veio com facilidade. Nos oito anos em que ele esteve matando para Rick, ele nunca perdeu um alvo, nunca estragou um trabalho. Rick rapidamente viu seu potencial e manteve Lex ocupado, viajando por todo o mundo e derramando sangue em todas as paradas. O segundo... Ele não soube dizer porque faz dez anos que não voltava para casa. Havia tanto apreensão quanto antecipação naquele

pensamento. Com o fim do contrato, ele supostamente poderia simplesmente desaparecer. Pegar Arden e encontrar alguma praia para viver. Ele tinha dinheiro suficiente - matar era um negócio lucrativo mesmo quando ele recebia apenas metade do que devia - para que ficassem confortáveis pelo resto de suas vidas. Ele era aguardado no Sand Lake Iron Heretics MC dali a dois dias para finalmente conseguir seu lugar e as tatuagens que mostrariam ao mundo quem ele era. Havia um assento na mesa esperando por ele, algo que ele sempre quis a vida toda. Toda a sua vida até que o momento em que entrou pela porta do Spritz três anos atrás e colocou os olhos no homem mais bonito que ele já tinha visto. Arden lambeu os lábios enquanto dormia e rolou, pressionando o rosto contra a garganta de Lex e soltando um suspiro antes de se acomodar novamente. Ainda o surpreendia como eles se encaixavam perfeitamente juntos. Ele era um cara grande, não muito musculoso, mas com 1,90m de altura e músculos rígidos. Ele fez CrossFit quando estava treinando com Mace e nunca se arrependeu. Isso o fez forte e rápido. Perfeito para sua linha de trabalho. E Arden... Tinha o perfeito corpo de um dançarino. Lindamente musculoso em linhas longas e suaves. Forte, mas compacto com apenas 1,70cm. Quando ele pressionava o corpo contra Lex como agora, no entanto, não havia dúvida de que era exatamente onde ele devia estar. As curvas de seus corpos foram perfeitamente adaptados para se encaixarem. Ele não sabia o que ia fazer, mas sabia que não queria desistir disso. Decidindo que precisava acalmar sua mente e descansar para poder dissecar suas opções com a cabeça limpa, ele deixou seus olhos se fecharem e puxou Arden para mais perto. Alguns momentos depois que ele ouviu o primeiro som de algo raspando. Metal contra metal. Segurou a respiração, ouvindo atentamente. Quando aquilo aconteceu novamente, a maçaneta da porta balançou. Havia apenas um caminho para dentro e para fora do apartamento de Arden. A cama que eles estavam no centro da “área” do quarto de um lado do apartamento enquanto um sofá, TV e cozinha ocupavam o outro. A única outra porta era para o banheiro e ficava aberta a menos de um metro da cama.

Com cuidado, ele se afastou do abraço de Arden, rolou para fora da cama e aterrissou no chão silenciosamente. Ele pegou as calças e as vestiu. Não tinha sua arma com ele, nunca trazia quando visitava Arden porque falar sobre o que fazia fora do tempo que passavam juntos não era algo que eles costumavam fazer. A maçaneta balançou novamente. Quem quer que estivesse tentando entrar, eles não eram muito hábeis em abrir fechaduras, e Lex aproveitou a oportunidade. Apertou a mão sobre a boca de Arden ao mesmo tempo em que deu uma sacudida em seu ombro. Os olhos de Arden se abriram em pânico, um grunhido abafado escapou dele, antes franzir a testa quando seus olhos se voltaram para Lex. Movendo a mão que tinha no ombro de Arden, ele pressionou um dedo contra os próprios lábios, pedindo silêncio e depois apontou para o banheiro. Som de metal raspando novamente, a porta chacoalhando levemente, e os olhos de Arden se arregalaram de pânico. Lex o colocou de pé e pressionou seus lábios contra o ouvido de Arden. "Entre na banheira", ele sussurrou, em seguida, empurrou-o para a porta do banheiro. Assim que Arden passou pela porta do banheiro, a porta principal do apartamento se abriu em uma fresta, e Lex se moveu rapidamente para ficar na parte de trás, então quem quer que estivesse entrando pela porta não o veria até que eles estivessem no quarto, então virou-se. Havia dois deles. Eles entraram na sala, olhando para a esquerda e para a direita, mas não para trás. Amadores. Bruno era o mais distante de si, a tatuagem de teia de aranha estava nítida no luar, e uma onda fria de raiva filtrava o corpo de Lex. Cada um deles carregava pistolas, supressores de som saindo das extremidades. Indo para a frente, com os pés descalços em silêncio no chão acarpetado, Lex surgiu por trás do homem mais próximo a ele. Segurou o homem com força, uma mão agarrando a mandíbula e a outra estendendo a mão para segurar a parte de trás da arma e extraí-la da mão do homem. Os girou para encarar Bruno, usando o homem como um escudo humano, então seu grito alertou Bruno, mas Lex puxou a cabeça do homem para a esquerda - estalando o pescoço. O corpo em seus braços chacoalhou duas vezes quando Bruno levantou a arma e disparou. Lex levantou a outra mão e disparou por instinto, pegando Bruno com três balas no peito. Quando ele caiu, Lex deixou o

corpo cair e avançou, mantendo a mira em Bruno. Uma profunda mancha de sangue cresceu sob o corpo de Bruno, e Lex chutou a arma para longe da mão dele antes de se ajoelhar sobre ele. "Quem te mandou?" Ele rosnou enquanto Bruno engasgou, sangue espirrando para fora de sua boca e em seu queixo. A poça de sangue abaixo dele se espalhou quando seus olhos ficaram vidrados. Então ele ficou imóvel. "Porra." Lex bufou e, usando a mão sem segurar a arma, tateou os bolsos de Bruno até encontrar o celular. Apertou o botão de início, apenas para ser recebido com uma tela de bloqueio pedindo Digital ou Senha. Colocando a arma no cós da calça, ele levantou a mão ainda quente de Bruno e pressionou o polegar no pequeno círculo ao telefone. Bingo. Ele tocou na tela para acessar as mensagens e encontrou um mensagem de texto de um número restrito. Não havia muita coisa. Nenhuma indicação de quem estava do outro lado, e a última mensagem que havia chegado há horas atrás simplesmente dizia "enviei confirmação quando terminar o trabalho." Alguém havia colocado um preço na cabeça dele. Vasculhando o resto dos bolsos de Bruno, ele tirou sua carteira. Pegou a carteira de motorista e enfiou no bolso. Devia ser falsa, mas era tudo o que ele tinha para continuar. Ele não podia se arriscar levar o telefone consigo, então depois de olhar e encontrar nada no registro de chamadas ou no aplicativo de e-mail, ele se levantou para encontrar algo para limpar suas impressões, mas quando virou em direção ao banheiro, um suspiro assustado soou atrás dele...

CAPÍTULO 05

Terror subiu pelo corpo de Arden, pulsando em suas veias e fazendo sua boca ficar com gosto de metal. Ele tinha feito o que Lex pediu, se encolhendo na banheira, arrepios cobrindo sua pele nua enquanto ele pressionava as mãos sobre a boca para impedir que qualquer som escapasse. Sua mente estava extática, imagens e toques fantasmas de mãos ásperas segurando-o inundaram sua mente. Havia sons de briga e um par de estalos silenciosos encheu o ar. Então um baque quando algo pesado caiu no chão. Conhecia desse som. Um corpo. Dedos frios e gelados agarraram seu coração. Seu estômago se apoderou e ele vomitou ali mesmo na banheira, tentando ficar quieto enquanto o ácido queimava em sua garganta e lágrimas escorriam pelo seu rosto. Não, não, não. Ele nunca deveria ter que fazer isso de novo. Ele deveria estar seguro aqui. Oh deus, Lex. Mais três estouros soaram e o segundo baque o fez saltar, uma nova onda de medo explodindo sobre ele. O que estava acontecendo? Quando o silêncio se estabeleceu depois da luta, ele se aconchegou mais em si mesmo, tentando ficar longe do vômito, e tornando-se o menor possível. Eles iriam vir para si agora. O tempo se estendia e ele não tinha certeza se tinha sido minutos ou horas, mas ele não aguentava mais. Lentamente, ele levantou o suficiente apenas para espiar a beirada da banheira. A pouca luz das janelas alcançou o banheiro, mantendo o pequeno espaço sombreado na escuridão. A visão

de um corpo no chão a apenas alguns passos da cama fez com que outra rodada de ânsia subisse por sua garganta, mas ele engoliu de volta. Respirando fundo, ele olhou de novo e seu coração bateu em seu peito quando seus olhos pousaram em um segundo corpo e Lex ajoelhado sobre ele. O alívio o inundou tão rápido que ele perdeu o controle na beirada da banheira e se balançou para o outro lado. Lentamente, ele se endireitou, subiu com as pernas trêmulas para o fora da banheira e tropeçou até a porta. Quando ele pegou a moldura da porta com os dedos dormentes, seus olhos caíram sobre a cena novamente. Lex de pé sobre dois homens mortos com a ponta de uma arma aparecendo na parte de trás de seu jeans. Ele ofegou. Lex se virou, uma mão alcançando atrás de si, agarrando a arma, e apontando diretamente para Arden tão rápido que ele tropeçou para trás, o pé pegando na borda do tapete na frente da pia, caiu com força sobre o chão. "Arden!" A voz de Lex estava baixa, mas continha uma borda frenética. A luz brilhou acima de sua cabeça, e ele apertou os olhos contra ela. “Merda, baby, me desculpe. Se machucou?" Mãos quentes e familiares percorreram seu corpo, e ele achou que iria vomitar de novo. “Arden, fale comigo. Você está machucado?" "Não", ele suspirou. Ele se sentia machucado. Machucou como o inferno; sua garganta queimava e seu ombro e quadril latejavam onde ele caiu no chão de ladrilhos. Seu corpo tremeu com a adrenalina que ainda restava. Se sentiu violado por ter sua casa invadida, por sentir medo e ter se lembrado de coisas ruins. Esse medo ainda permanecia e as mãos de Lex estavam fazendo sua pele arrepiar. Mãos que acabaram de matar dois homens como se fossem nada. "Vem cá, baby. Precisamos te limpar para que possamos sair daqui.” Mãos fortes o fizeram se sentar e encostaram-no na penteadeira do banheiro. Olhou para a parede em frente a sua, vendo nada além de Lex inclinado sobre o corpo. Água correu acima dele, em seguida, uma toalha quente enxugou em seu rosto e pescoço. E então Lex o colocou de pé. Conseguiu ficar em pé sozinho, dificilmente notando que Lex estava espalhando pasta de dente em sua escova de dentes antes de entregá-la a

ele. “Escove os dentes, então me espere aqui. Você está em choque e eu preciso que você faça o que eu digo.” Era a voz de comando profunda que Lex usava no quarto às vezes e de alguma forma o fez se mover. Ele pegou a escova de dentes com os dedos trêmulos e escovou o melhor que pôde. Vagamente, ele estava ciente de Lex enxaguando a banheira e voltando para o quarto. Cuspiu na pia e ligou a água. Levou água na boca para enxugá-la, em seguida, espirrou um punhado na pele superaquecida de seu rosto. Seus joelhos ameaçaram se dobrar e ele agarrou a borda do balcão com os dedos. Ele queria vomitar de novo - gritar e chorar, mas sentia-se entorpecido. Como se houvesse uma camada de gravidade abafando seu peito e segurando tudo o que ele estava sentindo, empurrando e pressionando até que ele achou que iria sufocar. Lex retornou e sem dizer uma palavra começou a vesti-lo, levantando um pé, depois o outro ele vestiu sua cueca e então calça de moletom. Uma camiseta passou por cima de sua cabeça, seguida por um moletom de capuz. Finalmente, Lex sentou-se no assento do vaso fechado e se ajoelhou na frente dele para colocar meia e tênis em seus pés. Puxando-o para cima, seu gorro de tricô azul favorito escorregou sobre o topo de sua cabeça, mantendo o emaranhado de seu cabelo fora do rosto. Lex parou e olhou seu rosto. "Arden?" Ele piscou e engoliu, com medo de que, se abrisse a boca, o pouco que restava em seu estômago fosse sair. "Apenas ouça." A voz de Lex estava calma e quieta, mas rígida. Suas mãos subiram para segurar as bochechas de Arden, os polegares pressionando suavemente abaixo de cada olho. “Eu vou cuidar de você, mas preciso que você faça o que eu digo. Você entende?" Um medo como ele nunca sentiu antes deslizou através dele. O que isso significa? Ele era um empecilho agora? Olhou para os profundos olhos castanhos e viu apenas a escuridão. Quem era esse homem para quem ele se entregou várias vezes?

Porra. Arden tinha desligado completamente, mas Lex não teve tempo

para acalmá-lo. Movendo-se rapidamente, ele deixou Arden no banheiro, olhando para o nada, e pegou uma mochila do chão ao lado da cômoda. Ele puxou gavetas abertas, colocando algumas coisas dentro da bolsa roupas íntimas, camisas, calças, meias. Ele quase tropeçou na bolsa de maquiagem que Arden carregava em todos os lugares e a pegou também, enfiando-a na mochila junto com as roupas de Arden. Ele terminou de se vestir, levou a arma do cós para o bolso da jaqueta e foi até o banheiro, onde acrescentou a escova de dentes e o desodorante de Arden na bolsa. Ele pendurou a mochila no ombro e segurou o rosto de Arden de novo. “Feche seus olhos, ok? Eu vou te levar até a porta.” Arden imediatamente começou a tremer novamente, mas fez o que ele pediu. Puxando-o para perto, Lex os conduziu para fora do banheiro até a porta. Ele espiou para o corredor, um braço ao redor de Arden e a outra mão descansando na arma. Eram quatro da manhã e não havia ninguém à vista. Lex envolveu o braço com mais firmeza ao redor da cintura de Arden, certo de que ele provavelmente estava deixando hematomas. Seu garotinho se machucava tão facilmente que provavelmente ele já estava amarelo e roxo da queda que ele tinha tomado no banheiro. Mantendo Arden pressionado ao seu lado, ele os moveu para o corredor. "Você pode abrir os olhos", ele disse enquanto se dirigia para as escadas. Arden se moveu mecanicamente, mas ele estava acompanhando. Lex podia sentir o fino tremor de seu corpo e já estava calculando em sua cabeça quanto tempo levaria para tirá-los do prédio. Ele precisava colocar Arden em um carro e encontrar um refrigerante ou algo com um pouco de açúcar para ele beber. Então ele precisava levá-los para longe da cidade e descobrir quem diabos havia colocado um preço em sua cabeça. Fora mais cedo no clube, ele nunca tinha visto nenhum daqueles caras antes, e se eles eram profissionais, eram dos piores. Eles desceram as escadas sem encontrar ninguém, e com passos certos, ele saiu para o ar fresco da manhã do início da primavera. Assim que saíram, ele abaixou a cabeça e os manteve descendo a calçada para longe do clube. Ele pegou o telefone e desligou. Não saber quem estava atrás dele fazia que toda a cautela fosse necessária. Arden tropeçou na calçada, e Lex o segurou e os manteve em movimento.

Eles chegaram ao seu carro alugado, e ele apertou o botão para destrancar as portas. Deixou que Arden entrasse no assento do passageiro e fez uma rápida inspeção superficial ao redor do carro. Não encontrando nenhuma evidência de adulteração, ele deslizou atrás do volante e inclinou-se para puxar o cinto de segurança de Arden e abotoálo. "Arden? Eu vou nos tirar daqui ok? Nos levar para um lugar seguro." A única resposta de Arden foi engolir seco. Lex virou a chave e colocou o carro em movimento perguntando-se quem estava do outro lado esperando por uma mensagem dizendo que ele estava morto. Respirando fundo, ele tentou colocar seus pensamentos em ordem. Primeiro, ele precisava largar esse carro, mas ele também precisava levar um pouco de açúcar para o organismo de Arden. Levantando o console central, ele moveu as coisas até encontrar uma das barras de frutas e grãos que ele havia deixado ali em sua viagem de volta de sua última missão. "Aqui", ele segurou na direção de Arden. "Você precisa tentar comer alguma coisa." Lentamente, Arden se virou para olhar para a barra. Franziu a testa antes de ele levantar os olhos para Lex. "Eu não posso comer isso." Lex exalou. “Arden, você pode se preocupar com a sua dieta mais tarde. Agora você precisa de açúcar. Vai ajudar, prometo.” "Não", sua voz saiu ríspida. Um tom que Lex nunca tinha ouvido ele usar antes. "Eu tenho doença celíaca, alergia a glúten. E tem glúten nessa barra." Lex parou o carro em um sinal vermelho e olhou para Arden. Ele estava encolhido no canto, os braços cruzados sobre o peito e sentando-se tão longe de Lex quanto o assento permitia. “Eu não sabia que você tinha isso. Você nunca me-" "Eu acho que talvez haja muito que não sabemos um sobre o outro." Arden olhou para ele, os olhos cautelosos, antes de olhar para baixo novamente.

Lex apertou os dentes. Ele não pretendia apontar a arma em Arden. Tinha sido puro reflexo, mas independentemente disso, ele sabia que Arden estava certo. Por tanto tempo dormindo juntos, umas cem vezes nos últimos anos, não conversavam muito. Deixando sua mente correr através de conversas que tiveram no passado, ele percebeu o quanto Arden deixava que ele liderasse e quão pouco ele compartilhava de si mesmo. Ele tentou pensar em cinco fatos que sabia sobre Arden, além de seus atributos físicos ou preferências sexuais. As únicas coisas que ele conseguiu pensar era o quanto ele amava balas amargas e sua marca preferida de creme dental... E talvez o nome de um programa de TV que ele mencionou gostar. A dura realidade do acordo que tinha com Arden deslizou entre suas costelas como uma faca no coração. Arden era seu prostituto. Lex pagou pelo luxo de tê-lo só para si, e Arden, como o bom empregado que ele era, treinado pela excelente orientação de Vivian, guardará todas as pequenas coisas pessoais sobre si mesmo, coisas que apenas um amante ou namorado saberia. Vendo um fast-food aberto, ele puxou o carro até o local e foi até o drivethru. Ele tentou pensar em quais coisas que haviam glúten, mas não conseguia pensar em nada além de pão. “O que você gostaria? Um refrigerante, talvez?” Arden limpou a garganta, depois olhou para a placa do menu, a luz brilhante iluminando faixas de lágrimas em seu rosto pálido. "Coca-Cola, por favor." Lex baixou a janela e pediu uma Coca-Cola para Arden e uma refeição completa para si. Ele estava morrendo de fome e eles tinham uma longa viagem pela frente.

CAPÍTULO 06

Arden bebeu sua coca. O primeiro gosto fez com que seu estômago revirasse, mas logo se assentou. Ele não queria admitir que isso o fazia se sentir melhor, mas fazia. Os tremores em seus braços e pernas se assentaram, e mesmo que ele não pudesse acreditar que Lex fosse capaz de comer depois de matar duas pessoas, ele sentiu uma onda de fome com o cheiro vindo do saco de comida de café da manhã. Ele deve ter encarado mais tempo do que pensava, porque na próxima vez que Lex enfiou a mão no saco de papel, ele ergueu um potinho com o nome "aveia" escrito nele e olhou para Arden. “Diz que é sem glúten. Eu os comprei apenas no caso de você ficar com fome. Você quer?" Arden mordeu o lábio antes de assentir com a cabeça. Ele estendeu a mão e pegou o copo e a colher de Lex. Estalando a tampa, o aroma quente de açúcar mascavo enviou uma onda de conforto através dele, e ele mergulhou a colher no cereal quente. A delícia crocante encheu sua boca e ele rapidamente chegou ao fundo do copo. Quando ele olhou para cima, Lex estava olhando para ele. Arden deixou cair o copo vazio no saco aberto. “Devo parar e pegar mais?” Balançou sua cabeça. "Você nunca vai falar comigo de novo?"

Ele lambeu os restos de açúcar de seus lábios e olhou para Lex. Sentiu-se abatido sob o olhar de Lex, como se sua pele estivesse muito apertada sobre os ossos. Seus olhos queimavam e seu peito doía. "Eu não sei o que dizer." Lex assentiu e voltou a olhar para a estrada. O silêncio se estendeu entre eles, estendeu-se desde que saíram de seu apartamento, mas agora parecia pior de alguma forma. Como se as palavras que eles trocaram aumentaram a tensão em vez de aliviá-la, e agora que sua cabeça estava voltando ao normal, ele podia sentir como se tivesse um peso físico pressionando-o contra ele. Lex não o machucou. Ele protegeu-o. Sim, ele matou dois homens para protegê-lo, tão rápido e silenciosamente que Arden não sabia realmente o que estava acontecendo até que tivesse acabado. Toda vez que Lex o visitava nos últimos três anos, ele só dizia que acabara de voltar de uma viagem de negócios. Que tipo de negócio deixa você matar duas pessoas em questão de momentos? A escuridão da noite estava desaparecendo do céu e a primeira pista do nascer do sol olhava para eles do horizonte. Lex estava dirigindo o carro por um distrito comercial antes de entrar em uma garagem. "Onde estamos indo?" Lex olhou para ele quando ele parou o carro em um portão. Procurando dentro da carteira, tirou um cartão e segurou-o na frente de um scanner na caixa de metal do lado de fora de sua janela. A barra listrada de vermelho e branco na frente do carro levantou e Lex os levou mais fundo no espaço escuro. "Pegar o meu Bronco." Entraram e pararam no espaço vazio ao lado de um carro da Ford, um Bronco preto mais antigo que parecia estar em perfeitas condições, pintura brilhante, janelas pintadas e grandes pneus de jeep. Não era muito robusto, mas tinha uma certa vibe; como se sido testado em batalha e estava pronto para a uma aventura. "Vamos", Lex disse, recolhendo o lixo de sua refeição antes de chegar ao banco de trás e pegar a mochila de Arden e sair do carro. Dormência rastejou de volta em suas mãos. Tentou duas vezes soltar o cinto de segurança e achou que suas pernas poderiam se dobrar quando ele ficasse de pé. "Lex ..." Sua voz soou estranha aos seus ouvidos, longe e

muito mais jovem. Ele não ficava tão assustado há muito tempo, e a farinha de aveia que ele comeu se revirou em seu estômago. Ele tinha esquecido como era fugir, e da última vez que ele teve que fazer isso, ele confiava na pessoa que o guiava implicitamente, até ele não estar mais lá. "Para onde você está me levando?" Lex deu a volta ao lado do Bronco, o rosto perdido na sombra de uma das luzes do teto diretamente atrás dele. Arden queria acreditar que podia confiar nele. Que Lex não o largaria se ele se tornasse inconveniente, mas ele não podia deixar esses pensamentos de lado. A voz de sua mãe, que ele não ouvia tão claramente há anos, flutuava em sua mente. “A única pessoa em quem você pode confiar é você mesmo, Alfie. E mesmo assim, você precisa ter cuidado." Parando apenas alguns passos à sua frente, Lex abriu a porta do lado do passageiro do Bronco e fez sinal com a cabeça para que Arden entrasse. "Para casa." Quando ele não se moveu imediatamente, Lex suspirou e se aproximou, Arden deu um passo para trás. Mágoa brilhou nos olhos de Lex antes que eles endurecessem. "Entre no carro, Arden." Esse não é o meu nome, ele pensou enquanto seu queixo tremia. Mordeu o lábio até sentir o gosto do sangue. Lex deu mais um passo, a paciência aparentemente chegando ao fim. "Lex", ele sussurrou, querendo desesperadamente ver o homem que ele achava que estava se apaixonando - aquele com olhos quentes na cor de chocolate e uma risada reservada apenas para ele - em vez de quem quer que fosse esse estranho. A única resposta que ele recebeu foi um aperto firme em torno de seu braço, puxando-o para dentro da cabine, a porta bateu ao lado dele.

Céus, ele estava com tanta raiva. A única coisa boa em sua vida era uma mentira. Ele pensou que Arden estava sentindo as mesmas coisas Lex sentia por ele. Ele era tão idiota. Tudo tinha sido uma charada. Um negócio. Talvez Arden se importasse com ele de alguma forma, ou se já

havia se importado alguma vez, porque agora estava obviamente aterrorizado de ver Lex em sua frente. Agora, ele tinha que descobrir o que fazer com um amante que desviava de seus toques e descobrir quem estava tentando matá-lo. Andando até porta do lado do motorista, ele respirou devagar algumas vezes. Não foi culpa de Arden. Sempre se manteve à distância, o coração guardado atrás de paredes secretas, mas os pedaços que ele tinha dado, aqueles eram reais. Além de Mace, Arden era a única pessoa que tinha visto algo do real nos últimos dez anos. Porra, talvez há mais de dez anos. Aprendeu cedo que no MC você mantinha suas emoções sob controle e respondia a qualquer queixa com violência rápida e segura. Mas com Arden tudo foi quase automático, não havia necessidade de uma decisão consciente; apenas aconteceu. Aparentemente, o sentimento não era recíproco. Inspirou profundamente uma última vez e então abriu a porta do carro e se sentou ao volante. Havia marcas de lágrimas no rosto de Arden novamente e seu coração se apertou. Ele descansou as duas mãos no volante. Pensou em se desculpar, mas talvez devesse deixar essa distância se estabelecer entre eles. Seria mais fácil para os dois a longo prazo. Ele encontraria um lugar seguro para esconder Arden, depois tomaria conta de quem estava tentando matá-lo e ajudaria Arden a começar de novo em algum lugar. Ele não queria isso, mas era melhor que ser morto ou sequestrado e usado como isca. De alguma forma, alguém sabia exatamente onde ele estaria depois de uma missão, então deixar Arden sozinho não era uma opção. Eles descobriram sua fraqueza. "Eu só quero que você saiba que eu não sou perigoso para você." Manteve a voz calma e tentou colocar toda a sinceridade que sentia por trás de suas palavras. Era a verdade, afinal de contas. Talvez a única que havia entre eles.

CAPÍTULO 07

Ele tinha adormecido não muito tempo depois de terem saído da garagem e se dirigido para o oeste. Lentamente, Arden se levantou de sua posição encostada na porta do Bronco e massageou a nuca. A caminhonete estava silenciosa, o único som era o zumbido baixo de alguma música country no rádio e os pneus no asfalto. Lex tinha os olhos fixos na estrada, mas olhou para si. Por um momento, ele pareceu triste, mas foi rapidamente substituído por uma expressão vazia. "Que bom que você está acordado", Lex disse depois de um momento. "Estamos quase lá, mas precisamos parar para pegar alguns suprimentos primeiro." Arden assentiu com a cabeça e sentou-se direito, esticando as costas e olhando pelas janelas. O céu estava azul claro, deixando a luz do sol quente iluminar as árvores e os campos vazios que se alinhavam em cada lado da estrada de duas pistas em que estavam. "Onde é aqui, exatamente?" “Gnaw Bone, Missouri. Estamos quase fora da cidade na verdade. Tem uma pequena loja na cidade onde podemos pegar algumas coisas.” As palmas de Arden começaram a suar. O que aconteceria quando chegassem a casa de Lex? Ele deveria tentar fugir? Seu sono estava cheio de imagens que ele esperava nunca mais ver; ele e sua mãe fugindo, constantemente se movendo de um lugar para outro, tentando ficar um

passo à frente de seu pai. Ela se deteriorando bem na frente de seus olhos, e ele não sabendo o que fazer ou como ajudá-la. Todas as palavras e avisos de sua mãe. Todos os confrontos, incluindo o último que o tornou órfão. O Bronco subiu uma pequena colina e uma placa verde à direita dizia: Gnaw Bone. Que nome assustador para uma cidade, Osso Ruído. Havia apenas alguns prédios reunidos em um cruzamento - um minúsculo prédio de tijolos vermelhos com uma placa da Gnaw Bone Cooperativa de Crédito na frente, uma lanchonete, um posto de gasolina e, na esquina oposta, a Loja Geral do Fred. O cascalho rangia sob os pneus do Bronco enquanto Lex estacionava na lateral da loja. Arden lambeu os lábios e alcançou a maçaneta da porta, se assustou quando a mão de Lex agarrou seu antebraço. “Por aqui as pessoas me conhecem como Lex, o simpático rapaz da cidade que tem uma cabana na floresta. Eles sabem que eu não tenho ficado muito aqui e nunca trouxe ninguém por essas bandas, então eles provavelmente farão perguntas, porque esta é uma cidade pequena e qualquer fofoca é fofoca.” "O que devo dizer se eles me perguntarem alguma coisa?" Lex observou-o por um momento. “Só diga a eles que você é meu amigo. Eu acho que eles vão ler nas entrelinhas, mas não devem nos dar importância sobre o assunto.” "Considerando o nome da cidade, eu acho que eles aceitariam de boa." Arden corou com a insinuação que acabara de fazer. Lembranças deles brincando na cama, rindo da afinidade de Lex ao gostar que Arden usasse os dentes durante o boquete, filtraram em sua mente. Foi quase seis meses depois da primeira vez que eles estiveram juntos que ele acidentalmente raspou Lex com os dentes enquanto o chupava. Os quadris de Lex saltaram da cama, fazendo Arden quase vomitar. Assim que ele recuperou o fôlego, ele tentou se desculpar, apenas para Lex o beijar e exigir que ele fizesse isso de novo... Mas mais forte. Mais tarde naquela noite, quando eles se sentaram em um abraço confortável, ele falou que estava morrendo de medo de roer o membro dele como se fosse um osso.

"Eu não poderia morder mais forte ou eu teria arrancado seu pau fora." Ele riu, beliscando um dos mamilos de Lex e gritando quando Lex rolou para suas costas. O pelo grosso do peito de Lex fez cócegas quando ele se acomodou entre as pernas de Arden. Se esfregou contra ele, deixando-o sentir a pressão total de seu comprimento endurecido entre eles. "Ele parece inteiro para mim", Lex sussurrou em seus lábios antes de selar suas bocas num beijo possessivo. O canto da boca de Lex se contraiu como se quisesse sorrir, mas parou e Arden pigarreou. “Não faça nada para chamar atenção extra para nós. Nós vamos entrar e pegar um pouco de comida, especialmente algumas coisas para você, qualquer coisa que quiser. Eu tenho coisas na cabana, mas é bem básico.” Seus olhos foram para o cabelo de Arden que ainda estava enfiado sob o gorro de tricô. "Apenas xampu e sabonete." “Sem condicionador? Tenho um pouco de dinheiro na minha... Merda, minha bolsa de maquiagem!” Ele tinha estado tão fora de si que não tinha pensado em pagá-la quando Lex o arrastou para fora do apartamento. Lágrimas brotaram em seus olhos mais uma vez quando seu coração se partiu pelo que parecia a centésima vez naquele dia. Lentamente, Lex estendeu a mão e segurou o queixo de Arden e o puxou até Arden olhar para ele. “Está na mochila, mas você não precisa se preocupar com dinheiro. Eu vou comprar o que você precisa.” “O que…? Você pegou minha bolsa?” Lex assentiu. Sem parar para pensar, ele se lançou em Lex, envolvendo os braços em volta do pescoço e enterrando o rosto contra seu pescoço. Lex o segurou por um momento, em seguida, gentilmente desembaraçou-se e pulou para fora da caminhonete. Arden respirou fundo quando alcançou a maçaneta da porta. Uma dor aguda perfurou seu coração. Sentia falta do seu Lex e se perguntou de novo quais eram as intenções daquele homem diante de si. Ele disse que não iria machucá-lo, mas como poderia ter certeza?

A porta se abriu, puxando a maçaneta da mão dele. Lex ficou parado ali, olhando para ele, mas em vez de ficar impaciente e empurrá-lo para fora do veículo como ele fez da outra vez, ele estendeu a mão e esperou Arden pegá-la. Cautelosamente, ele segurou a mão de Lex e se deixou guiar e ficar de pé. Foi bom se levantar e esticar as costas, saboreando os pequenos estalidos ao longo de sua espinha. A loja não era muito mais do que um simples edifício quadrado com revestimento de metal e uma calçada de concreto na frente. Um grande freezer contendo sacos de gelo estava ao lado da porta, e uma Redbox ficava do outro sob um simples toldo de metal. Enquanto eles caminhavam até a entrada da loja, a mão de Lex roçou na dele e quando ele se moveu para colocar algum espaço entre eles, os dedos de Lex emaranharam com os dele por apenas um momento antes de deixá-lo ir. Arden o olhou quando Lex abriu a porta e se afastou, deixando Arden ir primeiro. "Obrigado", ele murmurou, mas no momento em que seu pé tocou o chão, um gemido agudo soou à sua direita e ele olhou para o Redbox. "O que foi?" Lex perguntou, batendo nele quando ele parou de repente. "Você ouviu isso?" O som veio de novo, definitivamente um gemido, e Arden deu um passo para o lado e se inclinou para olhar a abertura entre o Redbox e a parede. Dois olhinhos olharam para ele por baixo de algumas folhas secas que se acumularam no pequeno espaço. Outro gemido triste soou e toda a pilha se mexeu, revelando um nariz preto e um rosto pequeno e branco. "Oh meu deus, ei garotinho." Arden caiu de joelhos e lentamente estendeu a mão, colocando-a bem na frente do nariz do filhote para farejar. O pequeno embrulho se aproximou, o nariz se esfregou nos dedos de Arden e ele franziu a testa. "Você está doente, querido?" "Arden..." Lex disse atrás dele, mas Arden o ignorou e esticou o braço até que ele colocou uma mão sob a barriga do filhote e cuidadosamente o levantou. O filhote se contorceu, soltando um som infeliz até que Arden o embalou perto de seu peito. O filhote fungou para ele, como se estivesse contra a mãe, à procura de comida. "Olhe para ele, Lex, ele está com fome e é tão pequeno", Arden implorou,

olhando para Lex com os olhos arregalados que outrora conseguiam qualquer coisa de Lex. "Estou o vendo." “Bem, não podemos simplesmente deixá-lo aqui! Ele está sozinho.” "Arden..." Ficando em pé, ele encarou Lex com seu melhor olhar, deixando todo o medo e ansiedade construindo nele transformar seus olhos em gelo. Agarrou a bolinha de pêlo quente em frente a ele, notando como as pequenas saliências de suas costelas eram proeminentes contra a palma da mão, e se manteve firme. "Ele virá com a gente." "E se ele pertencer a alguém?" "Você vê alguém por perto?" Ele falou irritado, colocando uma mão sobre a cabeça do filhote de cachorro. "Obviamente foi abandonado." Droga, ele podia sentir a ardência em seus olhos, mas se recusou a ceder. "Ele me chamou e eu não o deixarei para trás." Um músculo ao longo da mandíbula de Lex se moveu, seu olhar fixo em Arden até que caiu para o pequeno pacote de pelo em seus braços. Ele deu um passo à frente, um dedo grosso passou por cima da testa lisa do filhote. "Você percebe", sussurrou Lex. "Que o que aconteceu esta manhã só vai acontecer novamente até que eu possa descobrir quem está por trás disso, certo?" "Aham, mas por que você me trouxe?" Arden sacudiu a cabeça. "Eu não teria dito nada a ninguém." Ele engoliu em seco e esfregou a mão sobre o pêlo macio das costas do filhote. Lex inclinou a cabeça para o lado. "É isso que você está pensando?" Se inclinou para perto, deixando apenas alguns centímetros entre os rostos. “Eu não trouxe você aqui para me proteger. Eu te trouxe aqui para te proteger. Você é minha fraqueza, Arden. Eu não deixaria você indefeso.” Foi para a frente, como se quisesse juntar os lábios nos dele, mas recuou antes de voltar para a porta. "Vamos pegar alguns suprimentos." Ele

pegou a maçaneta e a abriu novamente, como fizera antes. "Para o 2

pequeno também."

CAPÍTULO 08

Lex conduziu o Bronco pela estrada estreita e entrou na estrada de cascalho que levava à sua garagem. Arden estava tão envolvido no filhote que mal olhou para fora das janelas desde que saíram da cidade. O filhote era agora o orgulhoso dono de uma coleira colorida. Eles tiveram que dirigir mais uma hora fora do caminho para encontrar um veterinário, e ele queria ficar chateado com isso, mas o olhar de alegria no rosto de Arden fez com que ele mordesse a língua. Quanto mais perto eles chegavam de casa, mais surreal parecia ter Arden ao lado dele. Ele tinha sonhado com isso nas longas noites de vigília, observando seu alvo através das lentes de seu rifle, esperando pelo tiro perfeito, mas ele nunca pensou que isso realmente iria acontecer. Voltar ao MC era a única escolha real que ele havia considerado. A único que fazia sentido nas partes do cérebro que ainda estavam condicionadas a sempre colocar o clube em primeiro lugar. Ele faria a tatuagem, vestiria seu colete e, finalmente, seria um membro reconhecível do mundo em que crescera. Quando se aproximaram de uma garagem de dois lados feita de tijolos na base de uma colina arborizada, ele estendeu a mão e apertou o visor que abria a porta da garagem. A porta à esquerda se levantou, revelando uma fenda vazia na qual ele enfiou o Bronco. Arden olhou ao redor com curiosidade antes de abrir a porta e sair, segurando um Pipsqueak adormecido no capuz que ele tinha tirado quando o dia ficou mais

quente. "Hum, isso é... Da hora." A voz de Arden estava confusa e curiosa. "Você mora em um bunker ou algo assim?" Um sorriso surgiu em seu lábios enquanto ele caminhava para o outro lado da garagem e tirava a lona de seu Kawasaki Mule. Era basicamente um mini jeep com quatro rodas, uma cabine parcialmente fechada e uma pequena carroceria atrás da cabine para colocar suprimentos. Era uma pequena e poderosa máquina que podia navegar pelo caminho estreito e sinuoso que ia até cabana. "Não, a cabana é um pouco mais a frente." Apontou na direção geral atrás da garagem. "Oh" Arden parecia nervoso. Caminhando para a parte de trás do Bronco, ele fechou a porta traseira e começou a recolher suas sacolas de mantimentos para transferir para o Mule. "Você pode pegar sua mochila e entrar se quiser", disse ele, observando Arden olhando em tudo e tentando não ser parecer óbvio ao fazer isso. "Arden." Arden saltou ao ouvir o tom de sua voz e suspirou. Obviamente, suas ações ao longo da manhã foram mais fortes que suas palavras. Decidiu que precisavam de uma conversa assim que se ajeitassem na cabana e fizesse o telefonema que precisava fazer. "Eu não me importo se você olhar em volta." "OK." Isso lhe rendeu um pequeno sorriso antes de Arden se aproximar do Mule, depositar o filhote dormindo no banco do passageiro e ir pegar uma sacola do Bronco. Seus olhos seguiam para o outro veículo coberto de lona, compartilhando a garagem com o Mule. Lex parou em sua frente. "Você pode olhar se quiser." Sem esperar por uma resposta, ele se aproximou e puxou a lona de sua Honda Shadow. Ela era uma grande moto, toda cinza e com os canos de metal na cor preta. Além de seu rugido ser um som maravilhosamente gutural, como um animal selvagem. Ela também foi a primeira coisa que ele comprou para si depois de seu primeiro contrato. "Uau." A voz de Arden estava ofegante de apreciação. “É linda. Eu nem sabia que você andava.”

"Você já andou?" Balançou a cabeça, várias mechas de cabelo loiro caído em seu rosto. "Não. Isso pode realmente ser o mais próximo que já cheguei de uma moto.” "Talvez eu possa te levar algum dia." Lex o observou de perto, querendo ver sua resposta tanto quanto a ouvir. Eles passaram por uma montanha russa naquele dia. Mal podia acreditar que na noite passada ele estava enterrando seu membro dentro de Arden, segurando seu corpo ofegante enquanto eles se amavam. Parecia uma vida inteira atrás. "Isso... Isso seria legal." Arden encontrou seus olhos, um toque rosado preenchendo suas bochechas, usou toda a sua força de vontade para não cruzar a distância entre eles e puxá-lo em seus braços. Limpou a garganta e começou a voltar a cobrir a moto. “Eu vou pegar o resto se você quiser se instalar e colocar o cinto de segurança. Não é uma viagem longa, mas é bastante irregular.” Assentindo, Arden baixou os olhos e pegou o cachorrinho para poder subir no Mule. Depois que ele transportou o último dos suprimentos e fechou o Bronco, subiu ao lado de Arden e do Pipsqueak que ainda dormia. Olhando para o pequeno embrulho, ele estendeu a mão e gentilmente acariciou sua cabeça, depois apertou o botão da porta da garagem atrás deles. Não havia muito espaço no Mule, e eles foram pressionados ombro a ombro quando Lex eu a ré. "Sabe", disse ele, enquanto a porta da garagem se fechava e ele os conduzia para a estrada, "Eu acho que você estava certo sobre ele chamar por você." Arden olhou para baixo, deixando sua própria mão alisar o corpo minúsculo de Pip. O veterinário disse que ele estava abaixo do peso, mas 3 saudável. Um pouco de TLC e ele ficaria bem. "Eu sei." Não disse mais nada, mas deixou seu ombro descansar um pouco mais firmemente contra o de Lex. Contaria isso como uma vitória. O Mule levou-os pela floresta e subiu a colina que escondia a cabana da vista da garagem. Ele a construiu situada a um mini vale, completo com seu próprio riacho. A clareira em que se encontrava era grande o suficiente para que Pip tivesse muitos lugares para explorar. A cabana

em si era uma combinação de moderno e rústico. Custou uma fortuna, mas ele pagou para ter eletricidade e um poço de água potável. Uma varanda ao redor da cabana inteira tinha sido sua parte favorita. Degraus na parte de trás levavam a uma fogueira embutida com bancos e uma mesa de piquenique. A casa em si era um grande plano aberto no primeiro andar, com uma grande sala de estar, cozinha e sala de jantar embutidos. No andar de cima havia dois quartos, a suíte master e um quarto de hóspedes. O estômago de Lex ficou frio ao pensar em ter Arden em sua casa dormindo no quarto de hóspedes. "Ohh, isso é lindo." Os olhos de Arden estavam arregalados ao ver os troncos de madeira e a grama em volta. "Estou feliz que tenha gostado." Lex conseguiu responder, as pedras em seu intestino ficando maiores enquanto eles se aproximavam da cabana. Estacionou o Mule na pequena garagem que ele construiu para ele, logo depois dos degraus da varanda, e saiu para começar a descarregar. Arden colocou Pip na grama para fazer suas necessidades e o filhote farejou alegremente, mas não se afastou muito. Nada parecia ter sido mexido e tudo parecia tão sereno e quieto como quando esteve ali a última vez. Claro, pisos de madeira e chuveiros chiques não são as únicas comodidades que a cabana possuía. Uma vez que a construção foi concluída, ele chamou algumas pessoas para fazer o tipo de atualizações que você paga em dinheiro: um sistema de segurança de última geração e uma sala de pânico. Abriu a porta, digitou o código de segurança, o ar parado bateu na cara dele e, depois de depositar os mantimentos perecíveis na geladeira, atravessou a cabana abrindo as janelas ao passar. "Puta merda", disse Arden de algum lugar perto da porta da frente. "Isso é incrível, Lex." Limpou a garganta. "Obrigado. Hum... Sinta-se em casa. O banheiro é aquela porta e há comida e bebidas na cozinha. Preciso fazer um telefonema rápido.” "OK." Ele se dirigiu para a cozinha com Pip atrás de si. Lex tentou acalmar a batida errática de seu coração ao ver o quanto

Arden se encaixava perfeitamente - em sua casa. No espaço que ele nunca compartilhou com ninguém. Parecia certo. Podia sentir isso em seus ossos. Ele simplesmente não sabia como colocá-los de volta nos trilhos. Respirando fundo para se concentrar, ele foi até a mesa que mantinha no canto da sala e pegou seu telefone via satélite. Era a única linha segura em que ele confiava agora e deveria ser impossível de rastrear, mesmo se alguém estivesse tentando ouvir. Honestamente, ele não achava que estariam tentando, e isso era algo estranho. Durante todo o dia, ele manteve os olhos no espelho retrovisor e seus pensamentos, quando não estavam na bagunça entre ele e Arden, haviam traçado seus últimos dias, até mesmo semanas. Não havia nada fora do lugar. Nenhum sinal de que alguém o estivesse seguindo. Confiava muito em seus instintos; eles nunca o decepcionaram, mas ele estava começando a questionar suas habilidades de observação. Este era o seu trabalho - rastrear um alvo, matar e selar o contrato. Era seu trabalho, com certeza seria capaz de identificar alguém fazendo o mesmo com ele. Balançando a cabeça para si mesmo, ele olhou para Arden pegando um copo de água, observou a garganta dele balançar enquanto ele bebia tudo em um longa gole. Ele queria atacá-lo. Pressioná-lo contra cada superfície desta casa e passar sua barba sobre cada centímetro de sua pele até que ela ficasse rosado e implorando para ser fodido. Deixando aquela imagem se estabelecer em sua mente, ele se preparou e saiu até a varanda, discando um número que temia telefonar toda vez que precisava. O seu pai. Tocou duas vezes antes que uma voz respondesse. Só não era a que ele estava esperando. "Olá." Darryl, um dos membros mais antigos do clube respondeu. Todos os caras o chamavam de Dunga por causa de sua personalidade ensolarada. Era uma analogia interessante para se fazer sobre um criminoso, mas funcionava. "Hey Darryl", respondeu Lex, um sorriso formando em sua boca. “Lex? É você? Caramba, garoto, estávamos esperando saber de você! Eu estava dizendo a Jeb esta manhã como seria bom ter sua bunda

esquelética por aqui.” Lex riu. "Não tão esquelética agora". “Não brinca. Está crescidinho, hein?” "Sim. Ele está por perto?” “Oh sim, ele está parado aqui olhando para mim com uma cara feia por não ter passado o telefone pra ele ainda. Foi bom falar com você, garoto. Te vejo em breve." Houve um farfalhar antes que uma bufada passar pelo alto-falante do telefone. "Lex". A voz de seu pai tinha o mesmo timbre profundo de sempre. "Jebidiah." Ele se viu em pé, mesmo que o velho não pudesse vê-lo. "O que você precisa, filho?" “Acredito que há um contrato sobre a minha cabeça. Até que eu possa resolver o problema, não serei capaz de chegar ao clube.” Seu pai ficou quieto por um minuto, então ouviu o que soou como uma porta fechando e podia imaginar seu pai se fechando em seu escritório no clube. "Onde você está agora?" "Minha cabana." "OK. aguente firme. Vou mandar alguns homens para você e fazer algumas pesquisas. Se alguém é estúpido o suficiente para colocar um contrato em um Heretic, então eu não deveria ter muita dificuldade em descobrir quem.” Lex ficou chocado. Esperava receber uma repreensão por algum motivo idiota que seu pai sempre encontrava. A última coisa que ele previra era que seu pai realmente queria ajudá-lo. Não tinha certeza se ele deveria confiar, mas se Jebidiah pudesse descobrir quem tinha emitido o contrato, acabar com esse fiasco seria mais fácil. "Eu acho que poderei ajudar", disse ele retirando a carteira que pegou de Bruno. Leu a informação para o pai e disse a ele, sem confirmar nenhum detalhe, o que havia acontecido no apartamento de Arden.

"Havia duas pessoas." "Duas? Mas você só conhecia um?” "Sim." "Ok. Deixe-me ver o que posso desenterrar. Deve haver alguém do Iron Heretics à sua porta pela manhã. Seria bom preparar o seu... Amigo. A linha ficou inoperante e ele puxou o telefone da orelha, olhando para ele por um momento. Talvez assumir o acordo com Rick e ir até o final possa ter lhe rendido algo bom, afinal. Não tinha dito abertamente que estivera com um homem, mas obviamente seu pai havia percebido, só que não havia hostilidade em sua voz. Ou o velho tinha amadurecido ou ele ficou muito melhor em esconder suas reações. Lex respirou fundo e voltou até a porta. Uma conversa complicada já foi... Agora tinha mais uma.

CAPÍTULO 09

Arden perambulou pela grande sala principal da cabana de Lex. Grandes vigas de madeira cruzavam o teto alto e tudo parecia tão bonito. Achava que deveria se sentir deslocado na casa de Lex, mas não se sentia. Ele se sentiu curioso e mais do que um pouco confuso. Ele queria conhecer esse Lex. Aquele que tinha livros de receita em uma prateleira na cozinha e tapetes macios e vibrantes cobrindo seus pisos de madeira. Havia uma grande lareira de pedra embutida em uma das paredes, uma poltrona e 4 um grande e fofo otomana bem posicionado perto dela, com uma lâmpada de leitura e uma mesa de canto cheia de livros ao seu lado. A cadeira estava separada do grande sofá em frente à TV de tela plana. Era uma cadeira de leitura. Pip estava dormindo de novo, aninhado no capuz de Arden em um dos cantos do sofá. Arden olhou para ele antes de se virar para a cadeira. Ele queria examinar os livros que Lex estava lendo ou já tinha lido. Deu um passo quando duas mãos pousaram em seus quadris e gentilmente o puxou de volta contra o corpo sólido que ele estava tão familiarizado. Braços fortes se envolveram em torno dele e ele fechou os olhos, deixando o calor de Lex se infiltrar nele. Estava tão cansado e apesar de tudo o que aconteceu naquele dia, estar no abraço de Lex era o único lugar que ele realmente queria estar. O queixo de Lex caiu sobre o ombro dele. "Está tudo bem?" Arden ergueu as mãos para segurar os braços musculosos em seu peito e

deu um pequeno aperto. "Sim. Me desculpe, eu surtei pra caramba.” "Não precisa se desculpar. Honestamente, você aguentou melhor do que a maioria das pessoas, eu acho.” "Não é a primeira vez que eu vejo algo daquele tipo." Arden sussurrou, virando o rosto para pressionar contra o bíceps de Lex. "Antes de você trabalhar para a Vivian?" "Sim. Minha mãe atirou em meu pai e depois nela mesma quando eu tinha quatorze anos.” "Eu sinto muito." "Foi há muito tempo, mas vendo... Aquilo, trouxe de volta algumas memórias." Arden pensou por um momento sobre o que ele queria perguntar. “E você..." Deixou a frase acabar em nada porque ele não conseguia fazer as palavras saírem de sua boca. “Eu sou um assassino, Arden. Um assassino de aluguel.” Lex disse com tanta naturalidade que os músculos de Arden ficaram tensos imediatamente. “Eu nasci em um clube de motoqueiros. Meu pai é o presidente do MC Iron Heretics de Sand Lake Quando fiz dezoito anos, em vez de tatuagens e um colete, ele me mandou para um acampamento de treino para eu me tornar um atirador. E então fui trabalhar para alguém que o clube devia, que o clube tinha uma dívida. Meu contrato com essa pessoa terminou ontem.” Arden se virou nos braços de Lex, querendo ver seu rosto. "Então... Todo esse tempo?" "Eu fui um assassino nos últimos oito anos." Seus olhos se encontraram. Lex parecia cansado. Considerando o que dizer, Arden deslizou os braços para cima e ao redor do pescoço de Lex. “Você disse que não me machucaria. Isso é verdade?" Lex encostou sua testa na dele. “Eu nunca vou te machucar. Arden, eu juro. Eu não sou um perigo para você.” “É uma loucura como sabemos tanto um sobre o outro, mas também tão

pouco. Eu sei como te dar prazer...” ele se pressionou mais perto de Lex, alinhando seus quadris. “Mas eu não tenho ideia de qual é o seu nome do meio ou qual é a sua comida favorita... Eu sei que você não bebe, mas não sei por quê.” “Meu nome do meio é David. Minha comida preferida é provavelmente curry. E eu não bebo porque não posso permitir que minhas reações diminuam ou minhas percepções sejam distorcidas. Eu gosto de ter o controle do meu corpo em todos os momentos... Exceto quando estou com você.” "Meu nome verdadeiro não é Arden." Lex empurrou a cabeça para trás, grandes olhos castanhos encontraram os dele. "Era o nome do meio da minha mãe, e eu sempre gostei mais do que o meu", explicou, sentindo-se inseguro agora que pronunciara as palavras em voz alta. "Qual é o seu nome verdadeiro?" "Alfred". Riu, mas foi sem humor. “Minha mãe sempre me chamava de 5 Alfie. Alfred Ashley Alexi. Ela tinha uma queda por aliteração .” "Mas você prefere Arden?" Assentiu. "Bem mais." "OK. Você está... Confortável estando aqui comigo? Há alguns homens vindo do MC amanhã para ficar de guarda enquanto descobrimos quem está tentando me matar.” Arden lambeu os lábios, um medo profundo se instalando em seu estômago. Engoliu seco. "Eles não vão... Hum, quero dizer... Não vai incomodá-los que eu estou aqui?" “Ninguém vai te machucar. OK? Ninguém." Arden assentiu com a cabeça, as palavras de Lex lhe acalmaram. A dúvida era uma fera inconstante, e ele tinha certeza de que voltaria a sua mente no momento em que os braços de Lex não estivessem mais ao seu redor.

Estava com tanto medo esta manhã achando que Lex o largaria, mas olhando para trás com a mente mais limpa, era óbvio que tudo o que Lex tinha feito, cada passo que ele deu foi para proteger Arden. Para tirá-lo dessa situação com segurança. "Está com fome? Por que não vamos à cozinha e você pode me mostrar o que não tem glúten, e vamos descobrir alguma coisa para jantarmos juntos. "Parece uma boa ideia."

Arden ainda estava nervoso. Não que Lex pudesse realmente culpá-lo. Pipsqueak estava se transformando em uma excelente distração, e ele se viu sorrindo quando a pequena fera correu pelo chão, tentando seguir Arden para onde quer que fosse. Flutuou entre a sensação surreal de satisfação que sentia vendo Arden em sua casa e uma inquietação crescente de querer estar lá fora fazendo algo. Caçar quem quer que tenha colocado um preço em sua cabeça e posto Arden em perigo. Encontrou um pouco de conforto no fato de seu pai e seus irmãos do Iron Heretics estarem confrontando a situação em seu nome e vindo em seu auxílio. Esteva sozinho por tanto tempo, pensando por si mesmo e resolvendo seus próprios problemas, que era estranho estar de volta ao amparo de uma organização como o MC que tão zelosamente cuidava de seus membros. Seus dedos se coçaram para pegar o telefone e exigir uma atualização, mas ele se forçou a acalmar esses pensamentos. Canalizou todo o seu foco em preparar o jantar enquanto Arden se sentava no chão ao lado de suas pernas, as costas pressionadas contra a porta do armário enquanto Pip se arrastava sobre ele. "Então, você começou a treinar quando tinha dezoito anos e dois anos depois você estava mat-, é... Pegando contratos, trabalhos, ou seja lá como chama isso?" Lex riu. "Sim. Bem, eu aprendi a atirar quando eu tinha dez anos, eu acho, e o homem que me treinou para ser um franco-atirador era um fuzileiro

naval e ainda é o sargento de armas na divisão de St. Louis do Iron Heretics MC." "Uau. Parece... Intimidante.” “As vezes ele é. Ele também me ensinou muitas outras coisas.” Lex sentiu um toque de calor em suas bochechas e manteve os olhos firmemente na tábua de corte em frente a ele. "Espera", disse Arden depois de um momento. "Você dormiu com ele?" Lex olhou para baixo para encontrar os grandes olhos de Arden olhando para ele e sua boca aberta. "Sim... Por quase dois anos.” "Oh" Arden baixou o rosto e estendeu a mão para percorrer suavemente as costas de Pip. Colocando a faca na tábua de cortar, esqueceu a salada por um momento, ele se agachou até que seu rosto estava no nível do de Arden. “Nunca houve nada além entre nós. Eu e o Mace. Foi apenas e puramente físico. Eu tinha dezoito anos e com tesão e Mace era...” Procurou em sua mente por uma maneira de descrever o homem que o treinou para ser um assassino. Era uma ilha, mantendo qualquer emoção real que ele sentia para si mesmo, mas ele também era honrado, resiliente, leal e gostava de flertar. "Não foi o meu primeiro, mas ele me ensinou muito mais do que como matar alguém a uma milha de distância." "Credo. Isso é... Aterrorizante. Parece como um super cara.” Lex se aproximou até que seus rostos estavam a poucos centímetros de distância. “Você é adorável quando está com ciúmes. Como eu não sabia disso?” "Porque você nunca olhou, ou falou sobre outro homem, desde que você esteve comigo", Arden disse irritado antes de seus olhos se arregalarem e toda a cor sumir de seu rosto. "Quero dizer... Eu sei que não estamos juntos. Que você pagou por mim. Eu não deveria ter dito isso.” Ele se moveu para o lado, tentando pegar Pip e ficar de pé, mas Lex tinha outras ideias e sentou nas pernas de Arden, prendendo suas coxas contra o chão. Plantou as mãos contra a porta do gabinete em ambos os lados da cabeça de Arden.

O filhote se contorceu entre eles, soltando um gritinho quando Arden o colocou no chão ao lado deles antes de voltar seus olhos para Lex. “Eu paguei pelos seus serviços. E no começo, talvez fosse apenas algo físico, mas tem sido mais do que isso para mim por um tempo.” "É por isso que você fez o acordo coma Vivian?" "Sim. Ela lutou com unhas e dentes sobre isso também. E me encheu o saco novamente na noite passada enquanto você estava no palco.” "Ela não queria você comigo?" Arden franziu a testa como se achasse difícil acreditar. "Não. Ela queria que eu virasse homem e reivindicasse você, algo que eu deveria ter feito há muito tempo. E eu queria, mas sabia que uma vez que meu contrato terminasse, eu voltaria para o MC, e não sabia o que iria acontecer com nós dois. Ainda não sei exatamente, mas sei que não quero desistir de você.” "Não quer?" "Nem um pouco." Arden soltou um suspiro lento. "Eu gostaria que você não desistisse." Mordeu o lábio. "Eu não quero estar com mais ninguém." Lex se inclinou e reivindicou seus lábios em um beijo doce. "Obrigado por confiar em mim. Vou resolver tudo isso, e então podemos descobrir para onde ir a partir daí.” "OK. Posso ligar para a Vivian? Aposto que ela está pirando... Sobre o... Sabe, no meu apartamento.” “Não se preocupe com essas coisas, ok? Já cuidei disso. E claro, ligaremos para Vivian depois do jantar.”

CAPÍTULO 10

Vivian não ficou feliz com a notícia. Arden teve que segurar o telefone longe de sua orelha algumas vezes quando sua voz alcançou tons que não podiam ser naturais. Lex finalmente fez sinal para Arden lhe entregar o telefone, e ele disse a Viv com toda certeza do mundo que Arden ficaria com ele até quando precisasse. Ninguém mencionou os corpos e isso causou um arrepio na espinha de Arden, de alguma forma os amigos de Lex do MC fizeram dois corpos desaparecessem e Vivian aparentemente não se importou com isso. Ela só ficou chateada que eles saíram sem dizer a ela. Isso o fez se sentir vulnerável e muito ingênuo. Para o jantar, Lex tinha feito frango assado no forno com batatas assadas e salada, e ele tinha tomado cuidado extra para fazer molho vinagrete fresco porque muitos molhos engarrafados tinham glúten neles. Foi uma das melhores refeições que Arden já teve. "Não acredito que você cozinha tão bem", ele disse a Lex enquanto acariciava sua barriga, caminhando em direção à sala de estar. Parou na grande e confortável cadeira de leitura e só hesitou por um momento antes de se acomodar e puxar o cobertor de lã para se cobrir. "Eu não posso acreditar que nós nunca comemos juntos em todo esse tempo." Lex parou na frente dele, um Pip se contorcendo em seus braços. "Para ser justo, você geralmente me mantinha bastante ocupado com outras

coisas." "Ha, eu te mantinha ocupado?" Arden aceitou o filhote quando Lex o entregou, deixando Pip aconchegar-se debaixo do cobertor no assento ao lado dele. Ele tinha comido alegremente a comida molhada que o veterinário tinha lhes dado para ajudá-lo a se ajustar a comer regularmente comidas secas. Lex sorriu para ele. “Relaxe aqui, ok? Vou garantir que a casa esteja trancada.” "OK." Arden observou os músculos do bumbum e das pernas de Lex enquanto ele caminhava para a cozinha, então estendeu a mão e vasculhou a pilha de livros na mesa até encontrar algo que chamou sua atenção.

Lex andou um pouco ao redor da parte de fora da casa. Não encontrou nada fora do lugar e ficou em silêncio na varanda de trás, apenas ouvindo os sons da natureza por longos minutos. Uma leve brisa movimentava as árvores menores e os insetos começaram a despertar depois do longo inverno, mas não havia nada fora do comum. Voltando para a cabana, ele trancou todas as portas, checou duas vezes se as janelas estavam trancadas e puxou as persianas escuras do primeiro andar. Após a terceira checagem, o sistema de segurança foi acionado e as câmeras externas foram configuradas para registrar se seus sensores de movimento fossem ativados, então foi ver como Arden estava se recuperando. O que ele encontrou aqueceu seu corpo. Arden tinha dobrado as pernas sob as almofadas e apoiou a cabeça nos braços cruzados em cima do braço da cadeira. Pipsqueak estava esparramado de costas, com os pés para o ar ao lado dele, e o livro que Arden obviamente desistira de ler estava deitado de bruços na otomana. Desejou ter seu celular nesse momento para tirar uma foto. Ainda não foi capaz de determinar se o dispositivo estava sendo usado para rastreá-lo, então ele permaneceria desligado por enquanto. Decidindo que precisava de um plano, foi até a lavanderia da cozinha e pegou uma cesta vazia. Depois de cobrir o fundo com uma de suas

toalhas mais fofas, ele cuidadosamente pegou Pipsqueak e colocou-o no cesto e levou-o para o quarto. Quando ele desceu as escadas, Arden começou a se mexer e olhou para ele com olhos sonolentos. "Onde está o Pip?" "Eu o coloquei em um cesto de roupas e coloquei-o em nosso quarto." Arden cantarolou. "Isso soa bem." Lex ofereceu uma mão para ajudá-lo. "Ah é, dormir em uma cesta de roupas?" Revirando os olhos, Arden golpeou-o de leve na barriga quase tropeçando quando Lex estendeu a mão para firmá-lo com uma mão no quadril. "Muito engraçado. Você sabe o que eu quis dizer." “Eu sei, e realmente é muito bom. Agora, chuveiro, depois cama ou apenas cama?” “Oh, chuveiro, eu acho. Eu me sinto nojento e acho que estou fedendo.” Lex pressionou o nariz no lado da cabeça de Arden. "Você não fede, querido, mas eu poderia tomar com um banho... Quer tomar um comigo?" Arden fez uma pausa em seu caminho em direção às escadas e assentiu. Lex colocou a mão nas suas costas para firmá-lo enquanto seguiam para o segundo andar e pelo corredor até o quarto que ele agora considerava deles. Pip ainda dormia em sua cama improvisada junto à porta mais próxima. Lex recuou e observou com grande prazer quando Arden parou na porta para entrar no quarto. O espaço era grande, ocupando quase metade do segundo andar, com uma cama king, sua própria lareira e outra cadeira de leitura semelhante à do andar de baixo. De um lado havia duas portas, uma levando para a grande casa de banho com o seu grande chuveiro e o outro para o closet. "Você gosta?" ele perguntou quando Arden ainda não tinha se movido. Gostava do lugar com suas paredes cinza e carpete felpudo. "Muito", disse Arden, em seguida, limpou a garganta. Lex veio por trás dele e beijou o lado de seu pescoço. “O banheiro está bem aqui. Vamos nos limpar para que possamos ir para

a cama.” A luz do teto do banheiro era brilhante, fazendo os círculos escuros sob os olhos de Arden ainda mais sombreados contra sua pele pálida. Lex odiava que Arden tivesse sido arrastado para essa bagunça. Se ele não tivesse ido ao Spritz naquela noite e, em vez disso, tivesse ido ao complexo dos Heretic em Salt Lake, as coisas poderiam ter sido consideravelmente diferentes. Provavelmente não para os dois caras que vieram atrás dele, eles ainda estariam bem mortos, mas Arden estaria seguro em seu apartamento no Spritz e não se escondendo em uma cabana na floresta. "Hum, Lex?" Olhou para cima e viu que Arden tinha tirado as roupas e estava parado na porta do chuveiro olhando para as inúmeras duchas e botões com confusão escrita em todo seu rosto. Lex tirou suas próprias roupas rapidamente e caminhou para se juntar a Arden, apenas para recuar quando avistou os hematomas em seu lado e quadril. "Droga, baby", sussurrou Lex, passando os dedos suaves sobre as manchas pretas e azuis que se formavam sob a pele de Arden. “Você deveria ter dito alguma coisa; nós poderíamos ter colocado gelo nisso e você definitivamente deveria tomar um Tylenol.” Arden segurou seus dedos e os levou aos lábios. "Estou bem. Mesmo. Eu fico pior dançando algumas noites se eu aperto o poste errado ou aterrisso com muita força.” Lex admitiu sua preocupação por enquanto e começou a tomar banho. Ele trouxera todas as coisas que haviam comprado na loja mais cedo e, embora a seleção não fosse boa devido ao tamanho da loja, eles tinham um tubo de condicionador que Arden considerava aceitável. Entrou debaixo do chuveiro e chamou Arden para se juntar a ele. O chuveiro era grande o suficiente, e tinha um jato agradável, o box era tão grande que podiam se banhar sem se encostar, mas Lex queria sentir Arden sob suas mãos. Depois que o cabelo loiro de Arden estava encharcado e penteado para trás, Lex despejou um pouco de xampu em sua mão. Manobrou Arden

para que ele ficasse de costas para si, então massageou o xampu em seu cabelo, esfregando suavemente o couro cabeludo e apertando os músculos tensos do pescoço antes de trabalhar até os ombros. Arden gemeu baixo e recostou-se contra ele. "Isso é tão bom." Lex continuou massageando antes de tirar o chuveirinho do suporte e enxaguar o cabelo de Arden até ficar sem espuma. O vapor subia em torno deles, embaçando o vidro transparente do box e aquecendo os ladrilhos castanhos. Agarrando o sabonete que ele gostava, esfregou-o entre as mãos, depois lavou o corpo de Arden, deixando as mãos correrem sobre a sua pele bonita. Ele sorriu quando Arden deu uma risadinha e se afastou da esfregada que deu em suas axilas, deslizou a mão ensaboada entre as pernas de Arden para lavar as bolas, antes de espalhar sabão ao longo do membro endurecido dele. "Oh, isso também é bom", Arden respirou, levantando os braços para segurar a parte de trás da cabeça de Lex, arqueando-se contra ele e esfregando a pele quente e molhada de sua bunda sobre a ereção de Lex. "Sim, muito bom", Lex rosnou em seu ouvido antes de apertar ainda mais, bombeando-o em longas massagens e torcendo o pulso ao passar pela glande. Foi apenas momentos antes de Arden estar ofegando em seus braços e o ficar vermelho nas bochechas que orgasmo começou a se espalhar por seu corpo. "Lex", ele choramingou, quadris perseguindo o punho de Lex em cada golpe. Um momento depois, ele ficou tenso e gritou, o calor de seu esperma pulsando sobre o punho de Lex e saindo para o chão do chuveiro. "Oh merda", ele sussurrou, obviamente cansado, e Lex o levou para o outro lado do chuveiro, onde havia um banco embutido. Começou a se afastar e terminar o banho embaixo do jato de água, mas Arden agarrou seus quadris e o puxou para ficar entre as pernas, depois engoliu-o até a base. "Porra." Lex pendeu-se para frente quando a sucção e o calor escaldante da boca de Arden quase dobraram suas pernas, e ele apoiou as mãos na parede. Arden era incansável, chupando com força e raspando os dentes bem em cima daquele ponto mais sensível na parte de baixo a cada

sacudida de sua cabeça. Suas bolas se contraíram e sua boca se abriu em um gemido silencioso quando ele se aliviou. Arden se afastou, masturbando Lex com a mão e um jato espesso e branco de sêmen saiu e cobriu sua boca e queixo. "Porra, isso é sexy", disse Lex, ainda ofegante e abaixou-se para lamber a bagunça que ele fez no rosto de Arden. Arden perseguiu sua boca e beijou-o avidamente até que seus movimentos começaram a diminuir, e Lex percebeu que ele tinha chegado ao final de suas forças. Colocou os dois de volta sob o jato para uma boa lavagem, depois desligou o chuveiro e pegou as toalhas macias dos ganchos do lado de fora da porta do chuveiro. Secou-se rude e rápidamente, depois virou-se para Arden e pegou a toalha de suas mãos cansadas, esfregou por cima do corpo e espremeu o excesso de água de seu cabelo. "Nós não usamos o meu condicionador", disse ele quando Lex jogou a toalha no canto e pegou-o no colo. Não protestou em ser carregado, apenas passou os braços em volta do pescoço de Lex e segurou. "Meu cabelo vai ficar uma palha." “Você pode usar o condicionador pela manhã, bobinho. Agora vá dormir." Lex o deitou de um lado da grande cama e deu um beijo em sua testa antes de atravessar o quarto para apagar a luz para poder se juntar a ele.

CAPÍTULO 11

Uma batida soou na porta. Lex abandonou o café da manhã que ele estava tentando montar na mesa e foi atender. Ponderou durante toda a manhã sobre como ele deveria explicar a presença de Arden para os Heretics que apareciam, então decidiu que seria um adulto responsável e não esconderia quem ele era. Se não gostassem, poderiam dar o fora de sua propriedade. Arden estivera profundamente adormecido quando Lex se levantou ao amanhecer e ainda não ouvira nenhuma movimentação dele. Pipsqueak, por outro lado, estava mais do que pronto para começar o dia e usar o seu "banheiro" lá fora e, claro, ganhar seu café de manhã mais cedo. O pequeno vira-lata seguiu atrás dele em direção à porta. Um olhar pelo olho mágico disse a ele que era de fato alguns de seus irmãos de MC — só não o irmão que estava esperando. Abrindo a porta, os familiares olhos verdes de Mace varreram seu peito nu, um sorriso puxou o canto de sua boca, antes que ele colocasse seus olhos no rosto de Lex. "Bom dia para você também." “Mace? O que você está fazendo aqui?" “Seu velho pediu um favor e estávamos mais próximos, então aqui estamos nós. Nós não deixaríamos um irmão na floresta indefeso quando alguém está tentando dar um tiro nessa sua linda bunda.” "Obrigado. Entre.” Fez sinal para eles entrarem, estavam em quatro no

total, e ele reconheceu os outros três, mas não lembrava seus nomes. "Café?" Houve afirmativas ao redor, e depois de apontar à mesa, ele se voltou para a cozinha. Mace o seguiu. “Não recebemos muitos detalhes. Importa-se de me contar?” Lex se virou para olhar seu ex-mentor e amante. Não tinha mudado nem um pouco. A mesma pele bronzeada e cabelo escuro puxado para trás no coque que ele preferia. Seus olhos verdes ainda eram afiados e calculistas, como se ele estivesse sempre analisando dar um tiro, mesmo sem um rifle nas mãos. Era alguns centímetros mais baixo que Lex e vários centímetros mais largo, sua estrutura encorpada irradiava energia à espera de ser liberada. "Ajude-me a levar este café para a mesa e eu vou dar os detalhes a todos." Mace assentiu e pegou as canecas que ele indicou, mas parou quando se virou para a mesa. "Lex?" A voz de Arden soou preocupada e ele girou para encontrar seu amante na parte inferior da escada, olhando adoravelmente amarrotado, com seu cabelo loiro espetado para todo lado, e suas longas e pálidas pernas estavam nuas por estar apenas usando uma camiseta de Lex. Um surto de pânico se acendeu em seu peito, mas ele rapidamente se extinguiu. Não deixaria que o preconceito ou o aviso de dez anos atrás de seu pai o impedissem de reconhecer Arden exatamente pelo que ele era: seu. "Baby, esse é o Mace", ele apontou para Mace. "E..." ele parou quando se virou para os outros homens, todos os três olhando para Arden como garotos adolescentes em um concurso de camiseta molhada. "Ei" ele gritou, a voz profunda e imponente. “Se importam de recolher as línguas e se apresentarem?” Mace riu ao lado dele, colocando as canecas na mesa e caminhando até Arden. Lex sentiu o tique em sua mandíbula, mas manteve-se sob controle, não importando o quanto ele quisesse caminhar até lá e se colocar entre ele e Mace. "Você vai ter que nos perdoar", disse Mace, com o charme que Lex sabia que ele exercia como uma arma em pleno vigor.

“Nós não sabíamos que Lex tinha companhia. Sou Mace, ensinei ao seu garoto tudo o que ele sabe. Bem, tudo interessante de qualquer maneira.” 6 Piscou. "E esses três são Larry, Moe e Curly ". Os olhos de Arden se arregalaram, indo de Lex a Mace. “Eu estou apenas zoando com você. Eles são Axel, Waylon e Damon. E você é?" "Arden", disse ele estendendo a mão para cumprimentar Mace. Claro que cumprimentar não era suficiente e Mace levou a mão de Arden à boca e apertou um beijo contra os nós dos dedos. "Mace", Lex rosnou quando ele se demorou nos dedos de Arden mais que o necessário. Mace lançou um olhar presunçoso para Lex, mas deu um passo para trás. "Dê-nos um minuto, ok?" ele pediu a Mace e à sala em geral. Os outros três estavam obviamente acostumados com o talento de Mace para o dramático e já haviam se movido para se sentar em volta da mesa e estavam servindo xícaras de café. Um deles, Axel, talvez, tinha Pip embalado em seu colo. Mace voltou-se para a mesa também, dando-lhes a ilusão de privacidade. "Desculpe", Arden sussurrou quando Lex entrou aproximou-se. Lex deu um beijo rápido em seus lábios para cortar completamente essa linha de pensamento ruim. “Você não tem nada para se desculpar. Esta é a nossa casa e não vamos nos esconder aqui. Embora" ele olhou para as pernas maravilhosamente musculosas de Arden. “Talvez calças fossem uma boa ideia.” Arden deu-lhe um pequeno sorriso. "Eu vou correr e tomar banho para fazer isso" - ele apontou para seus cabelos - "ficar sobre controle. Então voltarei para cá. Arden desapareceu subindo as escadas, e Lex estava feliz que ninguém estava perto o suficiente para ver o vislumbre de suas nádegas aparecendo no fundo das calcinhas rendadas que ele gostava de usar às vezes - e sob sua maldita camiseta também. Arden seria sua perdição. Ele se ajustou discretamente antes de se virar para a mesa e Mace levantou uma sobrancelha para ele. "Nem uma palavra", ele avisou quando se sentou em uma das cadeiras vazias e puxou a cafeteira em direção a ele. Enquanto enchia sua xícara,

ele manteve os olhos em sua tarefa, mas deixou sua voz assumir o tom baixo de aviso que implicaria claramente e exatamente o que ele faria com qualquer um deles se eles tratassem Arden sem respeito. Precisava saber agora se algum deles tinha um problema com ele sendo gay ou Arden sendo... Bem, Arden. "Se algum de vocês quiser voltar pras suas motos agora-" "Lex", Mace interrompeu. "O clube mudou muito desde que você se foi." O canto de sua boca se curvou, sem dúvida lembrando de uma das inúmeras vezes em que os dois quase foram pegos com as calças ao redor de seus tornozelos. “Somos os Heretics. Não-tradicional é o tipo de gente que somos.” "Sim", Waylon disse, uma nota de escárnio em seu tom. "Calix não se importa onde enfiamos nosso pau desde que façamos nosso trabalho." Os outros três motoqueiros na mesa tinham a mesmo sorriso nos lábios e Lex não tinha certeza se era em resposta à escolha de palavras de Waylon ou à menção de Calix. Ele se tornou o presidente da facção de St. Louis, enquanto Lex ainda estava trabalhando para Rick, e havia rumores de que ele era um malvado filho da puta. Inteligente, eficiente, implacável, e aparentemente mais receptivo do que qualquer outro presidente de MC que Lex já ouviu falar. Lex não sabia o que dizer sobre isso, despreparado para ter a presença de Arden e sua sexualidade aceitos, passou o bule de café para Mace e começou a contá-los sobre tudo o que aconteceu no dia anterior.

Arden se apressou no banho e desceu as escadas. Mace não era inteiramente o que ele tinha imaginado, mas ele estava intrigado para conhecer o homem que tinha tido moldado Lex. Todos os cinco estavam ao redor da mesa com xícaras de café na frente deles quando ele chegou, dessa vez estava completamente vestido e tudo mais. "Isso é realmente tudo o que sabemos", Lex estava dizendo, de costas para Arden, mas quatro outros pares de olhos se ergueram para ele. Não era um sentimento incomum, tendo todos os olhos sobre ele. Normalmente, ele gostava disso. Apreciava os holofotes e tudo o que isso

implicava. Aqui, os olhares era um pouco diferente, mas ele aguentou, andando até a mesa e sentando-se na cadeira ao lado de Lex, que felizmente tinha encontrado uma camisa em algum lugar e a vestido. Dois dos outros, Axel, cuja cabeça careca era tão brilhante quanto uma bola de cristal, e Damon, que era alto e magro com olhos bondosos, desviou o olhar assim que se sentou, mas o último... Waylon. Seus olhos escuros deixaram uma coceira sobre a pele de Arden que ele tentou ignorar. "Então qual é o plano?" Perguntou, pegando a cafeteira e uma caneca vazia. "Por enquanto", respondeu Mace. “Nós ficamos parados. Jeb está farejando algumas pistas. Deve conseguir algumas informações em alguns dias, mas o principal objetivo aqui é manter o garoto Lexy inteiro.” Lex franziu o cenho para ele. Axel também falou, a barba acinzentada reluzindo à luz do sol da manhã que atravessava as janelas da cozinha. Pip estava sentado em seu colo e continuava tentando colocar as patas sobre a mesa, mas o homem grande apenas as puxou de volta para baixo. "Vamos tomar turnos observando o perímetro e a cabana." Arden sorriu para ele. "Também tivemos outra ideia." Lex disse, olhando para ele e colocando uma mão em sua coxa debaixo da mesa. "Foi idéia do Mace, na verdade, mas eu acho que é uma boa." "OK…" "Queremos ensinar você a atirar e praticar alguns movimentos de autodefesa." Seu pensamento imediato foi dizer ‘pro inferno com isso', pelo menos para aprender a atirar. Nunca segurou uma arma e nunca quis, não depois de testemunhar o dano que eles poderiam fazer. Mas... Eles tinham razão. De alguma forma se envolveria no tipo de situação que ele esperava nunca mais encontrar e deveria saber como se defender.

"OK."

CAPÍTULO 12

Em dois dias, Arden ainda não conseguiu acertar o alvo que Lex havia anexado a um velho tronco de madeira no que ele chamava de "o range". Estava pelo menos batendo no tronco agora. Lex parou ao lado dele, feixes de luz solar filtrando através da folhagem brotando ao redor deles, ele ajustou o aperto de Arden no rifle. "Pronto. Agora, lembre-se, apenas respire e mire devagar. Você está apenas aprendendo. Não há pressa." Arden bufou. "Fácil para você dizer. Você tem poderes mágicos em acertar alvos.” Mace gargalhou de onde ele estava sentado sob uma árvore atrás deles. Lex lançou um olhar por cima do ombro, que só parecia estimulá-lo a rir mais. “Oh, bochechudinho, você não faz ideia. Quando Lex apareceu na minha porta, ele dizia 'sou um ótimo atirador Mace, você mal terá que treinar-me’ e ele se saiu bem pra falar a verdade, mas ele precisou dar duro, treinar bastante." "Obrigado por isso", Lex reclamou, olhando para Arden, que tinha uma pequena ruga de se concentrar entre as sobrancelhas. Depois de dois dias, ele parecia, pelo menos, mais confortável com o longo rifle 22 em suas mãos. Era a mesma arma que Lex aprendeu a atirar. O ricochete era baixo e esse em particular era tão antigo quanto as colinas e tão preciso quanto quanto. Pensou, e considerando seu passado e sua reação ao ver Lex com uma arma, que Arden tinha medo do rifle. Um respeito que beirava o medo de armas de fogo poderia ser saudável, mas com

treinamento adequado e segurança em mente, poderia ser muito divertido também. Não achava que Arden chegaria ao ponto de querer passar uma tarde atirando, mas queria que ele ficasse confortável o suficiente para não ser uma fonte constante de ansiedade. Lex também queria ter certeza de que se não estivesse perto para puxar o gatilho para Arden, ele seria capaz de fazer isso sozinho. O som do tiro veio abafado através dos tampões de ouvidos e, enquanto observava, um pequeno buraco apareceu no papel do alvo. Estava bem fora da linha do grande círculo na borda, mas foi uma melhoria. "Puta merda, eu realmente acertei no papel!" Arden gritou, puxando o ferrolho do lado da arma para soltar o invólucro e alimentar outra bala no cano. "Você conseguiu." Lex sorriu para ele. “E você só vai continuar melhorando. Atirar é como qualquer outra coisa - quanto mais você pratica, melhor você vai ficar.” Arden assentiu e levantou o rifle novamente, abrindo os pés como deveria e avistando dentro do cano. Lex deixou que ele trabalhasse sozinho por um momento. Ele sabia em primeira mão como poderia ser chato ter sempre um professor zumbindo em seu ombro. Caminhando até Mace, ele se acomodou no chão ao lado dele e olhou para o pedaço de madeira que Mace estava cortando com sua faca. O homem sempre tinha que estar fazendo alguma coisa. "Nada da patrulha na noite passada?" ele perguntou baixinho, não querendo distrair Arden. "Nada," Mace respondeu. "Tem certeza de que esses caras tinham um contrato para sua cabeça?" “A mensagem dizia: envie uma confirmação quando terminar. O que mais poderia ser?” Mace inclinou a cabeça e soltou um assobio baixo. “Um contrato, eu creio. Quem você irritou, garoto?” Lex se inclinou para frente e apoiou os braços sobre as pernas dobradas e bufou. “Quem eu 'não' irritei, você quer dizer? Mas nenhum deles sabia quem eu era. Imagino que, se os arquivos de Rick vazarem, haveria todo

um exército de vingadores vindo em minha direção.” "Isso mantém você acordado à noite?" Lex sacudiu a cabeça. "Não." Mace assentiu como se entendesse. "Você não acha que, Rick..." Deixou suas palavras sumirem, mas o pensamento ficou pesado no ar. “Eu não posso imaginar que ele faria isso. Ele tem um bom relacionamento com o MC e trabalhou muito nos últimos oito anos. Colocando um contrato em mim seria o maior insulto ao meu pai. Ele não é tão estúpido.” “É verdade”, concordou Mace, pequenas lascas de madeira voando de todas os lados com cada golpe de sua faca. “Você disse que esses caras eram amadores. E se ele contratou uns dois aspirantes às escondidas e esperou te pegar com as calças abaixadas?” Ergueu os olhos verdes até onde Arden estava alinhando outro tiro antes de levantar as sobrancelhas para Lex. Lex sacudiu a cabeça. “Eu realmente não acho que Rick faria isso, mas eles eram ruins. Enquanto eles se atrapalhavam com a fechadura, eu tive tempo de levá-lo para a banheira e me esconder atrás da porta para que eu pudesse dar o golpe neles. Então eles nem olharam o quarto pra ver se estava tudo limpo. Foi realmente muito lamentável. Mace o cutucou e riu. “Olhe para você, Sr. Assassino Esnobe. Estou tão orgulhoso." "Sim Sim." Os olhos de Lex estavam fixos em Arden, que estava cuidadosamente recarregando a arma do jeito que ele havia mostrado. "Rapaz, você está caidinho por ele, não é?" A voz de Mace estava baixa e havia algo em seu tom. Surpresa, talvez. Ou um questionamento sobre a sanidade de Lex. Lex respirou fundo quando ele acenou com a cabeça. "Completamente."

Arden abriu os olhos quando os latidos incessantes se transformaram em

pequenos gemidos, e ele sentiu as cobertas sendo puxadas para a beira da cama. Lex era um peso morto contra ele. Ele insistiu em ajudar no patrulhamento e não vinha dormindo bem quando ia para a cama. Quanto mais eles ficavam sem respostas ou pistas, mais agitado se tornava Lex. Fazia quase uma semana desde que Lex conversara com seu pai e os outros tinham aparecido na cabana. Gostava de todos eles, exceto por Waylon, que ainda fazia sua pele se arrepiar com os olhares persistentes que ele continuava enviando em sua direção. Tirando o ombro debaixo de Lex, ele correu até a beira da cama para encontrar Pipsqueak de pé em suas pequenas patas traseiras, patas dianteiras na lateral da cama e abanava o rabo. Agora que ele tinha ganho um pouco de peso, ele era um cachorro tão feliz e brincalhão como nunca foi. Eles decidiram que ele era uma mistura de Pitbull com alguma outra raça, o rosto cinza dividido por uma faixa branca. Ele também tinha duas patas com meias brancas, uma na frente e outra atrás com um pouquinho de branco na ponta da cauda. Adorava colo e qualquer caminhada fora da casa era um convite. "O que está acontecendo, carinha?" Arden perguntou, sua voz rouca do sono. "Você precisa ir ao banheiro?" Como eles não tinham uma caixa, eles basicamente usavam a cesta de roupas para ajudar a ensinar-lhe que ele precisava do banheiro do lado de fora e não do lado de dentro. Ele teve alguns acidentes, mas apesar de tudo, estava se mostrando um cara esperto. Quando sua pergunta foi recebida com outro pequeno latido, Arden suspirou e saiu da cama. “Baby?" Lex resmungou, nem sequer abriu os olhos quando a mão dele tateou a cama. Arden sorriu e apoiou o joelho na cama. Agarrou os dedos indagadores de Lex e inclinou-se para pressionar um beijo em sua têmpora. “Só vou levar Pip lá fora. Eu volto já." Lex zumbiu e parou, um ronco leve saindo de sua garganta um momento depois. Arden riu para si mesmo enquanto vestia calças de moletom e um casaco antes de enfiar os pés nas botas de Lex e pegar Pip para descer as escadas.

A cabana estava quieta e escura. Todas as persianas estavam abaixadas, a única luz vinha de uma lâmpada em cima do fogão e uma na sala de estar. Achava que era Waylon e Damon estavam no turno desta noite, um estaria na frente da casa e outro nos fundos, e se revezariam no perímetro que Lex e Mace tinham montado em intervalos regulares. Esperava que fosse Damon na varanda da frente hoje à noite. Agarrando a coleira de Pip, ele a conectou na coleira e colocou o cachorro no chão antes de abrir a porta. Os olhos escuros de Waylon olharam para si e ele engoliu seco, uma pequena bola se formou em sua garganta. “Opa, olá. Pausa para o banheiro?” Sua voz era tão gordurosa quanto seu cabelo e Arden tentou esconder seu arrepio. Waylon pode ser um idiota, mas ele ainda era um membro do MC. Isso tinha que contar para alguma coisa, não era? "Sim", disse Arden, colocando uma frente corajoso e endireitando sua espinha. Deixou Pip levá-lo para o quintal e manteve os olhos em qualquer coisa, exceto Waylon, enquanto Pip farejava e fazia suas necessidades. Realmente gostava da cabana, mas estar no meio do nada era estranho para ele. Estava acostumado com a cidade e o presente ruído de carros e pessoas. Substituir aquele barulho pelo vento nas árvores, insetos noturnos e um céu cheio de estrelas levaria algum tempo para se acostumar. As estrelas... Eram lindas. Inclinou a cabeça para trás para olhar para elas quando um braço musculoso se uniu em seu peito, prendendo seus braços, e uma mão calejada se fechou sobre sua boca. "Grite e eu vou esfolar aquele pequeno animal vivo", o hálito ácido, com cheiro de fumaça, de Waylon inundou o rosto dele. A mente de Arden se apagou, o pânico o virou do avesso. Ele sugou algumas respirações pelo nariz. Seus olhos queimaram, mas ele conseguiu assentir com a cabeça. Dentes afiados roçaram sua orelha junto com o aviso de Waylon. "Nenhum som." Arden acenou com a cabeça novamente e a mão saiu de sua boca e agarrou a coleira de Pip antes de arrancar de sua mão e puxar com força. Pip fez um pequeno som de asfixia e gemeu.

“Vamos andar bem calmamente em direção ao range, entendeu?” Waylon o empurrou na direção do range que estava em frente da cabana no meio às árvores. Era mais difícil de enxergar quando ficavam debaixo do arvoredo, com apenas pequenas manchas de luar para guiar seus passos. Eles estavam apenas a cerca de três metros dentro da linha das árvores quando Waylon girou e o bateu contra o tronco de uma árvore. Ele se aproximou e um gemido escapou da garganta de Arden. Não conseguia parar as lágrimas que saíam dos cantos dos olhos. Olhou por cima do ombro de Waylon tentando ver Pip, mas estava escuro demais. Ele queria gritar por Lex. Ou Damon. Apenas pedir ajuda em geral, mas o medo manteve a garganta fechada. Mãos ásperas deslizaram por baixo de sua camisa, agarrando seu peito, e Waylon chupou os dentes. "Não tenho certeza se realmente vejo o apelo, mas já que estou preso aqui protegendo esses viadinhos, acho que irei dar uma chance." Uma mão agarrou seu cabelo, puxando para trás e enviando uma dor aguda pelo couro cabeludo. “Pelo menos você tem algo para se orgulhar, e nunca se sabe, eu nunca tive a bucetinha de um garoto antes. Eu poderia acabar gostando.” Girou Arden, batendo-o contra a árvore e agarrando sua bunda em um aperto doloroso. "Lembrese." Waylon puxou a parte de trás de suas calças para baixo, expondo-o ao ar e dedos agarraram dolorosamente sua pele. "Nenhum som." Arden fechou os olhos e tentou encontrar algum lugar em sua mente para escapar. O primeiro golpe do pau de Waylon na pele macia de sua entrada fez a ânsia subir por sua garganta. Então Waylon cutucou seu buraco, os dedos cravados em seus quadris, e Arden pressionou o rosto contra a casca áspera da árvore e cerrou os dentes. Um grunhido feroz soou logo atrás deles, e Waylon gritou no momento em que um tiro surgiu no meio da noite. Arden gritou e Waylon sacudiu quando um jato quente e úmido atingiu a pele de Arden. As mãos de Waylon soltaram os quadris de Arden, então ele caiu no chão com um baque. Com a respiração ofegante, Arden agarrou suas calças e tentou levantálas, mas seus pés ficaram emaranhados e ele caiu com força, aterrissando quase em cima do corpo de Waylon. Gritou e se empurrou para trás, caindo de lado nas folhas mortas.

"Waylon!" A voz de Damon ecoou na cabana e, um momento depois, um raio de luz atingiu a floresta, pousando diretamente sobre eles e depois se deslocando para algo mais distante das árvores. Arden ouviu o som de passos e um corpo atravessando a vegetação rasteira. Ele tentou entender o que estava acontecendo, mas estava tremendo tanto que seus dentes batiam juntos. Uma língua quente e úmida acariciou sua bochecha - Pip. Com as mãos trêmulas, ele pegou o filhote e segurou-o perto. "Arden." Damon chegou até eles, uma lanterna de mão saltando com cada passo de suas longas pernas. "Que porra aconteceu?" Girou a lanterna ao redor da mata, lentamente, e foi só então que Arden notou a pistola na outra mão. Damon colocou a lanterna no chão, brilhando para longe deles, mas estava perto o suficiente para que pudessem enxergar pela luz residual. "O que aconteceu?" Arden tentou puxar novamente sua calça, que estava quase toda erguida. "E-ele... Ele tentou..." Ele não conseguiu pronunciar as palavras, mas Damon pareceu entender porque o homem normalmente de olhos amáveis ficou com a cara de pedra olhando para o seu companheiro morto. Então ele gentilmente estendeu a mão. "Deixe-me ajudá-lo, ok?" Com movimentos lentos, ele ofereceu a mão livre para puxar Arden do chão, assim que o som da porta da cabana se abriu. "Arden!" O grito estridente de Lex perfurou a noite.

CAPÍTULO 13

As pernas de Lex comeram a distância entre a varanda rapidamente, indo até onde ele podia ver o feixe de luz brilhando na floresta. Distantemente, ele estava ciente de Mace e Axel saindo pela porta atrás dele, mas ele não conseguia parar. Não conseguia pensar além de chegar a Arden. Podia ver a silhueta de Damon quando ele atingiu a linha das árvores e um corpo no chão. Olhou freneticamente em busca de uma cabeça loira. Arden saiu de trás de uma árvore um momento depois, limpando a boca e parecendo verde. "Que porra aconteceu?" Gritou na direção de Damon, mas não parou até que o corpo de Arden colidiu com o dele. Passou os braços ao redor da forma trêmula de seu amante, enfiando a cabeça de Arden sob seu queixo e sentiu os joelhos fraquejarem de alívio. Damon, que estava examinando a mata além com as lanternas, lançou um olhar para trás por cima do ombro. Ele tinha a alça da coleira de Pipsqueak ao redor do pulso de sua mão armada. Mace e Axel pararam ao lado dele; seus olhos saltando ao redor da cena antes de pedir o que aconteceu. Mace se ajoelhou para pressionar os dedos contra o pulso inexistente de Waylon, linhas irritadas se formando em sua testa quando seus olhos caíram para o pênis mole ainda pendurado na calça aberta de Waylon. Os olhos cegos de Waylon olhavam para as árvores acima e uma grande mancha escura estava se

infiltrando no chão embaixo dele. Parecia que a bala o acertará no peito no lado esquerdo, provavelmente rasgando músculos e ossos para perfurar seu coração. Havia um pouco de sangue baixo em uma de suas pernas, um rasgo na calças jeans dele. Damon se virou, o lanterna traçou em um certo ponto na escuridão, enfiou a arma no coldre antes de passar a coleira de Pip para Axel. O homem grande e careca pegou o cachorrinho antes de voltar seus olhos para Damon. "Waylon..." Ele parecia lutar com suas palavras. Arden ficou tenso nos braços de Lex, então começou a tremer mais forte do que antes, pressionando o rosto contra o peito de Lex. Podia sentir a propagação quente das lágrimas encharcando sua camisa. "Damon", disse Lex, voz baixa. "Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas Waylon estava tentando... Machucar o Arden e alguém lá fora", - Damon apontou para a floresta com a lanterna- "atirou nele". Uma nova onda de raiva rasgou Lex, tão potente que ele sentiu o gosto de metal e tremores percorreram seu corpo. Mace se levantou de um pulo. “Precisamos entrar. Você viu o cara?” Damon sacudiu a cabeça. “Nada concreto. Roupas escuras. Tinha um rifle. Saiu correndo como se estivesse no inferno.” "Vamos", ordenou Mace. “Mantenha essa lanterna brilhando. Axel, de vigia. Lex, siga com Arden. Eu e Damon vamos cobrir vocês.” "Vamos lá, baby", sussurrou Lex contra o cabelo macio na cabeça de Arden. "Estou aqui." Suas entranhas estavam em chamas. Se Waylon não estivesse morto, ele estaria agora. Mantendo um braço ao redor da cintura de Arden, ele o conduziu para a cabana, guiando-o pelas raízes e pelo terreno irregular. Uma vez que todos estavam lá dentro, Mace foi até o painel que operava o sistema de segurança e o abriu, depois acionou todos os interruptores que acendiam as luzes brilhantes lá de fora que iluminavam todos os lados da cabana e transformou a câmera de captura de movimento em contínua gravação.

"Agora que eles encontraram você", disse Mace para Lex. “Eles estarão de volta. Talvez não esta noite, mas logo.” Lex assentiu. Arden estava quieto ao seu lado com os olhos vidrados no chão. Os olhos de Mace se suavizaram por um momento, e ele inclinou o queixo para as escadas. "Deixe Axel verificar todos os cômodos, daí por que vocês dois não vão até lá em cima? Pode tentar dormir mais um pouco.” Lex entendeu o que ele quis dizer, ‘cuide do seu homem’. Ele assentiu agradecendo, então os moveu em direção às escadas quando Axel desceu e deu seu ok. Lex tinha um pé no degrau quando Arden finalmente falou: "Pip". "Vamos Pipsqueak", Lex chamou, e o filhote correu para ele. O pegou e segurou-o com um braço, mantendo o outro ao redor de Arden enquanto ele subia as escadas.

Arden se sentou na tampa do vaso e ouviu Pip gritar do lado de fora da porta fechada do banheiro. Uma lata aberta de coca estava em suas mãos, e ele tentou tomar outro gole, só conseguindo realmente derramar um pouco no queixo. Não conseguia parar de tremer. Lex estava vasculhando debaixo do balcão procurando por um kit de primeiros socorros. O olhar feroz em seu rosto fez Arden se sentir péssimo. Não queria que isso acontecesse, se perguntou se Lex acreditava mesmo que Arden não era de alguma forma responsável. Ele sabia que não era justo, mas sua mente ficava criando diferentes cenários por trás de seus olhos - algumas memórias antigas que ele preferia esquecer, e algumas, suas próprias previsões distorcidas do que poderia acontecer com ele se Lex o largasse. Então a lenta memória de tudo o que aconteceu na floresta, voltou. Foram só alguns minutos. Apenas alguns minutos de sua vida, mas parecia uma eternidade. Uma nova memória para adicionar aos seus pesadelos. "Aqui vamos nós", Lex disse calmamente. Sua voz tinha sido nada mais que silenciosa desde que eles voltaram para o quarto. Parecia que ele estava se segurando, como se houvesse palavras esperando para serem

liberadas. Deixou cair o kit que encontrou no balcão e Arden saltou. "Desculpa." Balançou a cabeça, tentando dizer que estava tudo bem, enquanto ele lutava para engolir o nó na garganta. Dedos quentes pegaram a lata de sua mão e a colocaram de lado, então Lex estava de joelhos na frente dele. "Eu sinto muito. Eu não deveria ter deixado você levar Pip sozinho. Eu o vi olhar para você, mas juro que nunca pensei que ele iria...” "Ssssh", Arden respirou, pressionando os lábios na testa de Lex. "Não é sua culpa." Respirou fundo e passou os braços em torno de Lex. “Não é culpa de ninguém além dele. E ele não...” Arden sacudiu a cabeça. "Ele quase, mas ele não fez." “Ele machucou você. Ele te assustou”, Lex rosnou, segurando Arden perto. "Porra, eu quero rasgá-lo em pedaços." "Eu não posso acreditar que ele está morto." A lembrança do jato quente fez cócegas em sua mente, e ele se contorceu sentindo restos pegajosos do que era certamente sangue nas costas e mais abaixo. "Oh Deus." Respirou fundo pelo nariz tentando acalmar seu estômago. "Eu preciso entrar no chuveiro." Lex olhou para cima com os olhos vermelhos e ficou de pé. No momento em que Arden ficou em pé, ele começou a rasgar suas roupas. "Fácil", disse Lex, entrando em cena para ajudá-lo, mas quando Arden colocou a camisa sobre a cabeça e abaixou as calças, Lex respirou fundo e baixou as mãos, caminhando até o chuveiro e fazendo a água escorrer. Ele tirou suas próprias roupas, jogando-as no canto e estendeu a mão para Arden. Uma vez que eles estavam sob o chuveiro, ambos esfregaram a pele para se livrar de cada gota de sangue. Lex o virou para ficar de frente para a parede e se ajoelhou atrás dele, passando o sabonete uma última vez por sua região intima antes de enxaguá-lo e pressionar beijos suaves na parte inferior das costas quando ele se levantou. As mãos e o corpo de Lex roçando sobre si o acalmaram de uma maneira que ele raramente experimentava. Seu tremor diminuiu no momento em que ele estava limpo, e ele deixou Lex puxá-lo para seus braços, segurando-o perto e

pressionando beijos em seu rosto e pescoço. Com as pálpebras ficando pesadas, ele se apoiou no peito de Lex. Eventualmente, Lex desligou a água e os secou. O banheiro estava cheio de vapor, então ele abriu a porta, deixando o vapor sair e um descontente Pipsqueak entrou. "Meu pequeno defensor", disse Arden, estendendo a mão para correr os dedos sobre o pêlo macio da cabeça de Pip. “O que…?" Lex perguntou. “Pip mordeu ele. Estava todo pomposo e rosnando como uma fera feroz." Lex terminou de pendurar as toalhas e fez Pip parar de lamber a umidade das pernas de Arden e abraçou-o apertado. “Você é um bom cachorro. Você vai crescer para ser o pequeno defensor do papai, não é?” "Eu sou o papai nesse cenário?" Arden perguntou, seu coração mais leve do que há alguns momentos atrás. Lex sorriu. "Só desta vez. Agora, sente-se e vamos enfaixar seus arranhões.” Arden assentiu e voltou a sentar-se na tampa do vaso sanitário. O jato de água quente tinha ardido por um momento em alguns dos arranhões em suas mãos e rosto feitos pelo tronco da árvore, e havia um novo conjunto de contusões em seus quadris, mas tudo iria curar. Depois que ele estava coberto de pomada e enfaixado, Lex o ajudou a puxar um de seus pares favoritos de cuecas de cetim por suas pernas. Eles eram de um cor azul, havia uma pequena fita de renda nas extremidades e eram deliciosas contra sua pele. Arden cantarolou e deu um beijo na boca de Lex. "Estou feliz que você comprou esse par naquela noite." As bochechas de Lex ficaram um pouco rosadas. "Minha escolha pode ter sido um pouco egoísta." Arden balançou a cabeça e deslizou de volta para debaixo das cobertas. “Deite-se comigo e traga o meu defensor.”

Lex pegou Pip, mas antes que o colocasse na cama, ele fingiu estar irritado com Arden e falou. "Só desta vez." "Claro", disse Arden, tomando Pip de suas mãos e deixando o filhote se aproximar, explorando o vasto mundo novo que era a cama antes de se acomodar contra o lado de Arden. Lex se arrastou para o lado oposto e olhou para o filhote que aparentemente estaria dormindo entre eles. Arden sorriu para ele, sono ameaçando a vir. A última coisa de que ele se lembrava eram os lábios de Lex contra os dele.

CAPÍTULO 14

Uma batida na porta do quarto arrancou-o do sono. "Lex?" A voz de Mace filtrou através da madeira. "Sim? Sua voz soava como se ele tivesse mastigado cascalho, olhou para o relógio em sua mesa de cabeceira. Seis horas. Eles só haviam voltado para a cama há três horas. "Venha aqui. Jebediah está no telefone.” O mais rápido que pôde, sem perturbar Arden, Lex saiu da cama, vestiu a calça e uma camisa. Antes de sair do quarto, ele olhou para a cama. Arden estava esparramado de bruços, os braços estendidos acima da cabeça e o cabelo loiro espalhado sobre o travesseiro. Quatro pequenos pés de cachorro virados para cima estavam ao lado dele. Seu coração apertou ao perceber o quanto ele queria acordar com aquela visão a cada dia de sua

vida. Endireitou os ombros e foi ver o que seu pai havia descoberto. Encontrou Mace na cozinha. Axel estava no balcão pegando o bule de café e Damon não estar por ali. "Sim eu entendo. Obrigado, Jeb" disse Mace, vendo Lex se aproximar. "Lex está aqui." Pegou o telefone com um aceno de cabeça e caminhou em direção à sala de estar, enquanto o pressionava contra o ouvido. "Jebidiah." “Bom dia, Lex. Rick acha que ele pode ter uma pista, mas quer se encontrar pessoalmente.” “O que…? Por quê?" As sobrancelhas de Lex se levantaram. “Eu não tenho certeza, filho. Mas eu estou sentado neste pequeno restaurante de bosta em Gnaw Bone esperando você arrastar a sua bunda para que possamos descobrir.” Lex bufou contra o receptor. "Tudo bem, vou sair daqui em dez minutos." "Lex", a voz de seu pai saiu baixo. “Mace me contou o que aconteceu ontem à noite. O seu... Amigo está bem? Lex olhou para o teto como se pudesse ver Arden através dele. Pigarreou, engolindo a onda de raiva - de medo - quando os acontecimentos da noite anterior passaram por sua mente. Ouvindo aquele tiro e depois abrir os olhos para uma cama vazia, ele torceria arame farpado ao redor de seu coração até que ele tivesse Arden em seus braços novamente. Então a percepção do que quase aconteceu, enquanto ele dormia a menos de cem metros de distância, queimava como ácido em seu estômago. “Uh, sim, ele está um pouco ferido, mas ele é um cara durão. Ficará bem.” Jebidiah não falou por um momento, uma tensão estranha preencheu o silêncio entre eles. "Bom. Eu te vejo em breve.” A linha ficou muda em seu ouvido. Lex olhou pela janela da sacada em frente a ele. O dia amanhecia cinzento. Seus olhos olhavam para o range de tiro, esperando ver a

protuberância que era o corpo de Waylon à distância, mas não havia nada. Apenas árvores. "Nós cuidamos disso mais cedo", disse Mace ao seu lado, segurando uma xícara de café em sua direção. "Jebidiah quer que eu vá com você." “Não." Lex se virou para encarar seu antigo mentor e amante, mantendo os olhos firmes nos verdes que o ensinaram tanto. "Eu preciso que você fique aqui... Para ficar com ele." Mace observou-o por um longo momento, o peso culminante da história deles deixou o ar pesado. O canto de sua boca se curvou. “Isso significa que eu posso me aconchegar com ele e o vira-lata por um tempo? Pra falar a verdade, eu poderia dar umas escapadinhas.” Lex sacudiu a cabeça, mas havia um sorriso no rosto. "Sem chance." "Vou mandar Axel ir com você." Mace se aproximou, fazendo seus peitos se unirem. "E eu vou cuidar do seu menino." Deu um beijo rápido na bochecha de Lex e caminhou de volta para a cozinha. Lex ficou olhando para ele por um momento, pensando que aquele Mace era mais doce do que o de antigamente. Não mentiu para Arden quando ele disse que o relacionamento sexual entre Mace e ele tinha sido puramente físico - amigos coloridos apenas. Porque apesar de ser conveniente e acessível um para o outro, eles também eram amigos. Nunca foi mais longe que isso, nunca se tornou verdadeiramente íntimo. Mace deixou claro para Lex que ele simplesmente não foi para amar. Apesar das circunstâncias que os levaram a se reencontrar, foi bom ter seu amigo lá com ele. Ele subiu as escadas um momento depois e gentilmente abriu a porta do quarto. O primeiro raio de sol estava batendo no horizonte, dando à sala um brilho suave. Arden não moveu um músculo. Pip levantou a cabeça quando ele empurrou a porta, mas apenas bocejou e rolou para o lado, balançando a cauda. "Pequeno defensor do papai", sussurrou Lex, rastejando na cama e esfregando a barriga do filhote. Inclinando-se, ele deu um beijo no lado da cabeça de Arden e colocou a mecha de cabelos loiros cobrindo seu rosto atrás da orelha.

"Acorda, bebê." Arden se contorceu, tentando se aproximar. Calor se espalhou pelo peito de Lex, liberando um pouco da raiva ainda agarrada a ele. "Baby, eu preciso que você acorde." Esfregou as costas de Arden. "Que horas são?" veio a resposta resmungada de Arden e Lex sorriu. "Já passa das seis." "De manhã?" Arden perguntou, verdadeiramente ofendido. "Por que você está acordado?" "Eu tenho que ir." Olhos cinzentos se abriram e Lex continuou. “Eu tenho que ir me encontrar com meu pai. Ele pode ter encontrado uma pista.” Arden virou de costas e se levantou para se sentar contra a cabeceira da cama. Lex espelhou sua posição e estendeu o braço para pegar a mão dele. "Por que ele não pode simplesmente dizer ao telefone?" Lex olhou para suas mãos unidas. “O homem que tem a informação, meu ex-chefe, pediu uma reunião cara a cara.” "OK." Arden mordeu o lábio. "Quanto tempo você vai ficar fora?" “Farei tudo o que puder para voltar hoje à noite, mas preciso pegar a estrada. É uma viagem de duas horas até lá e não tenho ideia de quais informações obteremos.” Lex via que ele estava tentando se fazer de forte. “Mace e Damon vão ficar aqui com você. Você e Pip podem passar o dia relaxando com filmes e eu volto antes que você perceba, ok? Arden assentiu e apertou a mão dele. "Você vai ter cuidado?" "Claro." Lex selou suas bocas juntas.

Lex desceu do sua Honda Shadow no estacionamento de cascalho do único restaurante em Gnaw Bone. Axel estacionou ao lado dele, mas permaneceu sentado em sua moto. Eles não ficariam muito tempo. Três outras motos estavam no estacionamento, estacionadas na fila com as mesmas caminhonetes que via ali toda vez que parava para o café da manhã quando saía da cidade.

Antes de dar outro passo em direção à porta, ela se abriu. Daryl foi o primeiro a sair, com a cabeça cheia de cabelos prateados brilhando ao sol. Usava calça jeans escura e uma camiseta preta coberta por um colete do Iron Heretics. Os músculos de seus braços dançavam sob a manga cheia de tatuagens quando ele os abriu bem abertos com um enorme sorriso no rosto. “Lexington! Venha cá! Porra, é bom ver você, garoto!” Lex sorriu e caminhou para o abraço do outro homem, acariciando Daryl nas costas antes de se afastar com um aperto em um de seus bíceps. “Não tem pegado leve com os pesos pelo jeito. Você parece bem, Dunga” "Obrigado, garoto." Daryl se virou para ficar ao lado de Lex, mantendo um braço em volta de seu ombro. Sem querer, Lex sentiu-se tenso, como se estivesse se preparando para uma tempestade quando a silhueta familiar de seu pai se moveu até a porta e pela luz do sol. Jebidiah Campbell sempre foi um homem grande, pelo menos quinze centímetros mais alto do que todos os demais da sala. Seu cabelo era grosso e escuro, assim como o de Lex, mas quando o sol bateu nele, Lex viu fios cinzas que não estavam lá há uma década. Olhos tão parecidos com os dele encontraram os de Lex e por um momento eles apenas olharam um para o outro. Então seu pai andou para frente, parando apenas a alguns centímetros frente dele. Daryl se afastou e, quando o fez, um terceiro motociclista saiu do restaurante. Lex nunca tinha visto ele antes. Era um cara atraente, com cabelo loiro escuro e apenas um traço de barba no queixo quadrado. O homem olhou para ele por um momento antes de seus olhos se moverem para Jebidiah, como se quisesse se aproximar e se juntar a eles, mas ele abaixou a cabeça e caminhou em direção às motos estacionadas. Jedidiah olhou para o homem recuando, e se Lex tivesse piscado, ele teria perdido, mas havia... Carinho no olhar de seu pai. Jebidiah limpou a garganta. "Oi filho." "Oi, pai." Lex olhou para baixo, engolindo o sentimento de vergonha em seu peito por ficar longe por tanto tempo, e então ficando bravo consigo mesmo por sentir aquela vergonha em primeiro lugar. O silêncio que se estendia entre eles era tão denso quanto o mel, e ele não sabia como superá-lo. "Hum, eu acho que nós..."

"Lex". Seu pai deu um passo à frente e hesitantemente pousou a mão em seu ombro, seu aperto tão forte como sempre. "É muito bom ver você." Lex assentiu. "É bom ver você também, pai." Seu pai assentiu, pegando no bolso um par de óculos de sol. "Vamos cair na estrada." Eles caminharam juntos até as motos e Lex olhou para o terceiro motociclista, mas o homem só tinha olhos para Jebidiah. Axel cumprimentou Jeb, que devolveu o aperto de mão. Antes que Lex pudesse passar a perna por cima da carona, Jeb olhou para ele, com o terceiro homem ao lado dele. “Lex, eu queria que você conhecesse Kade. Ele é o nosso mais novo membro.” Lex estendeu a mão. O aperto de Kade era forte e ele sorriu para Lex. "É muito bom conhecê-lo", disse Kade em uma voz suave. "Você também", Lex retornou e percebeu que os olhos do outro homem não conseguirem ficar longe de Jeb. "Onde está Mace?" Jeb perguntou, olhando para Kade e acenando com a cabeça para trás em direção a suas motos. Kade se afastou e Lex estava tendo uma sensação estranha. "Eu queria que ele ficasse na cabana." Endireitou sua espinha. "Precisava que ele ficasse com o Arden." Jeb assentiu, franzindo os lábios antes de olhar de volta Lex. "Entendo." "Pai..." As palavras de Lex sumiram. Obviamente houve alguma mudança em seu pai. Este não era o homem rude e violento que vivia em suas memórias. Seus olhos se fecharam em Kade, montando sua Harley e roubando olhares para Jeb. Seu pai suspirou. "Se você permitir," ele começou antes de parar e respirar fundo - "Eu realmente gostaria que passássemos algum tempo juntos. Há algumas coisas... Algumas coisas que preciso te contar e algumas coisas que preciso dizer.”

Lex assentiu. Poderia fazer isso.

CAPÍTULO 15

"Pip, eu te amo, mas só preciso de mais quinze minutos", Arden choramingou em seu travesseiro. Estava pairando naquele lugar calmo entre estar dormindo e acordado desde que Lex o acordou para dizer que estava saindo. Quanto mais acordado ficava, mais seu corpo doía, e sua mente tentava se agarrar a coisas que não estava preparado para pensar. Pip não estava gostando nadinha disso. "Ugh, tudo bem!" Arden grunhiu quando o filhote voltou a cheirar seu rosto, pequenas garras arranhando seu ombro. Sentando-se, deu uma rápida olhada em si mesmo. Estava dolorido. Os arranhões nas mãos e no rosto doíam. Sentiu como se alguém tivesse batido com um bastão em seu torso, especialmente em seus quadris, desejou que Lex estivesse lá para abraçá-lo por um tempo. Com um suspiro, levantou-se e foi até a porta do quarto, abrindo uma fresta. "Mace!" "Sim? A voz de Mace veio das escadas um momento antes do homem aparecer no topo e caminhar pelo corredor em direção a ele. Pip passou por suas pernas e saiu para o corredor, e Mace se inclinou para cumprimentá-lo. "Você já sabe de alguma coisa?" Mace riu. “Ele só saiu há algumas horas. Eles provavelmente nem chegaram lá ainda.”

Arden assentiu. "Desculpa." Se sentia bobo, mas suas emoções estavam à flor da pele e algo não parecia certo... Como uma coceira que não conseguia alcançar, fazendo sua pele arrepiar. “Eu vou vestir uma roupas e levar o Pip pra fora.” Mace inclinou a cabeça e o encarou. “Por que você não toma um bom banho e coloca algo confortável para o dia? Eu levo o pequeno e quando você descer, podemos preparar um café da manhã, certo?” Arden só podia assentir com a garganta cheia de emoções demais para citar. A noite anterior estava fresca e horrível em sua mente. Estava preocupado com Lex e algo não estava certo. Podia sentir isso. Uma sensação esmagadora de desgraça iminente ameaçava sufocá-lo. Forçando um pequeno sorriso no rosto, assentiu novamente, depois fechou a porta do quarto. Tomou banho no piloto automático, fazendo seus exercícios de respiração e aproveitando o luxo dos vários chuveiros. Desejou poder falar com Pax. Seu amigo devia estar preocupado com ele e, de alguma forma, sempre soube como trazer um sorriso para seu rosto. E por que não podia ligar? Tinha visto todos eles fazendo chamadas do telefone seguro via satélite . Não contaria nada a Pax sobre onde ele estava ou com quem ele estava. Só queria ouvir sua voz e sentir aquele elo tomar vida novamente, o elo se instalou desde que Vivian o tirou das ruas. Terminou de se lavar com um vigor renovado, e depois de secar, aproveitou para tirar um pequeno frasco sua bolsa de maquiagem, espalhando-a sobre a pele maltratada. A massagem foi tão boa que ele decidiu arrumar o cabelo, da melhor maneira possível, sem secador ou chapinha. Quem não possui um secador de cabelo? Ele e Lex iriam ter que conversar sobre o essencial do banheiro. Separando o cabelo ainda úmido no meio, ele teceu uma trança francesa de cada lado da cabeça, correndo de cima de suas têmporas e de volta à sua nuca. Seu cabelo não era longo o suficiente para que terminassem numa bela cauda na ponta, então ele terminou cada um com um pequeno elástico. Então, ele pulou na bancada e sentou-se de pernas cruzadas na frente do espelho enquanto acrescentava um pouco de delineador e rímel aos olhos cansados. Depois de uma passada de gloss, ele olhou para si

mesmo. Toda essa loucura logo acabaria e a vida voltaria ao normal. Ou será que não ia? Não sabia e isso o incomodava. Lex parecia estar certo disso. Certo deles. Ou foi só porque se sentiu mal por colocar Arden em perigo e ser obrigado a cuidar dele? Se sacudiu. Precisava tirar isso da cabeça, e Pax era uma maneira certa de ajudá-lo a fazer isso. Descendo a penteadeira, vestiu um par de moletons e uma das camisetas de Lex, depois foi procurar Mace e o telefone.

Entrar no escritório de Rick pareceu surreal. Lex tinha estado lá há pouco mais de uma semana, fazendo a conversa fiada e ignorando o uísque que Rick sempre servia para ele. O homem em questão olhou para cima quando ele e Jebidiah entraram pela porta. Não tinha um cabelo fora do lugar, e seu terno era um amarelo pálido. Estava usando uma camisa preta e de alguma forma ficou bom. "Nossa, me sinto lisonjeado", disse Rick, dando a volta na mesa para apertar suas mãos. “Pai e filho juntos novamente. É bom ver você, Jeb.” Jeb assentiu. “O mesmo para você, Rick. Aprecio você nos ajudando com isso.” "O prazer é meu. Você sabe que eu sou unha e carne com o MC. É um relacionamento que sempre nos serviu bem no passado, não acha?” "De fato", Jeb respondeu com um sorriso, mas Lex sentiu sua pele arrepiar. Claro. Rick queria se encontrar pessoalmente porque queria alguma coisa. O que significava que ele provavelmente tinha informações de valor, mas a que custo? Na última vez que Rick fez um acordo com o MC, Lex passou oito anos pagando a dívida. Não tinha do que reclamar. De verdade, não tinha. Trabalhar para Rick moldou-o, deu-lhe um propósito e lhe rendeu uma pequena fortuna. Mas também tornará impossível criar raízes ou ter algo parecido com uma vida normal. Não tão normal já que no MC ele seria um fora da lei, mas enfim. "Por favor, sentem-se", Rick continuou, apontando para as cadeiras em frente à sua mesa. “Posso lhe oferecer uma bebida? Café? Algo mais

forte?” - Água está bom, obrigado - respondeu Jeb, sentando-se em uma das poltronas de couro macio. "Certamente." Rick foi até o pequeno bar ao lado de seu escritório. A luz do sol brilhava na superfície de madeira brilhante quando abriu um armário na frente, revelando um frigobar e tirou duas garrafas de água. "Tenho que admitir, esta pequena investigação na qual você me enviou acabou por ser algo único." Lex franziu a testa. "O que você quer dizer?" Entregando-lhes as garrafas de água, Rick ocupou seu lugar na cadeira de couro de encosto alto e cruzou os dedos sob o queixo. "Lexington, você sabe que eu prefiro discutir o valor primeiro." “Chega de enrolação, Rick. O que você quer?" Jeb perguntou, olhos escuros vidrados no rosto de Rick. "Tudo bem, podemos fazer do seu jeito", Rick fingiu. “Lexington. De volta à minha folha de pagamento.” Lex abriu a boca, mas seu pai levantou a mão para interrompê-lo. “Ele teve seu tempo contigo. Não estou dizendo que não vamos considerar isso, mas normalmente gosto de dar uma espiada na mercadoria antes que o preço seja acordado.” “Oh, Jeb. Você sempre foi muito divertido”. Os olhos afiados de Rick olharam de um para o outro. "Deixe-me te contar uma história." Limpou a garganta e bebeu de uma caneca em sua mesa, Lex apostava sua alma que ela continha mais do que apenas café. “Dois irmãos empreendedores decidem roubar uma casa de leilões e ganhar milhões de diamantes, jóias e quem sabe o que mais. Há rumores de que eles tinham um comprador e depois que eles entravam com o dinheiro, um irmão passa a perna no outro - atira nele e pega o dinheiro, sua família e corre. Agora, aqui está a pegadinha, a esposa estava fodendo com o irmão que acabou de virar um fantasma. Ela fica furiosa quando descobre o que seu marido fez, rouba o dinheiro, pega o filho e deixa o velhote na poeira.” "O que isso tem a ver com o meu filho?" Jeb perguntou, estreitando os

olhos e a voz se exaltando, dizendo a Lex que a paciência de seu pai estava para acabar. "Esse é o meu ponto, Jeb." Rick olhou entre eles, um sorriso malicioso puxando os cantos de sua boca. “Você me pediu para procurar um contrato em nome do Lex. Mas não havia um na época. Havia apenas um contrato de resgate para um Alfred Ashley Alexi. Mais conhecido, creio eu, para você como... "Arden." Lex respirou. Podia sentir a cor saindo de seu rosto quando seu coração começou a bater mais forte. "A descrição de Lexington foi incluída na lista de associados conhecidos." "Mas por quem? Arden disse que ambos os pais dele estão mortos. Por que alguém estaria atrás dele? “O dinheiro, claro. Acontece que o tio não estava tão morto quanto seu irmão acreditava. Anton Alexi ficou no hospital por vários meses e depois foi preso por vários anos. Está em liberdade agora, mas ouvi dizer que a bala de seu irmão o deixou paralisado e ele está convencido de que seu Arden sabe onde sua mãe escondeu o dinheiro. A cabeça de Lex estava girando. Não havia como Arden saber do dinheiro. Era um sem teto quando Vivian o recebeu. "Porra." Lex lambeu os lábios. Precisava voltar lá. Precisava ligar para Mace. "Espera." Jeb se sentou para frente fixando Rick com seu olhar. "O que você quis dizer com 'não havia contrato em nome de Lex naquela época'?" "Não havia, mas existe agora." Rick levantou a mão quando Jeb começou a se levantar. “Eu reivindiquei o contrato, é claro, e tenho quarenta e oito horas para concluir ou volta a ficar on-line. Isso deve lhe comprar um pouco de tempo e te deixar em dívida comigo. Não acha?” "E o contrato no Arden?" “Já foi reivindicado, creio eu. Espero que você o tenha escondido em algum lugar seguro.” Lex apertou a mandíbula. "Você sabe onde Anton está?" Estava tentando

manter seus pensamentos em ordem e se concentrar no que ele tinha que fazer para manter Arden seguro. Alertar Mace. Voltar para a cabana. Encontrar Anton e matá-lo de verdade desta vez. “Vou mandar o que tenho, mas não é muito. Ele costumava operava fora de Chicago no passado, mas ele tem alguns laços antigos aqui. Eu imagino que ele queira estar perto. Já é alguma coisa.” "Obrigado, Rick." Lex pulou para fora da cadeira, a pele zumbindo em nervosismo. "E Lex", Rick chamou antes dele e Jeb terem dado mais do que um passo de distância. "Vamos discutir o pagamento." Lex assentiu. "Vou te pagar o que precisar." Ele e Jeb saíram do escritório e desceram para a rua. Deixaram os outros e suas motos há duas quadras no estacionamento de um restaurante, mas assim que eles saíram do prédio, Lex estendeu a mão para Jeb. "Posso usar seu telefone?" Jeb entregou e Lex digitou o número de Mace. Quando não obteve uma resposta, as pedras em seu intestino ameaçaram rastejar até sua garganta.

CAPÍTULO 16

"Olá?" A voz no telefone era rouca e tímida, diferente de como o amigo costumava soar. Arden franziu a testa. “Pax? Você está doente?" "Arden?" A voz de Pax ficou ofegante. "Oh meu deus, você está bem?" "Sim. Eu sinto muito por não ter ligado. está tudo uma loucura”. Arden sentiu um pequeno peso cair de seus ombros. Ele odiava não falar com Pax. Mace se sentou em frente a si na mesa da cozinha, entalhando em um pequeno pedaço de madeira com a faca. O acordo era que Arden podia conversar com quem quer que fosse, contanto que Mace estivesse ali com ele. "Arden", a voz de Pax soou com mais força do que um momento atrás. O comando sério em sua voz fez Arden sentar em linha reta e Mace ergueu as sobrancelhas para ele, silenciosamente perguntando se tudo estava bem. “Você tem que me ouvir. Há alguém atrás de você.” “O que…? Não, não atrás de mim-" "Sim! Você! Ouça-" A voz de Pax se interrompeu quando Mace se inclinou sobre a mesa e tirou o telefone da mão de Arden antes de colocá-lo no alto-falante. A voz sonora ferida de Pax encheu a cozinha. Estava falando uma milha por minuto até Mace interromper. "Pax"

O telefone ficou em silêncio: “Quem está falando? É melhor não machucálo!” Arden disse: “Tudo bem, Pax. esse é Mace. Ele é amigo de Lex.” Pax respirou fundo. "Oh! Graças a deus. Você está bem? Está seguro?" “Sim, estou bem. Pax, o que está acontecendo?” Uma longa onda de ar soou ao telefone. "Alguns de dias atrás um desconhecido andou perguntando sobre você e Lex... Só que ele não sabia o nome do Lex." A voz de Pax se interrompeu antes que um som audível soasse sobre a linha. As veias de Arden se transformaram em gelo e ele pressionou a mão contra a boca. "O que aconteceu, Pax?" A voz de Mace era tão gentil que Arden nem se acreditava. “Ele, hmm... Me agrediu um pouco. Eu disse a ele que só ouvi você o chamar de Lex, e não sabia onde vocês estavam. Ele não gostou disso. Eu sinto muito, Arden. Eu juro que não disse mais nada.” Lutando para manter a oscilação de sua voz, Arden sussurrou: “Tudo bem. Onde você está agora?" “Vivian está furiosa. Ela está tentando ligar pra você, mas disse que você só ligaria para ela de um número restrito. Ela praticamente me prendeu. Estou sob segurança vinte e quatro horas. Ela estava até falando sobre ir aos Heretics pra tentar encontrar o maldito.” Arden levantou os olhos para Mace. Se ele compreendeu tudo o que Lex lhe dissera, Jebidiah era o presidente da área de Sand Lake Iron Heretics, que ficava nos arredores de Kansas City, e Mace era da área de St. Louis, mas Arden não sabia quem era o presidente de lá. "Considere os Heretics investigando o caso", disse Mace, olhos duros. “Oh… oh. Tudo bem.” Respirou Pax. "Pax", continuou Mace. "Se eu mandasse alguém se encontrar com você, você acha que poderia descrever o cara que te machucou para conseguirmos um retrato falado?"

"Tipo um retrato falado da polícia?" Mace inclinou a cabeça. "Sim, isso." "Eu acho que sim." "Bom. Aguenta firme, ok? E faça o que Vivian lhe diz. Ela vai mantê-lo seguro e vamos encontrar o idiota que fez isso.” "OK. Arden?” "Estou aqui, Pax", disse Arden, inclinando-se mais perto do telefone. A voz de Pax estava ficando mais rouca, como se ele tivesse atingido seu limite para conversar por causa do dano que havia sofrido. "Seja cuidadoso. Eu sinto muito." "Você não tem nada para se desculpar, ok?" "Mesmo? Eu tenho que ir. Amo você." "Amo você também." A linha ficou muda e Arden ficou atordoado até que uma mão quente pousou em seu ombro. “Ei, não é sua culpa, ok? E nós vamos pegar o responsável. Eu prometo." Os olhos verdes de Mace estavam cheios de preocupação e convicção. Arden acreditou nele, mas a culpa que ele sentia por ter feito Pax se machucar estava comendo nele. Mace pegou o telefone. “Precisamos ligar para o Lex. Já que eles já estão na cidade, eles podem ir falar com ele.” Arden assentiu, mas sentiu como se estivesse no piloto automático. O que Pax quis dizer com um homem estava atrás de si? Pax deve ter ficado confuso. Não havia razão para alguém estar atrás dele. Um grunhido baixo veio debaixo da mesa onde Pip estava deitado a seus pés, e ele olhou para baixo para ver que o filhote havia levantado a cabeça e estava olhando para a porta. Mace começou a discar no telefone quando a voz em pânico de Damon veio através do rádio de duas mãos que os caras estavam usando enquanto caminhavam pelo perímetro. "Cuidado!"

A porta explodiu e uma pequena vasilha preta voou para dentro, pousando no chão da sala de estar. Mace gritou para ele se abaixar, mas ele ficou paralisado. Completamente atordoado. Um corpo colidiu com o seu e a coisa explodiu em um flash ofuscante de luz. A força disso o deixou aturdido e seus ouvidos zunindo. Tateando ao redor, ele tentou encontrar Pip ou Mace, mas não podia ver nada além de bolhas de cor. A sala estava em caos. Um som forte, como elefantes batendo no chão e grunhindo, ele não conseguiu distinguir antes que mãos ásperas o agarrassem. Gritou, ouvindo ecoar em sua cabeça, e tentou atacar, seu punho se conectando com alguma coisa. Não viu o golpe chegando. A dor atravessou sua cabeça quando seu pescoço foi para trás. Algo duro estava em volta de seus pulsos. Lutou, tentando se livrar deles, mas não podia ver. Oh Deus, Pip! Tentou gritar para Pip ou Mace, e então algo escuro foi escorregando por sua cabeça. Um saco preto. Gritou de novo, se debatendo o máximo que pôde. Ele ouviu Pip rosnar e gemer, então outro golpe caiu contra sua bochecha e tudo ficou escuro.

"Arden!" Lex gritou quando ele abriu a porta da cabana. A sala estava desordenada, móveis derrubados, gavetas abertas e almofadas de sofá rasgadas. Entrou no caos com o coração na mão. "Arden! Mace! Damon!" Os outros homens com ele se espalharam e começaram a vasculhar a casa, sala por sala. Lex não tinha paciência, avançando e procurando alguma coisa, qualquer coisa que lhe contasse o que havia acontecido. Ele quase tropeçou quando um cilindro preto rolou sob sua bota depois que ele levantou a mesa da cozinha de lado. Seu primeiro instinto foi se abaixar, mas ele percebeu rapidamente que a granada de luz já havia sido usada. Pegou a granada usada e acenou para seu pai. "Granada de luz". "Merda", Jeb disse um momento antes de a voz de Axel soar da varanda de trás. "Lá fora!" Lex pulou as cadeiras viradas e correu pela porta dos fundos apenas para parar quando os olhos dele pousaram no rosto de Mace. Havia muitos cortes e o sangue correndo de uma ferida no pescoço, encharcando sua

camiseta branca. Estava todo arranhado, com feridas visíveis aparecendo através dos cortes na roupa. Lex se aproximou e caiu de joelhos ao lado dele, pegando a mão de Mace na sua. "Sinto muito, Lex." A voz de Mace estava fraca, mas o aperto que ele mantinha na mão de Lex era forte. “Eles pegaram Arden. Não pude parálos.” “Ei, tudo bem. Não se preocupe, nós vamos pegá-lo de volta.” Mace assentiu. Então alguém se ajoelhou ao lado de Lex. "Deixe-me ver", disse Kade, soltando uma bolsa preta ao lado de Mace e pressionando compressas de gaze na ferida em seu pescoço. Lex sentou-se para lhe dar espaço e percebeu rapidamente que Kade devia ser algum tipo de médico na sua vida anterior. De pé, ele encontrou o pai encostado na grade da varanda com Daryl, ambos os rostos cheios de tristeza. Ele olhou para os dois e Daryl disse “Damon” e balançou a cabeça. "Merda", Lex amaldiçoou, pressionando a mão na boca com sede de vingança. As mãos do pai pousaram nos ombros dele. “Reúna todos os suprimentos que você tem aqui. Se mantenha ocupado. Vou ligar para Calix e avisá-lo do que aconteceu e fazer com que seus garotos procurem pelas pistas que Rick nos deu. Se procurarmos bastante, vamos encontrar algo." Jebidiah apertou os ombros dele. Calix não aceitaria perder outro homem e ter Mace ferido. Ele queria o sangue de quem fez isso. Lex entendia. Os olhos de Lex voltaram para Mace, onde Kade ainda estava inclinado sobre ele. "Ele vai ficar bem?" A cabeça de Kade se levantou e ele olhou primeiro para Jeb, então para Lex. "Eu acho que sim, mas eu preciso tirar todo esse vidro do braço dele e levá-lo para dentro." "O que eu posso fazer?" “Pegue um cobertor resistente. Podemos colocá-lo sobre ele e carregá-lo. Lex entrou para fazer o que Kade pediu. Assim que encontrou um cobertor intacto, ele, Axel e Daryl ajudaram Kade a enrolar Mace, e cada

um deles pegou uma ponta e o levou para dentro. Já que o sofá foi destruído, eles foram para cima, colocando Mace na pequena parte da cama que não estava em farrapos. Lex deixou Kade para trabalhar, indo para o quarto dele e de Arden, onde um de seus cofres de armas estava localizado. A carnificina ali parecia mais extensa do que no resto da casa. A cama havia sido desmontada e havia longos cortes com facas no colchão. Cada gaveta e porta estava aberta, o conteúdo derramado por todo o chão. Até conseguiram abrir o cofre de armas dele, e parecia que eles vasculharam tudo, mas deixaram todas as armas e caixas de munição lá dentro. As armas neste cofre em particular eram mais por valor esportivo ou sentimental, que provavelmente foi o motivo pelo qual as deixaram. Todo o seu equipamento tático estava melhor escondido. Também precisava checar aquele cofre, se virou para sair do quarto quando algo rangeu sob seu pé. Olhando para baixo, ele encontrou um dos estojos de maquiagem de Arden quebrados embaixo de sua bota, cores diferentes de pó brilhando polvilhado sobre o tapete. A bolsa de maquiagem de Arden estava virada ao lado e ele se abaixou para pegá-la. Não sabia por quê, mas Arden adorava aquela coisa. Não parecia estar danificada então ele fechou, passando a mão sobre o material grosso e sujo. Um rangido chamou sua atenção e uma pilha de penugem que um dia havia sido o interior de um travesseiro, se moveu. Largou a bolsa sem pensar duas vezes. "Pip?" Tinha certeza que o filhote devia ter escapado para a floresta. Uma explosão de alegria e alívio tomou conta dele quando ele caiu de joelhos e ajudou o filhote a se livrar de todo o enchimento de algodão. "Ei, garoto", sussurrou Lex, levantando o filhote chorão para seu rosto. Pip lambeu o queixo e se deixou abraçálo. Não parecia estar ferido, mas seu pequeno corpo tremia contra o aperto de Lex. “Vai ficar tudo bem, Pip. Nós vamos trazê-lo de volta.”

CAPÍTULO 17

"Isso é tudo, Lex", disse Axel ao seu lado. As pessoas que saquearam sua cabana e pegaram Arden não se incomodaram em olhar muito bem a caixa de ferramentas, o que foi uma coisa boa, porque o alçapão no chão descia até o bunker de armas. Não era um espaço enorme, apenas alguns metros mais largo e comprido do que o galpão acima, mas estava cheio com as armas, granadas, RPGs, armaduras e munição que ele colecionará durante seus oito anos trabalhando para Rick. . Foram necessárias três viagens no Mule para levar tudo ao Bronco. Como parte do acordo para que Calix dos Heretics MC ajudasse na busca pela cidade, Lex disse que ele forneceria o poder de fogo para o confronto quando eles encontrassem o que estavam procurando. Ele quase sentiu uma pontada de pena pelos tristes filhos da puta que o tio de Arden contratou para levá-lo. Quase. "Ótimo." Lex desviou o olhar que estavam fixos no local onde Waylon morreu. Onde o bastardo quase havia violentado Arden. Um dos idiotas que levou Arden, um batedor, impediu que isso acontecesse. Se ele mostrasse alguma misericórdia quando recebesse a ligação, seria para aquele homem. “Certifique-se de que os cobertores estão cobrindo tudo. Não quero que ninguém nos veja e acabe nos causando problemas com a lei antes mesmo de chegarmos lá. Vou falar com o Zeb e depois sairemos.”

Axel assentiu e pulou de volta no Mule para fazer o que Lex pedira. Com um último olhar para a floresta, Lex se virou para a casa. Sua mesa de cozinha e cadeiras resistentes tinham sobrevivido ao ataque e haviam se tornado o centro de comando que Zeb e Daryl estavam usando para coordenar os Heretics de Sand Lake e os de St. Louis. Um grupo de Sand Lake já havia feito a viagem de quatro horas até St. Louis e estava de botas no chão, com seus irmãos de St. Louis trabalhando na lista de antigos associados conhecidos de Anton Alexi. Estava ansioso para estar lá com eles. Uma vez que eles começaram a limpar a cabana e carregar o Bronco para a guerra, seu pai o encurralou e perguntou se achava que Arden sabia do dinheiro. Disse ao pai que não. Sem chance. E não duvidava disso por um momento. Arden passará por muito tempo sobrevivendo nas ruas para estar ciente de que estava sentado em um pote de ouro. Sabendo o pouco que sabia agora sobre o passado de Arden, sabia que simplesmente não era possível. "Pai", ele disse enquanto caminhava pela porta da frente, e Jeb olhou para cima, um calor em seus olhos, apesar das circunstâncias. "E aí?" "Acham que encontraram uma pista", disse Jeb. “Um armazém perto do rio. Uma equipe está indo explorar agora.” Lex não aguentou mais. Jeb o manteve ali, preocupado que Lex não fosse capaz de se manter calmo até que soubessem com certeza onde Arden estava. “Já está tudo carregado. Não posso mais ficar sentado aqui. Eu preciso ir pra lá. Estamos há duas horas de lá, certamente eles serão capazes de nos informar antes de chegarmos lá.” "E eu vou com você." Mace estava na base da escada, parecendo a morte, o braço direito em uma tipóia e ataduras e pontos espalhados pela pele exposta. Eles o jogaram através do caralho de uma janela. Lex ansiava para fazê-los pagar por isso também. "Até parece que você vai", disse Jeb, levantando-se para ficar de pé, mas Mace só tinha olhos para Lex. "Mace", disse Lex, observando seu amigo dar passos lentos na sala. "Não sei se é uma b-"

"Você vai precisar de ajuda e suporte", ele levantou a mão esquerda, mostrando como não estava danificada. "Deixaram o dedo que uso pra puxar o gatilho, intacto." Parou na frente de Lex. "Eu posso ser seus olhos lá fora." Estendeu a mão esquerda e Lex agarrou-a, puxando-o até que seus peitos se chocaram com as mãos entrelaçadas entre eles. O telefone tocou e o silêncio se instalou na sala. Lex se afastou do aperto de Mace, preocupação e esperança puxando seu peito com força. Se recusou a aceitar um resultado que não incluísse Arden de volta em seus braços, seguro e inteiro. Trepidação o agarrou quando Jeb colocou o telefone no ouvido. "O que conseguiu?" Jeb disse no receptor. Parecia que a sala estava segurando a respiração. Os olhos de Jeb permaneceram baixos em direção aos mapas espalhados na mesa enquanto ele ouvia a pessoa do outro lado. Então seus olhos se voltaram para o de Lex e ele jurou que seu coração parou. "Você está certo. Te vejo em breve." Jeb puxou o telefone longe de sua orelha e deixou cair o braço ao lado do corpo, seu olhar nunca oscilando. "Eles o encontraram." "Ele está..." Lex não conseguia passar as palavras além dos dentes. Deu um passo à frente e sentiu a mão de Mace agarrar seu ombro. Jeb atravessou a sala e segurou o rosto de Lex em suas mãos. "Eles têm uma testemunha que viu homens carregando alguém dentro do armazém". Jeb fez uma pausa, a firmeza de seu aperto aumentando como se ele estivesse tentando transferir suas próprias forças para Lex. "Estava com um saco sobre a cabeça, mas disseram que ele era pequeno, mas brigava como o inferno." Lex ofegou. O pensamento de Arden sendo tratado dessa maneira partiu seu coração. "Dê-nos um minuto", Jeb pediu para a sala em geral, e houve um arrastar de pés, mas a mão de Mace ficou firmemente plantada em seu ombro. "Se você precisa surtar, faça isso agora." Estendendo a mão, Lex fechou a mão no colete do pai e deixou a cabeça cair para frente. Dando algumas respiradas profundas, ele empurrou o medo para baixo. Afastou as imagens que essas palavras haviam evocado

e pensamentos sobre o que Arden poderia estar suportando naquele momento. Enlouqueceria se não o fizesse. Erguendo os olhos para encontrar os de seu pai, ele balançou a cabeça, apertando a mandíbula contra a necessidade de esmagar alguma coisa. Precisava economizar energia. Logo chegaria a hora. Jeb assentiu uma vez. "Vamos buscar o seu garoto."

Arden tremeu e todo o seu corpo doeu. Não sabia há quanto tempo estava amarrado à cadeira, mas suas mãos e pés estavam dormentes. Eles latejavam, enviando dores nos braços e pernas. A escuridão em seu capuz aumentará, achava que o sol havia diminuído, mas quanto tempo tinha sido? O tempo era uma coisa interminável e inesgotável. Sua garganta estava tão seca e ele precisava fazer xixi. Mais lágrimas inúteis percorreram seu rosto. Ele quase gritou até ficar sem voz depois de o colocarem na cadeira. O som de seus passos recuando o atormentava. Era um jogo? Por que eles estavam apenas deixando-o ali? Quando chegaria o próximo soco? Alguém estava lá olhando para ele? Um tremor sacudiu seu corpo com o pensamento. Ele queria Lex e sua cama. Desejou ter encontrado coragem para dizer a Lex como ele se sentia e os sonhos secretos que ele mantinha trancados em seu coração. Ele queria saber se Mace e Damon estavam bem. E Pip... Mais lágrimas se derramaram sobre seus cílios. Deus, ele esperava que Pip estivesse bem. "Eu sinto muito", ele sussurrou em voz baixa, pensando que não havia ninguém para ouvi-lo. O ruído de som que acompanhava as luzes industriais se acendendo encheu o ar, e a escuridão do capuz ficou cinza. Levantou a cabeça, tentando espiar através dos furos microscópicos no tecido. Sem aviso, o capuz foi arrancado de sua cabeça, levando alguns de seus cabelos, e um pequeno som de dor escapou de sua garganta. Fechou os olhos com o brilho chocante que esfaqueou sua visão. Mais lágrimas caíram. Depois de um momento de silêncio, abriu um olho com cautela. A sala em que ele estava era grande, com um piso de concreto sujo e grandes pilares de metal espaçados para segurar o peso do teto alto.

Havia alguns grandes caixotes de madeira empilhados de um lado, e ele percebeu com um aperto doloroso de suas entranhas, uma grande folha de plástico transparente espalhada no chão embaixo dele. "Olá, Alfred." A voz de um homem veio de trás dele. Tanto o som quanto as palavras emitiram arrepios em sua pele. "Quem é-" Sua garganta estava tão crua que sua voz saiu uma bagunça rouca e truncada. "Um pouco de água, por favor, Leonard", a mesma voz disse. Um homem vestido todo de preto aproximou-se de seu lado e agarrou um punhado de cabelo, puxou a cabeça para trás e jogou meia garrafa de água em seu rosto. Ele engasgou e gaguejou, conseguindo engolir alguns goles, mas sufocando enquanto o resto subia pelo nariz e descia pelo lugar errado, fazendo seu peito queimar e doer. Tossiu e se inclinou para a frente, tanto quanto suas juntas permitiram, tentando se endireitar. Uns socos bateram em suas costas, fazendo-o ver estrelas. "Que porra é essa?" Cuspiu quando ele tinha ar suficiente em seus pulmões. “Já chega, Alfred. Eu serei o único a fazer perguntas. Uma cadeira de rodas se moveu em frente ao seu campo de visão, manobrando ao redor das lonas de plástico no chão. "Filhos de prostitutas não podem fazer perguntas." Ergueu a cabeça, e quando seus olhos clarearam o suficiente para ver o homem à sua frente, sua visão se elevou. "V-você... Você está morto." O homem, seu tio - ou ele pensava que era seu tio - olhou para o colo. "Você está meio certo, eu suponho." Aquele sorriso. Os penetrantes olhos azuis. Não havia dúvida. O homem na cadeira à sua frente era Anton Alexi. Irmão de seu pai. "Ela me disse que você morreu." "Bem..." Anton ajustou seu paletó. Além da maneira como suas pernas eram pequenas em proporção ao seu corpo, ele parecia bem. Esse terno cinza carvão era obviamente cortado para ele e o material parecia caro. "Ela era uma excelente mentirosa, então eu poderia perdoar você por ter

sido enganado... Se você me disser o que eu quero saber." Arden procurou em sua mente. O que ele poderia saber que interessaria ao seu tio? Era jovem, com seis ou sete anos de idade, a última vez que o viu. Se lembrava daquela noite em flashes de imagens e sons fugazes. Houve tantos gritos, depois um estrondo alto. Sua mãe chorava enquanto seu pai os colocava no carro. Dirigiram a noite toda. Quando acordou no banco de trás na manhã seguinte, foi a primeira vez que viu o St. Louis Arch. Foi apenas alguns dias depois que sua mãe o levou e começou a vida de fugitivo que o assombrava há anos, mas eles sempre paravam lá. Parecia que não importava para onde fossem, pelo menos uma vez por ano, ele voltaria até Arch. Estava ansioso por isso. Aguentava por isso. Tornou-se um símbolo em sua cabeça que ele conseguiu lembrar-se até hoje. Foi por isso que ele voltou lá depois que sua mãe matou seu pai e depois ela mesma. "O que você quer saber?" "Onde sua mãe escondeu o dinheiro, é claro." "Que dinheiro?" O golpe veio tão rápido que ele gritou antes que pudesse se conter. A dor explodiu em sua cabeça e ele sentiu o gosto do sangue. Ficou tão perdido em seus pensamentos que se esqueceu do bandido que estava atrás dele. “Você acha que eu sou idiota, garoto? Você esteve com ela por anos!” "Por favor, Não sei..." Sentiu um aperto quando o punho se conectou e desta vez, seu olho esquerdo ficou embaçado. “Leonard. Acho que ele vai precisar de mais persuasão.” Imediatamente um pano envolveu seu rosto, puxando sua cabeça para trás. A água derramou através do material, correndo em sua boca e nariz, sufocando-o. Medo, medo debilitante, agarrou-o e tudo o que ele podia fazer era tentar não se afogar.

CAPÍTULO 18

O horizonte de St. Louis fez pouco para acalmar Lex quando eles entraram na cidade. Mace estava ao seu lado no banco do passageiro, pois ele não podia andar com um braço fora de serviço. Dormiu a maior parte do caminho, e isso foi uma coisa boa. Lex realmente precisava de Mace para ser seu olhos. Ele próprio estava acostumado a estar no poleiro de atiradores, de ter a vantagem de ver mais do que os outros por estar num lugar alto e não no chão. Mas como ele não estaria em outro lugar a não ser no caminho de onde Arden estava, ele ficou agradecido por ter Mace por trás do escopo. Não havia ninguém em quem ele confiasse mais para no trabalho. A escuridão havia caído enquanto eles estavam a caminho. Uma chuva leve espirrou no pára-brisa enquanto ele seguia as luzes traseiras de Jeb e Daryl pelas ruas da cidade. Kade e Axel estavam na traseira da caravana. Eles estavam prontos para encontrar Calix e o sua melhor equipe em um armazém vazio a alguns quarteirões de onde eles acreditavam que Arden estava detido. Calix olhou para um telhado em frente ao prédio, onde eles viram os homens carregando alguém. Uma parte de sua mente desejava que não fosse Arden, mas em algum lugar lá no fundo, ele sabia que era. Ele esperava que o suposto tio pudesse ser racional, ver que Arden não sabia onde estava o dinheiro e era só uma criança quando o pai de Arden atirou nele. “Mace.” Lex estendeu a mão e sacudiu suavemente o ombro do amigo. Mace gemeu, mas os claros olhos verdes se abriram para encará-lo.

“Estamos quase chegando.” Com um aceno de cabeça, Mace sentou-se e se espreguiçou um pouco e começou a vasculhar na bolsa a seus pés. Eles estavam todos vestidos com roupas pretas - jeans, moletons e bonés ou gorros. Ninguém usava coletes ou qualquer coisa que os anunciava como membros do MC Iron Heretics. Quando entraram no estacionamento, ele procurou a calmaria dentro de si que o levará a tantas missões. Ele foi pressionado para encontrar esse lugar desta vez. Os lindos olhos de Arden continuavam piscando em sua mente, seguidos por imagens de Arden depois que ele foi atacado na floresta. "Lex", disse Mace, segurando seu braço. “Aguente, cara. Nós vamos recuperá-lo. Este velho bastardo precisa dele vivo. Ele vai ficar bem." “Você e eu sabemos o tipo de coisa que você pode fazer com alguém para fazê-lo falar sem matá-lo.” O estômago de Lex se contraiu. "Ei", Mace o chamou, dedos cavando com força onde ele ainda segurava seu braço. "Nada disso. Machucado ou não, vamos trazê-lo de volta." Lex assentiu e seguiu seu pai e Daryl por uma das portas até o armazém. Ele estacionou o Bronco e saiu para encontrar Calix e seis de seus homens reunidos em torno do que parecia ter sido a mesa de alguém em outra vida. Havia um mapa em cima, junto com uma lanterna de acampamento portátil e um rádio estilo walkie-talkie. Quando eles se aproximaram, Calix se levantou e caminhou para cumprimentar Jeb. Não era um homem muito grande e era relativamente jovem para liderar o MC de todo o território de St. Louis. Lex imaginava que ele devia ter um metro e oitenta de altura e cerca de noventa quilos, e não mais que 35 anos. A cor do cabelo, que Mace disse que estava sempre mudando, era roxa e espetado para cima, e seus olhos negros estavam frios como gelo. "Jebidiah", disse Calix, apertando o antebraço de Jeb em saudação. “Calix.” Jeb assentiu. "Obrigado pela ajuda." “Não tem problema, meu amigo. Você rouba de um Iron Heretic, rouba de todos nós.” Lex não tinha certeza de como ele se sentia sobre Arden ser referido como propriedade, mas ele apreciou o sentimento. Então os

olhos de Calix pousaram em Mace e uma carranca profunda se formou. “E eles feriram meu melhor atirador. Mataram um dos meus melhores homens. Ele cerrou os dentes. "Eu digo para fazermos esses bastardos pagarem." Lex não podia concordar mais. Calix caminhou até ele e então, parando há apenas um pé de distância. “Gostaria de estender minhas desculpas pelo comportamento de um dos meus homens. Eu me recuso a falar o nome dele, mas eu devo um favor pra você, sempre que precisar." Lex aceitou o braço que Calix estendeu para ele e assentiu. "Apenas me ajude a recuperá-lo, e nós estaremos quites." "Feito. Eu já tenho um plano em prática." Lex foi se afastar, mas o aperto de Calix o deteve. "Quero que você se prepare. O que quer que eles queiram do seu garoto, eles querem muito." O peso no olhar de Calix era profundo, e aquelas pedras de medo que Lex estava tentando segurar, caíram em seu estômago como chumbo. "Vamos nos apressar", ele falou e Calix assentiu. "Concordo."

Não aguentava mais. Desejou que o sangue que escorria dos cortes rasos em seu peito escorresse mais rápido e o colocasse para dormir. Pensar em ver Lex novamente era a única coisa que o mantinha são, mas até isso escorregava por seus dedos. Não conseguia se concentrar. Não conseguia pensar. Não conseguia ver pelo olho esquerdo, não sentia as mãos ou os pés. Tinha certeza que tinha se mijado com a primeira facada em seu estômago. Toda aquela carne macia e ardente. Por tudo o que ele passou em sua vida, essa foi a primeira vez que ele realmente quis morrer, mas não tinha voz para implorar por isso. Em algum momento, seu tio parou de gritar com ele e, finalmente, pareceu ir embora de vez. Ficou apenas ele e Leonard. Agora ele podia ouvi-los, murmúrios sussurrados que não conseguia entender.

Ele deve ter cochilado quando um puxão forte no cabelo trouxe a cabeça para trás. Ele abriu a boca para gritar, mas nenhum som saiu. "Você é uma merda teimosa, isso é verdade", Anton zombou de tão perto quanto sua cadeira permitiria que ele chegasse. "Quem diria que alguém da sua família poderia realmente ser osso duro?" A visão de Arden estava indo e vindo e o som era abafado como se seus ouvidos estivessem cheios de algodão. Anton olhou para Leonard e, quando o homem soltou seu cabelo, as luzes se apagaram. "O que ele-" Anton começou a dizer, mas Leonard estalou os dedos e seu tio ficou em silêncio. O som de uma arma se libertando de um coldre veio diretamente atrás dele e ele fechou os olhos. Ele queria morrer, mas ele não queria que isso acontecesse. Tiros abafados e gritos soaram abaixo deles, e em algum lugar em seu cérebro confuso, uma faísca de esperança se acendeu. Lex. Lex estava vindo para lhe buscar. Lágrimas caíram novamente em suas bochechas. "Levante-o", Anton retrucou, já se afastando. "Como diabos eles nos encontraram?" Leonard não respondeu, apenas sacudiu a faca que havia cortado sua carne e rasgou o fio de nylon da abraçadeira que prendiam as mãos e os pés na cadeira. Ele gritou quando o sangue voltou aos apêndices abusados e caiu de rosto no chão quando Leonard o puxou da cadeira. "Vamos lá", sibilou Anton. Leonard pegou um punhado de cabelos de Arden e puxou até que ele não teve escolha a não ser segui-los. Seu corpo não passava de uma ferida enorme e latejante. Ele seguiu o melhor que pôde, tentando colocar um pé na frente do outro. Ele não queria cair de novo. Doeu tanto, intensificando todas as dores e tornando turva a pouco visão que ele ainda tinha. "O elevador de serviço ainda deve ter energia" Leonard resmungou, os dedos arrancando os fios dos cabelos de Arden enquanto o puxava. Seu tio girou em direção ao elevador e apertou o botão. Antes que qualquer coisa pudesse acontecer, uma porta do outro lado se abriu.

Leonard abriu fogo antes que alguém viesse, e Arden tentou gritar um aviso, mas Leonard o arrastou para trás, abrindo uma porta entre os gritos de seu tio e puxando-o para a escuridão.

CAPÍTULO 19

No momento em que uma arma estava em sua mão, os instintos de Lex assumiram o controle. Ele não podia pensar em Arden no andar de cima do prédio. Não conseguia pensar no que ele faria com o homem que torturou Arden por informações que ele não possuía. Depois de cortar a energia do armazém, vasculharam o primeiro andar com facilidade. Os homens de Calix eram obviamente ex-militares ou tinham treinamento semelhante. Isso não foi uma surpresa, considerando que um deles era responsável pelo treinamento que receberá. Mace estava do outro lado da rua, no telhado, com outro homem de Calix. Ele gritava instruções e armadilhas quando precisava avisá-los pelos fones de ouvido que todos usavam. Era tão pouco frequente trabalhar com uma equipe que ter esse apoio bombeou energia por suas veias. Ele chutou a porta da escada e ficou de lado para Axel poder liberar o primeiro lance. Depois que Axel se colocou no patamar com o cano da arma e a lanterna acoplada para cima, apontou para o segundo lance, Lex passou por ele e liberou o segundo. Eles liberaram o próximo da mesma maneira; Jeb e Kade estavam de pé quando ouviram a voz de Mace em seu ouvido. "Você chegou, Lex. O de cadeira de rodas não tem uma arma, pelo que posso ver. O grandalhão tem uma arma e o Arden. Eles estão do outro lado da sala da sua posição no elevador de serviço. Não tenho uma vista limpa do alvo." Assim que Mace terminou de falar, Axel acenou para ele e Lex pressionou as costas ao lado da porta e girou a maçaneta. Axel chutou. Tiros soaram,

balas atingindo com um baque ao redor do buraco que eles tinham acabado de abrir. Anton estava gritando para Leonard se manter firme, e foi quando eles entraram. Ele ergueu a ponta do seu fuzil M-4 ao ombro e mergulhou na sala. A primeira coisa que viu foi uma cadeira cercada por folhas de plástico cobertas de sangue, água e o que pareciam outros fluidos. Garrafas de água vazias e uma toalha foram jogadas descuidadamente no chão, junto com os pedaços de uma camiseta. Então ele ouviu Arden choramingar. Um homem o segurava pelos cabelos e o arrastava drasticamente para uma porta ao lado do homem mais velho na cadeira de rodas. Raiva atravessou por si, estreitando seu foco. Estendendo a mão, ele desligou a lanterna do cano e, como se sentisse o que ia fazer, a voz de Mace soou através dos fones de ouvido, "Não atirem!" Lex pulou para frente. Ele cruzou o chão com uma determinação decidida de chegar àquela porta. "Eles estão no telhado e se dirigindo para a borda!" A voz de Mace encheu seu ouvido novamente e ele ganhou velocidade. Anton estava atrapalhado, tentando tirar algo de dentro da jaqueta. Lex nunca perdeu um passo sequer, apenas dobrou os joelhos e estendeu o braço, pegando Anton logo abaixo do queixo com o antebraço. Ele tombou para trás, soltando um grito agudo e depois um grunhido de dor quando a força enviou sua cadeira de rodas em cima dele. Lex bateu a porta da escada com um baque antes de recuar e abri-la. Ele estava distante das pessoas atrás dele, mas tudo em que conseguia se concentrar era subir as escadas. Diminuindo a velocidade ao chegar ao topo, ele levantou a arma. "Mace?" Ele estava ofegando com força e suor o encharcava. Havia gotas de sangue fresco nas escadas sob seus pés. “Eles estão na borda de frente para a porta. Ele está usando Arden como escudo." Os olhos de Lex encontraram os de seu pai e Jeb assentiu. Eles estavam com ele. Lentamente, para não assustar o homem segurando a arma contra o coração, Lex abriu a porta do telhado e saiu ao ar livre.

Lá fora não estava frio o suficiente para os dentes de Arden estarem batendo, mas estavam. Salpicos de luar refletiam a corrente ondulante do rio Mississippi atrás deles. Leonard continuou arrastando-os para mais perto da borda em que estavam. Ele não queria olhar para baixo, mas não conseguiu resistir, e o que restou de sua visão ficou embaçado quando seu estômago revirou olhando a queda atrás deles. O cano da arma de Leonard pressionou com mais força na têmpora quando a porta pela qual acabaram de entrar se abriu. Seus joelhos dobraram quando Lex saiu da escuridão da escada. O braço de Leonard apertou com mais força o peito para mantê-lo em pé, e um pequeno gemido escapou de sua garganta. “Lex.” Mal saiu o som, mas Lex o ouviu, de qualquer maneira. “Estou aqui, baby.” Aqueles olhos escuros que ele amava examinaram seu rosto e corpo. Ele sentiu o olhar dele como uma carícia e fechou os olhos. O que acontecesse agora, pelo menos Lex estava lá com ele. A arma o cutucou novamente e seus olhos se abriram. Não, sua mente gritou. Lex poderia se machucar ou morrer e ele não queria isso. Ele queria descansar - queria que Lex estivesse seguro. Havia vibrações nas costas com o que Leonard estava falando, mas sua cabeça estava tão pesada que tudo estava abafado. “Arden.” A voz de Lex cortou o barulho e a exaustão que o pesavam. "Olhe para mim." Lex estava muito mais perto do que tinha estado um momento atrás, e havia mais pessoas com ele. Ele reconheceu a careca de Axel, mas onde estava Mace? "Arden!" Lex gritou, seus olhos implorando, pesados com a melhor das intenções, mas o cérebro de Arden estava trabalhando muito devagar para descobrir o que ele estava tentando dizer. "Apenas olhe para mim." Houve um estalo e uma rajada de ar tão perto de sua orelha que doeu, e Leonard se afastou. O metal da arma caiu de sua cabeça e, quando os braços de Leonard caíram, Arden perdeu o equilíbrio. Seu estômago caiu quando ele cambaleou para trás, a boca aberta em um grito silencioso quando seus braços agitados encontraram nada além de ar vazio. Ele ficou lá suspenso pelo que pareceu uma eternidade, depois estava caindo.

CAPÍTULO 20

"Não!" Lex gritou, correndo para a frente. A bala de Mace tinha acertado o homem na cara, errando Arden completamente, mas em seu estado enfraquecido, o impacto chocante o fez cair para trás com seu agressor. Assim que Arden desapareceu na borda, Lex pulou; a metade inferior do corpo pousando com um baque na borda e as mãos agarrando qualquer pedaço de Arden. Ele pegou o sapato. Apertou com a mão e estendeu a mão para agarrar o tornozelo de Arden com a outra mão enquanto seu amante pairava no ar, um grito ofegante saindo de sua boca. "Eu peguei você! Eu peguei você, baby, aguente firme!" Mãos agarraram os ombros de Lex, abraçando-o, e então Jeb estava ao lado dele, agarrando a outra perna de Arden. Juntos, eles o ergueram por cima da borda, caindo sobre o cascalho que cobria a parte superior do telhado. Lex sentou-se, com o coração ainda na garganta, e embalando um Arden trêmulo contra si. "Kade!" Ele gritou quando Arden não abriu os olhos. "Deite-o no chão, me dê seus moletons!" Kade gritou enquanto puxava a mochila com suprimentos médicos nas costas. Cada homem ali tirou os capuzes e os colocou no chão juntos, formando um palete improvisado. Lex mal percebeu Calix e os outros saindo pela porta de acesso do telhado enquanto ele deitava Arden. Seu peito nu estava coberto de cortes e contusões. Os ângulos perfeitos de seu rosto estavam inchados e

cortados até que ele estivesse quase irreconhecível. O sangue emaranhou seus cabelos loiros. Lex não percebeu que as lágrimas estavam derramando em seu rosto até Jeb deslizar um braço em volta dos ombros e segurá-lo com força. Delicadamente embalando a mão de Arden na sua, ele observou Kade examiná-lo, ouvindo atentamente seu coração e pulmões com um estetoscópio. Kade levantou a cabeça e encontrou os olhos de Lex. "Ele precisa de um médico o mais rápido possível." Lex assentiu e pegou Arden quando Calix disse: "Traga-o para o clube. Estou com o nosso médico aguardando."

Lex não pisava no complexo do Iron Heretic de St. Louis há anos. Foi construído em um distrito industrial mais recente, o prédio de dois andares era um armazém que o clube havia convertido às suas necessidades. Uma cerca alta circulava a propriedade, afastando visitantes indesejados. Quando ele levou Arden pelas escadas até o elevador de serviço, ficou surpreso ao encontrar Anton ainda vivo. Ensanguentado, mas ainda vivo. Calix havia lhe perguntado o que iria querer fazer com ele. Lex simplesmente perguntou: "Você tem uma jaula de ferro?" O sorriso em forma de resposta de Calix possivelmente assombraria seus sonhos, mas valeu a pena. Quando Arden estava acordado e bem, ele podia decidir o que fazer com o tio que quase o matara por dinheiro que ele nem tinha. "Como você está, garoto?" A voz de Mace veio do lado dele. Ele estava parado em um corredor do lado de fora da sala onde o médico e Kade estavam cuidando de Arden. Ele quase perdeu a cabeça quando Arden gritou quando eles começaram a entorpecer seus cortes para costurar, então eles o expulsaram de lá. Jeb o levou da sala com uma mão firme e a garantia de que Kade e o médico cuidariam bem de Arden. Ele assentiu, mas suas mãos tremiam. Ele não conseguia entender o quanto ele falhou em manter Arden longe do perigo. Ele assumiu a coisa

errada desde o início e quase matou o homem que amava. "Ei." Mace agarrou sua mão. "Isso não é culpa sua. Você fez tudo o que pôde. Não havia como ver isso acontecer. Ponto final. E ele vai ficar bem." "Você o viu?" Lex exigiu. As sobrancelhas de Mace se levantaram antes que seus olhos endurecessem. "Sim. Ele vai ter cicatrizes. Mas não acho que você se importaria com isso." “Eu não dou a mínima para as cicatrizes! Ele vai me odiar! Levei-o comigo para mantê-lo seguro, e agora ele está deitado em uma cama de hospital, porra!” Lex deu um soco na parede, e uma ardência satisfatória de dor percorreu seu braço quando suas juntas se conectaram com o concreto. Ele ficou lá ofegante, querendo estar com Arden e com medo do que estava acontecendo na sala no final do corredor. "Se sente melhor?" Estranhamente, ele se sentia. "Eu preciso que ele fique bem, Mace." "Ele vai ficar", disse Kade, saindo para o corredor e chamando sua atenção. Lex foi imediatamente em sua direção. "Posso vê-lo?" "Claro. Ele está dormindo. O médico deu a ele um medicamento para a dor através da intravenosa e deve mantê-lo confortável para que seu corpo possa começar a se curar. Lex, o osso do olho esquerdo dele foi fraturado junto com duas costelas. Tudo vai sarar, mas não poderemos avaliar se houve danos à sua visão até que ele acorde." Lex fechou os olhos contra a queimação crescendo neles e tentou se recompor. Ele não desmoronaria agora que Arden precisava dele. "Por que você simplesmente não fica com ele?" Kade perguntou, sua voz suave quando ele se aproximou. “Você precisa descansar também. Puxei uma maca e a coloquei ao lado da cama dele." Lex abriu a boca para protestar e Kade falou primeiro. "Ele vai precisar de você alerta e pronto para ajudar a cuidar dele quando ele acordar."

O tom de voz de Kade mudou no final para um tipo severo de comando que fez as sobrancelhas de Lex se levantarem. Jeb se juntou a eles em algum momento, parando atrás de Kade com o ombro encostado na parede e um sorriso no rosto. Havia tanto calor nos olhos de seu pai quando ele olhou para Kade que Lex estava certo de que algo estava acontecendo entre eles, mas ele não tinha idéia de como abordar o assunto. Apesar de toda a merda que aconteceu, os últimos dias com o pai foram os melhores do relacionamento deles que ele conseguia se lembrar. Não houve desculpas ou uma grande comoção, mas eles reconheceram que cada um deles havia mudado, aparentemente para melhor, e seguiram em frente. Com o tempo, Lex pensou, eles poderiam cultivar o tipo de vínculo que ele sempre desejou que eles tivessem. “Descanse um pouco, filho.” Jeb acrescentou enquanto se adiantava e puxava Lex para um abraço. “Obrigado, eu irei. Vejo você pela manhã." Mace o abraçou também e então todos seguiram pelo corredor em direção aos quartos de hóspedes e à área principal do clube, onde Calix havia dito que haveria comida, bebida e mulheres. Ele estava contente por haver diversão para alguns. Ele abriu a porta do quarto de Arden. Fiel à sua palavra, Kade colocou uma maca com apenas alguns centímetros entre ela e a cama. Não era um quarto de hospital tradicional, com a poltrona reclinável no canto e o relógio Corona na parede. Arden estava deitado em uma cama de hospital, porém, com um suporte intravenoso próximo à cabeça. O tapaolho branco contrastava forte contra as descolorações no resto do rosto. Eles o limparam e, de alguma forma, isso só fez todos os machucados e cortes parecerem mais horríveis em vez de menos. "Você só vai olhar?" Arden perguntou, sua voz baixa e rouca. Lex imediatamente se apressou enquanto pegava a garrafa de água que alguém havia deixado na mesa lateral. Depois de levantar a cabeceira da cama um pouco mais, ele segurou a garrafa nos lábios de Arden, dandolhe alguns pequenos goles. Arden respirava pesadamente, como se aquela pequena ação o tivesse desgastado. Lex se sentou na beira da cama com o quadril tocando o de Arden através do cobertor.

"Não estou só olhando", disse ele, pegando a mão de Arden entre as suas. "Você me assustou." "Desculpe", Arden murmurou, depois tentou pigarrear. "Eu acho que eu também me assustei." Lex balançou a cabeça, mesmo quando um sorriso puxou sua boca. Ele se inclinou e roçou os lábios nos de Arden o mais suavemente possível. "Descanse agora. Estarei aqui ao seu lado o tempo todo. Você vai ficar bem, querido." Os olhos de Arden se fecharam, mas ele não soltou a mão de Lex.

Arden abriu os olhos. A luz fria da manhã entrava pela janela alta acima de sua cabeça, iluminando a parede oposta e projetando o resto da sala na sombra. Ele não sabia quantos dias se passaram, quatro ou talvez cinco? Ele estava coerente o suficiente para saber que o tempo estava passando e tinha lembranças fugazes, mas sua última lembrança verdadeiramente lúcida fora Leonard arrancando o capuz da cabeça e vendo seu tio pela primeira vez desde que era criança. O tio que sua mãe disse a ele estava morto. As dores em seu corpo haviam tanto diminuído quanto piorado enquanto a cura acontecia, mas o médico do clube, a quem todos se referiam como Doc Joe, e Kade cuidaram bem dele. E Lex. Lex não tinha saído do lado dele. No momento, ele estava esparramado na cama que ele havia empurrado tão perto da cama do hospital de Arden que eles poderiam muito bem estar dormindo juntos. O corpo de Lex estava angulado, de modo que sua cabeça estava principalmente no colchão de Arden e sua mão estava apoiada na coxa de Arden. Dias atrás, ele poderia não ter sido capaz de suportar essa pressão, doía tanto em todos os lugares, mas agora apreciava aquele peso. Ele mal podia esperar para estar curado o suficiente para poder ter as mãos de Lex por toda parte e sentir todo o peso do corpo dele prendendo-o. Seu pau deu uma leve contraída com o pensamento, e Arden levantou um canto da boca em um sorriso. Talvez essa fantasia não estivesse tão longe, afinal.

“Para que esse sorriso?” Lex perguntou, gemendo quando ele rolou de costas e olhou para cima para encontrar os olhos de Arden. A órbita ocular esquerda estava se recuperando bem e, apesar de ter surgido e desaparecido no início, sua visão estava clara. “Oh, apenas aproveitando a primeira vez que meu pau acordou em dias.” Arden sorriu quando os olhos de Lex se arregalaram e imediatamente caíram até sua virilha, que estava escondida sob seu moletom, e no cobertor grosso que Kade o cobrirá. Apesar das temperaturas amenas do lado de fora, ele não conseguia se aquecer. "Não fique muito animado, ainda não está pronto para atenção." Lex se levantou e subiu na cama de Arden, deitando de lado para que seus rostos estivessem nivelados. Arden virou para o lado dele para combinar com ele. “Você sabe que eu não ligo para isso, né? Quer dizer, eu me importo, nosso sexo é incrível, mas não é por isso que estou aqui.” Os olhos de chocolate escuro que ele amava eram tão sérios que Arden ergueu as mãos e traçou as sobrancelhas levantadas de Lex com as pontas dos dedos antes de passar os dedos pela barba desgrenhada na bochecha dele. Ela precisava de uma aparada. "Eu também te amo, sabe." Se fosse possível, os olhos de Lex se arregalaram ainda mais e Arden viu a contração em seus músculos - o instinto imediato de puxar Arden para perto. Lex sempre havia puxado Arden para lá e para cá, mas agora ele era tão gentil que fazia Arden parecer porcelana. Ele apreciou o sentimento, mas ele não estava quebrado. Movendo-se para a frente, ele deixou cair a mão do rosto de Lex para o quadril, depois deslizou-a sob a camiseta para sentir sua pele nua. Lex respirou fundo, mas colocou a mão no quadril de Arden antes de deixar sua mão deslizar até a bunda dele. "Eu amo você", Lex sussurrou no espaço entre eles. "Por completo." Arden descansou a testa na dele, sobrecarregado com o calor que enchia seu peito. Ele nunca pensou que teria isso. Ele nunca pensou que Lex seria realmente seu. Lex o beijou então, passando a língua pelos lábios de Arden para roçar nos dele. O simples toque lhe esquentou, reunindo um desejo dentro dele no qual seu corpo não estava completamente pronto para agir, mas estava tudo bem. Eles tinham tempo. Uma batida na porta os separou e, em vez do gemido que ele esperava de Lex, um sorriso

iluminou seu rosto cheio de charme e emoção juvenil. "O que você está planejando?" Arden perguntou quando a porta se abriu. "Estamos interrompendo?" Pax enfiou o rosto na sala, um sorriso malicioso nos lábios e um embrulho resmunguento com sons de filhote de cachorro nos braços. A respiração de Arden ficou presa em seu peito: “Oh meu Deus! Oi!” Ele se sentou quando Lex apertou o botão para levantar a cabeceira da cama. Pax entrou, um enorme sorriso no rosto ainda machucado. "O pequeno Sr. Pip aqui está morrendo de vontade de vê-lo.” Pax sentouse na beira da cama e soltou Pip. Arden foi imediatamente agredido com lambidas do filhote quando Pip plantou as patas da frente no peito e ficou alto para alcançar seu rosto. Ele riu, nem se importando com os protestos de seu corpo, e abraçou Pip e plantou beijos em sua cabeça. Ele olhou para cima para sorrir para Pax e notou que Mace também havia entrado na sala. Seu braço estava fora da tipóia e, mesmo que ele ainda tinha alguns ferimentos visíveis, ele parecia bem. "Estava morrendo de vontade de vê-lo.” Arden olhou para o amigo. "E você. É tão bom ver você." Ele segurou a mão de Pax e apertou-a. As bordas dos machucados em seu rosto estavam amarelos e verdes, mostrando que seu corpo estava se recuperando, mas havia algo em seus olhos; uma barreira que não existia antes. Pax sempre foi um livro aberto, livre de afetos ou desprezo, dependendo da pessoa. Arden esperava que sua recuperação contínua incluísse a recuperação dessa faísca. “É bom ver você também. Estou tão feliz que você esteja bem. Pax sorriu para ele, estendendo a mão para oferecer a mão para Pip brincar. “Esse carinha tem me feito companhia. Então, o Sr. Coque ali," - ele apontou por cima do ombro para onde estavam Mace e Lex - veio me buscar hoje de manhã. Disse que meu melhor amigo finalmente estava pronto para receber visitantes." "Ei! Meu cabelo é lindo e meu coque masculino é bastante digno, muito obrigado." Mace bufou, passando a mão sobre seus cabelos escuros. Pax revirou os olhos onde apenas Arden podia ver e os dois riram.

“Isso vai ser um problema; Já posso ver." Lex se aproximou, olhando entre os dois e depois deslizou a mão sobre a cabeça de Pip. O filhote se acomodou e jogou seu peso nas pernas de Arden. Arden sorriu e passou a mão sobre o pêlo macio das costas de Pip. "Verdade."

CAPÍTULO 21

“Você está pronto?” Lex perguntou novamente quando o Mule deu uma roncada no última subida e a cabana apareceu no horizonte. Fazia duas semanas que Arden conseguirá deixar a enfermaria do complexo de St. Louis Iron Heretics, e a cabana estava finalmente pronta. As mudanças que ele havia feito durante a restauração não eram bem visíveis, mas ele sabia que teria a chance de aprontá-las em breve. Arden deu um tapa na coxa dele e lançou um pequeno olhar em sua direção, de onde estava sentado no banco do passageiro, com Pip embalado no colo. "O que eu disse-lhe? Estou bem e pronto para estar em casa." Seus cortes e machucados estavam todos se recuperando bem. Lex segurou sua mão enquanto tiravam seus pontos e sua visão ainda era boa. Ele havia sofrido algumas dores de cabeça nas últimas semanas, mas o doutor Joe havia garantido que isso era bastante comum e era para avisar se elas piorarem. Ele e Jeb acabaram negociando com Rick e tomaram providências para que Lex e Mace estivessem na folha de pagamento de Rick como consultores. Ele estava farto de deixar o homem ter qualquer controle sobre onde ele foi e quais tarefas ele escolheu, mas ele também não queria se tornar um inimigo de Rick. Por enquanto, o arranjo era adequado para ambos. O contrato sob a cabeça de Arden morreu com Anton. Arden tinha pensado em fazer isso sozinho, mas no final, Lex levou Anton para onde

ninguém jamais encontraria seu corpo e colocou uma bala em seu crânio. Boa viagem. - Ah, você adicionou uma cerca! - disse Arden, esticando o pescoço para ver a parte de trás da cabana enquanto Lex conduzia o Mule até a garagem. “Sim, e uma porta para cachorros. Acho que enquanto tivermos aqui fora, Pip pode se dar ao trabalho de andar sem coleira." Isso foi outra coisa que eles decidiram. Arden não queria deixar Pax, e Lex ainda não tinha certeza de como se sentia em voltar e morar em Salt Lake. Ambos preferiam St. Louis, então ele pediu aos Iron Heretic de St. Lake que votassem e permitissem que ele virasse um Nômade. Eles aceitaram, e ele agora era um membro completo do MC. Arden se ofereceu para segurar sua mão enquanto fazia a grande tatuagem nas costas na próxima semana. Ele estava considerando. Ele saiu do Mule e ofereceu a mão a Arden. Eles optaram por manter o apartamento de Arden em Spritz, assim como a cabana. Arden ainda queria dançar e estava lidando com as cicatrizes que permaneceriam em seu corpo. Lex disse que nunca imaginou ele mais lindo. Ele também gostou da idéia de Arden não estar no meio do nada enquanto Lex estava trabalhando, e com isso Arden teria a hora do Pax, como ele chamava. Atravessando a varanda da frente, Arden diminuiu a velocidade. Tanta coisa havia acontecido com ele lá, que se ele pedisse, Lex teria queimado o lugar com alegria. Mas ele queria voltar, queria voltar para casa. Lex não discutiu. Ele estava em casa onde quer que Arden estivesse. Ele abriu a porta e deixou Arden entrar primeiro. Tudo tinha sido reparado e ajustado. Arden demorou-se, passando os dedos sobre a mesa da cozinha e mostrando a Pip como usar a porta do cachorro. Finalmente, Arden subiu as escadas e Lex seguiu, tentando não deixar transparecer que seu coração estava batendo forte no peito. Quando Arden empurrou a porta do quarto deles e acendeu a luz, ele parou completamente. Lex havia comprado um jogo de quarto novinho em folha, carvalho com uma mancha na cor chocolate. A roupa de cama era toda nova, tons suaves de roxo com detalhes em cinza para combinar com o tapete. Almofadas macias e luxuriantes estavam empilhadas na

cabeceira da cama, mas não era lá que os olhos de Arden estavam fixos. Diretamente do outro lado da porta, ele instalou uma penteadeira de camarim na mesma cor que o resto dos móveis, com gavetas em ambos os lados e uma cadeira de encosto baixo onde Arden podia sentar e fazer a maquiagem. O espelho que encontrara era oval e ornamentado, cercado por um belo metal retorcido com lâmpadas embutidas na moldura. Depois de um momento, ele não conseguiu aguentar o silêncio e se aproximou de seu amor. "Está tudo bem?" "Você está falando sério?" Arden perguntou, seus olhos brilhando. “É perfeita.” A mão que ele trouxe para o rosto tremia e Lex a pegou, beijando os nós dos dedos antes de levá-lo e puxar a cadeira para ele. "Oh meu Deus, Lex", Arden respirou, afundando na almofada e passando as mãos sobre a superfície lisa da vaidade. "Eu amei." “Que bom.” Lex sorriu e apertou o botão que acendeu as lâmpadas brilhante. "Tem um pacote de lâmpadas de reposição na gaveta inferior, no lado direito, e sua bolsa de maquiagem está na parte superior." "Oh," Arden arfou e abriu a gaveta em que estava sua bolsa. Puxando-a para fora, ele passou a mão pelo lado de fora. “Era da minha mãe. É a única coisa dela que eu tenho.” Ele apertou a bolsa um pouco, soltando um suspiro profundo, antes de abrir o fecho de metal no topo. "Acho que nunca vi isso tão vazio." “Sim, todas as suas coisas foram derramadas e algumas delas quebraram. Nós vamos ter que comprar algumas coisas novas quando você quiser fazer compras." Arden cantarolou, puxando os itens que ainda estavam na bolsa e colocando-os na superfície da penteadeira. “Parece que algumas das minhas sombras também quebraram aqui. Eu me pergunto se esse revestimento sai, se consigo tirar ele." Arden enfiou a mão dentro, provavelmente procurando uma costura quando seu rosto se enrugou. "O que foi?" Puxando a mão de volta, ele trouxe o forro consigo. O material preto ainda estava preso dentro da bolsa, mas Arden segurava um pedaço que

parecia ter sido costurado entre o forro e a própria bolsa. “Parece uma chave.” A sobrancelha de Arden estava franzida quando ele procurou nas costuras da bolsa por uma abertura. "Aqui", Lex ofereceu, puxando seu canivete e abrindo-o. Arden entregoulhe a bolsa e ficou observando enquanto Lex cortava o fio segurando a parte inferior do forro. Depois que ele fechou e recolocou a faca no bolso, ele brincou com o forro até que uma chave plana de metal caiu na palma da mão. Estendendo a mão para Arden, ele disse: "Parece uma chave de cofre." Arden pegou a chave da palma da mão e a inspecionou por um momento, mordendo o lábio. “Sempre passamos por aqui. Eu e minha mãe, quando estávamos fugindo do meu pai. Eu me pergunto se... Oh meu deus. Ela realmente pegou esse dinheiro, não foi?" Lex olhou para as feridas ainda cicatrizando na pele de Arden. “Talvez ela tenha pego. Só tem um jeito de ter certeza." Arden olhou para a chave novamente por um longo momento. Então ele levantou a mão e pegou a bolsa de maquiagem de Lex e largou a chave com cuidado antes de colocar tudo na gaveta de baixo com as lâmpadas. "Mas há algo que eu quero fazer antes." Ele levantou os braços e olhou para o rosto para Lex. Lex sorriu, o coração aquecido, e se abaixou, pegando Arden nos braços. "Tirar uma soneca?" Ele perguntou, mordiscando o lóbulo da orelha de Arden enquanto carregava seu amor para a cama deles. "Você me conhece tão bem." Arden riu, esticando os braços sobre a cabeça e se contorcendo para ficar confortável quando Lex o abaixou no colchão. "Venha aqui", disse ele, o sono sendo demonstrado em sua voz. Lex tirou a roupa dos dois até ficarem só cueca, antes de engatinhar do outro lado, derrubando travesseiros até que ele pressionou o corpo quente de Arden contra o dele. Com uma mão gentil, afastou os cabelos louros do rosto de Arden e juntou os lábios. "Eu te amo." "Eu também te amo" sussurrou Arden contra o pescoço um momento antes de seus roncos suaves encherem a sala.

A luz aconchegante da tarde entrou pelas janelas quando Arden abriu os olhos. Lex estava deitado de costas ao lado dele, dormindo profundamente e parecendo tão relaxado como antes de toda a bagunça começar. Ele deixou os olhos caírem do rosto de seu amante, através da extensão musculosa do torso e da protuberância proeminente na frente da cueca escura. Arden lambeu os lábios, sentindo uma pontada de excitação na barriga, fazendo seu membro inchar e suas bolas doerem. Além de alguns beijos, eles não tinham sido íntimos desde que ele foi sequestrado. No início, foi porque ele estava se curando e dolorido devido a tortura. Agora, enquanto ele ainda estava machucado e dolorido, ele suspeitava que a culpa mantinha Lex a uma distância cuidadosa dele e ele não gostava disso. Deslizando lentamente pela cama, ele se levantou de joelhos e gentilmente pressionou o rosto contra a protuberância, respirando o perfume de Lex. Ele esfregou a bochecha sobre o material quente e sentiu o membro de Lex começar a se mexer. Abrindo a boca, ele mordeu suavemente o comprimento antes de chupar a cabeça, o tecido ficou molhado e Lex gemeu. "Arden?" Ele se contorceu, quase uma tentativa tímida de fugir, mas Arden não ia deixar. Apoiando-se com um braço, ele agarrou a barra da cueca de Lex e puxou-a para baixo, deixando seu membro saltar livre para que ele pudesse colocar a boca na pele nua. "Baby, porra", Lex gemeu quando Arden lambeu a glande, arranhando com os dentes e girando a língua. Mãos gentis agarraram suas axilas e o levantaram. Lex encontrou sua boca em um beijo faminto, passando a língua pelos lábios de Arden. "Faça amor comigo", Arden sussurrou contra os lábios de Lex enquanto o beijo diminuía, tornando-se profundo e enchendo-o de amor e um desejo profundo por Lex reivindicá-lo como ele havia feito tantas vezes no passado. Rolando-os, Lex colocou Arden de costas. "Você vai me dizer se dói?" Arden assentiu e Lex levantou uma sobrancelha e beliscou o mamilo. Arden deu um pequeno grito com a picada familiar. Por um momento, ele

pensou que seu corpo se revoltaria e se afastaria da dor que quase sempre fazia parte do sexo deles. Uma parte que ele amava - todas as mordidas e palmadas e a maneira como Lex o tratava com a quantidade exata de brutalidade. Ele precisava disso, ansiava por isso, e não sabia o que faria se não conseguisse parar de pensar no que lhe acontecera. “Calma.” Lex o acalmou com uma voz gentil. Ele se abaixou lentamente até ficar pele a pele, e embora Arden pudesse dizer que Lex não estava colocando todo o seu peso, parecia o paraíso. Ele sentia mais falta disso do que da dor. Mais do que os orgasmos. Lex o segurou e esteve ao seu lado por semanas, mas não era o mesmo, como estar coberto de toda a força e atenção de Lex. As palavras eram maravilhosas, e ele nunca se cansaria de ouvi-las, mas foi aí que seu vício por Lex ganhou vida, quando ficavam tão juntos que eram praticamente viraram um. Ele choramingou com a sensação, os pelos do peito de Lex deslizando contra sua pele macia e ergueu as mãos para agarrar as costas de Lex, tentando puxá-lo impossivelmente para mais perto. "Calma.", Lex disse novamente. "Eu não vou a lugar nenhum." Arden assentiu. "Eu vou te dizer se é demais, mas por favor Lex, por favor, preciso de você dentro de mim." Depois de estudar seu rosto por um momento, Lex deslizou para o lado o suficiente para alcançar o criado mundo sem esmagar Arden e voltou com lubrificante e uma camisinha. Ele os deixou na cama ao lado do quadril de Arden, em seguida, beijou-o profundamente, mantendo seu peso longe dele, e começou uma trilha agonizante e lenta para o sul. Ele lambeu e beijou a garganta de Arden, chupando e mordendo a clavícula e os mamilos, antes de parar quando alcançou os longos e curados cortes no estômago. Com o toque mais gentil que Lex já havia lhe dado, ele beijou cada um - apenas um encostar de lábios e barba - antes de passar para o próximo. Arden pensou que as ministrações carinhosas o enlouqueceriam, não seriam suficientes para satisfazê-lo, mas o calor da luxúria permaneceu proeminente sob sua pele, mesmo quando as emoções das últimas semanas ferviam de um lado para o outro, vazando pelo canto dos olhos dele. Ele estava tão agradecido por Lex ter aparecido lá. De ainda terem isso. Quando ele pensou no quão perto

estava de nunca mais ver Lex novamente, aquilo lhe roubou o ar de seus pulmões, e sabendo agora o tipo de vida que Lex levava e os perigos que ele pode enfrentar, dificultava a respiração. "Estou aqui, baby", Lex sussurrou contra sua pele. "Fique aqui comigo." "Estou aqui", ele engasgou com prazer e lágrimas, sem perceber até aquele momento o quanto ele realmente precisava disso. Precisava se sentir amado e vivo. Precisava sentir Lex lá com ele da maneira mais básica. "Lex, por favor, eu preciso-" Lex se levantou, boca reivindicando a dele em um beijo cortante. Arden gemeu, beijando de volta tão ferozmente sem se importar com as pequenas dores que seu corpo transmitia até mesmo com essa pequena quantidade de atividade. "Eu sempre te dou o que você precisa, não é?" Lex rosnou contra seus lábios. O pau de Arden se contraiu, duro como pedra e doendo ao escutar aquilo. "S-sim." “Então, confie em mim.” Uma das mãos de Lex enroscou-se em seus cabelos e, mesmo ele ainda sendo gentil, puxou o suficiente para Arden sentir, saber que eles poderiam traçar a linha entre prazer e dor, mesmo com Arden ainda tão sensível em tantos lugares. Depois de outro beijo profundo, Lex se ajoelhou e tirou as roupas íntimas de ambos antes de se embainhar no látex. Ele destampou o lubrificante e derramou um pouco na mão. Fazia tanto tempo que a intrusão de dois dedos de Lex doeu um pouco no começo, mas Lex sabia como fazer e ele rapidamente esfregou a próstata de Arden, sentindo um formigamento de prazer enchê-lo de dentro para fora. Arden gemeu, movendo os quadris, tentando colocar mais daqueles dedos deliciosos nele, enquanto a excitação e o prazer anulavam todo o resto. Puxando os dedos livres, Lex se apoiou com um braço e se alinhou. Afundando para a frente, ele violou Arden lentamente. Seus olhos escuros nunca se afastaram do rosto de Arden. O intenso escrutínio o fez se contorcer quase tanto quanto a queimadura e o estiramento em sua bunda, enquanto Lex o preenchia. Recostando-se sobre ele, Lex impulsionou seus quadris, pequenas investidas que o empurraram o

resto do caminho para dentro e trouxeram suas bolas para descansar contra a bunda de Arden. "Olhe para mim, querido", disse Lex, antebraços segurando a cabeça de Arden. Ele lambeu os lábios e forçou os olhos a abrirem, encontrando o olhar sombrio do homem que amava. Lex sorriu - um pequeno puxar de seus lábios. Então, ele começou a se mover em movimentos controlados e suaves. Arden gemeu. O ângulo era perfeito. O membro de Lex esfregou exatamente no ponto certo, e um brilho de suor cobria sua pele. Lex não mudou o ritmo, mantendo a mesma precisão na próstata de Arden enquanto os pêlos grossos de seu estômago provocavam o membro de Arden, que estava preso entre os dois. Ele beijou a boca ofegante de Arden, segurando um punhado de seus cabelos para mantê-lo no lugar. "Lex", ele engasgou, dedos cravando nas costas de Lex e pernas trêmulas apertando sua cintura enquanto a pressão aumentava e aumentava até que ele soube que morreria quando finalmente transbordasse. Nunca tinha sido tão intenso. Talvez tenha sido a declaração de seus sentimentos, talvez tenha sido tudo o que eles passaram, mas mais do que tudo, parecia uma promessa... Estou aqui e, mesmo quando eu sair, sempre voltarei para você. O orgasmo de Arden disparou contra ele, arrancando um grito de sua boca enquanto seu corpo se deleitava em prazer e seu sêmen se derramava entre eles. Lex penetrou dentro dele, seu membro pulsando contra os músculos do canal de Arden, cada um ordenhando o até estarem secos. Pressionando suas testas juntas, Lex respirou com ele quando os dois desceram, dando e aceitando o prazer exercido por seus corpos e a conexão solidificando entre eles. Foi a vez de Arden sorrir.

EPÍLOGO

Três meses depois O barulho de sua Honda Shadow, a moto de seu pai e a de Kade encheram aos ouvidos de Lex enquanto voavam pela estrada em direção à cidade. O calor do sol do meio da manhã de agosto já estava escaldante, e ele estava agradecido pela sombra das poucas nuvens no céu e pela corrente de vento que os impedia de cozinhar em suas jaquetas e jeans protetores. Os braços de Arden estavam em volta dele e a pressão quente de seu corpo contra o de Lex era bem-vinda, mesmo no calor. Os últimos meses não foram sem seus desafios. Arden teve pesadelos, mudanças de humor e depressão, todos decorrentes da tentativa de estupro, sequestro e tortura, além de dores físicas persistentes. Os Iron Heretics o ajudaram a encontrar um terapeuta em quem pudessem confiar e as sessões já haviam ajudado os dois a tomar providências para lidar com as consequências desse trauma, além de Arden se abrir sobre o que ele havia vivido nas ruas. Ainda assim, a alegria de estar juntos e construir uma vida superava os remanescentes das trevas que às vezes ainda os envolviam. Lex tinha conquistado o pacote completo, com direito a tatuagem nas costas e tudo. O remendo no peito dizia Nômade, e ele estava feliz com isso. O presidente do capítulo nômade, Warrick, um grande bastardo ruivo, ficou emocionado ao aceitá-lo.

Ele diminuiu a velocidade da moto quando eles chegaram ao seu destino, uma filial pequena de um banco de poupança e empréstimo situado em um canto do estacionamento de um shopping. Foi uma escolha inteligente, Lex pensou. Toneladas de pessoas e carros para se perder facilmente se você estivesse sendo observado. A mãe de Arden havia tomado algumas boas decisões para manter aquele dinheiro escondido, mas muito más quando se tratava de manter Arden seguro e inteiro durante o tempo em que estavam fugindo, e especialmente depois, quando ela terminou sua própria vida e deixou seu filho adolescente sozinho e sem nenhuma idéia da herança que ela havia escondido sob uma identidade falsa. Arden estava hesitante, mas durante sua busca tinham conseguido o nome que ela usara. Um telefonema para Calix havia dado a eles um atestado de óbito e uma identidade completa para Arden exatamente da maneira como ela o havia listado na documentação do beneficiário, Arden Zanetti. Ela havia lhe dado o nome do meio e o nome de solteira da avó italiana. Estacionando a moto em uma vaga de estacionamento a algumas fileiras do banco, Lex abaixou o suporte e tirou o capacete enquanto mantinha a moto firme para Arden descer. Jeb e Kade estacionaram suas motos no local ao lado dele. "Então é isso, huh?" perguntou Arden, os olhos no banco. "Parece tão... Normal." Lex sorriu. "O que você estava esperando, baby?" “Eu não sei... Alguma coisa! Guardas armados ou talvez um prédio maior.” Sorrindo, Lex se levantou da moto e se inclinou para beijar a têmpora de Arden. “Desculpe, você está decepcionado, amor. Na verdade, ela escolheu um local muito bom. Imperceptível." “O que vamos fazer, meninos?” Jeb perguntou vindo para ficar ao lado deles e passando um braço em volta dos ombros de Arden. Aquecia o coração de Lex toda vez que seu pai fazia algo assim - fazia algum gesto que mostrava não apenas o quanto ele havia mudado, mas que ele se

importava e apoiava a escolha de parceiro de Lex. "É isso", disse Lex. "Mas acho que esse daqui está pensando em dar para trás." Arden bufou. "Eu estou indo... Isso só me deixa nervoso." Ele virou os olhos cinza pálido para Lex. "Vem comigo?" "Claro, querido." Lex tirou o colete do Iron Heretic e entregou ao pai. "Nós já voltamos." Kade sorriu do outro lado de Jeb. "Estaremos na lanchonete de smoothies na esquina ali. Quer que peça alguma coisa pra você?" "Oh!" Arden se iluminou. "Sim, eu quero aquele de romã com antioxidantes." "Feito", disse Kade. "E Lex?" "Vou tomar um café quando chegarmos lá, mas obrigado." Jeb acenou para os dois e apertou o ombro de Lex no caminho. Observando-os se afastar com as mãos roçando aparentemente sem querer, ainda deixava Lex admirado com o quanto as coisas haviam mudado. Para o pai dele. Para o clube. Calix, tornar-se presidente do local principal do clube, era bom para o clube como um todo. Como um homem gay, ele se recusou a se esconder, e era malvado o suficiente para fazer qualquer um que pensasse em questioná-lo dar alguns passos para trás. Aparentemente, o clube como um todo havia perdido alguns membros na transição, mas no final do dia, eles eram mais fortes. "Pronto?" Arden perguntou, deslizando a mão na de Lex. "Não deveria ser eu a estar lhe perguntando isso?" "Talvez", disse ele, mordendo o lábio antes de dar um aceno decisivo com a cabeça. "Vamos fazer isso."

O interior do banco era tão simples quanto o exterior. Essa hora do dia parecia lenta em termos de clientes, e Arden se remexia no pequeno

estande que eles haviam mostrado onde o caixa havia colocado o cofre para que pudessem esvaziá-lo em particular. Ele trouxera uma pequena mochila de couro com eles por precaução. Ele realmente não sabia o que esperar quando abrisse a caixa. "Baby?" Lex perguntou calmamente e colocou uma mão firme na parte inferior de suas costas. "Estou bem." Com as mãos trêmulas, ele estendeu a mão e abriu a caixa. A elegante tampa de metal dobrou-se nas dobradiças lisas, revelando o conteúdo da caixa para ele. Ele supunha que a maioria das pessoas se concentrariam nas três grandes pilhas de dinheiro ocupando um lado, mas Arden não conseguia desviar os olhos do rosto de sua mãe olhando para ele pelos feixes de fotos ao lado. Sua respiração ficou presa no peito quando ele pegou a primeira. Estavam presas por um elástico simples que ele escorregou enquanto olhava. Ele estava na foto ao lado dela, um céu azul atrás deles, e os dois tinham bigodes de sorvete. Ele não poderia ter mais de oito anos. A lembrança voltou tão rápido que seus joelhos quase dobraram e Lex passou um braço em volta da cintura e o guiou a sentar na única cadeira na pequena sala. "Estávamos em um parque e havia um carrinho de sorvete..." Ele levantou os olhos cheios de lágrimas para olhar para Lex. "Eu tinha esquecido sobre esse dia." Uma energia renovada tomou conta de seu coração e ele folheou o resto das fotos. Sorrisos o encararam de volta. Ele se sentiu envergonhado, porque a cada quadro vinha o ressurgimento de uma memória, lembranças felizes que haviam sido enterradas sob a existência sombria da fuga, de viver nas ruas, de todas as coisas que ele teve que suportar para chegar aonde estava hoje. Sentado em um banco com o único homem que ele já amou, um homem que matou para protegê-lo, e segurando as únicas fotos que ele tinha de sua mãe. "Faz tanto tempo desde que eu vi o rosto dela." "Ela escreveu na parte de trás." "Huh?" Arden olhou para Lex para encontrá-lo segurando outro pacote, mas olhando para a parte inferior da última foto.

"Eu e Alfie, SoCal... E parece que este pacote é do mesmo ano." Ele rapidamente virou as fotos com as mãos e, com certeza, na parte de trás de cada um havia um local e uma data junto com seus nomes. “Sabe, eu lembro das câmeras descartáveis, mas nunca vi essas fotos ou mesmo cópias delas. Ela só trazia uma de vez em quando... " Ele podia ver tudo tão claramente agora. Paravam em St. Louis uma vez por ano, nunca no mesmo mês, e ela desaparecia por algumas horas de cada vez. Ele aperfeiçoou a arte de sentar-se silenciosamente na banheira de qualquer hotel em que estivessem, esperando que ela voltasse. Ela vinha aqui fazer um depósito e uma retirada. Ele tinha certeza de que, quando olhasse para trás, haveria um monte de fotos de todos os anos em que estavam fugindo. Ele queria olhar para todos elas, apreciar sobre cada uma, mas haveria tempo para isso mais tarde. De pé, ele abriu a mochila que trouxera. Lex o observou em silêncio por um momento e depois começou a encher a sacola. Quando a caixa estava vazia, Lex fechou a tampa e Arden fechou a bolsa. "Você está bem, baby?" Lex se aproximou, passando os braços em volta dos ombros de Arden e puxando-os juntos. Ele assentiu. “Estou.” Erguendo o rosto, ele apertou os lábios até Lex sorrir e se inclinar, beijando-o suavemente. Arden derreteu contra ele e deslizou a língua na boca de Lex, aprofundando o beijo e fazendo Lex gemer. "Estou vendo", disse ele contra os lábios de Arden enquanto se afastava com um sorriso. “Obrigado por me ajudar a descobrir isso. Eu não ligo para o dinheiro, mas essas fotos...” Ele engoliu em seco contra o nó na garganta. "De nada. Agora, vamos tomar smoothies com meu pai e K— ” "O namorado dele", Arden interrompeu com um sorriso. "Você acha? Quero dizer, obviamente há algo entre eles, né? Mas você acha que Jebidiah Campbell o chamaria de namorado? Talvez parceiro."

Arden riu de quão adorável Lex estava confuso. “Eles são o que são e obviamente funciona para eles. Mas acho engraçado como o seu pai estar em um relacionamento ainda deixa todos confusos." “Bem, ele nunca namorou quando eu era criança. Nunca. Minha mãe foi embora assim que ela me teve e sempre fomos só eu e ele e toda uma gangue de motoqueiros.” Eles saíram do banco, de mãos dadas, ambos usando os óculos de sol quando atingiram a calçada. "Eu posso imaginar um bebê Lexington brincando no clube." “Você ri, mas era verdade. Daryl provavelmente mudou mais minhas fraldas do que qualquer um." “Ha! É triste que eu consiga imaginar isso? Ele é tão fofo." Arden sorriu. O clube de Sand Lake pode não ser o clube de Lex agora, mas eles fizeram questão de passar um tempo lá. Todos os caras eram ótimos, mas Daryl sempre foi especialmente gentil com ele. "E ele não é o único." Ele apertou a mão de Lex e olhou para seu namorado durão com todo o amor que ele pôde reunir brilhando em seus olhos. Lex balançou a cabeça. "Só para você."

Fim

Notas [←1] Um suporte ou proteção para os homens, usado especialmente por atletas. Aquelas cuecas que são abertas atrás, com tiras que pegam embaixo das nádegas.

[←2] Pipsqueak em inglês. Guarde esse significado para que possa entender o nome do filhote.

[←3] Abreviação para “carinho amoroso”: bondade, amor e atenção.

[←4] Uma otomana é um tipo de sofá que normalmente não tem um respaldo. Pode ter cantos circulares ou quadrados. Pode ser usada como banco, escabelo, mesa de café ou como uma alternativa para um sofá.

[←5] repetição de fonemas idênticos ou parecidos no início de várias palavras na mesma frase ou verso, visando obter efeito estilístico na prosa poética e na poesia.

[←6] Larry, Moe e Curly é o nome dos “Três Patetas”.